efm - colÉgio estadual quatorze de dezembro - ensino fundamental e mÉdio · 1 colÉgio estadual...

414
1 COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - EFM PEABIRU PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 2010

Upload: dodung

Post on 09-Nov-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

1

�COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - EFM

PEABIRU PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

2010

Page 2: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

2

APRESENTAÇÃO

A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico no Colégio Estadual 14

de Dezembro situado no município de Peabiru do Núcleo Regional de Ensino de

Campo Mourão atende alunos da educação básica regular e da modalidade EJA

oriundos da área urbana e rural, reflete a realidade escolar e a autonomia que ela

tem para elaborá-lo, enquanto espaço público lugar de debates, do diálogo,

fundamentado na reflexão coletiva dos seus articuladores.

A identidade da instituição se revela nas ações dos diferentes agentes

internos e externos que muito influenciam os novos rumos da escola como uma

instituição social compromissada com uma ação intencionalizada, sistêmica, de

acordo com os princípios filosóficos, epistemológicos, pedagógicos, que reafirma-se

na pertinência da reflexão que ora se propõe.

O Projeto Político Pedagógico representa uma intencionalidade definida

coletivamente, articulando o compromisso sociopolítico com os interesses reais e

coletivos da comunidade escolar. Visando a inserção de um sujeito participativo,

responsável, criativo e crítico na sociedade atual, neste propósito respeita a

identidade própria, os valores individuais, a formação religiosa.

Contudo queremos com ousadia propiciar qualidade para todos, entendendo

que a dinâmica social e política exige uma possibilidade de mudança, daí a

autonomia para reescrevê-lo quando se fizer necessário, redimensionando metas e

estabelecendo novos rumos.

Page 3: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

3

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO....................................................................................................02 SUMÁRIO.................................................................................................................03

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................................07 CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS.....................................................08 HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO.................................09 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS HUMANOS ....................12 ESTRUTURA FÍSICA ..............................................................................................12 EQUIPAMENTOS.....................................................................................................13 BIBLIOTECA ............................................................................................................14 PORTE E REGIME ESCOLAR.................................................................................14 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO...............................................................14 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS.........................................................15 CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO........................................15 PROGRESSÃO PARCIAL (DP) ...............................................................................16 QUANTIDADE DE PROFISSINOAIS DA EDUCAÇÃO POR SETOR .....................16 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA....................................17 DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR............................................................................17 EQUIPE PEDAGÓGICA............................................................................................17 AGENTE EDUCACIONAL I E II................................................................................17 EQUIPE DE PROFESSORES..................................................................................17 AGENTE DE EXECUSSÃO .....................................................................................18 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR -PAIS E ALUNOS ................19

MARCO SITUACIONAL OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO ...................................................................21 POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA..........................................................................................................22 GESTÃO ESCOLAR ................................................................................................24 ENSINO E APRENDIZAGEM E PARTICIPAÇÃO DOS PAIS. .................................25 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA....................................................................26 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO .........................................................27 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR .........................................................28 Dados referentes ao Ensino Fundamental ...............................................................28 Dados referentes ao Ensino Médio ..........................................................................29

MARCO CONCEITUAL CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE CIDADANIA, DE TEMPO E DE ESPAÇO ......31 CONCEPÇÃO DE HOMEM .....................................................................................33 CONCEPÇÃO DE MUNDO .....................................................................................34

Page 4: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

4

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO .......................36 CONCEPÇÃO DE CULTURA .................................................................................38 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ...................................................................................40 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................................................41 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................................................................43 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ...........................................................................47 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ..............................................................................49 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO ................................................................................51 FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................53

MARCO OPERACIONAL MARCO OPERACIONAL .........................................................................................55 HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES ..............................................................56 CONSELHO DE CLASSE ........................................................................................57 PROCESSO DE AVALIAÇÃO ..................................................................................60 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS .............................................................................63 EDUCAÇÃO FISCAL.................................................................................................65 INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO .......................................................68 ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS ............................................................70 ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM ....................................73 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ..................................................................................76 EDUCAÇÃO PARA O CAMPO ................................................................................77 PDE-PR ....................................................................................................................78 PDE: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA .......................................78 PDE: “O JOGO DO XADREZ COMO COMPONENTE DE FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR” ..........................................................................................80 ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO....................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE TEATRO...................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CURSO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR E ENEM .............................................................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CIDADE MIRIM .......................................82 CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA ..........83 PDE-Escola ...............................................................................................................85 PROGRAMA FICA .....................................................................................................86 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: VARAL DE POESIAS .......................................89 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: PRODUÇÕES LITERÁRIAS - Projeto Biblioteca para Todos ................................................................................................................89 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RECICLAGEM.................................................90 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: ESCOLA DE EMPREENDEDORES ...............91 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RÁDIO EDU14: A rádio que Educa .................93 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: AGENDA 21 ....................................................95 FÓRUM/ REDE DE PROTEÇÃO .............................................................................98 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA .............................................................................100 Grêmio Estudantil ...................................................................................................102 Conselho Escolar ....................................................................................................103

Page 5: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

5

Associação de Pais, Mestres e Funcionários ........................................................104 REFERÊNCIAS ......................................................................................................106 ATA DE APROVAÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE ...........................................108 ANEXO ...................................................................................................................110

Page 6: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

6

IDENTIFICAÇÃO DO

ESTABELECIMENTO DE ENSINO

��

Page 7: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

7

LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Identificação da Instituição Denominação da Instituição: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Endereço: RUA CASSEMIRO RADOMINSKI Nº 1332

Bairro: CENTRO

Município: PEABIRU – PR.

CEP: 87.250-000

NRE: CAMPO MOURÃO

Código do Estabelecimento: 00010

Código do Município: 1900

Código do NRE: 400008

Fone/Fax: 44- 3531-2026

E-mail: [email protected]

Site: www.pbuquatorzededezembro.seed.pr.gov.br

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CNPJ: 76.416.965/0001-21

Local e data de atualização. PEABIRU, 10 de Dezembro de 2010.

Page 8: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

8

Cursos autorizados e reconhecidos AUTORIZAÇÕES NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato de Autorização da Escola Res. nº 3893/77 DOE de 15/09/1977

Ato de Autorização do Ensino Médio Res. nº 4178/03 DOE de 15/12/2003

Ato de Autorização e Reconhecimento do Ensino Fund. Fase II e Ensino Médio - EJA Res. nº 3068/07 DOE de 10/07/2007

RECONHECIMENTOS NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato de Reconhecimento do Ensino Médio Res. nº 2098/08 DOE de 20/05/2008

Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental Res. nº 3172/08 DOE de 10/07/2008

REGIMENTO ESCOLAR NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar

Ato Administrativo nº 351/2008 de 29/12/2008

Page 9: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

9

HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio iniciou

seu funcionamento no ano de 1954, tendo obtido autorização por meio da Portaria n°

882/54 de 15 de outubro do mesmo ano, sob a denominação de Ginásio Municipal

de Peabiru, sendo mantido pela Prefeitura Municipal de Peabiru.

Em 1956, pelo Decreto n° 7326/56 o Colégio foi estadualizado, passando a

denominar-se Ginásio Estadual de Peabiru.

Em abril de 1976 foi inaugurado o Prédio Próprio.

De acordo com o Decreto n° 3893/77, nos termos da Lei Federal n° 5692/71,

ficou autorizado a funcionar o Complexo Escolar “Cristo Rei” – Ensino de 1° Grau,

Fazendo parte desta Unidade de Ensino: Escola Felipe Silveira Bittencourt, Escola

Professor Nuno de Souza e Silva, Escola Emílio de Menezes e o Ginásio Estadual

de Peabiru que passou a denominar-se Escola 14 de Dezembro – Ensino de 1°

Grau, fato esse ocorrido em 13 de setembro do mesmo ano.

A partir do dia 12 de junho de 1980, de acordo com o Decreto n° 2485/80

ficou autorizado a funcionar nos termos da Lei vigente o Complexo Escolar “Cristo

Rei” – Ensino de 1° e 2° Graus, resultante da reorganização do Ginásio Estadual de

Peabiru.

Conforme a Resolução 0168/82 ficou autorizada o funcionamento das quatro

primeiras séries do Ensino de 1° grau na Escola Estadual 14 de Dezembro – Ensino

de 1° Grau.

Pela Resolução 4872/84 de 25 de junho de 1984, foi reconhecido o

Estabelecimento e o Curso de 1° Grau Regular.

Em 1987 foi autorizado pelo prazo de dois anos, conforme Resolução n°

2782/87 de 06 de junho de 1987, o funcionamento da Classe Especial – Deficiência

Mental, e em outubro de 1993 foi autorizado a Classe Especial – Deficiência Visual.

Em 05 de março de 1998, com a municipalização de 1° a 4° séries, anexou-se

a esta escola a Escola Municipal “Darci Ribeiro”. Esta permaneceu até 13 de julho

de 2009.

Pela Resolução 4402/98 de 15 de Dezembro de 1998, foi autorizado o

funcionamento da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio, onde o

Estabelecimento passou a denominar-se Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino

Page 10: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

10

Fundamental e Médio.

Em 2002 pela Resolução 3696/02 de 11 de novembro, fica reconhecido o

Curso de Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos.

Nos anos de 2002, 2003 e 2004 os alunos do Colégio foram destaque nos

Jogos Colegiais.

Em 23 de dezembro de 2003, fica autorizado o funcionamento do Ensino

Médio neste estabelecimento de ensino.

Em 2006 surge outra modalidade de Educação de Jovens e Adultos

organizada por disciplina. Esta modalidade de ensino teve seu curso autorizado e

reconhecido pela Resolução 3068/07 de 10 de julho de 2007.

No ano de 2006 o Colégio foi agraciado com uma reforma que se prolongou

por três anos. Neste mesmo ano a escola foi contemplada com um laboratório de

informática do Paraná Digital com acesso à Internet.

Em 2007, o Estado enviou 19 TVs pendrive para serem instaladas em todas

as salas de aula.

Em 2008, recebemos outro laboratório de Informática com mais 10

computadores totalizando 30 aparelhos no Laboratório.

Neste mesmo ano foi confeccionada a bandeira e composto o hino do

Colégio, ambos devidamente registrados e regulamentados.

No ano de 2009, o Colégio foi inserido em um programa do Governo Federal

“PDE-Escola”, tendo como objetivo melhorar a aprendizagem dos alunos e, por

conseqüência elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

Com os recursos deste programa a escola pode investir em diversos setores, dentre

eles podemos citar o Laboratório de Ciências e Biologia, a Biblioteca da escola,

adquirir também diversos materiais para a disciplina de Educação Física, Língua

Portuguesa e Matemática, bem como construir uma mini cidade para que os alunos

de 5ª à 7ª séries vivenciem situações cotidianas de uma cidade, preparando-os para

o exercício da cidadania bem como o preparo para a vida adulta.

Em 2010, vários alunos se destacaram em competições estaduais e

nacionais, divulgando o nome do colégio e conquistando várias medalhas.

O Colégio 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio está passando por

uma considerável mudança no que se refere ao aspecto pedagógico. Podemos

confirmar esta mudança diante dos avanços das notas do IDEB e do ENEM, bem

como pela credibilidade em que pais e alunos depositaram na escola. Este trabalho

Page 11: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

11

só foi possível devido o envolvimento e comprometimento por parte dos professores

e demais profissionais da educação, assim como a participação da comunidade

escolar, assumindo o desafio de ser o agente da tão esperada mudança social.

Page 12: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

12

CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS

HUMANOS

O espaço físico é organizado em 20 salas de aula distribuídas em 02 blocos

conta também com laboratórios, biblioteca, salas para o setor administrativo, sala de

professores, pátio e outros.

Considera-se que o ambiente físico da escola deve ser de qualidade,

priorizando a organização e a limpeza. Os equipamentos devem ser também de

qualidade e com condições de atender a comunidade escolar de maneira

satisfatória. Tanto os educandos, quanto os professores e funcionários devem ter

garantidos esses direitos para que se sintam motivados sempre mais para exercer

suas funções.

Atualmente a escola possui espaço físico necessário para desenvolver suas

atividades. Os espaços físicos são suficientes para atender a demanda que se

apresenta.

ESTRUTURA FÍSICA:

-20 salas de aula;

- Uma Biblioteca para os alunos;

- Uma Biblioteca para os professores com mais de 100 títulos;

- Um laboratório de química, biologia e física;

- Um laboratório de informática com 20 computadores;

-10 computadores do Proinfo;

- Uma impressora oki data;

- Uma fotocopiadora;

- Uma cozinha;

- Um refeitório;

- Uma sala para armazenamento de merenda;

- Sala dos professores;

- Duas salas para a equipe pedagógica;

- Uma sala para secretaria;

- Um auditório com palco, com 120 lugares para eventos;

Page 13: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

13

- Cantina comercial;

- Uma quadra de esportes coberta;

- Um campo de futebol suíço;

- 2 banheiros para os alunos (com 05 sanitários em cada) e 04 para professores e

funcionários.

EQUIPAMENTOS

Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro – eletrônicos disponíveis:

- 03 Retro projetores (sendo 02 em manutenção)

- 19 televisores (TV pendrive);

- 01 Tv

- 01 filmadora;

- 01 Datashow;

- 01 vídeos cassete;

-06 aparelhos de DVD

- 02 micro system;

- 02 antenas parabólicas;

- Um acervo de aproximadamente 4.000 livros;

- Biblioteca do professor com mais de cem títulos;

- 05 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;

- 05 telas, 02 CPU e 02 impressora;

- Duas caixas de som e um amplificador;

- Dois microfones;

- Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática.

Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em

documentação própria na Secretaria. Contamos com um laboratório de Ciências e

um laboratório de informática para atender a todos os professores e alunos que

deles necessitarem, para concretizar seus projetos de ensino-aprendizagem.

O espaço físico do Colégio conta também com um auditório de 120 lugares,

com palco para ser usado em eventos promovidos pelo Colégio e Comunidade

Escolar quando solicitado.

Page 14: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

14

BIBLIOTECA

A Biblioteca é o ambiente destinado ao atendimento da comunidade escolar e

busca dentre os objetivos principais propiciar atividades de incentivo à leitura,

conscientização sobre os cuidados com o livro, oportunizar espaço para pesquisa

dirigida e grupos de estudos, promover concursos de poesia, criar no aluno o hábito

e o gosto pela leitura,

PORTE E REGIME ESCOLAR

O Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM, enquadra-se no Porte 05.

Ofertando o Ensino Fundamental , o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos .

CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro - EFM, oferta em 2010 as modalidades

de ensino identificados na tabela abaixo, totalizando 57 turmas incluindo as turmas

individualizadas e coletivas da Educação de Jovens e Adultos totalizando 761 alunos

assim distribuídas:

����������� ����� ��������

����������

���� ����������� ���

������������������

���������������

���������������

���������������

���������������

��������������

������������������������

��������������

����������������������

������� !�

������������

������� �������������

������� �������������

������������

�O Colégio dispõe também 40 horas para Sala de Apoio no atendimento às 5ª

séries nas disciplinas de Português e Matemática e ainda 20 horas para a Sala de

Page 15: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

15

Recursos com o objetivo de atender os alunos com necessidades educacionais

especiais de 5ª a 8ª séries.

É possível verificar que o Colégio 14 de Dezembro - EFM, atende um número

elevado de alunos, ainda assim pretende implantar novos cursos no sentido de

atender as necessidades da cidade e região contribuindo dessa forma com a

melhoria da qualidade de vida da população, na tentativa de oferecer ao mercado de

trabalho, profissionais bem preparados para assumir com responsabilidade e

segurança, um trabalho digno.

CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

� No início do ano, no caso de alunos novos são classificados conforme idade e

escolaridades mediante documentação apresentada no ato da matrícula.

Já com os alunos do próprio Colégio, procuramos montar as turmas de

acordo com as afinidades de cada um, só fazendo mudanças quando houver

necessidade, em casos de alunos que não tiveram bom rendimento escolar, durante

o ano anterior, o mesmo se aplica com relação à reprovação.

CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

A Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo

critérios próprios para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a

idade, experiências e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.

A reclassificação é o processo pelo qual a Escola avalia o grau de experiência

do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de

encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho,

independentemente do que registre o seu histórico escolar.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração de sua frequência. Na promoção ou, certificação de conclusão

para os anos finais do ensino Fundamental e Médio, a média final mínima exigida é

de 6,0 frequência mínima de 75% do total de horas letivas anuais.

Page 16: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

16

PROGRESSÃO PARCIAL (DP)

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno não

obtendo aprovação final em até três (03) disciplinas em regime seriado poderá

cursá-las subsequente e concomitantemente ás séries seguintes.

QUANTIDADE DE PROFISSINOAIS DA EDUCAÇÃO POR

SETOR

Direção 01

Direção Auxiliar 01

Secretária 01

Pedagogos 06

Professores 60

Professor Itinerante 01

Adm.Secretaria 09

Adm. Biblioteca 01

Serviços Gerais Merenda 02

Serviços Gerais Limpeza 05

TOTAL PROFISSIONAIS 86

Page 17: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

17

PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA

DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR

Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,

definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no

Regimento Escolar.

EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica tem como atribuições a de coordenar e implementar na

prática docente as Diretrizes Curriculares Estaduais, visando a melhoria da

qualidade de ensino na escola, além das atribuições relacionadas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar.

AGENTE EDUCACIONAL I E II

A Equipe Administrativa é composta por Secretaria e Serviços Gerais. Este

setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do

Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas

reais funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento

Escolar.

EQUIPE DE PROFESSORES

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como

regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar

ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento

Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de

Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de

produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como

uma forma de melhorar o desempenho dos docentes. O novo Plano de Carreira,

Cargos e Salários requer um novo tipo de avaliação que seja mais atualizada e

funcional.

Page 18: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

18

AGENTE DE EXECUSSÃO

Na equipe de Auxiliar de Serviços Gerais, contamos com 07 funcionários,

todos concluíram o Ensino Médio, graças a um programa do Governo Estadual que

os incentivou.

A equipe de Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo subordinada,

coordenada e supervisionado pela Direção.

CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR -PAIS E

ALUNOS

A comunidade escolar que se atende no Colégio Estadual 14 de Dezembro é

bastante diversificada. Atendemos alunos da área urbana e rural com níveis sociais

diferenciados.

Com as mudanças ocorridas na estrutura familiar e as modificações sócio-

culturais da atualidade, percebemos que a educação dos filhos assume um caráter

de maior liberdade junto aos pais, surge novas exigências, pois os educandos estão

em contato com informações emergentes da mídia, internet e sociedade em geral.

Tal exigência também é percebida na sociedade e reflete na escola, cobrando dos

professores e funcionários uma atuação cada vez mais elaborada.

Com vistas a essas exigências o Colégio Estadual 14 de Dezembro tem

realizado um trabalho bastante diversificado atraindo a presença dos pais e

estabelecendo com os mesmos parcerias orientando-os na educação dos filhos. Tal

educação promove uma melhoria de comportamento por parte dos educandos o que

favorece a aprendizagem em sala de aula, bem como a conservação e valorização

do patrimônio escolar, como também percebemos melhor entrosamento entre alunos

e professores. A escola oferta alguns projetos que tem atraído novos alunos e

despertando um novo olhar da comunidade com a mesma.

Temos trabalhado ainda com adaptação curricular para atender alguns alunos

que apresentam necessidades educativas especiais, como Sala de Apoio

Aprendizagem, Sala de Recursos (multifuncional) e professora de Apoio

Page 19: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

19

Permanente, oportunizando assim maiores possibilidades ao nosso aluno, com

relação a sua aprendizagem e inclusão social.

Page 20: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

20

MARCO

SITUACIONAL ��

Page 21: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

21

OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro tem por objetivo promover a

democratização do saber e o acesso ao conhecimento sistematizado historicamente,

garantindo sua especificidade de maneira dialética, ampliando as oportunidades

educacionais a sua reelaboração crítica, assim como o aprimoramento da prática

educativa escolar visando a elevação cultural e científica dos educandos. Busca-se

também, oportunizar momentos de discussão, reflexão e avaliação sobre o

redimensionamento do Projeto Político Pedagógico.

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático para a tomada de decisões, reflexão dos problemas da escola

e a busca de alternativas viáveis, considerando a intencionalidade do trabalho

educativo. Este, deve promover a reflexão coletiva na busca de mecanismos de

ação e transformação, trabalhando a interdisciplinaridade e a contextualização das

disciplinas com os temas vigentes, orientando e redimensionando o processo

educacional na instituição, tornando pública a produção docente e discente, para

construirmos uma Escola que promova o envolvimento e a participação de toda

comunidade escolar.

Page 22: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

22

POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA

O Colégio Estadual 14 de Dezembro entende como finalidade primeira dessa

instituição o exercício pedagógico, desta maneira professores e funcionários fazem

uma leitura diferenciada da escola, da realidade em que está inserida e da

pertinência de cada prática pedagógica a ser utilizada, imprimindo-lhe um caráter

verdadeiramente público e popular restituindo-lhe a função social que é o seu

compromisso.

A definição de princípios básicos para a ação educativa centrados na

concepção de que:

•A ação pedagógica formadora de cidadãos, conscientes, críticos,

participativos e capazes de atuar na transformação do meio em que

vivem;

•O resgate da historicidade devolvendo as educandos o poder da palavra

espontânea e consciente;

•O espaço da sala de aula transcende os limites da escola atingindo a

comunidade;

•Considerar os elementos culturais e valorativos imbricados nas práticas

sociais;

•Valorizar o conhecimento tácito articulando ao conhecimento escolar a fim

de promover o desenvolvimento da cultura, desta forma os educandos

vislumbrarão melhores condições de vida por intermédio da

participação, exercitando sua cidadania, numa sociedade enquanto

cidadãos autônomo, intelectual e moral.

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático, a medida que valoriza a participação de seus segmentos

constitutivos, entendendo que o seu funcionamento exige uma relação ao mesmo

tempo objetiva, pela via de definição de ações, como uma relação subjetiva, pela

qual movidos pelas suas próprias percepções conferem pelo processo de tomada de

decisões as suas impressões, a reflexão dos problemas da escola, a busca de

alternativas viáveis, de ações transformadoras e contextualizadas, tornando pública

a produção docente e discente para construirmos uma escola que promova o

envolvimento e participação de toda a comunidade escolar.

Page 23: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

23

Busca-se uma prática sistematizada em um processo dialético por meio da

práxis (teoria e ação) onde o conhecimento crítico é a base para uma prática

transformadora no plano histórico e social, ou seja, estar sempre avaliando trabalho

pedagógico educativo, pensando e repensando a escola como um todo, avaliando

suas formas, seus métodos, seu conteúdo, seus sujeitos, enfim sua

intencionalidade.

Page 24: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

24

GESTÃO ESCOLAR A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da

reflexão, da compreensão e da transformação social por meio da democratização do

ensino, buscando de cumprir com a função social da Escola.

A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria

na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de

um currículo pautado na realidade local, integrando toda a comunidade escolar

nesse processo.

Para que essa gestão seja de fato democrática e participativa, faz-se

necessário a participação das instâncias colegiadas no âmbito das discussões e com

poder de decisão.

O Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na

escola, deve ser fortalecido no meio escolar, assumindo o desafio de democratizar

as decisões da escola.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários também tem a função de

participar, colaborar e avaliar as decisões coletivas além de administrar os recursos

financeiros do estabelecimento.

Ao Grêmio Estudantil, constitui-se em uma política de incentivo à gestão

democrática, fazendo parte de todo o processo com poder de decisão.

No Colégio Estadual 14 de Dezembro todas estas instâncias são atuantes,

fortalecendo o trabalho coletivo, em busca de uma educação de qualidade.

Page 25: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

25

ENSINO E APRENDIZAGEM E PARTICIPAÇÃO DOS PAIS. O Colégio apresenta uma superação em sua prática à medida que propõe um

projeto político pedagógico articulado e coerente, onde a interdisciplinaridade tem

sido articulada por todos os profissionais da escola, propondo alternativas,

dimensões políticas e pedagógicas, desenvolvendo ações bastante diferenciadas,

atraindo a participação dos pais. Por meio de suas práticas conquistaram espaços

para a sua proposta, esse conjunto de ações tem produzido excelentes resultados

evidenciados na permanência do aluno na escola, bem como melhorando o

rendimento escolar.

É importante salientar que esta proposta de trabalho gerou resultados

positivos, deu um novo olhar por parte da comunidade escolar, atraindo novos

alunos.

A escola está sempre dialogando com a comunidade, atraindo parcerias com

outras instituições, tais parcerias foi tornando-se mais claro para a comunidade o

papel da escola, com isso, passou a valorizar e participar mais, aumentando assim a

credibilidade da escola, bem como a auto-estima dos educadores e alunos, o que

produziu um resultado significativo na nota do IDEB de 2009.

Page 26: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

26

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

A formação continuada é uma estratégia na melhoria da qualidade de ensino.

Consiste em estabelecer propostas que contribuam para que o conhecimento seja

socializado, da melhor forma possível, num processo de humanização. Desta

forma, a qualificação e a capacitação do docente para uma melhoria de sua prática,

por meio do domínio de conhecimento, métodos, do campo de trabalho em que

atua, devem também ser incluídas na prática docente.

A atual gestão da Secretaria Estadual de Educação e a Instituição de Ensino

propõe, como formação continuada, as seguintes ações:

a) Cursos de capacitação (descentralizados);

b) Semana Pedagógica (início do ano letivo e início do segundo semestre);

c) Grupos de estudos de professores (aos sábados, reunidos por área de

conhecimento) e

d) APC (Ambiente Pedagógico Colaborativo) recurso tecnológico que

envolve o Projeto Folhas, OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa) e mais

recentemente, os cursos à distância pela plataforma Moodle (dentre as atividades do

PDE).

e) GTR – Grupo de trabalho em Rede online destinado a professores,

coordenado por um tutor (professor em curso do PDE).

f) PDE – Programa de Desenvolvimento da Educação.

g) Jornada Pedagógica para Pedagogos e Diretores.

h) DEB e NRE Itinerante

i) Reuniões Pedagógicas e administrativas

j) Hora Atividade – Momento em que o professor tem disponível fora da sala

de aula junto com a equipe pedagógica otimizar o trabalho de sala de aula.

Estes momentos de estudos proporcionam ao educador um aprofundamento

teórico-prático, ampliando seu conhecimento na área atuante, possibilita também a

troca de experiência entre os profissionais da educação e a produção de novos

saberes, bem como a produção de materiais didático-pedagógicos.

Page 27: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

27

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

O Calendário Escolar da rede Estadual de ensino do Paraná, tem instrução

própria que rege sua organização. Cabe à escola respeitar esta instrução, sendo

este um documento legal que tem por princípio do cumprimento dos 200 dias letivos

e 800 horas de efetivo trabalho escolar. Segue abaixo o calendário de 2010 e suas

especificidades.

Page 28: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

28

ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR

O Estabelecimento de ensino foi inserido em 2009, nos programas PDE-

Escola e Superação, com o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos e, por

consequência, elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

De acordo com os documentos que norteiam este programa, houve a necessidade

de realizar uma análise dos dados estatísticos, a fim de identificar os possíveis

problemas da escola, possibilitando a realização de ações visando o aprimoramento

da prática pedagógica, bem como a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem.

Tendo por base estes programas, observou-se um avanço considerável em

todas as questões. Maior comprometimento dos professores e profissionais da

educação, com também maior participação dos pais e envolvimento dos alunos. Vale

ressaltar que, comparado à 2008 o Colégio obteve resultados bastante satisfatórios.

Um destes resultados é a elevação da nota do IDEB, que saltou de 2,8 em 2007

para 3,9 em 2009. Este resultado é fruto do trabalho coletivo desenvolvido por toda a

comunidade escolar e necessita ser ampliado e melhorado anualmente.

Observou-se também um avanço significativo nas taxas de aprovação e

consequentemente a diminuição das taxas de abandono, reprovação e transferência

escolar. Segue abaixo uma tabela comparativa referente aos anos de 2008 e 2009.

Neste quadro foram inseridos dados como taxas de transferência, abandono escolar,

aprovação e reprovação dos alunos organizados por modalidade de ensino.

Dados referentes ao Ensino Fundamental

2008 2009 2010

Taxa de Aprovação 79% 84%

Taxa de Reprovação 14% 9%

Taxa de Abandono 6% 5%

Taxa de Transferidos 22% 21%

Page 29: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

29

Dados referentes ao Ensino Médio

2008 2009 2010

Taxa de Aprovação 90% 79%

Taxa de Reprovação 5% 7%

Taxa de Abandono 5% 12%

Taxa de Transferidos 29% 29%

Diante destes dados podemos considerar que nosso próximo desafio é

diminuir drasticamente os índices de abandono e transferências, bem como ampliar

as taxas de aprovação no Ensino Médio.

Page 30: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

30

MARCO

CONCEITUAL ��

Page 31: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

31

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE CIDADANIA, DE TEMPO E

DE ESPAÇO

Sabemos que a educação é processo e uma prática social constituída e

constituinte das relações sociais mais amplas. Essa concepção de educação amplia

os espaços, sinalizando para a importância de que tal processo de formação se dê

de forma contínua ao longo da vida. Objetivando concretizá-la como direito

inalienável do cidadão em consonância com o artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, a prática social da educação deve ocorrer em espaços e

tempos pedagógicos diferentes, para atender as diferentes demandas.

Enquanto prática social a educação tem como lócus privilegiado a escola,

entendida como espaço de garantia de direitos. Portanto é necessário atentar para

as demandas da sociedade como parâmetro para o desenvolvimento das atividades

com vistas à superação das desigualdades, percebemos alguns desafios como

educação pública gratuita, democrática, inclusiva e de qualidade social para todos,

ampliação da jornada escolar (contra turno) garantia da permanência bem sucedida

para a criança, jovens e adultos, em toas as etapas da educação básica. Um outro

desafio é desenvolver uma postura ética de não hierarquização das diferenças e

entender que nenhum grupo humano é social e melhor que o outro. Na realidade

todos são diferentes. Essa constatação e censo político podem contribuir para

significativo avanço na construção dos direitos sociais, consequentemente

superação das desigualdades.

Os alunos deverão entender as relações de poder que os envolvem de

alguma forma que os determina, devendo considerar os recortes que enfoquem o

local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço temporal, ou seja, a

interpretação histórica das relações, bem como se inseriu nesse contexto interagindo

como um cidadão crítico, criativo e autônomo. Desta formão homem constrói sua

especificidade e se constrói enquanto ser histórico à medida que transcende o

mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera natureza o homem ultrapassa o

nível da necessidade e transita no âmbito da liberdade. A liberdade é algo construído

pelo homem à medida que constrói sua própria humanidade e consequentemente

sua cidadania.

Incapaz de produzir diretamente sua existência natural, o homem só pode

Page 32: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

32

fazê-lo no relacionamento e na troca de esforço com seus semelhantes.

Neste contexto a educação deve preparar progressivamente o educando para

a compreensão dos problemas humanos, bem como garantir-lhes o acesso

sistemático aos conhecimentos e também à compreensão das leis que regem as

relações sociais de modo que, desenvolvidas a reflexão e a criação, o educando

possa chegar a uma autonomia pessoal que lhe assegure uma participação

consciente no meio social e no mundo do trabalho, exercendo plenamente sua

cidadania, desta forma saberá entre outras agir com respeito, solidariedade,

responsabilidade, justiça, não violência, usando o diálogo nas mais diferentes

situações comprometendo-se com o que acontece na vida da comunidade e do país.

A escola exerce um papel importantíssimo trabalhando com as diversas

formas de necessidades educativas especiais e as exclusões geradas pelas

diferenças social, econômica, psíquica, física, cultural e ideológica. Está sempre em

busca de estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a

população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na

construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros da

comunidade escolar, pois acreditamos ser este um bom trabalho visando a

democracia e cidadania.

Page 33: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

33

CONCEPÇÃO DE HOMEM ��

O que define o homem mais essencialmente é a sua capacidade de

intervenção na natureza para modificá-la fazendo sua própria história. Sendo assim,

se a educação está a serviço do homem e da sua socialização, então o seu grande

objetivo é a formação do Homem Integral, que seja capaz de interagir e fazer opções

na dinâmica da vida.

O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas,

condicionando e determinando a vida. Há uma atividade intencional que envolve

forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários.

Hoje, na sociedade capitalista, o trabalho assume uma natureza

profundamente contraditória, ao mesmo tempo em que o trabalho continua sendo a

fonte possível de toda riqueza do homem, ele é também a fonte da miséria absoluta,

da exploração e da alienação.

O trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é

nesta dimensão que está posto a formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma

atividade intencional, que envolve, formas de organização necessárias para a

formação do ser humano.

Nesta realidade, o único objetivo geral que pode ter a educação (e a escola) é

o de oportunizar o acesso ao conhecimento e aos saberes historicamente

acumulados,propondo modificações para a sociedade em que vive.

Page 34: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

34

CONCEPÇÃO DE MUNDO �

A crise do novo milênio propicia a reflexão sobre as condições de vida e do

mundo moderno, no qual a escola passa a ter um novo papel.

A complexidade das relações sociais, de trabalho e a heterogeneidade dos

indivíduos demonstram a formação do coletivo como capacidade de emancipação e

democracia, e nos remete à homogeneidade dos seus componentes em busca dos

mesmos sonhos e ideais.

A educação como um processo de transformação humana, possibilitará que a

grande maioria da população mundial excluída para ter acesso ao mundo do

trabalho e à sociedade do conhecimento.

É necessário compreender o peso decisivo que adquirem hoje, o processo de

informação, o conhecimento, a qualificação, e o próprio processo educacional

coordenado à economia como forma de inserção social. Nesta perspectiva a terceira

revolução industrial, também denominada tecnológica ou científica-técnica vive um

cenário bastante difuso, pois nem toda a população mundial está vivendo esse

processo ao mesmo tempo. Algumas regiões do planeta ainda estão mergulhadas

na primeira revolução industrial, onde a base da produção é sustentada na produção

fabril do século dezoito.

Além disso, o processo de escolarização como meta universal da educação

básica não atingiu a grande parcela da população. E a nossa constante busca para

obter um título ou um diploma, é a maneira pela qual uma sociedade seleciona,

classifica, distribui, transmite e avalia saberes educacionais.

Vivemos em um país com um sistema capitalista marcadamente excludente,

com elevada dívida social, em que os planos econômicos e mesmo os planos

nacionais de educação não exercem papel determinante no processo educacional

brasileiro, onde o planejamento é estabelecido a partir de regras e de relações

capitalistas determinando formas, os fins, as capacidades e os domínios do modelo

do capital monopolista do Estado.

A crise provocada pela nova organização do mundo do trabalho, a exploração

demográfica em algumas regiões do planeta, aumentando o índice de pobreza, a

violência provocada pela intolerância de toda ordem, e a desigualdade econômica,

todo esse contexto tem exigido do processo educacional outra forma de condução.

Neste sentido propõe uma forma de gestão educacional que mesmo

Page 35: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

35

convivendo numa sociedade globalizada, possa ao mesmo tempo ser fraterna e

solidária, atendendo a grande maioria, ainda excluída das benesses da

modernidade, possibilitando-lhes exercer com dignidade a sua inserção social, e o

enfrentamento dos desafios que o momento atual questiona se é possível humanizar

a formação do homem dentro de um modelo de mundo globalizado.

Page 36: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

36

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO

“Na prática tem que se dar um passo de cada vez, a teoria tem que dar um

passo de cada vez” ( Bertold B recht)

Toda sociedade vive porque consome, e para consumir depende da produção.

Toda sociedade vive porque cada geração nela cuida da formação da geração

seguinte e lhe transmite algo de sua experiência, educa-o.

Diante das exigências do mercado se tem a necessidade de uma flexibilidade

em relação aos avanços das tecnologias existentes nos diversos setores da

sociedade.

Nesta perspectiva como ensinar ou produzir novas formas de conhecimento

de modo que se possa contribuir na construção cultural, mais precisamente em

relação a escolaridade ou seja como a educação sistematizada tem influência na

oferta de trabalho para o homem.

No entender de Marx, Gramsci, Frigotto, que em se referindo ao homem no

mercado de trabalho surge em meios a conflitos de uma sociedade capitalista e

desigualdade sociais, onde entende-se que o trabalho faz parte do homem e da

natureza deste, atitude esta que “por si só regula e regula o seu metabolismo com a

natureza” Marx, 1983, p.149.

Com o surgimento da exploração e dominação entre as classes existentes,

inicia-se a disputa por apropriação, dividindo-as de forma a explorar os menos

favorecidos, e tanto na sociedade antiga ou medieval esta forma de exploração

esteve em evidência demarcado por uma separação entre escravos e patrões. O

poder era construído como dádiva divina e os menos favorecidos como animais que

podiam falar.

Surge o sistema capitalista, dominante até os tempos atuais, centrados na

propriedade privada, com paradoxo contraditório de igualdade, liberdade, valores e

desenvolvimento positivista.

Com a desigualdade social, pressupõe-se que transformar o escravo em

servos livres este possa ter um melhor desempenho em suas atividades, neste

processo ideológico o homem passa a ser detentor da força física e mental. Ao

romper com a servidão, o homem precisa buscar meios para a sua sobrevivência, e

o trabalho passa a ser remunerado passando a se preocupar com o seu salário, ou

Page 37: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

37

seja ao tornar-se do seu proprietário e sua mão de obra passa a ser negociada,

passando a existir as relações de força, dominação e poder intra e entre as nações.

A educação e a formação humana fazem parte de uma cultura que nasce de

uma ideologia em que a instituição pública, gratuita,universal, laica e tem como

função o desenvolvimento de novas culturas, socializando de forma sistemática o

conhecimento científico e organizada na escola para aqueles que necessariamente

não vendem a força do seu trabalho seja na infância ou adolescência, evidenciando

as relações sociais para se ter uma escola igualitária para todos.

É na escola que mesmo em doses pequenas, o trabalhador tem acesso ao

aprender, pois muito cedo ensinam seus filhos a necessidade de buscar para si o

sustento que muitas vezes seu legado tenha melhores oportunidades de trabalho,

diminuindo assim as desigualdades entre as pessoas na sociedade a qual está

inserido.

�����

Page 38: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

38

CONCEPÇÃO DE CULTURA �

O processo de criação e transmissão contínuo dos conhecimentos conforma

aquilo que chamamos de processo cultural. Tal processo é inseparável da condição

social do homem. Porque se transforma ao longo do tempo, é histórico, e por ser

comum a todos, é considerado universal. Sua ação procura reafirmar a condição do

homem como um ser que se distingue de todos os outros no conjunto da natureza.

Disso decorre que a educação é expressão do social, da cultura que caracteriza

universalmente todos os seres humanos, uma expressão que, por ser histórico

transforma-se.

Não se pode compreender o homem dissociado da sociedade, da cultura e da

educação construídas historicamente por ele próprio, portanto resgata uma

perspectiva relativizadora de sua presença no mundo.

O Homem em diferentes meios tem necessidades diferenciadas e busca

soluções diversas para atendê-las, que resultam em experiências e conhecimentos

singulares.

Cultura é tudo que é produzido pelo ser humano, seu desenvolvimento

intelectual, são seus costumes e valores de uma sociedade. O homem não apenas

sente, mas faz e age com relação à cultura, no sentido filosófico o existir humano é

essencialmente cultural.

O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um

processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas têm comportamento

diferentes por terem recebido uma educação diferenciada. Assim podemos concluir

que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens, ele é

resultado do meio em que foi socializado.

A cultura é um processo acumulativo, o homem recebe conhecimentos e

experiências ao longo das gerações que antecederam. A cultura é uma lente:

pessoas de culturas diferentes usam lentes diferentes e, portanto, têm visões

distintas das coisas.

Os estudos culturais reconhecem que povos e contextos culturais são unidos

por tradições sociais, e estão profundamente entrelaçados em todo o sistema

cognitivo que a visão do mundo em cada indivíduo é construída pela experiência

cultural e a ela está sujeita.

Consciente da importância da cultura na formação integral do homem, o

Page 39: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

39

Colégio Estadual 14 de Dezembro tem proporcionado importante espaço cultural,

onde os alunos, professores e comunidade escolar, pode e tem expressado sua

cultura de forma enriquecedora para toda comunidade local, enaltecendo e

eternalizando os conhecimentos e experiências das gerações que nos antecederam.

Page 40: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

40

CONCEPÇÃO DE GESTÃO �

A formação do Gestor Escolar, para atuar na escola do século XXI, deve

condizer com a realidade do seu alunado, bem como contextualizar um

direcionamento, voltado para uma visão sistêmica e holística, para que todos os

trabalhos sejam realmente vinculados ao cotidiano escolar. Neste sentido, sua

formação também é desafiada constantemente, tendo em vista as transformações

atuais importantes que atingem a sociedade, sendo assim, ressalta-se o papel do

gestor escolar que possui a responsabilidade de direcionar e conduzir o processo de

desenvolvimento das atividades escolares junto aos docentes, bem como de

articular o gerenciamento das ações educativas na comunidade em geral.

O gestor é sem dúvida o administrador do processo, e sendo assim a escola

não pode estar alienada ou até mesmo alheia a todas as transformações ocorridas

na sociedade do conhecimento.

Substitui o controle centralizado por formas de administrar mais flexíveis,

requerendo para tanto, maior autonomia de seus membros, especialmente dos

professores.

É necessário que o gestor compreenda os trabalhos administrativos a partir

do fazer pedagógico, das experiências e demandas educativas para que direcione

as atividades de modo a facilitar a inserção das transformações necessária na práxis

educacional e no desenvolvimento das ações escolares.

Page 41: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

41

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO �

O Currículo Escolar deve ser o reflexo da produção humana, constituída no

coletivo da escola, de forma intencional, com clareza da função da escola na

transmissão, apropriação e socialização do conhecimento.

O Currículo é a expressão das concepções de homem, de mundo, de ensino

e aprendizagem, de método e de educação, revelando no Projeto Político

Pedagógico todas as ações, aspirações e intenções sobre o ato educativo.

Desta forma, pensar em currículo nos dias atuais significa analisar quem são

os sujeitos da escola pública, de onde eles vêm e que referenciais sociais e culturais

eles trazem para a escola.

Partindo deste princípio, o currículo da escola deve estar pautado na busca de

uma educação de qualidade, fazendo-se necessário compreender o conhecimento

em sua totalidade.

Assim, o currículo da escola é a seleção intencional de diversos saberes

(cultura) que por sua vez, refere-se à toda produção humana que se constrói a partir

das interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo,

numa relação dialética, pressupondo a transformação da realidade concreta.

Sendo assim, é preciso selecionar os conhecimentos relevantes que

incentivem mudanças individuais e sociais, oferecendo ao estudante a formação

necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,

econômica e política de seu tempo.

O currículo deve expressar o projeto de educação e de sociedade que se

almeja, assim como a intencionalidade do trabalho educativo e a concepção de

conhecimento, considerando suas dimensões científica, filosófica e artística,

fundamentado nas teorias críticas e com organização disciplinar.

Desta forma o educando deve ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.

Nesta perspectiva, é preciso que o professor busque compreender os fundamentos

conceituais do Projeto Político Pedagógico da escola, assim como da Proposta

Pedagógica Curricular da disciplina em que atua, para então organizar sua ação,

fazendo com que o currículo ganhe vida na sala de aula, atribuindo significados ao

ato de educar, potencializando a compreensão de mundo do educando.

Entretanto, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente

Page 42: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

42

possuem uma função extremamente importante diante desse processo pois,

organiza o ensino e aprendizagem em sala de aula, explicita os Conteúdos

Estruturantes, Básicos e Específicos a serem trabalhados em cada bimestre,

apresenta as especificações metodológicas que fundamentam a relação

ensino/aprendizagem, estabelece critérios e estratégias para avaliar o processo

desenvolvido e, acima de tudo, possibilita, através do conhecimento, a compreensão

do educando, quanto à sua condição como sujeito histórico.

Em síntese, é importante destacar que o Plano de Trabalho Docente parte da

relação estabelecida entre o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica

Curricular, portanto se constitui na expressão do Currículo em sala de aula, que por

natureza, expressa e legitima a intencionalidade da escola.

Page 43: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

43

CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO

DE CONHECIMENTO

Quem está ou deveria estar no foco ou na centralidade do processo de

ensino/aprendizagem? Quem decide e a partir do que se define a forma de conceber

esta relação entre ensinar e aprender? A quem compete o papel de ensinar e a

quem cabe aprender no âmbito da escola? O que se ensina e se aprende e quem

determina isto? Que concepção de ensino aprendizagem, portanto, se define para a

escola pública e para aqueles que dependem dela para apropriação do

conhecimento?

Estes são alguns questionamentos que, historicamente, têm envolvido a

escola e, sobretudo, as políticas de educação. Posicionamentos diversos são

defendidos por várias concepções, as quais expressam diferentes intencionalidades

sobre a função da escola pública.

Entendemos como função social da escola, a socialização o saber elaborado,

fazendo com que o educando aproprie-se crítica e historicamente dos saberes

acumulados, compreendendo a realidade social e atuando de forma crítica e

democrática para a transformação da realidade dos seus educandos, fazendo-os

compreender que eles são sujeitos históricos.

É preciso defender uma educação para todos, voltada para as necessidades

históricas dos trabalhadores, ou seja, daqueles que necessitam da escola como

espaço para apreender o conhecimento.

O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende,

o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Não há, portanto, produção do

conhecimento sem uma relação totalmente mediada entre ensinar e aprender.

Para a psicologia histórico-cultural a educação é um processo social de

transformação do comportamento humano por meio da superação do

comportamento primitivo, conduzido mais pela base biológica (instintos reflexos)

para o domínio das funções psicológicas superiores (linguagem, o pensamento,

consciência, autocontrole, apropriação da cultura, síntese e generalização).

Para tanto, a educação e as práticas pedagógicas deveriam estar

comprometidas com o desenvolvimento pleno destas funções psicológicas

superiores. Para que a apropriação ocorra, a comunicação verbal e prática devem

Page 44: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

44

ser intencionalmente dirigidas de modo que sejam apropriadas pela criança como

instrumentos simbólicos que permitem a ação mental objetivadas nos

conhecimentos historicamente produzidos. Sendo assim, na Psicologia Histórico-

cultural, ensinar implica “transferir” aos estudantes os saberes sistematizados dando

continuidade ao progresso histórico, cabe ao professor o domínio desse saber e dos

meios de torná-lo acessível ao estudante.

Então, na relação professor-aluno, a centralidade do processo ensino-

aprendizagem está na mediação que acontece também de forma significativa,

quando o professor transmite o conhecimento científico e apropriação do patrimônio

cultural humano, partindo do saber real do seu aluno, retomando o que ele já sabe

para ir além, apropriando-se do que ele ainda não sabe.

A autonomia nos processos de produção do conhecimento permite-lhe sair do

papel de passividade e fazer parte dessa relação. Em todo o movimento de

aprender, a criança sempre pode ir um pouco mais além com a ajuda da mediação.

Enfim, para Vygotski, a criança pode desempenhar tarefas em níveis mais

avançados com a ajuda de adultos ou de companheiros que já tenham apropriado

esse conhecimento. Para explicar isso ele define o aprendizado em dois níveis: o

nível de desenvolvimento real e o potencial. No primeiro nível a criança se encontra

numa relação com o objeto do conhecimento de forma autônoma, ou seja, significa o

que a criança já sabe e pode realizar sozinha. O segundo nível implica em tarefas,

ações ou conhecimentos que ela desenvolverá com a mediação – a ajuda – de outro

alguém neste processo, por isso a pessoa que media já deve ter se apropriado do

conhecimento. O que se almeja para este movimento de apreensão do

conhecimento é aumentar as possibilidades de mediação a fim de que a criança se

aproprie cada vez mais de conhecimentos e possa desenvolver mais tarefas com

autonomia. A distância entre o nível real (o que a criança desenvolve sozinha) e o

nível potencial (o que ela desenvolve com a mediação) é o que Vygotski define como

zona de desenvolvimento proximal.

A zona de desenvolvimento proximal da criança é a distância entre seu

desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente

de problemas e o nível de seu desenvolvimento potencial, determinado através da

solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com

companheiros mais capazes.

Esse movimento de mediação acontece em todas as relações citadas, mas

Page 45: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

45

com conteúdos diferentes, por terem objetivos diferentes na relação.

