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ESCOLA ESTADUAL CARMELA BORTOT ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PATO BRANCO PR 2013

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  • ESCOLA ESTADUAL CARMELA BORTOT ENSINO FUNDAMENTAL

    PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

    PATO BRANCO – PR 2013

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    SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................................................................................05 1.INTRODUÇÃO................................................................................................05 1.1 HISTÓRICO DA ESCOLA...........................................................................05 1.2 ALTERAÇÃO DO NOME DA ESCOLA.......................................................06 1.3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZACÃO DA ESCOLA..............................06 1.4 OFERTA DE CURSOS E TURMAS............................................................07 1.4.1 TURNO DA MANHÃ.................................................................................07 1.4.2 TURNO DA TARDE..................................................................................07 1.5 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇAO......................................................08 1.6 MISSÃO DA ESCOLA.................................................................................08 2. OBJETIVOS..................................................................................................09 2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................09 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS........................................................................09 3. MARCO SITUACIONAL................................................................................09 3.1 EDUCAÇÃO NO PANORAMA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA.................09 4. MARCO CONCEITUAL.................................................................................11 4.1 NOSSOS CONCEITOS...............................................................................11 4.1.1 INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.................................................................11 4.1.2 ENSINO E APRENDIZAGEM...................................................................12 4.1.3 ALFABETIZAÇÃO.....................................................................................15 4.1.4 LETRAMENTO.........................................................................................15 4.1.5 SOCIEDADE.............................................................................................16 4.1.6 HOMEM....................................................................................................16 4.1.7 EDUCAÇÃO..............................................................................................17 4.1.8 CONHECIMENTO....................................................................................17 4.1.9 ESCOLA...................................................................................................18 4.1.10 INCLUSÃO..............................................................................................18 4.1.11 AVALIAÇÃO............................................................................................19 4.1.12 TECNOLOGIA........................................................................................20 4.1.13 TRABALHO.............................................................................................22 4.1.14 CULTURA...............................................................................................22

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    5. HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA......................22 5.1 HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA............................................................23 6. MARCO OPERACIONAL..............................................................................24 6.1 REDIMENCIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO..................................................................................................24 6.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA..........................................................................25 6.2.1 O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR..........................................................................................................26 6.2.2 DIRETOR..................................................................................................26 6.2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA...........................................................................27 6.2.4 CORPO DOCENTE..................................................................................28 6.3 EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E OPERAÇÃO DE MULTIMEIOS ESCOLARES.....................................................................................................29 6.3.1 BIBLIOTECÁRIO......................................................................................29 6.3.2 SECRETÁRIO E AUXILIARES.................................................................30 6.4 EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO......................................................................................................30 6.4.1 AGENTES EDUCACIONAIS....................................................................30 6.4.2 MERENDEIRA..........................................................................................30 6.4.3 ALUNOS...................................................................................................31 6.4.4 PAIS..........................................................................................................31 6.5 NORMAS DE CONVIVÊNCIA DOS ALUNOS.............................................32 6.6 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS..................................................33 6.6.1 CONSELHO ESCOLAR............................................................................33 6.6.2 A APMF.....................................................................................................33 6.6.3 CONSELHO DE CLASSE.........................................................................34 6.6.4 GRÊMIO ESTUDANTIL............................................................................35 6.7 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO..........................................................................................................35 6.8 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÀO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS...........................................................36 6.9 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÀO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS....................................................................................................36 6.10 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR, EM RAZÃO DAS ESPECIFICIDADES......................................38 6.11 DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE; DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................................................38 6.11.1 AVALIAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR...............39 6.11.2 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................39 6.12 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA.......................40

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    6.13 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA E QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM...................................................40 6.13.1 ACESSO E PERMANÊNCIA..................................................................41 6.13.2 QUALIDADE DE ENSINO-APRENDIZAGEM........................................42 6.14 O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA....................................................43 6.14.1 DINÂMICA DO CURRÍCULO..................................................................43 6.14.2 MATRIZ CURRICULAR..........................................................................44 6.15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO...............................................................................................47 6.16 TRABALHO COLETIVO............................................................................47 6.17 PRÁTICA TRANSFORMADORA...............................................................48 6.18 O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO..................................................................................................50 6.19 PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DOS ALUNOS ORIUNDOS DOS ANOS INICIAIS E ARTICULAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS.................................................................................................50 6.19.1 SALA DE APOIO....................................................................................51 6.19.2 SALA DE RECURSOS...........................................................................52 6.20 COMO A ESCOLA VAI DESENVOLVER O PROCESSO DE INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR................................................................................52 6.21 FORMAÇÃO CONTINUADA E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS...............................................................................................53 6.22 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS - (FICA)..........54 6.23 DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO CURRÍCULO DO

    ENSINO FUNDAMENTAL – ECA......................................................................55

    7. PRÁTICAS AVALIATIVAS............................................................................56 7.1 PROCESSO DE AVALIAÇÃO.....................................................................56 7.2 RECUPERAÇÃO PARALELA......................................................................58 7.3 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO......................58 7.4 DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO.................................................59 8. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS...................................60 8.1 SEXUALIDADE............................................................................................60 8.2 VIOLÊNCIA..................................................................................................60 8.3 USO INDEVIDO DE DROGAS....................................................................62 8.4 EDUCAÇÃO FISCAL...................................................................................62 8.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL...........................................................................63 8.6 DIVERSIDADE CULTURAL.........................................................................64 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................65

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    APRESENTAÇÃO

    O Projeto Político Pedagógico é o eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida na escola, é uma proposta de trabalho coletivo, que busca encontrar respostas para questões importantes da mesma, qual é o seu papel, as dificuldades e as alternativas possíveis, é o momento que esta busca se reorganizar para que a função social do estabelecimento de ensino seja cumprida.

    Esse projeto difundiu-se primeiramente da exigência da LDB nº. 9394/96 o qual já há algum tempo vem sendo discutido, analisado através de leituras, grupo de estudos, pesquisas, entrevistas a fim de reformular o projeto já existente, intensificou-se nos cursos de formação continuada, jornadas pedagógicas e de forma mais sistematizada em julho com a capacitação que antecedeu o início das aulas do segundo semestre deste ano letivo.

    Para a construção do P.P.P. foi necessário desenvolver o processo de ver, julgar, agir, articulado em duas dimensões: a política (impulsão dos participantes em direção às mudanças necessárias) e a pedagógica (relacionada aos currículos, métodos, propostas que deverão ser alcançadas pela escola).

    Política – se fez necessário repensar as questões: O que ensinar? Para quem ensinar?

    Como ensinar? Para que ensinar? Dentro de uma visão de homem e sociedade idealizada: justa, honesta,

    humana e igualitária, e em valores morais, éticos e religiosos, que permitam a todos uma vida digna.

    Pedagógica – Promovendo adaptações no que diz respeito ao currículo, repensando as “avaliações” e a metodologia usada pelos profissionais da educação, oportunizando a todos os educandos a aquisição do conhecimento científico, desenvolvimento das potencialidades, ascensão pessoal, social e posteriormente profissional, para uma possível transformação no meio em que vive – família, comunidade, sociedade, através da ação e interação mediante as situações do dia a dia. 1. INTRODUÇÃO 1.1 HISTÓRICO DA ESCOLA

    Em agosto de 1958 com o progresso sempre crescente de Pato Branco e sentindo a necessidade de abrir novas escolas nos arredores da cidade para melhor atendimento dos bairros no setor educacional, resolveram os senhores Ludovico Bortot e José Fraron levantarem uma estatística das crianças existentes no Bairro Bortot para criação de uma escola.

    O levantamento atingiu o objetivo, constatando a presença de 32 crianças em idade escolar. Confirmada a necessidade de uma escola, prosseguiu-se a entrega de uma lista nominal dos moradores do referido bairro

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    ao então prefeito municipal Dr. Harry Valdir Graeff que imediatamente nomeou uma professora dando assim, o início ao período escolar.

    Surgia então, o problema de espaço físico para funcionar a escola, sendo resolvido com a boa vontade dos moradores que cederam uma casa particular. As primeiras carteiras escolares foram feitas pelos próprios pais das crianças matriculadas.

    O seu funcionamento iniciou-se em 1º de agosto de 1958 com o nome de Escola Plínio Franco Ferreira da Costa.

