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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO LINDAURA RIBEIRO LUCAS 1

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO LINDAURA RIBEIRO LUCAS

1

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 051.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO......................... 061.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ................................................................. 061.3 PATRONA DA ESCOLA ............................................................................ 071.4 OBJETIVOS .............................................................................................. 081.5 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR . ..................... 091.6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ...................................... 132. MARCO SITUACIONAL ........................................................................... 162.1 ESCOLA PUBLICA E SEUS DESAFIOS ……………................................ 162.2 DADOS ESTATISTICOS ......................................……….......................... 182.3 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ……………................................ 212.4 PERFIL DOS EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS...................................................................................................22

2.5 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE ESPAÇO ………................................... 242.6 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ……............................................. 252.7 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ............................................ 302.8 MATRÍCULAS ........................................................................................... 352.9 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO ……………………….............................. 38

2.10 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ........................................................ 402.11 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO ............................................... 422.12 PERFIL DOS PROFISSIONAIS ................................................................ 422.13 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .................................................................. 442.14 PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR - DEFESA CIVIL NA ESCOLA.......... 45

3. MARCO CONCEITUAL …………………………………………................... 493.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ………………………………................. 493.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ............………………………….................... 503.3 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCENCIA ..………….................. 503.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO …………………………………................. 523.5 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ……………………………………….,.............. 543.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................... 543.7 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO….................. 563.8 CONCEPÇÃO DE CURRICULO……………......................................... 583.9 GESTÃO ESCOLAR COMO PRINCIPIO DE MUDANÇA.................... 58

3.10 RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO...................................................... 623.11 METODOLOGIA DE ENSINO ................................................................... 633.12 FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO ......................................................................... 653.13 PAPEL DAS INSTANCIAS COLEGIADAS …………..…………................. 68

4. MARCO OPERACIONAL .......................…………..................................... 754.1 PLANO DE AÇÃO...................................................................................... 754.2 INSTANCIAS COLEGIADAS .................................................................... 834.3 TRABALHO PEDGÓGICO E PRÁTICA DOCENTE ................................. 845. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO...........................................................................................86

5.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .................... 86

2

6. PROPOSTA CURRICULAR ...................................................................... 896.1 MATRIZ CURRICULAR DO COLÉGIO LINDAURA R. LUCAS ............... 897. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL.. ........... 957.1 ARTE ......................................................................................................... 957.2 CIÊNCIAS ................................................................................................. 1067.3 EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................. 1147.4 ENSINO RELIGIOSO ................................................................................ 1227.5 GEOGRAFIA ............................................................................................. 1267.6 HISTÓRIA ................................................................................................. 1367.7 LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................... 1457.8 MATEMÁTICA ........................................................................................... 1537.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ....................................................... 1668. CONTEÚDO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO .................................... 1728.1 BIOLOGIA ................................................................................................. 1728.2 EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................. 1778.3 FILOSOFIA ................................................................................................ 1848.4 HISTÓRIA ................................................................................................. 1898.5 LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................... 1928.6 ARTE ........................................................................................................ 2018.7 FÍSICA ...................................................................................................... 2078.8 GEOGRAFIA ............................................................................................ 2178.9 MATEMÁTICA ........................................................................................... 226

8.10 SOCIOLOGIA ............................................................................................ 2338.11 QUÍMICA ................................................................................................... 2508.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ....................................................... 255

9. CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS...................................................................................................261

9.1 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS

ENCAMINHAMENTOS..............................................................................261

9.2 LÍNGUA PORTUGUESA............................................................................ 2629.3 ARTE.......................................................................................................... 2709.4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNO – INGLÊS...................................... 2829.5 FILOSOFIA................................................................................................ 2899.6 SOCIOLOGIA............................................................................................ 2939.7 EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................. 3109.8 MATEMÁTICA............................................................................................ 3199.9 CIÊNCIAS.................................................................................................. 327

9.10 QUÍMICA.................................................................................................... 3349.11 FÍSICA........................................................................................................ 3399.12 BIOLOGIA.................................................................................................. 3519.13 HISTÓRIA.................................................................................................. 3579.14 GEOGRAFIA.............................................................................................. 3659.15 ENSINO RELIGIOSO................................................................................. 3779.16 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL................................. 380

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Lindaura

Ribeiro Lucas - Ensino Fundamental e Médio visa explicitar a identidade da escola, a

organização administrativa e pedagógica do Estabelecimento, assim como as ações

e desafios. Busca também, enfatizar um trabalho de defesa da Escola Pública,

democrática e de qualidade, concebendo a educação como direito de todos.

Entende que se trata um processo democrático, o qual partindo da realidade,

busca definir ações relativas aos setores específicos da escola, assim como ações

conjuntas para que esta escola possa formar um educando cidadão, preparado para

conviver e atuar por uma sociedade democrática.

Segundo o artigo 12 da Lei nº 9394/96, os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência

de elaborar e executar sua proposta pedagógica, administrar seu pessoal, recursos

materiais e financeiros, articular-se com as famílias e a comunidade.

No artigo 13, referindo-se à incumbência dos docentes, fica definido que os

mesmos devem participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico, elaborar e

cumprir o plano de trabalho, segundo o Projeto do estabelecimento.

Segundo VEIGA (1998) a autonomia da escola para elaborar e executar sua

proposta pedagógica é importante para que possa delinear sua identidade.

O Projeto Político Pedagógico estruturou-se com a participação de todos os

profissionais da escola, tais como: Direção, Direção Auxiliar, Equipe Pedagógica,

Professores, Funcionários, assim como os órgãos colegiados constituídos em APMF,

Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, norteando este, a gestão, o trabalho

administrativo e pedagógico no estabelecimento. Este não é um trabalho que esgota

as discussões, mas que procura responder as necessidades do presente momento.

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

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Nome: Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e

Médio – código: 01415

Endereço: Rua Octávio Cim, 2201, Jardim Vaticano.

Bairro: Afonso Pena.

Município: São José dos Pinhais – código 2570

Dependência Administrativa: Pública Estadual

Jurisdição: Núcleo Regional de Educação da Região Metropolitana Sul – código: 03

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização: Nº 219/90 de 14/02/90

Ato de Reconhecimento: Conforme Resolução nº 2542/91 de 15/08/91 tendo o

parecer do NRE à aprovação do Regimento Escolar: nº21/2001 de 04/01/2001.

Está situado a 15 Km de distância do Núcleo Regional de Educação da Área

Metropolitana Sul, situado na zona urbana.

1.2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Professora Lindaura Ribeiro Lucas – EFM, situado à Rua

Otávio Cim, 2201, bairro Afonso Pena, no município de São José dos Pinhais, deu

início às suas atividades no ano de 1990 autorizado pela resolução 219/90, quando

era denominado de Escola Estadual Alfredo Lincoln, com sede na Rua Adir Pedroso,

s/nº, Jardim Alfredo Lincoln, Bairro Afonso Pena no mesmo município. Em 1991 a

comunidade, com muita luta, conquistou o prédio atual do Colégio Estadual Prof.ª

Lindaura Ribeiro Lucas – E.F.M., que através da Resolução 3015/91 passou à

denominação de Colégio Estadual Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino de 1º

Grau. Esse nome veio em homenagem à uma ex-professora do bairro, que

participou efetivamente na luta pela criação desta Escola.

Pela Resolução 2454/92, foi autorizado o funcionamento do Curso de 2º Grau

– Educação Geral e a referida escola passou à denominação de Colégio Estadual

Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino de 1º e 2º Graus. Hoje Colégio Estadual

Professora Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e Médio.

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1.3. PATRONA DA ESCOLA

Lindaura Ribeiro da Silva nasceu no dia 11 de junho de 1936 na cidade de

Governador Valadares, Minas Gerais, filha de João Ribeiro (apelidado de João

Cacique), e de Ana de Sena Almeida. Não chegou a conhecer seu pai, pois ele

morreu deixando a muito pequena. Desde então, foi criada com seus avôs, Felício

Rodrigues e Patrocínia, porque sua mãe ficou em estado de choque com a morte do

marido, e teve de submeter-se a tratamentos por vários anos. Sua irmã mais velha,

Ermitã, foi criada pelo seu tio, Zé Moreno, e Lindaura não a viu desde seus cinco

anos de idade.

Em 1951, com quinze anos de idade, após terminar o colegial, foi morar na

fazenda de seu tio, em Alpergata, distrito de Governador de Valadares, hoje atual

município. Passou então, a lecionar em uma pequena escola construída pelo seu tio

para os moradores da fazenda. Casou-se com um de seus alunos, Vicente Lucas,

em 1955, e dois anos depois adotou Luís, seu filho mais velho. Em 1965, mãe de

sete filhos decide mudar para o distrito de Rio Bonito na cidade de Francisco Alves

do Oeste do Paraná. Lindaura lecionou na escola do município até o ano de 1971.

Mais tarde mudou-se para Curitiba, com mais três filhos, onde permaneceram por

alguns meses e retornaram para Rio Bonito. No mesmo ano, mudou-se para o

Paraguai a fim de melhorar suas condições de vida. Neste período Lindaura

permanece trabalhando na roça com o seu marido e seus filhos. Em 1979 voltam

para o Brasil, na cidade de São José dos Pinhais, estado do Paraná. Lindaura

consegue trabalho como professora não efetiva pela prefeitura da cidade, na escola

Municipal Castro Alves. Por influência da professora Mari Silva, na época diretora da

Escola Municipal Narciso Mendes, em 1980 passa a ser professora efetiva desta

escola. Enquanto professora desta escola, vendo a dificuldade de locomoção das

crianças para estudar, devido à distância, Lindaura recorre a Prefeitura, juntamente

com a diretora Mari Silva, solicitando a construção de uma escola no bairro Jardim

Primavera. Em 1983, com a construção da Escola Alexandre Leon de Carvalho

Bordes, no Jardim Primavera, Lindaura passa a lecionar nesta escola.

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No dia 24 de junho de 1988, Lindaura sente-se mal na festa de aniversário de

sua filha, é levada imediatamente para o Hospital São José, onde veio a falecer no

dia 26 de julho de derrame cerebral causado por hipertensão arterial.

1.4OBJETIVOS

O objetivo geral deste Projeto Político Pedagógico é o de explicitar o papel

social da escola, e também a clara definição de caminhos, formas operacionais e

ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo.

Destacando os seguintes objetivos:

• Garantir a participação da comunidade escolar (Professores, funcionários,

pais, alunos e instancias colegiada) na Gestão Democrática da escola,

superando as imposições ou disputas de vontades individuais.

• Possibilitar aos alunos uma formação Pedagógica e social de forma que

possa atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável

pautando-se em princípios como: dignidade, respeito mutuo, justiça,

participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade.

• Subsidiar na formulação de propostas de intervenção pedagógica voltadas

para a reorganização do trabalho escolar, tendo em vista o progresso,

sucesso e permanência de todos os alunos da escola

• Garantir a democratização do saber sistematizado, visando o

desenvolvimento intelectual de jovens, adultos e idosos, através de

organização e metodologia diferenciada, apropriada à realidade destes

alunos.

• proporcionar a escolarização de qualidade àqueles que não tiveram acesso

ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

• proporcionar aos educandos trabalhadores, o acesso à cultura geral, de modo

que venham a participar política e produtivamente das relações sociais,

demonstrando comportamento ético e compromisso político, através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

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1.5PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e

Médio, objetiva a construção de um saber sistematizado e elaborado, levando em

consideração as experiências de vida dos alunos que se fundamentam num contexto

de transformação social, para promover a aprendizagem deste domínio cultural,

através do saber sistematizado .

O colégio Lindaura tem suas ações pautadas nas bases filosóficas da

Pedagogia Histórico Crítica. Segundo Saviani isso implica em:

a) Identificar das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber, objeto produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendidas a suas manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;b) Conversão do saber objetivo em saber escolar, de modo que se torne assimilávelpelos alunos nos espaços e tempos escolares;

c) Provimentos dos meios necessários para que os alunos assimilem o saberobjetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. (Saviani, 2008 p. 09)

Para que o aluno apreenda o conjunto das relações sociais, o Colégio

desenvolve um trabalho pautado no princípio da gestão democrática, onde todos os

que fazem parte da comunidade escolar possam participar e opinar sobre a situação

educacional da escola, sem qualquer tipo de exclusão, que possa impedir ou

dificultar o acesso, a permanência e promoção de todos, contribuindo assim para

formar uma sociedade mais justa e igualitária. Neste sentido, busca-se garantir a

qualidade do ensino ofertado e que permita uma aprendizagem de modo a contribuir

com a formação do aluno, de forma que; o mesmo se perceba como ser dinâmico,

não acabado, nem definido e que vai se construindo em função de suas relações

com os outros e com a sociedade.

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Portanto os princípios do trabalho escolar devem necessariamente estar

pautados nos princípios fundamentais da República Federativa Brasileira

explicitados no artigo 3º da Constituição Federal, os quais citam como dever:

I- construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II- garantir o desenvolvimento nacional;

III- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e

regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e

quaisquer outras formas de discriminação. Neste sentido podemos considerar que:

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a

que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações

sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos1.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

1

9

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente

com:

• O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que

os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

• O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça;

• Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso

ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,

considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de

Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

• A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e

condições de reinserção nos processos educativos formais;

• O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

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educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar

um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de

informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;

• Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do

trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

• A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da

atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os

saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como

instrumentos de transformação de sua realidade social;

• O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,

que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os

conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade na qual o

educando se encontra,

• Viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da

contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação

e aprendizagem;

• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

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• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da

cidadania e do trabalho;

• Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,

críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não

refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta

modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre

outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades

educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-

curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

A escola enquanto espaço social deve levar o aluno, como ser humano e

parte integrante da sociedade, a conscientizar- se da necessidade deste constante

aprendizado, e que ela é o local privilegiado para isso.

Partindo do princípio que a educação é um compromisso político do poder

público para com a população, a escola deve formar o aluno enquanto cidadão

crítico, participativo, capaz de tomar decisões conscientes, pautadas em atitudes de

respeito mútuo, considerando a diversidade existente na nossa sociedade atual.

1.6 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Ribeiro Lucas – Ensino Fundamental e

Médio, tem sua especificidade por ser uma instituição educacional pública, a qual

tem como pressuposto construir uma escola alicerçada nos princípios democráticos,

de igualdade de condições para todos, para que possa se efetivar como sendo uma

escola democrática, pública e gratuita.

A escola enquanto instituição pública, gratuita e democrática precisa construir

sua autonomia para que possa efetivar suas ações em favor da tomada coletiva de

decisões buscando garantir o desenvolvimento educacional de seus alunos.

Neste sentido, busca se intermediar uma formação humana, científica e

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artística, privilegiando dentro das possibilidades da escola as mais variadas

experiências, numa ampla diversificação de estudos, a qual será submetida a um

sistema de avaliação, que permite o acompanhamento permanente dos resultados

alcançados, não só do corpo discente mas também do corpo docente. Levando em

consideração que um dos principais objetivos da educação é produzir e socializar o

conhecimento com o intuito de que os alunos possam compreender a realidade

socioeconômica, política e cultural tornando-se parte integrante da sociedade.

Em conformidade com o artigo 1º da LDB 9394/96, a escola tem com o

princípio norteador das suas atividades:

♦ Igualdade de condições para acesso e permanência na escola.

♦ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber.

♦ Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.

♦ Respeito à liberdade e apreço a tolerância.

♦ Coexistência de instituições públicas e privadas e ensino.

♦ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

♦ Valorização do profissional da educação escolar.

♦ Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e do legislativo

do sistema de ensino.

♦ Garantia do padrão de qualidade.

♦ Valorização da experiência extracurricular.

♦ Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Também é necessário ressaltar a concepção explícita na Lei de Diretriz e

Bases da Educação Nacional 9394/96, a qual afirma que:

Art.2° A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Dessa forma, o Colégio Lindaura Ribeiro Lucas, enquanto instituição pública e

gratuita, busca a qualidade de suas atividades destinada a todos os educandos que

dela necessitam, com o objetivo de oferecer uma formação em que seus alunos

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possam enquanto pessoa, cidadão e profissional ser capaz de participar e

transformar a realidade a qual faz parte.

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2. MARCO SITUACIONAL

2.1 ESCOLA PÚBLICA E SEUS DESAFIOS

Hoje, a escola pública vive momentos de reflexão sobre as suas funções

sociais, políticas e pedagógicas. A responsabilidade da escola é cada vez maior,

com a formação integral dos estudantes de todas classes sociais, para que estes

conheçam os seus direitos e deveres e possam atuar com autonomia nas decisões

da sua realidade.

Os alunos necessitam cada vez mais de orientações, estímulos, vivências,

solidariedade e responsabilidade para que se tornem cidadãos autônomos e

conscientes.

Devido às mudanças ocorridas no contexto geral da sociedade, as funções

paternas e maternas são cada vez mais uma responsabilidade social de instituições

públicas e privadas. A escola se torna o principal meio de socialização das crianças

que, na maioria das vezes, chegam até mesmo sem o mínimo necessário da

educação básica que outrora era de responsabilidade da família, especialmente a

mãe. Esta situação vem ocorrendo porque os filhos permanecem a maior parte do

tempo sozinho, não interagindo com o adulto que o educa.

Este fato tem como decorrência a questão da indisciplina. Como muitos pais

não têm tempo suficiente para atender as necessidades dos filhos, muito alunos

chegam a escola sem comprometimento, responsabilidade, nem organização.

Mesmo sabendo que a disciplina não pode ser entendida como se tivesse

uma finalidade educativa em si mesmo, mas é uma necessidade que aparece não

por mero autoritarismo ou arbitrariedade dos responsáveis para conduzir uma

prática pedagógica comprometida com uma educação de qualidade.

As reclamações dos educadores são as mais variadas possíveis e também as

mais comuns no meio escolar: alguns alunos são insubordinados, depredam o

patrimônio escolar, roubam, brigam, não fazem as lições de casa e assim por diante.

Percebe-se que cada vez mais os alunos vêm para a escola com menos limites

trabalhados pela família, muitos pais chegam mesmo a passar a responsabilidade

para a escola; “pode bater, pode fazer o que quiser, eu já não posso mais com ele”.

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Diante disto os pais acabam exigindo uma solução, muitas vezes uma postura que

seria dos próprios pais.

Neste sentido corre-se o risco de cair no jogo do “empurra-empurra”. Os

professores dizem que os responsáveis pelos problemas em sala de aula são os

pais, que culpam os professores e a escola, que culpa o sistema. Não se trata pois

de ficar se buscando o culpado, mas buscar uma tentativa de se resolver o

problema.

Neste contexto, observa-se que o Colégio enfrenta como qualquer outra

instituição de grande porte, problemas de indisciplina como: rivalidades, dificuldades

de respeitar regras, ouvir, falta de limite, preconceito, que dificultam o trabalho

docente, bem como problemas de aprendizagem como: concentração, falta de

interesse e apoio familiar, o número excessivo de alunos em sala problemas esses

que impedem o docente de dar atenção individual ao educando. Percebe-se o

papel da escola além da formação acadêmica. O resgate de valores e a preparação

para cidadania também deve buscar meios para que o aluno tenha condições de se

adaptar as novas situações postas pela sociedade atual, considerando que a escola

é um dos principais espaços de convivência social do ser humano durante as

primeiras fases de seu desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos.

Já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo

diversificado, fora do contexto familiar.

Exercer a cidadania é conhecer direitos e deveres no exercício da convivência

coletiva, realizar a análise crítica da realidade, reconhecer as dinâmicas sociais,

participar do debate permanente, sobre causas coletivas e manifestar com

autonomia e liberdade respeitando seus pares.

Tais práticas se contrapõem à violência, na medida que não admitem a

anulação de um sujeito pelo outro, mas fortalecem cada um, na defesa de uma vida

melhor para todos.

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2.2 DADOS ESTATÍSTICOS: APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E ABANDONO

Dados de 2014

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

FUNDAMENTAL - TOTAL 75,78% 21.91% 2,30%

6º ANO 79,91% 17,35% 2,74%

7º ANO 87,75% 10,78% 1,47%

8º ANO 73,76% 22,28% 3,96%

9º ANO 61,70% 37,23% 1,06%

Dados de 2014 - Ensino Médio - Manhã

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

ENSINO MÉDIO TOTAL 87,08% 11,86% 1,05%

1ª SÉRIE 80,00% 16,84% 3,16

2ª SÉRIE 81,25% 18,75% 0%

3ª SÉRIE 100% 0% 0%

Dados de 2014 - Ensino Médio - Noite

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

ENSINO MÉDIO TOTAL 69,44% 16,96% 13,59

1ª SÉRIE 55,17% 27,59% 17, 24%

2ª SÉRIE 73,17% 18,29% 8,54%

3ª SÉRIE 80% 5% 15%

Dados de 2015

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

FUNDAMENTAL - TOTAL 76,89% 22,65% 0,45%

6º ANO 87,21% 12,02% 0,78%

7º ANO 78,68% 21,32% 0,0%

8º ANO 78,85% 21,15% 0,0%

9º ANO 62,83% 36,13% 1,05%

17

Dados de 2015 - Ensino Médio - Manhã

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

ENSINO MÉDIO TOTAL 84,92% 15,07% 0,0%

1ª SÉRIE 78,70% 21,30% 0,0%

2ª SÉRIE 82,89% 17,11% 0,0%

3ª SÉRIE 93,18% 6,82% 0,0%

Dados de 2015 - Ensino Médio - Noite

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

ENSINO MÉDIO TOTAL 65,08% 32,19% 2,72%

1ª SÉRIE 57,38% 39,34% 3,28%

2ª SÉRIE 57,32% 37,80% 4,88%

3ª SÉRIE 80,56% 19,44 0,0%

Dados 2016

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

FUNDAMENTAL - TOTAL

6º ANO 83,89% 14,69% 1,42%

7º ANO 84,77% 12,11% 3,12%

8º ANO 83,36% 13,73 2,90%

9º ANO 79,09% 14,55% 6,36%

Dados de 2016 - Ensino Médio - Manhã

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

1ª SÉRIE - TOTAL 65,62 30,21% 4,17%

2ª SÉRIE - TOTAL 88.57% 11,43% 0,0%

3ª SÉRIE – TOTAL 93,48% 4,35% 2,17%

18

Dados de 2016 - Ensino Médio - Noite

Ensino/SérieRendimento Escolar

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

ENSINO MÉDIO TOTAL

1ª SÉRIE 47,50% 15,00% 37,50%

2ª SÉRIE 62,50% 9,72% 27,78%

3ª SÉRIE 71,62% 4,05% 24,32%

Analisando os dados é possível perceber que percentual de aprovação no

Ensino Fundamental cresceu gradativamente nos últimos anos, já no Ensino Médio

o percentual de aprovação manteve muito parecido no período da manha. Porem o

1º ano da manhã no ano de 2016 teve um aumento considerável no percentual de

reprovação.

Também é possível observar o percentual de abandono, sendo no Ensino

Fundamental maior que no Ensino Médio diurno. No ensino médio período da

manha a taxa de abandono no ano de 2015 chegou à zero.

No Ensino Médio noturno no de 2016 apresentou um grande índice de

abandono, uma das causas foi à ocupação dos alunos em protesto a reformulação

do ensino médio. Muitos alunos após a ocupação não retornaram as aulas.

É possível perceber que no período noturno em 2015 a maior taxa foi a de

reprovação, enquanto que em 2016 foi à taxa de abandono.

2.3 CARACTERIZAÇÕES DA COMUNIDADE

O Colégio Estadual Prof.ª Lindaura Lucas – Ensino Fundamental e Médio,

atende alunos que moram nas redondezas da escola.

A partir da pesquisa sócio-educacional com os alunos da escola verificamos

as informações demonstradas na tabela abaixo:

19

Nº de

moradores

Grau de

escolaridade

dos pais

Renda Familiar

Mensal

Moram em casa Religião da

família

33% mais de

cinco

33% Ensino

Médio

38% entre 1 e 3

salários mínimos

69% casa própria 60% católica

27% cinco

pessoas

29% Ensino

Fundamental

completo

30% entre 3 e 6

salários mínimos

28% casa

alugada

38% evangélica

23% quatro

pessoas

20% Ensino

Fundamental

(até a 4ª série)

16% até 1 salário

mínimo

3% casa cedida 2% não tem

religião

15% três pessoas 9% Ensino

Superior

8% entre 6 e 9

salários mínimos

2% duas pessoas 9% não

souberam

informar

5% mais de 9

salários mínimos

3 % não

declararam renda

Observou-se que a maioria das famílias é constituída pelo pai, mãe e filhos

biológicos. Aqueles em que os pais são separados, os filhos moram com a mãe.

A religião predominante da comunidade escolar é a católica seguida da

evangélica.

A maioria das famílias tem como grau máximo de escolaridade o Ensino

Médio e o Ensino Fundamental e poucos o ensino superior. A renda familiar é

bastante variada, sendo que a grande maioria apresenta renda familiar mensal entre

1 e 6 salários mínimos e possuem casa própria.

O lazer dos alunos baseia-se na leitura, internet, TV, rádio, DVD, práticas de

esportes e viagens esporádicas. Vêem na escola oportunidades de sucesso na vida

profissional, garantindo assim, através do maior grau de escolarização, também a

possibilidade de competir no mercado de trabalho e para a continuidade dos

estudos.

20

2.4 PERFIL DOS EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

O educando que procura a EJA é aluno que não obteve escolarização, ou

não deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes, alheios à sua

vontade, por exemplo, a necessidade de trabalhar, a ausência de estímulos,

dificuldade de acesso, evasão escolar e ou repetência entre outros.

O Colégio Estadual Lindaura Ribeiro Lucas atenderá na Educação de Jovens

um público formado por jovens, adultos, idosos, pessoas com necessidades

especiais, profissionais liberais, trabalhadores assalariados advindos das grandes

indústrias instaladas neste município.

Os alunos da EJA têm algumas características que podem ser observadas

como:

• São dotados de conhecimento de mundo;

• Possuem experiências pessoais e profissionais muito diversificadas;

• Aprendem conteúdos significativos segundo suas vivências e

interesses;

• Percebem metas com clareza;

• Participam ativamente das atividades propostas;

• Conseguem superar suas dificuldades pessoais, quando alcançam os

objetivos esperados;

• Depositam grande expectativa em relação à escola para a mudança

das suas condições de vida.

Além dos Jovens, adultos e idosos, a escola atenderá uma grande quantidade

de adolescentes, na maioria, ao contrário dos adultos ou idosos procuram ou estão

na EJA, não por falta de oportunidade, mas porque são resultado de um processo

educacional fragmentado, marcado por frequente exclusão e reprovação no Ensino

Fundamental e Médio regular.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos o

atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos, não se refere

exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com

a diversidade sociocultural de seus educandos. (DCE da Educação de Jovens e

21

Adultos. Pg. 30). Há ainda que se considerar os diferentes perfis, a fim de se

estruturar diferentes formas de atendimento a essa demanda de alunos.

Uma característica desse público é marcada pelos conhecimentos adquiridos

ao longo de sua vida, e que são trazidos para escola como bagagem, portanto

precisa ser pensado estratégia metodológicas diferenciadas que possam dar conta

de uma temporalidade diferenciada no processo ensino aprendizagem, bem como

que seja capaz de construir a autonomia intelectual desses alunos tornando-os

sujeitos ativos nesse processo. (DCE da Educação de Jovens e Adultos).

2.5 ORGANIZAÇÕES DO TEMPO E DOS ESPAÇOS

Horário de Funcionamento:

Manhã: 7h30min. às 11h45min.

São atendidos os alunos do Ensino Fundamental de 8º e 9º anos e Ensino Médio

Tarde: 13h às 17h15min.

São atendidos os alunos do Ensino Fundamentos de 6º, 7º e 8º ano.

Noite: 18h30min. às 22h40min.

São atendidos os alunos do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos do

Ensino Fundamental anos finais e Ensino Médio.

Elaboração do horário

Horário é formulado de acordo com a grade curricular e a disponibilidade do

professor, obersando-se o cumprimento da hora atividade de forma concentrada.

Distribuição das turmas

A distribuição das turmas é feita de acordo com a ordem alfabética,

distribuindo de forma que não fiquem muitos alunos com o mesmo nome em uma

única turma.

Com relação aos alunos reprovados é distribuído em número igual em todas

as turmas.

22

Intervalo

Nos períodos da manhã, tarde e noite, o intervalo ocorre após a terceira aula.

No período da tarde os alunos são liberados em horários diferentes, numa diferença

de cinco minutos para cada piso. Esse horário é alternado durante o ano. Foi

definido desta maneira para melhorar a circulação nos corredores e também em

função da distribuição do lanche.

Calendário escolar

O calendário escolar é organizado a partir das determinações da LDB

9394/96, conforme Instrução N.° 12/2016-SUED/SEED.

Matriz curricular

Foi elaborada de acordo com a orientação da Secretaria do Estado do

Paraná, expressas na Instrução Nº 008/2011 - SUED/SEED.

Organização hora atividade

Em nossa escola priorizamos a organização da hora atividade de forma

concentrada, seguindo a orientação da Secretaria Estadual de Educação. Desta

forma cada disciplina tem um dia específico para realizar as horas atividades.

Entendemos que desta forma possibilita uma melhor organização e interação entre

os professores da mesma disciplina, bem como a participação em cursos e eventos

de formação.

2.6 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO / EQUIPAMENTOS

O espaço físico é organizado em 18 salas de aula distribuídas em 3 pisos,

conta também com laboratórios de ciências, laboratório de informática, biblioteca,

salas para o setor administrativo, sala de professores, quadra poliesportiva, sala de

multimeios, sala de apoio, sala de recurso multifuncional e altas habilidades,

cozinha, cantina e um amplo espaço de pátio externo. Considera-se que o ambiente

23

físico da escola deve ser de qualidade, priorizando a organização e a limpeza. Os

equipamentos devem ser também de qualidade e com condições de atender a

comunidade escolar de maneira satisfatória. Tanto aluno, quanto professores e

funcionários devem ter garantidos esses direitos para que se sintam motivados a

exercer suas funções de maneira mais dinâmica.

Atualmente a escola passou por uma revitalização nos seus ambientes

internos e externos: como pintura, troca de janelas, pastilhamento de corredores,

construção de cobertura interligando a quadra e a biblioteca ao prédio da escola.

Porem ainda necessita de um refeitório com espaço suficiente para servir as

refeições aos alunos e um míni auditório para realizar apresentações e reuniões

com os pais, propiciando maior conforto a estes quando solicitados a comparecer na

escola; precisamos de um almoxarifado para armazenar os materiais de maneira

organizada.

Estrutura física:

• 18 salas de aula

• Uma sala de apoio pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática

• Uma sala de recursos multifuncional e altas habilidades.

• Uma Biblioteca com dois banheiros

• Um laboratório de química, biologia e física

• Um laboratório de informática

• Uma cozinha

• Uma sala para armazenamento de merenda

• Sala dos professores

• Duas salas para a equipe pedagógica e administrativa

• Uma sala para secretaria

• Um saguão usado para lanche e recreação

• Cantina comercial

• Uma quadra de esportes coberta

24

• Uma cancha para vôlei de areia

• Uma cancha para futebol de areia

• Dois banheiros para os alunos (masc. e fem.) com 8 vasos sanitários cada

• Dois banheiros para funcionários e professores

• Uma casa para o caseiro

• Estacionamento interno para professores

Equipamentos

Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletroeletrônicos disponíveis:

• 02 projetores de slides grandes e 6 pequenos

• 18 televisores com entrada para Pendrive

• 01 filmadora

• 02 câmeras fotográficas digitais

• Aparelhos de DVD

• Micro-system

• Um acervo de aproximadamente três mil quinhentos e cinquenta livros

• Biblioteca do professor com mais de cem títulos

• computadores para uso da secretaria e equipe administrativa e equipe

pedagógica

• 05 impressoras

• Duas caixas amplificadoras de som e duas sem amplificador

• Uma mesa de som com dois microfones.

• Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática.

• 33 computadores, com acesso a internet via fibra ótica no laboratório de

informática.

Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em

documentação própria na Secretaria.

25

MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

O material didático de apoio utilizado na escola é disponibilizado pelo

MEC e selecionados e escolhidos pelos professores conforme cronograma de

PNLD/ Mec. Os professores também têm a sua disposição livros e outros materiais

didático encontrados na biblioteca.

BIBLIOTECA ESCOLAR

A biblioteca tem um papel muito importante no processo educativo, pois é um

espaço em que os alunos encontram referências para pesquisas bibliográficas, e

materiais para desenvolver o hábito de ler. Configura-se em local onde o jovem,

adulto ou o idoso pode buscar conhecimentos tendo respeitado o seu tempo físico e

escolar.

Vivemos a realidade de um mundo globalizado, com informações online,

acessíveis de qualquer ponto do planeta, com celulares substituindo o diálogo e até

os apertos de mãos. Essa realidade mudou as relações, mas, a escola como

instuição educacional precisa acompanhar essa evolução, todavia, tem como

obrigação perpetuar a leitura, e a contação de histórias, o registro escrito dos fatos e

da evolução da humanidade contada através dos livros. Este instrumento de

informação, de lazer cultura, precisa continuar exercendo fascínio sobre as pessoas.

Portanto, a biblioteca deverá estar sempre bem organizada, de forma que o

espaço seja o mais bem aproveitado possível, com um mínimo de conforto para que

seja um ambiente agradável.

ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

Na escola contamos com um laboratório de Ciências e um laboratório de

informática para atender a todos os professores e alunos que deles necessitarem

26

para concretizar seus projetos de ensino-aprendizagem

O laboratório possibilita aos alunos o contato com o método científico. É um

local onde ele pode formular hipóteses, observar, registrar e sistematizar dados, e a

partir dos mesmos, comprovar ou não a hipótese formulada.

Esse trabalho possibilita aos alunos a se acostumarem a discutir, perguntar,

testar e, principalmente, buscar respostas para suas perguntas. Essas atividades

investigativas promovem também, mudanças nas atitudes dos alunos, ou seja, tira

eles da posição de espectadores e os coloca como construtores do conhecimento.

O desenvolvimento, junto aos estudantes do EJA de ações pedagógicas em

laboratório, possibilita estabelecer relações dinâmicas e interativas dos

conhecimentos científicos com os problemas sociais, culturais, econômicos e

ambientais, contribuindo para o desenvolvimento da cidadania dessas pessoas.

As aulas de laboratório podem, assim, funcionar como um contraponto das

aulas teóricas, como um poderoso catalisador no processo de aquisição de novos

conhecimentos, pois a vivência e certa experiência facilita a fixação do conteúdo a

elas relacionada. Desta forma, descarta-se a ideia de que as atividades

experimentais servem somente para a ilustração da teoria.

As aulas de no laboratório deve contribuir para colocar à disposição da

sociedade conhecimentos científicos necessários para melhorar sua qualidade de

vida e facilitar o acesso ao saber científico. A ênfase se dá a partir da utilização da

investigação, da experimentação, das tecnologias interativas de informação e

comunicação como ferramentas pedagógicas de apoio às atividades presenciais da

disciplina. A abordagem ideal deve valorizar a capacidade de o aluno produzir

explicações que não se reduzam ao senso comum e às observações cotidianas. É

preciso avançar na direção do conhecimento científico.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

As tecnologias de comunicação e informação, atualmente inseridas na escola,

são ferramentas fundamentais para a compreensão do mundo de hoje. Ela permite

ao aluno uma inclusão digital dirigida.

No colégio Lindaura são disponibilizados aos alunos e professores alguns

27

ferramentas digitais como:

• Paraná Digital

• Portal dia a dia Educação

• TV Paulo Freire

• TV Multimídia

• Laboratórios de Informática

• Computadores em rede

• Internet

Estas tecnologias inseridas na educação despertam o educando para o

conhecimento e permitem a instituição educacional desenvolver os seguintes

pressupostos:

• habilidades e capacidades nos processos educacionais;

• socialização e informatização;

• construção valores;

• apreensão de conhecimento que prepare para atuação ética, crítica e participativa

na sociedade tecnológica, em âmbito cultural, social e político;

• valorização da tecnologia nos meios de comunicação;

• desenvolvimento da capacidade de se comunicar pelos meios propiciados pela

tecnologia

• o aumento e a melhor utilização do conhecimento adquirido na escola.

Porém, mais que induzir sons e imagens na sala de aula e nos ambientes de

trabalho, as máquinas e toda tecnologia a disposição na escola provocam mudanças

não só no processo pedagógico, mas também nas pessoas inseridas nele.

.

2. 7 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O estabelecimento de ensino oferece Ensino Fundamental e Médio,

Educação de Jovens e Adultos nas modalidades: Fundamental II e Ensino Médio,

sala de recursos multifuncional e altas habilidades.

28

Do Ensino Fundamental

O Ensino fundamental é ofertado nos períodos da manhã e tarde,

contemplando as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Artes,

Ciências, Educação Física, Geografia, História, Ensino Religioso e Inglês.