Um dos fatores essenciais para que a mediação aconteça é a LINGUAGEM,

sendo ela um dos instrumentos do pensamento para o processo de internalização de

conceitos. Dependendo do momento em que o sujeito se encontra para interpretar

certas informações ou conhecimentos, ele necessita utilizá-la como função

planejadora, o que Vygotski considera FALA INDIVIDUAL, que orienta o

desenvolvimento cognitivo como a auto-instrução cognitiva. Quando a informação é

recebida pelo sujeito, esta precisa percorrer um caminho para seu processamento e

elaboração de novos conceitos para dar uma resposta ao ambiente.

A linguagem é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos,

sendo a principal mediadora entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Em cada

situação de interação, o sujeito está em um momento de sua trajetória particular,

trazendo consigo determinadas possibilidades de interpretação do material que

obtém do mundo externo.

Em seus estudos, Vygotski chega à compreensão de que não é a maturidade

que antecede o desenvolvimento, mas o contrário. Quanto mais possibilidades de

aprendizagem são colocadas a criança, mais ela desenvolve suas funções

psicológicas, ou seja, segundo Leontiev (1978), cada criança precisa se apropriar

daquilo que foi produzido historicamente.

Portanto a maturidade é consequência do processo de mediação da

aprendizagem. “É a aprendizagem que promove o desenvolvimento”.

Contudo, o conhecimento é uma produção histórica, cultural e social. Ao

passo em que ele não pode ser secundarizado, também não pode ser ele mitificado

como se fosse eterno, único e imutável. Da mesma forma, como ele é via de

emancipação, se ele for tomado com o olhar hegemônico da lógica conservadora e

dominante, ele reproduz as relações de dominação e de discriminação da nossa

sociedade.

Não existe nenhuma neutralidade em nenhum conhecimento; o professor ao

selecionar o conteúdo de aula está fazendo uma opção: tomar o conhecimento como

via de reprodução ou emancipação. O conhecimento deve partir da prática social do

aluno ou das comunidades – partir do movimento do real - fundamentar, pensar e

refletir a prática social a fim de que, em alguma medida, em sua condição histórica,

possa ser transformada.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o

Page 46: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

46

ensino e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, a relação de movimento, portanto,

dialética, que possibilite compreender o real em suas contradições, bem como o

enfrentamento às insuficiências do construtivismo são algumas das muitas defesas

da abordagem histórico-cultural. Esta concepção de ensino-aprendizagem

fundamenta as possibilidades de apropriação do conhecimento e democratização da

escola pública, e não pode ser de forma alguma uma defesa partidária de governo, e

sim uma conquista histórica dos professores, como base das políticas de Estado que

fazem a critica ao viés mercadológico da educação para defender sua dimensão

absolutamente democrática, pública, laica e obrigatória.

Page 47: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

47

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA �

A sociedade do conhecimento já está em constante evolução. Assim, são

necessários questionamentos sobre o processo de mudança e construção de todo o

contexto social – econômico – educacional.

As tecnologias da informação e comunicação podem habilitar os indivíduos e

oferecer-lhes um meio de alcançar a soberania pessoal. Neste sentido, cabe

ressaltar a importância das tecnologias da informação e comunicação aplicadas à

educação.

Estamos vivenciando um processo de transformação social, em que a

instabilidade é constante e a insegurança são visíveis em todos os níveis sócio-

culturais, e, em especial, educacionais. Assim o processo educacional e as

mudanças sociais sofrem influências visíveis e tangíveis na construção e evolução

da sociedade.

A educação, isto é, a escola está no meio desse turbilhão de informações, e

embutida nessa imensa indução de receptividade de dados. A sociedade está de

uma certa forma rodeada de complexidades e desigualdades surgindo assim, a

inclusão digital.

O gestor escolar necessita compreender e analisar que o professor precisa

refletir sobre o processo de sistematização e articulação de todas as informações

que o rodeia, bem como sobre a capacidade de questionar, de reconstruir e de

avaliar a sua própria construção do conhecimento.

Assim o professor gestor, terá cada vez mais a responsabilidade de gerenciar

todo o processo de ensino e aprendizagem, pois o aluno somente recebe muitas

informações, não conseguindo contextualizá-las ou até mesmo incorporá-la em sua

vida.

Cabe ao docente fazer com que esta situação ocorra, tendo em vista a

necessidade da compreensão da própria vivência e sobrevivência humana.

Todos nós já temos consciência de que a tecnologia é apenas o meio de todo

o processo de construção e evolução da educação. Neste sentido ressaltam-se, as

tecnologias da informação e comunicação são apenas uma ferramenta educacional

que o professor utiliza de maneira produtiva em sala de aula, pois todo e qualquer

recurso técnico-pedagógico é uma alternativa de trabalho para que o docente

desenvolva atividades reflexivas e autônomas para que seu aluno consiga

Page 48: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

48

desenvolver habilidades e construir seu próprio conhecimento.

Todas essas questões são um desafio para o professor da atualidade, pois ao

mesmo tempo em que as tecnologias fascinam, ela também faz com que seja

repensada a educação, bem como um novo sentido para que o processo educativo

seja claro e objetivo, e que o docente consiga desenvolver os trabalhos pedagógicos

e não ter dúvidas de ser o profissional responsável por essa transformação. Neste

sentido faz-se necessária a interlocução e sistematização das informações, para que

sejam efetivados trabalhos conectados com a realidade vigente.

Page 49: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

49

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A função formativa da avaliação, numa perspectiva ampla, supõe uma ação

do avaliador em direção ao desenvolvimento e crescimento do avaliado. Diversos

autores tem enfocado a avaliação formativa como possibilidade de melhoria do

desempenho.

Numa concepção progressista de avaliação formativa a intervenção para que

seja eficiente e eficaz deve ser diferenciada, considerando as ações do homem,

mundo, sociedade, representações que implicam múltiplos olhares sobre a educação

e que, portanto, desencadeiam o desafio de contribuir para o conjunto da prática

pedagógica do corpo docente esteja engajado num mesmo paradigma. Nesse

sentido e buscando evidenciar a avaliação num sentido que supera um caráter

meramente instrumental, importa antes o seu aspecto formativo numa dimensão

voltada para um conjunto de práticas educativas que servirão de base para o

julgamento da qualidade dos diferentes desempenhos, tanto do professor quanto do

aluno no complexo processo de ensino e aprendizagem. Nesse processo de

formação do sujeito crítico e participativo, a avaliação serve para mobilizar o aluno a

fim de que ele perceba os conhecimentos dos quais já se apropriou e o que ainda

precisa ser consolidado, assim como deve mobilizar o professor para rever sua

prática pedagógica, sem perder de vista a importância da interatividade na

construção dos diferentes saberes.

Os critérios avaliativos não são instrumentos, são escolhidos a partir dos

conteúdos selecionados e utilizados para avaliar os conhecimentos do aluno, o

professor define os critérios no momento da elaboração do trabalho docente

acompanhando a prática pedagógica desde os conceitos, objetivos e metodologias

que irá aplicar no desenvolvimento do conteúdo, servindo de base para o

conhecimento do nível de ensino/aprendizagem que os alunos se encontram.

Os critérios estão voltados para a intenção dos conteúdos a serem

trabalhados e pertinentes a este e não para os instrumentos, sendo uma constante

apreciação do processo da aprendizagem de ensino, ligados a concepção de

educação, de homem, de mundo e de sociedade.

Page 50: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

50

CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO �

Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão de

benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem

geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais.

Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e

serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais

favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos.

Uma sugestão para que se caminhe para a educação de qualidade é que as

escolas elaborem com autonomia de forma participativa o seu PPP, conhecer a

realidade de seus alunos onde estão e porque estão fora dela, para que seja

possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se

insere. A integração entre as áreas do conhecimento e as novas propostas partem

do respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, para

chegar a sistematização do saber. De modo que adequando o processo de

aprendizagem ao ritmo de condições de desenvolvimento dos aprendizes um dos

princípios da escola de qualidade para todos. O professor não predetermina a

extensão e a profundidade dos conteúdos a serem construídos pelos alunos, pelo

contrário é ele que se adapta ao novo conhecimento e só ele é capaz de regular o

seu processo de construção intelectual. Outra possibilidade é a avaliação que em

nosso Colégio tem sido trabalhado de maneira inclusiva valorizando o conhecimento

tácito do aluno e norteando o trabalho do professor, tornando-o cada vez mais

adequado e eficiente à aprendizagem de todos os alunos.

A meta principal da escola é a aprendizagem como centro das atividades

escolares, independente do desempenho de cada um, são condições de base para

que se caminhe na direção da escola acolhedora, no sentido de ser receptiva a

todas as crianças, pois as escolas existem, para formar as novas gerações, e não

apenas alguns de seus futuros membros, os mais privilegiados. Os alunos aprendem

até o limite em que conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o

professor considera o nível de possibilidades de desenvolvimento de cada um e

explora essas possibilidades por meio de atividades abertas, nas quais o aluno se

enquadra por si mesmo, na medida que seus interesses e necessidades, seja para

construir uma idéia, ou resolver um problema, realizar uma tarefa. Essas ações

Page 51: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

51

desenvolvem a cooperação, o reconhecimento dos talentos humanos e a

socialização do trabalho de cada pessoa, independente da diversidade, promovem a

formação de cidadãos cada vez mais atuantes na realidade.

Page 52: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

52

FORMAÇÃO CONTINUADA �

O processo de formação continuada dos profissionais da educação implica

em uma reflexão sobre o próprio significado do processo educativo que para a

formação prática educativa e progressista devem ser obrigatórios alguns saberes

fundamentais a essa prática de formação docente. É indispensável que o formando

docente saiba que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as

possibilidades para a sua produção ou a sua construção, que não há docência sem

discência as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os

conotam, não se reduzem a condição de objeto um do outro, havendo desta maneira

uma troca, quem ensina aprende ao ensinar e vice versa. O educador democrático

não pode negar-se o dever de, na sua prática docente reforçar a capacidade crítica

do educando, sua curiosidade, sua insubmissão, bem como não se prender apenas

em ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.

Apesar de conscientes destas necessidades, nem sempre as instituições

superiores (universidades e faculdades) têm colocado no mercado de trabalho,

profissionais realmente habilitados para tal exercício.

Desta forma as instituições educacionais têm lançado mão de alguns recursos

para solucionar os problemas advindos desta situação, tais como:

-Grupo de Estudos;

- Reuniões pedagógicas;

- GTR, entre outros.

Contudo é pré condição para o aperfeiçoamento como a autoridade do

professor a inserção dele no coletivo da profissão através da formação adequada.

Page 53: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

53

MARCO

OPERACIONAL ��

Page 54: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

54

MARCO OPERACIONAL

O referido Projeto Político Pedagógico parte do pressuposto de que a

finalidade da educação como uma prática social, é a transmissão sistemática dos

conteúdos de ensino, os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento

histórico pela humanidade, de modo a assegurar que os alunos se apropriem de

novos conhecimentos e possam reelaborá-los, processando uma crítica concreta,

embasada,na compreensão científica do real. Entende ainda que a educação

abrange produção,construção, reflexão, análise e divulgação dos conhecimentos,

conteúdos e práticas culturais nas mais variadas situações educativas.

Dentro deste contexto educativo, nossa escola procurará oportunizar através

do Projeto Político Pedagógico, por meio dos conteúdos trabalhados em sala de

aula, dos projetos a serem desenvolvidos na escola, nas interações com a

comunidade em reuniões, conselhos escolares; nas atividades formais e informais,

oportunizando uma aprendizagem significativa, e uma maior relação entre sujeitos

históricos.

O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e

prioridades estabelecidas pela coletividade, estabelece através da reflexão, as ações

necessárias à construção de uma nova realidade. O Projeto Político Pedagógico é

antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no

processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, pais de alunos ,e a

comunidade como um todo. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço

para o exercício da autonomia

Para tanto descreveremos as ações que nortearão nosso trabalho no decorrer

dos próximos anos.

Page 55: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

55

HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES �

A Hora Atividade é o momento de troca de experiência reservado ao

Professor em exercício de docência, mediada pelo pedagogo como um espaço

efetivo de reflexão sobre o Plano de Trabalho Docente com vistas a rever

encaminhamentos metodológicos, processo de avaliação e recuperação de

conteúdos, viabilizando proposições diferenciadas de trabalho no decorrer do

processo de ensino aprendizagem.

Durante a Hora Atividade, os docentes também fazem as correção das

atividades dos discentes, elaboram e implementam programas e ações juntamente

com a direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de

alunos, pais e (outros assuntos de interesse da comunidade escolar. Criam e

desenvolvem estratégias de ações que se fizerem necessárias ao enfrentamento de

problemas relacionados ao ensino/aprendizagem dos educandos.

Esse espaço dentro da escola deve favorecer o trabalho coletivo dos

professores, conforme preconiza a Instrução nº 02/04 – SUED/SEED.

A organização da Hora Atividade em nossa escola é feita dentro do que

determina a instrução acima citado é concentrada por disciplina e destinada a todos

os professores independente do vínculo (QPM, Extraordinária, PSS), sendo de

responsabilidade do Diretor do estabelecimento de ensino a distribuição e a

verificação do seu cumprimento.

No caso dos professores com vinculo, PSS e com aulas Extraordinária, que

atuam em outras escolas, a H/A também é concentrada por disciplinas e organizada

de acordo com a compatibilidade de horários do docente.

No dia 29/01/2008 - A chefia no NRE, juntamente com a Equipe pedagógica,

levou para discussão com os Documentadores Escolares, Diretores e um Professor

Pedagogo de cada escola a importância da hora atividade concentrada e, no

coletivo, ficou decidido a efetivação da hora atividade concentrada, e desde então

ela acontece dessa forma.

Page 56: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

56

CONSELHO DE CLASSE

A Deliberação n.º 07/99 do Conselho Estadual de Educação e Secretaria de

Estado da Educação estabelece:

Art. 7º - Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar o

acompanhamento do processo de avaliação da série, ciclo, grau ou período,

devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.

§ 1.° - O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos Professores, pelo

Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação educacional.

§ 2.º - É recomendável a participação de um representante dos alunos.

§ 3.°- A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários

deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação

Partindo deste princípio e da necessidade de uma visão total dos processos,

apesar de ser um órgão colegiado específico da equipe docente, recebe a

colaboração dos funcionários, pais e alunos, conta também com a participação do

Diretor(a) e/ou Diretor(a) Auxiliar, professores pedagogos e todos os professores

das diferentes disciplinas..

O Conselho de Classe configura-se como uma instância avaliativa, pois seu

objeto de estudo é o ensino/aprendizagem e suas relações com a avaliação. Dentro

do Conselho de Classe o pedagogo é o articulador do discurso dos educandos e dos

professores, identificando a partir destes discursos, os problemas mais urgentes.

É Importante�ressaltar, que a gestão democrática citada na LDB 9394/96

garante à equipe pedagógica e aos professores da escola o direito de estabelecer os

princípios, finalidades e objetivos de seu Conselho de Classe.

Diante disso, os Conselhos de Classe em nossa escola são realizados no

fim de cada bimestre, onde são discutido as dificuldades no desenvolvimento da

aprendizagem dos educandos e tem como objetivo principal diagnosticar a razão

das dificuldades, apontando as mudanças necessárias para que o educando possa

alcançar maior sucesso educacional, superando as dificuldades encontradas.

Portanto, ele ocorre em três fases: o Pré-Conselho, Conselho de Classe e o

Pós Conselho.

Pré-Conselho; durante a hora atividade são questionados junto aos

professores os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, quais os

Page 57: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

57

problemas que estão ocorrendo, e o que está atrapalhando o bom andamento do

trabalho pedagógico em sala de aula,bem como o desempenho geral da turma. Os

dados são tabulados em uma ficha, onde é feito o registro dos procedimentos e

encaminhamentos metodológicos que o professor vem utilizando em sala de aula

para sanar tais dificuldades. Esses dados devem ser entregues com pelo menos

dez dias que antecede o Conselho de Classe, a fim de haver tempo hábil para a

análise por parte da equipe pedagógica e direção, que diante dos resultados

estrutura a pauta do Conselho de Classe, estabelecendo a ordem e a forma como os

assuntos serão abordados, pois é de responsabilidade da direção presidir o

Conselho de Classe e cabe ao pedagogo organizar as informações e dados

coletados.

Conselho de Classe: Os professores reúnem-se juntamente com a direção e

a equipe pedagógica, deixando bem claro que o enfoque será dado aos problemas

levantados durante o bimestre e no Pré-Conselho, e que os assuntos se restringem

ao ensino/ aprendizagem dos educandos .

A equipe pedagógica já chega com todas as informações levantadas no pré-

conselho, com a preocupação de se buscar soluções para as questões que

envolvem as dificuldades dos alunos.

Os casos são tratados individualmente, e todas as decisões tomadas pelo

coletivo da escola são registradas em atas pelos funcionários da secretaria e

assinadas por todos os presentes, o relato é feito por turma, colocando o nome dos

alunos que necessitam de maior atenção.� � Esse é um momento de tomada de

decisões, onde os critérios adotados não são para excluir ou aprovar alunos, mas

discutir e refletir sobre o todo da aprendizagem, interferindo nos conteúdos e nas

metodologias que são utilizados em sala de aula.

Pós Conselho: consiste em verificar se as ações e encaminhamentos

metodológicos estão tendo resultado na aprendizagem do educando, onde a equipe

pedagógica estará intervindo sempre que necessário com relação as decisões

tomadas no Conselho de Classe. Quando percebemos que é necessário rever a

prática pedagógica em sala de aula é feito uma fala em particular com o professor.

É nessa fase também, que os pais ou responsáveis são convidados a

comparecer ao colégio para tomar conhecimento da situação do aluno, para que

possam acompanhar o desempenho escolar do educando,contribuindo com o

efetivo aprendizado do mesmo.

Page 58: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

58

DATAS DO CONSELHO DE CLASSE: 2010

Conselho de Classe do 1º bimestre: 01/03/2010

Conselho de Classe do 2º bimestre: 01/07/2010

Conselho de Classe do 3º bimestre: 01/10/201o

Conselho de Classe do 4º bimestre: 18/12/201o

��

Page 59: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

59

PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Para se construir uma proposta de avaliação é necessário que esta esteja

respaldada no processo ensino aprendizagem tomando por referencia as Propostas

Curriculares da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e a legislação

vigente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96,

A avaliação deve estar diretamente ligada aos conteúdos básicos e

específicos elencados no Plano de ação docente, acompanhados dos objetivos

propostos de cada conteúdo, norteando o processo do ensino aprendizagem,

contribuindo para a formação do educando e no cumprimento da função social da

escola.

Com a avaliação obtemos as informações necessárias para planejar novas

ações baseadas nas dificuldades encontradas pelos alunos, seja nos aspectos

cognitivos, a fim de intervir no desenvolvimento do educando; redirecionando sua

prática e identificando outras dificuldades com o objetivo de superá-las, contribuindo

para o processo de formação de cidadãos autônomos, critico e participativos.

A avaliação deve ser entendida como atividade dinâmica e sistemática para

tanto é necessário que se elabore alguns critérios nos quais se faça uma distinção

entre o erro e a verdade, decorrentes dos conteúdos apresentados, selecionados e

sistematizados, adotados pelo docentes e utilizados para avaliar o conhecimento do

educando

Segundo DEPRESBITERIS “os critérios de avaliação são princípios que

servirão de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos

aqui, não apenas como uma execução de uma tarefa, mas uma série de atributos

que para ela convergem (SEED,2008), entendendo desta maneira que os critérios

não são valores

Desta forma entendemos que os critérios dependem dos conteúdos,

pensados pelo professor quando elabora o seu trabalho docente, ou metodologia

própria. Critérios não são instrumentos nem pesos, mas que subsidiarão a valoração

a partir de dar os conteúdos neste sentido pode se dizer que critérios são maneiras

de como trabalhar os conteúdos visando o ensino aprendizagem, assimilado e com

o entendimento dos conceitos absorvidos pelo educando e cujos procedimentos

serão utilizados na prática em suas atitudes como ser humano e como cidadãos.

É necessário que exista uma concordância dos conteúdos a serem

Page 60: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

60

trabalhados de maneira que o educando visualize as necessidades da humanidade

nos dias atuais voltados para a intenção e não para os instrumentos.

Devemos ter claro que os critérios de avaliação tem com base promover, pois

o professor sabe exatamente o que o aluno assimilou do conteúdo apresentado por

ele e subentende-se que o aluno tem noção do que sabe fazer ou o que ainda esta

por aprender.

Ao estabelecerem-se critérios de avaliação este pode ser elaborado com a

participação do educando previamente para o desenvolvimento da cada tarefa, como

também como outros professores, respaldados em critérios qualitativos, ponderados

coletivamente com o objetivo do desenvolvimento integral do educando. e indicando

o que se quer alcançar com a aprendizagem dos alunos, refletindo sobre os

conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, em que a escola é considerado

um espaço para o desenvolvimento intelectual do aluno de modo que ele entenda o

contexto no qual está inserido.

Na escola esses procedimentos precisam estar comprometidos com a práxis

didático-pedagógica, professor

• • Ter clara a concepção utilizada como suporte da prática pedagógica;

• • Planejar as suas aulas cotidianamente;

• • Reelaborar e atualizar seus conhecimentos;

• • Estabelecer com clareza o que será avaliado;

• • Selecionar e comunicar aos alunos as técnicas e instrumentos de

avaliação serem utilizados;

• • Dar ao aluno o direito de questionar, duvidar e errar;

• • Considerar o erro como um dos indicadores do nível de

aprendizagem;

• • Fazer intervenções em tempo hábil;

• • Valorizar os acertos dos alunos, incentivando e elevando sua auto-

estima;

• • Registrar os resultados da avaliação para acompanhamento e

progressão do aluno;

• • Explicar previamente ao aluno o que se espera dele ao final de cada

atividade proposta;

Page 61: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

61

• • Iniciar cada atividade, levantando os conhecimentos prévios dos

alunos sobre o assunto que será tratado;

• • Estimular e incentivar os alunos a superar os desafios;

• • Diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, propondo

atividades de recuperação paralela;

• • Valorizar e respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos;

• • Promover a auto-avaliação do aluno, estabelecendo critérios que

possibilitem a confiança mútua.

Através desses compromissos é que se poderá ter uma visão mais

aprimorada do que pode ser a avaliação em relação ao aluno e sua competência.

Page 62: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

62

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Lei Federal 9394/96 prediz que a recuperação paralela deva ocorrer

paralelamente ao ano letivo, ou seja, durante todo o processo escolar em que o

educando está freqüentando, sendo flexível em cada estabelecimento de ensino

desde que esteja explicito no Projeto Político Pedagógico contendo adaptações e

estratégias na demanda. O artigo 24 alínea “e” recomenda que ele seja paralelo

para os casos de baixo rendimento escolar e estar contemplado no Regimento

Escolar, desta forma os educando que não obtiveram bom desempenho em

determinado período escolar apresentados por problemas psicossociais, econômicas

e culturais, utilizando-se de novas metodologias e instrumentos de ensino.,

rompendo com a cultura de reprovação, mesmo porque as notas ou conceitos são

flexíveis e pré-definidos pela escola, garantindo a qualidade de aprendizagem

As atividades favorecidas pelo professor na recuperação devem estar

contempladas no Projeto Político Pedagógico com critérios a fim de não

sobrecarregar o recuperando, planejando suas atividades a cada término de

conteúdo, verificando se houve aprendizagem a fim de que o educando possa

avançar em relação a aprendizagem.

.Para que esta recuperação de estudos aconteça será necessário que se

reveja:

• As atividades e metodologias, onde as atividades e explicações do

conteúdo devem ocorrer de forma diferenciadas as que foram

conduzidas anteriormente; para que não seja apenas a recuperação de

notas mas de conteúdos;

• O ritmo da aprendizagem onde será trabalhada a real dificuldade e o

educando possa compreender o que lhe está sendo repassado;

• Qualidade nos conteúdos e sua relevância científico-tecnológico e

social;

• Priorizar a qualidade de ensino e a permanência do aluno, não

utilizando a avaliação ou recuperação como “punição”.

Para que a recuperação de estudos aconteça de forma tranqüila o professor

deve conduzir a sua intervenção no processo educativo de forma diferenciada nas

disciplinas a fins, considerando que cada aluno possui uma característica própria,

acontecendo durante todo o período de aula,revisando o conteúdo, complementando

Page 63: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

63

com explicações diferenciadas,correção das atividades em conjunto e ou

individualmente, atividades de casa, corrigindo-as em grupo e se preciso também

individualmente no dia seguinte, haja visto que a avaliação ocorre de forma continua

revelando a prática educativa contribuindo neste sentido para o desenvolvimento do

educando.

É necessário que se garanta ao aluno o seu sucesso na aprendizagem de

ensino, considerando que a reprovação é considerada como um processo retroativo

para o desenvolvimento do educando, neste caso será necessário que se tome

alguma atitudes em relação a aprendizagem do educando, necessitando que o

educador considere estratégias de ação antevendo os resultados negativos,

As atividades de Recuperação de Estudos poderão ser elaboradas junto a

Equipe Pedagógica se assim fizer necessário, no sentido de crias hábitos de

estudos por parte do educando com conteúdos significativos, desenvolver atividades

diversificadas durante o ano letivo possibilitando o desenvolvimento intelectual,

oficinas de leitura, registros dos relatórios de atividades, alunos monitores,

estagiários em horário especial, revisão de provas e correção junto aos alunos

ofertando neste momento um feedback dos objetivos propostos nos conteúdos

desenvolvidos

Page 64: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

64

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas

origens, seus propósitos e da importância do controle da sociedade sobre o gasto

público, através da participação de cada cidadão, contribuindo para o fortalecimento

do ambiente democrático e o exercício de uma prática educativa na perspectiva de

formar um ser humano socialmente consciente.

A Educação Fiscal tem como objetivo possibilitar e estimular o crescente

poder do cidadão quanto ao controle democrático do Estado, incentivando-o a

participação individual e coletiva na definição de políticas públicas e na elaboração

das leis para sua execução.

Portanto, a Educação Fiscal deve ser compreendida como uma abordagem

didático-pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e

dos gastos públicos, estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir

para o benefício do conjunto da sociedade e por outro lado, estar consciente da

importância de sua participação no acompanhamento de uma gestão pública

eficiente, transparente e honesta quanto à captação, alocação e aplicação dos

recursos públicos. Promovendo a participação do indivíduo por meio de uma prática

comprometida com a transformação da realidade em benefício da qualidade de vida

da população.

Segundo Pedro Demo (1996), “participação é conquista social”. A Educação

Fiscal é uma ponte que nos liga a essa fonte de saber, uma porta que se abre para a

construção de um processo de participação popular para que, professores, líderes

comunitários, universitários, entre outros, possam realizar seu papel de modo cada

vez mais consciente e responsável.

Diante disso, vemos que a educação escolar cidadã é aquela que leva o

educando a ter uma leitura de mundo, compreendendo suas relações naturais,

sociais, políticas e econômica.

Para disseminar o Programa de Educação Fiscal em nosso colégio, nossos

docentes e discentes buscam desenvolver um trabalho por meio de uma conduta

responsável com as seguintes ações:

• Desenvolver atividades interdisciplinares no decorrer do ano letivo,

objetivando a formação de uma consciência de bem comum através de

ação individual e permanente, mostrando a importancia de exigir a

Page 65: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

65

nota fiscal ao adquirir um produto, no intuito de compreender a

função e o papel da comunidade na emissão da nota fiscal;

• Desenvolver atividades teoricas e práticas em todas as disciplinas,

sobre impostos e taxas;

• Realizar pesquisas de campo, onde o s educandos possam ter contato

com notas fiscais, para poder compreeder como é feito o cálculo do

imposto embutido em tudo que consumimos, revelando a função sócio

- econômica dos tributos;

• Levar por meio do Programa “Cidade Mirim” o conhecimento sobre

administração pública, controle de gastos, aplicação dos recursos

resultantes do imposto entre outros temas relacionados ao exercício da

cidadania e do controle social, sensibilizando o educando para a

função socio econômica dos tributos. Levando ao seu conhecimento a

importancia e a função da Administração Pública, no controle dos

gastos publicos, bem como, o acompanhamento e fiscalização da

aplicação dos recursos públicos e tributação.

Entendendo a relevancia deste trabalho junto aos nossos educandos, temos

como objetivo para o ano de 2010, dar continuidade ao trabalho que vem sendo

desenvolvido por professores, alunos, direção, equipe pedagógica e funcionários,

pois esse é um trabalho que exige o envolvimento de toda comunidade escolar.

Contaremos ainda com o apoio do comércio do nosso município para a

implementação e inovação do Programa .

Para que os nossos objetivos obtenham o resultado esperado serão

desenvolvidos trabalhos das mais diferentes formas, com atividades teoricas e

práticas cada vez mais eficazes, levando até o nosso aluno o conhecimento

necessário para que possam ser conhecedor dos seus direitos e deveres, agindo

em seu meio com críticidade, participando ativamente da vida em sociedade, pois a

construção da cidadania é adquirida por meio da conquista de direitos e o

cumprimento dos deveres.

Page 66: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

66

INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO

A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a

construção histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo

histórico-cultural, na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto

das relações de poder. Os processos e a luta pela inclusão na educação básica

representam um posicionamento político, uma reorganização do trabalho na escola,

do tempo escolar e da formação de professores, o trato ético e democrático dos

alunos e seus familiares, novas alternativas para a condição docente e uma postura

democrática diante do diverso.

Neste contexto, são necessários posicionamentos, práticas políticas e o

entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade, articulados a uma

visão ampla de educação e desenvolvimento sustentável.

As políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na

discussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da

educação básica. Assim, é fundamental problematizar questões como a

contextualização curricular a partir da diversidade regional; a educação indígena; a

educação afrodescendência; a educação no campo; a educação de pessoas com

deficiências e altas habilidades; a educação de pessoas privadas de sua liberdade; a

educação e diversidade sexual.

A cobrança hoje feita à educação, de inclusão e valorização da diversidade,

tem a ver com as estratégias por meio das quais os grupos humanos e sociais

considerados diferentes passaram a destacar politicamente as suas singularidades e

identidades, cobrando tratamento justo e igualitário, desmistificando a ideia de

inferioridade que paira sobre diferenças socialmente construídas. Esses grupos

questionam as políticas de inclusão, buscando superar a visão assistencialista que

ainda recai sobre elas.

Compreender a relação entre diversidade e educação básica implica delimitar

um princípio radical da educação pública e democrática: a escola pública se tornará

cada vez mais pública na medida que compreender o direito à diversidade e o

respeito às diferenças como um dos eixos norteadores da sua ação e das práticas

pedagógicas. Para tal, faz-se necessário o rompimento com a postura de

neutralidade diante da diversidade que ainda se encontra nos currículos.

Page 67: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

67

Assim os desafios postos pela inclusão e a diversidade na educação básica

exigem medidas que garantam a todos os grupos sociais, principalmente àqueles

que se encontram histórica e socialmente excluídos, o acesso a uma educação de

qualidade.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro compartilha destes conceitos e propõe

um currículo que reconhece o direito à diversidade e o respeito às diferenças,

oportunizando a todos uma educação de qualidade.

Page 68: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

68

ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS

Segundo a Deliberação Nº 02/03 do Conselho Estadual de Educação e a

Instrução Nº 05/2004, da Secretaria de Estado da Educação, a Sala de Recursos é

um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o

atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental de 5ª

a 8ª séries. Esse atendimento possui caráter transitório e exige obrigatoriedade de

matrícula na classe comum do ensino regular. São atendidos no programa de apoio

especializado em sala de recursos, os alunos que apresentam necessidades

educacionais especiais, alunos egressos da educação especial ou de sala de

recursos de 1ª a 4ª séries, e ainda aqueles que apresentam problemas de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para

obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.

O atendimento no programa pode se estender a alunos de escolas próximas

nas quais ainda não exista sala de recursos.

Entende-se que o trabalho realizado nas salas de recursos deve ser o de

suplementar, aprofundar, enriquecer o currículo (superdotados) e complementar

(para os demais) o atendimento educacional realizado em classes comuns da

educação básica, utilizando equipamentos e recursos pedagógicos diversificados,

adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos. Os professores que

atuam nas Salas de Recursos de 5ª a 8ª séries devem, portanto, utilizar uma grande

diversidade de estratégias na estruturação das intenções educacionais para que

seus alunos se apropriem dos conhecimentos.

A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do

ensino regular, pelo professor da classe comum, professor especializado e equipe

técnico pedagógica da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional

(externa) e equipe do Núcleo Regional de Educação e/ou secretaria municipal de

educação, quando necessário.

O aluno deverá receber atendimento de duas a quatro vezes por semana, não

ultrapassando duas horas diárias, em horário diferente daquele em que freqüenta a

classe comum. Na sala de recursos, para 20 horas semanais, o número máximo é

de 30 (trinta) alunos, atendidos por intermédio de cronograma preestabelecido,

podendo o aluno ser atendido individualmente ou em grupo de até 10 alunos,

Page 69: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

69

organizados preferencialmente por faixa etária e/ ou conforme as necessidades

pedagógicas semelhantes.

O aluno com Necessidades Educacionais Especiais, tem direito a uma

educação de qualidade, para adquirir o conhecimento necessário para o seu

desenvolvimento pessoal, social e acadêmico.

No grupo de sujeitos com deficiência intelectual, existem inúmeras

características que lhe são peculiares, as quais se expressam em forma de talentos,

capacidades, necessidades e algumas dificuldades. As abordagens de ensino

baseiam-se no reconhecimento de que indivíduos aprendem e se desenvolvem de

maneiras diferentes e em ritmos diferentes. Portanto, o ambiente escolar precisa ser

flexível e, ao mesmo tempo, oferecer alicerces para que possa atender as

necessidades individuais de cada um, adaptando suas estruturas, seu currículo,

materiais didáticos e práticas de ensino.

Partindo desse princípio, a escola desenvolve um trabalho pedagógico,

visando a integração destes alunos na sociedade por meio do estímulo de suas

potencialidades, com um processo educativo não discriminador, voltado a integração

social desses educandos.Portanto, lhe é assegurado a acessibilidade ao nosso

educando, permitindo a sua entrada em todos os ambientes da escola, por meio de

mapeamentos em sala de aula, posicionando o em lugares estratégico,

A avaliação também é feita de forma diferenciada, por meio de diversos

instrumentos e critérios avaliativos, que possam favorecer o desenvolvimento dos

alunos, estabelecendo estratégias para sanar as dificuldades de

aprendizagem acadêmicas que estão em evidência.

Diante disso, a avaliação do contexto escolar deve ser analisada de modo a

relacionar a ação pedagógica do professor e as condições da escola, ou seja,

permitindo ao aluno o acesso a recursos que viabilize as condições e possibilidades

de realizar satisfatoriamente sua avaliação, dentre eles podemos considerar: os

instrumentos tecnológicos como: computadores, calculadora (manuais , soroban e

outros), prova ampliada e outros. É sabido que a avaliação deve centrar se mais no

processo de ensino aprendizagem, sendo uma mediação entre aluno e professor,

levando sempre em considerando a forma como o aluno aprende, sem com isso

descuidar da qualidade do que ele aprende

Page 70: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

70

ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o

Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às

defasagens de aprendizagem apresentadas pelos educandos que frequentam a 5ª

série/6º ano do Ensino Fundamental.

O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas

de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades

referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como o

raciocínio lógico, as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares.

Desde a sua criação a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vem

promovendo capacitação aos professores e pedagogos que atuam nesta área,

buscando esclarecer os objetivos e encaminhamentos metodológicos, bem como,

levar ao conhecimento dos professores formas diferenciadas de atividades para

serem trabalhadas na Sala de Apoio a Aprendizagem.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa

e Matemática – será de 04 horas - aula semanais para os alunos, sendo ofertadas

prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, tendo sempre em

vista o benefício do aluno.

Dessa forma, as turmas serão organizadas em grupos de no minimo 15

(quinze) alunos, com atendimento em espaço físico adequado, Professor e Plano de

Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola. A função da

Equipe Pedagógica é apresentar e discutir a legislação específica do Programa com

o coletivo da escola, para decidir com os Professores regentes das turmas de 5a

séries, a indicação dos alunos que irão compor as turmas, de acordo com

diagnóstico realizado, orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente,

acompanhando sua efetivação, garantindo a participação dos Professores no

Conselho de Classe, acompanhar os alunos buscando sua participação integral no

Programa, mantendo pais ou responsáveis informados quanto à freqüência e

aproveitamento dos educandos.

Cabe ainda a Equipe Pedagógica, organizar os materiais didáticos, garantindo

o funcionamento das salas, orientando os Professores quanto ao preenchimento dos

relatórios, que são semestrais, acompanhar a movimentação dos alunos

Page 71: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

71

matriculados nas Salas de Apoio, providenciando a substituição do discente quando

houver a superação das dificuldades apresentadas oportunizando o atendimento de

novos alunos.

Cabe aos Professores Regentes, diagnosticar as dificuldades de oralidade,

leitura, escrita, formas espaciais e quantidades, referentes aos conteúdos dos anos

iniciais do Ensino Fundamental, indicando os alunos que irão participar do

Programa. Deve ainda participar juntamente com a Equipe Pedagógica e o Professor

da Sala de Apoio na definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação

das dificuldades apresentadas pelos alunos, acompanhando o processo de

aprendizagem do aluno durante e após a sua participação no Programa. É de sua

responsabilidade decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de

Apoio, a permanência ou a dispensa dos alunos e preencher as fichas de

encaminhamento dos alunos indicados para o Programa.

Cabe aos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem a função de

elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica e

professores regentes. Este deve estar de acordo com o disposto no Projeto Político

Pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das

dificuldades de oralidade, leitura, escrita, bem como as formas espaciais e

quantidades nas suas operações básicas e elementares. Compete ainda organizar e

disponibilizar para o coletivo de Professores regentes da turma e Equipe

Pedagógica, pastas individuais dos alunos, manter o Livro Registro de Classe

atualizado, comunicar por escrito, as faltas consecutivas dos alunos, participar do

Conselho de Classe e da formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola.

Os pais ou responsáveis são orientados sobre o funcionamento e a

importância desse programa de apoio pedagógico para a aprendizagem do

educando, na ocasião os responsáveis assinam um termo de compromisso se

responsabilizando por encaminhar o aluno para frequentar a Sala de Apoio, que

tem como objetivo a superação das dificuldades de aprendizagem apresentadas

pelos educandos, diminuindo assim os índices de repetência, e de evasão escolar.

Diante disso, e respeitando o que determina a legislação, nossa escola

atende os alunos regularmente matriculados na 5ª série desta Instituição de Ensino

sempre no contra turno. O atendimento é feito em dois turnos, uma turma da

disciplina de Matemática e uma de língua Portuguesa no período matutino, e outra

turma da disciplina de Matemática e língua Portuguesa no período vespertino.

Page 72: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

72

Os professores da Sala de Apoio a Aprendizagem do Colégio Estadual 14 de

Dezembro tem o compromisso de realizar um trabalho diferenciado, envolvendo os

alunos de forma lúdica e criativa.

Page 73: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

73

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

As equipes multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho

escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica com a finalidade de

orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

O trabalho da Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação das

disciplinas da base nacional comum. Nessa perspectiva a Equipe Multidisciplinar

valoriza a história de seu povo, da sua cultura e da contribuição para o país e para a

humanidade.

Neste sentido, o Colégio 14 de dezembro realizou em 2010 a eleição da

Equipe Multidisciplinar, conforme preconiza a Resolução n. 3399/2010 – SEED;

formada a equipe foi desenvolvido em parceria com os professores o 1º programa da

Rádio “Edu14: A rádio que educa” com o tema “Cultura Afro”, contou com o

envolvimento de vários alunos realizando pesquisas, produzindo textos, trabalho de

edição, locução e apresentação do programa que contou com ampla divulgação na

imprensa regional e repercutiu positivamente perante toda a comunidade. Foi

realizado um concurso de poesias inéditas, criadas pelos alunos, finalizando com a

declamação das poesias classificadas.

Tendo em vista que o nosso estabelecimento não tem alunos de origem

indígena, mas que o município eventualmente recebe a visita dos mesmos para

divulgar seus trabalhos manuais, foram desenvolvidas com os alunos pesquisas a

cerca da importância da população indígena em nosso município, a fim de promover

o respeito e a valorização dos mesmos pelos nossos alunos.

Visando o êxito alcançado pelas atividades realizadas, será dado

continuidade nos anos seguintes procurando envolver uma parcela ainda maior da

comunidade escolar e implementando novas sugestões e estabelecendo novas

parcerias.

Page 74: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

74

EDUCAÇÃO PARA O CAMPO

A diversidade cultural é muito mais ampla, multifacetada e complexa do que

pensamos. A luta pelo direito e reconhecimento das diferenças não pode resultar em

práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias. Desta maneira percebemos que

a escola é o espaço privilegiado para fomentar o diálogo e a garantia da cidadania

para todos buscando uma reflexão sobre o trato pedagógico e o reconhecimento da

diversidade bem como o estabelecimento de padrões de respeito, de ética, a

garantia dos direitos sociais para a construção de uma sociedade justa, democrática

e igualitária.

Tendo em vista que boa parcela dos nossos educandos são oriundos da área

rural pensamos em uma educação vinculada aos interesses e ao desenvolvimento

sociocultural dos diferentes grupos sociais que habitam e trabalham no campo. Urge

a necessidade de equacionar a função social da educação e da escola em um

projeto de inserção do aluno do campo no conjunto da sociedade. É preciso educar

para um modelo de agricultura que inclua os excluídos, que amplia os postos de

trabalho, que aumenta as oportunidades do desenvolvimento das pessoas e das

comunidades que avana na produção e na produtividade centradas em uma vida

mais digna para todos e respeitadora dos limites da natureza. Buscamos preparar o

nosso aluno do campo para ser sujeito desta construção. Com uma educação que

garanta o direito ao conhecimento, a ciência e à tecnologia socialmente produzidas e

acumuladas assegurando a construção e afirmação dos valores e da cultura das

autoimagens e identidades da diversidade que compõe hoje o povo brasileiro do

campo.

Page 75: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

75

PDE-PR

O PDE é, uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores

da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-

práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças

qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense.

Tem por objetivo proporcionar aos professores da rede pública estadual

subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais

sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática,

compreendendo o professor como sujeito epistemológico.

A orientação Pedagógica do PDE está fundamentada nos princípios

educacionais da SEED e nas Diretrizes Curriculares da SEED e é destinado aos

professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM.

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e

atividades nas modalidades presencial e à distância e disponibilizando apoio

logístico e meios tecnológicos para o funcionamento do Programa.

O professor que ingressar no PDE terá garantido o direito a afastamento

remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no

segundo ano do Programa. Este afastamento é regulamentado pela Resolução

1670/2009.

No Colégio Estadual 14 de Dezembro existem dois professores que

atualmente estão em fase de conclusão das atividades do PDE e um professor em

fase inicial. Os Professores em fase de conclusão das atividades desenvolveram

suas práticas um voltado para a Avaliação Contextualizada e outro voltado para a

Prática do Xadrez.

PDE: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA

NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM DE ENSINO NA EDUCAÇÃO

BÁSICA

A avaliação nada mais é que um instrumento inclusivo que permite ao

professor, uma autoavaliação do seu trabalho, mediando os conteúdos em sala de

aula como também se os objetivos propostos foram atingidos pelos alunos. Utilizada

Page 76: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

76

sob diversas formas e proporcionando subsídios ao professor para a retomada do

conteúdo

Entende-se que a finalidade da avaliação no contexto escolar também cumpre

com os registros regulamentados na lei.

A avaliação acontece quando o aluno compreende e contextualiza o conteúdo

apresentado pelo professor, e transcorre durante o processo pedagógico, tendo em

mente que não ocorre de forma isolada mas numa relação dialética/dialógica.

É importante ressaltar que a avaliação não pode e nem deve ser utilizada

como coação ou castigo, mas com a função de perpassar pelo aluno sem maiores

consequências, seja no sentido pedagógico, psicológico ou sociológico.

De acordo com Ramos (p.02,2004) ”o processo de ensino-aprendizagem

contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a

confiança do aluno” nesta visão o processo avaliativo o trabalho com uma nova

perspectiva, orientando as possibilidades do desempenho futuro e entendida como

metodologia na responsabilidade do professor enquanto investigação e intervenção.

Ao professor cabe o acompanhamento da aprendizagem dos alunos e no

desenvolvimento dos processos cognitivos.

Com o projeto se busca a qualidade de ensino, com conhecimento in loco

através da avaliação da aprendizagem de ensino, que continua sendo um dos

grandes desafios tanto para os educadores quanto para os educandos. Ao explorar

as diversas formas de avaliação, se tem a oportunidade de um bom desempenho

qualitativo e lógico, identificando as possíveis dificuldades encontradas em

determinado conteúdo assim como seus avanços, visando o sucesso escolar do

educando, tendo como ponto de partida o conhecimento que o aluno possui com a

cientificidade do professor no referido assunto que este irá transmitir ao seu

educando, visualizando as possíveis dificuldades quanto aos conteúdos repassados,

visando sempre o sucesso escolar do educando. Formulado através de

pressupostos teóricos enquanto trabalho se pesquisa, se buscará na fundamentação

histórico-crítica leitura em defensores do saber elaborado: Vigotski, Luckesi,

Gasparin, entre outros, possíveis soluções para o ensino aprendizagem,

desenvolvendo atividades de forma autêntica e em tempo real possibilitando uma

igualdade nas diferenças individuais, refletindo o que a sociedade valoriza na

educação. Espera-se que por meio deste estudo subsidiar o trabalho do professor

quanto a avaliação contextualizada e ter como produto final a aprendizagem de

Page 77: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

77

ensino.

PDE: “O JOGO DO XADREZ COMO COMPONENTE DE

FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR”

O projeto “O Jogo do Xadrez como componente de formação na educação

escolar” tem por objetivo verificar entre os alunos da 5ª série do Ensino fundamental

como o jogo de xadrez interferirá na sua formação educacional, considerando que

os referenciais e pesquisas já realizadas nos apontam diversos benefícios com a

prática desse jogo. A pesquisa consistirá na perspectiva da pesquisa ação. O projeto

está sendo desenvolvido inicialmente em 32 h no que se refere à implementação. O

referido projeto será estendido às demais séries do Estabelecimento oportunizando-

o a toda a comunidade escolar.

Page 78: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

78

ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO

A escola ganha uma nova dimensão através dos programas e atividades

extra curricular. Eles são necessários para dinamizar a prática pedagógica, tornando

a escola mais convidativa e atraente fazendo com que o educando se aproprie do

conhecimento de forma prazerosa.

Dessa forma a teoria, o conhecimento e a prática se complementam

conduzindo conhecimento científico por meio da ação.

Por meio dos programas estabelecemos um vínculo entre o ambiente escolar

e a comunidade, promovendo a divulgação do conhecimento através das ações

desenvolvidas.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro se propõe a trabalhar com as seguintes

atividades integradoras:

PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE TEATRO

O Teatro na escola possibilitará um processo de aprendizagem humana,

aprofundamento da percepção e experiências de auto-investigação e atitude

reflexiva, facilitando no trato das relações humanas. O teatro desperta no aluno o

interesse pela educação contribuindo para que a aprendizagem por meio da

interpretação aconteça com maior facilidade estimulando o pensamento lógico e

criativo garantindo a continuidade do processo cultural, com contato direto com

diferentes formas de expressão artística, literatura, música e dança.

PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CURSO

PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR E ENEM

Este programa é um meio pelo qual a escola oportuniza a comunidade

escolar aulas complementares que contribuirá com a preparação para o

prosseguimento dos estudos, bem como favorecer o ingresso ao mercado de

trabalho, concursos públicos, vestibulares e ENEM.

A consciência da importância da escola pública para a vida das pessoas em

situação de vulnerabilidade social, que além de tantas outras dificuldades não tem

Page 79: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

79

condições de pagar cursos ou cursinhos, nos conduz a realização do mesmo.

PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CIDADE MIRIM

Entendemos a educação como um caminho estratégico para garantir o

exercício da cidadania e para uma melhor inserção do jovem trabalhador na

sociedade contemporânea.

