projeto polÍtico-pedagÓgico do curso de letras · disciplinas optativas curriculares...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
UNIFAL-MG
PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO
CURSO DE LETRAS Licenciatura
ALFENAS - MG
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
UNIFAL-MG
PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO
CURSO DE LETRAS
Núcleo Docente Estruturante: Prof. Ms. Wellington Ferreira Lima - Presidente Prof. Dr. Eloésio Paulo dos Reis Profª.Drª. Fernanda Aparecida Ribeiro Profª. Ms. Kátia Aparecida da Silva Oliveira Profª. Ms. Robson Santos de Carvalho
ALFENAS - MG
2011
DADOS INSTITUCIONAIS
Fundação
A Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas – EFOA – foi fundada no dia 03 de
abril de 1914, por João Leão de Faria.
Federalização
A Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas foi federalizada em 21 de
dezembro de 1960, através da lei nº 3.854/60. A transformação em Autarquia de Regime
Especial efetivou-se através do Decreto nº 70.686 de 07 de junho de 1972.
Transformação em Universidade
A transformação em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) ocorreu pela
lei nº 11.154 em 29 de julho de 2005.
Endereço
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 - Centro
CEP: 37 130-000 – Alfenas - MG
Tel: (35) 3299-1062
Fax: (35) 3299-1063
e-mail: [email protected]
Home Page: http://www.unifal-mg.edu.br
RELAÇÃO DOS DIRIGENTES DA INSTITUIÇÃO
Dirigentes
(relação nominal)
Cargo
(na Instituição)
Titulaçã
o Qualificação
Profissional
Regime de Trabalho
De 20 até
39 h
40 h ou
mais
Prof. Dr. Paulo Márcio Faria e
Silva
Reitor Doutor Ciências X
Prof. Dr. Edmêr Silvestre
Pereira Júnior
Vice-Reitor Doutor Cirurgião -Dentista
X
Soraya Helena Coelho Leite Procuradora Geral Especialista
Bacharel em Direito X
Profa.Dra. Lana Ermelinda da Silva dos Santos
Pró-Reitora de Graduação
Doutora Enfermeira X
Prof. Dr. Antônio Carlos
Doriguetto
Pró-Reitor de Pesquisa e
Pós-Graduação
Doutor Químico
X
Profa. Dra. Fátima Sant’Anna Pró-Reitora de Extensão Doutora Farmacêutico-
Bioquímico
X
Vera Lúcia de Carvalho Rosa Pró-Reitora de
Administração
Técnico Técnico em
Contabilidade
X
Prof. Tomás Dias Santana Pró-Reitor de Planejamento
Mestre Bel. Em Ciência da Computação
X
Júlio Cesar Barbosa Pró-Reitor de Recursos Humanos
Especialista Bacharel em Administração
X
Vilma Marques da Silva Diretora do
Departamento de
Registros Gerais e
Controle Acadêmico
Graduado Bacharel em Direito X
Nady Maria dos Santos Diretora do Departamento de
Contabilidade e
Finanças
Técnico Técnico em Contabilidade
X
Atualizado em 7/4/2010
SUMÁRIO
1. Fundamentos Conceituais 7
1.1. Histórico 7
2. O Curso de Letras _______________________________________________10
2.1. O Mercado de Trabalho para o Licenciado em Letras 12
2.2. A oferta do Curso de Letras-Licenciatura 13
2.3. Perfil, competências e habilidades do Egresso do Curso de
Letras-Licenciatura _______________________ 14
2.4. Objetivos 17
2.4.1. Objetivos Específicos 17
3. Proposta Pedagógica 19
3.1. Considerações Iniciais _ ____ 19
3.2. Avaliações 22
3.2.1. Avaliações dos alunos no ensino-aprendizagem___ _______ 22
3.2.2. Avaliações feitas pelo corpo discente _____ 29
3.2.3 Avaliação e acompanhamento do Projeto Pedagógico____ 30
3.2.4. Avaliação externa 30
3.3. Atividades de Ensino __ 31
3.3.1. Aula 31
3.3.2. Seminário 32
3.3.3. Interdisciplinaridade __________________ 32
3.3.4. Atividades Formativas _ 33
3.3.5 O estágio curricular supervisionado 33
3.4. Atividades e projetos de ensino, pesquisa e extensão _________________34
4. Estrutura Curricular do Curso de Letras 37
4.1. Estrutura curricular e sistema de créditos __ 37
4.2. Descrição do Curriculum do curso de Letras 38
4.2.1. O Núcleo Comum 38
4.2.2. Núcleo de Língua Espanhola 39
4.2.3. O Núcleo de Língua Portuguesa ___ 40
4.2.4. Núcleo das Licenciaturas ____ 41
4.2.5. Disciplinas Optativas Curriculares Não-Específicas ____ 42
4.2.6. Perfil Gráfico _____________ 42
4.3. Ementário 43
4.4. Habilitação 49
4.4.1. Espanhol 50
4.4.2. Português 50
4.4.3 Modalidades: Licenciatura 50
5. Estrutura do Curso 51
5.1. Biblioteca 51
5.2. Informatização _ 52
5.3. Laboratório de Ensino de Línguas ___ 52
6. Implantação do Novo Curriculum 55
7.Sugestão de Fluxo para a Licenciatura ______________________________54
8. Referências 61
7
1. FUNDAMENTOS CONCEITUAIS
1.1. Histórico
A Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) – originalmente, Escola de
Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA) – foi fundada no dia 03 de abril de 1914, por
João Leão de Faria, com a implantação do curso de Farmácia seguido, no ano seguinte, pelo
curso de Odontologia.
A EFOA foi reconhecida pela Lei Estadual nº 657, de 11 de setembro de 1915, do
Governo do Estado de Minas Gerais. Primeira Diretoria: João Leão de Faria, Diretor;
Amador de Almeida Magalhães, Vice-Diretor; Nicolau Coutinho, Tesoureiro e José da
Silveira Barroso, Secretário.
Em 11 de setembro de 1916, doações angariadas por uma comissão de alunos
possibilitaram a criação da biblioteca da instituição.
O reconhecimento nacional realizado pelo então Ministério da Educação e Saúde
Pública, consta no Art. 26 do Decreto 19.851 e, em 23 de março de 1932, quando foi
aprovado o novo regulamento, a EFOA enquadrou-se nas disposições das leis federais. A
Lei nº 3.854, de 18 de dezembro de 1960, determinou sua federalização e, naquele
momento, sua direção ficou a cargo do Prof. Paulo Passos da Silveira.
A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se por meio do Decreto
nº 70.686, de 07 de junho de 1972. Esta transformação favoreceu a implantação do curso de
Enfermagem e Obstetrícia, autorizado pelo Parecer nº 3.246, de 5 de outubro de 1976 e
Decreto nº 78.949, de 15 de dezembro de 1976 e reconhecido pelo Parecer do CFE nº
1.484/79, Portaria MEC nº 1.224, de 18 de dezembro de 1979. Sua criação atendia, nessa
época, à política governamental de suprimento das necessidades de trabalho especializado
na área de saúde.
Em 1999 foram implantados os cursos de Nutrição, Ciências Biológicas e a
Modalidade Fármacos e Medicamentos, para o curso de Farmácia, todos autorizados pela
Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999, com início em 2000.
A mudança para Centro Universitário Federal (EFOA/Ceufe) ocorreu em 1º de
outubro de 2001, pela da Portaria do MEC nº 2.101.
8
Visando atender às exigências legais das Diretrizes Curriculares, o curso de
Ciências Biológicas foi desmembrado em modalidades originando os cursos de Ciências
Biológicas (Licenciatura), com início no segundo semestre de 2002, aprovado pela
Resolução 005/2002, do Conselho Superior, de 12 de abril de 2002, e Ciências Biológicas
(Bacharelado), com início no primeiro semestre de 2003, baseado na Portaria do MEC
1.202, de 03 de agosto de 1999.
Em 2003 iniciou-se o curso de Química (Bacharelado), aprovado pela Resolução
002/2003, de 13 de março de 2003, do Conselho Superior.
Em 29 de julho de 2005, a EFOA foi transformada em Universidade Federal de
Alfenas (UNIFAL-MG), pela Lei 11.154. Atendendo às políticas nacionais para a expansão
do ensino superior, a UNIFAL-MG implantou em 2006 os cursos de Matemática
(Licenciatura), Física (Licenciatura), Ciência da Computação e Pedagogia, além de ampliar
o número de vagas para o curso de Química (Bacharelado) de 20 para 40. Em 2007 foram
implantados os cursos de Química (Licenciatura), Geografia (Bacharelado), Geografia
(Licenciatura), Biotecnologia, mais as Ênfases Ciências Médicas e Ciências Ambientais no
curso de Ciências Biológicas e ampliou-se a oferta de vagas, para o curso de Nutrição. Em
2008, o curso de Ciências Biológicas com Ênfase em Ciências Médicas foi transformado
em no de Biomedicina. No primeiro semestre de 2009 são iniciados os cursos de História
(Licenciatura), Letras (Licenciatura/Bacharelado), Ciências Sociais
(Licenciatura/Bacharelado) e o curso de Fisioterapia, no campus de Alfenas.
Além disso, atendendo às tendências de expansão das Instituições Federais de
Ensino Superior, foi aprovada pelo Conselho Superior da UNIFAL-MG, a criação dos
campi nas cidades de Varginha e Poços de Caldas, além de um outro na cidade de Alfenas.
Foram criados, para o campus de Varginha, os cursos de Bacharelado Interdisciplinar em
Ciência e Economia, Ciências Atuariais, Administração Pública e Ciências Econômicas,
enquanto que para o campus Poços de Caldas foram criados os cursos de Bacharelado
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, Engenharia Urbana e Ambiental, Engenharia de
Minas, e Engenharia Química, todos com início no primeiro semestre de 2009.
No segundo semestre de 2009 foram oferecidas as licenciaturas à distância em
Química e Ciências Biológicas, com pólos nas cidades de Campos Gerais e Boa Esperança,
respectivamente.
9
A Pós-graduação, iniciada na Instituição na década de 80, oferece vários cursos de
Especialização na área de saúde: Gerontologia, Farmacologia Clínica, Análises Clínicas,
Atenção Farmacêutica, Endodontia, Implantodontia, Periodontia, Atividades Físicas para
Grupos Especiais, Terapêutica Nutricional, Prevenção e Controle das Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde, Gestão Hospitalar (Pro-Hosp), Microbiologia Aplicada
à Ciência da Saúde, entre outros. Na área de Educação, é atualmente oferecido o curso
“Teorias e Práticas na Educação”, na modalidade à distância, nos pólos: Bambuí, Bragança
Paulista, Franca, Santa Isabel e Serrana.
No que se refere à pós-graduação Stricto Sensu, pode-se dizer que o primeiro
programa a ser oferecido foi em Ciências Farmacêuticas em 2005, ano da transformação da
EFOA em UNIFAL-MG. Em 2008 o mestrado em Química, segundo programa
recomendado pela CAPES, iniciou as atividades. Em 2009 iniciaram-se as atividades do
Programa Multi-campi de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, recomendado pela
CAPES com nota 4 e que oferece os cursos de mestrado e doutorado. Em 2010 foi
implantado o Programa de Mestrado em Ecologia e Tecnologia Ambiental, e enviadas mais
três propostas, também já aprovadas pela CAPES, para implantação dos programas de
Mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais, em Enfermagem e em Biociências
Aplicada à Saúde – aprovado com nota 4. O mestrado em enfermagem iniciou suas
atividades em abril de 2011, e os outros dois programas têm previsão para início em agosto,
sendo que o em Ciências e Engenharia de Materiais será ofertado no Câmpus avançado da
UNIFAL-MG em Poços de Caldas.
Hoje, a UNIFAL-MG conta com mais de 100 docentes atuantes na Pós-graduação
Stricto Sensu e 92 alunos matriculados. Com a consolidação dos programas criados nos
dois últimos anos e o início de mais três programas em 2011 a expectativa é conte com
mais de 200 discentes matriculados no início de 2012.
As atividades de pesquisa dos discentes de graduação são viabilizadas por
Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica, dentre eles: o Pibic/CNPq
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq); o Pibict/Fapemig
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica/Fapemig) e o
Probic/UNIFAL-MG (Programa de Bolsas de Iniciação Científica).
