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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PATO BRANCO MAIO – 2009 1

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - EFM - Notícias · evasão escolar e preconceito por eles sofrido por residirem nos bairros de periferia, déficit significativo de atenção, concentração,

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

PATO BRANCO

MAIO – 2009

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................032. INTRODUÇÃO...................................................................................................042.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar..................................042.2 Histórico do Colégio Estadual São João .........................................................042.2.1Realidade Sócio­Econômico da Comunidade Escolar  .................................053. OBJETIVOS3.1 Objetivo Geral .................................................................................................073.2 Objetivos Específicos ......................................................................................074. MARCO SITUACIONAL....................................................................................084.1 Análise das contradições e conflitos existentes na prática docente................095. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................105.1 Organização Interna da Escola........................................................................135.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem................................. 145.3 Currículo da Escola Pública.............................................................................165.4 Configuração da Matriz Currricular .................................................................205.5 Trabalho Coletivo.............................................................................................205.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista.........................................205.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico..................206. MARCO OPERACIONAL .................................................................................426.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico........................206.2 Gestão Democrática........................................................................................206.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar...................206.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel...............................................................206.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos.....................................................206.4 Recuperação Paralela.....................................................................................206.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.................................206.6 Critérios de elaboração do calendário escolar,horários letivos e não letivos.......206.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos......................206.8 Critérios   para   organização   de   turmas   e   distribuição   por professor, em razão de especificidades.......................................................................................206.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do currículo. Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico........................206.9.1 Avaliação Institucional...................................................................................206.9.2 Avaliação da Proposta Curricular .................................................................206.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico....................................................206.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos................................................206.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa

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1. APRESENTAÇÃO

Encontramo­nos em um momento histórico em que as mudanças ocorrem 

de forma cada vez mais rápida, principalmente por causa da velocidade com que 

as informações e o conhecimento chegam até nós, o que nos faz refletir sobre as 

mudanças ocorridas também na educação formal. 

Neste momento de transição nos deparamos com o ser humano na busca 

de   caminhos   e   direções   com   anseios   de   encontrar   referências   sólida   e 

significativa. 

O Colégio Estadual  São João  frente às necessidades encontradas,  ao 

construir   seu  Projeto  Político  Pedagógico  buscou   junto  à   comunidade  escolar 

alternativas para o pleno desenvolvimento educacional de nossos educandos com 

objetivo da formação para cidadania, onde estes possam adquirir conhecimentos 

relevantes para sua vida pessoal e profissional.

Assim procura­se discutir   também questões essenciais para o  trabalho 

pedagógico, desde o tipo de cidadão que se quer formar até a sociedade em que 

se pretende viver.

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar

O Colégio Estadual São João – Ensino Fundamental e Médio localiza­se 

na  Rua Helena Pozza,  s/nº,  bairro  Alto  da  Glória  na  cidade de Pato  Branco, 

periferia do município, sendo o Colégio Estadual São João pertencente ao NRE 

de Pato Branco e mantido pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná  – 

SEED.

2.2 Histórico do Colégio Estadual São João

O Colégio Estadual São João – EFM surgiu da necessidade de atender 

alunos do   bairro São João que fora criado para desfavelizar a margem da BR 

3733,   haviam   cerca   de   40   famílias   em   condições   precárias   residindo   nessa 

comunidade.

Mantida pela Secretaria de Estado da Educação, criada pela resolução nº 

5330/94 de 03/11/1994, iniciou suas atividades no ano letivo de 1996, com o 1º 

grau regular, através de implantação gradativa. 

Inicialmente o Colégio funcionou nas instalações inadequadas da Escola 

Municipal São Francisco de Assis.

Começou as atividades sob a resolução 863/96 no ano de 1996 com a 5º 

série diurna e em seguida, deu­se a abertura das séries no período noturno sob a 

direção temporária da escola municipal.

Em 1997, a prof. Marilene de Lourdes Gomes da Silva foi convidada pelo 

Núcleo de Educação para exercer a direção a qual no final deste ano através de 

eleições permaneceu no cargo desenvolvendo as atividades nos períodos diurno 

e   noturno.   Iniciou­se   neste   ano   também   turma   de   correção   de   fluxo   com 

continuação no ano de 1998. As aulas aconteceram nas instalações precárias de 

prédio até 2004. 

A partir de 2005 a comunidade foi contemplada com a construção de uma 

moderna escola, não mais no bairro São João, mas no bairro Alto da Glória, o 

qual teve implantado também a modalidade de ensino médio. O novo ambiente 

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renovou os ânimos dos alunos, professores, funcionários e principalmente os pais 

que sentiram a valorização de seus filhos. O Colégio Estadual São João esteve 

sob direção do prof. Antonio Carlos de Souza  e vice­direção da prof. Marilene de 

Lourdes Gomes da Silva no periodo de 2006 a 2008.

Atualmente o Colégio está sob direção da prof. Loraci Soares Chaise e 

vice­direção da prof. Jociane Luzia Góss Menetrier e atende alunos do ensino 

fundamental  de 5ºa 8º  series nos períodos da manhã,   tarde e noite  e  ensino 

médio nos períodos da manhã e noite,também são ofertados o projeto 2° tempo , 

Viva Escola, Sala de Recurso e Sala de Apoio de Português e Matemática. 

2.2.1 Realidade Sócio­Econômico da Comunidade Escolar

O Colégio Estadual São João por encontrar­se localizado no bairro Alto 

da   Glória,   periferia   do   nosso   município   enfrenta   problemas   singulares   como 

evasão   escolar   e   preconceito   por   eles   sofrido   por   residirem   nos   bairros   de 

periferia, déficit significativo de atenção, concentração, disciplina e aprendizagem 

devido a desestruturação cultural e a renda familiar. 

Devido a situação sócio­econômico da comunidade aonde existem ainda 

situações   precárias   de   moradias,   saneamento   e   alimentação,   enfrentamos 

enquanto  corpo docente  acontecimentos   relevantes  na  vida escolar  de muitos 

alunos. Famílias que residem em barracos, sem água e esgoto em casa, vivendo 

de doações ainda é uma realidade encontrada, bem como o difícil deslocamento 

dos alunos do período noturno por falta de iluminação publica e segurança, bem 

como   o   alto   índice   de   famílias   que   mudam   constantemente   de 

residência,bairro,Município e Estado em busca de oportunidades de trabalho e 

melhores condições de vida o que também dificulta a continuação no processo 

educacional.

O Colégio absorve alunos oriundos de famílias com renda mínima inferior 

ou   aproximadamente,   a   um   salário,   com   40%   dos   pais   e   70%   das   mães 

desempregados, muitas destas famílias vivem de auxílios de bolsa família e ajuda 

de outras entidades sociais, religiosas e assistenciais.

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A comunidade que envolve os bairros do qual pertencem os educandos, 

tem   características   comportamentais   peculiares,   demonstrando   desmotivação 

pelas  atividades  escolares  devido  a  baixa  auto­estima  oriunda  das   condições 

culturais e sociais. Por estas razões existem situações de crianças e adolescentes 

que   entram   no   mundo  adulto   muito   cedo,   lutando   pela   sobrevivência   e   nem 

sempre percorrendo caminhos  lícitos como: drogas,assaltos,exploração sexual, 

entre outros causando dessa forma transtornos a comunidade, bem como aos 

trabalhadores   da   educação   do   Colégio   Estadual   São   João   que   sentem­se 

inseguros em relação às situações ocorridas, os quais procuram resgatar esses 

alunos.Os profissionais da educação que trabalham na escola são contratados 

pelas   seed,   residentes   no   municipio   e   municipios   arredores   de   nivel   sócio­

economico  médio,   todos  devidamente  habilitados   .Fazem parte   do  quadro  de 

funcionários do Colégio São João:

CARGO QUANTIDADE FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Agente de Apoio 01 Secretária Ensino Superior Incompleto (cursando)

Agente de Apoio 03 Técnico Administrativo 

Ensino Superior Completo

Agente de Apoio  01 Assistente de Execução

Ensino Superior Incompleto(cursando)

Agente de Apoio  07 Serviços Gerais Ensino Fundamental e Médio

Direção 01 Diretora Especialista

Direção 01 Diretora Auxiliar Especialista

Professor 03 Pedagoga Especialistas

Professor 03 Professor  Ensino Superior Completo

Professor  39 Professor Especialista

Professor  02 Professor Mestrado

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Garantir   a   aprendizagem   essencial   para   a   formação   de   cidadãos 

autônomos, conscientes críticos e participativos, capazes de atuar e transformar a 

sociedade em que vivem.

3.2 Objetivos Específicos

Possibilitar   ao   educando   o   conhecimento   progressivo   das   suas 

potencialidades,   nas   dimensões   biológicas,   psicológicas,   sociais   e 

espirituais.

Desenvolver   a   inter­relação   pessoal   e   inserção   social,   na   busca   do 

conhecimento e do exercício da cidadania.

Promover as relações humanas de toda comunidade escolar, de forma que 

todos   se   integrem   vivenciando   valores,   atitudes,   ideais   para   a   plena 

formação do cidadão.

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4. MARCO SITUACIONAL

A   sociedade   atual   passa   por   um   processo   de   busca   de   valores   e 

encontra­se de certa forma desorientada. Esta situação torna­se clara nas salas 

de  aula,  onde alunos se  apresentam desmotivados,  professores  encontram­se 

despreparados para enfrentar situações conflitantes e as inovações tecnológicas 

constantes. 

Sabemos que nenhuma mudança acontece em uma sociedade sem a 

presença da escola.  É  ela  que nos dá  o  alicerce para as  mudanças,  nos  dá 

ferramentas para construção de um mundo justo, com perspectivas para todos, 

onde o rico e o pobre possuem o mesmo potencial e podem ser avaliados sem 

distinção.

“O   aprender   contínuo   é   essencial   e   se   concentra   em   dois   pilares:   a 

própria pessoa como agente e a escola como lugar e crescimento profissional 

permanente”. (NOVOA, Antonio, Revista Escola, 08/2002, pág. 23).

A   busca   por   mudanças   nos   faz   acreditar   que   apesar   de   todos   os 

problemas e dificuldades encontradas, há caminhos que podem ser percorridos.

A   realidade  brasileira   vem passando  por  mudanças  e   compreender   o 

papel da educação como elemento de transformação social sendo a educação 

fundamental para definir estratégias na sociedade como um todo.

O Colégio São João a partir da realidade já descrita busca acompanhar 

os avanços da aprendizagem dos alunos enquanto sua significância na formação 

de sujeito que, instrumentalizados culturalmente, tenham consciência de sua ação 

transformadora à realidade histórico­social.