Preocupados e compromissados em contribuir com as pessoas no processo

de envolvimento, compreensão e atividade consciente nesse mundo, e de modo a

estimular nesse sujeito sua capacidade de criação, de usufruir os benefícios que

esse mundo propõe, sendo ele um sujeito participativo, propomos um programa que

proporcione à comunidade escolar os recursos necessários para o desenvolvimento

do espírito de cidadania, norteando todo o processo de ensino e aprendizagem por

meio de atividades concretas para o preparo da vida adulta.

A aplicação da atividade da Cidade Mirim tem o intuito de aguçar o interesse

pelas ações comunitárias e a investigação científica por meio da pesquisa

despertando no educando o prazer pelo ato educativo, uma vez que ele vivenciará

situações cotidianas de uma cidade, as ações de uma prefeitura, eleição para

prefeito e vereadores, administração da câmara municipal, administração do

comércio da cidade, do banco, dentre muitas outras ações. Este programa se torna

uma complementação curricular das atividades pedagógicas desenvolvidas pela

escola, afim de promover a interação entre alunos, professores e comunidade.

Page 80: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

80

CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA

ESPANHOLA

O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua

Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser

propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar

o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na

sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a

comunidade local e a de fronteira latino-americana.

O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz

necessário em nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação

com o MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e

comerciais. Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que

ofereça o curso de Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse

motivo julgamos ser de fundamental importância a oferta do ensino da Língua

Espanhola em nossa escola, abrangendo não só os educandos regularmente

matriculados, mas também toda a comunidade, visto que nossos estudantes não

possuem condições financeiras suficiente para custear cursos nessa área.

Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste

estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais

contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos às novas gerações.

O Curso Básico de Língua Espanhola tem duração de 02 (dois) anos, com

carga

horária anual de 160 horas/aula, perfazendo um total de 320

horas/aula, e o Curso de Aprimoramento

terá duração de 01 ano, com carga horária de 160 horas/aula, destinado apenas

para àqueles que tenham Concluído o Curso Básico

No decorrer deste ano contamos com duas turmas de CELEM, uma no

período vespertino e outra no período noturno, ambas do 1º ano do curso básico.

Para o ano de 2011 estão previstas a abertura de duas turmas de 1º ano nos

mesmos turnos ofertados em 2010 e uma turma de 2º ano no período noturno.

Os critérios de participação no curso CELEM atendem a Instrução nº

Page 81: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

81

019/2008 - SUED/SEED onde são destinadas 10% do total das vagas para

professores e funcionários do estabelecimento e 30% para a comunidade em geral.

As demais vagas serão distribuídas entre os alunos do Ensino Médio regular.

Page 82: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

82

PDE-Escola

O programa PDE-Escola foi criado, pelo Governo Federal, com o propósito de

melhorar a aprendizagem dos alunos e, por conseqüência, elevar os Índices de

Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas escolas Públicas Estaduais e

Municipais em todas as regiões brasileiras, bem como favorecer a igualdade de

acesso e as condições de permanência aos alunos, com ou sem deficiência,

assegurando o direito de todos os estudantes compartilharem os espaços comuns

de aprendizagem. O PDE- Escola é um conjunto de metas e ações selecionadas

pela escola, a partir de seu Plano de Desenvolvimento, apresentado em formulários

próprios inseridos no sistema SIMEC. Tais ações, depois de analisadas e aprovadas

deverão ser financiadas pelo FNDE/MEC. O financiamento tem por base o número

de alunos matriculados no ensino fundamental.

No ano de 2009 o Colégio Estadual 14 de Dezembro foi inserido neste

programa e foi contemplado com R$ 34.000.00 da parcela principal e R$ 18.000.00

na parcela complementar. Com este recurso a escola ampliou o acervo bibliográfico

da escola, equipou o Laboratório de Ciências e Biologia, adquiriu novos materiais

para as disciplinas de Educação Física, Matemática e Língua portuguesa, adquiriu

diversos materiais pedagógicos para a criação de uma sala de jogos tendo como

finalidade atender todas as disciplinas inclusive Sala de Apoio à Aprendizagem e

Sala de Recursos, adquiriu computadores, ventiladores, realizou palestras para

professores e funcionários, proporcionou aos alunos viagens para estudos sobre a

história e geografia do Paraná e concretizou a construção de 05 casas para a

realização do projeto da Cidade Mirim.

Page 83: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

83

PROGRAMA FICA

O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi

concebido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED, uma parceria

entre Escola, Conselho Tutelar, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Associação

dos Magistrados, Promotores de Justiça da Infância e Juventude, Famílias do

Estado do Paraná, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e

Associação dos Municípios.

O programa visa a “INCLUSÃO ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA” por

meio do combate a evasão escolar, uma vez que a criança e o adolescente têm

direito a educação, e o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para a o

exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

Partindo deste princípio, o mesmo visa a criação de uma rede de

Enfrentamento à evasão e exclusão escolar, promovendo a inserção das crianças e

dos adolescentes no sistema educacional.

Para a instrumentalização do programa foi criado a “fica” (ficha de

comunicação do aluno ausente) que tem como objetivo acompanhar os casos de

evasão de todos os alunos.

Diante disso, o professor é visto como o principal agente desse processo, pois

na medida em que constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos

ou 07 (sete) alternados, no período de um mês, comunicará o fato à equipe

pedagógica da escola, por meio do preenchimento do anexo I (Controle Interno de

Freqüência), o pedagogo ao receber o anexo I, preenchida pelo professor, investiga,

junto aos responsáveis legais, o motivo da ausência do aluno e adota procedimentos

que possibilitem o retorno imediato. Cabe ainda ao pedagogo fazer uma análise das

causas da evasão. Caso o aluno retorne a ficha FICA é arquivada na escola. Não

obtendo êxito, a ficha é encaminhada a 1ª e 3ª vias de tal documento ao Conselho

Tutelar, acompanhados de um ofício, indicando o prazo máximo de 10 dias para a

ação do mesmo, arquivando a 2ª via na escola. Transcorridos 10 dias do

encaminhamento da ficha FICA ao Conselho Tutelar, não obtendo resposta, a escola

comunica, através de ofício, imediatamente ao Ministério Público.

O Conselho Tutelar busca, no prazo máximo de 10 dias, fazer com que o

aluno retorne às aulas, aplicando-lhe a medida protetiva prevista no art. 101, III, do

ECA (freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino, buscando junto

Page 84: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

84

aos pais ou responsáveis, o compromisso de acompanhamento de freqüência e

aproveitamento escolar do aluno, aplicando-lhes as medidas previstas no art. 129, V

e VII, do ECA,(apurar as causas da evasão, encaminhando a família, se for o caso,

a Programas de Apoio e Orientação (art. 129, I e IV, do ECA), verificando a eventual

necessidade da aplicação de medida de caráter protetivo ou preventivo, previstos no

art.101 e art.129 do ECA, com os encaminhamentos e requisições de serviços

públicos que se fizerem necessários. Em caso de êxito, preenche o campo nº. 05 da

ficha FICA (Anexo II), devolvendo a 1ª via à escola, e arquivando o documento no

Conselho. Caso o aluno não retorne à escola, adota as seguintes providências:

preenche, imediatamente, o campo nº. 05 da ficha, encaminhando a 1ª via ao

Ministério Público, comunica o fato à escola, por escrito (mediante ofício),

arquivando a 3ª via no Conselho (para posterior registro de providências adotadas

pelo Ministério Público).

O Promotor de Justiça de posse da 1ª via da ficha FICA, busca, no prazo de

10 (dez) dias, o retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou

responsáveis e o aluno sobre o motivo da evasão, alertando-os das conseqüências

do não retorno à escola. Se o aluno retorna, preenche o campo nº. 06 da ficha

comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1º via recebida à escola. O aluno

não retornando, preenche o campo nº. 06 da ficha registra eventual propositura de

ação em face dos pais ou responsáveis (ECA, artigo 249 e /ou Código Penal, artigo

246), comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1ª via recebida à escola.

NO PODER JUDICIÁRIO, JUIZ da Infância e da Juventude coopera com o

Ministério Público, fazendo expedir e cumprir, com a urgência devida, as notificações

ao aluno e seus responsáveis legais, buscando viabilizar o retorno do estudante ao

Sistema educacional.

Diante do exposto, e com o intuito de diminuir os índices de evasão escolar

em nossa escola, é feito todo um acompanhamento dos educandos que têm

problemas, procurando descobrir as causas da evasão junto às famílias.

Uma das primeiras ações da escola é resgatar o aluno evadido, realizando

campanhas de esclarecimento, mostrando que o estudo é um direito de todos e que

o responsável pode responder "processos por abandono intelectual" quando seu

filho se evade da escola.

O aluno recebe um atendimento diferenciado por parte da equipe

educacional, que busca desenvolver uma aprendizagem significativa, incluindo o

Page 85: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

85

educando em um dos diversos programas que são desenvolvidos em nosso colégio,

programas esses que foram criados com o intuito de garantir a permanência do

aluno na escola, onde são realizados atividades diversificadas por meio de métodos

e motivações buscando assim, atender as necessidades desses educandos.

Busca-se também, tornar a escola mais agradável e atrativa com um

curriculum bastante significativo e mais próximo das necessidades dos alunos,

procurando mantê-los em idade compatível com as turmas e séries.

Cabe ressaltar que, o aluno acima de 18 anos também recebe um

atendimento diversificado por parte da comunidade escolar. O trabalho é realizado

por meio de palestras com temas relevantes sobre a evasão e permanência do

educando na escola, temas estes que falam sobre a importância do estudo na vida

do educando. Os educadores promovem junto aos alunos e seus familiares, diálogos

no intuito de conscientizá-los sobre a necessidade e a importância da conclusão

dos estudos para a vida.

Page 86: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

86

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: VARAL DE POESIAS Criado com intuito de incentivar a criação literária e cultura dos alunos, o varal

de poesias do Colégio Estadual 14 de Dezembro, Peabiru - PR contou com 56

poesias inscritas e 24 selecionadas pelos professores de língua portuguesa. Dessa

forma, prevalecendo sempre a soberania dos jurados, elegeu-se dentre as poesias

selecionadas três que representam o espírito cultural da escola e ainda, somando-se

os esforços dos professores no sentindo de apoiar, ajudar na criação e no

aprendizado de uma maneira geral. Entendendo que os educadores dessa escola

estão, ainda que em meio às dificuldades, apontado olhares reveladores aos seus

alunos, lançando-os como sujeitos históricos, respeitando seus saberes e

conhecimento de mundo que cada educando traz em si.

A maioria dos poemas selecionados conta as experiências dos alunos, fala

sobre o meio onde vivem como escola, família, amizade e primeiro amor. Neste

sentido, a proposta do varal de poesias, idealizados pela professora Marlene e pelo

professor Paulo Rogério Diniz, torna-se notório que as atividades extracurriculares

são ferramentas importantes para o aprendizado, para a aquisição de conhecimento

e para a socialização, uma vez que, estando o aluno interagindo com colegas de

outras turmas, partilham experiências e refletem sobre elas e podem, a partir disso,

colaborar para a construção de um mundo igualitário e melhor.

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: PRODUÇÕES LITERÁRIAS -

Projeto Biblioteca para Todos

Cabe a escola buscar caminhos para estimular e incentivar o gosto e o hábito

de leitura. Para atingir este objetivo o Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino

Fundamental e Médio, de Peabiru, desenvolve semestralmente, um concurso

literário como projeto de leitura.

O concurso é aberto a todos os alunos do Colégio. Há uma premiação em

livros, para todos os alunos vencedores até o 3º lugar, por categoria: 5ª e 6ª séries,

7ª e 8ª séries e Ensino Médio.

No segundo semestre abre-se uma categoria especial para atender todos os

Page 87: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

87

alunos de 4ª série das escolas municipais, possibilitando a convivência das crianças

na biblioteca, sua aproximação para novos amigos, integrando as atividades do

colégio.

Alguns alunos disputam acirradamente, outros o fazem pelo prazer da

confraternização de encerramento.

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RECICLAGEM

Antigamente o produto de limpeza mais usado era o sabão. O mesmo era

preparado nas próprias residências, de maneira rudimentar que exigia quase um dia

de trabalho de uma pessoa. Esse era usado para todo o trabalho doméstico e

também na higiene pessoal.

Atualmente, com o avanço das novas tecnologias de informação e

comunicação, verifica-se que essa prática de preparo caseiro de sabão foi

praticamente abandonada pela maioria das famílias e este passou a ser comprado.

Além disso, verifica-se também, um consumo crescente de outros produtos

utilizados nas residências, como por exemplo, sabão em pó, sabonetes, shampoo,

alvejante, limpa vidro, entre outros, e que representa um porcentual elevado no

orçamento doméstico. Portanto é interessante retomar a prática de preparação de

produtos de limpeza, visto que considerando o baixo custo da matéria-prima,

facilidade na sua manipulação, à não exigência de equipamentos sofisticados, o

curto espaço de tempo para o preparo das fórmulas, além de ajudar a minimizar o

impacto que causa ao meio ambiente, optou-se por desenvolver junto aos

educandos o preparo de produtos de limpeza, pois além de familiarizarem com a

linguagem química, visa proporcionar economia no orçamento doméstico, melhoria

de higiene, e conscientizá-los em vários aspectos de seu cotidiano, fazendo com

que os mesmos interajam entre si e a ciência , para melhoria de sua própria vida e

da comunidade, culminando em um ensino aprendizagem mais significativo, pois as

aulas experimentais completam e integram o conteúdo trabalhado em sala de aula,

completando a qualidade do ensino, permitindo aos educandos relacionarem os

conceitos da ciência com o seu cotidiano. Além disso, nas práticas eles podem

comprovar os conceitos teóricos sobre a ciência, despertando assim o seu interesse

pela ciência, a criatividade, curiosidade e um pensamento crítica baseados em

Page 88: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

88

experimentações para comprovação.

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: ESCOLA DE

EMPREENDEDORES

Muitos entendem empreendedorismo como abertura de negócios, mas essa é

uma visão limitada. Empreendedor é a pessoa que apresenta comportamentos

diferentes da média (como iniciativa, planejamento, estabelecimento de metas,

espírito de liderança) e por causa disso obtém grandes resultados.

O comportamento empreendedor pode estar ligado tanto à abertura de

negócios quanto a metas individuais, coletivas ou sociais. Por isso, empreendedor é

quem monta seu negócio sim, mas também há empreendedores em outras funções:

professores, líderes de entidades de bairro, políticos, padres também podem ser

empreendedores.

O projeto “Escola de Empreendedores” teve como público alvo alunos da rede

pública estadual de Peabiru em especial alunos do Colégio estadual 14 de

Dezembro. Seu objetivo principal foi estimular o comportamento empreendedor

nesses alunos, por meio da participação em oficinas e atividades fora do ambiente

escolar, visando superar desigualdades econômicas, sociais e instrucionais.

Trabalhando com técnicas de aprendizagem vivencial (aprender – fazendo),

buscou-se estimular nos participantes a reflexão sobre seus comportamentos, bem

como o aperfeiçoamento de características empreendedoras. O foco principal foram

os seguintes comportamentos: percepção e análise crítica da realidade, iniciativa,

planejamento, estabelecimento de metas, liderança e cooperação.

Desde o inicio do projeto foram realizadas oficinas com mais de 150

participantes, divididos entre duas faixas etárias: 10 a 12 anos e 13 a 14 anos. No

total foram mais de 70 oficinas realizadas nas dependências do Lions Clube de

Peabiru. Além das oficinas, foram realizados 2 cursos e 7 palestras, envolvendo a

comunidade (alunos, professores, pais de alunos, parentes e autoridades

municipais), focando o tema empreendedorismo.

Foram também organizados pelos próprios alunos (com a supervisão da

equipe do projeto) duas edições do Festival de Cinema Empreendedor de Peabiru.

Nos dois eventos, foram mobilizadas mais de 750 pessoas, em 8 exibições de filmes

Page 89: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

89

com exemplos de situações empreendedoras, seguidas de uma discussão sobre o

filme. O ingresso foi trocado por um quilo de alimentos, o que dava direito a pipoca e

refrigerante (segundo os alunos, complemento que não podia faltar numa exibição

cinematográfica). Nos dois eventos, quase 600 quilos de alimentos foram

arrecadados e entregues a entidades filantrópicas do município.

Também foram realizadas oficinas de iniciação teatral, com a temática de

empreendedorismo, culminando na realização do Festival de Teatro Empreendedor,

realizado em Dezembro de 2010. Seguindo os moldes do festival de cinema, os

ingressos também foram trocados por alimentos, e a participação da comunidade

peabiruense surpreendeu mais uma vez.

Ao final do projeto, foram aplicados questionários com os pais e com a equipe

pedagógica do colégio envolvido, a fim de identificar mudanças positivas observadas

nos participantes. Os dados surpreenderam: 100% dos entrevistados declararam ter

percebido mudanças significativas nos adolescentes, principalmente relacionadas

com responsabilidade, interesse pelo estudo, autonomia e iniciativa.

Outros números do projeto: três formaturas realizadas com mais de 150

formandos e mais de 550 participantes, 90 Cadernos dos Sonhos elaborados, cerca

de 100 atividades desenvolvidas para trabalho com adolescentes, 2 cadernos-roteiro

de atividades, 1 Bolsa de Estudo doada para aluno do projeto.

Equipe Atual:

Coordenador do Projeto:

Prof. Jorge Leandro Delconte Ferreira;

Equipe técnica:

Prof. Eder Stela;

Carlos Alberto Facco – Sebrae;

Antonia Fernandes – Sebrae;

Alessandra Serra – Instituto Okawa.

Bolsistas:

Administração: Caroline Cantieri;

Pedagogia: Joice , Adriana de Lima;

Geografia: Eunice Otto;

Page 90: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

90

Matemática: Camila Viudes Costa.

Recém Formados:

Pedagogia: Rosa de Camargo;

Administração: Rosimeire Vargas;

Turismo: Fernanda Brito.

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RÁDIO EDU14: A rádio que

Educa

O rádio exerce forte influência dentro da sociedade, o que o torna um dos

meios de comunicação de massa mais eficazes e um recurso pedagógico em

potencial já que todos, sem distinção, temos acesso a ele. Segundo Araújo (2003),

“há décadas o rádio educa, aproxima, apaixona, entretém, informa, sugere, mobiliza,

confunde, liberta e anima”. O aprendizado através do rádio é útil e agradável o que o

torna uma mídia de grandes possibilidades educacionais. Para a UNESCO (2004), a

ciência e a tecnologia não se aprendem apenas nos livros, mas acima de tudo com

uma metodologia de ensino pautada na experimentação e no incentivo da atitude

investigativa por parte dos alunos.

O objetivo da mídia rádio na escola é a sua utilização como estratégia de

ensino-aprendizagem a fim de ampliar a capacidade intelectual e as habilidades dos

envolvidos no processo, melhorar a comunicação institucional, favorecer o

protagonismo juvenil, desenvolver nos alunos o seu lado inventivo e sua criatividade,

melhorar as práticas de leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização,

interação e valorização do ser humano enquanto cidadão crítico e participativo da

vida em sociedade, oportunizar aos educandos o exercício de novas linguagens e

proporcionar momentos de cultura e lazer que contribuam para a qualidade do

ensino.

Para ASSUMPÇÃO (2006), a comunicação no espaço escolar representa um

alicerce no processo educativo. Na relação entre professor e aluno apresenta-se

como mediadora do diálogo, do conhecimento e da cultura. Nesse contexto

acrescenta: “ a radioescola pode ser mais um recurso para o exercício da cidadania,

construção e disseminação do conhecimento e da cultura”.

Page 91: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

91

Nessa perspectiva, o fazer rádio na escola concretiza-se no exercício da

comunicação e do diálogo. Parte do que o aluno já conhece, estimula a pesquisa, o

contato com as diferentes linguagens, a leitura e a escrita, a construção do

conhecimento, o desenvolvimento do potencial criador do aluno, a disseminação da

cultura.

O trabalho com rádio integrado aos projetos que a escola desenvolve

potencializa o trabalho do professor e estimula a autoria dos alunos, além de

melhorar as práticas de leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização,

interação e, consequentemente, a valorização do ser humano enquanto cidadão

crítico e participativo da vida em sociedade.

Dentre os resultados positivos esperamos que, com o uso do rádio, haja

melhoria no espaço de convivência na escola, que seja possível aumentar a

aproximação e integração aluno- escola, que possam ser ampliadas as

possibilidades de práticas interdisciplinares e transdisciplinares, que se favoreça o

protagonismo juvenil, que possamos complementar o aprendizado e ampliar a

capacidade intelectual e as habilidades dos envolvidos no processo. Além de dar

mais oportunidade para os assuntos da comunidade e melhorar a comunicação

institucional como um todo. Como dificuldades a serem superadas podemos

relacionar a necessidade de melhorar os equipamentos, para construção efetiva da

proposta educomunicativa em sala de aula.

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: AGENDA 21

A humanidade vive tempos de grandes avanços propiciados pelas novas

tecnologias. Muitos desses avanços possibilitaram ao homem certas facilidades e

melhorias nas condições de vida que, consequentemente, resultaram em mudanças

gradativas nas concepções, estilos e valores de vida. Olhando por esse prisma,

poderíamos pensar que tais tempos seriam o presságio de que o homem estaria

cada vez mais próximo da perfeição em termos de sobrevivência, o que não é uma

realidade.

Por um lado, não há como negar as melhorias na vida das pessoas, como por

exemplo, os avanços na medicina possibilitando a cura para diversas doenças. Mas,

olhando por outro prisma, a questão é que muitos dos avanços apresentam também

Page 92: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

92

resultados negativos, ou seja, efeitos colaterais que hoje estão fazendo com que o

homem desperte para tais problemáticas.

Como vimos, o homem, por muito tempo, guiou-se unicamente pelo anseio de

evoluir, de conquistar e de criar, sem se preocupar no que estava se transformando

e sem escutar a sua voz interior que está ligada às coisas simples e que fazem com

que a vida tenha sentido. Por algum tempo a intervenção extrativista desenfreada

precedeu ser inócua ao meio ambiente. No entanto, a Gaia (nome que a mitologia

Grega deu a Terra) nossa casa, sofrendo com a exploração, passou a dar sinais de

alerta, sinais que indicam o seu descontentamento com o homem que, por sua vez,

não procura conhecer os limites a serem respeitados.

Essa indiferença do homem, que representa a ausência de uma ética

ambiental, fez com que ele hoje se encontre diante de uma crise ambiental mundial,

situação inédita na qual deverá escolher se continuará vivendo ou se espera pela

própria autodestruição.

Infelizmente essa é a situação que enfrentamos hoje, em decorrência do risco

imposto pela própria atividade humana que fez com que o homem fosse lobo do

próprio homem.

Se não fizermos nada estaremos na eminência de um colapso como o que

aconteceu com os dinossauros, só que a diferença desta vez é que o asteroide

ameaçador não vem do céu, o asteroide se chama Homo sapiens.

Alguns autores alertam: “os indicadores da situação mundial são alarmantes.

Deixam transparecer pouco tempo para as mudanças necessárias. Estimativas

otimistas estabelecem como data-limite o ano de 2030. A partir daí a sustentabilidade

do sistema Terra não estará mais garantida.”

Destacam ainda que são três os problemas a serem enfrentados para que

possamos ao menos tentar amenizar a atual crise. O primeiro problema é o da

exaustão dos recursos naturais não renováveis, o segundo da suportabilidade da

terra quanto à agressão que sofre, e o terceiro a injustiça social mundial.

Compreendemos que não basta o homem tomar conhecimento de tais problemas e

continuar sem fazer nada para mudar. Com isso estamos querendo dizer que, para

continuar a viver e, para tal, deverá também enfrentar esses problemas para que

possa garantir as condições de sua sobrevida. Esse enfrentamento requer bom

senso para captar as transformações necessárias a um novo projeto de vida em que

as prioridades precisam ser levantadas com sabedoria.

Page 93: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

93

Mas para que haja um novo projeto de vida, faz-se urgente uma mudança na

forma de pensar, de sentir e de avaliar. Tais mudanças requerem uma revolução

civilizacional que possibilite novos princípios de relação do homem com a terra.

Somente com uma relação saudável é que os seres humanos poderão salvar-se e

salvar também o planeta.

Para tanto, precisaremos repensar o mundo, entendê-lo, senti-lo,

estabelecendo uma relação de respeito, de admiração por este planeta que é a

nossa verdadeira morada no plano da vida material.

Podemos considerar que as soluções virão a partir do momento em que o

homem decidir lançar um novo olhar para as questões ambientais, assumindo a

perspectiva da complexidade ambiental que é resultado da crise civilizatória.

Queiramos ou não, teremos que pagar o preço por tudo que usufruímos, até

hoje, sem nos preocuparmos com a sua origem e destino. O preço será encarar de

frente a complexidade ambiental, analisar os fatores responsáveis por ela que são a

tecnificação e economização do mundo, os quais fizeram com este chegasse ao seu

limite: o caos e a incerteza.

Através da compreensão da complexidade ambiental e dos fatores

responsáveis há chances de construirmos uma racionalidade alternativa para um

mundo sustentável. Destaca como necessários serão encontrados nos

conhecimentos interdisciplinares e transdisciplinares mediados por práticas

educativas capazes de construir um novo saber, uma nova racionalidade, pois a

atual crise ambiental não é apenas uma crise ecológica, é uma crise da razão.

No entanto, na área educacional, podemos dizer que os professores que hoje

cultivam as idéias e sensibilidades ecológicas e que, mesmo com as precariedades

pelas quais a escola passa, compõe sua prática educativa dos ideais ecológicos,

podem também ser considerados sujeitos ecológicos.

Consideramos que, essa aprendizagem é fundamental para a formação do

sujeito ecológico. É possível através da educação, mais especificamente da

educação ambiental, por ser a via capaz proporcionar e possibilitar ao homem

oportunidade de compreensão sobre a complexidade ambiental e,

consequentemente, instrumentalizá-lo para uma reconstrução do mundo. Por essa

razão é que a constituição de uma atitude ecológica, ou seja, a formação de sujeitos

ecológicos é a principal aspiração da nossa educação ambiental, pois ela oferece

um ambiente de aprendizagem social e individual dos valores ecológicos capazes de

Page 94: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

94

reconstruir a história do planeta, iniciando por transformações em nossa escola e

município, assegurando uma ética ambiental, pois acreditamos que uma ética

ambiental garante menos danos ao planeta, pois os homens agem segundo sua

consciência ambiental que reconhece o valor da natureza, não só para a

preservação do meio ambiente, mas também para a preservação da espécie

humana.

Page 95: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

95

FÓRUM/ REDE DE PROTEÇÃO

ZANDONATO coloca que vivenciamos hoje em nossas salas de aula a

indisciplina se faz presente de forma corriqueira em todos os lugares em que nos

encontramos, ocupando uma grande preocupação entre os educadores de, pois a

encontramos, na sociedade, família, escola, professor-aluno mas também fora

destes ambientes, devido a problemas modo geral sociais ou seja a indisciplina na

escola esta atribuída a fatores externos a ela

É necessário que a educação moral esteja presente na formação do ser

humano enquanto indivíduo e que, conseqüentemente, um dos fins da educação

deva ser, justamente, o desenvolvimento pleno do educando, ou seja, de suas

funções mentais, através da aquisição de conhecimentos e valores morais.

A escola é um ambiente que recebe alunos de todos os ambientes e com

características próprias tem também com função a socialização contribuir para a

formação dos alunos seja ela ética ou moral e mais colaborar para que haja uma

socialização, , construindo um ambiente de regras com coerência de regras próprias.

1. Violência física: Uso da força física, de forma intencional, deixando ou

não marcas evidentes.

2. Violência Psicológica: É a agressão verbal constante, humilhação,

culpabilização, rejeição, indiferença, ameaça ou discriminação.

3. Violência sexual: Uso da criança ou do adolescente para gratificação

sexual dos adultos ou adolescentes mais velhos.

4. Negligência: Omissão contínua em relação a saúde, higiene,

alimentação, educação, proteção e atenção.

O acordo realizado em Salamanca em 1994 contando com o Brasil entre os

paises participantes coloca que tanto a criança quanto o adolescente de ambos os

sexos tem direito fundamental à Educação respeitando as capacidades que cada

um possui

E os programas aplicados devem atender as características e as

necessidades que cada escola possui atendendo os programas aplicados em prol

do aluno combatendo as atitudes que não condizem com o bem estar dos menores,

integrando-os para que tenham a educação necessária, respeitando as diversidades.

Page 96: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

96

Na escola a violência tem-se tornado preocupante na medida, pois ela é um

espaço em que o individuo perpassa pelo processo da socialização no

desenvolvimento intelectual, cientifico e filosófico

A partir de 1988 a Constituição Federal, em especial o artigo 227 surge o

Estatuto da Criança e do Adolescente, após alguns movimentos sociais, passa a ter

proteção juridica a criança passa a ser entendida como um sujeito em

desenvolvimento, deixando de ser considerada como um objeto da família.

Nas escolas inicia-se um processo de formação continuada aos professores a

fim de articular os meios e as ações que viabilizassem na integra o enfrentamento a

violência nas escolas.

Para tanto é necessário que a mantenedora ou a escola tenha em seu

trabalho no dia a dia um encaminhamento pautado emtres eixos distintos:

diagnóstico, estudos e produção de material de apoio, formação continuado para os

profissionais da educação, proporcionados pelo CDEC/DPPE/SEED ..

Para que se tenha um enfrentamento em relação a violência na escola, é

necessário antes de tudo perceber o que acontece de fato dentro da escola

Que tipo de violência está presente na escola?

Violência na escola, violência da escola ou violência contra a escola-

Identificar fatores de risco e fatores de proteção.

Potencializar segundo conexões internas:

Fortalecer as instâncias colegiadas por meio da gestão democrática.

Conexões externas- Fortalecer e se necessário acionar a rede de proteção

social. As respostas não estão prontas, pois em cada escola existe uma realidade e

precisa ser solucionada de acordo com a necessidade de cada uma.

Page 97: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

97

PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Ao pensar no plano de educação da escola pensamos em politicas

direcionadas a garantia de inclusão social, ao respeito a diversidade e a formação

continuada dos profissionais da educação, um sistema avaliativo inclusivo, gestão

democrática estabelecido em um regime de colaboração entre todos os funcionários

da escola. Nessa perspectiva temos que levar em conta o acelerado

desenvolvimento econômico e a necessidade de ofertar aos educandos, uma

educação que lhes permita a superação das desigualdades sociais, e a inserção no

mundo do trabalho, que lhes permitam acompanhar e interagir esse

desenvolvimento as descobertas e inovações nesse meio, com vistas a essa

realização, entendendo que a mudança não se dá de uma vez, vemos a

necessidade de passos pequenos, assumidos coletivamente, mas concretos na

direção certa, desencadeando um processo de mudança com abrangência

crescente: sala de aula, grupo de escolas, comunidade, sistema de ensino,

sociedade civil, sistema político, etc., a partir da criação de uma base crítica entre

educadores alunos, pais. Trata-se de uma luta pela educação, mas articulada a

outras frentes e setores da sociedade, desde novas práticas na escola, passando

por mudanças de legislação, até a construção de uma nova sociedade.

Nesta perspectiva o Colégio 14 de Dezembro tem como principal objetivo na

atual gestão priorizar a formação integral do educando através de uma escola

participativa e humana, propiciando o acesso e permanência de todos, onde os

conhecimento e saberes historicamente acumulados sejam transmitidos de forma

criativa, reflexiva e interativa promovendo mudanças na vida dos educandos bem

como na sociedade onde vivem. Neste contexto temos que pensar ainda na inclusão

escolar e social de forma provocativa conscientizando os nossos alunos e

professores que todos temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos

inferioriza; e temos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos

descaracteriza.

Valorizar o trabalho e atuação do professor com as diferenças na sala de aula

num contexto da diversidade cultural, otimizando o desenvolvimento de diferentes

atividades, respeitando os variados ritmos de aprendizagem com alunos deficientes

ou não. Para que aconteça por parte do professor a articulação entre a teoria e a

Page 98: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

98

prática, a escola propõe grupos de estudos contínuos para planejamento e trocas de

experiências para otimização em sala de aula, assessorados pela equipe

pedagógica, equipe multidisciplinar e direção. Esse trabalho conjunto será realizado

de maneira transdisciplinar numa leitura e compreensão da realidade e contribuição

das diferentes áreas e a escolha de temas culturais desdobrados em atividades

diárias trabalhadas pelo professor com os alunos.

Para atender a demanda do desenvolvimento político e tecnológico, a

aprendizagem deve ser permanente não para, e o desafio de uma educação de

qualidade está presente para que os estudos contínuos aconteçam sempre,

daremos continuidade a integração dos profissionais da educação nesse processo

de formação continuada dentro da filosofia da escola, visando atender as

necessidades dos educandos e da comunidade, a escola dará continuidade as

parcerias já existentes ampliando seus projetos, firmando novas parcerias, com os

pais, comunidade, com o comércio local e ensino superior regional.

Com o objetivo de motivar, e incentivar nos educandos dedicação aos estudos

a escola manterá o apoio aos passeios num incentivo ao intercambio cultural,

comemoração alusivas a datas importantes como: formaturas, dia das mães, dia dos

pais, dia dos estudantes, dia dos professores, dia da consciência negra, etc.

A atual gestão propõe maior incentivo as atividades desportivas e culturais

promovendo reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos,

na superação de contradições e na valorização da educação considerando os

contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da

comunidade. Para tanto tem sido trabalhado atividades de atletismo, danças, jogos

de basquete, vôlei, salão, suíço e handebol, atividades recreativas, tendo antes

trabalhado a teoria voltada para a ética, companheirismo, competitividade e regras

etc.

O colégio se propõe a promover um evento científico aos moldes da Feira

das Ciências onde os educandos terão a oportunidade de expor os trabalhos

realizados em sala de aula por meio de uma pesquisa prévia direcionada pelo

professor responsável. Esta atividade será realizada pelos alunos do Ensino

Regular e uma versão diferenciada desta feira é realizada com os alunos da EJA

sendo que os trabalhos expostos são produzidos de acordo com a habilidade de

cada aluno, podendo ser trabalhos manuais, alimentícios dentre outros,

oportunizando-os expor e comercializar os seus produtos entre a comunidade

Page 99: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

99

escolar e local.

É preciso também mediar a atuação junto à comunidade escolar quanto ao

acompanhamento e avaliação das ações do Projeto Político Pedagógico a fim de

concretizar os objetivos propostos cumprindo com sua função social,

redimensionando o processo de ensino e aprendizagem, propiciando a apropriação

dos conhecimentos historicamente sistematizados. No que se refere à organização

do trabalho pedagógico o Colégio se propõe a promover espaços para a discussão

com toda a comunidade escolar de modo a aperfeiçoar a prática pedagógica.

Acreditamos que a escola é uma realidade histórica em processo contínuo. É

preciso ser entendida como uma instituição voltada para a realização da prática

pessoal e social contextualizada nas dimensões espacial e temporal, revestida de

caráter contraditório e complexo. Sendo assim precisamos privilegiá-la como

processo e não como produto acabado.

O Colégio por ter uma visão democrática, atua juntamente com as instâncias

colegiadas nas tomadas de decisões. Para tanto se faz necessário descrever suas

funções e importância para êxito da atuação do mesmo.

Grêmio Estudantil

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na

escola. No Colégio 14 de dezembro ele tem permitido que os alunos discutam, criem

e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar,

como na comunidade, tem sido ainda um importante espaço de aprendizagem,

cidadania, convivência e responsabilidade e de luta por direitos. Tem uma efetiva

participação auxiliando a escola na organização de campeonatos, palestras,

projetos, discussões, contribuindo para atrair de forma prazerosa a presença dos

pais, bem como também auxiliando o trabalho de funcionários, professores, direção

e equipe pedagógica. A atuação do Grêmio vem somar as ações político-

administrativas da escola, reconhecida e valorizada por toda a comunidade.

Page 100: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

100

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto

da Criança e do Adolescente e o Regimento do Colégio, para cumprimento da

função social e específica da Escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e

linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras e ao

direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A

função, consultiva refere-se à emissão de pareceres a fim de tomar decisões quanto

às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua

competência. A função avaliativa, refere-se ao acompanhamento sistemático das

ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de

problemas, propondo alternativas para melhoria do seu desempenho, garantindo a

transparência do processo pedagógico, administrativo e financeiro.

O Conselho Escolar, desta instituição deve ter sua ação norteada pelo

pressuposto de que a educação é direito inalienável de todo cidadão que deve ter o

acesso e permanência garantida em escola pública, laica, gratuita e universal. Deve

garantir a qualidade do ensino na escola pública, como forma de promover a

emancipação numa dimensão coletiva em que todos os atores sociais estejam

envolvidos. Isso somente será possível onde houver uma gestão escolar

democrática, participativa, legitimando desta forma todas as decisões.

Por sua característica eminentemente educativa, o Conselho Escolar não tem

finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer

outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa

da escola, prevista nesse Projeto Político Pedagógico.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão

colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de

democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo da direção

do Estabelecimento de Ensino. A comunidade escolar é compreendida como o

Page 101: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

101

conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente

matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos,

representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometido

com a educação. Esses representantes tem sua participação legitimada através de

escolha pelos seus pares mediante princípio da democracia, sem os quais o

conselho perde sua finalidade e função político-pedagógico na gestão escolar.

Uma prerrogativa importante do Conselho Escolar é aprovar e acompanhar a

efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola , eixo de toda e qualquer ação a

ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.

Como órgão colegiado ele deve contemplar os segmentos sociais

organizados comprometidos com a Escola Pública, assegurando-se que sua

representação não ultrapasse aos parâmetros apontados no que estabelece o

Regimento Interno da Escola.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e

nem fins lucrativos. Objetiva discutir, no seu âmbito de ação, ações de assistência

ao educando, aprimoramento do ensino e integração família, escola e comunidade.

Visa ainda proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando a organização do Grêmio Estudantil, com o apoio da APMF e

do Conselho Escolar.

Objetiva também promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários e toda a comunidade, por meio de atividades diversas, seja ela na área

cultural, esportiva, educativa ou social.

Fica a cargo da APMF gerir e administrar os recursos financeiros próprios e

os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro

ata.

A APMF do Colégio Estadual 14 de Dezembro está atuando ativamente em

todos estes objetivos e propõe a continuidade deste trabalho pois julga ser de

grande importância para o bom andamento da escola como um todo.

Page 102: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

102

Page 103: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

103

REFERÊNCIAS

• ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Desafios educacionais

Contemporâneos e o Currículo Escolar. Superintendente da

Educação/SEED-PR.

• CALDART, Roseli Salete. Elementos para a Construção do Projeto

Político Pedagógico da Educação do Campo. Trabalho necessário

disponível em: http://www.uff.br/trabalhonecessário/rcaldart.

• CONFERÊNCIA NACIONAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA; Ministério Da

Educação; Brasília – DF; 2008.

• Conferências, Escola e trabalho numa perspectiva histórica:

contradições e controvérsias. Faculdade de Psicologia e de Ciências

da Educação da Universidade de Lisboa, 12 de Fevereiro de 2009.

• Estatuto da Associação de Pais Mestres e Funcionários do Estado do

PR.

• Estatuto do Conselho Escolar.

• Estatuto do Grêmio Estudantil.

• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Especial. Inclusão e Diversidade:

Reflexões para a construção do projeto político pedagógico.

• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. Educação Básica e a opção pelo

Currículo Disciplinar.

• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. I. Paraná 2008

• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. II. Paraná 2008.

• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. Quando as políticas

educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e

Page 104: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

104

da autonomia da escola na definição de seu projeto Político

Pedagógico. Semana Pedagógica, agosto de 2010.

• LONGHI, Simone Raquel Pagel & Karla Lúcia Bento. Projeto Político

Pedagógico: Uma construção coletiva. Revista de divulgação

técnico- científica do ICPG. Vol. 3 nº 9 jul-dez/2006.

• Ministério da Educação. Ética e Cidadania: Construindo Valores na

Escola e na Sociedade. Brasília- DF; 2007.

• PADILHA. Regina Célia Habib Wipiesk; Tendências atuais de gestão.

Guarapuava: Ed. Da Unicentro, 2009.

• Programa Fica disponível em:

�����""###$�������$�$%�&$'"�%"�(��&��")��")*+�,-�����.���$��- • Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual 14 de Dezembro

2007.

• Série Educação em Ação. Gestão democrática da escola pública.

Ed. ABDR, 3ª EDIÇÃO, 2005.

• TULESKI, Silvana Calvo; Vygotski: A Construção de uma psicologia

marxista. 2ª Ed. Maringá: Eduem, 2008.

• ZANDONATO, Zilda Lopes – UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13

• CIPRIANO, A. Luckesi. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 6.ed. Cortez: 1997.

• SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: a

saída para a escola. Revista da AEC. Brasília: V.27, no107, abr/jun/1998.

• VEIGA, I. P. A. Projeto Político Pedagógico: novas trilhas para a

escola. In VEIGAS, I. P. A. E Fonseca, M. (ongs.). As dimensões do projeto político pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.

• VEIGA, Ilma Passos. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto

Político Pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.

Page 105: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

105

Page 106: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

106

Page 107: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

107

ANEXO

Page 108: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

108

MATRIZ

CURRICULAR

Page 109: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

109

Page 110: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

110

Page 111: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

111

Page 112: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

112

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES

1. APRESENTAÇÃO

� O ensino de Artes visa construir uma proposta de ensino para os alunos,

considera-se necessária uma reflexão a respeito da dimensão histórica dessa

disciplina, como também ver os marcos importantes que influenciaram no

desenvolvimento da arte no âmbito escolar, bem como alguns artistas que se

preocuparam com o conhecimento em arte e instituições que foram sendo criadas

para atender alunos de escolas públicas. Conhecer essa organização permitirá

aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino da arte em nosso país e,

especialmente, no Paraná.

Durante o período colonial, incluindo por onde hoje é o Estado do Paraná,

ocorreu nas vilas e Reduções Jesuítas, a primeira forma registrada de arte na

educação. A Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de

tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, onde

ocorreu um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e

ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e

artes manuais. Em todos os lugares onde a Companhia de Jesus se radicou

promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas ibéricas de alta

Idade Média e Renascentista, como assimilando as locais. Esse trabalho jesuítico

que perdurou 250 anos, período correspondente aos anos de 1500 a 1759,

influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.

Por volta do século XVIII buscou-se a efetiva superação do modelo

teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha

como característica marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela

razão do homem e pela ciência. O governo do Marques de Pombal expulsa os

Jesuítas do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma educacional

colonial, conhecida como a Reforma Pombalina, onde os colégios jesuítas foram

substituídos por colégios-seminário e outras congregações religiosas.

Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, iniciava-se

uma série de obras e ações para acomodar em termos materiais e culturais, a corte

Portuguesa. Entre essas ações destacam-se a chegada de um grupo de artistas

encarregados da Fundação da Academia de Belas artes, na qual os alunos

poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

Page 113: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

113

Esse grupo ficou conhecido Missão Francesa e obedeceu ao estilo

Neoclássico fundamentado no culto à beleza, clássica, centrando os exercícios na

cópia e reprodução de obras consagradas. Esse padrão estético entrou em conflito

com a arte colonial, como o barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura,

presentes na obras de Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na música do Padre

José Mauricio e outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiça, e em

sua maioria recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros. Esse

período foi de laicização do ensino no Brasil, com o fim os colégios-seminários e a

sua transformação em estabelecimento público como o Colégio Dom Pedro II no Rio

de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos como o Colégio Caraça nas montanhas

de Minas Gerais.

No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba e 1846, hoje o Colégio Estadual,

a Escola Normal 1876, para a formação em Magistério, atual Instituto da Educação e

a Escola Profissional Feminina 1886, oferecendo além de desenhos e pintura,

cursos de corte e costura arranjos de flores e bordados que faziam parte da

formação da mulher.

Entre conflitos de ideais positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em

Augusto Conte, valorizavam a arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de

desenvolver a mente para o pensamento cientifico, e os liberais valorizava o fazer

artístico,

a apreciação, os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais.

Surge à primeira reforma educacional em 1890, com o objetivo de atender a

um modo de produção capitalista, caracterizado pelo início da industrialização no

Brasil, secundarizava do currículo o ensino de arte.

Durante o período Getúlio Vargas (1930-1945) com a generalização do

ensino profissionalizante nas escolas públicas na ditadura militar (1964-1985) com o

direcionamento às habilidades técnicas, e na segunda metade dos anos de 1990

com a pedagogia das competências e habilidades e fundamentos aos Parâmetros

Curriculares Nacionais, o ensino da Arte também ficou em segundo plano.

Um marco importante para a arte foi a Semana da Arte Moderna de 1992

que influenciou artistas brasileiros como, por exemplo, os modernistas Anita Malffati

e Mário de Andrade que valorizavam a expressão individual e rompiam com os

modos de representações realistas. Esse movimento valorizava a cultura do povo,

pois entendia que toda as sociedades que habitaram o território onde hoje é Brasil,

Page 114: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

114

sempre ocorreu manifestações artísticas. Considerava também que a partir do

processo de colonização, a arte indígena, artes medievais e renascentistas

europeias e arte africana constituíram-se a matriz da cultura popular brasileira.

Tendo como enfoque na expressividade e criatividade; pensado inicialmente para

crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras

faixas etárias.

O ensino da arte passa por várias mudanças e transformações com as políticas

educacionais e movimentos artísticos, com o reconhecimento histórico e cultural, da

sua importância dentro do sistema educacional. O ensino da arte deixa de ser

coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar com o desenvolvimento

do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante

transformação. E com isso, compreender que os estudos da arte estão

intrinsecamente ligados à história da humanidade, em um contexto sociocultural e

político, abrangendo diferentes períodos, movimentos, tempos e espaços, a partir de

variadas técnicas e estilos.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Estruturantes

Área: Música, Artes Visuais, Teatro e dança.

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Page 115: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

115

Conteúdos Básicos

5ª série

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Improvisação

Gêneros: erudito e popular

Músicas de origem africana e

indígena.

ÁREA: ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfícia

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa – abstrata

Geométrica

Técnicas: pintura, desenho, baixo e

alto relevo, escultura e arquitetura...

Gêneros: paisagem, retrato, cenas

da mitologia.

ÁREA: TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

Expressões corporais,

Técnicas: jogos teatrais,

Teatro direto e indireto,

Page 116: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

116

Vocais,

Gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Improvisação,

Manipulação,

Máscaras.

Gênero: Tragédia, comédia, enredo

e roteiro.

Espaço cênico e circo.

Adereços

ÁREA: DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Deslocamento

Ponto de apoio

Formação

Técnica: improvisação

Gênero: Circular

Danças Indìgenas

Danças Afrobrasileira

6ª Série

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Gêneros: folclórico, popular, étnico

Técnicas: vocal, instrumental, mista e

improvisação

Musica Brasileira de origem africana e

Page 117: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

117

indígena

ÁREA: ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa

Abstrata

Geométrica

Técnicas: pintura, desenho, escultura,

modelagem, gravura, mista e

pontilhismo...

Gêneros: paisagem, retrato, natureza

morta.

Expressões artísticas indígenas e

africanas.

ÁREA: TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

Expressões corporais,

Vocais,

Gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Gêneros: Rua, Comédia,

Arena.

Caracterização: jogos dramáticos e

teatrais, mímica, improvisação, formas

animadas...

Page 118: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

118

ÁREA: DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Gênero: Folclórica, popular, étnica

Ponto de apoio

Formação

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Níveis (alto médio e baixo)

Danças africanas e indígenas.

7ª Série

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental,

eletrônica, informática e mista.

Sonoplastia

Os ritmos africanos na cultura

brasileira.

ÁREA: VISUAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Page 119: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

119

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo-abstrato

Semelhanças

Contraste

Ritmo visual

Cenografia

Técnicas: pintura, desenho, fotografia,

audiovisual, gravura...

Gêneros: Natureza morta, retrato e

paisagem.

Mobile e arte cinética.

