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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO
COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
JACAREZINHO – PARANÁ
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO
COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico apresentado ao NRE, em atendimento à determinação do mesmo, para entrar em vigor no ano de 2008, após aprovação do mesmo.
JACAREZINHO - PARANÁ
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus que nos deu o dom da vida, com toda sua força
e beleza. Por nos prover das condições, intelectuais, físicas, psicológicas e sociais,
necessárias para desenvolver esse projeto. A Ele seja dada toda honra, glória e louvor!
Agradecemos também a todos os colegas de trabalho que contribuíram para a
construção deste documento, unidos num mesmo ideal de uma educação transformadora.
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APRESENTAÇÃO
Este Projeto, respaldado e no cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, 9394/96 artigos - 12, 13 e 14 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente representa o conjunto de esforços e o empenho de todos os segmentos de
nossa escola, na construção de um mundo mais justo e humano.
No desenvolvimento do P.P.P. a escola vai adquirindo sua identidade, pois é nesse
momento que ela irá pensar e repensar sua filosofia, sua política, suas regras, seus
objetivos e metodologias, suas utopias, é quando vai discernir o que deseja e espera de
seus alunos, pais, professores e todo o colegiado. Neste momento a escola irá diagnosticar
a sua realidade, suas condições físicas, materiais, financeiras e humanas. Identificará seus
limites para traçar seus sonhos e metas.
Ao elaborar a Projeto Político Pedagógico a escola dispõe: de forma clara os valores
coletivos, delimita prioridades, define os resultados desejados e incorpora a auto-avaliação
em seu trabalho. Em função do conhecimento da comunidade em que atua e de sua
responsabilidade para com ela, precisamos conhecer que cada escola possui e desenvolve
uma cultura própria permeada por valores, expectativas, costumes, tradições,
condições, historicamente construídos a partir de contribuições individuais e coletivas,
vemos assim que no interior das escolas, diferentes realidades econômicas, sociais e
características culturais estão presentes e lhe conferem uma identidade absolutamente
peculiar.
Como iniciamos em nossa apresentação, a LDB em seu artigo 12, inciso primeiro,
diz que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua “proposta pedagógica”
vemos assim que a instituição escolar tem nesse momento histórico a oportunidade de
refletir sobre sua intencionalidade educativa, planejando e executando mudanças que
melhor respondam ás suas necessidades colaborando tanto para a educação geral
quanto para a educação em cada instituição com suas realidades e especificidades.
O contexto educacional inserido no meio sócio-econômico, político e cultural
determina a construção de um projeto político pedagógico que atinja as finalidades da
escola, definindo seu papel de forma clara, suas formas operacionais e os caminhos que
pretende seguir.
Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da
comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso
político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças
existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais,
alunos e representantes da comunidade local. É portanto, fruto de reflexão e investigação.
(VEIGA, 1998, p. 9-32).
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O mundo está em processo de contínua mudança. De modo geral pode-se dizer há
contínua transformação no padrão tecnológico, nas informações e na organização do
trabalho. As escolas devem modernizar-se na mesma velocidade destas transformações e
adaptarem-se as mudanças. "Nada na escola será feito por acaso. Tudo será direcionado
para a formação do trabalhador. A grande tendência da escola, portanto, nos próximos
anos e, portanto, já no próximo milênio, é ser invadida pelos valores e pela lógica do
mercado" (GANDIN, 2000, p. 65).
Sendo assim, para um resultado mais eficaz a ser alcançado a comunidade escolar
necessita planejar seus desejos e suas idéias para que suas ações sejam interrelacionadas
e/ou integradas na direção de um objetivo maior que será o projeto político-pedagógico da
escola.
GANDIN (1999, p. 38) ressalta que "o planejamento é uma ferramenta. Não
devemos dar-lhe mais importância do que damos a um martelo". Entretanto, a seguir (p.39)
afirma que "investir no planejamento traz como resultado um crescimento da instituição [...]
em termos de ideais , mormente se o instrumento utilizado for o planejamento participativo".
Afirma que “para as instituições que tem como propósito mais importante a participação na
construção da sociedade” (p. 44) o planejamento participativo é o mais indicado.
Concordando com GANDIN, escolhemos o planejamento participativo como referência.
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 1- Identificação do Estabelecimento.............................................. pg 07 2- Organização da Entidade Escolar............................................. pg 07 3- Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico...................... pg 08 MARCO SITUACIONAL – PRÁTICA SOCIAL 4- Realidade da Escola no contexto Brasileiro.............................. pg 09
- Educação no Brasil.............................................................. pg 09 - Educação no Paraná............................................................ pg 11 - Educação em Jacarezinho.................................................. pg 17 - Histórico da Instituição....................................................... pg 18 - Caracterização da Comunidade Escolar.............................. pg 19 - Análise Crítica dos problemas existentes no Colégio.......... pg 20
MARCO CONCEITUAL – IDEÁRIO QUE NORTEIA O CAMINHO
5- Fundamentação Teórica do Colégio.......................................... pg 26 - Princípios Norteadores da Educação.................................... pg 30 - Objetivos da Escola............................................................... pg 31 - Fins Educativos e Missão da Escola..................................... pg 31 - Concepção de Ensino e Educação....................................... pg 32 - Gestão Democrática.............................................................. pg 32 - Conselho Escolar.................................................................. pg 33 - Associação de pais mestres e funcionários.......................... pg 34 - Conselho de Classe.............................................................. pg 34 - Formação Continuada........................................................... pg 35 - Organização da Hora Atividade e Reunião Pedagógica....... pg 38
6- Organização do Tempo Escolar................................................ pg 38 7- Organização Curricular utilizada................................................ pg 39 8- Concepção Curricular................................................................ pg 39 9- Avaliação................................................................................... pg 42
- Uso do resultado da avaliação e encaminhamento.............. pg 43 - Promoção.............................................................................. pg 43 - Adaptação............................................................................. pg 44 - Dependência e Progressão Parcial...................................... pg 45 - Operacionalização do processo de recuperação.................. pg 45 - Recuperação Final................................................................ pg 46 - Operacionalização da classificação e reclassificação.......... pg 47 - Procedimento de informação aos pais.................................. pg 48
MARCO OPERACIONAL – MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS
10- Grandes linhas de ação do Colégio........................................... pg 49 - Objetivos e Ações administrativas e pedagógicas................ pg 49 - Conselho de classe............................................................... pg 50 - Hora Atividade....................................................................... pg 51 - Reuniões pedagógicas.......................................................... pg 51 - Participação da família e comunidade.................................. pg 51 - Recuperação de est. dos alunos e progressão parcial......... pg 52 - Ações que envolvem outras instituições............................... pg 52 - Como se dá a avaliação, gerenciamento, e otimização dos recursos financeiros....................................................... pg 52 - Organização interna da Esc./ Funções específicas.............. pg 53 - Relações entre os aspec. Adm. e ped.................................. pg 64 - Estratégias do Colégio p/ a artic. e partic. da família............ pg 64 - Papel e participação das inst. Colegiadas (Gestão Dem.).... pg 64 - Ações relativas à Formação Continuada de todos os segmentos da Instituição Escolar.......................................... pg 69 - Atividades Escolares em geral.............................................. pg 70
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- Qualificação dos espaços pedagógicos................................ pg 71 - Acompanhamento e avaliação do Proj. Pol. Pedagógico..... pg 71 - Bibliografia............................................................................. pg 73 - Comissão de elaboração e revisão do P.P.P. ..................... pg 74 - Ata da reunião do P.P.P./ Conselho Escolar......................... pg 75 - Ata da reunião do P.P.P./Conselho Escolar.........................pg 76
Anexos: .................................................................................... pg 77 Proposta Pedagógica Xerox das Atas do Conselho
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1 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1.1 COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE – EFM
CÓDIGO N° 0050-5
1.2 MUNICÍPIO DE JACAREZINHO
CÓDIGO N° 1190
1.3 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - SEED
CÓDIGO N° 00430
1.4 NRE JACAREZINHO
CÓDIGO N° 017
1.5 ENTIDADE MANTENEDORA
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.6 ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO
RESOLUÇÃO N° 298 DE 1983
1.7 ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIO
RESOLUÇÃO N° 3627 DE 25/09/1987
1.8 PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR
N° 046 DE 1995
1.9 DISTÂNCIA DO COLÉGIO DO NRE
4,5 KM
1.10 LOCAL: ÁREA URBANA
2 - ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1 Modalidade de ensino:
Ensino Fundamental Séries Finais
Ensino Médio
2.2 Turnos de funcionamento:
Manhã
Tarde
Noite
8
2.3 Ambientes Pedagógicos
Número total de sala de aulas: 11
Número de sala de aulas utilizadas por turno:
o Manhã: 10
o Tarde: 06
o Noite: 07
Uma biblioteca
Um laboratório de ciências
Um laboratório de informática
Uma quadra coberta
Uma quadra descoberta
Sala de apoio de português e matemática para as quintas séries
2.4 Nº. de alunos, professores, pedagogos, direção e direção auxiliar
Número de alunos por turno:
o Manhã: 306
o Tarde: 188
o Noite: 83
Número de professores: 48 Números de funcionários: 16
Número de pedagogos: três Número de diretores: 2
3 - OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O projeto político-pedagógico objetiva a construção de um referencial norteador,
elaborado na escola como um instrumento para consolidar as novas diretrizes da nova
legislação da educação. (LDB, DC, ECA...)
Também numa construção coletiva, objetiva propiciar condições de todos os
segmentos escolares pensarem e repensarem o “fazer escolar”. Um auto conhecer
importantíssimo para uma prática democrática.
Ao elaborar o Projeto a escola confere a si uma identidade única formada por uma
reflexão conjunta do que se deseja e se espera da instituição.
Portanto objetiva:
• Auto conhecimento
• Organizar e sistematizar os processos escolares
• Fundamentar a proposta pedagógica da escola
• Democratização da gestão escolar
• Estar em constante reflexão da prática escolar
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Tudo em prol de uma escola de qualidade em busca da transformação social por
iniciativa de um sujeito, crítico, atuante e politizado.
MARCO SITUACIONAL
PRÁTICA SOCIAL
4 - REALIDADE DA ESCOLA NO CONTEXTO BRASILEIRO ESTADUAL E MUNICIPAL
Educação no Brasil
Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o
desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país
cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola torna-
se local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem investido muito
neste setor.
Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros freqüentam
diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 57
milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam
um crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante
para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.
Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito ao índice de
analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma queda no índice de
analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002 ). Em 1992, o número de
analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002. Ou
seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do
analfabetismo no Brasil.
Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, aos maiores
investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos. Governos municipais,
estaduais e federais tem dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa
educação tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos bancos
escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) também tem favorecido
este avanço educacional. Tudo isto, aliado a políticas de valorização dos professores,
principalmente em regiões carentes, tem resultado nos dados positivos.
Outro dado importante é a queda no índice de repetência escolar, que tem diminuído
nos últimos anos. A repetência acaba tirando muitos jovens da escola, pois estes desistem.
Este quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que está valorizando
cada vez mais o aluno e dando oportunidades de recuperação. As classes de aceleração
também estão dando resultados positivos neste sentido.
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A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em 1996, trouxe um
grande avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa tornar a escola um
espaço de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e
a formação do cidadão. A escola ganhou vida e mais significado para os estudantes.
No início do século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente
necessidade de mudar a realidade da educação no país. Fato que explicita essa
necessidade é a persistência do analfabetismo. Isso expressa o atraso do Brasil
marginalizando milhões de cidadãos.
Como explicar que um país que se coloca entre as maiores economias do mundo,
não consegue resolver esta problemática?
Em todo o mundo, o desempenho da educação/ escolaridade depende, em parte,
das características da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem, das
condições econômicas, sociais, históricas e culturais. Há uma interdependência entre o
processo educativo e o desenvolvimento social de um país, pois este implica na melhoria
qualidade de vida para a população, independentemente do desenvolvimento econômico.
O país pode ser uma grande economia e não ser desenvolvido socialmente. Nesse caso,
sua população não desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado, como
saúde, moradia, transporte, segurança, e é claro, educação.
Tal situação se constata no Brasil: temos uma economia consolidada, aberta para o
mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no
campo (com super-safras), mas, contraditoriamente, existem milhões de miseráveis; os
desprovidos de políticas públicas sociais resultado da absurda concentração de renda no
país.
Essa realidade se reflete também nos índices de escolaridade verificados na rede
pública conforme dados do MEC :
• 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais são analfabetos. E 33 milhões não
sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados;
• 4,3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão
fora da escola;
• 28% da população com 11 anos ou mais não completam a 4ª série ;
• 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente,
• 52% dos alunos da 4ª série não dominam habilidades elementares da Matemática;13
• entre 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em
Matemática;
• somente 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série;
• 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando no lugar de estudar e mais
de 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.
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Esses dados persistiram mesmo com as políticas educacionais adotadas nos últimos
08 anos do governo federal, quando foi desenvolvida uma reforma educacional nos
diferentes níveis de ensino, especialmente na educação básica. A reforma compreendeu
não apenas
Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também mudanças na forma de
gestão, na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação
centralizada nos resultados, de programas de educação à distância e de distribuição do
livro didático para o nível fundamental, bem como, mudanças na forma de financiamento da
educação. Tais reformas estiveram atreladas aos interesses de agências multilaterais como
o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Unesco, que financiam
projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais com a finalidade de adequar a
educação ao mundo do trabalho.
Como a reforma foi prescrita, sem envolver os grupos que atuam nas bases
educacionais, não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento social
necessário à população marginalizada e excluída.
As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à
municipalização e à nuclearização do ensino.
Educação no Paraná
Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental, segunda etapa da Educação Básica, conforme a LDB nº.
9394/96:
- terá a duração mínima de oito anos, sendo de oferta obrigatória e gratuito na escola
pública, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria.
- será de responsabilidade dos Estados e municípios, os quais deverão definir formas de
colaboração que garantam a sua oferta;
- incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo
progressivamente ampliado o período de permanência dos estudantes na escola,
ressalvados os casos do ensino noturno;
- será ministrado progressivamente em tempo integral.
Este nível de ensino tem como princípio fundamental o desenvolvimento integral do
educando, voltando-se à sua inserção social e ao atendimento da diversidade cultural, o
multiculturalismo e a solidariedade humana, citados na referida Lei:
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I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia das artes
e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Os preceitos legais expressam a importância do Ensino Fundamental no processo
de escolarização da população brasileira, exigindo dos Estados e Municípios a definição de
políticas educacionais que tenham o compromisso com a qualidade do ensino, de forma a
contribuir com a redução das profundas desigualdades sociais e da melhoria das condições
de vida da população brasileira.
É no espaço escolar que se legitimam esses princípios, à medida em que o
comprometimento político educacional reconhece a educação como direito de todo
cidadão, valorizando os professores e todos os profissionais da educação, garantindo
possibilidades de trabalho coletivo pautado nos princípios da gestão democrática. Nesse
processo a reflexão, a criação e o reconhecimento da diversidade cultural no espaço
escolar devem tornar-se elementos fundamentais do seu objeto: o conhecimento.
As especificidades de cada espaço de escolarização, o respeito à diversidade de
atendimento, com suas metodologias específicas e as orientações político-pedagógicas
devem voltar-se para mudanças pedagógicas e estruturais, necessitando reconhecer, em
seus encaminhamentos, o dispositivo da Constituição Federal para o Ensino Fundamental
(Art. 208) que garante, a esse nível de ensino, a gratuidade e a obrigatoriedade como dever
do Estado.