Utiliza-se o sistema de avaliação trimestral, sendo a carga horária mínima

anual de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, o qual o ano letivo

corresponderá ao ano civil.

Do Ensino Médio

O Ensino Médio transcorre em 3 anos sequenciais, contemplando as

seguintes disciplinas:Língua Portuguesa, História, Inglês, Educação Física, Biologia

e Filosofia, Matemática, Geografia, Artes, Química, Física e Sociologia.

Utiliza-se o sistema de avaliação trimestral, sendo a carga horária mínima

anual de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos, o qual o ano letivo

corresponderá ao ano civil.

Sala de Recursos

A sala de recurso tem por objetivo apoiar a organização e a oferta do

Atendimento Educacional Especializado – AEE, prestado de forma complementar ou

suplementar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns

do ensino regular, assegurando-lhes condições de acesso, participação e

aprendizagem.

O atendimento aos alunos na sala de recurso é realizado por professor

especializado, sendo individual ou em grupo, de acordo com a faixa etária,

programa a ser desenvolvido e nível de escolaridade. O atendimento é realizado em

contra turno, não ultrapassando duas horas diárias, o tempo necessário para

desenvolver suas necessidades individuais defasadas.

29

Educação de Jovens e adultos – EJA

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades

apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e

Adultos – Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na

legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no

processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de

modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e

socialização dos conhecimentos;

Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,

bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de

estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de

Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações

sobre a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início

e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do

currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos

conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os

30

saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que

não têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições

de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante

classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou

desistentes quando não há, no momento, turma organizada coletivamente para a

sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de

um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo

próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos

saberes já apropriados.

Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo

de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e

ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e

possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de

07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de

Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

Educação Especial

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

31

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização

coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e

o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles

que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a

legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos

educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

• Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

• Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos,

neurológicos ou psiquiátricos;

• Superdotação/altas habilidades.

• É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as

alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve

assumir para remover barreiras para a aprendizagem e

participação de todos os alunos.2

• Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao

educando para o enfoque do especial atribuído à educação.

Mesmo que os educandos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas,

também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas

desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados

daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

• Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,

assegurando o direito à igualdade com eqüidade de

oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos,

mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados

para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Ações Pedagógicas Descentralizadas

2 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.

32

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas

descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a

grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de

escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a Proposta Pedagógica e o

Regimento Escolar, desde que autorizado pelo Conselho Estadual de Educação /PR

e segundo os critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação em

instrução própria.

Frequência

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de

100% (cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino

Médio, sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e

cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de

aula.

Exames Supletivos

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao

disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de

Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento da

Educação Básica, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

2.8 MATRÍCULAS

O Colégio Estadual Profª Lindaura R. Lucas - EFM, oferta em 2017 as

modalidades de ensino abaixo, totalizando 56 turmas de ensino regular (1582

alunos) sala de recurso, Educação de Jovens e Adultos assim distribuídas:

33

MODALIDADE TURNO Nº DE TURMAS Nº DE ALUNOS

Ensino FundamentalManhãTarde

1216

914

Sala de RecursosManhãTarde

44 27

Sala de Recurso de Altas Habilidades

Tarde 3 11

Ensino Médio ManhãNoite

65

446

EJAFundamental II

NoiteNoite

6 142

EJAEnsino Médio

Noite 2 100

Para a matrícula na modalidade Escolar de Educação de Jovens e Adultos:

• A idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

• Será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela

mantenedora;

• Educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá

matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

• No Ensino Fundamental – fase II, a disciplina de ensino religioso é de

matrícula facultativa para o educando;

• No Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula

facultativa para o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas

que podem ser cursadas concomitantemente;

• Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito

por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos,

série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s) à conclusão

de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de comprovante de

conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;

• Para os educandos que não participaram do processo de escolarização

formal/escolar, bem como o educando desistente do processo de

escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus

conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos no

regimento escolar;

34

• Será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar

por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu

retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos,

aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos,

desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir

da data da matrícula inicial;

• Educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula

inicial na disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial,

podendo participar do processo de reclassificação;

• O educando desistente na disciplina de Língua Espanhola, por mais de

02 ( dois) meses consecutivos ou por mais de dois aos, a contar da data

de matricula inicial, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem

aproveitamento da carga horária cursada e os registros de notas obtidos,

caso opte novamente por cursar essa disciplina;

• O educando oriundo de organização de ensino por

série/período/etapa/semestre/bloco concluído com êxito e com a disciplina

de linha Espanhola em curso, de forma opcional, esta não terá

aproveitamento de estudo na Educação de Jovens e adultos – EJA;

• A disciplina de Língua Estrangeira Moderna, concluída através de curso

organizado por disciplina ou de Exames, diferente de Inglês, ofertado na

Educação de Jovens e Adultos - EJA, poderá ser aproveitada para fins de

conclusão da disciplina de Língua Estrangeira Moderna: Inglês, mediante

apresentação do Histórico Escolar.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o

educando será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização

dos cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento

escolar, a duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que

os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações

metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que

compõem o Guia de Estudos:

35

• A organização dos cursos;

• O funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento

escolar;

• A dinâmica de atendimento ao educando;

• A duração e a carga horária das disciplinas;

• Os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

• O material de apoio didático;

• As sugestões bibliográficas para consulta;

• A avaliação;

• Outras informações necessárias.

2.9 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno. A avaliação é realizada em função dos conteúdos,

utilizando métodos e instrumentos diversificados, que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno. No Ensino Fundamental e

Médio as avaliações são realizadas trimestralmente. Devendo totalizar 10,0 durante

o trimestre. A escola realiza uma avaliação unificada no trimestre.

Na educação de jovens e adultos a avaliação será diagnóstica,

continua sistemática, abrangente, permanente , utilizando técnicas e

instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa;

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas

e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de

ensino, a que obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do

professor, conforme descrito no regimento escolar.

A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,

sendo os resultados expressos em escala de 0 (zero) a 10,0 ( dez virgula

zero) e para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0

36

(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a resolução nº

3794/04- SEED e frequência Mínima de 75%( setenta e cinco por cento) do

total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100%(cem

por cento)na organização individual. Caso o educando não atinja pelo menos

a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual terá

direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será como

acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos.

Para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de

língua espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 ( seis

vírgula zero).

No ensino fundamental- fase II, a disciplina de ensino religioso será

avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas

na documentação escolar, por não ser objeto de retenção e para fins de

acréscimo da carga horária da disciplina de ensino religioso, na

documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75%

(setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.

Recuperação de estudo é feita paralelamente ao desenvolvimento do

conteúdo com objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos, é ofertada a todos

os alunos. Para fins de registro deve totalizar 100% entre todos os instrumentos de

avaliação utilizados. Os resultados da recuperação serão incorporados as

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro

Registro de Classe.

Na educação de jovens e adultos a recuperação será individualizada,

organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de

estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de

cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de

novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no regimento escolar.

37

2.10 Aproveitamento de Estudos

O aluno da educação de jovens e adultos oriundo de organização de ensino

por série/ ano/período/etapa/semestre/bloco concluída com êxito, poderá requerer

na matrícula inicial da disciplina, aproveitamento de estudos, mediante apresentação

de comprovante de conclusão da série/ano/período/etapa/semestre/bloco a ser

aproveitada:

♦ Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de

estudos de série/ano e de período(s)/etapa(s)/semestre(s)/bloco(s) concluídos

com êxito, equivalente(s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de

25% da carga horária total de cada disciplina da Educação de Jovens e

Adultos - EJA.

♦ No Ensino Médio, o aproveitamento máximo será de 50% do total da carga

horária de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA.

Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga

horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter as

seguintes quantidades de registros de nota, conforme tabela abaixo:

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

Disciplina/Carga Horária Total

% de aproveitamento de cada série(s)/ano(s)/período(s)/etapa(s)/semestre(s), Carga Horária a

ser cumprida, N de Registros de Notas

1 série ou correspondente=

25%

2 série ou correspondente

= 50%

3 série ou correspondente= 75%

Língua Portuguesa (336h/a), 6 registros

de notas

252h/a, 4 registros de notas

168h/a, 3 registros de

notas

84h/a, 2 registros de notas

Matemática(336h/a), 6 registros

de notas

252h/a, 4 registros de notas

168h/a, 3 registros de

notas

84h/a, 2 registros de notas

Ciências Naturais (256h/a), 4 registros

de notas

192h/a, 3 registros de notas

128h/a, 2 registros de

notas

64h/a, 1 registro de nota

História (256h/a), 4 registros

192h/a, 3 registros de notas

128h/a, 2 registros de

64h/a, 1 registro de nota

38

de notas notas

Geografia (256h/a), 4 registros

de notas

192h/a, 3 registros de notas

128h/a, 2 registros de

notas

64h/a, 1 registro de nota

LEM-Inglês (256h/a), 4 registros

de notas

192h/a, 3 registros de notas

128h/a, 2 registros de

notas

64h/a, 1 registro de nota

Artes (112h/a), 2 registros

de notas

84h/a, 2 registros de notas

56h/a, 1 registro de nota

28h/a, 1 registro de nota

Educação Física(112h/a), 2 registros

de notas

84h/a, 2 registros de notas

56h/a, 1 registro de nota

28h/a, 1 registro de nota

Ensino Religioso * Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa pelo educando

.

ENSINO MÉDIO

Disciplina/Carga Horária Total

% de aproveitamento de cada série(s)/período(s)/etapa(s)/semestre(s), Carga Horária a ser

cumprida e N de Registros de Notas

1 série ou correspondente = 25%

2 série ou correspondente = 50%

Língua Port. e Literatura(208h/a)

156h/a, 4 registros de notas

104h/a, 3 registros de notas

Matemática(208h/a)

156h/a, 4 registros de notas

104h/a, 3 registros de notas

Biologia(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

Física(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

Química(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

História(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

Geografia(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

LEM - Inglês(128h/a)

96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas

Arte(64h/a)

48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota

39

Filosofia(64h/a)

48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota

Sociologia(64h/a)

48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota

Educação Física(64h/a)

48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota

* Língua Espanhola, disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa pelo educando.

2.11 Classificação e Reclassificação

O processo de classificação poderá posicionar o aluno, para matricula na

disciplina, em 25%, 50%,75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do

ensino fundamental – fase II, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga horária

total de cada disciplina.

O estabelecimento de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados,

considerando que o aluno deve cursado no mínimo 25% do total da carga horária

definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental- Fase II e no Ensino Médio.

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará

o previsto na legislação Vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar

2.12 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA

PROFISSIONAIS

FUNÇÃO QUANTIDADEDireção 1

Direção Auxiliar 1Pedagogos 7Professores 64

Agentes Educacionais II 9Agentes Educacionais I 13Total de funcionários 95

Direção e Direção Auxiliar

Compete à equipe de Direção, a gestão dos serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,

40

definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no

Regimento Escolar.

Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é formada por professores pedagogos cujas atribuições

são a de coordenação, implantação e implementação das Diretrizes, emanadas da

Secretaria da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na escola, além

das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.

Agentes Educacionais II - Administrativo

Este setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do

Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas

reais funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento

Escolar.

Equipe de Professores

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como

regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar

ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento

Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de

Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de

produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como

uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.

Agentes Educacional I

A equipe de Agentes Educacionais I tem a seu encargo o serviço de

manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo

subordinada, coordenada e supervisionada pela Direção.

2.13 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Integrantes da Equipe Multidisciplinar: Ana Lúcia dos Santos, Vera Graça do

41

Rocio Cândido, Araci Ribas da Silva, Nildete Maria Ferreira Bonini, Tania Mara

Antunes, Lucinéia Aparecida dos Santos, Matheus Alves Carvalho, Maria Inês

Bordun Ilkiv, Lucilene Pereira, Alessandra Brandoni, Carla Patrícia Vilas Boas.

Objetivos a serem alcançados

• Sensibilizar os professores para (re) educar o olhar sobre as contribuições da

história e cultura africana, afro-brasileira e indígena para o desenvolvimento de uma

sociedade democrática, multicultural e pluriétnica;

• Estimular o coletivo escolar a construção de um projeto educacional de

inclusão social na perspectiva da diversidade cultural

• Oferecer conhecimentos necessários para a atuação dos professores em

sala de aula com relação à Cultura da matriz afro brasileira.

• Reconhecer o respeito às identidades culturais, diferenças e especificidades

de cada pessoa como um direito social.

• Criar um ambiente educativo que propicie o debate e discussões relacionadas

às questões etino- raciais.

Justificativa das ações a serem realizadas

Para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso respeitar e

valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui. Por sua formação histórica a

sociedade brasileira é marcada pela presença de diferentes etnias, grupos culturais,

descendentes de imigrantes de diversas nacionalidades, religiões e línguas

( MEC/SEC, 1998).

Considerando que a complexidade das relações raciais na sociedade

brasileira foi construída com base no processo de escravização de africanos. E isto

criou relações de sociais baseadas na subalternidade, posta pela figura do

escravizado e escravocrata. Criando dessa forma o engessamento de lugares de

negros e brancos e uma hegemonia dos valores de uma cultura branca que ainda

muitas vezes, parece inatingível. Neste sentido o preconceito racial expressa o

sentido histórico da inferioridade formada a partir das relações de dominação e

42

subalternidade entre senhores e escravos durante o período de escravidão no Brasil

o que serviu de modelo social para formação da sociedade brasileira.

As expressões que denotam o preconceito estão de tal forma impregnados

na nossa sociabilidade que ficam naturalizados no nosso cotidiano, por isso é

necessário fazer algumas intervenções principalmente relacionadas à educação

escolar. Considerando que a escola é a instituição social que partilha dos valores e

práticas da sociedade a qual pertence, portanto faz parte da transformação social

desta. O preconceito na escola se manifesta não apenas pelas expressões entre

alunos e professores, mas também pela omissão e pelo silencio quando a essas

situações ocorrem.

O aprendizado na escola não se restringe aos conteúdos curriculares. A

criança/ jovem precisa de modelos para aprender. Aprende-se o que está posto

socialmente para ser aprendido, sejam princípios, valores ou conteúdos das áreas

do conhecimento.

2.14 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

Integrantes da Brigada Escolar:

Jair Nascimento da silva

Cláudia Chimanski Bloot de Camargo

Lucilene Pereira

Rodrigo Alves da Rosa

Carina Cantuário Juk

Ana Lúcia dos Santos

Justificativa do Programa

O Colégio Estadual Profª Lindaura Ribeiro Lucas está implantando o

Programa da Brigada Escolar – Defesa Civil no estabelecimento, tendo em vista que

o mesmo está amparado legalmente pelo Decreto Federal nº 7257 de agosto de

2010, que prioriza fundamentalmente a condição de prevenção de acidentes

43

naturais ou provocados pela intervenção humana.

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após

terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o

Programa é desenvolvido no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,

promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são

mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente

capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas

preventivas. O programa surge da necessidade de adequar a escola internamente

para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam

eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,

entre outros.

Objetivo Geral

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Colégio

Lindaura Ribeiro Lucas para ações que visem diminuir ou evitar o surgimento de

eventos danosos, naturais ou humanos, bem como preparar para o enfrentamento

de situações emergenciais no interior da escola para garantir a segurança de toda

comunidade escolar.

Objetivos Específicos

• Levar o colégio a construírem uma cultura de prevenção a partir do ambiente

escolar;

• Proporcionar aos alunos condições mínimas para enfrentamento de situações

emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se

conduzirem frente a desastres;

• Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias

do Corpo de Bombeiros;

• Preparar os profissionais da escola para a execução de ações de Defesa Civil, a

fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de

44

riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas

ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;

• Adequar as instalações da escola às normas mais recentes de prevenção contra

incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.

Estratégias

O Coordenador do Programa será o Diretor do Colégio Sr. Anderson Therézio, o

qual tem a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar, composta por

um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações

emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:

• Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade

escolar;

• Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,

de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações

escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por

semestre, a ser registrado em calendário escolar;

• Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de

Abandono;

• Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de

ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;

• Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca

de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as

providências necessárias.

Atividades Permanentes

O Diretor do Colégio terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de

45

implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono

consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários das

edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo

razoável. Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por

semestre, e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

Público Envolvido

Comunidade escolar do Colégio Estadual Profª Lindaura Ribeiro Lucas.

Cronograma De Desenvolvimento

Exercícios simulados no 1º e no 2º semestre conforme consta no calendário escolar:

dias 07/03 e 09/08/2017.

3 MARCO CONCEITUAL

3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A sociedade é construída historicamente pelos homens através de suas ações

e interação com o meio em que está inserido, portanto é necessário pensarmos no

tempo e espaço, no contexto cultural e social em que estamos vivenciando. È

possível perceber que nos dias atuais a sociedade esta marcada pela desigualdade

social, Política e econômica, estabelecida pela estrutura de um sistema neoliberal,

qual impede a igualdade do ser humano na sua plenitude.

Portanto é necessário buscar novas alternativas para superar essas

desigualdades almejando uma sociedade justa e igualitária, onde as diferenças entre

46

as classes sociais (dominantes e dominados sejam amenizadas, onde todos os

cidadãos tenham seus direitos respeitados.

De acordo com Saviani é preciso considerar que:

“ A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização”. (Saviani,1997, 91)

É necessário criar espaços, principalmente na escola publica para que se

garanta o pleno desenvolvimento do homem, enquanto cidadão possibilitando

conhecimento histórico da sua realidade, buscando oportunidades de participação e

efetivação dos indivíduos na sociedade a que pertencem.

Neste sentido é preciso conceber o homem como sujeito de sua própria

história, agente transformador de seu meio, visando o bem comum, numa sociedade

em todos tenham direitos adquiridos quanta educação, saúde, lazer, segurança,

trabalho, moradia, etc. Constituindo desta forma a efetivação dos direitos e deveres

de maneira democrática, justa e igualitária.

3.2CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é sujeito histórico, síntese de múltiplas relações sociais,

diferenciando de todos os seres vivos, pois está em constante desenvolvimento.

Sendo necessária uma formação que seja capaz de orientar o homem na sua

capacidade de relacionar- se com a natureza, cultura e sociedade de maneira

harmônica e construtiva, pois o homem necessita produzir continuamente sua

existência, para tanto em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a

natureza a si , isto é transformá-la. (Saviani, 2008 p. 11)

Refletir sobre qual homem queremos formar e para qual sociedade, traz

implícita a concepção de historia como possibilidade. A sociedade não foi sempre

assim e nem será. Ela é resultado da ação histórica de milhões de homens nos

diversos cantos do mundo, Isso implica:

47

“Pensar a historia como possibilidade e conhecer a educação também como possibilidade. É reconhecer que se ela, a educação não pode tudo,pode alguma coisa. Sua força como costumo dizer, reside na sua fraqueza. Uma de nossas tarefas como educadores e educadoras é descobrir o que historicamente pode ser feito no sentido de contribuir para transformação do mundo” (Paulo Freire).

3.3 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Com a implantação do ensino de nove é necessário pesar a respeito da

infância e adolescência, período pelo qual os alunos estão passando, pois para que

se tenha um trabalho de qualidade, é necessário respeitar a especificidade de cada

fase do desenvolvimento humano, considerando os aspectos físicos psicológico,

intelectual social e cognitivo.

Pensar sobre a infância é reconhecer que é um conceito construído

historicamente, compreendendo que esta é uma fase da vida distinta da fase adulta.

Isso significa perceber algumas singularidades que marcam essa fase como afirma

Faria & Salles:

Esta fase da vida explicita as formas que a criança desenvolve, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento autonomia e auto cuidado, o intenso desenvolvimento físico- motor; a ação simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos. (FARIAS & SALLES, 2007)

A afirmação de que a infância é uma construção social constitui como

unanimidade entre os autores que falam sobre o assunto. Nela expressa-se a ideia

de sempre ter havido uma fase da vida entre os seres humanos, observando-se a

sua diferenciação frente ao mundo adulto. Isso pode ser constatado nos papéis

sociais que são atribuídos ao adulto ou a criança, quais mudam conforme as

48

variações sociais – classe social, grupo étnico, religioso, gênero, idade etc – porque

são historicamente produzidos no interior de uma mesma sociedade (SARMENTO,

2001).

Por outro lado é necessário dar especial atenção a adolescência pois é r um

período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o

perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do

desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta.

Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período

atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua

subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como

uma fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso é uma fase marcada

por transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados como hipótese ou de modo natural. A adolescência deve

ser pensada como uma categoria que se constrói se exercita e se reconstrói dentro

de uma história e tempo específicos.

Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa

reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno

desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e

cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.

3.4CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação ter por objeto único e principal o indivíduo e seus interesses, ela é

antes de tudo, o meio pelo qual, a sociedade renova perpetuamente as condições de

sua própria existência. A sociedade só pode viver se dentre seus membros existe

uma suficiente homogeneidade. A educação perpetua e reforça essa

homogeneidade, fixando desde cedo na alma da criança às semelhanças essenciais

que a vida coletiva supõe (DURKHEIM, 1973:52)

“A escola não existe para transmitir “dogmas” ou “verdades” acabadas,

mas para sair em busca e em direção ao novo. E se ela não o fizer, a “novidade”

49

continuará sendo construída fora de seus muros como tantas vezes ocorreram no

passado” (MEZOMO, 1997, p.162). Estas frases tocam fortemente a sensibilidade

dos trabalhadores da educação e certamente leva a todos a uma reflexão ética do

compromisso assumido com a função da Escola e, sobretudo com a função destes

na Escola e para a Escola.

Assim sendo, todas as pessoas envolvidas no processo educacional, no

âmbito interno da escola, ao buscarem a qualidade da Educação estarão

desenvolvendo suas funções, e se auto valorizando ao mesmo tempo, valorizando

os alunos e a comunidade em geral (colegas, pais, alunos, etc.).

O trabalho que se realiza com a participação responsável de todos os sujeitos

envolvidos, é o que atende de forma mais efetiva às necessidades concretas da

sociedade em que vivemos.

Embora não seja exclusivamente da escola a responsabilidade pelas

demandas sociais, é inegável o tamanho da contribuição que ela pode oferecer à

sociedade.

Partindo do pressuposto de que, a escola não sobrevive sem a sociedade e

que esta por sua vez, não se efetiva sem a escola, retoma-se aqui uma reflexão de

que somente com o comprometimento, vontade e confiança de todos os envolvidos

no processo, haverá satisfação, tanto da sociedade para com a escola que tem,

quanto da escola para com a sociedade que a possui. Como afirma Paro:

¨Educação compreendida como apropriação do saber historicamente construído. A educação é o recurso que a sociedade dispõe para que produção cultural da humanidade não se perca, passando de geração para geração. ¨

Para elevar a qualidade da educação, é necessário o comprometimento da

comunidade externa e interna, participando das questões escolares, decidindo os

rumos que ela deve tomar na busca de objetivos concretos, neste ponto de vista,

faz-se jus ao lema “um por todos e todos por um”.

Participar das questões escolares vai muito além de estar presente em

reuniões de APM, Conselho Escolar, Conselho de Classe ou Reuniões pedagógicas.

Participar aqui tem o sentido de inteirar-se do processo educacional com

50

responsabilidade, decidir sobre as questões escolares e comprometer-se de forma

consensual com as tomadas de decisões, e, principalmente, manter-se presente na

implementação das mesmas.

“(...) a participação é um processo de democratização emancipatória na

conquista incessante de novos espaços e formas de cidadania individual e coletiva”.

(FERREIRA, 1998, P.109). É neste sentido que toda a comunidade escolar precisa

se comprometer com a escola envolvendo o corpo docente, o administrativo e a

comunidade no planejamento, organização e desenvolvimento do projeto político-

pedagógico, tendo como direção a garantia da qualidade estabelecida pelo conjunto.

Neste sentido, faz-se necessário reconhecer e valorizar o educando não

apenas como objeto de trabalho, mas, principalmente como sujeito, e, portanto,

como parte integrante do processo educativo, proporcionando a ele o sentimento de

co-responsabilidade pela sua própria educação e, fazendo-o parte deste conjunto.

3.5 .CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A função social da escola é a de promover a socialização do saber

sistematizado produzidos pela humanidade, a fim de possibilitar ao educando

condições de crescimento humano, nas relações interpessoais, bem como sua

emancipação enquanto cidadão. Segundo Saviani:

“(…) a escola tem sua função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento, é preciso, pois resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar” (Saviani, 1997, p.114)

A escola é a responsável pelo conhecimento sistematizado e elaborado e não

ao conhecimento espontâneo, portanto é um espaço de formação cultural,

tecnológica e científica que tem os mecanismos necessários para transformar as

relações sociais, portanto não deve reproduzir a sociedade como esta organizada

51

conforme o modo de produção vigente. A educação deve voltar-se para

humanização, oferecendo condições de emancipação e participação na sociedade,

rompendo com situações de dominação, neste sentido está voltada para

desenvolver as potencialidades humanas. A escola existe, pois para propiciar a

aquisição dos instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (Saviani,

2008, p. 15).

3.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Sabendo que o conhecimento é uma produção histórica, é que a expressão

de uma dada realidade social, não pode ser somente uma elaboração subjetiva, nem

somente um dado objetivo, tomado na sua pura materialidade, mas uma relação

social.

É na forma como os homens se relacionam entre si que está a origem dos

objetos humanos, de modo que a decifração do significado desses objetos não

poderá realizar-se plenamente sem a compreensão das práticas sociais que lhes

dão sentido.

Sendo a aprendizagem uma relação cognitiva entre o sujeito o objeto de

conhecimento, Libâneo ressalta:

“É através desse processo que se formam conhecimento e modos de atuação pelos quais ampliamos a compreensão da realidade para transforma - lá, tendo em vista necessidades e interesses humanos e sociais” (Libâneo, 2008, p. 84)

A sociedade produz a realidade histórico-social incluso ai o universo

conceitual que a representa e as formas de pensamento que lhe são próprias. Neste

sentido o fator determinante da formação da consciência são as condições

históricas. Sob essa perspectiva, o conhecimento se dá pela inserção do aluno nas

práticas sociais que definem os objetos de conhecimento próprio, neste caso a

52

experiência cotidiana acaba sendo o grande mestre.

Nem por isso a escola perde sua importância uma vez que nosso cotidiano

nem sempre contempla todas as práticas que o conjunto da sociedade produz, ou

ainda algumas práticas são realizadas no cotidiano, de uma forma não

espontaneamente compreensível, neste caso cabe a escola, isto é ao professor, a

transmissão dessas práticas, de uma forma sistematizada e intencional, muito

diferente, portanto, da forma assistemática do cotidiano.

Não há separação entre a vida prática e sua representação teórica,

considerando-as enquanto sociais. Ocorre, no entanto, que os homens estão

divididos em inúmeras atividades práticas específicas.

A teia que se constitui com a interação de todas as atividades práticas

denominaram realidade humana, ou ainda sociedade, portanto é do emaranhado de

todas as diversas atividades particulares, unidas por um princípio de organização

social, que emerge a unidade social. Dessas atividades práticas específicas

decorrem os conhecimentos específicos, os quais embora juntos em última

instância, da ação coletiva dos homens, são imediatas, elaboradas e apropriadas

por aqueles sujeitos que dela participam diretamente. Dizendo de outro modo, o

conhecimento resultante das atividades especifica se revela em expressões teóricas

nem sempre acessíveis a quem está mergulhado em outra atividade. Essas

expressões teóricas constituem conceitos formais, científicos, de caráter universal, e

sua apropriação pelos sujeitos nem sempre se efetiva sem determinado tipo e

reflexão, qual comporta reconstrução de processos, cuja compreensão requer um

conjunto de referência que estão além das atividades práticas imediata dos

indivíduos. Daí a sistematização do conhecimento em conceitos formais de caráter

universal e o processo de ensino como instrumento de divulgação desses

conhecimentos.

3.7 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Partindo do pressuposto que é necessária a aprendizagem da leitura e da

escrita para inserção no mundo da informação, qual possibilita acesso a

53

conhecimentos acumulados pela sociedade historicamente e socialmente, bem

como cria condições para produção de novos conhecimentos. Segundo Soares

(2006) para que os alunos tenham essa condição é necessário dois passaportes: O

domínio da tecnologia da escrita ou seja, o sistema alfabético e ortográfico que

obtido por meio do processo de alfabetização e o domínio da competências de uso

dessas tecnologia que é saber ler e escrever em diferentes situações e contextos

que é obtido pelo processo de letramento

Alfabetização e letramento são processos diferentes cada um com sua

especificidade como afirma Magda Soares:

“Letramento é o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas de leitura e escrita; é o estado ou condição que adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e suas práticas sociais” (Soares,1998, p. 18)“Alfabetizar é a ação de ensinar ou aprender o código alfabético, ou seja, a relação entre letras e sons” (Soares,2003, p.5)

É necessário pensar o processo de alfabetização na perspectiva do

letramento de forma que proporcione a construção de habilidades para o exercício

efetivo e competente da tecnologia da escrita como afirma Soares:

...isso implica habilidades várias tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos- para informar ou informar-se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir... habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura ou lançar mão desses protocolos ao escrever... atitudes de inserção efetiva no munda da escrita, tendo interesse e informação e conhecimento, escrevendo ou lendo de forma diferenciada... (Soares, 2001,p. 92)

Também é preciso ter consciência que o processo de letramento é iniciado no

ensino fundamental primeira fase (1º ao 5º ano) e deve continuar no ensino

fundamental segunda fase (6º ao 9º ano), pois esse processo consiste em trabalhar

as múltiplos usos e funções da escrita, refletir criticamente sobre as relações que se

estabelecem na sociedade. O fato de ler e escrever, e ser questionado sobre tais

54

fatos: (quem escreve, em que situação, o que se escreve, para quem é dirigido o

texto), favorecem a compreensão de como as relações sociais são representadas e

construídas pela escrita.

Considerando também que letramento é processo que se inicia quando a

criança começa a conviver com manifestações de escrita e se prolonga por toda a

vida através da participação nas práticas sociais que envolvem a leitura e escrita

(cartas, convites, avisos).

3.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

A organização curricular dever ter como objetivo desenvolver uma prática

pedagógica que articule os conteúdos e com a dinâmica do processo educativo de

forma que possa possibilitar a aprendizagem do aluno. Como afirma Sacristán:

“...escola educa e socializa por mediação da estrutura de atividades que organiza para desenvolver os currículos que tem encomendados, função que se cumpre através e das formas destas e também pelas práticas que se realizam dentro dela” . (Sacristán, 2000,p.18 )

Portanto, o currículo deve ser construído coletivamente, visando a realidade

da escola, para que possa garantir a sua função educacional respeitando a

identidade cultural e social do aluno, contribuindo para desenvolvimento integral do

aluno segundo Sacristán:

“O currículo modela-se dentro de um sistema escolar concreto, dirige-se a determinados professores e alunos, serve-se de determinados meios, cristaliza-se, enfim num contexto que é o que acaba por lhe dar significado real.” (Sacristan, 2000. p.21 )

Por a importância de se consideradas as experiências que os alunos trazem

da sua realidade particular, ou seja, o conhecimento informal para que a escola

55

tenha este como ponto de partida para trabalhar os conteúdos acadêmicos.

O colégio Lindaura tem o seu currículo baseado nas Diretrizes Curriculares

Estaduais do Estado do Paraná.

3.9 GESTÃO ESCOLAR COMO O PRINCÍPIO DE MUDANÇA

Diante de um quadro de transformações sociais, culturais e de perspectivas

para a sociedade, em que as fronteiras não servem mais para demarcar espaços

econômicos, nem soberanias políticas plenas, onde a melhorar a educação vai muito

além da promoção de reformas curriculares, pois essa escola que não apenas se

contraponham às formas contemporâneas de organização e exercício do poder, mas

que constituam alternativas práticas possíveis de desenvolverem e de se

generalizarem, pautadas não apenas pelas ordens superiores, mas pela

solidariedade, qual seja um meio para desenvolver formas coletivas de trabalho.

A gestão deve ser um processo que cria condições para que os membros se

envolvam de forma consciente, na construção do conjunto da unidade social e de

seu processo como um todo. Porque a partir da participação “o homem se torna um

ser humano e desenvolve essa humanidade à medida que pelo trabalho social,

coletivamente compartilhado, desenvolve o seu potencial e contribui ao mesmo

tempo para o desenvolvimento da cultura do grupo em que vive”. (Luck, 1998, p. 17).

Ninguém vive, pensa, julga independente do grupo social a que pertence. A

participação das pessoas desenvolve a consciência do que é, o todo, mobilizando

suas energias e sua atenção como parte efetiva de sua unidade social e da

sociedade como um todo.

O sentido individualista é superado com a participação democrática, surgindo

uma necessidade de integração do ser humano na sociedade, de se sentir parte

dela e responsável, de harmonizar e coordenar esforços do grupo realizando um

trabalho mais efetivo, cooperando para o bem de todos.

Nessa perspectiva, a gestão dentro de um espaço democrático está inserida

em um contexto que busca a formação humana crítica e consciente, bem como um

56

homem comprometido com as necessidades locais, uma postura ética e cidadã,

dessa forma a gestão democrática possui um caráter formador de cidadania.

¨... ao possibilitar a efetiva participação de todos – participação cidadã – na construção e gestão do projeto de trabalho que, na escola vai formar seres humanos, possibilita também a auto formação de todos os envolvidos pela e para a leitura, interpretação, debate e posicionamento que podem fornecer subsídios para novas políticas, repensando o exercício da prática profissional¨. (FERREIRA, 2001, p. 304-306).

Portanto faz-se necessário um ambiente estimulador e algumas ações

essenciais para que esta participação realmente aconteça como:

• Criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo;

• Promover um clima de segurança;

• Valorizar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar

esforços;

• Estabelecer demanda de trabalho centrado nas ideias e não em

pessoas;

• Desenvolver a prática de assumir responsabilidade em conjunto.

A gestão democrática da educação está de forma efetiva associada ao

estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações

que possibilitem a participação; na definição do uso de recursos e necessidades de

investimentos; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação

da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e

estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a

universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a

qualidade dessa educação. Como também está relacionada à participação

responsável de todos nas decisões necessárias e na efetivação mediante um

compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais efetivos e

significativos envolvendo a dimensão político-social, ação para a transformação,

globalização, participação, práxis e cidadania, sabendo que dessa forma estão

envolvidas a compreensão das questões dinâmicas e conflitivas das relações inter

pessoais como se refere Ferreira:

57

¨A gestão democratizada da escola consiste na mediação das relações intersubjetivas, compreendendo antes e acima das rotinas administrativas: identificação de necessidades; negociação de propostas; definição clara de objetivos e estratégias de ação; linhas de compromisso; coordenação e acompanhamento de decisões pautadas na mediação de conflitos, com ações voltadas para a transformação social.¨ (FERREIRA, 2001, p. 164).

Compreendendo também que a realidade da escola pode ser mediada

sempre quando, os profissionais que nela atuam tenham consciência de que são

eles que a produzem com seu trabalho.

A gestão democrática envolve a tarefa de coordenação dos objetivos a serem

definidos e alcançados, se concretizando num processo contínuo de coordenação

da prática educacional coletiva, para isso requer uma liderança concentrada na

competência, legitimidade e credibilidade. Dessa forma a gestão democrática não

deve ser compreendida apenas como princípio de um novo paradigma, mas como

um objetivo a ser perseguido e aprimorado, se configurando como uma prática

cotidiana nas instituições escolares.

Para que a escola efetive a gestão democrática é necessário basear-se em

princípios que possam propiciar consistência a essa proposta como a autonomia; a

participação e a responsabilidade.

- Autonomia: de forma que anule a dependência sendo que “o seu significado

remete-se a regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos das ações

educativas, sem imposições externas” (Veiga, 1997, p. 19). Por isso é fundamental

que a escola tenha como um dos princípios a autonomia, para que possa criar seu

próprio espaço e mantenha o seu compromisso de cidadania, democracia e

emancipação para a formação de cidadãos críticos e autônomos.

- Participação como sendo uma condição para a gestão democrática, não

sendo possível uma sem a outra, desde que seja uma participação efetiva onde

todos possam contribuir, com igualdade de condições e oportunidades com relação

ao coletivo. A participação gera um compromisso coletivo de responsabilidade de

toda a comunidade escolar.

- Responsabilidade é um compromisso da gestão democrática, sendo que

todos os envolvidos com o processo devem estar conscientes de sua

responsabilidade na efetivação dessa proposta por uma gestão democrática, pois

58

responsabilidade é sinônimo de autodisciplina e comprometimento coletivo.

O grande desafio é construir essas novas relações no interior da escola, onde

pais, alunos e funcionários não sejam meros executores de parcelas nas ações

educativas, mas sujeitos coletivos capazes de apropriar-se da concepção de

participação e integração da escola. Para isso é preciso superar o funcionamento

compartimento, autoritário e excludente, onde os alunos apenas estudam, pais

acompanham precariamente a vida da escola, funcionários cumprem rotinas e

professores atuam isoladamente. É necessário combater o individualismo ou a

competitividade no interior da escola.

