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COLÉGIO ESTADUAL PRIMO MANFRINATO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Timbiras nº156 / Fone (44)3631-1626 / CEP 87200-000 / Cianorte – PR

site: www.cneprimomanfrinato.seed.pr.gov.br – email: [email protected]

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

CIANORTE, 2010

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ÍNDICE

Apresentação...................................................................................................................... 03

Objetivos............................................................................................................................. 05

Perfil e Funcionamento da Escola...................................................................................... 06

Marco Situacional............................................................................................................... 09

Marco Conceitual............................................................................................................... 30

Marco Operacional............................................................................................................. 43

Avaliação do Projeto Político-Pedagógico......................................................................... 53

Referências......................................................................................................................... 55

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico aqui sistematizado traduz o trabalho coletivo do Colégio

Estadual Primo Manfrinato, expressando a preocupação e o compromisso dos profissionais da

educação com a melhoria do ensino, no sentido de responder as necessidades sociais e

históricas, que caracterizam a sociedade brasileira atual.

Foi construído através de realizações de reuniões com a comunidade escolar: alunos,

professores, pais , funcionários , pedagogos, direção e direção auxiliar, Grêmio Estudantil,

APMF e Conselho Escolar, sendo elaborado a partir da análise e diagnóstico de todas as

intenções e ações desenvolvidas por este Estabelecimento de Ensino.

Analisamos a escola em seus diversos aspectos, a prática que vem sendo desenvolvida, a

comunidade escolar, a forma como a escola está organizada e como é a convivência em seu

interior, a aprendizagem dos alunos, os conteúdos, a metodologia, os recursos didáticos e a

forma de avaliação, explicitadas no Marco Situacional, fundamentadas no Marco Conceitual e

projetadas no Marco Operacional.

A definição da necessidade da construção do Projeto Político Pedagógico encontra-se

amparado nos princípios educacionais contidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei 9.394/96), em seus artigos 12, 13 e 14, que apontam a incumbência dos

Estabelecimentos de Ensino em elaborar e executar o Projeto Político Pedagógico, bem como

garante a participação dos profissionais da educação em sua realização.

Tendo em vista a constituição de uma escola pública de qualidade, consideramos fundamental

a discussão e a construção do Projeto Político Pedagógico, uma vez que ele constitui-se num

dos instrumentos básicos para tal efetivação. Portanto, deve ser considerado como um

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processo permanente de reflexão e discussão das necessidades da escola, a fim de buscar

alternativas que visam alcançar a efetivação de sua intencionalidade, que é a de oferecer o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho, segundo o art.2º, da Lei nº 9.394/96.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Promover uma educação centrada na formação e emancipação humana, na mediação do saber

científico historicamente produzido e na construção da cidadania, respeitando a diversidade

cultural, com vistas a uma escola pública de qualidade.

Objetivos Específicos

- Desenvolver uma prática educativa voltada ao ensino de qualidade;

- fundamentar a prática pedagógica de acordo com uma teoria crítica de educação, ou seja,

a Pedagogia Histórico-Crítica;

- promover a democratização de uma escola pública de qualidade a fim de que todos a ela

tenham acesso;

- subsidiar as ações da escola tendo como eixo o Projeto Político-Pedagógico para o

desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem;

- manter a relação ética e harmoniosa como prioridade entre os envolvidos no contexto

escolar: direção, pedagogos, professores, funcionários, alunos e pais;

- assegurar a participação da comunidade escolar nas decisões tomadas pela escola de

acordo com o princípio de gestão democrática;

- possibilitar através de uma prática pedagógica comprometida com a formação para a

cidadania, a elevação do nível de consciência crítica e a reflexão sobre a realidade social

estabelecida;

- valorizar o aluno como ser social, garantindo assim seu acesso e permanência na escola.

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PERFIL E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA

1- DADOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Nome da Instituição de Ensino: Colégio Estadual Primo Manfrinato

Município: Cianorte NRE: Cianorte

Endereço da Escola: Rua Timbiras, 156

E-mail: [email protected]

Telefone: (44) 3631- 1626

Nome do Diretor: Margarida do Carmo Fecchio Botter

Nome dos membros do Conselho Escolar e sua respectiva representação:

Presidente: Margarida do Carmo Fecchio Botter

Representante da Equipe Pedagógica: Nilza Galvão

Representantes da Equipe Docente: José de Souza Filho/ Marcos Rodrigo Gaiotto/ Marli

Longo

Representante da Equipe Administrativa: Adriana Aparecida Guesso Nalin

Representante da Equipe Auxiliar Operacional: Fátima Lino

Representante dos Discentes:

Ensino Fundamental da Manhã: Deysiane Rainiere Pereira

Ensino Fundamental da tarde: Gabriel Messias Toniolo Soutelho

Ensino Fundamental da Noite: Leonice de Souza Lima

Ensino Médio da Manhã: Larisse Ferreira de Souza

Ensino Médio da Noite: Welington França Ferreira

Representante dos Pais ou Responsáveis: Lílian Santos Preti / Teodoro Francisco da Silva

Representante do Grêmio Estudantil: Eduardo dos Santos Barros

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Representante da APMF: Vera Lúcia Alves dos Santos

1.2 Localização

( ) área urbana

( ) área rural

(X) área urbana periférica

1.3 Nível e modalidade de ensino ministrado na escola

( ) educação pré- escolar ( ) educação especial

( ) ensino fundamental - 1° ao 5° ano (X) ensino médio

( ) ensino fundamenta l- 6° ao 9° ano ( ) alfabetização de adultos

( ) ensino fundamental - 1° ao 9º ano ( ) EJA – fase I

( ) ensino fundamental - 1ª a 4ª série ( ) EJA – fase II

(X) ensino fundamental - 5ª a 8ª série ( ) EJA – Ensino Médio

( ) ensino fundamental – 1ª a 8ª série ( ) ensino profissional

1.4 Estrutura Curricular

(X) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental

( ) Disciplinas Anuais – Ensino Fundamental e Médio

(X) Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais

( ) Coletiva e Individual, no Ensino Fundamental - Fase II, e no Ensino Médio

2- ATOS E PARECERES

2.1- Ato Administrativo que aprova o Regimento Escolar: nº 136/2007

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2.2- Parecer Conjunto que aprova o Regimento Escolar: nº 088/2007

2.3- Parecer que aprova a Proposta Pedagógica Curricular: nº 15/2010 de 08/03/2010

2.4- Parecer que aprova o Plano de Estágio Não-Obrigatório: n° 42/2010

2.5- Ato Administrativo que aprova o Conselho Escolar: nº 024/2009

2.6- Ato Administrativo que aprova o Adendo Regimental de Alteração e Acréscimo

Referente a Oferta do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais: nº193/2009

2.7- Parecer que aprova o Adendo Regimental de Alteração e Acréscimo Referente a

Oferta do Ensino Médio por Blocos: nº 116/2009

MARCO SITUACIONAL8




Este Estabelecimento de Ensino, denominado Colégio Estadual Primo Manfrinato – Ensino

Fundamental e Médio, está localizado à Rua Timbiras, nº 156, conjunto Arcésio Guimarães,

no Município de Cianorte – Paraná.

No dia 04 de abril de 1984, através da Resolução nº 915/84, publicada no Diário Oficial nº

l.757, foi autorizado o seu funcionamento, denominando-se Escola Estadual Primo

Manfrinato – Ensino de 1º Grau. A partir de 11 de setembro de 1998, através da Resolução nº

3.120/98, este Estabelecimento passou a denominar-se Colégio Estadual Primo Manfrinato –

Ensino Fundamental e Médio.

O nome do colégio é uma homenagem prestada ao Senhor Primo Manfrinato, nascido em

Bica de Pedra – SP, em 08/07/l.905, por ter sido considerado cidadão de expressiva

participação no cenário político municipal, além de caracterizar-se como um dos

fundadores do município de Cianorte, onde fixou residência em 24 de julho de 1.953, vindo a

falecer no dia 16 de junho de l978, em Curitiba – Paraná.

Quanto à organização e disponibilidade do espaço físico, este Estabelecimento de Ensino

conta atualmente com 15 salas, sendo 15 salas de aula; uma biblioteca, a qual conta com

funcionários do setor administrativo responsáveis pelo atendimento à comunidade escolar nos

turnos matutino, vespertino e noturno, constituindo-se como um espaço de fonte de pesquisa

onde os alunos encontram as mais diversas referências bibliográficas, para sanar suas

indagações e assuntos tratados pelos professores em sala de aula, ou mesmo curiosidades que

surjam no decorrer do ano letivo.

Contamos também com uma secretaria, destinada à Equipe Administrativa, sendo que este

setor serve de suporte administrativo ao funcionamento de todos os outros setores deste

Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que o mesmo cumpra suas reais

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funções, tendo a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência deste

Estabelecimento.

Temos uma sala destinada à Equipe Pedagógica, cuja ação educativa visa enfatizar o processo

ensino-aprendizagem, dando atenção permanente a questão cultural, implementando a

proposta curricular da escola de acordo com as Diretrizes da Secretaria de Estado de

Educação (SEED), visando ainda enfocar a elaboração de atividades de complementação

curricular e de intervenção na escola para a melhoria no processo educativo, bem como

trabalhar na orientação ao aluno, atendimento aos pais ou responsáveis e no assessoramento

ao professor quanto ao planejamento do trabalho pedagógico.

Temos uma sala destinada à Direção e Direção Auxiliar; sala de professores; banheiros;

refeitório; cozinha; cantina; despensa para guardar alimentos; almoxarifado para arquivar

documentos; um laboratório de ciências, utilizado nas disciplinas de Ciências, Química, Física

e Biologia, para realização de experimentos que levam ao aluno visualizar a prática do

conhecimento teórico anteriormente estudado; um laboratório de informática em rede,

instalado pelo Paraná Digital e PROINFO em fase de instalação e, duas quadras de esportes,

uma sem cobertura e outra em fase de cobertura, utilizada para as aulas práticas de Educação

Física.