Existe também o incentivo para o desenvolvimento de pesquisas para alunos
10
procedentes do Ensino Médio da comunidade, viabilizado pelos programas Pibict-
Júnior/Fapemig e o Probic-Júnior/UNIFAL-MG.
As ações de extensão – hoje consolidadas – e a criação da Universidade da Terceira
Idade (Unati), representam outra via de direcionamento dos trabalhos acadêmicos, a qual
possibilita o contato e o intercâmbio permanentes entre o meio universitário e a
comunidade, intensificando as relações transformadoras entre ambas por meio de processos
educativos, culturais e científicos, visando à melhoria da qualidade do ensino e pesquisa, à
integração com a comunidade e ao fortalecimento do princípio da cidadania, bem como ao
intercâmbio artístico-cultural.
Reconhecida, nacionalmente, pela qualidade do ensino, aos 96 anos, a UNIFAL-
MG, mais uma vez, se prepara para outras conquistas com a implantação de novos cursos
presenciais e pólos para o ensino a distância. Dentre os cursos presenciais foram aprovados,
recentemente, pelo Conselho Superior: Medicina, Terapia Ocupacional, Serviço Social e
Filosofia, em trâmite pelo MEC e sem data prevista para implantação.
Desta maneira, como Instituição Pública de Ensino Superior, a UNIFAL-MG
acredita responder, efetivamente, às demandas educacionais da sociedade e participar dos
problemas e desafios impostos pelo desenvolvimento local, regional e nacional.
2. O CURSO DE LETRAS
O curso de letras teve seu projeto de implantação aprovado pelo Conselho Superior
da Universidade federal de Alfenas em reunião do dia 20 de outubro de 2008. Esse previa
duas modalidades, Bacharelado e Licenciatura, ambas com habilitação em Português e/ou
espanhol.
Uma vez constituído um corpo docente mínimo do curso de letras, redigiram-se
Projetos Político-Pedagógicos para o curso, Bacharelado em Letras e Licenciatura em
Letras da UNIFAL-MG, que foram aprovados no Conselho Superior em 25 de novembro
de 2009. Esses mantinham as habilitações em Português e/ou espanhol, consoante aos
projetos de implantação, mas faziam alterações substanciais na dinâmica da licenciatura e
mudavam profundamente o perfil do bacharelado, encaminhando o seu enfoque para uma
formação em Estudos Literários.
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Contudo, em 28 de dezembro de 2009, antes que esses últimos projetos fossem
encaminhados ao Ministério de Estado da Educação, este mesmo encaminhou diligências a
esta IFES (processos nº. 200904288 e nº. 200903032) orientando o arquivamento dos
projetos cadastrados e o protocolo de projetos com habilitações Português e Espanhol
independentes. Atendendo à orientação, a Pró-reitoria de Graduação da UNIFAL-MG,
assistida pelo Colegiado de Curso, efetuou o arquivamento dos processos de 2008 e deu
início aos trabalhos de elaboração dos projetos aprovados pelo Consuni em 25 de junho de
2010.
Em novembro de 2010, atendendo a resolução do CONAES, foi criado o NDE do Curso de Letras, que passou a ser o responsável pela avaliação permanente do Projeto Político-Pedagógico e por sua revisão periódica. Atendendo a observações dos recém-constituídos corpos docentes em língua portuguesa e em língua espanhola – que se ampliaram de 2 para 6 docentes no total – o NDE propôs uma atualização do projeto que, além de visar a otimização das disciplinas, seguindo as experiências dos docentes do curso, como sugerem as Diretrizes Curriculares para os cursos de letras, intenta deixar mais clara a possibilidade de nova habilitação. a prescrição.
1
O Curso de Letras da UNIFAL-MG se mantém totalmente fiel às subdivisões de
carga horária propostas na Res. CNE 02/2002, prevendo, além das atividades acadêmicas
extra curriculares, essenciais à nossa ideia de formação, 410h de estágio supervisionado e
carga horária prática em diversas disciplinas. Ressalta-se ainda que todas as disciplinas
devem ser lecionadas tendo em vista sua articulação com o exercício da docência, natural a
um curso de natureza acadêmica como Letras.
Entendendo a dinamicidade das áreas de conhecimento e de sua produção, o NDE
propôs a revisão de ementas, a divisão, supressão ou criação de algumas disciplinas para
melhor atender ao perfil esperado no egresso do curso.
Dados do curso
Nome: Curso de Letras – Licenciatura
Habilitações: Espanhol e/ou Português
Nº de vagas: 20
1 Parecer CNE/CES 83/2007: 3p. (grifo nosso)
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Tempo de integralização: Para uma habilitação é de no mínimo de 9 semestres (4 anos e
meio), e, no máximo de 14 semestres (7 anos).
Carga horária: Língua Espanhola – 1305 h
Língua Portuguesa – 1245h
Período de oferta: noturno
Processo seletivo para ingresso: anual
Sistema de progressão curricular: crédito
Modalidade: presencial
2.1. O mercado de trabalho para o Licenciado em Letras
O mercado de trabalho atual e o panorama político e social do país apontam para a
necessidade de profissionais cuja formação seja o resultado de diferentes áreas do saber e
de distintas modalidades de formação. Em relação à área de Licenciatura em Letras,
destacam-se os seguintes espaços:
- a educação básica, nos âmbitos público e privado, cuja oferta encontra-se em
processo de democratização e universalização, fato que requer a formação de profissionais
da educação que estejam em sintonia com os avanços tecnológicos e educacionais e que
sejam capazes de promover a necessária melhoria dos padrões de qualidade da educação e
das condições de oferta do ensino, observadas as tendências do século XXI;
- o ensino de língua materna, suas culturas e literatura, que incentiva a formação
complementar ou integral de profissionais de mercado, ou interessados pelo
desenvolvimento de estudos sobre línguas clássicas como o Latim. A procura pela Língua
Portuguesa deve-se a certa estabilidade alcançada por meio dos curricula das escolas de
Ensino Fundamental e Médio e à crescente necessidade de um maior conhecimento da
língua materna, por qualquer profissional de Letras.
- o ensino de língua espanhola, suas culturas e literaturas, que incentiva a formação
complementar ou integral de profissionais de mercado, ou interessados pelo
desenvolvimento de pesquisas sobre os estudos hispânicos. Com a globalização, a evolução
da geopolítica e das relações econômicas internacionais, o ensino de línguas tem sido alvo
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de grande procura, estando normalmente associado ao interesse pela educação básica ou
outras atividades do mercado (escolas de línguas, mercado da tradução, de intérpretes, de
revisores, etc.).
- A produção de materiais didáticos, que além de estar intimamente relacionada aos
avanços de pesquisas relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem de idiomas e às
práticas de ensino de línguas, ocupa um importante espaço no mercado editorial e
educacional.
- A formação de professores de língua portuguesa e língua espanhola, considerando
além da formação inicial oferecida pelas universidades, a formação continuada.
- A tradução de textos, considerando que a formação em línguas estrangeiras e o
conhecimento de lingüística, propiciam os trabalhos nessa área.
- A revisão de textos em revistas, jornais e editoras, além do próprio ofício de
editor.
- A atuação como acessor cultural, que exige uma formação ampla no que tange ao
conhecimento cultural, lingüístico e artístico.
2.2. A oferta do Curso de Letras-Licenciatura
O Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG pretende possibilitar que aluno
desenvolva sua capacidade intelectiva e criativa por meio da linguagem, considerada nas
suas múltiplas funções e na produção literária, além de propiciar uma formação pedagógica
adequada às necessidades que terá o futuro docente de língua espanhola em sua vida
profissional. O gosto pela leitura, pelo estudo da linguagem nos seus diversos aspectos, o
olhar crítico sobre a educação, a capacidade de desenvolver novas práticas de ensino, a
sensibilidade para a percepção estética e a capacidade para a análise crítica constituem o
perfil do futuro profissional de Letras.
Destina-se o Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG, à formação de
professores para a escola de ensino fundamental e ensino médio, essencialmente, embora o
futuro licenciado egresso desse curso possa atuar profissionalmente como docente em
escolas de idiomas, ou mesmo direcionar sua vida profissional para a produção de materiais
didáticos, revisão de textos, tradução, editoração, etc.
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O Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG atende, dessa maneira, uma
demanda: a formação de professores de língua portuguesa e de língua espanhola, investindo
na qualificação de docentes para ajustá-los ao dinamismo das realidades educacional
brasileira, sem deixar de incentivar a formação de profissionais preparados para o
desenvolvimento de pesquisas nos âmbitos da língua, da literatura, da cultura e do
ensino/aprendizagem de línguas, considerando que a formação do professor-pesquisador
faz-se cada vez mais necessária para a melhora na qualidade de ensino de nosso país.
2.3. Perfil, competências e habilidades do Egresso do Curso de Letras-Licenciatura
O egresso do Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG, além da formação
linguística constitutiva do arcabouço teórico do profissional da área de Letras, deverá ser
um profissional que se pretende agente de cidadania no escopo de uma integração
indivíduo/sociedade permeado pela constituição do indivíduo na e pela linguagem,
entendendo sua função não apenas como uma demonstração de competência técnica, mas,
sobretudo, como uma ação político-cultural integrada ao grupo social em que vive.
Dessa maneira, em conformidade com as contingências sociais e acadêmico-
científicas da área, espera-se que o licenciado em língua espanhola e suas literaturas o
seguinte perfil:
- formação humanística, teórica e prática;
- capacidade de operar, sem preconceitos, com a pluralidade de expressão
linguística e literária;
- atitude investigativa indispensável ao processo contínuo de construção do
conhecimento na área;
- postura ética, autonomia intelectual, responsabilidade social, espírito crítico e
consciência do seu papel de formador;
- domínio dos diferentes usos da língua e suas gramáticas;
- domínio ativo e crítico de um repertório representativo das literaturas de língua
portuguesa e espanhola;
- domínio ativo e crítico de um repertório representativo das culturas brasileira e
hispânicas;
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- domínio de diferentes metodologias de ensino de espanhol como língua estrangeira
e de português como língua materna;
- capacidade de analisar, descrever e explicar, diacrônica e sincronicamente, a
estrutura e o funcionamento da língua espanhola;
- capacidade de analisar criticamente as diferentes teorias que fundamentam a
investigação sobre língua, literatura, cultura e o ensino de espanhol como língua
estrangeira;
- capacidade de formar leitores e produtores proficientes de textos de diferentes
gêneros e para diferentes propósitos;
- capacidade de avaliar, selecionar ou produzir materiais didáticos adequados a
diferentes situações de ensino;
- capacidade de atuar em equipe interdisciplinar e multiprofissional
- assimilação crítica de novas tecnologias e conceitos científicos.
- assimilação de conhecimentos relacionados à estrutura de ensino no país, políticas
lingüísticas e formação docente.
Para o bom êxito do perfil acima estabelecido e em consonância com o Art. 6º das
Diretrizes Nacionais, considera-se fundamental que o graduando tenha, ao terminar sua
habilitação no Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG, as seguintes competências:
- comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática;
- compreensão do papel social da escola;
- domínio dos conteúdos a serem socializados, dos seus significados em diferentes
contextos e sua articulação interdisciplinar;
- domínio do conhecimento pedagógico necessário para o ensino das Língua
Portuguesa e Espanhola, suas culturas e literaturas;
- conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da
prática pedagógica;
- gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional;
- capacidade de síntese, de análise e de crítica;
- capacidade de resolução de problemas em contextos novos e imprevisíveis;
- autonomia intelectual para buscar e construir os conhecimentos e as práticas;
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- capacidade de compreensão da atuação profissional a partir de uma visão ampla
dos processos históricos e sociais.