Nesse propósito, pretende-se uma escola que contribua, não só para leitura crítica
de mundo, mas que eduque para a reflexão, a ação e a transformação, a partir do
entendimento dos acontecimentos sociais, econômicos, culturais e políticos, tendo como
base os princípios éticos e políticos, expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental.
Assim sendo, no processo de ensino e de aprendizagem há que se ter como
princípio o conhecimento sobre o educando, em seus aspectos biológicos, psicológicos,
culturais, emocionais, espirituais e sociais, a partir do reconhecimento de que o indivíduo é
múltiplo; todos são aprendentes em potencial e se diferenciam nas formas e tempos da
aprendizagem, que ocorre de forma processual, contínua e sistêmica.
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Dessa forma, as diretrizes, objetivos e metas aqui apresentadas têm o propósito de
contribuir para a efetivação desse princípio, assegurando a qualidade na oferta do Ensino
Fundamental.
Com isso, a formação continuada, a valorização dos trabalhadores em educação, as
condições pedagógicas e de infra-estrutura foram contempladas, tendo em vista:
- a necessidade de redução de número de alunos em sala de aula, respeitando-se as
especificidades do primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental;
- a relevância do processo de construção coletiva do Projeto Pedagógico, de acordo com
as características da comunidade atendida;
- a importância de espaços físicos adequados à realização de atividades pedagógicas,
artístico-culturais e esportivas;
- a relevância das bibliotecas escolares como espaços privilegiados de acesso aos bens
culturais;
- a criação e manutenção de equipamentos culturais em todos os municípios paranaenses
que permitam a ampliação dos espaços de aprendizagem e de acesso aos bens e
equipamentos culturais.
Para que se possa responder as demandas apontadas, é importante pensar a escola
que se quer ter, que se quer oferecer, ou que se precisa ter, e, a partir daí definir o que é
necessário de fato, para criá-las, mantê-las e qualificá-las.
Assim, faz-se necessário apontar caminhos para que se objetive uma escola
comprometida com a socialização do conhecimento historicamente produzido, em que as
contradições de uma prática social excludente sejam enfrentadas, a fim de que se possa
vislumbrar uma sociedade mais justa. Para tanto, é preciso que os diferentes segmentos
sociais estejam engajados nas discussões e no processo de implementação do Plano
Estadual de Educação.
Cabe, portanto, a toda sociedade, às gestões públicas e aos trabalhadores da
educação, o compromisso em garantir o Ensino Fundamental público, obrigatório e gratuito
com qualidade para todos.
O Paraná, um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo governo federal,
induziu a que os municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª série. Por outro
lado, os municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma
educação de qualidade. O processo de municipalização incluiu, como medida
administrativa de economia, a nuclearização das escolas. Isso descaracterizou as
comunidades rurais estimulando a migração, da população do campo para a cidade.
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Como a reforma educacional, priorizou pela autonomia de currículo utilizando–se de
Parâmetros Curriculares Nacionais, esta não atendeu a diversidade sócio-cultural brasileira.
Quanto mais se falou em qualidade de ensino, mais se fragilizaram as aprendizagens. As
novidades organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos objetivos
prioritários da escola.
Pelas pesquisas, ou pela observação direta do que acontece nas escolas, vêem-se
crianças e jovens concluindo as várias fases da escolarização, sem uma mudança
perceptível na qualidade das aprendizagens escolares e na sua formação geral.
Alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem os conhecimentos básicos de
leitura, escrita e cálculos. Essa realidade se faz presente devido a um conjunto complexo
de fatores, entre eles: as condições de trabalho, a formação e remuneração dos
professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo com as
necessidades e demandas da realidade escolar e a flexibilização das práticas avaliativas.
Ao invés de solucionar as questões pendentes de escolaridade como: índices de
evasão e repetência, distorção idade/série, aprendizagem com qualidade, comprova-se que
a última década manteve resultados não satisfatórios para a educação.
Ensino Médio
Desde a consolidação do modelo agrário-comercial exportador dependente, que
sequer estendeu a instrução primária a toda a população, a ascensão social era buscada
na educação, pois esta representava uma oportunidade de ingresso nos poucos cursos
superiores que existiam, concretizando uma forte dualidade estrutural que ainda hoje se
apresenta entre formação humana e propedêutica.
Para que se entenda essa dualidade estrutural, presente na educação escolar
brasileira, do qual o Ensino Médio é a sua maior expressão, faz-se necessário que se tenha
uma visão global do contexto social do qual ela faz parte, enquanto fenômeno social, e
suas relações permanente com a sociedade brasileira e as relações desta com o sistema
econômico, político e social capitalista mundial.
Na verdade, essa situação é um reflexo da organização da sociedade brasileira, de
origem escravocrata, formalizada numa educação para a classe dominante (educação
secundária e educação superior), e outra para o povo (escola primária ou profissional).
Estas duas possibilidades determinavam, para os diferentes indivíduos, a posição a eles
reservada, na divisão social e técnica do trabalho. Aquela dualidade, portanto, vem
identificando historicamente o Ensino Médio, mantendo-o atrelado com a organização e a
permanência da sociedade de classes.
O dualismo toma um caráter estrutural mais acentuado especialmente a partir dos
anos 40, quando a educação nacional foi organizada pelas leis orgânicas e o ensino
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técnico foi regulamentado como um sistema paralelo ao ensino clássico, não havendo
nenhuma equivalência entre os dois sistemas. O ingresso na universidade só era possível
àqueles que tivessem concluído os cursos propedêuticos, geralmente alunos não
trabalhadores.
Entre os anos 1940 e 1960 o contexto político brasileiro era dominado por um
nacionalismo liberal, em que os diversos setores nacionais queriam a industrialização do
Brasil e cujas orientações se dividiam entre duas posições políticas: a defesa da
industrialização pela substituição das importações e a defesa da industrialização pela
desnacionalização da economia. Neste contexto, foi discutida e aprovada a primeira Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, lei 4.024/61, que garante a equivalência entre os cursos
técnicos e os secundários propedêuticos, para efeitos de ingresso nos cursos superiores,
embora mantenha a dualidade.
Após 1964, com a tomada do poder pelos militares e intenção dos mesmos de
internacionalizar a economia, o Brasil tem um rápido crescimento, especialmente entre
1968 e 1973, período chamado por muitos de milagre econômico.
No plano educacional, o governo brasileiro passa a moldar a educação brasileira
segundo acordos firmados com a Agência de Desenvolvimento Internacional, acordos
MEC/USAID, objetivando adequar o sistema educacional ao modelo de desenvolvimento
implantado no País, quando são adotadas políticas educacionais voltadas para a formação
de mão-de-obra qualificada e acelerada, visando aumentar a produtividade e mantendo a
divisão técnica e social do trabalho.
Com o aumento pela procura de empregos, acarretada, inclusive, pela rápida
urbanização, os empregadores passaram a exigir o nível de escolaridade cada vez maior
como modo de seleção preliminar, aumentando a demanda também pela educação
superior. Neste contexto é aprovada a Lei 5.692/71 que institui a profissionalização
compulsória para a educação secundária que passa a ser chamada “Ensino de 2º Grau”,
independentemente da classe social, surgindo com um duplo propósito: o de atender à
demanda por técnicos de nível médio e o de conter a pressão sobre o ensino superior.
Na verdade, o país conseguiu instalar um parque industrial considerável, sem que
fosse preciso recorrer à escola unitária de qualidade para todos, sendo necessária, apenas,
uma base estreita de mão-de-obra qualificada, acrescida de um contingente enorme de
trabalhadores pouco educados e mal preparados para enfrentar os desafios impostos por
sistemas mais complexos.
Por outro lado, as resistências da classe média, que desejava para seus filhos o
acesso à universidade, pressionam mudanças na lei. Diante das pressões, o Parecer 76/75
dá nova orientação, flexibilizando a lei e, finalmente, a Lei 7.044/82 põe fim a
compulsoriedade obrigatória no 2º Grau sem, no entanto acabar com a dualidade.
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Nos anos de 1980, a mobilização pela reconquista das liberdades políticas, num
contexto de mudanças com a instalação da Nova República, leva a promulgação da
Constituição de 1988, que incorpora o direito à educação pública e democrática, e cujas
diretrizes fundamentais estão expostas no artigo 205.
Na década de 1990, as mudanças na política educacional evidenciaram uma outra
orientação política e econômica para o Brasil. A LDB 9394/96 incorpora o Ensino Médio à
educação básica, generalizando o propedêutico, considerado mais adequado e menos
dispendioso diante da rapidez com que o desenvolvimento tecnológico defasava os cursos
técnicos específicos. Assim, todos teriam uma formação geral, de no mínimo 2400 horas,
No Paraná, antecipando-se às reformas, é criado o Programa Expansão, Melhoria e
Inovação do Ensino Médio no Paraná - PROEM, financiado pelo Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) através do contrato nº. 950/OC-BR, assinado em dezembro de
1997, na paridade 60% para o Estado e 40% para o Banco. As negociações com o Banco
iniciaram-se em 1994 e os acertos finais aconteceram em agosto de 1996, antes, portanto,
da promulgação da LDBEN 9394/96 em 20 de dezembro de 1996. Por este Programa são,
praticamente, suprimidos os cursos profissionalizantes em nível médio, que têm sua oferta
reorganizada. A Rede passa a oferecer o Ensino Médio regular, de natureza propedêutica,
e o ensino profissional, subseqüente ao regular, denominado de Ensino Pós-Médio.
A partir do Decreto 2.208/97, novas orientações são postas para a educação
profissional e o PROEM passa a financiar apenas o ensino médio regular, uma vez que os
cursos profissionais passam a ser financiados pelo Programa de Expansão da Educação
Profissional-PROEP, também com financiamento parcial do BID.
O Decreto 2.208/97, assim como a política adotada para a educação profissional no
Estado, contraria a proposta de Ensino Médio da LDB 9.394/96, uma vez que a
profissionalização poderia ser desenvolvida paralelamente ou posteriormente ao Ensino
Médio, rompendo qualquer perspectiva de integração entre formação geral e formação para
o trabalho, contrariando a concepção de escola unitária, tecnológica ou politécnica e
pública. Assim, constituí-se uma regressão, uma oficialização da dualidade, que mantém
duas redes bem diferenciadas de ensino: a propedêutica e a profissional, destruindo a
equivalência e a integração entre elas.
O projeto de Ensino Médio, apresentado nas reformas estadual e nacional, centrou-
se no mercado de trabalho e não na pessoa humana, naturalizando o que chamamos de
dualismo, pois integra.
“(...) os princípios da perspectiva produtivista, baseada numa concepção prática de ensino dualista e fragmentário. A profissionalização se resume ao processo de escolarização necessário ao trabalho, de qualificação para o emprego e o desenvolvimento de habilidades e competências, em função de resultados esperados pelo mercado. Por isso ele [O Projeto de Ensino Médio] pode ser reduzido a um ensino modular, uma vez que tem como perspectiva não a formação humana, mas a obtenção do lucro" (APP-Sindicato. Em defesa da Escola Pública).
17
No período de 1985 a 1995, o número de matrículas praticamente dobrou no Estado.
Esse acréscimo é absorvido pela Rede Estadual Pública, que passa de 135.675
estudantes, em 1985, para 302.017, em 1995, correspondendo a um aumento de 122,60%,
aumentando sua participação percentual no total estadual, enquanto as redes particular e
federal diminuem essa participação quase pela metade, e a municipal mantém-se
praticamente estável.
No período de 1995 a 1999, continua a tendência de expansão, porém, agora, mais
modesta. Nesse período, acentua-se a participação percentual no total estadual, a rede
particular mantém-se estável, apesar de um aumento considerável no número de
matrículas. A Rede Federal mantém a tendência de queda na participação e, a Rede
Municipal, vai deixando de ter participação, nesse nível de ensino.
A partir de 1999, inicia-se uma tendência de queda no total estadual, mas a Rede
Pública mantém sua participação percentual em torno de 88%. Percebe-se, ainda, um
ligeiro aumento na participação da rede particular.
Neste contexto da educação brasileira e paranaense localiza-se a educação no
município de Jacarezinho.
O município está situado no extremo norte do Estado do Paraná, na faixa de
transição entre o 2º e o 3º planalto paranaense, ocupando uma área de 587,679 Km²
segundo o IAP.
Historicamente, Jacarezinho, foi um município que teve uma atuação forte na área
da educação, motivo de ter sido considerado a “capital estudantil do Paraná”, a exemplo do
extinto Colégio Cristo Rei (alugado atualmente para o Colégio Dinâmico, uma escola
particular) inaugurado em 14 de maio de 1933 em cujas dependências estudaram várias
pessoas ilustres, dentre elas Dom Luiz Gastom de Orleans e Bragança, descendente direto
de D. Pedro I. Outra escola histórica é a Escola Imaculada Conceição, inaugurada em 14
de junho de 1930.
Hoje a Educação em Jacarezinho conta com oito Colégios Estaduais, que atendem
alunos do 2º segmento do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pós Médio, Ensino Técnico
e Eja. Na rede Municipal a cidade conta com doze Escolas que oferecem atendimento do 1º
segmento do Ensino Fundamental e as creches que atendem crianças de 0 a 6 anos. E na
rede privada conta com três escolas que ofertam educação infantil e o 1° segmento do
Ensino Fundamental e dois Colégios: Alfa – Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio, Dinâmica – Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Embora a Educação Especial, por ser uma modalidade da Educação Básica,
permeie todos os graus de ensino e seja contemplada em todas as instituições, a cidade de
Jacarezinho conta ainda com duas instituições privadas especializadas que atendem as
18
pessoas deficientes, sendo a APAE (Deficiência Mental), e AJADAVI (deficiência auditiva e
visual).
Ela conta ainda com três Faculdades: Filosofia, (Cursos de: Português
Inglês/Francês ou Literatura, História, Biologia, Matemática, Pedagogia), Educação Física e
Fisioterapia e Direito.
Jacarezinho é sede do Núcleo Regional de Educação, vinculado à Secretaria de
Estado da Educação, que é responsável pela Assessoria Pedagógica dos
Estabelecimentos de 13 municípios da região.
HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio foi
criado e autorizado a funcionar em 18 de fevereiro de 1983, conforme Resolução
Secretarial nº 298/83, publicado no Diário oficial n 1478 de 18 de fevereiro de 1983
ofertando as quatro primeiras séries do Ensino de 1º grau, com o nome de Escola Estadual
“Anésio de Almeida leite”, para atender a comunidade do Conjunto Habitacional Aeroporto,
onde está localizado às margens da BR 153, do município de Jacarezinho.
O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, e a partir de 21 de
fevereiro de 1984, conforme Resolução Secretaria nº. 572/84 de 21 de fevereiro de 1984
publicado no Diário Oficial de 11 de maio de 1985, fica autorizado o funcionamento
gradativo de 6ª a 8ª séries do Ensino de 1º grau regular a partir de 1985.
Em 18 de setembro, foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular conforme
Resolução Secretaria nº. 3.627/87 de 25 de setembro de 19877, publicada no Diário Oficial
nº. 2616 de 25 de setembro de 1987.
Foi autorizado o funcionamento de Classe Especial para portadores de Deficientes
Mentais a partir de 06 de julho de 1987.