Através do Programa “Agenda 21 Escolar”, que trata de uma iniciativa global, que consiste no

estudo do diagnóstico do ambiente escolar e seu entorno, detectou-se pela comunidade escolar

alguns entraves que passam pela “má conservação do patrimônio público por parte dos

alunos, necessidade de maior de segurança, melhoria na integração dos membros da

comunidade escolar, bem como a melhoria na aprendizagem e conscientização da importância

desta para os alunos”.

Quanto ao espaço escolar, o mesmo é utilizado pela comunidade, nos finais de semana e

feriados, quando devidamente autorizado pelo Conselho Escolar e Associação de Pais,

Mestres e Funcionários (APMF), desde que as atividades não interfiram no calendário escolar

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e que as mesmas estejam presentes na Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino.

Nos finais de semana acontecem campeonatos, vacinação, ensaio da Fanfarra Estudantil, etc.

Assim, o relacionamento entre escola e comunidade pode ser intensificado nesta integração

dos diversos espaços educacionais, tendo como objetivo a criação de ambientes

culturais intensificados, que contribuem para o conhecimento e para a aprendizagem do

convívio social.

A organização do espaço reflete a concepção metodológica adotada pelo professor e pela

escola. Assim, é preciso que as carteiras sejam móveis, que os alunos tenham acesso aos

materiais de uso frequente e que as paredes sejam utilizadas para exposição de trabalhos

individuais ou coletivos. Nessa organização é preciso considerar a possibilidade de os alunos

assumirem a responsabilidade pela decoração, ordem e limpeza da classe. Quando o espaço é

tratado dessa maneira, passa a ser objeto de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá

por meio de investimentos sistematizados ao longo da escolaridade.

Quanto a caracterização do atendimento, este Estabelecimento de Ensino oferta o Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries), com duração mínima de quatro anos, com uma carga horária

mínima de oitocentas horas anuais, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de

efetivo trabalho escolar. Ensino Médio por série organizado em dois Blocos de Disciplinas

Semestrais, com duração mínima de três anos, com a carga horária mínima de duas mil e

quatrocentas horas/aula, sendo ofertado no período matutino e no período noturno.

Aos alunos de 5ª série do Ensino Fundamental que apresentam defasagem de conteúdos nas

áreas de Língua Portuguesa e Matemática, é oferecido atendimento em Sala de Apoio à

Aprendizagem, em contraturno.

Para os alunos que apresentam Transtornos Funcionais Específicos e/ou deficiência

intelectual é oferecido o serviço de apoio especializado caracterizado como Sala de Recursos,

o qual apresenta natureza pedagógica, apoiando e complementando o atendimento

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educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Na

organização do tempo escolar deve-se considerar o tempo como variável que interfere na

construção da autonomia e permite ao professor criar situações em que o aluno possa

progressivamente controlar a realização de suas atividades.

Temos ainda um Professor Apoio à Comunicação Alternativa, que é um profissional

especializado, que atua no contexto da sala de aula apoiando e fundamentando a mediação da

comunicação entre o aluno, grupo social e o processo de ensino e aprendizagem. Este

atendimento deve-se ao fato de termos um aluno na 5ª série do Ensino Fundamental que

apresenta Síndrome de Asperger, necessitando desse modo de formas alternativas e

diferenciadas de linguagem oral e escrita.

No que concerne ao tempo mínimo estabelecido pela legislação vigente, este Estabelecimento

segue os seguintes horários: matutino das 7:30 hs às 11:55 hs; vespertino das 13:30 às 17:55

horas e noturno das 19:00 às 23:05 horas.

Este Estabelecimento de Ensino atualmente atende 1025 alunos, 658 alunos no Ensino

Fundamental e 337 alunos no Ensino Médio por série organizado em dois Blocos de

Disciplinas Semestrais, totalizando 34 turmas dentre as quais uma turma é do CELEM –

Curso de Língua Estrangeira – Espanhol, com 30 alunos.

Conforme tabela abaixo, apresentamos as condições físicas e materiais deste

Estabelecimento de Ensino:

Dependências Quantidade Condições de utilização O que está

inadequado?Adequada Inadequada

Diretoria 1 X

Secretaria 1 X Espaço físico

Sala de Professores 1 X Espaço físico

Sala da Equipe

Pedagógica

1 X Espaço físico

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Sala de Recursos 1 X

Sala de Leitura ou Sala

de Apoio

1 X

Biblioteca 1 X Espaço físico

Sala de TV e Vídeo 0 Inexistente

Sala de Informática 1 X

Sala de Multimeios 0 Inexistente

Sala de Ciências/

laboratório

1 X

Auditório 0 Inexistente

Sala de Aula 15 X

Almoxarifado 1 X Pequeno

Depósito Material

Limpeza

1 X

Despensa 1 X Pequena

Refeitório 1 X Pequeno

Recreio Coberto 0 Inexistente

Quadra de Esportes

Descobertas

1 X Piso

Quadra de Esportes

Coberta

1 X

Cozinha 1 X

Área de Serviço 1 X

Sanitário dos

Funcionários

1 X Hidráulica

Sanitário dos Alunos 2 X

Vestiário dos Alunos 0 inexistente

Portanto, cabe-nos considerar que, em relação ao espaço físico, as instalações necessitam de

reparos na parte elétrica, hidráulica e reforma do piso da quadra descoberta. Necessitamos

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também de ampliação do refeitório, da sala da equipe pedagógica, secretaria e biblioteca.

Construção de sala de professores, novos equipamentos para laboratório de Ciências (química,

física e biologia), inclusive banquetas. Aquisição de lousas nas salas de aula que possuem

portas com aberturas para o pátio, pintura geral em todo espaço físico (interno e externo).

Quanto ao quadro de funcionários deste Estabelecimento de Ensino, este encontra-se assim

constituído:

Quadro 1 – Profissionais da Educação (Direção e Direção Auxiliar)

Nome Vínculo Função Formação

Margarida do Carmo Fecchio Botter QPM Diretora Graduação: Ciências e DireitoEspecialista em Instrumentalização para o Ensino de Ciências

Aparecida Donizete LourençoQPM Diretora

AuxiliarGraduação: Letras Especialista em Língua Portuguesa e Literatura e Educação de Jovens e Adultos

Quadro 2 – Profissionais da Educação (Equipe Pedagógica)


Claudio Madureira de Andrade QPM Professor

PedagogoGraduação: Ciências Biológicas e Pedagogia Especialista em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Cléia Aparecida Vicentino QPM Professora Pedagoga Graduação: Pedagogia

Especialista em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Elaine Aparecida da Silva QPM ProfessoraGraduação: Pedagogia

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PedagogaEspecialista em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Marileide Aparecida Teixeira da Silva QPM Professora

PedagogaGraduação: Pedagogia

Especialista em Didática e Metodologia do Ensino

Nilza Galvão QPM Professora Pedagoga Graduação: Pedagogia

Especialista em Educação Especial e Planejamento Educacional

Quadro 3 – Profissionais da Educação (Professores)

Professor Vínculo Função Formação

Aderizon Amorin REPR Professor Graduação: Ciências e Matemática

Especialização em Metodologia do Ensino de Matemática

Ana Caroline Rodrigues PSS Professora Graduação: Filosofia

Especialização em História e Sociedade

Ana Paula Hossaka QPM 01 Professora Graduação: Química

Especialização em Química e suas Aplicações e Educação de Jovens e Adultos

Aparecida Donizete Lourenço QPM 01/

02

Professora Graduação: Letras Especialização em Língua Portuguesa e Literatura e Educação de Jovens e Adultos

Célia Carris QPM Professora Graduação: Geografia

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Especialização em Ensino de Geociências Aplicada ao Meio Ambiente

Claudinéia da Silva Vargas QPM Professora Graduação: História

Especialização em Prática de Ensino em História

Cleide Romero Bongiorno de Souza SCO2 Professora Graduação: Letras

Especialização em Língua Portuguesa e Literatura

Danilo José Gardeline QPM Professor Graduação: Geografia

Especialização em Educação especial

Deina Lira Baggio QPM-01 Professora Graduação: Ciências/Matemática

Especialização em Educação de Matemática

Dinah Franke Moreira QPM 01/21 Professora Graduação: Pedagogia e Letras

Especialização em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa

Edcarla Alves Pastor PSS Professora Graduação: Letras

Especialização em Educação Especial

Edileuza de Moraes QPM Professora Graduação: Ciências/Matemática


Edson da Silva Augusto REPR Professor Graduação: Matemática

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Graduação em Matemática

Eduardo Borges QPM Professor Graduação: Ciências Contábeis/Matemática

Especialização em Didática: Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica

Erin Ayako Medeiros Hirata PSS Professora Graduação: Educação Física

Especialização: Educação Física Escolar

Eunice Pereira Motta Mori REPR Professora Graduação: Educação Física

Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional

Geovana Vela Avelato SCO2 Professora Graduação: Educação Física

Especialização em Psicopedagogia

Gilce Vicente Teixeira QPM Professora Graduação: Educação Física

Graduação em Educação Física

Hélio Pedralli da Mata QPM 01 Professor Graduação: Educação Física

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Especialização em Educação Especial e Deficiência Mental

Ivonete de Souza Mareti Moro QPM Professora Graduação: Geografia

Especialização em Organização do Espaço e Meio Ambiente

João Ricardo Carlos SCO2 Professora Graduação: Geografia

Graduação em Geografia

José Antonio da Silva QPM 01 Professor Graduação: Física

Especialização em Metodologia do Ensino: Aprendizagem da Matemática no Processo Educativo

Jose de Souza Filho QPM Professor Graduação: Ciências

Especialização em Ensino da Matemática de 1º e 2º Graus

Josiane Valério da Silva QPM Professora Graduação: História

Especialização em Ensino de Geografia e História

Lourdes de Lima Mazini QPM 01 Professora Graduação: Letras

Especialização em Literatura Brasileira

Maria do Carmo de Lima Bazotti PSS Professora Graduação: Geografia/Arte

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Especialização em Geografia: Organização do Espaço e Meio Ambiente