“Educação é uma prática social que não muda o mundo, mas o mundo 

pode ser  mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de  trabalho.  A 

educação é  um processo histórico  de  criação do homem para a  sociedade e 

simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.” (Pinto, 

1994)

Fundamentados   na   tendência   pedagógica   histórico­crítica   o   Colégio 

Estadual São João, compreende que através da educação é que se encontra a 

possibilidade de transformação social, a educação possibilita a compreensão da 

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realidade histórica social  e explicita o papel do sujeito construtor/transformador 

dessa mesma realidade.

A escola  tem papel  decisivo  no processo de socialização,  a  diferença 

qualitativa   do   trabalho   escolar   é   que   este   processo   será   mediado   pelo 

conhecimento histórico.

É   necessária  que  no  processo  de  transmissão  de conhecimento,  pelo 

educador,   o   conteúdo   seja   compreendido   pelo   aluno   com   a   possibilidade 

avançada de explicação. O diálogo estabelecido entre professor e aluno deverá 

ter sempre, como ponto de partida, o conhecimento na perspectiva da história, 

tornando­os cidadãos letrados. 

Como diz Demo (1992, pág. 25):

“O que marcaria a modernidade educativa seria a didática do aprender ou 

do  saber  pensar,  englobando  num  todo  só  a  necessidade  de  apropriação  do 

conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico...”.

4.1 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente

A escola vem passando por momentos de reflexão e transformação da 

prática   pedagógica   docente,   buscando   alternativas   para   os   problemas   reais 

encontrados no colégio.

A   indisciplina   e   a   evasão   escolar   desestruturam   nosso   ambiente 

educacional, bem como o desrespeito com professores em sala de aula, a falta de 

participação no desenvolvimento das atividades propostas, a negação em fazer 

trabalhos,   avaliações   e   até   mesmo   atividades   diferenciadas,   traz   como 

consequência uma baixa compreensão dos conteúdos e reprovações. A evasão 

escolar que percebemos ser próprio da cultura da comunidade é muito grande, o 

que   também   desfavorece   o   aprendizado,   este   vem   sendo   combatido   com 

conscientização,   práticas   pedagógicas   diferenciadas   e   atrativas   e 

encaminhamento  ao FICA,  programa do Estado em parceria  com o Conselho 

Tutelar  e  NRE,  e os problemas comportamentais  e  educacionais  estão sendo 

desenvolvidos   com   projetos,   aulas   diferenciadas,   uso   de   recursos   didáticos, 

pedagógicos e tecnológicos diversificados entre outros.

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5. MARCO CONCEITUAL

A   organização   das   sociedades   democráticas   demanda   cidadãos 

conscientes e participativos e para que os objetivos educacionais aconteçam o 

Colégio Estadual São João aborda as seguintes CONCEPÇÕES:

Sociedade:  A  sociedade  é   um agrupamento   tecido  por  uma serie  de 

relações   diferenciadas   e   diferenciadoras.   É   configurada   pelas   experiências 

individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas das 

atividades  humanas,  desenvolvendo   relações,   instaurando  estruturas  sociais  e 

produzindo bens, garantindo a base econômica.

Segundo   (PINTO,   1994)   a   sociedade   é   mediadora   do   saber   e   da 

educação   presente   no   trabalho   concreto   dos   homens,   que   criam   novas 

possibilidades   de   cultura  e   agir   social   a   partir   das   contradições   geridas  pelo 

processo de transformação da base econômica.

A escola em sua função social e a natureza do trabalho educativo deve 

tomar a  iniciativa e  fazer com que o educando saiba em qual  sociedade esta 

inserido, sendo assim, saberá tomar decisões, participar em grupos, ser membro 

ativo da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua 

vida.

Homem:   O   homem   é   um   ser   natural   e   social,   que   age   na   natureza 

transformando­a conforme suas necessidades, envolvendo múltiplas relações em 

determinado   momento   histórico,   assim   acumula   experiências   e   produz 

conhecimentos.   Sua   ação   é   intencional   e   planejada,   mediada   pelo   trabalho, 

produzindo bens materiais  e  não materiais  que são apropriados de diferentes 

formas.

O homem atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas 

relações familiares, comunitárias, produtivas, política, garantindo sua participação 

ativa e criativa as diversas esferas da sociedade.

Segundo   (SANTORO),   o   homem   é   aquele   que   na   sua   convivência 

coletiva compreende suas condições existenciais, transcende­as e reorganiza­as, 

caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.

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Conhecimento:  O Conhecimento  é  uma atividade humana que busca 

explicitar as relações entre homem e a natureza, sendo produzido nas relações 

sociais mediada pelo trabalho.

Conforme (FREIRE, 2003, P.59) o conhecimento é  sempre conhecimento 

de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma 

coisa.

O   conhecimento   humano   adquire   diferentes   formas:   senso   comum, 

científico, teológico, estético e filosófico, pressupõe diferentes concepções, muitas 

vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e o sobre o próprio 

conhecimento.

Educação: É uma pratica social, que muda o mundo, mas o mundo pode 

ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A educação 

é   um   processo   histórico   de   criação   do   homem   para   a   sociedade   e 

simultaneamente   de   modificação   da   sociedade   para   beneficio   do   homem. 

(PINTO, 1994).

A educação representa a própria historia individual do ser humano e da 

sociedade em sua evolução. Pois é um processo construtivo do ser humano, ela 

visa formar ao ser humano para gestar uma educação aberta.

Suas  finalidades são voltadas para  o aperfeiçoamento do homem que 

dela necessita para constituir­se e transformar a realidade.

Escola: É um espaço público para convivência, ambiente de aprendizado, 

troca de conhecimentos, lugar alegre que se faz amigo.

A escola   e as aprendizagens a que se destina, antes de serem objetos 

concretos   de   nosso   saber   e   nosso   querer,   estão   prefigurados   no   imaginário 

social,   no   campo   simbólico   da   fantasia,   onde   se   espelham   o   mundo   dos 

possíveis.

Tecnologia:   A   tecnologia   tem   um   impacto   significativo   não   só   na 

produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos 

padrões culturais existentes.

A   tecnologia   é   uma   ferramenta   sofisticada   e   alternativa   no   contexto 

educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou 

para a inserção social,  se vista como forma de estabelecer mediações entre o 

aluno e o conhecimento em todas as áreas.

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Segundo   (MACHADO,   2002)   é   preciso   implementar   no   sistema 

educacional   uma   pedagogia   mediante   a   qual   não   apenas   se   reforme   o 

ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem.

Cidadania:  É   um  processo   histórico  –   social   que   capacita     a  massa 

humana  a   ter   condições     de   consciência,   de  organização,   de  elaboração  de 

projetos de praticas onde passa a ser sujeito histórico do seu próprio destino.

A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação 

de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos 

de direitos e deveres.(MARTINS, 2000, p.530)

No momento o grande desafio é dar condições ao povo brasileiro de se 

tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção 

político­social e cultural.

Ensino­Aprendizagem:  O   processo   de   ensino­aprendizagem   está 

centrado no educando e compreende a organização do ambiente educativo, a 

motivação   dos   participantes,   a   definição   do   plano   de   formação,   o 

desenvolvimento   das   atividades   de   aprendizagem   e   a   avaliação.   Constitui 

essencialmente o  trabalho escolar,  pois  deve partir  do conhecimento prévio  e 

experiências   que   cada   aluno   traz   consigo.   O   professor   deve   realizar   os 

ensinamentos  de  forma que o aluno possa absorver  prazerosamente  e dessa 

forma assegurar a produtividade do processo ensino­aprendizagem, de forma que 

o aluno possa querer aprender.

Avaliação:  O   propósito   de   uma   avaliação   educacional   é   fornecer 

subsídios  para  que  os   responsáveis  pela  coordenação  e  desenvolvimento  de 

ações educativas possam tomar decisões   que permitam o aperfeiçoamento de 

processos e condições de ensino.

A   avaliação,   do   ponto   de   vista   critica,   não   pode   ser   instrumento   de 

exclusão de alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser 

democrática,   deve   favorecer   o   desenvolvimento   da   capacidade   do   aluno   de 

apropriar­se   de   conhecimentos   científicos,   sociais   e   tecnológicos   produzidos 

historicamente   e   deve   ser   resultante   de   um   processo   coletivo   da   avaliação 

diagnóstica, (VEIGA, 2005, p.32).

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No processo de ensino­aprendizagem a avaliação possui a finalidade de 

acompanhar  o  processo de construção coletiva  e   individual  da aprendizagem, 

julgar e atribuir valor a aprendizagem significativa do aluno.

Segundo (VILLAS BOAS, 2001) É possível construir o entendimento de 

avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só  do aluno, 

mas também do professor e da escola.

Por isso, abandona­se a avaliação unilateral pela qual o aluno é avaliado 

apenas pelo professor de forma classificatória, punitiva e excludente. A avaliação 

tem a   função  de  possibilitar   o   acompanhamento  dos  avanços/dificuldades  no 

processo de construção coletiva e individual, a fim de procurar soluções para as 

dificuldades   e   proporcionar   aprendizagem,   com   isso   a   avaliação   formativa 

pressupõe relevar a significância na formação de sujeitos que, instrumentalizados 

culturalmente   tenham   consciência   de   sua   ação   transformadora   da   realidade 

histórico­social.

Democratizar   a   avaliação   não   teria   sentido   se   não   democratizasse   a 

relação professor­aluno, tornando­a mais comunicativa, igualitária e dialogadora, 

democratizando   realmente   a   convivência   e   utilizando   informações   e   dados 

resultantes das avaliações para melhorar  todos os elementos que  intervêm no 

processo educativo. (BATALLOSO. 1995)

A   construção   de   uma   prática   avaliativa   democrática   deve   estar 

fundamentada nos princípios da participação, da transparência, da cooperação, 

do respeito, da igualdade, da autonomia, da emancipação e da inclusão.

5.1 Organização Interna da Escola

O Colégio Estadual São João tem sua organização escolar por séries, isto 

é, que vincula o aluno ao conjunto das disciplinas, no período de um ano.

O colégio oferta os níveis do ensino Fundamental e ensino Médio, que se 

compõem na organização abaixo:

Fundamental:

Manhã:03   turmas  +  02   turmas  de   sala  apoio  +  01   turma  de  sala   de 

recurso

Tarde: 04 turmas + 01 turma de sala de recurso

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Noite: 04 turmas

Médio:

Manhã: 01 turma

Noite: 03 turmas

Horário de funcionamento:

Manhã: 7:30hs às 11:40hs

Tarde: 13:15hs às 17:35hs

Noite:  18:50hs às 23:00hs

5.2   Gestão   Democrática:   acesso   permanência,   capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem

A nova ordem mundial se reflete diretamente no sistema educacional, em 

especial na gestão da educação num contexto de novas exigências de recursos 

humanos qualificados e sintonizados com as necessidades da democratização da 

sociedade. Nesse processo não se pode desvincular a gestão democrática na 

escola.   Encontramos­nos   numa   época   de   gestão   centrada   nos   princípios 

democráticos.  Esse processo  demanda  não só  uma mudança no conceito  de 

gestão, mas da própria pratica social da escola.