3.10 RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

O aprendizado dos conteúdos supõe a ação conjunta de dois personagens: o

aluno e o professor. Centrar o processo predominantemente em um ou no outro,

implica em desequilibrar essa relação. Assim, deve-se destacar que o professor não

é um mero organizador de atividades. Muito mais do que isso, ele é um dos

personagens da relação ensino-aprendizagem. É como alguém que já domina o

conhecimento que o professor vai colaborar/auxiliar com o aluno nas suas tentativas

d escrever, ler, contar, interpretar a história, os fatos geográficos, o cálculo,

explicando, mostrando, indicando, ressaltando os procedimentos, os resultados, as

inferências e deduções formuladas pelo aluno.

Por outro lado, o aluno também não poderá ser visto como alguém que deve

assimilar passivamente o que o professor diz.

A participação do aluno é absolutamente necessária e não deve resumir-se a

atividades como falar, fazer, mas, sobretudo deve envolver permanentemente

situações de reflexão. É através desta troca entre o que o aluno faz, como resultado

de reflexão, e o que o professor apresenta, explica questiona, poderá sobre a

produção do aluno, é que se realiza o aprender.

Uma questão importante na relação professor-aluno diz respeito à linguagem.

O discurso da escola, e, portanto, dos professores, é o discurso científico. No

59

discurso científico, os termos passem a ter sentidos que diferem daquele contido na

linguagem coloquial, ou nem sequer estão presentes no vocabulário do aluno. Isto

muitas vezes cria um descompasso entre o que o professor diz e o que o aluno

entende, seja inviabilizando a compreensão daquilo que o professor está propondo a

ensinar, seja proporcionado uma compreensão equivocada, posto que o aluno pode

associar os termos do professor aqueles que emprega no seu cotidiano e que no

entanto tem outro significado.

Nesse sentido o professor em sua atuação tem papel importante a

desempenhar, pois a aprendizagem em grande parte dependerá de sua

competência profissional, do seu fazer pedagógico, da integração que deverá

ocorrer entre os alunos e o professor, do compromisso que assume quanto a

formação do aluno, do nível de conhecimento necessário que o educador deve ter

adquirido para assumir o papel de mediador entre o coletivo da sociedade e o

individual do aluno.

3.11 METODOLOGIA DE ENSINO

Em nosso Projeto Político Pedagógico, o princípio norteador da ação

pedagógica parte da seguinte premissa: que à educação caberá desenvolver o

potencial existente nos homens, respeitando suas capacidades enquanto sujeitos,

reconhecendo seus valores interiores e fazendo-os perceber que o homem é o único

ser capaz de intervir e provocar as transformações no meio em que vive.

Acreditamos que a educação escolar deverá proporcionar a aquisição de

instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado, levando o aluno a

conhecer, questionar e aprofundar a sua participação na sociedade civil organizada.

Educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas também se preocupar

com a formação integral dos educandos, de maneira que não ocorra apenas o

conhecer, mas também o intervir no real em que os educandos se encontram, ou

seja, que se efetue uma formação para a totalidade.

A escola é o local de aquisição do saber, de construção do saber

sistematizado e elaborado, tendo, porém como horizonte maior, formação como um

60

todo, englobando o cognitivo e o afetivo, o intelectual e o emocional do ser humano.

A escola, compreendida como uma totalidade que se relaciona com a

sociedade, não tem razão de ser por meio de ações pedagógicas isoladas e

fragmentadas. O conhecimento nela adquirido deve permitir o entendimento de

condições reais da vida do aluno. O processo ensino-aprendizagem deve ser

organizado com base científica, histórica e crítica, na direção da apropriação do

saber elaborado pelo educando.

Se a educação é uma contínua construção e reconstrução do real, a escola

deve procurar implementar um processo ensino-aprendizagem que viabilize

instrumentalizar teórica e praticamente as pessoas para darem conta de problemas

práticos.

Os conteúdos deverão ser trabalhados dentro de um processo ordenado e de

uma integração do pensamento e da ação voltados para atingir a transmissão e

assimilação do conhecimento elaborado de forma mais coerente e organizada. No

processo ensino-aprendizagem deve estar refletida a interação educador-educando,

pois, se o objetivo maior é a educação do indivíduo para a vida social, a participação

ativa de todos deve nortear toda a ação pedagógica.

A metodologia a ser seguida considerando que a escola está deixando de ser

mera repassadora de saber para se tornar uma organizadora do conhecimento que

estão presentes no seu cotidiano, deverá construir com os educandos um trabalho

que parta da premissa do aprender a aprender, começando pela localização de

informações e um ambiente de pesquisa constante em que predominem a busca e a

avaliação das informações.

Conforme nos propõe Libâneo:

“O novo professor precisaria, no mínimo, de adquirir sólida cultural geral, capacidade de aprender e aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informal e dos meios de informação, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias, pois, está aí a ajuda do professor para o desenvolvimento das competências do pensar, em função do que coloca o problema, pergunta, dialoga, ouve os alunos, ensina-os a argumentar, abre espaço para expressarem seus pensamentos, sentimentos e desejos, de modo que tragam para a sala de aula sua realidade vivida. É nisso que consiste a ajuda pedagógica ou mediação pedagógica”. (Libâneo, p. 28 e 58).

61

À educação caberá desenvolver o potencial existente nos homens,

respeitando suas capacidades enquanto sujeitos, reconhecendo seus valores

interiores e fazendo-os perceber que o homem é o único ser capaz de intervir e

provocar as transformações no meio em que vive. Acreditamos que a educação

escolar deverá desenvolver uma metodologia que possibilita o acesso ao saber

elaborado, levando o aluno a conhecer, questionar e aprofundar sua participação na

sociedade civil organizada.

Pressupõe-se, portanto, que educar não é apenas transmitir conhecimentos,

mas também se preocupar com a formação global dos alunos de maneira que não

ocorra conhecer, mas também intervir no real onde os alunos se encontram, ou seja,

que se efetue uma formação para a totalidade.

Antes de iniciar o item sobre a avaliação temos que entender que a

metodologia não pode ser vista sem a avaliação. Nessa perspectiva, a avaliação não

pode ser mera verificação de resultados que cada aluno representa em relação às

preposições curriculares. A avaliação deve ser então um processo contínuo,

cumulativo e participativo para compreender a aprendizagem, analisar o

desempenho, o domínio de procedimentos e o desenvolvimento de atitudes tanto de

educandos quanto de educadores e da escola.

Nesse contexto, a avaliação deve, pois, ser vista dentro de uma totalidade

onde vários aspectos estão inter-relacionados; transforma-se num meio de

informação para a tomada de decisões, levando em conta currículos e programas,

planejamentos e objetivos, desempenho do educador, metodologias, recursos

didáticos, sistema escolar e comunidade.

3.12 FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO

O ato de avaliar é exercido em todos os momentos do dia-a-dia. Avaliamos a

tudo e a todos e formulamos juízos que vão orientar a tomada de decisões em

nossas vidas. No contexto escolar, a avaliação educacional assume um papel de

extrema importância na revisão da filosofia da escola, das atitudes e metodologias

62

utilizadas, bem como da forma de existir da instituição e de sua gestão, no

desenrolar o processo ensino-aprendizagem. Conforme afirma Vasconcelos:

Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão (1989, p. 53)

Infelizmente ainda hoje, quando se pensa a prática da avaliação, nota-se que

a mesma está voltada para o papel do educador, o qual detém o poder de julgar a

partir de registros acumulados durante o processo ensino-aprendizagem, baseando-

se em conteúdos curriculares.

A avaliação deve então ser um processo contínuo, cumulativo e participativo

para compreender a aprendizagem, analisar o desempenho, o domínio de

procedimentos e o desenvolvimento de atitudes tanto de alunos quanto de

professores e da escola. Segundo Luckesi, “para não ser autoritária e conservadora,

a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento

dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.

Neste contexto, o educador deve estar comprometido não apenas com a

mera transmissão de conteúdos, mas ser agente ligado a um complexo processo de

aquisição do saber, que proporcione aos seus educandos subsídios para que os

mesmos aprendam a estabelecer relações entre sua vivência de mundo e o saber

aprendido; onde saibam questionar e usar o raciocínio lógico, propondo soluções

criativas para os problemas que vivem no dia-a-dia.

Como ressalta Vani Moreira Kenski (1992, 138-139), “A opção por uma

educação que vise criar transformadores da sociedade exige, antes de tudo,

mudança de atitude de professores e alunos. Aqueles comprometidos com uma

proposta de educação transformadora devem possuir competência tanto no domínio

de conteúdos da disciplina quanto ser conhecedor de propostas alternativas para a

aprendizagem de seus alunos.

Dos alunos espera-se mais do que o simples estudo da matéria. Espera-se

sua participação de forma dinâmica, colocando em funcionamento os seus

sentimentos, sua capacidade intelectual, suas habilidades, sentidos, paixões, ideias

63

e ideologias. Ou seja, tudo aquilo que coloca permanentemente em funcionamento

ao elaborar os juízos provisórios em sua vida diária”.

Para que a avaliação se torne um instrumento que favoreça as mudanças

possibilitem ao aluno ser um cidadão crítico e consciente é necessário que a mesma

se constitua como processo. Para que isso aconteça é preciso ter uma prática

pedagógica de igual caráter, portanto, a escola deve desenvolver alguns

pressupostos como:

1− Levar em conta os diversos níveis de complexidade de um conteúdo;

2− A avaliação deve ocorrer no dia-a-dia e não em momentos exclusivos;

3− A avaliação deve partir de produções cotidianas dos alunos;

4− Necessidade de definição clara dos objetivos da escola, da avaliação,

conteúdos da avaliação;

5− Definição clara dos meios e processos mais adequados para a avaliação;

6− Coerência entre os objetivos, os conteúdos, os meios e processos e

julgamento atribuído a essa avaliação;

7− Múltiplas formas de avaliação;

8− A avaliação deve ser entendida como mais uma situação de

aprendizagem, a qual deve ser observada em três procedimentos: a

constatação, reflexão e superação do problema.

9− O professor deve repensar sua postura em relação ao erro.

De acordo com Vasconcelos, 1994,

“A avaliação é antes de tudo, uma questão política, ou seja, está relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades, aos interesses que estão em jogo no trabalho educativo. A avaliação deve acompanhar a aprendizagem do aluno e diagnosticar as causas que interferem no processo de forma positiva ou negativa e, a partir do diagnóstico, reorientar as ações que compõem o trabalho pedagógico.”

Neste sentido para que a avaliação se efetive como numa perspectiva de

transformação é necessário que a avaliação faça parte de um processo que de

ênfase ao diagnóstico da aprendizagem do aluno e que a partir deste sejam

tomadas as decisões necessárias para a superação dos problemas constatados, de

64

forma que a dificuldade do aluno seja encarada como desafio pelo professor. Como

também a avaliação deve mostrar os tópicos em que os estudantes avançaram e os

quais ainda precisam ser trabalhado.

Portanto se faz necessário pensar sobre a recuperação de estudos que esta

diretamente ligada ao processo de avaliação como afirma Paro:

A recuperação deveria ser pensada como princípio derivado da própria avaliação. Esta, num processo contínuo e permanente, embutido no próprio exercício de ensinar e aprender diagnosticaria os problemas e dificuldades que a recuperação também num processo contínuo e permanente, de solucionar (ou intentar soluções) pelo oferecimento de novos recursos e alternativas de ação (2001, p. 42).

A recuperação de estudos tem por objetivo recuperar os conteúdos não

apropriados pelo aluno de forma que possa garantir uma aprendizagem satisfatória.

De acordo com Vasconcelos (2003,p.82) “ a recuperação de estudos consiste na

retomada, por meio de metodologias diversificadas. Devendo ser um compromisso

do professor com aprendizagem dos alunos.

A avaliação não é um processo meramente técnico, portando se faz

necessário, refletir sobre concepção de educação, escola e sociedade e repensar os

princípios que norteiam as teorias avaliativas com intuito de desvelar as ideologias

em que se apóiam as praticas avaliativas buscando a superação.

3.13 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Para que o trabalho pedagógico tenha relevância e consiga atingir seus

objetivos de formar alunos críticos e atuantes na sociedade, bem a gestão

democrática seja de forma efetiva e predominante no contexto escolar entende-se

que é necessário destacar o papel de cada instancia colegiada.

CONSELHO ESCOLAR

65

Entendendo que o conselho escolar tem papel decisivo na democratização da

educação e da escola. Portanto é um importante espaço no processo de

democratização, na medida em que reúnem diretores, professores, funcionários,

estudantes, pais e outros representantes da comunidade para discutir e definir e

acompanhar o desenvolvimento das ações da escola em favor de uma educação de

qualidade.

O Conselho Escolar é o órgão colegiado compostos por representantes das

comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões

político – pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cabe aos

Conselhos, também, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o

cumprimento das finalidades da escola portanto o conselho escolar tem as

seguintes funções:

a) Deliberativas: quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e

outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas,

garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos

sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral

das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas.

Elaboraram normas internas da escola sobre questões referentes ao seu

funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativo ou financeiro.

b) Consultivas: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as

questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando

sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pelas direções das

unidades escolares.

c) Fiscais: (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a execução

das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo

o cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do cotidiano

escolar.

d) Mobilizadores: quando promovem a participação, de forma integrada, dos

segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas

atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e

para a melhoria da qualidade social da educação.

66

De modo geral, podem ser citadas algumas atribuições do Conselho Escolar:

• Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;

• Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do

Regimento Escolar;

• Convocar assembleias – gerais da comunidade escolar ou de seus

segmentos;

• Garantir a participação das comunidades escolar e local na definição

do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar;

• Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do

estudante e valorize a cultura da comunidade local.

• Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar,

respeitada a legislação vigente, a partir da análise, entre outros

aspectos, do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços

pedagógicos na escola;

• Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar às

alterações metodológicas, didáticas e administrativas na escola,

respeitada a legislação vigente;

• Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à

unidade escolar, observada a legislação vigente;

• Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono

escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo, quando se

fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e / ou medidas

socioeducativas visando à melhoria da qualidade social da educação

escolar;

• Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares,

visando ampliar a qualificação de sua atuação.

• Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola,

sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros,

promovendo alterações, se for o caso;

• Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade

escolar;

67

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa que tem por objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na

relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

O objeto de estudo do conselho é a avaliação da aprendizagem, que é

analisada de forma ampla, discutida criticamente, considerando suas contradições.

Nesse sentido, o conselho mostra vantagens consideráveis ao promover uma visão

abrangente do papel da avaliação no processo do ensino e da aprendizagem. Ao

conselho cabe a avaliação da eficácia dos métodos utilizados, a análise da proposta

curricular para as disciplinas, a troca de ideias para tomada de decisões rumo a

melhoria do ensinar e do prender. E, ainda considerar que ao avaliar o aluno, o

professor se auto-avaliação, diagnosticando a situação ensino e aprendizagem e

colhendo elementos para o seu aperfeiçoamento, pois a característica de instância

interdisciplinar, torna o conselho um mecanismo integrador, que leva a assumir o

próprio trabalho criativamente com perspectivas de atuação coletiva, de caráter

orgânico, na construção dos projetos pedagógicos (DALBEN,1992).

O Conselho de Classe se tornará importante estratégia na busca de

alternativas para a superação das dificuldades pedagógicas na medida em que o

pensar coletivo se voltar para a definição clara dos objetivos e intenções rumo a

novas ações educativas ( DALBEN, 2004) . O conselho de classe enquanto órgão

colegiado traz em si a possibilidade de produção de propostas de recuperação de

estudos, considera o aluno, o professor, a escola e o ensino de forma ampla e

permanente, podendo tornar-se então, o meio dinamizador na busca de ações

concretas rumo a melhoria da educação escola.

APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF é uma entidade autônoma, cabendo ao Estado orientá-la nos

aspectos técnico-administrativos, possibilitando o desenvolvimento de suas ações,

uma vez que esta tem como objetivo principal o apoio ao educando e o

68

aprimoramento do ensino, integrando família-escola-comunidade.

É pessoa jurídica de direito privado, um órgão de representação dos Pais,

Mestres e Funcionários dos Estabelecimentos de Ensino, não tendo caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é uma das formas de promover a gestão democrática na

escola, portanto se faz necessário a estimulação para que os alunos se organizem

de forma consciente de seu papel enquanto cidadão.

E através do grêmio que os estudantes têm uma via de organização e

representatividade do jovem a partir da escola, compreendendo – a como um

espaço de formação de cidadania. Dessa forma deve promover o exercício

democrático de representação através o processo de tomada de decisões coletivas.

O grêmio deve ser entendido como espaço imprescindível na gestão

democrática devendo ser resultado da apropria vontade dos alunos, de forma que se

reconheçam pela sua importância na instituição de ensino, contribuindo assim para

a formação dos alunos em todas as dimensões.

O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por

alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,

produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes,

que não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações,

tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito para estudantes, e

muitas outras coisas.

É muito importante criar o Grêmio, pois ele será um órgão reconhecido de

apoio à Direção Escolar.

O Grêmio Estudantil não deve ter caráter político-partidário, religioso, racial e

também não deverá ter fins lucrativos.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão

estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do

Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação

69

pertinente.

ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA

No início de cada ano é realizada a escolha dos alunos representantes de

turma. A escolha do aluno é realizada pelo professor conselheiro juntamente com a

turma. É levando em conta o perfil de cada líder escolhido, levando em conta o seu

rendimento escolar, assiduidade, responsabilidade e um bom relacionamento entre

os colegas, uma vez que será o mediador entre os alunos e a Escola, sempre

respeitando as normas escolares.

Função do Aluno Representante:

• Representar a turma perante a Direção do Colégio, Equipe pedagógica,

Professores e Pais;

• Procurar manter a ordem em sala de aula, na ausência do Professor;

• Auxiliar os Professores sempre que solicitado, auxiliando na organização da

sala, do quadro,asseio da sala e na disciplina da turma;

• Anotar e afixar no mural da sala de aula os dias de avaliações e datas de

provas e recuperação;

• Saber ouvir e interpretar as reivindicações dos colegas e professores;

• Repassar às turmas: recados e informações quando solicitados pela Direção

ou Equipe Pedagógica;

• Orientar para que os colegas compareçam uniformizados na escola;

• Ser exemplo de comportamento e assiduidade na entrega de trabalhos para

poder cobrar as mesmas atitudes da turma;

• Relembrar e cobrar o que consta no regulamento interno do Colégio;

• Zelar pelo Colégio e suas instalações, material didático, livros da escola e

infra estrutura em geral, cobrando isso dos colegas;

• Anotar e encaminhar as reivindicações de alunos aos professores e Equipe,

bem como de professores aos alunos;

• Cooperar na manutenção e higiene no ambiente do Colégio;

70

• Estimular a turma quanto a participação nos projetos da escola bem como na

disciplina em sala de aula;

• Promover a integração da turma, evitando a formação de grupinhos paralelos

dentro e fora da sala de aula;

• Avisar imediatamente a Equipe Pedagógica quando da falta de um Professor;

4 MARCO OPERACIONAL

71

A escola é um espaço permeado por muitos desafios que necessitam ser

superados gradativamente. Por isso é necessário que o projeto pedagógico seja um

meio para conhecer a realidade, fazer julgamento sobre essa realidade, bem como

ser espaço de tomadas de ações para melhoria da qualidade da educação.

É fundamental que ações tomadas sejam pelo coletivo escolar, a fim de

direcionar e atender as necessidades da comunidade escolar. A implementação de

um Projeto Político Pedagógico centrado no aluno, visando à melhoria do

desenvolvimento humano é ponto fundamental para garantir essa qualidade.

4.1PLANO DE AÇÃO

GESTÃO DEMOCRÁTICA

Reflexão Desafios Público Alvo

AÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVE

LA SEREM REALIZADAS

As informações pertinentes à escola são disponibilizadas a toda a comunidade escolar?

As informações são disponibilizadas, porém um dos maiores desafios é atrair a comunidade escolar para que esta seja participativa de maneira permanente no processo educacional.

Comunidade Escolar

Propiciar a participação mais efetiva dos pais e/ou responsáveis, utilizar meios diferenciados de divulgação das ações realizadas pela escola, continuação das edições do jornal do colégio, atualização semanal do site e das mídias sociais, e elaboração de projetos vinculados a área de esportes, literatura e tecnologia.

Anual

Equipe Diretiva e Pedagógica, Administrativa, Corpo Docente, Coordenadores e voluntários da comunidade escolar.

Há Há Comunida Conscientização, Anual Equipe

72

participação atuante das Instâncias Colegiadas na escola?

participação parcial sendo o maior desafio a presença efetiva da comunidade escolar nas ações desenvolvidas.

de Escolar e membros das instâncias colegiadas.

divulgação, motivação e promoção da interação dos membros com as instâncias colegiadas, estabelecendo assim vínculos com a instituição para que estes permaneçam nela. Criação do Grêmio Estudantil.

com reuniões mensais ou trimestrais a serem definidas pelo coletivo.

Diretiva e Pedagógica, Corpo Docente, Comunidade Escolar.

Estudantes, pais, mães ou responsáveis legais participam ativamente da escola?

Parcialmente, enfrenta-se diariamente a falta de comprometimento de alguns responsáveis na participação da vida escolar de seus filhos.

Pais e/ou Responsáveis

Realizar atividade que resgatem a participação dos pais e/ou responsáveis junto a escola, manter contínuo contato com os responsáveis através de bilhetes, mídias, ou quando necessário convocações para reuniões.

AnualEquipe Diretiva e Pedagógica

A comunidade escolar participa da definição da utilização dos recursos financeiros destinados á escola?

Parcialmente, pois a comunidade não demostra ter conhecimento e interesse nos recursos financeiros que são destinados a instituição.

Comunidade Escolar

Reuniões de orientação e divulgação para a comunidade sobre a legislação da destinação de recursos, abrindo espaço para sugestões de utilização destes recursos.

Anual

Equipe Diretiva e Membros da APMF

73

PRÁTICA PEDAGÓGICA

ReflexãoDesafios

PÚBLICO ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS

CRONOGRAMA

RESPONSÁVEL

Sim. Dentre os desafios está a continuidade em caso de substituições, a união de teoria e prática e a definição de um momento para leitura e estudo.

A Proposta pedagógica curricular (PPC) é definida e conhecida por todos?

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Ações de comprometimento com o PPC, acompanhamento da prática do professor pela Equipe pedagógica, e criação de momentos de discussão e debates.

AnualEquipe Pedagógica

Os docentes elaboram e cumprem o que está pevisto no PTD?

Sim. Porém tem sido um desafio elaborá-lo de acordo com a realidade e a necessidade da escola.

Equipe Pedagógica, Corpo Docente e alunos

Priorização do acompanhamento pedagógico constante para orientação do PTD, análise, reflexão, seleção e aplicação.

Trimestral

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Há contextualização dos conteúdos disciplinares?

O desafio é tornar a contextualização interdisciplinar fazendo o aluno relacionar as disciplinas e situações vivenciadas. A falta de recursos didáticos.

Professores, equipe pedagógica e alunos.

Dinamizar as reuniões de planejamento possibilitando as trocas de ideias e construção de estratégias entre os docentes de mesma série porém de disciplinas diferentes.

Trimestral

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Há variedades de estratégias e recursos de ensino-aprendizagem

Há variedade de estratégias porém

Professores.

Conhecimento dos recursos estratégico didáticos. Solicitação de recursos financeiros para

Anual Equipe Diretiva

74

utilizados pelos docentes?

falta material de apoio.

aquisição de material.

Há atendimento Educacional Especializado/AEE

Adaptação curricular para os alunos

Alunos

Cursos de capacitação constantes para os professores, equipe pedagógica e demais membros da escola. Diagnóstico e encaminhamento. Materiais e atividades diferenciados.

Durante todo o ano letivo

Secretaria de Educação, Núcleos Regionais de Educação, Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica e Corpo Docente.

As questões socio-educacionais são consideradas nas práticas pedagógicas?

São consideradas porém ainda encontra-se desafios pela super lotação das salas e a indisciplina de alguns alunos.

Equipe Pedagógica, Corpo Docente e alunos

Intervenção permanente por parte da Equipe Pedagógica com divisão de tarefas e cronograma de atendimento. Participação efetiva da família.

Diário

Equipe Diretiva e Pedagógica,Corpo Docente, Pais.

AVALIAÇÃO

Reflexão DESAFIOS PÚBLICO ALVO

Ações a serem

realizadasCRONOGRAMA RESPONSÁV

EL

É realizado o acompanhamento periódico e contínuo do processo de aprendizagem dos alunos e promovida a recuperação paralela, se necessária, pelos docentes ?

Sim. O desafio a conscientização dos alunos da importância do aprendizado.

Alunos

Conscientização dos alunos através de conversas, propiciar a recuperação de conteúdos por meio de aulas e atividades de revisão.

Trimestral/ anual

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Há diversificação

Sim, porém há falta de

Alunos Aquisição de materiais e

Durante todo o período

Equipe Pedagógica

75

dos instrumentos de avaliação dos alunos, considerando as

materiais de apoio e instrumentos que atendam as necessidade

instrumentos para trabalhar com as diferentes metodologia

letivo e Corpo Docente

São utilizados os indicadores oficiais de avaliação das escolas e redes de ensino para (re)planejamento da prática pedagógica?

Sim. Buscar a melhora dos índices através do trabalho da equipe.

Professores e alunos

Rever a metodologia de ensino e ação, tendo como base os indicadores para melhora das ações e planejamentos.

Durante todo o período letivo

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Há formas de avaliação da atuação dos profissionais da escola?

Sim. O desafio é verificar se os profissionais estão atendendo as solicitações elencadas pela instituição

Professores

Verificação do desempenho dos profissionais pela Equipe Diretiva

Anual/Semestral

Equipe Diretiva

Há inserção dos alunos no mundo do trabalho? (para os colégios com Educação profissional)

Não Equipe Escolar

Estabelecer alianças com outras instituições e proporcionar cursos técnicos

ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

76

REFLEXÃO DESAFIOS

PÚBLICO ALVO

AÇÕES A SEREM REALIZADAS

CRONOGRAMA

RESPONSÁVEL

Há abandono da escola pelos alunos? O documento Caderno do Programa Combate ao Abandono Escolar é conhecido e suas orientaçãoe são efetivadas?

Há abandono dos alunos durante o período letivo e o caderno do Program é parcialmente conhecido.

Alunos, pais e/ou responsáveis

Criação de um projeto que envolva os representantes de turma, onde estes auxiliem na detecção de possíveis abandonos. Trabalho de consientização com pais e alunos. Fazer com que o Caderno torne-se prática cotidiana no ambiente escolar.

Mensal/ sempre que houver necessidade

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

Há formas de acolhimento e de recuperação de conteúdos para os alunos que retornam do abandono?

Sim. O desafio é o tratamento diferenciado que deve ser dado a estes alunos para recuperação do conteúdo perdido.

Alunos, pais e/ou responsáveis

Elaborar atividades e proporcionar meios para que o aluno retome os conteúdos, com reavaliação.

Durante o período letivo sempre que houver necessidade.

Equipe Diretiva, Pedagógica e Corpo Docente

A escola tem formas de atender aos alunos com defasagem de aprendizagem?

Sim. Porém as salas de recurso e apoio apresentam limites no número de alunos, e poucos recursos materiais, por vezes a permanênc

alunos Fazer avaliação de aluno com defasagem para melhor atendimento deste. Buscar parcerias com o setor privado para cursos e qualificações, para auxiliar a inserção destes no mercado de trabalho.

Durante o período letivo

Equipe Pedagógica e Corpo Docente

77

ia destes também torna-se

A escola propõe formas de melhorar a qualidade de ensino e a taxa de aprovação?

Sim, através de retomadas de conteúdos e reavaliações. O desafio é manter os alunos motivados durante todo o ano letivo.

professores

Retomada de conteúdos, reavaliações.

Durante todo ano letivo

Profesores, alunos, responsaveis

AMBIENTE EDUCATIVO

REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO

AÇÕES CRONO-

RESPONSÁVEL

AÇÕES A SEREM REALIZADAS

GRAMA

(QUANDO FAZER)

O ambiente da escola é cooperativo e solidário?

Um dos grandes desafios e a participação da comunidade e o apoio dos responsáveis

Toda a equipe escolar e comunidade

Proporcionar um ambiente onde haja mais a participação da comunidade e dos próprios pais, elaborar projetos.

Durante todo ano letivo

Toda equipe escolar e a comunidade

Há comprometimento entre professores, alunos e pais?

Envolver ainda mais a participação dos pais.

Toda equipe escolar

Desenvolver projetos que atraiam a participação dos pais.

Durante todo ano letivo

Toda equipe escolar e a comunidade

78

Há respeito entre todos na escola?

SimTodo o colegiado

Proporcionar encontros com o colegiado, para momentos de debates e levantamentos.

Durante todo ano letivo

Equipe Pedagogia e Direção

Há discriminação ou preconceito evidenciado na escola?

NãoTodo o colegiado

Debater assuntos voltados a atos e preconceitos com alunos, membros da escola e comunidade.

Durante todo ano letivo

Toda equipe escolar e a comunidade

A disciplina existente no espaço escolar permite a atenção necessária aos processo de ensino e aprendizagem?

Na medida do possível sim

Toda equipe escolar

Enfatizar as necessidades escolares

Durante todo ano letivo

Toda Equipe Escolar

FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)

REFLEXÂO DESAFIOS

PÚBLICO ALVO

AÇÕES CRONO-RESPONSÁ

VEL(O QUE FAZER) GRAMA

(QUANDO FAZER)

Todos os profissionais da escola participam da Semana Pedagógica?

SimToda equipe escolar

As formações poderiam abranger mais o cotidiano escolar e ter a possibilidade de ramificar novos conhecimentos em conjunto com outras instituições e profissionais.

Durante todo ano letivo

Equipe escolar, núcleo regional.

Todos os profissionais da escola participam da Formação em Ação?

SimToda equipe escolar

Formações práticas, com trocas de conhecimento entre instituições se profissionais.

Durante todo ano letivo

Equipe escolar, núcleo regional.

79

A hora atividade é utilizada para cumprir seus objetivos, segundo a legislação?

SimToda equipe escolar

Durante esse período poderia ser desenvolvido projetos e estudos posteriores.

Durante todo ano letivo

Equipe escolar, núcleo regional.

Há equipe multidisciplinar atuante na escola?

Sim

Equipe escolar e comunidade

Poderia ser desenvolvido um trabalho voltado a multidisciplinariedade durante todo ano letivo.

Todo ano letivo

Toda a Equipe Escolar

Os estudos de Formação do professor PDE revertem em ações relevantes para a escola?

Sim ProfessoresEnvolver os professores e os alunos

Todo ano letivo

Professores e Equipe escolar

Os materiais disponíveis no portal da SEED são utilizados na formação dos professores?

Sim Professores

Material mais dinâmico e trocas de conhecimentos entre instituições e profissionais.

Todo ano letivo

Equipe escolar, núcleo regional

A formação do professor especialista em Educação Especial ocorre de forma colaborativa com os professores das disciplinas?

Sim Professores

Efetivar a troca de experiência que já existe a todos os membros da escola

Todo ano letivo

Professores e Equipe escolar

80

4.2INSTÂNCIAS COLEGIADAS

• Equipe multidisciplinar- Possibilitar a implementação das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a educação das Relações Ético- Raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. Bem como as Leis

nº 10.639/03 e nº 11. 645/08 no ambiente escolar.

• Conselho escolar – Participar efetivamente da resolução dos problemas

cotidianos da escola; Organizar um cronograma de reuniões periódicas para

que o conselho possa participar as ações da escola.

• Conselho de classe- Estudar e interpretar os dados da aprendizagem dos

alunos relacionando com o trabalho do professor, de acordo com o

plano de trabalho docente (PTD); Acompanhar e aperfeiçoar o processo

de aprendizagem dos alunos; evitando comparação dos alunos entre si;

Pensar a prática pedagógica voltadas para ações com objetivo

melhorar a qualidade na relação ensino aprendizagem.

• APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários – Ações a serem

realizadas: Desenvolver as ações previstas no estatuto da APMF; Envolver

os pais, alunos, funcionários e professores nas decisões a serem tomadas;

Administrar a cantina do colégio; Promover integração e participação da

família na vida escolar, através de palestras, seminários, etc; Fazer a

prestação de contas periódicas.

• Grêmio Estudantil - Estruturação de grêmio. Eleições para escolher os

representantes de turma; organizar uma capacitação sobre as funções e

importância do Grêmio Estudantil na escola para os alunos representantes

de turma e alunos interessados para posteriormente realizar a eleição com

alunos conscientes das suas responsabilidades.

4.3 O TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE

A ação pedagógica que leve à produção do conhecimento e que busque formar

um sujeito crítico e inovador precisa enfocar o conhecimento como provisório e

81

relativo, se preocupando com a localização histórica de sua produção. Precisa

estimular a análise, a capacidade de compor e recompor dados, informações e

argumentos. Considerando que a o trabalho docente visa modificar no ser humano

aquilo que é suscetível de educação, levando em conta a atividade humana

transformadora, a partir das relações econômicas e históricas, ou seja, concebe o

aluno como sujeito ativo do próprio conhecimento, ser social historicamente

determinado, indivíduo concreto (Libâneo, 1986).

Para que a prática pedagógica torne-se efetiva, os professores deverão

acreditar que os alunos são capazes de estabelecer relações dialógicas nas quais

possam realizar um trabalho coletivo, participativo, criativo e transformador na

construção de um mundo melhor e competente. Por sua vez, os desafios da prática

pedagógica são cada vez maiores e mais complexos na sociedade contemporânea.

Para tanto propõem-se sugestões para uma prática pedagógica capaz de melhorar

as condições do ensino aprendizagem, para isso é necessário:

• Organizar atividades diferenciadas, de eventos que busquem criação,

projetos desafiadores que provoquem enfrentamento, diálogo com autores e

construção própria.

• Reconhecer o aluno como um todo e como sujeito de sua própria

aprendizagem.

• Reduzir o espaço das aulas teóricas, procurando utilizar o maior tempo para

a pesquisa, a busca de informações para instrumentalizar a construção de

atividades e produções próprios.

• Envolver o aluno em trabalhos coletivos bem preparados, com

responsabilidades definidas e produção individual e de grupo.

• Valorizar as produções próprias dos alunos, a construção coletiva, a

apresentação de textos.

• Utilizar a informática, multimídia e os meios de telecomunicações com os

recursos disponíveis no complexo escolar.

• Promover seminários, discussões coletivas, nas proposições de grupo,

instrumentalizando a vivência do voto e do consenso como recursos para

domadas de decisões do coletivo, promovendo o exercício efetivo de

82

cidadania.

• Utilizar os recursos da comunidade, a experiência vivenciada dos alunos, dos

pais e dos professores.

• Incentivar que os alunos pesquisem, estudem, discutam de forma critica, e

façam o uso da biblioteca e dos laboratórios para buscarem informações.

• Problematizar e apontar a utilização dos conteúdos trabalhados em sala de

aula.

5 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico no processo de sua construção, contou com a

participação do APMF em muitos de seus momentos para discutir e apresentar

propostas para melhorar a parte de material didático de apoio, para o trabalho dos

professores, bem como a realização de melhorias na sala de vídeo, de informática,

biblioteca, aquisição de rádios, DVD, jogos e outros. O Conselho escolar participou

na construção do Projeto Político Pedagógico, convocando os pais para reuniões,

fazendo reuniões com os alunos e professores. O Conselho de Classe também

participou através de encontros por disciplinas para elaboração do Currículo, na

indicação de alunos para a sala de apoio e recursos, na elaboração do regulamento

interno.

O Projeto político Pedagógico pode sofrer alterações ao longo de sua

execução, portanto conta com a ajuda dos colegiados que compõe a escola para

fazerem as mudanças necessárias a qualquer tempo ou época. Isto porque a

avaliação do Projeto político Pedagógico é contínua e ao ser elaborado, alguns

aspectos podem não ter sido contemplados como deviam, portanto receberão a

interferência para ajustá-lo às necessidades decorrentes.

5.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O trabalho interno é avaliado pelos Órgãos Escolares, considerando os

83

seguintes aspectos:

• Se o projeto está de acordo com a realidade escolar;

• Se está vinculado aos aspectos políticos e sociais;

• Propõe-se alternativas de ação e momentos de criação;

• Se assegura o acesso e a permanência de alunos provenientes das classes

trabalhadoras;

• Se assegura aos alunos a apropriação de conhecimentos científicos, sociais e

tecnológicos resultantes de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, M. A. FERREIRA, N. S. C. Gestão da Educação: Impasses, Perspectivas

e Compromisso, 2ª ed, São Paulo: Cortez, 2001.