    Em 1968, para proporcionar melhores condições ao trabalho de ensino são construídas em um novo local um bloco de 4 salas, e a referida escola passou a ser denominada de Escola Isolada Plínio Franco Ferreira da Costa. O terreno onde foi construída a escola foi gentilmente doado pela Senhora Carmela Bortot.

    Com o Decreto Lei 3.030 de 12 de janeiro de 1973, publicado no Diário Oficial número 220 de 17 de janeiro de 1973, página 3, passou a ser denominada de CASA ESCOLAR CARMELA BORTOT, em 1973.

    Com o Decreto número 3.536/77 de 23 de junho de 1977 foi criado o COMPLEXO ESCOLAR DUQUE DE CAXIAS – ENSINO DE 1º GRAU, fazendo parte também desse complexo a Escola Estadual Carmela Bortot – Ensino de 1º Grau, sendo que o curso foi reconhecido pela Resolução nº. 4.024/83 de 13 de janeiro de 1984.

    No dia primeiro de março de 1991, conforme Ata de Inauguração nº. 02/91, foi inaugurada pelo Excelentíssimo Senhor Governador Álvaro Dias, a nova sede, estando localizada na Rua Rui Barbosa, 175 Bairro Bortot, Pato Branco-PR.

    A resolução 3120 de 31/08/1998 altera a denominação desta escola passando a mesma a denominar-se Escola Estadual Carmela Bortot – Ensino Fundamental.

    Hoje a escola atende quatrocentos e cinqüenta e um alunos, distribuídos em quatorze (14) turmas. 1.2 ALTERAÇÕES DO NOME DA ESCOLA 1- Escola Plínio Franco Ferreira da Costa de 1958 a 1967 2- Escola Isolada Plínio Franco Ferreira da Costa de 1968 a 1973 3- Casa Escolar Carmela Bortot de 1973 a 1977 4- Complexo Escolar Duque de Caxias de 1977 a 1991 5- Escola Estadual Carmela Bortot – Ensino de 1º grau de 1991 a 1997 6- Escola Estadual Carmela Bortot – Ensino Fundamental a partir de 1998. 1.3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

    A Escola Estadual Carmela Bortot – Ensino Fundamental, está localizada à Rua Rui Barbosa, 175, Bairro Bortot, município de Pato Branco – Paraná, próxima ao Corpo de Bombeiros e Cemitério Municipal, dispondo para

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    contato os telefones (46) 3225-1609 e fax (46) 3225-4685. Endereço eletrônico [email protected]

    É mantida pelo Governo do estado do Paraná e conta também com a colaboração da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários).

    Pertence ao Núcleo Regional de Pato Branco – PR A área do terreno da escola é de 6.005 m², sendo que a área construída

    é de 775m². A escola é composta por 02 blocos, sendo assim organizados: Bloco 01 * Secretaria – 23,06 m2 * Sala de Direção – 06,08 m2 * Biblioteca – 12,25 m2 * Laboratório de informática – 24,85 m2 * Hall de entrada – 06,60 m2 Bloco 02 * 08 salas de aula – 50,30 m2 cada * 02 banheiros (01 masculino e 01 feminino) - 20, 06 m2 * 01 sala de professores – 15,05 m2 * 01 sala para hora- atividade – 10,05 m2 * 01 sala para equipe pedagógica 12,25 m2 * 01 cozinha – 16,96 m2 * 01 saguão 115, 69 m2 * 01 pátio de serviço 11,77 m2

    Na parte externa temos uma quadra de esportes sem cobertura. 1.4 OFERTA DE CURSOS E TURMAS

    Atualmente a Escola Estadual Carmela Bortot oferece à comunidade escolar os cursos de Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano atendendo um total de 445 alunos do Ensino Fundamental sendo distribuídos da seguinte forma: 1.4.1 – Turno da Manhã

    2 turmas de 6º ano 2 turmas de 7º ano 2 turmas de 8º ano 2 turmas de 9º ano

    1.4.2 – Turno da Tarde 2 turmas de 6º ano 2 turmas de 7º ano 2 turmas de 8º ano 2 turmas de 9º ano

    mailto:[email protected]

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    1.5 CARACTERIZAÇAO DA POPULAÇÃO

    A escola situa-se na Região Sudoeste do Paraná e ao Norte da cidade de Pato Branco, no Bairro Bortot. A maioria dos nossos alunos foram alunos desta escola no ano anterior, com exceção dos 6ºs anos. Também recebemos alguns alunos novos nas demais séries, vindo de outras escolas de Pato Branco e de outros municípios.

    Em termos gerais os alunos possuem um nível médio de aprendizagem, muitos alunos são bons, outros tem capacidade, mas não demonstram interesse, e também há aqueles com dificuldades que são atendidos em sala de recursos e salas de apoio (6º anos).

    As condições socioeconômicas e culturais diferem nos turnos manhã e tarde, sendo que o turno da manhã se sobrepõe ao da tarde nos aspectos citados.

    O nível sócio-econômico predominante é médio-baixo, aproximadamente 80% dos alunos são do espaço urbano e os demais residem em várias comunidades do interior do município.

    Uma pequena parte dos alunos está envolvida em atividades extraclasse como: projetos da escola, curso de línguas e informática, escolinha de futsal, voleibol e outros, sendo que uma pequena parcela dedica parte de seu dia para fixação dos conteúdos ministrados em sala de aula.

    Há uma grande diversidade de crenças religiosas. O corpo docente da nossa escola é composto por 25 professores QPM,

    a maioria com curso de especialização e 21 professores contratados pelo PSS, a maioria com habilitação específica na sua área de atuação, o que reforça o bom desempenho da equipe docente.

    Dispõe também de 06 Agentes Educacionais I todos efetivos e 04 Agentes Educacionais II também efetivos.

    A escola conta com uma diretora com carga horária de 40 horas e uma pedagoga com a mesma carga horária. 1.6 MISSÃO DA ESCOLA

    “EDUCAR PARA VIVER E CONVIVER” está é a filosofia da nossa escola.

    Sabemos que para muitos alunos, a escola é o único local onde tem a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e desenvolver um relacionamento interpessoal, integrando-se a um grupo que oportunizará situações e condições para se posicionar diante dos valores que a vida lhes oferece, porque o mundo moderno, com toda complexidade desencadeada pela tecnologia, diminuiu o sentido da vida comunitária e familiar cabendo a escola resgatar alguns valores.

    Por isso, queremos que ela seja voltada à construção coletiva do saber, impregnada de afeto, trazendo para dentro da sala de aula a dimensão da paixão, do prazer, da sensibilidade, estimulando dessa forma o avanço do aluno, a auto-responsabilidade, o comprometimento e a participação como sujeito do processo.

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    O professor deverá ser o mediador, aquele que promoverá o intercâmbio do conhecimento e o processo de desenvolvimento da aprendizagem, através de um currículo flexível que integra e seqüência o conjunto de experiências que a escola, como instituição, coloca a serviço dos alunos, traduzindo-o metodologicamente para torná-lo assimilável.

    Isso deve ocorrer de forma crítica, permitindo ao aluno a oportunidade de conhecer, fazer, relacionar, aplicar, transformar e ampliar o seu conhecimento de mundo, compreender e intervir nas relações sociais existentes para viver e conviver em harmonia.

    “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível”. (Paulo Freire) 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL

    O ensino proposto pela LDB está em função do objetivo maior, do Ensino Fundamental: Propiciar a todos a formação básica para cidadania a partir da criação na escola de condições de aprendizagem. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

    O ensino Fundamental obrigatório com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11274, de 2006.)

    O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo;

    A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamente a sociedade;

    O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

    Os fortalecimentos dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 3. MARCO SITUACIONAL 3.1 EDUCAÇÃO NO PANORAMA DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

    Nos últimos dez anos, quase todos os países da América Latina iniciaram reformas educacionais articuladas com políticas externas e organismos internacionais.

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    Pesquisas mostraram que esses países apresentam problemas similares na área social e educacional.

    Em conseqüência, para os países latinos, a proposta foi atuar através de projetos integrados que apontam importantes reformas educacionais, na expectativa de superação de problemas comuns principalmente nos setores mais marginalizados.

    Referenciamos-nos em KRAWCZYK & ROSAR (1999, p.145) que diz: “No campo estritamente educativo implementaram-se na região políticas de descentralização dos aparelhos de gestão dos sistemas educativos.