ÁREA: TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

Expressões corporais,

Vocais,

Gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação do cinema e Mídias

(Vídeo, Tv e computador)

Texto dramático

Cenografia

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro, enredo

Técnicas: jogos teatrais, sombra e

adaptação cênica.

As representações teatrais indígenas.

ÁREA: DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento

Corporal

Direções

Dinâmicas

Page 120: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

120

Tempo

Espaço

Aceleração

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria cultural e

espetáculo.

As danças de origem indígena e

africana.

�8ª Série

ÁREA: MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Estruturante

Técnicas: vocal, instrumental e

mista.

Gêneros: popular, folclórico e étnico:

africanos e indígenas.

�ÁREA: ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Forma

Textura

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo-abstrato

Page 121: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

121

Superfície

Volume

Cor

Luz

Geométrica

Figura-fundo

Perspectiva

Semelhanças

Contraste

Ritmo visual

Cenografia

Técnicas: pintura, desenho,

performance...

Gêneros: Paisagem urbana,

idealizada e cenas do cotidiano.

�ÁREA: TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

Expressões corporais,

Vocais,

Gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais,

direção, ensaio, teatro-fórum,

Teatro imagem

Representação

Roteiro, enredo

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Page 122: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

122

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS POR SÉRIE

III.I Conteúdo Estruturante

Composição

Elementos Formais

� /������'�0������������� � �����0�������������������0������������������1�������23��������������$�4��5������(������������6���������-6���������%�������������7����0���������������������'������0�-�����������������������������23�����-����23�0�������0���������������$�

Observe que no projeto da casa a seguir, podemos identificar cada uma

dessas partes, bem como nas construções da oca e do iglu.

No caso da Arte, estes elementos basilares e fundamentais são os

conteúdos estruturantes: os elementos formais, a composição, os movimentos

ou períodos e, perpassando a todos estes, a relação do tempo e espaço. Analise a

comparação que fizemos entre os conteúdos estruturantes e as construções: nelas

são usados os mais diversos tipos de materiais. De forma semelhante, ocorre na

“construção artística”, isto é, no fazer arte. Este é o momento que utilizamos os

elementos formais, como matéria-prima, que com os conhecimentos e práticas da

composição artística (conteúdos, técnicas) organizam e constituem a obra de arte.

No caso do edifício ou de outras moradias, este trabalho de composição também

organiza e constrói a obra final. Cada obra tem dimensões, formas, cores, enfim,

uma estrutura que se difere das outras. Além disso, dependendo da época e do

lugar em que foram feitas, cada uma, apresentam resultados diferentes de acordo

com o movimento ou período. Isto é dos fatos históricos, econômicos, culturais ou

sociais envolvidos naquele momento. Ainda deverá ser considerado, para este

construir e fazer, a compreensão do espaço e tempo envolvidos no momento

desses fazeres.

Movimentos/ Período

Tempo espaço

III.II Conteúdos Básicos da Área de Música

Altura

Duração

Ritmo

Melodia

Música Popular

Brasileira

Page 123: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

123

Timbre

Intensidade

Densidade

Harmonia

Modal, Tonal e fusão de

ambos.

Gêneros: erudito, clássico,

popular, étnico, folclórico,

Pop

Técnicas: vocal,

instrumental, eletrônica,

informática e mista

Improvisação

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguardas Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americano

III.III Conteúdos Básicos da Área de Artes Visuais

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, desenho,

modelagem, fotografia,

gravura e esculturas...

Gêneros: paisagem,

natureza-morta, designer,

história em quadrinhos...

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileiras

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Engajada

Arte contemporânea

Arte Digital

Arte Latino-Americana

�III.IV Conteúdos Básicos da Área de Teatro

Page 124: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

124

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais

e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais,

teatro direto e indireto,

mímica, ensaio, Teatro-

Fórum

Roteiro

Encenação, leitura

dramática

Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia,

figurino, iluminação

Direção

Produção

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-

Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

�III.V Conteúdos Básicos da Área de Dança

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de Apoio

Salto e Queda

Rotação

Níveis

Formação

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

industrial cultural, étnica,

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Expressionismo

Indústria Cultural

Page 125: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

125

folclórica, circular, populares,

salão, moderna,

contemporânea...

Dança Moderna

Arte Engajada

Vanguardas

Dança

Contemporânea

�3. METODOLOGIA

O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano

tem com arte; sua relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de

sentir e perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma

devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte, estabelecer como eixo o

trabalho artístico, que é fazer, o sentir e perceber, que são as formas de leitura e

apropriação do conhecimento, realizando pinturas e desenhos. Participando de

danças, músicas e teatro.

Pretende-se priorizar um ensino que valorize a história dos estudantes

respeitando suas raízes, sua raça e suas diferenças (física, religiosa, cultural, social

etc.), um processo educativo que lhes proporcione acolhimento e aprendizagem

efetiva.

É necessário dar liberdade para que os alunos aprendam do seu modo e

no seu tempo, conforme suas condições, independente de serem alunos com

necessidades especiais ou não.

Os conteúdos contextualizados são trabalhados através de outras fontes

de pesquisas, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na escola (sala de

informática, TV. Paulo Freire, Tv multimídia, recursos áudio-visuais, etc).

4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação em Arte tem por objetivo propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno, sendo processual e sem estabelecer parâmetros

comparativos para os mesmos, visto que o processo avaliativo estará discutindo

dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção,

considerando o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a

Page 126: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

126

sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

A sistematização da avaliação se dará na observação e registros dos caminhos

percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os

avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

O aluno incluso será avaliado através da atuação, participação e realização dos

trabalhos levando em consideração o processo de construção do conhecimento para

a obtenção do resultado final.

As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades para

o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas. Sem perder de

vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das

linguagens artísticas.

Para falar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)

quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação permite ao aluno posicionar-se em

relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística

possui um conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo

homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se

construir novos significações sobre a realidade.

Deste modo, avaliar exige acima de tudo, que se defina aonde queremos chegar,

e estabelecermos os critérios a serem seguidos. Para que se promova um processo

de aprendizagem, que permita ao aluno desenvolver aspectos cognitivos através de:

atividades lúdicas, pesquisas, trabalho coletivo, produções, manifestações, locais,

regionais, globais das diversas linguagens artísticas, peculiaridades culturais,

respeitando o ritmo de aprendizagem dos alunos. A avaliação será feita por meio de

exposições, relatórios, pesquisa de campo e amostragem de talentos: artes visuais:

danças, atividades de música e teatro, visitas a museu, apreciação de peças

teatrais, músicas, danças filmes e etc. A partir desses apontamentos pretendemos

viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte por meio das

diferentes linguagens artísticas. Desta forma a avaliação em Artes supera o papel de

mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, pois busca propiciar

aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem

estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e

progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o

desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos

Page 127: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

127

conhecimentos para a leitura da realidade.

No processo avaliativo o professor precisa considerar o processo pessoal de

desenvolvimento de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na

escola.

Em artes visuais:

Consegue estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu

grupo e por outros sem discriminação, artística, ética e de gênero;

Identifica os elementos da linguagem visual e suas relações em trabalhos artísticos

e na natureza.

Em música e dança:

Sabe mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e clareza dentro de suas

possibilidades de movimento e das escolhas que faz;

Toma decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e de

grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cênico.

Conhece as principais correntes históricas da dança e as manifestações típicas

de sua comunidade, Estado e País;

Cria e interpreta com autonomia, utilizando diferentes meios sonoros para

representar suas idéias.

Utiliza corretamente os elementos básicos da linguagem musical;

Conhece e aprecia músicas de seu meio sócio-cultural.

Em Teatro:

Sabe improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades de

seu corpo e de sua voz;

Está capacitado para dramatizar e encenar, reconhecendo e organizando

recursos para a sua estruturação.

Emite opiniões sobre as atividades teatrais do grupo, com clareza e com critério,

sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero.

Identifica momentos importantes da história do teatro.

5. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte, proposta nestas Diretrizes Curriculares é

diagnóstica e A processual. É diagnóstica por ser a referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os

Page 128: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

128

momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o

desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação

(Capítulo I, art.8.º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do

aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do

aluno e sua participação nas atividades realizadas.”

Os instrumentos de avaliação em arte acontecem na medida em que os educandos

produzem conhecimento, socializam os conhecimentos, as técnicas de trabalho e

apuram seu gosto pela arte em sua diversidade de expressões e formas.

Assim, a avaliação em Arte será diagnóstica, processual, uma vez que

acontecerá em todos os momentos das aulas, percebendo-se o crescimento

intelectual e humano dos educandos em relação às artes.

Deste modo, pode-se utilizar como instrumentos avaliativos:

- Pesquisas histórias e bibliográficas sobre as diversas manifestações

artitisticas;

- Produção artística, com o usode várias técnicas aprendidas nas aulas;

- Análise das diversas obras de artes em sua variedade;

- Trabalhos de pesquisa

- Apresentação de seminários;

- Debates;

- Exposição de trabalhos (na sala, no pátio, em feiras culturais e outros).

- Atividades de leitura e escrita;

- Acompanhamento da participação nos trabalhos realizados em sala de

aulas;

- Trabalho em grupo;

- Tarefas individuais;

- Trabalhos com desenho, pintura, colagem, ampliação e redução;

- Murais;

- Análise de obras;

- Cartazes;

- Maratonas.

Page 129: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

129

6. REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Historia da Educação. São Paulo: Moderna, 1987. AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo: melhoramentos, editora da USP, 1971. BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – minimanual de pesquisa – Arte. Ed. Claranto,1 ed., 2003 BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: África, 1981. CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. São Paulo: FTD, 1997. CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. São Paulo: FDT, 2009. CANTELE, Bruna Renata, LEONARDI, Angela Cantele. Arte, linguagem visual. Ens. Fundamental de 5 a 8 séries. Vols. 1 e 2 . Ed. IBEP – SP – 2001 CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 2003. FLEITAS, Ornaldo. Comunicação pela Arte. São Paulo: FDT, 1995. GABRYELLE, Thayanne. A conquista da arte. São Paulo, Editora do Brasil, 1993. NUNES, Kátia Regina Ashton. Fazendo arte com a matemática. Porto alegre/RS: Artmed, 2005. PARANÁ. Arte: vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. Colégio Estadual 14 de Dezembro. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual 14 de Dezembro. Peabiru, 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares de Artes/Arte – Curitiba, SEED/PR, 2008. PROENÇA, Graça. História da arte. Mini Manual de Pesquisa. Arte. Uberlândia/MG: Ed. Claranto, 2005. VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no cotidiano escolar. FAPI, Belo Horizonte/MG, 2009. VASQUEZ, A. S. As idéias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

Page 130: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

130

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Page 131: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

131

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo e fenômeno Vida. A

preocupação com descrição dos seres vivos e os fenômenos naturais levou o

homem a diferentes concepções de Vida, de mundo e de seu papel enquanto parte

deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua

sobrevivência.

O estudo de história natural para qual foi indicado Alexandre Rodrigues

Ferreira que aportou em terras brasileiras em 1783 empreendendo uma viagem

filosófica pela Amazônia, por Cuiabá e Belém, onde coletou e remeteu inúmeros

espécimes de animais e plantas para Portugal. Em virtude dos conflitos enfrentados

por Portugal naquele momento, tais espécimes acabaram por cair em mãos

francesas que acabaram manuais didáticos de ciências os quais foram utilizados nas

escolas brasileiras. Somente no início do século XX, o professor Mello Leitão

publicou o livro “Zoologia”, apresentando críticas aos registros apresentados pelos

franceses sobre a fauna brasileira, retratadas nos manuais franceses de forma

confundida com elementos da natureza da África, Ásia e Oceania.

A Biologia fez grandes processos no século XIX, com a proposição da Teoria

Celular, afirmando que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostos

por células e com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida. Neste

mesmo século, a Biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus

conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas.

Com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de inovação

biotecnológico se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças

em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos,

científicos e sociais, e põe em discussão o fenômeno Vida.

Na década de 60, três fatores provocaram alterações no ensino de ciências: o

progresso da biologia, a constatação internacional e nacional da importância do

ensino de ciências como fator de desenvolvimento, e a lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional n° 4.024, de 2 de dezembro de 1961, que descentralizou as

decisões curriculares.

Com relação á formação de professores, a Área de Ciências Biológicas no

Brasil, teve como regulamentação em 1962, quando o Conselho Federal de

Page 132: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

132

Educação (CEF) fixou o currículo mínimo e a duração dos cursos de História Natural

no País. Esses cursos destinavam-se á formação de profissionais que atendiam ás

demandas de pesquisa e ensino no 3° grau, ao ensino de Biologia no 2° grau e de

Ciências Físicas e Biológicas o 1° grau.

Em 1969, o Conselho Federal de Educação estabeleceu a organização dos

cursos de Ciências Biológicas prevendo duas modalidades: licenciatura e

bacharelado, sendo a última na modalidade biomédica. A partir de então

denominação do curso passou a ser Curso de Ciências Biológicas.

Com a unificação das licenciaturas, as aulas práticas foram reduzidas e muitos

acadêmicos não as tiveram em sua formação. Conseqüentemente, adotaram para

suas aulas uma metodologia teórica que utilizava livros- textos os quais não

apresentavam um nível adequado ao ensino pretendido. O ensino através de estudo

dirigido foi muito utilizado, porém, compostos por questões de múltipla escolha que

exigiam apenas leitura ou por questões dissertativas que queriam transcrição literal

do texto.

A década de 20 no Brasil foi marcada por crise econômica e mudanças

significativas, com a transformação do regime totalitário para a construção de uma

sociedade democrática. Em 1988 foi promulgada a nova Constituição Federal do

Brasil. Fatos registrados da época mostram diversas mudanças sociais, políticas,

econômicas e medidas que levaram a uma estruturação em diversos setores do

país.

O ensino de 2° grau deve propiciar aos alunos o domínio dos fundamentos

das técnicas diversificadas, utilizando no processo de reprodução e não o mero

adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a exigir medidas a curto,

médio e longo prazo, voltados ao suprimento e apoio á Rede Estadual de Ensino,

visando propiciar meios para que ela cumpra suas funções e atinja planamente os

seus objetivos, incluindo medidas de avaliação da atual política educacional, como

também, das estratégias utilizadas para viabilização das práticas pedagógicas.

Contrapondo-se a proposta oficial de currículo e ensino, no Estado do Paraná

iniciou-se em 2003, um processo de elaboração das novas Diretrizes Curriculares,

para a Educação Básica Estadual com o intuito de valorizar o conhecimento

disciplinar em todas as disciplinas de tradição curricular do Ensino Médio.

A Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno da Vida. A compreensão

da vida nos seus detalhes e todas as implicações é fascinante, e é parte desse

Page 133: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

133

fascínio que essa disciplina pretende compartilhar com os educandos, contribuindo

assim, para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de

conteúdos, desde que ao mesmo proporcionem o entendimento do objeto de estudo

– o fenômeno Vida – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na

organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; do

estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade

genética, hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos avanços

biológicos no fenômeno Vida. Portanto um dos principais objetivos da disciplina é

que o aluno reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade

objetiva e utilize-a dela no seu cotidiano.

A Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de

conceitos cientificamente produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as

mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Portanto a

mesma não pode ser considerada um saber neutro, mas um conjunto de fatos

científicos socialmente produzido numa sociedade historicamente determinada. A

escola, sem perder de vista a formação humanista, deve adaptar-se a estes

avanços, formando cidadãos com capacidade de reflexão e ação e que através de

uma visão crítica, possam de novos conhecimentos, colaborando desta maneira

para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.

Assim, num ambiente cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia,

entendemos que cabe a escola capacitar o indivíduo para questionar estes avanços

da ciência e da tecnologia, avaliando as conseqüências da sua utilização para o

homem e para o meio ambiente. Para tanto, é necessário que os professores

adotem metodologias de ensino que leve a formação do pensamento crítico e faz-se

necessário também o compromisso do profissional com a sociedade. A escola, do

ensinar ciências, deve preparar o cidadão para que este possa questionar. Como

melhoria do processo ensino-aprendizagem não deve der entendida apenas a

melhoria das notas e a redução das provações. Estas devem ser conseqüências das

evoluções do processo de ensinar e a aprender.

Percebemos que os próprios professores devem preparar-se para realizar tais

questionamentos, pois atualmente com a expansão do regime capitalista, a

sociedade cresce a partir da produção de bens de consumo, o professor deve estar

alerta para não incentivar o consumo passivo de bens e idéias e, sim levar o

Page 134: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

134

indivíduo a uma consciência crítica de modo utilizar de maneira consciente, dos

avanços da ciência e da técnica, e que ciência deve estar a serviço da sociedade e

não a sociedade deve estar a serviço da ciência.

Através do Ensino de Biologia, o aluno deve obter a capacidade de ler, refletir, e

formular idéias de maneira coerente e precisa analisar compreender e criticar a

aplicações sociais da ciência e da tecnologia. Reconhecer que tecnologia é de

grande importância para o desenvolvimento econômico e social, porém, é preciso ter

consciência que é necessário promover a preservação ambiental através do

desenvolvimento sustentado.

2. JUSTIFICATIVA

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões

polêmicas, que dizem respeito a desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos

naturais e a utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no

ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos

organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.

Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se

volte para o desenvolvimento de capacidade que permitam ao aluno lidar com as

informações, compreendê-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender o

mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da

Biologia e da tecnologia.

O ensino de Biologia, enfim, é essencial ao desenvolvimento de posturas e

valores pertinentes ás relações entre seres humanos, entre eles e o meio, entre o

ser humano e o conhecimento, contribuindo para a educação que formará indivíduos

sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do

mundo e da vida, capazes, assim de realizar ações práticas, de fazer julgamento.

Page 135: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

135

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ü Organização dos seres vivos;

ü Mecanismos Biológicos;

ü Biodiversidade;

ü Manipulação genética.

4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo “

conteúdos” não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos

alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam,apliquem, relacionem.

Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos

no currículo, não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como

conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de

uma cultura particular em um determinado momento, entra em cena.

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ü Organização dos seres vivos

ü Mecanismos Biológicos;

ü Biodiversidade;

ü Manipulação Genética

CONTEÚDOS BÁSICOS:

ü Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

ü Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

2° ANO

Page 136: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

136

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ü Organização dos seres vivos;

ü Mecanismos Biológicos;

ü Biodiversidade;

ü Manipulação genética.

.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

ü Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;

ü Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente.

3° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

ü Organização dos seres vivos;

ü Mecanismo Biológicos;

ü Biodiversidade;

ü Manipulação genética

CONTEÚDOS BÁSICOS:

ü Mecanismos de desenvolvimento embrionário;

ü Teoria Evolutivas;

ü Transmissão das características hereditárias;

ü Organismo geneticamente modifica.

Page 137: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

137

5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o ensino de Biologia compreender o fenômeno da VIDA e sua

complexidade de relações, significativa pensar em uma Ciência em transformação,

cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o

repensar e o modificar constante dos conceitos e teorias elaboradas em cada

momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de

partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua

relação com as idéias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com

manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um

aparato sofisticado, mas a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando

ainda, a interpretação dos fenômenos biológicos e a troca de informações entre o

grupo que participa da aula. As aulas experimentais completam e integram o

conteúdo trabalhado em sala de aula, completando a qualidade do ensino, pois

permitem aos educandos relacionarem os conceitos da biologia com o seu cotidiano.

Além disso, nas práticas eles podem comprovar os conceitos teóricos adquirido em

sala de aula, despertando assim o seu interesse pela disciplina, a criatividade,

curiosidade e um pensamento crítica baseados em experimentações para

comprovação. Uma das práticas que podemos mencionar e que desperta o interesse

nos educandos é a observação da célula vegetal ao microscópio, eles ficam

fascinado em poder ver na prática o conhecimento adquirido em sala de aula através

de textos explicativos sobre células vegetais.

Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de. Porém o texto

não deve ser visto como se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um instrumento

de meditação na sala de aula, entre aluno-aluno e aluno-professor, levando a novas

questões e discussões. Esta metodologia será aplicada através de: aulas expositivas

com explicação oral do conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e

outros meios de pesquisas coerentes; trabalhos em sala de aula, individuais e em

grupos com apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos

complementares; resolução de exercícios e questões propostas.

Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os

mais variados recursos pedagógicos como slides, TV Pendrive, DVDs, CDs, CD-

ROM’s educativos, rádios, computadores e softwares livres, dentre outros.

Page 138: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

138

Os recursos pedagógicos devem ser utilizados de maneira

predominantemente investigativa, pois deve propiciar o desenvolvimento da

autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber,

por meio de busca de informações significativas, representação e resolução de uma

situação-problema.

6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo,

a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pois, são

pré-requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a

transformação. Têm por propósito a modificação e a melhora contínua. Ela é vista

como um instrumento educativo da emancipação do aluno, do seu senso de

autocrítica e auto desenvolvimento. Parlett e Hamilton, já na década de 1970,

defendiam a prática de uma "avaliação iluminativa" como uma alternativa ao modelo

clássico, a qual levasse em conta o processo educativo como um todo, que o

iluminasse, de maneira a permitir a compreensão da complexidade das situações.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

O processo de avaliação não termina com a elaboração de provas. A

análise dos resultados é uma etapa importantíssima, responsável por validar todo o

trabalho desenvolvido até o momento. Se o professor apenas lançar notas e não

analisar o que significam, a prova não serviu de nada.

O professor deve definir o que precisa ser avaliado , clareza e

objetividade, além de equilíbrio entre o número de itens e questões também são

essenciais.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas elos professores ao longo do ano letivo.

Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de

superar os obstáculos.

Serão utilizados os instrumentos avaliativos citados abaixo de acordo com o

Page 139: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

139

perfil de cada série:

• Atividade de leitura

A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos

conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha

criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir

a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de

avaliação o aluno deverá compreender as idéias presentes no texto e interagindo

por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o

texto, o educando deverá expressar suas idéias com clareza e sistematizar o

conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o

conteúdo abordado em sala de aula.

•Projeto de Pesquisa Bibliográfica

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do

que se pretende. O aluno, deverá identificar a situação e o contexto com clareza de

seu projeto de pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da

pesquisa, buscando soluções e referenciando o conteúdo da mesma

adequadamente.

•Produção de Texto

A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada

ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O

educando deverá produzir texto expressando idéias claras com argumentos

consistentes, estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a

tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo.

•Palestra/Apresentação Oral

Page 140: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

140

A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua

compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e

expor suas idéias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma

seqüência lógica com clareza e argumentos.

•Atividades Experimentais

Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar

hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as

dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um

experimento deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais

e instrumento necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos,

compreendendo o fenômeno experimentado;

•Projeto de Pesquisa de Campo

Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de

informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a

construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A

princípio o aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as

informações, no local, organizando - se e examinando os dados coletados, conforme

orientações e conhecimento construído, demonstrando sua capacidade de análise

dos dados coletados e de síntese.

•O Relatório

É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando

no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que

foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar

introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram

coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais

resultados podem-se extrair deles.

Page 141: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

141

•Seminário

Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma

discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo

fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato

direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno

terá que demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto

nas réplicas, apresentando compreensão do conteúdo abordado.

•Debate

Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que

haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a

participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos

divergentes que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita

racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição.

•Atividades a partir de recursos Audiovisuais -

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer

que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado

naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e

com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do

conteúdo caberá ao professor. Cabe ao aluno compreender e interpretar a

linguagem utilizada, articulando o conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.

•Trabalho em grupo

Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar,

aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido,

possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.

Page 142: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

142

•Questões discursivas

Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o

conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o

professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante

a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma

questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do

aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de

construção do conhecimento.

•Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão

do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve

desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada

questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno

realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns

aspectos definidos do conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares SEED/ junho/ 2006.

FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. único

LAURENCE, J;Biologia. Volume único, ed. Nova Geração.2007

LINHARES,Sérgio, GEWANDSZNAJDER,Fernando. Biologia.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. Vol. único. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: citologia e histologia. Vol.1. São Paulo: Ed.

Ática,2005.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: seres vivos e fisiologia. Vol.2. São Paulo: Ed.

Ática,2005.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: genética, evolução, ecologia .Vol.3. São

Page 143: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

143

Paulo: Ed. Ática,2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual 14 de Dezembro – EMF

2008: Peabiru - Pr

SEED,Livro Didático Público – Biologia. 2º Ed.2007

MORANDINI,Clézio; BELLINELLO,Luiz Carlos. Biologia. Vol.único.São Paulo: Ed.

Page 144: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

144

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente

os fenômenos observados na Natureza, resultante das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e

vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com

a Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo,

a interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos

seus recursos.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, culturais, éticas e

políticas.

A ciência, não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos

construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com

Kneller (1980) e Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que

permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os

elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos

são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como

uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num

determinado contexto histórico num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,

religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas

geniais”. “[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência [...] é necessário e

imprescindível determiná-la no tempo e no contexto das realizações humanas, que

também são historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p. 16).

Page 145: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

145

Muitas civilizações, ao longo do tempo, criaram mitos e divindades

como estratégias para explicar fenômenos da natureza.Tais relatos simbólicos

tentavam explicar a origem da Natureza mais do que contar a realidade dos fatos

(FREIRE-MAIA, 2000).

Modelos construídos a partir de observações realizadas diretamente

sobre os fenômenos da Natureza permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e

aproximar-se da physis.

Surgiram várias descobertas como a idéia do átomo com os gregos, o

modelo geocêntrico proposto por Aristóteles (século III a.C.), o modelo heliocêntrico

proposto por Aristarco de Samos (século III a.C.) e Nicolau Copérnico (1473-1543),

modelo organicista, modelo fixista, modelo evolutivo, modelo mecanicista

sistematizado por Willian Harvey (1578-1657), as sistematizações de Lavoisier

(1743-1794), entre tantas descobertas que surgiram.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico

marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído

para a compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os

naturalistas não se utilizavam métodos para a investigação da Natureza, porém, tal

investigação reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isoladas.

O modelo científico, como estratégia de investigação é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e

síntese em leis ou teorias. Isso produz um conhecimento (científico) a respeito de

um determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e

divulgação do conhecimento feito no período pré-científico.

Segundo Sevcenko (2001), mais de 80% dos avanços científicos e

inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços

após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca de 70% de todos os cientistas,

engenheiros, técnicos e pesquisadores formados desde o início do século XX ainda

estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e produzir conhecimento

científico.

Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse

a superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em

que ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do

conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando

discussões acerca de como a ciência realmente funciona (DURANT, 2002).

Page 146: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

146

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de

poder que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel

reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de

interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de

trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na

informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p.152).

Os museus de história natural, juntamente com outras antigas

instituições como as universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a

consolidação e institucionalização das Ciências Naturais no país ao longo do século

XIX. O Museu Nacional do Rio de Janeiro e, depois, o conjunto dos museus

brasileiros contribuíram tanto no que diz respeito à produção do conhecimento

científico quanto no ensino de Ciências.

Na primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares

que existiam nas cidades, freqüentadas pelos filhos da elite, contratavam

professores estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter

formativo. Aos filhos da classe trabalhadora, principalmente agricultores, era

destinado um ensino em que os professores não tinham formação especializada,

trabalhavam em várias escolas e ensinavam conhecimento cientifico sob caráter

informativo (GHIRALDELLI JR, 1991).

O contexto histórico exigia um ensino científico frente às necessidades

do progresso nacional, e “para isso [era] mister construir cientificamente o Brasil” (

GHIRALDELLI JR, 1991, p. 34). Na disciplina de Ciências, então, transmitiam-

se informações gerais por meio de metodologia centrada na aula expositiva, não

dialogada, que exigia a memorização da biografia de cientistas importantes e da

divulgação dos conhecimentos provenientes de suas descobertas. Desse modo,

privilegiava-se a quantidade de informações científicas em prejuízo de uma

abordagem de base investigatória.

O IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), fundado

em 1946 objetivando promover a melhoria da formação científica dos alunos que

ingressariam no ensino superior, proporcionou o desenvolvimento de pesquisas e

treinamento de professores, bem como a implantação de projetos que influenciaram

a divulgação científica na escola por meio de atividades como mostras de projetos

em feiras; visitas a museus e a criação de Clubes de Ciências. Desenvolveu,

também, o projeto “Iniciação Científica” e produziu kits destinados ao ensino de

Page 147: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

147

física, Química e Biologia para estudantes dos cursos primários e secundários

(BARRA e LORENZ, 1986).

Com o apoio das sociedades científicas, das universidades e de

acadêmicos renomados, apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram

elaborados projetos que tiveram circulação no Brasil, mediados pelo IBECC.

As decisões políticas instituídas na LDB n0 9694/96 apontaram para o

fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos

avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a

ampliação da participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar,

ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade de preparo do

indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos por meio do exercício do método científico.

Nesse contexto, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso

de suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo

grau, visando às necessidades do mercado de trabalho e o desenvolvimento

industrial e tecnológico do país, sob controle do regime militar.

O Currículo Básico, no início dos anos de 1990, ainda sob a LDB n0

5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando

sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente,

pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos

norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 10 Grau, hoje Ensino

Fundamental, a saber:

1. Noções de Astronomia;

2. Transformação e Interação de Matéria e Energia;

3. Saúde – Melhoria da Qualidade de Vida.

Com a promulgação da LDB n0 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes

e Bases para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito

federal. O Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente substituído

pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina e

sua constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.

Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político

nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com

Page 148: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

148

objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e

uma nova identidade para o ensino de Ciências.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5 ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Astronomia e Astronáutica:

- O Brasil visto do satélite

- O movimento aparente do Sol

- As estações do ano

- Fuso horário

- Os astros no Universo

- Sistema solar e constelações

- As fases da Lua

Matéria

Energia

Biodiversidade

Água no ecossistema:

- Distribuição da água na Terra

- O ciclo da água

- A poluição da água

- O tratamento de água

- Fornecimento de água nas

cidades

- A conta de água

Matéria

Energia

Biodiversidade

Ar no ecossistema:

- A atmosfera

- Poluição do ar

Matéria

Energia

Biodiversidade

Solo no ecossistema:

- Estruturas da Terra

- Rochas e minerais

- O solo

- Lixo

Page 149: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

149

História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena

6ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Biodiversidade

Energia

- A classificação dos seres vivos

- As plantas verdes e a produção

de alimentos

- Bactérias e eucárias

- Gimnospermas – os pinheiros

- Angiospermas I – os cactos

- Angiospermas II – a polinização

das flores

- Flor, semente e fruto

Biodiversidade - Protista de vida livre e parasitas

- Animais mais simples: poríferos e

cnidários

- Platelmintos: vermes planos

- Nematódeos: vermes cilíndricos

- Moluscos

- Anelídeos

Biodiversidade - Artrópodes I: aracnídeos

- Artrópodes II: crustáceos

- Artrópodes III: insetos

- Equinodermos

Biodiversidade - Peixes: vertebrados aquáticos

- Anfíbios e répteis: vertebrados

com quatro pernas

- Aves

- Mamíferos

História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena

Page 150: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

150

7ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Calorias e alimentos

- Microorganismos e alimentos

- Vacinas e mortalidade infantil

- Nutrientes e pirâmide alimentar

- Alimentos calóricos I: glicose

- Alimentos calóricos II: amido

- Alimentos calóricos III: gorduras

e óleos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Alimentos construtores: proteínas

- Alimentos reguladores: vitaminas

e sais minerais

- Alimentação: dietas balanceadas

- A anatomia da digestão

- Digestão e estômago

- Digestão e intestinos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Sangue

- Sistema cardiovascular

- Os pulmões

- Rins e urina

- Os ossos

- Músculos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Sistema nervoso

- Hormônios

- Hormônios e a mulher

- Hormônios e o homem

- Mecanismos de herança

História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena

8º série

Page 151: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

151

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria

Energia

Introdução ao estudo da Química:

- Conceitos fundamentais;

- A química em nosso cotidiano;

Matéria;

Energia.

Apresentação da matéria:

- Sistemas homogêneos;

- Sistemas heterogêneos;

- Fases de um sistema;

- Substância pura e mistura.

Estados físicos da matéria e suas mudanças:

- Sólido;

- Líquido;

- Gasoso.

Processos de separação de misturas:

- Filtração;

- Destilação simples;

- Destilação fracionada;

- Dissolução fracionada;

- Catação;

- Peneiração;

- Separação magnética;

- Ventilação;

- Levigação;

- Cristalização.

Os elementos químicos:

- Substâncias simples e compostas;

Page 152: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

152

Matéria Laboratório:

- Equipamentos;

- Vidrarias;

- Regras de Segurança.

Modelos Atômicos:

- Modelo Atômico de John Dalton (1808):

Modelo da “Bola de Bilhar”

- Modelo Atômico de Thomson (1897):

“Pudim de Passas”

- Experimento de Rutherford (1909-1911).

- Modelo Atômico de Rutherford (1909-1911):

“Modelo Planetário”

A identificação dos átomos

- Número Atômico;

- Número de Massa;

- Elemento Químico;

- Íons;

- Isótopos, isóbaros e isótonos.

A Classificação Periódica dos elementos

- Histórico da Tabela Periódica;

- A classificação periódica moderna;

- Configurações eletrônicas dos elementos

ao longo da classificação periódica;

Ligações Químicas:

- Regra do octeto;

Ligação iônica:

- Fórmula eletrônica;

Ligação covalente:

- Fórmula estrutural;

- Fórmula molecular;

- Compostos moleculares e iônicos;

Ligação metálica:

- Propriedades dos metais

Page 153: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

153

Funções Químicas Inorgânicas:

- Ácidos;

- Bases;

- Indicadores químicos e escala de pH;

- Reação de neutralização total e parcial;

- Sais;

- Óxidos;

Energia

Matéria

- Inércia

- Atrito

Velocidade, espaço e tempo:

- Conceito de velocidade

- Conceito de deslocamento

- Conceito de velocidade média

Aceleração

- Conceito de aceleração

- Queda Livre

- Aceleração da gravidade

Massa e peso:

- Peso

- Massa

- Atração da gravidade

Forca, Massa e Aceleração:

- Primeira Lei de Newton

- Segunda Lei de Newton

Ação e Reação:

- Terceira Lei de Newton

- Conceitos de sentido e direção

Conservação da energia:

- Análise vetorial de resultantes de forcas

- Princípio da conservação da energia

Ondas:

- Onda mecânica

Page 154: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

154

- Onda eletromagnética

- Crista, vale, amplitude, tamanho freqüência

de uma onda

Energia

Luz:

- Espectro de ondas eletromagnéticas

- Cores primárias

- Decomposição da luz

Espelhos e lentes:

- Funcionamento de espelhos planos e curtos

- Funcionamento de lentes convergentes e

divergentes

Calor e temperatura:

- Conceitos de calor e temperatura

- Tipos de transmissão de calor

- Quantidade de calor

Cargas elétricas:

- Carga elétrica

- Eletrização

- Condutores e isolantes elétricos

Corrente elétrica:

- Corrente elétrica

- Circuitos elétricos

- Lei de Ohm

- Curto-circuito

Imãs e eletroímãs:

- Magnetismo

- Materiais ferromagnéticos

- Campo Magnético

- Eletroímã

Geradores e motores elétricos:

- Motores elétricos

- Geradores elétricos

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

Page 155: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

155

3. METÓDOLOGIA DA DISCIPLINA

O encaminhamento metodológico para essa disciplina aborda quatro

aspectos importantes: a história da ciência, a divulgação científica, a atividade

experimental e a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena que se relacionam e

complementam-se na prática pedagógica, essa última foi incluída, no currículo oficial

da rede de ensino dia 10 de março de 2008, conforme a Lei nº 11.645. Nesse

sentido o encaminhamento metodológico não pode ficar restrito a um único método.

O professor de Ciências, no momento da seleção de conteúdos

específicos e da opção por determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre

outros critérios, precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos

estudantes. Visto que, a escolha de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos

adequados à mediação pedagógica contribuem para que o estudante se aproprie de

conceitos científicos de forma mais significativa e para que o professor estabeleça

critérios e instrumentos de avaliação.

Assim, algumas possibilidades de encaminhamento são a observação,

o trabalho de campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas às

indústrias, fazendas, museus, projetos individuais ou em grupos, redação de cartas

para autoridades, palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários,

conversação dirigida, dentre outras. Outras atividades que estimulam o educando ao

trabalho coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura,

jogos didáticos, dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições

e feiras, entre outras.

Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de

partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua

relação com as idéias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com

manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um

aparato sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando

ainda, a interpretação dos fenômenos biológicos e a troca de informações entre o

grupo que participa das aulas. As aulas experimentais completam e integram o

conteúdo trabalhado em sala de aula, completando a qualidade do ensino, pois

permitem aos educandos relacionarem os conceitos da ciência com o seu cotidiano.

Além disso, nas práticas eles podem comprovar os conceitos teóricos sobre a

ciência, despertando assim o seu interesse pela disciplina, a criatividade,

Page 156: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

156

curiosidade e um pensamento crítica baseados em experimentações para

comprovação.

Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de ciências e da

história e cultura afro-brasileira e indígena. Porém o texto não deve ser visto como

se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um instrumento de meditação na sala de

aula, entre aluno-aluno e aluno-professor, levando a novas questões e discussões.

Esta metodologia será aplicada através de: aulas expositivas com explicação oral do

conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e outros meios de

pesquisas coerentes; trabalhos em sala de aula, individuais e em grupos com

apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos

complementares; resolução de exercícios e questões propostas.

Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os

mais variados recursos pedagógicos como slides, TV Pendrive, DVDs, CDs, CD-

ROM’s educativos, rádios, computadores e softwares livres, dentre outros.

Os recursos pedagógicos devem ser utilizados de maneira

predominantemente investigativa, pois deve propiciar o desenvolvimento da

autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber,

por meio de busca de informações significativas, representação e resolução de uma

situação-problema.

4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo,

a avaliação na disciplina de Ciência, passa a ser entendida como instrumento cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pois, são

pré-requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a

transformação. Têm por propósito a modificação e a melhora contínua. Ela é vista

como um instrumento educativo da emancipação do aluno, do seu senso de

autocrítica e auto desenvolvimento. Parlett e Hamilton, já na década de 1970,

defendiam a prática de uma "avaliação iluminativa" como uma alternativa ao modelo

clássico, a qual levasse em conta o processo educativo como um todo, que o

iluminasse, de maneira a permitir a compreensão da complexidade das situações.

Page 157: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

157

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

O processo de avaliação não termina com a elaboração de provas. A análise

dos resultados é uma etapa importantíssima, responsável por validar todo o trabalho

desenvolvido até o momento. Se o professor apenas lançar notas e não analisar o

que elas significam, a prova não serviu para nada.

O professor deve definir o que precisa ser avaliado com clareza e

objetividade, além de equilíbrio entre o número de itens e questões também são

essenciais.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelos professor ao longo do ano letivo.

Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de

superar os obstáculos.

Serão utilizados os instrumentos avaliativos citados abaixo de acordo com o

perfil de cada série:

•Atividade de leitura

A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos

conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha

criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir

a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de

avaliação o aluno deverá compreender as idéias presentes no texto e interagindo

por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o

texto, o educando deverá expressar suas idéias com clareza e sistematizar o

conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o

conteúdo abordado em sala de aula.

•Projeto de Pesquisa Bibliográfica

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do

que se pretende. O aluno, deverá identificar a situação e o contexto com clareza de

seu projeto de pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da

pesquisa, buscando soluções e referenciando o conteúdo da mesma

Page 158: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

158

adequadamente.

•Produção de Texto

A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada

ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O

educando deverá produzir texto expressando idéias claras com argumentos

consistentes, estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a

tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo.

•Palestra/Apresentação Oral

A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua

compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e

expor suas idéias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma

sequência lógica com clareza e argumentos.

•Atividades Experimentais

Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar

hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as

dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um

experimento deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais

e instrumento necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos,

compreendendo o fenômeno experimentado;

•Projeto de Pesquisa de Campo

Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de

informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a

construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A

Page 159: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

159

princípio o aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as

informações, no local, organizando - se e examinando os dados coletados, conforme

orientações e conhecimento construído, demonstrando sua capacidade de análise

dos dados coletados e de síntese.

•O Relatório

É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando

no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que

foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar

introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram

coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais

resultados podem-se extrair deles.

•Seminário

Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma

discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo

fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato

direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno

terá que demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto

nas réplicas, apresentando compreensão do conteúdo abordado.

•Debate

Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que

haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a

participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos

divergentes que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita

racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição.

Page 160: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

160

•Atividades a partir de recursos Audiovisuais -

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer

que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado

naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e

com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do

conteúdo caberá ao professor. Cabe ao aluno compreender e interpretar a

linguagem utilizada, articulando o conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.

•Trabalho em grupo

Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar,

aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido,

possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.

•Questões discursivas

Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o

conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o

professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante

a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma

questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do

aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de

construção do conhecimento.

•Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão

do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve

desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada

questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno

realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns

Page 161: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

161

aspectos definidos do conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.

5. REFERENCIAS

AMABIS E MARTHO. Biologia. São Paulo: Ed. Moderna, [s.d.].

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma

psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BARRA, V. M; LORENZ, K. M. Produção de Materiais Didáticos de Ciências no

Brasil, período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura. Campinas, v. 38, n0 12, p.

1970-1983, dezembro de 1986.

BARROS, Carlos. Ciências. São Paulo: Ed. Ática, [s.d.].

BARROS, Carlos; PAULINO, Roberto Wilson. Física e Química. São Paulo: Ed.

Ática, 1999.

CESAR E SEZAR. Biologia. Vol. Único. São Paulo: Ed. Saraiva, 1998.

DURANT, J. O que é Alfabetização Científica? IN: MASSARANI, L; TURNEY, J.;

MOREIRA, I. C. ( Org.). Terra Incógnita: A interface entre Ciência e Público. Rio

de Janeiro: UFRJ, 2005.

FISHER, Len. A Ciência no Cotidiano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., [s.d.].

FOUREZ, G. A construção das Ciências: Introdução à Filosofia e à Ética das

Ciências. Unujuí, 1995.

FREIE-MAIA, N. A Ciência por Dentro. Rio de Janeiro; Ed. Vozes, 2000.

GEWANDSZNAJDER, Fernando.Ciências; Matéria e Energia. São Paulo: Ed.

Ática, 2005

GHIRALDELLI LR., P. História da Educação. São Paulo: Ed. Cortez, 1991.

GONÇALVES, KUCERA, MACHADO, BAGLIOLI. Ciências. Curitiba: Ed. Módulo,

[s.d.].

KNELLER, G, F. A Ciência como Atividade Humana. São Paulo: EDUSO, 1980.

MARANDINO, M. A Pesquisa Educacional e a Produção de Saberes nos Museus de

Ciência. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Fiocruz. Rio de Janeiro, v. 12, p.

161-181, 2005.

MARCONDES, Ayrton Cezar; SARIEGO, José Carlos. Ciências, Química e Física.

São Paulo: Ed. Scipione, 1996.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental.

Page 162: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

162

Curitiba: SEED, 2008.

RAMOS, M. G. Epistemologia e Ensino de Ciências: Compreensões e Perspectivas.

IN: MORAES, R. (org.). Construtivismo e Ensino de Ciências: Reflexões

Epistemológicas e Metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

SEVCENKO, N. A corrida para o século XXI: No loop da Montanha-Russa. São

Paulo: Cia das Letras, 2001.

OLIVEIRA, Isabel Maria M. B.; SCHWENCK, Paula Vimieiro. Ciências Crítica em

Ação. São Paulo: Ed. Do Brasil, [s.d.].

OLIVEIRA, Emmanuel Cavalcanti. Ciências. São Paulo: Ed. IBEP, [s.d.].

8�9: 0� 8����$� ������� ��������� 83�� 4������ )�;0� � �$

Page 163: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

163

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR�� EDUCAÇÃO FÍSICA�1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA�

A História da Educação física atravessou muitas mudanças, iniciando no

século XIX onde a partir daí se tornou componente obrigatório nos currículos

escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de

promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo o pudor e os hábitos

condizentes com a vida humana.

Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir,

conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos,

importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos

currículos escolares.

A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar a partir

da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação dominação e contenção dos

ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As

atividades dirigidas a mulher deveriam desenvolver harmonia de sua formas feminis

e as exigências da maternidade futura.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a

promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo7º e pelo Decreto 69450/71, a

disciplina passou a ter legislação específica.

Instituiu-se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e

obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área

profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação

integral da criança.

Em meadas dos anos 80, surgiram propostas sobre denominação

progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da

esportivização.

Dentro as correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens:

Desenvolvimentista e Construtivista.

Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.

A proposta crítico-superadora e crítico-emancipatória estas sim mais

vinculadas as discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões

Page 164: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

164

nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da

Filosofia da Educação.

Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do

Paraná, foi á elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia histórico

- crítica da educação.

O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a

instrumentação do corpo deveria dar lugar ás formação humana do aluno em todas

suas dimensões.

No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação

Física. A proposta também fundamentou-se na concepção histórico – crítica de

educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da

ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava-se a perspectiva de mudança e

transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma

sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina,

destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a

consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como

expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem

se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos,

relativos á ginástica, á dança, aos desportos, bem como, ás atividades que

correspondem ás características regionais.

Nos anos 90 a Secretaria de Educação do Estado do Paraná desenvolveu

diversos materiais pedagógicos e ofertou cursos de capacitação com o objetivo de

fornecer subsídios aos professores para desenvolverem as propostas para o

currículo. Mais tarde o Estado elaborou as Diretrizes Curriculares propondo uma

Educação Física que incluía a reflexão sobre a necessidade atual de ensino e a

superação de uma visão fragmentada do ser humano. A mesma tem-se como

fundamento geral o materialismo histórico, cujos princípios aprofundam-se numa

reflexão e crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes

ao funcionamento da sociedade.

A Educação Física deve ser trabalhada sob o víeis de interlocução com

disciplinas variadas, que permitam entender o corpo em sua complexidade; ou seja,

sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e

política, justamente por sua constituição interdisciplinar. E o seu currículo da

Page 165: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

165

Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o

enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política

de seu tempo.

A Educação Física esta dentro de um currículo multicultural inscrito como

crítico em virtude das atribuições a ele conferidas também se entremeia com os

objetivos de cidadania e de equidade propostos pelas Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação das Relações Étinico-Raciais, para o Ensino de História,

Cultura Afro-Brasileira e Africana, criadas como políticas de reparações, e de

reconhecimento e valorização da história, da cultura e identidade. Este tema está

amparado legalmente pela Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que inclui no

currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena”. O não encaminhamento da responsabilidade pelo

cumprimento da lei 11.645/08 para a área de Educação Física Escolar é entendido,

no mínimo, como uma falha lastimável.

A Educação Física na Educação Básica pretende superar uma visão

fragmentada de homem, buscando o entendimento do corpo em sua complexidade.

A Educação Física permitir uma abordagem biológica, antropológica, social,

psicológica, como também uma prática corporal. Deste modo, a Educação Física

deixa de ser apenas uma disciplina meramente esportiva ou recreativa, para tornar-

se parte do processo de escolarização.

Considerando o contexto histórico citado até o movimento, onde a Educação

Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as

mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem

essas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e

continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer

reflexão sobre corporal.

Como em todas as outras disciplinas, ela corresponde á desperta o aluno

para compreender a cidadania como participação social e político assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedades, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito.

Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

confiança em suas capacidades afetiva, física cognitiva.

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

Page 166: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

166

adquirir e contribuir conhecimentos.

As aulas de Educação Física devem evidenciar a relação estreita entre a

formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais

decorrentes. Estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do

mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em

jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem

ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo

homem.

A Educação Física enquanto disciplina que tem como objetivo de estudo a

cultura corporal de movimento, se justifica por relacionar o movimento humano com

a cultura por ele produzida historicamente e a que ainda está por produzir, uma vez,

mas que se trata de algo pronto ou acabado, mas que está em constante produção o

tempo todo.

Sendo assim ela passa a ter a função pedagógica de integrar e introduzir o

aluno no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar,

produzir e transformar as formas culturais da atividade física.