Em 12 de novembro de 1990 é implantado o Ensino de 2º Grau Regular com
habilitação em Assistente de Administração e o Colégio passa a chamar-se “Colégio
Estadual Anésio de Almeida Leite” Ensino de 1º e 2º Grau Regular.
Em 1994 foi implantado o curso técnico de Administração, cessando a habilitação
em Assistente de Administração. Ainda em 1994 fica autorizada a implantação de
habilitação em Magistério no período noturno.
Em 1997 foi autorizada a implantação do curso de 2º grau – Educação Geral.
19
O Colégio fundado em 1983 teve como primeira diretora a Professora Maria das
Graças Figueiredo Saad e atualmente tem como diretor o Professor César Augusto Pinto
Ribeiro.
O Colégio funciona nos três períodos e atende 577 alunos ofertando o ensino das
Séries Finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Desde a municipalização do ensino das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, no
ano de 2000, o Colégio foi desmembrado passando a acolher a “Escola Municipal
Professor Johan Probst” que atende os alunos de 1ª a 4ª séries, no mesmo prédio.
CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade em que o colégio está inserido é de baixa renda, situada num bairro
de periferia. Observamos que a organização social não ocorre de forma justa pois o índice
de desemprego e sub-emprego é alto. Temos, em uma maioria significativa, famílias
organizadas de diferentes formas. A má distribuição de renda gera o domínio de poucos
sobre a grande maioria oprimida – tema em grande destaque nos discursos de Paulo
Freire. Esse estado em que se encontra, de uma forma geral, a nossa sociedade, serve
apenas para aumentar o desemprego, a violência, desestruturar as famílias, o que torna o
indivíduo sem perspectiva de vida.
Diante da realidade descrita anteriormente, temos uma escola transcendente de uma
série de mudanças ao longo do tempo, a qual não oferece condições de atender às
diversidades oriundas de uma sociedade problemática e em mudanças. Nossos
profissionais estão carentes de fundamentação, de formação para trabalhar com as
diferenças, da comunidade ser mais participativa; ainda prevalece a visão de uma escola
autoritária e de que trabalha com saberes fragmentados. A escola está fragilizada e
necessita de suporte para que possamos resolver os problemas para uma boa formação de
nossos educandos.
O grupo de funcionários, de caráter administrativo, como secretaria, merenda e
serviços gerais formam, um coletivo de pessoas desmotivadas com seus salários e
inseguras no emprego. Fatores como: falta de recursos, a questão salarial, sobrecarga em
alguns setores, indisciplina de alunos deixam esses funcionários sem motivação para o
trabalho. Reconhecemos sua importância nas relações entre escola-família-comunidade,
observamos que a sua participação no processo ensino e aprendizagem é fundamental,
todos somos partes integrantes da escola.
Em sua maioria, os educadores são capacitados, mas estão desestimulados,
insatisfeitos com o processo educativo; com a jornada de trabalho que não lhes permite
tempo hábil para se dedicar ao preparo de suas atividades e para estudar. Segundo as
idéias de Sônia Kramer, percebemos que está faltando elementos suporte para uma
20
construção positiva de escola. Dentro deste contexto temos a quantidade de aulas que um
professor deve assumir para garantir o seu salário e em diferentes escolas, prejudicando
ainda mais o seu processo de formação. Alguns professores se posicionam de forma
consciente e responsável, conhecendo seu papel e buscando, sempre que possível, a
formação continuada. Envolvem-se em projetos coletivos e por disciplina de forma
compartilhada, buscando a melhoria na qualidade de sua ação em sala de aula.
A professora democrática, coerente, competente, que testemunha seu gosto pela vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta, seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento importante que precisa de ser autenticamente vivido.” (FREIRE, 1996 p.27)
ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA
Quanto à aprendizagem
O tempo vivido na escola, envolve entre outras coisas, o sujeito educando. Nossos
alunos são oriundos de famílias com baixa renda e na maioria das vezes desestimuladas
pela situação social que vivem. Esta realidade reflete um desinteresse pela apropriação dos
conteúdos escolares e como conseqüência, pela própria vida. Para tanto, se faz
necessário, um trabalho com conhecimentos que permitam, ao aluno, participar e atuar na
sua comunidade. Conviver e aprender, absorvendo informações que lhe sejam úteis para
esta realidade é o que precisa ser autenticamente vivido (Idem)
Vale ressaltar a analogia de Sônia Kramer:
Procurei falar da escola como um elemento básico da vida social e cultural, trazendo para o debate quatro aspectos que, no meu entender, são elementos básicos da própria ação da escola: cidadania (água), cultura (ar), conhecimento (terra) e a paixão (fogo). Defendi a idéia de que, articulando esses elementos, é crucial que todos – crianças e adultos – possam, de um lado, apropriar-se dos conhecimentos científicos básicos e, de outro, aprender com a história, com os livros, com o cinema, com a música, a dança, o teatro, com a linguagem e a arte, pois a experiência com essas produções constitui a formação cultural e humana necessária para enfrentar desafios ainda mais graves da vida contemporânea. (KRAMER, 1997, p. 22)
Quanto à evasão e repetência
Quadro 1 Ano Turma
2002 Total de alunos
2003 Total de alunos
2004 Total de alunos
2005 Total de alunos
5ª 168 179 154 158 6ª 103 103 119 116 7ª 106 75 76 85 8ª 80 96 54 56 1º 78 110 104 91 2º 61 64 96 81 3º 65 49 44 72
21
Quadro 2 Ano Turma
2002 Repetência Evasão
2003 Repetência Evasão
2004 Repetência Evasão
2005 Repetência Evasão
5ª 70 15 38 14 44 16 46 24 6ª 29 06 16 10 34 13 38 12 7ª 17 12 09 08 15 10 15 11 8ª 06 13 04 18 14 05 19 06 1º 06 21 06 24 24 13 12 23 2º 07 05 01 11 23 05 08 16 3º 00 04 00 10 19 05 04 08
Quadro 3 Ano Turma
2002 Repetência % Evasão%
2003 Repetência% Evasão%
2004 Repetência% Evasão%
2005 Repetência% Evasão%
5ª 41,6 8,9 21,2 7,8 28,5 10,3 29,1 15,1
6ª 28,1 5,9 15,3 9,7 28,5 10,9 15,1 10,3
7ª 16.3 11,3 12,0 10,6 19,7 13,1 17,6 12,9
8ª 7,5 16,2 4,1 18,75 25,9 9,2 33,9 10,7
1º 7,6 26,9 5,4 21,8 23,0 12,5 13,1 25,2
2º 11,4 8,1 1,5 2,1 23,9 5,2 9,8 19,7
3º 0 6,1 0 20,4 43,1 11,3 5,5 11,1
Analisando esta última tabela podemos observar que no ano de 2002 houve um alto
índice de repetência nas quintas séries com uma melhoria nos anos seguintes.
A entrada dos alunos na quinta série tem sido marcada por dificuldade de integração
às novas exigências, nem sempre explicitada pela escola e que muitas vezes acabam
interferindo no seu desempenho escolar. Basicamente dois fatores concorrem para tais
fatos. Por um lado, os alunos (em sua maioria) estão iniciando a adolescência, vivendo
grandes transformações e procurando construir sua identidade. Por outro lado, são
diferentes professores tratando, como especialistas, as áreas de conhecimento, sem
preocupação com outras questões presentes no cotidiano escolar. Isso acaba fazendo com
que os alunos, progressivamente, percam seu vínculo coma escola, anulando as
expectativas iniciais (aprender coisas novas, vivenciar experiências diferentes) e
provocando o distanciamento entre seus objetivos e os da escola.
Durante as sextas e sétimas séries as repetências começam a diminuir
gradativamente, voltando a aumentar ao final da oitava série. Este comportamento - das
taxas de repetência - agrava-se nos anos de 2004 e 2005. Observamos que é um aumento
significativo devendo ser objeto de estudo do grupo de profissionais deste colégio.
22
A evasão está diretamente associada à repetência.
No quadro três vemos que existe um índice de evasão no primeiro ano do Ensino
Médio. Os alunos se matriculam e até iniciam o ano letivo. Porém, a necessidade de
ingresso no mercado de trabalho acaba por prejudicar a escolarização dos alunos de baixa
renda familiar.
A maioria dos nossos alunos que acabam desistindo do Ensino Médio são
desestimulados em razão das altas taxas de repetência e pressionados por fatores sociais
e econômicos que obrigam boa parte ao trabalho precoce.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:
Não há dúvida que são crianças e jovens dos setores populares os que apresentam
um percurso escolar com interrupções e também os que acabam sendo excluídos da
escola. São muitos os fatores que interferem nesse processo tumultuado de escolarização:
os problemas podem ser ligados a transferências motivadas por mudanças constantes das
famílias (movimentos migratórios), ou o fato de muitos deles precisarem trabalhar para
ajudar no sustento familiar ou para se manter [...] Mas, as condições de ensino oferecidas e
a conflituosa relação desses alunos com a escola acabam sendo fatores também nocivos.
(PCN, 5ª à 8ª séries, Introdução, 1998).
Entendemos que a escola está aquém do que seja interessante para a clientela das
classes desfavorecidas. Urge uma mudança radical para atendermos e respondermos aos
problemas atuais da escola pública. Um deles, por exemplo, diz respeito à formação de
professores.
A formação inicial de professores de quinta a oitava séries precisa ser revista;
feita em nível superior nos cursos de licenciatura, o que em geral não tem dado conta de
uma formação profissional adequada; pois formam especialistas em área do conhecimento,
sem reflexões e informações que dêem sustentação à sua prática pedagógica, ao seu
envolvimento no projeto educativo da escola, ao trabalho com outros professores, com pais
e em especial, com seus alunos.
Já quanto à Formação Continuada dos professores, funcionários administrativos e
serviços gerais acontecem através de cursos, capacitações, em forma de grupo de estudo,
nas várias áreas do conhecimento (oferecidos pela SEED,). Leitura dos textos enviados
pelo NRE, e ainda cada profissional, particularmente, está, dentro de suas possibilidades,
fazendo cursos de capacitação que refletirão em seu trabalho no contexto escolar.
Contradições e conflitos presentes na prática docente
Por mais que nos esforcemos, sempre haverá certa distância entre teoria e prática,
(práxis pedagógica), num ir e vir necessário e benéfico, pois um não pode existir sem o
outro.
23
Nossos professores buscam, ao máximo propiciar condições para que seus alunos
realmente aprendam. No entanto como já nos referimos em outro momento deste projeto, a
realidade dos professores: carga horária sobrecarregada, grande número de alunos por
sala, prestação de serviços em várias instituições escolares e outros, colaboram para a
prevalência em estratégias de aulas mais expositivas.
Relações de trabalho entre todos os segmentos do contexto Escolar
De um modo geral todos buscam o equilíbrio do não conflito, respeitando as opiniões
alheias, mantendo a cordialidade sempre. Tudo com vistas a uma boa convivência.
O desafio é aprender a lidar com as diferenças, que são muitas: gênero, raça, classe
social, maneira de pensar... Olhando para o nosso país, vemos tantas maneiras diferentes
de viver e que precisam ser respeitadas. A riqueza não está em um indivíduo saber muito,
mas em saber partilhar e também aprender com o outro. Ou seja, o saber relacionar-se. É
nesse aprender com o outro que a nossa Escola vem praticando o exercício da cidadania e
da democracia.
Organização do tempo e espaço escolar
O Colégio Estadual "Anésio de Almeida Leite" Ensino Fundamental e Médio,
funciona em três turnos: matutino - 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, vespertino - 5ª a 8ª
séries, noturno –5ª a 8ª séries, Ensino Médio e CELEM.
O colégio hoje conta com espaços adequados para realização de suas atividades
conforme ambientes já mencionado anteriormente, oferecendo boas condições de
trabalhos aos professores e funcionários.
Também dispõe de recursos físicos para o desenvolvimento de suas atividades.
Um dos problemas que aflige nós educadores é o excesso de alunos em sala de
aula que dificulta o trabalho individualizado por parte dos professores, e se o número fosse
menor certamente o aluno poderia adquirir maior e melhor qualidade de ensino.
Percebemos ainda um grande desinteresse por parte de muitos alunos, que vêem para a
escola sem nenhuma perspectiva de vida.
Gestão Democrática·
A Gestão Democrática é o processo que rege o funcionamento da Escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
24
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
A gestão democrática, como decorrência do princípio constitucional da democracia e
colegialidade, que envolve toda a comunidade escolar que é o conjunto constituído pelos
profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a
ação educativa da escola, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.
Falando propriamente sobre o processo de gestão democrática, em nossa Escola,
é uma utopia que temos conquistado pouco a pouco, entendendo utopia, como nos diz
Vítor Henrique Paro em seu livro “Gestão Democrática da Escola Pública”, não como algo
impossível de se conseguir mas como algo que almejamos conquistar.
Conselho escolar – È segmento fundamental para a efetivação do processo
democrático na instituição escolar e todas as vezes que sentimos a necessidade,
consultamos o CE fazemos as reuniões e eles dão seu parecer ou fazem as intervenções
necessárias.
No conselho de classe – toda a assembléia é coordenada pelo diretor e equipe
pedagógica, onde cada segmento dá sua contribuição.
APMF – fazem-se as reuniões conforme a necessidade.
Em relação ao grêmio estudantil, estamos em fase de implementação. Um de
nossos alunos, Dioni Aparecido dos Santos esteve em 2005 na cidade de Faxinal do Céu
fazendo curso sobre o grêmio estudantil e neste ano de 2006 estaremos trabalhando com
vistas a implantar realmente este segmento em nossa escola. A equipe pedagógica,
juntamente com a direção e os professores, fará um trabalho no sentido de ir despertando
os alunos para a participação, iniciativa, reflexão e ajuda na resolução dos problemas
pertinentes ao contexto escolar.
Já a participação dos pais, observamos, neste início de ano, uma crescente
participação. Um interesse em estarem estabelecendo parcerias com a escola em benefício
comum. Todas as vezes que a presença dos pais é solicitada a Escola tem sido atendida.
Sabemos, no entanto que devido às questões culturais, sociais, econômicas e até
espirituais, muitas famílias têm tido dificuldades em educar seus filhos. Estamos
enfrentando uma crescente desestrutura familiar, em decorrência desses fatores citados,
entre outros, que interfere grandemente nas questões escolares. Precisamos desenvolver
estratégias para envolver, tanto os pais, como toda a comunidade escolar e local nas
questões pertinentes a escola, auxiliando as famílias em suas fragilidades, dando-lhes
condições de reflexão sobre seu papel na vida dos filhos.
Enfim, é preciso estimular, de fato, o envolvimento e a participação democrática e
efetiva de todos os personagens da comunidade escolar, nas diferentes instâncias do
sistema educativo, e especialmente, criar mecanismos que favoreçam o seu envolvimento
25
no projeto educativo das escolas. Só assim poderemos realmente contribuir para baixar os
índices de evasão e repetência localizados em nosso colégio e garantir não somente o
acesso da comunidade à Escola, mas sua permanência e sucesso.
Critério de organização da hora atividade
Embora saibamos que a Hora Atividade deva ser utilizada, não só para planejar
aulas, fazer livros de chamada ou corrigir provas, como também para troca de experiências
de professores da mesma disciplina, repasse de reuniões da SEED, leitura das diretrizes,
construção, leitura e análise do PPP... Etc., na prática temos dificuldades para desenvolver
tantos procedimentos devido à sobrecarga do professor, já é sabido de todos, a
impossibilidade de reunir dois ou mais professores de uma mesma disciplina... etc.