A concepção de  gestão  vem  incorporando  os  princípios  democráticos, 

que constitui um aprendizado que se processa no nível das instituições sociais, e 

que se expressa por suas práticas políticas e culturais.

Sociedade  e  escola  estão  dialeticamente   constituídas.  A  escola  como 

espaço   privilegiado   de   intervenção   traz   na   sua   essência   pedagógica   a 

possibilidade de construção de novos paradigmas e práticas que priorizem a via 

democrática na escola e na sociedade.

A   gestão   democrática   exige   uma   ruptura   histórica   na   prática 

administrativa da escola, necessitando de compreensão profunda dos problemas 

postos   pela   pratica   pedagógica,   ela   busca   a   socialização   através   da   pratica 

coletiva, da reciprocidade, solidariedade, e da autonomia.

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Segundo   (MARQUES,   1990,   p.21)   A   participação   ampla   assegura   a 

transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legitimas, 

garante  o   controle   sobre  os  acontecimentos  e,   sobretudo,   constitui   para  que 

sejam contempladas questões de outra forma não entrariam em cogitação. 

O  que  deixa   claro   perceber   que  a  gestão  democrática   no   interior   da 

escola para ser consolidado necessita de participação critica de toda comunidade 

escolar. 

A cultura democrática cria­se com prática democrática. Os princípios e as 

regras   dessa   prática,   embora   ligados   a   natureza   universal   dos   valores 

democráticos,  têm uma especificidade  intrínseca a natureza do projeto político 

pedagógico de cada escola ou sistema escolar. A escola não é democrática só 

por sua prática administrativa. Ela torna­se democrática por sua ação pedagógica 

essencialmente   educativa.   Por   isso   a   escola   como   instancia   educativa   de 

articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores, alunos 

e comunidade. Na escola não há lugar para burocratas nem súditos. Nela todos 

os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um processo 

coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de suas organizações 

e processos, a cidadania e a democracia. ( BORDIGNON,1993. p. 85­86).

A   democratização   da   educação   requer   igualdade   de   oportunidades   a 

todos   do   processo   educacional,   igualdade   de   condição   para   o   acesso   e 

permanência na escola, como alerta (SAVIANE, 1982 p.63) Há uma desigualdade 

no ponto  de  partida,  mas a   igualdade no ponto  de  chegada e  esta  deve ser 

garantida pela mediação da escola.

A   qualidade  do  ensino  ofertado  na  escola   tem  como  principio   formar 

cidadãos  ativos,   por   isso  é   fundamental   valorizar   a   formação  continuada  dos 

docentes da instituição escolar.

O reforço à  valorização dos profissionais da educação, garantindo­lhes 

direito   a   aperfeiçoamento   profissional   permanente,   significa   valorizar   a 

experiência e o conhecimento que os professores  têm a partir  de usa prática 

pedagógica. (VEIGA e CARVALHO 1994, p.51).

Os docentes devem estar preparados para a arte de ensinar, por isso o 

Colégio Estadual São João incentiva a formação continuada dos profissionais da 

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educação, visto que a reflexão permanente da prática educativa traz mudanças e 

adequações ao currículo escolar.

É o que afirmam (VEIGA e CARVALHO, 1994 p.50 ) O grande desafio da 

escola,   ao   construir   sua   autonomia,   deixando   de   lado   seu   papel   de   mera 

“repetidora” de programas de “treinamento” é ousar assumir o papel predominante 

na formação dos profissionais.

5.3 Currículo da Escola Pública

A nova  formulação curricular  do Ensino Fundamental  e  Médio procura 

atender   realidade  da  escola  pública  com base  em uma  visão   tripartite  dessa 

política   educacional:   currículo,   formação   de   professores   e   gestão.   Analisa, 

sobretudo,   o   processo   de   diversificação   e   flexibilização   na   nova   organização 

curricular   e   a   formulação   da   estrutura   curricular   escolarizada,   destacando   os 

conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização, bem como os acertos e 

desacertos da proposta curricular atual. 

Acreditamos  que   toda  mudança   curricular  é   parte   de  uma  política  de 

desenvolvimento  do  país,  e,  portanto,  o  currículo  deve expressar  coerência  e 

articulação   com   esse   projeto.   Isso   explica,   em   grande   parte,   porque   o 

planejamento curricular está adquirindo centralidade nas reformas educativas. Por 

isso busca o ideário de diversificação e flexibilização curricular, como forma de 

estabelecer   um   modelo   educacional   flexível   de   atendimento   às   diferentes 

clientelas;   baseando­se   na   autonomia   da   escola   e   do   aluno   na   adequação 

curricular, favorecendo o processo formativo contextualizado.

O Colégio  Estadual  São   João   construirá   a  estrutura   curricular  para  o 

Ensino   Fundamental   e   Médio   coletivamente   em   cada   disciplina   da   grade 

curricular,   precedida   nesta,   os   agentes   escolares   que   devem   levar   em 

consideração as diversas dimensões da autonomia da escola: a pedagógica, a 

administrativa, a jurídica e a financeira. 

Todos   esses   aspectos   devem   se   fazer­se   acompanhar   de   relações 

democráticas e horizontais no interior da escola e da sala de aula. Como formar o 

indivíduo autônomo e democrático,   que partícipe da vida social, tendo a escola 

como local privilegiado para essa formação.

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Na   nova   formulação   curricular,   definida   pelo   MEC   e   pelo   CNE,   as 

propostas   de   currículos,   a   serem   desenvolvidas   pelas   escolas,   devem   incluir 

competências   básicas,   conteúdos   e   formas   de   tratamento   dos   conteúdos 

coerentes com os princípios pedagógicos de identidade, diversidade e autonomia, 

e   também   os   princípios   de   interdisciplinaridade   e   contextualização,   adotados 

como   estruturadores   do   currículo   do   Ensino   Fundamental   e   Médio.   A 

interdisciplinaridade, que abriga uma visão epistemológica do conhecimento, e a 

contextualização,  que  trata  das  formas de ensinar  e  aprender  deve permitir  a 

integração do currículo: 

5.4 Configuração da Matriz Curricular ano 2009.

Matriz Curricular do Ensino Fundamental 

Período: Matutino e Vespertino

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Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Período : Noturno

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Matriz Curricular do Ensino Médio

Período: Matutino e Noturno

5.5 Trabalho Coletivo

A construção da estrutura educacional do Colégio São João vem sendo 

realizada com empenho coletivo de todos participantes do processo educacional e 

para concretizar essas ações alicerçar os princípios democráticos, valorizando a 

interação, o dialogo, a autocrítica, a autonomia e a descentralização do poder.

O  trabalho  coletivo  é  definido  por   (GUÉDEZ,  1982)  como um  recurso 

teórico­metodológico   que   explicita   os   propósitos,   as   normas   e   os   suportes 

epistemológicos de uma concepção educativa. Esse trabalho deve ser flexível e 

apoiar a tradução das ações a que serve.

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Para que se efetive o trabalho coletivo no colégio busca­se discutir temas 

relevantes em conjunto, tomar decisões coletivas e envolver toda comunidade na 

efetivação dos objetivos propostos.

Os   gestores   do   colégio,   a   equipe   pedagógica   e   docentes   por   serem 

profissionais aptos a desenvolverem suas atividades, vêm buscando unir forças 

para   a   plena   efetivação   do   trabalho   pedagógico   no   processo   ensino­

aprendizagem dos nossos educandos.

5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista

A educação  possibilita   a   compreensão  da   realidade  histórico   social   e 

explicita o papel do sujeito transformador dessa realidade. A escola tem sido o 

local onde o conhecimento cientifico é transmitido aos alunos.

Sabe­se que este conhecimento foi elaborado ao longo da historia pelos 

próprios   homens,   ou   seja,   o   conhecimento   é   fruto   da   produção   humana, 

produzido por homens inseridos num determinado contexto social.

A teoria sócio­interacionista foi desenvolvida por Vygotsky, na Rússia que 

elaborou   mais   de   200   estudos   científicos   sobre   Psicologia   contemporânea   e 

ciências humanas. Seu trabalho foi   influenciado por pesquisadores da área da 

lingüística e pelo pensamento marxista.

É na teoria dialética marxista de Marx e Engels que podemos identificar 

pressupostos filosóficos epistemológicos e metodológicos do sócio­interacionista. 

Seu estudo baseia­se no desenvolvimento da linguagem, pois é através dela que 

podemos designar os objetos do mundo exterior.

Baseados na pedagogia progressista empregada por Georges Snyders 

para designar as tendências que partindo de uma analise critica das realidades 

sociais, que sustentam implicitamente as finalidades sóciopolíticos da educação, 

deve ser considerada principalmente um instrumento de luta ao lado de outras 

pratica sociais. Tem como finalidade a educação permitir ao homem ser sujeito, 

construir­se como pessoa, estabelecer relações de reciprocidade, transformar o 

mundo e fazer história, enfim exercer verdadeiramente seu direito a cidadania.

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É através da função de comunicação entre os homens que acontece a 

preservação,   a   transmissão,   a   assimilação   de   informações   e   experiências 

acumuladas pela humanidade ao  longo da historia  e mais especificamente ao 

estudo das chamadas funções psicológicas superiores, tais como: a capacidade 

de planejamento, memória voluntária e imaginação controlada pelo individuo.

É   através   do   conhecimento   que   aprendemos   e   compreendemos   a 

realidade   que   estamos   inseridos.   Somos   ao   mesmo   tempo   consumidores   e 

produtores   de   conhecimento.   Interagimos   com   este   conhecimento,   dele   nos 

apropriamos e por ele somos transformados continuamente através das novas 

informações que recebemos e pelas experiências pelas quais passamos.

Na escola o conhecimento é   trabalho de uma produção conjunta entre 

professor­aluno, e esta relação especifica, não é mais uma interação aluno com 

outra pessoa qualquer, mas sim, alguém com função especifica, mediador entre o 

conhecimento   trazido  pelos  alunos  e  o   conhecimento   formal,   que   conhece   o 

processo de desenvolvimento do aluno, proporcionando assim a apropriação do 

conhecimento cientifico.

A escola tem um papel decisivo no processo de socialização, a diferença 

qualitativa   do   trabalho   escolar   é   que   este   processo   será   mediado   pelo 

conhecimento histórico.

É   necessário   que  no  processo  de   transmissão  do   conhecimento  pelo 

professor,  o  conteúdo seja  compreendido  pelo  aluno  com possibilidades mais 

avançada de explicação. Isto não significa desconsiderar as hipóteses formuladas 

pelos   alunos,   os   quais   têm   origem   nos   conhecimentos   do   senso   comum.   O 

dialogo estabelecido entre professor e aluno devera ter sempre, como ponto de 

partida, o conhecimento, na perspectiva da historia.