Além das competências apresentadas, o graduado do Curso de Letras-Licenciatura
da UNIFAL-MG deverá ter desenvolvido as seguintes habilidades:
- domínio do uso da língua portuguesa em sua variante padrão, bem como
compreensão crítica das variantes linguísticas, nas suas manifestações oral e escrita, nas
perspectivas sincrônica e diacrônica;
- domínio do uso da língua espanhola em sua variante padrão, bem como
compreensão crítica das variantes linguísticas, nas suas manifestações oral e escrita, nas
perspectivas sincrônica e diacrônica;
- compreensão crítica das condições de uso da linguagem, das restrições internas e
externas das atividades discursivas, de seu uso e adequação em diferentes situações de
comunicação, da heterogeneidade mostrada e constitutiva nos discursos, capacidade de
reflexão sobre a linguagem como um fenômeno semiológico, psicológico, social, político e
histórico;
- domínio teórico e crítico dos componentes fonológico, morfossintático, léxico e
semântico de uma língua;
- domínio de diferentes noções de gramática;
- compreensão do processo de aquisição da linguagem de modo a promover um
melhor entendimento dos problemas de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras;
- domínio crítico de um repertório representativo de literaturas;
- visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas e
literárias, incluindo fundamentação teórica atualizada e raciocínio crítico e independente
em relação às diferentes correntes teóricas;
- preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica do mercado de
trabalho;
- consciência dos diferentes contextos culturais e interculturais e sua influência no
funcionamento da linguagem, bem como para o ensino de competências linguísticas;
- domínio dos conteúdos básicos que são objeto dos processos de ensino e
aprendizagem no ensino fundamental e médio;
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- domínio das abordagens, métodos e técnicas pedagógicas que favoreçam a
construção de conhecimentos para os diferentes níveis de ensino.
Espera-se, sobretudo, que o licenciado em Letras assuma um compromisso com a
ética, com a responsabilidade social e educacional, e com as consequências de sua atuação
no mercado de trabalho; e que tenha senso crítico para compreender a importância da busca
permanente da educação continuada e do aprimoramento profissional.
2.4. Objetivos
Fundamentados nas concepções citadas anteriormente, sobre o perfil do egresso do
Curso de Letras e as competências e habilidades dele requeridas, podemos nortear as ações
acadêmicas do Curso de Letras-Licenciatura da UNIFAL-MG pautadas nos seguintes
objetivos gerais:
i) apresentar uma conjuntura de subsídios teórico-metodológicos no intuito de
promover a formação de professores de língua portuguesa e língua espanhola, suas culturas
e literaturas, buscando compreender a relação entre a linguagem e a sociedade na
construção de ações pedagógicas para uma vivência da cidadania;
ii) fomentar a construção do conhecimento em torno das particularidades da
linguagem com vistas a uma participação lógica na formação do futuro profissional em
Letras nos diversos níveis de educação formal vigentes;
iii) possibilitar uma formação acadêmica ao futuro professor que lhe permita
consorciar suas reflexões teóricas sobre a linguagem e a linguagem literária e tecnologias;
iv) construir uma formação acadêmico-pedagógica, tendo por meta um perfil de
professor de línguas e literaturas engajado em um processo de formação continuada,
instaurado em uma relação de autonomia, transformação e continuidade.
2.4.1. Objetivos específicos
No que se refere aos objetivos específicos dessa formação, temos por meta:
i) fornecer subsídios teórico-metodológicos com vistas a uma reflexão sobre os
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processos de identificação do indivíduo com a língua, com a linguagem, com a
cultura e com a literatura;
ii) promover reflexões acadêmicas que polemizem o processo de ensino e
aprendizagem de línguas e literaturas em contextos de educação regular e
especial;
iii) discutir a dicotomia teoria/prática na percepção de formas de encaminhamento
do conhecimento linguístico na formação do futuro profissional nos níveis de
ensino fundamental e médio;
iv) integrar as instâncias de Ensino, Pesquisa e Extensão fomentando inter-relações
contínuas entre os componentes curriculares em seus aspectos de re-
ssignificação constante com as práticas sociais e pedagógicas dentro e fora da
escola.
19
3. PROPOSTA PEDAGÓGICA
3.1. Considerações iniciais
O Curso de Letras , na modalidade Licenciatura, tem como foco formar
profissionais competentes com domínio da estrutura e funcionamento da língua portuguesa
e da língua espanhola, bem como de suas manifestações culturais para atuar como
professores de língua portuguesa e/ou espanhola, sua cultura e literaturas, entre outras
atividades.
Com esse propósito, o Curso de Letras-Licenciatura tem como concepção formar
profissionais com amplo e sólido conhecimento tanto nos estudos linguísticos, quanto nos
estudos literários e culturais para atuarem interdisciplinarmente, relacionando teoria e
prática. Espera-se, dessa maneira, contribuir positivamente na formação de um professor
qualificado, com espírito de equipe, para o exercício da cidadania, da justiça, da ética nas
relações interpessoais e para a transformação do contexto que o rodeia.
Diante disso, o papel do professor é fundamental e deve ser delineado, neste Projeto
Pedagógico, de acordo com a Resolução CNE/CP nº 1 de 02/2002: “Não basta um
profissional ter conhecimentos sobre o seu trabalho”. É fundamental que saiba mobilizar
esses conhecimentos, transformando-os em ação.
Atuar com profissionalismo exige do professor não só o domínio dos conhecimentos
específicos em torno dos quais deverá agir, mas também a compreensão das questões
envolvidas em seu trabalho, sua identificação e resolução, autonomia para tomar decisões,
responsabilidade pelas opções feitas e disponibilidade para aprender o novo.
Requer, ainda, que o professor saiba avaliar criticamente a própria atuação e os
contextos em que atua e que saiba, também, interagir cooperativamente com a comunidade
profissional a que pertence e com a sociedade.
Nessa perspectiva, a construção de competências, para se efetivar, deve se refletir
nos objetos da formação, na eleição de seus conteúdos, na organização institucional, na
abordagem metodológica, em especial, na relação docente e discente, e no processo de
avaliação.
A aquisição de competências requeridas do professor deverá ocorrer mediante uma
20
ação teórico–prática, ou seja, toda a sistematização teórica articulada com o fazer e todo o
fazer articulado com a reflexão.
O professor, como mediador da construção de conhecimentos, deve ter como
objetivo formar alunos conscientes para que possam atuar como sujeitos-agentes da
transformação social, econômica, política e cultural e, como consequência, promover o
crescimento do espaço social que atuam ou irão atuar. Nessa perspectiva o trabalho desse
professor é por uma aprendizagem não fragmentada, mas, sobretudo, que vai além dos
limites dos conteúdos, integrando disciplinas, ações pedagógicas, conhecimentos.
Diante desse desafio de formar um profissional que mobilize conhecimentos
específicos e gerais transformando-os em ações compromissadas com a ética, com a justiça,
com a cidadania, a UNIFAL-MG compreende que conceber um curso de Letras, na
modalidade Licenciatura, exige de todos os envolvidos a responsabilidade de refletir a
educação dentro dos parâmetros exigidos pela sociedade atual, ou seja, uma sociedade mais
humana, mais sensível, mais solidária e, também, uma sociedade que tem como ferramenta
de transformação, por exemplo, as novas tecnologias.
O reconhecimento da importância das novas tecnologias da comunicação e
informação na educação e seus impactos na vida pós-moderna passa a fazer parte das
discussões em torno do papel da escola, diante desse novo contexto.
Novas exigências para a profissão docente, como a utilização de novas tecnologias
no cotidiano escolar, tornam-se recorrentes, bem como a formação de futuros educadores
para atuarem no ensino fundamental, médio e profissional com competências e habilidades
voltadas para a utilização de diversos recursos midiáticos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) salientam que “aprender a
utilizar a tecnologia diz respeito a compreender e utilizar o conhecimento científico-
tecnológico”.
Inicialmente, o uso da informática estava focalizado para várias áreas, menos para a
educação. Atualmente, podemos constatar que o uso da informática em contexto escolar
não é mais uma utopia e sim uma realidade. A questão agora não é mais se devemos ou não
usar os computadores em sala de aula, e sim como devemos utilizá-los. Assim surge a
necessidade de capacitar também o professor da área de Letras a fim de que seja capaz de
utilizar esta poderosa ferramenta, tanto no que se refere à sua utilização tecnológica como
21
pedagógica.
Além disso, o Curso procura integrar na formação do licenciado a capacidade de
análise e intervenção em situações de ensino e aprendizagem que envolvam a pesquisa e o
desenvolvimento no campo multidisciplinar de aplicação das ciências das linguagens e da
educação.
A carga de disciplinas optativas estimula o aluno a definir, dentre as áreas de
atuação do curso de Letras e do Instituto de Ciências Humanas e Letras, seus caminhos de
formação, permitindo que ele tenha contato com muitas outras disciplinas oferecidas pela
UNIFAL-MG, de modo a completar sua formação em perspectiva multidisciplinar.
De acordo com as Diretrizes Nacionais, a definição dos conhecimentos exigidos
para a constituição de competências deverá, além da formação específica relacionada às
diferentes etapas da educação básica para a formação do professor (modalidade
licenciatura), propiciar a inserção dos alunos no debate contemporâneo mais amplo,
envolvendo questões culturais, sociais, econômicas e o conhecimento sobre o
desenvolvimento humano e a própria docência, de modo a contemplar:
- a cultura geral e profissional;
- os conhecimentos sobre crianças, adolescentes e adultos, aí incluídas as
especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais e as das comunidades
indígenas;
- o conhecimento sobre a dimensão cultural, social, política e econômica da
educação;
- os conteúdos das áreas de conhecimento que serão objeto de ensino;
- o conhecimento pedagógico;
- o conhecimento advindo da experiência.
A proposta pedagógica do Curso de Letras foi concebida como um sistema
articulado, compreendendo não só a identificação de conhecimentos específicos de cada
habilitação, importantes na construção de competências técnicas e intelectuais na área da
formação específica do graduando, mas também de conhecimentos conexos e transversais
capazes de ampliar a sua formação por um percurso em domínios conexos
(interdisciplinares), bem como de conhecimentos complementares (transdisciplinares), não
22
necessariamente pertencentes às áreas específicas de formação, mas importantes na
ampliação do universo de conhecimentos integrados, na formação humanística ou
profissional, conhecimentos capazes de fazer interagir diferentes áreas de formação.
No Curso de Letras-Licenciatura, com entrada anual, serão ofertadas 20 vagas no
turno noturno. A duração será de 9 semestres (4,5 anos) e o tempo máximo de
integralização, de 14 semestres (7 anos). O tempo mínimo de integralização do curso, em
obediência a resolução CNE/CP 02/2002, será de 3 anos (6 semestres); tal situação poderá
ocorrer em casos de aproveitamento de disciplinas ou de aceleração do curso por meio do
cumprimento antecipado de disciplinas da dinâmica.
A segunda habilitação dar-se-á através de apostilamento, seguindo os
procedimentos fixados pelo DRGCA e seguindo as normas da instituição para os cursos de
graduação.
3.2. Avaliações
Para atender à legislação vigente, as diretrizes para a avaliação do trabalho
pedagógico deverão estar claramente definidas no Projeto Político Pedagógico. O ato de
avaliar será um processo contínuo e permanente com função diagnóstica, processual e
classificatória e será feita de maneira a possibilitar a constante reflexão sobre o processo
formativo do aluno. Deverá ainda ocorrer de tal forma que possibilite o desenvolvimento
pleno do discente em suas múltiplas dimensões: humana, cognitiva, política, ética, cultural
e profissional.
Tais diretrizes apontam ainda a avaliação como parte integrante do processo de
formação que possibilita o diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados alcançados,
consideradas as competências a serem constituídas e a identificação das mudanças de
percurso eventualmente necessárias.
3.2.1 - Avaliações dos alunos no processo de ensino-aprendizagem
A avaliação deve cumprir prioritariamente uma função pedagógica ou formativa,
gerar informações úteis para a adaptação das atividades de ensino e aprendizagem às
23
necessidades dos alunos e aos objetivos de ensino. O objetivo de toda avaliação é gerar e
gerir retroinformação seja para a ação do professor em sala de aula, seja para a gestão
acadêmica.
De acordo com Luckesi (1986 e 1994) a avaliação educacional escolar, assim como
as outras práticas do professor, são dimensionadas por um modelo teórico de mundo e de
educação, traduzido em prática pedagógica, tenha o professor consciência disso ou não.
Suas ações têm consequências na relação com seus alunos, na relação deste e de ambos
com o conhecimento e, extensivamente, às situações de vida que enfrentam no seu dia a
dia.
Charles Hadji (2001), por sua vez, problematiza o próprio conceito de avaliação,
desmitificando-a, no sentido de provar que avaliar não é medir. A avaliação se constitui
como um processo de comunicação dialógica envolvendo professores e alunos (as) situados
(as) institucionalmente.