Assim sendo, procuramos nesses horários fazer esses repasses, mas em grande
parte a Hora Atividade é utilizada, até a pedido do professor, para fazer o que citamos
acima, utilizam essas horas para planejar sua aulas, corrigir provas... Etc. E a equipe
pedagógica procuram pelos professores para juntos:
- Identificar e analisar as dificuldades coletivas e individuais dos alunos para
os respectivos encaminhamentos
- Identificar os alunos que necessitam de sala de apoio
- Orientar nos procedimentos necessários
Inclusão
Quando nos referimos à inclusão, de uma forma mais ampla: respeito às
diferenças étnico-raciais e culturais, respeito as diferentes condições socioeconômicas, que
interferem no processo ensino-aprendizagem é claro que estamos promovendo-a em nossa
escola.
Não recebemos ainda nenhum aluno com deficiência física, motora, auditiva,
visual ou mental grave, mas temos alunos que apresentam um atraso no desenvolvimento
da aprendizagem, com atraso série/idade que requerem atendimento especial que nossa
escola tem se esforçado para oferecer. Para as quintas séries, temos as salas de apoio,
mas quanto às outras séries o número de alunos por turma é grande, o que gera certa
ansiedade dos docentes por não poder atendê-los conforme precisavam ser atendidos.
Entendemos que não é o simples fato da ocupação do espaço “sala de aula” que
faz da inclusão uma realidade. Precisamos de mudanças no aspecto físico da escola,
recursos humanos capacitados e especializados para apoiar os professores em sala de
aula.
A inclusão é com certeza um grande desafio, pois seria ideal que todas as idéias
se fundissem entre todas as disciplinas no caminho de um mesmo objetivo o de dar
26
atendimento a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais. Com certeza,
sabemos dessa responsabilidade, mas, estamos longe de atingir este objetivo, pois temos
carência de uma estrutura física adequada, de um preparo maior nas questões científicas
no que se refere às várias necessidades especiais, de cada caso em particular.
Sabemos que a escola deve se organizar dentro de sua própria estrutura e nos
vários segmentos, no que diz respeito a atender as necessidades especiais de seus alunos,
seja de caráter transitório ou permanente, mas, para que isto seja verdadeiramente
efetuado, não basta só a boa vontade dos profissionais que atuam nos estabelecimentos
de ensino, o apoio maciço e interessado nestas questões, terá de ser prioridade da política
governamental.
MARCO CONCEITUAL
IDEÁRIO QUE NORTEIA O CAMINHO
5 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO COLÉGIO
O Marco Conceitual é a referência para a construção de um ideário que norteia o
caminho para onde vamos e o que pretendemos em relação ao ideal de ser humano,
sociedade, educação e sustentado em princípios éticos.
A construção do Ato Conceitual possibilita vislumbrar a utopia do ser humano e da
sociedade. A visão ideal de ser humano é aquela que o vê como um ser singular com
capacidade de amar, questionar, refletir, aprender, transformar e interagir com a realidade
que o rodeia. Um ser humano, com possibilidades para desenvolver as suas capacidades e
superar seus próprios limites numa vida em harmonia com a natureza, família e sociedade.
O seu desenvolvimento acontece alicerçado em valores de justiça, lealdade, dignidade,
bondade e solidariedade, tornando-o um ser ético.
Queremos formar sujeitos compromissados com a comunidade em que vivem,
capazes de refletir sobre os conflitos que enfrentam na busca de soluções e dialogar de
maneira respeitosa e crítica; pessoas conscientes e capazes de resolver problemas do dia-
a-dia, desenvolvendo o espírito crÍtico de cidadania. Uma formação mais humana.
Queremos esta sociedade justa e coerente com a realidade, para que o nosso
trabalho tenha êxito, visto que nossos educandos são frutos de uma sociedade
problemática, portanto, é de extrema importância que a mesma venha refletir sobre o futuro
de nossos jovens e adultos. Desejamos um ambiente mais fraterno, cooperativo, com
igualdade de oportunidades e que tenha sempre incentivo coletivo. Nosso sonho é uma
sociedade mais justa, democrática, solidária, inclusiva e consciente.
Vivemos em uma época em que novos temas devem ser abordados, oriundos de
uma necessidade social global. Nas últimas décadas presenciamos o surgimento de
27
discussões sobre o meio ambiente, ética, orientação sexual, pluralidade cultural e trabalho
e consumo. Ao discutirmos os saberes necessários prevemos a sociedade que queremos
para viver.
Quando falamos que a ética seria o saber necessário, entendemos que seus
conteúdos ditam uma sociedade ideal, com justiça, solidariedade, diálogo e respeito mútuo.
São saberes aplicáveis às práticas do cotidiano, construídos historicamente pela
humanidade e/ou pela comunidade local. Observamos que temos conhecimentos
essenciais à formação do indivíduo que aliados aos conhecimentos já existentes façam
diferença em sua vida. Assim educando passa do não domínio ao domínio do saber
sistematizado. E que, esses saberes sejam relevantes ao seu desenvolvimento.
E que papel específico a escola precisa exercer em relação ao saber? O de
incorporar as diferenças combatendo a desigualdade; o de assegurar – no plano social e
cultural – a posse do conhecimento, como defendo no plano econômico e político social a
posse da terra, pois o que possibilita a superação da particularidade é o conhecimento
universal e, sobretudo, a compreensão da história. Vejam vocês que, ao falar de
conhecimento, acabo falando de cidadania e esse é um ponto básico a ser reafirmado, [...]
o trabalho básico da escola – de ensinar, de assegurar a reapropriação do conhecimento –
é um serviço que ela presta na (e para a) construção da cidadania. (KRAMER, 1997, p. 17)
Precisamos de uma escola, cuja educação priorize os valores culturais de sua
clientela, como preconiza a Deliberação nº 04/06, que institui normas complementares às
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, sendo esta o ponto de partida para o
desenvolvimento das atividades curriculares. Trabalhando com estes conhecimentos
podemos prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de
tomada de decisão; sem autoritarismo, rigidez hierárquica, individualismo e comodismo e
estimulando o respeito às diversidades.
Uma escola assim, de qualidade, com participação ativa da comunidade poderá
acompanhar melhor as mudanças de informações e valores. Quem sabe pode até
conseguir sua autonomia emancipadora. Para sair do pensamento e se tornar realidade, a
escola precisa de condições básicas para atender, de maneira eficiente, as necessidades
peculiares de seus educandos.
[...] a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a construção do projeto político pedagógico Assentado na concepção de sociedade, educação e escola que vise a emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se constituir como processo, o projeto político-pedagógico reforça o trabalho integrado e a organização da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja o seu objetivo político-pedagógico (VEIGA, 1996 p. 157)
Sendo fundamental para a ação educativa, o projeto político-pedagógico revela qual
processo interativo deverá existir entre professores e alunos. Auxiliando este trabalho,
28
temos como apoio o livro de Paulo Freire, Pedagogia da autonomia – saberes necessários
à prática educativa (1996). No Capítulo 1 “Não há docência sem discência” observa que:
É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado formar-se-a ao ser formado. [...] Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (FREIRE, 1996, p.25)
No cotidiano da escola, o professor deve perceber o aluno como possuidor de
valores e de necessidades que podem ser muito diferentes das suas. Ajudá-lo,
considerando em si mesmo as limitações de conhecimentos e da sua visão de mundo,
requer desse professor uma postura de aprendiz desejoso de conhecer e compreender o
universo do outro.
O Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio, tem em sua base
filosófica uma concepção de ser humano que possui consciência de si mesmo, que se
caracteriza como um ser crítico, com auto-estima elevada, justo e leal aos princípios da
ética e da moral que delineiam a conduta humana. O homem é capaz de pensar sobre seu
existir, fazer uma análise do passado e projetar seu futuro.
A liberdade é inerente ao ser humano e permeia suas ações quando não impedida
por atitudes externas que, no seu pleno gozo, faz prevalecer o direito ao exercício da
cidadania.
Enfim, o modelo de sociedade que se pretende é aquela que tenha uma atuação
participativa, menos alienada, capaz de fazer reflexões críticas, e de apontar soluções para
os problemas. Que seja igualitária e ofereça oportunidade a todos. Pautada em valores de
igualdade, liberdade, solidariedade, respeito, lealdade e justiça.
A construção de uma sociedade ética, participativa e atuante em que a população
seja verdadeiramente o ator do palco social, tem por base o envolvimento e o
comprometimento de todos os segmentos da sociedade num efetivo exercício de cidadania.
A comunidade escolar buscará a motivação para o compromisso ético e social com
os usuários do com o serviço público, assumindo o papel de protagonista na transformação
social. Neste sentido, a formação de professores na e para a escola, poderá influenciar
decisivamente no modelo dos serviços educacionais prestados a população.
Ancorado nas discussões de grupo, norteada no processo educativo em
desenvolvimento, (DCES) e fundamentada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação), ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e Constituição Brasileira, o
Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio considera a educação
como o processo do viver humano de forma subjetiva e objetiva nos indivíduos e na
comunidade, na harmonia com a natureza, na livre expressão do pensamento e no bem-
estar físico-psico-social-espiritual.
29
Nossa escola, também considera a educação como o processo de interagir para o
desenvolvimento integral do ser humano, respeitando a individualidade, as crenças, os
valores morais, culturais e éticos e os princípios que regem a dignidade humana,
propiciando atitudes reflexivas que possibilitem a transformação da realidade, incluindo
todo cidadão, em cumprimento a lei 9394/96 em seu artigo 4º e a deliberação 04/06 que
trata do respeito às diferenças.
É filosofia de a nossa Escola promover a Inclusão de todo e qualquer cidadão. O
acesso, como garante a lei, de todos os cidadãos que a ela recorrerem. E não pensamos a
inclusão apenas como direito de acesso à educação, mas, como falamos anteriormente,
um direito verdadeiro, do acesso e também da permanência do indivíduo, em uma escola
de qualidade. Isso para pessoas advindas das mais diversas condições de aprendizagem
e das diferentes situações socioeconômicas, pois acreditamos ser essa uma das grandes
riquezas da escola: a possibilidade de conviver e aprender com as diferenças, no exercício
do amor, da tolerância e do respeito uns com os outros. Uma riqueza social enorme que
deve ser explorada para o bem comum.
A Inclusão Educacional que queremos não é só do indivíduo deficiente, mas
também de todos os indivíduos com necessidades educacionais especiais. Isso quer
dizer, tanto as pessoas com alguma deficiência: física, auditiva, visual, da fala ou mental;
(em cumprimento a lei 9394/96 Art. 4o), como também aquelas com necessidades
educacionais especiais, de caráter transitório ou permanente, que qualquer indivíduo pode
ter em decorrência de um acidente, cirurgia, doença, instabilidade emocional, mudança de
escola, dificuldade em aprender um conceito ou ainda devido a condições socioeconômicas
e culturais.
Precisamos promover a inclusão também dos alunos pertencentes as mais
diferentes culturas, etnias e raças, valorizando-as e respeitando-as, para que essas
diferenças não sejam motivos de repetências e evasões, e sim de riquezas a serem
trabalhadas. (Educação das Relações Étnico Raciais Deliberação 04/06).
Dentro dessa perspectiva é que a nossa escola faz opção por uma pedagogia
progressista, acreditando na construção de uma sociedade justa e democrática. “A
pedagogia Histórico-Crítica” da qual nos fala Gasparin, em seu livro “Uma Didática para a
Pedagogia Histórico-Crítica”, e Saviani no livro “Escola e Democracia”. Ela não
desconsidera nenhuma outra pedagogia, mas as incorpora a si, construindo conhecimento.
O principal fundamento dessa pedagogia é a teoria da Curvatura da Vara, da qual nos fala
Saviani, também em seu livro, “Escola e Democracia”, (1994, p. 48), teoria que consiste na
idéia de viajar entre todas as pedagogias para então incorporar a si, tudo aquilo que foi
válido e deu certo no processo ensino-aprendizagem ao longo dos tempos e nas diferentes
abordagens pedagógicas. Assim respeita todas as diferenças, inclusive os diferentes
tempos em que o indivíduo aprende.
30
Diante dessa busca a Escola concebe Educação como um direito de todos,
garantido em lei, que visa o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal, 1988, Art. 205). Assim procura
desenvolver um trabalho que de condições às diferentes camadas socioeconômicas de se
apossarem do conhecimento científico, que lhes permitirão proceder à crítica dos
mecanismos sociais de dominação com intenção de desmascarar as desigualdades
sociais, explicitando a ligação entre educação e realidade social com o papel da escola na
sociedade.
Concluindo este texto, fica registrado aqui o que Paulo Freire observa:
A professora democrática, coerente, competente, que testemunha seu gosto pela vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta, seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento importante que precisa de ser autenticamente vivido.” (FREIRE, 1996, p.127)
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, em seu artigo
segundo e terceiro, a Educação, dever da família e do Estado, inspiradas nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho e será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extra-escolar;
XI – vinculação entre a experiência escolar, o trabalho e as práticas sociais.
31
OBJETIVOS DA ESCOLA Expressos na LDB e nas Diretrizes Curriculares, o Ensino Fundamental no Brasil
tem por objetivo, no texto da Lei, no seu artigo 32, de modo geral, que este nível de ensino
deva dar ao cidadão a formação básica. Os objetivos se definem em termos de
capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social,
ética e estética, tendo em vista uma formação ampla.
“O Objetivo Geral do Ensino Fundamental é utilizar diferentes linguagens – verbal,
matemática, gráfica, plástica, corporal – como meio para expressar suas idéias, interpretar
e usufruir das produções da cultura.”
Os objetivos mencionados abaixo, concretizam as intenções educativas: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” .
FINS EDUCATIVOS E MISSÃO DA ESCOLA
Como nos diz Luckesi: “Educar para a cidadania, ou seja, garantir aos educandos
condições de criticidade, o que significa conhecimento e comprometimento político”. (1991
p. 136)
A missão da Escola é criar condições físicas, materiais, afetivas, psicológicas e
sociais para que os indivíduos adquiram instrumentos culturais necessários para a garantia
e o desenvolvimento da luta por uma sociedade igualitária para todos os seres humanos. A
Escola precisa propiciar situações onde os seus alunos adquiram bons, adequados e
saudáveis hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de aprendizagem, de conquista,
tanto individual quanto coletiva.
Sabemos ser necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem-ensino,
uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza.
Nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados
sobre os conteúdos da aprendizagem. O aluno deve construir seu próprio conhecimento,
sendo o professor o mediador desse processo.
32
Assim assentada nos princípios de uma gestão democrática: participação,
autonomia e liberdade e desenvolvida na relação dialógica, da qual nos fala Paulo Freire, é
que a instituição escolar Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, pretende numa ação
conjunta lutar por uma sociedade mais justa e humana, que ofereça condições a todos de
se desenvolver e tomar posse de seu papel de cidadão, usufruindo de todos os direitos e
comprometendo-se com seus deveres.
CONCEPÇÃO DE ENSINO E AVALIAÇÃO
Todo bom ensino começa, caminha e termina com a avaliação da aprendizagem,
sem a qual não se constrói uma boa escola, e sem uma boa escola não se constrói bons
cidadãos.
A avaliação deve ser contínua e permear todo o processo ensino-aprendizagem.
