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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO GOIOERÊ – PARANÁ 2017

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1

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO GOIOERÊ – PARANÁ

2017

2

Sumário

APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

1. IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 10

1.1 Localização e dependência administrativa .......................................... 10

1.2 Histórico e caracterização da instituição ............................................. 10

1.3 Atendimento (Oferta de ensino) ........................................................... 11

1.4 Estrutura Física .................................................................................... 13

1.5 Materiais e Espaços Pedagógicos ....................................................... 14

1.6 Recursos Humanos.............................................................................. 14

1.7 Instâncias Colegiadas .......................................................................... 15

2. MARCO SITUACIONAL ..................................................................................... 16

2.1 Caracterização da Comunidade Escolar ................................................ 16

2.2 Organização interna da escola ............................................................... 20

2.2.1 Direção ............................................................................................ 20

2.2.2 Equipe Pedagógica ........................................................................ 20

2.2.3 Coordenação de curso e de estágio ................................................ 21

2.2.4 Corpo Docente ................................................................................. 21

2.2.5 Equipe Técnico administrativa ......................................................... 24

2.2.6 Equipe de Serviços gerais .............................................................. 24

2.2.7 Gestão escolar ................................................................................. 25

2.2.8. Conselho Escolar ............................................................................ 26

2.2.9 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ..................... 27

2.2.10 Grêmio Estudantil .......................................................................... 27

2.3 Educação Especial ............................................................................. 28

2.4 Articulação entre as Etapas de ensino ............................................... 29

2.5 Diagnóstico das potencialidades e dificuldades ................................. 32

3

2.5.1 Evasão e Repetência ...................................................................... 33

2.5.2 Avaliações externas ........................................................................ 34

3. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................... 36

3.1 Concepção de Mundo .......................................................................... 36

3.2 Concepção de Sociedade e Formação Humana Integral .................... 37

3.3 Concepção de Cidadania .................................................................... 40

3.4 Concepção de Homem (homem, infância, adolescência, juventude, adulto e idoso ................................................................................................

42

3.4.1 Concepção de Homem ................................................................. 42

3.4.2 Concepção de Infância ................................................................. 43

3.4.3 Concepção de Adolescência ........................................................ 45

3.4.4 Concepção de Juventude ............................................................. 47

3.4.5 Concepção de Adulto ................................................................... 49

3.4.6 Concepção de Idoso ..................................................................... 50

3.5 Concepção de Cultura ......................................................................... 52

3.6 Concepção de Conhecimento, Educação, Escola e Ensino- Aprendizagem ................................................................................................

53

3.7 Concepção de Alfabetização e Letramento ......................................... 56

3.8 Concepção de Currículo ...................................................................... 59

3.9 Concepção de Avaliação ..................................................................... 60

3.10 Concepção de Gestão Escolar .......................................................... 61

3.11 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico ................................... 63

3.12 Concepção de Tecnologia ................................................................. 66

3.13 Concepção de Trabalho .................................................................... 67

3.14 Concepção de Diversidade ................................................................ 69

3.15 Concepção de Educação Inclusiva .................................................... 70

3.16 Concepção de Cuidar e Educar ......................................................... 72

3.17 Concepção de Formação Continuada ............................................... 74

4. MARCO OPERACIONAL ................................................................................... 77

4

4.1 Calendário Escolar ............................................................................. 77

4.2 Matrizes Curriculares .......................................................................... 79

4.2.1 Matriz Curricular do Ensino Fundamental ........................................ 79

4.2.2. Matriz Curricular do Ensino Médio ................................................... 81

4.2.3 Matrizes Curriculares do Curso de Técnico em Enfermagem ......... 82

4.3 Ações Didático Pedagógicas ............................................................... 86

4.3.1 Atividades Complementares ............................................................ 86

4.3.2 Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo ........................... 88

4.3.3 Projetos ........................................................................................... 89

4.3.4 Programa do Ensino Médio Inovador - PROEMI 97

4.3.5 Atendimento Educacional Especializado 107

4.4 Avaliação ........................................................................................... 108

4.5 Conselho de Classe ........................................................................... 112

5 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................. 113

6 PROPOSTA DE SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS..................................... 114

6.1Evasão, Repetência e Avaliações Externas.......................................... 115

6.2 Indisciplina............................................................................................ 116

6.3 Práticas Docentes................................................................................ 117

6.4 Permanência do Aluno no Ensino Noturno .......................................... 117

6.5 Falta de Envolvimento dos Pais no Processo Escolar ........................ 118

7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................. 119

8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 120

9 ANEXOS ............................................................................................................... 125

5

APRESENTAÇÃO

[...] a educação só pode se realizar através de mediações práticas que se desenvolvam a partir de um projeto educacional , vinculado por sua vez, a um projeto histórico social, e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto[...] (SEVERINO,1998,p.107)

Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico é o elemento norteador

das ações educativas escolares, o qual se vincula a um projeto histórico social,

portanto faz-se necessário a escola compreender seu papel na sociedade.

A compreensão desse papel, resulta na construção de um projeto

político pedagógico, que expresse sua intencionalidade pedagógica, cultural,

profissional e que esteja calcada num modelo de gestão democrática.

Dessa forma, o projeto não se constitui num simples documento, mas na

consolidação de um processo de reflexão e ação críticas sobre e na prática

educativa, que exige esforço e vontade política do coletivo da escola.

Para VIERA PINTO (2000) a educação é necessariamente intencional.

Não se pode pretender formar um homem sem prévio conceito ideal de

homem.

Com essa afirmação, entende-se que a educação, como trabalho não

material, é necessariamente intencional, pois vincula-se a uma concepção de

sociedade, de homem, de cultura,de conhecimento e de outras importantes

para formação do homem e da garantia de seus direitos. Por isso o processo

da educação e, em específico, na escola, é um dado cultural, é uma

elaboração histórica dos homens.

Compreende-se, nessa perspectiva, que o Projeto Político Pedagógico

traz marcas das concepções de mundo, humanidade e educação dos gestores

6

da escola e dos educadores, uma vez que não existe neutralidade no fazer

pedagógico.

O projeto da escola depende, sobre tudo, da ousadia de seus agentes, da ousadia de cada comunidade escolar em assumir sua ‘cara’ tanto para dentro nas menores manifestações do seu cotidiano, quanto para fora, no contexto histórico em que ela se insere.”(MOACIR GADOTTI & JOSÉ EUSTÁQUIO ROMÃO, 1997,P.82)

Ao elaborar este Projeto Pedagógico, o Colégio Polivalente de Goioerê

busca apresentar um conjunto de trabalhos decorrentes de experiências e

expectativas educacionais, que envolvam direção, equipe pedagógica,

professores, alunos, pais, funcionários e comunidade escolar em geral,

destacando-se a ação colegiada ao processo de formação plena do cidadão.

Isso significa dizer que a construção do Projeto Político Pedagógico só

pode acontecer a partir da ação empreendida pelo coletivo escolar.

Considerando que todos os integrantes da escola são protagonistas do

processo educativo, torna-se imprescindível a construção de uma prática de

trabalho coletiva, comprometida com a qualidade da educação.

Considerando, o exposto acima, são professores, funcionários, pais e

alunos que devem pensar o papel da escola, para que ela seja universal e de

qualidade, que dê respostas às já conhecidas questões: Para quem, para que e

com qual intencionalidade existe a escola? Estas reflexões devem aparecer de

forma explícita no Projeto Político Pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico, nessa perspectiva, conforme

VASCONCELOS (1989) pode ser compreendido como a sistematização, nunca

definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e

se concretiza na caminhada, que se define claramente o tipo de ação educativa

que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para interação e

mudança da realidade.

7

Finalizando, é importante ressaltar a opção metodológica da construção

do Projeto Político Pedagógico, que se pauta no princípio da ação coletiva

compartilhada, na medida em que um compromisso construído na obediência

às leis seja estabelecido coletivamente, com avaliação contínua e respeito às

diversidades culturais, de gênero, raça, religiosas e outras.

8

INTRODUÇÃO

A escola pública tem como função social formar o cidadão, isto é,

construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário,

crítico, ético e participativo.

Para tanto, é indispensável socializar o saber sistematizado,

historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade, fazendo

que esse saber seja criticamente apropriado pelos estudantes, que já trazem

consigo o saber popular, o da comunidade em vivem e atuam.

Essa apropriação e interligação representam um elemento decisivo para

a democratização da escola.

Dessa forma, a escola pública torna-se um lugar privilegiado para o

exercício da democracia participativa e para o exercício de uma cidadania

consciente e comprometida.

Para cumprir essa função, a escola precisa construir/instituir, de forma

coletiva seu Projeto Político Pedagógico, como instrumento de planejamento

coletivo, capaz de resgatar a unidade do trabalho escolar e garantir que não

haja divisão entre os que planejam e os que executam. Se elaborado,

executado e avaliado de forma conjunta, tem uma nova lógica e expressa a

forma como o coletivo se organizará em torno da intencionalidade da escola

pública, explicitando, a partir da análise crítica da sua realidade, a concepção

de homem, sociedade, educação, ensino-aprendizagem, avaliação, currículo e

princípios pedagógicos.

Definida a sua postura, a escola trabalhará no sentido de formar

cidadãos conscientes, capazes de compreender, criticar e interferir na

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realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao

ser humano.

Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação

necessária e desejada pelo coletivo escolar e comunitário, bem como a

concretização da intencionalidade política na organização do trabalho

pedagógico escolar, as pessoas dão novo sentido às suas experiências,

refletem suas práticas, resgatam e reafirmam valores, de mundo, explicitam

seus sonhos, estabelecem novas relações e, principalmente, indicam novos

caminhos e propostas de ações.

Segundo FREIRE(1997), a construção do Projeto Político Pedagógico

pode contribuir “ para a construção de um espaço educativo, participativo e

emancipatório dentro da gestão democrática, escola inclusiva, trabalho

coletivo, currículo como instrumento de compreensão do mundo e

transformação social”

É com esse propósito, que o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê

elabora seu Projeto Político Pedagógico, a fim de ultrapassar o mero

cumprimento de uma exigência burocrática e sim registrar a intencionalidade

de seus agentes, com um sentido explícito e com um compromisso definido

coletivamente.

Este Projeto Político Pedagógico representa o fruto da interação entre

os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, bem como as

reflexões e as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É,

portanto, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no

processo educativo: professores, equipe pedagógica, alunos, pais e a

comunidade como um todo.

10

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1 - COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE DE GOIOERÊ-ENSINO

FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

NRE: Goioerê

MUNICÍPIO: Goioerê

RUA: Dr. Rosalvo G. de Mello Leitão, 600

BAIRRO: Jardim Curitiba

TELEFONE e FAX :(044) 3522–1458

e-mail: [email protected]

Site: www.grepolivalente.seed.pr.gov.br

Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação - SEED

1.2 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – Ensino Fundamental,

Médio e Profissional, mantido pela Secretaria de Estado da Educação - SEED,

inicialmente criado como Escola Estadual Polivalente – Ensino de 1º Grau, teve

o início de seu funcionamento em 01 de abril de 1976 de acordo com o Decreto

n.º 3277 de 26 de abril de 1977, publicado em Diário Oficial n.º 40 de 28 de

abril de 1977, com calendário especial para 5ª a 8ª séries.

Tendo sido construída através de convênios mantidos entre MEC –

SEED – PREMEN, que se propuseram a construir modernas escolas de 1º

11

grau, dentro de uma moderna perspectiva de ensino. PREMEN significa

Programa de Expansão e Melhoria do Ensino.

Em janeiro de 1982, a Escola Estadual Polivalente de Goioerê – Ensino

de 1º Grau teve seu reconhecimento através da Resolução nº 17/82.

A primeira diretora foi à professora Neide Maria Rodrigues Vieira.

Atualmente o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê é dirigido professor

Edclaudio Benetti Catelli. Pela Resolução nº 497/96, foi autorizada a

implantação do curso de 2º grau, Educação Geral, e o Projeto de implantação

foi aprovado pelo Parecer 940/96 - CEF/SEED e pela Resolução 2.558/96 foi

autorizado a funcionar passando a ser denominado de Colégio Estadual

Polivalente de Goioerê – Ensino de 1º e 2º Graus.

Pelo Parecer 2.544/99 SEED e Parecer 459/99 CEE, foi prorrogada a

Resolução 2.558/96 por mais 02 (dois) anos.

Em conformidade à Deliberação nº 003/98 e Resolução 3120/98,

alteraram sua nomenclatura para Colégio Estadual Polivalente - Ensino

Fundamental e Médio.

No ano de 2005, passou a funcionar o Curso Técnico Em Administração

nos períodos matutino e noturno através do parecer nº 078/2003 do N.R.E,

atualmente encontra-se em processo de cessação definitiva.

A partir do segundo semestre de 2009, passou a funcionar o CURSO

TÉCNICO EM ENFERMAGEM SUBSEQUENTE, no período noturno com três

turmas, sendo autorizado pela Resolução nº 5650 de 28/12/ 2010 – DOE de

22/03/2011.

1.3 ATENDIMENTO (OFERTA DE ENSINO)

O Colégio Polivalente de Goioerê - EFMP atende 1216 alunos,em três

turnos: matutino, vespertino e noturno, para os quais oferta o Ensino

Fundamental, anos finais do 6º ao 9º ano; Ensino Médio, organização anual;

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Curso Técnico em Enfermagem Subsequente, organização semestral; CELEM

com turmas de Língua Inglesa e Língua Espanhola; Atividades

Complementares Periódicas em contraturno e Sala de Recurso Multifuncional,

totalizando 48 turmas, assim distribuídas:

►18 turmas do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, 11 no período

manhã e 07 à tarde ;

►11 turmas do Ensino Médio , 07 pela manhã e 04 à noite;

►03 turmas do Curso Técnico em Enfermagem, no período da noite;

►08 turmas do CELEM , sendo 03 de Língua Inglesa: 02 à tarde de

Inglês Básico e 01 à noite de aprimoramento; 05 de Língua Espanhola: 04 de

Espanhol Básico, 02 à tarde e 02 à noite e 01 de Aprimoramento à tarde.

► 01 Sala de Recursos Multifuncionais para atender alunos com

necessidades educacionais especiais;

► 01 turma de Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo no

período da manhã;

►06 turmas de Atividade Complementar em contraturno, assim

distribuídas:

- 01 turma no Macro Campo Esporte e Lazer – Dança, à tarde para o

ensino fundamental;

- 01 turma no Macro Campo Experimentação e Iniciação Científica, à

tarde para o ensino médio;

- 01 turma no Macro Campo Aprofundamento da Aprendizagem –

Produção Textual, à noite para o ensino médio;

13

- 02 turmas no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de Rendas

Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental e

- 01 turmas no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de Rendas

– Empreendedorismo, à tarde para o ensino médio.

1.4 ESTRUTURA FÍSICA

O prédio que abriga o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP

foi inaugurado em agosto de 2006 e dispõe dos seguintes espaços: 24200 m2

de área, sendo 4.373,98 m2 de área construída coberta, disposta em 05 blocos.

O primeiro com 09 salas de aula e 01 almoxarifado.

O segundo para dependências administrativas contendo: 01 sala para

direção e 01 para direção auxiliar, 02 salas para equipe pedagógica, 01 sala

para atendimento individual, 01 biblioteca com 11.750 volumes, anexo a ela,

01 laboratório de informática com 20 computadores para uso de professores e

alunos; 01 secretaria, 02 salas para arquivo morto; 01 sala de professores,

01 para hora atividade com 04 computadores; 01 laboratório de enfermagem ,

01 sala para coordenação do curso de enfermagem e 02 sanitários para uso

de professores e funcionários : um masculino e um feminino.

No terceiro bloco, há uma área de convivência, com 01 pátio coberto e

ainda, 01 cozinha, 01 lavanderia, 02 banheiros para os funcionários,01

depósito de merenda, 01 depósito de materiais diversos,01 sala para uso do

Grêmio Estudantil, 01 sala de aula(recursos multifuncionais)e 02 sanitários um

masculino e outro feminino com vestiários para os alunos.

No bloco 04, há 09 salas de aulas e 01 laboratório de Ciências Físicas

e Biológicas . Anexo a esse bloco, há 01 ginásio poliesportivo com palco,

arquibancadas, 02 vestiários e 02 lavabos.

No quinto bloco, há duas salas construídas ,no modelo PROEM, uma é

usada como anfiteatro, com capacidade para 100 pessoas e a outra para

desenvolvimento dos projetos multidisciplinares.

14

1.5 MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

O Colégio possui uma boa quantidade de materiais e equipamentos e

espaços pedagógicos que contribuem muito para a realização das atividades

pedagógicas

23 aparelhos de televisão, 09 impressoras, 04 aparelhos de som, 04

projetores de multimídia (data show), 03 máquinas fotográfica/filmadoras, 49

computadores, 03 impressoras multifuncional, 03 telas de projeção, 03

microfones sem fio.

Quanto ao espaço pedagógico há uma biblioteca com aproximadamente

5.150 volumes, um laboratório de Ciências Físicas e |Biológicas, uma sala de

hora atividade, um laboratório de informática e uma sala para desenvolvimento

de atividades multidisciplinares.

1.6 RECURSOS HUMANOS

O Colégio estadual Polivalente de Goioerê - EFMP tem seu

funcionamento nos três períodos: matutino, vespertino e noturno com 1216

alunos e para atender essa demanda, possui 135 funcionários , assim

distribuídos:

Equipe Gestora: 01 diretor, 02 diretores-auxiliares e 07 pedagogos;

Equipe docente: 100 professores, sendo 60 do Quadro Próprio do

Magistério-QPM e 40 contratados pelo Processo Seletivo Simplificado –

PSS;

Demais funcionários: 08 agentes 02 e 17 agentes 01.

15

1.7 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Numa perspectiva de Gestão Democrática Participativa, o colégio possui

as seguintes instâncias colegiadas: Conselho escolar, Associação de Pais

Mestres e Funcionários – APMF e Grêmio Estudantil

16

2 - MARCO SITUACIONAL

2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade escolar é formada por alunos com faixa etária de 10 a 18

anos no ensino fundamental e médio, no ensino profissionalizante, a faixa

etária é de 18 a 50 anos. Há alunos que moram na zona rural, urbana e

periférica da cidade, mas a maioria são moradores dos bairros Jardim Curitiba,

Jardim Primavera e Vila Candeias. No Curso Técnico em Enfermagem, alguns

alunos residem em outros municípios, como Moreira Sales, Rancho Alegre D’

Oeste, Quarto centenário, Janiópolis, Juranda e Boa Esperança. Muitos já

exercem uma ocupação profissional como diarista, motorista de ambulância,

vendedores no comércio e poucos como auxiliares de enfermagem. Após o

ingresso no curso, alguns conseguem se inserir na área da saúde como

estagiários remunerados.

O colégio atende um público sócio econômico cultural bastante

diversificado, cuja organização dos grupos sociais ocorre espontaneamente,

de acordo com o turno.

No período da manhã, temos alunos de nível sócio econômico médio e

médio baixo, grande parte deles são oriundos do centro e bairros periféricos,

pouquíssimos são os que moram na zona rural. Esses alunos são filhos de

pequenos empresários, funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos

agricultores. Suas idades variam de 10 a 18 anos com raríssimas exceções. A

maioria mora com pai e mãe, poucos só com as mães ou somente com os

pais.

17

Muitos vêm à escola a pé, outros utilizam transporte escolar público ,

bicicleta, ou carro próprio.

Observamos que entre os alunos do período da manhã, muitos possuem

meios de comunicação para aprimorarem seus conhecimentos, a maioria se

utiliza das tecnologias via internet. Quanto ao rendimento escolar,

caracterizam-se como alunos com uma boa participação. Tanto eles quanto

seus familiares têm uma boa visão e conceito positivo da escola que estudam,

acreditam na mesma e nos profissionais que nela atuam.

No período vespertino, temos alunos de nível sócio econômico médio

baixo, baixo e baixíssimo, observa-se um grande número de alunos oriundos

dos bairros periféricos mais longínquos e muitos moradores da zona rural. São

filhos de trabalhadores braçais, diaristas, pouquíssimos funcionários públicos,

desempregados e pequenos agricultores. Suas idades variam de 10 a 17 anos,

muitos em defasagem idade/ano.