Marcos Rodrigo Gaiotto QPM 01 Professor Graduação: Geografia

Especialização em Educação, Planejamento e Gerenciamento do Meio Ambiente

Maria de Fátima Magri QPM Professora Graduação: História

Especialização em Formação Sócio Econômica do Brasil

Maria Izabel de Oliveira Amorim QPM 01/03 Professora

readaptada

Graduação: Administração de Empresas/Ciências/Biologia; Especialização em Psicopedagogia e Administração, Supervisão e Orientação Educacional

Maria Marchini de Souza QPM 21/01 Professora Graduação: Educação Física

Especialização em Planejamento Educacional

Maria Neuza Casassa QPM Professora Graduação: Letras

Especialização em Língua Portuguesa

Isabel Cristina Rodrigues PSS Professora Graduação: Pedagogia

Marli Longo QPM Professora Graduação: Matemática/Ciências Contábeis

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Michely Pereira de Barros QPM Professora Graduação: Química

Especialização em Educação Especial e Química

Milton Assis Leão QPM Professor Graduação: História

Especialização em Prática em Ensino de História: Cultura, Sociedade e Meio Ambiente

Nilson Telles SCO2 Professor Graduação: História

Especialização em Educação Especial e Inclusão

Ocimar Bissi QPM Professor Graduação: Ciências


Osni Dias de Andrade QPM 01 Professor Graduação: Letras

Rafaela Patia Barbosa REPR Professor Graduação: Letras

Raquel Cardoso de Moraes QPM Professor Graduação: Letras

Especialização em Língua Portuguesa: Metodologia de Ensino

Rita de Cassia Molonhi SCO2 /01 Professora Graduação: Educação Física; Especialização em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Rodrigo Cardoso Plaza REPR Professor Graduação: História

Rosana Mirian Luchetti Favalessa REPR Professor Graduação: Letras

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Especialização em Educação de Jovens e Adultos/ Língua Portuguesa e Literatura

Rosilene Gonçalves Ardengui REPR Professor Graduação: Moda/Pedagogia/Arte

Especialização em Administração, Supervisão e Orientação Educacional

Rosimeire Castilho QPM Professor Graduação: Arte

Especialização em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Rosemery Terezinha Roberto QPM Professor Graduação: Ciências

Especialização em Ensino da Matemática de 1º e 2º Graus

Rosely Martins Lima QPM Professora Graduação: Matemática


Sandra C. Torres Fernandes da Silva QPM Professora Graduação: Matemática

Especialização em Tópicos de Matemática do 2º Grau/ Mestrado em Engenharia de Produção

Simone Aparecida Pidai REPR Professora Graduação: Letras/Pedagogia

Especialização em Orientação Educacional

Suzelaine Tamborelli Mincoff QPM Professor Graduação: Ciências

Especialização em Pedagogia Escolar:

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Supervisão, Orientação e Administração/ Educação de Matemática

Tânea Aparecida Crispim Dplendor QPM Professora Graduação: Ciências Biológicas

Especialização em Instrumentalização Para o Ensino de Ciências/ Mestrado em Melhoramento Genético

Tania Cristina Ubinger Cararo SCO2 Professora Graduação: Letras

Especialização em Ensino de Língua Inglesa

Tania Marcia de Souza QPM Professora Graduação: Pedagogia

Especialização em Educação Especial

Valéria Cristina dos Santos Belussi QPM Professor Graduação: Letras

Especialização em Língua Portuguesa: Teoria e Prática

Vera Lucia Mariano QPM Professora Graduação: Letras

Especialização em Pedagogia Escolar: Supervisão Orientação e Administração

Vilma de Oliveira Ceccon Frigatti REPR Professora Graduação: Educação Artística

Especialização em Arte Terapia

Quadro 4 – Educadores não-docentes (Agentes Educacionais)


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Adriana Aparecida Guesso QFEB Ag. Educ. II Ensino Superior Pedagogia

Aparecida Rinaldin Bolonhozi CLAD Ag. Educ. I Ensino Fundamental

Cícero Vicente de Melo CLAD Ag. Educ. I Ensino Médio

Edna de Almeida Machado QFEB Ag. Educ. I Ensino Fundamental

Eliane de Souza Oltman CLAD Ag. Educ. I Ensino Fundamental

Fátima Lino CLAD Ag. Educ. I Ensino Médio

Gizele Cristiane de Souza QFEB Ag. Educ. II Ensino Superior em Pedagogia

Helton Penachio QFEB Ag. Educ. II Ensino Médio

Marcia Clara Cardoso Magron QFEB Ag. Educ. II Ensino Médio

Maria de Lourdes Lopes QFEB Ag. Educ. II Ensino Superior em Administração

Maria José Rigoldi QFEB Ag. Educ. II Ensino Superior em Letras

Meure Aparecida Qualioto QFEB Ag. Educ. II Ensino Médio

Renata Conte Valera QFEB Ag. Educ.II Ensino Superior em Geografia

Valdir Nani QFEB Ag. Educ. II Ensino Médio

Wagner A. Carmona QFEB Ag. Educ.I Ensino Fundamental

Zilda Inez Pereira Figueiredo CLAD Ag. Educ. I Ensino Médio

Zilda Borges Martins REPR Ag. Educ. I Ensino Fundamental

Conforme os quadros expostos acima, constatamos que neste Estabelecimento de Ensino, o

quadro de funcionários está composto por 79 pessoas, estando assim distribuídos: 57 23




professores das disciplinas afins; 05 professores pedagogos e 17 Educadores não docentes

(Agentes Educacionais). Sendo quarenta e três do Quadro Próprio do Magistério (QPM), onze

do vínculo Professor Paraná Educação Contratado pelo Processo de Seleção Simplificado

(REPR), seis do vínculo Professores QPM com aulas extraordinárias (SCO2), três do vínculo

do Processo de Seleção Simplificada (PSS), onze do vínculo Quadro de Funcionários da

Educação Básica (QFEB), e cinco do vínculo Professor e/ou Funcionário Contratado pelo

Regime CLT Consolidação das Leis Trabalhistas (CLAD).

Desses, 02 profissionais possuem título de mestre em sua área de formação; 55 profissionais

com especialização em sua área de formação e 06 profissionais com ensino superior em sua

área de formação. O quadro de Agentes Educacionais está composto por 17 funcionários,

dentre os quais cinco possui Ensino Superior, sete possui Ensino Médio e cinco possui Ensino

Fundamental.

Ter quadros de profissionais como este, em que a maioria dos profissionais da educação deste

Estabelecimento de Ensino obtiveram vínculo empregatício por meio de concurso público, o

que os tornam estáveis, contribui para o trabalho pedagógico da escola, visto que é possível,

planejar e trabalhar em um ano letivo com a possibilidade de continuidade do trabalho em

anos posteriores.

Os Professores QPM (Quadro Próprio do Magistério), PSS (Processo de Seleção

Simplificada) e Professores QPM com aulas extraordinárias (SCO2) , participam das

Capacitações nas Semanas Pedagógicas do 1º e 2º semestre, assim como os educadores não

docentes. Alguns professores participam de grupos de estudos por área aos sábados, realizam

GTR (Grupo de Trabalho em Rede) e participam das demais programações de formação

continuada oferecidas pela SEED. Temos também alguns professores que já participaram

e/ou participam do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).

Este Estabelecimento de Ensino atende atualmente 1025 alunos, sendo 658 alunos no Ensino

Fundamental e 337 alunos no Ensino Médio. Sendo, assim distribuídos: 21 turmas no Ensino

Fundamental, 12 turmas no Ensino Médio, e 1 turma do CELEM – Curso de Língua

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Estrangeira – espanhol com 30 alunos, totalizando 34 turmas. O Ensino Médio está

organizado em dois blocos de Disciplinas Semestrais.

Quanto ao desempenho acadêmico, tais como: Taxa de aprovação, taxa de reprovação e taxa

de abandono dos dois últimos anos, este Estabelecimento de Ensino obteve os seguintes

resultados:

Ensino Fundamental - Ano: 2008

INDICADORES

ANO: 2008

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE GERAL

Taxa de Aprovação

86% 88% 77% 87% 82%

Taxa de Reprovação

13% 22% 22% 12% 17%

Taxa de Abandono

1% 1% 1% 1% 1%

Disciplina com maior índice de reprova

Matemática Ciências e Geografia

Matemática Ciências


PortuguêsMatemática

Ciências


Fonte: Livro de Resultados Finais

Ensino Fundamental- Ano: 2009

INDICADORES

ANO: 2009

ENSINO FUNDAMENTAL

5ªSÉRIE 6ªSÉRIE 7ªSÉRIE 8ªSÉRIE GERAL

Taxa de Aprovação

85% 84% 86% 83% 85%

Taxa de Reprovação

14% 15% 13% 16% 17%

Taxa de Abandono

1% 1% 1% 1% 1%

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Arte Matemática História PortuguêsMatemática Ciências e Geografia

Matemática

Fonte: Livro de Resultados Finais.

Ensino Médio- Ano: 2008

INDICADORES

ANO: 2008

ENSINO MÉDIO

1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL

Taxa de Aprovação 74% 85% 97% 85%

Taxa de Reprovação 24% 14% 2% 13%

Taxa de Abandono 2% 1% 1% 1%


MatemáticaFísica

Português MatemáticaQuímicaInglês

Matemática


Ensino Médio- Ano: 2009

INDICADORES

ANO: 2009

ENSINO MÉDIO

1º ANO 2º ANO 3º ANO GERAL

Taxa de Aprovação 82% 83% 94% 86%

Taxa de Reprovação 14% 17% 2% 17%

Taxa de Abandono 1% 1% 1% 1%


Arte Matemática História Matemática


Com estes resultados, este Estabelecimento de Ensino obteve nos últimos IDEBs, média três

vírgula zero (3,0), no ano de dois mil e cinco (2005), média quatro vírgula um (4,1) no ano de

dois mil e sete (2007) e média quatro vírgula dois (4,2) no ano de dois mil e nove (2009).