LUCK, H. A Escola Participativa: O Trabalho do Gestor Escolar, Rio de Janeiro: DP

& A, 1998.

_________. A Dimensão Participativa da Gestão Escolar, Revista Gestão em

Rede, Agosto de 1998.

VEIGA, I.P.A. Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível,

4ª ed, Campinas: Papirus, 1997.

AGUIAR, M. A. FERREIRA, N. S. C. Gestão da Educação: Impasses, Perspectivas

e Compromisso, 2ª ed, São Paulo: Cortez, 2001.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, Brasília,

1996.

FERREIRA, M.E.C. GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva, Rio de Janeiro.

FRANCO, L.A.C. A Disciplina na Escola, CENAJOR/MEC.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

VASCONCELLOS, Celso dos S. Relação Escola-Família: da Discussão à Interação

Educativa, in Revista da AEC: 75-86, out/dez/94. Brasília: AEC, 1994.

84

VASCONCELLOS C.S. Concepção do Conhecimento Pedagógico em Sala de

Aula, Caderno Pedagógico nº 2, São Paulo: Liberdade, 1993.

URKHEIM, Emile. (1973). Educación y Sociología. Buenos Aires, Editorial Shapire.

IDALBEN, A. I. L. de F. Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão

pedagógica da escola. São Paulo: Papirus, 2004. Coleção magistério: Formação e

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LIBÂNEO J. C. Democratização da Escola Publica. A Pedagogia crítico social dos

conteúdos. São Paulo , Loyala . 1986.

___________. Didática. São Paulo, Cortez, 2008.

___________ Adeus, Professor, Adeus Professora! – Novas Exigências

Educacionais e Profissão Docente –Cortez, 2002

SAVIANI ,D. Pedagogia histórico -critica. Primeiras aproximações. Campinas,

10ed. 2008

SACRISTÁN, J. G. O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. Trd. Ernani Fda F.

Rosa, Porto Alegre: Artemed, 2000

SOARES, M. Alfabetização no Brasil: O estado do conhecimento. Brasilia:

inep,1991

__________. Letramento: um tema em três gêneros. Belo horizonte. Autentica,

1998

____________. Letramento e Alfabetização: As muitas Facetas (trabalho

apresentado na 26ª reunião anual da associação nacional de Pós graduação e |

Pesquisa em Educação- Poços de calda, 2003).

85

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

O colégio Lindaura enquanto escola publica do Estado do Paraná tem seu

currículo elaborado de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica,

emanadas pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná, qual tendo

suas bases em um currículo disciplinar.

O colégio entende como sua função enquanto instituição escolar oportunizar aos

alunos o conhecimento científico e sistematizado de forma em que os alunos

possam refletir sobre sua pratica enquanto cidadão.

6.1. MATRIZ CURRICULAR DO COLÉGIO LINDAURA RIBEIRO LUCAS

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415 / COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/ 9º ANOTURNO: MANHÃ MODULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017 FORMA : SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9ºARTE 2 2CIENCIAS 3 3EDUCAÇÃO FISICA 2 2ENSINO RELIGIOSO 0 0GEOGRAFIA 3 3HISTÓRIA 3 3LINGUA PORTUGUESA 5 5MATEMÁTICA 5 5L.E.M- INGLÊSTOTAL C.H. SEMANAL 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMETAL

86

NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO :4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/ 9º ANOTURNO: TARDE MODULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017 FORMA : SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9ºARTE 2 2 2CIENCIAS 3 3 3EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2ENSINO RELIGIOSO 1 1 0GEOGRAFIA 2 3 3HISTÓRIA 3 2 3LINGUA PORTUGUESA 5 5 5MATEMÁTICA 5 5 5L.E.M. - INGLES 2 2 2

TOTAL C.H. SEMANAL 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

MATRIZ CURRICULAR DO ESINO MÉDIO

NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAISESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFMENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201TELEFONE: 41 33825641ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO : ENSINO MÉDIOTURNO: MANHÃ MODULO:40 SEMANAS

87

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ ANOS 1º 2º 3ºARTE BNC 2 2BIOLOGIA BNC 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 2 2 2FILOSOFIA BNC 2 2 2FÍSICA BNC 2 2 2GEOGRAFIA BNC 2 2 2HISTÓRIA BNC 2 2 2LINGUA PORTUGUESA BNC 2 3 4MATEMÁTICA BNC 3 2 3QUÍMICA BNC 2 2 2SOCIOLOGIA BNC 2 2 2L.E.M - INGLÊS PD 2 2 2L.E.M – ESPANHOL* PD 4 4 4

TOTAL DA CARGA HORÁRIA SEMANAL 29 29 29 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

*opcional par ao aluno e computada na carga horária da matriz curricular

MATRIZ CURRICULAR DO ESINO MÉDIO

NRE:03 AREA METROPOLITANA SUL MUNICÍPIO: 2570 SÃO JOSE DOS PINHAIS

ESTABELECIMENTO: 01415/ COL. EST. PROFª LINDAURA RIBEIRO LUCAS - EFM

ENDEREÇO: RUA OCTAVIO CIM, 2201

TELEFONE: 41 33825641

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO : ENSINO MÉDIO

TURNO: NOITE MODULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2017

DISCIPLINAS/ ANOS 1º 2º 3º

ARTE BNC 2 2BIOLOGIA BNC 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA BNC 2 2 2

88

BASE NACIONAL

COMUM

FILOSOFIA BNC 2 2 2FÍSICA BNC 2 2 2GEOGRAFIA BNC 2 2 2HISTÓRIA BNC 2 2 2LINGUA PORTUGUESA BNC 2 3 4MATEMÁTICA BNC 3 2 3QUÍMICA BNC 2 2 2SOCIOLOGIA BNC 2 2 2L.E.M - INGLÊS PD 2 2 2L.E.M – ESPANHOL* PD 4 4 4

TOTAL DA CARGA HORÁRIA SEMANAL 29 29 29 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

*opcional par ao aluno e computada na carga horária da matriz curricular

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Colégio Lindaura Ribeiro Lucas

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: São José Dos Pinhais NRE: Área Metropolitana Sul

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2013 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/.1610 HORAS ou 1920/1932 H/A

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336ARTE 94 112LEM - INGLÊS 213 256EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112MATEMÁTICA 280 336CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

89

HISTÓRIA 213 256GEOGRAFIA 213 256ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Lindaura Ribeiro Lucas

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Jose dos Pinhais NRE: Area Metropolitana Sul

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2013 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aulaLÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

90

* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

7. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL

7.1 ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR

Breve percurso histórico

Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes

Curriculares Educacionais.

Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 paragrafo 2º: “O Ensino

de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da

Educação Básica, de forma

a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.

E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento

ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.

Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é

importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do

tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o

direito ao acesso a esse saber.

Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de

conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as

comunidades escolares.

Conhecimento em Arte

91

Para as aulas de Arte é necessário antes de tudo a compreensão de que a

Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto

tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e

historicamente construída pela Humanidade.

Neste sentido a abordagem de seus conteúdos devem apresentar uma

unidade. Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de

conteúdos para fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.

Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico

articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica

seguirá os três momentos pedagógicos da proposta triangular e as orientações

metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Pelo que já foi exposto acerca da disciplina de Arte sua história e importância,

os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao

Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.

Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico

prático fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática

deverá ser encaminhada tento pelo próprio objetivo como agente norteador, como

também através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o

apropriado recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas

desejadas e explicitadas no Projeto Político Pedagógico.

A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:

Objetivos Gerais

• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos

da Escola;

• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para

encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como

92

as DCEB-Pr;

• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes

linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);

• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas,

através de atividade sensibilizantes;

• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão

de conhecimento;

• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade

como forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de

manifestação social;

• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e

compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;

• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e

relacionamento social.

CONTEÚDOS DE ENSINO

ARTE VISUAL

6º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos forma: Ponto, Linha , Textura,

Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.

Composição

• Composições: Bidimensional, Figurativa, Simétrica, Geométrica.

• Introdução a Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura...

• Introdução aos Gêneros de Composição e Gênero Mitologia.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características das Artes:Grego Romana, Africana, Oriental e Pré

Histórica;

93

7º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Ponto, Linha ,

Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.

Composição

• Composições e elementos: Tridimensional, Figura e Fundo, Abstrata,

Perspectiva.

• Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura

• Gêneros de Composição: Paisagem, Retrato e Natureza Morta.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características das Artes: Indígena, Popular, Brasileira,

Paranaense, Renascimento e Barroco, Arte Africana: aprofundamentos.

8º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento dos fundamentos dos elementos formais: Ponto, Linha,

Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.

Composição

• Elementos de composição: semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual,

Deformação.

• Técnicas de Composição: Desenho, Fotografia, Áudio Visual.

• Gêneros de Composição: Paisagem, Retrato e Natureza Morta.

Movimentos e Períodos

Elementos e características das Artes: Arte no Século XX, Contemporânea,

Arte Africana: aprofundamentos.

Introdução elementos da A Industria Cultural.

9º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento e utilização dos fundamentos dos elementos formais:Ponto,

Linha , Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.

94

Composição

• Aprofundamentos dos elementos de composição: Bidimensional,

Tridimensional, Ritmo Visual, Figura e Fundo.

• Técnicas de Composição: Desenho, Fotografia, Áudio Visual.

• Gêneros de Composição: Paisagens Urbanas, Cenas do Cotidiano.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características das Artes: Realismo, Vanguardas, Muralismo,

Arte Latino Americana, Hip Hop. Arte Africana: aprofundamentos.

• Introdução elementos da A Industria Cultural.

MÚSICA

6º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia.

• Escalas: Diatônica, Pentatônica e Cromática.

• Improvisação.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Música: Grega Romana, Oriental, Ocidental,

Africana.

7º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,

Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia e Escalas.

95

• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.

• Técnicas: vocal, instrumental e mista

• Improvisação.

Movimentos e Períodos

• Aprofundamentos dos elementos da Música:Popular e Étnica (Oriental,

Ocidental, Africana).

8º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,

Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia e Harmonia.

• Composição: Tonal, Modal e fusão de Ambos

• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.

• Técnicas: vocal, instrumental e mista

Movimentos e Períodos

• Elementos da Música: Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno.

9º ano

Elementos Formais

• Aprofundamento aos fundamentos dos elementos formais: Altura, Duração,

Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia e Harmonia.

• Aprofundamentos aos Gêneros Musicais: Popular, Folclórico, Étnico, e

Africano..

• Técnicas: vocal, instrumental e mista

Movimentos e Períodos

96

• Elementos da Música: Engajada, Música Popular Brasileira,

Contemporânea.

TEATRO

6º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Personagem

(Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Elementos da Composição: Enredo, Roteiro, Espaço Cênico e Adereços.

• Introdução as Técnicas de composição: Jogos, Teatro Direto e

Indireto,Improvisação, Manipulação, Máscara.

• Introdução aos Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia e Circo.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características do teatro: Grego-romano, Oriental, Medieval e

Renascentista, Teatro Africano.

7º Ano

Elementos Formais

• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem

(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Representação e Leitura Dramática.

• Elementos de Cenografia.

• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Mímica, Improvisação, Formas

animadas.

• Introdução aos Gêneros Teatrais: Rua e Arena e Caracterização.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características do teatro: Comédia Dell'Arte, Popular, Brasileiro,

97

Paranaense, Teatro Africano.

8º ano

Elementos Formais

• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem

(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Representação no Cinema e Mídias

• Texto Dramático, Maquiagem, Sonoplastia, Roteiro.

• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Sombra, Adaptação cênica.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características do teatro: Indústria Cultural, Impressionismo,

Realismo e Cinema Novo.

9º ano

Elementos Formais

• Aprofundamentos dos fundamentos dos elementos formais: Personagem

(Expressões: Corporal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Elementos de composição: Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.

• Dramaturgia

• Introdução e Técnicas de composição: Jogos, Monólogos, Direção, Ensaio,

Teatro-Fórum.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características do teatro: Teatro Engajado, Teatro do oprimido,

Teatro do Pobre, Teatro do Absurdo, Vanguarda

DANÇA

6º ano

98

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,

Tempo, Espaço

Composição

• Elementos de composição: Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos

Articulares, Fluxo, Rápido e Lento, Formação, Deslocamentos, dimensões.

• Técnicas de composição: improvisação

• Gêneros de dança: Circular.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Dança:

• Pré Histórica, Greco-Romana, Renascentista, Clássica.

7º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,

Tempo, Espaço

Composição

• Elementos de composição: Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e

Queda, Peso, Fluxo, Lento, Rápido e moderado, níveis, formação, Direção.

• Técnicas de composição: improvisação

• Gêneros de dança: Folclórica, popular e Étnica.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Dança: Dança Popular, Brasileira, Africana,

Indígena.

8º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,

Tempo, Espaço

Composição

• Elementos de composição: Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e

99

desaceleração, Direções, Improvisação Coreografia, Sonoplastia

• Gêneros de dança: Indústria Cultural e Espetáculo.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Dança: Hip Hop, Músicas, Expressionismo,

Indústria Cultural, Dança Moderna.

9º ano

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,

Tempo, Espaço

Composição

• Elementos de composição: inesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas,

Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão, Coreografia, Deslocamento

• Gêneros de dança: Performance e Moderna

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Dança: Vanguarda, Dança Moderna, Dança

Contemporânea.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Com base a proposta triangular de Ensino de Arte e as sugestões de

encaminhamentos metodológicos sugeridos pela DCEB-Pr, as aulas de Artes deve

priorizar:

• Teorizar;

• Sentir e perceber;

• Trabalho artístico.

Partindo deste princípio metodológico norteador, a metodologia contribui com

o desenvolvimento cultural do aluno, valorizando a essência da Arte como campo de

conhecimento.

“Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da

produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também

100

formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades

contemporâneas. ”(DCEB-PR. p.72).

Os múltiplos meios utilizados pelas formas artísticas, tendo em vista as quatro

áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental devem ser usadas

nas práticas dos professores.

A prática pedagógica deverá partir da análise e produção de trabalhos

artísticos relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:

• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções arquitetônicas.

Então para reforçar a os fundamentos teórico-metodológicos o professor ao

preparar as aulas, considere para quem elas serão ministradas, como, por que e o

que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa

forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da

organização pedagógica:

•Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte (DCEB-PR, p 70).

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E

RECUPERAÇÃO

A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto

diagnóstica, processual contínua e acumulativa.

101

De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do

desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção

do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um

projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento

do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando

alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara

e disponibilizados aos alunos.

“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).

REFERÊNCIAS

MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de

Arte – A língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

7.2 CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

A disciplina de ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma

abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizadas os

conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos

fenômenos naturais, assim como articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade

102

e as implicações daí decorrentes.

Desde a pré história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais,

seja no céu, animais e plantas, criou instrumentos e técnicas de observação ao

longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.

A ciência provocou que os avanços científicos determinam o crescimento eu

desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que

houvesse melhora nas condições de vida no planta. Apesar constituir um

conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é

científico do senso comum.

É uma disciplina com construção humana coletiva do qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A Comunidade cientifica sofre a influencia do

contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para

formação da cidadania na medida em que favorece a participação dos alunos na

vida comunitária.

Portanto a sociedade está exigindo um questionamento maior dos indivíduos

sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que

envolvem as relações entre Ciência, ser humano e Ambiente.

O conhecimento e a valorização da diversidade biológica como um bem a ser

respeitado e preservado podem contribuir para que se busquem atitudes e

interações harmônicas co m a natureza e o meio ambiente e também ajudar a

desenvolver a tolerância à diversidade entre os seres humanos, condição para

apreciar a pluralidade cultural.

O conhecimento científico é um bem coletivo que integra nossa cultura e

marca fortemente o modo como interagimos com a natureza e como resolvemos

nossos problemas.

Fazer com que os alunos reflitam e atuem no desenvolvimento sustentável

que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. È o

desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

103

Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental são elaboradas

para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo

e atuar como indivíduos e como cidadãos, utilizando os conhecimentos de natureza

científica e tecnológica.

Dessa forma, o ensino de ciências deverá estar organizado para que o final

do ensino fundamental, o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico a ser o ser humano, em

sociedade como agente e paciente de informações do mundo em que vive,

em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

• Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a

importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental:

• Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar

as condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as praticas

tecnológicas envolvidas em qualquer circunstancia

• Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o

novel de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de

atendimento a população;

• Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade, do interesse, da

mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que

o aluno estabeleça relações entre o mundo natural ( conteúdo da ciência), O

mundo construído pelo homem ( tecnologia), e seu cotidiano ( Sociedade)

• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável;

• Preparar o estudante para cidadania no sentido holístico, aprimorando-o

como ser humano solidário e consciente;

• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração

entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,

coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões de

relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da

104

preservação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir

da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do

currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de

especialização do seu objeto de estudo e ensino ( Lopes, 1999).

A seleção dos conteúdos de ensino de ciências deve considerar a relevância

dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a

constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo,

bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo

assim, os conteúdos de ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

ciências de referências: Biologia, física,,química, geologia, astronomia, entre outras.

Propõem-se então, para disciplina de ciências cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas biológicos

• Energia

• Biodiversidade

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano

• Universo

• Sistema solar

• Movimentos terrestres

• Movimentos celestes

• Astros

• Constituição da matéria

105

• Níveis de organização dos sistemas biológicos

• Formas de energia

• Conversão de energia

• Transmissão de energia

• Organização dos seres vivos

• Ecossistemas

• Evolução dos seres vivos

7º ano

• Astros

• Movimentos terrestres

• Movimentos celestes

• Constituição da matéria

• Célula

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos

• Formas de energia

• Transmissão de energia

• Origem da vida

• Organização dos seres vivos

• Sistemática

8º ano

• Origem e evolução do universo

• Constituição da matéria

• Célula

• Morfologia e fisiologia dos ser vivos

• Formas de energia

• Evolução dos seres vivos

9º ano

• Astros

• Gravitação universal

106

• Propriedades da matéria

• Morfologia dos seres vivos

• Mecanismos de herança genética

• Formas de energia

• Conservação de energia

• Interações ecológicas

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da natureza e deve ser estudado a partir de conteúdos

abordados de forma articulada, em um a perspectiva crítica e histórica, considerando

a necessidade de contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de

conteúdos do livro didático.

A ciência deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como uma

construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de alteração.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes ,

dos quais ramificam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a

prática social do aluno.

Para evitar uma abordagem descontextualizadas e fragmentada por série os

conteúdos básicos ser,a trabalhados ao longo do ensino fundamental, respeitando o

nível cognitivo de cada turma, a realidade local, diversidade cultural e as diferentes

formas de apropriação dos saberes pelos educandos.

Os encaminhamentos metodológicos, portanto devem considerar o

dinamismo e a provisoriedade da ciência, cujas práticas e descobertas estão

constantemente sendo substituídas por outras mais modernas. Assim os conteúdos

específicos devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com

outras disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.

O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o

conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente

produzido.

107

O laboratório (desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,

pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,

projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,

conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,

dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre

outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de

repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,

presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a

aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas na instituição

(multimídia).

Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia

de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar

ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.

Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para

abrigar a curiosidade r e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos

conceitos evidencie a importância da montagem do método científico, exigindo o

desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos

fenômenos envolvidos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E

RECUPERAÇÃO

A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a

respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está

aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,

para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.

A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor

com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos

específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o

planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios

de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição

108

dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da

realidade.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da

avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações

e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora

dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços

na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.

Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e

instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a

natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação

real do progresso cognitivo doa alunos

A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº

9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,

com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Diretrizes

Curriculares da Educação Básica, 2008)

REFERÊNCIAS

ANDRRY, M. A. Para compreender a ciência . São Paulo: EDUC, 1998

APPLe, M. W. Ideologia e Currículo. Porto alegre: Artemed, 2006

ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas. São Paulo : Papirus, 1991

LOPES, A. Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: Eduerj,

1999.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

7.3EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.

109

No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas

um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).

A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No

aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades

perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações

sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro

e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,

avaliar e compreender.

Assim contribuindo para a formação completa “física e mental “ , estimulando

o auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física

a criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica

interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel

social.

CONTEÚDOS DE ENSINO

• Cultura corporal

• Cultura corporal e ludicidade

• Cultura corporal e saúde

• Cultura corporal e mundo do trabalho

• Cultura corporal e desportização

• Cultura corporal, técnicas e táticas

• Cultura corporal e lazer

• Cultura corporal e diversidade

• Cultura corporal e mídia

• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro

motoras

• Postura

• Coordenação ampla

• Coordenação fina

110

• Coordenação viso-motora, óculo manual

• Equilíbrio

• Respiração

• Descontração

• Lateralidade

• Organização e orientação espacial

• Organização temporal

• Estruturação espaço temporal

• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo

• Percepção

• Habilidades motoras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o

surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com jogos

populares; experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas;

Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar

efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos

Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos

organizacionais e comportamentais são necessários para o desenvolvimento das

aulas práticas e teóricas desenvolve habilidades de reflexo desenvolve a lateralidade

corporal e coordenação motora ampla prepara para o espírito competitivo se

envolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo desenvolve coordenação

motora desenvolve o espírito cooperativo desenvolve velocidade em espaço

determinado:

• Aprende o jogo como atividade esportiva;

• Participa de atividade física de forma lúdica

111

• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a

formação do homem.

• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que

vive;

• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de tomar

as usas próprias decisões;

• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as suas

fases.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ano

• ESPORTES - coletivos e individuais

• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e

cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.

Jogos sensoriais

• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas, danças de rua

danças criativas, desenvolvimento de formas corporais rítmicos –

expressivas, mímica, imitação, apresentação e vivencias

• GINÁSTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos ,

ginástica artística, ginástica de academia .

• LUTAS – lutas de aproximação Capoeira, jogos de oposição,

• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE

• POSTURA

• HIGIENE CORPORAL

7º ano

• ESPORTES - coletivos e individuais

• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e

112

cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.

Jogos sensoriais

• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas,danças de rua,

dança circular, danças criativas, desenvolvimento de formas corporais

rítmicos – expressivas, mimica, imitação, apresentação e vivencias

• GINÁSTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,

ginástica artística, ginástica de academia.

• LUTAS – lutas de aproximação Capoeira, jogos de oposição,

• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE

• POSTURA

• HIGIENE CORPORAL

8º ano

• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais

• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos e brincadeiras populares, jogos de

tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais. Jogos dramáticos

• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS - danças de rua danças criativas,

danças circulares, vivenciar diferentes ritmos e culturas

• GINASTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,

ginástica artística, ginástica de academia.

• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, jogos de oposição,

• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE

• NOÇÕES DE NUTRIÇÃO

• CONCEITUAÇÃO DA A TIVIDADE AERÓBICA E ANERÓBICA

9º ano

• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais

• JOGOS E BRINCADEIRAS – criação e aplicação de jogos e brincadeiras

populares, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectivos. Jogos

113

dramáticos;

• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças criativas, danças circulares;

• GINASTICA - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,

diferenciação dos tipos de ginástica e vivencias práticas .

• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, jogos de oposição,

• ATIVIDADES FÍSICAS E SAÚDE – importância da atividade física para

manutenção da saúde.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade

• Conteúdo baseado no aluno

• Integração no processo pedagógico

• Visão critica e social

• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)

• Articular experiências de ensino

• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar

• Respeito cultural e ético

• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como : sua origem, sua

evolução, seu contexto atual;

• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o

aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações

ás regras

• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;

• Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e

sem materiais alternativos.

• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro

• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança e

vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,

114

aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica ( ex: saltos,

rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais

nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.

• Estimular a ampliação da consciência corporal.

• Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem

materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos

de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com

a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga esquiva e

golpes.

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação

entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes

esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema

tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e

montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa

(eliminatória simples, dupla, entre outras) analise de jogos esportivos e

confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular

X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o

esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função

social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos

ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática

esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.

• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a

diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a

diversidade da dança e sues diferentes ritmos . Compreender a dança como

mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a

interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da

apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de

danças.

• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos

da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.

Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por

meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da

115

ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre

resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Freqüência cardíaca,

fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,

LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica

pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da

avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e

planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.

• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das

diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela

indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e artes

marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e

estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo.. Ginga.

Confecção de instrumentos, movimentação, roda.

Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,

devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,

materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através da

diversidade cultural e social. É trabalhada de diversas formas.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros

para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido

tornarão o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de

forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse

momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do

processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

116

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja

uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física, propõem

formar sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam

criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao

conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na

sociedade.

Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de

novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior

coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam

coerentes com os objetivos inicialmente definidos.

A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/

aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as

estratégias didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo

contínuo, permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.

São Paulo: Autores Associados, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

117

BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992

KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.

(Coleção educação física).

____________. A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação física.

In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.

Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:

Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez,

1995.

7.4 . ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Temos ao longo da historia o ensino religioso no espaço escolar, como sendo

a religião Católica Apostólica Romana a oficial do Império, era, portanto a que se

ensinava nas escolas.

Por algum tempo era obrigatório, mas aos poucos se tornou facultativo, onde

surgiu o direito a liberdade de culto e expressão religiosa.

Após a nova constituição federal os estudos sobre o Ensino Religioso, sugere

que tome outro caráter superando o de proselitista que marca a disciplina histórica

no ultimo ano (2005) foi aprovado a deliberação que dá novas normas para o Ensino

religioso no sistema estadual de ensino do Paraná.

Assim sendo a disciplina de ensino religioso pretende contribuir para o

reconhecimento e o respeito as diferentes expressões religiosas advindas da

elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes

de cultura sobre o fenômeno religioso. Segundo Castilla uma das tarefas da escola é

a de fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar as condições e melhorar a

convivência entre as pessoas pelo conhecimento.

118

Assim o ensino religioso permitira aos educandos conhecer as várias

manifestações culturais e religiosas em suas relações éticas e sociais, respeitando

os grupos e como se relacionam com o sagrado, e entender a diversidade da nossa

cultura, marcada pela religiosidade.

OBJETIVOS GERAIS

Através da disciplina de Ensino Religioso pretende-se orientar a abordagem e a

seleção dos conteúdos. Nesta perspectiva todas as religiões podem ser tratadas

como conteúdo nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o

universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes

sociedades.

Desta forma o currículo propõe-se a subsidiar os alunos por meio deconteúdos,

à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado

com vista à interpretação dos seus múltiplos significados. Dará aos educandos a

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade

sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrada

CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º ano

• Organização religiosa

• Lugares sagrados

• Textos sagrados

• Símbolos religiosos

119

7º ano

• Temporalidade sagrada

• Festas religiosas

• Ritos

• Vida e morte

METODOLOGIA

Um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho será

necessário, bem mais que forma, métodos, conteúdos ou materiais a serem

utilizados em sala de aula. Assim, uma das inovações propostas é a abordagem dos

conteúdos do Ensino religioso tendo como objetivo de estudo o sagrado.

Interessante é a apresentação de manifestações religiosas pouco ou nada

conhecidas por parte dos alunos para depois apresentar os mais comuns que já

fazem parte do universo cultural da comunidade.

Outra observação necessária é que os conteúdos da disciplina não se

reduzam a manifestações religiosas hegemônicas, impedindo o conhecimento da

diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado.

Neste propósito vale destacar que todos os conteúdos fazem parte do

patrimônio cultural e que a relação pedagógica com os conhecimentos que compõe

o universo sagrado das manifestações religiosas.

A disciplina de Ensino Religioso se pauta por uma visão laica do estudo das

diferentes concepções religiosas ao longo da história da humanidade. O estudo do

desenvolvimento das religiões, aliado ao modo não-dogmático do ensinar, coloca a

disciplina de ensino religioso no âmbito dos saberes mais importantes para o

desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como para a construção de uma

perspectiva de tolerância religiosa em relação às diferentes denominações e práticas

de religiosidade com as quais convivemos.

AVALIAÇÃO

120

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação bem como

não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica

pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina.

Para observar se houve apropriação do conteúdo, pode-se avaliar pela forma

como o aluno se relaciona com o colega de classe de diferentes religiões, se

empregam conceitos adequados, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da

cultura e da identidade de cada grupo social.

Ao sistematizar tais informações o professor poderá planejar a intervenção

necessária no processo ensino aprendizagem, retomando os conteúdos que

apresentam lacuna.

Diante da responsabilidade de que o ato de avaliar exige, tem-se ao avaliar os

alunos indicativos significativos para que o professor realize sua auto-avaliação para

que posteriormente possa se reorganizar dando outro direcionamento ao trabalho

iniciado.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

7.5 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”

121

Milton Santos

A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens

ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,

possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta

perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de

conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões

que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que

participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no

interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente

sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e

agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e

desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais

são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e

SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais e econômicas) inter-relacionados.”

Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos

grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:

“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”. (SANTOS, 1996b, p.51)

122

Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se

como elemento fundamental na formação da observação, analise, interpretação e

criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas

geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a

heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a

velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais

estão cada vez mais globalizados.

É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os

aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma

ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do

corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras

ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência

sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também

descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão

conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.

Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,

seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais

países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço

da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo

produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,

agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,

constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a

humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem

deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

123

formas de abordagem.

Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a

existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao

espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de

pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o

conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades

devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;

• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que

a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;

• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio

do espaço chamado espaço geográfico;

• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação

humana para além da economia;

• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da

natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala

local, regional e global;

• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na

elaboração do espaço geográfico;

• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em

função do uso de novas tecnologias;

• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento

com o meio natural e seus aspectos fisicos;

• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as

124

sociedades:

• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

informações nos diversos campos do conhecimento.

CONTEÚDOS

6º ano

Conteúdos estruturantes

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos

• A importância e o surgimento da Geografia.

• Conceito de lugar: O lugar onde vivemos e os diferentes lugares.

• Relações entre os lugares: meios de comunicação, meios de transportes,

relações culturais e relações econômicas.

• Conceito de paisagem: Formação e transformação das paisagens (paisagens

naturais e humanizadas)

• Elementos da natureza formando as paisagens: relevo, hidrografia, clima,

vegetação e as suas relações.

• Elementos culturais formando as paisagens: cidades e as atividades

econômicas.

• Elementos naturais e culturais formando as paisagens.

• Os lugares e as paisagens no tempo de sociedade e da natureza.

• Natureza, tempo geológico e o tempo histórico: estações do ano, diferenças

climáticas, ações do ventos, das águas, forças internas da Terra.

125

• Espaço geográfico e suas transformações: o trabalho e as atividades

econômicas modificando o espaço.

• Recursos naturais, sociedade e o meio ambiente.

7º ano

Conteúdos estruturantes:

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos

• Território brasileiro: extensão e localização no mundo.

• Paisagens brasileiras e suas transformações.

• Formação territorial do Brasil.

• Os meios de transportes e a integração do território.

• População brasileira: crescimento.

• Pluralidade cultural do povo brasileira e formação étnica da população.

• Transformação demográfica do Brasil.

• Desigualdade social brasileira.

• As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.

• Rural e urbano: espaços que se completam.

• A modernização da agropecuária e o aumento da produtividade no campo.

• Concentração de terras e a questão fundiária no Brasil.

• Regiões brasileiras: conhecendo as diferentes regiões .

• Divisão regional do Brasil.

• Região Centro-Sul: desenvolvimento econômico e industrial, indústria e

urbanização, produção agropecuária e transformação das paisagens e

126

degradação ambiental.

• Região Nordeste: Diversidade, seca no Sertão e seus efeitos e crescimento da

econômica nordestina.

• A Amazônia: Ocupação recente, exploração sustentável da floresta e sua

importância do local ao, global.

8º Ano

Conteúdos estruturantes:

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos

• Conceito de Lugar

• A origem dos continentes

• Placas tectônicas

• Movimentos da crosta

• A formação das paisagens

• Processos naturais

• Grandes paisagens naturais

• Transformação das paisagens

• Transformação do espaço através do trabalho humano

• Técnicas e culturas construindo o espaço

127

• A ação humana e a dinâmica natural

• Mudanças na dinâmica natural do planeta

• Os diversos tipos de poluição

• Efeito estufa

• Chuva ácida

• Consumo humano

• Avanço tecnológico

• Crise ambiental

• Sustentabilidade

• Formas de regionalização do espaço

• IDH regionalização em função do desenvolvimento

• Crescimento econômico e desenvolvimento

• Mundo subdesenvolvido

• Desigualdade interna

• Dependência econômica

• Dependência tecnológica

• Condições de vida, alimentação e saúde

• Mundo desenvolvido

• Supremacia econômica e tecnologia

• Multinacionais

• Qualidade de vida

9º ano

Conteúdos estruturantes:

128

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Dimensão econômica do espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos

Nesta série de acordo com as DCE, os conteúdos serão trabalhados focando a

Europa, Ásia, África e Oceania.

• Localização Geográfica dos países e continentes

• Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos)

• Globalização

• A bipolaridade do século XX

• A nova ordem mundial do inicio do século XXI

• Conflitos mundiais

• Órgãos internacionais

• Neoliberalismo

• Terrorismo

• Políticas econômicas culturais e ambientais

• Novo papel das organizações internacionais

• Redefinições de fronteiras: conflitos – étnico – culturais – políticos –

econômicos – de base territorial

• Circulação da poluição atmosférica

• Chuva acida

• Buraco na camada de ozônio

• Desmatamento

• Formações e conflitos étnicos e religiosos

• Estrutura etária de gênero e etnia da população

129

• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço

geográfico.

• África (economia, política, questões sociais e conflitos)

METODOLOGIA

Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar

sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,

paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da

realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,

desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação

entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade

individual do aluno.

Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os

alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na

universidade como também para a sociedade.

A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,

como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do

conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através

da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local

para o global e vice e versa.

Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os

conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,

musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,

possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o

aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento

empírico.

A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial

deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e

ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais

didáticos disponíveis.

130

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir

não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico

do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e

processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem

observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,

região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de

um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da

geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que

incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,

constitutivas de um determinado espaço.

O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação

de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,

tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de

maquetes, etc.

REFERÊNCIA

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da

O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Cientifico

131

Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São

Paulo: Hucitec, 1996b.

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

7.6 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Nos dias atuais a disciplina de História tem papel fundamental na formação do

educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por meio

do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações são

compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos

históricos e propõem ações no presente. Também deve ser observado que o

conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica

dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história

destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em

quanto sujeito histórico quais são :

• Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,

especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que

integram a história dos povos.

• Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações humanas

praticadas no tempo.

• Através das ações humanas produzirem novas relações que constroem novas

ações humanas.

• Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação de

fatos do passado.

OBJETIVO GERAL

• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocêntrica,

proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias

132

interpretações de um mesmo acontecimento histórico.

• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.

• Praticar a interdisciplinaridade.

Conteúdos estruturantes

6º ano

Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias

• Relações de poder;

• Relações de trabalho;

• Relações culturais;

Conteúdos básicos:

• O homem e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e

periodizações);

• Memórias e documentos familiares, locais e outros;

• O homem e suas relações sociais no tempo (família, Estado, religião, país e

mundo);

• Estudos dos resquícios arqueológicos da humanidade;

• Análise de fontes históricas;

• Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná;

• Colonizadores portugueses e suas culturas:

• O surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua

expansão;

• A cultura local e a cultura comum;

• As manifestações populares no Paraná;

• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;

• A produção científica e artística paranaense;

• A antiguidade clássica: a constituição do espaço público;

133

Critérios de Avaliação

• Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência

humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a

cultura comum.

• Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em ala

de aula, propiciando a reflexões sobre relação passado/ presente.

• Produção de narrativas históricas verificando a consciência histórica dos

alunos

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos

históricos, verificando e confrontando documentos de diferentes naturezas

7º ano

A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em

diferentes tempos e espaço

• Relações de trabalho;

• Relações de poder

• Relações culturais

Conteúdos Básicos

As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a

propriedade privada; a terra

• A propriedade coletiva entre os ovos indígenas, quilombolas ,ribeirinhas, de

ilhéus e faxinais no Paraná;

• A família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a

constituição do latifúndio na América portuguesas e no Brasil imperial e

republicano;

134

• As reservas naturais e indígenas no Brasil;

• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos;

• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas;

• Ruralização da sociedade;

• Introdução do feudalismo;

O mundo do campo e o mundo da cidade

• As primeiras sociedades brasileiras: formação das vilas e das câmaras

municipais

• O engenho colonial, a conquista dos sertão;

• As missões jesuíticas

• A modernização das cidades;

• Cidades africanas e pré-colombianas;

• A ruralização do Império romano e a transição para o feudalismo europeu;

• A constituição dos feudos;

• As transformações no feudalismo europeu;

• O crescimento comercial e urbano na Europa;

• As relações entre o campo e cidade

• As cidades mineradoras

• As cidades e o tropeirismo no Paraná;

• Os engenhos da erva mate no litoral e no primeiro planalto

• As navegações portuguesas e espanholas

• A chegada dos portugueses na América;

• O renascimento cultural e científico;

• A reforma religiosa.