A organização familiar da maioria desses alunos não atende ao formato

tradicional, uma vez que muitos moram com os avós, outros só com as mães

ou só com os pais e alguns com outros familiares

Não há muita participação desses responsáveis no processo de ensino

aprendizagem, quando há algum problema em relação aos alunos sob sua

responsabilidade, o colégio encontra dificuldade para contatá-los. Esses

responsáveis não costumam participar de reuniões e eventos realizados pela

escola.

Muitos alunos, matriculados no período vespertino, vêm para a escola a

pé ou utilizam transporte escolar público, pouquíssimos de bicicleta.

Quanto ao rendimento escolar, caracterizam-se como alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem, há muitos casos de reprova e não

costumam fazer as atividades escolares solicitadas pelos professores, faltam

muito e apresentam grandes problemas de comportamento.

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Os alunos do período noturno ensino médio são de nível sócio

econômico médio baixo, oriundos da classe trabalhadora. São alunos

provenientes dos mais diferentes bairros, e pouquíssimos moradores da zona

rural, a maioria desses alunos são trabalhadores com baixa remuneração, suas

idades variam de 16 a 25.

O rendimento escolar desses alunos não é muito satisfatório porque

são faltosos e justificam essas faltas, bem como a não realização das

atividades escolares com o fato de trabalharem e estarem sempre cansados.

Muitos não têm perspectiva de continuidade de estudos, por falta de uma visão

ampla das possibilidades no mundo do trabalho, priorizam o trabalho que

atende suas necessidades imediatas, porque não se sentem atraídos pela

escola e acabam desistindo dela.

Uma característica muito positiva e importante é que, de modo geral, os

familiares e/ou responsáveis pelos alunos apresentam um alto grau de

confiabilidade neste Colégio. Isso porque cerca de 80% dessas famílias moram

há mais de 20 anos no município, portanto conhecem muito bem o Colégio e,

nessa mesma porcentagem, já tiveram outros familiares aqui estudando, e até

eles mesmos. Consideram a estrutura física do Colégio muito boa, precisando

apenas de alguns ajustes. Reconhecem a competência dos professores,

direção, equipe pedagógica e funcionários e entendem que o Colégio

apresenta segurança para seus filhos.

Apesar desse conceito positivo, no processo de ensino-aprendizagem há

algo que preocupa e que merece uma atenção especial de todos os

professores e daqueles comprometidos em promover a educação como prática

social responsável pelo processo de humanização do homem , que é a

participação da família no acompanhamento contínuo das atividades

educacionais, culturais e esportivas de cada aluno. Constata-se um baixo

índice de comparecimento das famílias ao colégio, quando são convidadas

para uma reunião ou evento, o comparecimento é insatisfatório. O mesmo

19

ocorre em relação ao acompanhamento no dia a dia da escola e das

atividades desenvolvidas em casa, bem como a frequência dos alunos. Com

essa atitude, a responsabilidade da educação se torna maior para a escola.

Considerando a participação familiar no processo ensino aprendizagem,

faremos algumas considerações.

A escola é a primeira Instituição da qual a criança passa a fazer parte

fora da família, propiciando a vivência com outras pessoas de origens e hábitos

diferentes. A família é a mediadora entre indivíduo e a sociedade. É nela que,

segundo CARDOSO VIEIRA(2001,p.60), “ aprendemos a perceber o mundo e

nos situamos nele. É [ a família] a formadora de nossa primeira identidade

social. Ela é o primeiro ‘nós’ a que aprendemos a nos referir.É o contato com

as primeiras regras e valores sociais.”

Assim como ocorreram transformações na escola, principalmente a partir

dos anos 90, a família também não é mais aquela tradicionalmente

estabelecida num modelo homogêneo, passando adquirir uma multiplicidade

de formas de organização. Como cita CASTELLS (2003,p.89), ela reduziu a

função de proteção, socialização e criação de vinculo :

A dissolução dos lares, por meio do divórcio ou separação de casais, constitui o primeiro indicador de insatisfação com um modelo familiar baseado no comprometimento duradouro de seus membros. Em segundo lugar, a crescente freqüência com que as crises matrimoniais se sucedem , assim como a dificuldade em compatibilizar casamento, trabalho e vida, associa-se a outras tendências importantes: o adiamento de formação de casais e formação de relacionamentos sem casamento.

A família que é a base da sociedade foi se fragmentando e

abandonando o papel de primeira instituição educadora no processo de

formação, gerando assim, um novo desafio para a escola, pois os pais acabam

20

delegando não só a formação cultural do educando, como também a formação

moral que inclui comprometimento ,atitudes e valores.

2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

2.2.1 DIREÇÃO

A direção do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP é

composta pelo diretor professor Edclaudio Benetti Catelli e pelos diretores

auxiliares professores Marcelo Turkiewicz e Ricardo Wilson Stefenetti, que

foram escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade

escolar, conforme legislação em vigor.

A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão

democrática e participativa, é a de assegurar o alcance dos objetivos

educacionais definidos neste Projeto Político-Pedagógico.

2.2.2 EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares

definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em

consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria

de Estado da Educação, mantenedora deste estabelecimento.

O Colégio Polivalente de Goioerê - EFMP tem sete pedagogos, todos

licenciados em pedagogia, três com quarenta horas semanais e quatro com

21

vinte horas cada, distribuídos nos três períodos de funcionamento do colégio,

de acordo com o estabelecido pela mantenedora.

Entre as diversas funções do pedagogo, ele coordena a elaboração e

acompanha a implementação do Projeto Político Pedagógico, Proposta

Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente, Regimento escolar e Plano

de Ação do Colégio. Coordena, também, as capacitações organizadas além

disso, estabelece a articulação entre os responsáveis pelo processo ensino e

aprendizagem: direção, professores, familiares e alunos.

Neste colégio, o trabalho dos pedagogos é dividido por turmas, cada um

tem sob sua responsabilidade um determinado número de turmas, quando dão

atendimento aos alunos, professores e pais, acompanhando a assiduidade e

desempenho dos alunos. Coordenam os pré-conselhos e fazem as devolutivas

destes aos alunos e ,quando necessário, aos pais. Porém, é importante

ressaltar que todos os pedagogos trabalham de forma integrada, por meio de

decisões e encaminhamentos coletivos, estando todos inteirados da dinâmica

escolar.

2.2.3 COORDENAÇÃO DE CURSO E DE ESTÁGIO

Na Educação Profissional, as Coordenações de Cursos são exercidas

por profissionais com habilitação específica no curso e em parceria com à

equipe pedagógica, de acordo com as orientações da SEED. O Colégio

Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP tem coordenador do Curso Técnico

em Enfermagem e um coordenador de estágio com carga horária de acordo

com o número de turmas.

2.2.4 CORPO DOCENTE

22

O corpo docente do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê é

composto por cem profissionais, sendo deste total, sessenta pertencentes

ao Quadro Próprio do Magistério - QPM e quarenta contratados pelo Processo

Seletivo Simplificado – PSS. Todos, que ministram aulas na educação básica,

são licenciados e 95% possuem pós-graduação lato senso e doze participaram

do PDE. A maioria dos professores do curso Técnico em Enfermagem tem

licenciatura, poucos são bacharelados em Enfermagem.

Grande parte desses professores procuram ofertar uma educação de

qualidade para todos, utilizando-se de práticas pedagógicas que respeitem

as diferenças e trabalhem o conhecimento como meio de formação humana

integral para que os alunos, que aqui estão, tornem-se cidadãos capazes de

contribuir para as transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas.

Essa tarefa não é fácil, porque além de todos os determinantes internos

e externos que emperram o processo ensino aprendizagem, exige muito

estudo, reflexão, comprometimento profissional e vontade política que resultem

em ações pedagógicas com intencionalidade para estabelecer a relação entre

o conhecimento elaborado e sistematizado historicamente bem como a

relação com as práticas do cotidiano dos alunos.

Os professores sabem que a aprendizagem não acontece de forma

espontânea, no entanto, por conta das dificuldades enfrentadas no dia a dia em

sala de aula, muitos optam pela metodologia tradicional, com aulas expositivas

sem questionamentos e problematização, consequentemente sem que os

alunos elaborem novos significados sobre os conteúdos que lhes são

apresentados..

Conforme Gonçalves (2008), os professores mais conscientes da

importância de sua função na vida dos alunos, para que estes adquiram o

saber sistematizado, necessário à sua emancipação, querem mudar essa

situação. A autora afirma ainda que o ensino dos conteúdos científicos sem

23

relação com o cotidiano dos alunos e descontextualizado, não desperta

interesse nos alunos.

A necessidade de reavaliar e organizar o ensino de modo a desenvolver

práticas pedagógicas que estabeleçam essa relação e que a escola passe ter

sentido para os alunos é o grande desafio para a direção, equipe pedagógica e

professores. Segundo GASPARIN (2002, p.113 Apud GONÇALVES 2008, p. 5)

[...] no processo de mediação do conhecimento, o professor torna-se também unificador do cotidiano e científico de seus alunos, assumindo sua responsabilidade social na construção/reconstrução do conhecimento científico das novas gerações em função da transformação da realidade.

Ainda conforme GASPARIN (2002,p.54. Apud GONÇALVES 2008,p.5 ),

são necessárias ações conjuntas entre professor e aluno para a efetiva

construção do conhecimento

[...] Os educandos e o professor efetivam, aos poucos, o processo dialético de construção do conhecimento escolar que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato, realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, deduzir,explicar, generalizar,conceituar etc.

Os professores acreditam também, que para obter melhores resultados

no processo ensino aprendizagem, é necessário, além de outras ações, suprir

a falta de pré-requisitos dos alunos em algumas disciplinas, principalmente nas

que exigem raciocínio lógico, leitura e interpretação; como já foi apontado,

melhorar as estratégias metodológicas de alguns professores e,

principalmente, estimular a participação e acompanhamento da família.

Essa última ação torna-se um desafio para todos os profissionais deste

colégio, uma vez que a escola passa a ser a maior responsável pela educação

desses alunos.

24

Atendendo a proposta de capacitação da SEED, todos os professores e

funcionários são incentivados a participarem de cursos de Formação

Continuada, da Semana Pedagógica, da Equipe Multidisciplinar e cursos

online, como forma de aprimoramento de conteúdos e conhecimento, bem

como de suas práticas pedagógicas. Além dessas ofertas, utilizam-se das

tecnologias. O colégio disponibiliza computadores com internet para pesquisas,

bem como periódicos.

Os professores utilizam suas horas atividades para elaborar suas aulas,

realizar pesquisas para suas aulas e aprimoramento profissional, corrigir

atividades, e como essas horas são organizadas por disciplina, também há

troca de experiências.

2.2.5 EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA

A função de técnicos administrativos é exercida por Agentes

Educacionais II, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de

Informática do estabelecimento de ensino. Neste colégio, a atuação dos

agentes II se limita à secretaria, uma vez que há professores readaptados

responsáveis pela biblioteca e laboratório de informática, bem como pelo

agendamento da utilização dos equipamentos pedagógicos e anfiteatro.

A relação desses funcionários com os demais segmentos do colégio é

de extrema cooperação e cordialidade, além de cumprir as obrigações

inerentes às atividades administrativas da secretaria, atendem todos os

segmentos da comunidade escolar prestando informações e orientações.

2.2.6 EQUIPE DE SERVIÇOS GERAIS

25

As atribuições dessa equipe são exercidas pelos Agentes Educacionais

I, funcionários da Paraná Educação e contratados pelo Processo Seletivo

Simplificado.

Entre as várias atribuições, esses funcionários têm a função de zelar

pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico

escolar; executar atividades de manutenção e limpeza e preparar a

alimentação para os alunos.

A relação desses funcionários com os demais segmentos do colégio é

muito boa, principalmente com os alunos, porque estabelecem uma relação de

confiança pelo fato de estarem mais próximos quando os alunos não estão em

sala de aula. Essa proximidade contribui para que equipe pedagógica ou

direção faça alguma intervenção junto aos alunos em situações vulneráveis,

que se abrem com esses funcionários ou são observados por eles.

Viver em sociedade é viver em constante aprendizado, por isso somos

todos educadores. Os funcionários do Colégio estadual Polivalente de Goioerê

- EFMP são educados e educadores quando interagem com os alunos,

professores, direção e pais.

2.2.7 GESTÃO ESCOLAR

Com base na concepção de educação centrada na formação humana e

na mediação do saber historicamente elaborado, a escola tem como principal

objetivo o resultado positivo do processo ensino aprendizagem. Para tanto, a

organização das relações no interior da escola deverá estar pautada nos

princípios democráticos, para que a escola não seja democrática apenas no

desenvolvimento de suas atividades administrativas, mas também pela

realização de sua ação pedagógica.

A gestão democrática só se efetiva quando há envolvimento da

comunidade escolar: pedagogos, professores, funcionários, pais, alunos e

26

sociedade organizada, por meio de representações nas instâncias colegiadas

(Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil e outras formas de representação) na tomada de decisões e

na construção de documentos que norteiam a prática pedagógica da escola.

Nesse sentido, (CASTRO,2007,P.135) afirma que:

[...] A gestão democrática traz como fundamento o efetivo envolvimento e participação de todos na tomada de decisão do processo administrativo e do planejamento pedagógico escolar. Logo, considera-se de fundamental importância o Projeto Político Pedagógico como instrumento de articulação entre os meios e os fins, fazendo o ordenamento de todas as atividades pedagógico-curriculares e a organização da escola tendo em vista os objetivos educacionais.

A participação coletiva implica não somente nas tomadas de decisões

sobre a escola, mas também nas responsabilidades e nas ações básicas para

a sua viabilização.

Nessa perspectiva, podemos afirmar que a gestão do Colégio Estadual

Polivalente de Goioerê – EFMP se efetiva como democrática e participativa. As

Instâncias Colegiadas estão instituídas e organizadas com representatividade

de todos os segmentos da comunidade escolar e local.

2.2.8 CONSELHO ESCOLAR

Esta Instância colegiada, constituída por representantes de todos os

segmentos da comunidade escolar e local, tem como atribuição deliberar

sobre questões político-pedagógicas, administrativas e financeiras no âmbito

da escola. O Conselho Escolar analisa as ações a empreender e os meios a

utilizar para o cumprimento das finalidades da escola. Possibilitando, desta

forma, a promoção da gestão democrática e participativa.

Os membros que compõem o Conselho Escolar são escolhidos pelos

integrantes de cada segmento. São 25 membros assim distribuídos: diretor do

27

estabelecimento, que é o presidente do Conselho Escolar; 02 representantes

da equipe pedagógica; 06 professores, sendo 02 representantes de cada nível

de ensino: fundamental, médio e profissional; 04 representantes dos

funcionários, sendo 02 agentes I e 02 agentes II; 02 representantes da

Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF; 06 representantes dos

alunos, 02 de cada nível de ensino: fundamental, médio e profissional; 02

representantes dos pais de alunos e 02 representantes de associações de

bairro.

2.2.9 ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF

As várias atribuições da APMF estão sempre voltadas à integração

entre família, educadores e escola e promoção de um ensino de qualidade.

Esta Instância Colegiada é constituída por 20 membros, escolhidos entre

os representantes de cada segmento da comunidade escolar e local:

09 representantes dos pais; 05 representantes dos professores; 01

pedagogo; o diretor e 04 funcionários.

2.2.10 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes

da escola, constitui-se em uma Instância Colegiada da Gestão Democrática,

com representatividade no Conselho Escolar, que é o órgão máximo da

gestão no âmbito escolar.

Assim, o grêmio estudantil constitui um meio de participação dos alunos

na vida escolar, tornando-se um espaço de discussão, criação e tomada de

decisões acerca do processo escolar, bem como o fortalecimento das noções a

respeito de direitos, deveres e convivência comunitária , o que favorece a

formação para o exercício de cidadania.

28

A diretoria atual do Grêmio Estudantil Profª Neide Maria Rodrigues

Vieira tomou posse em 20 de maio de 2016, após processo de escolha pela

comunidade estudantil, tendo sido eleita como presidente a aluna Camila

Juliani e os demais membros dessa instância colegiada.

A gestão democrática deste colégio tem se efetivado de forma

transparente e participativa de todos os segmentos internos e externos da

escola delimitando, decidindo e implementando as ações educacionais e

gerindo os recursos financeiros, inclusive prestando contas em reuniões e as

fixando em edital.

2.3 – EDUCAÇÃO ESPECIAL

Numa perspectiva de inclusão educacional, o Colégio Estadual

Polivalente de Goioerê – EFMP atende todos os sujeitos,que historicamente

encontravam-se excluídos do processo de escolarização, numa postura de

acolhimento e afetividade.

Nesse sentido, o colégio oferta, no período da tarde, uma Sala de

Recursos Multifuncionais – Tipo I com atendimento educacional especializado,

de natureza pedagógica, que complementa a escolarização de alunos que

apresentam deficiência Intelectual, deficiência física, neuromotora, transtornos

globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos, matriculados

na Rede Pública de Ensino.

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, funcionará com

características próprias em consonância com as necessidades específicas do

aluno nela matriculado.

A carga horária para funcionamento dessas salas, nas instituições da

Rede Estadual de Ensino do Paraná, é 20 horas/aulas semanais, sendo 13

horas/aula para efetivo trabalho pedagógico e 7 (quatro) horas-atividade do

professor, de acordo com a legislação vigente.

29

Quanto aos recursos materiais, a Sala de Recursos Multifuncional –

Tipo I, na Educação Básica é organizada com materiais didáticos de

acessibilidade, recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos

tecnológicos e mobiliários. Entre estes destacam-se os jogos pedagógicos

que valorizem os aspectos lúdicos, estimulem a criatividade, a cooperação, a

reciprocidade e promovam o desenvolvimento dos processos cognitivos.

O número máximo de alunos que compõem a Sala multifuncional –

Tipo I é 20. O atendimento a esses alunos acontece no período contrário ao

que estes estão matriculados e frequentando a classe comum. O atendimento

educacional especializado é realizado por cronograma, que poderá ser

individual ou em grupos, de forma a oferecer o suporte necessário às

necessidades educacionais especiais dos alunos consonante à área

específica, favorecendo seu acesso ao conhecimento. O cronograma de

atendimento deve ser flexível, organizado e reorganizado sempre que

necessário de acordo com as necessidades educacionais dos alunos.

A composição dessa sala é feita com alunos que apresentam

necessidades educacionais especiais e que têm laudo psicoeducacional e

relatório pedagógico que comprovam a necessidade de atendimento nessa

sala.

O atendimento feito na Sala de Recursos Multifuncionais I é feito por

professor QPM ou PSS que tenha especialização em educação especial.

Esse atendimento, em alguns casos, tem contribuído muito para a

melhora no desempenho dos alunos na sala regular. No entanto, não é

suficiente porque muitos professores das diversas disciplinas na sala regular

têm dificuldades em elaborar atividades diferenciadas, para atender às

necessidades desses alunos, tampouco conseguem dar-lhes atenção

individual por muito tempo, devido ao número de alunos em sala e o

comportamento deles.

30

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO 5º/6º ANOS DO

ENSINO FUNDAMENTAL E 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL / 1º ANO

ENSINO MÉDIO

Toda transição sugere uma ideia de mudança e de adaptação. O ser

humano passa por situações de modificação em diferentes aspectos e precisa

buscar estratégias para adaptar-se à nova situação.

A transição de uma etapa de ensino para a outra sempre envolve mais

disciplinas, conteúdos mais avançados, outros professores e novos colegas.

Por isso há necessidade de um trabalho coeso e unificado para que não haja

rupturas que desfragmentem as etapas de ensino, prejudicando o processo de

ensino e aprendizagem.

A Resolução nº 4, do Conselho Nacional de Educação, 2010 , em

Título VI, Artigo 18, § 2º, destaca que:

A transição entre as etapas da Educação Básica e suas fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e assegurem aos educandos, sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de aprendizagem e desenvolvimento.

No entanto, no cotidiano escolar essa transição é pouco pensada e

discutida, em consequência disso, os resultados avaliativos denunciam essa

fragilidade, perceptível principalmente no 6º ano, quando as crianças

relacionam a aprendizagem à afetividade.

Ainda segundo a Resolução nº 4, do Conselho Nacional de Educação,

2010, em seu Artigo 23 Parágrafo Único:

No Ensino Fundamental, acolher significa também cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o estudante desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou

31

na sociedade em geral,e que lhe possibilitem ainda sentir-se como produtor valorizado desses bens.

Nessa perspectiva, os educadores do Colégio Estadual Polivalente de

Goioerê -EFMP entendem que a escola tem responsabilidade na

compreensão de como as crianças aprendem, para isso é necessário um

olhar mais afetuoso e profissional aos alunos egressos dessas etapas de

ensino, observando como se organizam, criando vínculos sem perder

autoridade, possibilitando gradativamente a autonomia necessária e

primordial para essas etapas de ensino.