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Este avanço se deu devido ao trabalho realizado pelos professores e profissionais da

educação, visando a melhoria no processo ensino aprendizagem.

Neste Estabelecimento de Ensino, quando é constatada a possibilidade de avanço de Série

e/ou de Bloco de Disciplinas Semestrais pelo aluno devidamente matriculado e com

frequência na série/ano/bloco de disciplinas semestrais, realiza as devidas notificações ao

NRE para que este proceda a orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais,

éticos e das normas que fundamentam o processo de Reclassificação.

São promovidos os alunos que cursam com aproveitamento, a série anual ou os Blocos de

Disciplinas Semestrais da respectiva série ou fase anterior, exigindo o mínimo de 75%

(setenta e cinco por cento) de frequência, dos 100 (cem) dias letivos previstos em cada Bloco

de Disciplinas Semestral e ou dos 200 (duzentos) dias letivos quando for série anual.

No Ensino Fundamental, a avaliação é Bimestral, com média aritmética, sendo que a Média

Final é calculada ao término de cada ano letivo, da seguinte maneira:

MÉDIA FINAL (M. F.) = (1ºB+2ºB+3ºB+4ºB) = 60

4

No Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais as disciplinas da Matriz

Curricular estarão organizadas anualmente em dois Blocos ofertados concomitantemente,

Bloco I e Bloco II, no entanto o aluno cursa um bloco de cada vez, sendo que a carga horária

anual da disciplina fica concentrada em um semestre, garantindo o número de aulas da Matriz

Curricular.

Cada Bloco de Disciplinas Semestral é cumprido em, no mínimo, 100 (cem) dias letivos,

previstos no Calendário Escolar.

O aluno tem a garantia de continuidade de seus estudos quando conclui cada um dos Blocos

de Disciplinas Semestrais, concluindo a série quando cumpre os dois Blocos de Disciplinas

Semestrais em cada série.

27




Quando a conclusão da série ocorre, no final do 1º semestre do ano letivo, o aluno pode

realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre do mesmo ano letivo.

No Ensino Médio Organizado por Blocos, a Avaliação é Bimestral, com média aritmética e a

Média Final é calculada ao término de cada semestre, da seguinte maneira:

MÉDIA FINAL (M. F.) = (1º bimestre) + (2º bimestre) = 60

2

Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino procuram conversar e orientar os alunos em

relação à importância dos estudos para sua vida, realizam reflexões a respeito da vida no

âmbito familiar e a dificuldade que seus pais encontram por não terem estudos suficientes

para orientá-los na questão escolar. Conscientizam sobre a importância do uso do uniforme,

cumprimento dos horários de aula e respeito para com o próximo. Os alunos realizam

diálogos, debates e discussões acerca das normas e regras escolares, conhecem e sabem da

importância de todas, porém muitos insistem em infringi-las.

Os profissionais da escola compreendem a diversidade econômica e cultural da população que

é atendida, o que faz com que toda e qualquer situação que não esteja prevista no Regimento

Escolar deste Estabelecimento de Ensino seja tratada como desafio para a equipe escolar.

Neste Estabelecimento de Ensino, atendemos os alunos tanto da zona urbana quanto da zona

rural, sabemos que alguns alunos apresentam dificuldades na aprendizagem e que boa parte

deles busca auxílio em seus lares, porém, alguns desses pais não possuem habilidades

suficientes para ajudá-los em suas tarefas escolares, e na grande maioria as mães trabalham o

dia todo fora, em fábricas, como empregadas domésticas e outras funções ou até mesmo na

lavoura, realizando as atividades domésticas no retorno do seu trabalho, ficando assim a ajuda

aos filhos defasada. Para superar os problemas propõe Saviani (2002) em sabias palavras:

“Que o papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de

luta de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes.”

28




Assim, a família, professores e instâncias colegiadas, juntos buscarão soluções para

resolverem tais situações. Somente através dessa união, será possível alcançar uma melhor

qualidade de ensino e formar cidadãos dignos, livre de preconceitos e marginalidade como já

citado acima.

MARCO CONCEITUAL

29




As leituras, discussões e reflexões realizadas com a comunidade escolar a respeito das

práticas e caminhos na construção e realização do Projeto Político Pedagógico, demonstrou

que, para que tenhamos uma escola para todos e que vise o desenvolvimento do aprender,

devemos articular os elementos relacionados a cidadania e a cultura. A comunidade escolar

precisa entender o papel da escola, que segundo Saviani (2002), deve ser o de mediar e fazer

as devidas intervenções do conhecimento elaborado pela humanidade, adquirindo assim,

subsídios para enfrentar desafios da vida contemporânea.

Com o intuito de compreender de forma mais elaborada os desafios enfrentados na prática

escolar, estudamos as teorias da educação a partir das discussões de Demerval Saviani (2002).

Neste processo, consideramos o contexto em que foram sendo produzidas, lembrando que

quando tratamos de Escola Tradicional, Escola Nova, Escola Tecnicista e Pedagogia

Histórico-Crítica não estamos afirmando que existiram separadamente, pelo contrário, elas

coexistiram e ainda coexistem concomitantemente nas práticas pedagógicas.

Sabemos que cada Pedagogia traz em si não somente uma visão de ensino, como também uma

visão de homem e sociedade. Se concebemos a Escola Tradicional como uma pedagogia não-

crítica, que surgiu no ideário burguês com o intuito de difundir a instrução e o saber a fim de

superar o problema da marginalidade, cujo centro é o professor e o aluno é visto como aquele

que recebe o conhecimento para assim adaptar-se à sociedade, sendo esta considerada

harmoniosa, certamente não optaremos como fundamento em nosso Projeto Político

Pedagógico por esta pedagogia, embora ela não seja ao todo ineficiente.

Com relação à Pedagogia Nova, que surgiu em função do descontentamento com a Escola

Tradicional, houve uma mudança de foco. O importante não era aprender, mas aprender a

aprender e o papel do professor passou a ser secundário, sendo o facilitador, estimulador e

orientador do trabalho, enquanto o aluno passou a ser elemento principal na aprendizagem.

Entretanto, esta pedagogia também não resolveu o problema da marginalidade e a situação

educacional se agravou, pois continuou havendo alunos excluídos da escola e alunos que,

mesmo incluídos, não eram bem sucedidos, sobretudo da classe popular. Dessa maneira,

30




também não seria essa a Pedagogia escolhida para nortear o trabalho pedagógico da nossa

escola.

Ainda, incluindo o conjunto das pedagogias não-críticas, encontra-se a Pedagogia Tecnicista,

cujo objetivo primordial era reordenar o processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e

operacional, assim como ocorreu no sistema fabril. Em função disso houve parcelamento do

trabalho pedagógico com a especialização de funções através de técnicos e o elemento

principal passou a ser a organização dos meios. O objetivo era formar o indivíduo para

executar funções na sociedade sem uma consciência mais crítica capaz de compreender a sua

condição. Também esta não foi a teoria que norteou nosso Projeto Político Pedagógico, pois,

assim como as outras, não oferece subsídios teórico-práticos que nos auxilia na compreensão

dessa sociedade contraditória e desigual, nem tampouco possibilita a construção de uma

prática transformadora. Essas teorias consideram que a escola não poderia ser diferente do

que ela é, ou seja, a escola é vista meramente como reprodutora dos padrões sociais

existentes.

Sendo assim, buscamos uma teoria crítica da educação, que tente explicar o fator educacional

não em si mesmo, mas em sua relação com as outras instâncias da sociedade. Considerando

que a escola sofre os conflitos de interesses que caracterizam a sociedade, levantamos

algumas questões: é possível conceber a escola como sendo suscetível de ser transformada

intencionalmente pela ação humana?; é possível articular a escola com os interesses dos

dominados?; é possível uma teoria da educação que vê na escola um instrumento para

contribuir com a superação do problema da marginalidade?

Quanto a estas questões, Saviani (2003) propõe “[...] retomar vigorosamente a luta contra a

seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares” (p.31). Fica

explícita a urgente necessidade das escolas garantirem aos filhos dos trabalhadores um ensino

de melhor qualidade possível nas condições históricas atuais.

Para tanto, foi necessário buscar um outra abordagem teórico-prática que possibilite e

expresse esse pensamento. Saviani (2003) sistematiza suas ideias concernentes à educação

31




vista no seu processo histórico, a qual denominou Pedagogia Histórico-Crítica. Essa teoria se

difundiu a partir de 1979, cujas bases estão no pensamento materialista histórico de Karl Marx

(1980) e na abordagem Histórico-Cultural de Vygotsky (1984). Segundo esta concepção, há

que se compreender as situações materiais reais de vida ao longo da história, para assim

compreender o papel da educação escolar na formação dos indivíduos para a sociedade. “É,

pois, na realidade escolar presente que se enraíza a proposta da pedagogia histórico-crítica”

(SAVIANI, 2003, p.93).

Nesta linha de pensamento, professores e alunos são compreendidos como agentes sociais.

Para o trabalho didático em sala de aula (GASPARIN, 2005) o ponto de partida é a prática

social, ou seja, a prática social vivenciada pela experiência cotidiana comum a professores e

alunos, mesmo que em níveis diferentes. Em seguida, faz-se a problematização do conteúdo,

na qual são identificados os principais problemas postos pela prática social. Isso implica em

identificar as questões que precisam ser resolvidas e que conhecimento é necessário dominar.

O passo seguinte proposto é a assimilação dos conteúdos, trata-se de instrumentalizar as

classes populares das ferramentas culturais necessárias para a emancipação da condição de

explorados. Posteriormente a isso, o aluno deve expressar o conteúdo aprendido. Segundo

Gasparin (2005), este momento denomina-se catarse e finaliza com a própria prática social,

porém, uma prática social diferente da anterior, transformada, elaborada, em que a prática

social referida no ponto de partida não é a mesma do ponto de chegada.