A avaliação no processo ensino-aprendizagem possui implicações pedagógicas que
extrapolam os aspectos técnicos e metodológicos e atinge aspectos sociais, éticos e
psicológicos importantes.
Assim sendo, a avaliação, procedimento do ritual pedagógico, aponta, segundo
Camargo (1996), responsabilidades a serem assumidas pela instituição junto ao aluno, do
ponto de vista profissional, pessoal e social.
É nessa perspectiva, que o Curso de Letras da UNIFAL-MG propõe uma avaliação
formativa e construtiva, auxiliando o aluno a aprender e o professor a ensinar. A ideia base
é bastante simples: “a aprendizagem nunca é linear, procede por ensaios, por tentativas e
erros, hipóteses, recuos e avanços; um indivíduo aprenderá melhor se o seu meio
envolvente for capaz de lhe dar respostas e regulações sob diversas formas [...]”.
(PERRENOUD, 1999)
A avaliação do processo ensino-aprendizagem do curso é entendida como um
processo contínuo de ações em favor da aprendizagem, compromissada com o
desenvolvimento pleno dos alunos em suas múltiplas dimensões: social, cognitiva, política,
ética, estética, afetiva e outras.
A avaliação, numa perspectiva mediadora, calcada no desenvolvimento do
educando, busca favorecer a troca de ideias com e entre os alunos, num movimento de
24
superação do saber transmitido a uma produção de saber enriquecido, construído a partir da
compreensão dos fenômenos estudados. Dessa forma, serão avaliados não só o
conhecimento adquirido, mas a capacidade de acioná-lo e de buscar outros para realizar o
que é proposto.
Ela encontra-se baseada nos princípios de:
- consistência entre os processos de avaliação e as aprendizagens e as habilidades e
competências pretendidas através da utilização de modos e instrumentos de avaliação
diversificados, de acordo com os contextos em que ocorrem;
- primazia da avaliação formativa, com valorização dos processos de auto-avaliação;
- valorização do processo de aprendizagem que ocorre durante o processo;
- transparência do processo de avaliação, nomeadamente através da clarificação e da
explicitação dos critérios adotados;
- diversificação dos instrumentos utilizados no processo de avaliação.
Convergente com esses princípios norteadores, a avaliação da aprendizagem no
Curso de Letras é considerada uma prática educacional que dá possibilidades de revisão e
reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é entendida como um
processo indissociável da dinâmica de ensino e aprendizagem, pois implica a realização de
verificações planejadas para obter diagnósticos periódicos do desempenho dos alunos e
professores em relação à transmissão/assimilação e construção/produção dos
conhecimentos, habilidades e atitudes desejadas, possibilitando o replanejamento das ações
sempre que necessário.
Finalidades
A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como um processo
contínuo, sistemático e integral de acompanhamento do nível no qual alunos e professores
se encontram em relação ao alcance dos objetivos desejados na formação do profissional
em questão, torna-se um elemento integrante e regulador da prática educativa, com as
seguintes finalidades:
- permitir uma ação sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a
tomada de decisões adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens;
- oferecer apoio ao processo educativo, de modo a sustentar o sucesso de todos os
alunos, permitindo (re)ajustamento dos projetos e o (re)direcionamento da prática de ensino
25
do professor;
- certificar as diversas habilidades e competências construídas pelo graduando ao
longo do processo de aprendizagem;
- contribuir para melhoria da qualidade de ensino.
Modalidades de Avaliação
Reportando-se aos autores Abreu e Mazetto (1990), para que avaliação se constitua
num processo contínuo, é condição básica que, em todas e cada uma das atividades
previstas e realizadas, aluno e professor se informem sobre sua aproximação ou não dos
objetivos propostos.
As modalidades de avaliação utilizadas no curso devem ser de conhecimento de
todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
No curso de Letras são contempladas as seguintes modalidades:
Avaliação Diagnóstica: para Miras e Solé (1996), a avaliação diagnóstica (ou
inicial), “é a que proporciona informações acerca das capacidades do aluno antes de iniciar
um processo de ensino-aprendizagem”. Possibilita detectar dificuldades ou limites do
aluno." É a sondagem de conhecimentos e de experiências já disponíveis, bem como de
provimento dos pré-requisitos para a sequência da unidade didática" (LIBÂNEO, 1992).
Avaliação Formativa: segundo Haydt (1995), constatar se estão os alunos, de fato,
atingindo os objetivos pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os
resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas,
caracteriza-se como uma avaliação formativa. Ainda segundo a autora, representa esta
forma de avaliação o principal meio através do qual o estudante passa a conhecer seus erros
e acertos, encontrando, assim, maior estímulo para um estudo sistemático dos conteúdos.
Feita ao longo do processo de ensino e aprendizagem, pretende informar se os objetivos
foram alcançados, fornecendo dados para o aperfeiçoamento do mesmo, possibilitando criar
condições para que o aluno retome os aspectos ainda não aprendidos, e localizando as
dificuldades deste para auxiliá-lo a encontrar processos que lhe permitam crescer na
aprendizagem. Busca a compreensão do funcionamento cognitivo por parte do aluno diante
das atividades propostas, busca também verificar se as relações entre professor e aluno
estão ocorrendo de forma a favorecer a aprendizagem ou se necessitam de
adaptações/modificações.
26
A metodologia da avaliação formativa se caracteriza por desencadear
aprendizagens, observar e interpretar essas aprendizagens, comunicar e informar os
resultados com a máxima transparência e participação dos envolvidos no processo, para
apresentar uma apreciação final.
Avaliação Somativa: tem como objetivo “determinar o grau de domínio do aluno
em uma área de aprendizagem”, o que “permite outorgar uma qualificação que, por sua vez,
pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada; por isso, [...]
é denominada também avaliação creditativa” (MIRAS; SOLÉ, 1996). Essa avaliação é
realizada no final do processo de ensino e aprendizagem e tem como função identificar em
que grau os objetivos propostos foram alcançados. Refere-se às verificações de controle
sistemático e contínuo, para atribuir notas, em função dos resultados apresentados.
Avaliação Emancipatória: para Elliot (1996), um modelo de avaliação
emancipador é definitivamente um modelo de inovação que necessariamente desencadeia
(ou implica) mudanças na cultura prática do professorado. Essa avaliação orienta-se para a
defesa da autonomia e da capacidade de autogoverno daqueles envolvidos no processo.
Nesse sentido, este modelo oportuniza o caráter democrático no processo de aprendizagens,
e o processo de autoavaliação reforça esse caráter.
Avaliação da Atuação, (Escobar, 2001): muito empregada em sistemas de
avaliação na área de línguas estrangeiras, é aquela que possibilita que o aluno proporcione
amostras lingüísticas de formas faladas ou escritas por meio de provas diretas. Este tipo de
avaliação se desenvolve utilizando e aplicando o conceito da tarefa/atividade, cujo
resultado é uma produção linguística direta observável.
Autoavaliação: baseada em objetivos estabelecidos previamente, em momentos
significativos do processo tem como princípio o desenvolvimento da autocrítica.
Avaliação interpares ou heteroavaliação: é considerada como avaliação do
desempenho dos sujeitos envolvidos no processo, por seus pares próximos, sejam eles
professores, alunos ou outros profissionais dos serviços onde ocorrem as atividades de
aprendizagem. Um roteiro/modelo prévio e básico é elaborado com a colaboração de todos
os envolvidos.
O Curso de Letras da UNIFAL-MG compreende que as modalidades mencionadas
acima precisam ser trabalhadas de maneira articulada e que seja enfatizada uma avaliação
27
processual, contínua, criativa e transformadora.
Para que seja viabilizada, é importante que haja clareza quanto às características que
nortearão a sua operacionalização para:
- ser contínua, a avaliação deve acontecer ao longo de todo o processo de ensino e
aprendizagem, realizada em diferentes momentos, não sendo pontual (isolada) nem um
momento terminal do processo educativo;
-ser sistemática, a avaliação não pode ser improvisada; deve ser um ato intencional,
consciente e planejado como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem.
Requer-se clareza quanto às suas finalidades, bem como quanto à utilização de
instrumentos e medidas adequadas; requer-se que seja pensada como uma atividade
permanente, permitindo acompanhar passo a passo a evolução do aluno na assimilação,
construção e produção do seu conhecimento;
- ser integral, a avaliação deve estender-se a todos os domínios do comportamento:
cognitivo, afetivo e psicomotor;
- estar voltada ao alcance dos objetivos, a avaliação deve ser planejada de acordo
com o perfil profissional delineado no projeto curricular e explicitado na forma de
desempenho (conhecimentos, habilidades e atitudes) desejado no graduando;
- ser indissociável da dinâmica de ensino e aprendizagem, a avaliação deve ser
coerente com o projeto pedagógico, no sentido de refletir os princípios que o norteiam.
Não pode se limitar a um momento separado ou independente do processo de
ensino;
- ser inclusiva, a avaliação deve facilitar ao professor, quando detectar problemas
e/ou dificuldades de aprendizagem, propor alternativas de recuperação desta, integrando o
aluno na busca persistente do alcance dos objetivos desejados;
- ser abrangente, a avaliação não deve se restringir ao desempenho do aluno, mas
também fornecer subsídios para avaliar o desempenho do professor e de outros
profissionais envolvidos na formação acadêmica, auxiliando na tomada de decisões sobre o
projeto pedagógico;
- ser cooperativa, a avaliação deve ter atuação ativa de todos os participantes do
processo ensino - aprendizagem, proporcionando feedback mútuo e reflexão sobre o próprio
desempenho (auto-avaliação).
28
- ser criativa, ser aberta para que os talentos, as habilidades sejam afloradas.
A distribuição dos pontos em cada semestre é feita respeitando a pontuação
normativa vigente da Instituição. A saber: 10 pontos (para cada semestre letivo),
distribuídas, a critério do docente, observadas as orientações deste Projeto pedagógico e
explicitadas no Plano de Ensino, aprovado pelo Colegiado de Curso.
Para fins de promoção, o curso de letras obedece ao Regulamento Geral dos Cursos
de Graduação da UNIFAL-MG.
Instrumentos de avaliação: prova individual escrita ou oral sobre questões
relacionadas com temas desenvolvidos em sessões letivas e suportados em bibliografia
indicada no programa da disciplina; trabalho escrito individual e/ou de grupo, que poderá
ter uma apreciação/discussão oral e versará sobre: temas específicos desenvolvidos no
decurso do período letivo; ensaios aplicados à realidade estudada, no âmbito da disciplina;
estudo de aprofundamento temático; fichas de leitura; intervenções (exposição ou
participação) críticas fundamentadas, no decurso de apresentação de trabalhos escritos
individuais ou de grupo; identificação e análise de situações educativas complexas e/ou
problemas em uma dada realidade; elaboração de projetos; produções de textos; debates
abertos; registros de aprendizagem (relatórios, observação sistemática, elaboração de
textos/artigos, criação, montagem e apresentação de peças artístico-culturais, diferentes
formas de pesquisas, todas possuindo referencial teórico que as subsidiem e sustentem;
portfólios, resenhas, avaliações dissertativas e painéis); apresentação de seminários;
memorial, experiências de intercâmbio e imersão linguística.
Ainda, dentro da proposta de avaliação do curso de Letras, uma outra baseada em
Armstrong (2001) tem ocorrido, com sucesso. Ela permite que o discente escolha de que
forma quer ser avaliado, que tipo de trabalho irá desenvolver de acordo com a sua afinidade
e habilidade.
Para desenvolver determinado conteúdo, o docente poderá solicitar ao graduando
que escolha uma das seguintes propostas:
- fazer um ensaio fotográfico;
- montar um livro de recortes;
- fazer uma demonstração ao vivo;
- criar e desenvolver um projeto em grupo;
29
- fazer um gráfico estatístico e analisá-lo;
- fazer uma apresentação interativa em computador;
- manter um diário;
- gravar uma entrevista;
- planejar um mural;
- dar uma palestra;
- criar uma discografia baseada no assunto;
- fazer uma simulação;
- montar um experimento;
- promover um debate ou discussão;
- produzir um vídeo;
- montar um musical;
- criar um rap ou uma música sobre o assunto;
- ensinar o assunto a alguém;
- coreografar uma dança;
- fazer um projeto diferente dos listados.