Conflitos, resistências e produção cultural.

• Relações entre senhores e escravos

• Sincretismo religioso

135

• As cidades e as doenças

• a aquisição da terra e da casa própria;

• O MST e outros movimentos pela terra;

• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos

séc. XlX, XX e XXL.

• A peste negra e as revoltas camponesas;

• As culturas teocêntricas e antropocêntricas;

• As manifestações culturais na América latina, África e Ásia;

• As resistências no campo e na cidade: América latina e continente africano;

• A história das mulheres orientais, africanas e outras.

Critérios de Avaliação

• Esses conteúdos devem ser avaliados processualmente, n a expectativa de

que os alunos:

• Compreendam que as relações entre o mundo do campo e o mundo e o

mundo da cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um

processo histórico.

• Identifique as narrativas e documentos históricos como fundamentação do

estudo de História e como elementos que demarcam a relação de espaço

temporal dos processos históricos, verificam e confrontam o vestígios dos

eventos que produziram esses processos, constituídos pelas relações de

poder, de trabalho e cultura.

8º ano

O mundo do trabalho e os movimentos de resistências.

• Relações de trabalho

• Relações de poder

• Relações culturais

Conteúdos básicos

136

Histórias das relações da humanidade com o trabalho

• Conceito de trabalho

• A construção do trabalho assalariado

• A mão- de- obra no conceito da consolidação do capitalismo

• O trabalho e a vida em sociedade

• O trabalho nas sociedades contemporâneas

• Relações de poder e violência no Estado

• O estado imperialista e sua crise

• Relações de dominação e resistências no mundo do trabalho nos sec. XVIII e

XIX

• O trabalho e as contradições da modernidade

• Neocolonialismo e imperialismo

• Os ciclos econômicos do Paraná

• Os trabalhadores e as conquistas de direito

• Os movimentos operários (sindicalismo)

Critérios de Avaliação

• Fazer com que o aluno entenda o que é o trabalho e por quais mudanças ele

passou ao longo das diferentes sociedades.

• Compreender as mudanças surgidas no mundo do trabalho com a

substituição dos trabalhos servis e escravo pelas diferentes formas de

trabalho assalariado.

• Procurar demonstrar a organização e a luta da classe operária na era Vargas

e a criação da CLT(Consolidação das Leis Trabalhistas).

• Apontar as diferentes organizações urbanas conhecidas e evidencia a sua

importância para o processo de constituição das civilizações;

• Conhecer o processo de urbanização e industrialização no Brasil nos

diferentes contextos históricos.

137

9º ano

Relações de dominação e resistências do estado e das instituições sociais.

• Relações de trabalho

• Relações de poder

• Relações culturais

Conteúdos Básicos

A constituição das instituições sociais

• Populismo no Brasil e na América Latina

• Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea;

• Globalização e questões mundiais contemporâneas

Formação do estado

• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1850-1888)

• Urbanização e industrialização no Brasil

Sujeitos, Guerras e revoluções

• Relações de poder e violência no Estado: 1ª Guerra Mundial, Revolução

Russa, 2ª Guerra Mundial.

• Os regimes totalitários (Fascismo e socialismo real)

• Crise de 1929: crise do capitalismo

Critérios de Avaliação

• Pretende-se perceber como os estudantes compreendem: a formação do

estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos

sociais políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais

• No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos

históricos, verificando e confrontando documentos de diferentes naturezas

138

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O ensino da História deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua

essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes

históricas, recusando -se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado

pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen, a disciplina de história deve

ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:

• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas.(Rüsen, 2001)

Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os

conteúdos de forma que tenha:

• Múltiplos recortes temporais

• Diferentes conceitos de documentos,

• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

• Formas de problematizarão em relação ao passado

• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

139

historicamente, a superação da ideia de história como verdade absoluta por

meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em

narrativas históricas,

• Construção do processo histórico geral.

• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes

contextos históricos.

• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,

audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.

AVALIAÇÃO

Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do

processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica

e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,

jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.

REFERÊNCIAS

ARON, Raymond. As etapas do Pensamentos sociológico. São Paulo/Brasília:

Martins Fontes/UnB, 1982.

História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,

1985 (Col. Os economistas).

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.

140

7.7 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR

O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção

de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser

considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a

enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse

por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o

texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:

• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.

• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos

indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer

do autor.

• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de

gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses

gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a

competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas

situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora

dos limites escolares.

• Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com

elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando

palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo

autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como

assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas.

OBJETIVO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Objetivo para o Ensino Fundamental

• Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva

141

nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na

disciplina de língua portuguesa, busca: empregar a língua oral em diferentes

situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer

as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade

de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;analisar os textos produzidos, lidos

e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos

linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica

da oralidade, da leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se,também, da norma padrão.

CONTEÚDOS DE ENSINO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como

prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.

◦ A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência

do trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da

reflexão em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados

considerando suas condições de produção (conteúdo temático, análise de

interlocutor, fonte, lugar preferencial de circulação, finalidade, ideologia,

informatividade, situacionalidade, marcas lingüísticas e outras especificidades de

cada gênero).

142

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ano

7º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA- Jornal falado;

- Debates;

- Dramatização;

- Enquetes;

- Entrevistas;

- Leitura de

fabulas,

Mitos, crônicas,

cartas familiar

e comercial,

- Produção de

fabulas,

crônicas,

resumos,

Relatórios...

- Pontuação;

- Acentuação;

- Ortografia;

- Classes de

palavras;

143

- “Causos”;

- Piadas;

- Noticias

Radiofônicas...

email, apólogo,

Parábola,

noticia de jornais

(elementos),

Poema-prosa,

relato histórico e

biográfico,

resumos,

relatórios...

(conforme as

tipologias

textuais

Trabalhadas

durante o

ano letivo);

- Reestruturação

de textos.

- Frase;

- Oração e período

8º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA

144

- Jornal falado;

- Debates;

- Dramatização;

- Enquetes;

- Entrevistas;

- “Causos”;

- Piadas;

- Noticias

Radiofônicas...

- Leitura de

fabulas, mitos,

crônicas, cartas

familiar e

comercial, email,

Apólogo,

parábola, noticia

de jornais

(elementos),

poema-prosa,

relato

histórico e

biográfico,

resumos,

relatórios...

- Produção de

textos narrativos,

descritivos

e informativos

(conforme as

tipologias

Trabalhadas

durante o

ano letivo);

- Reestruturação

de textos.

- Pontuação;

- Acentuação;

- Ortografia;

- Classes de

palavras;

- Frase;

- Oração e período;

-Sujeito e

predicado

(tipos);

- Vozes verbais;

-Predicação verbal;

- Regência verbal e

nominal;

- Concordância

verbal e nominal;

-Verbos regulares e

irregulares.

9º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA- Jornal falado;

- Debates;

- Dramatização;

- Enquetes;

- Entrevistas;

- “Causos”;

- Piadas;

- Noticias

Radiofônicas...

- Leitura de

fabulas, mitos,

crônicas, cartas

familiar e

comercial, email,

Apólogo,

Parábola, noticia

de jornais

(elementos),

- Produção de

textos

Narrativos,

descritivos

e informativos,

Dissertativos,

Pesquisas,

resumos,

Resenhas,

- Período simples e

composto;

- subordinação e

coordenação;

- Figuras de

linguagem,

Pensamento e

Construção;

- Estrutura e

145

Poema-prosa,

relato histórico e

biográfico

resumos,

relatórios...

(conforme as

tipologias

trabalhadas

durante o ano

letivo);

- Reestruturação

de textos.

formação de

palavras.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro

Agenda 21

Educação Fiscal

Identidade de Gênero e Diversidade Sexual

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá

atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do

texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e

construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a

entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de

pontuação.

O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando

oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a relacionarem

textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação

destes com situações cotidianas (intertextualidade).

O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter

prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada

através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de

146

cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos

descritivos, narrativos e dissertativos.

As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais

como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de

Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos

conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre

outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica

do aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a

todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação

para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam

comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os

alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes

curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades

dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas

com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,

buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais

especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,

conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E DE

RECUPERAÇÃO

A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula

utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do

aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do

seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:

147

• ORALIDADE:- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos,

programas de tv, anedotas...)- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...-

apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...- clareza e

capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.

• LEITURA:- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;

reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e

interpretação.

• PRODUÇÃO:- observação das especificidades de cada gênero;- adequação

da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que será

veiculado;- coerência;- uso adequado dos elementos coesivos;- análise

lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas e

apresentadas pelos alunos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique

e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise,

observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do

processo de aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada

aluno. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a

avaliação diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser

mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a

dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações,

de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na

escola. Brasília: MEC, 2005.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.

São Paulo: Atual, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

148

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de

Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

7.8 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da matemática deve envolver - se com as relações entre o ensino-

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:

campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza

pragmática.

A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,

pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a

matemática na sua vida cotidiana.

OBJETIVOS GERAIS

O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida

como um conjunto de resultados, métodos, procedimento de algoritmos, etc. E

através do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza

diversa, visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja

participante ativo e não receptor passivo.

E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras

áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,

econômico e histórico.

CONTEÚDOS:

149

6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Números e Álgebras

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Sistemas de numeração;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

• Conheça os diferentes sistemas de numeração;

• Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo

seus elementos;

• Realize operações com números naturais;

• Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações problemas que

envolvam (as) operações com números naturais;

• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número

decimal; fração e número misto;

• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;

• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação

como sua operação inversa;

• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos.

150

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Grandezas e medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Identifique o metro como unidade padrão de medida de comprimento;

• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;

• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;

• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;

• Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus

múltiplos e submúltiplos;

• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);

• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais

sistemas mundial

• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície

padronizada;

151

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi- reta e segmento de reta;

• Conceitue e classifique polígonos;

• Identifique corpos redondos;

• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de

área e perímetro de diferentes figuras planas;

• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;

• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus

elementos.

6 º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e álgebras

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Números Inteiros;

152

• Equação e Inequação do 1o grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Reconheça números inteiros em diferentes contextos;

• Realize operações com números inteiros;

• Reconheça números racionais em diferentes contextos;

• Realize operações com números racionais;

• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

• Compreenda o conceito de incógnita;

• Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos

através de incógnitas;

• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa

ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;

• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;

• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

153

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;

• Compreenda o conceito de ângulo;

• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Geometria

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,

fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Tratamento da informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

154

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,

sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que

se apresentam;

• Resolva situações problema que envolvam porcentagem e relacione-as com

os números na forma decimal e fracionária.

• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;

• Leia, interprete, construa e analise gráficos;

• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;

• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1o grau;

155

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

• Reconheça números irracionais em diferentes contextos;

• Realize operações com números irracionais;

• Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número

irracional especial;

• Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;

• Opere com sistema de equações do 1o grau;

• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;

• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam

expressões algébricas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Calcule o comprimento da circunferência;

• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;

• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por

transversal.

156

• Realize cálculo de área e volume de poliedros.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Reconheça triângulos semelhantes;

• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos

regulares;

• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num

plano;

• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos,

identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus

elementos sob diversos contextos;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

157

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;

• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2o grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Opere com expoentes fracionários;

• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as

propriedades para a sua simplificação;

• Extraia uma raiz usando fatoração;

• Identifique uma equação do 2o grau na forma completa e incompleta,

reconhecendo seus elementos;

158

• Determine as raízes de uma equação do 2o grau utilizando diferentes

processos;

• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

• Identifique e resolva equações irracionais;

• Resolva equações biquadradas através das equações do 2ograu;

• Utilize a regra de três composta em situações- problema.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Relações Métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo Retângulo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo

retângulo;

• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de

um triângulo retângulo;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Noção intuitiva de Função afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;

• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua

159

declividade em relação ao sinal da função;

• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;

• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a

concavidade da parábola em relação ao sinal da função;

• Analise graficamente as funções afins;

• Analise graficamente as funções quadráticas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Geometria

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Verificar se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre

eles;

• Compreenda e utilize o conceito de semelhança e triângulos para resolver

situações problemas;

• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;

• Aplique o Teorema de Tales em situações problemas;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Tratamento da informação

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Noções de análise combinatória

• Noções de probabilidade

• Estatística

160

• Juros

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Desenvolver o raciocínio combinatório por meio de situações problemas

• Descrever o espaço amostral em experimento aleatório

• Calcular chances de um determinado evento

• Resolver situações c problemas que envolvam cálculos de juros

METODOLOGIA

A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a

investigar e criar novas idéias. Propondo também a resolução de problemas onde o

estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e

também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a

etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem

matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da

matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da

matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos

tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos

da internet, entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e

aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação

encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções

e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos escritos, orais e

demonstrações, incluindo o uso de tecnologias.

161

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

LINS, Rômulo Campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra

para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997

MACEDO, L. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.POLYA,

G. A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.

7.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA:

APRESENTAÇÃO DA LÍNGUA DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes interferências da organização social no

decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente

instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a

garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos. Assim, é na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do

currículo e a sociedade, que residem as causas da ascensão ou do declínio do

prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um

papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social

em uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se

relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir

sobre a língua como algo que constrói e é construído.

Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz

de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e

em diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua

estrangeira o aluno poderá compreender que os significados são construídos social

e historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de

percepção de mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de

162

constatar, vivenciar e criticar essa diversidade, realizando transformações sociais

necessárias sem perder a própria identidade cultural.

A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua

estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de

interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de

entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas

discursivas materializadas em diferentes situações.

As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na

corrente sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial

teórico a pedagogia crítica.

OBJETO DE ESTUDO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio

para progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para

formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam

explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a

pesquisa e a reflexão.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna propõe superar os fins utilitaristas,

pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa

disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar

163

as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um

norte comum na seleção de conteúdos específicos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo

estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.

O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,

entendida como uma unidade de sentido, pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.

• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS - ESFERAS SÓCIAS DE

CIRCULAÇÃO- Cotidiana: bilhetes, anedotas, cantigas de roda,

comunicado, musicas , parlendas, cartão postal, quadrinhas, receitas, piadas,

convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos, memórias,

poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel, narrativas,

letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,

pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,

texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia, ,

discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,

horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica

jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, folder, slogan, placas, ,

publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,

assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,

leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual

técnico, placas; Midiatica: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,

desenho animado.

• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade,vozes

sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de

discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semânticos,

discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,

figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação

gráfica e ortografia

164

• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,

intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes

verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das

classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e

indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,

marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia

• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no

texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,

repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação

da fala ao contexto ; pronuncia.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão

trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como

as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.

A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal

ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática

analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas

implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as

diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades

diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem

como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a

intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.

Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias

que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,

criar condições para que o aluno seja um leitor critico que demonstre reações aos

textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com

relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de

produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para

quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,

165

instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou práticas

discursivas.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante

organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano

de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.

A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os

textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades

e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e

diferentes formas de avaliar.

A auto-avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do

conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.

O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno

conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos

que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.

Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento

avaliativo com os encaminhamentos metodológicos adotados.

A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e

pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno

carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão

acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor

outros encaminhamentos que busquem superá-las.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de

166

Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.

JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.

Curitiba, UFPR,2004b.

Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008

8. CONTEÚDOS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO

8.1 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O conhecimento de Biologia deve auxiliar a análise e reflexão de questões

polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos

naturais e à utilização de tecnologia.

Deve-se também discutir o avanço do conhecimento biológico, porque ele é a

base para as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variedade

genética, que podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o

real nas aulas experimentais.

A Biologia deve contribuir para a cultura científica, formação de pessoas

críticas, reflexivas e atuantes, por meio de conteúdos, desde que este proporcione o

entendimento do estudo, a formação de pessoas observadoras, uma vez que ela é o

167

sujeito do processo de observação.

OBJETIVOS GERAIS

Os conhecimentos biológicos devem:

• Proporcionar ao aluno a aproximação com a sua experiência concreta, como

elemento de análise crítica, na perspectiva de superação das concepções

anteriores de pressões difusas da ideologia.

• Levar o aluno a desenvolver hábitos de saúde pessoal, social e ambiental,

além da compreensão da ciência.

• Permitir a compreensão dos avanços biotecnológicos, bem como sensibilizar

o educando a respeito das consequências e impactos da tecnologia.

Os conteúdos de Biologia devem:

• Proporcionar condições para que o educando compreenda a vida como

manifestações de sistemas organizados e integrados, bem como

reconhecer-se como organismo capaz de modificar ativamente o

processo evolutivo, alterando a biodiversidade e as relações

estabelecidas entre os organismos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

▪ Organização dos seres vivos

▪ Mecanismos biológicos

▪ Biodiversidade

▪ Manipulaçã genética

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

• Mecanismos de desenvolvimento embrionário

• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

168

• Teorias evolutivas

• Transmissão das características hereditárias

• Dinâmica dos ecossistemas : relação entre os seres vivos e interdependência

com o meio ambiente

• Organismos geneticamente modificados

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Ecossistema.

• Origem e evolução da vida.

• Qualidade de vida das populações humanas

• Ecologia.

• Problemas ambientais.

• Leis ambientais

• Organização dos Seres Vivos

• Classificação dos seres vivos.

• Reinos.

• Células.

• Bactérias.

• Vírus.

• Mecanismos Biológicos

• Osmose.

• Sangue.

• Herança Genética.

• Manipulação Genética

• Tipos de reprodução.

• Embriologia.

• Célula.

• Avanços biológicos no fenômeno da vida.

• Genética.

169

• Clonagem.

• Vacinas.

• Origem e Evolução da Vida

• Darwin.

• Lamark.

• Neodarwinismo.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o Fenômeno da Vida e

sua complexidade de relações ou na organização dos seres vivos, funcionamento

dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade em processos biológicos

de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, na analise da

manipulação genética. Esses conteúdos devem ser estudados de forma articulada,

em um a perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de

contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do

livro didático.

A biologia deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como

uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de

alteração.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes,

dos quais se ramificam os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a

prática social do aluno.

O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o

conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente

produzido.

O laboratório ( desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,

pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,

projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,

conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,

dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre

170

outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de

repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,

presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a

aprendizagem, assim como a utilizacão das tecnologias encontradas na

instituição( multimídia).

Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia

de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar

ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.

Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para

abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos

conceitos evidencie a importância da montagem do conteúdo científico, exigindo o

desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos

fenômenos envolvidos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E

RECUPERAÇÃO

A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a

respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está

aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,

para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.

A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor

com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos

específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o

planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios

de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição

dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da

realidade.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da

avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações

e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora

171

dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços

na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.

Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e

instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a

natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação

real do progresso cognitivo doa alunos

A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº

9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,

com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos ( Diretrizes

Curriculares da Educação, 2008) Básica

REFERÊNCIAS

Biologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p. 272

LIVIA, C.P. de. Genética Humana. São Paulo: Harbra, 1996.

STORER, T.I. etal. Zoologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.

DAJOZ, R. Princípios de ecologia. São Paulo: Artmed, 2000.

FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia. São Paulo: Scipione, 2005.

LAURENCE J. Biologia. São Paulo, 2005.

LINHARES, Sérgio. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

8.2 EDUCAÇÃO FISICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.

No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas

um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).

172

A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No

aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades

perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações

sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro

e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,

avaliar e compreender.

Assim contribuindo para a formação completa “ física e mental “ , estimulando o

auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física a

criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica

interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel

social.

CONTEÚDOS DE ENSINO

• Cultura corporal

• Cultura corporal e ludicidade

• Cultura corporal e saúde

• Cultura corporal e mundo do trabalho

• Cultura corporal e desportizaçao

• Cultura corporal, técnicas e táticas

• Cultura corporal e lazer

• Cultura corporal e diversidade

• Cultura corporal e mídia

• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro

motoras

• Postura

• Coordenação ampla

• Coordenação fina

• Coordenação viso-motor, óculo manual

• Equilíbrio

• Respiração

173

• Descontração

• Lateralidade

• Organização e orientação espacial

• Organização temporal

• Estruturação espaço temporal

• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo

• Percepção

• Habilidades motoras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o

surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com

jogos populares; experimentação de diferentes esportes com regras

adaptadas;

• Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja,

apropriar efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a

possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos

com materiais alternativos

• Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos

organizacionais e comportamentais são necessários para o

desenvolvimento das aulas práticas e teóricas;

• Desenvolve habilidades de reflexo

• Desenvolve a lateralidade corporal e coordenação motora ampla

• Prepara para o espírito competitivo

• Desenvolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo

• Desenvolve coordenação motora

• Desenvolve o espírito cooperativo

• Desenvolve velocidade em espaço determinado

• Aprende o jogo como atividade esportiva

174

• Participa de atividade físicas de forma lúdica

• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a

formação do homem.

• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que

vive

• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de

tomar as usas próprias decisões

• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as

suas fases.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

• ESPORTES - coletivos, individuais e radicais

• JOGOS E BRINCADEIRAS – jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, Jogos

dramáticos;

• DANÇA E EXPRESSÕES CORPORAIS – danças folclóricas, danças de

salão, danças de rua;

• GINASTICA - ginástica artística/ olímpica, ginástica de condicionamento

físico, ginástica geral.

• LUTAS – lutas com instrumento mediador, Capoeira, lutas que mantêm a

distancia , lutas com aproximação,

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade

• Conteúdo baseado no aluno

• Integração no processo pedagógico

• Visão critica e social

• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)

• Articular experiências de ensino

• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar

• Respeito cultural e ético

175

• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua

evolução, seu contexto atual;

• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o

aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações

ás regras

• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;

• possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e

sem materiais alternativos.

• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro

• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança

e vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,

aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica (ex: saltos,

rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais

nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.

• Estimular a ampliação da consciência corporal.

• Pesquisar a origem e histórico das lutas, Vivenciar atividades que utilizem

materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos

de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com

a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga, esquiva e

golpes.

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação

entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes

esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema

tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e

montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa

( eliminatória simples, dupla, entre outras ) analise de jogos esportivos e

confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular

X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o

esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função

social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos

176

ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática

esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.

• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a

diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a

diversidade da dança e sues diferentes ritmos. Compreender a dança como

mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a

interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da

apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de

danças.

• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos

da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.

Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por

meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da

ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre

resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Freqüência cardíaca,

fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,

LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica

pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da

avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e

planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.

• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das

diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela

indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e

artes marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e

estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo, ginga.

Confecção de instrumentos, movimentação, roda.

• Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,

devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,

materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através

da diversidade cultural e social. È trabalhada de diversas formas.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

177

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros para

o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o

processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de forma

continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do

aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do processo

avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja

uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física, propõem formar

sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam

criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao

conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na

sociedade.

Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de

novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior

coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam

coerentes com os objetivos inicialmente definidos.

A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no

processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e propor encaminhamentos que

178

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem

da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias

didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,

permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.

São Paulo: Autores Associados, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,

1992

KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.

(Coleção educação física).

____________. A constituição das teorias Pedagógicas da Educação física. In.:

Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999

Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:

Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São

Paulo: Cortez, 1992

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez, 1995

8.3 FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de filosofia se pauta por uma relação de ensino-aprendizagem,

portanto, que traz para a escola uma forma dialética de aprender e ensinar, onde

são valorizadas a formação e construção de conceitos, a discussão de temas e

179

problemas recorrentes na historia do pensamento ocidental, onde se busca mais um

entendimento das formas e estruturas de pensamento lógico-linguistico do que a

mera apreensão de conteúdos.

Uma escola que privilegia a argumentação critica e reflexiva, por parte dos

alunos, visa formar cidadãos conscientes de seu papel em sociedade, no caminho

para uma humanidade mais feliz e justa. Conforme a LDB/96, a disciplina de filosofia

deve contribuir para a formação de pessoas conscientes; para tanto, aborda os

conteúdos necessários ao exercício da cidadania numa pratica que visa construir

liberdade para todos.

OBJETIVOS GERAIS

• Apresentar ao aluno uma introdução à Filosofia e ao pensamento

filosófico, mostrando as diferenças fundamentais entre razão e mitologia,

enfatizando o uso da razão e colocando a atitude racional como superação

do pensamento mítico.

• Apresentar para o aluno algumas das principais correntes do pensamento

filosófico em relação a teoria do conhecimento, especialmente: o

empirismo; o racionalismo/intelectualismo; o criticismo.

• Capacitar o aluno a pensar logicamente, discernindo entre as proposições

falaciosas e os juízos enganadores, daqueles verdadeiramente legítimos.

Das ao aluno referencias básicas para validação de juízos de fato e juízos

de valor, bem como critérios seguros para distinção das noções de

realidade, verdade e falsidade.

• Contribuir para que o aluno tome consciência da necessidade de uma

busca pessoal, constante e incessante da sua própria cidadania enquanto

ser que pensa, fala e trabalha. Explicitar e discutir o problema da

liberdade, dos direitos e deveres do homem enquanto membro de uma

sociedade organizada.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

180

MITO E FILOSOFIA

Conteúdos Básicos

• Saber mítico

• Saber filosófico

• Relação mito e filosofia

• O que é filosofia

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

TEORIA DO CONHECIMENTO

Conteúdos Básicos

• Possibilidade do conhecimento

• As formas de Conhecimento

• O problema da Verdade

• A questão do método

• Conhecimento e lógica

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ÉTICA

Conteúdos Básicos

• Ética e Moral

• Pluralidade Ética

• Ética e violência

• Razão desejo e Vontade

• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

181

FILOSOFIA E POLÍTICA

Conteúdos Básicos

• Reações entre comunidade e Poder

• Liberdade e Igualdade política

• Política e ideologia

• Esfera publica e privada

• Cidadania formal e/ou participativa

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Conteúdos Básicos

• Concepções de ciência

• A questão do método científico

• Contribuições e Limites da Ciência

• Ciência e Ideologia

• Ciência e ética

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESTÉTICA

Conteúdos Básicos

• Natureza da Arte

• Filosofia e arte

• Categorias Estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,

• Estética e sociedade

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

182

O Ensino da filosofia deve desenvolver-se em quatro momentos:

• A mobilização para o conhecimento,

• A problematização

• A investigação

• A criação de conceitos

O Ensino da Filosofia deve preocupar - se com o cotidiano dos alunos,

buscando focar os conteúdos com a sua realidade, de modo que ao problematizar

haja sempre uma preocupação com a atualidade. De forma que ao estudar a história

da filosofia, textos clássicos em uma abordagem contemporânea, o aluno possa

formular conceitos e construir seu discurso filosófico. Utilizar os textos filosóficos no

sentido de que possam auxiliar a compreender os problemas atuais da sociedade.

È fundamental que o ensino da filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas de modo que organizem e orientem o debate

filosófico com objetivo de tornar este dinâmico e participativo. Para que isso

acontece é necessário incluir no desenvolvimento das aulas a leitura, debate , a

produção de textos e outras estratégias para que o aluno possa fazer a criação de

conceitos.

AVALIAÇÃO

As avaliações serão condizentes com a metodologia empregada, e

privilegiará, justamente, o processo de aprendizagem como um meio muito mais do

que os fins. Assim, serão consideradas as praticas de argüição, argumentação e

formação de argumentação escrita, oral, e atividades em grupo. Em filosofia, se

avalia muito mais o processo do que se o objetivo foi plenamente atingido. Desse

modo, as avaliações poderão considerar os trabalhos em grupo, dinâmicas de

sensibilização, participação em debates, apresentação de seminários, trabalhos

escritos, em grupos e individuais e provas escritas.

REFERÊNCIAS

ARENDT, Hannah. Que é liberdade? In: Entre o passado e o futuro. 5ª ed. São

183

Paulo: Perspectiva, 2003.

Filosofia / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1991.

VERNANT, Jean-Pierre. Entre o Mito e Política. São Paulo: Editora da Universidade

de São Paulo, 2001.

8.4 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Nos dias atuais A disciplina de história tem papel fundamental na formação

do educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por

meio do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações

são compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos

históricos e propõem ações no presente . Também deve ser observado que o

conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica

dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história

destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em

quanto sujeito histórico quais são :

• Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,

especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que

integram a história dos povos.

• Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações humanas

praticadas no tempo.

• Através das ações humanas produzir novas relações que constroem novas

ações humanas.

• Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação de

fatos do passado.

OBJETIVOS GERAIS

184

• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.

• Praticar a interdisciplinaridade.

• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocentrica,

proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias

interpretações de um mesmo acontecimento histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações de trabalho

• Relações de poder

• Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Trabalho escravo, servil. Assalariado, e trabalho livre

• Urbanização e industrialização

• O Estado e as relações de poder

• Os Sujeitos, as revoltas e as guerras

• Movimentos sociais, políticos e culturais as guerras e revoluções

• Cultura e religiosidade

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O ensino da história deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua

essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes

históricas, recusando-se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado

pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen a disciplina de história deve

ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:

• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação

185

no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas. ( Rüsen , 2001)

Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os

conteúdos de forma que tenha:

• Múltiplos recortes temporais

• Diferentes conceitos de documentos,

• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

• Formas de problematização em relação ao passado

• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente, a superação da idéia de história como verdade absoluta por

meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em

narrativas históricas,

• Construção do processo histórico geral.

• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes

contextos históricos.

• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,

audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.

AVALIAÇÃO

Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do

186

processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica

e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,

jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARON, Raymond. As etapas do pensamentos sociológico. São paulo/Brasília:

Martins Fontes/UnB, 1982.

História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,

1985 (Col. Os economistas).

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.

8.5 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR

O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção

de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser

considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a

enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por

sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o

texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:

• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.

• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos

indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer

do autor.

187

• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de

gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses

gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a

competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas

situações de interação sócio verbal a que ele poderá ser exposto dentro e

fora dos limites escolares.

• Quanto à análise lingüística é preciso trabalhar com a gramática, com a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com

elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando

palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo

autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como

assunto é organizado e como as idéias e as partes do texto são costuradas.

OBJETIVO DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Objetivo para o Ensino Médio

Além dos objetivos previstos para o Ensino Fundamental, o processo de

ensino-aprendizagem na disciplina de língua portuguesa no Ensino Médio visa:

• Enfatizar a importância dada à língua como instrumento essencial de atuação

no mundo do trabalho e para o exercício da cidadania do aluno;

• Aprofundar os estudos da língua como recurso expressivo no campo de sua

dimensão artística, contribuindo para a adequada fruição literária.

CONTEÚDOS DE ENSINO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como

prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.

• A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência do

trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da

188

reflexão em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados

considerando suas condições de produção (conteúdo temático, análise de

interlocutor, fonte, lugar preferencial de circulação, finalidade, ideologia,

informatividade, situacionalidade, marcas linguísticas e outras especificidades

de cada gênero).

1º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA- Debates sobre

temas

atuais

veiculados pela

imprensa:

jornais, radio,

teve, Internet

etc.;

- Analise de

características

de textos

lidos ou ouvidos,

letras de

musicas etc.;

- Narração de

experiências

pessoais;

- Seminários (a

respeito

de obras

literárias lidas

ou pesquisas

sobre

- Compreensão de

textos e Livros

(contexto de

produção,

intencionalidade

e momento

histórico);

- Diferenciação de

textos de gêneros:

lírico, épico e

dramático;

- Ritmo e fluência na

declamação de

poemas e

entonação da voz na

apresentação de

pecas

teatrais;

- Leitura de livros de

Literatura como

compreensão e

fruição;

- Busca de textos

- Produção de textos

considerando o

destinatário,

finalidade,características

do gênero como

unidade temática e

estrutural;

- dramáticos (peças

teatrais);

- em verso (rima,

métrica, figuras de

linguagem);

- Descrição.

- Variação

lingüística;

- fonologia;

- acentuação

gráfica;

- ortografia;

- estrutura das

palavras;

- processo de

formação das

palavras).

189

autores);

- Representação

teatral;

- Declamação de

poemas.

para

Leitura como

fruição;

- Panorama da

Atividade

Literária no Brasil de

1500

a 1822;

- Panorama Cultural

do

sec. XV ao sec. XVI

em

Portugal.

2º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA- Seminários a respeito

de obras literárias lidas;

- Declamação de

Poemas;

- Relatos de entrevistas

Realizadas;

- Reprodução e debates

Sobre assuntos de

Textos lidos, livros e

Filmes, programas de

radio, teve e outros;

- Júri simulado;

- apresentação de

- Leitura de textos

literários e não

literários e de livros

(intencionalidade,

Contexto

(histórico);

- Artigos científicos;

- Romances;

- Contos e poesias;

- Reportagens;

- Analise de textos

Verbais e não

verbais

- Produção de

textos:

em prosa e em

verso

(ficcionais e não

Ficcionais);

Informativos;

resumos,

Sinopses...

- Estudo do léxico;

- Classes de

palavras;

- Sintaxe;

- Língua padrão

(concordância

verbal,

Nominal; regência

Verbal e

conjugação

verbal);

- Pontuação

- Acentuação.

190

Parodias. (outdoors,

Propagandas,

imagens

digitais e virtuais,

Charges, tiras

(Cômicas...)

- Intertextualidade;

- Panorama da

Atividade Literária

no

Brasil no sec. XIX;

- Panorama

Cultural do

período – sec. XIX

em

Portugal.

3º ano

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANALISE

LINGUISTICA- Seminários

(abordando obras

Literárias lidas ou

Pesquisas sobre

Autores atuais);

- Defesa de ponto de

Vista quanto a

Questionamentos

realizados em classe;

- Declamação de

Poemas;

- Leitura de textos e

Livros (contexto de

produção,

Intencionalidade e

momento histórico);

- Realização de

inferências para busca

de sentidos, intenção ou

finalidade dos textos

lidos;

- Leitura em voz alta

- Produção de

textos:

Dissertativos,

manuais,

publicitários,

questionários,

reportagens,

resumos,

resenhas...

- Regência

verbal e

Nominal;

- Conectivos;

- Concordância

nominal

e verbal;

- Coordenação

e

Subordinação.

191

- Apresentação de júri

simulado ou

programas

de radio e teve para a

Classe;

- Debates sobre

Assuntos polêmicos

ou Questões de

interesse da turma;

- Apresentação de

Parodias.

Revelando fluência,

Entonação e ritmos

Adequados aos

Diferentes textos e

propósitos;

- Paráfrase de textos;

- Intertextualidade;

- Busca de informações

através de consultas a

fontes de diferentes

Tipos: jornais, revistas,

enciclopédias, Internet

etc.;

- Busca de textos lidos

para leitura como

fruição.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES PARA TODAS AS SÉRIES

5. Cultura Afra

6. Agenda 21

7. Educação Fiscal

8. Identidade de Gênero e Diversidade Sexual

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

192

A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá

atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do

texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e

construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a

entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de

pontuação.

O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando

oportunidade para todos os alunos exporem suas idéias, levando-os a relacionarem

textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação

destes com situações cotidianas (intertextualidade).

O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter

prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada

através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de

cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos

descritivos, narrativos e dissertativos.

As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais

como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de

Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos

conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre

outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica

do aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a

todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação

para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam

comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os

alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes

curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades

dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas

com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,

buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais

especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,

193

conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E DE

RECUPERAÇÃO

A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula

utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do

aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do

seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:

ORALIDADE:

- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos, programas de tv,

anedotas...)

- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...

- apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...

- clareza e capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.

LEITURA:

- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;

- reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e interpretação.

PRODUÇÃO:

- observação das especificidades de cada gênero;

- adequação da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que

será veiculado;

- coerência;

- uso adequado dos elementos coesivos;

194

- análise lingüística de acordo com as principais dificuldades encontradas e

apresentadas pelos alunos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique

e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando

seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de

aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno. Os alunos

que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a avaliação

diferenciada apenas no sentido do acompanhamento,

Que deverá ser mais individualizado e com uma disponibilidade de tempo

maior, respeitando a dificuldade de cada um, e não simplesmente diminuindo suas

tarefas e obrigações, de tal forma que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo

saber.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na

escola. Brasília: MEC, 2005.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.

São Paulo: Atual, 2002.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de

Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

8.6 ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR

Breve percurso histórico

Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes

Curriculares Educacionais.

195

Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 parágrafo 2º: “O Ensino

de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da

Educação Básica, de forma

a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.

E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento

ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.

Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é

importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do

tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o

direito ao acesso a esse saber.

Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de

conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as

comunidades escolares.

Conhecimento em Arte

Para as aulas de Arte é necessária antes de tudo a compreensão de que a

Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto

tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e

historicamente construída pela Humanidade.

Neste sentido a abordagem de seus conteúdos deve apresentar uma unidade.

Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de conteúdos para

fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.

Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico

articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica

seguirá os três momentos pedagógicos de a proposta triangular e as orientações

metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE ARTE

Pelo que já foi exposta acerca da disciplina de Arte sua história e importância,

os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao

196

Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.

Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico prático

fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática deverá ser

encaminhada tento pelos próprios objetivos como agente norteador, como também

através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o apropriado

recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas desejadas e

explicitadas no Projeto Político Pedagógico.

A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:

OBJETIVOS GERAIS

• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos da

Escola;

• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para

encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como as

DCEB-Pr;

• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes

linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);

• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas, através

de atividades sensibilizantes;

• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão de

conhecimento;

• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade como

forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de manifestação

social;

• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e

compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;

• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e

relacionamento social.

CONTEÚDOS DE ENSINO

197

ARTES VISUAIS

Elementos Formais

• Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor , Luz.

Composição

• Composições: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, Figurativa,

abstrato,perspectiva, semelhanças, contraste, ritmo visual. simétrica,

deformação, estilização.

• Técnicas de Composição: Pintura, desenho, modelagem,instalação,

performance, fotografia, gravura, Escultura, Arquitetura, história em

quadrinhos

• Gêneros de Composição: Paisagem, natureza – morta, cenas do cotidiano,

histórica, religiosa e da mitologia.

Movimentos e Períodos

• Arte Ocidental, Oriental, africana, brasileira, paranaense, popular, de

vanguarda, industria cultural, contemporânea , latino -americana;

MÚSICA

Elementos Formais

• Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia, harmonia

• Escalas: modal, tonal e fusão de ambos.

• Gêneros: Erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop

• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação

Movimentos e Períodos

• Música Popular, Brasileira, Paranaense, Industria Cultural, Engajada, de

Vanguarda, Oriental, Ocidental, Africana, Latino- Americana.

198

TEATRO

Elementos Formais

• Personagem (Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mimica, ensaio, Teatro –

forun, Roteiro, Encenação e leitura dramática.

• Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia Drama e Èpico.

• Representação nas Mídias: Caracterização, Cenografia, sonoplastia, Figurino

e Iluminação, Direção, Produção

Movimentos e Períodos

• Teatro Grego-romano, Oriental, Medieval, Brasileiro, Parananense, Popular,

Indistria Cultural, Engajado, Dialético, Teatro essencial, Teatro do oprimido,

Teatro pobre, de Vanguarda, Renascentista, Teatro Africano, Latino –

Americano e Simbolista..

DANÇA

Elementos Formais

• Movimento Corporal, Tempo, Espaço

Composição

• Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Saltos e Quedas, Giros, Rolamentos, Movimentos

articulares, Lento rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis de

deslocamento, Direção, Planos, Improvisação, Coreografia,

• Gêneros: Espetáculo, Industria Cultural, Ética, folclórica, Populares e de Salão

Movimentos e Períodos

• Pré – história, Greco – Romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica,

Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Industria

Cultural, Dança de Vanguarda, Dança Moderna, Dança Contemporânea.

199

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Com base a proposta triangular de Ensino de Arte e as sugestões de

encaminhamentos metodológicos sugeridos pela DCEB-Pr, as aulas de Artes deve

priorizar:

• Teorizar;

• Sentir e perceber;

• Trabalho artístico.

Partindo deste princípio metodológico norteador, a metodologia contribui com

o desenvolvimento cultural do aluno, valorizando a essência da Arte como campo de

conhecimento.

“Sugere-se para a prática pedagógica, que o professor aborde, além da

produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também

formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades

contemporâneas.” (DCEB-PR. p.72)

Os múltiplos meios utilizados pelas formas artísticas, tendo em vista as quatro

áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental devem ser usadas

nas práticas dos professores.

A prática pedagógica deverá partir da análise e produção de trabalhos

artísticos relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:

• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,

propaganda visual;

• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções

arquitetônicas;

Então para reforçar a os fundamentos teórico-metodológicos o professor ao

preparar as aulas, considere para quem elas serão ministradas, como, por que e o

200

que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa

forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da

organização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte (DCEB-PR, p 70).

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou

pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,

espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E

RECUPERAÇÃO

A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto

diagnóstica, processual contínua e acumulativa.

De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do

desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção

do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um

projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento

do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando

alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara

e disponibilizados aos alunos.

“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,

então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele

aprenda.

201

A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).

REFERÊNCIAS

MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de

Arte – A língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.

DCEB-PR – Diretrizes Curriculares da Educação Básica- SEED.

8.7 FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Os discursos dos livros didáticos, de uma maneira geral, mostram uma

preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma

imensidade de fenômenos físicos naturais. No entanto, neles os aspectos

quantitativos se sobrepõem aos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução

de problemas que, geralmente, recaem em trabalho matemático que apresenta

respostas prontas.

Neste contexto, os alunos não entendem os objetivos do estudo da disciplina,

pois ficam envoltos em conteúdos desvinculados da realidade, transparecendo aos

alunos uma ideia de que a física é um campo de conhecimento pronto e acabado,

idealizado por grandes gênios e somente acessível a eles.

OBJETIVOS GERAIS

A Física é uma ciência natural, fruto da construção criativa da coletividade

humana e um processo de desenvolvimento. Busca mostrar aos alunos como é

construído o conhecimento, a compreensão da natureza do conhecimento, as

relações dos conteúdos com o cotidiano do aluno como agente facilitador da

202

aprendizagem, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos

alunos em conhecimento escolares sólidos, que possuam significado para os alunos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Movimentos

• Termodinâmica

• Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Momentum e inércia

• Conservação de quantidade de movimento

• Variação da quantidade de movimento = impulso

• 2ª lei de Newton

• 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio

• Energia e o principio da conservação da energia

• Gravitação

• Leis da termodinâmica

• Lei zero da termodinâmica

• 1ª lei da termodinâmica

• 2ª lei da termodinâmica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Movimento

• Introdução

• Evolução da Física

• Finalidade da Física

• Grandezas Físicas.

• Ramos da Física;

203

• Sistema internacional de unidades.

• Potências de dez;

• Divisões mecânicas;

• Cinemática

• Cinemática escalar: teoria, seus criadores, sua prática;

• Ponto material e corpo extenso;

• Repouso, movimento e referencial;

• Trajetória;

• Posição escalar;

• Deslocamento e caminho percorrido;

• Velocidade escalar média;

• Velocidade escalar instantânea;

• Movimento uniforme;

• Gráficos de movimento uniforme;

• Aceleração escalar média;

• Aceleração escalar instantânea.

• Movimento uniformemente variado;

• Equação de Torricelli;

• Gráficos do movimento uniformemente variado;

• Queda de corpos;

• Cinemática vetorial;

• Vetor;

• Operações com vetores;

• Vetor oposto;

• Componentes retangulares de um vetor.

• Composição de movimento;

• Lançamento oblíquo lançamento horizontal;

• Movimento circular;

204

• Velocidade angular média;

• Velocidade angular instantânea;

• Movimento circular uniforme;

• Frequência e período;

• Relação entre velocidade escalar e angular;

• Aceleração centrípeta;

• Dinâmica;

• Princípios fundamentais;

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• Força;

• Força resultante;

• Equilíbrio;

• Princípio da inércia ou 1ª Lei de Newton;

• Massa de um corpo;

• Princípio fundamental da dinâmica ou 2ª Lei de Newton;

• Peso de um corpo.

• Medida de uma força;

• Deformação elástica;

• Princípio da ação e reação ou 3º Lei de Newton;

• Plano inclinado;

• Força de atrito;

• Influência da resistência do ar;

• Aceleração centrípeta;

• Energia: introdução; trabalho de uma força; trabalho da força peso;

potência; rendimento; energia; fórmula matemática da energia cinética;

fórmula matemática da energia potencial; princípio da conservação da

energia mecânica.

Termodinâmica

205

• Hidrostática

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• Pressão;

• Fluído;

• Densidade absoluta ou massa específica;

• Fórmula matemática da pressão;

• Pressão de uma coluna de líquido;

• Pressão atmosférica;

• Cálculo da pressão atmosférica;

• Teorema de Stevin;

• Teorema de Pascal;

• Prensa hidráulica;

• Empuxo;

• Cálculo do empuxo;

• Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes;

• Termometria;

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• Temperatura e calor;

• Medidas de temperatura;

• Termômetro;

• Escalas termométricas;

• Equação entre as escalas termométricas.

• Dilatação térmica;

• Dilatação linear;

• Dilatação superficial;

• Dilatação volumétrica;

• Dilatação dos líquidos;

• Calorimetria;

206

• Unidades de quantidade calor;

• Calor sensível e calor latente;

• Calor específico;

• Capacidade térmica de um corpo;

• Equação fundamental da calorimetria;

• Princípio da igualdade das trocas de calor;

• Fases da matéria;

• Influência da temperatura no estado físico;

• Mudança de fase;

• Tipos de vaporização;

• Calor latente;

• Curvas de aquecimento e resfriamento;

• Diagramas de fase;

• Transmissão de calor;

• Aplicação da transmissão de calor;

• Termodinâmica;

• Energia interna;

• Trabalho de um sistema;

• Primeiro princípio da termodinâmica;

• Transformação cíclica;

• Segundo princípio da termodinâmica;

• Ciclo de Canot.

Eletromagnetismo

• Ótica geométrica;

• Divisão da ótica;

• Conceitos fundamentais;

• Velocidade da luz;

• Princípios da ótica geométrica;

207

• Ângulo visual;

• Câmara escura;

• Reflexão da luz;

• Difusão da luz;

• Reflexão regular;

• Espelho plano;

• Leis da reflexão;

• Formação de imagens;

• Associação de dois espelhos planos;

• Espelhos esféricos;

• Definição e nomenclatura;

• Condições de nitidez de Gauss;

• Raios particulares;

• Construção geométrica das imagens;

• Refração da luz;

• Definição;

• Índice de refração absoluto e relativo;

• Leis de refração;

• Prismas;

• Fenômenos que ocorrem por refração ou reflexão;

• Lentes esféricas.

• Ondas;

• Classificação das ondas;

• Ondas periódicas;

• Reflexão de um pulso numa corda;

• Refração de um pulso numa corda;

• Acústica;

• Ondas sonoras;

208

• Fenômenos sonoros;

• Efeito Doppler;

• Eletrostática

• Primeiros conceitos;

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• A carga elétrica de um corpo.

• Princípios da eletrostática;

• Condutores e isolantes.

• Força elétrica;

• Lei de Coulomb.

• Campo elétrico

• Vetor campo elétrico;

• Campo elétrico de uma carga puntiforme;

• Linhas de força;

• Campo de um condutor eletrizado em equilíbrio;

• Campo elétrico de um condutor esférico;

• Trabalho e potencial elétrico

• Trabalho da força elétrica;

• Potencial elétrico;

• Diferença de potencial (DDP);

• Relação entre trabalho e DDP;

• Diferença de potencial num campo elétrico uniforme;

• Potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;

• Cálculo do potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;

• Capacidade de um condutor.

• Capacitores

• Associação de capacitores.

• Eletrodinâmica

209

• Corrente elétrica: definição; sentido da corrente elétrica; intensidade;

tipos de corrente elétrica; efeitos da corrente elétrica; elementos de um

circuito elétrico; resistência elétrica; Leis de OHM; potência dissipada.

• Reostato;

• Lâmpada de incandescência;

• Associação de resitores;

• Associação em série;

• Associação em paralelo;

• Associação mista;

• Medidores elétricos;

• Amperímetro;

• Voltímetro;

• Força eletromotriz;

• Corrente de curto – circuito;

• Associação de geradores;

• Circuitos elétricos;

• Lei de OHM generalizada;

• Leis de Kirchhoff;

• Fenômenos magnéticos;

• Substâncias magnéticas;

• Campo magnético;

• Indução magnética;

• Experiência de Oersted;

• Campo magnético criado por um condutor retilíneo;

• Campo magnético criado por uma espira circular;

• Campo magnético criado por um solenóide;

• Força magnética sobe cargas elétricas;

• Força magnética sobre um condutor retilíneo

METODOLOGIA:

210

Aula expositiva dialogada;

Atividades relacionadas ao assunto;

Resolução no quadro de giz;

Uso do laboratório de informática;

Uso do laboratório de física e química;

Conversas e debates;

Resolução de exercícios em grupo;

Resolução de exercícios oralmente para eliminar dúvidas;

Resolução de problemas elaborados a partir de textos retirados de revistas ou

jornais;

Desenhos e apresentações gráficas.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros

para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido

tornará o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de

forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse

momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do

processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

211

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/

aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as

estratégias didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo

continuo, permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

Física / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.232

CHAVES, A. Física – ondas, relatividade e física quântica. Rio de janeiro:

Reichmann & Affonso, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

PARKER, S. Galileu e o Universo. São Paulo: Scipione, 1996.

NICOLSON, I. Gravidade, Buracos Negros e o Universo. Rio de Janeiro: Francisco

Alves, 1981.

8.8 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”

Milton Santos

A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens

212

ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,

possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta

perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de

conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões

que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que

participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no

interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente

sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e

agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e

desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais

são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e

SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais e econômicas) inter-relacionados.”

Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos

grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:

“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”.(SANTOS,1996b, p.51)

Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se

como elemento fundamental na formação da observação, analise interpretação e

criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas

213

geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a

heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a

velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais

estão cada vez mais globalizados.

É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os

aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma

ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do

corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras

ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência

sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também

descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão

conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.

Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,

seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais

países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço

da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo

produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,

agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,

constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a

humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem

deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

formas de abordagem.

Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a

existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao

espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de

214

pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o

conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades

devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;

• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que

a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;

• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio

do espaço chamado espaço geográfico;

• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação

humana para além da economia;

• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da

natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala

local, regional e global;

• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na

elaboração do espaço geográfico;

• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em

função do uso de novas tecnologias;

• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento

com o meio natural e seus aspectos físicos;

• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as

sociedades:

215

• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

informações nos diversos campos do conhecimento.

CONTEÚDOS:

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários

• Atividade industrial no mundo

• Tipos de energia

• Base epistemológica da natureza

• Coordenadas geográficas

• Cartografia

• Movimentos da Terra

• Fusos Horários

• Os fatores que influenciam no clima

• Tipos de clima

• Os grandes biomas terrestres

• A questão da água

• Destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais

• Erosão e poluição dos solos por agrotóxicos

• Lixo urbano e impactos ambientais

• Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor e chuva ácida, efeito

216

estufa, da camada de ozônio

• desenvolvimento sustentável

• A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas

• A população da Terra e suas diversidades

• Redes Urbanas

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• A formação e a expansão territorial

• Caracterização do espaço

• Regionalização

• Estrutura fundiária e conflitos da terra

• Urbanização e hierarquia Urbana

• Brasil: de agroexportador a país industrializado dependente

• O comercio exterior brasileiro

• Industrialização

• Transportes

• Estrutura geológica e relevo

• Tipos de clima

• Ecossistemas

217

• Hidrografia

• Recursos minerais e energéticos

• Impactos ambientais em ecossistemas

• População: crescimento e formação étnica

• Distribuição e estrutura da população

• Migrações

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

• Dimensão Política do Espaço Geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• Os continentes

• Internacionalização do capital

• Subdesenvolvimento

• Países emergentes

• O comercio mundial

• Blocos econômicos

• Capitalismo e a construção do espaço geográfico

• Socialismo

• Guerra Fria

• O mundo pós-guerra Fria

• O mundo pós URSS

218

• China: um país e dois sistemas

• África

• G7

• Países ricos do Sul

• EUA: a potência que controla o mundo

• Migrações internacionais e xenofobia

• Minorias étnicas e separatismo

• Islamismo e terrorismo

• A Geografia do crime.

METODOLOGIA

Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar

sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,

paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da

realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,

desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação

entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade

individual do aluno.

Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os

alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na

universidade como também para a sociedade.

A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,

como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do

conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através

da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local

para o global e vice e versa.

Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os

conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,

musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,

possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o

219

aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento

empírico.

A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial

deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e

ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais

didáticos disponíveis.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir

não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico

do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e

processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem

observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,

região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de

um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da

geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que

incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,

constitutivas de um determinado espaço.

O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação

de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,

tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de

maquetes, etc.

REFERÊNCIA

MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

220

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da

O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record,

2000.__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-

Cientifico Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São

Paulo: Hucitec, 1996b.-

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

8.9 MATEMATICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O estudo da matemática deve envolver-se com as relações entre o ensino-

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:

campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática-natureza

pragmática.

A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,

pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a

matemática na sua vida cotidiana.

OBJETIVOS GERAIS

O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida

como um conjunto de resultados, métodos, procedimento algorítimos, etc. E através

do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza diversa,

visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja participante ativo e

não receptor passivo.

E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras

221

áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,

econômico e histórico.

CONTEÚDOS:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e Álgebra

Conteúdos Básicos

• Números Reais;

• Números Complexos

• Sistemas lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes

contextos;

• Compreenda os números complexos e suas operações;

• Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

• Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam

por meio de determinantes;

• Identifique e realize operações com polinômios;

• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive

as exponenciais, logarítmicas e modulares.

222

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de

diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas

suas unidades;

• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar

elementos desconhecidos.

CONTEÚDDOS ESTRUTURANTES

• Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

223

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;

• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações problema;

• Realize análise gráfica de diferentes funções;

• Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao

conceito das progressões aritméticas e geométricas;

• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência

numérica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Geometria

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;

• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da

Geometria Analítica;

• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a

224

compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos

diferentes do plano de Euclides;

• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço

das teorias científicas;

• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma

leitura crítica dos mesmos;

• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

• Compreenda a ideia de probabilidade;

• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações

estatísticas;

• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da

atividade humana;

• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a

transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.

225

• Geometrias não-euclidianas.

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;

• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da

Geometria Analítica;

• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão

de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano

de Euclides;

• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço

das teorias científicas;

• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

METODOLOGIA

A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a

investigar e criar novas ideias. Propondo também a resolução de problemas onde o

estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e

também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a

etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem

matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da

matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da

matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos

tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos

da internet, entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e

226

aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação

encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções

e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de

tecnologias.

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros

para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido

tornarão o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de

forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse

momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do

processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

É necessário assumir o compromisso pela busca de novas ferramentas e

estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência entre objetivos e

avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos

inicialmente definidos.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/

aprendizagem da escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as

estratégias didáticas-metodológicas, compreendendo esse processo como algo

continuo, permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

Orientações Curriculares do Departamento do Ensino Médio de Matemática. (SEED-

227

PR), 2006.

BIEMBENGUT, Maria Salett. HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no Ensino. São

Paulo: Contexto, 2005.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa:

Gradiva, 2005.

POLYA, George. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

8.10 SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As grandes mudanças na história da humanidade, ocorridas no século XVII e

que se estenderam ao século XIX, só foram superadas pelas transformações do final

do século XX. A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e a Revolução

Francesa de 1789, geraram grandes problemas sociais, que os pensadores da

época não conseguiam explicar, surgindo assim a Sociologia enquanto ramo do

saber científico, com a função de compreender e interpretar as transformações

econômicas, sociais e políticas que se processavam na Europa a partir da

desagregação da sociedade feudal e da consolidação do capitalismo.

Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia insere-se na busca de

explicações científicas para as inúmeras transformações sociais, econômicas,

políticas e culturais decorrentes dessas duas revoluções.

As novas formas de organização social que surgiram devido à industrialização

firmaram o modo de vida de grandes contingentes humanos. As mudanças que se

deram naquele período e seus reflexos na sociedade podem ser comparados ao que

está acontecendo na conjuntura atual, em que outra grande transformação científico-

tecnológica está influenciando profundamente a vida das pessoas, que por estarem

vivendo-a, ainda não conseguem, em sua maioria, perceber a dimensão dessas

alterações.

A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas

228

desenvolvidas a partir dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos

problemas para a sociedade. “Os conflitos gerados pelo surgimento de novas

classes sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos, reclamam a

elaboração de respostas. A sociedade torna-se um problema que precisava de

explicação” (CARVALHO, 2004, p. 199). Era necessário, portanto, que se

desenvolvesse um saber científico capaz de encontrar respostas e soluções para a

crise e de compreender a problemática social que se instalava. E assim nasce a

Sociologia.

Por um lado, o saber sociológico surge enquanto um mecanismo

importantíssimo para a compreensão das transformações e, por outro, funcionava

para “amenizar o espanto” do homem frente à crise social e econômica que se

instaurava. Não é à toa que o pensamento positivista que se desenvolve nos

primórdios da Sociologia visava restaurar a ordem social por meio de um processo

conservador e reformista.

A Sociologia surgiu, portanto com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela

resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento

conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no

comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e

enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da

sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares ”Parecia aos contemporâneos um

produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os

passos da civilização, quando na verdade, o progresso crescente dos modos de

pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos. E disso a Sociologia é uma

prova, era produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa

Pinto (l965,p.37).

Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de

uma teoria, visto não haver uma única forma de explicar sociologicamente a

realidade. Cabe ao professor, de acordo com seus posicionamentos políticos e com

as teorias tradicionais da Sociologia, escolher aquela mais adequada para explicar o

objeto de estudo em questão.

O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o

229

seu devido potencial explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como

forma coerente de estabelecer um processo dialético entre a ação política e a ação

educacional, visando construir um conhecimento crítico e com o rigor científico

necessário.

Conforme destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:

“Como forma autoconsciente da realidade para boa parte das reflexões dos primeiros pensadores, que hoje fazem parte dos clássicos das Ciências Sociais. Como exemplo podemos citar Saint-Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer, Feurerbach, Durkheim, Weber, Marx e outros. Todos tratando de compreender, explicar e responder às transformações e crises manifestas em processos sociais e estruturais, em movimentos de protesto, greve, revolta e revolução”. (CARVALHO,

2004, p. 200).

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, estabelecidas pela SEED/PR,

destacam algumas concepções teóricas, que fundamentam a Sociologia enquanto

disciplina acadêmica e escolar:

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

Toda ciência, como produto histórico, está em constante processo de

construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram

as bases teórico-metodológica do pensar a realidade com método e espírito de

indagação.

Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e

ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade

européia da sua época,valendo-se da ciência ara compreender o sentido da crise

que a cometia. Cada qual lhe lançou um olhar:

Émile Durkheim

Durkheim toma por pressuposto que a sociedade é regida por leis e uma

ciência que dela se ocupe deve chegar à formulação de grandes generalizações que

a explicam. Assim propõe a teoria da coesão ou da solidariedade social,

230

demonstrando que o princípio da integração perpassa a sociedade, cujo

funcionamento tende à estabilidade. O sistema social, na sua concepção, é

formulado em comparação com o organismo vivo do que infere ser saudável a

sociedade quando ocorre integração entre suas partes, ou patológica, se qualquer

distúrbio retire-lhe a harmonia.

Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a

sociologia, Durkheim dedicou-se a essa questão, salientando que nenhuma ciência

poderia se constituir sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria se

ocupar de acordo com ele, com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos

como exteriores, coercitivos e gerais, que captada na regularidade dos fenômenos

coletivos encontrados em sociedades de todos os tempos e pode ser ilustrada pelas

relações de parentesco; um fato social é normal por estar presente na extensão de

uma dada sociedade.

Segundo Durkheim, a divisão do trabalho, como fato social, deveria em geral

provocar uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No

entanto, como as transformações socioeconômicas ocorriam velozmente nas

sociedades europeias, inexistia ainda, de acordo com ele, um novo e eficiente

conjunto de ideias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos. Tal

fato dificultava o '' bom funcionamento” da sociedade. Essa situação fazia com que a

sociedade mergulhasse em um estado de anomia, ou seja experimentasse uma

ausência de regras claramente estabelecidas, ou seja a sociedade encontrava-se

socialmente doente.

Durkheim considerava a Sociologia, a ciência das instituições, de sua gênese

funcionamento, cuja missão era reconstruir uma moral que respondesse às

exigências do espírito científico da época. Numa visão otimista da história colocava

a necessidade de consenso social e via na educação uma instituição integradora por

passar para as novas gerações as condições essenciais para a sobrevivência da

sociedade, identificando-a com o sistema de normais morais.

Max Weber

A intenção de conferir à Sociologia uma reputação científica encontra na

figura de Max Weber (1864-1920) um marco de referência. Durante toda sua vida,

insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de

231

cuidadosa investigação e os julgamentos de valor sobre a realidade.

A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma

rigorosa fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e

penetrantes, e o político, homem de ação e de decisão comprometido com as

questões práticas da vida. O que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação,

segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta, das motivações e das

consequências de seus atos.

A ideia de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante

para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como profissão. Ela abria a

possibilidade de conceber a Sociologia como um conjunto de técnicas neutras que

poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado .Vários estudiosos

da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade defendida

por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma

forma de manter a autonomia da Sociologia em face da burocracia e do Estado

alemão da época.

A formação da sociológica desenvolvida por Weber é influenciada

enormemente pelo contexto intelectual alemão de sua época. Incorporou em seus

trabalhos algumas ideias de Kant, como a de que todo ser humano é dotado de

capacidade e vontade para assumir uma posição consciente diante do mundo.

Compartilhava com Nietzche uma visão pessimista e melancólica dos tempos

modernos. Com Sombart possuía a preocupação de desvendar as origens do

capitalismo.

A Sociologia por weber desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação

ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto

de partida da Sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos.

Em Weber também se manifesta o cuidado metodológico para garantir a

cientificidade ao processamento do investigador, deixa claro o papel da subjetividade

na produção do conhecimento. Para ele, o sujeito cognoscente é parte do processo

de compreensão da realidade, ou seja, compreender equivale captar o sentido de

uma ação social. Isso significa que Weber busca também a evidência dos

fenômenos estudados, ainda que essa não esteja explícita na ação. Logo,

compreender o sentido da ação implica chegar ao significado que o sujeito ou os

232

sujeitos da ação conferem a ela, orientando-se pela conduta de outros.

No âmbito da realidade política, a contribuição de Weber sobre o fenômeno

da dominação, seja racional, tradicional ou carismática, como os tipos ideais puros,

coloca a luz na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao tratar o poder nas

condições da ação humana disposta à obediência no confronto com os dominadores

que pretendem deter o poder legítimo. A pretensão de legitimação dos dominadores,

ou seja, o seu reconhecimento e aceitação sociais são mais considerados por Weber

que o próprio exercício da dominação.

Karl Marx

A elaboração mais significativa do conhecimento sociológico crítico foi feita

pelo marxismo. Deve-se a Marx e Engels a formação e o desenvolvimento desse

pensamento sociológico crítico radical da sociedade capitalista.

Na concepção de Marx e Engels o estudo da sociedade deveria partir de sua

base material, e a investigação de qualquer fenômeno social da estrutura econômica

da sociedade, constituiria a verdadeira base da história humana.

O método proposto por Marx é o método dialético, que possui quatro

características fundamentais; tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão

universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento

incessante); mudança qualitativa; luta dos contrários.

A aplicação do materialismo dialético aos fenômenos sociais teve o mérito de

fundar uma nova teoria científica de inegável alcance explicativo: o materialismo

histórico. Engels e Marx concluíram de que seria necessário situar o estudo da

sociedade a partir de sua base material. Tal constatação implicava que a

investigação de qualquer fenômeno deveria partir da estrutura econômica da

sociedade, que a cada época constituía a verdadeira base da história humana.

A função da sociologia não era o de solucionar “problemas sociais”, com o

propósito de restabelecer o “bom funcionamento da sociedade”, como o Pensavam

os positivistas. Longe disso, ela deveria contribuir para a realização de mudanças

radicais na sociedade. Sem dúvida, foi o socialismo, principalmente o marxista, que

despertou a vocação crítica da sociologia, unindo a explicação e alteração da

sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente.

233

Segundo Marx as situações de conflitos existentes na nascente sociedade

industrial capitalista foram em larga medida omitidas pela vertente sociológica do

positivismo. Comprometido com a transformação revolucionária da sociedade, o

pensamento marxista procurou tomar as contradições do capitalismo como um de

seus focos centrais. Para Marx, assim como para a maioria dos marxistas, a luta de

classes, e não a “harmonia” social, constituía a realidade concreta da sociedade

capitalista.

Marx (1975) “... se pergunta o que é a sociedade em qualquer de suas formas

e demonstra que ela é o resultado da ação recíproca dos homens, que não

escolhem esta ou aquela forma. E prossegue: para um estado particular de

desenvolvimento das forças produtivas, todos os meios materiais e recursos de

conhecimento - tem-se uma forma particular de comércio e de consumo. A etapa

particular de desenvolvimento da produção corresponde determinada estrutura

social, uma organização corresponde da família, dos estamentos, das classes, ou

seja, uma sociedade civil correlata.”(DIRETRIZES CURRICULARES DE

SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, 2008, P.62).

Pierre Bourdieu

Com uma complexa e vasta produção Pierre Bourdieu (1930-2002) ultrapassa

qualquer interpretação de ser estruturalista sua proposta sociológica, ao dar ênfase

à ciência capaz de ir além dos modelos para apreender a natureza da vida social. Ao

explicar as relações de poder inscritas em um campo social e ao analisar a

dimensão simbólica, cultural, do capital, Bourdieu(1989) constrói uma teoria da

prática social, onde cunhou o conceito de habitatus. No espaço social distinguem-se

as práticas sociais mediante habitatus sistema de esquemas instituintes, espécie

de história das relações sociais. Desse modo, o habitatus é o gerador de um

conjunto de disposições comuns, por exemplo, do gosto de uma classe social. No

campo da educação, Bourdieu exemplifica o professor como alguém que herda

capital cultural recebe iniciação em leituras e desenvolve um gosto que o diferencia

de trabalhadores de escritório.

Para Bourdieu, os bens culturais aos qual o aluno tem acesso conforme sua

classe social, incrementados pelos conhecimentos escolares – seu capital cultural

determina a sua posição na hierarquia econômica e social.

234

Florestan Fernandes

Florestan Fernandes (1920-1995), para quem o pensamento crítico descortina

as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos

sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e

classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico

crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com Sociologia

assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das

condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais.

No pensamento de Florestan Fernandes a sociedade é um nexo de relações

que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade

social. O homem se constitui como um ser social ao constituir sua sociabilidade, sua

forma de organização concreta. “Existir” socialmente significa, para o sociólogo,

compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e reações, praticar

ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente. Tal

nexo de relações configura as condições de persistência e/ou transformação da

realidade social.

Seu trabalho de professor é reconhecido internacionalmente. Foi responsável

pela criação de vários grupos de pesquisadores que vieram a reformular a sociologia

no Brasil, conferindo-lhe um rigor que jamais tivera, contribuindo para transformar as

ciências sociais no país estabelecendo um novo estilo de pensamento.

A reflexão principal de Florestan Fernandes é sobre a desigualdade social,

procurando identificar as contradições da sociedade de classes e o papel da

Sociologia diante dessa realidade, realizando ao longo de suas obras, várias

pesquisas sobre temas, alguns até então pouco estudados, como a situação do

negro na ideologia dos operários brasileiros e a vida social nas tribos indígenas, fez

um retrato da burguesia brasileira, mostrando o esforço que essa classe social

realizou na sua resistência à mudança social.

Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos

trabalhadores e sua objetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê

prioridade à maioria da população marginalizada. A educação e a auto-emancipação

coletiva se tornam, então, co-determinantes de uma relação recíproca mediada pela

escola e inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a sociedade

235

capitalista existente.

As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica

de sala de aula e oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca.

Conforme o caderno de Sociologia da SEED/PR destaca, é “do resgate dos

conteúdos críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem esclarecer

muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais

da sociedade brasileira”.

Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a

teoria e a realidade social, de forma que se discutam os principais problemas sócio-

econômicos do país, reconhecendo as classes e grupos sociais excluídos na

sociedade capitalista. É necessário resgatar para o aluno as determinações

históricas que originaram os problemas sociais, bem como a necessidade de

posicionar-se criticamente e politicamente frente a essa realidade, transformando-a.

OBJETIVOS GERAIS

A Sociologia propiciará ao aluno do Ensino Médio, as bases para a

compreensão de como as sociedades se organizam, estruturam-se, legitimam-se e

se mantêm, habitando para uma atuação humanista, cidadã e crítica, levando-os a

um maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que

vivem.

Conforme salienta Martins (2006, p.8), "A Sociologia desde o seu início

sempre foi algo mais que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade. Ela é o

resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente

novas, criadas pela então sociedades capitalistas e suas tensões e conflitos."

A relevância da Sociologia no currículo escolar do Ensino Médio, o campo

teórico e científico e as reflexões que ela propõe ao educando, permitem o

desenvolvimento de uma consciência crítica, de uma desnaturalização, de

processos tido como naturais, como as desigualdades sociais, o enriquecimento de

poucos, os crimes, etc, serão melhor esclarecidos pelas "lentes" das teorias

sociológicas .

236

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apropriar-se de conhecimentos e conceitos da Sociologia.

Compreender o pensamento sociológico e problematizar a vida em

sociedade no campo ético, político, cultura e econômico.

Relacionar as teorias sociológicas com os problemas atuais: políticos,

sociais, econômicos e culturais.

Adquirir uma visão sociológica do mundo no sentido de contribuir para

a formação da pessoa humana, negando o individualismo e compreendendo a

sociedade na qual estamos inseridos.

Desenvolver uma reflexão crítica e analítica da sociedade globalizada.

Estabelecer procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão

e construção de conceitos, argumentações e problematização.

Promover o contanto cognitivo do aluno como pensar sociológico por

meio da análise de textos clássicos e da pesquisa.

Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos.

Estimular a produção textos analíticos e reflexivo vive.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

Conteúdos estruturantes é um rol de fenômenos sociais inter-relacionados.

São, portanto, instâncias conceituais que remetem à reconstrução da realidade e às

suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que identificam grande

campo de estudos, onde as categorias conceituais básicas da Sociologia-ação

social, relação social, estrutura social e outras eleitas como unidades de análise

pelos teóricos, fundamentam a explicação científica.

De acordo com o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino

Médio” da SEED/PR, os conteúdos que seguem não se resumem a uma listagem de

temas e conceitos encadeados de forma engessada e rígida. São “conteúdos

237

representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento

universal e deve ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção

teórica”. São considerados, portanto, como uma gama de conteúdos estruturantes,

centrais para a compreensão da realidade social, cuja função básica é

instrumentalizar alunos e professores na seleção, problematização e organização

dos conteúdos específicos da sociedade em que o aluno está inserido.

Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece

sem uma crítica social. Os conteúdos em sociologia têm a tarefa de exercer um

efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre

si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.

Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e

conceitos encadeados de forma rígida, as constitui apoio conceitual históricos e

contextualizados, que norteiam professores e alunos, sujeitos da educação escolar e

da prática social, na seleção organização e problematização dos conteúdos

específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os

conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o

coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-

relações que constituem a sociedade.

Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico-

Raciais propostas pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho

Estadual de Educação no que se refere ao Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana e Indígena.

Além da temática afro-brasileira e africana, procuraremos inserir nas

discussões os conteúdos referentes à História do Paraná, conforme consta na Lei

Estadual 13.381/01, principalmente no que diz respeito à formação da sociedade

paranaense, a contribuição das etnias européias na construção do povo do Paraná.

A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem

trabalhados em Sociologia, em função da interligação entre sociedade e ambiente,

principalmente no que se refere à exploração e degradação do espaço na produção

da vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 que trata da Educação

Ambiental, sempre que possível, os conteúdos abordarão a temática do meio

ambiente e a relação do homem com a natureza enquanto um dos polos de

238

construção da vida social.

Os conteúdos estruturantes ficaram assim divididos por série:

Conteúdos 1ª Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

1. O surgimento da Sociologia e as

teorias sociológicas

* Introdução à sociologia

* Contexto histórico do surgimento da

sociologia

* Formação e consolidação da

sociedade capitalista

* Teorias sociológicas clássicas: Conte,

Durkheim, Engels e Marx, Webber.