A forma descrita acima está bastante sintetizada e simples, porém, não esgota a proposta de

trabalho em sala de aula, haja vista que trata-se de um trabalho complexo, que lida com o

conhecimento de maneira contextualizada, visando a sua apropriação pelo aluno. Parece-nos

que esta abordagem, no momento atual, é a que melhor tem explicado a relação escola-

sociedade, que possibilita uma prática mais eficaz, tendo em vista que a escola está inserida

nesta sociedade, faz parte dela, sofre suas influências, mas que também a influencia. A escola

pode e deve ser um espaço de criação, um espaço de valorização do ser humano e do

conhecimento, um espaço de contestação e ao mesmo tempo de luta para contribuir na

formação de uma sociedade menos contraditória.

32




Do ponto de vista político, a escola, não é neutra em suas ações. Na visão proposta acima

almeja-se um compromisso por parte de todos os envolvidos na formação de cidadãos que

sejam críticos e atuantes na sociedade. Do ponto de vista pedagógico, a escola não quer

reproduzir as desigualdades sociais, mas objetiva que realmente os conhecimentos culturais

relevantes para a emancipação da classe trabalhadora sejam ensinados e aprendidos.

Tendo em vista essas reflexões e, sabendo da necessidade de mudança efetiva na escola, o

Colégio Estadual Primo Manfrinato, após estudos referentes à realidade e em relação aos

nossos objetivos, buscou a fundamentação teórica que permeia a prática existente e que

vislumbre alternativas para a mudança na escola.

Assim, consideramos que o trabalho pedagógico, deve nortear-se numa perspectiva crítica de

educação. Dessa forma, entendemos que atualmente a pedagogia histórico-crítica traduz a

realidade, desmascarando os mecanismos de ideologia e repressão de estado contra as classes

menos favorecidas.

Neste sentido, faz-se necessário apresentar, com base na construção coletiva do Projeto

Político Pedagógico e nos estudos realizados durante as Capacitações neste Estabelecimento

de Ensino, bem como em todos os trabalhos desenvolvidos no Colégio com pais, alunos,

professores, funcionários, equipe pedagógica e direção, as concepções de sociedade, homem,

educação e escola, cultura, conhecimento, currículo, ensino-aprendizagem, avaliação,

conselho de classe e gestão democrática que fundamentam a nossa prática escolar. É a partir

destas concepções relacionadas à nossa realidade subjetiva, que construímos as bases para a

prática pedagógica descritas neste Projeto Político Pedagógico.

No que se refere a concepção de sociedade, compreendemos que a sociedade atual apresenta

princípios, dentre os quais destacam-se o individualismo, a competitividade, a seletividade, o

consumismo, entre outros, que mascaram a situação real existente. A sua organização está

33




relacionada ao modo de produção capitalista, forjada num movimento de exploração da

maioria, enquanto o poder e a riqueza produzida se concentra com a minoria. Assim, o perfil

de sociedade que temos é uma sociedade desigual, injusta e preconceituosa, envolvida em

práticas excludentes.

Queremos uma sociedade que tenha maior igualdade social, que seja democrática na qual

todos tenham o direito ao conhecimento para que possamos participar de forma integral nas

riquezas tanto materiais como culturais, com cidadãos críticos e participativos, que

reconheçam a prática social existente e nela possam interferir.

Diante disso, fundamentamo-nos na concepção de homem que propõe que este deve adquirir

conhecimento para atuar criticamente na sociedade a fim de não aceitar a situações como

prontas e acabadas ou como naturalizadas, para que não seja estranho em relação às injustiças

sociais, pois a Pedagogia Histórico-Crítica, parte da concepção do homem enquanto “síntese

de múltiplas determinações”. Isso significa uma inter-relação entre o homem enquanto ser

social e o meio em que vive, pois ambos sofrem influências entre si.

Assim, segundo os profissionais da educação dessa escola, este homem deve visar a

autonomia, a participação e a conscientização sobre a realidade social. Um cidadão preparado

e instrumentalizado, que se permite continuar aprendendo, tendo em vista o desenvolvimento

da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos, estes

compreendidos como sendo a preparação para o mundo do trabalho por meio do acesso ao

conhecimento científico, além da produção e transformação da realidade em contato

permanente com novos saberes e, com isso, novas possibilidades de desenvolvimento. Neste

sentido, a escola, pela via do conhecimento, garante a preparação básica para a transformação

social. Entretanto, sabemos que, infelizmente, muitas vezes a escola é reprodutora da

ideologia vigente, da ideologia neoliberal que culpa o indivíduo do fracasso e das mazelas

sociais. Nesta perspectiva a escola deve contribuir para o desmantelamento da ideologia da

classe dominante, denunciando a desigualdade social que assola o mundo.

34




Com base nas pesquisas e estudos realizados pela comunidade escolar deste Estabelecimento,

visando a construção do Projeto Político Pedagógico, observamos o quanto é importante e

necessário que a escola atue dentro do seu papel, que é o de desenvolver uma prática

pedagógica voltada para a interação do conteúdo com a realidade concreta, objetivando a

transformação da sociedade, possibilitando assim, aos alunos uma educação com maior

qualidade. Portanto, na concepção de educação e escola, consideramos ser necessário

priorizar uma educação que vise a qualidade, proporcionando a todos o acesso ao saber

elaborado historicamente pela humanidade, uma vez que esse conhecimento científico deve

provocar a autonomia e o poder de decisão, para que essa sociedade competitiva e

individualista mude seus rumos.

Segundo Saviani (2003), a educação é um fenômeno humano e é através dela que o homem se

humaniza e humaniza os outros homens. É também através dela que os conhecimentos

produzidos são transmitidos de geração em geração. Ainda: “Para a pedagogia histórico-

crítica, educação é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a

humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (p.13).

Podemos dizer que a educação não está, dessa forma, restrita à escola, pois a educação ocorre

informalmente na prática cotidiana das pessoas, já que estamos sempre aprendendo algo. Na

escola, a educação toma um caráter formal, pois trata do conhecimento científico que deve ser

apropriado pelos alunos.

À luz do exposto, tendo como base esses fundamentos, pensamos em uma concepção de

educação e de escola que possibilite uma prática educativa com vistas a uma mudança efetiva,

a fim de que nossos alunos vivenciem a cidadania a partir de uma educação voltada para a

emancipação humana.

Em relação a concepção de cultura, compreendemos esta como o modo de vida, o complexo

dos padrões de comportamento, os sistemas de crenças e características de uma sociedade. A

cultura se apresenta de formas diferentes nas várias comunidades existentes. Sendo assim,

cabe a escola valorizar a cultura local, abrangendo-a também em sua amplitude. A herança

35




cultural transmitida pelas comunidades (famílias) constrói e fortalece a sociedade humana.

Esta mesma herança está em constante transformação, pois normas de comportamento ou

valores que existiam no passado, transformaram-se ou são abolidas para a própria

transformação da sociedade.

Essa cultura proporcionou um avanço significativo quanto a produção de tecnologias,

facilitando a comunicação global e permitindo acesso às informações. Com isso, as

prioridades em termos de conhecimento também foram afetadas, mudando o seu curso. Ao

mesmo tempo em que as tecnologias agilizaram a produção de bens de consumo, aumentando

o poder aquisitivo de capital, acelerou o processo de diminuição de renda por parte da

população trabalhadora.

De acordo com uma perspectiva crítica de educação, que objetiva mudanças efetivas na

sociedade, para além da crítica, o conhecimento a ser buscado e questionado tem seu ponto de

partida na realidade material existente, produzido e acumulado pela conjunto dos homens

(SAVIANI, 2003).

Neste sentido, é papel da escola mediar e articular a cultura historicamente elaborada e as

condições socioculturais dos alunos, permitindo a reelaboração crítica dessa cultura. Por sua

vez, é essencial que os profissionais que nela atuam ampliem seus conhecimentos a ponto de

valorizar e ensinar os saberes que devem ser trabalhados com os alunos, pois, segundo

Gasparin (2005) estes, na condição de aprendiz, não sabem distinguir quais conhecimentos

são necessários ao seu desenvolvimento. Cabe ao professor e à escola distinguir o que é saber

principal e saber secundário, o que é supérfluo e o que é necessário, o que realmente é

essencial para a formação do aluno.

A esse respeito, cabe-nos aqui ressaltar que no processo educacional torna-se primordial a

relação do professor e aluno com o conhecimento, visando a autonomia intelectual e com os

valores da cultura. Para tanto, a diversidade cultural, entre elas, as relações étnico-raciais e

afrodescendência, educação indígena, gênero e diversidade sexual, educação fiscal, educação

do campo, entre outras, deverão ser trabalhadas a partir dos conteúdos curriculares das

36




disciplinas, e não como assuntos tratados esporadicamente em dias específicos ou em forma

de projetos.

Dando continuidade a esta questão, destaca-se o currículo na escola, através do qual aponta-se

os saberes clássicos que devem ser priorizados a fim de propiciar a formação de um cidadão

ativo e crítico na sua sociedade, o que implica então numa formação para o enfrentamento da

realidade social, política e econômica. Nesse sentido, a proposta curricular deste

Estabelecimento de Ensino encontra-se em consonância com a proposta no atual contexto

histórico das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede estadual de ensino do

estado do Paraná, que entende “O currículo como configurador da prática, produto de ampla

discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização

disciplinar. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. p. 19). Cabe ressaltar ainda,

que os Desafios Educacionais Contemporâneos citados no parágrafo anterior, estão presentes

na escola e nas políticas educacionais, sendo chamados ao currículo na medida em que fazem

parte da totalidade de um conteúdo nele presente, tendo em vista a necessidade de explicação

destes como fatos sociais, portanto, fatos históricos da humanidade.

Considerando esta opção por um currículo organizado em disciplinas, os conteúdos devem ser

tratados, na escola de maneira contextualizada, o que implica no estabelecimento de relações

interdisciplinares entre eles. Sendo as disciplinas escolares, compreendidas como campos do

conhecimento, estas se identificam por seus conteúdos estruturantes e por seus quadros

teóricos conceituais. Assim, as relações interdisciplinares se estabelecem a partir das

disciplinas, na medida em que na compreensão de um recorte de conteúdo e/ou no tratamento

de um objeto de estudo de uma disciplina, faz-se necessário buscar em outras disciplinas,

referenciais teóricos, conceituais e práticos que forneçam uma abordagem mais ampla do

objeto em questão.