    Os fundamentos dessas reformas estão ancorados principalmente, em três argumentos (Wheiler, 1996):

    - A redistribuição do poder e das responsabilidades para atender à necessidade de ampliar a autonomia institucional que garanta a “liberdade” dos governos locais e das escolas, obtendo maior eficiência do Sistema e democratização dos processos de tomada de decisão nos diferentes níveis do sistema educativo.

    - A necessidade de maximizar a eficiência do Sistema, através da mudança do gerenciamento dos recursos públicos garantindo a redução dos custos do Sistema.

    - A necessidade de aproximação dos conteúdos escolares às culturas locais.

    As políticas de descentralização no marco das reformas educativas da década de 90 realizaram-se em sociedades com diferentes tradições políticas e associativas.

    Neste contexto surgem diferentes formas de desenvolvimento que tiveram, implícita ou explicitamente, um componente social. Há uma ampla gama de abordagens de políticas sociais derivadas de orientações de caráter político, ético e ideológico em todos os países latinos.

    Para SANDER (2000, p.173) “... Os problemas sociais como pobreza, discriminação, iniqüidade e desemprego... manifestam-se persistentes na América Latina”.

    A mudança implica em esforço para formular e reformular as políticas públicas que incluem as instâncias do governo, iniciativa privada do Estado e da Sociedade Civil.

    O Brasil, na sua história educacional, desencadeou diversas ações que se podem conceituar como políticas educacionais.

    Segundo (MONLEVALE, 2002, p.42): ...a de concessão da educação oficial aos jesuítas (1549-1758); a das Aulas Régias do Marquês de Pombal (1772-1822); a política imperial de Pedro I (Lei da Educação de 15-10-1827) e a do Ato Adicional à Constituição do Império, em 1834, que descentralizou os encargos das escolas públicas primárias e secundárias para as Províncias; a política da escola pública, universal e laica da República (1891); a da Constituição de 1988 e LDB de 1996, complementada pelo FUNDEF e bem mais que política educacional.

    Pelo PNE-Lei 10172, de 9 de janeiro de 2001 – cada Estado e cada Município está obrigado, embora sem prazo e sem sanção, a elaborar seu plano estadual ou plano municipal de educação com duração de dez anos, compatibilizando as metas do PNE.

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    Um dos desafios mais importantes hoje, no entendimento do papel das “políticas Públicas” no Brasil é de “fortalecer os espaços para discussões participativas e políticas”.

    As instituições educacionais devem caracterizar-se como um desses espaços (CRASSI, 2002, p.188). Cabe a Escola através de seu cotidiano preparar para a cidadania.

    As políticas educacionais são articuladas pelos sistemas: Federal, Estadual e Municipal através de leis, planos e programas. E qual será o papel da escola?

    Dela espera-se uma gestão democrática, com existência de colegiados que contam com a participação de representantes de vários segmentos que a compõe bem como do meio no qual está inserida.

    A escola é o cerne e o centro de todas as ações e resultados. Ela é e sempre será o lugar onde nascem as políticas educacionais sendo necessário interpretá-las e colocá-las a serviço de uma sociedade cidadã.

    O processo articulatório da escola deve estar associado a três idéias – força, segundo SILVA Jr. (2002, p.205) “idéia de autonomia da escola, projeto pedagógico e trabalho coletivo”.

    Este Projeto Político Pedagógico define a política educacional de nosso estabelecimento, “... o centro de ação é o aluno, como sujeito do processo, razão de ser da escola”.

    No momento, são atuantes na escola: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários e monitoria de classe.

    Contamos também com o Grêmio Estudantil que é atuante com sua formação e participação.

    Nossa clientela é formada por várias culturas tanto do espaço urbano como o rural e procuramos trabalhar de forma a enriquecer ainda mais a cultura trazida como também propagá-la aos demais.

    O nível sócio-econômico e cultural dos alunos é levado em conta apenas como ponto de partida sendo que as escolhas metodológicas dependem do perfil dos mesmos, o que possibilita a atuação do professor na mediação do processo de construção do conhecimento.

    O professor tem o papel de informar, colaborar, mediar e mostrar as regras do jogo, não apenas para que sejam seguidas, mas sim modificadas, construídas e reconstruídas.

    Portanto, professor e aluno deverão coletivamente ser capazes de refletir, pesquisar, criticar, ousar, estudar, acolher sugestões, enfim humanizar-se para que a construção do conhecimento realmente aconteça, onde o professor seja de fato um motivador e o exemplo para o educando. 4. MARCO CONCEITUAL 4.1 NOSSOS CONCEITOS 4.1.1 INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: O desenvolvimento humano se realiza em períodos que se distinguem entre si pelo predomínio de estratégias e possibilidades específicas de ação, interação e aprendizagem. Os períodos de

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    desenvolvimento são normalmente referidos como: infância, adolescência, maturidade e velhice.

    É mais adequado, porém, pensarmos no processo de desenvolvimento humano em termos das transformações sucessivas que o caracterizam. Transformações estas que são marcadas pela evolução biológica e pela vivência cultural.

    Enquanto espécie, o ser humano apresenta desde o nascimento, uma plasticidade muito grande no cérebro, podendo desenvolver várias formas de comportamento, aprender várias línguas, utilizar diferentes recursos e estratégias para se inserir no meio, agir sobre ele, avaliar, tomar decisões, defender-se criar condições de sobrevivência ao longo de sua vida.

    A família é responsável na educação dos filhos e, portanto, participa na formação socioeducacional e deve estar integrada com os Centros de Educação Infantil e escolas, onde seus filhos são matriculados como alunos. 4.1.2 ENSINO E APRENDIZAGEM: Ensinar significa organizar as condições exteriores próprias à aprendizagem.

    Essas condições devem ser organizadas de maneira gradual, levando-se em conta em cada etapa, as habilidades recentemente adquiridas, a necessidade de retenção dessa habilidade e a situação estimuladora específica exigida pela seguinte.

    Ensinar é uma atividade bastante complexa, requer preparo e competência, envolvimento e responsabilidade. É algo que se define pelo engajamento do educador com a causa democrática e se expressa pelo seu desejo de instrumentalizar política e tecnicamente o seu aluno, sujeito social.

    Segundo Piaget, citado por Goulart (1983, p.4), “Construímos em nossa mente uma espécie de modelo interior individual do mundo que nos rodeia, como o modelo básico está em nossa mente, resta construir, completar e organizar, à medida que tem contato com os estímulos do meio”.

    Isto significa que a aprendizagem é traduzida de acordo com a compreensão que dela tem o receptor, e que esta depende de suas condições de modelo de mundo, que este conseguiu construir até o momento.

    Assim é que a mesma informação ganha interpretações diferentes ao ser transmitido por pessoas diferentes e também ganha traduções ou decodificações diversas quando recebidas por pessoas que diferem entre si.

    É natural que a interpretação da mensagem (ensino) varie em função da idade, das informações acumuladas, da forma como se elaborou na mente e como se explora a realidade exterior através da ação.

    O trabalho pedagógico e a competência do professor em sala de aula, são de extrema importância para administrar a heterogeneidade de seus alunos, pois a construção de novos conhecimentos, mais elaborados, só é possível graças a atividade do próprio aluno, que é agente de seu desenvolvimento.

    Algumas conclusões segundo Piaget citadas por Goulart (1983, p.15). “Só é possível planejar o ensino se conhecer bem o desenvolvimento e não um entrave a ele ou a um processo divorciado.”

    “O ensino deve ser um elemento facilitador do desenvolvimento e não um entrave a ele ou a um processo divorciado.”

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    “Deve-se utilizar uma metodologia ativa, já que a criança (aluno) é o agente de seu próprio desenvolvimento.”

    Uma das principais argumentações de Piaget é a de que cada indivíduo constrói a realidade, é uma construção própria.

    Uma questão básica que inquieta o processo de ensino aprendizagem é a questão do conhecimento e as diferentes formas ou maneiras para obtê-lo.

    Para se compreender o processo de construção de conhecimento na escola, é preciso estar atento para os papéis desempenhados pelos professores, alunos e toda comunidade escolar.

    De acordo com Ana Amélia Inove (1999), “Existe um aspecto que é a construção que o aluno faz individualmente, entendido da seguinte forma: a aprendizagem é sempre uma ação interna. É o aluno que vai interpretar e construir aquele conhecimento integrá-lo ao arsenal que já possui e fazer uma relação entre essas coisas, porque quando criança entra em contato com um novo conhecimento, aquilo que ela pensa sobre o assunto tem de se acomodar para que possa caber o novo. Essa é uma ação do aluno, um trabalho eminentemente interno”.