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

2.1 Ensino Fundamental 5ª Série/6º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua

Danças criativas Ginástica Ginástica rítmica

Ginástica circense Ginástica geral

Page 167: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

167

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

2.2 Ensino Fundamental 6ª Série/7º Ano

ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua

Danças criativas Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense

Ginástica geral Lutas Lutas de aproximação

Capoeira

2.3 Ensino Fundamental 7ª Série/8º Ano

ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos

Radicais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Dança Danças criativas Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense

Ginástica geral

Page 168: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

168

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

2.4 Ensino Fundamental 8ª Série/9º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos

Radicais

Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Dança Danças criativas

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

2.5 Ensino Médio

CONTEÚDO ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos

Individuais Radicais

Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Page 169: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

169

Dança Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua

Ginástica Ginástica artística / olímpica Ginástica de Condicionamento Físico

Ginástica geral

Lutas Lutas com aproximação Lutas que mantêm à distancia

Lutas com instrumento mediador Capoeira

3 - DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO

Por meio dos conteúdos a Educação Física tem a função social de contribuir

para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter

autonomia sobre ele, e adquirir uma expressividade corporal consciente.

O Professor de Educação Física assim possui a responsabilidade de

organizar e sistematizar essas práticas.

As aulas deverão possuir três momentos: no primeiro momento o professor

deverá apresentar o conteúdo, problematizando-o; no segundo momento ocorrerão

às atividades relativas ao conteúdo proposto, assim o professor poderá observar os

alunos em seu desenvolvimento; no terceiro momento ocorrerá uma reflexão sobre a

prática.

Ainda pode-se adotar a metodologia crítico-superadora, onde esta

metodologia permite ao aluno ampliar sua visão de mundo. Esse mesmo

conhecimento é transmitido levando em consideração o momento político, histórico,

econômico e social em que o aluno está inserido.

Os conteúdos devem ser abordados segundo um principio de complexidade

crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido em séries diferentes,

mudando, portanto o grau de complexidade.

Nesta metodologia pode-se adotar as seguintes estratégias: a pratica social,

caracterizada pela preparação e mobilização do aluno para a construção do

Page 170: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

170

conhecimento; a problematização, um desafio ao aluno, onde o mesmo, por meio de

sua ação deverá buscar o conhecimento; a intrumentalização, caminho pelo qual o

conteúdo é sistematizado e posto à disposição dos alunos; a catarse, fase em que o

educando sistematiza e manifesta a assimilação dos conteúdos e dos métodos

trabalhados anteriormente e o retorno a prática social, onde ocorrerá a transposição

do teórico para o prático, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.

4 - AVALIAÇÃO

O objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as

práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Um dos

primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o

conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

(DIRETRIZES CURRICULARES, 2009).

Os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico através de

participação nas atividades práticas e teóricas.

A avaliação será através de um processo contínuo, permanente e cumulativo

onde o professor organizará e reorganizará o trabalho, sustentando nas diversas

práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a

luta.

A avaliação deverá resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem. Ainda o professor deverá conhecer e buscar

as experiências individuais e coletivas das diferentes realidades dos alunos.

Assim, o processo de avaliação ocorrerá a cada aula considerando a

participação do aluno durante a sua prática, além das avaliações teóricas e orais e

trabalhos escritos sobre os conteúdos propostos a cada bimestre, servido de

referência para o professor em sua ação pedagógica.

5 - REFERÊNCIAS

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

Page 171: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

171

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para Educação Básica

nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002.

CAMARGO, Marilene Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso de

investigação sobre cultura escolar (1928-1958). São Paulo: Editora da Unesp,

1999.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se

conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez,

1995.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual 14 de Dezenbro. EFM-

2010.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Física. Curitiba: SEED

2008

SEED, Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica.

Paraná: Curitiba, 2009.

VAGO, Tarcísio Mauro. Início e fim do século XX: maneiras de fazer educação

física na escola. Caderno CEDES. Campinas, n. 48, p. 30-51, 1999.

__________________. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura

escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação

Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.

Page 172: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

172

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR���ENSINO RELIGIOSO

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Compreender a história do Ensino Religioso é entendê-lo no bojo da

educação desenvolvida nas múltiplas relações do contexto político-educacional. O

Ensino Religioso no espaço escolar, era tradicionalmente o ensino da Religião

Católica Apostólica Romana, então religião oficial, como determinava a Constituição

de 1824. Com a República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e

obrigatório, e a hegemonia católica foi rejeitada. A partir da Constituição de 1934 o

Ensino Religioso passou a ser admitido na escola pública, com matrícula facultativa.

Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 foi mantido como matéria do currículo,

com freqüência facultativa para o aluno e de caráter confessional, de acordo com a

profissão de fé da família. Na década de 60, surgiram os debates sobre a questão

da liberdade e a diversidade religiosa e o Ensino Religioso perdeu sua função

catequética. Porém, na prática, não foi que aconteceu, pois estava à mercê da

crença individual de quem ministrava as aulas, no caso, voluntários e em caráter

proselitista, uma vez que não existiam cursos de licenciatura para professores. Na

LDB, lei 4024/61 o Ensino Religioso era facultativo, sem ônus para o poder público,

embora o Ensino Religioso fosse parte da formação pública, a responsabilidade

pelos docentes não competia ao Estado, e deveria ser ministrado de acordo com a

confissão religiosa do aluno.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se

concretizou legalmente na redação LDBEN de 1996 e sua respectiva correção, em

1997, pela Lei 9.475 de acordo com o artigo 33, que estabelece, o Ensino Religioso

como parte integrante da formação básica, com matrícula facultativa; disciplina dos

horários normais das escolas públicas de Educação Básica; assegura o respeito à

diversidade cultural e religiosa, sem quaisquer formas de proselitismo. Pela

primeira vez na historia a inclusão de temas religiosos na educação brasileira, em

que foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer

forma de prática catequética nas escolas públicas. Com a perda do caráter

confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos religiosos vigentes e

impôs aos responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso, a obrigação de

repensar a fundamentação teórica, sobre a qual se deverá apoiar os conteúdos a

Page 173: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

173

serem trabalhados e a metodologia utilizada. A partir de então surgirão várias

propostas pedagógicas, visando a melhor maneira de se planejar um Ensino

Religioso laico, previsto nas nessas leis.

O Ensino Religioso no Paraná. Para viabilizar a proposta do Ensino Religioso

no Paraná, a Associação Interconfessional de Curitiba (Assintec) formada por um

grupo ecumênico, se preocupou em elaborar material pedagógico e cursos de

formação continuada. Um desses foi Programa Nacional de Tele Educação (Prontel)

em 1972, propôs a instituição do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas

municipais A SEED e a Assintec aceitaram a Prontel, com parecer favorável do

Conselho Estadual da Educação Em 1973, a SEED designou a ASSINTEC como

intermediária entre a Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação; foi instituído o

Serviço de Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina. Em

1976, pela resolução nº 754/76, foram autorizados os cursos de atualização religiosa

em quatorze municípios com apoio da Associação Escolas Católicas( AEC) e

disponibilizado aos professores um conjunto de apostilas intituladas “Crescerem em

Cristo”. No ano de 1981, surgiu o projeto “Diga sim” como forma de ampliar a

formação e favorecer a preparação dos temas a serem trabalhados. Também houve

o I Simpósio de Educação Religiosa no CETEPAR, onde se levantou a necessidade

de contribuir com as discussões realizadas na Constituinte e garantir um novo

espaço para a Educação Religiosa na legislação brasileira. Em 1987, iniciou-se o

curso de especialização em Pedagogia Religiosa com carga horária de 360 horas,

numa parceria SEED, ASSINTEC e PUC/PR. As discussões iniciadas na Constituinte

foram intensificadas com a promulgação da Constituição de 1988, por meio da

organização de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso como

disciplina escolar. Em 1992, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso

seguindo os moldes do Currículo Básico, elaborado pela ASSINTEC com a

colaboração da SEED, dessa forma, mais uma vez se esvazia o papel do Estado em

relação ao Ensino Religioso, a responsabilidade das tradições religiosas

distanciando ainda mais das demais disciplinas do currículo, a Assintec que definia

orientações para a oferta do Ensino Religioso nas escolas, em conformidade com a

Resolução SEED n.6.856/93. Com a nova LDBEN 9.394/96, perde a validade essa

resolução.

Novas discussões para mudanças no artigo 33 da LDBEN 9.394/96, três

propostas foram apresentadas para mudança nesse artigo; A exclusão do texto” sem

Page 174: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

174

ônus para os cofres públicos” a segunda indicava-se que o Ensino Religioso fosse

parte da formação básica do cidadão, a terceira solicitava-se o caráter laico para o

Ensino Religioso.

Houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso no Paraná em

1995 à 2002, ficou restrita apenas onde havia professor efetivo da disciplina. Em

1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso.

Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a deliberação

03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do Sistema

Estadual de Ensino do Paraná, os professores foram envolvidos num processo de

formação continuada. Em 2004 a 2008 para elaboração das Diretrizes Curriculares.

Em 2006, o Conselho Estadual de Educação aprova Deliberação 01/06, que institui

novos encaminhamentos para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do

Paraná. Em que destacam entre outros avanços a partir dessa deliberação.

• O repensar do objeto de estudo da disciplina;

• O compromisso com a formação continuada dos docentes;

• A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das

tradicionais aulas de religião;

• A necessidade do dialogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras

do Sagrado na sociedade;

• O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das

diferentes manifestações culturais e religiosas.

Nessa perspectiva a SEED sustentou um longo processo de discussão que

resultou na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, em

fevereiro de 2006.

A disciplina de Ensino Religioso vem subsidiar o educando no entendimento

do fenômeno religioso presente no cotidiano e que se manifesta de diferentes

formas, as quais ele (o educando) experimenta, observa e relaciona com o seu

contexto. Na pluralidade cultural e religiosa do ambiente escolar, o Ensino Religioso,

por meio dos conteúdos desenvolvidos, desencadeará o diálogo como realidade que

se estabelece a partir da palavra de diferentes, que contribuirá para a formação de

identidades afirmativas, presentes e necessárias à vida cidadã, a reverência no

sentido mais amplo e profundo da consciência do direito que cada um tem a essa

diferença. Uma visão mais ampliada do conhecimento religioso tem como

pressuposto a relação do homem com o transcendente. Na busca de encontrar a

Page 175: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

175

coerência para sua concepção de mundo, o educando deverá adquirir instrumentos

universais que o auxiliarão sua superação das contradições das respostas isoladas;

no fortalecimento da sua experiência pessoal, que o levará à liberdade religiosa e

opção de fé, dentro de uma atmosfera de respeito e reverência às diferenças.

2. - CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

O Ensino Religioso na escola pública

•Organizações Religiosas

•Lugares Sagrados

•Textos Sagrados orais ou escritos

•Símbolos Religiosos

2.1 - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratados como conteúdos, destacando-se as principais

características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos

que expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado.

•Fundadores e/ou líderes religiosos

•Estruturas hierárquicas.

Exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais: budismo (Sidarta

Gautama), confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardek), Taoísmo (Lao

tsé), etc.

2.2 - LUGARES SAGRADOS

Caracterização de lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

Page 176: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

176

reverência, de culto, de identidade; principais práticas e expressões do sagrado

nestes locais

•Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

•Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

2.3 -TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

•Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações)

Exemplos: Vedas – no Hinduísmo; Escrituras Bahá´is – Fé Bahá´I; Tradições

orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias; Alcorão – Islamismo, etc.

2.4 - SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressão sentidos, comunicam e

exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a construção das diferentes

religiões do mundo. Nesse contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que

veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um

sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que

podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

•Dos ritos;

•Dos mitos;

•Do cotidiano.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os

mantras, os paramentos, os objetos, etc.

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa

3. - CONTEÚDOS

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTURTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

Page 177: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

177

CONTEÚDOS BÁSICOS

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

3.1 -TEMPORALIDADE SAGRADA

O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de

homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana,

experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento igual ao

outro, na vida religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente

diferentes.

O tempo profano está ligado, essencialmente, a existência humana. Inicia-se com o

nascimento do homem e tem o seu fim com a morte. O tempo divino está, por outro

lado, além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza

geralmente pela ideia de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a

possibilidade de parar a duração temporal profana e, por meio de ritos e

celebrações, entrar em contato com o Sagrado, é justamente no que fundamente a

perspectiva de vida após a morte que marca essencialmente as religiões.

Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de

Ensino Religioso o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os

calendários e seus tempos Sagrados ( nascimento de líder religioso, passagem do

ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos) Exemplos Natal

(cristão), Kumba Mela(hinduismo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.

3.2 - FESTAS RELIGIOSAS

São os diferentes eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

-Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: festa do dente sagrado (Budismo); ramada (Islamismo); kuanup

(Indígena); festa de Iemanjá (Afro-brasileira); pessach (judaísmo)

Page 178: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

178

3.3 - RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por

um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior; é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições? manifestações religiosas e também podem

remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

I.Ritos de passagem

II.Mortuários

III.Propiciatórios

IV.Outros

Exemplos: danças (Xirê) – Candomblé; Kiki (Kaingang – ritual fúnebre) ; via-sacra;

festejo indígena de colheita. Etc.

3.4 - VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

-O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

-Vida além-morte

-Reencarnação

-Ressurreição – ação de voltar à vida

-Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes

-Outras interpretações

4 - METODOLOGIA

Os conteúdos serão abordados numa nova proposta que tem como objeto de

estudo o Sagrado. Este servirá de base para os outros conteúdos. Será assegurada

a especificidade dos mesmos, sem desconsiderar a sua aproximação com as

demais áreas do conhecimento.

Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para

a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa;

Page 179: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

179

de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão

do Sagrado. Ou seja, a construção, a reflexão e a socialização do conhecimento

religioso deverão favorecer a formação integral do educando e o convívio com o

diferente.

A linguagem a ser utilizadas nas aulas será a pedagógica e não a religiosa, de

modo a respeitar o direito à liberdade de consciência e opção religiosa de educando,

pois serão destacados os aspectos científicos do universo cultural do Sagrado e da

diversidade sócio-cultural, ou seja, a base teórica que compõe o universo das

diferentes culturas nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.

De conformidade com as Leis 10639 e 11645 que orienta quanto a temática

indígena, que são instrumentos de orientação para combate à discriminação que

estabelece o ensino da história da África e da Cultura afrobrasileira nos sistemas de

ensino. As Leis propõe à educação como um direito que garante acesso a outros

direitos, reconhece a escola como lugar de formação de cidadãos, como ambiente

acolhedor dessas diferenças, em que implica, um lugar onde todos se sintam

valorizados e reconhecidos como sujeitos de direitos em sua singularidade e

identidade.

No Ensino Religioso, é necessário o adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos adequando-os aos objetivos, com encaminhamentos que coloquem o

aluno sujeito de seu aprendizado, com participação ativa e constante em atividades

de leituras, pesquisas, montagem de painéis, visitas, debates, reflexão sobre (textos,

poemas, músicas, filmes, acontecimentos atuais) e apresentação de plenárias.

5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como

não terá registro de nota ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica

pelo seu caráter facultativo.

Caberá ao professor implementar práticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,

tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Buscar-se-á com o processo avaliativo identificar em que medida os conteúdos

passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos

Page 180: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

180

alunos: relação respeitosa com os colegas que têm opções religiosas diferentes da

sua; reconhecimento do fenômeno religioso como um dado da cultura e da

identidade de cada grupo social emprego de conceitos adequados para referir-se às

diferentes manifestações do Sagrado, de retomar os conteúdos e perceber que a

apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhe possibilitará conhecer e

compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.

A avaliação pode revelar-se através da transformação social, se a prática

pedagógica está pautada no, respeito à diversidade cultural e religiosa por meio de

mudanças de comportamento, observado pelo professor em diferentes situações de

ensino e aprendizagem apresentados algumas sugestões de acordo com as

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso do Paraná: No

processo formal de registro do processo avaliativo, o professor adotará instrumentos

que permitam à escola, ao aluno, aos pais ou responsáveis, identificarem os

processos obtidos na disciplina. Assim o aluno terá a oportunidade

6. - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:

Martins Fontes, 1992.

BRASIL, Lei 10639, de 9 de janeiro de 2003.

BRASIL, Lei 11645, de 10 de março de 2008.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de

dezembro de 1996.

JUNQUIERA, Sérgio Rogério Azevedo. (orgs.) Conhecimento local e

conhecimento universal: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba,

Champagnat, 2004.

OTTO, R. O Sagrado. Lisboa. Edições 70, 1992.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino

Religioso. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual 14 de Dezembro, 2010.

Page 181: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

181

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

1.INTRODUÇÃO

Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser

ministrada na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das

ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um

lado, a dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento

racional e sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu

ensino está no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que

trazem luz para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor

para o ensino da filosofia.

A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no

contexto escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas,

morais e sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de

uma inserção social mais crítica.

Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são

tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma

ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro

lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não

exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.

O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As

mais tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos

estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister

preservar suas características específicas, ex: diálogo, problematização,

argumentação, sistematização, imparcialidade, busca constante.

A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao

período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares

Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento

PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a

perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía

importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários

Page 182: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

182

os encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a

obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97,

aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C.

Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em

defesa da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB,

atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada

a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva

consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do

pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua

relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais,

fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”.

Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a

obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho

Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o

seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos

cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de

Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio.

O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia

busca compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um

sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e

norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do

existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um

instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se

diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de

ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia

somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente

transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de

métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole

crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).

É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que

propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição

filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta

Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a

disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o

Page 183: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

183

Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os matérias disponíveis na

biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço escolar.

2. JUSTIFICATIVA

��)�����-���<���������������0�<��������������������������$���-�����-����3��<�������=�������������������������0��������������'���0�-���������������$�/���<0������������0������>�������&����(�������������������������������<���������������7����$������0����������&���������(���(���'=��$�4������������7����0�����&����0������<�����0����������?��������������%�3�?��������������?�������������@���������������&�������������0����������0������6����0���<����$�;�.A��(����)�����-���������������������&6��������������2B����(��(�����������������������������0������������0���������$�*����<0�(�����������>��������6����0�����6-���0��<�����0�<����0����C����0������������6�����$��� ;�������0���������������D�����������������)�����-������/������ <����<�����7A����������������������(�������'���������-���23����������$�+�'����������%����������0�-������'����(���B��(���3��-�����������������������0��������<����$�� A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e

deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a

radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao

instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão

filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar

em sua realidade.

A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,

propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento

produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores

culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da

cidadania.

3. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA

Page 184: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

184

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da

DCE de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a

partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos

específicos serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD.

1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante

-1. Mito e Filosofia Conteúdo Básico

V.Saber mítico; VI.Saber filosófico; VII.Relação Mito e Filosofia; VIII.Atualidade do mito; IX.O que é Filosofia?

Conteúdo Estruturante

a)2. Teoria do Conhecimento Conteúdo Básico

• Possibilidade do conhecimento; • As formas de conhecimento; • O problema da verdade; • A questão do método; • Conhecimento e lógica.

2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante

a)3. Ética Conteúdo Básico

•Ética e moral; •Pluralidade ética; •Ética e violência; •Razão, desejo e vontade; •Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;

Page 185: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

185

Conteúdo Estruturante a)4. Filosofia Política

Conteúdo Básico

-Relações entre comunidade e poder; -Liberdade e igualdade Política; -Política e Ideologia; -Esfera pública e privada; -Cidadania formal e/ou Participativa;

3º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante

-5. Filosofia da Ciência Conteúdo Básico

-Concepções de ciência; -A questão do método Científico; -Contribuições e limites da Ciência; -Ciência e ideologia; -Ciência e ética;

Conteúdo Estruturante

-6. Estética Conteúdo Básico

-Natureza da arte; -Filosofia e arte; -Categorias estéticas – feio, Belo, sublime, trágico, Cômico, grotesco, gosto, Etc. -Estética e sociedade;

-4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho

escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino

significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível

viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando

criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os

conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para

que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na

Page 186: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

186

história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar

subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar

conceitos e desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar

filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

-Mobilização para o conhecimento:

É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto.

Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao

que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da

mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É

interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema;

uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma

aprendizagem.

-Problematização

Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou

problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa

necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os alunos

a proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão nortear

os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para

homem explicar a realidade?)

-Investigação

Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a

avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o

aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos

alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um

ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua

prática docente.

-Criação de conceitos

Page 187: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

187

Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”,

aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas

ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o

momento, etc. e até mesmo na avaliação.

Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a

pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social

inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social

final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).

Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,

conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em

sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.

Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de

integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.

Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato

com os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em

duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a

compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte

pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de

pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio

da escola aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos;

poderão ser utilizados documentários, filmes e músicas.

Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino

da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o

professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o

diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.

5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da

existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de

captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada

de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a

avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de

Page 188: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

188

ensino-aprendizagem.

A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em

filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para

o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do

aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a

coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser

adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:

•Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe

para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos

trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;

•Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema

de estudo;

•Avaliação bimestral individual de carater reflexivo;

Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos pelo

estabelecimento de ensino.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.

�ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

�BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

�CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.

�CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

�COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São

Page 189: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

189

Paulo:Saraiva, 2005.

�PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.

�FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999. REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V, VI, VII). SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.

PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005. SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí. TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau. Nova Letra, 2007.

Page 190: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

190

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR���FÍSICA

1 - DESCRIÇÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA

O estudo da Física no Ensino Médio propõe levar ao aluno o conhecimento da

natureza como a compreensão dos fenômenos naturais e do próprio Universo, tendo

como referência modelos matemáticos, propiciando ao aluno as condições para que

contemplem as teorias físicas.

Na luta pela sobrevivência, o homem foi aprendendo a conhecer a natureza,

descobrindo seus segredos.

Desde a pré-história quando o homem usava força para realizar suas funções,

ele estava usando conhecimentos da Física.

Mais tarde, os primeiros povos civilizados sentiram a necessidade de criar

alguns instrumentos que proporcionaram maior conforto à população como:

bombear água para plantações, levantar blocos de pedra, a construir monumentos,

entre outros.

Com o surgimento da Filosofia, os gregos tentaram explicar o mundo

unicamente através da razão. Valorizavam muito as idéias e pouquíssimo a

experimentação.

Na Idade Média poucos foram os avanços no campo cientifico devido o

domínio da religião e o uso restrito da escrita e de livros.

No século XVI, Galileu Galilei, mostrou com sua prática, que o cientista

precisa criar situações favoráveis de observação e a necessidade de testar todas as

teorias.

No século XVII, Isaac Newton, realizou a primeira grande síntese da história

da Física através da formulação de leis gerais.

A partir desses fundamentos, ocorreram importantes inovações cientificas e

técnicas.

Nos séculos XVIII e XIX, houve uma explosão de idéias e inovações em todos

os campos.

Em 1905, Albert Einstein, revolucionou o campo cientifico lançando a “Teoria

da Relatividade”.

Page 191: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

191

Várias teorias tiveram que ser revistas.

A partir da descoberta os avanços foram enormes: energia nuclear, bomba

atômica, estudo do movimento de partículas, viagens espaciais.

Portanto é importante compreendermos que essa evolução não é resultado da

ação individual de alguns homens e, sim, uma obra coletiva.

2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Compreender as leis e teorias cientificas que levam ao conhecimento da Física

como ciência e aplicá-la na solução de problemas;

•Propiciar ao aluno o conhecimento do Universo, assim como a compreensão do

mundo onde vive, convive e se relaciona.

•Desenvolver o raciocínio, através da observação dos fenômenos naturais e

como manipulá-los através de experimentos;

•Introduzir metodologias práticas dos conteúdos para que todos os alunos

compreendam melhor a disciplina;

•Formar um cidadão capaz de compreender e conviver com as diversidades

culturais existentes na sociedade onde interage.

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA DE FÍSICA

Os conteúdos estruturantes são: Estudo dos Movimentos, Termodinâmica e

Eletromagnetismo.

Estudo dos Movimentos – 1º Ano

Entidades Fundamentais:

Espaço, Tempo e Massa.

Conteúdos Específicos:

Quantidade de movimento e inércia, conservação da Quantidade de

Movimento;

Tipos de movimento;

Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton;

Tipos de Forças: Forças no movimento circular, Força de Atrito, Medida de

Page 192: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

192

uma Força;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;

Colisões de corpos;

Potência;

Surgimento do universo e Gravitação universal;

Estática;

Hidrostática: Fluidos, Propriedades físicas da matéria, Viscosidade dos

fluidos, Pressão, Teorema de Pascal, Empuxo;

Conteúdos Complementares:

Educação fiscal; Educação inclusiva; Educação tecnológica; Agenda 21;

Cultura afro e indígena.

Termodinâmica – 2º Ano

Entidades Fundamentais:

Calor e Entropia.

Conteúdos Específicos:

Temperatura e calor;

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico,

propriedades termométricas, medidas de temperatura.

1ª Lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas

termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;

2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, Entropia;

3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento

da matéria nas proximidades do zero absoluto;

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e

da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica;

Estudo da Óptica Física e Geométrica;

Propriedades da luz como uma onda e como uma partícula;

Ondas;

Acústica;

Conteúdos Complementares:

Educação fiscal; Educação inclusiva; educação tecnológica; Agenda 21;

Cultura afro e indígena.

Page 193: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

193

Eletromagnetismo – 3º Ano

Entidades Fundamentais:

Carga, Campos e Pólos Magnéticos.

Conteúdos Específicos:

Conceitos de Carga e Pólos magnéticos;

As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gauss, Lei de Faraday, Lei de

Ampère e Lei de Lenz;

Campo elétrico e magnético, linhas de campo;

Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz;

Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num

circuito;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria;

Física moderna;

Astronomia;

Radioatividade;

Física nuclear;

Teoria da relatividade;

Conteúdos Complementares:

Educação fiscal; Educação inclusiva; educação tecnológica; Agenda 21;

Cultura afro e indígena.

4 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O processo de ensino-aprendizagem deve sempre partir do conhecimento

prévio que o aluno já possui sobre o conteúdo, valorizando sua história, respeitando

suas raízes, sua raça e suas diferenças, sejam essas física, religiosa, cultural etc.

Dessa forma é importante fazer com que o aluno exponha os seus conhecimentos,

através de debates e atividades individuais e em grupo onde ele possa compartilhar

com o professor e com os demais colegas aquilo que sabe sobre o tema a ser

trabalhado.

Partindo da experiência do aluno, o professor passa a atuar como um

mediador e facilitador do conhecimento científico, sistematizando e organizando o

saber. Por meio desse confronto de saberes o aluno modifica e enriquece o

conhecimento já existente.

Page 194: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

194

5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser utilizada como um instrumento para intervir no processo

de aprendizagem dos estudantes.

A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante no processo de

apropriação dos conceitos e a evolução das idéias em Física, levando em

consideração aspectos como a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de

análise e interpretação de texto.

Dessa forma, o processo avaliativo será realizado através da participação dos

alunos nas atividades propostas em sala, apresentação de pesquisas abordando os

temas trabalhados, elaboração de relatórios sobre um experimento em laboratório;

Respeitando sempre as limitações e as diferenças físicas e culturais entre os

alunos.

6 - BIBLIOGRAFIA.

Bem-Dov, Joav. Convite á Física. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1996.

Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa. Volume único. São Paulo, F.T.D., 2002.

Bueno, Paulo. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2005.

Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio – SEED / Julho 2010.

Feynman, Richard P. Física em seis lições. 8ª edição. Rio de Janeiro, Ediouro,

2004.

Júnior, Dorival Ronqui. Palavra em Ação – Física. Volume único. Uberlândia,

Claranto, 2003

Máximo, Antonio; Alvarenga, Beatriz. Física. Volume único. São Paulo, Scipione,

2005.

Menezes, Luis Carlos de. A matéria. São Paulo, Ed. Livraria da Física, 2005.

Paraná. Física. Volume único. São Paulo. Ática, 2003.

Projeto Político Pedagógico, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010.

Rocha, José Fernando M. Origens e evolução das idéias da física. Salvador,

Edufba, 2002.

Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A.. Física Moderna. Rio de Janeiro, LTC, 2006.

Page 195: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

195

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As estratégias de sobrevivência e formas de organização instituem-se

estabelecendo relações com a natureza e o espaço geográfico desde os primórdios

da humanidade. Isso acontece através da observação de todas as dinâmicas,

avanços, informações e conhecimentos que possibilitam a ampliação dos saberes

geográficos entre sociedade/natureza, permitindo a extensão de características

físicas e humanas que são fundamentais às organizações políticas e econômicas

sociais.

Foi nesse contexto que desenvolveram conhecimentos básicos necessários

para elaborarem os primeiros mapas, visto a grande necessidade, a partir do século

XII, dos navegadores que precisavam representar o espaço com detalhes para

registrar as rotas marítimas.

A partir do século XVI as expedições descreveram e representaram

detalhadamente o espaço físico e também as relações homem/natureza em

sociedades distintas e conhecidas.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam

ampliar questões referentes ao espaço e a sociedade. Sobre algum aspecto os

temas geográficos estavam dispersos e legitimados como questões relevantes

cabendo indagações científicas.

No século XIX as sociedades geográficas através de expedições procuraram

conhecer as condições naturais que acabou servindo aos interesses das classes

dominantes. subsidiando o surgimento das escolas nacionais do pensamento

geográfico, considerada científica.

A produção das escolas marca a Dicotomia sociedade/natureza e o

determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista, influenciando a

denominação “Quanto mais culto um povo, maior domínio sobre a natureza”, o que

proporcionaria melhores condições de vida, e conseqüentemente aumento da

população e necessidade de mais espaço para continuar seu processo evolutivo.

Esse argumento justifica a necessidade de novas conquistas territoriais.

Page 196: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

196

Enquanto na Europa (Alemanha e França) a Ciência Geográfica já se

encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século XIX, no

Brasil, isso aconteceu mais tarde, sendo inserida no currículo escolar brasileiro.

A consolidação e institucionalização da geografia no Brasil, ocorreu a partir da

década de 1930. Objetivando servir os interesses políticos do estado, perpetuando-

se a abordagem do conhecimento geográfico na escola a caráter

decorativo/enciclopedista, conhecida como geografia tradicional.

As transformações históricas, mudanças políticas, econômicas sociais e

culturais na ordem mundial interferiram no pensamento geográfico, ocasionando

reformulações no campo teórico e temático. No Brasil essa mudanças aconteceram

nos anos 60, levando modificações na organização curricular da escola e no ensino

da geografia, como também a valorização da formação profissional fazendo parte do

processo de reforma da educação brasileira. Já nos anos 80 ocorreu o

desmembramento em disciplinas autônomas. Acontecendo então a renovação dos

estudos geográficos. Com a geografia crítica permitindo novas interpretações aos

conceitos e objetos de estudo na área geográfica, proporcionando a análise de

questões econômicas sociais e políticas, fundamentais para a compreensão do

espaço geográfico, ganhando força no contexto histórico com o resgate sobre a

geografia cultural e socioambiental. Interferindo assim nos espaços da globalização.

Com a ênfase do determinismo tecnológico produzindo significativas

mudanças nos sistemas sócio históricos, econômico e culturais e a sustentabilidade

colocando a problemática ambiental em posição de destaque, a geografia reafirma

sua posição na leitura das mudanças no panorama mundial, não se limitando às

fronteiras políticas geográficas, expondo com maior relevância as problemáticas

mundiais nas relações sociais, econômicas e humanas existentes.

2 - CONTEÚDOS POR SÉRIE

�5ª SÉRIE/6º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

Page 197: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

197

espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico

emprego de tecnologias e exploração e produção.

• A formação, localização e exploração e

utilização dos recursos naturais.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e (re)organização do espaço geográfico.

• As relações entre campo e a cidade na

sociedade capitalista.

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

• A mobilidade populacional e as manifestações

sócioespaciais da diversidade cultural.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª SÉRIE/7ºANO

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

-As diversas regionalizações do espaço brasileiro. -As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural. -A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

-Movimentos migratórios e suas motivações. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A formação, o crescimento de cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e informações.

7ª SÉRIE/8ºANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a

Page 198: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

198

Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

reconfiguração dos territórios do continente americano.

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-O comércio em suas implicações socioespaciais. -A circulação da mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações. -A distribuição espacial das atividades produtivas,

a (re) organização do espaço geográfico. -As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

-Os movimentos migratórios e suas motivações. -As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural. -Formação, localização, exploração e utilização

dos recursos naturais.

8ª SÉRIE/9ºANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico

•As diversas regionalizações do espaço geográfico.

•A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

•A revolução tecno-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

•O comércio mundial e as implicações sócioespaciais.

•A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

•A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

•As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

•Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

•A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.

•A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

•O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

Page 199: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

199

1º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização de recursos naturais.

2º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, e o capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

3º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações.

Page 200: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

200

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para que o ensino da Geografia alcance as metas definidas por meio da

flexibilização dos conteúdos propostos, estaremos promovendo pesquisas (de

campo e bibliográfica) com a utilização de recursos áudio visuais (filmes, trechos de

filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,

ilustrações), TV Multimídia, laboratório de informática, literatura e viagens sempre

que possível, levando o aluno a analisar e compreender o espaço geográfico e as

transformações históricas, mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais que

interferem no pensamento geográfico, ofertando suporte e embasamento suficiente

para poder estar debatendo e realizando paralelos com o conhecimento histórico e a

realidade atual, utilizando-se da linguagem gráfica e cartográfica e construção de

maquetes socializando seu conhecimento por meio de exercícios práticos na sala de

aula, bem como a divulgação dessas práticas por meio de exposições para toda a

comunidade. Demonstrando assim um pensar e atuar crítico de acordo com seu

ritmo, diversidade e potencialidade.

Os conteúdos serão tratados de modo a valorizar os saberes, a cultura, os

anseios pertinentes á realidade do aluno, mas de forma contextualizada com os

saberes sistematizados historicamente acumulados..

Para a compreensão de espaço enquanto um processo histórico, desigual e

contraditório, faz-se necessário entender a realidade contemporânea, vista como

um complexo de relações que surgem em determinado lugar e em determinado

momento, fator que é possível de ser interpretado através da observação geográfica.

A Geografia do Paraná deverá retomar com o aluno, de forma contextualizada e

gradual, as noções básicas da Geografia, como lugar, paisagem, espaço geográfico

e território. Orientar o aluno a reconhecer o Estado do Paraná dentro do espaço

brasileiro, assim como os fenômenos naturais e sociais que, ao longo do espaço e

do tempo, contribuíram para a construção das paisagens paranaenses.

Page 201: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

201

Serão contemplados estudos de valorização da diversidade cultural,

principalmente da Cultura Afro-Brasileira e indígena, quando trabalhados os temas

como relações sociais, divisão social do trabalho, classes sociais e sempre que for

pertinente, uma vez que está materializado no espaço geográfico o preconceito que

se tem em relação a essas culturas bem como de outras minorias étnicas, sempre

combatendo qualquer espécie de discriminação, seja por motivo religioso, sexual,

política, físico , entre outros que possam levar ao preconceito. Esses temas estão

amparados legalmente pela Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que altera a Lei no

9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei . 10.639, de 9 de janeiro de

2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no

currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura

afro-brasileira e indígena, bem como a Geografia do Paraná, que deve ser

contemplada da mesma forma e com a mesma ênfase dos demais conteúdos pelo

fato de ser a realidade do aluno, seus valores culturais, alicerce que o faz sujeito

construtor da história e modificador do espaço.

A presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações

dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus

semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.

Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na

implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de

atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em

processos de participação que levem à autoconfiança, à atitudes positivas e ao

comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo

interdisciplinar. Essa temática está amparada legalmente pela Lei n.º 9.795/99, que

instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental em todas as escolas.

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação constitui-se matéria imprescindível para a implantação e

implementação do trabalho pedagógico, seus princípios e funções orientam e

definem as ações que promoverão as aprendizagens. O desenvolvimento de

conhecimentos ampara-se nas funções diagnóstica, formativa, e somativa, tais

categorias funcionais da avaliação apresentam distintas funções, contudo devem

estar diretamente relacionadas e estreitamente ligadas em sua complementaridade.

Page 202: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

202

A avaliação será permanente e contínua sendo considerada uma etapa do processo

de ensino–aprendizagem, iniciando-se como uma investigação do conhecimento

prévio de cada aluno, suas experiências vividas, para que o professor possa

estabelecer a diferentes intervenções em suas diferentes propostas de trabalho e

planejamento, e aprendizagem, inserida no contexto da socialização do

conhecimento e da inclusão social. Sendo a mesma diagnostica, continua e critica,

instrumento de reflexão da pratica do professor em sala de aula, para a flexibilização

e retomadas de conteúdos, quando se fizer necessário diante das diversidades e

possibilidades do seu educando, neste contato poderão ser utilizados os seguintes

instrumentos de avaliação:

1 - Questões Objetivas: Terá como principal meta a fixação do conteúdo. A

questão objetiva apresentará um enunciado claro e esclarecedor, usando um

vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi

solicitado.

Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar

um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão

direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças

Critérios

O aluno:

•Realiza leitura compreensiva do enunciado;

•Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;

•Utiliza de conhecimentos adquiridos.

2 - Questões Discursivas: possibilitará verificar a qualidade da interação do

aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva

favorecerá ao professor que avalie o processo de investigação e reflexão realizado

pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor

identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a

importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

Critérios

O aluno:

Compreende o enunciado da questão.

•Planeja a solução, de forma adequada.

Page 203: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

203

•Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da

língua portuguesa.

•Sistematiza o conhecimento de forma adequada.

3 - Trabalhos de Pesquisas Bibliográfico: a solicitação de uma pesquisa

exigirá enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.

Critérios:

O aluno, quanto:

-A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza.

-Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução.

-A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;

O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou

paráfrases, referenciando-os adequadamente.

4 -Trabalho de Pesquisa de Campo: Essa atividade exigirá um planejamento

prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar.

Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos

como agentes sociais.

Critérios

O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

•Registra as informações, no local de pesquisa;

-Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;

-Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua

capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

-Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração

de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros)

5 – Elaboração e interpretação de mapas, tabelas, fotos, imagens e gráficos:

Para essa atividade o professor deverá certificar se os alunos possuem

conhecimento dos temas apresentados. Para um melhor rendimento e

aproveitamento, a atividade deve ser orientada até seu término, até que os alunos

adquiram total autonomia para realizála.

Critérios

O aluno ao realizar o trabalho:

b)Define os continentes e oceanos, reconhecendo-os e denominando-os.

c)Identifica as diferentes informações cartográficas.

Page 204: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

204

d)Localiza, nomeia e identifica paralelos e meridianos, pontos cardeais,

escalas e temáticas dos mapas.

e)Realiza leitura e interpretação de gráficos e tabelas.

f)Interpreta e analisa fotos e imagens.

6 - Construção de maquetes: Para essa atividade o professor deve ter claro o

conhecimento prévio dos alunos. Deverá esclarecer que para construir uma

maquete terá que obedecer as relações de proporcionalidade entre os elementos

representados e a espacialização adequada.

Critérios

O aluno ao desenvolver o trabalho:

b)Promove a socialização, a autonomia, a livre expressão, a criatividade e a

oralidade.

c)Os alunos observem a proporcionalidade e a espacialização dos elementos.

d)Atribuam comentários que avaliem as propostas de construção e como elas

foram postas na maquete.

7 - Atividades com textos literários: possibilita discussões acerca do conteúdo

que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por

três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da

atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios

de avaliação.

Critérios

O aluno:

-Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto.

-Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto

literário lido.

-Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

8 - Palestra/Apresentação Oral: a atividade de palestra/apresentação oral

possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,

bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

Critérios

O aluno:

•Demonstra conhecimento do conteúdo;

•Apresenta argumentos selecionados;

•Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;

Page 205: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

205

•Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

9 – Seminário: oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos.

Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando,

de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em

contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios

O aluno:

X.Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas

réplicas.

XI.Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva

dos textos utilizados).

XII.Faz adequação da linguagem.

XIII.Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa.

XIV.Traz relatos para enriquecer a apresentação.

XV.Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do

grupo que assiste a apresentação.

10 - Produção de Texto: a atividade de produção escrita deve considerar a

característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.

Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos

diferentes gêneros textuais.

Critérios

O aluno:

b)produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,

interlocutor, finalidade, etc.)

-Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe

diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da

disciplina em termos de léxico, de estrutura.

-Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão).

-Elabora argumentos consistentes.

-Estabelece relações entre as partes do texto.

-Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

É importante no processo avaliativo que consideremos o aluno em sua

singularidade, respeitando seu tempo e seu espaço para a construção do

Page 206: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

206

conhecimento, desta forma os alunos inclusos com necessidades especiais devem

ter um atendimento apropriado a cada situação para que possam se apropriar do

conhecimento.

Uma educação inclusiva e que respeite as diferenças, só é possível com

currículos abertos e flexíveis, comprometidos com o atendimento a todos os alunos,

especiais ou não, de forma individualizada. Na inclusão os alunos serão avaliados

de forma contínua, utilizando-se avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista

o desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e

sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educando.

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOREIRA, João Carlos. SENE, Eustáquio de. Geografia 1ª ed. São

Paulo: 2007

ALMEIDA, Lucia Marina Alves de. RIGOLIN, Tercio Barbosa. Geografia Geral e do

Brasil. 1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.

http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.

pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Construindo o Espaço. São Paulo: Ática, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação básica.Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Geografia. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro

Didático Público. Geografia. 2ª. ed. Curitiba: SEED – PR, 2006.

Projeto Político Pedagógico, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010. SANTOS,M.Técnica, Espaço e Tempo 2ed.São Paulo: 1996.

VESENTINI, José William. Geografia Geral e Geografia do Brasil, 1ª ed. São

Paulo: 2007.

Page 207: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

207

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR������� !�" 1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história nos ensina que ao longo dos tempos para que houvesse

sobrevivência de todos os seres existente no universo eles evoluíram. Neste

contexto, a história pode ser considerada uma ciência que estuda as relações dos

homens e suas evoluções, consistindo nessas mudanças muitas vezes consideradas

radicais em termos de sobrevivência. As investigações corroboram no intuito de que

a história se torne importante no sentido de mudar também as outras ciências

existentes em termos educacionais, sociológicos, como também de raciocínio lógico.

Um fator importante no que diz respeito à cognição e que se faz importante na

escola, é a compreensão melhor da realidade vivenciada, partindo dos aspectos

históricos, elaborando dessa forma, os conhecimentos a respeito da sociedade, das

religiões, da cultura e da política.

Neste sentido, a história não é no limite, dissociada do momento histórico

atual, pois, entende-se que ela serve de base para o aprendizado nos aspectos

econômicos e político da nação.

O objetivo da história é fazer um estudo das relações entre os homens, bem

como suas realizações ao longo do tempo. Para tanto, devemos considerá-la em

todos os âmbitos, sejam eles culturais, políticos, econômicos e sociais.

A disciplina de História contribui significativamente para a construção da

subjetividade, sendo assim, acredita-se que ela promova a auto-estima dos alunos,

independentemente da classe social a que pertença ou vários tipos de identidades

sociais, (identidades étnicas, identidades político-territoriais, como imigrantes de

nações já constituídas, de gênero, religiosas, etc.) por considerar e valorizar essas

origens, sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura

conservadora que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas,

desconsiderando o seu diálogo com o presente e o futuro.

A partir da consciência adquirida mediante o conhecimento histórico, decorre

a participação do indivíduo na sua realidade concreta, como agente de

transformação. Portanto, para que o passado da humanidade seja realmente

entendido como História, o seu estudo e a sua interpretação não devem ser feitos

em segmentos, mas na sua totalidade, em suas múltiplas dimensões. Para que os

alunos tenham uma postura crítica com relação aos conteúdos trabalhados e

Page 208: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

208

possam construir seu próprio ponto de vista. Acreditamos que reserva ao professor a

articulação das experiências sociais vividas pelos educandos e as propostas dos

aspectos cognitivos a fim de que o saber sistematizado seja revelado em cada uma

das experiências, mediando assim, a construção do processo de ensino-

aprendizagem. Pretende-se que o aluno compreenda o contexto das diferentes

sociedades por meio do tempo e espaço e, principalmente, da sua realidade local.

O processo histórico deve ser abordado como resultado de fatores

econômicos, sociais, políticos e culturais estabelecidos entre os homens, em

diferentes épocas históricas focado em articulações com o presente.

Respeitar as diversidades culturais entendendo-as como resultantes de um

processo histórico.

A história da cultura afro-brasileira deve ter por objetivo principal os dizeres do

parágrafo 1 do artigo 26 – A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: “...

estudo da história da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura

negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a

contribuição o povo negro nas áreas social; econômica e política pertinentes a

história do Brasil.”

2 - ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS 5ª Série

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Trabalho; Relações de Poder; Relações Culturais.

A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum.

6ª Série

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Page 209: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

209

Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais

As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo, do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.

7ª Série

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.

História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª Série

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.

A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.

Page 210: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

210

Ensino Médio

3 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo as diretrizes curriculares da SEED os conteúdos estruturantes do

ensino de História devem ser abordados a partir de temas. Para tanto a metodologia

utilizada para definir a temática envolve, necessariamente, três dimensões: - o

primeiro passo é definir o acontecimento que se quer representar a partir da

historiografia; - o segundo momento envolve a delimitação temporal e espacial, bem

como uma separação entre seu início e fim; - por fim professores e alunos definem

como será feita a observação e/ou estudo do conteúdo tematizado, levando em

conta os documentos disponíveis para esta análise.

Após a seleção do tema, dentre as várias possibilidades de se construir uma

narrativa histórica, há três formas que devem ser privilegiadas, sendo elas: a

narração, que consiste na ordenação dos fatos históricos que se sucederam num

determinado “período”; a descrição, usada para representar as permanências que

ocorrem entre diferentes contextos históricos; e a argumentação, explicação e

problematização, esta etapa responde aos questionamentos formulados a partir da

elaboração do tema, além de levar o aluno a produzir o “seu conhecimento” sobre o

tema abordado, sendo capaz de refutar conceitos pré-estabelecidos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.

Tema 1 Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o trabalho Livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O Estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e religiosidade

Page 211: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

211

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,

gravuras, músicas, religiosidade, alimentação, medicina, artesanato, costumes,

museus e filmes, são documentos históricos, que, em sala de aula proporcionam a

produção de conhecimento histórico, ajudam a responder os questionamentos feitos

a partir da problematização do tema. Permitindo, também, a criação de novos

conceitos sobre o passado e o questionamento dos conceitos já existente.

Tais temas, documentos, problematizações, são os pontos de partida para a

elaboração de biografias, textos históricos, danças folclóricas, exposição de objetos

que estejam ao alcance do aluno, dramatizações, cartazes, pesquisas e outras

produções que possam concretizar o conhecimento aprendido e produzido pelo

aluno.

Essas práticas serão utilizadas no trabalho pedagógico, fazendo esse

reconhecimento da importância da cultura afro, indígena e paranaense. Quando

houver a possibilidade e a oportunidade em momentos e eventos especiais e

comemorativos, também essas culturas serão ressaltadas.

A constituição federal de 1988, explícita pela primeira vez, que o atendimento

educacional especializada aos alunos com necessidades especiais deverá ocorrer,

preferencialmente, na rede regular de ensino. A partir de então, abriu-se um

precedente para o educador, a escola e a comunidade viesse adaptar-se a esta nova

realidade. E mais, passou-se a perceber que as tais “necessidades especiais” vão

além das deficiências físicas, abrangendo o lado emocional afetivo, bem como

aqueles que possuem desenvolvimento intelectual acima da média.

Cabe a todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, ou seja, a

comunidade escolar abre caminhos para que estes alunos sejam atendidos sem que

haja nenhum tipo de discriminação. O educador, evidentemente, é aquele que está

mais próximo desta situação, pois, convive com o aluno, e cabe a este profissional

mais não isoladamente, fazer com que o conhecimento sistematizado pela educação

escolar seja oportunizado aos alunos de forma idêntica, mesmo que estes

apresentem diferenças culturais, sociais e pessoais, efetivando dessa forma, a

igualdade de oportunidades no âmbito escolar.