Além dessas, há outras sugestões: criar uma página na internet ou blog; analisar
perguntas de vestibulares; analisar exercícios de livros didáticos; elaborar um jornal;
montar uma revista de história em quadrinhos, redigir um artigo.
O critério geral que permeia todas as avaliações é o de demonstrar a integração
entre os conteúdos e relacioná-las com a prática, observando a coerência com o perfil do
egresso proposto no projeto pedagógico do curso. Outros critérios mais específicos também
são considerados, dependendo da natureza das atividades propostas. Ou seja, os trabalhos
devem atender às normas de comunicação científica do meio acadêmico, na sua elaboração
e apresentação escrita, incluindo a correção de linguagem. As avaliações devem
contemplar, não só, a aquisição de conhecimento, mas também o pensamento crítico e
reflexivo, a criatividade e o espírito científico. A assiduidade é um critério, podendo o
professor considerá-la no processo contínuo de avaliação.
3.2.2. Avaliações feitas pelo corpo discente
30
A UNIFAL-MG possui uma Comissão Permanente de Avaliação, a qual,
semestralmente, disponibiliza ao corpo discente um formulário de avaliação das disciplinas
e docentes da instituição. A comissão cuida, ainda, de avaliar todos os setores de
atendimento da instituição. Os resultados destas pesquisas são encaminhados às partes
responsáveis para correção de problemas.
3.2.3. Avaliação e Acompanhamento do Projeto Pedagógico
Considerando que a qualidade acadêmica está efetivamente ligada ao cumprimento
da função social da Universidade, que é de ensinar, pesquisar e praticar a extensão em favor
do desenvolvimento dos sujeitos e da sociedade como um todo, estão previstas diferentes
formas de avaliação do Projeto Pedagógico.
A avaliação do Projeto político-pedagógico será realizada pelo Colegiado do curso
de Letras/NDE sempre que se julgar necessário a partir da consulta aos segmentos
graduandos/corpo docente, à comunidade na qual o curso está inserido, por meio de
assembleias, reuniões ou seminários organizados para esse fim.
3.2.4 Avaliação externa
Na década de 1990, os sistemas de avaliação de monitoramento de grande alcance
foram implantados de forma contínua e integrada ao planejamento e financiamento das
reformas educacionais pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais –
INEP. Em 1990, foi realizado pela primeira vez o levantamento do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (SAEB), o qual coleta dados que permitem a avaliação de
conhecimentos e habilidades dos alunos em diferentes séries e áreas curriculares e a
identificação de fatores relacionados à organização e funcionamento da escola, aos
professores e diretores, à prática pedagógica e aos alunos, que, acredita-se, influenciam na
qualidade do ensino ministrado.
O MEC implantou outros sistemas de avaliação, além do Saeb, como o Exame
Nacional dos Cursos, conhecido como “provão”, no nível do ensino superior, iniciado em
1996, reestruturado agora no ENADE, e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essas
31
provas contribuem para a avaliação do curso e, consequentemente, para eventuais ajustes e
melhorias.
A avaliação educacional externa feita pelo INEP já assume um lugar de destaque na
agenda das políticas públicas de educação no Brasil, sendo, para a UNIFAL e para curso de
Letras, um mecanismo importante de avaliação externa. Juntamente com as outras
avaliações, contribuirá para um conhecimento mais objetivo dos resultados dos processos
educacionais. Há, portanto, convergência em torno da importância estratégica de se
avaliarem com profundidade os níveis de qualidade do curso, contribuindo para o seu
desenvolvimento.
3.3. Atividades de Ensino
Em decorrência da ampliação do conceito de curriculum, entende-se que diferentes
atividades acadêmicas que são hoje desenvolvidas pelo discente, durante sua permanência
na Universidade, são tão úteis para sua formação profissional quanto as diversas disciplinas
do núcleo de formação específica que ele cursa. Assim sendo, é justo que, do mesmo modo
que essas últimas geram créditos, as primeiras também o façam, sendo consideradas como
atividades complementares à sua vida acadêmica.
3.3.1. Aula
A aula consiste em atividade teórica, prática ou teórico-prática, conduzida
predominantemente pelo docente, de forma presencial. As aulas presenciais consistem em
atividade teórica, prática ou teórico-prática, desenvolvidas na sala de aula e conduzidas
pelo professor.
Embora a tendência mais tradicional da aula presencial seja a atividade expositiva
do professor, a aula presencial deve ser vista como um momento privilegiado dentro do
curso, pois trata-se de um dispositivo que deve envolver sistematicamente a interação do
professor com os alunos matriculados, dos alunos entre si, mediados pelos conteúdos e
pelos objetivos do curso. A articulação entre atividades expositivas problematizadoras e
atividades práticas de exercício do raciocínio lógico é fundamental para o desenvolvimento
32
das competências almejadas e de hábitos de aprendizagem. Na sala de aula presencial,
como em qualquer outra atividade curricular, deve predominar o ensino voltado para o
desenvolvimento de competências, de atitudes formativas e de raciocínio sobre o ensino
focado no simples reconhecimento e apreensão de conceitos. A contextualização dos
conteúdos ensinados também deve ser buscada pelo professor nas seguintes dimensões:
contextualização histórica (origem e evolução histórica do problema); contextualização
dentro de um campo de conhecimento (relação do problema/conceito com correntes e
campos de estudo, dimensão interdisciplinar do problema); contextualização social
(implicação dentro da/s sociedade/s); contextualização no ensino fundamental e médio e
mesmo no ensino superior (relevância para o ensino fundamental e médio, para a formação
do professor), contextualização profissional e prática (relevância para o mercado
profissional).
3.3.2 Seminário
O seminário é constituído por atividade teórica, prática ou teórico-prática,
conduzida predominantemente pelos alunos, a partir de articulação de um docente,
incluindo-se nesta categoria a discussão temática, o estudo dirigido e o grupo de estudos. O
seminário deve cumprir o papel de estimular nos alunos as habilidades básicas de ouvir e
falar permitindo a formação de opiniões pessoais e o desenvolvimento de práticas e
conceitos relativos ao curso e aos objetivos do seminário. Saber ouvir e saber falar são
recursos fundamentais para aqueles que, profissionalmente, vão se dedicar à área de Letras.
3.3.3 Interdisciplinaridade
As atividades e projetos de ensino, pesquisa e extensão são delineados, em sua
maioria, baseando-se no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Em se tratando das disciplinas
oferecidas no curso de Letras, a interdisciplinaridade se faz presente por meio do diálogo
com ementas/tópicos de conteúdo de diferentes componentes curriculares. Os programas de
ensino são propostos pelos docentes e discutidos em reuniões do Colegiado de Curso e
aprovados pelo Colegiado da Pró-Reitoria de Graduação.
33
3.3.4 Atividades Formativas
A flexibilização curricular é caracterizada por ações que possibilitam formação
complementar interdisciplinar particular ao aluno, incentivando a interação entre as
disciplinas e respeitando o pluriculturalismo. Na UNIFAL-MG, a flexibilização curricular
foi institucionalmente introduzida por Resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão – CEPE, que fixou normas para implantação do processo de flexibilização dos
curricula de graduação, através das atividades curriculares complementares, denominadas:
Atividades Formativas.
São Atividades Formativas aquelas que proporcionam ao aluno oportunidades de
desenvolvimento através da participação em eventos de natureza curricular diferente,
porém integrada em ações que o auxiliam no seu crescimento pessoal e profissional. Têm
como objetivo o crescimento intelectual, especialmente nas relações com o mundo do
trabalho, nas ações de pesquisa e de extensão junto à comunidade, possibilitando ao aluno
integrar ao seu curriculum experiências que visam contribuir para o processo de
aprendizado do mesmo, envolvendo as três dimensões da vida acadêmica, a saber: ensino,
pesquisa e extensão. Por esse motivo, tais atividades devem abranger a prática de estudos e
atividades independentes, transversais, interdisciplinares, de permanente contextualização e
atualização. Ao realizar essas atividades, o aluno se envolve em práticas curriculares
complementares, as quais devem contribuir para aumentar e aprimorar seus conhecimentos
e também o exercício da sua cidadania.
As Atividades Formativas são normatizados por regulamentação específica, proposta por
comissão, apreciada no Colegiado do Curso e aprovada pelo Colegiado da Pró-Reitoria de
Graduação.
3.3.5 O estágio curricular supervisionado
Tendo como objetivo, junto com a prática, como componente curricular, a relação
teoria e prática social tal como expressa o Art. 1º, § 2º da LDB, bem como o Art. 3º , XI, o
estágio curricular supervisionado é o momento de efetivar, sob a supervisão de um
34
profissional experiente, um processo de ensino-aprendizagem que se tornará concreto e
autônomo quando da profissionalização deste estagiário. As disciplinas que contemplam
estágio serão oferecidas a partir da segunda metade do curso. Entre outros objetivos, pode-
se dizer que o estágio curricular supervisionado pretende oferecer ao futuro licenciado um
conhecimento do real em situação de trabalho, isto é, diretamente em unidades escolares
dos sistemas de ensino. É também um momento para se verificar e provar (em si e no outro)
a realização das competências exigidas na prática profissional e exigíveis dos formandos,
especialmente quanto à regência. Mas é também um momento para se acompanhar alguns
aspectos da vida escolar que não acontecem de forma igualmente distribuída pelo semestre,
concentrando-se mais em alguns aspectos que importa vivenciar. É o caso, por exemplo, da
elaboração do projeto pedagógico, da matrícula, da organização das turmas e do tempo e
espaço escolares.
O Estágio Supervisionado está dividido em 4 disciplinas por habilitação e é normatizado
por regulamentação específica, proposta por comissão, apreciada pelo Colegiado do Curso
e aprovada pelo Colegiado da Pró-Reitoria de Graduação.
3.4 Atividades e projetos de ensino, pesquisa e extensão
Os projetos são entendidos como conjunto de atividades integrado ao projeto
pedagógico do curso que permita o desenvolvimento de habilidades, atitudes e
competências previstas na respectiva ementa, incluindo-se nesta categoria os projetos de
iniciação científica, iniciação ao ensino e iniciação à extensão. O discente do Curso de
Letras poderá aproveitar os projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão dos docentes, como
forma de complementar sua formação e iniciar, sob orientação, sua atuação profissional.
No curso de Letras, os discentes têm a possibilidade de participar de diferentes
projetos envolvendo pesquisa e extensão. Nas licenciaturas, diversos projetos foram
aprovados. Em 2010, teve início o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência) na área de Língua Portuguesa Concessão de bolsas de iniciação à docência para
alunos de cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis
institucionalmente pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e
demais despesas a ele vinculadas. Em 2011, com implantação da segunda etapa do
35
programa, inicia-se o PIBID – Letras/Espanhol.
Em abril de 2010, por meio de chamada pública, teve início o PIFC (projeto
Institucional de Formação Continuada, que tem como objetivo oferecer cursos de
capacitação e de aperfeiçoamento para professores da rede pública com a possibilidade de
alunos das licenciaturas participarem desses cursos.
Em novembro de 2010, inicia-se o Programa de Consolidação das Licenciaturas –
Prodocência que objetiva elevar a qualidade dos cursos de licenciatura, por meio de
fomento a projetos institucionais, na perspectiva de valorizar a formação e reconhecer a
relevância social dos profissionais do magistério da educação básica. Na UNIFAL-MG, os
cursos de Letras e de Pedagogia, em conjunto, deram início à oferta de sete subprojetos nas
áreas de Letramento e Alfabetização, Gêneros Textuais, Novas Tecnologias Aplicadas a
Educação, Avaliação, Estudos de Currículo, Inclusão e Diversidade e Língua, literatura e
cultura hispânicas. Por meio dessas áreas, buscou-se complementar a formação dos
licenciandos, trabalhando com objetos de ensino que não foram trabalhados no curso de
Letras e de Pedagogia ou de cursos de áreas afins. Participam deste programa licenciandos
e professores da rede pública. Neste Programa, estão previstas oficinas e minicursos, além
de seminários, com a publicação de anais, ciclos de estudos objetivando fomentar a
proposição e realização de projetos de iniciação científica nas áreas temáticas indicadas no
Programa. Está previsto também a criação e estruturação de um laboratório de ensino para
atendimento ao programa e aos cursos de licenciaturas.