Em momentos pontuais, durante capacitações oferecidas pela

mantenedora, nossa comunidade escolar destacou a necessidade de buscar

alternativas nessas fases de transição escolar por meio de estratégias

pedagógicas, que considerem as singularidades dos alunos,com diferentes

alternativas, atendendo seus interesses, necessidades e aspirações,visando

assegurar a permanência destes, com proveito, até a conclusão da Educação

Básica.

Entre elas, solicitamos junto ao Núcleo Regional de Educação encontros

para diálogo entre 5ºano (Ensino Municipal) /6º anos do ensino fundamental

(Estadual) e 9º ano ensino fundamental / 1º ano ensino médio (Estadual)

Essa importância é condizente com a resolução a Resolução nº 4, do

Conselho Nacional de Educação, 2010 em seu Art.25.

Os sistemas estaduais e municipais devem estabelecer especial forma de colaboração visando à oferta do Ensino Fundamental e à articulação sequente entre a primeira fase,no geral assumida pelo Município,e a segunda, pelo Estado, para evitar obstáculos ao acesso de estudantes que se transfiram de uma rede para outra para completar esta escolaridade obrigatória, garantindo a organicidade e a totalidade do processo formativo do escolar.

32

Nesse sentido, há necessidade da compreensão de que o Ensino seja

um contínuo de aprendizagens, sem rupturas, e que haja um planejamento

integrado entre as etapas considerando as características próprias de cada

fase, marcadas por um número maior de entrada professores na grade

curricular, abordando diferentes conteúdos e com posturas e métodos

diversificados, que possibilitem os alunos a se integrarem rapidamente.

2.5 DIAGNÓSTICO DAS POTENCIALIADADES E DIFICULDADES

Uma educação de qualidade visa a emancipação dos sujeitos sociais e

não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite.É a partir da

concepção de mundo, homem, sociedade e educação e outras que norteam o

processo ensino aprendizagem, que a escola procura desenvolver

conhecimentos e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual o indivíduo vai

se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo. Assim, a

“escola de qualidade” é aquela que contribui com a formação dos estudantes

nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para o

desempenho de seu papel de cidadão no mundo, tornando-se, assim, uma

qualidade referenciada no social. Nesse sentido, o ensino de qualidade está

intimamente ligado à transformação da realidade

Nessa perspectiva, registraremos as dificuldades que se constituem em

desafios a serem vencidos, para que este colégio possa ofertar, em sua

plenitude, uma educação emancipadora como RODRIGUES(1986,p.81)

define,

[...] que possibilita a todos a compreensão elaborada da realidade social, política e econômica do momento vivido pelos educandos; o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais

33

e físicas para intervenção nessa realidade, e a posse da cultura letrada e dos instrumentos mínimos para o acesso às formas modernas do trabalho [...]

Muitos são os desafios a enfrentar os quais estão relacionados aos

resultados de aprendizagem dos alunos, à participação da família, a

incoerência entre a teoria e prática pedagógica e o interesse dos alunos pela

escola.

2.5.1 EVASÃO E REPETÊNCIA

Tabela Percentual do desempenho dos alunos de 2011 a 2015

2011 2012 2013 2014 2015

ENSINO

FUNDAMENTAL

Aprovado 89,03 89,28 89,55 75,5 78,82

Aprovado

pelo

Conselho

40,66 30,85 34,32 39,1 49,1

Aprovado

Direto

48,37 58,43 55,23 36,4 29,72

Desistentes 0 1,29 0,82 1,81 7,13

Reprovado 10,97 9,43 9,63 22,69 14,05

ENSINO

MÉDIO

Aprovado 83,02 82,88 81,4 85,09 68,35

Aprovado

pelo

Conselho

29,09 40,85 37,62 42,31 30,53

Aprovado

Direto

53,93 42,03 43,78 42,78 37,82

Desistentes

Reprovado

O desempenho dos alunos do

no processo ensino aprendizagem

demais escolas da rede estadual de ensino

externos e internos que afetam a educação escolar

índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta

gradativamente. Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é

o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado

alguns momentos passa de 40% dos aprovados.

uma defasagem de conteúdos e cons

anos letivos.

2.5.2 AVALIAÇÕES EXTERNAS

O desempenho dos alunos no ENEM

na região entre os estabelecimentos

manteve porque não conseguimos acessar o

estabelecimento.

8

ª série / 9º ano

Escola

005 007 009

POLIVAL

ENTE DE GOIOERE C E

EF M PROF .0 .9 .3

Desistentes 4,53 4,67 5,81 2,91

Reprovado 12,45 12,45 12,79 12

O desempenho dos alunos do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê

no processo ensino aprendizagem apresenta problemas que são comuns às

da rede estadual de ensino, considerando os determinantes

que afetam a educação escolar. Na medida em que o

índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta

Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é

o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado

alguns momentos passa de 40% dos aprovados. O que, em muitos casos, gera

uma defasagem de conteúdos e consequentemente dificuldades nos demais

AVALIAÇÕES EXTERNAS

desempenho dos alunos no ENEM tem sido bom, até com destaque

estabelecimentos estaduais. Não sabemos se isso se

manteve porque não conseguimos acessar o último resultado deste exame por

Ideb Observado Metas Projetadas

011 013 015 007 009 011 013 015

.6 .7 .7 .1 .3 .6 .1 .5 .8

34

15,83

15,83

Polivalente de Goioerê,

apresenta problemas que são comuns às

, considerando os determinantes

medida em que o

índice de repetência se mantém elevado, o de abandono aumenta

Além desse aspecto, temos outro bastante preocupante que é

o índice de aprovação pelo Conselho de Classe, como pode ser observado, em

O que, em muitos casos, gera

dificuldades nos demais

tem sido bom, até com destaque

estaduais. Não sabemos se isso se

resultado deste exame por

Metas Projetadas

017 019 021

.8 .1 .3

35

Como pode ser observado, no quadro acima o Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica nos anos de 2007, 2009 e 2011 foi

satisfatório, inclusive superior às metas projetadas pelo MEC. No entanto, nos

dois últimos anos de avaliação, esse índice caiu muito, ficando inferior às

metas projetadas.

Em reuniões pedagógicas, conselhos de classe e hora atividade são

discutidas e analisadas as prováveis causas para esse baixo desempenho dos

alunos. Entre outras, registraremos as que consideramos determinantes nesse

desempenho: infrequência dos alunos; alunos que não fazem as atividades

propostas em sala de aula ou para casa; a rotatividade de professores devido

às licenças para tratamento de saúde e/ou especial; infrequência dos alunos;

defasagem de conteúdos o que gera desinteresse, desânimo e indisciplina;

aulas monótonas; incoerência entre o que se propõe no plano de trabalho

docente e o que se pratica em sala de aula; ausência dos pais nas reuniões;

falta de interesse da família no processo ensino aprendizagem; transferência

de responsabilidade da família para o colégio.

Essas prováveis causas precisam ser analisadas e refletidas por todo

coletivo escolar, é necessário identificar elas influenciam no processo ensino e

aprendizagem e quais as possibilidades, num processo coletivo de superá-las.

Professores precisam refletir sobre sua intencionalidade na utilização das

metodologias, na escolha dos conteúdos, na utilização dos instrumentos e

critérios nas avaliações e retomada dos conteúdos quando necessário . A

família deve avaliar sua participação na escolarização de seus filhos, não só na

frequência desses, como também na realização das atividades pedagógicas. O

36

aluno precisa reconhecer a importância da educação escolar para sua

formação humana integral e, por fim, equipe diretiva ( direção,

pedagogos,instâncias colegiadas) repensar a articulação dos diversos

segmentos para que a escola cumpra seu papel social e democrático de

promover o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela

humanidade, de modo a formar cidadãos críticos, éticos e participativos.

3. MARCO CONCEITUAL

Para que a escola se efetive como um espaço privilegiado e democrático

em que a educação está centrada na formação humana integral, pela

mediação do conhecimento historicamente produzido e pela compreensão de

que o aluno é portador de cultura e identidade próprias, a serem consideradas

em todas práticas pedagógicas, é preciso que haja intencionalidade no fazer

pedagógico. Essa intencionalidade é resultante das concepções que resultam

da existência humana e seu processo educativo.

3.1 CONCEPÇÃO DE MUNDO

O Mundo representa o espaço geopolítico no qual se constrói a

existência humana sob determinadas possibilidades e potencialidades,

construídas historicamente pelos seres humanos face às suas relações com as

condições naturais desse espaço e pelas relações pessoais e sociais.

37

Duarte, (2015) analisa e estabelece a relação da educação escolar com

concepção de mundo a partir da perspectiva da pedagogia histórico- crítica, na

qual nos fundamentamos para a escolha e implementação das atividades

pedagógicas em nosso colégio.

Para Duarte (2015), essa pedagogia adota o materialismo histórico-

dialético como as mais desenvolvida e crítica concepção de mundo e defende

que os conteúdos escolares e as formas de seu ensino podem se constituir

em importantes contribuições para formar e disseminar a concepção de

mundo.

Assim, o Professor ao selecionar e organizar seus conteúdos para a

socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos, de forma

contextualizada e dialética, contribui para que o aluno construa sua concepção

de mundo. Nessa visão, concordamos com Duarte (2015) quando nos afirma

que “A concepção de mundo, ou visão de mundo, é constituída por

conhecimentos e posicionamentos valorativos acerca da vida, da sociedade, da

natureza, das pessoas (incluindo-se a autoimagem) e das relações entre

todos esses aspectos.”

A visão de Duarte de concepção de mundo reafirma a importância do

processo educativo para que o aluno seja autônomo intelectual e moralmente,

e de ser capaz de interpretar as condições histórico-culturais em que vive,

impondo suas ações e pensamentos.

3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

As informações, na sociedade atual, informatizada e globalizada, são

transmitidas rapidamente, isso e o avanço tecnológico, em seus diversos

setores, têm exigido mudanças na forma de pensar e agir do homem, para

viver nessa nova sociedade, que chamamos de sociedade da tecnologia e

do conhecimento.

38

Nesse contexto social, não cabe mais o homem alienado, com

consciência ingênua, que se deixa conduzir por pensamentos e expressões de

uma classe dominante.

Num país de contrastes como o nosso, onde convivem grandes

desigualdades sociais, econômicas, e culturais, faz-se necessária uma

organização social mais justa, livre, pacífica, participativa e solidária.

“ ... criação de uma sociedade menos perversa, menos discriminatória, menos racista, menos machista que esta. Uma sociedade mais aberta, que sirva aos interesses das classes populares sempre desprotegidas e minimizadas e não apenas aos interesses dos ricos, dos afortunados, dos chamados ‘bem-nascidos’ “ (FREIRE, 1991, APUD GADOTTI,1996,P.103)

Freire, nesse sentido, propõe a criação de uma sociedade ideal, em que

os cidadãos, que dela participam, tenham consciência dos aspectos políticos,

moral, educacional e cultural, bem como a garantia do cumprimento dos

direitos humanos, para promoção do desenvolvimento do homem na sua

totalidade.

A educação tem um papel fundamental na construção de uma

sociedade mais justa e na formação humana integral, que visa a emancipação

dos indivíduos, tornando-os autônomos intelectual e moralmente, com

capacidade de interpretar as condições histórico culturais da sociedade em

que vivem ,e nela, interferir como sujeitos da história, segundo Paulo Freire,

O mundo não é. O mundo está sendo. Com subjetividade curiosa, inteligente, interfiridora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre, mas também de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (FREIRE, 1996, p. 85,86)

Devemos, portanto, ter clareza da função social de nossa escola e do

homem que queremos formar, pois isto é fundamental para que realizemos

39

uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida. Segundo

Libaneo (2000,p.187),

As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais do mundo contemporâneo afetam os sistemas educacionais e os de ensino [...].A educação mormente a escolar, precisa reciclar-se para assumir seu papel, neste contexto como agente de mudanças geradora de conhecimento ,formadora de sujeitos capacitados a intervir e atuar na sociedade de forma crítica e criativa.

Como local privilegiado de trabalho com o conhecimento produzido,

sistematizado e legitimado socialmente ao longo da história, a escola tem

grande responsabilidade nessa formação, recebemos crianças e jovens por

certo um número de horas, todos os dias, durante anos de suas vidas,

possibilitando-lhes construir saberes indispensáveis para a sua existência

humana, seus valores, suas normas de conduta e suas obras. .

Desta forma, poderemos contribuir para transformação do indivíduo

singular em membro do gênero humano pela apropriação do patrimônio

material e espiritual acumulado pela humanidade em cada momento histórico.

A esse processo atribui-se o conceito de formação humana integral, que

teve Marx e outros pensadores como precursores de ideias e fundamentos de

uma concepção radicalmente nova de formação humana, centrada na

articulação entre o espírito e a matéria, entre a subjetividade e objetividade,

entre interioridade e exterioridade do ser social.

A educação e a formação humana estão articuladas no sentido de

propiciar uma formação humana integral que leve :

[...] os indivíduos à compreensão de sua inteireza, isto é, a tomar os educandos em suas múltiplas dimensões intelectual, afetiva, social, corpórea, com vistas a propiciar um itinerário informativo que potencialize o desenvolvimento humano em sua plenitude, que realiza pelo desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. (SILVA, 2013,p.76).

40

Neste sentido, podemos contribuir com o processo de inserção social

das novas gerações, oferecendo aos educandos instrumentos para

compreensão da realidade local e a participação deles em relações sociais

diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer

diferentes papéis, em grupo variados, facilitando a integração dos jovens no

contexto maior. Segundo Libaneo,

A escola deve continuar investindo na ajuda aos alunos a se tornarem críticos, a se engajarem na luta pela justiça social, a entender o papel que devem desempenhar, como cidadãos críticos, na mudança da realidade em que vivem e no processo de desenvolvimento nacional, e que a escola os capacite a desempenhar este papel. (LIBANEO, 2000, p.192)

Para tanto, os alunos devem ter a formação humana integral e serem

estimulados a exercitar sua condição de cidadania, desenvolvendo

expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade.

3.3 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Cidadania pode ser entendida como o exercício dos direitos e deveres

civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país, para uma

existência digna e saudável.

Desta forma, a cidadania é um fenômeno que se constrói ao longo da

história de um país pelos movimentos sociais, políticos, econômicos,

educacionais e culturais, numa relação dos indivíduos com o Estado/Nação.

Isso significa dizer que a construção da cidadania se condiciona à maneira de

como se estabelece esta relação Estado/Nação.

Revendo a construção da cidadania no Brasil, conforme Silva (2010),

desde sua Independência (1922) até o final da Primeira República, a única

alteração significante foi a abolição da escravatura.

41

Nesse período, não havia povo organizado politicamente nem

sentimento nacional consolidado. Faltava o próprio sentimento de cidadania: a

noção de igualdade.

A partir de 1930, houve mudanças sociais e políticas, no entanto as

relevantes foram no campo dos direitos sociais. Na política, havia uma

instabilidade pela alternância da ditadura e do regime democrático.

Em 1964, com a imposição de um regime ditatorial, os direitos civis e

políticos foram restringidos violentamente com o surgimento da censura aos

direitos de liberdade de expressão; ao direito à defesa. Além disso, houve à

violação do lar, da correspondência, da integridade física e o cerceamento

dos direitos políticos e civis. O próprio direito à vida era desrespeitado.

Nesse contexto, após dez anos de ditadura militar, a sociedade começa

a reivindicar mudanças estruturais, e no governo do General Ernesto Geisel,

período chamado de abertura “lenta, gradual e segura do regime

militar”começam os movimentos para a elaboração da Constituição Federal,

que foi promulgada em 05 de outubro de 1988, pelo Presidente da Assembleia

Nacional Constituinte o deputado federal Ulisses Guimarães que ao apresentar

a Carta Magna do país, afirmou o seguinte:

"Não é a Constituição perfeita. Se fosse perfeita, seria irreformável. Ela própria, com humildade e realismo, admite ser emendada até por maioria mais acessível, dentro de cinco anos. Não é a Constituição perfeita, mas será útil e pioneira e desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados. É caminhando que se abrem os caminhos. Ela vai caminhar e abri-los. Será redentor o que penetrar nos bolsões sujos, escuros e ignorados da miséria" (Parte do discurso de Ulisses Guimarães em 5 de outubro de 1988)

A Constituição Federal de 1988 propõe valores para uma sociedade

fraterna, pluralista, a redução de desigualdades sociais e regionais e a garantia

dos direitos, em todos as esferas aos cidadãos brasileiros como condição para

a dignidade humana.

42

No entanto, esses direitos, em sua maioria, ainda não são garantidos

pelo Estado. Deparamo-nos, a cada dia, com situações de total desrespeito à

dignidade humana em todas as dimensões sociais.

Reconhecemos que a Constituição Federal já promoveu muitos avanços

na construção da cidadania brasileira, retomando a afirmação de Ulisses “ É

caminhando que se abre os caminhos.”. Nessa trajetória, a Educação tem um

papel fundamental.

A educação faz parte das condições para a existência da dignidade

humana, e um de seus objetivos é preparar o aluno para o exercício da

cidadania, tanto no gozo de seus direitos constitucionais quanto no

cumprimento de seus deveres também estabelecidos na Carta Magna.

Para tanto, é necessário que educadores reflitam a educação e a função

da escola para que trabalhem com metodologias e conteúdos que propiciem a

formação integral do homem, ou seja, forme indivíduos criativos, participativos

e críticos, que com condições de exercerem seus deveres e fazer valer seus

direitos.

3.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE,

ADULTO E IDOSO)

3.4.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem não pode ser estudado e compreendido isoladamente, por ser

um ser histórico, faz-se necessário entendê-lo em cada momento da história e

nas relações que estabelece com seu meio.

Vemos o homem enquanto um ser social, que nas relações que

estabelece com o outro, nos diversos segmentos da sociedade, produz a vida e

interfere no meio em que vive, essa participação é possível, por meio de uma

43

organização política e graças ao homem, que sendo um ser de vontade, pode

argumentar sobre sua realidade.

Numa ação intencional e planejada, o homem age na natureza, por meio

do trabalho, transformando-a para atender suas necessidades, sendo esse um

processo dinâmico e que se dá em cada momento histórico. Por meio dessa

ação, o homem vai acumulando experiências ao longo da vida e produzindo o

conhecimento.

O homem é considerado um ser social, porque é na relação com os

seus semelhantes que o ser humano aprende e ensina, se constrói, enquanto

sujeito, e adquire autonomia e valores essenciais para o convívio social tais

como, respeito mútuo, solidariedade e afetividade.

Segundo Paulo Freire:

“A existência humana não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” (FREIRE 1987, p.78)

A formação do homem como sujeito de direitos universais é o centro do

processo educacional e a essência do trabalho pedagógico, que é formar uma

pessoa capaz de conduzir sua vida, respeitando a diversidade cultural, ética e

religiosa.

3.4.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns

séculos atrás. A visão que se tem da criança é algo historicamente construído,

por isso é que se pode perceber os grandes contrastes em relação ao

sentimento de infância no decorrer dos tempos. Nos séculos anteriores, a

44

criança pequena era tratada com indiferença, nem sempre vista como um ser

em particular, e sim como um adulto em miniatura,sem um espaço determinado

socialmente.

Boa parte das crianças brasileiras enfrentam um cotidiano bastante

adverso, que as conduz ,desde muito cedo, a precárias condições de vida, ao

trabalho infantil, aos diversos tipos de abuso e exploração por parte de

adultos. Em contraposição, há que são protegidas de todas as maneiras,

recebendo de suas famílias e da sociedade, em geral, todos os cuidados

necessários ao seu desenvolvimento. Essa dualidade revela a contradição e

conflito de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades

sociais presentes no cotidiano.

Foram as grandes transformações sociais ocorridas no século XVII, que

contribuíram decisivamente para a construção de um sentimento de infância.

As mais importantes foram as reformas religiosas católicas e protestantes, as

quais trouxeram um novo olhar sobre a criança e sua aprendizagem. Outro

aspecto a se considerar é a afetividade, que ganhou mais importância no seio

na família.

Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da

valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que

antes se dava na convivência delas com os adultos, em suas tarefas

cotidianas, passou a ser na escola. O trabalho com fins educativos foi

substituído pela escola, que passou a ser responsável pelo processo de

formação e para a vida em sociedade.