Os conteúdos complementares serão trabalhados por meio da

multidisciplinaridade e estarão permeando todos os conteúdos da disciplina de

História. Serão contemplados estudos de valorização da diversidade cultural,

principalmente da Cultura afro-brasileira, quando trabalhados os temas como

Page 212: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

212

relações sociais, divisão social do trabalho, classes sociais e sempre que for

pertinente, uma vez que está materializado no espaço geográfico o preconceito que

se tem em relação a essas culturas bem como de outras minorias étnicas, sempre

combatendo qualquer espécie de discriminação, seja por motivo religioso, sexual,

político, físico, etc. Esses temas estão amparados legalmente pela Lei nº 11.645, de

10 de março de 2008, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

modificada pela lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura afro-brasileira e Indígena”.

A metodologia utilizará todos os recursos supracitados e que estão

disponíveis com relação a esses conteúdos, sabendo que os mesmos estão

integrados no cotidiano dos educandos, bem como dos professores e toda a

comunidade escolar. Essa prática favorecerá o entendimento de que tais culturas

estão arraigadas e integradas no cotidiano cultural de todos os brasileiros.

Além disso, a proposta metodológica das histórias locais e do Brasil para a

Geral, possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n. 13.381/01,

na qual a torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública

Estadual.

A presença em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações

dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus

semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.

Dentro desse contexto, sobressaem as escolas, como espaço privilegiados na

implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de

atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em

processos de participação que levem à auto-confiança, às atitudes positivas e ao

comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo

interdisciplinar. Essa temática está amparada legalmente pela Lei nº 9.795/99, que

instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental em todas as escolas.

4 - AVALIAÇÃO

Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,

continuada e diagnóstica, em que o professor encontre respostas ao processo de

Page 213: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

213

produção de conhecimento por parte do aluno. Essas respostas deverão acontecer a

partir do acompanhamento do processo, percebendo o desenvolvimento de cada

educando durante a apropriação/construção do conhecimento histórico.

Ao avaliar é necessário considerar três aspectos importantes: a apropriação

de conceitos históricos; o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos

específicos, sendo que este três aspectos são entendidos como complementares e

indissociáveis.

Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com

as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios

estabelecidos.

Podem ser utilizadas diferentes atividades avaliativas, destacando alguns

instrumentos e seus critérios, como:

Leitura: reflexão, discussão e compreensão do texto;

Interpretação e análise de textos históricos: perceber as mudanças e

permanências no processo histórico;

Produção de narrativas históricas: diálogos e discursiva;

Palestras: conhecimento do conteúdo de forma lógica e clara, capacidade

argumentativa e a realização de um texto;

Projeto de pesquisa de campo: colaborar para a construção de conhecimentos

dos alunos, avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de

um debate ou produção de um texto;

Projeto de pesquisa bibliográfica: oportunizar a contextualização com clareza,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução dos problemas

propostos;

Trabalho em grupo: desenvolver dinâmicas, na tentativa de proporcionar, aos

alunos, compartilhando seus conhecimentos;

Questões discursivas: verificar a qualidade da interação do aluno com o

conteúdo abordado em sala de aula;

Questões objetivas: fixar o conteúdo apresentado.

As atividades supracitadas têm como objetivo ajudar o professor a identificar

a intensidade do aprendizado de seus alunos e se houver lacunas a serem

preenchidas, ou seja, se houver necessidade de retomar conteúdos já trabalhados

em sala de aula.

O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e

Page 214: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

214

pessoais (físicas, psicológicas e cognitivas) dos alunos, lembrando que cada

indivíduo possui formas diferentes de aprender e essas diferenças devem ser

valorizadas e refletidas pelos educadores a fim de que o aluno possa desenvolver

sua autoestima e consequentemente o seu aprendizado.

5 - REFERÊNCIAS

•AFRICAXÉ. Curitiba. Instituto Cultural de Pesquisa Ilu Auje Odara. 2005.

•ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR.

•DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS

•LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO

•LIMA, Ivan Costa. ROMÃO, Jeruse. Negros e Currículo. Florianópolis. NEN.

1997.

•LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE HISTÓRIA. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. 2ª edição.

•PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE

DEZEMBRO. 2010.

•SCHMITH, Mário. História Crítica. Editora Ática. 2ª edição. São Paulo. 2004.

•VALENTE, Ana Lúcia E. F. Ser Negro no Brasil Hoje. São Paulo. Ed. Moderna, 1995.

Page 215: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

215

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no exterior,

assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de ensino e de aprendizagem

da Língua Portuguesa como língua materna provocaram, nos últimos anos, a reflexão e o

debate acerca da necessária revisão dos objetos de ensino em nossas salas de aula.

Num primeiro momento, por volta dos anos de 1970, o debate centrou-se em torno

dos conteúdos de ensino. Tratava-se de integrar, às práticas de ensino e de aprendizagem na

escola, novos conteúdos além daqueles tradicionalmente priorizados em sala de aula.

Atualmente houve uma sensível mudança de paradigma: no estudo da linguagem o

texto passa a ser visto como uma totalidade onde os sentidos se constroem na interação entre

interlocutores, levando-se em conta o contexto sócio-cultural e histórico dos envolvidos.

Desta forma, o objetivo primordial do trabalho com a Língua Portuguesa é

desenvolver no aluno suas capacidades dialógicas e interativas capazes de construir saberes a

partir das realidades socioculturais e levando em consideração o seu conhecimento prévio.

Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com

abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto poético,

por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto conforme as

estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao professor a

condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A historiografia

literária, que ainda hoje resiste nas salas de aula, direcionava as leituras dos alunos. Em

muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderando

o papel ativo do aluno no processo de leitura.

Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto

da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse

despertar o espírito crítico e criador dos alunos.

Ainda na década de 1970, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas.

Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se

Page 216: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

216

centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em questionários sobre personagens

principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.

A partir de 1979, com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve

um aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e

pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as

discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social,

política e econômica da sociedade brasileira.

[...] com a anistia política e, principalmente, a partir de 1982, com as eleições diretas dos governadores dos Estados, o clima de liberdade e de movimentação teórica cresceu consideravelmente, possibilitando saídas para vários impasses teóricos no campo educacional. (GHIRALDELLI, 1994, p.204)

A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia

histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pensamento

pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista.

Os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas

discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil

no final da década de 1970 e início dos anos 80, quando as primeiras obras do Círculo de

Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram

para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu

espaço, pelo menos nos meios acadêmicos, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

Deve-se aos teóricos do Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos

em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de

caráter formal-sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem

histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução

ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores”

(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127).

Page 217: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

217

O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em 1984,

marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos de

linguístas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio

Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa coletânea, os autores

citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o repensar sobre o

ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula.

Geraldi, em seu artigo, defende uma abordagem com as unidades básicas de ensino de

português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo como ponto de partida o

texto.

Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino

de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da

língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos

gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação linguística. O

Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula focado

na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista: “optamos por um

ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de

língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever” (CURRÍCULO BÁSICO,

1990, p. 56).

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica e

confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de

leitura e produção de textos apresentada pelos alunos da educação básica, segundo os

resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas, as Diretrizes

Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, atualmente, novos posicionamentos

em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Essas considerações resultaram, nas DCEs, numa proposta que dá ênfase à língua

viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Essa

ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho

Page 218: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

218

pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o Conteúdo

Estruturante da disciplina.

Para alcançar tal objetivo, é necessário pensar sobre a metodologia. Se o trabalho

com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,

a inclusão dos conceitos e definições, ou seja, os conhecimentos necessários ao uso da norma

padrão devem constituir ferramentas básicas na ampliação das aptidões linguísticas dos

estudantes.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública

em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa,

marcando, assim, sua voz no contexto em que estiver inserido.

O aluno deve ter oportunidade de vivenciar diferentes atividades envolvendo

linguagens, reflexão e expressão e de realizar atividades para desenvolver a capacidade de

compreender e exprimir o mundo interior e exterior.

O domínio da língua possibilita plena participação na sociedade. Mais do que

nunca, esta época de comunicação eletrônica requer pessoas com habilidades de ler e escrever

bem desenvolvidas , para não serem apenas agentes passivos.

Sendo assim, o aluno terá maior aproveitamento se for descobrindo o

conhecimento e construindo sua maneira própria de ver o mundo.

Buscar a concepção de que tipo de sujeito formar para a sociedade será o grande

desafio do Ensino de Língua Portuguesa, pois somente conhecendo esse tipo de sujeito, é que

o objeto–texto será selecionado para os trabalhos em sala. O texto aqui concebido, segundo

Bakhtin, “tanto como objeto de significação, ou seja, como um ‘tecido’ organizado e

estruturado, quanto como objeto de comunicação, cujo sentido depende, em suma, do

contexto sócio-histórico.” Esta concepção de texto é bem próxima da concepção de

enunciado, uma vez que ambos consideram as abordagens externas e internas da linguagem

na construção de sentidos para o texto.

Nessa perspectiva, ensinar a Língua Portuguesa é muito mais do que ensinar um

código e suas regras, pois é preciso entender a linguagem como um conhecimento resultante

Page 219: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

219

da interação social e, como tal, composta de diversos discursos. Isso exige que a escola leve

em conta a variação linguística, afinal nenhuma língua é homogênea, mas constitui um

conjunto de variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social. Embora

diferentes, todas as variedades, prestigiadas socialmente ou não, têm organização estrutural e

respondem às necessidades de seus falantes. Dessa forma, a norma–padrão não é nem melhor

nem pior do que as outras variedades da língua, é apenas a mais prestigiada.

Cabe à escola trabalhar com a norma-padrão, pois é por seu intermédio que o

conhecimento sistematizado é veiculado nos meios de comunicação. Por isso, a escola precisa

proporcionar aos alunos acesso a bons textos nessa variedade, mas sem desrespeitar a

variedade falada pelo aluno, pois ela é parte de sua história.

Essa proposta de trabalho tem como objetivos: criar condições para que o aluno

desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de

modo variado e adequado ao contexto, às diferentes situações e práticas sociais; interpretar

adequadamente textos de diferentes gêneros e registros linguísticos e explicitar os processos

ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação; empregar a língua oral em

diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como

descobrir as intenções que estão “por trás” dos discursos do cotidiano e posicionando-se

diante dos mesmos; desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,

o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; aprimorar

habilidades do aluno em, ao ler um texto literário, inferir e produzir sentidos para o texto de

acordo com seu conhecimento de mundo e com “pistas” que o texto traz; criar situações em

que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou

ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto,

assim como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto e

propiciar a valorização da Cultura Afro, propondo a desmistificação de preconceitos e

esteriótipos.

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Page 220: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

220

• Práticas discursivas

No processo de ensino e aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal, oral e

escrito. É importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade

textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de

intenções e visões do mundo. É relevante que se ressalte que na gramática tradicional

desconsidera-se a constituição interativa da linguagem.

Além disso, sua atuação não fica atada ao texto escrito ou ao limite da oração, ela

perpassa as três práticas – oralidade,escrita e leitura – e, só dessa forma, consegue abranger

todo o dinâmico sistema da linguagem, uma vez que não opera somente com fatos estanques

da língua, mas se utiliza das reflexões que os alunos já fazem como falantes para sistematizar

e compreender outras operações. Na análise linguística o aluno não é mero ouvinte, sua

participação é fundamental no processo de aprendizagem.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos trabalhados através dos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas

diferentes esferas de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na interlocução,

em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou

escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e

situações.

• Prática da oralidade

Em relação à oralidade, a escola tem agido, tradicionalmente, como se a escrita

fosse a língua, ou como se todos que ingressam na escola falassem da mesma forma. Na

escola, nossa racionalidade se exercita com a escrita, desconsiderando a oralidade. No

entanto, vale considerar que as possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e

apontam diferentes caminhos.

Page 221: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

221

Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como

ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os

incentivem a falar, ainda que do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem

que eles empregam em suas interações familiares, no cotidiano.

A escola, ao apresentar a norma culta como legítima, ignora os fatores que geram

essa imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária e situação

socioeconômica, escolaridade,entre outros . (Possenti,1996).

• Prática de leitura

Quanto à prática da leitura entende-se como um processo de produção de sentido

que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o

leitor.

Kleiman (2000) destaca a importância, na leitura, de experiências, dos

conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitam fazer previsões e inferências sobre o texto.

O autor, segundo a autora, constrói e não apenas recebe um significado global para o texto:

ele procura pista formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões,

utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência

sociocultural (conhecimento do mundo).

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a

leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a leitura

de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a devida

mediação do professor.

No Ensino Fundamental torna-se relevante que as aulas de literatura não sejam

meramente a escolha de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva de

pretexto para outras questões de ensino, que não a literatura como instituição autônoma,

autorreferencial.

É fundamental que o professor tenha claro o que pretende com o ensino da

literatura, qual a concepção de literatura que quer privilegiar e que tipo de leitor quer formar.

Page 222: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

222

Há muitas teorias que discutem sobre a necessidade de formar um leitor crítico e

os currículos de ensino confirmam esse objetivo. Mais que isso, porém, espera-se formar um

leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de

literatura um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor,

por meio de uma interação que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre o

leitor e a obra e nela a representação de mundo do leitor, no ato solitário da leitura. Com isso,

pode-se dizer que a obra, também constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê amplia

seu universo, mas também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.

Os pressupostos teóricos dessa perspectiva de ensino buscam resgatar o leitor de

sua ‘’passividade” e do papel marginal que lhe era conferido no bojo dos estudos literários.

Ao se dar um novo estatuto ao leitor, o objetivo é o de valorizar as três instâncias que

envolvem a literatura.

Ao valorizar a literatura e a fruição, sem perder de vista a dimensão histórica da

obra, a Estética da Recepção questiona as concepções de caráter mais imanente, ou seja, as

que se pautam apenas no plano formal, desconsiderando o viés contextual. Por outro lado,

essa linha de abordagem do texto literário não fica cativa de uma perspectiva exclusivamente

historicista ou sociológica, o que seria conceber a literatura como um simples reflexo dessa

realidade.

• Prática da escrita

Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção acontece

(quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve) é que

determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem suas possibilidades e peculiaridades:

a composição, a estrutura e o estilo do texto varam conforme se produza uma história, um

poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um outro tipo de texto. Essas e outras

composições precisam circular na sala de aula como experiências reais de uso e não a partir

de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

Por outro lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem,

assumindo de fato a autoria do que escrevem. Para Kramer (1993, p.83), “[...] ser autor

Page 223: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

223

significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno interage e penetra na

escrita viva e real, feita na história”. Ao se perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua

condição de escritor. A capacidade de escrita, criatividade e outros fatores comumente

relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática em suas diferentes modalidades. Isto

significa, como já se disse a respeito da leitura, o contato do aluno com a produção escrita de

diferentes tipos de textos, a partir das experiências sociais que todos vivem, tanto pessoal

quanto profissionalmente. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como

formadora de subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos

socialmente. Além disso, a possibilidade da criação, no momento do exercício desta prática,

permite ao aluno ampliar o próprio conceito de gênero.

3.1 CONTEÚDOS POR SÉRIE

A linguagem tomada como prática que se efetiva nas relações sociais, não é algo

pronto, acabado, mas sim um processo comunicativo mutável e corrente, efetivado entre

interlocutores por meio do discurso.

É no contexto das práticas discursivas presentes nos diversos textos a serem

trabalhados que se farão presentes os conteúdos e conceitos próprios da linguística, análise do

discurso, estudos literários, gramática normativa, descritiva, etc. Fazendo com que o aluno

aprimore sua competência linguística.

Os itens mencionados a seguir serão objeto de reflexão em diferentes gêneros

textuais.

5ª SÉRiE

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, fotos, músicas, piadas, receitas, contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, poemas, cartazes, cartum, charges, tiras, anúncio publicitário, rótulos, embalagens, desenhos animado.

Leitura

Page 224: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

224

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita

§ Tema do texto;

§ Interlocutor;

§ Finalidade do texto;

§ Informatividade;

§ Argumentatividade;

§ Discurso direto e indireto;

§ Elementos composicionais do gênero;

§ Divisão do texto em parágrafos;

§ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

§ Processo de formação de palavras;

§ Acentuação gráfica;

§ Ortografia;

§ Concordância verbal/nominal.

Page 225: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

225

Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos,entonação, pausa, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, gíria,repetição, recursos semânticos.

6ª SÉRIE

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão, convites, diário, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas e trava–línguas, memória literária.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Intertextualidade;

Page 226: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

226

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita

§ Tema do texto;

§ Interlocutor;

§ Finalidade do texto;

§ Informatividade;

§ Discurso direto e indireto;

§ Elementos composicionais do gênero;

§ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

§ Processo de formação de palavras;

§ Acentuação gráfica;

§ Ortografia;

§ Concordância verbal/nominal.

Oralidade

• Tema do texto;

Page 227: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

227

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos,entonação, pausa, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, gíria,repetição, recursos semânticos.

7ª SÉRIE

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Autobiografia, memórias, exposição oral, pesquisa, crônicas, texto dramático, poema, texto argumentativo, texto de opinião, resumo, resenha crítica, entrevista, memória literária.

Leitura

• Conteúdo temático

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Page 228: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

228

• Semântica:operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

• Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

Page 229: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

229

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

8ª SÉRIE

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Curriculum vitae, discussão argumentativa, letras de músicas, paródias, resenha, sinopse de filme, reportagem, tiras, fotos, editorial, poema, crônica.

Leitura

• Conteúdo temático

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

Page 230: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

230

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial do texto;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Semântica:operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

Page 231: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

231

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores e polissemia.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

1º Ano

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Exposição oral, música, biografias, crônicas, paródias, seminário, poemas, romances, textos dramáticos, literatura de cordel, debate, relatório, resumo, pesquisa, fábula, anúncio publicitário e pinturas.

Page 232: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

232

Leitura

Conteúdo temático

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

Page 233: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

233

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Page 234: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

234

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

2º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Exposição oral, música, biografias, crônicas de ficção, seminário, poemas, romances, pesquisa, anúncio publicitário e pinturas, mesa redonda,filmes, contos, entrevista, artigo de opinião.

Leitura

Conteúdo temático

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Page 235: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

235

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

Page 236: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

236

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

3º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Exposição oral, música, crônicas de ficção, seminário, poemas, romances, pesquisa, anúncio publicitário e pinturas, mesa redonda,filmes, contos, entrevista, debate, debate regrado, publicidade, escultura, artigo de opinião.

Leitura

Page 237: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

237

Conteúdo temático

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.

Escrita

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

Page 238: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

238

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

Page 239: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

239

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.

Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,aprimore, reelabore

sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.

Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na língua: o

rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva formatação em

detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos, dependendo do local de

onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade dado aos discursos que

emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico. Entender criticamente essas

cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do poder configurado pelas

diferentes práticas discursivo sociais que se concretizam em todas as instâncias das relações

humanas.

Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que

circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para

assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das

interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.

Page 240: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

240

Quanto à oralidade:

Levar o aluno não só a conhecer e a usar a língua padrão, como também a

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. Como afirma Soares,

cabe à escola e ao professor trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o

emprego da língua padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará

utilizando o dialeto que lhe é peculiar.

Considerando, portanto, a fala como conteúdo que implica conhecimentos

relativos às variedades linguísticas e às diferentes construções da língua, inclusive, quanto aos

aspectos argumentativos do discurso, precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades

que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a

seguir:

• Apresentação de temas variados: história da família, da comunidade, um filme, um

livro, etc;

• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas

de seu convívio;

• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas,

colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor

programações, dar avisos, fazer convites, etc;

• Confronto entre os mesmos níveis de registros, de forma a constatar as similaridades e

diferenças entre as modalidades oral e escrita;

• Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;

• Debates, seminários, júris simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

• Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem

ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos,

mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade,

comparação com outros textos, etc;

Page 241: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

241

Quanto à escrita:

• Uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto em que o texto escrito é

construído (elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico,

grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais);

• Uso de recursos linguísticos em processos de coesão textual (elementos de articulação

entre segmentos do texto, referentes à organização – temporal e/ou espacial – das

sequências do texto ou à construção da argumentação);

• Modos de organização da composição textual – sequências textuais (tipos textuais,

narrativos, descritivos, argumentativos, injuntivo, dialogal);

• Organização da macroestrutura semântica (dimensão conceitual), articulação entre as

ideias/proposições (relações lógico semânticas);

• Organização e progressão temática;

• Ortografia e acentuação;

• Construção e reformulação (substituição, deslocamento, apagamento e acréscimo) de

segmentos textuais de diferentes extensões e naturezas (orações, períodos, parágrafos,

sequências ou tipos textuais);

• Função e uso da topografia do texto (envolvendo a disposição do texto na página, sua

paragrafação, sua subdivisão em sequências, a eventual divisão em colunas, os

marcadores de enumeração, etc.) e de elementos tipográficos essenciais à pontuação,

com especial atenção para o uso de aspas, parênteses e travessões).

• Conversa Informal

• Leitura

• Apresentação de Textos Variados

• Oportunizar discussões

Page 242: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

242

• Propor produções

• Estabelecer Análise de Textos

• Dinâmicas

• Vídeos

• Apresentar Várias Obras Literárias.

• Oportunizar o aluno a ver a literatura dentro de seu momento histórico.

• Criar Situações em que os alunos tenham a oportunidade de refletir sobre a própria

linguagem, compreendendo as características de seus discursos;

• Incentivar a pesquisa e a produção de textos.

• Abordar a intertextualidade entre todos os textos trabalhados.

• Levar o aluno a conhecer a diversidade de gêneros textuais.

• Orientar o aluno a tornar-se um leitor crítico sendo capaz de ampliar seu universo

literário tornando-se sujeito no processo de criação e enriquecimento da leitura.

• Promover situações para que o aluno faça uso das variações estilísticas percebendo as

várias funções sintáticas em uma oração

• Conduzir trabalhos para que o aluno desenvolva através de seus textos diferentes

formas de comunicação linguística

• Estimular o aluno a acionar seu conhecimento prévio facilitando o estabelecimento de

pontes entre conhecimento construído e aquele de que já dispõe.

• Desenvolver trabalhos com manchetes de jornais e revistas.

• Realizar registros orais e escritos de fatos reais.

Quanto aos alunos inclusos:

• Mudar os papéis tradicionais dos professores e equipe pedagógica, tornando-se mais

próximos dos alunos, na captação de suas maiores dificuldades;

Page 243: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

243

• Estabelecer parcerias com os pais;

• Criar novas formas de estruturar o processo ensino-aprendizagem mais direcionado às

necessidades do aluno incluso;

• Promover formas de participação na comunidade e assim atingir a satisfação pessoal;

• Direcionar os trabalhos para que haja a integração deste aluno na comunidade escolar.

LEITURA

Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista

• como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel

• ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas

• formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias

• baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência

• sócio-cultural.

• Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

• sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

• midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso

• considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,

• propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade

• crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos

• mencionados nestas Diretrizes.

• Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno

• a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva

• diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador,

Page 244: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

244

• provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve

• dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito

• crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.

LEITURA

Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista como um ato

dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e

para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses,

aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas

suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:

jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,

literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens

não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e

virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve

contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o

sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto

de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras

significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua

leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.

LITERATURA

Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como

objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de

outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural;

transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da

comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das

atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de

Page 245: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

245

aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua

turma.

A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O

professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando

o dia a dia da sala de aula. Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a

partir de discussões de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc.

Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta textos

que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para

isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado,

percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores consagrados da

literatura, de obras clássicas.

Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento

de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera,

suas certezas podem ser abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor

trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus

conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso comum em que se encontravam

e tenham seu horizonte de expectativa ampliado, consequentemente, o entendimento do

evento estético. Neste momento, o leitor tenta encaixar o texto literário dentro de seu

horizonte de valores, porém, a obra pode “confirmar ou perturbar esse horizonte, em termos

das expectativas do leitor, que o percebe, o julga por tudo que já conhece e aceita” (BORDINI

e AGUIAR, 1993, p. 87).

Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas.

O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma autoavaliação a partir dos

textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura)

trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que

o ajudou a ampliar seus horizontes.

A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte

de expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir

delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições,

levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças

Page 246: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

246

entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto

pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas

Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como

leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com

seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção

dos alunos para, depois de ouvi- los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de

expectativas dos alunos.

O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do

Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno

a projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. Numa apresentação em sala

de aula o educando revela-se e, “provocado” pelo docente, justifica sua associação

defendendo seu personagem. O professor, então, solicita aos alunos que digam o que

entenderam da história lida. Esta fase é importante para que o aluno se perceba como coautor

e tenha contato, também, com outras leituras, a dos colegas de sala, que não havia percebido.

É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo, demonstrando a

eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, as aquelas que o texto permite. As

marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as

estruturas de apelo sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao

aluno a ampliação do horizonte de expectativa.

Um exemplo desse trabalho é a utilização, na sala de aula, de livros infanto- juvenis, cuja

temática é o mágico. O professor apresenta textos em que o mágico não é apenas um mero

recurso narrativo, mas um elemento importante na composição estética da obra, um fantástico

que amplia a compreensão das relações humanas, como o elemento fantástico presente em

Murilo Rubião, Gabriel Garcia Márquez, José Saramago, J. J. Veiga, entre outros.

No caso da leitura de textos poéticos, o professor deve estimular, nos alunos, a sensibilidade

estética, fazendo uso, para isso, de um instrumento imprescindível e, sem dúvida, eficaz: a

leitura expressiva. O modo como o docente proceder à leitura do texto poético poderá tanto

despertar o gosto pelo poema como a falta de interesse pelo mesmo. Assim, antes de

apresentá-lo para os educandos, o professor deve estudar, apreciar, interpretar, enfim, fruir o

poema.

Após este primeiro momento, de forma adequada à série ou ao nível do aluno e conforme a

intencionalidade, o professor oportunizará ao aluno a experiência, na leitura, escrita e

Page 247: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

247

oralidade, com novos gêneros e novas formas de expressão, como desenho, dramatização,

novos poemas, aprimorando a compreensão, interpretação e análise. Há poemas em que

desconsiderar a leitura do ritmo significa comprometer a interpretação e a compreensão, assim

como há poemas em que este recurso não é tão relevante. Há poemas em que a escolha lexical

é o que faz a diferença, outros, ainda, em que a pontuação é carregada de significação. Há

poemas em que informações como as condições de produção, o contexto histórico-cultural

fariam falta para a sua compreensão, outros nem tanto, o poema responde por si só. Cabe ao

professor, portanto, observar quais recursos de construção do poema devem ser considerados

para a leitura e, como mediador do processo, contribuir para que os discentes sejam capazes

de identificá-los e, sobretudo, permitir a eles que efetivem, de fato a experiência de ler o texto

poético em toda a sua gama de possibilidades.

O professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas fará a nálise

contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua recepção

(historicidade). Utilizará, no caso do Ensino Médio, correntes da crítica literária mais

apropriadas para o trato com a literatura, tais como: os estudos filosóficos e sociológicos, a

análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o

entendimento da obra literária.

Pensadas desta maneira, embora tenham um curso planejado pelo professor, as aulas de

Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e contribuições dos alunos, de

modo a incorporar suas ideias e as relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo

texto-puxa-texto.

Nesse contínuo de relações, percebe-se que o texto literário dialoga, também, com outras

áreas, numa relação exemplificativa, temos: Literatura e Arte; Literatura e Biologia; Literatura

e... (qualquer das disciplinas com tradição curricular no Ensino Fundamental e Médio);

Literatura e Antropologia; Literatura e Religião; entre tantas.

Para Garcia (2006), a Literatura resulta o que precisa ser redefinido na escola: a Literatura no

ensino pode ser somente um corpo expansivo, não-orgânico, aberto aos acontecimentos a que

os processos de leitura não cessam de forçá-la. Se não for assim, o que há é o fechamento do

campo da leitura pela via do enquadramento do texto lido a meros esquemas classificatórios,

de natureza estrutural (gramática dos gêneros) ou temporal (estilos de época).

O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o

Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e

Page 248: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

248

constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e

escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre

fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no

momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua”

(MENDONÇA, 2006, p. 204).

Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos

de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta que o texto é a única forma de se usar a

língua: “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da

linguagem. [...] Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração

das atividades textuais e discursivas”.

Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes formas de

entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram

sistematizá-la. Diante de tantos conceitos, Travaglia (2000, p. 30- 33) traz as concepções de

gramática e salienta que, ao abordá-la, é importante conhecer os seus vários tipos. A partir

dessas noções, o autor apresenta alguns tipos de gramática mais diretamente ligados às

questões pedagógicas, aqui serão comentados quatro tipos:

• Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua escrita.

Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do

falar e escrever bem;

• Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a

variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;

• Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio

“mecanismo”;

• Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa

gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as

atividades epilinguísticas.

Page 249: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

249

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos

gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da

unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática

normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a

reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.

O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças,

dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e

escritos; a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; o reconhecimento das

diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; a reflexão sobre essas e outras

particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e

metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar

sobre a língua.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros discursivos

(orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da língua

em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de

oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns encaminhamentos.

No entanto, é necessário que o professor selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois

de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/ circulação, prepare atividades

sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas, entre elas:

Oralidade:

• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso

das gírias, a entonação), entre outros;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;

• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência o texto, uma vez

que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de

formalidade/informalidade do gênero, etc.

Leitura:

Page 250: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

250

• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro

formal e do texto em registro informal;

• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de

humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

• léxico;

• progressão referencial no texto;

• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.

Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por

exemplo, os adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer,

há ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos

que a língua possibilita. No caso do trabalho com um gênero discursivo que se

utiliza de muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que “a adjetivação pode ser construída

por meio de várias estratégias e recursos, criando diferentes efeitos de sentidos”

(MENDONÇA, 2006, p. 211); além disso, alguns gêneros admitem certas adjetivações e não

outras; e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um verbo (como esbravejou) e

não só pelo uso do adjetivo, exemplifica Mendonça (2006). Compreender os recursos que o

texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua, numa dimensão

dialógica da linguagem.

Escrita:

Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o

professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:

• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);

• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades,

intertextualidade, processo de referenciação);

• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto, estruturação de

parágrafos);

Page 251: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

251

• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, complemento,

regência, vícios da linguagem...);

Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística, partindo das

sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto

como parte da atividade discursiva, tais como análise:

• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado,

parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do

texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do

texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz

– expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);

• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência

pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que

vem antes e o que vem depois em um texto.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão

sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de

análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que

circulam no contexto escolar e extraescolar.

O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao

professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse

estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do

texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de

categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).

Page 252: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

252

Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também pode passar a

fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se, ampliando sua

capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da

prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim

desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, e também permitir que haja uma

reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se

estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desenvolvimento do presente,

orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando

novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA,

2002).

Este processo se dará de forma cumulativa ou somativa, realizado com base em

aprendizagens socialmente significativas, em que o professor analisa os registros feitos

durante um determinado período. A avaliação deve ter uma função informativa e corretiva:

informa ao professor e aos alunos tanto os avanços obtidos como as possíveis dificuldades e

objetivos não atingidos, dando a eles a chance de corrigir sua ação. Através de um diagnóstico

desses erros e acertos podemos formular novas estratégias de ensino-aprendizagem.

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao

longo do ano letivo.

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a

avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas concretas

do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva

em práticas de oralidade, leitura e escrita.

Page 253: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

253

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o

texto, sua reflexão e sua resposta ao texto.

Em relação à escrita serão avaliadas as circunstâncias de sua produção, o resultado

dessa ação e o posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos como

forma de autonomia.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando

que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca

do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos

aprendam e participem mais das aulas.

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,

numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são

diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o

professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que

apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como

avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos,

programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o

resultado esperado.�

o Leitura: será avaliada as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre

Page 254: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

254

textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o

reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos

efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações

tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo

em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se

colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens,

etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras

de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a

ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões

abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a

reflexão que o aluno faz a partir do texto.�

o Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de

produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto

escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a

partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo

textuais, verificando: a coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao

gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a

elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos. Tal

como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos

que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é

pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há

relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições,

se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos. �

o Análise Linguística: como é no texto – oral e escrito – que a língua se

manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Nessa

prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros

precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes

possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o

professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a

ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de

recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de

operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas

Page 255: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

255

entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc). Uma vez entendidos

estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações

linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive. �

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento

linguístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada

que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e

que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.

Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e

Literatura se efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do professor.

Engajado com as questões de seu tempo, tal professor respeitará as diferenças e promoverá

uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam

o pensamento único, padrões preestabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como

para construir relações sociais mais generosas e includentes.

Os instrumentos de avaliação serão:

Atividades orais e escritas, onde poderão ser analisados os avanços, erros e acertos

na aprendizagem;

• Trabalhos de pesquisa (com orientação do professor) sobre temas relevantes aos

alunos, para que eles se sintam motivados para sua realização;

• Trabalhos com textos de gêneros diversos para apresentação, debates e

contextualização dos temas presentes no texto.

• Acompanhamento, através de estudos e pesquisas, observando e analisando os

progressos do aluno incluso;

• Adaptar programas e propostas às necessidades específicas dos estudantes;

Page 256: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

256

Atuar através de todos os escalões para possibilitar a integração destas crianças

inclusas e permitir que elas atinjam o seu potencial máximo.

AVALIAÇÃO DA ORALIDADE

A prática da oralidade em sala de aula deve pautar-se em situações reais de uso da

fala, avaliando-se o aluno em sua produção de discursos e enunciados que o constitua como

sujeito do processo interativo, levando-se em conta a situação comunicativa e a variedade

linguística proposta pelos textos.

AVALIAÇÃO DA LEITURA

O texto estabelece uma relação entre os interlocutores. No processo de produção

de sentido, o leitor dialoga com o texto segundo suas experiências vividas e conhecimentos

prévios atribuindo a ele sentidos.

A avaliação da leitura será feita de acordo com as possibilidades de inferências e

de relações que o aluno possa estabelecer entre os diversos tipos de textos a serem

apresentados.

AVALIAÇÃO DA ESCRITA

A produção escrita dos alunos deve ser avaliada levando-se em conta o gênero

textual proposto, a estrutura e o estilo do texto produzido pelo aluno de acordo com o tema

que faça parte da realidade e das experiências vividas por eles. Somente assim eles terão

condições de estruturar textos com enunciados e argumentos que reproduzam seus discursos,

Page 257: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

257

fazendo com que se envolvam com seus textos. Desta forma, sentindo-se autores de seus

textos, poderão aprimorá-los e melhorar suas condições de escritores.

Os instrumentos de avaliação serão:

• Provas com questões dissertativas, objetivas e subjetivas;

• Atividades orais e escritas, onde poderão ser analisados os avanços, erros e acertos na

aprendizagem;

• Trabalhos de pesquisa (com orientação do professor) sobre temas relevantes aos

alunos, para que eles se sintam motivados para sua realização;

• Trabalhos com textos de gêneros diversos para apresentação, debates e

contextualização dos temas presentes no texto.

• Acompanhamento, através de estudos e pesquisas, observando e analisando os

progressos do aluno incluso;

• Adaptar programas e propostas às necessidades específicas das crianças;

• Atuar através de todos os escalões para possibilitar a integração de crianças inclusas e

permitir que elas atinjam o seu potencial máximo.

6. BIBLIOGRAFIA

CASTILHO, Ataliba T. A Língua Falada no Ensino de Português. 4 ed. São Paulo,Contexto,2002.

ILARI, RODOLFO.Introdução à Semântica – Brincando com a Gramática. São Paulo, Contexto, 2001.

DIRETRIZES CURRICULARES.Ensino Fundamental.Língua Portuguesa.

DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental – Língua Portuguesa.

NICOLA E ERNANI.Gramática Literatura & Produção de textos.São Paulo.Scipione.

AMARAL Emília, FERREIRA Mauro, LEITE Ricardo e ANTONIO Severino.Novas Palavras.São Paulo.FTD.

ABAURRE, Maria Luiza, PONTARA, Marcela Nogueira e FADEL, Tatiana.Português.Moderna

DIRETRIZES CURRICULARES.Ensino Médio.Língua Portuguesa.

Page 258: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

258

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no

caminho. São Paulo: Parábola, 2007.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em

Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de

Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura e Formação do leitor: alternativas

metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no

caminho. São Paulo: Parábola, 2007.

BAGNO, M. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola,

2003.

BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel

Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

Page 259: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

259

_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

_____. Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense Universitária,

1997.

BRAIT, B. PCNs, gêneros e ensino de língua: faces discursivas da textualidade. In:

ROJO, Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os

PCN. São Paulo: Mercado de Letras, 2000, p. 20.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas

tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e

Tecnológica, 1998.

BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto

no ensino médio. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português no

ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.

CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo,

Vol. 4, n. 9, PP. 803-809, set/1972.

CAVALCANTE, M. C. B.; MELLO, C. T. V. Oralidade no Ensino Médio: Em busca

de uma prática. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.). Português

no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. COPE, B.; KALANTZIS, M. (eds.). Multiliteracies: literay learning and the design of

social futures. London: Routledge, 2000.

EAGLETON, T. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes,

Page 260: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

260

1983.

FARACO, C. A. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização.

In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os

que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

_____. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba:

Criar, 2003.

_____. Linguagem, escola e modernidade. In: GHIRALDELLI, P. J. Infância, escola e

modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.

FREDERICO, E. Y.; OSAKABE, H. PCNEM – Literatura. Análise crítica. In: MEC/SEB/

Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino

Médio. Brasília: 2004.

FONTES, J. B. As obrigatórias metáforas: apontamentos sobre literatura e ensino.

São Paulo: Iluminuras, 1999.

GARCIA, W. A. C. A Semiosis Literária e o Ensino. In: Maria de Fátima Sabino Dias;

Suzani Cassiani de Souza; Izabel Christine Seara. (Org.). Formação de Professores:

experiências e reflexões. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2006, v. , p. 172-

177.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na

sala de aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990.

Page 261: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

261

_____. Unidades básicas do ensino de português. In: João W. (org.). O texto na

sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004.

_____. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GNERRE, M. Linguagem, Escrita e Poder. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

ISER, W. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Editora 34,

1996, vol. 1.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

JAUSS, H. R. A história da literatura como provocação a teoria literária. São

Paulo: Ática, 1994.

KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez,

2003.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,

2001.

LÉVY, P. O que é o virtual. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 1996.

MACHADO, I. Gêneros discursivos. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin: conceitos-chave.

São Paulo: Contexto, 2005.

MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São

Paulo: Cortez, 2005.

Page 262: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

262

MELO NETO, J. C. Rios sem discurso. In: A educação pela pedra. Rio de Janeiro:

José Olympio, 1979.

MENDONÇA, M. Análise linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro

objeto. In: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no ensino

médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.

MOLL, J. Alfabetização Possível: reinventando o Ensinar e o Aprender. 7 ed. Porto

Alegre: Mediação, 2006.

NEVES, M. H. M. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua

Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2o

Grau. Curitiba, 1988.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública

do Paraná. Curitiba: SEED, 1990, p. 50 – 62.

PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

<http://www.filologia.org.br/revista/33/04

PERFEITO, A. M. Concepções de Linguagem, Teorias Subjacentes e Ensino de Língua

Portuguesa. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa

(Formação de professores EAD 18). v.1. 1 ed. Maringá: EDUEM, 2005. p 27-79.

_____. Concepções de Linguagem, análise linguística e proposta de intervenção.

Page 263: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

263

In: CLAPFL - I Congresso Latino-Americano de Professores de Línguas, 2007,

Florianópolis. Anais do I Congresso Latino-Americano de Língua. Florianópolis :

EDUSC, 2007. p. 824-836

PIVOVAR, A. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999.

Dissertação de mestrado – UFPR.

POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP: Mercado das

Letras, 1996.

RODRIGUES, R. H. Os gêneros do discurso na perspectiva dialógica da linguagem:

A abordagem de Bakhtin. (UFSC). In: MEURER, J. L.. BONINI, A., MOTTA-ROTH, D

(orgs.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005.

ROJO, R. H. R. Linguagens, Códigos e suas tecnologias. In: MEC/SEB/Departamento

de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília:

2004.

_____. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In:

MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D (orgs.). Gêneros: teorias, métodos,

debates. São Paulo: Parábola, 2005.

SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. São Paulo: Autores

Associados, 2007.

SILVA, E. T. Conferências sobre Leitura – trilogia pedagógica. 2. ed. Campinas/SP:

Page 264: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

264

Autores Associados, 2005.

_____. A produção da leitura na escola: pesquisas x propostas. 2. ed. São Paulo:

Ática: 2002.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,

1998.

SODRÉ, N. W. Síntese de história da Cultura Brasileira. São Paulo: DIFEL, 1984.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática

no 1o e 2o graus. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

VILLALTA, L. C. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: SOUZA,

Laura de Mello (org.). História da vida privada no Brasil – Cotidiano e vida privada

na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

REFERÊNCIAS ON LINE

BRANDÃO, H. H. N. Analisando o Discurso. (USP). Artigo disponível em: <www.

estacaodaluz.org.br> 2005. Museu de Língua Portuguesa. Acesso em: 06-09-

2007.

LABEURB. Enciclopédia Discursiva da Cidade - Endici. Disponível em: Laboratório

Estudos Urbanos: <http://www.labeurb.unicamp.br/enc_lab.htm>2002. Acesso

em: 07/12/2007.

Page 265: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

265

GOMES, E. País tem história universitária tardia. Jornal da Unicamp, 191 - ANO

XVII - 23 a 29 de setembro de 2002. Universidade de Campinas – Unicamp. Disponível

em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2002/unihoje_

ju191pag7a.html.>2002. Acesso on line em 04/12/2007.

ILLARI, R. Linguística e Ensino da Língua Portuguesa com língua materna.

(UNICAMP). Artigo disponível em: <www.estacaodaluz.org.br> (Museu da Língua

Portuguesa). Acesso em: 28-08-2007.

LUZ-FREITAS, M. S. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina curricular. (PUC-

SP e FEFI-MG). Disponível em: <http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004.

Acesso em: 28-08-2007).

SOARES, M. Que professor de Português queremos formar? (UFMG). Disponível

em:<http://www.unb.br/abralin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13>.

Page 266: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

266

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA 1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura que os

babilônios por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser

classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a

humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de simples observações

provenientes de capacidade humana de reconhecer configurações físicas e

geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.

Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da

leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A matemática se inseriu no

contexto educacional grego um século depois quando se abordava uma matemática

abstrata.

Por volta do século IV a II a.C. o ensino de matemática estava reduzido a

contar números inteiros cardinais e ordinais. A matemática se configurou como

disciplina básica a partir do século I a.C., a partir do século II d.C. o ensino da

matemática teve outra orientação privilegiando uma exposição mais completa de

seus conceitos.

No século V d.C. a matemática era ensinada com o objetivo de entender os

cálculos do calendário litúrgico e determinar datas religiosas.

Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização do sistema de ensino.

As produções matemáticas do século XVI, a geometria, o cálculo diferencial e

integral e a teoria das equações diferenciais fizeram com que o conhecimento

matemático alcançasse um novo período de sistematização. O século XVIII é

demarcado pelas revoluções francesa e industrial, no Brasil ministrava-se um ensino

de matemática de caráter técnico com o objetivo de preparar os estudantes para as

academias militares influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na

Europa.

No período que abrange o final do século XIX e XX levantaram-se

preocupações voltadas para o ensino da matemática, sendo as mesmas traduzidas

em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais

Page 267: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

267

promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com propostas de

ensino da matemática.

Hoje a matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar

no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da

construção humana na sua interação constantes com o contexto natural, social e

cultural.

A matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas

também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma

impressionante produção de novos conhecimentos que, a par de seu valor

intrínseco, de natureza lógica, tem sido instrumentos úteis na solução de problemas

científicos e tecnológicos da maior importância. Os conteúdos são ensinados por

eixos (números, operações, medidas, geometria e tratamento da informação),

entretanto não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter relação

entre os conteúdos da cada eixo e entre os eixos que as idéias matemáticas e o

vocabulário matemático ganham significado.

A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade

moderna, pois está presente em praticamente tudo o que nos rodeia. Em casa, na

rua, nas várias profissões, na cidade, no campo, nas várias culturas, o ser humano

faz uso dos conceitos matemáticos informalmente. É preciso que esse saber

cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a

Matemática da escola e a Matemática da vida.

Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos contribui para a

formação do cidadão, sua inserção no mundo do trabalho, das relações sociais,

culturais e políticas. E a todos deve ser dada essa possibilidade de compreensão e

atuação.

Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,

argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e

interpretar criticamente as informações, conhecer formas diferenciadas de abordar

problemas. Tais conhecimentos precisam estar articulados entre si e conectados

com outras áreas do conhecimento.

A Matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo em

permanente evolução, permite, por parte do aluno, a construção e a apropriação do

conhecimento. Permite também vê-la no contexto histórico e sociocultural em que

Page 268: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

268

ela foi desenvolvida e continua se desenvolvendo.

Procura-se identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar a transformar o mundo à sua volta, desenvolvendo o

gosto pelo estudo, o raciocínio, a iniciativa e a responsabilidade, sentindo-se seguro

da sua própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo

a auto-estima e a perseverança na busca de soluções.

Assim, busca-se mostrar que por meio do conhecimento matemático o

homem pode quantificar, geometrizar, medir e organizar informações.

Fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem em Matemática

contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas,

generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar

fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. Dessa maneira,

partindo do conhecimento matemático, o estudante tenha a possibilidade de criticar

questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

2 - CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO E EJA

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

•Números e Álgebra

•Sistemas de numeração

•Números naturais

•Múltiplos e divisores

•Potenciação e radiciação

•Números fracionários

•Números decimais

•Conheça os diferentes sistemas de numeração; •Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; •Realize operações com números naturais; •Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; •Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; •Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; •Reconheça as potências

Page 269: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

269

como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; •Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.

XVI.Grandezas e Medidas

-Medidas de comprimento -Medidas de massa -Medidas de área -Medidas de volume -Medidas de tempo -Medidas de ângulo -Sistema monetário

• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada.

e)Geometrias

c)Geometria plana d)Geometria espacial

•Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; •Conceitue e classifique polígonos; •Identifique corpos redondos; •Identifique e relacione

Page 270: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

270

os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; •Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; •Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.

g)Tratamento de informação

-Dados, tabelas e gráficos -Porcentagem

-Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; -Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

-Números e Álgebra

-Números inteiros -Números racionais -Equação e inequação do 1º grau -Razão e proporção -Regra de três simples

• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

Page 271: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

271

• Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

-Grandezas e Medidas

-Medidas de temperatura -Medidas de ângulo

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

-Geometrias

-Geometria plana -Geometria espacial -Geometria não-euclidiana

• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

-Pesquisa estatística -Média aritmética

• Analise e interprete

Page 272: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

272

-Tratamento de informação

-Moda e mediana -Juros simples

informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

-Números e Álgebra

-Números inteiros -Números racionais -Equação e inequação do 1º grau -Razão e proporção -Regra de três simples

• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente

Page 273: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

273

proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

-Grandezas e Medidas

Ι.Medidas de temperatura ΙΙ.Medidas de ângulo

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

I.Geometrias

-Geometria plana -Geometria espacial -Geometria não-euclidiana

�• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

-Tratamento de informação

-Pesquisa estatística -Média aritmética -Moda e mediana -Juros simples

• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

7ª SÉRIE

Page 274: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

274

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

-Números e Álgebra

I.Números racionais e irracionais II.Sistemas de equação do 1º grau III.Potências IV.Monômios e polinômios V.Produtos notáveis

• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.

a)Grandezas e Medidas

I.Medidas de comprimento II.Medidas de área III.Medidas de volume IV.Medidas de Ângulos

• Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. • Realize cálculo de área e volume de poliedros.

•Geometria plana •Geometria espacial

Page 275: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

275

α)Geometrias

•Geometria analítica •Geometria não-euclidiana

• Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; • Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.

•Tratamento de informação

•Gráfico e informação •População e amostra

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

Page 276: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

276

•Números e Álgebra

•Números reais •Propriedades dos radicais •Equação do 2º grau •Teorema de Pitágoras •Equações irracionais •Equações biquadradas •Regra de três composta

• Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema.

•Grandezas e Medidas

•Relações métricas no triângulo retângulo •Trigonometria no triângulo retângulo

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;

Page 277: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

277

•Funções

•Noção intuitiva de função afim •Noção intuitiva de função quadrática

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas.