    Nesse processo, o aluno vai incorporando novas informações, internalizando-as, e construindo novos significados.

    Nesta proposta é primordial se estabelecer o papel do professor, como ator que age participativamente no processo e não que transmite teorias ou conhecimentos elaborados e apresentados nos livros didáticos.

    Para Inove (1999, p.81), “O professor interage com seus alunos, traz suas experiências e conhecimentos também com a mesma capacidade – ele possui alguns conhecimentos, mas também vai buscar saber, procurar aprender junto com os alunos”.

    Conhecer o papel do professor como mediador é fundamental para se compreender a ação pedagógica da construção do conhecimento.

    É fundamental entender que nessa concepção de conhecimento, tanto o papel do aluno que aprende, quanto do professor que ensina, são de atores ativos e nenhum dos dois pode desempenhar papel passivo.

    Não basta que o professor ache o assunto relevante e significativo, é necessário que o aluno chegue também a essa conclusão, reconstituindo-o na sua estrutura cognitiva.

    É importante que o aluno sinta o professor um aliado do seu processo de criação, um professor que queira ver o aluno crescendo e desenvolvendo-se, que se entusiasme quando seus alunos aprendem e os anime a enfrentar os desafios do processo educativo. (PCN´s, V.6, p.102).

    A concepção de construção ativa do conhecimento pela participação do professor e do aluno como sujeito do processo e não apenas como espectador do mesmo.

    Aqui se pode dizer que a concepção de conhecimento e os fundamentos epistemológicos adotados pela escola são as do conhecimento compreendido como um processo integrado pelo trabalho interdisciplinar e pela contextualização, privilegiando a construção e o conceito, numa relação de sujeito que aprende, que alia a teoria à prática, tendo a teoria como reflexão da prática realizada, enfatizando a aprendizagem significativa e, portanto, sua relação com o cotidiano do aluno, considerados seus contextos sociais, políticos, econômicos, religiosos e éticos.

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    Adota-se para efeito do processo de construção do conhecimento para os atos de ensinar e aprender, os quatro pilares sobre os quais se assenta a proposta pedagógica “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser”.

    Aprender a conhecer significa não tanto a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação, análise, argumentação, avaliação, crítica).

    Aprender a fazer exprime a aquisição não somente de uma qualificação profissional, mas de competências que tornem a pessoa apta a enfrentar variadas situações e trabalhar em equipe.

    Aprender a fazer envolve assim o âmbito das diferentes experiências sociais e de trabalho. Aprender a conviver significa tanto a direção da descoberta progressiva do outro e da interdependência quanto a participação em projetos comuns.

    Num mundo em que as diferenças entre povos e países tornam-se visíveis e sensíveis, educar para a convivência é uma exigência inadiável e um caminho para enfrentar questões postas pela diversidade e pelo multiculturalismo.

    Aprender a ser quer dizer contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, capacidade para comunicar-se, espiritualidade. Significa também a pessoa aprender a elaborar pensamentos autônomos e críticos e formular seus próprios juízos de valor, não negligenciando nenhum depositante de potencialidades individuais.

    Nesta perspectiva tem-se a educação e o processo de construção do conhecimento como uma questão de construção da cidadania que vise em última análise preparar os alunos, crianças adolescentes para as possibilidades de participação política social.

    A escola pela dimensão ética, transformadora de procedimentos torna os alunos membros ativos e úteis à sua comunidade, valores estes que orientam o uso correto do saber, equacionar e resolver os desafios na defesa ativa da natureza, vida, sociedade, saúde, conhecimento e da cultura.

    Compete à escola exercer também caráter mediador, o cidadão escolarizado é mais responsável, respeita e potencializa suas relações, resultando na melhoria significativa da sociedade, trazer à reflexão situações em que a exigência de igualdade se coloca em evidência, regras que impedem a manutenção de privilégios, situações em que as condições diferenciadas de uns e outros determinam equidade, ampliando noções de justiça, direitos, responsabilidade pelos deveres, o convívio escolar, refletir, analisar atitudes, questões de violência, auxiliar na conscientização da paz, da amizade com repúdio às injustiças na busca de alternativas para superação das situações, quando não cumpre com o combinado estará deixando de cumprir acordos que foram mutuamente estabelecido estando sujeito às sanções decorrentes.

    A responsabilidade é o núcleo da ação moral constituído por vários elementos que nele se cruzam.

    A aprendizagem de atitudes pelos adolescentes e jovens requer o reconhecimento por parte dos adultos das características psicológicas e sociais dessa fase.

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    Portanto, “o que cabe a cada um de nós, na escola é puxar os fios dessa imensa rede e ir tecendo, á sua maneira, à sua moda, seu tapete de significações e significados, pois cada um de nós é único, ainda que alguns tendam a prender-nos em suas classificações, sempre redutoras da complexidade e da riqueza de cada eu e de cada nós”. (Alves, 2000, PREND p.101). 4.1.3 ALFABETIZAÇÃO: O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios.

    Desde os desenhos e símbolos usados, inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais gráficos, criando-se assim o sistema alfabético; desde a escrita em tabletes de barro, em pedra, em papiro, em pergaminho, até a também extraordinária invenção do papel; desde o uso de estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do lápis, da caneta.

    Convenções foram sendo criadas: convenções sobre o uso do sistema alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no mundo ocidental, a convenção de que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita. Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta, borracha, régua; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal; a aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de cima para baixo, da esquerda para a direita. 4.1.4 LETRAMENTO: Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita – um dos “passaportes” – não se tem entrada no mundo da escrita. Um outro “passaporte” é necessário: o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as envolvem.

    Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever apenas como um processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta criança já sabe ler, já sabe escrever; é necessário também saber usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou escrever.

    Ler e escrever diferentes tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse... A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita é que se denominamos letramento.

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    4.1.5 SOCIEDADE: Vivemos em uma sociedade capitalista, com grandes contradições. Se por um lado criam-se instituições que tem funções de perpetuar o sistema por outro lado admite-se a existência de um pluralismo ideológico, que permite lutar pela reversão da ordem instituída.

    Uma sociedade democrática não é aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto de membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, no bairro, na escola).

    Por isso, é possível afirmar que os valores democráticos constituem um valor universal na medida em que, contraditoriamente permitem a luta por uma nova hegemonia, através da organização e da mobilização dos sem propriedades (sem terra, sem casa, sem trabalho, sem escola, sem comida, sem esperança), e daqueles que acreditam no poder de se instaurar um novo modelo de sociedade a partir da importante contribuição da escola em suas articulações com outras instituições da sociedade civil.

    O caráter transformador da escola aponta para a possibilidade enquanto semente geradora de um novo modo de pensar; tornando-a um espaço vivo, prazeroso, descontraído, livre, democrático, sem perder de vista a construção de um conhecimento verdadeiramente significativo, na medida em que interagindo com a vida se revela útil à vida e para a vida.

    “A educação é como um espelho fiel que nos reproduz com clareza o que uma sociedade é, o que ela deseja de si e o que ela afirma desejar, tanto quanto as enormes distâncias que, por vezes se criam entre cada um destes termos.” (Vale, 1997, p. 8). 4.1.6 HOMEM: “O diferente de nós não é inferior. A intolerância é isso: é o gosto irreversível de se opor às diferenças”. (Paulo Freire).

    Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma análise sobre suas condições culturais.

    Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados.

    Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.

    O homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-se num determinado momento, numa realidade: é um ser na busca constante de ser mais. Eis aqui a raiz da educação, pois o homem se identifica com a sua própria ação: objetiva o tempo, temporalizasse, faz-se homem-história.

    Na sua capacidade de discernir alcança o ontem, reconhece o hoje e descobre o amanhã. Das relações que o homem faz com o mundo, faz algo conseqüente, criando e recriando, integrando-se nas condições de seu contexto, respondendo desafios, auto-objetivando-se, discernindo e dinamizando.

    Acrescenta algo ao mundo do qual ele mesmo é criador. Só o homem é capaz de auto transformar-se e transformar o mundo que o cerca, alimentado na esperança da conquista, de condições de vida melhor e dignas das novas descobertas tecnológicas da atualidade.