A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz

parte de uma organização familiar, que está inserida em uma sociedade, com

uma determinada cultura, em um determinado momento histórico..

Para Vygotsky (1996), a criança é reconhecida como ser pensante,

capaz de vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua

45

cultura, sendo a escola um espaço e um tempo onde o processo ensino e

aprendizagem é vivenciado pela interação entre sujeitos.

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como

seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações

que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o

meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o

mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio

das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e

seus anseios e desejos. Utilizam-se das mais diferentes linguagens e exercem

a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo

que buscam desvendar.

Nessa perspectiva, os profissionais que atuam neste colégio acreditam

que é no intenso trabalho de criação, significação e ressignificação que o

processo de ensino e aprendizagem se efetiva, como professores mediadores

que proporcionam aos educandos uma compreensão racional do mundo que

os cercam, levando-os a uma postura mais adequada em relação a sua

participação como indivíduo na sociedade em que vive e do ambiente que

ocupa.

3.4.3 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta,

caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional,

sexual e social e pelos esforços do indivíduo em alcançar os objetivos

relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive.

O conceito social de adolescência consolidou-se somente no século XX.

Com a escolarização prolongada, com um sistema de ensino diversificado e

adaptado a uma maior diversidade de áreas do conhecimento, cresceu o

período de dependência dos jovens em relação à família.

46

Paralelamente, com o avanço da industrialização e o crescimento das

cidades, alterou-se igualmente o processo de entrada no mercado de trabalho.

Os pertencentes à classe sócio econômica baixa ingressavam mais cedo na

produção, com a expectativa da possibilidade de continuar a formação

posteriormente e progredir na carreira com o tempo de experiência.

Os mais favorecidos permaneciam um tempo maior em formação e

começavam a se especializar em diferentes domínios, em função da demanda

de mão de obra cada vez mais adaptada à complexificação socioeconômica. O

certo era que, em ambos em casos, estendeu-se o período entre o início da

puberdade e o casamento, por isso passaram a deixar cada vez mais tarde o

domicílio paterno.

A adolescência, embora seja também um fenômeno universal, é um fato

psicossocial que tem características peculiares conforme o ambiente

sociocultural do indivíduo. Nessa passagem da infância para a adolescência, o

jovem deixa para trás seus sonhos de criança, seu mundo infantil, elaborando a

perda simbólica da infância, assumindo o mundo adolescente.

Nessa fase da vida, o ser humano adquire a capacidade de pensar e

raciocinar além dos limites do próprio mundo e das realidades próximas. O

pensamento ultrapassa o tempo presente e torna- se capaz de elaborar teorias

acerca de tudo. Passa a orientar seus interesses para o futuro, para os grandes

ideais a serem atingidos e para a elaboração de hipóteses. Durante a

adolescência, amplia- se a participação social, a popularidade entre os colegas

que adquire um significado especial para a maioria dos adolescentes, por isso

a competência social, a valorização e aceitação pelos amigos contribuem para

a elevada ou baixa auto estima e a construção de suas identidades.

As mudanças cognitivas que ocorrem nessa fase afetam a forma como

pensam sobre si mesmo e sobre os demais, bem como as normas e

regulamentos familiares, chegando a questioná-las. Além disso, como

desenvolvem a capacidade para diferenciar o real do imaginário. Passam a

47

criar alternativas para o funcionamento da própria família, apresentam

argumentos mais sólidos e convincentes em suas discussões familiares, o que

significa um claro questionamento da autoridade dos pais na família e dos

professores na escola.

Assim, nosso papel de educador é mediar esses conflitos, conquistar

confiança e respeito, prestar informações, orientar e ajudá-los a descobrir o

sentido da vida frente as modas culturais e despertá-los para utilizar a

criatividade e o senso crítico, tendo em vista a construção de uma sociedade

humana e solidária.

3.4.4 CONCEPÇÃO DE JUVENTUDE

A juventude é o período de vida que normalmente ocorre entre a infância

e a idade adulta, entre os 15 e 25 anos, sendo uma das etapas mais

importantes da vida quando a pessoa define seus interesses, seus projetos e

suas relações com o mundo ao seu redor.

Para construirmos uma noção de juventude, precisamos reconhecer as

representações produzidas sobre os jovens e não reduzirmos a nossa

compreensão de juventude a uma definição etária ou a uma idade cronológica.

O caderno II, etapa I, para formação de Professores do Ensino Médio ,O

Jovem Como Sujeito do Ensino Médio aponta que,

A definição da juventude por idade encontra elementos objetivos no aspecto da maturidade biológica e sua delimitação se reveste de importância para as políticas públicas, notadamente quando se pensa em contagem de população, definição de políticas e recursos orçamentários. Compreender os jovens apenas pelo fator idade, contudo, seria simplificar uma realidade complexa que envolve elementos relacionados ao simbólico, ao cultural e aos condicionantes econômicos e sociais que estruturam as sociedades. (p.13, 2013).

48

Assim, podemos afirmar que a juventude é uma construção histórica,

sendo ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. De

um lado há um caráter universal, dado pelas transformações do indivíduo numa

determinada faixa etária. De outro, há diferentes construções históricas e

sociais relacionadas a esse tempo/ciclo da vida.

A entrada na juventude se faz pela fase da adolescência e é marcada

por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social. É nessa fase

que fisicamente se adquire o poder de procriar, que a pessoa dá sinais de ter

necessidade de menos proteção por parte da família e começa a assumir

responsabilidades a partir do conjunto das experiências vivenciadas pelos

indivíduos no seu contexto social.

Segundo o caderno II, etapa I,para formação de Professores do Ensino

Médio,o Jovem como Sujeito do Ensino Médio nos mostra que uma das mais

importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para que

os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais

e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos não mais

impostos como heranças familiares ou institucionais.

Os jovens nos trazem cotidianamente desafios para o aprimoramento de

nossas ações no exercício da educação. Entre esses desafios, encontra-se a

difícil tarefa de compreensão dos sentidos, os quais os jovens elaboram no agir

coletivo, em seus grupos de estilo, identidades culturais e territoriais.

Para grande parte dos jovens, a escola parece se mostrar distante dos

seus interesses e necessidades, parece dizer que os professores pouco

acrescentariam à sua formação, sendo assim a escola é percebida como

“obrigação” necessária, tendo em vista a necessidade dos diplomas.

Um grande problema é que, no contexto das sociedades

contemporâneas, o jovem convive com a incerteza e riscos com relação ao

mercado de trabalho. Em um quadro de grandes desigualdades sociais, o

49

desemprego e o trabalho precário ou sem proteção legal têm sido a marca da

inserção juvenil no mundo do trabalho.

Podemos dizer que a relação dos jovens com o mundo do trabalho não

se estabelece de maneira igualitária e nem se resume à dimensão da

necessidade. Para alguns jovens, o período da juventude é um tempo de

preparação e as primeiras experiências com o mundo do trabalho se dão por

meio de estágios e cursos de formação profissional, podendo a inserção no

mercado de trabalho esperar mais um pouco. Por outro lado, para muitos

jovens, a entrada imediata e precoce no trabalho é a única alternativa.

Nosso desafio é o de refletir papel da educação diante do jovem e do

mundo do trabalho, devendo proporcionar uma formação geral para a vida,

articulando ciência, trabalho e cultura, para conhecer a realidade em que

nossos alunos estão inseridos, seus estilos e seus projetos de vida. Buscarmos

estratégias metodológicas para que os estudantes falem de si no presente e na

vida futura. Mediar e abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas

frente a vida, articulando os conteúdos escolares e significando-os nesse

processo de crescimento.

3.4.5 CONCEPÇÃO DE ADULTO

Na vida adulta, a condição física atinge o auge, o pensamento e os

julgamentos morais tornam-se mais complexos, traços e estilos de

personalidade tornam-se relativamente estáveis, mas as mudanças na

personalidade podem ser influenciadas pelos estágios e eventos da vida, e

pela forma em de ver a si próprio, o mundo e os outros. São tomadas de

decisões sobre relacionamentos íntimos e estilos de vida pessoais. A maioria

das pessoas casa-se e tem filhos. Perante a sociedade, tem-se a

obrigatoriedade de votar; assumir a responsabilidade por atos ilícitos que, por

ventura, sejam praticados; considera-se apto a dirigir e ter a responsabilidade

50

de escolha da profissão, que possivelmente, será o sonho garantir a

independência econômica, em muitos casos também a manutenção da família.

Nessa fase da vida, a aprendizagem dos ciclos anteriores, infância,

adolescência e juventude será posta em prática mediante constante

reconstrução, num processo continuo de maturação que envolve percepções

mais realistas das suas capacidades e tarefas a ser desempenhadas.

O processo de amadurecimento é complexo. Soluções de hoje não

funcionam amanhã pelo simples fato que novas realidades se mostram na

medida em que o individuo enxerga mais longe.

Nesse sentido, de crescimento em busca da própria realização, não são

apenas tratados os poderes econômicos adquiridos na vida adulta, mas o

fundamental é a pessoa ter ciência da importância que ela tem como ser

humano em todas as fases da vida.

Desta forma, ao orientarmos nossos alunos sobre essa fase da vida,

observaremos que a maturidade não é mais vista como um padrão de

desenvolvimento que se atinge em um determinado momento, e sim, um

processo de desenvolvimento e aprendizado contínuos, com características

distintas das fases anteriores, buscando despertar neles um olhar mais

compreensivo, objetivando possibilitar uma convivência harmoniosa entre os

alunos e os adultos com os quais se relacionam.

3.4.6 CONCEPÇÃO DE IDOSO

Nessa faixa etária, predomina a ideia historicamente construída da

velhice como expressão de passividade, perdas e dependências. É comum em

nossa cultura os idosos serem rejeitados, não desejados e, muitas vezes,

ridicularizados pelas marcas que o tempo cronológico deixou e que se

evidenciam em seu corpo, em sua motricidade.

51

Entendemos que uma das missões atribuídas a nós educadores é

orientar nossos alunos para a importância de tempo vivido pelo ser humano,

suas experiências, sua história de vida, que são construídas em suas vivências

na família, em vários outros ambientes sociais e não se resumem na dimensão

cronológica do viver, e que se empobrece quando ignoramos os significados

de sua existência.

Precisamos reconstruir nosso olhar sobre o idoso, pois nesse momento

histórico é notório o grande número de indivíduos ativos, considerando que os

mesmos percebem, produzem, sentem, emocionam-se, pensam, refazem,

criam e aprendem, abrindo, assim, a possibilidade de se integrarem em todos

os domínios da vida social devendo ter suas singularidades respeitadas.

A Política Nacional do Idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional,

e em1997, com a Lei Estadual nº 11.863, de 03 de outubro de 1997, o estado

do Paraná consolida a sua Política Estadual do Idoso. Em ambas as leis são

delegadas atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto

do Idoso de 2003, com a mesma redação para a tarefa educacional, em seu

Artigo 22, que determina:

"Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."

Independentemente da idade, a educação e o ser humano são

processos inacabados, que, portanto, perpetua-se ao longo da vida. Ensinar o

envelhecimento ativo é promover a compreensão de que essa é mais uma

etapa de crescimento pessoal, cheia de experiências e interações que

desenvolvem novos olhares sobre a vida, sobre si mesmo e sobre o outro, com

autonomia e dignidade.

52

Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume

uma organização disciplinar do currículo, entendendo que a escola é um

espaço democrático de socialização do conhecimento e que, os professores,

ao organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos

estruturantes de sua disciplina” (DCE,2008, p. 27). (Fragmento formação em

ação Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável. SEED/PR)

De acordo com essa mesma Diretriz Curricular (2008), dos conteúdos

estruturantes, organizam-se os conteúdos básicos e desses existe a

possibilidade de desdobramento nos conteúdos específicos.

Por fim, a importância do tema do envelhecimento e as bases legais que

lhe dão sustentação implicam a clareza e a garantia da participação dos

sistemas de ensino e sua rede de escolas na formação dos alunos, em todos

os níveis, assumindo tal responsabilidade com a sociedade, respeitando os

valores comuns e reconhecendo que, se tivermos esse privilégio, todos

envelheceremos em algum tempo.

3.5 CONCEPCÃO DE CULTURA

Ao longo da história, desde a antiguidade, houve várias tentativas de

elaborar um conceito de cultura, as idéias, embora se diferenciem ao longo

dos tempos, não se contrapõem. De modo diferente, todas teorias convergem

em conceber cultura como o resultado da produção humana, Saviani

(1989,p.19) reafirma esse conceito.

A cultura é resultado de toda a produção humana.Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza , ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso , ele cria o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano.

53

Nessa perspectiva, Freire (2002, p.51) também nos mostra que a cultura se

constrói pela relações do homem com a realidade.

A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando algo a ela que ele mesmo é o fazedor. Vai Temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura.

O homem cria essa humanidade ao longo de sua história, desde as

questões mais simples às mais complexas, manifestadas por meio da arte,

costumes, religião e valores .A cultura representa o modo de vida de uma

sociedade e sua construção se dá a partir das influências que os grupos

sociais recebem.

Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP

sabem do seu compromisso, como instituição de ensino , em contribuir para

que o homem construa sua humanidade, pelo estabelecimento da relação do

conhecimento que o aluno traz de sua cultura local com os conhecimentos

científicos nas diferentes áreas.

3.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO, EDUCAÇÃO, ESCOLA E

ENSINO – APRENDIZAGEM

Optamos por fazer um único texto para essas quatro concepções,

porque entendemos que estão interligadas, não podemos dissociá-las, pois

têm a mesma finalidade que é a formação humana.

Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-EFMP

compreendem o conhecimento como um processo humano, histórico e

incessante de busca e compreensão da organização e transformação do

mundo.

54

O homem é o único animal cultural; por suas características próprias, desenvolve modos de resolver problemas, visões de mundo, artes, que vão sendo assimiladas pelas novas gerações, seja para facilitar a sobrevivência, para encontrar o sentido das coisas ou mesmo por necessidades menos imediatas , como é o caso do desenvolvimento artístico. VASCONCELLOS (1989, p.114)

O processo de construção e reconstrução do conhecimento é

essencialmente humano, não se dá individualmente, e sim, nas relações

sociais , proporcionando mudanças na forma de pensar e agir do indivíduo.

Ainda, conforme Vasconcelos (1989) “ O trabalho com o conhecimento

tem sua base no processo de apropriação e construção do conhecimento por

parte do(s) sujeito(s). Esta é uma das especificidades da contribuição da escola

na formação da cidadania”.

Esse processo pode ser compreendido como educação, conforme

Freire(2002) “ Não há educação fora das sociedades humanas e não há

homem no vazio” .

Tendo em vista esse pensamento de Freire, não podemos conceber a

educação escolar somente como um processo de apropriação do

conhecimento científico historicamente elaborado , isto porque para o homem

se tornar autônomo intelectual e moralmente, ele precisa entender e

interpretar as condições histórico culturais da comunidade em que vive, para

poder estabelecer relação desse conhecimento com os conhecimentos

científicos .

Essa relação é importante para que os alunos compreendam que os

valores e o modo de vida de um determinado grupo social trazem marcas das

razões dos problemas, das necessidades e das possibilidades de intervenção

e mudanças.

Um dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica, que embasa as

práticas pedagógicas dos professores deste colégio, é relacionar os

55

conhecimentos que os alunos já possuem da sua prática cotidiana com os

novos conteúdos das diversas áreas do conhecimento, dando condições para

que o estudo tenha sentido, considerando professores e alunos parte da

realidade concreta. Assim, os conteúdos não podem ser tratados de forma

fragmentada e neutra. O conhecimento escolar passa a ser teórico-prático.

Gasparin (2002, P.03) , entende que

Essa nova forma pedagógica de agir exige que

privilegiem a contradição, a dúvida, o questionamento; que se valorizem a diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de forma naturalizada, pronta, imutável. Se cada conteúdo deve ser analisado, compreendido e apreendido dentro de uma totalidade dinâmica, faz-se necessário instituir uma nova forma de trabalho pedagógico que dê conta desse novo desafio para escola.

Nessa perspectiva, é preciso que o professor trabalhe os

conhecimentos nas ciências humanas, sociais e econômicas e saber qual é o

objeto de estudo de cada disciplina , para subsidiar o aluno no entendimento

das complexas relações sociais. Além disso, exigirá do professor constante

reflexão sobre o tipo de homem que se pretende formar, bem como, organizar

sua ação de forma intencional e sistematizada, estabelecendo a mediação

entre o conhecimento e o aluno.

Portanto, a concepção de educação que acreditamos é a de que

prepara o homem/aluno para ser um sujeito ativo de sua vida, autor de sua

história, que cria, recria, inventa coletivamente, em parceria, constrói junto, que

possa refletir criticamente sobre a sua condição de vida e entender que a sua

constituição é fruto de uma trajetória de relações, por isso chamado de sujeito

histórico.

Para que essas concepções se efetivem, precisamos conceber a

escola, conforme entendimento do Programa Nacional de Fortalecimento dos

Conselhos Escolares (2006).

56

A escola é a instituição especializada da sociedade para oferecer oportunidades educacionais que garantam a educação básica de qualidade para todos. A prática educativa escolar tem a função de contribuir para que cada um dos estudantes: amplie seu conhecimento e capacidade de descobrir, criar, questionar, criticar e transformar a realidade; amplie sua capacidade de viver, de se alegrar re de trabalhar com os outros, na co-responsabilidade sociopolítica e cidadã; e torne maior sua sensibilidade para encontrar sentido na realidade, nas relações e nas coisas, contribuindo para a construção de uma nova sociabilidade humana, fundada em relações sociais de colaboração, co-responsabilidade e solidariedade.

O processo de ensino e aprendizagem, nesse sentido, requer muito

mais do que a transmissão de conhecimento, é de extrema importância a

opção por uma metodologia de ensino que possibilite aos alunos a

apropriação dos saberes necessários à prática social emancipadora. Para

Gasparin ( 2002, p.54 Apud Gonçalves, 2008 p. 17)

[...] a orientação do professor torna-se decisiva, pois os alunos necessitam do seu auxílio para realizar as ações necessárias à aprendizagem. Os educandos e o professor efetivam, aos poucos, o processo dialético de construção do conhecimento escolar que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato, realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipótese, julgar, classificar, deduzir, explicar, generalizar, conceituar, etc.

3.7 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O ato de ler e o ato de escrever constituem elementos inerentes à

condição humana, uma vez que a aquisição da língua oral e escrita nos remete

à possibilidade de participação social na qual nos tornamos seres no mundo. A

aquisição da leitura e da escrita implica, portanto, em uma questão de

57

cidadania, ao mesmo tempo que se revela como uma forma de inclusão

social.

Desse modo, o domínio da língua oral e escrita amplia nossos

horizontes, proporcionando-nos, sobretudo o acesso à informação e à

produção do conhecimento. O ato de ler e o de escrever não se constituem

como naturais, mas revelam-se como processos que ocorrem a partir das

interações sociais estabelecidas.

A escola, como responsável pela socialização do conhecimento,

desempenha um papel de fundamental importância no processo de aquisição

da língua escrita, para desenvolvê-la de forma sistematizada, atribuindo

sentido ao aprendizado da leitura e da escrita, por meio das interações

estabelecidas no contexto escolar. Considerando a educação como meio de produção da humanidade e

emancipação do homem, o processo escolar de alfabetização precisa ser

realizado na perspectiva do letramento, para ter como foco a prática

pedagógica alfabetizadora que estimule a utilização da escrita nos diferentes

usos e funções sociais. O processo de aquisição da leitura e da escrita, revelam o caráter

multifacetado da alfabetização e do letramento de modo que, além das

habilidades específicas desenvolvidas em torno do ato de ler e escrever se faz

necessária a compreensão dos usos sociais da escrita.

Nesse sentido, é necessário compreender o que é o processo de

alfabetização na perspectiva do letramento.

Alfabetizar ou letrar? Na prática escolar de aquisição da escrita, muitas

vezes a relação estabelecida entre alfabetização e letramento é entendida

como a substituição de um termo por outro, ou então de concepção da

alfabetização enquanto pré-requisito do letramento, fator este que resulta na

dicotomia existente entre alfabetizar e letrar.

58

Alfabetizar e letrar muitas vezes se confundem e se mesclam, havendo a

necessidade de compreensão dos conceitos de alfabetização e de letramento,

dada a especificidade de cada termo, a fim de que possamos realçar a

importância de que ambos são processos distintos, porém indissociáveis.