•Geometrias

•Geometria plana •Geometria espacial •Geometria analítica •Geometria não-euclidiana

• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas; • Noções básicas de geometria projetiva. • Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.

Page 278: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

278

•Tratamento de informação

•Noção de análise combinatória •Noções de probabilidade •Estatística •Juros compostos

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO

•Números e Álgebra

•Números reais •Números complexos •Sistemas lineares •Matrizes e determinantes •Polinômios •Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares

• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; • Compreenda os números complexos e suas operações; • Conceitue e interprete matrizes e suas operações; • Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; • Identifique e realize operações com polinômios; • Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.

Page 279: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

279

•Grandezas e Medidas

•Medidas de área •Medidas de volume •Medidas de grandezas vetoriais •Medidas de informática •Medidas de energia •Trigonometria

• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades; • Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos.

•Funções

•Função afim •Função quadrática •Função polinomial •Função exponencial •Função logarítmica •Função trigonométrica •Função modular •Progressão aritmética •Progressão geométrica

• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; • Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; • Realize análise gráfica de diferentes funções; • Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; • Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.

Page 280: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

280

••••Geometrias

•Geometria plana •Geometria espacial •Geometria analítica •Geometria não-euclidiana

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; • Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica; • Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; • Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas; • Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; • Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica).

•Tratamento de informação

•Análise combinatória •Binômio de Newton •Estudo das probabilidades •Estatística •Matemática financeira

• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; • Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; • Compreenda a ideia de probabilidade; • Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; • Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos

Page 281: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

281

ramos da atividade humana; • Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

��3 – METODOLOGIA

Será adotada uma linha de ação que vise não somente os conteúdos

apresentados nos livros didáticos, mas também os conhecimentos trazidos pelo

aluno. O docente deverá promover um ensino contextualizado para a formação dos

conceitos, possibilitando ao aluno o entendimento da Matemática como instrumento

para compreensão e solução dos problemas do cotidiano. A Matemática, nesse

processo será compreendida como elemento capaz de auxiliar na solução dos

problemas apresentados pela sociedade.

Pretende-se priorizar um ensino que valorize a história dos estudantes

respeitando suas raízes, sua raça e suas diferenças (física, religiosa, cultural, social,

etc.), um processo educativo que lhes proporcione acolhimento e aprendizagem

efetiva. Assim, será priorizado também temas envolvendo a História e Cultura Afro

Brasileira e Indígena de acordo com a Lei nº 11645, promulgada em 2008, onde

abre-se espaço para um rico espaço de discussão e proposição de atividades.

É necessário dar liberdade para que os alunos aprendam do seu modo e no

seu tempo, conforme suas condições, independente de serem alunos com

necessidades especiais ou não.

O professor em sua prática poderá fazer uso de recursos metodológicos

variados, tais como: Utilizar livros didáticos e paradidáticos, história da Matemática,

etnomatemática, propor jogos e resolução de quebra-cabeças, ler textos adicionais e

complementares, utilizar calculadoras, instrumentos para medir, modelagem

matemática, relacionar o cotidiano com os conteúdos estudados, utilizar recortes de

jornal, revistas, anúncios para formulação e resolução de problemas, propor a

construção de gráficos e tabelas, utilizar a tecnologia disponível com o uso de

Page 282: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

282

computadores com Internet, TV com DVD, entre outros , praticar debates para

discussão de idéias e produção de argumentos convincentes, palestras, pesquisas e

visitas.

4 - AVALIAÇÃO

A avaliação tem parte fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Ela

serve também de ponto de apoio para o professor rever sua metodologia de ensino,

e por isso é importante que o docente procure novos métodos de avaliação.

A avaliação é um instrumento imprescindível para fornecer informações sobre

como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, e não

simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de

conteúdos, de forma a classificá-lo em: aprovado/reprovado.

O professor deve deixar de lado o aspecto classificatório da avaliação, e

passar a entendê-la como um processo de acompanhamento, para identificar os

problemas e avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar,

minimizando os casos de repetências e evasões.

A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, contemplando diferentes

instrumentos avaliativos, tais como: atividade de leitura, projeto de pesquisa

bibliográfica, produção de texto, palestra/apresentação oral, atividades

experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatório, seminário, debate,

atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho

em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Destaca-se que os instrumentos

serão utilizados em todas as séries, no que se refere ao ensino de Matemática.

No que diz respeito aos critérios avaliativos, estes contemplarão todas as

séries abordando:

•compreensão de idéias

•estabelecendo relações entre os textos e conteúdos abordados em sala de

aula,

•contextualização, argumentação, escrita e produção de texto,

•elaboração de argumentos consistentes,

•demonstração de conhecimento do conteúdo com seqüência lógica e clara

nas apresentações orais

Page 283: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

283

•realização de experimentos registrando hipóteses e os passos seguidos,

demonstrando e compreendendo o fenômeno experimental utilizando

adequadamente os materiais, o ambiente e os instrumentos necessários

•construção do conhecendo e formação dos alunos como agentes sociais

mediante os procedimentos de pesquisa de campo e elaboração de relatórios

•compreensão e articulação dos instrumentos audiovisuais utilizados,

desenvolvidos em trabalhos em grupo abrangendo interação, debates e troca de

idéias.

A avaliação, no que diz respeito à inclusão, deve ser planejada para todos,

mostrando ao aluno que ele deve aprender a analisar a sua própria produção de

forma crítica e autônoma. Ela acontece se adaptando as necessidades dos alunos,

servindo assim para verificar o quanto esses alunos cresceram dentro de suas

limitações, sem comparações com os demais.

Tendo em vista a educação inclusiva, os alunos serão avaliados de forma

contínua, utilizando-se de avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista o

desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e

sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educandos.

5 - REFERÊNCIAS

�ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a história indígena. In: ABREU, Martha & SOIHET, Rachel (org.). Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. [s.e.] São Paulo: FTD, 2002. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos fundamentais da matemática. [s.e.] Portugal : Editora Gradiva, 1963. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. [s.e.] Porto Alegre : Mediação, 2004. GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 4 ed. São Paulo: Ática, 1993. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1990.

Page 284: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

284

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica. Matemática. [s.e.] Curitiba, 2009. POLYA, George. A arte de resolver problemas. [s.e.] São Paulo : Ed. Interciência, 1985.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010.

Page 285: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

285

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo a definição mais comum, a Química é o ramo da ciência que estuda

tanto a composição dos materiais quanto as transformações que eles podem vir a

sofrer. Os materiais são constituídos de matéria, e as transformações da matéria

envolvem o consumo ou a liberação de energia. Portanto, essas duas grandezas

matéria e energia é a base fundamental para o estudo da Química.

A Química, assim como outras Ciências, tem papel de destaque no

desenvolvimento das sociedades, alcançando ao longo de tantos anos. No entanto,

ela não se limita às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário,

embora às vezes o indivíduo não perceba, a Química está presente em nosso dia a

dia, sendo parte importante dele. A aplicação dos conhecimentos químicos tem

reflexos diretos sobre a qualidade de vida das populações e sobre o equilíbrio dos

ambientes na Terra. Por isso, consideramos essencial que o conhecimento científico

faça parte da vida cotidiana dos educandos, a fim de que possam desenvolver um

pensamento crítico, visando contribuir para a preservação de todas as formas de

vida, inclusive da espécie humana.

Entre as Ciências Naturais, pode-se dizer que a Química é uma das mais

recentes. Não há uma data específica que possamos colocar como início da

Química. Podemos dizer, entretanto, que ela só se firmou como Ciências no

transcorrer dos séculos XVII e XVIII.

Cerca de 1500 a.C., os egípcios já utilizavam procedimentos em que estavam

envolvidas transformações químicas. Entre elas podemos citar a fabricação de

objetos cerâmicos por meio do cozimento da argila, a extração de corantes de certos

animais e vegetais, a obtenção de vinagre e bebidas alcoólicas não-destiladas (vinho

e cerveja) e a produção de vidro e de alguns metais. Destacasse também a arte da

conservação das múmias, na qual os egípcios atingiram alto grau de perfeição.

Por volta de 478 a.C. o filósofo grego Leucipo apresentou a primeira teoria

atômica de que se tem notícia, e seu discípulo Demócrito aperfeiçoou e propagou o

nome átomo que significa do grego indivisível.

Contudo, entre os gregos, acabaram predominando as ideias de outro

filósofo, Aristóteles que segundo ele, tudo é constituído de quatro elementos

Page 286: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

286

básicos: fogo, terra, ar e água. Essa maneira de pensar influenciou muito a evolução

da Ciência ocidental, que conseguiu desvencilhar totalmente dessas ideias somente

no século XVI, a partir do qual a Química teve considerável impulso.

No final do século XIX a química se consolidou como a principal disciplina

associada aos efetivos resultados na indústria. Já no século XX a Química e todas

as outras ciências naturais tiveram um grande desenvolvimento, em especial nos

Estados Unidos e Inglaterra. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível

entender melhor a constituição e formação das moléculas, em especial a do DNA.

Passada a Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo foram ainda mais

incrementadas no sentido de desvendar as suas características e o bombardeio de

núcleos com partículas aceleradas conduziu a produção de novos elementos

químicos.

Hoje encontramos produtos tratados quimicamente por toda parte, desde a

agricultura (sementes de milho, soja, trigo) até os industrializados como café solúvel,

farinhas e outros milhares. Os produtos mais conhecidos como químicos são os de

higiene pessoal e doméstica e os medicamentos. Ela também é muito conhecida

pelo seu mau uso em determinados defensivos agrícolas, inseticidas, bombas e os

resíduos químicos das indústrias.

Este percurso histórico contribuiu para a constituição da Química como

disciplina escolar. Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos

professores e abordados conforme a necessidade dos alunos, como por exemplo,

estudos sobre a correção dos solos e a tintura dos tecidos.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química,

surgiram a partir do inicio do século XIX, provenientes das transformações de ordem

política e econômica que ocorriam na Europa. A partir de 1931 a disciplina de

química passa a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário

no Brasil. No período compreendido entre a década de 1950 e 1970 o ensino de

Química foi marcado pelo positivismo expresso pelo método científico de ensinar

ciências através da descoberta e redescoberta, influenciado por programas norte-

americanos do ensino de Química, Biologia e Física, a partir de experimentos com o

objetivo de preparar o aluno para ser cientista. Isto influenciou sobremaneira a

atividade docente.

O objetivo é formar aluno aproprie dos conhecimentos químicos de maneira

crítica, compreendendo as transformações químicas que ocorrem em seu dia a dia

Page 287: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

287

de forma abrangente e integrada. E dessa forma desenvolver um pensamento crítico

relacionado as informações da tradição cultural, mídia e da própria escola, formando

assim decisões de maneira autônoma, enquanto sujeitos e cidadãos.

2.CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA

SOLUÇÂO

LIGAÇÃO QUÍMICA

FUNÇÕES QUÍMICAS

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

REAÇÃO QUÍMICA

RADIOATIVIDADE

2ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

•SOLUÇÂO •VELOCIDADE DAS REAÇÕES •EQUILÍBRIO QUÍMICO •REAÇÕES QUÍMICAS

Page 288: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

288

QUÍMICA SINTÉTICA

•RADIOATIVIDADE •GASES

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

1- FUNÇÃO QUÍMICA

3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, parta do conhecimento

prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas, ou concepções

espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico. A concepção

científica envolve um saber socialmente constituído, o qual necessita de

metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. O que

propomos é que o aluno tenha condições de formar conhecimentos científicos a

respeito dos conhecimentos químicos.

O ensino da química deve contribuir para que o aluno tenha uma visão mais

abrangente do universo. Assim, as fórmulas matemáticas não podem ser o objeto

central da aprendizagem, pois apenas representam modelos. Mais que o aluno

entender o cálculo matemático, é importante que ele compreenda como acontece

determinado fenômeno ou evento químico.

Contextualizar a produção e a validade dos conhecimentos científicos é

fundamental para o ensino significativo.

Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de

Page 289: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

289

partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua

relação com as ideias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com

manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um

aparato sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando

ainda, a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre o

grupo que participa da aula.

Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de química. Porém

o texto não dever ser visto como se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um

instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno-aluno e aluno-professor,

levando a novas questões e discussões.

Poderão ser ainda utilizados outros recursos tais como: aulas expositivas com

explicação oral do conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e outros

meios de pesquisa coerente; trabalhos em sala e fora dela individuais e em grupos

com apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos

complementares; resolução de exercícios e questões propostas; aulas práticas em

laboratório de química (quando possível).

4.AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um processo contínuo oferecendo ao professor dados

significativos sobre o processo ensino aprendizagem à sua prática docente. A

característica diagnóstica da avaliação permitirá verificar dificuldades e os avanços

individuais como coletivo direcionando a tomada de decisão que garanta a qualidade

dos resultados.

A avaliação tem parte fundamental no processo de ensino-aprendizagem,

servindo também de ponto de apoio para o professor rever sua metodologia de

ensino, e por isso é importante que o docente procure novos métodos de avaliação.

A avaliação é uma para fornecer informações sobre como está se realizando o

processo ensino-aprendizagem como um todo, e não simplesmente focalizar o

aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, de forma a

classificável em: aprovado/reprovado.

O professor deve deixar de lado o aspecto classificatório da avaliação, e

passar a entendê-la como um processo de acompanhamento, para identificar os

Page 290: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

290

problemas e avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar,

minimizando os casos de repetências e evasões.

A avaliação deverá ser diagnóstica, contínua, formativa, processual e

consensual, contemplando diferentes instrumentos avaliativos, tais como:: atividade

de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,

palestra/apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo,

relatório, seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de

recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas, questões objetivas.

Destacasse que os instrumentos serão utilizados em todas as séries, no que se

refere ao ensino de Matemática.

No que diz respeito aos critérios avaliativos, os mesmos contemplarão todas

as séries abordando desde a compreensão de idéias, estabelecendo relações entre

os textos e conteúdos abordados em sala de aula, contextualização, argumentação,

escrita e produção de texto, elaborando argumentos consistentes, demonstração de

conhecimento do conteúdo com sequência lógica e clara nas apresentações orais,

realização de experimentos registrando hipóteses e os passos seguidos,

demonstrando e compreendendo o fenômeno experimental utilizando

adequadamente os materiais, o ambiente e os instrumentos necessários, construção

do conhecimento e formação dos alunos como agentes sociais mediante os

procedimentos de pesquisa de campo e elaboração de relatórios, compreensão e

articulação dos instrumentos audiovisuais utilizados, desenvolvidos em trabalhos em

grupo abrangendo interação, debates e troca de ideias.

A avaliação, no que diz respeito à inclusão, deve ser planejada para todos,

mostrando ao aluno que ele deve aprender a analisar a sua própria produção de

forma crítica e autônoma. Ela acontece se adaptando as necessidades dos alunos,

servindo assim para verificar o quanto esses alunos cresceram dentro de suas

limitações, sem comparações com os demais.

Tendo em vista a educação inclusiva, os alunos serão avaliados de forma

contínua, utilização de avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista o

desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, psicoemocionais e

sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educandos.

Page 291: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

291

5.BIBLIOGRAFIA

ALFON-GOLDFARB, Ana Maria. Da Alquimia à Química. São Paulo : Landu, 2005.

BAIRD, Colim. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre : Bookman, 2002.

BARROS NETO, Benício de. Como fazer Experimentos. Campinas : Unicamp,

2003.

CHAGAS, Aécio Pereira. Como se faz Química. 3ª ed. Campinas : Unicamp, 2001.

HALL, Nina. Neoquímica. A Química Moderna e suas Aplicações. Porto Alegre :

Bookman, 2004.

LEE, J. D. Química Inorgânica. São Paulo : Edgard Blücher, 1999.

MALDANER, Otávio Aloisio. A Formação Inicial e Continuada de Professores de

Química. 2ª ed. Ijuí : UNIJUÍ, 2003.

MATEUS, Alfredo Luis. Química na Cabeça. Belo Horizonte : UFMG, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química. Curitiba : SEED,

2009.

ROMANELLI, Lilavate Izapovitz. Aprendendo Química. Ijuí : UNIJUÍ, 2005.

RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume I. 2ª ed. São Paulo : Pearson Makron

Books, 1994.

-----------. Química Geral. Volume II. 2ª ed. São Paulo : Pearson Makron Books,

1994.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira. Educação em Química: Compromisso com a

Cidadania. 3ª ed. Ijuí : UNIJUÍ, 2003.

VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos. O Passado, o Presente e o Futuro.

2ª São Paulo : Moderna, 2005.

Page 292: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

292

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

1 – INTRODUÇÃO A DISCIPLINA

De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em

relação à Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de

trabalhá-los no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos

da própria proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos

e sua importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade

curricular nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança

uma dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma

trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil.

Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina

exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente,

ora ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e

os conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e

os conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente

porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas

e sociais.

Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a

partir das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque

ele é o elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao

ser humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-

la, segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-

se que os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações

sociais. Parte-se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato

de trabalhar: nos gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos

organizam e acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou

não), que lhes permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto,

expressão de um determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994)

De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é

ter direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo

ajuda a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a

organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que

ele vive e atua”.

Page 293: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

293

Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos

de Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos

programáticos. Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender,

professores e alunos a importância de todas as disciplinas e como elas se inter-

relacionam no intuito de formar para a vida em comunidade.

2 – Apresentação DA DISCIPLINA

Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as

disciplinas afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia,

explica que a palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria

disciplina. É uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo

francês Augusto Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia

de “social”, e do grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A

definição etimológica de Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do

social” ou “o estudo da sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a

etimologia da palavra não é suficiente para definir e entender o que é a Sociologia.

Nesta ótica Galliano explica:

Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO, 1981, p. 5).

Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e

também se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo

Galliano: “Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981,

p. 5).

Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da

Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da

Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se

Page 294: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

294

aqui um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia

começa a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo

comtiano, foi publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em

seguida, um dos precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou

Etnologia selvagem, em 1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década

de 1920, a Sociologia inicia sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de

São Paulo e Rio de Janeiro (TOMAZI, 2000, p. 9)

Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas

bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com

outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por

outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a

disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de

sociólogos (TOMAZI, 2000, p. 9).

Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em

São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de

produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que

aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato

estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9).

A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a

Universidade do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas,

através das Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores

para o ensino médio, principalmente para as escolas normais, formadores de

professores para o ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos

sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou serem professores

(TOMAZI, 2000, p. 9).

Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente

para a implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por

isso, pode-se afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o

desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald

Pierson, Radcliff Brown, Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide,

Charles Mozaré, e Jacques Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no

Rio de Janeiro e permitiram a formação e o desenvolvimento de inúmeros

sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9).

Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio

Page 295: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

295

Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção

sociológica significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa

produção aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que

vai definir claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon

Shaden, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria

Izaura de Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio

Jaguaribe, no Rio de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional

(TOMAZI, 2000, p. 9-10).

A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de

Filosofia, Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia

vai fazer parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como

independente em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era

formar pessoas (técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução racional”,

isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim, a

Sociologia, nessas décadas, tornou-se disciplina hegemônica no quadro das

Ciências Sociais no Brasil, a primeira a formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo

em Florestan Fernandes um dos seus principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10).

Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas

do pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para

citar alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas

obras lidas e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco

Weffort, Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues,

Juarez Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)

Em relação a presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta

que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como

integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta

por Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do

projeto. Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do

curso médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando

de Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).

A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil

presença no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os

currículos dos cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta

última cidade a Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra

Page 296: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

296

marcaria a consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10)

A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas

escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)

restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas

Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a

Resolução SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da

Sociologia na grade curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora

do currículo (TOMAZI, 2000, p. 10)

Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°

9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma

que os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos,

deixando, portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até

para as escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses

conhecimentos (TOMAZI, 2000, p. 10)

A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os

âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e

ganhou força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios

estudantis, sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de

que essas disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino

Médio em todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional

uma lei que incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em

2001 essa lei foi vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique

Cardoso, dizendo que não haveria professores suficientes para ministrarem essas

aulas entre outras alegações.

A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na

questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas

escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho

Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de

Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um

documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e

Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de

representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de

considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do

ensino médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os

Page 297: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

297

componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a

presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias.

O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à

inclusão das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para

a deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias

no Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de

2008. No Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei

nº 15.228 de 25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina

deve estar presente em todas as série do Ensino Médio, o Conselho Estadual de

Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor:

uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4

anos.

Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho

com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE

de Campo Mourão.

3 – CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:

•O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. Conteúdos básicos:

β)Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;

χ)Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. δ)O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

Conteúdos estruturantes:

•Processo de socialização e as instituições sociais. Conteúdos básicos:

•Processo de socialização; •Instituições familiares; •Instituições escolares; •Instituições religiosas; •Instituições de reinserção.

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:

Page 298: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

298

XVII.Cultura e Indústria Cultural Conteúdos básicos:

-Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

-Diversidade cultural; -Identidade; -Indústria cultural; -Meios de comunicação de massa; -Sociedade de consumo;

Conteúdo estruturante

• Trabalho, Produção e Classes Sociais Conteúdos básicos

f)O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; g)Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais h)Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; i)Globalização e Neoliberalismo; j)Relações de trabalho; k)Trabalho no Brasil.

3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:

e)Poder, Política e Ideologia Conteúdos básicos:

•Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; •Democracia, autoritarismo, totalitarismo; •Estado no Brasil; •Conceitos de Poder; •Conceitos de Ideologia; •Conceitos de dominação e legitimidade; •As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Conteúdos estruturantes

h)Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos básicos:

-Direitos: civis, políticos e sociais; -Direitos Humanos; -Conceito de cidadania; -Movimentos Sociais; -Movimentos Sociais no Brasil; -A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; -A questão das ONG’s.

Page 299: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

299

4 - PROPOSTA DE METODOLOGIA A Diretriz de Sociologia trás uma proposta de abordagem metodológica para o

trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico

para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico:

pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos

sociológicos” (PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das proposta ressalta

a importância do trabalho com os estudantes, na perspectiva de desenvolver um

aprendizado significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa de campo

salienta

A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95).

A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os

estudantes em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom

planejamento. Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da

pesquisa que pode ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao

entorno.

A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é outra alternativa para o

ensino de sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido

também como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são

dotados de linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar

imagens e sons“ (PARANÁ, 2008, p. 96).

No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se

trabalhar com tais ferramenta e o planejamento deverá ser rigoroso. Ao professor cabe

propor

uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b) aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais

Page 300: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

300

para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão – visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 - 97).

Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e

análise de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes

permitidos pelos conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizado com a obra

do autor e com outros textos para que os estudantes percebam as controversas

entre os autores e assim, rompem com a visão dogmática das “verdades”

estabelecidas. Para tanto, “recomenda-se articular os excertos dos textos

sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a

cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno

(PARANÁ, 2008, p. 97).

Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito a falta de obras

disponíveis ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser

solucionada com o “acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela

Biblioteca do Ensino Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão

disponíveis fontes de pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e

aperfeiçoamento, seja como material para dar suporte ao trabalho com os alunos”.

Não se pode esquecer do “Livro Didático Público de Sociologia é outro importante

suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para

professores e alunos” (PARANÁ, 2008, p. 97).

Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja

proibida trabalhar com outras abordagem. Muitos professores que atuam nas

escolas conhecem e trabalham com a proposta formulada pelo professor João Luiz

Gasparim, tal proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras

abordagem que podem ser usada pelo professor.

Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos

didático-pedagógicos que podem se útil em seu trabalho diário: aulas expositivas

dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível;

Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos:

clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários,

Page 301: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

301

jornalísticos; Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras

e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; Análises críticas: de filmes,

documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias,

charges, tiras, publicidade), entre outros.

Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino

da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Sociologia

tais conteúdos serão abordados, quando do trabalho em sala de aula com o

conteúdo específico de sociologia possibilitar tal diálogo.

5 - AVALIAÇÃO

As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Uma

avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com

as DCEs:

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade (PARANÁ, 2008, p. 98).

As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente. Abaixo,

algumas formas de avaliação conforme segue:

1. Prova individual com vários tipos de questões como: responder perguntas;

questões para enumerar; questões para completar; questões objetivas com múltipla

escolha;

-Prova individual com uma ou duas questões que deverão ser respondidas

dissertativamente;

3. Atividades diferenciadas como: trabalhos, pesquisas, relatórios, exercícios no

caderno, participação nas aulas, entre outras;

Page 302: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

302

4. Atividade extra-classe;

5. Trabalhos em grupo;

6-Aplicar no mínimo três avaliações por bimestre;

7-Realizar uma avaliação de recuperação de conteúdos, se necessário.

6 - REFERÊNCIAS

GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau) TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008.

Page 303: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

303

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE�L.E.M. INGLÊS

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

�Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores

culturais de um povo. Então, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é

um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural

do código linguístico (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura no

espaço discursivo em que professores e educandos se constituem socialmente.

A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a

partir da 5a série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a

possibilidade da inclusão de uma segunda língua estrangeira, nesse caso, a Língua

Espanhola, ofertada pelo CELEM.

A oferta do ensino da Língua Inglesa como disciplina da Parte Diversificada

atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas, propiciando a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.

A Língua Estrangeira, nesse caso, a Língua Inglesa(LI), tem por objetivo

expandir as formas de conhecimento, logo pode ser propiciadora da construção das

identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar o desenvolvimento da

consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na sociedade brasileira

e no panorama internacional, favorecendo ligações entre comunidade local e

planetária.

Com relação ao ensino de línguas estrangeiras no Paraná, uma nova

perspectiva chegou em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma

concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No

entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a

prática de leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a

língua. A SEED estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico

e adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de

Ensino Médio (EM) de toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.

O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como

foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que

favorecessem a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-

Page 304: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

304

se como sujeitos epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações

mais apropriadas para o processo de ensino aprendizagem.

No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED

como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a

disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social

da escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros

contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma

gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que

superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela

concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.

Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a

SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso

ao conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos

mesmos, visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:

[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).

Sob a perspectiva mencionada, a LI no ensino fundamental e médio, norteada

pela linha teórica bakhtiniana, desenvolve no educando o senso crítico,

principalmente, por partir do trabalho com textos significativos, orais ou escritos,

oriundos de diferentes esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros

discursivos. Tais textos estarão presentes em situações de interação do aluno com a

língua alvo propiciando conhecimento linguístico, discursivo, cultural e sócio-

pragmático. Nesse sentido, salientamos a importância de se ensinar a língua

estrangeira, no caso, a LI, com a finalidade de oferecer de oferecer ao nosso

estudante subsídios “para o enfretamento com vistas à transformação da realidade

social, econômica e política de seu tempo” (DCE, 2008,P.20).

Page 305: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

305

2 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos, a seguir, serão trabalhados sempre a partir de um

texto significativo, atendendo as especificidades de cada série.

5ª Série / 6º Ano ► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero

- Conteúdo Temático

- Estilo

- Elementos sociais de circulação

-Esfera social de circulação

-Suporte

► Práticas discursivas de: LEITURA ORALIDADE ESCRITA

•Tema do texto; •Interlocutor; •Finalidade; •Aceitabilidade do texto; •Informatividade; •Léxico; •Repetição proposital de palavras; •Semântica: - operadores argumentativos; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

• Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal.

6ª Série/7º Ano

► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero

Page 306: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

306

- Conteúdo Temático

- Estilo

- Elementos social de circulação

-Esfera social de circulação

-Suporte

► Práticas discursivas de: LEITURA ORALIDADE ESCRITA

XVIII.Tema do texto; XIX.Interlocutor; XX.Finalidade; XXI.Aceitabilidade do texto; XXII.Informatividade; XXIII.Léxico; XXIV.Repetição proposital de palavras; XXV.Situacionalidade; XXVI.Informações explícitas; XXVII.Discurso direto e indireto. XXVIII.Semântica: ε)operadores argumentativos; φ)ambiguidade; γ)sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; η)expressões que denotam ironia e humor no texto.

ι)Tema do texto; ϕ)Interlocutor; κ)Finalidade do texto; λ)Informatividade; µ)Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ν)Ortografia; ο)Concordância verbal/nominal.

-Tema do texto; -Finalidade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7ª Série/8º Ano ► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero

- Conteúdo Temático

- Estilo

- Elementos social de circulação

-Esfera social de circulação

-Suporte

Page 307: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

307

► Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA i)Tema do texto; j)Interlocutor; k)Finalidade; l)Aceitabilidade do texto; m)Informatividade; n)Léxico; o)Repetição proposital de palavras; p)Semântica: q)operadores argumentativos; r)Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. s)Intertextualidade; t)Vozes sociais presentes no texto;

•Intertextualidade; •Vozes sociais presentes no texto; •Semântica; •Operadores; •Argumentativos; •Ambigüidade; •Significado das palavras; •Sentido conotativo; •Expressões que denotam ironia e humor no texto.

-Tema do texto; -Finalidade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. -Elementos semânticos; -Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); -Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

��

8ª Série/9º Ano ► Gêneros Textuais •Marcas do Gênero - Conteúdo Temático - Estilo - Elementos Composicionais •Esfera social de circulação •Suporte ► Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA -Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade; - Aceitabilidade do

-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade;

-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade;

Page 308: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

308

texto; - Informatividade; - Léxico; -Repetição proposital de palavras; -Semântica -operadores argumentativos; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. -Temporalidade; -Discurso direto e indireto; -Polissemia.

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância; -Verbal/nominal; -Temporalidade; -Discurso direto e indireto; -Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; -Polissemia; -Processo de formação de palavras.

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal. Temporalidade; -Discurso direto e indireto;

1º, 2º e 3º Anos ► Gêneros Textuais •Marcas do Gênero - Conteúdo Temático - Estilo - Elementos Composicionais •Esfera social de circulação •Suporte ► Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA -Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Situacionalidade; -Intertextualidade; -Temporalidade; -Referência textual;

-Conteúdo temático; -Finalidade; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Situacionalidade; -Intertextualidade; -Temporalidade; -Referência textual; -Partículas conectivas do

Page 309: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

309

-Partículas conectivas do texto; -Discurso direto e indireto; -Elementos composicionais do gênero; -Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; -Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; -Polissemia; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Léxico.

pausas; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; -Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); -Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

texto; -Discurso direto e indireto; -Elementos composicionais do gênero; -Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; -Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; -Polissemia; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal.

�3 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao

que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que, o trabalho com a Língua Estrangeira

em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros

instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados, far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo,

propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.

•Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros

discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o

conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática

dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de

Page 310: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

310

todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual

finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-

pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos

sociais), culturais e discursivas.

•Na realização das atividades de leitura com o texto haverá exploração do

conhecimento prévio do aluno referente ao tema que será abordado por meio de

exposição de idéias e questionamentos feitos pelo professor; pré- leitura e, em

seguida, uma leitura mais aprofundada com o objetivo de extrair informações mais

específicas e assim proporcionar uma maior compreensão dos mesmos; pós-leitura

através de debates, projetos, filmes, etc., e tarefas realizadas em duplas ou grupos

para favorecer a interação social na construção do conhecimento através da língua.

•No tocante a oralidade os estudantes terão acesso a textos orais,

pertencentes aos diferentes discursos, os quais possibilitarão que se familiarizem

com sons específicos da língua que está aprendendo. Serão incentivados a

expressarem suas ideias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico.

•Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas,

significativas, com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da

produção, do suporte, da esfera social de circulação e do locutor e do interlocutor,

para que o aluno perceba o uso real da língua.

•Possíveis atividades a serem realizadas com vistas ao desenvolvimento das

práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita:

• Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;

• Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de

antecipação, de verificação;

• Atividades de leitura compartilhadas e individuais;

• Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor

ausentes nos textos produzidos pelos alunos;

• Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;

• Atividades que propiciem o estudo do tipo discursivo predominante (da ordem do

expor ou do narrar) e das sequências narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva,

dialogal;

Page 311: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

311

• Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão

nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;

• Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;

• Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas;

•A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo

com o que for oportunizado pelo texto, dada a importância que essa temática traz

para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que

dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu

ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação

Estadual 04/06.

Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da

prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo,

DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e

cópias de atividades diversas.

4 - AVALIAÇÃO

No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser

compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter

informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e quais as condições.

Nesse sentido a avaliação será:

a)formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio

de diferentes instrumentos avaliativos;

b)contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo

do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do

desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

c)diagnóstica – verifica como está o processo de construção do

conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas

constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do

trabalho;

d)formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o

Page 312: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

312

processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o

repensar sobre as ações e não o resultado;

e)somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados

obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao

nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao

aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele

verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela

avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em

seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens

significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o

quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar

o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou

seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de

aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:

•a aprendizagem escrita (produção de texto de gêneros variados, respostas

discursivas, relatórios)

•a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)

•a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos,

questões discursivas e questões objetivas)

•atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos

estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.

Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em

cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue:

a)A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

b)Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis

vírgula zero).

Quando não houver entendimento do conteúdo por parte de algum aluno, se

fará a recuperação de estudos que se dará concomitante a explicação e a

recuperação de nota será feita mediante avaliação formal quando o aluno não

Page 313: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

313

alcançar a média.

5 - INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS:

Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento,

os professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no

texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou

discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o

conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo

abordado em sala.

Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes

passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões

levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da

pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras

que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5.

Referência – cita as fontes pesquisadas.

Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:

planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta

apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da

intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o

texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,

etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às

exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou

informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos

consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e

estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta

argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e

clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.

Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar

se o aluno atende aos seguintes tópicos:

Page 314: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

314

1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho

(atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos

desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos

construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como

realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição

suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor

compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma

reflexão que permita o aprimoramento da atividade.

3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham

acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a

atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à

atividade em questão.

4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,

confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante,

pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade)

realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar

se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo

abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa

com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e

relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar

se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a

ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os

conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes

contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em

situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina

envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem

utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto

literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

Page 315: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

315

Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento,

os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem

utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos

daquele recurso.

Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados

em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços

diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.

Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;

comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua

Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os

conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.

6 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma

permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação

será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às

avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento.

7 – BIBLIOGRAFIA

BAKTHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BAKTHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec,1988.

Page 316: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

316

BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.

________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. _________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. _______. Grupo de estudos. Disponível em http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual 14 de Dezembro EFM, Peabiru, 2010. VYGOTSKY, L, S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: 1999

Page 317: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

317

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE�L.E.M. ESPANHOL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores

culturais de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua

Estrangeira é “[...] um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão

sistêmica e estrutural do código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de

aula se configura num espaço discursivo em que professores e educandos se

constituem socialmente.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua

Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser

propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar

o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na

sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a

comunidade local e a de fronteira latino-americana.

O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz

necessário em nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação

com o MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e

comerciais. Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que

ofereça o curso de Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse

motivo julgamos ser de fundamental importância a oferta do ensino da Língua

Espanhola em nossa escola, abrangendo não só os educandos regularmente

matriculados, mas também toda a comunidade, visto que nossos estudantes não

possuem condições financeiras suficiente para custear cursos nessa área.

Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste

estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais

contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos às novas gerações. Para tanto, o ensino partirá do trabalho com textos

significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes esferas sociais, bem como

pertencentes a diferentes gêneros discursivos.

Diante do exposto, a oferta da Língua Espanhola, em nosso estabelecimento

de ensino, propiciará aos educandos, profissionais da educação e membros da

comunidade a interação com a língua alvo, envolvendo o conhecimento linguístico,

discursivo, cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das

Page 318: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

318

capacidades de ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY,

1998) exigidas dos seus atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui

como formas de organização de uma sociedade, das atividades e das ações

realizadas pelos indivíduos em grupos organizados, as quais diferem-se de época

para época, de cultura para cultura e de lugar para lugar.

2. CONTEÚDOS

Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna são

considerados os conhecimentos construídos ao longo da história. Nesse sentido, as

DCE (2008) definem o discurso como prática social como conteúdo estruturante

para a Língua Estrangeira Moderna, pois entende que a língua é dinâmica e se

efetiva nas práticas de leitura, oralidade e escrita.

No que tange aos conteúdos específicos, estes serão norteados por gêneros

de textos de diferentes esferas sociais, conforme segue:

1º ANO

COTIDIANA

Exposição Oral; Álbum de Família; Fotos; Cartão pessoal; Carta

Pessoal; Cartão Felicitações; Cartão Postal; Bilhetes; Convites;

Musicas/Cantigas (Folclore); Quadrinhas; Provérbios; Receitas;

Relatos de experiências vividas; Trava-línguas.

LITERÁRIA/

ARTÍSTICA

Autobiografia; Biografias; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras

de Músicas; Narrativas; Poemas.

ESCOLAR Exposição Oral; Cartazes; Diálogo/Discussão; Mapas; Resumo.

IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartum; Charge; Classificados;

Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico;

Manchete; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras.

PUBLICITÁRIA Anúncios; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;

Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade

Comercial.

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulos/embalagens.

MIDIÁTICA Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal,

Telenovelas, Torpedos, Vídeo Clip.

2º ANO

Page 319: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

319

COTIDIANA

Exposição oral; Cartão pessoal; Cartas (pessoal); Cartões

(sociais); Convites; Advinhas; Anedotas; Diário; Canções

(culturais); Curriculum Vitae.

LITERÁRIA/ART

ÍSTICA

Biografias; Contos Fadas/ Contemporâneos; Histórias em

quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas (Aventura,

Ficção, etc.) Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos.

ESCOLAR Diálogo/Discussão Argumentativa; Resenha; Exposição Oral;

Mapas; Resumo; Relatos; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;

Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao Leitor; Carta do

Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística;

Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico;

Manchete; Mapas; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes;

Tiras.

PUBLICITÁRIA Anúncios; Caricatura; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;

Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade

Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto

Político.

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas; Regras de Jogo; Placas; Rótulos/ Embalagens;

MIDIÁTICA Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista, Filmes;

Fotoblog; Home Page; Reality Show;Talk Show; Telejornal;

Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo Conferência

Partindo, pois, dos gêneros, os conteúdos básicos serão desmembrados de

acordo com a prática discursiva priorizada em momentos específicos. Assim,

elencamos, a seguir, os que são considerados comuns aos dois anos do CELEM e

que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as

especificidades de cada texto/ano.

No que diz respeito aos gêneros textuais serão abordados os seguintes

aspectos:

c)Marcas do Gênero

- Conteúdo Temático

Page 320: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

320

- Estilo

- Elementos Composicionais

f)Esfera social de circulação

g)Análise Linguística

Já no tocante às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão

trabalhados na:

LEITURA tema do texto; interlocutor; finalidade; aceitabilidade do texto;

informatividade; léxico; repetição proposital de palavras;

semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido

conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que

denotam ironia e humor no texto; situacionalidade; informações

explícitas; discurso direto e indireto; intertextualidade; vozes

sociais presentes no texto; temporalidade; polissemia

marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; informatividade;

intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; semântica:

operadores argumentativos, ambigüidade, significado das

palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que

denotam ironia e humor no texto; temporalidade; discurso direto

e indireto; relação de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto; polissemia; processo de formação de

palavras; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ortografia;

concordância verbal/nominal.

ORALIDADE Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor;

elementos semânticos; adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc); diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o escrito; elementos extralinguísticos:

Page 321: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

321

entonação, pausas, gestos...; adequação do discurso ao gênero;

turnos de fala; variações linguísticas; marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao

que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que,

o trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados,

far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o

estudante vivencie situações concretas de uso dessa língua.

Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados

nos conteúdos básicos, suas características linguísticas, a função social de cada

texto – conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos

elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo

ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade,

qual o suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas,

culturais e discursivas.

Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros

de texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e

Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio

das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno,

pois esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características

típicas dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação,

discursiva e lingüístico-discursiva.

Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos

autores Dolz, Noverraz &Schnewly (2004):

PRODUÇÃO

FINAL

Apresentação

da situação

PRODUÇÃO INICIAL

Módulo

1

Módulo

2

Módulo

3

Page 322: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

322

De acordo com Nascimento (2008, p. 70-71), na apresentação da situação o

aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção de

gênero em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção,

as razões e o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura

ou audição, ao gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último,

haverá sensibilização para o que é dizível no gênero em questão.

Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que

o aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É

nessa etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá.

Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades

compreendidas em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais,

textuais, linguísticos e as que estão relacionadas à apropriação do sistema de

escrita, desmembradas da seguinte forma:

XXIX.Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e

interpretação;

XXX.Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de

antecipação, de verificação;

XXXI.Atividades de leitura compartilhadas e individuais;

XXXII.Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e

leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos;

XXXIII.Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;

XXXIV.Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante:

seqüência narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;

XXXV.Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por

coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais,

lexicais e sintáticas;

XXXVI.Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;

XXXVII.Atividades de escrita com delimitação do gênero, da finalidade, do

objetivo da produção e para quem se escreve. Nesse sentido, caberá ao

professor “oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos,

sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE,

2008, p. 67).

XXXVIII.Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas;

XXXIX.Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a

Page 323: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

323

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição

implica no uso e “adequação da variedade lingüística para as diferentes

situações [...] de forma que o aluno se familiariza com os sons específicos

da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66).

Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados

separadamente nas oficinas para produzir o texto.

Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de

ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e

capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros

paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se

fizerem necessários.

4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica,

formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os

quantitativos.

Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o

processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual

se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos,

afetivos e relacionais, partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se

aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se

continue a aprender.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar

o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou

seja, parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação

final (produção final).

Ao longo do desenvolvimento das sequências as avaliações serão constantes

e deverão abranger:

-a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados,

respostas discursivas, relatórios)

-a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)

-a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos,

Page 324: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

324

questões discursivas e questões objetivas)

-atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos

estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.

Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos,

servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de

acordo com as necessidades de seus alunos. Será por meio dela que o professor

perceberá quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente

trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a

efetiva interação do aluno com os discursos em/na Língua Espanhola.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como

questão metodológica, de responsabilidade do professor, será respaldada pelos

seguintes instrumentos seguidos dos critérios avaliativos:

Ao avaliar a leitura compreensiva de textos dos alunos, o professor deve

considerar se houve compreensão das idéias presentes no texto, levar o aluno a

interagir com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

observar se o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e

sistematizou o conhecimento de forma adequada, e se foram estabelecidas relações

entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

A prática da produção de texto deve ser orientada e analisada de acordo

com critérios bem definidos, observando se o aluno é capaz de redigir textos

atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.),

expressar as idéias com clareza (coerência e coesão), adequando a linguagem às

exigências do contexto de produção, elaborar argumentos consistentes além de

produzir textos respeitando o tema estabelecendo relações entre as partes.

A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão

do aluno a respeito do conteúdo abordado, a qualidade da argumentação, a

organização e exposição das idéias. O professor deve estar atento e analisar se o

aluno possui conhecimento do conteúdo, argumentos precisos e convincentes, se

realiza adequação da linguagem e ainda, se existe seqüência lógica e clareza na

apresentação.

Outro instrumento bastante utilizado é o Relatório, este auxilia no

aprimoramento da habilidade da comunicação escrita, possibilita ao estudante a

reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento. Nas aulas de

Língua Espanhola os objetivos desta atividade serão embasados na descrição

Page 325: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

325

suscinta de como a atividade foi desenvolvida e análise dos resultados obtidos de

forma crítica.

O Debate é também um instrumento necessário para o processo de

aprendizagem, portanto é preciso garantir a participação de todos os alunos.

Durante o debate é necessário observar os seguintes critérios: Se o aluno consegue

aceitar a lógica da confrontação de posições, se está disposto e aberto a ultrapassar

os limites das suas posições pessoais, se possui argumentos para explicitar

racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição, sendo capaz

de admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação. Esta atividade

possibilita que o professor avalie, por meio da persuasão, a superação de posições

particulares, o uso adequado da língua portuguesa em situações formais, o

conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, a compreensão

sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina

registrando as idéias surgidas no debate.

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que

podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. Estão inseridos

nesses recursos os filmes, documentários, músicas, teatro, dentre outros. Faz-se

necessário considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,

vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela

que existe na escola. Esta atividade possibilita ao professor avaliar a compreensão e

interpretação da linguagem utilizada, a articulação do conceito/conteúdo/tema

discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual e o

reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso.

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos

grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o

processo de aprendizagem, este pode ser proposto a partir de diferentes atividades,

sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis,

mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e

científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno demonstra os

conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção

coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados, se compreende a

origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a

contemporaneidade e o seu cotidiano.

As questões discursivas possibilitam verificar a qualidade da interação do

Page 326: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

326

aluno com o conteúdo abordado em sala de aula, identifica com maior clareza, o

erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no

processo de construção do conhecimento, abrangendo a capacidade de

compreender, analisar e sintetizar o conteúdo abordado. Alguns critérios devem ser

considerados, dentre eles, verificar se o aluno compreendeu o enunciado da

questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo

falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e

objetividade.Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa

tentativa foi adequada, sabendo se expressar por escrito, com clareza, utilizando-se

da norma padrão da língua portuguesa, e ainda se houve a sistematização do

conhecimento de forma adequada.

A principal finalidade das questões objetivas é a fixação do conteúdo. Cabe

ao professor, avaliar se o aluno possui uma leitura compreensiva do enunciado, se

existe a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo, e ainda a

capacidade de se empregar de conhecimentos adquiridos.

A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento

avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como

na Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue:

• A média bimestral corresponderá às avaliações individuais realizadas de no

mínimo 3 instrumentos avaliativos, aos quais, obrigatoriamente, o aluno

submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação adotado.

• A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

• A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos e dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

• Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de

6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.

5 – REFERÊNCIAS

BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007.

Page 327: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

327

PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In: Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258.

DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequências Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.pdf> Acesso em 24 de jan. 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.

Page 328: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

328

PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE

JOVENS E ADULTOS

1 OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A educação de jovens e adultos visa atender a educandos-trabalhadores, que

não tiveram acesso ou continuidade da escolarização na idade própria, muitas

vezes, alheios à sua vontade. E tem como objetivo o compromisso com a formação

humana e com o acesso a cultura geral, aprimorando sua consciência crítica,

adotando atitudes éticas e compromisso político para o desenvolvimento de sua

autonomia intelectual.

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de

cultura. Passa a se reconhecer como sujeito do processo e a confirmar saberes

adquiridos para além da educação escolar, na própria vida, adaptando seu

conhecimento para o mundo do trabalho e o exercício da cidadania.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade

de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva,

respeitando os seus limites e possibilidades de cada educando. Apresentar

propostas viáveis para que o acesso, a permanência e o sucesso dos educandos

nos estudos estejam assegurados.

Esta proposta se apresenta como tarefa fundamental para o envolvimento dos

educandos jovens, adultos e idosos nas práticas escolares, com acesso aos saberes

em suas diferentes linguagens e tais práticas devem estar articuladas às suas

necessidades, expectativas e trajetórias de vida, e devem servir como incentivo para

que continuem seus estudos.

1.1 PERFIL DO EDUCANDO

As características específicas dos educandos da modalidade de ensino

fundamental e médio da Educação de Jovens, Adultos e Idosos de nossa escola,

nossa comunidade e município, são:

•Pertencentes a situações sociais, econômicas, políticas e culturais diversas.

Page 329: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

329

•São oriundos de freqüentes evasões e reprovações no ensino fundamental e

médio regular.

•Que necessita lançar-se prematuramente no mercado de trabalho

•Necessitam de escolarização formal, pela própria exigência do mercado de

trabalho.

•São educandos que apresentam uma bagagem de conhecimentos adquiridos

com experiências da vida.

•Alunos idosos que através da escola procuram além do desenvolvimento do

conhecimento, ampliar o convívio social e oportunizar a realização pessoal.

•Apresentam um tempo próprio no processo de aprendizagem.

•Grande participação da mulher que por vários motivos e durante anos sofreu

drásticas conseqüências de uma sociedade desigual e patriarcal.

•Educandos com necessidades educacionais especiais.