Outro ponto a considerar, segundo os novos paradigmas da educação, é 

educar pela pesquisa. Mas educar pela pesquisa requer em primeiro lugar que o 

professor seja ele um pesquisador, maneje a pesquisa com principio cientifico e 

educativo. A pesquisa precisa ser no ensino básico, o principal instrumento do 

processo educativo. 

Como diz ( DEMO,1992, p.25) O que marcaria a modernidade educativa 

seria a didática do aprender a aprender, ou do saber pensar, englobando num 

todo só a necessidade de aprovação do conhecimento disponível a seu manejo 

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criativo e critico...A competência que a escola deve consolidar e sempre renovar é 

aquela fundada na propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz 

da emancipação  das pessoas e da sociedade. Nesse contexto mera transmissão 

é  pouco, embora como insumo seja  indispensável. Em termos emancipatórios, 

competência   jamais   coincidiria   com   copia,   reprodução,   imitação.   Torna­se 

essencial   construir   atitude   positiva   construtiva,   crítica,   típica   de   aprender   a 

aprender.

Sendo   assim,   o   professor   deve   procurar   estratégias   que   facilitem   a 

capacidade  de  educar  pela  pesquisa.   Isso   requer  uma alteração  profunda  na 

prática pedagógica em sala de aula.  O profissional  da educação  terá  que ser 

competente para obter sucesso.

O educador  precisa  ser   um  investigador  permanente  em sua   área.  A 

educação esta baseada no aprender a aprender e não tem fim, renova­se dia­a­

dia   e   avança   rapidamente   para   uma   sociedade   moderna,   provocando   um 

processo ininterrupto de atualização.

A proposição metodologia do aprender envolve mais que a vontade de 

usar um meio para ensinar, ela propõe que os alunos e professores passem a ter 

a produção própria, que sejam criativos e envolventes. Que tenham acesso ao 

conhecimento   existente,   que   possam   dele   utilizar   e   construir   um   novo 

conhecimento.

5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico 

A  formação   do  pleno   cidadão  é   o   principal   objetivo  para  a   formação 

política pedagógica dos educandos do Colégio Estadual  São João,  que busca 

através desta proporcionar uma transformação a realidade por eles vivenciados.

A proposta se efetiva com a oferta de atividades adaptadas em sala, com 

atividades pedagógicas e recreativas extra­classe.

Também   ocorrem  participações   em   jogos  escolares,   projetos   culturais 

como   FERA,   COM   CIÊNCIA,   REBU   e   demais   eventos   ofertados,   todos   com 

objetivo   de   auxiliar   no   processo   pedagógico,   bem   como   proporcionar   uma 

aprendizagem significativa e prazerosa.

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6.MARCO OPERACIONAL

6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico

A   organização   das   sociedades   democráticas   demanda   cidadãos 

conscientes   e   participativos,   e   que   a   organização   do   trabalho   demanda 

trabalhadores intelectualmente ativos, e que as inovações tecnológicas,o uso de 

recursos como TV ­ pendrive, Paraná digital, internet  favorecem a ampliação da 

informação exigindo da escola, novas práticas de ensino, as políticas públicas 

precisam estar  comprometidas  com o   ingresso e  a  permanência  do  aluno na 

escola   e   a   realização   de   uma   pratica   pedagógica   direcionada   para   a 

aprendizagem.

A ação docente põe em movimento o projeto pedagógico, o planejamento 

da aula do professor, o conhecimento, o método, a avaliação, a recuperação, o 

interesse e a participação dos alunos também têm a organização do tempo, o 

método didático, tudo com finalidades do ensino aprendizagem.

No contexto escolar segundo ( VEIGA, 2004, p.56) O projeto pedagógico 

não se constitui na   simples produção   de um documento, mas na consolidação 

de um processo ação­reflexão­ação, que exige o esforço conjunto e a vontade 

política do coletivo escolar.

Sala de Apoio: Trabalho voltado para atender crianças com problemas 

relacionados  à   aprendizagem de   língua  Portuguesa  e  Matemática  dos  alunos 

matriculados na 5ª série do Ensino fundamental, no que se refere aos conteúdos 

de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas 

suas operações básicas e elementares.

Tem como objetivo estabelecer avaliação sobre os processos de 

aprendizagem elaborada pelos alunos que fazem parte do programa para, a partir 

do registro de dados estabelecer encaminhamentos necessários para nortear e 

articular o processo de ensino­aprendizagem desses alunos.

Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma) 

Sala de Apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a 

cada 03 (três) turmas de 5ª série ofertadas, independentemente do turno.

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A abertura da demanda automática no sistema será efetivada conforme 

segue: em turno contrário se as turmas de 5ª série forem do mesmo turno; em 

turno contrário ao que apresentar maior número de alunos matriculados nas 5ª 

séries, se as turmas forem de turnos diferentes.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua 

Portuguesa e Matemática – será de 04 horas­aula semanais para os alunos, 

devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não 

subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.

Sala de Recursos: Serviço especializado de Apoio Especializado de 

natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em 

classes comuns do Ensino Fundamental. Conforme instrução nº 013/08  do 

Conselho Nacional de Educação, entende­se como um processo educacional 

definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e 

serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, 

completar, suplementar e alguns casos, substituir os serviços educacionais 

comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento 

das potencialidades dos educandos que apresentam dificuldades acentuadas de 

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência 

Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

Com base nos dispositivos legais e referências apresentada, a educação 

especial   se   consolida   e   passa   a   ser   um   compromisso   social   a   partir   da 

organização de uma prática pedagógica, perpassando pelos diferentes níveis  de 

escolarização e evidenciando que esta não pode ser organizada de forma isolada 

ou   exclusa,   mas   no   conjunto   da   compreensão   da   totalidade   pedagógica   e 

interfaces do ensino básico.

Conforme assegura LDB em seu artigo 58, parágrafo 1 “ Haverá, quando 

necessário,   serviço   de   apoio   especializado   na   rede   regular   para   atender   as 

peculiaridades da clientela de educação especiais”.

Objetivos:

Através das salas de Recursos, objetiva­se:

- Resgatar  a  auto­estima dos alunos atendidos,  com vista  na  superação, 

gradativa e individual, de suas dificuldades acadêmicas;

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- Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando condições 

mais dignas de igualdade na vida acadêmica;

- Procurar através desse atendimento, melhorar a sua  integração social e 

escolar evitando, com isso, a evasão escolar;

- Envolver  esses alunos com a  comunidade escolar,  desenvolvendo uma 

consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de 

cada individuo;

- Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos, 

utilizando   metodologias   e   práticas   variadas   e   individualizadas,   quando 

necessário, ao atendimento acadêmico. 

Conteúdos:

Português: 

Escrita: 

1. Produção de textos;

2. Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma  escrita;

3. Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos;

4. Significado das palavras.

Leitura: 

1. Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas apresentadas 

nos  mesmos,   confrontando  as   idéias   contidas  e  argumentando  com 

elas, atribuir significados à palavras;

2. Fazer   contraste  de   textos,   sendo  esses  do  mesmo   tema;  mas   com 

linguagem diferente; do mesmo tema tratado em tempos diferentes.

3. Ler  com  fluência,  entonação  e   ritmo,  percebendo  a   importância  dos 

sinais de pontuação.

Linguagem oral: 

• Relatos   de   histórias,   fatos,   textos   variados,   filmes,   entrevistas   e 

reportagens, etc;

• Exposição   de   idéias   e   opiniões   com   seqüência,   coerência   e 

objetividade.

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Matemática: 

1. Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro operações;

2. Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória, concentração 

e operações numéricas; 

3. Interpretação e leitura de gráficos;

4. Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e registro; 

Metodologia:

A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma 

metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações 

reais e do dia­a­dia. Pois, através disso pretende­se resgatar o interesse e tornar 

as aulas mais agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam 

que suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de 

uma forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades 

de   cada   um,   tirando   as   dúvidas   mais   freqüentes   e   que   estão  bloqueando   o 

segmento do processo de ensino­aprendizagem.

Sendo assim, procurar­se­á, trabalhar com:

1. Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos;

2. Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico;

3. Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para que 

observem a forma correta da escrita;

4. Produção de textos utilizando sucatas em geral, recorte de revistas e jornais, 

personagens variados;

5. Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e 

reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia, 

acentuação e coesão textual;

6. Leitura de gibis e fichas de leitura; 

7. Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a 

identificação de sinônimos e significado das palavras, utilizando o dicionário e 

a lógica de sentidos;

8. Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de 

comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora;

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9. Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a 

concordância e pontuação;

10.Jogos de seqüência, para que observem a seqüência de fatos e produção de 

texto, reproduzindo a história seqüenciada;

11.Quebra­cabeças diversos;

12.Construção de frases, trava língua, poemas;

13.Atividades com jogo pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e 

atenção;

14.Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de divisão 

e multiplicação;

15.Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da teoria 

à prática;

16.Construção da tabuada utilizando o material dourado;

17.Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras;

18.Dominós;

19. Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores reais, 

que fazem ou fizeram parte do dia­a­dia, para que facilite a compreensão e 

associação do conteúdo à realidade e, paralelamente, estudando outras 

disciplinas;

Avaliação:

O processo de avaliação deverá ser orientado pela equipe de educação 

especial do NRE sendo que o processo de avaliação no contexto escolar para 

alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual deverá enfocar aspectos 

pedagógicos, acrescida de parecer de psicólogo. Para alunos com indicativos de 

Transtornos   Funcionais   Específicos   (distúrbios   de   aprendizagem   –   dislexia, 

disortografia, disgrafia e discalculia) deverá ter avaliação acrescida de parecer de 

psicólogo complementada com parecer de fonoaudiológico e/ou de especialista 

em   psicopedagogia.   Para   alunos   com   distúrbios   Funcionais   Específicos 

(transtornos de atenção e hiperatividade)  deverá  a avaliação ser  acrescido de 

parecer   psiquiátrico   e/ou   neurológico   e   complementado   com   parecer   de 

psicólogo.   Todas   as   avaliações   deverão   ser   registradas   em   relatório   e 

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sintetizadas   em   ficha   Síntese   devidamente   assinada   e   datada   por   todos   os 

profissionais que participaram do processo.

Assim Procurar­se­á  detectar como se encontra a realidade para poder 

definir a distância entre onde o aluno está e o que precisa atingir pela frente com 

relação ao conteúdo, o seu nível cognitivo e psicológico, fornecendo material para 

estabelecer qual a melhor metodologia a ser aplicado sendo um bom indicador do 

trabalho do professor orientando e melhorando seu planejamento.