Conforme Soares (2003), no Brasil, o letramento surgiu enraizado no

conceito de alfabetização, originando dessa forma uma confusão entre a

especificidade de cada termo, provocando uma inadequada e inconveniente

fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, o que

tem conduzido certo apagamento da alfabetização.

Resulta de nossas leituras que a prática pedagógica alfabetizadora tem

suscitado inúmeros questionamentos, acerca de qual terminologia deve ser

contemplada no desenvolvimento da ação docente, em relação ao ensino da

língua escrita. Assim,

[...] a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento e, este, por sua vez, só se pode desenvolver no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização [...] (SOARES, 2004, p. 14)

Neste sentido, alfabetizar não é letrar e letrar não é alfabetizar, haja vista

que a alfabetização é o processo sistemático de aquisição do sistema

alfabético e o letramento refere-se às práticas sociais de leitura e escrita nos

diferentes contextos e com finalidades específicas.

Reinventar a alfabetização é dar novo sentido a este conceito,

ressignificando o processo de ensino e aprendizagem da língua escrita, de

modo a compreendê-lo a partir de um enfoque multifacetado que abrange a

[...] consciência fonológica e fonêmica, identificação das relações grafema-fonema, habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, conhecimento e

59

reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita [...] (SOARES, 2004, p. 15).

Assim, a alfabetização implica no aprendizado de uma técnica

indispensável para a entrada no mundo da escrita, ao mesmo tempo que o

letramento está relacionado ao desenvolvimento de ações voltadas para o uso

social da escrita e implica a participação de sua utilização em experiências

diversificadas, a partir da interação com os diferentes gêneros textuais. Isso

significa alfabetizar letrando.

Portanto, a alfabetização na perspectiva do letramento deve evidenciar a

importância do trabalho com os diversos gêneros textuais, com base nos

diferentes suportes de leitura, tendo em vista proporcionar ao aluno a

percepção das múltiplas formas de utilização da escrita para diferentes

finalidades, a partir das situações de letramento presentes no cotidiano do

aluno, uma vez que os textos apresentam situações comunicativas

diferenciadas, possibilitando ao aluno compreender que a estrutura e a

organização do texto estão relacionadas à função discursiva que exercem nas

práticas cotidianas da realidade circundante, ou seja, uma carta, uma receita

culinária, uma bula, um anúncio de jornal, um bilhete, um folheto informativo,

dentre outros suportes textuais.

3.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

[...] O currículo não é uma realidade abstrata à margem do sistema educativo em que se desenvolve e para o qual se planeja(...) quando definimos o currículo , estamos descrevendo a concretização das funções da própria escola e a forma particular de enfocá-la num momento histórico social determinado para um nível ou modalidade de educação, numa trama institucional. (SACRISTÁN, 2000, p.15)

60

Assim, a concepção curricular envolve todo trabalho escolar e

fundamenta-se num determinado projeto social e cultural. Desde o momento

em que o professor está selecionando o seu conteúdo e que a equipe

pedagógica está mediando a distribuição das aulas e das disciplinas na matriz,

até o momento em que a escola, em seu coletivo, está regimentando a

organização do trabalho pedagógico, esse projeto está sendo

pensado.(Fragmento do texto da Semana Pedagógica de 2009).

Compreendendo a escola como espaço de socialização do

conhecimento historicamente elaborado, e que nesse espaço, o conhecimento

se sustenta na idéia de que conhecer é a condição para a emancipação

humana, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede estadual

de ensino do Paraná propõe um currículo como configurador da prática

vinculada às teorias críticas .

Resulta assim, a opção pela organização curricular por disciplina , a

fim de garantir a especificidade do conhecimento a partir de cada disciplina,

numa perspectiva interdisciplinar, que estabeleça as múltiplas determinações e

relações históricas, sociais, culturais e políticas, e que leve em conta as

dimensões científica, filosófica e artística do conhecimento.

3.9 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Historicamente, a avaliação está sempre presente nas atividades

humanas, uma vez que, estamos constantemente emitindo julgamentos sobre

pessoas, objetos, fatos, enfim, levando em conta valores diferentes (ou

semelhantes), às vezes, obrigando-nos a fazer escolhas, nem sempre fáceis.

No entender de Vasconcellos (1994, p 43):

Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e

61

possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.

Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê-EFMP

entendem a avaliação como um processo dinâmico de tomada de decisões

para mudar o que é necessário e direcionar a ação. Ela ocorre durante todo

processo de ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de

apropriação do conhecimento pelo aluno, indicando ao professor as

dificuldades e os avanços dos alunos, bem como o próprio trabalho docente.

Nesse sentido, a avaliação deve ser fazer presente, tanto como meio de

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica, sempre numa dimensão formadora.

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores e

tem como objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem

tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no

acesso ao conhecimento.

Lima (2002,P.28) nos orienta que para cumprir essa função:

[...] a avaliação deve possibilitar o trabalho como novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho no futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.

Por isso deve ser contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e deve estar

comprometida com uma proposta pedagógica histórica-crítica.

62

[...] no trabalho pedagógico proposto pela pedagogia histórico - crítica, a avaliação da aprendizagem do conteúdo deve ser a expressão prática de que o aluno se apropriou de um conhecimento que se tornou um novo instrumento de compreensão da realidade e de transformação social. Desse modo, a responsabilidade do professor aumentou, assim como a do aluno. Ambos são co-autores do processo ensino-aprendizagem. (GASPARIN 2005, p.2)

Os alunos são diferentes em suas características, necessidades e

habilidades e a escola não deve pretender torná-los idênticos ou avaliá-los,

como se fossem todos iguais, mas sim criar situações de aprendizado, em

que a variedade de igualdades humanas contribua para a graça do convívio e

revele sua importância no trabalho coletivo.

3.10 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

A gestão democrática é um processo político, pelo o qual a comunidade

escolar discute, delibera, planeja, aponta os encaminhamentos para solucionar

os problemas, bem como acompanha e avalia as ações voltadas ao

desenvolvimento da própria escola. Todas as ações devem estar respaldadas

no diálogo, no respeito e na alteridade, para que a participação de todos os

segmentos da comunidade escolar se efetive.

Com base na concepção de educação centrada na formação humana e

na mediação do saber historicamente elaborado, o Colégio Estadual

Polivalente de Goioerê – EFMP tem como principal objetivo o resultado

positivo do processo ensino e aprendizagem. Para tanto, a organização das

relações no interior do colégio deverá estar pautada nos princípios

democráticos e participativos , para que esta instituição de ensino não seja

democrática apenas no desenvolvimento de suas atividades administrativas,

mas também pela realização de sua ação pedagógica.

63

A gestão democrática só se efetiva quando há envolvimento da

comunidade escolar: pedagogos, professores, funcionários, pais, alunos e

sociedade organizada, por meio de representações nas instâncias colegiadas

(Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF, Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil e outras formas de representação) na tomada de decisões e

na construção de documentos que norteiam a prática pedagógica da escola.

Nesse sentido (CASTRO 2007,P.135) afirma que

[...] A gestão democrática traz como fundamento o efetivo envolvimento e participação de todos na tomada de decisão do processo administrativo e do planejamento pedagógico escolar. Logo, considera-se de fundamental importância o Projeto Político Pedagógico como instrumento de articulação entre os meios e os fins, fazendo o ordenamento de todas as atividades pedagógico-curriculares e a organização da escola tendo em vista os objetivos educacionais.

A participação coletiva implica não somente nas tomadas de decisões

sobre a escola, mas também nas responsabilidades e nas ações básicas para

a sua viabilização.

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática na escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação maior entre professores, alunos e pais. Nas empresas, a participação nas decisões é quase uma estratégia que visa o aumento de produtividade. Nas escolas, esse objetivo não precisa ser descartado, pois elas também buscam bons resultados. Entretanto, há aí um sentido mais forte de prática de democracia, de experimentar formas não-autoritárias de exercício do poder, de intervir nas decisões da organização e definir coletivamente o rumo dos trabalhos.(LIBÂNEO, 2004,p.102).

64

A participação efetiva da comunidade escolar não acontece

espontaneamente, é necessária a existência de mecanismos e estratégias

para que aconteça e se efetive sua participação. Para tanto, a ação do gestor

é de extrema importância, pois é pelo seu envolvimento com todos os setores

da comunidade escolar que proporciona um ambiente favorável para que a

participação de todos se efetive,

3.11 TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO

A escola entendida como uma instituição educacional constituída por

diversos segmentos que têm o mesmo objetivo, que é trabalhar o

conhecimento científico historicamente elaborado, de forma democrática,

possibilitando a permanência e sucesso de todos que nela ingressam.

Para que isso ocorra, é preciso organizar suas atividades referentes aos

alunos, professores, funcionários, pais e equipe diretiva, de acordo com o

tempo e espaço que dispõe.

Os participantes do processo educativo precisam saber gerir o tempo e

espaço, de modo a adequá-los às atividades pedagógicas para a obtenção do

propósito da escola que é a educação de qualidade.

Para tal, é necessário que haja o planejamento para organizar todas as

ações do processo educativo, bem como o envolvimento e compromisso de

cada elemento em realizá-las com intencionalidade e qualidade, em tempo

adequado. Thiesen (2010,p.02) nos mostra a importância dessa organização:

[...] a redefinição dos processos de organização das atividades curriculares e pedagógicas , pensadas à luz das concepções mais atuais de tempo e espaço escolar, pode favorecer significativamente as oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento para estudantes em situação de formação.

65

No entanto, os resultados das avaliações internas e externas da

educação brasileira nos aponta que o modo como a escola se organiza e

estrutura seus tempos e espaços pedagógicos, não tem sido adequado, pois os

resultados que ela vem alcançando no âmbito da aprendizagem e formação do

aluno, não atendente a expectativa da escola como uma instituição

educacional democrática e de qualidade.

Thiesen (2010,p.06) faz uma releitura dos conceitos de tempo e de

espaço na organização da escola contemporânea, que nos leva a compreender

os resultados da educação atual no que se refere a sua organização de tempo

e espaço.

[...] destacamos três aspectos que, ao nosso ver, marcam a educação atual e, consequentemente, os modos de organização curricular das escolas. O primeiro deles é que a contemporaneidade ainda não abandonou os conceitos mecanicistas e naturalistas de tempo e espaço produzidos na primeira fase da modernidade. O segundo refere que parte dos educadores se apropriam de um discurso relativamente novo, mas, na prática, continuam atrelados a uma racionalidade técnica e instrumental, cristalizada nos últimos séculos pela sociedade ocidental. Um terceiro aspecto, que decorre dos dois primeiros, é que o processo de mudança ainda está essencialmente no plano conceitual, portanto, de construção de possibilidades e que, por isso, somente em pequena medida encontra ressonância na ação da escola.

Considerando ainda a dimensão espacial da atividade educativa,

registraremos o entendimento de CUNHA ( 2008, p.184 apud THIESEN 2010,

p.7 )

[...] é a dimensão humana que pode transformar o espaço em lugar. O lugar se constitui quando atribuímos sentido aos espaços, ou seja, reconhecemos sua legitimidade para localizar ações, expectativas,esperanças e possibilidades. Quando se diz “esse é o lugar de”, extrapolamos a condição de espaço e atribuímos um sentido cultural, subjetivo e muito

66

próprio ao exercício de tal localização. Os lugares extrapolam uma base física e espacial para assumir uma condição cultural, humana e subjetiva. Entram em jogo as representações que os sujeitos fazem dos lugares e o sentido que atribuem aos mesmos.

A organização do tempo e espaço pedagógicos, com a finalidade

de promover uma educação democrática de qualidade, constitui-se em mais

um desafio para a escola, pois a ela cabe o trabalho e responsabilidade de

integrar, por meio sua dinâmica curricular e pedagógica os tempos e espaços

individuais aos coletivos, nesse sentido THIESEN(2010) nos fala que:

[...] a escola deve constituir-se , portanto, de ambientes vivos com diferentes representações, sentidos e significados. Sua organização espaço/temporal deve considerar a pluralidade de vozes de concepções, de experiências, de ritmos, de culturas, de interesses, etc. A escola, por seu currículo e por sua dinâmica, deve conter em si expressão de convivialidade humana, em toda sua complexidade.

A definição e distribuição deste tempo deve sempre ter em conta o

aluno, as suas capacidades e limitações, o seu ritmo de trabalho, interesses e

necessidades.

3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a

tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o

aproveitamento prático do conhecimento científico, com vista a satisfazer as

necessidades humanas.

A história da tecnologia é quase tão velha quanto a história da

humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a usar

ferramentas de caça e de proteção. As tecnologias mais antigas converteram

recursos naturais em ferramentas simples. A descoberta e o consequente uso

67

do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem, permitindo um

melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais

que necessitam do calor para serem úteis.

Assim, a tecnologia tem um fim bem determinado, serve a um grupo de

pessoas e aos mais diversos interesses, é intencional e não se produz nem se

usa sem uma visão de mundo, de homem e de sociedade que a fundamente.

O educador, reconhecendo as exigências do seu tempo e as

potencialidades dos recursos tecnológicos, sempre foi favorável ao uso de

certas tecnologias com rigor metodológico para o seu uso, não devendo ser

realizado de qualquer modo ou sem a devida preparação.

Deste modo, é necessário delinear uma metodologia de uso e análise

para todo tipo de tecnologia que venha a ser incorporada. Como aparato

ideológico, deve ser desconstruído e revisado nas suas “entranhas”. É preciso

identificar o que fundamenta práticas e usos tecnológicos, para combatê-las ou

mesmo reverter seu uso para as causas a que se defende sem tornar-se

alienado, sem a mínima noção do que se faz ou produz.

Freire (1976) teme e acredita que, em diversas circunstâncias, as

inovações tecnológicas têm sido impostas de cima para baixo ou de fora para

dentro, caracterizando uma verdadeira invasão cultural. Ainda conforme

(FREIRE, 1976), a tecnologia, além de ser compreendida, dominada, deve ser

contextualizada. Contextualizar a tecnologia em si própria, sua gênese e

utilização, desvelando os interesses e a ideologia implícita, os benefícios e as

limitações do uso -, em seguida, identificá-la com o contexto local, discutindo

suas implicações na vida dos usuários ativos e a melhor forma de incorporá-la

para o bem daquele grupo naquele contexto.

Cabe a nós educadores, enquanto mediadores do conhecimento indagar

e conduzir nossos alunos através de olhares críticos para que não sejam

manipulados em prol de uma concepção de mundo que não é emancipadora,

68

tendo sempre a clareza de que as tecnologias são necessidades e produções

objetivas tanto para o capital quanto para o trabalho, tanto para o processo de

dominação quanto para a possibilidade de emancipação.

3.13 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O trabalho entendido como um modo de sustentação e auto-preservação

do gênero humano, que se expressa nas transformações impostas pelo

homem à natureza e às formações sociais e culturais historicamente

construídas, representa a formação do fazer histórico da humanidade em toda

a sua diversidade.

O processo de desenvolvimento humano está baseado no domínio e

apropriação da natureza que nos cerca, apropriação essa que se realiza por

meio do trabalho. Foi pelo trabalho que os homens puderam satisfazer suas

necessidades corporais e avançar para satisfação das necessidades

espirituais.

Conforme, Balzer, Carvalho e Frank (2009,P.07 apud Orientações da

Semana Pedagógica de 2009-SEED)

A divisão social do trabalho humano favoreceu o homem como grupo social e proporcionou condições para que , como espécie , este se multiplicasse e se fortalecesse. Contudo, na relação do trabalho na perspectiva do capitalismo, a relação do homem com a natureza – de forma não naturalizada e nem tampouco neutra – não se deu somente para satisfazer as suas necessidades sociais, biológicas e cognitivas, também criou novas necessidades que se põem para além da satisfação de sua condição humana.

Há muitas pesquisas e reflexões sobre o tema “ trabalho e educação” .

Existe, um Grupo de Trabalho da Associação Nacional de Pós graduação que

tem discutido muito o trabalho como categoria central para atendimento da

sociedade, e o trabalho como princípio educativo.

69

A categoria trabalho como princípio educativo só pode ser concebido

numa educação com perspectiva emancipatória , segundo MEAD (2012, p.1 e

2 )

Emancipar-se é então conquistar liberdade, autonomia, independência , não apenas política, mas também econômica. Não pode estar emancipado aquele que passa fome, que não tem teto que não tem o que vestir.Na concepção de educação emancipatória todos produzem conhecimentos e todos aprendem juntos. Na concepção emancipatória respeita-se e valoriza-se a trajetória de vida dos educandos. Nessa concepção, a educação é voltada para as necessidades dos sujeitos da educação e não submetida aos ditames do mercado, às necessidades da produção voltada para o lucro.

O trabalho como princípio educativo afirma o caráter formativo do

trabalho e a educação como ação humanizadora por meio do desenvolvimento

de todas as potencialidades do ser humano.

Portanto, tomar trabalho como princípio educativo implica em

possibilitar, pelo conhecimento, a compreensão das contradições da sociedade

capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho

e instrumentalizar o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática de

cumprir e fazer cumprir seus direitos.

3.14 CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE

A definição de diversidade pode ser entendida como o conjunto de

diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida social, visto

que, é uma realidade concreta nos diversos grupos e vivencias sociais. O

conceito da diversidade está intrinsicamente ligado aos conceitos de

pluralidade, multiplicidade, diferentes modos de percepção e abordagem,

heterogeneidade e variedade.

70

A diversidade humana está presente em toda a história da existência da

humanidade, mas apenas no final do século XX, a sociedade declara que os

seres humanos não são iguais.

Contudo é comum nos grupos sociais uma série de comportamentos que

são prejudiciais no desenvolvimento e relacionamento entre os indivíduos como

o preconceito, a discriminação e a intolerância. Estes comportamentos são

encontrados continuamente nos grupos sociais incluindo o espaço escolar.

Diante dessa realidade os profissionais que atuam nesse colégio

acreditam que é necessário qualificar nossos alunos através do diálogo

promovendo o respeito a diversidade, por meio da interação com os outros,

que varia de contexto para contexto.

Para Gomes (2008), nem sempre aquilo que julgamos como diferença

social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas

diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo

também é variado e diverso.

Assim, a diversidade precisa ser entendida de forma relacional em que a

aprendizagem se constitui por meio do diálogo. Na escola, a diversidade deve

ser trabalhada de forma que todos os sujeitos se sintam igualitários, sem que

se reproduza a ideia de inferioridade ou superioridade de um indivíduo ou

grupo sobre o outro, enquanto instituição formadora, do acontecer humano.

Portanto, a diversidade deve estar inserida nos currículos abrindo

possibilidades de compreensão das causas políticas e sociais com vistas a

superar e/ou minimizar as atitudes de preconceitos.

3.15 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

71

A inclusão educacional constitui a prática mais recente no processo de

universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que visam à

aceitação das diferenças individuais , à valorização da contribuição de cada

pessoa, à aprendizagem pela cooperação e à convivência dentro da

diversidade humana.

Este conceito de inclusão é reafirmado pela Conferência Mundial sobre

Educação para Todos,realizada em Jomtien – Tailândia , dos dias 5 a 9 de

março de 1990, em seu Artigo 3º , que tem como título UNIVERZALIZAR O

ACESSO À EDUCAÇÃO E PROMOVER E EQUIDADE. Transcreveremos os

itens 4 e 5 desse artigo , nos quais estão registrados tais princípios da

educação inclusiva.

“4. Um compromisso efetivo para superar as disparidades educacionais deve ser assumido. Os grupos excluídos - os pobres; os meninos e meninas de rua ou trabalhadores; as populações das periferias urbanas e zonas rurais; os nômades e os trabalhadores migrantes; os povos indígenas; as minorias étnicas, raciais e linguísticas; os refugiados; os deslocados pela guerra; e os povos submetidos a um regime de ocupação - não devem sofrer qualquer tipo de discriminação no acesso às oportunidades educacionais.

5. As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo.”

Essa Conferência defende que todos indivíduos têm direito à educação

e ao acesso aos conhecimentos, e que a escola, nessa perspectiva de

diversidade, deve acolhê-los , independentemente de suas condições físicas ,

intelectuais, sociais e emocionais.

Numa escola emancipatória, humana e humanizante, deve haver o

respeito à diversidade e a inclusão se legitima, a partir das necessidades de

72

todos, não importando a etnia, cultura, nível social, orientação sexual e

necessidades especiais educacionais.