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    Hoje, o homem é impulsionado a refletir sobre as questões da natureza histórica e sócio-política e destacamos a educação como prática social, referenciando a importância do saber como elemento que pode contribuir para o desenvolvimento e humanização da sociedade.

    O destino do homem deve ser criar e transformar o mundo sendo o sujeito de sua ação, conforme Saviani (1992): “O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”. 4.1.7 EDUCAÇÃO: A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

    “Educação é um fenômeno, próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho” (Saviani, 1992, p.19).

    O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É “... uma atividade intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida.” (Andrey, 1998,p. 13).

    A educação escolar deve ser, portanto, o local em que os alunos se apropriem de conhecimentos sociais, culturais e tecnológicos de maneira crítica e construtiva. 4.1.8 CONHECIMENTO: O conhecimento é construído e transformado coletivamente, ancorado na socialização e na democratização do saber deixando de ser visto numa perspectiva estática e passa a ser encarado como um processo dinâmico onde a construção do mesmo é condição essencial para a formação completa do educando.

    Trata-se de um produto das relações sociais cuja apropriação permite a análise da realidade, seja ela crítica ou não.

    Evidenciamos a seguir a concepção de conhecimento de acordo com algumas das principais concepções de educação que norteiam a prática pedagógica, descrevendo-as brevemente a seguir.

    Na tendência Pedagógica neoliberal: Conhecimento é uma produção científica tecnológica decorrente do desenvolvimento da sociedade capitalista. Para o seu domínio, o sujeito necessita desenvolver determinadas habilidades e competências.

    A produção de novos conhecimentos está atrelada às necessidades impostas pelo sistema de produção capitalista.

    Na tendência Pedagógica histórico-crítica: Conhecimento é uma produção histórica social.

    Sua apropriação está vinculada ao processo de ação e reflexão sobre a práxis social, a partir de sua problematização da análise e compreensão teórica dos elementos e suas interações.

    A produção de novos conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores.

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    Na tendência Pedagógica nova: O objeto do conhecimento é dado a priori; apresenta-se com suas características ao sujeito que, diante dele, reage de diversas formas, que podem ser, em certa medida, previstas e controladas.

    A experiência é o vínculo por meio do qual o homem se aproxima do conhecimento e constitui sua forma de ser, sentir e agir.

    Na tendência Pedagógica tecnicista: O conhecimento, o desenvolvimento humano e a produção cultural decorrem dos fatores maturacionais do sujeito.

    A construção do conhecimento ocorre do pensamento concreto para o abstrato, do simples para o complexo, das partes para o todo, da indução para a dedução, devendo ser respeitada cada etapa do desenvolvimento cognitivo. 4.1.9 ESCOLA: A Escola Pública, desde a sua criação, encontra-se permeada por essenciabilidade eminentemente política, contribuindo para a construção da nação e para a formação da cidadania.

    Encontram-se firmada no imaginário social presente nos valores de sociedade e suas finalidades implícitas ou declaradas.

    O centro de atenção máxima da escola é o aluno. A escola existe em função dele e, portanto, para ele.

    A sua organização, em qualquer dos seus aspectos, tem em vista a considerar o fim propício a que a escola se destina: a criação de condições e de situações favoráveis ao bem estar emocional do educando e o seu desenvolvimento em todos os sentidos: cognitivo, psicomotor e afetivo, a fim de que o mesmo adquira habilidades, conhecimentos e atitudes que lhe permitam fazer face às necessidades vitais e existenciais.

    Na promoção dessas condições e situações um dos fatores mais decisivos é o professor. Suas atitudes, práticas, desempenho metodológico, capaz de promover o impacto significativo no educando, influindo no processo educativo em geral e em aspectos de sua aprendizagem.

    A educação escolar constitui-se em ajuda intencional e sistemática, planejada e continuada, durante um período contínuo e extensivo de tempo, deferindo os processos que ocorrem em seu meio e nos demais espaços de construção do conhecimento e aquisição de valores éticos: de respeito, responsabilidade, amizade para o convívio e integração social.

    O conhecimento e o desempenho do professor no processo ensino aprendizagem são o cerne da melhoria da qualidade da educação.

    Planejar educação é de extrema relevância para contribuir na direção de melhor organização do trabalho para que este atinja os fins que justificam sua existência.

    “Educação e Cidadania”, a integração das forças de todos os sujeitos, segmentos ou grupos comunitários e sociais que direta ou indiretamente atuam e se relacionam com a escola. Não há educação e aprendizagem sem sujeito da educação.

    O aluno aprende apenas quando se torna sujeito de sua aprendizagem. 4.1.10 INCLUSÃO: Sentimos que há nas escolas necessidade de uma pedagogia da inclusão, onde o professor e suas práticas não estejam centrados nos limites e dificuldades dos alunos, mas sim em ultrapassá-los; as

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    experiências precisam ser positivas para criarem vínculos, para que o sujeito se perceba fazendo parte do processo de construção cultural-social.

    O auto conhecimento não significa conhecer apenas seus limites, mas implica avaliar o papel que cada um ocupa nas relações sociais das quais é resultado – esta sendo.

    O acolhimento não é docilidade, mas o rompimento de rótulos e preconceitos onde são valorizadas a participação e contribuição de todas as experiências porque o conhecimento não pode ser propriedade só de especialistas, e a avaliação deve ser um diagnóstico como ponto de partida para realizar um trabalho que melhore as possibilidades dos sujeitos e não para selecionar alunos capazes de responder padronizadamente.

    Ao se tratar de educação não podemos deixar de refletir sobre a Inclusão, sobre seus princípios e seus reflexos na sociedade.

    Considerando que o termo em questão é um princípio de educação complexo, princípio que deve ser entendido como parte de uma preocupação no sentido de combater e suplantar discursos e práticas de exclusão, se manifestando contra a ideologia que concebe cada indivíduo de forma isolada e descontextualizada.

    A Inclusão é encarada como um compromisso político, um movimento que veio se contrapor, nas áreas da reabilitação e da educação.

    O processo de inclusão se refere a um processo educacional que visa estender ao máximo a capacidade das pessoas com necessidades especiais na escola e na classe regular, este é um processo constante que precisa ser revisto continuamente. Isto implica esclarecer que a inclusão escolar é uma concepção educacional aberta à diferença, trata-se da educação concebida a partir de um sistema flexível, onde a heterogeneidade de performances humanas demanda novos parâmetros de abordagem, tratamento, organização e funcionamento institucional, ou seja, um novo paradigma.

    Um dos objetivos da inclusão é melhorar a instrução, a qual não é destinada a encontrar metodologias para escolarizar um grupo relativamente restrito de alunos, mas construir os fundamentos de uma abordagem que poderá conduzir à transformação do próprio sistema. 4.1.11 AVALIAÇÃO: As propostas curriculares atuais, bem como a legislação vigente, primam por conceder uma grande importância à avaliação, reiterando o que ela deve ser: contínua e formativa, concebendo-a como mais um elemento do processo ensino aprendizagem, o qual permite conhecer o resultado das ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las.

    A Avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos

    cognitivos, afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos, e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.

    Este enfoque tem um princípio fundamental, deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no mesmo processo de ensino aprendizagem. A finalidade principal da avaliação é fornecer informações sobre o processo pedagógico que permitam aos agentes escolares decidir sobre intervenções e

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    ajustes que se fizerem necessários, em face do projeto educativo definidos coletivamente e comprometidos com a garantia da aprendizagem do aluno.

    Não existem formas de desenvolver uma avaliação progressista avançada, se a prática pedagógica adotada for de uma postura conservadora.

    Segundo PERRENOUD (p. 156, 1992) “afirma que mudar a avaliação significa mudar a escola, se não totalmente pelo menos o suficiente para que não nos envolvamos ingenuamente na mudança das práticas de avaliação sem nos preocuparmos com que as torna possíveis ou as limita”.

    Se a escola adota uma proposta pedagógica transformadora, buscará privilegiar o processo da construção do conhecimento realizado pelo aluno.

    Para tanto, os conteúdos terão que ser significativos para o aluno, de modo que ele seja capaz de relacioná-los com os conhecimentos que já possui. O conteúdo será trabalhado não somente no viés cognitivo, mas, também nas dimensões procedimentais e atitudinais.

    Essas dimensões reunidas dotam o ser humano de habilidades e competências. A avaliação que mede, que classifica, não consegue avaliar o ser humano integralmente formado.