*Desenvolvimento da Sociologia no

Brasil

2. Processo de socialização e

instituições sociais

* Grupos sociais

* Principais agentes de socialização

* Instituições sociais: familiares,

escolares, religiosas, instituições de

reinserção

Conteúdos 2ª Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

1. Cultura e Indústria Cultural

* Diversidade cultural

* Identidade cultural

* Indústria cultural, cultura erudita e

popular

* Étnocentrismo

* Meios de comunicação de massa

* Globalização e cultura

* Globalização e neoliberalismo

* Sociedade de consumo

239

* Indústria cultural no Brasil

* Questões de gênero

* Cultura Afro-Brasileira e africana

* Culturas indígenas

2. Trabalho, produção e classes * Conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades

* Desigualdades sociais

* Estamentos, castas, classes sociais

* Organização do trabalho nas

sociedades capitalistas e suas

contradições

* Neoliberalismo

* Relações de trabalho no Brasil

* Trabalho e degradação ambiental

Conteúdos 3º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1. Poder, Política e Ideologia * Formação e desenvolvimento do

Estado Moderno

* Democracia, autoritarismo,

totalitarismo

* Estado no Brasileiro

* Conceito de Poder, ideologia,

dominação e legitimidade

* As expressões de violências nas

sociedades contemporâneas

2. Direito, Cidadania e Movimentos

Sociais

* Conceito de cidadania

* Direitos: civis, políticos e sociais

* Direitos humanos

* Movimentos sociais

* Movimentos sociais no Brasil

* A questão ambiental e os movimentos

240

ambientalistas

* ONGs

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Fruto de um dissenso constante, o pensamento sociológico tem sido

construído no embate entre as variadas formas de se aprender/compreender o real.

Tal característica, entretanto, não deve ser compreendida como uma fragilidade, ela

apenas torna visível a forma como a Sociologia tem produzido e reproduzido seu

conhecimento, em um processo que localiza problemas, mas também aponta

condições para superá-los.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia, manter no

foco de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos

clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos

básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx serão desenvolvidos levando-se em

conta o recorte temporal, retomando o histórico da disciplina em cada teoria

trabalhada.

Cabe a Sociologia ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar respostas no

seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na

família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de história etc., ao

invés de receber respostas prontas. As peculiaridades da região em que a escola

está inserida e a origem social do aluno não serão perdidas de vista, para que os

conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam às demandas e

possíveis inquietações e questionamentos desse grupo social.

A abordagem dos conteúdos dos conteúdos de Sociologia acontecerá sob

três aspectos teorias, conceitos e temas em função da dinâmica da sociedade e da

própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos.

Estes instrumentos devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada

conteúdo, bem como devem possibilitar o desenvolvimento de um pensamento

crítico e questionador. Ao aprender a questionar a sociedade, o aluno amplia a visão

que tem de seu papel, na comunidade, na cidade no país e no mundo e, adquire

241

significados concretos para a sua vida e desenvolve o pensamento crítico no

cotidiano. Ao ampliar a capacidade de interpretação dos fenômenos sociais, os

alunos poderão superar o senso comum e nele reconhecer o ponto de chegada do

conhecimento.

Os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o

conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos, que serão trabalhados com

rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento

do espírito crítico. Destacam-se alguns encaminhamentos metodológicos próprios do

conhecimento sociológico que podem ser adotados:

. Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos.

. Aula, expositiva provocando discussões, partindo sempre do cotidiano do

aluno, embasando com uma teoria, para a superação do senso comum.

. Utilização dos recursos multimídia será organizada e aplicada das mais

diversas formas, mas evidenciando estranhamento e desnaturalização de

alguns conceitos, já aceitos pela maioria da sociedade, mas que os mesmos

proporcionam a nossa perda de identidade nacional mudança de valores,

consumismo exagerado, manutenção do poder das mesmas elites entre

outras coisas.

. Pesquisa de campo – definição de temas específicos, produção de pré-projeto

de pesquisa, roteiro de observação e/ou entrevistas, análise e articulação

com a teoria.

. Dinâmicas de grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre,

criativa e motivadora, de maneira que o aluno possa trocar idéias, interagir e

produzir uma leitura própria dos textos sociológicos e de outros materiais

como: artigos de jornais, revistas, poesias, letras de músicas...

. Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia,

música) – a escolha de um filme, de uma música ou de um programa de

televisão pode ser definida a partir de um tema ou de um recorte a ser

privilegiado na discussão. Estes recursos possibilitam que se faça uma

articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão sendo contempladas.

. Utilização da literatura brasileira e gibis para análises de temas como

feminismo, discriminação das mulheres, violência doméstica, desigualdade

242

social, entre outros.

. Pesquisa de campo

. Análise de pesquisas sobre economia, política e dados sociais (interpretação

dos mesmos e apresentação).

. Resolução de questões com textos clássicos e contemporâneos em sala.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem adquire seu sentido na medida em que se

articula, com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A

avaliação tanto no global quanto no caso específico da aprendizagem, não possui

uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado

previamente definido ( Luckesi, Avaliação da Aprendizagem Escolar, pg.85)

Aproveitando discussões, debates, reflexões durante as aulas de Sociologia,

nas dinâmicas de grupo, produção de textos, exposição oral de trabalhos, no uso

dos recursos multimídia, entre outros instrumentos, observar-se-á se o aluno

enriqueceu seus conhecimentos, saindo do senso comum para um conhecimento

mais elaborado, mas evidentemente respeitando-se a diversidade existente em sala

de aula.

Os mecanismos de percepção e de leitura da realidade são aplicados

facilitando a identificação dos sinais de que o aluno aprendeu e das pistas para

viabilizar a reconstrução de seu conhecimento. A finalidade última da avaliação é

que todos possam ampliar continuamente seus conhecimentos e que cada um em

seu tempo, por seu caminho, e que a mediação do professor provoque um desafio

intelectual nesse aluno, torrnando-o capaz de agir e, posicionar-se criticamente,

conscientemente perante os fatos complexos da realidade atual.

A avaliação será contínua e formativa, para proporcionar avanços,

progressão, num processo de ação-reflexão. O aluno será parâmetro dele mesmo,

respeitando-se o acúmulo de seu conhecimento. A observação durante os trabalhos

em grupos, provas específicas, produções de textos entendimentos dos recursos

multimídias, leitura e análise de livros de literatura com temas específicos,

interpretação de dados estatísticos, entre outros, serão instrumentos nas avaliações

243

de Sociologia.

Cumprindo sua função, a avaliação possibilita, desta forma, verificar se houve

ou não enriquecimento do conhecimento do aluno e de que maneira se processou a

construção de seu conhecimento, primando sempre pela preponderância dos

aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, L. M. G. de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e

discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

CHAUÍ,M. Convite á Filosofía. São Paulo ,Ed. Ática,1995.

DIAS, R. Introdução à Sociología. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall,2005.

DURKHEIM, É. Sociología (organizador da coletânea: Albertino Rodrigues) São

Paulo;Ática,1978.

DURKHEIM,É. As Regras do Método Sociológico. São Paulo; Editora Abril,1973

( Coleção os Pensadores).

MARTINS, C. Benedito. O que é Sociología. São Paulo: Ed.Brasililiense,2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

8.11 QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de química deve ser utilizado como uma ferramenta para que os

alunos possam ler o mundo sob visão científica. Ou seja, a Química deve ser

apresentada ao aluno no sentido de possibilitar que ele “entenda” o mundo.

Por exemplo, em tempos de estiagem muitas pessoas não se comprometem

com a economia do problema e consequências das suas atitudes. Porém, se ele

244

conhecesse o ciclo da água a escassez de água, poluição, tratamento perceberia o

custo de tudo isto.

Desta forma, cabe ao professor levar o aluno a pensar mais criticamente

sobre o seu mundo, refletir sobre as razões dos problemas, neste caso os

ambientais. Essa noção de leitura de mundo deve proporcionar ao estudante do

Ensino Médio uma reflexão sobre as razões que levaram, no caso do exemplo, o

racionamento da água.

O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta

vem sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do

conhecimento. Além disso, formou-se uma crença de crescimento econômico

ilimitado, de recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas

da ciência e tecnologia.

Essa prévia análise pode desencadear críticas precipitadas que condenam a

Química e não o seu mau uso. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm

solução na própria Química.

A Química tem forte presença na procura de produtos novos, essa presença

está cada vez mais solicitada, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos

anos.

Enfim, a estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem

temática que discuta o aspecto sócio-científico, ou seja, questões ambientais,

políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, relativas à ciência e tecnologia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, ligada

diretamente à vida, é uma ciência que o leva ao estudo das substâncias materiais e

suas transformações.

A origem história dos saberes da Química está ligada às transformações

sofridas pelo mundo e surgimento/desenvolvimento da sociedade tecnológica que

exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às suas

demandas.

Propõe-se um esquema de conteúdos estruturantes centrado na matéria, que

245

é sustentada pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações.

A partir deste esquema inovador, sugere-se pensar nas possíveis e contínuas

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes e seus

desmembramentos.

Pensando desta maneira, propomos uma possível lista de conteúdos a serem

abordados no Ensino Médio. Cabe ressaltar que esta proposta pode e deve Ter

modificações dependendo dos saberes já trazidos pelos alunos ou a necessidade de

alterações para melhor compreensão dos alunos. É necessário que haja uma

interelação entre todos estes conteúdos para integrar o conhecimento como um

todo.

• Matéria e sua Natureza

• Biogeoquímica

• Química Sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

• MATÉRIA – constituição da matéria, estados de agregação, natureza elétrica,

modelos atômicos estudos dos metais,

• SOLUÇÃO- substancia simples e composta, misturas, métodos de separação,

solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão,

densidade, dispersão e suspensão;

• VELOCIDADE DAS REAÇÕES – reações químicas, leis das reações,

representação das reações, condições das reações ( natureza dos reagentes,

contato dos reagentes, teoria de colisão), fatores que interferem na

velocidade das reações( superfície, de contato, temperatura, catalisador,

concentração dos reagentes, inibidores), velocidade das reações químicas.

• EQUILIBRIO QUIMICO- reações químicas reversíveis, concentração,

constante de equilíbrio, deslocamento de equilíbrio (principio de chatelier):

concentração, pressão, temperatura, e feitos canalizadores, equilíbrio químico

em meio aquoso, constante de ionização.

• LIGAÇÃO QUÍMICA - propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas

246

em relação às propriedades materiais, solubilidade e as ligações químicas,

interações intermoleculares e as propriedades da substancias moleculares,

ligação de hidrogênio, ligação metálica (elétrons semi-livres), ligação sigma e

PI, ligações polares e apolares, alotropia

• REAÇÕES QUÍMICAS – reações de oxi -redução, reações exotérmicas e

endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação

de entalpia, calorias, equações, termoquímicas, princípio da termodinâmica,

lei de Hess, entropia e energia livre, calorimetria.

• RADIOATIVIDADE - modelos atômicos, elementos químicos, reações

químicas, velocidade das reações, emissões radioativas, leis da

radioatividade, cinética das reações químicas, fenômenos radioativos ( fusão

e fissão nuclear)

• GASES- estados físicos da matéria, propriedade dos gases (densidade/

difusão e fusão, pressão e temperatura, pressão x volume e temperatura x

volume), modelos de partículas para os materiais gasosos, misturas gasosos,

diferença entre gás e vapor, leis do gases

• FUNÇÕES QUIMICAS – funções orgânicas, funções inorgânicas

• Tabela periódica – de foram que perpasse por todos os conteúdos básicos.

METODOLOGIA

No âmbito da área da Educação Química também precisamos utilizar a

contextualização e a interdisciplinaridade como eixos centrais organizadores das

dinâmicas interativas no ensino de Química, na abordagem de situações reais

trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação.

Para que esta estratégia ocorra de modo adequado é preciso utilizar

situações experimentais onde ocorra a contextualização de conhecimentos em

atividades diversificadas que enfatizam a construção coletiva de significados aos

conceitos, em detrimento da mera transmissão repetitiva de “verdades” prontas e

isoladas.

Contudo, é necessário aumentar os espaços de estudo e planejamento

247

coletivo dirigidos à ampliação das relações entre teoria e prática nas aulas de

Química.

Defende-se uma abordagem de temas sociais (do cotidiano) e uma

experimentação que não sejam pretensos ou meros elementos de motivação, mas

efetivas possibilidades de contextualização dos conhecimentos químicos, tornando-

os socialmente mais relevantes. Para isso, é necessária a articulação na condição

de proposta pedagógica na qual situações reais tenham um papel essencial na

interação com os alunos / suas vivências, saberes, concepções, sendo o

conhecimento, entre os sujeitos envolvidos, meio ou ferramenta metodológica capaz

de dinamizar os processos de construção e negociação de significados.

Precisamos destacar a essencialidade de cada saber disciplinar, legitimado

no papel que a apropriação da linguagem e do pensamento próprio a cada cultura

científica assume, no desenvolvimento das abordagens, das ações e das

interlocuções. Assim, a esculturação contextualizada em Química, aliada à

interdisciplinaridade não superficial, traz à tona limites dos saberes e conceitos

cotidianos e, sem negá-los nem substituí-los, amplia-os nas abordagens

transformadoras possibilitadas pelos conhecimentos emergentes e pelas ações das

condições potencializadoras da qualidade de vida socioambiental.

Tudo isso deve ocorrer conjuntamente com uma mudança da visão do que é

um professor. Este deve ser um orientador na construção do conhecimento do aluno.

AVALIAÇÃO

O presente documento destaca diversas vezes a imprescindível modificação

da simples transmissão de conteúdos. Neste sentido, é necessário que haja uma

transformação no modo avaliativo da disciplina de Química.

Pretende-se que a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite

analisar o desenvolvimento do aluno dentro desta nova visão interdisciplinar,

contextualizada e crítica.

O desenvolvimento de projetos pelos alunos possibilita a demonstração do

avanço intelectual dos alunos mostrando efetivamente os conhecimentos e

habilidades adquiridos dentro do processo educativo.

248

Neste âmbito o professor também deverá avaliar o educando através de:

leituras, interpretação e produção de textos químicos, leitura e interpretação da

Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,

apresentação de seminários, entre outros instrumentos de avaliação. Todavia esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo de

ensino de cada aula.

REFERÊNCIAS

HALL, N. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:

Bookman, 2004.

MENEZES, L.C. A matéria – uma aventura do espírito – fundamentos e fronteiras do

conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005.

Química / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed., v.1, São Paulo: Makron, 1994.

8.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes interferências da organização social no decorrer da

história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigados a atender às

expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. Assim, é na relação

entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a sociedade, que residem as

causas da ascensão ou do declínio do prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um

papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social em

249

uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se relacionar

com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir sobre a língua

como algo que constrói e é construído.

Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz

de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e em

diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua estrangeira

o aluno poderá compreender que os significados são construídos social e

historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de percepção de

mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de constatar, vivenciar e

criticar essa diversidade, realizando transformações sociais necessárias sem perder a

própria identidade cultural.

A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua

estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de

interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de

entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas

discursivas materializadas em diferentes situações.

As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na corrente

sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial teórico a

pedagogia crítica.

OBJETO DE ESTUDO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio para

progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para formar

alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as

práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, propõe superar os fins utilitaristas,

pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa

disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

250

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as

diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte

comum na seleção de conteúdos específicos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo

estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.

O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,

entendida como uma unidade de sentido pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.

CONTEUDOS BÁSICOS

• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS

• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade, vozes

sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de

discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semânticos,

discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,

figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação

gráfica e ortografia

• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,

intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes

verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das

251

classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e

indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,

marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia

• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no

texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,

repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação

da fala ao contexto ; pronuncia.

• ESFERAS SÓCIAS DE CIRCULAÇÃO - Cotidiana: bilhetes, anedotas,

cantigas de roda, comunicado, musicas, parlendas, cartão postal, quadrinhas,

receitas, piadas, convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos,

memórias, poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel,

narrativas, letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,

pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,

texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia, ,

discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,

horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica

jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, fôlder, slogan, placas, ,

publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,

assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,

leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual

técnico, placas; Midiática: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,

desenho animado.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como práticas sociais serão

trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem como

as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.

A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal

ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática

analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas

implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as

252

diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades

diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem

como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a

intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.

Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias

que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,

criar condições para que o aluno seja um leitor critico, que demonstre reações aos

textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com

relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de

produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para

quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,

instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou prática

discursivas.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante

organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano

de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.

A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os textos e

nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades e avanços

dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e diferentes formas de

avaliar.

A auto avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do

conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.

O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno

conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos

que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.

Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento avaliativo

com os encaminhamentos metodológicos adotados.

A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e

pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno

253

carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão

acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor

outros encaminhamentos que busquem superá-las.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de

Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.

JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.

Curitiba, UFPR,2004b.

Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008

9. CONTEÚDOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

9.1 CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS

METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de

ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como

espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a

compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e

aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

254

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se

no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser

organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura

curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos

significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em

núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de

Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada

em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso

aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas

diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas

pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos

nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais

devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se

restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações

etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à

abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.

9.2 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O trabalho na disciplina de Língua Portuguesa será realizado pela concepção

de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser

considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a

enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse

por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o

texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão:

255

• Discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais.

• Uma boa leitura tem de ser capaz de preencher os claros e os implícitos

indicados pelo texto, reconstruindo dessa forma o referencial amplo do dizer

do autor.

• A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de

gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses

gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a

competência e a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas

situações de interação socioverbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora

dos limites escolares.

• Quanto à análise linguística é preciso trabalhar com a gramática, com a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com

elementos gramaticais, na sua função real no interior do texto, ligando

palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo

autor, observando unidade temática e unidade estrutural, percebendo como

assunto é organizado e como as ideias e as partes do texto são costuradas.

Também considerando as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais da

Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação

humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural,

à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da

proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na ênfase ao

uso social dos diferentes gêneros textuais. O estudante deve tem a oportunidade de

aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção

ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da

escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe

possibilitem interagir na sociedade.

OBJETIVOS:

• Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na

disciplina de língua portuguesa, busca: empregar a língua oral em diferentes

256

situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer

as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade

de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;analisar os textos produzidos, lidos

e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos

linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica

da oralidade, da leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se,também, da norma padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um

processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização,

consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar,

mas se estende por toda a vida.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa é o discurso concebido como

prática social, desdobrado em três práticas, leitura, escrita e oralidade.

◦ A análise do discurso como prática social, ou o texto como essência do

trabalho com a língua materna para busca de informação e o exercício da reflexão

em atividades de leitura, escuta e produção de textos variados considerando suas

condições de produção (conteúdo temático, análise de interlocutor, fonte, lugar

preferencial de circulação, finalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade,

marcas lingüísticas e outras especificidades de cada gênero).

257

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Ensino Fundamental Fase II

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUISTICANoticias

televisivas e

radiofônicas;

- “contação” de

historias e

piadas;

- Teatro mudo

e falado;

- Fantoches;

- Musicas e

declamações.

- Jornal falado;

- Debates;

- ramatização;

- Enquetes;

- Entrevistas;

- “Causos”;

- Noticias

Radiofônicas.

- Leitura de

fabulas,mitos,

contos de fadas,

cartas, bilhetes,

cartãopostal,

poemas,(haikai),

acrósticos,

classificados,

jograis, resenhas

(filmes e livros),

charges,

literatura de

cordel, adivinhas,

cartuns, HQs,

revistas, jornais,

revistas,

fotografias...

cartas familiar

e comercial, email,

apólogo,

Parábola, noticia

de jornais

(elementos),

Poema-prosa,

relato histórico e

biográfico,

resumos,

- Produção de

fabulas, mitos,

contos de fadas,

Cartas, bilhetes...

- Reestruturação

de textos.

Produção de

textos narrativos,

descritivos

e informativos

Produção de

crônicas,

resumos,

Relatórios...

Produção de

textos

Dissertativos,

Pesquisas,

Resenhas

(conforme as

tipologias textuais

Trabalhadas

durante o

ano letivo);

- Fonemas;

- Letras;

- Silabas;

- Ortografia;

-Classes gramaticais;

- Acentuação;

- Tipos de frases;

- Pontuação;

-Encontros vocálicos,

Consonantais e Dígrafos.

- Classes de palavras;

- Frase;

- Oração e período

-Sujeito e predicado

(tipos);

- Vozes verbais;

-Predicação verbal;

- Regência verbal e nominal;

- Concordância verbal e

nominal;

-Verbos regulares e

irregulares.

- Período simples e composto;

- subordinação e

coordenação;

- Figuras de linguagem,

Pensamento e

258

relatórios... Construção;

- Estrutura e formação de

palavras.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Ensino Médio

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE

LINGUISTICA- Debates sobre

temas

atuais veiculados

pela

imprensa: jornais,

- Leitura

Compreensão de

textos

literários e não

literários e de livros

- Produção de textos

considerando o

destinatário,

finalidade,características

do gênero como

- Variação

linguística;

- fonologia;

- acentuação

gráfica;

259

radio,

teve, Internet etc.;

- Analise de

características de

textos

lidos ou ouvidos,

letras de musicas

etc.;

- Narração de

experiências

pessoais;

- Seminários (a

respeito

de obras literárias

lidas

ou pesquisas sobre

autores);

-Representação

teatral;

- Declamação de

poemas.

- Relatos de

entrevistas

Realizadas;

- Júri simulado;

- apresentação de

Parodias.

- Defesa de ponto

de

Vista quanto a

Questionamentos

de textos e Livros

(contexto de

produção,

intencionalidade

e momento histórico);

- Diferenciação de

textos de gêneros:

lírico, épico e

dramático;

- Ritmo e fluência na

declamação de

poemas e entonação

da voz na

apresentação de

pecas

teatrais;

- Leitura de livros de

Literatura como

compreensão e

fruição;

- Busca de textos

para

Leitura como fruição;

- Panorama da

Atividade

Literária no Brasil de

1500

a 1822;

-Contexto (histórico);

- Artigos científicos;

- Romances;

- Contos e poesias;

unidade temática e

estrutural;

- dramáticos (peças

teatrais);

- em verso (rima, métrica,

figuras de linguagem);

- Descrição.

- Produção de textos:

em prosa e em verso

(ficcionais e não

Ficcionais);

Informativos; resumos,

Sinopses...

Produção de textos:

Dissertativos, manuais,

publicitários,

questionários,

reportagens, resumos,

resenhas

- ortografia;

- estrutura das

palavras;

- processo de

formação das

palavras).

- Estudo do

léxico;

- Classes de

palavras;

- Sintaxe;

- Língua

padrão

(concordância

verbal,

Nominal;

regência

Verbal e

conjugação

verbal);

- Pontuação

260

realizados em

classe;

- Debates sobre

Assuntos

polêmicos ou

Questões de

interesse da turma

- Reportagens;

- Analise de textos

Verbais e não verbais

(outdoors,

Propagandas,

imagens

digitais e virtuais,

Charges, tiras

(Cômicas...)

. XIX;

- Panorama Cultural

do

período – sec. XIX

em

Portugal.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada para o ensino e aprendizagem da disciplina envolverá

atividades de compreensão e interpretação de textos. O estudo da linguagem do

texto deverá explorar, entre outros aspectos, o emprego de certas expressões e

construções da língua. A leitura de textos, incentivando na leitura oral, o ritmo e a

entonação para que se perceba o valor expressivo do texto e os sinais de

pontuação.

O professor deverá estimular o debate dos assuntos abordados dando

oportunidade para todos os alunos exporem suas ideias, levando-os a relacionarem

textos trabalhados com outros textos já conhecidos (orais ou escritos) e a relação

destes com situações cotidianas (intertextualidade).

261

O incentivo à pesquisa (biblioteca, internet, livros, jornais, revistas) deverá ter

prioridade no processo de ensino-aprendizagem. A leitura também será incentivada

através das visitas à biblioteca com atividades periódicas, bem como a confecção de

cartazes, convites, cartões, histórias em quadrinhos e produção de textos

descritivos, narrativos e dissertativos.

As tecnologias da informação e comunicação ofertadas pela escola, tais

como, computadores, DVD, vídeo cassete, revistas, livros, internet, aulas na Sala de

Artes e outras, poderão ser introduzidas para facilitar o ensinoaprendizagem dos

conteúdos programáticos, auxiliando na análise de filmes, músicas, poemas, entre

outras análises que oportunizam a participação e a formação da consciência crítica

do aluno.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a

todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação

para todos, pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis que estejam

comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os

alunos, sejam elas especiais ou não.

As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes

curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades

dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas

com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola,

buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais

especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná,

conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de currículos inclusivos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação será parte integrante do trabalho realizado em sala de aula

utilizando-se como meios o acompanhamento e a observação da participação do

aluno em todo o processo ensino-aprendizagem, estimulando-o a fazer a análise do

seu desempenho em atividades individuais e coletivas na:

262

• ORALIDADE:- relatos do cotidiano (acontecimentos, recados, causos,

programas de tv, anedotas...)- verbalizações de textos, livros lidos, filmes...-

apresentações de seminários, textos poéticos, músicas, trabalhos...- clareza e

capacidade argumentativa em debates e discussões diversas.

• LEITURA:- situações de reflexão e análise das vozes presentes nos textos;

reconhecimento da intencionalidade, questões de compreensão e

interpretação.

• PRODUÇÃO:- observação das especificidades de cada gênero;- adequação

da linguagem ao gênero, ao possível interlocutor e ao meio em que será

veiculado;- coerência;- uso adequado dos elementos coesivos;- análise

linguística de acordo com as principais dificuldades encontradas e

apresentadas pelos alunos.

É fundamental que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique

e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando

seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de

aprendizagem, sobretudo as diferenças na aprendizagem de cada aluno. Os alunos

que apresentam necessidades educacionais especiais efetuarão a avaliação

diferenciada apenas no sentido do acompanhamento, que deverá ser mais

individualizado e com uma disponibilidade de tempo maior, respeitando a dificuldade

de cada um, e não simplesmente diminuindo suas tarefas e obrigações, de tal forma

que todos, especiais ou não, vivenciem o mesmo saber.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na

escola. Brasília: MEC, 2005.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.

São Paulo: Atual, 2002.

263

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, julho/2006.

9.3 ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Breve percurso histórico

Um longo processo existiu desde a educação jesuítica às Diretrizes

Curriculares Educacionais.

Hoje a LDBN 9394/96, estabelece em seu artigo 26 paragrafo 2º: “O Ensino

de Arte constituirá componente curriculares obrigatórios nos diversos níveis da

Educação Básica, de forma

a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.”.

E os PCNS, incluem a arte na estrutura curricular como área de conhecimento

ligado à cultura artística, e não como uma atividade apenas.

Segundo MARTINS (1998) a ARTE é importante na escola, porque é

importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através do

tempo, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem o

direito ao acesso a esse saber.

Por isto e com isto se firma a posição da disciplina como uma forma de

conhecimento importante e necessário que as Escolas Públicas oportunizam as

comunidades escolares.

Conhecimento em Arte

Para as aulas de Arte é necessário antes de tudo a compreensão de que a

Arte é um campo de conhecimento produzido pelas sociedades humanas, portanto

264

tem conteúdo e metodologia ambos ligados a produção cultural artística social e

historicamente construída pela Humanidade.

Neste sentido a abordagem de seus conteúdos devem apresentar uma

unidade. Tanto em relação aos conteúdos estruturantes, quanto a seleção de

conteúdos para fazer frente a resposta ao Projeto Político Pedagógico da Escola.

Para tanto, a Escola deverá ser como um espaço de conhecimento artístico

articulando currículo e anseios da comunidade local. A organização pedagógica

seguirá os três momentos pedagógicos da proposta triangular e as orientações

metodológicas das DCEB-Pr a saber: Teorizar, Sentir, e Perceber.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE ARTE

Pelo que já foi exposto acerca da disciplina de Arte sua história e importância,

os objetivos devem se alinhar em conteúdo e encaminhamento metodológico ao

Projeto Político Pedagógico com vista a formação do homem que se almeja.

Neste sentido então o Ensino de Arte é resultado de um processo teórico

prático fundamentado no conhecimento em Arte. A articulação da teoria e prática

deverá ser encaminhada tento pelo próprio objetivo como agente norteador, como

também através da seleção dos conteúdos de acordo com as DCEB-Pr e o

apropriado recorte ou acréscimo de conteúdos para fazer frente as demandas

desejadas e explicitadas no Projeto Político Pedagógico.

A seguir temos a relação de objetivos desejados para a disciplina de Arte:

OBJETIVOS GERAIS

• Procurar metodologicamente adaptar os conteúdos a realidade dos alunos da

Escola;

• Aproveitar as características peculiares da comunidade escolar para

encaminhar o plano de trabalho docente alinhados tanto a realidade como as

DCEB-Pr;

265

• Trabalhar com as produções artísticas disponíveis nas suas diferentes

linguagens (Arte Visual, Música, Teatro e Dança);

• Propiciar momentos em que a sensibilidade humana aflore nas aulas, através

de atividade sensibilizantes;

• Considerar a produção artística como meio de comunicação e expressão de

conhecimento;

• Utilizar a produção artística construída historicamente pela Humanidade como

forma de reflexão e compreensão dos diferentes processos de manifestação

social;

• Utilizar os momentos de produção individual como forma de reflexão e

compreensão dos diferentes processos de manifestação pessoal;

• Desenvolver capacidades de reflexão, análise crítica, auto expressão e

relacionamento social.

CONTEÚDOS

Ensino Fundamental II

ARTE VISUAL

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos forma: Ponto, Linha, Textura,

Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz.

Composição

• Composições: Bidimensional, Figurativa, Simétrica, Geométrica. Tridimensional,

Figura e Fundo, Abstrata, Perspectiva; semelhanças, Contrastes, Ritmo

Visual, Deformação.

• Técnicas de Composição: Pintura, Escultura, Arquitetura, Desenho, Fotografia,

Áudio Visual

• Gêneros de Composição: Mitologia, Paisagem, Retrato e Natureza Morta

Paisagens Urbanas, Cenas do Cotidiano

266

Movimentos e Períodos

Elementos e características das Artes: Grego Romana, Africana, Oriental e Pré

Histórica; Indígena, Popular, Brasileira, Paranaense, Renascimento e Barroco, Arte

Africana, Arte no Século XX, Contemporânea, elementos da Industria Cultural.

Realismo, Vanguardas, Muralismo, Arte Latino Americana, Hip Hop.

MÚSICA

Elementos Formais

• Apresentação e aprofundamento dos fundamentos dos elementos

formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia, Harmonia.

• Composição: Tonal, Modal e fusão de Ambos

• Escalas: Diatônica, Pentatônica e Cromática.

• Introdução aos Gêneros Musicais: Folclórico, Indígena, Popular, Étnico.

• Técnicas: vocal, instrumental e mista.

• Improvisação.

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Música: Grega Romana, Oriental, Ocidental,

Africana, Popular e Étnica; Eletrônica, Minimalista, Rap, Rock, Tecno;

Engajada, Música Popular Brasileira, Contemporânea.

TEATRO

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Personagem

(Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

• Composição:

• Representação e Leitura Dramática, Representação no Cinema e Mídias

267

• Elementos da Composição: Enredo, Roteiro, Espaço Cênico, Adereços, Texto

Dramático, Maquiagem, Cenografia, Sonoplastia, Iluminação e Figurino.

• Introdução as Técnicas de composição: Jogos, Teatro Direto e Indireto,

Improvisação, Manipulação, Máscara, Mímica, Formas animadas.

• Introdução Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia e Circo, Rua e Arena e

Caracterização, Monólogos, Direção, Ensaio, Teatro-Fórum.

• Dramaturgia

Movimentos e Períodos

• Elementos e características do teatro: Grego-romano, Oriental, Medieval e

Renascentista, Teatro Africano, Comédia Dell'Arte, Popular, Brasileiro,

Paranaense, Indústria Cultural, Impressionismo, Realismo e Cinema Novo,

Teatro Engajado, Teatro do oprimido, Teatro do Pobre, Teatro do Absurdo,

Vanguarda

DANÇA

Elementos Formais

• Apresentação e fundamentos dos elementos formais: Movimento Corporal,

Tempo, Espaço

Composição

• Elementos de composição: Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos

Articulares, Fluxo, Rápido e Lento, Formação, Deslocamentos, dimensões,

Rotação, Coreografia, Salto e Queda, Peso, Fluxo, Lento, Rápido e

moderado, níveis, formação, Direção, Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e

desaceleração, Sonoplastia, Peso, Giros, Rolamentos, Extensão,

Deslocamento.

• Técnicas de composição: improvisação.

• Gêneros de dança: Circular, Folclórica, popular e Étnica, Indústria Cultural e

Espetáculo, Performance e Moderna.

268

Movimentos e Períodos

• Elementos e características da Dança: Pré Histórica, Greco-Romana,

Renascentista, Clássica, Dança Popular, Brasileira, Africana, Indígena, Hip

Hop, Músicas, Expressionismo, Indústria Cultural, Dança Moderna,

Vanguarda, Dança Contemporânea.

Ensino Médio

ARTES VISUAIS

Elementos Formais

• Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor, Luz.

Composição

• Composições: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, Figurativa,

abstrato,perspectiva, semelhanças, contraste, ritmo visual. simétrica,

deformação, estilização.

• Técnicas de Composição: Pintura, desenho, modelagem,instalação,

performance, fotografia, gravura, Escultura, Arquitetura, história em

quadrinhos

• Gêneros de Composição: Paisagem, natureza – morta, cenas do cotidiano,

histórica, religiosa e da mitologia.

Movimentos e Períodos

• Arte Ocidental, Oriental, africana, brasileira, paranaense, popular, de

vanguarda, industria cultural, contemporânea , latino -americana;

269

MÚSICA

Elementos Formais

• Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Duração.

Composição

• Ritmo e Melodia, harmonia.

• Escalas: modal, tonal e fusão de ambos.

• Gêneros: Erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop

• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação

Movimentos e Períodos

• Música Popular, Brasileira, Paranaense, Industria Cultural, Engajada, de

Vanguarda, Oriental, Ocidental, Africana, Latino- Americana.

TEATRO

Elementos Formais

• Personagem (Expressões: Corpoal, Vocal, Facial, Gestual), Ação, Espaço.

Composição

• Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mimica, ensaio, Teatro –

Fórum, Roteiro, Encenação e leitura dramática.

• Gêneros Teatrais: Tragédia, Comédia, Drama e Épico.

• Representação nas Mídias: Caracterização, Cenografia, sonoplastia, Figurino

e Iluminação, Direção, Produção.

Movimentos e Períodos

• Teatro Grego-romano, Oriental, Medieval, Brasileiro, Parananense, Popular,

Indistria Cultural, Engajado, Dialético, Teatro essencial, Teatro do oprimido,

270

Teatro pobre, de Vanguarda, Renascentista, Teatro Africano, Latino –

Americano e Simbolista..

DANÇA

Elementos Formais

• Movimento Corporal, Tempo, Espaço.

Composição

• Kinesfera, Fluxo, Peso, Eixo, Saltos e Quedas, Giros, Rolamentos, Movimentos

articulares, Lento rápido e moderado, Aceleração e desaceleração, Níveis de

deslocamento, Direção, Planos, Improvisação, Coreografia,

• Gêneros: Espetáculo, Industria Cultural, Ética, folclórica, Populares e de Salão

Movimentos e Períodos

• Pré – história, Greco – Romana, Medieval, Renascimento, Dança Clássica,

Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana, Indígena, Hip Hop, Industria

Cultural, Dança de Vanguarda, Dança Moderna, Dança Contemporânea.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

O encaminhamento metodológico para o ensino fundamental da Educação

de Jovens e Adultos da rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas

Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, onde estão identificados três eixos

articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que norteiam o

currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE E IDENTIDADE e ARTE E

SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina de Artes, dos quais derivarão as

temáticas propostas e os conteúdos que serão desenvolvidos na aula.

Arte e Estética

271

“Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas artes, uma

concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola ou tendência determinada.”

(Zamacois, 1986)

A experiência estética se revela com a sensibilização, com a descoberta do olhar,

um encontro com as emoções, libertando o ser para perceber o mundo em si e ao

seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico e reflexivo. Aurélio Buarque de

Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua Portuguesa, apresenta, dentre

outros, os seguintes significados para a palavra estética: “1- estudo das condições e

dos efeitos da criação artística. 2- (...) estudo racional do belo, quer quanto à

possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e

sentimentos que ele suscita no homem”.

Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é entendida

como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte" (Pareyson, 1997, p. 2),

sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou concreta. E por ser uma

reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é a manipulação

dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes Visuais, na Música, no

Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao adotar um eixo articulador para a

disciplina de Arte baseado no entendimento acima exposto, devemos possibilitar as

experiências estéticas e compreender como aproximar e proporcionar o olhar

estético para as produções artísticas e para o cotidiano. E assim sendo, “o educando

da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a compreensão

dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura. “(Diretrizes

Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 30)

Arte e Identidade

É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é identidade e

como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos? A identidade está

em crise?

O que é identidade? É idêntico, igual, registro... Para o dicionário Houaiss identidade

é: 1- estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência da

persistência da própria identidade, 3- o que faz com que uma coisa seja a mesma

272

que outra, 4- conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma

pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-la.

A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos demais.

Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico, fazer

(se) reconhecer, distinguir traços característicos como gosto, música, festas,

folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam da

linguagem artística para expressar-se e assinar suas características sociais,

antropológicas e psicológicas.