Com isso, buscará visualizar a avaliação como um todo, englobando todo 

o processo, (antes, durante e depois) procurando entender o aluno como um todo, 

seu aspecto cognitivo e emocional, e suas pré­concepções sobre os conteúdos, 

para com base nestes dados, procurarmos elaborar estratégias pedagógicas que 

venham de encontro  com a  situação,  posteriormente  estabelecer  mecanismos 

para visualizar em conjunto com os alunos, o que foi assimilado, para podermos 

realizar   os   devidos  feedback,   em   um   primeiro   momento   em   grupo   e, 

posteriormente, de maneira individualizada de acordo com a necessidade.

A   avaliação   não   terá   um   caráter   classificatório,   pois   neste   processo 

entendemos que a aprendizagem terá um objetivo de superação e compreensão 

dos conteúdos defasados e,  portanto,  far­se­á  de  forma gradativa, processual, 

conceitual e individualizada dentro das dificuldades e avanços diários de cada um. 

FICA  ­ Ficha de Comunicação do aluno Ausente: programa do Governo 

Estadual do Paraná que vem criar uma rede de enfrentamento à evasão escolar e 

promover a inserção no sistema educacional das crianças e dos adolescentes que 

tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à escola.

É um importante instrumento para nossa realidade, visto que enfrentamos 

constantemente problemas relacionados a evasão escolar no Colégio. O combate 

a exclusão escolar é um compromisso não só dos educadores, mas de toda a 

sociedade.

O encaminhamento da ficha do FICA acontece quando professor detecta 

em sala de aula a freqüente ausência do aluno e comunica a equipe pedagógica 

que procura a família deste, para que o aluno volte freqüentar regularmente as 

aulas,  quando  isso não ocorre é   realizado encaminhamento da  ficha FICA ao 

Conselho Tutelar que também realiza trabalho nas famílias dos  aluno faltosos. 

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Recuperação   Paralela:   A   recuperação   é   um   dos   aspectos   da 

aprendizagem   no   seu   desenvolvimento   contínuo,   pelo   qual   o   aluno,   com 

aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão 

dos conteúdos básicos.

Por isso, o aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter 

aprovação   mediante   recuperação   de   estudos   e   demais   alunos   da   turma, 

proporcionado obrigatoriamente pelo estabelecimento de ensino, onde haverá um 

conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar as dificuldades dos 

alunos. Assim a recuperação paralela é feita durante todo o ano letivo através da 

retomada  dos   conteúdos   com metodologias  diferenciadas  durante  as  aulas  e 

posteriormente   realizar   avaliações   utilizando   instrumentos   diversificados   tais 

como:   avaliações   orais   ou   escritas,   trabalhos   individuais   ou   em   grupo, 

dramatizações, pesquisas bibliográficas, cientificas ou de campo, ou trabalho em 

classe ou extra­classe

6.2 Gestão Democrática: 

A escola cidadã que desejamos, compreende a existência de uma gestão 

democrática   pautada   numa   participação   ativa   de   toda   comunidade   escolar, 

portanto é um processo complexo e indeterminado.

É através da gestão democrática que se pode melhorar o ensino, pois 

pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade 

pelos   projetos   da   escola   proporcionando   assim   um   conhecimento   do 

funcionamento   da   escola   por   parte   de   todos   e   em   conseqüência   ocorrerá 

mudanças na postura e atitude de todos, pois todos são atores desse processo.

6.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar

Equipe   pedagógica:   O   setor   pedagógico   é   fundamental   ao 

funcionamento da escola como Instituição Educacional. É nele que acontecem as 

orientações   metodológicas   aos   professores   como:   planejamentos,   avaliações, 

dificuldades de ensino­aprendizagem, orientações para trabalhos extra­classe ou 

extra curriculares, pesquisas, palestras ou visitas; atendimento aos alunos com 

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dificuldades   de   aprendizagem   ou   problemas   disciplinares,   como   também 

atendimento   aos   pais   e   comunidade   escolar   que   procuram   a   escola   para 

acompanhar  o  rendimento escolar  de  seus  filhos.  Também organiza   reuniões, 

encontros pedagógicos com pais e professores e conselho de classe. O setor está 

organizado com arquivos onde constam informações pertinentes aos alunos, onde 

possui anotadas todas as informações.

Professor:   É   o   grande   agente   de   transformação   do   processo 

educacional, a alma de qualquer instituição de ensino é do professor, diz Gabriel 

Chalita, autor do livro “Educação a solução está no afeto”. Por isso o professor 

precisa   acreditar   no   que   diz   para   envolver   seus   alunos.   A   Grande 

responsabilidade para a construção de uma educação cidadã esta nas mãos do 

professor   e   só   conseguirá   fazer   com   que   o   aluno   aprenda   se   ele   continuar 

aprendendo, assim será um orientador para o desenvolvimento das habilidades 

dos alunos.

Os   docentes   do   Colégio   Estadual   São   João   necessitam   adequar 

conteúdos   e   atividades   conforme   as   especificidades   dos   alunos,   buscando 

sempre alternativas para que o pleno desenvolvimento educacional ocorra.

Conforme LDB, artigo 13, os docentes incumbir­se­ão de:

I participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 

ensino;

II elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica 

do estabelecimento de ensino;

III zelar pela aprendizagem dos alunos dos alunos;

IV   estabelecer   estratégias   de   recuperação   dos   alunos   de   menor 

rendimento;

V ministrar os dias letivos e horas­aulas estabelecidos, além de participar 

integralmente   dos   períodos   dedicados   ao   planejamento,   à   avaliação   e   ao 

desenvolvimento profissional;

VI colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e 

comunidade

Alunos: São as pessoas mais importantes de um colégio, visto que toda 

a   estrutura   escolar   existe   para   que   suas   necessidades   educacionais   sejam 

atendidas. A terminologia traz como pessoa que toma suas próprias decisões, 

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pessoa responsável, na sua individualidade. Porém nossos alunos em sua grande 

maioria necessitam de constante motivação e muita disciplina, pois a realidade 

social e cultural que possuem não auxilia nos estudos, tornando­os receptores de 

conhecimento. É constante a parceria dos professores, equipe pedagógica com a 

comunidade escolar a fim de buscar soluções para a falta de interesse, que em 

alguns casos torna­se evasão escolar.

Pais:  Hoje   com   as   constantes   mudanças   dos   padrões   de   família, 

precisamos de pais  que  realmente desempenhem o papel  de pai  e mãe com 

firmeza, que estejam prontos atenderem os filhos em suas necessidades básicas, 

atentos as diferentes fases do desenvolvimento pelas quais seus filhos passam.

A   comunidade   escolar   necessita   estar   presente   na   escola,   sendo 

fundamental para o Colégio poder contar com a participação dos pais em todo 

contexto educacional para assim poder desenvolver sua verdadeira função que é 

de formar cidadão crítico, consciente e ativo.

No entanto,  encontramos pais  ativos  e  participativos,  mas em número 

muito pequeno, pois a nossa realidade nos apresenta pais analfabetos ou semi­

analfabetos, que muito cedo perdem o domínio da vida de seus filhos, ou por 

inúmeros motivos os deixam tomar as decisões que acharem convenientes. 

Não deveria gerar filhos quem não quer dar­se ao trabalho de criá­los e 

educa­los, (PLATÃO).

Equipe administrativa: A recepção do Colégio é feita na secretaria, onde 

as pessoas são identificadas e encaminhadas aos diversos setores. A secretaria é 

responsável por toda documentação escolar dos alunos e pela vida funcional dos 

professores e funcionários. É um órgão muito importante e necessita de eficiência 

e responsabilidade para o bom andamento da instituição.

Como todo trabalho precisa ser avaliado e reencaminhado, a secretaria 

procura fazer modificações, buscando sempre atender a comunidade escolar da 

melhor forma possível dentro dos prazos estabelecidos.

Merenda escolar: O setor de alimentação é responsável pelo preparo e 

distribuição do lanche aos alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno. 

Esse setor   recebe  a  merenda  escolar  através  do  PNAE e   fundo destinado  a 

compra  de   alimentos   para   complementar   do   lanche  PEAE.   As  dependências 

físicas estão dentro das normas higiênicas estabelecidas pela saúde publica. O 

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colégio possui um refeitório para os alunos lancharem devidamente instalados, 

sendo  permitido  nesse   setor   somente  a  entrada  de  pessoas  autorizadas.  Na 

cozinha há todo equipamento necessário para o funcionamento, tendo um local 

próprio   para   guardar   a   merenda,   separado   da   cozinha.   A   preparação   dos 

alimentos   segue   cardápio   da   seed,   intercalando   alimentos   doces   e   salgados 

visando uma melhor nutrição,  também está  atendo as sugestões dos alunos a 

respeito   do   lanche,   adequando­as  para  agradar   ao  paladar   e   a   nutrição  dos 

mesmos.

6.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel

APMF:  A   associação   de   Pais,   Mestres   e   Funcionários   do   Colégio 

Estadual São João, não distribuirá lucros, bonificações e vantagens a dirigentes, 

conselheiros, mantenedores ou  integrantes, sob nenhum pretexto e empregará 

suas   rendas   exclusivamente   na   unidade   escolar,   atendendo   a   proposta 

pedagógica  e a manutenção dos objetivos institucionais.

No exercício de suas atribuições e APMF manterá  rigoroso respeito as 

disposições legais de modo a assegurar observância aos princípios fundamentais 

da política educacional vigente no estado, além de representar os reais interesses 

da comunidade escolar, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade 

de ensino, visando uma escola publica gratuita e universal

Aos membros da diretoria cabe a participação de todas as decisões de 

APMF, 

Com tratamento sem distinção e qualquer natureza, recebendo bem todos 

os participantes de atividades,  seja  ela   recreativa ou administrativa promovida 

pelo colégio.

Conselho   Escolar:  O   conselho   escolar   é   um   órgão   colegiado   de 

natureza   deliberativa,   consultiva   e   fiscal,   não   tendo   caráter   político­partidário, 

religioso,   racial   e   nem   lucrativo,   não   sendo   remunerado   seus  dirigentes  e/ou 

conselheiros. 

Colabora   no   regimento   e   funcionamento   da   escola,   compreendendo 

tomada de decisões, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das 

questões   administrativas  e   pedagógicas   fixadas  pela   secretaria   de  educação. 

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Será desenvolvido de forma coletiva, efetivando o envolvimento da comunidade 

escolar através de seus representantes eleitos na forma definida no Regimento 

Escolar.

O conselho escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma 

de   colegiado,   promovendo   a   articulação   entre   os   segmentos   da   comunidade 

escolar e os demais setores da instituição, constituindo­se como órgão auxiliar.