    Portanto, esta é a razão pela qual, foi adotada a concepção progressista, não é possível adotar os parâmetros classificatórios na avaliação.

    Por isso uma prática pedagógica emancipadora, dá lugar para uma avaliação investigativa e processual.

    A avaliação deve ter o caráter de investigação dos progressos e das dificuldades dos alunos, para se efetivar um projeto de trabalho para o aluno, ou seja, ela deixa de ser um fim em si mesmo e se torna um meio de alcançar os objetivos propostos.

    É necessário ressaltar que as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora.

    Desta forma para concretizar esse papel, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.

    4.1.12 TECNOLOGIA: A sociedade atual passa por rápidas transformações. Antigos paradigmas estabelecidos têm sido colocados em prova, e o professor que antes dominava todo conteúdo tem dado lugar a um novo tipo de profissional, capaz de mobilizar os conhecimentos transformando-os em ação.

    Tendo em vista a importância do uso das ferramentas tecnológicas no ambiente escolar, faz-se necessário criar situações que propicie o envolvimento de toda comunidade escolar.

    Sendo a escola um espaço de construção do conhecimento, torna-se evidente que ela, passará a utilizar uma nova linguagem, de ensino.

    Para que isto aconteça a escola deve oferecer um ambiente dinâmico, e dispor de vários recursos tecnológicos,para que tanto os professores, quanto os alunos possam usufruir deste novo ambiente .

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    O professor deve atuar como facilitador de ensino, em sintonia com as necessidades reais de seus alunos, e procurando se ajustar à realidade atual. Isso inclui estar capacitados para lidar com modernos recursos tecnológicos e procurar formas de integrá-los as atividades pedagógicas.

    Neste contexto, deve-se salientar a importância da inserção da tecnologia como elemento de inovação curricular, visando a formação integral dos sujeitos, bem como a democratização do saber.

    A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma sistematizada utilizando métodos.

    Para Andery (1980) “A ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história”.

    Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que nela interfere.

    Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a concepção da ciência.

    No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou transformar.

    A escola tem a função social de garantir o acesso de todos os saberes científicos produzidos pela humanidade.

    Nereide Saviani afirma que “a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível do pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.

    É preciso implementar cada vez mais no Sistema Educacional, uma pedagogia que facilite a aprendizagem.

    A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.

    A LDB 9394/96 ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo assume segundo Kuerger (2007) a concepção que aponta como síntese entre o conhecimento geral e específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.

    A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma ode contribuir para o aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. 4.1.13 TRABALHO: Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve formas de organização necessária para a formação do ser humano.

    Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a natureza. Desta forma o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

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    O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem de cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade.

    Essa interferência traz conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas relações.

    Conforme Veiga (Veiga, Ilma Passos, Projeto Político da escola: uma construção coletiva – 1995, p.27). “o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos.” forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do professor.

    O conhecimento como construção histórica é matéria-prima do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que exigem criações originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p. 33 e 35). 4.1.14 CULTURA: A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Assim, ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura)” (1992, p.19).

    Podemos considerar que, “um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar.” (Sacristan, 2001, p. 105). 5. HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA

    Em geral existe um silêncio muito grande nas academias sobre a contribuição da cultura negra no Brasil.

    Precisa-se de mais destaque os movimentos de resistência negros na época da escravidão bem como as personalidades que estiveram envolvidas como Luiz Gama, filho de Luiza Main mulher expulsa do Brasil por ter participado da revolta dos Males, bem como José do Patrocínio e os irmãos José e Antônio Rebouças. Precisamos de intelectuais que estabeleçam relações da cultura negra e sua influencia no Brasil, identificar como começou a segregação, identificar figuras históricas como o médico italiano Lombroso, com sua teoria da

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    superioridade européia, ou do francês Gobineau, que acreditava que os negros eram um misto de macacos e humanos. É preciso resgatar a real contribuição da sociedade africana e não relegá-la ao “folclore, culinária e misticismo”, precisamos lembrar que foi na África o berço da humanidade, bem como sua primeira revolução tecnológica, somente a pecuária aparece a 15 mil anos no Quênia. Existe uma dificuldade de registro em muitas sociedades africanas por terem usado o relato oral, o que por não se adaptar ao padrão ocidental não são consideradas, mas é uma pesquisa necessária, como por exemplo a escrita faraônica que veio do Sudão. Quase todos os conhecimentos científicos, religiosos, e filosóficos da Grécia tiveram origem no Egito, Sócrates, Platão, Tales de Mileto, Anaxágoras e Pitágoras estudaram com sábios africanos, sendo que este conhecimento em muito se perdeu com a destruição da biblioteca da Alexandria. O verdadeiro pai da medicina é o clinico egípcio Imnhotep, que a 3000 anos antes de Cristo já aplicava os conhecimentos médicos em cirurgias, alguns povos como os banyoro já detinham há séculos atrás conhecimentos de vacinação e farmacologia.

    Astronomia, metalúrgica, matemáticas são ciências que os povos da África antiga já dominavam e deixaram para as civilizações posteriores.

    A África possui uma força criativa em exatamente em sua diversidade que influencia as artes na música e pintura dentre outras, sendo que existe no continente mais de 1.500 línguas faladas na África. O desafio do educador é buscar o real conhecimento sobre a África e trazê-lo para a sala de aula. 5.1 HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA

    As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988 que colocaram sobre novas bases os direitos indígenas.

    No Paraná, vivem cerca de 13.300 indígenas. Aproximadamente 70% pertencem ao povo Kaingang (tronco lingüístico Macro-Jê) e 30% ao povo Guarani (Tronco lingüístico Tupi-Guarani).

    Há famílias descendentes do povo Xetá (tronco lingüístico Tupi-Guarani) e algumas do povo Xokleng (tronco lingüístico Macro-Jê), distribuídas em 23 Terras Indígenas/Aldeias.

    São direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.

    A partir da Constituição de 1988 e mais fortemente na LDB 9394/1996 os indígenas passaram a ser reconhecidos legalmente em suas diferenças e peculiaridades.

    A LDB 9394/1996 estabelece em seu artigo 78, que aos índios deve ser proporcionada a recuperação de suas memórias históricas, a reafirmação de suas identidades étnicas e a valorização de suas línguas e ciências.

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    Aos índios, suas comunidades e povos devem ser garantidos o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e das demais sociedades indígenas e não-índias.

    O Plano Nacional de Educação (2001) estabelece objetivos e metas para o desenvolvimento da educação escolar indígena diferenciada, intercultural, bilíngüe e de qualidade.

    A proposta é por uma educação escolar indígena diferenciada, que possibilite a inclusão deste grupo no sistema educacional, tendo respeitadas as suas peculiaridades.

    Os próprios professores indígenas estão sendo capacitados, uma vez que conhecem a realidade, a história e a cultura do seu grupo ao longo de todo o processo histórico brasileiro. 6. MARCO OPERACIONAL 6.1 REDIMENCIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

    O trabalho pedagógico escolar deve dirigir-se no sentido de estimular no aluno a ser um pesquisador, o que exige esforço e disciplina.

    As normas devem ser estabelecidas pela coletividade e a escola redefine sua caminhada conforme a necessidade da sua clientela. Esta idéia é o cerne da construção coletiva que deve permear as ações pedagógicas da escola, enfocando a concepção transformadora e dialógica na qual o aluno deixa de ser domesticado para assumir papel de autor de sua história.

    Devemos nos conscientizar que a qualidade da escola passa a interessar na medida em que a estrutura social necessita de mais habilidades do profissional como capacidade de abstrações para certas decisões, raciocínio matemático e outras.

    Por outro lado a educação é temida pelo grupo que detém o poder porque gera conscientização e busca autonomia. Educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele, e com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fossem a renovação e a vinda dos novos e dos jovens.

    A educação é também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-los de nosso mundo e abandoná-los aos seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-os em vez disto com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum. (Arendt. 1972).

    Buscando superar nossos entraves, partimos para a ideologia de uma escola democrática que venha desenvolver uma educação escolar que compreenda os diversos interesses que perpassam a sociedade e que organiza o ensino de forma a levar o educando a compreendê-los.