Entendendo a escola como espaço de enfrentamento entre os conhecimentos cotidianos e os

conhecimentos sistematizados, a concepção de currículo abordada no trabalho pedagógico

37




deste Estabelecimento baseia-se nas dimensões científica, artística e filosófica do

conhecimento com vistas ao seu desenvolvimento na sua totalidade. Portanto:

“A produção científica, as manifestações artísticas e o legado filosófico da humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas do currículo, possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano”. (DCEs, 2008. P. 21).

É nesse sentido que tem-se como opção o conteúdo escolar, o qual caracteriza-se como via de

acesso ao conhecimento. Tal posicionamento, mostra-se contrário a posição anterior de

minimização do conteúdo, cujo foco centra-se no trabalho com os temas transversais e a

pedagogia de projetos. Esta perspectiva pós-moderna, não garante o acesso ao conhecimento

de forma sistematizada, “... uma vez que prioriza o processo de “aprender a aprender” em

detrimento do ensino, descaracterizando a função social da escola pública.” (Estudos para

discussão sobre concepção de currículo da prática pedagógica, SEED, 2009. p.9).

Percebemos que a escola tem se perdido quanto a sua função social, preocupando-se com

questões secundárias. É claro que nos dias atuais com todo o processamento de informação,

comunicação e globalização, a escola tem se preocupado com diversas questões advindas da

problemática social, que interferem em muitas situações de forma negativa no âmbito escolar,

dentre as quais pode-se citar a violência, as drogas, a desigualdade social, o preconceito entre

outros, mas não podemos nos esquecer que o primordial é o ensino e a aprendizagem do

conhecimento científico.

A sociedade é composta por vários organismos que a mantêm e a transformam. Um destes

organismos é a escola, que fornece às pessoas uma cultura diferenciada daquela que ele já

possui: a cultura científica que é parte do conhecimento que fornece o rigor da ciência.

Com base na definição acima e nos estudos realizados por esta comunidade escolar, podemos

dizer que cabe à escola valorizar a cultura popular do aluno, e possibilitar que o mesmo tenha

acesso à cultura científica, a qual fornecerá fundamentos que permitam a análise, a

38




interpretação e a criticidade para a reelaboração de ideias. Esse conjunto de conhecimentos é

que proporciona ao aluno se posicionar diante das situações, aceitar ou até recusar novos

valores. Cabe, portanto, ao professor fazer um elo entre a cultura científica e a que o aluno já

possui para tornar a aula mais dinâmica e a aprendizagem mais significativa.

Em consonância com as discussões em torno da reelaboração do Projeto Político Pedagógico,

percebemos que o processo de ensino-aprendizagem deve ser pensado em uma perspectiva

crítica de educação.

Segundo Gasparin (2005), o processo de ensino-aprendizagem depende de três elementos que

se complementam na prática pedagógica, sendo professor, aluno e conteúdo, em que estes se

interrelacionam na apropriação do conhecimento pelo aluno.

Nesta relação, o professor deve direcionar o trabalho, no movimento de prática-teoria-prática,

ou seja, buscando o conhecimento já dominado pelo aluno e fazendo com que este entre em

conflito a fim de buscar uma nova visão do conteúdo e da realidade. Este trabalho, portanto,

deve ser intencional, bem planejado e avaliado no seu processo.

“O acesso ao conceito científico ocorre via instrução; é, portanto, um conhecimento que se adquire de forma desvinculada da experiência imediata, em momentos organizados com o fim explícito de ensinar e aprender”. (SFORNI, 2004. p. 78).

Compreendendo que a avaliação permeia o currículo escolar no processo educativo, esta

caracteriza-se como diagnóstico do processo ensino-aprendizagem e como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Nesse sentido, deve assumir uma dimensão formadora ao

possibilitar a aprendizagem ou sua verificação e ao mesmo tempo proporcionar a reflexão

sobre a ação pedagógica, ou seja, investigar para intervir.

A partir desta perspectiva, consideramos que o professor deve elaborar instrumentos de

avaliação diversificados, valorizando as individualidades de cada aluno, a bagagem que traz

de sua vivência e de sua cultura. Assim a avaliação deve ser diagnóstica e contínua na

interação aluno/professor. Dessa forma, contribuirá para que o professor repense sua prática

39




pedagógica fazendo as devidas retomadas e intervenções, possibilitando a recuperação de

estudos sempre que for necessária.

Diante disso, a avaliação não deve ter um caráter classificatório, pois assim, estaria

condizente com a seletividade existente na sociedade capitalista. Segundo Vasconcellos

(2003, p.41) essa forma de avaliar exige uma mudança significativa por parte da escola: “A

questão principal não é a mudança de técnicas; passa por técnicas, mas, a priori, é a mudança

de paradigma, posicionamento, visão de mundo”.

Para a pedagogia histórico-crítica, a avaliação tem por objetivo verificar se os alunos estão

passando do estágio do senso comum (desorganização dos conteúdos) para a consciência

crítica (sistematização dos conteúdos). Assim, a avaliação torna-se uma atividade permanente

e constante na prática pedagógica, orientando professores e alunos no trabalho escolar.

Articulado à avaliação educacional, está o conselho de classe, que caracteriza-se como um

espaço coletivo de discussão e reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem. Portanto, é um

órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa referentes aos assuntos didático-

pedagógicos. Tem por responsabilidade, a análise das ações pedagógicas, com vistas à

indicação de alternativas que garantam a efetivação do processo ensino-aprendizagem. Sua

finalidade, após analisar informações e dados é a de intervir em tempo hábil no processo

educacional, possibilitando aos educandos formas diferenciadas para apropriação dos

conteúdos curriculares. Neste sentido, o conselho de classe tem como ponto fundamental a

articulação entre os diversos segmentos da escola, uma vez que trata da direção do processo

ensino-aprendizagem.

Torna-se relevante explicitar no contexto educacional, a concepção da gestão democrática na

escola, que passa pela responsabilidade de todos os envolvidos com ela, sejam professores,

alunos, pais, equipe pedagógica, funcionários e direção (VEIGA, 2005). Essa

responsabilidade remete ao compromisso de todos os segmentos com a educação dos alunos.

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Sabemos que a gestão democrática não ocorre de um dia para o outro, assim, é necessário um

trabalho de orientação e de autonomia direcionado à comunidade escolar. Todos devem sentir

o acolhimento da escola, percebendo a importância da sua participação e colaboração para

apontar caminhos e sugestões que promovam a melhoria da qualidade do ensino, pois a

participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática.

Por meio da interação, as pessoas envolvidas passam a conhecer melhor o papel da escola,

bem como seus objetivos e necessidades. Assim, a proximidade entre elas permite uma

atuação que, por sua vez, gera um melhor resultado no processo ensino-aprendizagem.

Entretanto, a escola deve permitir e propiciar meios para que a participação de todos se

efetive, desenvolvendo conceitos de gestão democrática e apresentando situações em que as

pessoas possam refletir, buscando sempre a melhor alternativa para as questões da nossa

realidade. Neste sentido, as instâncias colegiadas (Grêmio Estudantil, Associação de Pais,

Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar) passam a assumir papel relevante na

gestão e organização da escola, uma vez que promovem a participação coletiva e efetiva de

todos os segmentos da comunidade escolar, por meio da representatividade e reflexão

dialógica entre os pares.

Cabe-nos explicitar de forma conceitual, o trabalho referente à educação inclusiva. Para tanto,

baseamo-nos na política nacional de educação inclusiva, a qual se fundamenta na ideia de

uma sociedade que reconhece e valoriza a diversidade, defendendo o acesso universal

à escolaridade básica através da transformação da escola em um ambiente de convivência

respeitosa, enriquecedora e livre de qualquer discriminação.

Partindo desse pressuposto, acredita-se que além de um desafio, a inclusão pode contribuir na

melhoria da qualidade da educação básica, uma vez que a escola necessita aprimorar suas

práticas pedagógicas, a fim de atender às diferenças.

41




MARCO OPERACIONAL

Partindo do conhecimento da realidade deste Estabelecimento de Ensino, buscamos levantar e

projetar ações centradas na perspectiva da prática educativa. Procuramos ressaltar a reflexão

entre os diferentes segmentos da comunidade escolar em relação ao processo de ensino-

aprendizagem, em especial no que se refere as relações entre teoria e prática, essenciais a

apropriação do conhecimento pelos alunos.

42




Nesse sentido o Colégio Estadual Primo Manfrinato tem como objetivo não apenas o

compromisso com a produção e difusão do saber culturalmente construído, mas também com

a formação do cidadão na inserção da prática social.

Tendo em vista o princípio da gestão democrática e objetivando o comprometimento de toda a

comunidade escolar, é que assumimos de forma coletiva a definição de ações para o

desenvolvimento do trabalho didático-pedagógico, com o intuito de assim favorecer a

aprendizagem do aluno.

No que diz respeito a integração da família no contexto educacional, faz-se necessário manter

a relação ética e harmoniosa, através do envolvimento da família e comunidade nas atividades

escolares, destacando a importância do conhecimento científico por meio de reuniões, debates

e palestras sobre temas que venham de encontro às necessidades na formação do educando.

Além destas atividades, pretendemos promover atividades recreativas e de lazer e desenvolver

reuniões periódicas, a fim de que escola e família sejam parceiras no processo ensino-

aprendizagem.

Tendo em vista que as reuniões periódicas não atingem o número de pais ou responsáveis

esperados, propomos que as reuniões aconteçam por série e que no ato da entrega das

convocações os alunos assinem o livro ata, assumindo o compromisso de repassá-las aos

responsáveis.