Em dezembro de 2010, foram aprovados os dois primeiros Pet, na modalidade
Conexões de Saberes, sendo um no câmpus de Poços de Caldas (Bacharelados
Interdisciplinares) e, no câmpus de Alfenas, um na área de Letras. O Pet Conexões de
Saberes do curso de Letras, coordenado por uma docente do curso de Letras, é constituído
por graduandos (bolsistas e não bolsistas) que cursaram o ensino médio na escola pública,
além de outros critérios especificados em edital. Em 2011, o Pet Conexões, que se constitui
uma política de ação afirmativa, tem em seu planejamento seminários, oficinas, minicursos,
jornadas de pesquisa, projetos de extensão e iniciação científica, além de atividades
culturais. O Pet Conexões de Saberes –Letras mantém ainda um Blog por meio do qual são
divulgadas as atividades desenvolvidas pelo grupo.
Desde 2009, docentes do curso de Letras desenvolvem com os discentes (bolsistas e
36
não-bolsistas) projetos de extensão na comunidade alfenense, como o Projeto Cineclube,
Latim – língua de Roma e do Ocidente e Ciclos de Estudos sobre Fernando Pessoa. Os dois
primeiros, executados em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, no
âmbito do Projeto Cidade Escola.
Os discentes também participam de projetos de iniciação científica (bolsistas e não-
bolsistas) sob a orientação de professores do curso de Letras. Há ainda alunos atendidos por
Programas de Assistência Estudantil, que são oferecidos pela PRACE – Pró-Reitoria de
Assuntos Comunitários e Estudantis, com bolsa alimentação, auxílio transporte e bolsa
atividade.
Ao longo do ano, acontecem os seguintes eventos: Cinevídeo, Semana de Letras,
Seminário Interno de Literatura, Linguagens e outros Saberes, Colóquio Nacional
Literatura, Linguagens e Outros Saberes, Jornada Científica da UNIFAL-MG, SELE
(Simpósio de Espanhol como Língua Estrangeira), Seminário de Socialização do PIBID,
dentre outros.
A cada semestre, conforme a matriz curricular, os discentes podem participar de
atividades de monitoria. Os monitores (bolsistas e não-bolsistas) são selecionados por meio
de edital e avaliação escrita. Esses monitores são acompanhados pelo docente responsável
pela disciplina e oferecem apoio aos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem
nessas áreas.
37
4. A ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE LETRAS
A proposta curricular apresentada é motivada por duas razões: a primeira é a
necessidade de se adequar a estrutura curricular das habilitações na modalidade de
licenciatura às novas regulamentações do Conselho Nacional de Educação para a formação
de professores do ensino fundamental e médio; a segunda deriva da necessidade de se
fazerem reformulações no curso de Letras, tanto na modalidade licenciatura quanto no
bacharelado. Assim sendo, com base nas orientações do CNE, propomos a estrutura
curricular que apresentamos a seguir.
4.1. Estrutura curricular e sistema de créditos
O núcleo específico é composto das disciplinas do núcleo comum, cursadas por
todos os alunos de Letras, e das disciplinas da modalidade e da habilitação específica
escolhidas pelo aluno, previstas na matriz curricular. O núcleo não específico é composto
das disciplinas que não constam da matriz curricular do curso escolhido pelo aluno, mas
que constituem seus interesses para complementar sua formação em outras áreas de
interface, constituindo, assim, um percurso interdisciplinar. Este núcleo não específico é
composto pelas disciplinas chamadas optativas curriculares não específicas.
Esquematizando a proposta do curso de Letras da UNIFAL, temos:
a) Núcleo Específico (Disciplinas do Núcleo Comum, da Habilitação e da
modalidade Licenciatura);
b) Formação Complementar (Disciplinas em outros cursos ou Disciplinas que não
constam da matriz curricular ou Disciplinas excedentes nos grupos – optativas) ;
c) outras atividades acadêmico-científico-culturais.
Considerando os conteúdos da resolução 02/2002 CNE e do parecer 492/2001
CNE/CES e relacionando-os às especificidades do Curso de Letras, propomos que a
estrutura curricular do curso seja norteada por dois eixos. Um eixo que orienta a
flexibilização vertical:
- conteúdo curricular de natureza científico-cultural dividido em:
38
a) Núcleo Comum: constituído de 10 disciplinas (37 créditos) comuns a todos os
estudantes do Curso de Letras da UNIFAL-MG, independentemente da modalidade ou
habilitação;
b) Habilitação Específica:
Espanhol: 14 disciplinas (49 créditos)
Português: 13 disciplinas (50 créditos).
c) Modalidade Específica:
Licenciatura: 14 disciplinas (54 créditos)
e) Formação não-específica: variando de 3 a 5 disciplinas (10 créditos).
Além disso, optou-se, a partir de 2009, por adotar o sistema de créditos. A escolha
deu-se pelo fato de o sistema de crédito permitir uma maior flexibilidade ao aluno. O
sistema de crédito é um sistema no qual o discente deve cursar um número específico de
créditos em disciplinas obrigatórias e optativas curriculares não específicas na sequência
que melhor lhe aprouver, respeitados os pré-requisitos de cada disciplina especificados na
matriz curricular. Cada crédito equivale a 15 horas teóricas, 30 horas práticas ou 45 horas
de estágio.
4.2. Descrição do Curriculum do curso de Letras
O curso de Letras tem uma estrutura básica, dividida em 5 núcleos (núcleo comum,
núcleo de Língua Portuguesa, Núcleo de Língua Espanhola e Núcleo das Licenciaturas e
Núcleo dos Bacharelados.
Apresenta-se, a seguir, e estrutura geral do curso de licenciatura.
4.2.1. O Núcleo Comum
Todos os alunos do Curso de Letras-Licenciatura devem cursar as disciplinas do
núcleo comum. São disciplinas que visam a alicerçar os conhecimentos necessários para o
desenvolvimento das duas habilitações oferecidas pelo curso..
39
Disciplinas do Núcleo Comum (570h)
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Latim 4
Linguística I 4
Linguística II 4
Linguística românica 2
Literatura Antiga I 4
Literatura Antiga II 4
Teoria e Prática do Texto 2 1
Teoria da Literatura I 4
Teoria da Literatura II 4
Teoria da Literatura III 4
Total em disciplinas: 36 1
Total do Núcleo: 37 créditos
4.2.2. Núcleo de Língua Espanhola (840h)
Todos os alunos que intentem uma habilitação em Língua Espanhola,
obrigatoriamente, deverão cursar todas as disciplinas do Núcleo de Língua Espanhola.
Núcleo de Língua Espanhola
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Cultura Hispânica 4
Espanhol I 2 1
Espanhol II 2 1 Espanhol I
Espanhol III 2 1 Espanhol II
40
Espanhol IV 4 Espanhol III
Espanhol V 4 Espanhol IV
Espanhol VI 2 1
Fonética e Fonologia do Espanhol 2 1
Literatura Espanhola I 4
Literatura Espanhola II 4
Literatura Espanhola III 4
Literatura Hispano-Americana I 4
Literatura Hispano-Americana II 4
Literatura Hispano-Americana III 4
Total em disciplinas: 46 5
Total do Núcleo: 51 créditos
4.2.3. O Núcleo Língua Portuguesa
Todos os alunos que intentem uma habilitação em Português, obrigatoriamente,
deverão cursar todas as disciplinas do Núcleo de Língua Portuguesa.
Disciplinas do Núcleo Língua Portuguesa (720h)
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Teoria e Prática de Leitura do
Texto 2 1
Fonética e Fonologia do Português 2 1
Literatura Brasileira I 4
Literatura Brasileira II 4
Literatura Brasileira III 4
Literatura Portuguesa I 4
Literatura Portuguesa II 4
41
Literatura Portuguesa III 4
Morfologia do Português 4
Formação Histórica do Português 4
Semântica do Português e
Pragmática 4
Sintaxe do Português 4
Total em disciplinas: 44 2
Total do Núcleo: 46 créditos
4.2.4. Núcleo das Licenciaturas (1200h)
Todos os alunos do Curso de Letras-Licenciatura, obrigatoriamente, deverão cursar
as disciplinas do Núcleo das Licenciaturas.
Núcleo das Licenciaturas
Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Didática 4 1 1 Fundamentos da Educação I 4 Fundamentos da Educação Inclusiva I 2 1 Fundamentos da Educação Inclusiva II 2 1 Laboratório de Ensino I* 2 1 3 Laboratório de Ensino II* 2 1 3 Laboratório de Ensino III* 2 1 3 Libras 4 1 Linguística Aplicada 2 1 Política Educacional 2 1 Psicologia da Educação 4 1 Total em disciplinas: 30 10 10 Total do Núcleo: 42 créditos (1.200h)
* As Disciplinas “Laboratório de Ensino” embora componham o núcleo das licenciaturas, são diferenciadas
para a habilitação em português e para a habilitação em espanhol, possuindo ementas, professores e horários
distintos.
42
4.2.5. Disciplinas optativas curriculares não-específicas
Constituem disciplinas optativas curriculares não-específicas quaisquer disciplinas
do curso de Letras da UNIFAL-MG, não incluídas na matriz curricular cursada pelo
discente; quaisquer disciplinas da área das Ciências Humanas da UNIFAL-MG; disciplinas
de outras áreas da UNIFAL-MG ou de quaisquer áreas de outras instituições de ensino
superior mediante a aprovação do Colegiado do Curso.
4.2.6. Perfil Gráfico
0 500 1000 1500 2000
Habilitação
Espanhol
Habilitação
Portugês
Habilitação
Português e
Espanhol
Atividades formativas
Formação
complementar
Núcleo Licenciatura
Núcleo Português
Núcleo Espanhol
Núcleo comum
43
4.3. Ementário
NÚCLEO COMUM
Disciplina Créd. Ementa
Latim 4 Estudo da organização frasal básica e pronúncia da língua latina.
Linguística I
4 A Linguística como ciência da linguagem. Aspectos teóricos básicos da Linguística Geral: conceitos e níveis de análise. Abordagem das principais tendências e/ou linhas teóricas da Linguística.
Linguística II 4 Fundamentos teóricos e termos básicos de Linguística
Textual, Análise de Gêneros Textuais, Teorias em Análise do Discurso.
Linguística Românica 2 Fatores de dialetação do latim.România Contínua.
Literatura Antiga I 4 Estudo panorâmico da produção literária em língua
grega e língua latina desde o século VIII a.C. até o século I a.C.
Literatura Antiga II 4 Estudo panorâmico da produção literária em língua
grega e língua latina desde o século I a.C. até o século III d.C.
Teoria e Prática do
Texto
2+1 Noções de estrutura textual. A articulação do texto; coerência e coesão. Gêneros textuais. Diferença entre língua escrita e e língua falada. O conceito de erro gramatical no contexto das práticas discursivas.
Teoria da Literatura I
4
Natureza e caracterização do fenômeno literário. Elementos para a análise de textos literários. Teoria e técnica da narrativa e da poesia
Teoria da Literatura II
4 Estudo contextualizado de obras de filósofos ou de conceitos filosóficos, buscando sua interface com o desenvolvimento dos estudos críticos e teóricos na área da literatura.
Teoria da Literatura III 4 Estudo das principais correntes dos estudos literários.
Atividades de leitura segundo pressupostos que demarcam cada uma das tendências.
NÚCLEO DE LÍNGUA ESPANHOLA
Disciplina Créd. Ementa
Cultura Hispânica
4 Língua e Cultura. Estudo da Península Ibérica e a diversidade cultural dos povos da região peninsular e sua influência na formação da Espanha. Principais características. Romanização. Reconquista. Descobrimento de América. Estudo das principais civilizações pré-hispânicas (Azteca, Maia e Inca) e sua Influência na configuração da cultura nas nações latino-
44
americanas. Latinidade. Estudo de aspectos culturais gerais: costumes e tradições populares. Diversidade cultural. Sentido do espanhol hoje.