    Nesse sentido não se desenvolve nela atos que abalam ou eliminam diferenças existente, mas sim um espaço onde deve haver reuniões, debates, discussões e trabalho em conjunto, sendo também a escola uma instituição de

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    cultura que deve socializar o saber, a ciência, a técnica e artes produzidas socialmente para que todos possam ter acesso a estes bens culturais, como conseqüência todos nós, de uma ou de outra forma participamos desse processo, por que o processo é histórico.

    Assim, todos têm direito de ter acesso ao conhecimento daquilo que é socialmente produzido.

    Devemos ressaltar a exigência de contemporaneidade da escola quando aberto a realidade social de um determinado momento ela capacita aos seus educando o desenvolvimento de sua compreensão e entendimento da realidade vivida.

    A escola necessária deve permitir que o aluno seja capaz de entrar no mundo dessa realidade para entendê-la, para que possa escolher a forma de atuar na sociedade dentro dos limites das suas possibilidades.

    A escola não pode concorrer para mascarar ou crias tampões nos olhos dos educando. Não pode fazer o jogo de esconder a realidade porque ela não é a arma para produzir felicidade ou infelicidade na imediação entre a realidade empírica e o seu conhecimento.

    Enfim, a escola deve estar comprometida politicamente no preparo do educando para o exercício da cidadania, a qual compreende a totalidade dos direitos que o individuo tem de desempenar nas mais diversas áreas de atuações sociais.

    A escola necessária é aquela comprometida politicamente com esse processo, capaz de preparar o educando para esse conhecimento e para a ação de cidadania numa sociedade moderna através de suas ações educativas, da totalidade e de suas ações pedagógicas. 6.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA

    A Constituição Federal de 1988, no artigo 206, inciso VI, ao indicar a gestão democrática entre os princípios do ensino, não fez de forma a assegurar um entendimento mínimo em torno do tema, o qual vem constituindo um campo aberto a várias interpretações e aplicações.

    No artigo 249, diz: A gestão do ensino público será exercida de forma democrática, se garantido a representação de todos os segmentos envolvidos na ação educativa, na concepção, controle e avaliação dos processos educativos e pedagógicos.

    Para que uma gestão seja democrática é necessário organização e finalidade das ações de maneira bem definida, através das formas de participação efetivas de cada segmento da comunidade escolar, bem como de seus colegiados descritos abaixo.

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    6.2.1 O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR

    A instituição possui membros da comunidade escolar, a direção, equipe pedagógica, equipe administrativa, professores, pais e alunos, onde cada um representa o seu papel dentro de uma visão participativa.

    Neste sentido, numa proposta de administração democrática, o estabelecimento de ensino será dirigido por um educador qualificado legalmente habilitado, eleito por meio de votação direta de pais, professores e alunos maiores de dezesseis anos.

    Este terá o papel de responder por todas as atividades escolares e as relações da escola com a comunidade e dos demais profissionais da escola, que serão designados e contratados pelo Núcleo Regional de Educação. 6.2.2 DIRETOR

    A função de diretor não se apresenta como algo definido e acabado,

    mas como um encargo em constantes transformações, ampliando-se e ganhando novas dimensões a medida que a própria educação assume novas responsabilidades sociais.

    Para pensarmos sobre a atuação do diretor, diante das exigências do mundo contemporâneo, impõe-se uma reflexão sobre o movimento pela qualidade da educação entendendo o movimento da gestão como um conjunto de ações desenvolvidas principalmente no interior da escola que aponte para as exigências de um “modelo” educacional satisfatório, pelo menos nos termos da lei e das relações entre instituição escolar e sociedade.

    Na escola, uma forma participativa de gestão demanda maior participação de todos no processo decisório.

    Ao prestar maior atenção ao impacto da gestão participativa no trabalho da escola, é possível afirmar que o diretor sozinho não soluciona todos os problemas e necessidades relativas à sua escola.

    A complexidade do processo do ensino, para o seu bom desenvolvimento e aperfeiçoamento, vai depender do apoio e da ação coletiva e espírito de equipe, o que acarreta um grande desafio a gestão educacional.

    Mesmo assim, o diretor, qualquer que seja o método de escolha – processo eletivo na comunidade escolar, nomeação pelo aparelho de Estado, concurso público – apresenta-se como o responsável máximo no âmbito da unidade escolar e seu papel poderia ser definido genericamente nos seguintes termos: garantir o bom funcionamento da escola.

    O papel do diretor na coordenação e execução do plano escolar, na organização didática, administrativa e disciplinar da escola é apresentado como muito importante entre as inúmeras atribuições que o cargo apresenta.

    Cabe a ele desenvolver uma visão de conjunto e uma atuação que articule a escola em todos os seus segmentos: administrativos, pedagógicos, financeiros, culturais.

    A escola deve ser vista como um todo. Esse todo exige uma organização para exercer a função de educar e instruir. No entanto como

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    afirma Sacristan (1999, p.131), chegar a essa compreensão exige atuação competente e muita reflexão.

    A educação para os agentes que a realizam pressupõe o desenvolvimento de processos reflexivos de primeiro nível inseridos no contexto de seu senso comum e das instituições dentro das quais operam.

    Na modernidade, instaura-se, como toda vigência o princípio de que esses processos, assim como o projeto de educação que estimula o sistema escolar, devem ser dirigidos racionalmente e de forma científica, desenvolvendo, assim, um âmbito de reflexibilidade de segundo nível que enriquece o primeiro.

    A administração ou a gestão significa, ainda, mobilizar pessoas e recursos para atender exigências que passam pelas mãos do diretor. É inegável que uma escola que apresente características mínimas de organização fará a diferença.

    Uma escola que funciona bem facilita a aprendizagem dos seus alunos. Uma escola bem organizada e dirigida cria condições favoráveis ao processo ensino-aprendizagem.

    A comunidade escolar (professores, alunos e funcionários), espera encontrar na escola condições dignas de atendimento, como quadro de funcionários que trate os alunos com o mínimo de respeito.

    Todos esperam também que a escola cumpra o seu papel como uma instituição social e que apresente unidade em seus objetivos no processo ensino-aprendizagem, racionalidade e transparência no uso dos recursos financeiros.

    Nesse contexto o diretor terá um papel muito importante, pois fica evidente que tanto o órgão central, professores, alunos, funcionários e comunidade esperam que o diretor resolva os problemas da escola e apresente características que lhe possibilitem: • Observar e refletir sobre o cotidiano escolar; • Promover integração com a comunidade; • Planejar ações voltadas para o contexto sócio-econômico; • Acompanhar e avaliar o desenvolvimento da proposta pedagógica, entre outras.

    Administrar uma escola pública vai significar participação de corpo e alma do diretor, já que tamanhas são as exigências atribuídas a esse profissional. 6.2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA

    O pedagogo é compreendido, pelo atual sistema de ensino público estadual paranaense, como profissional que articula e organiza o trabalho pedagógico na e da escola, garantindo a coerência e uma unidade de concepção entre as diversas áreas do conhecimento respeitando as suas especificidades.

    Contribui para possibilitar condições e oportuniza situações para que a comunidade escolar reflita sobre os princípios e finalidades da educação da escola pública, definidos no projeto político-pedagógico da escola.

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    Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem (e intervindo, em momentos que esse processo apresente dificuldades), é atribuição do pedagogo, que buscará, junto a outros profissionais da escola alternativas de ação para superar as lacunas observadas.

    Compreender-se pedagogo como agente transformador da sociedade implica em pensar e construir uma outra escola que busque “humanizar o que foi e continua sendo barbaramente, desumanizado pelo capital: a relação entre os seres humanos” (Carvalho, 2007:12).

    A atuação do pedagogo poderá ser encaminhada no anúncio de uma nova proposta de ação que visualize e combata as estratégias de alienação. Desafiar as concepções conservadoras de educação exige que seja desvelada a ideologia contida e utilizada nos discursos “da proposta de gestão democrática – originada nos movimentos dos trabalhadores da educação – para impor praticas autoritárias e desumanas, em prol da manutenção dos privilégios de uma minoria absoluta da população (...) detentora do capital”. (Silva Junior, 1997:09).

    A conquista de sua profissionalidade exigirá, inicialmente, do pedagogo, uma tomada de consciência diante da realidade.

    Essa tomada de consciência se dará, por um lado, através da sensibilidade, reflexão e ação em prol daqueles que hoje estão na escola publica e que dela mais necessitam para sua humanização.