Visando o aperfeiçoamento da prática pedagógica dos profissionais da educação, este

Estabelecimento de Ensino possibilitará sua participação na Formação Continuada através de

encontros pedagógicos estabelecidos em calendário escolar, cursos, grupos de estudos,

simpósios, palestras e seminários propostos pela SEED e outros segmentos educacionais, bem

como reuniões pedagógicas desenvolvidas de acordo com as necessidades apresentadas pelos

professores no contexto escolar, com a finalidade de promover a socialização da prática

educativa através de trocas de experiências como forma de propiciar a melhoria da qualidade

de ensino.

43




Ressaltamos ainda a necessidade de oportunizar aos profissionais da educação o

conhecimento das legislações que regem os direitos da pessoa com necessidades educacionais

especiais, bem como o aperfeiçoamento e adaptações da prática pedagógica em face a política

de educação inclusiva.

Quanto a questão da indisciplina, podemos perceber que está relacionada a conscientização do

aluno em saber a necessidade do conhecimento em sua vida. Portanto, sugere-se que o

professor destaque a importância dos conteúdos científicos de sua disciplina e a função social

da escola. A indisciplina, por sua vez, pode ser reflexo de situações vivenciadas no cotidiano,

como desestrutura familiar, ausência de educação moral, valores, entre outros. Assim

procuraremos sensibilizar os educandos a esse respeito, através de parceria com os

professores e equipe pedagógica, estabelecendo regras de convivência entre professor e aluno

(contrato pedagógico), resgatando a autoridade do professor em sala de aula.

A esse respeito, estamos desenvolvendo nos três turnos do Colégio, o trabalho com o Boletim

informativo com todos os professores no primeiro dia de aula do ano letivo, onde consta as

normas estabelecidas no Regimento Escolar, bem como o seu devido cumprimento por parte

dos alunos e a entrega do mesmo aos pais para ciência e assinatura do canhoto de

recebimento que deverá ser devolvido à equipe pedagógica, o mesmo também será entregue

aos pais que efetivarem matrícula após o inicio do ano letivo, pela secretaria do

Estabelecimento de Ensino. Em caso do não cumprimento das normas pelo aluno, a equipe

pedagógica fará a orientação individual e releitura do documento e em caso do coletivo far-

se-á na sala de aula envolvendo todos os presentes. Em um segundo descumprimento os pais

serão convocados a comparecerem no Colégio para tomar ciência do ocorrido, se

comprometendo na participação mais efetiva da vida escolar do filho (a), afim de melhorar

tanto à questão disciplinar quanto à aprendizagem.

No que diz respeito ao uso de equipamentos eletrônicos (celular), a equipe pedagógica fará

orientação junto aos pais em reunião quanto a colaboração de não deixarem seus filhos

44




trazerem o celular à escola, uma vez que a mesma disponibiliza aos alunos o uso do telefone

em caso de necessidade.

Em alguns casos, a falta de interesse e indisciplina podem estar relacionadas à questões

pedagógicas. Neste sentido, faz-se necessário um trabalho de orientação junto ao professor,

revendo e efetivando mudanças significativas em sua prática pedagógica, evidenciando a

relação interativa entre professor/aluno/conhecimento.

No que se refere as medidas disciplinares, estas serão aplicadas quando necessário, de acordo

com o previsto no Regimento Escolar do Estabelecimento e no Estatuto da Criança e do

Adolescente. Em casos extremos de indisciplina, acionar o Conselho Escolar para que auxilie

a direção e equipe pedagógica na tomada de decisões diante dos problemas apresentados.

Visando ainda a implementação da segurança e da disciplina no espaço escolar,

organizaremos palestras envolvendo alunos, professores, funcionários, Patrulha Escolar,

Conselho Tutelar e outros órgãos competentes.

Tendo em vista a problemática da evasão escolar, a escola vem desenvolvendo ações que

passam pela orientação junto aos alunos e seus familiares, no sentido de sensibilizá-los a

reconhecer a necessidade da escolarização no processo de formação integral do cidadão. No

trabalho realizado pela equipe pedagógica, quanto ao aluno evadido ou faltoso, este

Estabelecimento de Ensino toma as providências necessárias para garantia da permanência do

aluno no sistema educacional, através do Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e

a Valorização da Vida. Para tanto, utiliza-se de um dos instrumentos do referido programa

que é o documento denominado FICA (ficha de comunicação do aluno ausente) no

enfrentamento à evasão. Destaca-se que no período noturno, a causa principal de evasão

escolar é oriunda da necessidade do aluno contribuir com a renda familiar, bem como da

rotatividade dos turnos de trabalho.

No que diz respeito a questão da repetência, está muitas vezes atrelada à não aprendizagem.

Nesse sentido, a escola oferece Sala de Apoio à Aprendizagem nas áreas de Língua

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Portuguesa e Matemática para alunos de 5ª série com defasagem de aprendizagem na leitura,

escrita e cálculos. Contamos com Sala de Recursos, destinada aos alunos com Deficiência

Intelectual/Transtornos Funcionais Específicos de 5ª a 8ª séries, contemplando as áreas do

desenvolvimento cognitivo, motor, sócioafetivo-emocional, conforme consta no Regimento

Escolar do Estabelecimento, além de um Professor de Apoio em Sala de Aula (PAS). Este

profissional especializado atua no contexto da sala de aula apoiando e fundamentando a

mediação entre o aluno, grupo social e o processo de ensino e aprendizagem. Também é

oferecido aos alunos, atividades de complementação curricular (Viva a Escola), tais como:

Brincando com a matemática; Educação Socioambiental; O Xadrez na educação:

possibilidades de trabalho sobre a perspectiva das inteligências múltiplas; Fanfarra e

Musicalização e o Segundo Tempo, que é um projeto esportivo do Governo Federal, que visa

atender alunos do Ensino Fundamental que estão em situações de risco. Estas atividades de

complementação curricular objetivam a expansão de atividades realizadas na escola, bem

como a integração social e pedagógica, contribuindo com a aprendizagem dos alunos.

Tendo em vista o alto índice de reprovação nos anos de 2008 e 2009 na disciplina de

matemática, além do Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem nesta mesma área, das

Atividades de Complementação Curricular, Brincando com a Matemática e O Xadrez na

educação: possibilidades de trabalho sobre a perspectiva das inteligências múltiplas, que

objetivam a melhoria na aprendizagem, portanto, também na área da matemática, através do

desenvolvimento do raciocínio lógico, concentração e atenção, entre outros aspectos, este

estabelecimento de ensino propõe como ação uma maior aproximação dos alunos sobre o

aspecto de conhecer sua realidade para que com isso se possa redefinir as possiblidades de

estreitar cada vez mais o processo ensino aprendizagem. Buscar-se-á ainda, relacionar os

conteúdos em pauta com situações do cotidiano dos alunos ou de outra comunidade,

intencionando melhor apropriação; produção de materiais lúdicos de acordo com os conteúdos

a serem trabalhados, sendo estes compartilhados entre os professores; troca de informações

constantes com os professores da área referente a encaminhamentos metodológicos que

venham apresentando resultados satisfatórios na aplicação dos conteúdos em cada série.

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Do mesmo modo, o coletivo deste estabelecimento de ensino propõe como ação para melhoria

na aprendizagem das demais disciplinas curriculares o desenvolvimento de atividades

diferenciadas em sala de aula com a utilização de recursos tecnológicos e de material

impresso, estimulando assim, o interesse dos alunos. Para tanto faz-se necessário ampliar a

parcela de recursos destinados a materiais didático-pedagógicos, visando o desenvolvimento

de um trabalho pedagógico diferenciado, que contribuirá na melhoria do processo ensino

aprendizagem; promoção de estratégias diversas referentes a atividades de incentivo a leitura;

continuidade na organização de reuniões periódicas com os pais dos alunos, envolvendo todo

o coletivo escolar, contando ainda com o apoio do Núcleo Regional de Educação, Secretaria

de Ação Social e de outros órgãos como o Conselho Tutelar, dentre outros; continuidade no

trabalho de intervenção pela equipe pedagógica junto aos professores; investimento na

relação professor aluno, com o intuito de melhoria na qualidade do processo ensino –

aprendizagem; utilização responsável dos recursos tecnológicos no desenvolvimento do

trabalho pedagógico; incentivo ao desenvolvimento de programas como o Viva a Escola que

estejam voltados para complementação do conteúdo escolar; em conjunto professores e

equipe pedagógica diante das dificuldades de aprendizagem diagnosticadas, desenvolverão

ações que visam superar tais dificuldades.

Quanto ao Ensino Médio, cuja organização está por Blocos de Disciplinas Semestrais, a

equipe pedagógica e direção tem realizado como ação, o desenvolvimento de um trabalho de

explicitação aos alunos e seus responsáveis sobre o funcionamento desta organização, além de

proceder as devidas orientações, principalmente quanto aos critérios de avaliação, assiduidade

e aproveitamento escolar em cada bimestre.

No que se refere aos funcionários deste estabelecimento de ensino, pode-se destacar como

ação destes agentes educacionais, dentro de suas atribuições e através de seus conhecimentos,

o auxílio aos alunos e a comunidade a melhorarem o convívio escolar, orientando-os quanto

aos seus direitos e deveres, bem como levando informações sobre alguns programas que lhes

são oferecidos, ou seja, em diversas situações, os agentes educacionais, além de suas

atribuições funcionais explicitadas em lei, sugerem encaminhamentos, conforme o caso, ao

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Centro Social Urbano, quando refere-se a Programas como Bolsa Família, Leite das Crianças,

ou ainda aos Postos de Saúde, em caso de vacinas vencidas, além de encaminhamentos para

providenciar a documentação necessária como carteira de identidade, CPF, etc. Há ainda a

indicação e/ou orientação por parte dos educadores não docentes para os pais, alunos e

demais membros da comunidade escolar aos diferentes setores da escola, como Equipe

Pedagógica, Direção, Programas de Complementação Curricular, entre outros, conforme se

fizer necessário.

Quanto à frequência escolar dos educandos, o estabelecimento de ensino atende a legislação

vigente, a qual exige o mínimo de setenta e cinco por cento (75%) de freqüência durante o

ano letivo. Assim, sendo, os alunos são informados e orientados que nos casos de atestados de

trabalhos, carteira de habilitação e ou crença religiosa, as faltas serão computadas

normalmente, exceto nos casos de atestados médicos amparados por lei, tais como: doenças

infecto-contagiosa, Lei Federal 1044/69; licença gestação, Lei Federal 6202/75 e serviço

militar, Decreto de Lei Federal Nº 715/69.