Não com caráter de mera constatação ou classificação, mas com caráter transformador,
comprometida com a promoção da aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos os
alunos.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A Gestão Democrática tem por princípio a participação efetiva de todos os
seguimentos da comunidade escolar, nas decisões, eventos, reflexões e ações que dizem
respeito à instituição escolar. No entanto cada membro precisa ter seu papel e função
definida, todos convergendo para o mesmo ideal e bem comum.
A partir desse ideal, na participação e uso da autonomia e liberdade, é que:
professores, equipe pedagógica, alunos, pais, funcionários e diretores, constroem um
projeto com vistas a desenvolver uma comunidade crítica, consciente de seus direitos e
cumpridoras de seus deveres, com condições de transformar sua realidade, traçando
metas para um futuro promissor.
Cabe ao gestor da unidade escolar propor e viabilizar meios para que todos os
órgãos colegiados da Escola possam atuar plenamente, planejando, executando e
avaliando o projeto da escola.
Pressupostos para a Gestão Democrática:
- Capacitação de todos os seguimentos escolares;
- Consulta permanente ao coletivo escolar:
- Institucionalização da gestão democrática:
33
- Lisura nos processos de definição da gestão democrática, p.p.p. da escola.
- Agilização das informações e transparência nas negociações no âmbito da
escola e fora dela.
Acreditamos que a participação é a mola mestra na conquista de uma escola
genuinamente democrática e humanizadora. Na participação as pessoas se
comprometem, no compromisso as pessoas se empenham e torcem para que as coisas
realmente funcionem e nesse sentido é que vamos vencendo todos os desafios.
“O ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto.” (Paulo Freire. 1997, p. 119)
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é o órgão que representa a Comunidade Escolar, ele delibera
consulta e avalia sobre concretização dos trabalhos pedagógicos e administrativos dentro
da instituição escolar para que tudo fique de acordo com as Políticas Educacionais, levando
em conta sempre: A Constituição Federal, Estadual ou Municipal, a LDB o ECA e o
Regimento Escolar para cumprir a principal função específica da escola que é o Social.
Tem como objetivo, realizar democraticamente a gestão escolar, presenteando a
coletividade em conformidade com o Projeto-Político Pedagógico, promover a participação
da Comunidade Escolar nas decisões específicas do trabalho pedagógico escolar.
Promover desafios de cidadania fazendo com que a escola pública tenha apesar de
gratuita, boa qualidade no seu propósito. Também organiza trabalhos pedagógicos na
Escola de acordo com interesses específicos e legais. Avalia trabalhos pedagógicos
elaborados pela escola junto à Comunidade Escolar. Garante a função social na qual a
Escola se propõe pautados nos ideais do mandato democrático.
Adota-se a expressão Conselho Escolar seguindo a tradição educacional. No setor
educacional, a tradição consagrou o termo conselho seguido da especificação da área
institucional de abrangência – no caso, conselho nacional, estadual e municipal de
educação – para distinguir das demais áreas de ação governamental. Seguindo essa
tradição, a LDB e a maioria dos sistemas de ensino adotaram o termo Conselho Escolar,
simplesmente. O acréscimo da especificidade – conselho escolar de educação ou de
ensino – seria redundante, uma vez que esta é a especificidade da instituição escola.
O conselho tem um significado próprio, inerente à própria natureza da escola. Em
certo sentido, é retomada a concepção original dos conselhos, que se constituíam em
instrumentos de tomada de decisões coletivas e era a própria expressão do Estado e da
comunidade. Ou seja: o Conselho Escolar se constitui na própria expressão da escola,
como seu instrumento de tomada de decisão. O Conselho escolar representa a própria
escola, sendo a expressão e o veículo do poder da cidadania, da comunidade a quem a
escola efetivamente pertence.
34
Os Conselhos Escolares na educação básica, concebidos pela LDB como uma das
estratégias de gestão democrática da escola pública, tem como pressuposto o exercício de
poder, pela participação, das “comunidades escolar e local” (LDB, art.14).
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
A Associação de pais e Mestres, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de
representação dos Pais e Mestres deste estabelecimento de ensino, não tendo caráter
partidário, racial nem fins lucrativos, cuja finalidade é a integração entre a escola, família e
a comunidade para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem, através de
aproximação entre os educadores, pais e educandos.
A Associação de Pais e Mestres do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite –
Ensino Fundamental foi fundada em 17/09/1984 foi registrada no Serviço Social Escolar
sob n.º 1869, n.º 62 livro A/01 fls. 193.
A Associação de Pais e Mestres deste estabelecimento possui estatuto próprio,
onde estão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições dos responsáveis.
Tem o papel de promover integração entre família, escola e comunidade, prestar
auxílio aos professores, educandos e funcionários assegurando a total eficiência da Escola.
Promover integração dos diversos segmentos da sociedade organizada visando
sempre à realidade da Comunidade Escolar. Facilita ao educando condições de participar
dos processos decisórios na escola, representar interesses da comunidade, fazer ou
promover entrosamento entre os segmentos escolares. Administrar finanças, acompanhar o
cumprimento da Proposta Pedagógica, promover encontros onde envolva professores,
alunos, funcionários e comunidade escolar, promovendo uma real integração com a
finalidade de melhorar a união entre os vários segmentos da Escola Pública.
CONSELHO DE CLASSE
O conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino,
tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Supervisor de Ensino, pelo
Orientador Educacional, pelo Secretário(a) e por todos os professores que atuam numa
mesma classe.
A presidência do conselho de Classe ficará a cargo do Diretor que, em sua falta ou
impedimento, será substituído pelo Supervisor ou Orientador.
35
São atribuições do Conselho de Classe:
I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e
aprendizagem;
II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a
melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de
aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância
com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os
dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;
V. estudar cada caso sem distinção, pois todos têm direto, analisando como um todo
levando em consideração as suas limitações;
VI. conceder resultado de aprovação ou reprovação somente após de análise criteriosa
de cada aluno, independentemente do número de disciplinas em que o mesmo tenha
ficado abaixo da média;
VII. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno
para série/etapa subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais,
levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VIII. receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas) horas úteis
após sua divulgação em edital.
FORMAÇÃO CONTINUADA
Adjetivar como "continuado" um processo educacional é já admitir certa concepção
de educação. Para aqueles que compreendem – e reduzem – a educação à formação
intelectual, e concebem esta como o domínio do conjunto de conhecimentos – ou ao menos
parte dele – relativo a uma área, trata-se de estar sempre a atualizar os sujeitos,
informando-os sobre os novos descobrimentos da ciência e suas conseqüências para a
ação no mundo do trabalho (no caso dos professores, no seu mundo de trabalho, aquele do
ensino).
Radicalizando a divisão social do trabalho, aprofundada a distância entre a
produção de conhecimentos, sua transmissão e sua transformação em senso comum no
mundo do trabalho e da vida, tratam-se, no mundo da ciência, de produzir e acumular
conhecimentos sobre a natureza das coisas. Por outro lado, trata-se de transferir esse
"corpo sólido" àqueles que usam esses conhecimentos e os transformam em instrumentos
de produção de outros bens, aí incluídos os bens culturais.
A essa separação corresponde outra: aquela entre conhecimentos e saberes, que
graficamente elege a barra como símbolo de tal separação [conhecimentos/saberes]. No
universo simbólico do exercício de qualquer profissão, há um conjunto de conceitos,
referências, signos que resultam da prática transformadora do trabalho em busca de
36
soluções para as questões postas pelo cotidiano. Considerando esse conjunto de respostas
como saberes produzidos na prática, a educação continuada que mantém a separação
entre produção e utilização de conhecimentos, entre sujeitos e conhecimentos, não só
desvaloriza os saberes, mas também os sujeitos que os produzem.
No caso da "capacitação" ou "qualificação" de profissionais do ensino, a história de
numerosos programas, sustentados em tais perspectivas, mostra que acabam agindo como
se o exercício da docência fosse sempre um tempo de desgaste, de esvaziamento.
A prática da capacitação está ligada à concepção da própria prática docente. Essa
concepção, hoje, de que o docente é aquele que tem uma série de conhecimentos ou que,
pelo menos, deveria ter, e tem como função passar esses conhecimentos para o aluno.
Então, a prática de capacitação vem a ser você passar, para esse docente, esses
conhecimentos, o que equivale a "encher a cabeça" dele desses conhecimentos, para que
ele os repasse ao aluno. Essa concepção tem o conceito de “educação bancária”, para o
educador Paulo Freire. O professor é uma vasilha onde o capacitador deposita o
conhecimento. Quando o professor passa esse conhecimento para o aluno, é como se ele
estivesse esvaziando a cabeça. Então, ele tem de voltar à capacitação para receber,
encher a cabeça de novo, para depois despejar o que ele já aprendeu em cima do aluno.
Embora a expressão "continuada" recoloque a questão do tempo – e nesse sentido
poderia enganosamente remeter à irreversibilidade e à história –, pratica-se uma educação
continuada em que o tempo de vida e de trabalho é concebido como um "tempo zero". Zero
porque se substitui o conhecimento obsoleto pelo novo conhecimento e recomeça-se o
mesmo processo como se não houvesse história; zero porque o tempo transcorrido de
exercício profissional parece nada ensinar. A cada ano letivo, uma nova turma, um novo
livro didático, um novo caderno intacto. Zerado o tempo, está-se condenado à eterna
repetição, recomeçando sempre do mesmo marco inicial.
No entanto, são os saberes produzidos na escola, junto com outros colegas e
alunos, que iluminam e dirigem as práticas mais significativas do processo de formação
social e intelectual a que se dedicam professores e alunos.
É aproximando conhecimentos apreendidos – na formação inicial ou ao longo do
exercício profissional – às experiências e saberes construídos na prática pedagógica que o
professor produz rupturas. Se à noção de recomeço ou repetição, determinada pelo tempo
zero, contrapusermos o tempo de vida como a irreversibilidade de um fluir constante em
que nos acontecem experiências, podemos romper com o passado sem que o tempo
anterior deixe de existir e informar o novo que se constrói. Se aparentemente a noção de
"educação continuada", inclui o tempo, de fato reafirma a exclusão do tempo real. Em
contraste, o sentido que queremos dar a tempo é de tempo de produção, tempo de vida – o
que inclui, na continuidade, a ruptura. A estabilidade superficial do viver é produto da
desordem entre continuidades e rupturas. Sem estas não existe aquela.
37
Em geral se crê que a formação inicial opera com conhecimentos (teoria) e a
educação continuada extrai da experiência profissional saberes (prática), quando
efetivamente conhecimentos e saberes são concomitantes a ambos os momentos da vida
dos sujeitos. A separação comumente posta entre esses momentos é conseqüência do fato
de se imaginar que, na formação inicial, nos cursos de graduação, os sujeitos envolvidos –
professores e alunos – não produzem saberes, quando pesquisas sobre o ensino superior
vêm apontando os inúmeros saberes que perpassam a formação universitária.
É preciso cobrar dos estudos pedagógicos que não limitem seu objeto de pesquisa à
atividade do aluno e do professor, sem um sólido quadro teórico que leve em conta qual é e
qual deve ser o conteúdo do ensino e, portanto, o conteúdo da formação do professor e da
aprendizagem do aluno. Esse viés, responsável por um ativismo pedagogista que
ilusoriamente induz a pensar que o ensino é moderno porque "ativo", baseia-se num
conceito limitado da didática. De fato, desde Erasmo na Idade Média, didática não é a
escolha do método ou técnica de ensino, ainda que essa etapa final seja muito importante,
mas o que a antecede: o estudo da relação entre aquilo que o professor sabe ou deve
saber e aquilo que precisa ser aprendido pelo aluno.
No Brasil, está bastante disseminada a concepção de que o conhecimento se
constrói, e se constrói em situações socialmente determinadas. Essa teoria, que é em
princípio benéfica para a educação, não deve, no entanto, substituir os estudos sobre como
se organiza a situação de aprendizagem para que o aluno construa ou reconstrua o
conhecimento. A ausência dessa segunda parte leva à falsa noção de que a situação de
ensino precisa ser desestruturada para ser construtivista, o que seria a negação da
didática.
A escola deve oferecer ao professor e como colorário aos seus alunos a
oportunidade de discutirem sobre essas teorias que a didática trás à tona nesta época em
que vivemos.
O governo do Paraná, através da SEED, oferece momentos aos professores e
funcionários, para que, durante o ano letivo se organizem para estudos e discussões
coletivas. Muitas vezes acontece fora da escola, no próprio município ou em outros
espaços de capacitação.
Acreditamos que o melhor espaço para a formação continuada seja a própria escola.
Ela deveria ser um centro de capacitação dos educandos, dos professores e dos
funcionários.
Temos encontros no início e no meio do ano letivo. Além destes trabalhos coletivos o
professor, dentro de sua jornada de trabalho, tem a hora atividade. Neste momento ele
deve ser agrupado por disciplina e com orientação do pedagogo da escola, desenvolver
estudos pertinentes à sua necessidade.
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A realidade particular de cada estabelecimento de ensino permite organizar
processos diferentes de formação continuada. O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite
desenvolve seus trabalhos coletivos de início e meio de ano de acordo com o proposto pela
SEED. Alguns professores e funcionários participam isoladamente de encontros
promovidos pela SEED.
ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE E REUNIÃO PEDAGÓGICA
O professor tem um momento na escola denominado de hora/atividade. Esse
momento existe em atenção a uma reivindicação da comunidade escolar para que o
professor possa se reunir, por disciplina, com os demais para debaterem, discutirem e
refletirem sobre sua prática.
Momento que deve ser de estudos reflexivos sobre sua prática pedagógica, em
busca de um melhor aprimoramento das aulas. É a oportunidade de o pedagogo intervir no
trabalho do professor, acompanhando dando-lhe subsídios e avaliando se as metodologias
empregadas estão em consonância com o projeto da escola com a proposta metodológica
que a escola trabalha e principalmente se o professor está aplicando em sua prática o que
redigiu e pensou no seu planejamento.
Já em relação à reunião pedagógica, na medida do possível e nas datas previstas
em calendário escolar a escola se reúne para discutir textos encaminhados pelo NRE e
outros que a Equipe Pedagógica, juntamente com a direção e o conjunto de professores,
julga necessários.
Ela é um momento extremamente importante para o corpo docente e equipe
pedagógica se reunirem para estudos, reflexões e análise da prática em sala de aula a fim
de avaliar o sistema de aprendizagem e aprimorá-lo atendendo da melhor forma possível
as necessidades dos alunos. Portanto ela deve acontecer pelo menos ao fim de cada
semestre.
A escola não quer deixar de exercer o seu papel, quanto à formação contínua de
seus professores, mas ao mesmo tempo não tem condições para executá-la totalmente, da
forma prevista pelo estado.
6 - ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
O Tempo e o Espaço Escolar é um local em dado momento da vida do indivíduo que
ele deveria Ter a oportunidade de compreender a relação dialética entre o homem e a
natureza e a cultura de seu tempo. Para que isso se efetive faz-se necessário um pensar
pedagógico consciente por parte da Escola. O tempo escolar compreendido é a vivência
pedagógica dos alunos no ambiente escolar que servirá de base de aprendizagem para
toda a vida.
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A Escola funciona como mediadora entre o aluno e o conhecimento científico, isso
quer dizer que ela não pode achar-se dona do conhecimento, mas de uma forma
interdisciplinar e contextualizada, aproveitando as experiências dos alunos, e respeitando
suas individualidades: ritmo, tempo de aprendizagem, conhecimento que traz consigo,
cultura...etc., promover condições para a aprendizagem dos conteúdos historicamente
acumulados pela sociedade e principalmente para o exercício da democracia.