Espanhol I
2+1 A língua espanhola no mundo. Variação e mudança da língua espanhola. Elementos de história da língua espanhola. Diferenças morfossintáticas que oferecem graus de dificuldade ao luso falante e a questão das interferências. Estudo e desenvolvimento das quatro habilidades lingüísticas. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em língua espanhola em contextos significativos. Perguntar e dar opiniões pessoais. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Espanhol II
2+1 Os tempos passados do indicativo: pretérito imperfecto, pretérito perfecto, pretérito indefinido e pretérito pluscuamperfecto. O modo Imperativo: fazer petições, expressar desejos, dar ordens e dar instruções. Estudo e desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas. Acentuação. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em língua espanhola em contextos significativos, em nível básico. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Espanhol III
2+1 Representações do futuro: futuro imperfecto, futuro perfecto e perífrases verbais de futuro. Pronomes complemento direto e indireto. Artigo neutro LO O modo subjuntivo: definições e usos. Presente do subjuntivo. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em língua espanhola em contextos significativos, em nível intermediário. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Espanhol IV
4 Pretéritos do modo subjuntivo: imperfecto, pluscuamperfecto e perfecto. A representação do futuro no modo subjuntivo: estudo contrastivo com a língua portuguesa. Tempo condicional simples e composto. Estilo Direto e Indireto. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em língua espanhola em contextos significativos, em nível intermediário. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Espanhol V 4 Orações condicionais. Verbos de cambio. Orações
causais, consecutivas e finais. Preposições. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em
45
língua espanhola em contextos significativos, em nível avançado. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Espanhol VI
2+1 Orações concessivas. Orações adversativas. Perífrases verbais. Práticas comunicativas de compreensão e produção oral em língua espanhola em contextos significativos, em nível avançado. Estratégias argumentativas. Abordagem dos registros culto e coloquial e de aspectos culturais do universo hispânico.
Fonética e Fonologia do
Espanhol
2+1 Estudo dos sistemas fonético e fonológico da língua espanhola. Aspectos da fonética articulatória. O aparelho fonador. Classificação articulatória dos sons da linguagem. Aspectos da fonética acústica e perceptiva. A onda sonora. A ressonância. Identificação de unidades fônicas. Fonema, alofone, traços fônicos. Oposição fonológica. Fonética e fonologia do sistema vocálico espanhol. Diferenciação consoante-vocal. Fonemas vocálicos. Realização dos fonemas vocálicos. Classificação articulatória das vogais. Definição e distribuição dos fonemas vocálicos. Grupos vocálicos. As consoantes do espanhol. Classificação das consoantes do espanhol. Traços articulatórios na descrição das consoantes. A sílaba. Estrutura da sílaba. Características da sílaba em espanhol e tipos de sílaba. Divisão silábica em espanhol. O acento e a entoação. Práticas laboratoriais.
Literatura Espanhola I
4 Origens da Literatura Espanhola. Periodização literária. Literatura produzida na Idade Média e no Renascimento. Gêneros e correntes literárias em destaque. Leitura e análise de textos ilustrativos de autores de relevo dos diversos movimentos.
Literatura Espanhola II
4 A literatura do séc. XVII – Século de Ouro Espanhol. Maneirismo. Barroco. Caracterização e tópicos de problematização literária destes períodos. Gêneros e correntes literárias em destaque. Leitura e análise de textos ilustrativos de autores de relevo dos diversos movimentos.
Literatura Espanhola III
4 Romantismo. Realismo. Vanguardas. Caracterização e tópicos de problematização literária destes períodos. Autores da geração de 1898 e 1927. Literatura de pós-guerra. Tendências contemporâneas atuais. Leitura e análise de textos ilustrativos de autores de relevo dos diversos movimentos.
Literatura Hispano- 4 Aspectos da cultura e civilização espanhola e hispano-americana. Origens da Literatura Hispano-
46
Americana I americana. Manifestações literárias das culturas pré- colombianas. Aspectos literários na formação da Literatura Hispano-americana. Periodização literária. Período colonial – Barroco.
Literatura Hispano-
Americana II
4 Romantismo. Modernismo. Vanguardas. Caracterização e tópicos de problematização literária destes períodos. Leitura e análise de textos ilustrativos de autores representativos de diferentes países hispano-americanos nos respectivos períodos.
Literatura Hispano-
Americana III
4 Regionalismo. Boom e Posboom. Autores do Realismo mágico/maravilhoso. Conto, Romance e Poesia. Leitura e análise de textos ilustrativos de autores representativos de diferentes países hispano- americanos. Tendências contemporâneas atuais.
NÚCLEO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Disciplina Créd. Ementa
Teoria e Prática de
Leitura do Texto
2+1 Princípios de leitura e interpretação de textos; relação entre gêneros textuais e leitura; leitura compreensiva vs. leitura interpretativa.
Fonética e Fonologia do
Português
2+1 Estudo da Fonética e da Fonologia do português do Brasil. As concepções de oposição fonética, oposição fonológica, distribuição complementar e alofonia. Classificação e descrição dos sons. Introdução à prosódia. Relações entre Fonologia e o sistema da escrita.
Literatura Brasileira I 4 Formação da literatura brasileira. A produção literária
no Brasil do século XVI ao século XVIII. Leitura e análise dos textos mais representativos do período.
Literatura Brasileira II 4 A produção literária no Brasil no século XIX. Leitura e análise dos textos mais representativos do período.
Literatura Brasileira III 4 A produção literária no Brasil no século XX. Leitura e análise dos textos mais representativos do período.
Literatura Portuguesa I
4 Introdução à literatura portuguesa. Trovadores e manifestações pré-literárias do período medieval. Poesia palaciana e escritos do Humanismo. Renascentismo; Luís de Camões e autores menores. Antônio Vieira, Manuel Bernardes e outros autores barrocos.
Literatura Portuguesa II 4 O neoclassicismo em Portugal; as Academias. A obra
de Bocage. Romantismo e nacionalismo; Garrett e Herculano. Ultrarromantismo; Camilo Castelo Branco.
47
A transição para o Realismo. Realismo; Eça de Queirós e Antero de Quental. O simbolismo em Portugal.
Literatura Portuguesa III
4 Antecedentes do Modernismo em Portugal. O movimento modernista e o caso Fernando Pessoa. O moderno romance português. Autores contemporâneos e a questão do pós-modernismo; José Saramago, Cardoso Pires, Lobo Antunes.
Morfologia do
Português
4 Dicotomias que fundamentam os princípios da linguística estrutural. Conceitos básicos em morfologia. Princípios de análise mórfica. Estrutura e formação de vocábulos. Flexão verbal e nominal. Morfossintaxe: relações entre classes gramaticais e constituintes oracionais.
Formação Histórica do
Português
4 Descrição da formação histórica da Língua Portuguesa, desde as origens latinas até a distribuição atual; fenômenos do processo formativo enfocados no português brasileiro.
Semântica do Português
e Pragmática
4 Descrição do significado de palavras, sentenças e enunciados. Aspectos do significado e sentido no contexto de uso da linguagem.
Sintaxe do Português 4 Descrição dos períodos simples e compostos pela
gramática normativa. Introdução ao estudo da sintaxe do português a partir da perspectiva funcionalista.
NÚCLEO DAS LICENCIATURAS
Disciplina Créd. Ementa
Didática
4+1+1 Prática educativa. Pedagogia e Didática. Didática e democratização do ensino. Didática: teoria da instrução e do ensino. O processo de ensino na escola. O processo de ensino e o estudo ativo. Os objetivos e conteúdos do ensino. Os métodos de ensino. A aula como forma de organização do ensino. A avaliação escolar. O planejamento escolar. Relações professor-aluno na sala de aula.
Fundamentos da Educação I
4 Fundamentos e aspectos históricos da educação. Fundamentos e aspectos filosóficos da educação. História da educação no Brasil. Filosofia da educação no Brasil.
Fundamentos da Educação Inclusiva I
2+1 Fundamentos sociológicos sobre os processos de inclusão. O impacto dos atuais modelos de inclusão na educação escolar. Métodos e procedimentos da educação inclusiva. LIBRAS
Fundamentos da Educação Inclusiva II
2+1 Escola, ambiente familiar e educação inclusiva. Métodos e procedimentos da educação inclusiva.
48
LIBRAS.
Laboratório de Ensino do Espanhol I
2+1+3 O papel e função do professor de espanhol como língua estrangeira no contexto luso-brasileiro. As habilidades, competências e práticas de/para ensinar a língua espanhola em situações e/ou contextos reais. Análise crítica do livro didático e do material didático para o ensino/aprendizagem do espanhol, como língua estrangeira. Análise de legislação e documentação pertinentes ao Ensino Básico: LDB, PCNs, OCNs, CBC, PPP de uma escola de ensino fundamental e de ensino médio, bem como do planejamento e planos de aula.
Laboratório de Ensino do Espanhol II
2+1+3 Estudo das diferentes abordagens metodológicas de língua espanhola no ensino fundamental e médio. Abordagem e análise dos Parâmetros e Orientações Curriculares Nacionais para o ensino de língua estrangeira com ênfase no ensino de espanhol. Análise, pesquisa e desenvolvimento de projetos pedagógicos na área do espanhol, língua estrangeira, voltados para o ensino fundamental e médio. Observação da prática pedagógica em escola de ensino fundamental e regência.
Laboratório de Ensino do Espanhol III
2+1+3 Literatura e educação literária. Importância e significado da(s) Literatura(s) em LE no âmbito da formação do leitor/aprendiz de LE. Abordagem do texto literário em LE e sua aplicação/aproveitamento em contextos de formação escolar e continuada. Estudo e discussão de aspectos teóricos e metodológicos do ensino da(s) Literatura(s) em LE. Conceito(s) e objetivos do ensino da(s) Literatura(s) em LE no Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Continuada. Pesquisa e análise de projetos da(s) Literatura(s) em LE, com peculiar ênfase na área do espanhol, língua estrangeira. Observação da prática pedagógica em escola de ensino fundamental e regência.
Laboratório de Ensino do Português I
2+1+3 Elaboração e desenvolvimento de projetos de ensino a ser aplicados em estabelecimentos escolares de Educação Básica. Temática da disciplina: desenvolvimento, na Educação Básica e EJA, das quatro habilidades básicas da comunicação segundo os PCN (ler, escrever, ouvir e falar). Análise de legislação e documentação pertinentes ao Ensino Básico: LDB, PCNs, OCNs, CBC, PPP de uma escola de ensino fundamental e de ensino médio, bem como do planejamento e planos de aula.
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Laboratório de Ensino do Português II
2+1+3 A relação entre língua, literatura e produção textual. A especificidade da linguagem literária; dimensão estética. Os contextos humanos e sociais implícitos no texto literário. Teorias da produção e da circulação literária; intertextualidade e estética da recepção. A literatura frente à indústria cultural. Observação da prática pedagógica em escola de ensino fundamental e regência.
Laboratório de Ensino do Português III
2+1+3 Elaboração e desenvolvimento de projetos de ensino a ser aplicados em estabelecimentos escolares de Educação Básica. Temática da disciplina: desenvolvimento, na Educação Básica e EJA, de leitura e escrita avançadas e de processos de letramento. Observação da prática pedagógica em escola de ensino fundamental e regência.
Libras
4+1 Aspectos gramaticais em ‘LIBRAS’, aspectos morfossintáticos da ‘LIBRAS’. Classificadores e parâmetros linguísticos. Prática em diálogos e compreensão da conversação em ‘LIBRAS’. Aspectos teóricos e práticos da escrita do surdo. Novos paradigmas sobre a representação dos signos em ‘LIBRAS’ através de registro gráfico – Sign Writing e outros modelos.
Linguística Aplicada
2+1 Percurso histórico da Linguística Aplicada no Brasil. A Linguística Aplicada na era da globalização. Linguística Aplicada ao ensino de línguas materna e estrangeiras.
Política Educacional
2+1 As políticas educacionais no contexto das políticas públicas. Peculiaridades da organização escolar brasileira e os contextos internacionais. Legislação, estrutura e funcionamento da educação básica.
Psicologia da Educação
4+1 Psicologia e psicologia da educação. Teorias do desenvolvimento psicológico. Teorias sobre os processos de aprendizagem. A construção da subjetividade.
4.4. A Habilitação
A habilitação é composta entre de disciplinas divididas entre língua, linguística e
literatura, específicas de cada habilitação, que o aluno deve cursar necessariamente para
qualquer modalidade. As habilitações oferecidas pela UNIFAL-MG são Espanhol e
Português. Cada habilitação é composta de disciplinas obrigatórias da especificação do
50
diploma. As disciplinas têm os pré-requisitos especificados nas matrizes curriculares.