Neste sentido, (MANTOAN, 2003, P.53 Apud COSTA E GONÇALVES,

2012 p.57) destaca a importância da inclusão na escola:

A escola, para muitos alunos, é o único espaço de acesso aos conhecimentos. É o lugar que vai proporcionar-lhes condições de se desenvolverem e de se tornarem cidadãos, alguém com uma identidade sócio-cultural que lhes conferirá oportunidades de ser e de viver dignamente.

Contudo, sabemos que a inclusão escolar é um tema que exige muita

reflexão, olhares múltiplos e sensíveis de todos os educadores, bem como

constante capacitação dos professores. Isso porque a educação inclusiva,

além de todas as suas especificidades, é um processo novo na nossa

legislação educacional, que configura-se como um projeto de educação em

construção, inconcluso, que ainda não está pronto e acabado. Seu fracasso ou

sucesso depende de nós para que a educação se torne verdadeiramente

inclusiva. Neste aspecto Freire (1992,p.100) observa:

Inventamos a possibilidade de nos libertar na medida em que nos tornamos capazes de nos perceber como seres inconclusos, limitados, condicionados, históricos. Percebendo, sobretudo, também que a pura percepção de inconclusão, da limitação, da possibilidade, não basta, É preciso juntar a ela a luta política pela transformação da realidade.

Os educadores do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP

têm consciência da importância da educação inclusiva, para que todas as

pessoas tenham direito ao conhecimento escolar, por meio das relações do

diálogo e da criação de vínculos, tendo a diversidade como valor, para

trabalhar no sentido de romper com a lógica da exclusão, gerada pelo

preconceito, descriminação e desrespeito às diferenças. Esses professores,

assim como equipe pedagógica e direção sabem da necessidade de

73

capacitação constante para possibilitar que todos possam mesmo sendo

diferentes gozar de direitos sociais, políticos e culturais.

3.16 CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR

A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se

desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a

desenvolver capacidades. A relação entre o cuidar e educar é primordial no

processo de ensino aprendizagem, uma vez que, para o aluno aprenda é

necessário um vinculo positivo com a aprendizagem.

Nessa perspectiva, é oportuno e necessário considerar as dimensões do

educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a

função social da Educação Básica, a sua centralidade, que é o estudante.

Cuidar e educar iniciam-se na Educação Infantil, ações destinadas a crianças

a partir de zero ano, que devem ser estendidas ao Ensino Fundamental, Médio

e posteriores. Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação

parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se

de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento em

todas as etapas/ciclos da vida, assim como, suas singularidades.

Educar exige cuidado; cuidar é educar, envolvendo acolher, ouvir,

encorajar, apoiar, no sentido de desenvolver o aprendizado de pensar e agir,

cuidar de si, do outro, da escola, da natureza, da água, do Planeta. Educar é,

enfim, enfrentar o desafio de lidar com gente, isto é, com criaturas tão

imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de uma existência

inscrita na teia das relações humanas, neste mundo complexo.

Educar com cuidado significa aprender a amar sem dependência,

desenvolver a sensibilidade humana na relação de cada um consigo, com o

outro e com tudo o que existe, com zelo, ante uma situação que requer cautela

em busca da formação humana plena.

74

Para que isso se efetive, torna-se exigência, também, a

corresponsabilidade exercida pelos profissionais da educação,

necessariamente articulando a escola com as famílias e a comunidade. Nota-

se que apenas pelo cuidado não se constrói a educação e as dimensões que a

envolvem como projeto transformador e libertador. A relação entre cuidar e

educar se concebe mediante internalização consciente de eixos norteadores,

que remetem à experiência fundamental do valor, que influencia

significativamente a definição da conduta, no percurso cotidiano escolar. Não

de um valor pragmático e utilitário de educação, mas do valor intrínseco àquilo

que deve caracterizar o comportamento de seres humanos, que respeitam a si

mesmos, aos outros, à circunstância social e ao ecossistema. Valor este

fundamentado na ética e na estética, que rege a convivência do indivíduo no

coletivo, que pressupõe relações de cooperação e solidariedade, de respeito à

alteridade e à liberdade.

Cuidado é, pois, um princípio que norteia a atitude, o modo prático de

realizar-se, de viver e conviver no mundo. Por isso, na escola, o processo

educativo não comporta uma atitude parcial, fragmentada, recortada da ação

humana, baseada somente numa racionalidade estratégico procedimental.

Inclui ampliação das dimensões constitutivas do trabalho pedagógico, mediante

verificação das condições de aprendizagem apresentadas pelo estudante e

busca de soluções junto à família, aos órgãos do poder público, a diferentes

segmentos da sociedade. Seu horizonte de ação abrange a vida humana em

sua globalidade. É essa concepção de educação integral que deve orientar a

organização da escola, o conjunto de atividades nela realizadas, bem como as

políticas sociais que se relacionam com as práticas educacionais. Em cada

criança, adolescente, jovem ou adulto, há uma criatura humana em formação e,

nesse sentido, cuidar e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que

orientam e dão sentido aos processos de ensino, de aprendizagem e de

construção da pessoa humana em suas múltiplas dimensões.

75

3.17 – CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná oferece a todos os

profissionais da rede (professores, pedagogos, diretores, agentes

educacionais) cursos de formação continuada nas modalidades presencial, em

que o cursista precisa estar presente no local onde acontecerá a formação,

semipresencial (presencial e on-line) e a distância (on-line).

O programa de capacitação objetiva contribuir para a qualificação dos

profissionais da educação focada na prática de ensino, no princípio de ação-

reflexão-ação, compreendendo o aperfeiçoamento e atualização necessária na

atuação profissional.

O desenvolvimento profissional dos educadores e dos demais

profissionais da escola, deve constituir-se em objetivo de propostas

educacionais que valorizem a sua formação, baseando-a não mais na

racionalidade técnica, que os reduz a meros executores de decisões alheias,

mas numa perspectiva que reconhece sua capacidade de participar, analisar,

propor e decidir. Ao confrontar as ações cotidianas com as produções teóricas,

os profissionais da educação precisam rever as práticas e as teorias que as

informam, pesquisando a prática e produzindo novos conhecimentos para

transformá-la e aprimorá-la. A formação continuada não abrange apenas o

professor, mas também inclui a formação dos componentes dos órgãos

colegiados da escola e os outros profissionais da educação, como os diretores,

os pedagogos e funcionários da escola. Entre outros objetivos, a formação

continuada, busca propor novas metodologias e colocar os profissionais e

pessoas que participam através dos órgãos colegiados, para ficar a par das

discussões teóricas atuais, com a intenção de contribuir para as mudanças que

se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica na escola e

consequentemente, na educação.

76

Nosso colégio segue a pedagogia histórico critica conforme orientam os

documentos curriculares oficiais do Estado do Paraná e seus profissionais

preocupam-se com uma formação que articule a prática e reflexão, a

investigação e os conhecimentos teóricos requeridos para promover uma

transformação na ação pedagógica, e não um acúmulo de teorias e técnicas, o

que auxiliará a utilização pelos alunos das teorias nas ações diárias, pois a

teoria é um instrumento que ajuda apreender o real e a prática é de onde

emergem as questões. A formação continuada deve constituir-se num espaço

de produção de novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de

repensar e refazer a prática do professor.

Assim, a escola é o contexto privilegiado da formação continuada, o

lugar para continuar aprendendo e se desenvolver profissionalmente. No

entanto esta condição privilegiada só será eficaz se o professor puder ser

protagonista do projeto pedagógico da escola em que trabalha e da sua

formação, a partir da consciência das suas reais e concretas necessidades

para exercer o papel de mediador do ensino e da aprendizagem dos alunos.

77

4. MARCO OPERACIONAL

É neste momento que se procura pensar e registrar estratégias e linhas

de ação, ações concretas permanentes e temporárias, para responder às

necessidades apontadas a partir do diagnóstico, tendo sempre por referência,

a intencionalidade assumida, em um movimento de ação-reflexão, que nos

possibilita saber se os resultados propostos foram alcançados.

Como embasamento a essa reflexão temos:

O Projeto é justamente um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida , consciente , sistematizada, orgânica, científica. E, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da escola.(VASCONCELOS, 1995,P.143)

78

A concretização e o encaminhamento das ações têm como exigência a

compreensão da dimensão coletiva de gestão democrática, portanto é

necessário considerar a inter-relação das instâncias colegiadas para a

participação ativa da comunidade escolar.

Antes de registrarmos as ações propostas, com vistas a superar os

desafios identificados no Marco Situacional, apontaremos alguns elementos

que compõem a organização pedagógica do nosso colégio.

4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar é elaborado anualmente pelo colégio, conforme

normas estabelecidas pela mantenedora Secretaria de Estado da Educação-

SEED, anexaremos a este Projeto Político Pedagógico o de 2016, cuja

elaboração está respaldada pela Instrução Nº006/2015 – SEED/SUED, de 30

de novembro de 2015, que após apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar

foi enviado ao Núcleo Regional de Educação para análise e homologação.

O Calendário Escolar deve sempre estar fundamentado na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, que no inciso I do Art. 24,

determina carga horária mínima anual de 800(oitocentas) horas, distribuídas

por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, a serem cumpridas por

todas as instituições de ensino que ofertam a Educação Básica,determina

também que “ o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o

disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino,

exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas

letivas para aprovação (LDB, Art.24 inciso VI)

Além dos dias letivos, com início e término do ano letivo, dos semestres

e dos bimestres, assim como das férias e período de recesso, o calendário

escolar contempla as atividades escolares para os professores, como: semana

pedagógica, planejamento, replanejamento e formação continuada.

79

A Deliberação nª002/2002 – CEE/PR, em seus Artigos 2º e 3º, dispõe

para o Sistema Estadual de Ensino:

Art.2º - São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu plano anual.

Art.3º - Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar os dedicados ao trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento ( 5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo.

Parágrafo Único – O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei.

De acordo com o Parecer nº 631/97 – CEE/PR, o trabalho escolar dos

docentes, relativos às atividades de reflexão acerca de sua prática pedagógica

não pode ser contado como horas letivas, pois estas exigem a presença física

dos alunos.

Entram no cômputo dos dias letivos os destinados para reunião

pedagógica e/ou formação continuada respeitando o percentual de (5%) dos

dias letivos. As 800 (oitocentas ) horas deverão ser atendidas, se houver

dificuldade para o fechamento da carga horária, deverá ser realizada a

complementação para os alunos, a fim de que se cumpra a legislação

educacional.

4.2 MATRIZES CURRICULARES

A organização do trabalho pedagógico em todos níveis e modalidades

de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais.

80

Os conteúdos curriculares da Educação Básica observam, conforme

Regimento Escolar deste colégio:

I. Difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II. Respeito à diversidade; III. Orientação para o trabalho.

4.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

Os anos finais do Ensino Fundamental de 6ª ao 9º ano, são ofertados

nos períodos matutino e vespertino,em regime anual, com 4 (quatro) anos de

duração, dividido em disciplinas, contemplando uma Base Nacional Comum e

uma parte diversificada, com duração mínima de 200 (duzentos) dias letivos e

800 (Oitocentas) horas/aulas anuais, sendo a hora/aula de 50 minutos,

distribuídas num módulo 40(quarenta) semanas. Essa matriz contempla

também a oferta da disciplina de Ensino Religioso nos 6º e 7º anos, de oferta

obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o

aluno.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 13 – GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ

ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E

PROFISSIONAL

ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA

FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: [email protected]

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

81

CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013

IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

TURNO: MANHÃ

MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINAS

SÉRIES

6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

GEOGRAFIA 2 3 3 3

HISTÓRIA 3 2 3 3

LÍNGUA

PORTUGUESA 5 5 5 5

MATEMÁTICA 5 5 5 5

ENSINO RELIGIOSO 1 1 0 0

PA

RT

E

DIV

ER

SIF

ICA

DA

L.E.M.-INGLÊS 2 2 2 2

TOTAL 25 25 25 25

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

4.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio Regular é ofertado nos períodos matutino e noturno,

em regime anual em 3 (três) anos, dividido em disciplinas, contemplando uma

Base Nacional Comum e uma parte diversificada, com duração mínima de

82

200(duzentos) dias letivos e 800 (Oitocentas) horas/aulas anuais, sendo a

hora aula de cinqüenta minutos, distribuídas em um módulo de 40 (quarenta)

semanas. Esta matriz tem em sua parte diversificada a disciplina de Língua

Estrangeira Moderna Inglês com matrícula facultativa ofertada pelo CELEM em

contra turno.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 13 - GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ

ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E

PROFISSIONAL

ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA

FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: [email protected]

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015

IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

TURNO: MANHÃ

MÓDULO: 40 SEMANAS

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 02 - -

BIOLOGIA 02 02 02

EDUCAÇÃO FÍSICA 02 02 02

FILOSOFIA 02 02 02

FÍSICA 02 02 02

GEOGRAFIA 02 02 02

HISTÓRIA 02 02 02

LÍNGUA PORTUGUESA 02 04 04

MATEMÁTICA 03 03 03

QUÍMICA 02 02 02

SOCIOLOGIA 02 02 02

SUB-TOTAL 23 23 23

AR

T

E

L.E.M. – ESPANHOL 02 02 02

83

*L.E.M. – INGLÊS 04 04 04

SUB-TOTAL 06 06 06

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

*Disciplina de matrícula facultativa ofertada pelo CELEM, ministrada em turno contrário

4.2.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

O Curso Técnico em Enfermagem Subsequente é ofertado no

período noturno, em regime semestral, com duração de 02 anos e carga

horária de 1200 horas/aulas de Formação Específica e 633 horas/aulas de

Estágio, totalizando 1833 horas/aulas.

A partir do período letivo de 2017, será implantada

gradativamente uma nova Matriz Curricular com carga horária de 1440 horas

aulas de Formação Específica e 768 horas aulas de Estágio Profissional

Supervisionado , totalizando 2.208 horas aulas.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR – TÉCNICO EM ENFERMAGEM ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 13 – GOIOERÊ MUNICÍPIO: 0870 – GOIOERÊ

ESTABELECIMENTO: 00036 – POLIVALENTE DE GOIOERÊ, C.E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ENDEREÇO: RUA DR. ROSALVO G. DE MELO LEITÃO, 600 – JARDIM CURITIBA FONE: (044) 3522-1458 / 3522-6986 – e-mail: [email protected] ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: TÉC. EM ENFERMAGEM-SUBS. ET. AS. (1230) ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 IMPLANTAÇÃO: GRADATIVA

TURNO: NOITE MÓDULO: 20 SEMANAS

DISCIPLINAS PERÍODO/SEMESTRE

1º 2º 3º 4º

OR

MA

ÇÃ

O

ES

PE

FIC A ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADA A ENFERMAGEM 4 0 0 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CRIANÇA E AO ADOLESCENTE 0 0 6 0

84

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM PACIENTES CRÍTICOS 0 0 0 5

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM A SAUDE MULHER 0 0 5 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CIRURGICA 0 0 5 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CLINICA 0 6 0 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAUDE COLETIVA 0 4 0 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM SAUDE MENTAL 0 3 0 0

ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM EM URGENCIA E EMERGENCIA 0 0 0 5

BIOSSEGURANCA E PROC. DE ARTIG. 0 4 0 0

ENFERMAGEM NA VIGILANCIA SAUDE 0 0 0 4

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 3 0 0 0

FUNDAMENTOS DO TRABALHO 0 0 2 0

INTRODUCAO A ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM 7 0 0 0

PROCESSO COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM 3 0 0 0

PROCESSO DE TRABALHO EM SAUDE 0 0 0 3

PROCESSO SAUDE DOENÇA 3 0 0 0

ES

GIO

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CRIANÇA E ADOLESCENTE 0 0 3 0

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM PACIENTESCRITICO 0 0 0 5

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER 0 0 3 0

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CIRURGICA 0 0 4 0

ESTAGIO DE ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM CLINICA 0 5 0 0

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAUDE COLETIVA 0 4 0 0

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM SAUDE MENTAL 0 1 0 0

ESTAGIO ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 0 0 0 5

ESTAGIO ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA E SAUDE 0 0 0 2

ESTAGIO INTRODUÇÃO A ASSISTÊNCIA ENFERMAGEM 6 0 0 0

TOTAL 26 27 28 29

85

T ÉC N IC O EM EN F ER M A GEM

T P T P T P T P

1 3248ANATOMIA E FISIOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM 4

2 3236ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE 4 2 3271 4

3 3277ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES CRÍTICOS 4 1 3299 5

4 3278ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À SAÚDE DA MULHER 5 1 3288 4

5 3279 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CIRÚRGICA 4 1 3287 4

6 3280 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM CLÍNICA 5 2 3289 5

7 3281ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 5 3290 4

8 3282ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL 3 3291 1

9 3283ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 4 1 3292 5

10 3284BIOSSEGURANÇA E PROCESSAMENTO DE ARTIGOS 3 1

11 3285 ENFERMAGEM NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 3 1 3293 2

12 3218 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM 3

13 3514 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2

14 3226 INTRODUÇÃO À ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM 3 4 3267 6

15 3507PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM 3

16 3227 PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE 3

17 3509 PROCESSO SAÚDE DOENÇA 3

6 10 12 12

MATRIZ CURRICULAR OPERACIONALEstabelecimento: Colégio Estadual Polivalente de Goioerê - Ensino Fundamental, Médio e ProfissionalMunicípio: GoioerêCurso: TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Implantação: gradativa a partir do primeiro semestre de 2017Carga horária: 1200 horas mais 640 horas de Estágio Profissional Supervisionado

Forma: SUBSEQUENTE

Turno: Noturno

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

4º S3º S

AUXILIAR DE ENFERMAGEM

ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO

AUXILIAR DE ENFERMAGEM

1º S 2º S

N.1º S

Organização: SEMESTRAL

2º S3º S

SEMESTRES

CÓD. SAE

DISCIPLINACÓD. SAE

ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO

4º S

TOTAL 20 19 19 17

86

4.3 -AÇÕES DIDÁTICO – PEDAGÓGICAS

4.3.1 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno são

atividades educativas integradas ao currículo escolar, por meio da ampliação

de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem, que visam ampliar a

formação do aluno. O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP,

considerando as finalidades propostas pela Instrução Nº007/2012 –

SEED/SUED, p.2, as quais transcreveremos a seguir, oferta 06 turmas de

Atividades Complementares em Contraturno.

II – DA FINALIDADE 1.Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da

ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno, na escola ou no território em que está situada, a fim de atender às necessidades sócio educacionais dos alunos, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade.

2.Possibilitar maior integração entre alunos, escola e

comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. 3.Oportunizar a expansão do tempo escolar para alunos de Educação Básica da Rede Pública Estadual de Ensino como política pública e indutora para a progressiva implantação da Educação em Tempo Integral.

4.3.1.1Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de

Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental para os 6º

e 7º anos, que tem os seguintes objetivos:

87

▪ reconhecer conceitos de empreendedorismo;

▪ despertar nos alunos o espírito empreendedor, como geração de renda

e como empreender a própria vida;

▪ defender a importância de adotar práticas sustentáveis com

consciência ecológica;

▪ promover diferentes ações de produção e desenvolvimento de

produtos;

▪desenvolver trabalhos da ecopapelaria de forma contextualizada dentro

do empreendedorismo;

▪ propiciar práticas pedagógicas que desenvolvam a participação dos

alunos na implementação de projetos vinculados às questões sociais,

culturais, ambientais e de geração de renda.

4.3.1.2 Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de

Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino fundamental para os 8º

e 9º anos, que tem os seguintes objetivos:

▪compreender o empreendedorismo social;

▪conhecer estudos sobre projetos sociais na comunidade e como formar

empreendedor social;

▪promover a educação e o empreendedorismo social, saúde e qualidade

de vida, cultura e lazer;

▪estudar o meio ambiente e sua relação com o empreendedorismo;

▪reconhecer o empreendedor, qual o produto e quais os clientes;

▪compreender o emprego como geração de renda;

▪analisar a elaboração e gerenciamento de projetos sociais;

▪sistematizar o roteiro para a elaboração de projetos;

▪verificar a concorrência, recursos materiais e marketing;

▪promover o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo social;

88

▪avaliar a trajetória empreendedora, o plano de negócios e o

aprendizado;

4.3.1.3. Uma turma no Macro Campo Mundo do Trabalho e Geração de

Rendas Empreendedorismo, à tarde para o ensino médio, que tem os

seguintes objetivos:

▪despertar nos alunos as potencialidades empreendedoras;

▪promover a educação empreendedora de forma interdisciplinar e

articulada com a formação humana e integral dos alunos.