Grêmio   estudantil:  Os   Grêmios   Estudantis   compõem   uma   das   mais 

duradouras tradições da nossa juventude. Pode­se afirmar que no Brasil, com o 

surgimento   dos   grandes   Estabelecimentos   de   Ensino   secundário,   nasceram 

também os Grêmios Estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na 

formação   e   no   desenvolvimento   educacional,   cultural   e   esportivo   da   nossa 

juventude,   organizando   debates,   apresentações   teatrais,   festivais   de   música, 

torneios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis 

representam para muitos  jovens os primeiros passos na vida social,  cultural  e 

política.  Assim,   os   Grêmios   contribuem,  decisivamente,   para  a   formação  e   o 

enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.

O Grêmio  é   a  organização  dos  estudantes  na  Escola.  Ele  é   formado 

apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e 

esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse 

dos   estudantes,   que   não   fazem   parte   do   Currículo   Escolar,   e   também 

organizando   reivindicações,   tais   como   compra   de   livros   para   a   biblioteca, 

transporte gratuito para estudantes, e muitas outras coisas. 

O Grêmio Estudantil não terá caráter político­partidário, religioso, racial e 

também não deverá ter fins lucrativos.

A   organização,   o   funcionamento   e   as   atividades   do   Grêmio   serão 

estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente 

do Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação 

pertinente.

A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes 

do   Grêmio   serão   realizadas   pelo   voto   direto   e   secreto   de   cada   estudante, 

observando­se, no que couber, as normas da legislação eleitoral.

São sócios do Grêmio  todos os alunos matriculados e com freqüência 

regular.

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Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula 

para reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção geral e 

do professor da turma.

O Conselho  de  Representantes  de  Turma  será   eleito  anualmente,   no 

início do período letivo, em data fixada pelo Grêmio e/ou equipe pedagógica.

O Conselho de Representantes de Turmas é a instância intermediária e 

deliberativa do Grêmio e será constituído pelos representantes de turmas eleitos 

pelos alunos de cada turma em voto secreto. 

O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará  pelas dívidas ou 

outros compromissos assumidos pelo Grêmio .

A   realização   de   qualquer   evento   do   Grêmio   nas   dependências   do 

Estabelecimento deverá ser precedida de autorização do Conselho Escolar.

Quando   da   realização   de   qualquer   evento   ou   reunião   no   interior   do 

Estabelecimento,  o Grêmio será   responsável  pela  manutenção da  limpeza, da 

ordem e por qualquer dano ao patrimônio ou a material do Estabelecimento.

As atividades do Grêmio serão supervisionadas pelo Conselheiro ( que 

deverá  ser um profissional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor e/ou 

alunos)

Ao Conselheiro compete:

I.  acompanhar as atividades do Grêmio comparecendo à  sua sede no 

mínimo uma vez por semana;

II. informar à Direção do Estabelecimento sobre as atividades do Grêmio;

III. apresentar sugestões para o melhor funcionamento do Grêmio e seu 

relacionamento com a Direção do Colégio;

IV. comunicar com antecedência à Direção seu afastamento, justificando­

o.

V.   responder   junto   às   instituições   bancárias   pela   abertura   e 

movimentação de conta­ corrente do Grêmio Estudantil.

O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado à 

Assembléia Geral dos alunos e ao Conselho Escolar ao final de cada mandato.

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6.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos

Lei   da   Cultura   Afro­Brasileira   e   Africana   ­  Fruto   das   constantes 

reivindicações do movimento negro no Brasil, a Lei 10.639/2003, aprovada pelo 

Presidente  Lula,  estabelece a obrigatoriedade do ensino de História  e Cultura 

Afro­Brasileira nos estabelecimentos educacionais do país. É o reconhecimento 

da influência das muitas culturas africanas na formação da cultura nacional. 

No Brasil,  um país  predominantemente  marcado pela  miscigenação,  a 

definição de uma identidade nacional é deveras controversa. Das três principais 

influências atuantes durante o desenvolvimento do povo brasileiro, a ameríndia, a 

européia   e   a   africana,   ora   sobressaem­se   individualmente,   em   espaços 

determinados,   ora   amalgamam­se   e   produzem   um   novo   modelo   detentor   de 

aspectos  próprios  às   três   fortes  culturas.  Percebe­se,  por   parte  de  alguns,  a 

concessão de distintas participações e funções nesta construção de identidade 

nacional, Por conta de insistentes reivindicações através de décadas, nas quais 

foi fundamental a participação de movimentos organizados, foi aprovada uma Lei 

que obriga a inclusão no currículo do ensino fundamental e médio, tanto na rede 

privada quanto na particular, do ensino de Cultura e História Afro­brasileira.

Assim,   a   lei   10.639/2003   institui,   não   só   os   conteúdos   referentes   à 

História   e   Cultura   Afro­Brasileira   e   Africana   para   ser   trabalhada   de   maneira 

obrigatória   nas   escolas   brasileiras,   mas   abre   espaço   para   a   Educação   das 

relações   Étnico­Raciais,   que   certamente   engloba   todos   os   grupos   étnicos   e 

sociais que contribuíram para a formação do país.

Visualizar o contexto da época em que a idéia de Democracia Racial se 

constituiu, as ideologias que levaram a população, inclusive coercitivamente, ao 

seu   encucamento,   bem   como   a   analise   reflexiva   de   todo   esse   processo, 

procurando   associar   a   teoria   ao   cotidiano   das   relações   sociais,   consumiu 

laborioso tempo.

As   leituras   e   reflexões   foram   fundamentais   para   a   constituição   da 

pesquisa.   No   entanto,   elas   ainda   não   foram   finalizadas,   algo   que   parece 

desnecessário  registrar,  pois sempre vai  existir  um novo material  para o  leitor 

conhecer. Mas todo esse processo já  garantiu­nos perceber que transformar a 

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sociedade e torna­la pluri­étnica e não só eurocentrica é a proposta de mudança 

da Lei 10.639/2003.

Conhecer a idéia de Democracia Racial existente na sociedade brasileira 

para   daí   perceber   e   compreender   a   necessidade   da   instituição   da   Lei 

10.6369/2003,vem   por   meio   de   projetos   apresentar   aos   alunos   do   Colégio 

Estadual   São   João   conteúdos   que   oportunizam   aprofundar­se   nas   relações 

existentes da cultura afro em nosso cotidiano e assim valorizar nossas raízes, 

sendo sabedores da importância e da necessidade de conhecer e compreender 

os costumes da cultura Afro com momentos de integração e aprendizagem da 

história, que faz parte do nosso dia­a­dia mas, que pouco conhecemos sobre sua 

origem.

INCLUSÃO ­  Hoje,  no Brasil,  milhares de pessoas com algum tipo de 

deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo 

excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social  de pessoas 

com   deficiência   ou   alguma   necessidade   especial   é   tão   antigo   quanto   a 

socialização do homem. 

A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou 

os   portadores   de   deficiência,   marginalizando­os   e   privando­os   de   liberdade. 

Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo 

de atitudes preconceituosas e ações impiedosas. 

A   literatura   clássica   e   a   história   do   homem   refletem   esse   pensar 

discriminatório,   pois   é   mais   fácil   prestar   atenção   aos   impedimentos   e   às 

aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas. 

Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido 

e   implementado   a   inclusão,   nas   escolas,   de   pessoas   com   algum   tipo   de 

deficiência  ou  necessidade especial,   visando  resgatar  o   respeito  humano e  a 

dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos 

os recursos da sociedade por parte desse segmento. 

Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a 

formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo que o 

seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a 

participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembléia geral, 

na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994. 

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Este  evento   teve  como culminância  a   "Declaração de Salamanca",  da 

qual transcrevem­se, a seguir, pontos importantes, que devem servir de reflexão e 

mudanças da realidade atual, tão discriminatória. 

"Acreditamos e Proclamamos que: 

­   toda criança  tem direito   fundamental  à  educação e deve ser  dada a 

oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; 

­   toda   criança   possui   características,   interesses,   habilidades   e 

necessidades de aprendizagem que são únicas; 

­   sistemas   educacionais   deveriam   ser   designados   e   programas 

educacionais  deveriam ser   implementados no sentido de se  levar  em conta a 

vasta diversidade de tais características e necessidades; 

­ aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à 

escola regular, que deveria acomodá­los dentro de uma Pedagogia centrada na 

criança, capaz de satisfazer tais necessidades; 

­ escolas regulares, que possuam tal orientação inclusiva, constituem os 

meios   mais   eficazes   de   combater   atitudes   discriminatórias,   criando­se 

comunidades  acolhedoras,   construindo  uma  sociedade   inclusiva  e  alcançando 

educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à 

maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da 

eficácia de todo o sistema educacional. 

Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles: 

­ atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de 

seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as 

crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais; 

­ adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política, 

matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes 

razões para agir de outra forma; 

­ desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em 

países que possuam experiências de escolarização inclusiva; 

­   estabeleçam   mecanismos   participatórios   e   descentralizados   para 

planejamento,   revisão   e   avaliação   de   provisão   educacional   para   crianças   e 

adultos com necessidades educacionais especiais; 

­   encorajem   e   facilitem   a   participação   de   pais,   comunidades   e 

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organizações   de   pessoas   portadoras   de   deficiências   nos   processos   de 

planejamento  e   tomada de decisão concernentes à  provisão de serviços para 

necessidades educacionais especiais; 

­ invistam maiores esforços em estratégias de identificação e intervenção 

precoces, bem como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva; 

­ garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de 

treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a 

provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas. 

EDUCAÇÃO FISCAL ­ Estudo da Secretaria de Política Econômica do 

Ministério da Fazenda demonstra a existência de um perverso paradoxo: a carga 

tributária no Brasil equivale à média da OCDE. No entanto, o  padrão de vida da 

população desses países é sensivelmente mais elevado e a distribuição de renda 

muito mais eqüânime que a nossa.

Vinod Thomas, diretor do Banco Mundial no Brasil sustenta que “de todo 

dinheiro aplicado pelo governo federal em políticas sociais, apenas cerca de 20% 

chega aos mais pobres”. (Carta Capital n° 267/2003, p. 47).

Esses fatos demonstram o baixo nível de empoderamento da sociedade 

brasileira,   isto é,  a capacidade da população, especialmente as camadas com 

pouco acesso à  educação formal, de se assenhorar de mecanismos eficazes de 

participação popular  e controle sobre as ações  do Estado.

A   Lei   de   Responsabilidade   Fiscal   cumpre   tarefa   importante   ao 

estabelecer rigoroso controle, padronização e transparência nas contas públicas. 

No entanto, está eivada de grave defeito de origem que urge ser corrigido: prioriza 

o superávit primário em detrimento  dos gastos sociais e investimentos em infra­

estrutura.