Exigir que todos aprendam como se fossem iguais é um dos pontos de ancoragem
da exclusão na Escola pois aprendemos de acordo com as experiências individuais.
Segundo Freitas (2004), além de ser respeitado o ritmo e o tempo de cada aluno é preciso
que ele tenha ajuda diferenciada para compreender um conteúdo.
A Escola precisa atentar para uma organização curricular que privilegie as relações
recíprocas entre vivência, conteúdo e realidade.
7 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA
A organização curricular de nosso Estabelecimento de Ensino se dá através de
disciplinas, onde o professor de forma contextualizada procura atender as individualidades,
as diferenças étnico-raciais, (deliberação 04/06) e necessidades educacionais especiais de
seus alunos, com aulas de 50 minutos distribuídas de acordo com a Matriz Curricular
proposta pelo Colégio respeitando tanto a base comum quanto a parte diversificada.
O Conselho Estadual de Educação, por meio da deliberação N.º4 de 1999,
determina: base comum 75% da carga horária, parte diversificada 25% da carga horária de
escolha do estabelecimento de ensino.
8 - CONCEPÇÃO CURRICULAR - O PAPEL DO CURRÍCULO NA FORMAÇÃO
HUMANA DO ALUNO, OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DA PRÁTICA DOCENTE
Currículo é muito mais do que o conteúdo a ser aprendido, significa todos os
processos da vida escolar. Tudo aquilo que contribui para a construção de melhores
comunidades e um futuro melhor.
O currículo existe na vivência das pessoas: As relações humanas na sala de aula,
os métodos de ensino, as relações entre os
conteúdos/contextualização/interdisciplinaridade e as avaliações que permeiam o processo,
constroem o currículo. Ele deve visar à melhoria na vida do indivíduo e da comunidade.
Faz parte da construção e desenvolvimento do currículo definir que conteúdos
serão abordados, mas imprescindível que se avalie em que esses ajudarão o aluno, qual
sua implicância prática e social. E importante ainda, através dos conteúdos abordar
questões éticas, raciais, sociais, econômicas, respaldado e em cumprimento às leis que
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regem a Educação, desenvolvendo o senso crítico, a consciência dos alunos e respeitando
seu ritmo, prevenindo a exclusão e a repetência.
Com essa abordagem asseguramos o respeito e a tolerância às diferenças
individuais. Tomando então por desafio a luta pelas desigualdades e o reconhecimento das
diferenças. E centralizando nossos esforços, não na deficiência, mas nas possibilidades de
aprendizagens do educando e nas estratégias que vamos lançar mão para alcançar nossos
objetivos, como nos diz CARVALHO,
“É importante destacar que ‘ especiais’ devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e a participação de todos os alunos”. (2000, p17).
O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas,
político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de
recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula,
conforme é preceituado na Deliberação n.º 02/03, os seguintes artigos.
Art. 11. Para assegurar o atendimento educacional especializado os estabelecimentos de
ensino deverão prever e prover:
VI. flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta
pedagógica da escola.
VII. Art. 22. A organização da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino deverá tomar como base as normas e diretrizes curriculares nacionais e
estaduais atendendo ao princípio da flexibilização.
& 1O. As escolas devem garantir na proposta pedagógica a flexibilização curricular e o
atendimento pedagógico especializado para atender as necessidades educacionais
especiais de seus alunos.
O currículo deve ser entendido como instrumento de compreensão do mundo, de
transformação social e de cunho político pedagógico, ou seja, a cultura e o saber da
comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de constituírem a educação com a
qual ele chega à escola. Falar em conhecimento, cultura e educação é também refletir
sobre qual a concepção de currículo dentro da nova proposta que iremos trabalhar.
O currículo deverá ser descrito como um projeto educacional planejado e
desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências das quais deseja-se
que as novas gerações participem, a fim de socializá-las e capacitá-las para ser cidadãos
solidários, responsáveis e democráticos. Toda instituição escolar quer estimular e ajudar os
alunos a compreender e comprometer-se com a experiência acumulada pela humanidade
e, mais concretamente, com a sociedade na qual vivem.
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Alguns princípios que poderá embasar nossas reflexões na construção
curricular são os seguintes:
- propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas áreas
do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os demais
sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade, interpretar, se
posicionar e influenciar sobre ela, respeitar e incentivar a liberdade de pensamento, a
discussão, a capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do
debate no interior da escola,
- organizar os programas através de conteúdos socialmente significativos,
permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da
realidade, numa interpretação dialética, com base nos estudos marxistas, atentando para
as diferenças vertentes herdeira da tradição marxista, que abriram diferentes formas de
compreender o mundo, tendo em vista a construção de uma sociedade socialista, que
possibilite praticar a resistência à sociedade capitalista e aos seus valores
desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e à natureza. Que
possibilite reconhecer e praticar a resistência aos valores dos países imperialistas e
hegemônicos, colocando os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidade
de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares, criando o
entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação contínua e
atualizada - o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender - para desenvolver a autonomia
intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da dominação
cultural burguesa, permitindo aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento,
- o acesso e a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das
ciências, das letras e da tecnologia, permitindo aos sujeitos escolares conhecerem,
valorizarem e vivenciarem as manifestações populares, compreendendo as relações de
interdependência entre as culturas e sem qualificar uma delas como superior, trazendo
para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas, que possibilite ao aluno a
prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural, para lutar contra
a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra as pessoas com
necessidades especiais, entre outras,
- incentivar também a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a
participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os
órgãos de representação e a participação efetiva de todos, assegurando assim as alegrias
do presente (e não apenas pensar a promessas do futuro) pois quando a escola consegue
proporcionar o prazer de se aprender no momento atual, as crianças e os jovens irão
pressentir o prazer de aprender sempre.
42
9 - AVALIAÇÃO
A avaliação será feita, continuamente, é uma ação permanente e seus resultados
cumulativos. Dando prevalência aos aspectos qualitativos e não aos quantitativos.
A avaliação é o termômetro do processo escolar. Não pode ser o momento de
simplesmente classificar o aluno e acusar os seus erros, mas sim a oportunidade de
detectar onde o aluno ainda não compreendeu para que o professor possa modificar seu
plano, suas estratégias para melhor ajudar o aluno a reconstruir o conhecimento.
É necessário que a escola, retome com mais clareza e atenção o princípio da
avaliação que é o de contribuir para melhorar as condições de natureza escolar: ensino,
aprendizagem, planejamento, desenvolvimento curricular... Etc.
A avaliação é o conjunto das várias sínteses embasando a tomada de decisões
quanto à promoção do aluno; é o instrumento que permite visão geral do trabalho
desenvolvido. Norteia a escolha de procedimentos favoráveis ao avanço dos alunos ao
mesmo tempo permite acompanhar a aprendizagem, organizar, estimular, sistematizar,
facilitar a aprendizagem do aluno e também permite acompanhar o trabalho do professor.
Comumente a avaliação é entendida como resultado de testes, provas e trabalhos
ou pesquisas dadas aos alunos e aos quais se atribui uma nota ou conceito, que aprova ou
reprova, é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dos
professores e alunos num processo contínuo e dinâmico.
As primeiras idéias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao conceito
de verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é no corpo que
o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação como no pé, no palmo etc.
Todos os instrumentos de medida e avaliação são eficientes quando usados
criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos.
Até o século XIX com uso da prova escrita tornou-se possível registrar os aspectos
e economizar tempo, pois todos eram avaliados simultaneamente.
Hoje a avaliação é objeto de constantes pesquisas como: político, filosófico,
tecnológico e sociológico.
Luckesi se refere à avaliação como juízo de valores sobre dados relevantes para
uma tomada de decisão.
Portanto, "O sentido da avaliação está em fornecer informações ao aluno que o
ajudem a progredir até a auto-aprendizagem, oferecendo-lhe notícias do estado em que se
encontra e as razões do mesmo, para que utilize esse dado como guia de auto-direção,
meta da educação".
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Avaliar é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho do docente, que
deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem e com isso ter
como indicadores dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões
quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionando dados que
permitam ao Estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com
adequação dos conteúdos e métodos de ensino, deve-se incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando procedimentos que assegurem
a comparação dos alunos entre si, devendo preponderar os aspectos qualitativos da
aprendizagem e a capacidade de elaboração pessoal com a finalidade educativa que
deverá ser contínua, permanente e cumulativa.
Uso do resultado da avaliação e encaminhamento
Ela deve permear todo o processo ensino-aprendizagem, é um instrumento de
pesquisa que não terá um fim em si mesmo, mas será um meio de obter dados sobre o que
o aluno já sabe para então planejar partindo do seu real. Também é um meio de observar
até onde alcançamos nossos objetivos para então detectando as falhas intervir com uma
nova metodologia, se necessário encaminhá-lo para o reforço no contra-turno, sala de
recurso, ou de apoio, o que tiver disponível na escola, fazendo a recuperação paralela, ou
ainda encaminhando para outros profissionais aqueles alunos que apresentam dificuldades
de aprendizagens e necessitam de atendimentos específicos.
O uso dos resultados da avaliação para reformular e aperfeiçoar o Ensino é
necessário. E um dos procedimentos adquiridos é a recuperação de estudos paralelos,
ou seja, as ações paralelas que são concomitantes de retomada ao longo do período letivo.
Os estudos paralelos de recuperação são inerentes a uma prática avaliativa mediadora
com intenção de subsidiar, provocar e promover a evolução do aluno em todas as áreas de
seu desenvolvimento quer seja em forma de trabalho, pesquisas, relatórios, exercícios
diversos, jogos, estudos em grupo, testes, sempre que forem constatadas dificuldades na
aprendizagem.
Todo processo deverá ser registrado no Livro Diário de Classe ou nas fichas dos
alunos procurando recupera-lo durante todo o ano letivo não existindo assim recuperação
final.
Quanto à promoção adotada pela escola serão considerados os resultados
obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a
incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomada na melhor
forma.
Serão expressas através de notas numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez
vírgula zero) obedecendo à escala de 0,5 (zero vírgula cinco). Ou seja; de meio em meio
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ponto, somente a nota final que poderá ser decimal diferente de 0,5 (zero vírgula cinco). E
uma freqüência mínima de 75% da carga horária anual.
Adaptação
Adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógica desenvolvidas sem
prejuízo das atividades normais da série ou período em que o aluno se matricular, para que
possa seguir, com proveito o novo currículo.
A adaptação far-se-á pela Base Nacional Comum.
A adaptação de Estudos poderá ser realizada durante os períodos letivos ou entre
eles através de programa especial ministrado pelo professor da disciplina.
Para efetivação do processo de Adaptação, o setor pedagógico do estabelecimento
de ensino, deverá comparar o currículo, especificar as Adaptações a que o aluno estará
sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e com a participação do professor da disciplina,
adequando a cada caso e, ao final do processo, elaborar a Ata de resultados e registrá-los
no histórico do aluno e no Relatório Final que será encaminhado à SEED.
A adaptação poderá ser feita por compromisso, caso o aluno esteja impossibilitado
de cursá-la em outro turno.
O terno de compromisso deverá ser assinado pelo aluno tomando ciência da
adaptação e comprometendo-se em realizá-la.
No processo da adaptação por compromisso, o aluno cumprirá atividades
elaboradas pelo professor da disciplina, que lhe serão atribuídas, tendo por base o
conteúdo programático do planejamento da série em que a disciplina constar.
As atividades serão elaboradas pelo próprio professor e poderão compreender em
roteiro de tarefas realizadas pelo aluno: leitura de livros, pesquisas de determinados
assuntos, resolução de exercícios, estudo de módulos e outras atividades julgadas
necessárias pelo professor da disciplina.
As atividades quanto ao conteúdo, deverão dar ênfase a pré-requisitos necessários
nas séries posteriores.
As atividades serão acompanhadas pelo professor da disciplina, no caso de
impedimento deste, deverá ser pela Equipe Técnico-Pedagógica do estabelecimento.
45
Dependência – Progressão Parcial
Em cumprimento a Lei de Diretrizes e Bases (art. 24 inciso III), e ao regimento
interno do Colégio, ofertamos para aqueles alunos que não obtiverem aprovação final em
até três disciplinas, a possibilidade de cursá-las subseqüente e concomitantemente às
séries seguintes.
O Regime de Progressão Parcial, exige para aprovação, a freqüência prevista em lei
e/ou aproveitamento determinado pelo Regimento Escolar.
Quando ficar comprovada a impossibilidade do aluno cursar a disciplina em horário
compatível ao da série que o aluno estiver cursando, será estabelecido um plano especial
de estudo registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.
O plano especial de estudo a que se refere ao parágrafo anterior, deverá ser
elaborado pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe pedagógica,
bem como todo acompanhamento necessário para que seja realizado com êxito, o referido
plano de estudo será realizado através de estudos de pesquisas sobre a disciplina em que
o aluno ficou retido e uma avaliação referente ao assunto que foi pesquisado.
Fica vetada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no
Ensino Fundamental.
A expedição de certificado (ou diploma) de conclusão de curso, só se dará após o
atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os
mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.
Operacionalização do processo de recuperação
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhes
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
A recuperação de Estudos, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a
alunos de aproveitamento escolar insuficiente, será ofertada obrigatoriamente por este
Estabelecimento, de forma paralela, contínua e progressiva durante o período letivo,
visando melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo de
ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos possibilitando a apreensão dos
conteúdos básicos;
O processo de recuperação será desenvolvido paralelamente às atividades regulares
do aluno, à medida que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem,
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mediante o acompanhamento contínuo do aluno, oportunizando-lhe reforço para atingir os
objetivos propostos;
Para que conteúdos sejam recuperados, os professores deverão utilizar técnicas e
estratégias pedagógicas adequadas as dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos
alunos.
O aluno com aproveitamento insuficiente, ficará submetido a realização das
atividades indicadas e acompanhadas pelo professor da disciplina. Após cumpridas as
propostas de estudos de recuperação, o aluno poderá ser submetido a avaliação específica
a critério do professor;
Na Recuperação de Estudos, o professor deverá considerar a aprendizagem do
aluno no decorrer do processo e para aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da
Recuperação, prevalecerá sempre a maior.
A carga Horária da Recuperação de Estudos deverá ser registrada no Diário de
Classe ou em fichas próprias elaboradas pelo professor e/ou equipe pedagógica.
O processo de recuperação paralela poderá ser registrada no Diário de Classe ou
em fichas próprias elaboradas pelo professor e/ou equipe pedagógica.
A Recuperação Paralela poderá assumir várias formas como:
a) revisão de conteúdos trabalhados, fixando mais aqueles de menor
aproveitamento;
b) trabalho ao final de cada bimestre, relacionados aos conteúdos em que os
alunos tiveram mais dificuldades.
c) debates;
d) pesquisas programadas e orientadas;
e) estudos com monitorias;
f) relatórios;
g) pesquisas em laboratório;
h) atividades em sala de aula, exercícios diversos;
i) jogos didáticos;
j) dramatização;
k) elaboração de painéis ou cartazes.
Não haverá Recuperação Final devido o aluno ser recuperado paralelamente aos
bimestres durante o ano letivo (ou semestre) conforme Calendário Escolar Homologado.
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Operacionalização da classificação e reclassificação
Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a
idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação pode ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa, ciclo,
período ou etapa anterior na própria escola;
II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior
considerando a classificação da escola de origem;
III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola que
destina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inserção na
série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.