▪inserir a inclusão digital no Empreendedorismo referente às atividades

escolares e mercado de trabalho;

▪estimular o desenvolvimento do Empreendedorismo social, para

melhoria da qualidade de vida;

▪despertar vocações;

▪implementar a educação empreendedora de forma teórico/prática,

através do trabalho de campo e da feira do jovem empreendedor.

4.3.2 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO DESPORTIVO

Além dessas atividades complementares, este colégio oferta uma turma

de Aulas Especializadas de Treinamento Desportivo, na modalidade de futsal,

no período da tarde, com os objetivos:

▪desenvolver o prazer pela prática do futsal, contribuindo assim para

uma melhor qualidade de vida;

▪auxiliar na coordenação motora, ritmo, equilíbrio, agilidade, a

velocidade na execução dos movimentos;

89

▪ trabalhar o esporte com a finalidade educacional e para construção da

cidadania.

As atividades acima descritas são acompanhadas pela equipe

pedagógica, que verifica a frequência dos alunos, a compatibilidade das

atividades realizadas com os objetivos propostos, a melhora do desempenho

dos alunos nas diversas disciplinas e, no final de cada semestre, emite um

relatório.

4.3.3 PROJETOS

4.3.3.1 PROJETO DE BOLSA E INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID

O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP, em parceria com a

Universidade Estadual de Maringá – UEM, desenvolve dois projetos na

modalidade PIBID, um no ensino fundamental e outro no ensino médio.

No primeiro, as acadêmicas do Curso de Ciências Licenciatura Plena

oferecem apoio pedagógico nas disciplinas de ciências e matemática, com

aulas práticas experimentos realizados em sala de aula, laboratório de

Ciências do colégio e da UEM/CRG.

O segundo Projeto de Iniciação à Docência, em parceria com a UEM, é

desenvolvido com os acadêmicos do Curso de Licenciatura em Física que

ministram aulas de apoio para os alunos do ensino médio, em contraturno,

organizam e acompanham as atividades práticas da disciplina de Física.

4.3.3.2. PROJETO CONECTADOS 2.0

Esse projeto é uma proposta para ampliação das ações de tecnologia

educacional na Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, que

visa atender o Plano de Metas do Governo do estado do Paraná (2015-2018), a

90

AÇÃO 6 do Programa Minha Escola Tem Ação (META) e as Diretrizes para

uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017-2020.

Objetivo Geral

• Favorecer e ampliar a discussão e o uso de tecnologias educacionais,

com a comunidade escolar de 500 estabelecimentos da rede pública estadual

em 2017 e outros 500 em 2018.

Objetivos Específicos

• Ofertar formação com ênfase na temática “Educação na Cultura

Digital”, abordando o conceito de Cultura Digital e suas relações com a escola,

o currículo e a sociedade;

• Incentivar a prática de produção de objetos educacionais, a partir do

acesso à ferramentas e aplicativos disponíveis na internet;

• Promover o intercâmbio de práticas e diferentes abordagens de ensino

com o uso de tecnologias educacionais entre professores e gestores;

• Ampliar o parque tecnológico das escolas;

• Acompanhar e avaliar os efeitos da discussão e do uso de tecnologias

educacionais na prática pedagógica e na organização escolar;

•Compartilhar e divulgar as práticas desenvolvidas nas escolas

participantes com toda comunidade.

Reconhecendo a importância do uso das tecnologias aplicadas à

educação e que as novas ferramentas tecnológicas estão mudando a forma de

produzirmos, consumirmos, nos relacionarmos e, consequentemente, a

maneira de aprendermos e ensinarmos, a direção e representantes do

Conselho Escolar assinaram o Termo de Adesão ao Projeto Conectados 2.0.

91

A fase inicial desse projeto será com a capacitação dos docentes e

funcionários, em várias etapas, bem como a ampliação do parque tecnológico

do colégio.

Com o uso orientado das ferramentas tecnológicas, no colégio,

acreditamos que haverá uma melhoria efetiva no aprendizado dos alunos.

Várias ações vêm sendo desenvolvidas nesse sentido, entre elas a

implantação do PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI, que foi

instituído pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio

(Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2016) e tem se mostrado

instrumento fundamental para a elaboração do redesenho curricular nas

instituições que ofertam essa etapa de ensino, na medida em que dissemina a

cultura para um currículo mais dinâmico e flexível, que contemple a interface

entre os conhecimentos das diferentes áreas e a realidade dos estudantes,

atendendo suas necessidades e projetos de vida.

O colégio elaborou cinco Propostas de Redesenho Curricular – PRC

com ações a serem desenvolvidas ao longo do período letivo, com utilização

de várias ferramentas tecnológicas e em consonância com o Documento

Orientador do Programa Ensino Médio Inovador, as orientações curriculares

das Secretarias Estaduais e Distrital, dentro dos Campos de Integração

Curricular – CIC: Acompanhamento Pedagógico, Iniciação Científica e

Pesquisa, Mundo do Trabalho, Protagonismo Juvenil e Comunicação, Uso de

Mídias e Cultura Digital.

As Propostas serão registradas neste PPP, no item 4.3.5

4.3.3.3 JOGOS ESCOLARES INTERCLASSES

A prática esportiva como instrumento educacional visa ao

desenvolvimento humano e capacita o educando a desenvolver suas

competências sociais e comunicativas, que são essenciais para o processo de

92

formação do indivíduo, por isso o esporte constitui-se como um instrumento

pedagógico importantíssimo para compreensão e assimilação dos conteúdos

escolares.

Além disso, valores como socialização, responsabilidade, cooperação,

respeito, liderança, persistência e vida saudável podem ser alcançados por

meio da prática esportiva, desta forma as práticas de atividades físicas

coletivas no colégio constituem-se em um elemento humanizador para

preparação dos alunos na vida em sociedade.

Com esse entendimento, o Colégio Polivalente de Goioerê – EFMP

realiza anualmente, com data prevista no calendário escolar, os Jogos

Escolares Interclasses, que envolvem os alunos de todas modalidades de

ensino ofertadas pelo colégio, nas modalidades de vôlei, basquete, handebol e

xadrez.

Os Jogos Escolares Interclasses têm os seguintes objetivos:

Objetivo Geral

Motivar envolver os alunos, incentivando-os à prática da Educação

Física e de inclusão social para contribuir na formação integral do estudante

como ser social e participante.

Objetivos Específicos

•compreender o esporte como um meio de inclusão social;

•participar das atividades competitivas, respeitando as regras e não

discriminando os colegas;

•desenvolver a inteligência emocional necessária ao bom convívio social,

a partir de atividades de integração;

93

•refletir e avaliar seu próprio desempenho e dos demais, tendo como

referência seu esforço e dos colegas no desenvolvimento participativo

das modalidades esportivas.

4.3.3.4 MOSTRA CULTURAL DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -

ESPANHOL

Visando desenvolver as capacidades de ouvir, compreender e falar o

idioma, Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, de forma prazerosa e

interdisciplinar, os professores do CELEM- ESPANHOL realizam anualmente,

no segundo semestre, a MOSTRA CULTURAL que envolve todos os alunos do

CELEM ESPANHOL dos Colégios Estaduais Polivalente de Goioerê e Antonio

Lacerda Braga com a presença da comunidade. Como é uma atividade cultural

desses dois colégios, cada ano, tem um desses estabelecimentos como local

de realização.

Nessa Mostra Cultural, são apresentados diversos números artísticos

como canto, dança e declamação, além do cerimonial que é escrito e

apresentado pelos alunos também na Língua Estrangeira Moderna- Espanhol.

Todas.

Neste dia, também é servido um almoço que tem como prato principal “o

assado argentino”.

Objetivos

•Divulgar a cultura dos países que têm como língua oficial o idioma

Espanhol;

•Praticar o aprendizado da Língua Estrangeira Moderna Espanhol

(pronúncia e vocabulário)

•Estabelecer a interação da comunidade com o colégio.

94

4.3.3.5 GINCANA FOLCLÓRICA

A Gincana Folclórica é realizada no mês de agosto, por ser este

considerado o mês do folclore pela cultura popular brasileira. É organizada

pelos professores de Arte, Língua Portuguesa e Educação Física e tem

participação dos alunos do ensino Fundamental.

O folclore representa todos as manifestações do saber popular, que são

indispensáveis para o conhecimento social e psicológico de um povo. O Brasil

representa grande diversidade no campo cultural, tendo em vista que sua

colonização se deu por diversos povos, e por, essa razão, o folclore brasileiro é

riquíssimo.

A Gincana Folclórica do Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –

EFMP tem como objetivo principal fazer o aluno conhecer a cultura popular que

influenciou a nossa tradição, pelas diferentes formas de expressão e

manifestação.

Nessa Gincana, além da pesquisa, são realizadas atividades que

contemplam as quatro linguagens da Arte: artes visuais, dança, teatro e

música.

Objetivos

•Reconhecer a importância cultural do folclore;

•desenvolver a criatividade, a oralidade e a escrita;

•desenvolver o gosto pela dança e pela música;

•estimular o raciocínio e atenção;

•desenvolver o hábito da pesquisa;

•esclarecer fatos do folclore do Paraná e de outros estados do Brasil.

95

4.3.3.6 PROJETO INTEGRANDO GERAÇÕES

Na busca pela efetivação da cidadania e promoção da valorização das

pessoas na terceira idade, o Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –EFMP

desenvolve esse projeto com alunos do ensino médio, durante todo período

letivo, que tem como culminância uma visita aos idosos do Lar dos Velhinhos

São João Batista em Moreira Sales.

Esse contato entre as gerações é essencial para sensibilizar nossos

jovens sobre essa fase da vida. Para tanto, a visita ao asilo constitui-se em um

momento de interação entre os alunos (adolescentes) e os idosos compondo

um grande elo entre os tempos, passado, presente e futuro, o que possibilita

compreendera terceira idade como fase da nossa vida que deve ser respeitada

e valorizada.

Nessa visita são feitas doações de roupa, fralda e gêneros alimentícios e

produtos de limpeza; apresentações artísticas, momento da beleza e uma

confraternização em que é compartilhado um café da tarde.

Esse projeto tem os seguintes objetivos:

•contribuir para a formação cidadã dos educandos;

• propiciar a valorização da pessoa idosa;

• despertar o olhar do educando para a realidade da descriminação do

idoso;

• contribuir para a igualdade entre as gerações;

• reduzir o preconceito dos jovens para com os idosos;

• realizar atos de solidariedade.

96

4.3.3.7 FEIRA CIENTÍFICA E CULTURAL

O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê –EFMP, em parceria

com o Grêmio Estudantil Profª Neide Maria Rodrigues Vieira , organiza a

Feira Científica e Cultural anualmente, com data a ser definida no início de

cada período letivo e com a participação de todos os alunos professores e

equipe diretiva do colégio.

Como uma atividade pedagógica de potencial motivador do ensino no

ambiente escolar, a finalidade da Feira Científica e Cultural deste colégio é

desenvolver a visão científica dos estudantes e a contextualização dos

conhecimentos adquiridos em sala nas diversas áreas.

Constitui-se também num momento de aprendizagem, de interação com

a comunidade e parceria com as famílias no acompanhamento, envolvimento e

apreciação dos trabalhos realizados durante o ano escolar

A Feira Científica e Cultural tem os seguintes objetivos:

Objetivo Geral

• Divulgar e valorizar os trabalhos científicos, culturais e artísticos, de

caráter pedagógico, desenvolvidos no âmbito escolar.

Objetivos Específicos

•Propiciar o aperfeiçoamento e a troca de conhecimentos, entre

professores, alunos e a comunidade, através de apresentações

científicas, culturais e artísticas.

•Motivar o grupo de docente e discente nas ações de gerenciamento do

evento com organização, dinamismo e capacidade para despertar a

atenção e o reconhecimento da comunidade escolar.

97

•Incentivar a participação de estudantes e professores em eventos

científico-culturais desta natureza.

•Mobilizar os estudantes, valorizando o conhecimento científico

interdisciplinar e multidisciplinar.

4.3.4 PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI – PROPOSTAS

DE REDESENHO CURRICULAR – PRC

4.3.4.1 CIC - ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

(Aprendizagem da Língua Portuguesa e Matemática)

AÇÕES

1) Construir sólidos geométricos, visando a compreensão da geometria espacial;

2) Criação de Blog com links de atividades matemáticas que levem à compreensão dos conteúdos;

3) Estabelecer uma relação dialógica entre a literatura e as diversas artes.

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

1- CONSTRUÇÃO DE IDEIAS DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

DISCIPLINA ENVOLVIDA: matemática

Os conceitos geométricos constituem parte importante do currículo da

matemática no ensino básico. Por meio deles, o aluno desenvolve um tipo

especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e

representar, de forma organizada o mundo em que vive.

98

Com o intuito de compreender o formulário matemático quanto aos

conteúdos da geometria espacial, essa proposta tem os seguintes objetivos:

● levar os alunos a uma percepção de que a geometria e a matemática, como

um todo, se apresentam nas mais variadas formas do cotidiano de cada um.

● Motivar os alunos a um despertar investigativo de como e onde a matemática

se apresenta no dia a dia, tornando assim mais significativa e presente a

Matemática no cotidiano do aluno.

Para tanto, serão construídos ideias de sólidos geométricos. Essa

construção terá como base o desenvolvimento dos cálculos sobre cada peça

construída e a utilização de diversos materiais: isopor, cartolina, papel cartão e

outros.

Para execução dessa atividade, os alunos formarão grupos que serão

orientados e acompanhados pelos professores. As peças confeccionadas

serão expostas à comunidade escolar e ficarão à disposição dos professores

de matemática do ensino fundamental para trabalharem com seus alunos.

2. CONSTRUÇÃO DE BLOG COM LINKS DE CONTEÚDOS MATEMÁTICOS

A construção de Blogs é uma excelente ferramenta de apoio à

aprendizagem para todas as disciplinas. Ao pesquisar links, os alunos vão

analisar, interagir e encontrar soluções para suas dúvidas, ao mesmo tempo,

vão se apropriando das tecnologias digitais disponíveis.

Visando promover o uso dos Blogs como recurso pedagógico de

divulgação das formas diferentes de ensinar e compreender os conteúdos

matemáticos, bem como as diversas maneiras de resolução dos exercícios, os

professores de matemática orientarão os alunos quanto a qualidade dos links

99

que deverão conter material escrito e vídeos e critérios de escolhas para

publicação.

A publicação dos links será em grupos. Após o professor ministrar o

conteúdo, de acordo com seu Plano de Trabalho Docente, as equipes

pesquisarão três links sobre o assunto, escolherá um e apresentará ao

professor os critérios utilizados para a escolha e posterior publicação no blog.

3- RELAÇÃO DIALÓGICA ENTRE A LITERATURA E OUTRAS ARTES

Disciplinas Envolvidas: Língua Portuguesa, Língua estrangeira moderna –

Espanhol ,Arte e Educação Física.

A Literatura, como produção humana, está intrinsicamente ligada à vida

social, portanto a produção literária está sujeita às modificações históricas e

sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a linguagem, a

cultura, a história, a economia, entre outros.

Nessa perspectiva, os professores de Língua Portuguesa, Língua

Espanhola e Arte desenvolverão um trabalho interdisciplinar de leitura, análise

e releitura de textos verbais e não verbais que representam os movimentos

literários/artísticos com produções nas artes visuais, teatro, música e danças.

As atividades serão realizadas por meio de uma abordagem crítico-

interpretativa da literatura e centrarão suas reflexões no diálogo entre a

literatura e outras manifestações artísticas, como a música, a pintura, o teatro,

a arquitetura e fotografia, sob os pontos de vista temático e formal.

Como culminância das atividades desenvolvidas, ao longo do período

letivo, será realizada uma mostra cultural com exposição de trabalhos e

apresentações de palco, nos três períodos de funcionamento do colégio.

100

4.3.4.2 - CIC - INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA

(Diferentes formas e possibilidades de produção do conhecimento)

AÇÕES

• Pesquisar sobre o cultivo de plantas medicinais, sua ação fitoterápica e

relação com os tratamentos alopáticos.

• Realizar pesquisa da matéria prima de produtos produzidos pelo homem do

campo e a produção industrial.

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

1 - PLANTAS MEDICINAIS: CULTIVO E AÇÃO FITOTERÁPICA

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

Ciências Humanas: História, Sociologia, Filosofia, Geografia

Ciências da Natureza: Química, Física, Biologia

Com a finalidade de compreender o homem como ser histórico, faz-se

necessário analisá-lo em cada momento da história e nas relações que

estabelece com seu meio, para tanto, os professores das disciplinas de

Biologia, Química, Física, História, geografia e sociologia orientarão e

acompanharão os alunos nas atividades que envolvem pesquisas, visitas de

campo e produção de alimentos.

• No primeiro momento, os alunos pesquisarão na internet e na

comunidade local, com idosos, a origem, tipos e cultivo das plantas

101

utilizadas com fins curativos. Verificarão seus princípios ativos e os tipos

de doenças por elas curadas.

• A partir dessa pesquisa, estabelecerão uma relação entre o uso dessas

plantas e o tratamento fitoterápico. Para tanto, farão uma visita à

farmácia de manipulação local.

• Com o resultado das observações e dados levantados será possível

fazer a transição dos conhecimentos do senso comum ao conhecimento

científico.

CULMINÂNCIA DESSA AÇÃO

• Com os dados dessa pesquisa, os alunos produzirão um informativo à

comunidade escolar sobre tratamentos alternativos fitoterápicos.

• Como no Brasil, o conhecimento das propriedades de plantas medicinais

é uma das maiores riquezas da cultura indígena, uma sabedoria

tradicional que passa de geração em geração.

• Programamos, dentro desta ação, uma visita à Aldeia Indígina Tekoha,

em Guaíra, alunos e professores.

2 - PRODUÇÃO DE ALIMENTOS DE FORMA ARTESANAL

• Alunos pesquisarão junto às famílias que vivem no campo a

organização do espaço físico, (geográfico e social)e a produção de

alimentos de forma artesanal, a partir da matéria prima por elas cultivada

ou produzida, possibilitando observar o processo de fermentação

químico/biológico.

102

• Para estabelecer um comparativo entre o conhecimento empírico e

científico, os alunos produzirão, no colégio, açúcar com a utilização da

rapadura, pão com levedura da batata e queijo do coalho do leite.

• Após essa produção farão uma visita à Usina de Açúcar Santa

Terezinha, em Mariluz, na e ao Laticínio Lacto, em Cruzeiro do Oeste, a

fim de observar a produção industrial desses produtos.

4.3.4.3 - CIC - MUNDO DO TRABALHO

( Informações que contribuam para a escolha dentre as ofertas de

formação profissional existentes e oportunidades no mundo do trabalho)

AÇÃO PROPOSTA

1) Propiciar aos alunos o conhecimento das diversas profissões, suas

características, instituições que ofertam a formação profissional (superior e

técnica), forma de ingresso a essas instituições, bem como opções no mundo

do trabalho.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

Ciências Humanas: História, Sociologia e Filosofia

Linguagens: Língua Portuguesa

O trabalho entendido como princípio educativo resulta de uma educação

humanizadora e emancipatória, que tem caráter formativo por meio do

desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano. É pelo trabalho

103

que os homens podem satisfazer suas necessidades corporais e avançar para

satisfação das espirituais.

Neste sentido, os professores de Filosofia, Sociologia e História

trabalharão, no primeiro momento, as concepções de trabalho e suas formas

produtivas na formação humana.

Paralelamente, os alunos pesquisarão sobre as profissões, conhecendo

as características de formação de cada uma como disciplinas que compõem os

cursos, tempo de duração e forma de inserção e atuação no mercado de

trabalho.

Serão realizadas palestras com profissionais locais das diversas

profissões, pesquisas na internet e visitas às feiras de profissões da Faculdade

Integrado de Campo Mourão e da UEM- Maringá.

Além dessas atividades, os alunos formarão grupos de estudos, em

contraturno, sob a orientação de professores das diversas disciplinas, e terão

como monitores os alunos que possuem maior domínio dos conteúdos.

As atividades desses grupos serão realizadas em forma de aulas e

oficinas com apoio de vídeos, projeção e resolução de exercícios.

Essas atividades têm como objetivo esclarecer dúvidas sobre os

conteúdos estudados nas séries e resolver questões comuns aos processos

seletivos das instituições de ensino superior e técnica.