Obviamente   todos  nós   somos  a   favor   de  uma   responsabilidade   fiscal 

enquanto   guardiã   da   austeridade   no   trato   das   finanças  públicas,   mas  o   que 

queremos   deixar   claro   é   essa   austeridade   não   basta   por   si   só,   deve   estar 

acompanhada do estabelecimento de metas prioritárias.

Assim   o   Colégio   Estadual   São   João   por   se   tratar   de   um   espaço   de 

aprendizagem   vem   por   meio   de   debates,   momentos   de   conversa   e   estudo 

orientar   seu   educandos   quanto   aos   seus   direitos   para   que   haja   uma   real 

educação fiscal.

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PROJETOS DO ESTABELECIMENTO

Ciclo de Palestras

Temas abordados:

Sexualidade;

Drogas licitas e ilícitas;

Higiene Bucal;

Conscientização dos pais e alunos em relação a indisciplina, conservação 

do ambiente escolar e assiduidade;

Disciplina;

Auto­estima entre outros

Apresentação

Frente   a   realidade   que   encontramos   inseridos   nossos   alunos,   que 

vivenciam   e   participam   de   ambiente   inadequado   ao   seu   desenvolvimento 

saúdavel, procuramos­nos proporcionar abordagens significativas para o seu dia­

a­dia   com   propósito   de   contribuir   para   superação   e   fortalecimento   de   sua 

comunidade, já que são cidadãos capazes de fazer a diferença.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Proporcionar aos alunos informações para uma qualidade de vida melhor, 

através da conscientização e de sua valorização pessoal  inserindo­se em uma 

sociedade saúdavel.

Objetivos Específicos

Estabelecer relações entre a comunidade escolar e profissionais da saúde, 

segurança pública, justiça e meio ambiente;

Desenvolver   programa   continuado   de   cuidados   com   seu   corpo,   meio 

ambiente, direitos e deveres;

Sensibilizar os alunos para prevenção referente aos temas abordados.

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METODOLOGIA

Sexualidade – palestra  com enfermeiras  e  médicos,  questionamentos  e 

debates;

Drogas – Fala de uma policial especialista na área, com apresentação em 

data­show, abertura a questionamento e debates;

Higiene Bucal – profissionais do posto de saúde especializados em saúde 

bucal, com demonstrações de escovação e questionamentos;

Meio Ambiente – Visita ao Horto Florestal – IAP, para verificar processo de 

plantio,  diversidades  de  mudas,   trilha  ecológica  e  plantio  na  escola  de 

mudas;

Conscientização  de  pais  e  alunos  quanto  a   indisciplina  –  palestra  com 

promotor, abertura para questionamentos.

PROJETO RECREAÇÃO 

GINCANA DO ESTUDANTE:

Justificativa

Os educandos, em sua maioria, apresentam­se apáticos à aprendizagem 

e resistem a qualquer atividade proposta em sala de aula.

O que se propõe com a I Gincana do Estudante é pois, tirá­los da sala de 

aula, além de mostrar o quanto eles são importantes para a comunidade escolar, 

pretende­se estimular a participação, o agir em equipe e o respeito às diferenças.

Espera­se que o aluno perceba que participar é bom, que saber pode ser 

prazerosos e comportar­se como cidadão reverte em benefícios para o coletivo 

(equipe).

Objetivos

Objetivo Geral

Valorizar os estudantes, presenteando­os com um momento de lazer que 

além, de promover a recreação, também tem fins educativos.

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Objetivos Específicos

Suscitar   o   espírito   de   equipe,   oportunizando   ao   aluno   organizar­se 

discutir, argumentar e negociar com os colegas para atender ao cumprimento das 

provas;

Promover a conscientização da importância da disciplina, uma vez que as 

equipes deverão cumprir normas estabelecidas em regulamento, para que 

a gincana transcorra de forma organizada;

Levantar a auto estima do educando e, ao mesmo tempo, mostrar a ele 

que aprender e participar pode ser divertido;

Desenvolvimento

O projeto aplicar­se­a nos três turno (matutino, vespertino e noturno) à 

aluno do Ensino Médio e Fundamental.

Primeiramente, serão formadas as equipes a critério dos alunos, desde 

que sejam mistas, ou seja contendo integrantes de todas as séries.

Após o  término das  inscrições, haverá  uma reunião com os chefes de 

equipe   para   a   explicação   do   regulamento   e   distribuição   antecipadamente   e 

apresentadas no dia da gincana: grito de guerra, confecção de um brinquedo à 

partir de sucata e encenação de um quadro televisivo sorteado na mesma.

Cada   equipe   deverá   escolher   no   ato   da   inscrição,   um   professor 

coordenador que o auxiliará  na organização e no desenvolvimento das provas 

antecipadas.

No   dia   da   realização   da   gincana   será   demarcado   espaço   para   cada 

equipe e relembrando que os integrantes deverão permanecer nos lugares, fazer 

silêncio durante a explicação das provas e evitar qualquer tipo de agressão, sob 

risco da mesma ser penalizada, conforme previsto no regulamento.

A gincana deverá   iniciar­se pela apresentação das provas antecipadas, 

que serão julgadas por uma comissão composta por professores e funcionários 

da escola.

Na   sequência,   desenvolver­se­ão   de   forma   intercalada   as   provas 

recreativas(prova da esponja, cabo de guerra, balas de farinha, dança da laranja, 

futebol  de  pés amarrados)  e  as provas de conhecimentos  gerais   (cruzadinha, 

adivinhações e teste de conhecimento).

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Apurada a pontuação, deverá ser feita a premiação e o encerramento das 

atividades com um lanche especial em homenagem ao dia do estudante.

Recursos

Para   a   avaliação   das   atividades   será   necessário   o   seguinte   material: 

garrafas PET, esponjas, baldes, corda, bola, cópia de uma cruzadinha, cópias de 

atividades   com   adivinhas,   sino,   cronometro,   apito,   caixa   e   aparelho   de   som, 

microfone, fita crepe e medalhas.

PROGRAMA   SUPERAÇÃO:  Após   o   recebimento   do   Programa 

Superação, reunimo­nos Direção, Equipe Pedagógica e professores para discutir 

e   buscar   soluções   cabíveis   as   necessidades   educacionais   e   sociais   que 

enfrentamos, como:

Aplicação da prova diagnóstica com conteúdos trabalhados no 1º 

semestre;

Maior ênfase ao Projeto de leitura já desenvolvido pela escola;

Realização de atividades em sala de aula, com mais significado, atração e 

letramento;

Aplicação de palestras aos pais e alunos que venham de encontro com as 

necessidades que possuímos como: combate ao  fumo, higiene,  drogas, 

relação familiar;

Conversas periódicas entre professores e equipe pedagógica para buscar 

soluções as dificuldades enfrentadas em sala de aula;

Utilização sempre que necessário das fichas da FICA para diminuirmos o 

alto índice de evasão e reprovação por faltas;

6.4 Recuperação Paralela: 

A   recuperação   é   um   dos   aspectos   da   aprendizagem   no   seu 

desenvolvimento contínuo,  pelo  qual  o aluno,  com aproveitamento  insuficiente, 

dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão dos conteúdos básicos.

Por isso, o aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter 

aprovação   mediante   recuperação   de   estudos   e   demais   alunos   da   turma, 

proporcionado obrigatoriamente pelo estabelecimento de ensino, onde haverá um 

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conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar as dificuldades dos 

alunos. Assim a recuperação paralela é feita durante todo o ano letivo através da 

retomada  dos   conteúdos   com metodologias  diferenciadas  durante  as  aulas  e 

posteriormente   realizar   avaliações   utilizando   instrumentos   diversificados   tais 

como:   avaliações   orais   ou   escritas,   trabalhos   individuais   ou   em   grupo, 

dramatizações, pesquisas bibliográficas, cientificas ou de campo, ou trabalho em 

classe ou extra­classe

6.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.

Para   a   reformulação   e   construção   do   Projeto  Político   Pedagógico   do 

Colégio Estadual São João contou­se com a colaboração da equipe pedagógica, 

direção e professores e funcionários que colaboraram na fundamentação teoria 

pedagógica deste. Levando­se em consideração questionário realizado com as 

famílias   da   comunidade   escolar.   O   Colégio   também   dispõe   de   recursos 

financeiros  destinado pelo  governo Federal  e  governo Estadual  os  quais  vem 

contribuir para a efetiva realização desse projeto.

6.6 Critérios para elaboração do calendário escolar, horários letivos 

e não letivos.

O Calendário  escolar  organizado  anualmente  segue  determinações da 

Secretaria Estadual de Educação que determina o inicio e o fim das atividades 

escolares   contemplando   os   200   dias   letivos.   Contem   nestas   também   datas 

determinadas para os conselhos de classe, reuniões pedagógicas, capacitação, e 

demais especificidades da  Instituição.  Visando a oferta de ensino adequada e 

vigente  em  lei,   garantindo  o  pleno  desenvolvimento  do  processo  de    ensino­

aprendizagem.

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6.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos

Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em 

torno da escola no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da 

escola na mão também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco 

ainda,  considerando o  trabalho  intenso que se põe diante de nós que é  o de 

assumir esse país democraticamente. (PAULO FREIRE)

A escola pública é um espaço de exercício do direito e da cidadania. A 

educação de qualidade também depende da organização da escola. É função da 

escola   formar  um cidadão,  assegurando a  este  o  acesso e  a apropriação do 

conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propicio às 

aprendizagens significativas, com práticas de convivência democrática.

Para favorecer essa formação, o projeto político pedagógico do Colégio 

Estadual São João constitui um norte orientador das atividades curriculares e da 

organização e utilização dos espaços educativos, que se expressa nas práticas 

cotidianas   traduzindo  os   compromissos   institucionais   relativos   aos  direitos   de 

todos, sem distinção de qualquer natureza ao acesso à educação escolar pública 

e de qualidade.

O colégio organizou­se de forma adequada, visto que nossas estruturas 

físicas   possuem   uma   excelente   estrutura,   adequadas   aos   novos   padrões 

dispostos em  lei,  atendendo aos portadores de necessidades especiais,  como 

segue em tabela abaixo:

Espaços Físicos Nº de salas Condições de uso NecessidadesSalas de aula 07 boa Pequenos reparosSecretaria 01 boa Não háSala da direção 01 boa Não háSala  Pedagogas 02 boa Não háSala dos profº 01 boa Não háAlmoxarifado 01 boa Pequenos reparosWC Professores 02 boa Pequenos reparosWC feminino 02 boa Pequenos reparosWC Masculino 02 boa Pequenos reparosWC deficientes 01 boa Pequenos reparosSala de vídeo 01 boa Não háBiblioteca 01 boa Não háSala de Muti­uso 01 boa Pequenos reparosSala de Informática 01 boa Não háLaboratório 01 boa Não há

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 Cozinha 01 boa Pequenos reparosRefeitório 01 boa Pequenos reparosElevador 01 boa Não háQuadra esportiva 01 razoável Cobertura/ampliação

Pintura e reparos

Nestas   instalações  são  utilizadas  carteiras,   cadeiras,  quadros,  murais, 

aparelhos   eletrônicos,   acervo   bibliográfico   e   didático   em   bom   estado,   tudo 

visando oportunizar a aprendizagem dos nossos educandos.