4.4.1. Espanhol
Habilita-se em Espanhol o discente que concluir as disciplinas do Núcleo Comum,
as disciplinas do Núcleo de Espanhol, as disciplinas específicas de uma modalidade, as
disciplinas optativas livres e as atividades formativas.
4.4.2. Português
Habilita-se em Português o discente que concluir as disciplinas do Núcleo Comum,
as disciplinas do Núcleo de Português, as disciplinas específicas de uma modalidade, as
disciplinas optativas livres e as atividades formativas. Além disso, o discente deverá cursar
as Disciplinas Espanhol I, II e III como introdução a uma língua estrangeira.
4.5. Modalidades: Licenciatura
A licenciatura é composta de disciplinas do Núcleo Comum, de disciplinas de uma
habilitação específica, de disciplinas específicas da licenciatura (Estágio Curricular
Supervisionado inclusive), de disciplinas optativas livres e atividades formativas.
51
5. ESTRUTURA DO CURSO
5.1. Biblioteca
A Biblioteca Central da UNIFAL-MG, com 1.000m2 de área construída, com
capacidade para 200 assentos, possui 6 salas de estudo em grupo e 10 (dez)
microcomputadores conectados à Internet para a realização de pesquisa. Possui um acervo
informacional de aproximadamente 23.035 exemplares de livros perfazendo um total de
6.903 títulos; 964 títulos de periódicos estrangeiros e nacionais, 31.576 fascículos, 36
assinaturas correntes estrangeiras e 259 itens de materiais especiais entre CD-Rom, fitas de
vídeo e DVDs. Com o acervo automatizado, de livre acesso, a Biblioteca Central atende em
média 1.500 usuários inscritos anualmente, entre alunos de graduação e pós-graduação,
professores, e funcionários. São realizados cerca de 78.500 empréstimos domiciliares por
ano. A consulta ao acervo é feita, inclusive, pela comunidade em geral. A Biblioteca
oferece aos usuários os seguintes serviços cooperativos e convênios:
BIREME – Centro Latino Americano de Informações em Ciências da Saúde – Rede
Nacional;
IBICT/BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações;
IBICT/CCN – Catálogo Coletivo Nacional;
IBICT/COMUT – Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas;
PORTAL DE PERIÓDICOS CAPES;
REDE BIBLIODATA (FGV) – Rede Nacional de Catalogação Cooperativa.
A Biblioteca Central da UNIFAL-MG participa de intercâmbio entre bibliotecas e
outras Instituições de Ensino, através de doação da Revista da Universidade Federal de
Alfenas, com publicação anual.
A Biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, de 7h00 às 22h00 e aos sábados de
8h00 às 12h00.
52
5.2. Informatização
A UNIFAL-MG dispõe de dois laboratórios de Informática de acesso livre à internet
para uso da comunidade acadêmica. Em 2006 foram adquiridos pela instituição 75 (setenta
e cinco) microcomputadores Pentium IV, principalmente para atender os laboratórios de
informática, 6 (seis) servidores de rede para atender ao sistema acadêmico e a internet, 3
(três) Switches de um gigabite, 2 (dois) leitores de código de barra para atender à
biblioteca, 6 (seis) projetores multimídia, 3 (três) notebooks, 17 (dezessete) monitores de
vídeo, 30 monitores de vídeo de 15” LCD, licença de utilização de antivírus corporativo
para 320 estações e 10 licenças do software Autocad 2007. Foi configurado o servidor de
E-mail, de forma a permitir o uso de webmail e foi instalado e configurado o sistema de voz
sobre IP (VoIP), utilizando três servidores enviados em comodato pela RNP.
5.3. Laboratório de Ensino de Línguas
O Curso de Letras conta com um laboratório para o ensino de línguas multimídia e
estudos direcionados de fonética e fonologia o qual dispõe de:
• Lousa
• Tela para projeções
• Aparelho de DVD
• Amplificador
• 2 caixas acústicas de médio porte
• 2 gravadores digitais
• 21 computadores com multimídia, acesso à Internet e fones de ouvido.
53
6. Implantação do novo curriculum
Esta revisão do Projeto Político-Pedagógico contempla os alunos das licenciaturas e
bacharelados que ingressaram em 2009 e 2010. Esta versão curricular passa a vigorar a
partir da data de sua aprovação no CEPE, da Universidade Federal de Alfenas.
54
7. Fluxo para o curso de Letras LICENCIATURA: ESPANHOL
1º. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Espanhol I 2 1 Literatura Antiga I 4 Teoria e Prática do Texto 2 1 Linguística I 4 Teoria da Literatura I 4 Total em disciplinas: 16 2 Total do semestre: 240 h 60h 18 créditos
2o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Linguística II 4 Teoria da Literatura II 4 Espanhol II 2 1 Espanhol I Fonética e Fonologia do Espanhol 2 1 Literatura Antiga II 4 Total em disciplinas: 16 2 Total do semestre: 240h 60h 18 créditos
3o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Literatura Espanhola I 4 Cultura Hispânica 4 Teoria da Literatura III 4 Espanhol III 2 1 Espanhol II Linguística Aplicada 2 1 Total em disciplinas: 16 2 Total do semestre: 240h 60h 18 créditos
55
4o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Espanhol IV 4 Espanhol III Literatura Espanhola II 4 Literatura Hispano-Americana I 4 Latim 4 Fundamentos da Educação I 4 Total em disciplinas: 20 Total no semestre: 300h 20 créditos
5o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Didática 4 1 1 Literatura Espanhola III 4 Espanhol V 4 Espanhol IV Linguística Românica 2 Total 14 1 1 Total do Semestre 210 30h 45h 16 Créditos
6o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Psicologia da Educação 4 1 Literatura Hispano-Americana II 4 Espanhol VI 2 1 Espanhol V Total 10 2 Total do semestre: 150h 60h 12 créditos
7o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Literatura Hispano-Americana III 4 Fundamentos da Educação Inclusiva I 2 1 Laboratório de Ensino de Espanhol I 2 1 3
56
Total 8 2 3 Total do semestre: 120h 60h 135h 13 créditos
8o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Libras 4 1 Laboratório de Ensino de Espanhol II 2 1 3 Política Educacional 2 1 Total 8 3 3 Total do Semestre: 120h 90h 1135h 14 créditos
9º período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Laboratório de Ensino de Espanhol III 2 1 3 Fundamentos da Educação Inclusiva II 2 1 Total 4 2 3 Total do semestre: 60h 60h 135h 9 creditos
Disciplinas sem período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Optativas 10 Total: 150h 10 créditos
Totais parciais: Teórica: 122 créditos (1830h)
Prática: 16 créditos (480h)
Total em disciplinas (Teoria + Prática) 2310h Total em Estágio: 11 créditos 450h Subtotal 2760h Atividades formativas 210h TOTAL GERAL DO CURSO 2970h
Complementação à segunda habilitação: Português
57
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Teoria e prática de leitura do texto 2 1 Fonética e Fonologia do Português 2 1 Laboratório de Ens. de Português I 2 1 3 Laboratório de Ens. de Português II 2 1 3
Laboratório de Ens. de Português III
2 1 3
Literatura Brasileira I 4 Literatura Brasileira II 4 Literatura Brasileira III 4 Literatura Portuguesa I 4 Literatura Portuguesa II 4 Literatura Portuguesa III 4 Morfologia do Português 4 Formação Histórica do Português 4
Semântica do Português e Pragmática
4
Sintaxe do Português 4 Subtotais 50 5 9 Total 750h 150h 405h 64Créditos (1.305h)
58
LICENCIATURA: PORTUGUÊS
1º. Período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Espanhol I 2 1 Literatura Antiga I 4 Teoria e Prática do Texto 2 1 Linguística I 4 Teoria da Literatura I 4 Total em disciplinas: 16 2 Total do semestre: 240h 60h 18 créditos
2o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Linguística II 4 Teoria da Literatura II 4 Espanhol II 2 1 Sintaxe do Português 4 Literatura Antiga II 4 Total em disciplinas: 18 1 Total do semestre: 270h 30h 19 créditos
3o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Morfologia do Português 4 Literatura Portuguesa I 4 Teoria da Literatura III 4 Espanhol III 2 1 Linguística Aplicada 2 1 Total em disciplinas: 16 2 Total do semestre: 240h 60h 18 créditos
59
4o. período
Disciplinas Teórica
Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Fonética e Fonologia do Português 2 1 Literatura Portuguesa II 4 Literatura Brasileira I 4 Latim 4 Fundamentos da Educação I 4 Total em disciplinas: 18 1 Total no semestre: 270h 30h 19 créditos
5o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Didática 4 1 1 Literatura Brasileira II 4 Linguística Românica 2 Total 10 1 1 Total do Semestre 150h 30h 45 12 Créditos
6o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Psicologia da Educação 4 1
Semântica do Português e Pragmática
4
Literatura Brasileira III 4 Literatura Portuguesa III 4 Total 16 1 Total do semestre: 240h 30h 17 créditos
7o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Formação Histórica do Português 4 Fundamentos da Educação Inclusiva I 2 1
60
Laboratório de Ensino de Português I 2 1 3 Total 8 2 3 Total do semestre: 120h 60h 135h 13 créditos
8o. período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Libras 4 1 Laboratório de Ensino de Português II 2 1 3 Política Educacional 2 1 Teoria e prática de leitura do texto 2 1 Total 10 4 3 Total do Semestre: 150h 120h 135h 17 créditos
9º período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Laboratório de Ensino de Português III 2 1 3 Fundamentos da Educação Inclusiva II 2 1 Total 4 1 3 Total do semestre: 60h 60h 135h 8 creditos
Disciplinas sem período
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Optativas 10 Total: 150h 10 créditos
Totais parciais: Teorica: 126 créditos (1890h)
Prática: 17 créditos (510h)
Total em disciplinas (Teoria + Prática) 2400h Total em Estágio: 11 créditos 450h Subtotal 2850h Atividades formativas 210h TOTAL GERAL DO CURSO 3060h
61
Complementação necessária à 2ª habilitação – Espanhol
Disciplinas Teórica Prática
Acadêmico-
Pedagógica
Estágio Pré-Req
Cultura Hispânica 4 Espanhol IV 2 1 Espanhol III Espanhol V 4 Espanhol IV Espanhol VI 2 1 Espanhol V Fonética e Fonologia do Espanhol 2 1 Laboratório de Ens. De Espanhol I 2 1 3 Laboratório de Ens. De Espanhol II 2 1 3
Laboratório de Ens. De Espanhol III
2 1 3
Literatura Espanhola I 4 Literatura Espanhola II 4 Literatura Espanhola III 4 Literatura Hispano-Americana I 4 Literatura Hispano-Americana II 4 Literatura Hispano-Americana III 4 Subtotais 44 6 9 Total 660h 180h 405h 59 créditos (1245h)
8. REFERÊNCIAS
ARMSTRONG, Thomas. Inteligências múltiplas na sala de aula. Porto Alegre:
ARTMED, 2001.
ABREU, Maria Célia de; MASETO, Marcos T. O professor universitário em aula:
prática e princípios teóricos. São Paulo: Associados, 1990.
ALARCÃO, Isabel. Reflexão crítica sobre o pensamento de D. Schön e os programas
de reflexão de professores. Revista da Faculdade da Educação da USP, v.22, n.2, p. 11-42,
dez. 1996.
62
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SEB. Rede Nacional de Formação de
Professores de Educação Básica: Orientações Gerais – Catálogo 2008. MEC -
Secretaria de Educação Básica, 2008.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações curriculares para o ensino
médio. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2006.
BRASIL - Conselho Nacional de Educação (2002). Resolução CNE/CP 2 de 19 de
fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciaturas, de
graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior.
Brasília: Diário Oficial da União.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais :
terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília : MEC/SEF, 1998.
CAMARGO, Alzira Leite Carvalhaes. O discurso sobre a avaliação escolar do ponto de
vista do aluno. Campinas, 1996. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação,
Universidade Estadual de Campinas.
ELLIOTT, J. El cambio desde la investigación-acción. Morata: Madri, 1996.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo Cortez,
1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação educacional escolar: para além do
autoritarismo. Revista de Educação AEC, Brasília, v. 15, n. 60, p. 23-37, abr./jul. 1986.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a Escola. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
SCHÖN, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A.
(Coord.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997.