No que diz respeito à distorção idade-série, este Estabelecimento de Ensino está

desenvolvendo atividades pedagógicas diversificadas para alunos fora da faixa etária para a

série em curso. Os professores estão sendo orientados e conscientizados quanto a necessidade

de priorizar os conteúdos básicos, essenciais, conforme proposto nas Diretrizes Curriculares

para a Educação Básica do Estado do Paraná. Além disso, a escola vem oferecendo suporte

pedagógico e recursos necessários para implementação do trabalho didático em sala de aula.

Com isso, objetiva-se oportunizar aos alunos uma aprendizagem significativa e avanços

cognitivos para que possam adequar-se ao convívio escolar e dar continuidade nos estudos.

Em relação ao espaço físico mencionado no marco situacional, no que se refere a necessidade

de ampliação, implementação e aquisição de novos materiais e equipamentos, a comunidade

escolar tem se mobilizado através de solicitações por meio de processos junto a Secretaria de

Estado da Educação e outros órgãos competentes, bem como, através de recursos próprios,

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com o objetivo de viabilizar a melhoria em tais aspectos e consequentemente a melhoria do

processo ensino e aprendizagem.

Citamos ainda outras ações que o Colégio vem realizando e/ou pretende realizar, sendo elas:

gincanas, mostra cultural e/ou apresentação de trabalhos realizados por professores e alunos,

jogos, treinamento de futsal feminino e masculino realizado em turno diferenciado das aulas,

apresentações artísticas, criação de grupo de dança, aprimoramento e incentivo a Fanfarra

Estudantil, em parceria com a Prefeitura Municipal, implantação do PROINFO junto com o

laboratório de informática em rede pelo Paraná Digital, implementação de acervo

bibliográfico e incentivo à permanência do curso de Língua Estrangeira - Espanhol (CELEM).

Destacamos também os Desafios Educacionais Contemporâneos (educação para o Trânsito;

violência; drogas; educação sexual; educação do campo; educação ambiental; indígena;

Cultura Afro-brasileira e Africana, Educação Fiscal; preconceito de gênero, etnia e religião,

entre outros, além da temática referente aos direitos das crianças e adolescentes no currículo

do ensino fundamental) que serão desenvolvidos a partir do conteúdo curricular das

disciplinas, ou seja, as disciplinas devem abordar os Desafios Educacionais Contemporâneos,

trabalhando-os a medida em que o conteúdo permitir, salientando que estes deverão constar

nos Planos de Trabalho Docente. Tendo em vista o desenvolvimento dos temas abordados em

sala de aula, o que se pretende é a elaboração e realização de atividades referentes aos

desafios educacionais contemporâneos, bem como, se possível, a apresentação das mesmas

ao longo do ano letivo.

Outro desafio, é a continuidade no ano letivo de 2010, do Programa Agenda 21 Escolar, cuja

proposta é resultado da Agenda 21 Global, o principal documento da Rio-92 (Conferência das

Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano) e contém um programa

de ação para todo Planeta.

O Programa “Agenda 21 Escolar”, é uma iniciativa global, incentivado pela SEED, e consiste

no estudo do diagnóstico do ambiente escolar e em seu entorno, para ser implementada na

escola e em seu meio de influência (familiar e social), uma vez que um dos seus objetivos é a

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identificação de problemas que afetam a qualidade de vida dos alunos, para que a comunidade

escolar busque soluções a partir de discussões que favoreçam a difusão de saberes.

Consideramos que esta ação veio de encontro às nossas necessidades, propiciando condições

de aprendizagem significativa aos nossos alunos.

Em relação aos problemas levantados pela comunidade escolar contidos no diagnóstico para o

desenvolvimento da Agenda 21, observamos que passaram ou ainda passam pela “má

conservação do patrimônio público por parte dos alunos, necessidade de maior de segurança,

melhoria na integração dos membros da comunidade escolar, bem como a melhoria na

aprendizagem e conscientização da importância desta para os alunos”. Diante disso, estão

sendo desenvolvidas atividades de complementação curricular – Educação Socioambiental,

onde é abordado o tema em discussão em parceria com vários segmentos da sociedade, dentre

eles: Força Verde, Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, além dos

profissionais da educação do Estabelecimento de Ensino e comunidade em geral. A esse

respeito, há que se considerar que gradativamente vem ocorrendo mudanças significativas em

relação aos problemas detectados no diagnóstico levantado inicialmente.

Quanto ao papel das instâncias colegiadas, contamos com o Grêmio Estudantil, que constitui-

se na organização dos estudantes do Colégio, onde os mesmos desenvolvem atividades

culturais e esportivas e participam de debates e palestras sobre assuntos de interesse dos

estudantes, bem como alguns dos temas, que estão relacionados aos Desafios

Contemporâneos, visando a aquisição de novos conhecimentos científicos e mudança de

comportamento frente aos desafios sociais. O Grêmio Estudantil não tem caráter político-

partidário, religioso, racial e é uma instância sem fim lucrativo.

O Conselho Escolar que é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e fiscal,

que tem como principal atribuição o acompanhamento do Projeto Político-Pedagógico, eixo

de toda e qualquer ação desenvolvida neste Estabelecimento de Ensino. Temos ainda a APMF

que é um órgão de representação dos pais, professores e funcionários do estabelecimento.

Entre os objetivos da APMF, estão o de discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a

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assistência ao educando, o aprimoramento do ensino, e para a integração família-escola-

comunidade.

Contamos também com o Conselho de Classe que é um órgão colegiado, de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

deste Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar e acompanhar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno-conhecimento e os procedimentos de intervenção a

cada caso, devendo haver a participação efetiva de todos os professores da turma.

Nesse sentido, sugere-se que a avaliação e acompanhamento da aprendizagem seja verificada

através de um pré-conselho, que poderá ser realizado através de reuniões ou através de fichas,

constituindo-se assim em mais um instrumento para posteriores intervenções pedagógicas.

Devendo ainda o professor informar a equipe pedagógica os casos de alunos que necessitam

de orientação e atendimento para melhor aproveitamento escolar, mesmo antes do término

do bimestre, para possível intervenção. Quanto ao conselho de classe deverá ser discutido

junto ao coletivo do Colégio, visando reavaliar não somente a aprendizagem do aluno, como

também toda a organização do trabalho pedagógico a ser realizado no pós-conselho com todos

os envolvidos no processo.

No que se refere à aprendizagem, alguns alunos apresentam dificuldades diversas. Com a

preocupação em relação a esses alunos, este Estabelecimento de Ensino solicitou junto ao

Núcleo Regional de Educação, a renovação da autorização de funcionamento da Sala de

Recursos para atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais. Conta

também com uma professora apoio permanente para dar suporte pedagógico em sala de aula

regular, onde possui aluno com Transtorno Global do Desenvolvimento e um Professor de

Apoio a Comunicação Alternativa para alunos com deficiência física neuromotora. Além

disso, destacamos o Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem para atendimento aos alunos

de 5ª séries que apresentam defasagem nos conteúdos das séries iniciais do Ensino

Fundamental, oferecidas pela SEED.

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Dessa forma, temos a possibilidade de oportunizar aos educandos atendimento com

profissionais especializados, a fim de auxiliar na aprendizagem dos mesmos, subsidiando

assim, uma prática pedagógica condizente com as necessidades, respeitando a diversidade

cultural.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico prevê a reflexão coletiva de todos os envolvidos

com a escola, priorizando o diálogo, o respeito, a crítica e a descentralização do poder, sob o

princípio de gestão democrática, criando uma forma de comunicação que desenvolve a

autonomia.

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Assim, a realimentação do Projeto Político Pedagógico será constante, pois o mesmo é um

conjunto de reflexões que demonstram caminhos e sugestões teóricas-práticas para a

efetivação de uma educação de qualidade e necessita ser sempre revisto e avaliado

coletivamente.

“Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto político-pedagógico. A avaliação do projeto político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicitar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva).” (VEIGA, 2005, p. 32).

Neste sentido, deve ser analisado continuamente como processo, mesmo porque o Projeto

Político Pedagógico não pode ser simplesmente visto como uma tarefa burocrática, pronto e

acabado para ser encaminhado as autoridades educacionais. Segundo Veiga:

“A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do projeto [...]. É parte integrante do processo de construção do projeto e compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos.” (VEIGA, 1998, p.27).

A avaliação, portanto, deve buscar analisar as ações cujos objetivos estão sendo alcançados,

bem como privilegiar a discussão crítica sobre os conflitos, as tensões e as rupturas que

precisam ser enfrentadas, bem como a indagação, face as desigualdades, que exige uma

tomada de atitude democrática e coletiva, visando sempre a qualidade da educação neste

Estabelecimento de Ensino. Dessa forma, almeja-se avaliar o Projeto Político-Pedagógico

continuamente em reuniões periódicas. Procuraremos proporcionar encontros bimestrais,

incluindo também as reuniões pedagógicas previstas em calendário escolar, a fim de verificar

os avanços e recuos, bem como propor novos caminhos coletivamente no encaminhamento do

trabalho e organização pedagógica.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96. Brasília: MEC, 2004.

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SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8. ed. revista e ampliada. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. (Coleção educação contemporânea).

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SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem Conceitual e organização do Ensino: contribuições da teoria da atividade. 1 ed. Araraquara: JM Editora, 2004.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da aprendizagem: práticas de mudança – por uma práxis transformadora. 5. ed. São Paulo: Libertad, 2003. (Coleção cadernos pedagógicos do Libertad, v. 6).

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 19 ed. Campinas, SP: Papirus, 2005. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Escola: espaço do projeto político. Campinas, SP: Papirus, 1998.

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VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.

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projeto polÍtico-pedagÓgico · web viewsubsidiar as ações da escola tendo como eixo o projeto...

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