6.8   Critérios   para   organização   de   turmas   e   distribuição   por 

professor, em razão de especificidades.

Seguindo as determinações a SEED as  turmas do ano  letivo de 2009 

foram organizadas conforme tabela abaixo:

SÉRIE Nº DE TURMAS TURNO Nº DE ALUNOS5º 02 T 666º 03 M/T/N 677º 03 M/T/N 478º 02 M/N 481º E.M 02 M/N  562º E.M 02 M/N 223º E. M 02 M/N 19TOTAL 16 M/T/N 325

Fonte: Secretaria do Colégio Estadual São João

Legenda: M ­ manhã         T – Tarde         N – Noite

A organização das turmas referentes a disciplinas e professores segue 

determinações   da   SEED,   cumprindo   carga   horária   estabelecida   de   forma 

presencial. Também são ofertadas Salas de Apoio em Português e Matemática e 

Sala de Recurso em contra­turno, o projeto Segundo Tempo,Viva­escola e Celem.

6.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do 

currículo. Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico

A  avaliação   dos  docentes   que  atuam  no  Colégio  Estadual   São   João 

acontece mediante avaliação realizada semestralmente em formulário pelo plano 

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de   carreira   enviada   pela   SEED   que   avalia   a   Participação,   Produtividade, 

Pontualidade e a Assiduidade. Essa avaliação é   realizada com a presença do 

professor e da equipe pedagógica, sendo observado o desempenho e a postura 

do professor em sala de aula, nas atividades extra­classe e no cumprimento ao 

regimento escolar bem como em decisões do colegiado.

Os   demais   funcionários   também   são   avaliados   semestralmente   pelos 

alunos e colegas do Colégio, quanto ao seu desempenho: qualidade do trabalho, 

relacionamento,   responsabilidade   e   comprimento   das   atividades.   Nessas 

avaliações é possível fazer sugestões de mudança.

6.9.1 Avaliação Institucional

A avaliação  Institucional  é  entendida como um processo da  Instituição 

escolar em sua totalidade, favorecendo assim seu auto­conhecimento na gestão 

democrática, projeto político pedagógico, identidade, missão e objetivos da escola 

para a melhoria do ensino em todos os aspectos.

Oportunizando  a  escola   como  espaço  de  produção  e   socialização  do 

conhecimento e das relações.

Conforme   diz   (LIBANEO   2004   p.235)   A   avaliação   diz   respeito   a   um 

conjunto  de ações voltadas para o estudo sistemático de  um  fenômeno,  uma 

situação, um processo, um evento, uma pessoa tentando emitir um juízo de valor. 

Nesse aspecto, a avaliação propõe a coleta de  informações,  tendo diversos e 

diferentes meios de verificação dos aspectos avaliados para, com base nos juízos 

de valor, tomar decisões.

Também é entendido como um processo continuo de aperfeiçoamento e 

melhorias que devem ser utilizados para proporcionar um diagnóstico critico do 

desempenho   como   instituição  de  ensino  e  como  membro  ativo  da  sociedade 

democrática. Segundo (GADOTTI) Não se constitui numa prática constante. Ela é 

algo a ser instituído num instante onde não se existe cultura de avaliação.

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A avaliação deve servir como ferramenta de gestão para direcionar as 

práticas educativas na escola, buscando reflexões sobre a efetiva consolidação 

da identidade da escola.

A   escola   que   passa   por   um   processo   avaliativo   sério   e   participativo 

descobre sua identidade e acompanha sua dinâmica. Muita coisa aprende­se com 

esse processo. Mas o que fica de importante é  a vivencia de uma caminhada 

reflexiva, democrática e formativa. Todos crescem. Os dados coletados mudam, 

mas vivencia marca a vida das pessoas e renova esperanças e compromissos 

com um trabalho qualitativo e satisfatório para a comunidade escolar e para a 

sociedade. Avaliação Institucional é, portanto, um processo complexo  e não há , 

pronto para o consumo, um modelo ideal e único para as escolas, ela precisa ser 

construída.   É   o   desafio   de   uma   longa   caminhada   possível   e   necessária. 

(FERNANDES, 2002 p.140)

6.9.2Avaliação da Proposta Curricular 

Nos anos letivos de 2008 e 2009 o corpo docente do Colégio Estadual 

São João realizou leitura das Diretrizes Curriculares Estaduais, adequando­as aos 

conteúdos necessários a realidade educacional de nossa comunidade escolar.

6.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O   processo   de   Avaliação   do   projeto   Político   Pedagógico   ocorrerá   de 

forma   coletiva   com   a   comunidade   escolar,   onde   serão   realizadas   leituras, 

avaliação,   reavaliação  e  quando  necessário  ajuste  no  mesmo adequando­o  a 

realidade de nosso colégio e as novas instruções enviadas pela SEED/MEC.

6.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos

A   escola,   deverá   sempre   representar   um   espaço   democrático   e 

emancipatório   por   excelência,   constituindo­se   juntamente   com   a   família,   em 

extraordinária agencia de socialização do ser humano, destinada aos propósitos 

de formação, valorização e respeito ao semelhante.47

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A   permanência   do   aluno   no   Colégio   e   aprendizagem   não   depende 

somente da escola, mas envolve ações da família e da comunidade onde vivem 

por   isso   faz   se   necessário   constante   mobilizações   para   a   permanência   dos 

mesmos no ambiente escolar.

O colégio São João recebe seus alunos egressos seguindo deliberação nº 

09/01 – CEE, seguido medidas administrativas contidas no artigo 23 da mesma.

6.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa

Prática emancipadora com função diagnóstica permanente e continua, é 

um meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática 

pedagógica para a intervenção, reformulação desta prática e dos processos de 

aprendizagem   (formativa).   Pressupõe   tomada   de   decisão,   o   aluno   toma 

conhecimento   dos   resultados   de   sua   aprendizagem   e   organiza­se   para   as 

mudanças necessárias.

Segundo   (LUCKESI,   p.32,1997)   a   avaliação   educacional   deverá 

manifestar­se como um mecanismo de diagnostico da situação, tendo em vista o 

avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora.

A avaliação é parte  integrante e fundamental do processo educacional. 

Por meio dela, o professor/educador diagnostica a aprendizagem dos alunos e 

obtém indícios para refletir  e melhorar sua própria pratica pedagógica, a auto­

avaliação.

A ação educativa visa modificações, promove um julgamento nos sujeitos 

nela  envolvidos,  processando um  juízo de dificuldades ou qualidades,  que  irá 

intervir na aprendizagem. Desta ação de aprender, devemos articular provocar, 

adequar   estratégias   para   tais   modificações.   Numa   concepção   de   educação 

democrática, emancipatório e formativa voltada para o sucesso da aprendizagem 

e inclusão de princípios com o comprometimento social, segundo (PERRENOUD, 

1999, p.10).

Nada se transforma de um dia para o outro no mundo escolar, porque a 

inércia é por demais forte, nas estruturas, nos textos e, sobretudo nas mentes, 

para que uma nova idéia possa se impor rapidamente, no entanto, lentamente a 

escola muda.  A maioria dos sistemas declara agora favorecer uma pedagogia 

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diferenciada e uma maior individualização das trajetórias de formação: também a 

avaliação evoluiu... Todavia nada está pronto!

A   avaliação   do   aproveitamento   escolar   será   feita   pela   observação 

continua e constante do educando pelo seu desempenho em produções orais e 

escritas,   trabalhos   coletivos   e   individuais,   pesquisa   cientifica,   de   campo, 

atividades   extra­classe,   com   formas   de   modalidades   que   se   mostrarem 

necessárias, aconselháveis e possíveis no cotidiano.

O   grande   desafio   do   ensino­aprendizagem   relaciona­se   com   a 

possibilidade de aperfeiçoamento do processo, obtendo uma função diagnostica 

permanente e continua.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo 

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio 

trabalho   com   a   finalidade   de   acompanhar   e   aperfeiçoar   o   processo   de 

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir valor, 

dando   possibilidades   ao   professor   para   tomar   decisões   quanto   ao 

aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

A avaliação  também deve  permitir  a   reformulação  do  currículo  com a 

adequação   dos   conteúdos   e   métodos   de   ensino,   possibilidades   de   novas 

alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema de 

ensino como um todo.

Como a avaliação escolar deverá  incidir sobre o desempenho do aluno 

em diferentes experiências de aprendizagem é vedada apenas uma oportunidade 

de avaliação sendo no mínimo três avaliações no bimestre conforme regimento 

escolar.  Seguindo  estas  a   formula  da  média  aritmética  adotada  pelo   colégio: 

Avaliação + Avaliação + Avaliação: três= média final, podendo estas avaliações 

ser desenvolvidas com diferentes metodologias e aplicações.

Cabe   ao   Conselho   de   Classe   o   acompanhamento   do   processo   de 

avaliação de série, sendo resultado das avaliações traduzidas em notas de 0,0 a 

10,0. As notas atribuídas bimestralmente bem como as notas das recuperações 

paralelas,  serão  registradas no diário  de Classe e  na secretaria,  para  fins  de 

apuração no final do rendimento escolar do aluno. 

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ADENDO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO

O   Colégio   Estadual   São   João   inclui   o   Estágio   não­obrigatório   como 

atividade não complementar obrigatório, opcional ao estudante, conforme Lei nº 

11788/08.

O   Estágio   é   um   ato   educativo   escolar   supervisionado,   que   visa   a 

preparação para o trabalho produtivo de educandos.

O   Estágio   pode   e   deve   permitir   ao   estágiarios   que   as   ações 

desenvolvidas  no  ambiente  de   trabalho  sejam  trazidas,  para  a  escola  e  vice­

versa,   relacionado­as   aos   conhecimentos   universais   necessários   para 

compreendê­las a partir das relações de trabalho.

O estágio será acompanhado  e comprovado via relatórios das atividades. 

A presença e o bom rendimento escolar será requisito para o desenvolvimento do 

estágio. 

Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágios desenvolvidas 

pelo aluno, ainda que não via presencial para que este possa mediar a natureza 

do estágio e as contribuições do aluno estagiário com plano de trabalho docente, 

de   forma   que   os   conhecimentos   transmitidos   sejam   instrumentos   para   se 

compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, 

política, cultural e socialmente.

Cabe ao pedagogo,  manter  os professores das  turmas cujos alunos a 

desenvolver   atividades   de   estágio   informando­os   sobre   as   atividades 

desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática.

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