Fica vetada a classificação para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental,
conforme Artigo 24, Inciso II da LDB.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos da escolas e dos
profissionais.
I- proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica;
II- comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter
deste o respectivo consentimento;
III- organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para efetivar o
processo;
IV- arquivar Atas, Provas, Trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V- registrar resultados no histórico escolar do aluno.
O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu
controle de freqüência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.
Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,
experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de
encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registra o seu histórico escolar.
Ficam vedadas a classificação e/ou reclassificação para etapa, ciclo, fase ou período
inferior a anteriormente cursada.
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Procedimento de informação aos pais
Os pais ou responsáveis têm direito ao conhecimento do processo pedagógico, bem
como de participar da definição das propostas educacionais; por si mesmos ou por seus
representantes do Conselho Escolar e de requerer cancelamento de matrícula ou
transferência nos termos do Regimento Escolar.
As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através
dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.
Tendo em vista a educação dos filhos, visando ao pleno desenvolvimento de suas
pessoas, preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho, constitui deveres dos
pais ou responsáveis impostos na lei:
I. matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação
vigente;
II. exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;
III. manter relações cooperativas no âmbito escolar;
IV. assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a
formação educativa do aluno;
V. propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no
estabelecimento de ensino;
VI. respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o
bom andamento das atividades escolares;
VII. requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável
pelo aluno menor;
VIII. identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja
encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências;
IX. comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e
administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;
X. comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do Regimento
Escolar, for membro inerente;
XI. acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável;
XII. encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos atendimentos
especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições públicas;
XIII. respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou
responsáveis para as quais for convocado;
XIV. cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.
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MARCO OPERACIONAL
MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS
10 – GRANDES LINHAS DE AÇÃO DO COLÉGIO
Embora sabendo que, enquanto professor somos apenas grãos de areia nesse
imenso mar, que é a educação, acreditamos fazer a diferença na vida de muitos de
nossos alunos. Mas para que a Escola possa fazer a diferença na vida de um maior
contingente de alunos precisaríamos de uma macro política para que toda a problemática
das desigualdades sociais seja realmente sanada em nosso país, a começar pela
dignidade dos próprios professores.
A política dos “vales”, (bolsa escola, vale gás... etc.), são importantes e
necessárias, no entanto, por si só excludentes e insuficientes quando se diz respeito à
qualidade de vida e assistência da qual todo cidadão tem direito, considerando que paga
impostos por isso. O que resolveria a situação são políticas públicas que propiciasse
condições a que as próprias pessoas gerissem suas vidas com dignidade e não ficassem
na dependência do assistencialismo estatal.
A família manda seus filhos para a escola, por ser uma das condições para
receber o benefício, mas essa, nem sempre consegue, devido às suas reais condições,
oferecer tudo o que esse aluno precisa para realmente desenvolver todas as suas
potencialidades e romper com o conhecimento apenas espontâneo, e, portanto, com a
exclusão social.
OBJETIVOS E AÇÕES ADMINISTRATIVAS E PEDAGÓGICAS
Consciente de suas limitações, mas assentada nos princípios de uma gestão
democrática: participação, autonomia e liberdade e desenvolvida na relação dialógica, da
qual nos fala Paulo Freire, é que a administração e equipe pedagógica do Colégio Estadual
Anésio de Almeida Leite, objetiva e tem como meta, numa ação conjunta com todos os
segmentos da comunidade escolar, lutar por uma sociedade mais justa e humana, que
ofereça condições a todos os alunos advindos das mais diversas situações econômicas,
culturais, sociais, étnicas e raciais (deliberação 04/06 em atenção às diferentes culturas) de
se desenvolver e tomar posse de seu papel de cidadão, usufruindo de todos os direitos e
comprometendo-se com seus deveres. Nesse sentido:
- Oportunizar momentos de reflexão, (práxis Pedagógica), para motivação
e aprimoramento do trabalho docente. (individual e em grupo)
- Evitar ocorrências de discriminação por motivos de preconceito
socioeconômico, de raça, religião, cultura ou preferências, desenvolvendo o
respeito às diferenças, e oportunizando aos professores leituras e reflexões sobre
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os temas. (Deliberação 04/06, livros enviados pela SEED, da biblioteca do
professor, e textos encaminhados pela Equipe Pedagógica do NRE.)
- Promover reuniões bimestrais de pais para integração e discussão de
assuntos relacionados à educação de seus filhos, envolvendo-os no planejamento,
execução e avaliação do projeto político pedagógico da escola.
- Pesquisar temas de interesse dos professores, pais e alunos e oferecer
palestras com os profissionais da área, oportunizando melhor conhecimento de
causa. (temas da vida cidadã)
- Trabalhar com os alunos “Pacto de Convivência” em conjunto com toda
a comunidade escolar, professores, funcionários e pais, construindo regras e
regulamentos para a melhor convivência dentro e fora da sala de aula, ressaltando
a importância do respeito às diferenças, da tolerância, disseminando a cultura da
paz.
- Criar um grêmio estudantil, onde os alunos possam refletir e dar
sugestões sobre os problemas escolares, exercendo assim o seu direito de
participar, (não só com os alunos bem conceituados, mas também com aqueles
que apresentam problemas de disciplina).
- Motivar apresentações em datas comemorativas, o que contribui muito
para a socialização do indivíduo, sua auto afirmação e também para promover a
integração família X escola X comunidade.
ORGANIZAÇÃO:
CONSELHO DE CLASSE
Conselho de classe é o momento de reflexão entre os envolvidos no contexto escolar,
inclusive com representantes de turma, (as alunas Gislene Rodrigues Machado e Taiane
Alves de Paula) e representantes do corpo discente (Dioni Aparecido dos Santos e Wagner
dos Santos Francisco), a fim de, num pensar coletivo encontrar soluções para aqueles
alunos que não alcançaram os objetivos do semestre. Verificar as suas competências,
avaliando-o em todos os seus aspectos – biopsicosocial, adequando os procedimentos de
ensino a cada caso. Sendo todo esse processo, coordenado pelo diretor e mediado pelo
professor pedagogo. Para o ano de 2006, pretendemos continuar esse trabalho nas datas
previstas no calendário escolar.
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HORA ATIVIDADE
Este momento será aproveitado para, acompanhado ou não do professor pedagogo,
ou coordenador pedagógico:
- Leitura, pesquisas, estudos e reflexões, em busca de embasamento teórico e
prático para o desenvolvimento do planejamento e reorganização da práxis
pedagógica, para atender a diversidade da comunidade escolar. (Del. 04/06 e
outros textos e documentos enviados pelo NRE).
- Organização do material dos alunos.
- Entrevista individual com professor pedagogo, coordenador pedagógico ou diretor
para resolução de problemas que requerem atendimento urgente.
REUNIÕES PEDAGÓGICAS
Serão previstas no inicio do ano letivo, em calendário escolar, momentos onde
serão discutidos assuntos pertinentes às salas de aula, avaliação e acompanhamento dos
alunos, planejamento, projetos, presença dos pais no dia a dia de seus filhos, temas
necessários para se discutir com eles...etc. Leitura compartilhada de textos encaminhados
pela SEED e outros que julgarmos necessários.
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
Para que haja a participação dos pais e para estreitar relações de parceria com a
tríade Escola X Família X Comunidade. Faremos reuniões, não só para os pais saberem
sobre os avanços ou não de seus filhos, mas também como um momento para adquirirem
conhecimentos a respeito da vida: economia do lar, alimentação alternativa , direitos e
deveres, assim como ouvir sugestões de como lidar com as situações problemas em
relação aos seus filhos,(com embasamento teórico: Piaget, Vigotsky, Ferreiro, Içami Tiba,
Tänia Zaguri e outros)
Um momento enriquecedor para os pais também é a troca de experiência, se
identificam uns com os outros, se aconselham, trocam opiniões, se tranqüilizam e se
fortalecem.
Palestras com profissionais da comunidade, (médicos, psicólogos, advogados...
etc.), que possam contribuir e enriquecer as reuniões de pais.
Essas reuniões acontecerão ao final de cada bimestre ou semestre, para
acompanhamento junto aos professores e pedagogos e ao final de cada semestre com
palestras dos assuntos julgados necessários como já citamos anteriormente, com a
contribuição de profissionais da comunidade.
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RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS DOS ALUNOS E PROGRESSÃO PARCIAL
A recuperação de estudos dos alunos continuará sendo feita de forma paralela
pelos professores regentes. E no caso das quintas séries os alunos serão avaliados pelo
professor que comunicará à equipe pedagógica para que seja encaminhado para a sala de
apoio, e/ou para que seja feito os encaminhamentos necessários, (fonoaudiologia,
psicóloga, neurologista...).
Quanto à progressão parcial, depois de constatado a reprova em uma, duas ou
três matérias e feito a análise pela equipe pedagógica, direção, secretaria e professores,
(conselho de classe), o aluno poderá ser promovido à série posterior e freqüentar as
matérias na série em que tem dependência.
AÇÕES QUE ENVOLVEM OUTRAS INSTITUIÇÕES
Palestras sobre:
- Sexualidade (o que a envolve e também as doenças sexualmente transmissíveis),
para os alunos do ensino médio.
- Higiene bucal, (alunos do segundo segmento do ensino fundamental).
- Saúde em geral e prevenção de doenças, (para toda comunidade escolar).
- Drogadição e Alcoolismo (toda comunidade escolar)
- Prevenção de Gravidez na adolescência
- Meio ambiente e reciclagem
Parcerias: _ Prefeitura Municipal de Jacarezinho (Secretaria Municipal de saúde).
_ Seara alimentos
_ Polícia Militar do Estado do Paraná (patrulha Escolar)
_ 19ª Regional de Saúde
COMO SE DÁ A AVALIAÇÃO, GERENCIAMENTO E OTIMIZAÇÃO DOS
RECURSOS FINANCEIROS
A entrada e saída de dinheiro será acompanhada por toda a comunidade escolar,
pois a prestação de contas, conforme determina a lei, ficará à disposição para quem quiser
conferir os documentos comprobatórios das despesas;
Os recursos financeiros destinados ao Estabelecimento através da Fundepar ou
PDDE/FNDE, são aplicados de acordo com as necessidades, com o gerenciamento da
Direção e Presidente da APMF mediante plano de aplicação e aprovação do Conselho
Escolar.
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ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA/ FUNÇÕES ESPECÍFICAS
DIREÇÃO
A direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance dos
objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto Político
Pedagógico.
Compete ao diretor:
I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância
às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-
lo à aprovação do Conselho Escolar;
VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos
da administração estadual;
XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
XIII. deferir os requerimentos de matrícula;
XIV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
XV. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos
discentes;
XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
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XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após
aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou
fechamento de cursos;
XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe
auxiliar operacional;
XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada
do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em
Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50%
(cinqüenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada,
conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;
XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente
com a comunidade escolar;
XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilingüístico
da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas –
CELEM;
XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXXII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
DA EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação.
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A equipe pedagógica, mencionada é composta pelo Supervisor de Ensino,
Orientador Educacional e Corpo Docente.
Compete aos Professores Pedagogos:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma
perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar,
no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo
de professores do estabelecimento de ensino;
VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;
VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de
propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do
estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear
um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas
a promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando
teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e
efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
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XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino,
assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e
projetos de incentivo à leitura;
XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação
nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;
XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir
de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades
a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,
quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários
cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas
de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;
XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de
dias, horas e conteúdos aos discentes;
XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;
XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais
do estabelecimento de ensino;
XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,
para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando
contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento
integral;
57
XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e
no processo de inclusão na escola;
XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos
com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e
trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre
Educação Especial e ensino regular;
XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o
estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua
Estrangeira Moderna;
XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,
pais e demais segmentos da comunidade escolar;
XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XLV. elaborar seu Plano de Ação;
XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
DO CORPO DOCENTE
Compete ao Corpo Docente:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo
Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e
materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento pelo aluno;
VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos,
quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando
prioritariamente o direito do aluno;
58
VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de
instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do
período letivo;
IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com
dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do
pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais
especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da
Educação Especial, se necessário;
X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com
vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno,
no processo de ensino e aprendizagem;
XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao
professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, a
fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;
XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais
serão registradas e assinadas em Ata;
XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas
e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica,
conforme determinações da SEED;
XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino;
XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade;
59
XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e
ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e
educativa;
XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe
forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
DA SECRETARIA
A Secretaria é o setor que tem o seu encargo todo o serviço de escrituração escolar
e correspondência do estabelecimento.
Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela direção, ficando
a ela subordinados.
O cargo de secretário deverá ser exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo diretor do Estabelecimento de
acordo com as normas da SEED, em ato específico.
Compete ao secretário:
I. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que
regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;
II. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
administrativos;
III. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
IV. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
V. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
VI. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às
autoridades competentes;
VII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma
a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida
60
escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
IX. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
X. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
XI. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,
referentes à sua estrutura e funcionamento;
XII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações
e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do
estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;
XIII. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;
XIV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com
os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
XV. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
XVI. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua freqüência, em formulário próprio;
XVII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
XVIII. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
XIX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
XX. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
XXI. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(CELEM), quando desta oferta no estabelecimento de ensino;
XXII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
XXIII. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
XXIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XXV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XXVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XXVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto
ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades
de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,
reclassificação e regularização de vida escolar;
61
II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional
de sua função;
V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre
os mesmos a quem de direito;
VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;
VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;
X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do
estabelecimento, sempre que solicitado;
XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
DOS SERVIÇOS GERAIS
Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
Os funcionários dos Serviços Gerais / Serventes devem:
I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade
à direção;
IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e
de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando
solicitado pela direção;
62
V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de
alimentação;
VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores,
muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no
ambiente escolar;
VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação
durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as
correspondentes ao uso do banheiro;
VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades
escolares;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o devido
destino, conforme exigências sanitárias;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
Compete à merendeira:
I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;
IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do
estoque da merenda escolar;
V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar,
conforme legislação sanitária em vigor;
VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda
escolar;
VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da
merenda escolar;
VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
63
necessário;
XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou
manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
Compete ao vigia e/ou caseiro:
I. coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos
períodos de atividades escolares;
II. zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de
ensino;
III. comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança
dos alunos;
IV. percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
V. encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
VI. observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades;
VII. acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer
necessário;
VIII. auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o
seu período de férias;
X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;
XI. zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais
didático-pedagógicos;
XII. auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático-pedagógicos;
XIII. atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à
estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
XIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
XV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
XVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com
alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
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XVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas
da sua função.
RELAÇÕES ENTRE OS ASPÉCTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS
O relacionamento entre o setor administrativo e pedagógico acontece de forma
coletiva e democrática, resolvendo as situações do contexto escolar em participação
mútua. Procurando passar as informações de uma via a outra para que caminhem para um
mesmo ideal.
ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA
FAMÍLIA E COMUNIDADE
- Reuniões bimestrais, (boletim)
- Palestras de vários assuntos, (como citamos anteriormente neste projeto)
- Entrevistas individuais com pais e alunos
- Reunião do Conselho Escolar
- Associação de pais, mestres e funcionários
PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADA
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica sempre
uma tomada de posição dos atores sociais (pais, professores, funcionários, estudantes...).
Logo, a sua construção não poderá ser individual, pelo contrário deverá ser coletiva,
envolvendo os diversos atores na discussão e na tomada de decisões.