4.3.4.4 - CIC - PROTAGONISMO JUVENIL

(Ações que visem à atuação e organização juvenil nos seus processos de

desenvolvimento pessoal social e vivência política)

104

AÇÃO PROPOSTA

•Desenvolver atividades que levem os educandos à reflexão/ação sobre a

Inclusão Social, Ética, Direitos Humanos, Diversidade e Convivência

Democrática.

DETALHAMENTO DA AÇÃO

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS

Ciências Humanas: História, Sociologia, Filosofia, Geografia

Ciências da Natureza: Biologia

Linguagens: Língua Portuguesa, Espanhol, Arte, Educ. Física

No intuito de formar cidadãos autônomos, solidários e participativos,

capazes de construir uma sociedade que respeite os direitos de cidadania e

aumente o nível de participação democrática de sua população, nos propomos

a instigar os jovens a refletirem sobre a diversidade, a inclusão social, os

direitos humanos, ética e a convivência democrática.

Para tanto, os alunos, sob a orientação dos professores, refletirão sobre

os seguintes temas: Inclusão Social, Ética, Direitos Humanos e Convivência

Democrática.

Essa reflexão se dará, primeiramente, por meio da leitura e discussão de

textos e vídeos, com participação dos alunos em palestras com representantes

de cada grupo social e/ ou profissionais habilitados a discutir os temas, que

serão organizadas pelo estabelecimento de ensino em conjunto com o Grêmio

Estudantil.

105

Haverá também interação e acompanhamento das atividades realizadas

nos diversos segmentos da sociedade, como Câmara Municipal, Observatório

Social, Conselhos Municipais de Saúde, de Segurança, de Trânsito e da

Criança e Adolescente, através de visitas orientadas.

Os alunos do ensino médio, após compreensão e domínio de alguns dos

temas discutidos, promoverão palestras e/ou atividades lúdicas para o ensino

fundamental, evento que será coordenado pelo Grêmio Estudantil. Além dos

temas citados, os professores de Biologia complementarão o trabalho com o

desenvolvimento de atividades acerca das relações de gênero e a sexualidade,

a partir dos conceitos científicos a todos os alunos do Ensino Médio.

4.3.4.5 - CIC - Comunicação, Uso de Mídias e Cultura Digital

(Ações relacionadas à educomunicação, para criação de sistemas

comunicativos, abertos, dialógicos e comunicativos)

AÇÕES

Serão implantados uma Rádio-Escola e um Jornal On-line, com base no

entendimento de que o uso de novas tecnologias na escola possibilita a

construção do conhecimento e uma aprendizagem significativa.

DETALHAMENTO DAS AÇÕES

1- RÁDIO – ESCOLA

PROFESSORES ENVOLVIDOS - Todos

106

A implantação da Rádio-Escola será feita por etapas, uma vez que há

necessidade de capacitação de professores e alunos para operarem os

equipamentos, para tanto será feita uma parceria com as rádios existentes no

município.

No segundo momento, os professores de Língua Portuguesa, Língua

Espanhola, História, Geografia e Física organizarão grupos e orientarão os

alunos para as atividades necessárias ao funcionamento da Radio-Escola,

como: realizar estrutura da programação; escolha da programação; escolha

das fontes de pesquisa das informações, notícias e reportagens; correção dos

textos, gravação e adequação da voz para utilização dos recursos de áudios.

O tempo no ar e a organização da programação serão estipulados ao

longo de sua implantação, quando serão observadas as necessidades e

possibilidades.

Objetivos

• promover no aluno a criatividade, ética e responsabilidade;

• exercitar a comunicação oral, aperfeiçoando a objetividade e clareza do

pensamento;

• promover a confiança e autoestima;

• favorecer a convivência e trabalho em grupo, respeitando as diferenças.

2-JORNAL ON LINE

Considerando ainda a importância do uso das novas tecnologias como

instrumento facilitador do processo ensino-aprendizagem será produzido um

jornal on-line, visando proporcionar aos alunos a oportunidade de inclusão no

107

mundo virtual, mediado pela tecnologia como fonte de leitura e escrita e terá

como objetivo:

• Desenvolver no aluno o hábito da pesquisa, leitura, produção textual e

da colaboração;

A produção textual, a pesquisa e a edição desse jornal serão feitos pelos

alunos do ensino médio sob a orientação dos professores de Língua

Portuguesa, Língua Espanhola, História, Geografia e Arte mais diretamente e,

indiretamente, de todos os que se identificarem com o projeto.

4.3.5 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Conforme descrito no Marco Situacional deste PPP, nosso colégio oferta

uma Sala de Recursos Multifuncional – tipo I, para atender os alunos com

necessidades educacionais especiais no período da tarde, e que esse

atendimento, em alguns casos, tem contribuído para melhorar o desempenho

dos alunos na sala regular.

No entanto, os professores das diversas disciplinas da sala regular têm

muita dificuldade em elaborar atividades diferenciadas e atender as

necessidades desses alunos.

Com o propósito promover a inserção efetiva dos alunos com

necessidades educacionais especiais, por meio de um trabalho colaborativo,

equipe pedagógica, professor da Sala de Recursos e professores das salas

regulares elaborarão adequações curriculares, conforme Resolução nº 002/01

–CNE/CEB e Deliberação 02/16.

As modificações poderão ser feitas nos seguintes aspectos:

108

•organizativos: espaço em sala de aula, trabalho com os alunos em

grupo, metodologia didática, uso de temas diversificados e significativos,

tempo dedicado às atividades em sala de aula;

•objetivos e conteúdos: priorização de objetivos, de conteúdos,

eliminação de conteúdos secundários, sequenciação dos conteúdos;

•avaliativos: adaptação ou modificação de técnicas e instrumentos de

avaliação da aprendizagem.

Para elaborar essas modificações, buscaremos orientações e suporte

junto ao Núcleo Regional de Educação, promovendo encontros organizados,

durante as horas atividades dos professores das diversas disciplinas com

equipe pedagógica e o professor da sala de recursos.

4.4 AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino

e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento do aluno, bem como avaliar o trabalho docente.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Deverão ser utilizados, na avaliação da aprendizagem, procedimentos,

instrumentos e critérios, que assegurem o acompanhamento do pleno

desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

Neste sentido, as Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná

(2008, p.32) orienta,

109

[...] os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva; a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.

Nesse sentido, a avaliação deverá ter como base o desempenho do

aluno em diferentes experiências de aprendizagem, para tanto o professor

utilizará instrumentos diversificados, dando relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização.

Os critérios e instrumentos de avaliação do aproveitamento escolar

serão elaborados em consonância com a organização curricular e as

especificidades de cada disciplina, os quais deverão ser registrados nas

Propostas Pedagógicas Curriculares e especificados nos Planos de Trabalho

Docente.

Conforme parágrafo único, Artigo 125 do Regimento Escolar do Colégio

Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP, é vedado submeter o aluno a uma

única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações

pedagógicas.

A Recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados. Utilizamo-nos ainda das orientações contidas nas

110

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008, p.32),

para melhor entendimento da recuperação de estudos,

[...]a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir.

Conforme estabelece o Art.131 da Sessão X, do Regimento Escolar do

Colégio Polivalente de Goioerê – EFMP, “A recuperação de estudos édireito

dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos

básicos.”

O resultado da avaliação da aprendizagem terá os registros de notas

expressos em algarismos, em uma escola de 0 (zero) a 10,0 (dez virgula zero).

De acordo com o Regimento Escolar vigente, para compor a média

bimestral o professor poderá utilizar-se de duas fórmulas: somatória e/ou

aritmética, especificando no Plano de Trabalho Docente e, a partir do período

letivo de 2017, no Registro de Classe on-line.

Conforme estabelece o Parágrafo Único do Art. 136, do Regimento

Escolar deste colégio: “Sendo a Recuperação de Estudos parte integrante do

processo ensino aprendizagem, após realizada, considerar o resultado maior

[...]”

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno aliado a sua frequência.

111

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,

que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média

anual igual ou superior a 6,0(seis vírgula zero) em cada disciplina, serão

considerados aprovados.

O aluno do Ensino Médio que não obtiver aprovação final em até duas

disciplinas, no período letivo de 2016, poderá matricular-se no ano

subsequente e cursar as duas disciplinas, em regime de adaptação.

A partir do período letivo de 2017, conforme decisão do Conselho

Escolar registrada na Ata nº 08 de 09 de novembro de 2016, a matrícula com

progressão parcial não mais será ofertada pelo Colégio Estadual Polivalente de

Goioerê - EFMP.

Para o Curso Técnico em Enfermagem Subsequente, ao final do

semestre será calculada a média semestral dos alunos, somando-se as duas

médias bimestrais e dividindo o resultado por dois:

MS= (1ºB + 2ºB)/2

O aluno do Curso Técnico em Enfermagem Subsequente será

considerado aprovado se obtiver:

I - rendimento igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina e no Estágio Supervisionado;

II - frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) das horas previstas

III - frequência mínima de 100% (cem por cento) no Estágio

Supervisionado.

O Colégio Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP aderiu, a partir do

período letivo de 2017, a implantação do Registro de Classe on-line, no qual

serão registrados o aproveitamento, a frequência, os conteúdos ministrados e a

movimentação dos alunos.

A Minuta de Instrução /SEED/SUED/CDE, 2012, que estabelece as

normas de preenchimento do Registro de Classe on-line, em seu item 2, define:

112

O Registro de Classe on-line é um documento oficial da escola e não do professor e deve ser atualizado a cada aula dada. Sua consulta estará disponível para comprovação de atividades escolares realizadas e para resguardar direitos de docentes e discentes.

4.5 CONSELHO DE CLASSE

Conforme o Art. 23 do Regimento Escolar, o conselho de classe é um

órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-

pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,

indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e

aprendizagem.

O conselho de classe se reunirá ordinariamente antes do fechamento de

cada bimestre, em data prevista no calendário escolar, ou extraordinariamente,

sempre que se fizer necessário.

O Regimento Escolar, em seu Art. 24 estabelece que

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é de intervir em tempo hábil no processo ensino aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

Nesse sentido, os pedagogos deste colégio, após cada conselho,quando

é avaliado o desempenho integral do aluno: suas dificuldades, realização das

atividades, assiduidade e problemas pessoais que possam intervir na

aprendizagem, reúnem-se com os alunos para fazer a devolutiva do conselho

e as intervenções individuais.

Quando necessário, os pais são informados, a fim de que, juntamente

com o colégio, acompanhem o processo educativo de seus filhos, e assim,

113

contribuir para superação das dificuldades e a consequente aprendizagem do

aluno.

O conselho de classe é também um momento coletivo de grande

importância para o professor refletir sua prática pedagógica, interagir com os

pedagogos e demais professores, no sentido de compreender o desempenho

do aluno não só em sua disciplina e para que possa estabelecer ações com

vistas a superar as dificuldades apontadas.

Nessa perspectiva, transcreveremos o Artigo 26 do Regimento Escolar do

Col. Estadual Polivalente de Goioerê - EFMP

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

5 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

De acordo a Instrução nº 003/2015 – SUED/SEED, a avaliação

institucional deverá ser realizada anualmente, envolvendo todos os segmentos

da comunidade escolar, com o objetivo de avaliar as ações pedagógicas

desenvolvidas na instituição de ensino e para dimensionar o processo

educativo com vistas à melhoria da qualidade da educação. Com a principal

função de identificar possíveis problemas e prever ações para soluções dos

mesmos.

A avaliação institucional ainda não é uma prática consolidada em nosso

colégio, mas tem sido pensada. Objetivamos implementá-la a partir de 2017,

como uma análise sistemática desta instituição com vistas a identificar suas

fragilidades e potencialidades e possibilitar a elaboração de planos de

intervenção e melhorias.

114

Preocuparemo-nos em desenvolver estratégias de autoavaliação de todos os

segmentos escolares, visando um caráter formativo, voltado para a

compreensão e promoção da autoconsciência e a formação humana integral,

entrelaçamento os processos de avaliação externa e interna para oferecer

maior qualidade educativa.

É uma tarefa complexa, tendencialmente conflituosa, pois interfere-se

nos interesses, posturas, motivações e objetivos da comunidade escolar,

levando-se em conta a singularidade de nossa escola.

Na Semana Pedagógica de fevereiro de 2017, em que todos os

segmentos da comunidade escolar estarão reunidos, construiremos os

instrumentos avaliativos das diversas dimensões e segmentos escolares.

Ainda no primeiro semestre, definiremos as fontes de informação para

coleta dos dados.

A partir de julho de 2017, iniciaremos a coleta de dados por segmento e

dimensão.

De posse das informações serão computados os dados e apresentados

os resultados à comunidade escolar antes do término do período letivo de

2017.

Utilizaremos os resultados para a elaboração dos planos de ação para a

superação das dificuldades apontadas, ajustes e implementação de ações que

contribuam com desenvolvimento de aprendizagens significativas e

consequentes melhoras nos resultados avaliativos internos e externos.

6 PROPOSTAS DE SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS

Conforme apontamentos feitos no Marco Situacional, o Colégio Estadual

Polivalente de Goioerê – EFMP tem alguns desafios a cumprir, portanto,

registraremos a seguir as ações indicadas pelo coletivo do colégio.

115

6.1 EVASÃO, REPETÊNCIA E AVALIAÇÕES EXTERNAS

Analisando os indicadores dos resultados desses quesitos, bem como

as prováveis causas do baixo rendimento, também já descritas nesse PPP, o

coletivo do colégio apontou as seguintes ações:

▪No início de cada ano letivo, nas duas primeiras semanas de aula,

os professores devem desenvolver atividades com conteúdos que possibilitem

identificar a apropriação do conhecimento básico para o ano em curso, a fim

de diagnosticar as dificuldades de cada turma e elaborar seu plano de trabalho;

▪Devem, ainda, conhecer o aluno e respeitá-lo em sua

individualidade, estabelecendo uma relação afetiva, que propicie a elevação da

autoestima do aluno, para que este sinta-se estimulado à aprendizagem;

▪Como os alunos não fazem as atividades em casa, realizar em

sala de aula, as atividades individuais ou em grupo, sob a orientação do

professor;

▪Durante a realização das atividades, em sala de aula ou em outro

espaço do colégio, fazer um acompanhamento individualizado para entender

as razões pelas quais alguns deixam de realizá-la e intervir no sentido de

ajudá-los, se necessário encaminhá-los à equipe pedagógica;

▪Comunicar à equipe pedagógica as faltas; atrasos e a não

realização das atividades avaliativas dos alunos;

▪Organizar atividades pedagógicas que contemplem os descritores

e questões das avaliações externas, para que os alunos se familiarizem com

116

esse tipo de avaliação e o professor identifique as dificuldades a serem

superadas.

Essas ações deverão ser realizadas durante todo período letivo e

avaliadas nos pré-conselhos, conselhos de classe, reuniões pedagógicas e

horas atividades.

6.2 INDISCIPLINA

A indisciplina apresenta-se como um grande obstáculo no processo

ensino-aprendizagem, prejudicando o exercício da função docente e o

desempenho escolar dos alunos.

Esse fenômeno tem sido uma preocupação constante entre os educadores e

tem mobilizado a comunidade escolar em geral, tornando-se o principal

assunto das reuniões de pais,conselhos de classe, nos momentos de

capacitação dos professores e usado como uma das principais justificativas do

fracasso escolar.

Não cabe, neste momento, analisar as causas tampouco conceituar a

indisciplina. Isso já foi motivo de reflexão por parte dos educadores do Colégio

Estadual Polivalente de Goioerê – EFMP em vários momentos, e com certeza,

continuará sendo.

Registraremos então algumas ações, que ao implantarmos, esperamos

amenizar essa questão e que, principalmente, ela não seja mais usada como

justificativa do fracasso escolar.

Para que essas ações se concretizem e tenham resultados positivos,

precisamos “quebrar” a imagem do aluno ideal, ter em mente que a relação

professor-aluno é extremamente importante no trabalho pedagógico,e que um

o aluno indisciplinado com um determinado professor, pode ser bastante

produtivo com outro.

117

▪ Apresentar aos alunos, no início do período letivo, os seus direitos e

deveres estabelecidos no Regimento Escolar;

▪Trabalhar a autoestima dos alunos através de dinâmicas, palestras,

música, teatro, dança, atividades culturais;

▪Estabelecer regras de convivência, criadas pelos próprios alunos;

▪ Incentivar a cooperação e o respeito;

▪Promover o respeito pelo domínio dos conteúdos, compreensão e

capacidade de negociação;

▪Aulas dinâmicas e metodologias diversificadas.

6.3 PRÁTICAS DOCENTES

Freire (1996, p.44) destaca a importância da reflexão crítica e constante

sobre a prática pedagógica.

[...] pensando criticamente a prática de hoje ou a de ontem é que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário à reflexão crítica, tem de ser de tal modo concreto que quase se confunda com a prática.

▪ a equipe pedagógica promoverá análise e reflexões sobre as teorias

que embasam as ações pedagógicas, utilizando as horas atividades e

reuniões pedagógicas;

▪ selecionar conteúdos e organizar as aulas, atividades e instrumentos

avaliativos de modo intencional, refletindo sempre sobre as questões: o

que ensinar, para que ensinar e a quem ensinar;

▪utilização das horas atividades para troca de experiências;

▪ estabelecer coerência entre a teoria ea prática.

6.4 PERMANÊNCIA DO ALUNO NO PERÍODO NOTURNO

Para atendermos esse desafio serão realizadas as seguintes ações:

118

▪Realizar uma reunião, por bimestre, com os alunos do ensino médio

noturno e profissionais das diversas áreas, a fim de ajudá-los e

estimulá-los na escolha de suas profissões, motivando-os a continuar

seus estudos;

▪ aulas com metodologias diversificadas e atrativas e instrumentos

avaliativos diversificados.

6.5 FALTA DE ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO PROCESSO ESCOLAR

Conforme registrado no marco situação, a participação da família no

acompanhamento contínuo das atividades escolares dos alunos é um grande

desafio para toda comunidade escolar.

Para tanto, elaboraremos um questionário para ser aplicado aos pais,

no início do período letivo, a fim de obter dados que subsidiem a concretização

das expectativas dos pais, bem como a participação desses no processo de

ensino aprendizagem dos alunos;

Com o propósito de criar vínculo, bem como fortalecer a integração

família/escola serão realizadas, ao longo do período letivo, as seguintes ações:

▪ Promover palestras sobre temas que tratam do relacionamento familiar

e outros que possam orientar pais e alunos nas relações interpessoais e com a

sociedade;

▪No sentido de valorizar a produção do aluno no cotidiano da sala de

aula e de dar significado aos conteúdos trabalhados, serão estabelecidos

momentos para que a família conheça os trabalhos produzidos ao longo dos

semestres.

▪ Para que os pais sintam-se à vontade para vir ao colégio em outros

momentos, e não só na reunião de entrega de notas, serão realizadas

119

projeções de cunho cultural e reflexivo e que possam contribuir para a melhoria

das relações familiares e escolares.

▪ No sentido de ampliar também a participação dos pais, as reuniões

tanto para entrega de notas quanto para discutir, analisar e deliberar sobre

questões relativas ao processo ensino aprendizagem serão realizadas no

período noturno.

7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político-Pedagógico, em nosso entendimento, não é um

documento acabado, encontra-se em constante construção e reconstrução, de

acordo com as necessidades apresentadas. Está sempre aberto para

indagações e novas possibilidades que irão do real desenvolvimento da Escola

para um ideal almejado pela construção do processo ensino-aprendizagem.

A avaliação deste Projeto Político Pedagógico será realizada no início

dos períodos letivos e sempre que se fizer necessário, através de discussões,

questionários, estudos em grupo com o corpo docente, discente, equipe

administrativa, pedagógica, Instâncias Colegiadas e Comunidade para uma

posterior ampliação ou reestruturação.

120

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARDOSO, Clarecí da Silva; VIEIRA, Rita de Cássia. Liberdade e limite no

processo educativo. Revista Presença Pedagógica. Belo Horizonte: Dimensão,

v. 7, n.37, jan./fev. 2001

CASTRO, Alda Maria Duarte Araújo. Estratégias Gerenciais na Escola. UFRN

http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio 2007/12.pdf p 1-15.

Acesso em 11 de novembro de 2016.

CASTELLS, Manoel. [on line]. O poder da identidade. Avaliable from World

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CUNHA, Maria Isabel da. Os conceitos de espaço, lugar e território nos

processos analíticos da formação dos docentes universitários. Revista

Educação UNISINOS, v. 12, n. 3, set.-dez. 2008.

DUARTE, Newton. A importância da concepção de mundo para a educação

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