    Isso demanda interesse em aprofundar-se nas questões da ciência da educação, nas questões didático-pedagógicas e nas questões da atualidade, para que possa fazer enfrentamentos necessários para a transformação da escola em um espaço, não de reprodução e manutenção do status quo, mas sim de oportunidades e possibilidades para todos à uma vida social e produtiva digna. 6.2.4 CORPO DOCENTE

    Participar da elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino;

    Elaborar e cumprir com o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; mantendo a relação entre o planejamento, a prática e o registro de classe;

    Zelar pela aprendizagem dos alunos;

    Estabelecer estratégias de recuperação paralela para os alunos de menor rendimento; com preponderância da maior nota, registrando-as no caderno de chamada,

    Ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; bem como conselhos de classe; reuniões pedagógicas ordinárias e extraordinárias;

    Participar nas atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

    Cumprir e fazer cumprir os horários e calendários escolares;

    Manter a assiduidade, comunicando com antecedência sempre que possível os atrasos e faltas eventuais;

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    Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, obedecendo às diretrizes e os critérios estabelecidos pela SEED;

    Manter seus livros registros de classe atualizados, preenchendo-os com letra legível, sem erros, rasuras e colagens, de modo a evitar duvidas que possam prejudicar os registros da vida do aluno, disponibilizando-os em qualquer época do ano letivo, à equipe pedagógica para vista-los;

    Fazer chamada diariamente dos alunos e o registro dos conteúdos trabalhados;

    Informar à equipe pedagógica quando for constatada a ausência dos alunos por cinco dias consecutivos ou sete alternados no período de um mês;

    Entregar o registro de classe na secretaria no final do bimestre para a digitação das notas, dentro do prazo estabelecido e no final do ano letivo antes de entrar de férias;

    Cumprir as horas-atividades estabelecendo plano de estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino, bem como o atendimento aos alunos e pais;

    Cumprir as disposições do regimento escolar no seu âmbito de ação, bem como as decisões da direção e Conselho Escolar. 6.3 EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E OPERAÇÃO DE MULTIMEIOS ESCOLARES 6.3.1 BIBLIOTECÁRIO

    Organizar, colocar frases instrutivas, proporcionar um ambiente de silêncio e agradável aos que fizerem uso da biblioteca;

    Priorizar o acesso do aluno, professor e comunidade quando for para pesquisa e leitura;

    Auxiliar e orientar na procura da pesquisa ou leitura desejada;

    Zelar e garantir o acervo bibliográfico da biblioteca e videoteca;

    Registrar obras, dvd adquiridos ou doados para fazer parte do acervo bibliográfico e da videoteca.

    Registrar todo o empréstimo que for feito com nome, endereço, prazo de devolução, mantendo rigoroso controle sobre empréstimos a alunos, professores e funcionários.

    Solicitar a devolução das obras e dvd cedidos após o prazo expirado.

    Consertar, encapar livros para a sua melhor conservação.

    Colocar em local visível o regulamento da Biblioteca. 6.3.2 SECRETÁRIO E AUXILIARES

    Cumprir e fazer cumprir cãs determinações de seus superiores hierárquicos;

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    Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;

    Redigir a correspondência que lhe for confiável;

    Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviços, circulares, resoluções e demais documentos;

    Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

    Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

    Apresentar ao diretor, em tempo hábil todos os documentos que devem ser assinados;

    Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época a verificação: a) da identidade e regularidade da vida escolar do aluno, b) da autenticidade dos documentos escolares,

    Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência, adaptação de curso, progressão parcial.

    Zelar pelo uso adequado de conservação dos bens materiais pertencentes à Secretaria;

    Comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria. 6.4 EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO 6.4.1 AGENTES EDUCACIONAIS

    Efetuar a limpeza e manter as instalações escolares limpas, solicitando a aquisição de material e produtos necessários;

    Colaborar com a escola sempre que solicitado para qualquer tipo de atividade;

    Observar os alunos no horário de lazer e recreação, caso ocorra qualquer incidente comunicar a equipe pedagógica;

    Efetuar tarefas correlatas à sua função;

    Manter espírito cooperativo, respeitar normas e individualidades (colegas, alunos, professores e comunidade) e zelar pelo material e equipamentos da escola.

    Abrir e fechar a escola, cuidando para não deixar o alarme desligado. 6.4.2 MERENDEIRA

    Preparar e servir a merenda escolar controlando a qualidade e a quantidade;

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    Informar ao Diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do estoque, ou quando alguma mercadoria estiver vencendo o prazo de validade;

    Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho e higiene, procedendo a limpeza e a arrumação;

    Colaborar com a escola sempre que solicitado, em qualquer tipo de atividade;

    Efetuar as tarefas correlatas com a sua função;

    Manter espírito cooperativo, respeitar normas e individualidades (colegas, alunos, professores e comunidade) e zelar pelo material e equipamentos da escola. 6.4.3 ALUNOS

    Atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência;

    Comparecer pontualmente às atividades escolares;

    Participar de todas as atividades e programas desenvolvidos no estabelecimento de ensino;

    Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares;

    Trazer sempre o material escolar em ordem e completo para as disciplinas do dia e executar as tarefas solicitadas pelo professor;

    Permanecer na sala de aula, em silêncio, na ausência do professor;

    Indenizar o prejuízo, quando produzir danos materiais ao estabelecimento ou objetos de propriedade de colegas, de funcionários ou de professores;

    Manter boa disciplina em sala de aula, dependências e corredores da escola, bem como acatar as determinações emanadas da direção, professores e funcionários da escola;

    Conhecer e receber informações sobre o sistema de avaliação da escola e da porcentagem de freqüência necessária para aprovação;

    Justificar a falta com atestado médico ou declaração dos pais ou responsáveis, no máximo de 48 (quarenta e oito) horas, após haver faltado;

    Ter boas maneiras ao dirigir-se aos professores, funcionários e colegas usando termos de boa educação.

    Cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber; 6.4.4 PAIS

    Matricular e rematricular seus filhos apresentando toda a documentação exigida dentro do prazo estipulado pela secretaria para garantir o deferimento da matrícula;

    Solicitar a transferência dos seus filhos;

    Comparecer a escola quando chamados pela direção, equipe pedagógica ou professores a fim de tomar ciência e resolver problemas relacionados à aprendizagem e comportamento dos seus filhos;

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    Acompanhar os conteúdos e tarefas escolares de seus filhos dando lhes orientação, incentivo e ajuda quando necessário;

    Manter constantemente, no mínimo a cada bimestre, contato com a escola;

    Participar das reuniões, entrega de boletins, grupos de estudos para pais, festas juninas e atividades culturais promovidas pela escola;

    Justificar por escrito na agenda as faltas, atrasos, ausência em dias de prova e esporadicamente a falta do uniforme;

    Participar das reuniões e assembléias da APMF, contribuindo com a mesma;

    Manter relações cooperativas com a direção, equipe pedagógica, professores e funcionários, procurando-os sempre que precisar de alguma orientação; 6.5 NORMAS DE CONVIVÊNCIA DOS ALUNOS

    1. Respeitar o horário de entrada e saída (haverá um único sinal para alunos e professores). Manhã – 7h30min às 11h40min Tarde – 13h10min às 17h20min

    2. Se acontecer o atraso, o aluno deverá trazer justificativa dos pais na agenda e passar na orientação educacional para carimbo de autorização.

    3. Não é permitida a saída dos alunos nos intervalos das aulas. Caso saírem sem autorização, deverão passar na orientação.

    4. O aluno novo tem prazo de 30 dias para providenciar o uniforme, cujo uso é obrigatório, conforme decisão dos pais registrada em ata.

    5. O aluno deverá trazer a agenda consigo todos os dias, cujo controle será feito pelos monitores sempre na 1ª aula. Caso não trouxer três vezes, os pais serão comunicados.

    6. Todo material como cadernos, livros, agenda, dicionários de inglês e português deverão ser encapados e trazidos conforme o horário de aulas repassado aos alunos pela equipe pedagógica, bem como os demais materiais necessários a cada aula. O aluno terá direito ao empréstimo de livros da biblioteca para as aulas de leitura, porém terá obrigação de devolver no prazo estabelecido.

    7. O aluno terá direito de receber do professor a bibliografia necessária para realizar trabalhos de pesquisa.

    8. Quando o aluno faltar nos dias de prova terá direito em fazer a recuperação, porém deverá trazer justificativa dos pais ou atestado médico. Nesses casos deverá solicitar requerimento junto a equipe pedagógica.

    9. É proibido trazer para a escola amigos