Para que a tomada de decisão seja partilhada, é necessária a implementação de
vários mecanismos de participação, tais como: a consolidação e participação dos órgãos
colegiados na escola, criação e participação do grêmio estudantil, construção coletiva do
projeto político-pedagógico da escola, a progressiva autonomia da escola e,
conseqüentemente, a discussão e a implementação de novas formas de organização e de
gestão escolar e a garantia de financiamento público da educação e da escola nos
diferentes níveis e modalidades de ensino.
Outro lado importante é entender a participação como processo a ser construído
coletivamente. Nessa direção, é fundamental ressaltar que a participação não se decreta
não se impõe e, portanto, não pode ser entendida apenas como mecanismo formal/legal. A
participação será fundada no exercício do diálogo entre as partes. Essa comunicação
ocorre, em geral, entre pessoas com diferentes formações e habilidades, ou seja, entre
65
agentes dotados de distintas competências para a construção de um plano coletivo e
consensual de ação. Essas diferenças entre seus membros são fundamentais, pois
enriquece o trabalho e diversifica a prática.
CONSELHO ESCOLAR
Consta de um Estatuto com base e amparos legais, sendo um órgão colegiado,
representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa,
sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando
a Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social
e específica da escola.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e de
participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
E, enquanto órgão colegiado deverá ser constituído pelos princípios da
representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais o conselho
perde sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar.
A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes
pressupostos:
1. Educação é um direito inalienável de todo cidadão;
2. A escola deve garantir acesso e permanência a todos que pretendem ingressar
no ensino público;
3. A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e
modalidades é um dever constitucional;
4. A construção contínua e permanente da qualidade da educação e competência
político-pedagógica.
5. A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que
constituem a comunidade escolar, bem como privilegia a legitimidade, a
transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a
interação, em todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da
organização do trabalho escolar.
As reuniões serão lavradas em livro próprio para divulgação.
CONSELHO DE CLASSE
O C.C é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino,
tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
66
Será constituído pelo Professor Pedagogo, pelo Secretário e por todos os
professores que atuam numa mesma classe e deverá ser presidido pelo Diretor do
Estabelecimento.
São muitas as finalidades do Conselho de Classe:
a) tem a finalidade de estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano
curricular; para ter embasamento para emitir parecer sobre assuntos referentes ao
processo ensino-aprendizagem, respondendo as consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe
Pedagógica;
b) realizar Pré-Conselho de classe com o objetivo de diagnosticar problemas
previamente detectados;
c) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores;
d)- analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
e)- utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino evitando a comparação dos alunos entre si.
O Conselho de Classe tem inúmeras atribuições tais como:
a) analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
b) propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, visando a
integração e relacionamento com alunos na classe;
c) estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, como forma de colaborar
com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos
transferidos, quando se fizer necessário;
d) decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno, levando-se em consideração o
desenvolvimento do aluno.
e) haverá tantos Conselhos de Classe quantas turmas existirem no estabelecimento;
67
f) as reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata pelo secretário do
estabelecimento e em livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos
interessados.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A APMF do Colégio será regido por Estatuto e dispositivos legais aprovados pelo
N.R.E. de Jacarezinho-PR Esta associação não tem caráter político-partidário, religioso,
racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros,
sendo constituído por prazo determinado.
O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes
categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários:
- Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e
Funcionários da Unidade Escolar;
- Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a
aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços
à Educação e à APMF;
Serão integrantes colaboradores, ex - alunos, pais de ex - alunos, ex - professores,
ex - funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar;
- Como toda e qualquer associação ou Instituição alguns objetivos são
necessários, tais como:
- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões
em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e
equipe pedagógica administrativa;
- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando -
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Colégio, assim como buscar a integração dos vários segmentos da
sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional visando
sempre à realidade dessa comunidade;
- Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do Conselho
Escolar, como forma de atender os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,
68
dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino e transparência de todo processo
educacional visando sempre uma escola pública, gratuita e universal;
- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
coletivamente com o Conselho Escolar com registro em livro ata;
- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância da ação e da
preservação do bem público.
É de suma importância a APMF não só pelos objetivos já elencados, mas suas
atribuições e competências:
- acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica sugerindo as alterações
que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento para deferimento ou não;
- observar as disposições legais e regulamentadas vigentes, inclusive Resoluções
emanadas da Secretaria de Estrado e Educação, no que concerne à utilização das
dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do
estabelecimento de Ensino;
- estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como para a comunidade após a análise do Conselho
Escolar, bem como promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo
pais, professores, funcionários e comunidade, assim que surgir necessidades apontadas
por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado de acordo com os critérios
da SEED;
- colaborar de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as
necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
- convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da
comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a
Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a assembléia Geral
Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com
pauta claramente definida na convocatória;
- reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de
convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunir-se
para a prestação de contas desses recursos, com registro em Ata;
- apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através
de editais e em Assembléia Geral;
69
- Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas presentes, as reuniões de
Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do
Conselho Escolar, também deverão ser registradas as Assembléias Gerais Ordinárias e
Extraordinárias, em livro ata próprio e com as assinaturas dos parentes, no livro de
presença (ambos livros da APMF).
- Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo
preenchido em 02 vias; assim como enviar cópia da prestação de contas da Associação
Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e
Fiscal e, em seguida, torná-la pública, assim como apresentar, para aprovação, em
Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores,
funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do
Estabelecimento de Ensino.
Para que se efetive verdadeiramente a gestão democrática em nossa escola, para
o ano de 2008, estaremos prevendo em calendário escolar:
− momentos para trabalharmos e despertarmos em nossos alunos o senso de
participação,
− na seqüência, e após estarem conscientes da importância de sua representação e
participação, faremos as eleições para representante de classe,
− estudos sobre o funcionamento do grêmio escolar e sua implementação
− dar continuidade a que todos os segmentos possam estar representados no conselho
de classe e demais instâncias colegiadas.
AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA, DE TODOS OS SEGMENTOS
DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR.
Em crescimento constante e contínuo, através de temas geradores, buscaremos
trabalhar os conteúdos de forma contextualizada.
Para tanto faremos uma análise para diagnosticarmos as necessidades do grupo
para então propormos atividades visando à troca de experiências.
A formação continuada é uma necessidade para todos os profissionais, e deve ser
entendida como um mecanismo de permanente capacitação reflexiva de todos os seres
humanos, às múltiplas exigências/desafios que a ciência tecnológica e o mundo do trabalho
colocam.
Faz-se necessário a formação continuada dos profissionais da escola, pois uma
escola de qualidade precisa de profissionais atualizados e comprometidos com seu
projeto educativo.
70
O Colégio vai desenvolver ações de acordo com as necessidades de seus
educadores, funcionários, alunos, juntamente com todos os colegiados do contexto
escolar:
- Estudo da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
- Estudo, análise e interpretação do ECA, (Estatuto da criança e do adolescente).
- DCES, (Diretrizes Curriculares Estaduais)
- Textos enviados pelo núcleo. Leitura, discussão e implicação na prática em sala de
aula.
- Textos sobre Interdisciplinaridade, formas de avaliação, planejamento, projetos,
estratégias... Etc.
- Promover momentos de reflexão da práxis pedagógica entre os professores que
atendem as mesmas turmas.
- Leitura do Regimento Escolar, estatuto do conselho escolar e APMF para
conhecimento de todos os segmentos escolares.
- Oportunizar momentos de participação para os alunos para que aprendam, na
prática, o exercício da democracia.
As reuniões serão bimestrais, procurando também aproveitar os momentos de hora
atividade, de acordo com a disponibilidade do professor, funcionário, alunos e colegiados.
ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICOS
PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR
A proposta das atividades e ações didáticas escolares desenvolvidas consta com a
colaboração dos diretores, equipe pedagógica, professores e funcionários em geral. Faz-
se necessário proporcionar aos educandos a liberdade de criar e desenvolver suas
aptidões nas Artes, Esporte e Ciências.
A necessidade de inserir o aluno em atividades culturais e esportivas faz com que o
aluno não caia na ociosidade, mantê-los ocupado com a preparação das atividades é o
nosso objetivo.
- Participação dos alunos no projeto Agrinho,
- Apresentações à comunidade, em datas específicas, assuntos de interesse de
toda a sociedade: cidadania, meio ambiente, biodiversidade, uso racional da água... etc.
- Pesquisa com os alunos para desenvolver um álbum sobre a história da
escola
- Jogos colegiais (promovido pelo núcleo)
- Desenvolver tema Biodiversidade (preservação ambiental, equilíbrio do
planeta).
- Projeto de artes FERA
- Palestras sobre cuidados com a higiene e saúde
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- Palestras sobre trânsito, e datas comemorativas.
- Projeto “Fica”
- Projeto Educação Fiscal
Procurando com isso aproveitar para trabalhar conteúdos pedagógicos nas
diferentes disciplinas.
QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
As condições dos espaços pedagógicos do Colégio Estadual Anésio de Almeida
Leite, são compatíveis com a organização das atividades, proporcionando um ambiente
agradável e acolhedor.
Usaremos de forma organizada e democrática, fazendo um cronograma de dias e
horários que cada ambiente será usado pela diferentes turmas e/ou instâncias colegiadas.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Considerando que o Projeto Político Pedagógico é um plano em contínuo processo
de construção e que deve ser revisto, reestruturado e realimentado constantemente,
faremos observações, juntamente com todos os colegiados, se as medidas propostas e
postas em ação surtiram os efeitos desejados e se ouve o envolvimento dos alunos,
professores, funcionários, familiares e comunidade em geral. Colocando todos a par dos
acontecimentos.
Periodicidade
Essa avaliação será feita em reuniões bimestrais e/ou semestrais, nas reuniões, de
pais, alunos, professores, equipe técnica. Serão avaliações descritivas do desempenho de
todos os profissionais da instituição escolar, a respeito do comprometimento,
responsabilidade, assiduidade e do conhecimento técnico-político com a comunidade
escolar.
A Avaliação Interna do trabalho da Escola visa rever todos os objetivos, ações
metodológicas, projetos pedagógicos e administrativos em andamento ou não
proporcionando momentos de reflexão a respeito dos posicionamentos, atitudes e
resultados das ações educativas em nível de toda comunidade escolar, na busca de
redirecionar objetivos, metas e ações.
Toda e qualquer atividade profissional que tem a pretensão de ser bem sucedida
necessita ser planejada, executada e avaliada. Portanto nossa escola propõe que a
avaliação em suas atividades ocorra de forma sistemática e contínua.
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Instâncias envolvidas
O plano de avaliação do Projeto será feito através de pesquisas, questionários,
respondidos por todos os segmentos do espaço escolar. Desta forma, Direção, Equipe
Pedagógica, Professores,funcionários e colegiados poderão criar condições para
realimentar o Projeto Político Pedagógico do Colégio, sempre que assim for necessário.
Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,
Pedagogos e Funcionários , bem como o material didático, o currículo, o sistema de
orientação docente, a infra-estrutura material da escola, as metodologias utilizadas, enfim,
toda ação relevante da Instituição Escolar, envolvendo nas avaliações, avaliados e
avaliadores (alunos, professores, funcionários), para que todos compreendam que é
coletivamente, que se constroem ações significativas na escola, cabendo a gestão informar
à comunidade sobre o que foi proposto e que está sendo implementada, para este trabalho
deverá contar com participação das instâncias colegiadas da escoa.
Avaliação:
Individual – subjetiva descritiva, oral - em reuniões de pais, professores, alunos,
colegiados.
Objetiva – pesquisa, relatório etc.
Caixa de sugestões
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BIBLIOGRAFIA
APP – Sindicato, Em defesa da Escola Pública.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000. CONSTITUIÇÃO, República Federativa do Brasil, 1988. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª edição. São Paulo Ática, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra 1997. GASPARIM, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3 edição. Autores Associados, 2005. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, Lei 9394/96. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991. MONROE, Paul. História da Educação. 3ª edição. São Paulo: Nacional, 1983. NÉRICE, Imídeo Giuseppe. Didática Geral – Dinâmica na Escola.3 ed. Fundo de Cultura S. A., 1965. PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: ArtMed Editora, 2000. PILETTI, Claudino. Filosofia e História da Educação. 10 edição. São Paulo: Ática, 1989. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1994. SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica. Primeiras aproximações. 2 ed. Cortez, 1991. VEIGA, I. P. A. e REZENDE, L. M. G. De (orgs). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
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COMISSÃO DE ELABORAÇÃO E REVISÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Antônio César de Souza ------------------------------------------------
César Augusto Pinto Ribeiro ------------------------------------------------
Ester Severino de Almeida ------------------------------------------------
Maria Aparecida Bonfim ------------------------------------------------
Marilene Soccio ------------------------------------------------
Naif Aparecida Nassar Ferreira ------------------------------------------------
Reginaldo Antônio Viana Franco ------------------------------------------------
Silvana Siqueira Lima ------------------------------------------------
Valdirene da Silva Teles ------------------------------------------------
Wilson José Siqueira ------------------------------------------------
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ATA DE REUNIÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/CONSELHO ESCOLAR
Aos nove dias de novembro de 2007, reuniram-se nas dependências do Colégio
Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM, a direção e os membros do Conselho Escolar,
para aprovação do novo Projeto Político Pedagógico do estabelecimento, a vigorar a partir
do ano de 2007. Foi lido o Projeto e feito às considerações necessárias, baseada nas
discussões anteriores à elaboração do mesmo. Após feita as considerações o Conselho
Escolar através de seus membros houve por bem aprovar o Projeto em sua íntegra. Nada
mais havendo a tratar a ata foi lavrada por mim e assinada pela direção e os membros do
Conselho Escolar.
Jacarezinho, 09 de novembro de 2007.
Obs. As assinaturas seguem anexo
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ATA DE REUNIÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/CONSELHO ESCOLAR
Aos dezenove dias do mês de outubro de 2007 reuniram-se nas
dependências do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM,
a direção, direção auxiliar e os membros do Conselho Escolar para
aprovação das mudanças realizadas no Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento, de acordo com orientações da SEED, que
passarão a vigorar a partir de 2008. Foram apresentadas as
modificações necessárias devido às adequações obrigatórias do
Regimento Escolar. Após as considerações apresentadas, o
Conselho Escolar através de seus membros houve por bem aprovar
as modificações e o Projeto em sua íntegra. Nada mais a tratar, a
Ata foi lavrada por mim e assinada pela direção e demais
representantes do Conselho Escolar.
Jacarezinho, 19 de outubro de 2007.
Obs: As assinaturas seguem anexo.
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ANEXOS
Conselheiros: Presidente: Cesar Augusto Pinto Ribeiro – RG. 677.219-6_________________________________ Representante dos Funcionários Administrativos: Ester Severino de Almeida – RG. 1.506.084-0_________________________________ Representante do Corpo Docente: Wilson José Siqueira – RG. 6.396.267-8_____________________________________ Representante dos Funcionários: Eloina Marinho – RG. 4.295.185-4__________________________________________ Representante do Corpo Discente: Dione Aparecido dos Santos – RG.10.269.855-0_______________________________ Representante de Turmas: Gislene Rodrigues Machado – RG. 10.303.487-6_______________________________ Representante dos Pais de Alunos: Maria Aparecida Miranda Ferreira – RG. 4.825.791-7____________________________ Representante dos Movimentos Sociais: Dalva Maria Cunha Taborda – RG. 76.211-1___________________________________