•Alunos provenientes do campo, devido ao município pertencer a uma região

essencialmente agrícola.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades

apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos

– Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação

vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo

a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

π)pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

θ)desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

ρ)registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização

dos conhecimentos;

σ)vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,

Page 330: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

330

bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de

estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de

Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações

sobre a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início

e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do

currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos

conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os

saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm

possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma

pré-estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que

não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições

de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante

classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou

desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma

organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e

oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e

horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições

de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Page 331: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

331

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo

de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e

ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e

possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de

07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de

Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização

coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e

o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles

que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a

legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos

educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

•deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

•condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

•superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas

Page 332: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

332

e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para

a aprendizagem e participação de todos os alunos.1

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,

de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito

a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação

escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando

o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo

igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas

descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a

grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de

escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o

regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios

estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.

1.6 FREQÜÊNCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%

(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio,

sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco

por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

1.7 EXAMES SUPLETIVOS

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao

��������������������������������������������1 ��������� ��� ��� ��� �������� � ����������� ����� ����� ����� �����

Page 333: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

333

disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de

Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de

Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão

colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de

democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção

do Estabelecimento de Ensino.

A comunidade escolar é compreendida como conjunto de profissionais da

educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e freqüentando

regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos representantes de segmentos

organizados presentes na comunidade, comprometidos com a educação.

O Conselho Escolar é representativo da comunidade escolar, tendo natureza

deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, agindo na organização e na

realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola, estando em

consonância com a Constituição, LDBEN n.º 9394/96, ECA, Projeto Político

Pedagógico, e o Regimento Escolar.

1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e

Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado

da Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar

outros recursos didáticos.

1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR

O acervo bibliográfico deste estabelecimento está a disposição dos

educandos do ensino fundamental e médio regular, bem como dos Jovens, Adultos e

Idosos da modalidade da EJA. O mesmo propicia aos discentes espaço para leitura,

estudos e pesquisas cujo objetivo é despertar e motivar o hábito pela leitura e

Page 334: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

334

pesquisa.

O acervo bibliográfico é composto de jornais periódicos, livros atualizados,

revistas, obras literárias, enciclopédias, literatura infanto-juvenil, entre outros.

1.11 LABORATÓRIO

A escola possui um laboratório que atende as necessidades do ensino

fundamental e médio regular, bem como a modalidade de Educação de Jovens,

Adultos e Idosos. O mesmo propicia aos educandos estabelecer relações entre a

teoria e a prática oportunizando um maior conhecimento e auxiliando-os no seu

cotidiano.

1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS

Dispomos em nossa escola dos seguintes recursos tecnológicos sendo eles,

retro-projetor, tela portátil para projeção, antena parabólica, micro computador,

televisor, vídeo cassete, fita cassete, aparelho de som, filmadora e máquina

fotográfica. Os mesmos atuam como facilitadores do processo ensino-

aprendizagem, bem como otimização das atividades em sala de aula no sentido de

promover melhor compreensão dos conteúdos trabalhados.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o

reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o

processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade:

ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando

a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que

regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente

diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a

reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a

Page 335: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

335

que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações

sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente

com:

•o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que

os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

•o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e

justiça;

•os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso

ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as

��������������������������������������������2� �KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

Page 336: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

336

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,

considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de

Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

XL.A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem

como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos

processos educativos formais;

XLI.O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um

ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do

que na relação qualitativa com o conhecimento;

XLII.Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do

trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

XLIII.A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da

atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os

saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos

de transformação de sua realidade social;

XLIV.O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia

tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os

conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se

encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da

contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

-Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

Page 337: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

337

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e

aprendizagem;

-Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

-O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes

linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

-Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,

nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania

e do trabalho;

-Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,

críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não

refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta

modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre

outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades

educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-

curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do

Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não

tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.

Page 338: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

338

4 - MATRIZ CURRICULAR

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – EFM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA

PORTUGUESA 226 272

ARTES 54 64

LEM - Inglês 160 192

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272

CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192

GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou

1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

Page 339: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

339

4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO - EFM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORT. E

LITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

TOTAL

1200

1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

Page 340: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

340

5- CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de

ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como

espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a

compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e

aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva

do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico,

constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e

deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela

estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os

conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se

constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de

Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada

em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso

aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica,

a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da

Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por

essas diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas

pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores

propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e

Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento

que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias,

princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar

intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a

Educação Básica.

Page 341: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

341

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados

atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos

na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma

atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

a) investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

b) contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

c) sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

d) abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola

do educando;

e) permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho

pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao

longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz

curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação

presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o

seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante

Page 342: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

342

o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e

pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de

aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo

educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e

necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

d)as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

e)para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e

também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a

que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor,

conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as

avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão

registro de nota para fins de promoção e certificação.

f)a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins

de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em

cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência

mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada

disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

g)o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em

cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo

de apropriação dos conhecimentos;

h)para os educandos que cursarem 100% da carga horária da

disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações

Page 343: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

343

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula

zero);

i)os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

j)o educando portador de necessidades educativas especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

6.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao

processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4 Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,

por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

6.5 Classificação e Reclassificação

Page 344: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

344

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará

o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,

podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de

alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do

Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão

registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação

do Paraná.

E�F���@���)����� ���� %����� �� �������3�����+���0� �>���������������'�������� �� ������ �� ����� ��� �������3�� ���� ������������ ���������� �������.��������$�

/��� /���'�������� /������ ���>� 5����� �2B�� ���%@%�������������.����� ���� ���������� �� �������� ���6-����� A� ���� (�������.��������;�����������/����23�����'����0����8��������/��������� /����23�� G� �� ������� ���� �3�� ��=�� �� �-��� �� /H�� � ���� %����� �������&6����� �� �����23�� ������0� ����� ��� 5����0� �� �������� �@���A������&��0� ��� ������� ��������0� �� ����������� ���6%���0� �� ��'������������� ����>���0� �� ������� �� ����������� �� ��-6���� �����0� ���������$�

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no

Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e

Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as

Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE

para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE

Page 345: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

345

para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08,

todas do Conselho Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as

seguintes ofertas :

a) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e

Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na

organização coletiva.

7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio

No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de

100% da carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e

Adultos:

a)a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

b)será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

c)o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,

concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;

d)o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá

matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

e)poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio

de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s)

/ etapa(s) / semestre(s) eqüivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular,

mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no

Page 346: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

346

Regimento Escolar;

f)para os educandos que não participaram do processo de escolarização

formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização

formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos

por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;

g)será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais

de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua

matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária

cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não

ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;

h)o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial

na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo

participar do processo de reclassificação.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando

será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos,

o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a

duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que

os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações

metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que

compõem o Guia de Estudos:

•a organização dos cursos;

•o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento

escolar;

•a dinâmica de atendimento ao educando;

•a duração e a carga horária das disciplinas;

•os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

•o material de apoio didático;

•as sugestões bibliográficas para consulta;

•a avaliação;

•outras informações necessárias.

Page 347: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

347

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos

recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do

Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

7.5 AVALIAÇÃO

a)avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

b)as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

c)para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e

também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a

que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor,

conforme descrito no regimento escolar;

d)a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo

os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

e)para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis

vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e

freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de

cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização

individual;

f)o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em

cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo

de apropriação dos conhecimentos;

a)a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética

das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota

6,0 (seis vírgula zero);

b)os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

c)o educando portador de necessidades educativas especiais, será

Page 348: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

348

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao

processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E

RECLASSIFICAÇÃO

Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e

reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto

na legislação vigente.

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a

Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do

Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas

descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.

Page 349: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

349

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no

ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico

neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-

se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da

função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e

suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens

e Adultos.

8.1.1 Direção

Compete ao diretor(a):

-cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

-responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

-coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

-coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

-implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, tem

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

-coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

-convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

-elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

Page 350: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

350

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

-prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

-coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,

após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

-garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com

os órgãos da administração estadual;

-encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

-deferir os requerimentos de matrícula;

-elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de

acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar

e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

-acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o

cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos

discentes;

-assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades

estabelecidos;

-promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

-propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e

abertura ou fechamento de cursos;

-participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-

los ao Conselho Escolar para aprovação;

-supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto

ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a

exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

-presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

-definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

equipe auxiliar operacional;

Page 351: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

351

-articular processos de integração da escola com a comunidade;

-solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

-organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,

correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática

Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de

Curso;

-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,

juntamente com a comunidade escolar;

-cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária

e epidemiológica;

-viabilizar salas adequadas quando da oferta de ensino extracurricular e

plurilingüista de Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas – CELEM;

-disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

-assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas

atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

Page 352: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

352

8.1.2 Professor Pedagogo

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas

no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a

política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia;

Compete à equipe pedagógica:

-Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

-Orientar a comunidade escolar da construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

-Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

-Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado e Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

-Orientar o processo de orientação dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

-Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à

elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

-Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

-Organizar, junto à direção da escola a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

-Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do conselho de classe;

-Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

Page 353: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

353

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiências, debates e oficinas pedagógicas;

-Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

-Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

-Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantido a participação democrática de toda a comunidade

escolar;

-Participar do Conselho Escolar quando o representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

-Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

-Coordenar a elaboração de critérios para a aquisição, empréstimo e seleção

de materiais equipamentos e/ou livros de uso didáticos pedagógicos, a partir do

Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações

e projetos de incentivo à leitura;

-Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física, e Biologia e de Informática;

-Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

-Coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

-Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme a orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

-Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

-Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a

Page 354: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

354

serem desenvolvidas no estabelecimento;

-Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,

quanto no acompanhamento da prática profissional supervisionada dos funcionários

cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

-Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

-Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

-Participar na elaboração do Regulamento de usos dos espaços pedagógicos;

-Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial

conforme legislação em vigor;

-Organizar e acompanhar, junto com a direção as reposições de dias letivos

horas e conteúdos aos discentes;

-Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registros de

Classe e da Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta

específica para a Educação de Jovens e Adultos;

-Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

-Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

-Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para a realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis

necessidades educacionais especiais;

-Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento ao serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

-Acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

Page 355: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

355

-Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

-Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescentes, sempre que

houver necessidades de encaminhamentos;

-Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e

curriculares e no processo de inclusão da escola;

-Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações

e troca de experiência, visando a articulação do trabalho pedagógico entre

Educação Especial e ensino regular;

-Acompanhar as Coordenações das escolas itinerantes realizando visitas

regulares;

-Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para

cada disciplina, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos;

-Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos, na

modalidade de Educação de Jovens e Adultos;

-Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-Elaborar seu plano de ação;

-Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no

administrativo , tais como:

-Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada

disciplina;

-Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames

supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)

dessa(s) ação(ões).

-Acompanhar o estágio não-obrigatório.

Page 356: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

356

8.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação

Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos,

têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar,

quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao Coordenador de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

-Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

-Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

-Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

-Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção

do Estabelecimento.

-Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

-Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no

Sistema.

-Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

-Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.

-Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

-Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

-Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.

-Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas

durante as horas-atividade dos professores.

-Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.

-Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em

comunidades que necessitam de escolarização.

Page 357: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

357

-Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

-Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

-Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,

quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização

pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;

Coordenador Itinerante

-Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.

-Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

-Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

-Observar e registrar a presença dos professores.

-Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

-Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

-Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.

-Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.

-Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral

qualquer problema neste procedimento.

-Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

-Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as

turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

-Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os

professores;

Coordenador de Exames Supletivos

-Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos

-Tomar conhecimento do edital de exames.

-Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

-Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames

possam ser executados.

-Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

-Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da

Page 358: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

358

emissão de Relatório de Inscritos.

-Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,

para execução dos exames.

-Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em

Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.

-Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.

-Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos

Exames.

-Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

-Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização

dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a

organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

-Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e

tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

-Divulgar as atas de resultado.

-Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.

8.1.4 Docentes

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados.

Compete aos docentes:

-participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado

pelo Conselho Escolar;elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-

Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

-participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,

dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

-elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

-desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão

crítica do conhecimento pelo aluno;

Page 359: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

359

-proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando prioritariamente o direito do aluno;

-proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no

decorrer do período letivo;

-participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos

alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e

apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

-participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

-participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

-assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

-viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno.

-na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as

peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

-participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem e da Sala de Recursos em turno contrário, a fim de realizar ajustes ou

modificações no processo de intervenção educativa;

-estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

-participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca

de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais

serão registradas e assinadas em Ata;

-propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

Page 360: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

360

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

-zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica;

-cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao

planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

-cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado e Educação;

-manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de

ensino;

-participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade; Para os estabelecimentos de ensino que

ofertam a Educação de Jovens e Adultos acrescentar os incisos descritos abaixo.

-desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

-dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em

vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias

que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

-utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à

aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;

-atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e

Page 361: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

361

individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas

pela Secretaria de Estado e Educação;

-participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria

de Estado e Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.

Aos docentes cabe também:

-Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica

deste Estabelecimento Escolar.

-Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

-Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos

disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que

respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto

e idoso deste Estabelecimento;

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e

nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá

atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e

individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo

Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam

nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento

de ensino.

A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no

laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é

indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,

conforme normas da SEED.

O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

Compete ao Secretário Escolar:

-conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

-cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Page 362: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

362

SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de

ensino;

-distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

-receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

-organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

-efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

-elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

-encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;

-organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,

de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da

regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

-responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do

aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

-manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

-organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

-atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento

Escolar;

-zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

-orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de

Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

-cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas

da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

Page 363: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

363

-organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao

setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;

-secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas

Atas;

-conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

-comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

-organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular

(CELEM, Atividades Complementares no Contra turno – CAICs), quando desta oferta

no estabelecimento de ensino;

-auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no

Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

-fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,

quando solicitado;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-organizar e acompanhar a documentação legal dos alunos que freqüentam

as Escolas Itinerantes;

-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

-cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,

quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,

necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

-atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando

informações e orientações;

Page 364: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

364

-cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

-controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando

informações sobre os mesmos a quem de direito;

-organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu

setor;

-efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

-organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo

da escola;

-classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,

registrando a movimentação de expedientes;

-realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial

do estabelecimento, sempre que solicitado;

-coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

-executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado de Educação;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

-Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado

pela direção do estabelecimento de ensino:

-cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando

organização e funcionamento;

Page 365: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

365

-atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo

de livros, de acordo com Regulamento próprio;

-auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta

pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;

-auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs,

entre outros;

-encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das

necessidades indicadas pelos usuários;

-zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

-registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

-receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da

biblioteca;

-manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando

pela sua manutenção;

-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

-auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado da Educação;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no

laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:

-cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,

assessorando na sua organização e funcionamento;

-auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de

materiais e equipamentos de informática;

Page 366: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

366

-preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais

necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

-assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no

laboratório;

-zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

-receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do

laboratório de Informática;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química,

Física e Biologia do estabelecimento de ensino:

-cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química,

Física e Biologia;

-aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo

docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e

equipamentos;

-preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a

realização de atividades práticas de ensino;

-receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do

laboratório;

-utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do

laboratório;

-assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

-zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e

equipamentos de uso do laboratório, assim como pela preservação dos materiais de

Page 367: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

367

consumo;

-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

-comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou

acidente ocorridos no laboratório;

-manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,

solventes, reagentes e demais materiais de consumo;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado da Educação;

-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Page 368: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

368

9 - BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica

para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São

Paulo : Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.

CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,

p.17

(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

Conselho Estadual de Educação - PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

- Resolução 03/98 – CEB.

Constituição Brasileira – Artigo 205.

DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília,

DF : MEC : UNESCO, 1998.

DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus,

1997.

DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros.

Nível de Escolarização da População. mimeog.

DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN.

mimeog.

DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação

e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.

Page 369: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

369

Decreto 2494/98 da Presidência da República.

Decreto 2494/98 da Presidência da República.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

2005.

LDBEN nº 9394/96.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os

que vivem

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos

Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.

Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.

Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.

SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.

SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a

nova LDBEN.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender

e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

Page 370: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

370

X - ADENDO DE ALTERAÇÃO E ADEQUAÇÕES AO REGIMENTO

ESCOLAR

De acordo com as alterações e adequações realizadas na Proposta

Pedagógico-Curricular de Educação de Jovens e Adultos - Presencial, conseqüentes

dos resultados da avaliação, há necessidade das seguintes alterações e

adequações no Regimento Escolar:

TÍTULO II

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

SEÇÃO III

DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR,ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

Art 71 A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental - Fase II e

Médio, é ofertada de forma presencial, com a seguinte organização:

Nesse Artigo, foi acrescido um inciso:

VII - garantia da oferta de 04 (quatro) horas - aula diária, por turno.

SEÇÃO IV - DA MATRÍCULA

Art. 86 Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, as matrículas

podem ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:

ΙΙΙ.no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, a matrícula é por

disciplina e o aluno escolhe, em função da oferta, até 04 (quatro) disciplinas

concomitantemente e a forma de organização, coletiva ou individual;

Ις.para matrícula, deve ser observada a idade mínima, exigida na legislação

vigente.

Nesse artigo, foi acrescido o Parágrafo Único :

Parágrafo Único - Serão priorizadas as vagas para matrícula na organização

coletiva.

SEÇÃO V- DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO

Page 371: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

371

Art. 97-A Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em

todas as disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar

matrícula inicial no Ensino Médio.

Parágrafo Único – Em caso de transferência, esta só poderá ser expedida

após o aluno ter concluído, no mínimo, 2(duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido,

no mínimo, 1(um) registro de nota e frequencia nas demais disciplinas matriculadas.

Nesse artigo, foi suprimido o Parágrafo Único.

SEÇÃO VI - DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO

Art. 105 Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento

de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:

II.que o aluno deve ter cursado, no mínimo, 25% do total da carga horária

definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental - Fase II e no Ensino Médio;

III.a idade para a conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação vigente.

Nesse artigo, foi suprimido o inciso II

Art. 106 O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e

Adultos, poderá posicionar o aluno, devendo este cursar ainda 50% ou 25% da

carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental - Fase II e do Ensino

Médio:

I. tendo cursado 25% e avançando em 25%, o aluno deverá cursar

ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de

registros de notas:

-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Page 372: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

372

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas.

II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, o aluno deverá cursar

ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de

registros de notas:

-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;

-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas.

Parágrafo Único - Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga

horária total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda,

obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.

Esse artigo passa a vigorar com a seguinte redação e acréscimo de um

inciso:

Art. 106 O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e

Adultos, poderá posicionar o aluno, em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de

cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50%

da carga horária total de cada disciplina:

I. tendo cursado 25% e avançando em 25%, o aluno deverá cursar

ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de

registros de notas:

-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Page 373: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

373

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas.

II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, o aluno deverá cursar

ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de

registros de notas:

-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e

Literatura, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;

-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas.

III - tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da

disciplina do Ensino Fundamental - Fase II, o aluno será considerado concluinte da

disciplina.

Parágrafo Único - Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária

total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda, obrigatoriamente, no

mínimo, 25% do total da carga horária.

SEÇÃO VII - DA TRANSFERÊNCIA

Art. 116 A matrícula por transferência, na modalidade Educação de Jovens e

Adultos, deve:

VI.no processo de escolarização com a mesma organização de ensino,

considerar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de ensino de

origem;

Page 374: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

374

VII.no processo de escolarização com organização de ensino diferente da

ofertada na Educação de Jovens e Adultos:

b)desconsiderar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de

ensino de origem;

c)realizar matrícula inicial em até 4 (quatro) disciplinas;

d)aluno poderá ser reclassificado, em cada disciplina, após ter cursado 25%

do total da carga horária da disciplina.

No inciso II, deste artigo, suprimir a alínea c e, a alínea a passa a vigorar

com a seguinte redação:

V....

VI....

τ)desconsiderar os registros de nota e carga horária da

série/período/etapa/semestre em curso;

υ)...

ϖ)suprimido;

SEÇÃO XI - DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Art. 156 Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer

aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de

cursos organizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a

comprovação de conclusão.

Parágrafo Único - O aluno oriundo de organização de ensino de forma

diferente da ofertada nesta modalidade terá desconsiderados os registros de notas e

carga horária do estabelecimento de ensino de origem, devendo realizar matrícula

inicial em até 4 (quatro) disciplinas.

Page 375: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

375

Este artigo passa a vigorar com a seguinte redação e supressão do parágrafo

único.

Art. 156 Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer

aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de

cursos organizados por disciplina, por etapas, cuja matrícula e resultados finais

tenham sido realizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a

comprovação de conclusão.

Nesta seção, foi acrescido o seguinte artigo e parágrafos.

Art. 157 O aluno oriundo de organização de ensino por

série/período/etapa/semestre concluída com êxito, poderá requerer na matrícula

inicial da disciplina, a partir de 2009, aproveitamento de estudos, mediante

apresentação de comprovante de conclusão da série/período/etapa/semestre a ser

aproveitada:

§1º - para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento

de estudos de série e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) concluídos com êxito,

equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga

horária total de cada disciplina da EJA.

§2º - a última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será

aproveitada.

§3º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a

carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter

as seguintes quantidades de registros de nota, conforme tabela abaixo:

Ensino Fundamental – Fase II

Disciplina

s/Carga Horária

% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) / etapa(s) /

semestre(s), Carga Horária a ser cumprida, Nº de Registros de notas 1 série ou 2 séries ou 3 séries ou

Page 376: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

376

Total correspondente =

25%

correspondentes =

50%

correspondentes = 75%

Língua

Portuguesa

(272h/a)

204h/a, 4

registros de notas

136h/a, 3

registros de notas

68h/a, 2 registros

de notas

Matemáti

ca (272h/a)

204h/a, 4

registros de notas

136h/a, 3

registros de notas

68h/a, 2 registros

de notas

Ciências

Naturais

(192h/a)

144h/a, 3

registros de notas

96h/a, 2

registros de notas

48h/a, 1 registro de

nota

História

(192h/a)

144h/a, 3

registros de notas

96h/a, 2

registros de notas

48h/a, 1 registro de

nota

Geografi

a (192h/a)

144h/a, 3

registros de notas

96h/a, 2

registros de notas

48h/a, 1 registro de

nota

LEM –

Inglês (192h/a)

144h/a, 3

registros de notas)

96h/a, 2

registros de notas

48h/a, 1 registro de

nota

Artes

(64h/a)

48h/a, 2

registros de notas

32h/a, 1

registro de nota

16h/a, 1 registro de

nota

Educaçã

o Física (64h/a)

48h/a, 2

registros de notas

32h/a, 1

registro de nota

16h/a, 1 registro de

nota

Ensino

Religioso *

Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de

Ensino e de matrícula facultativa pelo educando.

Ensino Médio

Disciplinas

/Carga Horária

Total

% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) /

etapa(s) / semestre(s), Carga Horária a ser cumprida e Nº de 1 série ou

correspondentes = 25%

2 séries ou correspondentes

= 50%

Língua

Port. e Literatura

(208h/a)

156h/a, 4 registros de

notas 104h/a, 3 registros de notas

Page 377: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

377

Matemátic

a (208h/a)

156h/a, 4 registros de

notas 104h/a, 3 registros de notas

Biologia

(128h/a)

96h/a, 3 registros de

notas 64h/a, 2 registros de notas

Física

(128h/a)

96 h/a, 3 registros de

notas 64h/a, 2 registros de notas

Química

(128h/a)

96 h/a, 3 registros de

notas 64h/a, 2 registros de notas

História

(128h/a)

96h/a, 3 registros de

notas 64h/a, 2 registros de notas

Geografia

(128h/a)

96 h/a, 3 registros de

notas 64 h/a, 2 registros de notas

LEM –

Inglês

(128h/a)

96 h/a, 3 registros de

notas 64h/a, 2 registros de notas

Arte

(64h/a)

48h/a, 2 registros de

notas 32h/a, 1 registro de nota

Filosofia

(64 h/a)

48h/a, 2 registros de

notas 32h/a, 1 registro de nota

Sociologia

(64 h/a)

48h/a, 2 registros de

notas 32h/a, 1 registro de nota

Educação

Física (64h/a)

48h/a, 2 registros de

notas 32h/a, 1 registro de nota

Peabiru, 17 de janeiro de 2009

____________________________________________

Assinatura da Direção

Page 378: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

378

ADENDO DE ALTERAÇÕES E ADEQUAÇÕES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR

Adendo de Alterações e Adequações n° 01/2010 da Proposta Pedagógica Curricular

da Educação de Jovens e Adultos, apreciado pelo Conselho Estadual de Educação,

através do Parecer n° 638/10 CEE, que normatiza a implantação do Ensino de

Língua Espanhola, a partir do ano letivo de 2010, no Ensino Médio.

Altera a redação dos capítulos 4.2 – Matriz

Curricular do Curso de Educação de Jovens e

Adultos – Ensino Médio; E acrescenta novos

itens nos capítulos 6.2 – Procedimentos e

Critérios para Atribuição de Notas, letras h – i;

7.2 – Formas de Atendimento, letra b; 7.3 –

Matrícula, letras i – j – k; 7.5 – Avaliação, letras

j – k – l. na Proposta Pedagógica Curricular

aprovada pelo CEE – Resolução 3068/2007 de

10/07/2007, referente a disciplina de Língua

Espanhola.

Page 379: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

379

4 - MATRIZ CURRICULAR

4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO - EFM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 / 1568 H/A ou 1200 / 1306

HORAS

DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE

HORAS/AULA

LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA

174 208

LEM - INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

Page 380: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

380

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

h) na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do

processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de

cálculo da média final.

i) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada

no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na

documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

7 - REGIMENTO ESCOLAR

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

b) a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva.

7.3 MATRÍCULA

i) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula

facultativa para o educando;

j) no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para

o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas

concomitante;

k) o educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de dois meses

consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu

retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e

os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.

7.5 AVALIAÇÃO

j) para fins de certificação e acréscimo de carga horária da disciplina de

Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)

Page 381: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

381

do total da carga horária da disciplina.

k) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será

avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de

notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.

l) para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso,

na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima

de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.

Page 382: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

382

CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL

ÁREA MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática maior, menor, Improvisação Gêneros: erudito, popular, folclórico, étnico Técnicas: vocais, instrumental, mista. Estrutura Tonal, modal e a fusão de ambos. Sonoplastia MOVIMENTOS E PERíODOS Greco-Romana Oriental Ocidental Africana Música Popular étnica (ocidental e oriental) Musica engajada Música Popular Brasileira Indústria cultural Eletrônica Paranaense Minimalista Rap, Rock, Tecno Música Contemporânea ÁREA ARTES VISUAIS Ponto Linha Textura Forma

Page 383: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

383

Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figurativa/Abstrato Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, desenho, grafite, performance, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura... Gêneros: paisagem, paisagem urbana, cenas do cotidiano, retrato, cenas da mitologia, natureza morta Proporção Perspectiva Pontilhismo Estilização Deformação Semelhanças Contrastes Ritmo Visual MOVIMENTOS E PERíODOS Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Idade Média Arte Popular (folclore) Arte Pré-Histórica Renascimento Barroco Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Indústria Cultural Arte no sec. 20 Arte Contemporânea Realismo Vangardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop. Op Art Pop Art ÁREA TEATRO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Page 384: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

384

COMPOSIÇÃO Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara, sombra, adaptação cênica, monólogo, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem, Representação, Gênero: Tragédia, Comédia, Rua, Arena, Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Texto dramático Enredo, roteiro Espaço Cênico, circo. Adereços Representação, Leitura dramática, Caracterização Maquiagem Sonoplastia Figurino Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador) MOVIMENTOS E PERíODOS Greco-Romana Teatro Oriental Africano Teatro Medieval Renascimento Teatro Popular Teatro Brasileiro e Paranaense Comédia dell' arte Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo Vanguardas Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo ÁREA DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO movimento Kinesfera Eixo Ponto de Apoio

Page 385: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

385

Rotação Giro Rolamentos Salto e queda Niveis (alto, médio e baixo) Peso(leve e pesado) Fluxo(livre, interrompido e conduzido) Extensão(perto e longe) Movimentos articulares fluxo livre e interrompido Tempo Rápido, lento e moderado. Aceleração e desaceleração Coreografia Deslocamento Espaço Formação Niveis (alto, médio e baixo) Direção(frente, atrás, direito e esquerda) Deslocamento(direto e indireto) Coreografia Sonoplastia Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular, folclórica, popular, étnica, performance e moderna, Indústria Cultural, espetáculo MOVIMENTOS E PERíODOS Pré-história Greco-Romana Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo ENSINO MEDIO

Page 386: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

386

ÁREA MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana ÁREA ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças

Page 387: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

387

Contrastes Ritmo Visual simetria deformação estilizção Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, historia em quadrinhos, Gêneros: paisagem, natureza-morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia. MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Engajada Arte Contemporânea Arte Digital Arte Latino-Americana

Page 388: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

388

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Conteúdos básicos

1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. 2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. 3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico. 4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. 5-Teorias evolutivas. 6-Transmissão das características hereditárias. 7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência

com o ambiente. 8-Organismos Geneticamente Modificados.

Page 389: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

389

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Conteúdos Estruturantes e Básicos:

+E��/I;E8�/8�FJ�JF���/8�

+E��/I;E8�KL8*+E8�

������������

A�J��&���A�8�����������A� �&�������������������A�������A�E�%���&���23�����J��&���A�M�&���23�����&����

� ��<���

A�+��������23��������<���A�4��������������<����

��8�������'���@%�����

A��6&������%���.�23��A�+<�����A� �-���%����-������%����������&�&���A� ��������������2��%�<�����

Page 390: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

390

5ªsérie

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS

Astronomia Astronomia e Astronáutica:

- O Brasil visto do satélite

- O movimento aparente do Sol

- As estações do ano

- Fuso horário

- Os astros no Universo

- Sistema solar e constelações

- As fases da Lua

Matéria

Energia

Biodiversidade

Água no ecossistema:

- Distribuição da água na Terra

- O ciclo da água

- A poluição da água

- O tratamento de água

- Fornecimento de água nas cidades

- A conta de água

Matéria

Energia

Biodiversidade

Ar no ecossistema:

- A atmosfera

- Poluição do ar

Matéria

Energia

Biodiversidade

Solo no ecossistema:

- Estruturas da Terra

- Rochas e minerais

- O solo

- Lixo

Page 391: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

391

6ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS

Biodiversidade

Energia

- A classificação dos seres vivos

- As plantas verdes e a produção de alimentos

- Bactérias e eucárias

- Gimnospermas – os pinheiros

- Angiospermas I – os cactos

- Angiospermas II – a polinização das flores

- Flor, semente e fruto

Biodiversidade - Protista de vida livre e parasitas

- Animais mais simples: poríferos e cnidários

- Platelmintos: vermes planos

- Nematódeos: vermes cilíndricos

- Moluscos

- Anelídeos

Biodiversidade - Artrópodes I: aracnídeos

- Artrópodes II: crustáceos

- Artrópodes III: insetos

- Equinodermos

Biodiversidade - Peixes: vertebrados aquáticos

- Anfíbios e répteis: vertebrados com quatro

pernas

- Aves

- Mamíferos

Page 392: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

392

7ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Calorias e alimentos

- Microorganismos e alimentos

- Vacinas e mortalidade infantil

- Nutrientes e pirâmide alimentar

- Alimentos calóricos I: glicose

- Alimentos calóricos II: amido

- Alimentos calóricos III: gorduras e óleos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Alimentos construtores: proteínas

- Alimentos reguladores: vitaminas e sais

minerais

- Alimentação: dietas balanceadas

- A anatomia da digestão

- Digestão e estômago

- Digestão e intestinos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Sangue

- Sistema cardiovascular

- Os pulmões

- Rins e urina

- Os ossos

- Músculos

Sistemas biológicos

Matéria

Energia

- Sistema nervoso

- Hormônios

- Hormônios e a mulher

- Hormônios e o homem

- Mecanismos de herança

Page 393: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

393

8ª série

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS

Matéria

Energia

- Introdução ao estudo da Química

- Matéria

- Energia

- Apresentação da matéria

- Estados físicos da matéria e suas mudanças

- Processos de separação de misturas

- Os elementos químicos

- Modelos Atômicos

Matéria

Energia

- A identificação dos átomos

- A Classificação Periódica dos elementos

- Ligações Químicas

- Funções Químicas Inorgânicas

Matéria

Energia

- Velocidade, espaço e tempo

- Aceleração

- Massa e peso:

- Forca, Massa e Aceleração

- Ação e Reação

- Conservação da energia

- Ondas

- Luz

- Espelhos e lentes

- Calor e temperatura

- Cargas elétricas

- Corrente elétrica

- Imãs e eletroímãs

- Geradores e motores elétricos

Page 394: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

394

DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

ESPORTES

COLETIVOS Voleibol Handebol Futsal Basquete INDIVIDUAIS Atletismo Tênis de mesa RADICAIS

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares. Brincadeiras e cantigas de roda. Jogos de Tabuleiro. Jogos cooperativos.

DANÇA Danças Folclóricas. Danças Circulares Danças Criativas.

GINÁSTICA Ginástica Rítmica Ginástica Circense Ginástica Geral

LUTAS Lutas de aproximação Capoeira

Page 395: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

395

ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

ESPORTES

COLETIVOS Voleibol Handebol Futsal Basquete RADICAIS

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos

DANÇA

Danças de Salão Danças Folclóricas Danças de Rua

GINÁSTICA

Ginástica artística/ olímpica Ginástica de condicionamento Ginástica Geral

LUTAS

Lutas de aproximação Capoeira

Page 396: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

396

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MITO E FILOSOFIA Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia? TEORIA DO CONHECIMENTO Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica; ÉTICA Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas; FILOSOFIA POLÍTICA Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa; FILOSOFIA DA CIÊNCIA Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética; ESTÉTICA Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade;

Page 397: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

397

Conteúdos de Física MOVIMENTO (conteúdo estruturante) *Momentum e Inércia *Conservação de quantidade de movimento *Variação da quantidade de movimento = impulso *Leis de Newton *Gravidade *Energia e o princípio da conservação da energia *Variação/ transformação da energia de parte de um sistema - trabalho e potência *Fluidos - pressão, densidade e volume *Oscilações - velocidade, frequência e período TERMODINÂMICA(conteúdo estruturante) *Temperatura *Calor *Dilatação térmica *Leis da Termodinâmica *Óptica Geométrica *Ondas *Acústica ELETROMAGNETISMO(conteúdo estruturante) *Corrente Elétrica *Resistores *Geradores e Receptores elétricos *Potência e Energia Elétrica *Interação entre cargas elétricas *Campo elétrico *Capacitores *Campo Magnético *Força Magnética *Indução Eletromagnética

Page 398: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

398

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

Ensino Fundamental

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- a mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

- A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Page 399: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

399

- O comercio em suas implicações socioespaciais.

- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

- Formação, mobilidade, das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfigação dos territórios.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

Ensino Médio

Conteúdos básicos

- A formação e transformação das paisagens.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A circulação de mão de obra, do capital,das mercadorias e das informações.

- Formação, mobilidade, das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- O comercio e as implicações socioespaciais.

Page 400: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

400

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Page 401: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

401

DISCIPLINA DE HISTÓRIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. A cultura local e a cultura comum. As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade O trabalho e as contradições da modernidade O trabalhadores e as conquistas de direito A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

Urbanização e industrialização

O Estado e as relações de poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

Cultura e religiosidade

Page 402: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

402

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL Conteúdos

Estruturantes

Leitura Escrita Oralidade

C

O

N

T

E

Ú

D

O

S

B

Á

S

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do

texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Temporalidade;

Intertextualidade;

Discurso ideológico

presente no texto;

Discurso direto e

indireto;

Repetição proposital

de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

Vozes sociais

presentes no texto;

Elementos

composicionais do

gênero;

Informações

explicitas e

implícitas;

Relação de causa e

consequência entre

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Relato pessoal;

Divisão do texto em

parágrafos;

Vozes socias presentes no

texto;

Elementos composicionais

do gênero;

Relação causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

Partículas conectivas do

texto;

Progressão referencial no

texto;

Marcas linguística:

coesão, coerência, função

das classes gramaticais

no texto, pontuação,

recursos gráfico (aspas,

Tema do texto;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do

texto;

Informatividade;

Papel do locutor e

interlocutor;

Elementos

extralinguístico

(entonação, pausa,

gestos entre

outros);

Adequação do

discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações

linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no

texto; gírias,

repetições,

recursos

semânticos.

Variações

linguísticas

Page 403: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

403

I

C

O

S

as partes e

elementos do texto;

Progressão

referencial do texto;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (aspas,

travessão negrito,

entre outros).

Semântica:

operadores

argumentativos,

ambiguidade, sentido

conotativo e

denotativo,

expressões que

denotam ironia

humor no texto.

Figuras de

linguagem.

travessão, negrito, entre

outros);

Sintaxe de concordância;

Processo de formação de

palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal /

nominal;

Papel sintático e estilístico

dos pronomes na

organização, retomada e

sequência do texto.

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores

argumentativos,

ambiguidade, sentido

conotativo e denotativo,

expressões que denotam

ironia humor no texto.

modalizadores e

polissemia.

(lexicais,

semânticas,

prosódicas entre

outras);pontuação,

recursos gráficos

(aspas, travessão,

negrito, entre

outros);

Concordância

verbal / nominal;

Papel sintático e

estilístico dos

pronomes na

organização e

seqüência do texto;

Semântica:

operadores

argumentativos,

ambiguidade,

sentido conotativo,

expressões que

denotam ironia

humor no texto,

gírias, repetição,

recursos

semânticos;

Adequação da fala

ao contexto;

Diferenças e

semelhanças entre

discurso oral e

escrito.

Page 404: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

404

Ensino Médio Conteúdos

Estruturantes

Leitura Escrita Oralidade

C

O

N

T

E

Ú

D

O

S

B

Á

S

I

C

Tema do texto;

Funções da

literatura;

Gêneros Literários;

O Quinhentismo;

O Barroco;

O Trovadorismo;

O Humanismo;

Classicismo;

Interlecutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do

texto;

Informações

explícitas e

implícitas;

Figuras de

linguagem;

O Romantismo;

A Poesia Romântica

brasileira e

portuguesa;

A Prosa Romântica;

O Realismo e O

Naturalismo;

O Parnasianismo e O

Simbolismo;

Discurso direto e

indireto;

Tema do texto;

Relato pessoal;

Informatividade;

Argumentatividade;

Discurso direto e indireto;

Divisão do texto em

parágrafos;

Funções da literatura;

Gêneros literários;

O Trovadorismo;

O Humanismo;

Classicismo;

O Quinhentismo;

O Barroco;

Intertextualidade;

O Romantismo;

A Poesia Romântica

brasileira e portuguesa;

A Prosa Romântica;

Ortografia;

Concordancia Verbal e

Nominal;

O Realismo e O

Naturalismo;

O Parnasianismo e O

Simbolismo;

Elementos composicionais

do gênero;

O Pré-Modernismo no

Tema do texto;

Finalidade do texto;

Argumentatividade;

Situacionalidade;

Temporalidade;

Função da literatura;

Gêneros literários;

O Trovadorismo;

O Humanismo;

Classicismo;

O Quinhentismo;

O Barroco;

O Romântismo;

A Poesia Romântica

brasileira e

portuguesa;

A Prosa Romântica;

Variações

linguisticas;

O Realismo e O

Naturalismo;

O Parnasianismo e

O Simbolismo;

O Pré-Modernismo

no Brasil;

Semana de Arte

moderna;

A 1ª Geração

Modernista no Brasil;

Page 405: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

405

O

S

Repetição proposital

de palavras;

Léxico;

Ambiguidade;

O Pré-Modernismo

no Brasil;

Semana de Arte

moderna;

A 1ª Geração

Modernista no Brasil.

Vozes sociais

presentes no texto;

A 2ª Geração

modernista;

Prosa e Poesia;

3ª Geração

Modernista;

Tendências

contemporâneas;

Informatividade;

Situacionalidade;

Temporalidade;

Intertextualidade;

Discurso ideológico

presente no texto;

Ambiguidade;

Elementos

composicionais do

gênero;

Informações

implícitas e

explícitas;

Brasil;

Semana de Arte moderna;

A 1ª Geração

Modernista no Brasil.

Discurso direto e

indireto;

A 2ª Geração modernista;

Prosa e Poesia;

3ª Geração Modernista;

Tendências

contemporâneas

Interlecutor;

Finalidade do texto;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes socias presentes no

texto;

Elementos composicionais

do gênero;

Relação causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

Partículas conectivas do

texto;

Progressão referencial no

texto;

Marcas linguística:

coesão, coerência, função

das classes gramaticais

no texto, pontuação,

recursos gráfico (aspas,

A 2ª Geração

modernista;

Prosa e Poesia;

3ª Geração

Modernista;

Tendência

contemporâneas

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do

texto;

Informatividade;

Papel do locutor e

interlecutor;

Elementos

extralinguístico

(entonação, pausa,

gestos entre outros);

Adequação do

discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações

linguísticas (lexicais,

semanticas,

prosódicas entre

outras);

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição,

recursos semânticos;

função das classes

gramaticais no texto;

pontuação, recursos

gráficos (aspas,

Page 406: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

406

Relação de causa e

consequência entre

as partes e

elementos do texto;

Progressão

referencial do texto;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (aspas,

travessão negrito,

entre outros).

Semântica:

operadores

argumentativos,

ambiguidade, sentido

conotativo e

denotativo,

expressões que

denotam ironia

humor no texto.

travessão, negrito, entre

outros);

Sintaxe de concordância;

Processo de formação de

palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal /

nominal;

Papel sintático e estilístico

dos pronomes na

organização, retomada e

sequência do texto.

Vícios de linguagem;

Semântica: operadores

argumentativos,

ambiguidade, sentido

conotativo e denotativo,

expressões que denotam

ironia humor no texto.

modalizadores e

polissemia.

travessão, negrito,

entre outros);

Concordância verbal

/ nominal;

Papel sintático e

estilístico dos

pronomes na

organização e

seqüência do texto;

Semântica:

operadores

argumentativos,

ambiguidade, sentido

conotativo,

expressões que

denotam ironia

humor no texto.

Adequação da fala

ao contexto;

Diferenças e

semelhanças entre

discurso oral e

escrito.

Page 407: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

407

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL II Conteúdo Estruturante Números e Álgebra Conteúdos Básicos Números naturais Sistemas de numeração decimal Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números inteiros Números racionais Números racionais Números fracionários Números decimais Equação e inequação do 1º grau Sistemas de equações do 1º grau Monômios e polinômios Produtos notáveis Números irracionais Razão e proporção Regra de três simples e composta Circunferência e círculo Números reais Propriedades dos radicais Equação do 2º grau Equações irracionais Equações biquadradas Teorema de Pitágoras Relações métricas no triângulo retângulo Conteúdo Estruturante Grandezas e medidas Conteúdos Básicos Sistema Monetário Medidas de tempo Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de superfície Medidas de volume Medidas de temperatura

Page 408: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

408

Conteúdo Estruturante Geometrias Conteúdos Básicos Geometria plana Triângulos e quadriláteros Geometria espacial Geometrias Não-Euclidianas Geometria analítica Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação Conteúdos Básicos Coordenadas Cartesianas Dados, tabelas e gráficos Pesquisa estatística Média aritmética População e amostra Moda e mediana Porcentagem Juros simples e composto Noções de análise combinatória Noções de probabilidade Conteúdo Estruturante Funções Conteúdos Básicos Noção intuitiva de função Afim e Quadrática Conteúdos de Matemática – Ensino Médio Conteúdos estruturantes

•NÚMEROS E ÁLGEBRA •GRANDEZAS E MEDIDAS •FUNÇÕES •GEOMETRIAS •TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Page 409: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

409

Conteúdos Básicos Operações Básicas com Números Reais Expressões Numéricas, Operações com Frações Regra de Três Simples – Composta Razão e Proporção Porcentagem Juros Simples e Compostos Números Decimais em Forma de Potencia de 10 Potenciação, Notação Científica Potenciação de Base 10 Potência de Mesma Base Porcentagem Soma, Subtração, Multiplicação e Divisão de Potência Função Afim Função Quadrada Seqüência Sistemas Lineares Matriz e Determinantes Progressões Aritiméticas e Geométricas Inequações Polinômios Equações de 1º Grau Sistemas de Equações Equações de 2º Grau Teorema de Baskara Triangulo Retângulo – Relações Métricas Teorema de Pitágoras Teorema de Tales Radicais – Racionalização Extração de Fatores do Radicado Adição, Multiplicação e Divisão com Radicais Potência de uma Expressão com Radicais Cálculo de Perímetros e Áreas de Polígonos Regulares Razões Trigonométricas em Triangulo Retângulo Seno, Cosseno e Tangente – Calculo de Perímetros e Áreas de Polígonos

Regulares pela Trigonometria Identidades Trigonométricas: tg (x), Sex (x), Cotag (x) e Cossec (x) Noções Sobre Poliedros Estudos do Prisma Estudo do Cilindro Geometria Espacial Geometria Analítica Calculo de Área e Volume de Poliedros Calculo de Área e Volume de Prismas Calculo de Área e Volume de Cilindros Calculo de Área e Volume de Cone Calculo de Área e Volume de Pirâmide Calculo de Área e Volume de Esfera Medidas de Energia Medidas de Informática

Page 410: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

410

Estudo de Probabilidade Análise Combinatória Matemática Financeira Binômio de Newton.

Page 411: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

411

DISCIPLINA DE QUÍMICA ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEO-QUÍMICA

MATÉRIA - Constituição da matéria; - Estados de agregação; - Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos (Rutherford,Thomson,Dalton, Bohr...); - Estudos dos metais; - Tabela Periódica. SOLUÇÃO - Substância:simples e composta; - Misturas; - Métodos de separação; - Solubilidade; - Concentração; - Forças intermoleculares; - temperatura e pressão; - Densidade; - Dispersão e suspensão; - Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES - Reações química; - Lei das reações químicas; - Representação das reações químicas; - Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes,contato entre os reagentes, inibidores); - Lei da velocidade das reações químicas; - Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO - Reações químicas reversíveis; - Concentração; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); - Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração,pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;

Page 412: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

412

QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEO-QUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). - Tabela Periódica. LIGAÇÃO QUÍMICA - Tabela periódica; - Propriedade dos materiais; - Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; - Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; - Ligações de Hidrogênio; - Ligação metálica (elétrons semi-livres) - Ligações sigma e pi; - Ligações polares e apolares; - Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS - Reações de Oxi-redução - Reações exotérmicas e endotérmicas; - Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; - Variação de entalpia; - Calorias; - Equações termoquímicas; - Princípios da termodinâmica; - Lei de Hess; - Entropia e energia livre; - Calorimetria; - Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE - Modelos Atômicos (Rutherford); - Elementos químicos (radioativos); - Tabela Periódica; - Reações químicas; - Velocidades das reações; - Emissões radioativas; - Leis da radioatividade; - Cinética das reações químicas; - Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); FUNÇÕES QUÍMICAS - Funções Orgânicas - Funções Inorgânicas - Tabela Periódica

Page 413: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

413

DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

LEITURA

ESCRITA

ORALIDADE

Tema do texto Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Temporalidade Referência textual Intertextualidade Vozes sociais presentes

no texto Informações explícitas Discurso direto e indireto Elementos

composicionais do gênero

Repetição proposital de palavras

Léxico Marcas lingüísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e humor no texto.

Polissemia

•Tema do texto •Conteúdo temático •Interlocutor •Finalidade do texto •Aceitabilidade do texto •Informatividade •Situacionalidade •Intertextualidade •Temporalidade •Referência textual •Vozes sociais presentes no

texto •Discurso direto e indireto •Elementos composicionais do

gênero •Marcas lingüísticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

•Concordância verbal e nominal

•Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, significado das palavras, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e humor no texto.

•Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto

•Polissemia •Processo de formação das

palavras •Ortografia •Concordância verbal/nominal

ω)Tema do texto ξ)Conteúdo temático ψ)Finalidade ζ)Aceitabilidade do

texto αα)Informatividade ββ)Papel do locutor e

interlocutor χχ)Elementos

extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...

δδ)Adequação do discurso ao gênero

εε)Turnos de fala φφ)Variações

lingüísticas γγ)Marcas

lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

ηη)Elementos semânticos

ιι)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

Page 414: EFM - COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 1 colÉgio estadual quatorze de dezembro - efm peabiru paranÁ projeto polÍtico pedagÓgico ensino fundamental

414

��