A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das relações

com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de Jovens e Adultos do

Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná preocupa-se em uma educação

pela arte que transmita significados que estão próximos da vida concreta do

educando, produzindo aprendizagem. É um processo que mobiliza tanto os

significados e os símbolos quanto os sentimentos e as experiências a que se

propõe.

Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem consciência

do poder destas representações, textos e imagens na produção das identidades,

compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e reforçar

representações que possuímos como indivíduos e como identidade coletiva.

Arte e Sociedade

... concernem à determinação social da atividade artística,

seja do ponto de vista da finalidade social das obras – por

exemplo, o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar

ocupado pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita

secreta, financiado por um mecenas renascentista,

profissional liberal ligado ao mercado de arte, etc – seja das

condições de recepção da obra de arte – a comunidade de

fieis, a elite cultivada e economicamente poderosa, as classes

populares, a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153)

273

A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou

apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação, e sim, uma ciência

que trabalha com o conhecimento presente em diferentes instâncias sociais.

A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida em que

pensarmos a arte como construção social e não como um dom natural, talento ou

mera produção. As pessoas são construções sociais que necessariamente influem e

são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo, constrói um

determinado tipo de consciência social, propaga os conhecimentos de um grupo

popular, que são absorvidos e muitas vezes até revivificados em outras formas

artístico-culturais.

A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para que no cotidiano se

problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita, assim, a formação

de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras palavras, o conceito de arte e

sociedade abrange grandes temas da vida social como: a relação do homem com o

trabalho; as relações de gênero; a ocupação do espaço urbano e outros. Também

através deles podemos compreender, inclusive, a influência da indústria cultural,

segundo a qual, muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta impor uma ordem

social passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da arte em seu aspecto

social, deve desvelar-se de modo que o ser humano possa pertencer, dialogar e

transformar a realidade que o circunda.

Não podemos perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que

queremos construir e vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho

pedagógico em arte nos dias de hoje não se resume somente em aceitar e respeitar

a diversidade, mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e recriar

conjuntamente a fim de educar para uma sociedade mais justa e igualitária.” Ação da

escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo

assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade

social” (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos,p. 31).

PRÁTICAS AVALIATIVAS

274

A avaliação deve se fazer presente para a disciplina de Arte. É, portanto

diagnóstica, processual contínua e acumulativa.

De acordo com a LDB 9394/96, a avaliação é “contínua e cumulativa do

desempenho do aluno”. O professor participa do processo e compartilha a produção

do aluno. É o professor quem compreende a avaliação e a executa como um

projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento

do aluno baseados em critérios específicos que ele mesmo estipula visando

alcançar os objetivos explicitados no seu plano de trabalho docente de forma clara

e disponibilizados aos alunos.

“A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,

então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele

aprenda.

A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo. ”(DCEB-PR, p.32).

REFERÊNCIAS

MARTINS, Mirian C; PSOSQUE, Gisa; GUERRA M.T. Telles. Didática do Ensino de

Arte – A Língua do Mundo; São Paulo; FTD:1998.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

9.4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes interferências da organização social no

275

decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente

instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a

garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos. Assim, é na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do

currículo e a sociedade, que residem as causas da ascensão ou do declínio do

prestígio das línguas estrangeiras nas escolas.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna –Língua Inglesa- desempenha um

papel essencial no Currículo escolar, pois permite ao aprendiz sua inclusão social

em uma sociedade pluricultural, inserindo-o como participante ativo, capaz de se

relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos, levando-o a refletir

sobre a língua como algo que constrói e é construído.

Ao utilizar a língua estrangeira – Língua Inglesa - o aprendiz deverá ser capaz

de reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente e

em diferentes culturas e maneiras de pensar. A partir da interação com a língua

estrangeira o aluno poderá compreender que os significados são construídos social

e historicamente e que a língua organiza e determina as possibilidades de

percepção de mundo e de si mesmo. Desta maneira terá a possibilidade de

constatar, vivenciar e criticar essa diversidade, realizando transformações sociais

necessárias sem perder a própria identidade cultural.

A comparação entre procedimentos de construção de significados na língua

estrangeira e língua materna permitirá ao aprendiz expandir sua capacidade de

interpretar a língua, desenvolver seu senso crítico, ampliando suas possibilidades de

entendimento de mundo, tornando-o capaz de comunicar-se em diferentes formas

discursivas materializadas em diferentes situações.

As propostas aqui adotadas seguem as orientações das Diretrizes Curriculares

Estaduais da Educação do Estado do Paraná /2009, que estão embasadas na

corrente sociológica e nas teorias do círculo de Bakhtin e tem como referencial

teórico a pedagogia crítica.

Objeto de Estudo da Língua Estrangeira

276

A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, além de servir como meio

para progressão no trabalho e estudos posteriores, deve também contribuir para

formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que permitam

explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a

pesquisa e a reflexão.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna propõe superar os fins utilitaristas,

pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino dessa

disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar

as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um

norte comum na seleção de conteúdos específicos.

Ensino fundamental Fase II

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Embasada na língua como discurso enquanto prática social, o conteúdo

estruturante se efetiva na prática de leitura, da escrita e da oralidade.

O texto, de diferentes gêneros e nas diferentes esferas sociais de circulação,

entendida como uma unidade de sentido, pode ser oral, escrito, verbal e não-verbal.

Na EJA, dadas as características, o trabalho parte da exploração de diversos

gêneros textuais que propiciam a exposição do educando a língua dentro de um

contexto de interação verbal, como espaço de produção de sentidos possibilitando a

277

análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a

interação entre as habilidades em cada contexto.

O conteúdo estruturante Discurso como prática social será priorizado através da

leitura, oralidade e escrita. Servindo-se de materiais reais e textos autênticos para a

construção de significados com a interação ativa dos educandos. Os textos serão

selecionados a partir das necessidades e sugestões dos alunos desta modalidade

de ensino, visando, não apenas os objetivos de natureza linguística e sim os fins

educativos com diversos graus de complexidade da estrutura lingüística, permitindo

assim, estabelecer relações entre as ações individuais e coletivas.

Além dos temas sugeridos pelos alunos, será também trabalhado, através de textos

e afins os temas sugeridos pela lei 10.639/03 e 13.381/01 que visa a discussão da

História e Cultura Afro-brasileira e Africana, da História do Paraná e as questões

ambientais.

Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros)

• Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos,

narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de

remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, rótulos e embalagens e

etc.;

• Identificação da ideia principal de textos. (skimming);

• Identificação de informações específicas em textos. (scanning);

• Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem

(verbal e não verbal);

• Inferência de significados a partir de um contexto;

• Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc.

Foco Linguístico

• Substantivos;

• Adjetivos;

• Pronomes: pessoais, possessivos demonstrativos, e interrogativos;

278

• Verbo to be e there to be (formas: afirmativa, interrogativa e negativa);

• Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples regular e

irregular de verbos mais comuns) e futuro com Will;

• Imperativo: formas afirmativa e negativa;

• Preposições (in, on, at, from, to...);

• Advérbios de tempo, lugar e frequência.

.Vocabulário Básico

• Saudações, apresentações horas, família, partes do corpo, cores, dias da

semana, meses, estações do ano, profissões, roupas, animais, locais

públicos, condições do tempo, partes da casa, refeições, adjetivos, numerais

(cardinal e ordinal);

• Identificação da idéia principal de textos. (skimming);

• Identificação de informações específicas em textos. (scanning).

Ensino Médio

• GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS

• LEITURA – identificação do tema, intertextualidade, intencionalidade, vozes

sociais presentes no texto, léxico, coesão e coerência, marcadores de

discurso, funções das classes gramaticais no texto, elementos semântios,

discurso direto e indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo,

figurar de linguagem, marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação

gráfica e ortografia

• ESCRITA - identificação do tema, finalidade do texto intertextualidade,

intencionalidade, informatividade, vozes sociais presentes no texto, vozes

verbais, léxico, coesão e coerência, marcadores de discurso, funções das

classes gramaticais no texto, elementos semânticos, discurso direto e

indireto, emprego do sentido denotativo e conotativo, figurar de linguagem,

marcas linguísticas, variedade linguística, acentuação gráfica e ortografia.

• ORALIDADE - elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; vozes sociais presentes no

279

texto, variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão , coerência gírias,

repetição; diferença e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação

da fala ao contexto ; pronuncia.

• ESFERAS SÓCIAS DE CIRCULAÇÃO- Cotidiana: bilhetes, anedotas,

cantigas de roda, comunicado, musicas, parlendas, cartão postal, quadrinhas,

receitas, piadas, convites; Literária / Linguística: biografias, fábulas, contos,

memórias, poemas, romances, histórias em quadrinhos, literatura de cordel,

narrativas, letras de musicas, textos dramáticos; Científica: artigos, palestras,

pesquisas, resumo, relatório; Escolar: ata, cartazes, seminários, resenha,

texto de opinião, exposição oral, relato histórico verbetes de enciclopédia,

discurso argumentativo; Imprensa: charge, classificados, entrevista,

horóscopo, reportagens, tiras, sinopse de filme , manchetes, cartum, crônica

jornalística,; Publicitária: anúncios, comercial de TV, fôlder, slogan, placas,

publicidade comercial, institucional e oficial; Política: abaixo assinado,

assembleia, debate regrado, manifesto, discurso político; Jurídica: estatutos,

leis, oficio, requerimento, procuração; Produção e consumo: bulas, manual

técnico, placas; Midiática: blog, e-mail, chat, fotoblog, filmes, telenovelas,

desenho animado.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo verbal

ou não-verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma prática

analítica e crítica, ampliar os conhecimentos linguísticos e culturais de suas

implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as

diferenças culturais. Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades

diversificadas que permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem

como sua esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a

intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise linguística.

Cabe ao professor possibilitar o conhecimento dos valores culturais e estratégias

que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas. Cabe ainda ao professor,

280

criar condições para que o aluno seja um leitor critico que demonstre reações aos

textos com os quais se depara e assuma uma atitude critica e transformadora com

relação aos discursos apresentados. O professor deve direcionar as atividades de

produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para

quem se escreve em situações reais de uso. As atividades devem ser significativas,

instigantes remetendo os alunos à pesquisa, discussão e reflexão e/ou práticas

discursivas.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante

organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um plano

de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e articulada.

A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os

textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades

e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e

diferentes formas de avaliar.

A auto-avaliação deve ser introduzida com a compreensão de que o ato do

conhecimento e o produto do conhecimento são inseparáveis.

O Plano de Trabalho Docente deve ser construído de modo que o aluno

conheça previamente os objetivos do ensino definidos pelo professor, os conteúdos

que serão ensinados e os instrumentos e critérios de avaliação que serão utilizados.

Deve-se definir os critérios de avaliação assim como articular o instrumento

avaliativo com os encaminhamentos metodológicos adotados.

A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e

pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno

carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão

acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e propor

outros encaminhamentos que busquem superá-las.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

281

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de

Bakhtin. 1 ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003.

JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.

Curitiba, UFPR,2004b.

Secretaria do Estado da Educação do Paraná-SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica-Língua Estrangeira Moderna. Paraná, 2008

9.5 FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de filosofia se pauta por uma relação de ensino-aprendizagem,

portanto, que traz para a escola uma forma dialética de aprender e ensinar, onde

são valorizadas a formação e construção de conceitos, a discussão de temas e

problemas recorrentes na historia do pensamento ocidental, onde se busca mais um

entendimento das formas e estruturas de pensamento lógico-linguistico do que a

mera apreensão de conteúdos.

Na Educação de Jovens e adultos o ensino da Filosofia está baseado na

compreensão não apenas do conhecimento teórico, mas no questionamento da

realidade e no movimento em torno das respostas de forma livre e emancipadora do

pensamento e ações do nosso aluno.

Uma escola que privilegia a argumentação critica e reflexiva, por parte dos

alunos, visa formar cidadãos conscientes de seu papel em sociedade, no caminho

para uma humanidade mais feliz e justa. Conforme a LDB/96, a disciplina de filosofia

deve contribuir para a formação de pessoas conscientes; para tanto, aborda os

conteúdos necessários ao exercício da cidadania numa pratica que visa construir

liberdade para todos.

OBJETIVOS

282

• Apresentar ao aluno uma introdução à Filosofia e ao pensamento

filosófico, mostrando as diferenças fundamentais entre razão e mitologia,

enfatizando o uso da razão e colocando a atitude racional como superação

do pensamento mítico.

• Apresentar para o aluno algumas das principais correntes do pensamento

filosófico em relação a teoria do conhecimento, especialmente: o

empirismo; o racionalismo/intelectualismo; o criticismo.

• Capacitar o aluno a pensar logicamente, discernindo entre as proposições

falaciosas e os juízos enganadores, daqueles verdadeiramente legítimos.

Das ao aluno referencias básicas para validação de juízos de fato e juízos

de valor, bem como critérios seguros para distinção das noções de

realidade, verdade e falsidade.

• Contribuir para que o aluno tome consciência da necessidade de uma

busca pessoal, constante e incessante da sua própria cidadania enquanto

ser que pensa, fala e trabalha. Explicitar e discutir o problema da

liberdade, dos direitos e deveres do homem enquanto membro de uma

sociedade organizada.

• No ensino da EJA, o desafio inicial é desenvolver no aluno as

potencialidades que a caracterizam, como: capacidade de indagação e

critica; poder de sistematização, de fundamentação; domínio de conceitos;

uso de argumentação teórica que influencie no seu cotidiano; desejo de

transformação enquanto indivíduo e ser social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Mito e Filosofia

• Teoria do Conhecimento

• Ética

• Filosofia e política

• Filosofia da Ciência

• Estética

283

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Saber mítico

• Saber filosófico

• Relação mito e filosofia

• O que é filosofia

• Possibilidade do conhecimento

• As formas de Conhecimento

• O problema da Verdade

• A questão do método

• Conhecimento e lógica

• Ética e Moral

• Pluralidade Ética

• Ética e violência

• Razão desejo e Vontade

• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas

• Reações entre comunidade e Poder

• Liberdade e Igualdade política

• Política e ideologia

• Esfera publica e privada

• Cidadania formal e/ou participativa

• Concepções de ciência

• A questão do método científico

• Contribuições e Limites da Ciência

• Ciência e Ideologia

• Ciência e ética

• Natureza da Arte

• Filosofia e arte

284

• Categorias Estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,

• Estética e sociedade

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

O Ensino da filosofia deve desenvolver-se em quatro momentos:

• A mobilização para o conhecimento,

• A problematização

• A investigação

• A criação de conceitos

O Ensino da Filosofia deve preocupar - se com o cotidiano dos alunos,

buscando focar os conteúdos com a sua realidade, de modo que ao problematizar

haja sempre uma preocupação com a atualidade. De forma que ao estudar a história

da filosofia, textos clássicos em uma abordagem contemporânea, o aluno possa

formular conceitos e construir seu discurso filosófico. Utilizar os textos filosóficos no

sentido de que possam auxiliar a compreender os problemas atuais da sociedade.

O ensino da Filosofia deve apresentar-se numa perspectiva de emancipação

humana do pensamento, estimulando o aluno a pensar sobre a sua própria realidade

com coerência e senso crítico. Podemos dizer que o ensino da Filosofia “na escola

pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do

pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação,

da análise e da criação de conceitos” (DIRETRIZES CURRICULARES DE

FILOSOFIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA, 2008, p. 51).

A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que remeta o educando a sua própria realidade. Assim, os conteúdos serão estudados com o auxílio de textos filosóficos, que devem fornecer subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer as co-relações e ampliar a sua visão de mundo.

É fundamental que o ensino da filosofia seja permeado por atividades

285

investigativas individuais e coletivas de modo que organizem e orientem o debate

filosófico com objetivo de tornar este dinâmico e participativo. Para que isso

acontece é necessário incluir no desenvolvimento das aulas a leitura, debate , a

produção de textos e outras estratégias para que o aluno possa fazer a criação de

conceitos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

As avaliações serão condizentes com a metodologia empregada, e

privilegiará, justamente, o processo de aprendizagem como um meio muito mais do

que os fins. Assim, serão consideradas as praticas de arguição, argumentação e

formação de argumentação escrita, oral, e atividades em grupo. Em filosofia, se

avalia muito mais o processo do que se o objetivo foi plenamente atingido. Desse

modo, as avaliações poderão considerar os trabalhos em grupo, dinâmicas de

sensibilização, participação em debates, apresentação de seminários, trabalhos

escritos, em grupos e individuais e provas escritas.

REFERÊNCIAS

ARENDT, Hannah. Que é liberdade? In: Entre o passado e o futuro. 5ª ed. São

Paulo: Perspectiva, 2003.

Filosofia / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. I. São Paulo: Paulus, 1991.

VERNANT, Jean-Pierre. Entre o Mito e Política. São Paulo: Editora da Universidade

de São Paulo, 2001.

9.6 SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

286

As grandes mudanças na história da humanidade, ocorridas no século XVII e

que se estenderam ao século XIX, só foram superadas pelas transformações do final

do século XX. A Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e a Revolução

Francesa de 1789, geraram grandes problemas sociais, que os pensadores da

época não conseguiam explicar, surgindo assim a Sociologia enquanto ramo do

saber científico, com a função de compreender e interpretar as transformações

econômicas, sociais e políticas que se processavam na Europa a partir da

desagregação da sociedade feudal e da consolidação do capitalismo.

Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia insere-se na busca de

explicações científicas para as inúmeras transformações sociais, econômicas,

políticas e culturais decorrentes dessas duas revoluções.

As novas formas de organização social que surgiram devido à industrialização

firmaram o modo de vida de grandes contingentes humanos. As mudanças que se

deram naquele período e seus reflexos na sociedade podem ser comparados ao que

está acontecendo na conjuntura atual, em que outra grande transformação científico-

tecnológica está influenciando profundamente a vida das pessoas, que por estarem

vivendo-a, ainda não conseguem, em sua maioria, perceber a dimensão dessas

alterações.

A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas

desenvolvidas a partir dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos

problemas para a sociedade. “Os conflitos gerados pelo surgimento de novas

classes sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos, reclamam a

elaboração de respostas. A sociedade torna-se um problema que precisava de

explicação” (CARVALHO, 2004, p. 199). Era necessário, portanto, que se

desenvolvesse um saber científico capaz de encontrar respostas e soluções para a

crise e de compreender a problemática social que se instalava. E assim nasce a

Sociologia.

Por um lado, o saber sociológico surge enquanto um mecanismo

importantíssimo para a compreensão das transformações e, por outro, funcionava

para “amenizar o espanto” do homem frente à crise social e econômica que se

instaurava. Não é à toa que o pensamento positivista que se desenvolve nos

primórdios da Sociologia visava restaurar a ordem social por meio de um processo

287

conservador e reformista.

A Sociologia surgiu, portanto com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela

resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento

conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no

comportamento da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e

enriquecer, quanto no pensamento socialista a propor alterações na estrutura da

sociedade. Esse conjunto de mudanças seculares ”Parecia aos contemporâneos um

produto do desenvolvimento intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os

passos da civilização, quando na verdade, o progresso crescente dos modos de

pensar sobre fenômenos cada vez mais complexos. E disso a Sociologia é uma

prova, era produto direto das novas maneiras de viver e produzir”, afirma Costa

Pinto (l965,p.37).

Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de

uma teoria, visto não haver uma única forma de explicar sociologicamente a

realidade. Cabe ao professor, de acordo com seus posicionamentos políticos e com

as teorias tradicionais da Sociologia, escolher aquela mais adequada para explicar o

objeto de estudo em questão.

O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o

seu devido potencial explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como

forma coerente de estabelecer um processo dialético entre a ação política e a ação

educacional, visando construir um conhecimento crítico e com o rigor científico

necessário.

Conforme destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:

“Como forma autoconsciente da realidade para boa parte das reflexões dos primeiros pensadores, que hoje fazem parte dos clássicos das Ciências Sociais. Como exemplo podemos citar Saint-Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer, Feurerbach, Durkheim, Weber, Marx e outros. Todos tratando de compreender, explicar e responder às transformações e crises manifestas em processos sociais e estruturais, em movimentos de protesto, greve, revolta e revolução”. (CARVALHO, 2004, p. 200).

288

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, estabelecidas pela SEED/PR,

destacam algumas concepções teóricas, que fundamentam a Sociologia enquanto

disciplina acadêmica e escolar:

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

Toda ciência, como produto histórico, está em constante processo de

construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram

as bases teórico-metodológica do pensar a realidade com método e espírito de

indagação.

Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e

ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade

européia da sua época,valendo-se da ciência ara compreender o sentido da crise

que a cometia. Cada qual lhe lançou um olhar:

Émile Durkheim

Durkheim toma por pressuposto que a sociedade é regida por leis e uma

ciência que dela se ocupe deve chegar à formulação de grandes generalizações que

a explicam. Assim propõe a teoria da coesão ou da solidariedade social,

demonstrando que o princípio da integração perpassa a sociedade, cujo

funcionamento tende à estabilidade. O sistema social, na sua concepção, é

formulado em comparação com o organismo vivo do que infere ser saudável a

sociedade quando ocorre integração entre suas partes, ou patológica, se qualquer

distúrbio retire-lhe a harmonia.

Preocupado em estabelecer um objeto de estudo e um método para a

sociologia, Durkheim dedicou-se a essa questão, salientando que nenhuma ciência

poderia se constituir sem uma área própria de investigação. A sociologia deveria se

ocupar de acordo com ele, com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos

como exteriores, coercitivos e gerais, que captada na regularidade dos fenômenos

coletivos encontrados em sociedades de todos os tempos e pode ser ilustrada pelas

relações de parentesco; um fato social é normal por estar presente na extensão de

uma dada sociedade.

289

Segundo Durkheim, a divisão do trabalho, como fato social, deveria em geral

provocar uma relação de cooperação e de solidariedade entre os homens. No

entanto, como as transformações socioeconômicas ocorriam velozmente nas

sociedades europeias, inexistia ainda, de acordo com ele, um novo e eficiente

conjunto de ideias morais que pudesse guiar o comportamento dos indivíduos. Tal

fato dificultava o '' bom funcionamento” da sociedade. Essa situação fazia com que a

sociedade mergulhasse em um estado de anomia, ou seja experimentasse uma

ausência de regras claramente estabelecidas, ou seja a sociedade encontrava-se

socialmente doente.

Durkheim considerava a Sociologia, a ciência das instituições, de sua gênese

funcionamento, cuja missão era reconstruir uma moral que respondesse às

exigências do espírito científico da época. Numa visão otimista da história colocava

a necessidade de consenso social e via na educação uma instituição integradora por

passar para as novas gerações as condições essenciais para a sobrevivência da

sociedade, identificando-a com o sistema de normais morais.

Max Weber

A intenção de conferir à Sociologia uma reputação científica encontra na

figura de Max Weber (1864-1920) um marco de referência. Durante toda sua vida,

insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento científico, fruto de

cuidadosa investigação e os julgamentos de valor sobre a realidade.

A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma

rigorosa fronteira entre o cientista, homem do saber, das análises frias e

penetrantes, e o político, homem de ação e de decisão comprometido com as

questões práticas da vida. O que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação,

segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta, das motivações e das

consequências de seus atos.

A ideia de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante

para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como profissão. Ela abria a

possibilidade de conceber a Sociologia como um conjunto de técnicas neutras que

poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado .Vários estudiosos

da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade defendida

por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma

290

forma de manter a autonomia da Sociologia em face da burocracia e do Estado

alemão da época.

A formação da sociológica desenvolvida por Weber é influenciada

enormemente pelo contexto intelectual alemão de sua época. Incorporou em seus

trabalhos algumas ideias de Kant, como a de que todo ser humano é dotado de

capacidade e vontade para assumir uma posição consciente diante do mundo.

Compartilhava com Nietzche uma visão pessimista e melancólica dos tempos

modernos. Com Sombart possuía a preocupação de desvendar as origens do

capitalismo.

A Sociologia por weber desenvolvida considerava o indivíduo e a sua ação

ponto chave da investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto

de partida da Sociologia era a compreensão da ação dos indivíduos.

Em Weber também se manifesta o cuidado metodológico para garantir a

cientificidade ao processamento do investigador, deixa claro o papel da subjetividade

na produção do conhecimento. Para ele, o sujeito cognoscente é parte do processo

de compreensão da realidade, ou seja, compreender equivale captar o sentido de

uma ação social. Isso significa que Weber busca também a evidência dos

fenômenos estudados, ainda que essa não esteja explícita na ação. Logo,

compreender o sentido da ação implica chegar ao significado que o sujeito ou os

sujeitos da ação conferem a ela, orientando-se pela conduta de outros.

No âmbito da realidade política, a contribuição de Weber sobre o fenômeno

da dominação, seja racional, tradicional ou carismática, como os tipos ideais puros,

coloca a luz na questão da autoridade e de sua legitimidade, ao tratar o poder nas

condições da ação humana disposta à obediência no confronto com os dominadores

que pretendem deter o poder legítimo. A pretensão de legitimação dos dominadores,

ou seja, o seu reconhecimento e aceitação sociais são mais considerados por Weber

que o próprio exercício da dominação.

Karl Marx

A elaboração mais significativa do conhecimento sociológico crítico foi feita

pelo marxismo. Deve-se a Marx e Engels a formação e o desenvolvimento desse

pensamento sociológico crítico radical da sociedade capitalista.

291

Na concepção de Marx e Engels o estudo da sociedade deveria partir de sua

base material, e a investigação de qualquer fenômeno social da estrutura econômica

da sociedade, constituiria a verdadeira base da história humana.

O método proposto por Marx é o método dialético, que possui quatro

características fundamentais; tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão

universal); tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento

incessante); mudança qualitativa; luta dos contrários.

A aplicação do materialismo dialético aos fenômenos sociais teve o mérito de

fundar uma nova teoria científica de inegável alcance explicativo: o materialismo

histórico. Engels e Marx concluíram de que seria necessário situar o estudo da

sociedade a partir de sua base material. Tal constatação implicava que a

investigação de qualquer fenômeno deveria partir da estrutura econômica da

sociedade, que a cada época constituía a verdadeira base da história humana.

A função da sociologia não era o de solucionar “problemas sociais”, com o

propósito de restabelecer o “bom funcionamento da sociedade”, como o Pensavam

os positivistas. Longe disso, ela deveria contribuir para a realização de mudanças

radicais na sociedade. Sem dúvida, foi o socialismo, principalmente o marxista, que

despertou a vocação crítica da sociologia, unindo a explicação e alteração da

sociedade, e ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente.

Segundo Marx as situações de conflitos existentes na nascente sociedade

industrial capitalista foram em larga medida omitidas pela vertente sociológica do

positivismo. Comprometido com a transformação revolucionária da sociedade, o

pensamento marxista procurou tomar as contradições do capitalismo como um de

seus focos centrais. Para Marx, assim como para a maioria dos marxistas, a luta de

classes, e não a “harmonia” social, constituía a realidade concreta da sociedade

capitalista.

Marx (1975) “... se pergunta o que é a sociedade em qualquer de suas formas

e demonstra que ela é o resultado da ação recíproca dos homens, que não

escolhem esta ou aquela forma. E prossegue: para um estado particular de

desenvolvimento das forças produtivas, todos os meios materiais e recursos de

conhecimento - tem-se uma forma particular de comércio e de consumo. A etapa

particular de desenvolvimento da produção corresponde determinada estrutura

292

social, uma organização corresponde da família, dos estamentos, das classes, ou

seja, uma sociedade civil correlata.”( DIRETRIZES CURRICULARES DE

SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, 2008, P.62).

Pierre Bourdieu

Com uma complexa e vasta produção Pierre Bourdieu (1930-2002) ultrapassa

qualquer interpretação de ser estruturalista sua proposta sociológica, ao dar ênfase

à ciência capaz de ir além dos modelos para apreender a natureza da vida social. Ao

explicar as relações de poder inscritas em um campo social e ao analisar a

dimensão simbólica, cultural, do capital, Bourdieu(1989) constrói uma teoria da

prática social, onde cunhou o conceito de habitatus. No espaço social distinguem-se

as práticas sociais mediante habitatus sistema de esquemas instituintes, espécie

de história das relações sociais. Desse modo, o habitatus é o gerador de um

conjunto de disposições comuns, por exemplo, do gosto de uma classe social. No

campo da educação, Bourdieu exemplifica o professor como alguém que herda

capital cultural recebe iniciação em leituras e desenvolve um gosto que o diferencia

de trabalhadores de escritório.

Para Bourdieu, os bens culturais aos qual o aluno tem acesso conforme sua

classe social, incrementados pelos conhecimentos escolares – seu capital cultural

determina a sua posição na hierarquia econômica e social.

Florestan Fernandes:

Florestan Fernandes (1920-1995), para quem o pensamento crítico descortina

as diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos

sociais por diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e

classes sociais em sua situação histórica. Para ele, o conhecimento sociológico

crítico configura-se em uma autoconsciência científica da sociedade, com Sociologia

assumindo o caráter de uma técnica racional de consciência e de explicação das

condições de existência e do curso dos eventos histórico-sociais.

No pensamento de Florestan Fernandes a sociedade é um nexo de relações

que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade

social. O homem se constitui como um ser social ao constituir sua sociabilidade, sua

forma de organização concreta. “Existir” socialmente significa, para o sociólogo,

compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e reações, praticar

293

ações e relações que são interdependentes e se influenciam reciprocamente. Tal

nexo de relações configura as condições de persistência e/ou transformação da

realidade social.

A reflexão principal de Florestan Fernandes é sobre a desigualdade social,

Seu trabalho de professor é reconhecido internacionalmente. Foi responsável pela

criação de vários grupos de pesquisadores que vieram a reformular a sociologia no

Brasil, conferindo-lhe um rigor que jamais tivera, contribuindo para transformar as

ciências sociais no país estabelecendo um novo estilo de pensamento.procurando

identificar as contradições da sociedade de classes e o papel da Sociologia diante

dessa realidade, realizando ao longo de suas obras, várias pesquisas sobre temas,

alguns até então pouco estudados, como a situação do negro na ideologia dos

operários brasileiros e a vida social nas tribos indígenas, fez um retrato da burguesia

brasileira, mostrando o esforço que essa classe social realizou na sua resistência à

mudança social.

Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos

trabalhadores e sua objetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê

prioridade à maioria da população marginalizada. A educação e a auto-emancipação

coletiva se tornam, então, co-determinantes de uma relação recíproca mediada pela

escola e inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a sociedade

capitalista existente.

As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica

de sala de aula e oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca.

Conforme o caderno de Sociologia da SEED/PR destaca, é “do resgate dos

conteúdos críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem esclarecer

muitas questões acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais

da sociedade brasileira”.

Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a

teoria e a realidade social, de forma que se discutam os principais problemas sócio-

econômicos do país, reconhecendo as classes e grupos sociais excluídos na

sociedade capitalista. É necessário resgatar para o aluno as determinações

históricas que originaram os problemas sociais, bem como a necessidade de

posicionar-se criticamente e politicamente frente a essa realidade, transformando-a.

294

OBJETIVOS

A modalidade de Educação de Jovens e Adultos apresenta algumas

especificidades em relação ao Ensino Médio regular. Segundo Oliveira (2001), três

campos contribuem para a definição de quem é o adulto que frequenta a Educação

de Jovens e Adultos:

1º) a condição de não-crianças;

2º) a condição de excluídos da escola;

3º) a condição de membros de determinados grupos sociais.

Dessa forma os jovens e adultos da EJA possuem um saber que não é

escolar, mas que é importante no processo de aprendizagem e no cotidiano dos

alunos. A incorporação dos saberes que os jovens e adultos possuem é essencial

para atribuir significados à prática educacional e pedagógica, uma vez que estes

alunos têm uma grande carga de experiências e conhecimentos ligadas ao

enfrentamento da vida, ao mundo do trabalho, ao contato com o mundo burocrático.

Tais conhecimentos e experiências, que se constituem em saberes não escolares,

devem ser “transformados” em conhecimentos pela experiência escolar. Somente

assim a modalidade de Educação de Jovens e Adultos poderá ser uma ação

positiva. Ou seja, quando emancipar o sujeito da EJA e não apenas executar uma

“diplomação” que ateste sua passagem pelos bancos escolares.

Neste sentido, a disciplina de Sociologia não deve se limitar à transmissão de

conhecimentos e de teorias sociológicas, mas a um enfrentamento que propicie aos

alunos refletir sobre a sua realidade mais imediata e sobre o mundo social que o

cerca. Contudo, esta reflexão deve ter como base de sustentação os conhecimentos

fornecidos pela Sociologia, escapando assim do senso comum e das visões

preconceituosas e estereotipadas.

De maneira mais esquematizada, o objetivo geral da disciplina se apresenta

da seguinte maneira:

• Despertar no aluno a compreensão crítica da realidade em que vive e de si

mesmo;

• Construir um nível de leitura da realidade, pensando-a sociologicamente;

295

• Perceber as diferenças sociais, ressaltando os anseios de cada uma delas;

• Perceber a dinâmica dos movimentos sociais e suas causas;

• Debater a cidadania no âmbito da sociedade contemporânea de consumo

CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes é um rol de fenômenos sociais inter-relacionados.

São, portanto, instâncias conceituais que remetem à reconstrução da realidade e às

suas implicações lógicas. São estruturantes os conteúdos que identificam grande

campo de estudos, onde as categorias conceituais básicas da Sociologia-ação

social, relação social, estrutura social e outras eleitas como unidades de análise

pelos teóricos, fundamentam a explicação científica.

De acordo com o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino

Médio” da SEED/PR, os conteúdos que seguem não se resumem a uma listagem de

temas e conceitos encadeados de forma engessada e rígida. São “conteúdos

representativos dos grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento

universal e deve ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção

teórica”. São considerados, portanto, como uma gama de conteúdos estruturantes,

centrais para a compreensão da realidade social, cuja função básica é

instrumentalizar alunos e professores na seleção, problematização e organização

dos conteúdos específicos da sociedade em que o aluno está inserido.

Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece

sem uma crítica social. Os conteúdos em sociologia têm a tarefa de exercer um

efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre

si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são.

Os Conteúdos Estruturantes não se confundem com listas de temas e

conceitos encadeados de forma rígida, as constitui apoio conceitual históricos e

contextualizados, que norteiam professores e alunos, sujeitos da educação escolar e

da prática social, na seleção organização e problematização dos conteúdos

específicos relacionados a necessidades locais e coletivas. São estruturantes os

conteúdos que estabelecem essa ponte entre o local e o global, o individual e o

296

coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-

relações que constituem a sociedade.

Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico-

Raciais propostas pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho

Estadual de Educação no que se refere ao Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana e Indígena.

Além da temática afro-brasileira e africana, procuraremos inserir nas

discussões os conteúdos referentes à História do Paraná, conforme consta na Lei

Estadual 13.381/01, principalmente no que diz respeito à formação da sociedade

paranaense, a contribuição das etnias européias na construção do povo do Paraná.

A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem

trabalhados em Sociologia, em função da interligação entre sociedade e ambiente,

principalmente no que se refere à exploração e degradação do espaço na produção

da vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 que trata da Educação

Ambiental, sempre que possível, os conteúdos abordarão a temática do meio

ambiente e a relação do homem com a natureza enquanto um dos polos de

construção da vida social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas

• Processo de socialização e instituições sociais

• Cultura e Indústria Cultural

• Trabalho, produção e classes.

• Poder, Política e Ideologia.

• Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Introdução à sociologia

297

* Contexto histórico do surgimento da sociologia

* Formação e consolidação da sociedade capitalista

* Teorias sociológicas clássicas: Conte, Durkheim, Engels e Marx, Webber.

*Desenvolvimento da Sociologia no Brasil

Grupos sociais

* Principais agentes de socialização

* Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas, instituições de reinserção

Diversidade cultural

* Identidade cultural

* Indústria cultural, cultura erudita e popular

* Étnocentrismo

* Meios de comunicação de massa

* Globalização e cultura

* Globalização e neoliberalismo

* Sociedade de consumo

* Indústria cultural no Brasil

* Questões de gênero

* Cultura Afro-Brasileira e africana

* Culturas indígenas

Conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades

* Desigualdades sociais

* Estamentos, castas, classes sociais

* Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

* Neoliberalismo

* Relações de trabalho no Brasil

* Trabalho e degradação ambiental

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno

* Democracia, autoritarismo, totalitarismo

* Estado no Brasileiro

* Conceito de Poder, ideologia, dominação e legitimidade

298

* As expressões de violências nas sociedades contemporâneas

Conceito de cidadania

* Direitos: civis, políticos e sociais

* Direitos humanos

* Movimentos sociais

* Movimentos sociais no Brasil

* A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

* ONGs

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Fruto de um dissenso constante, o pensamento sociológico tem sido

construído no embate entre as variadas formas de se aprender/compreender o real.

Tal característica, entretanto, não deve ser compreendida como uma fragilidade, ela

apenas torna visível a forma como a Sociologia tem produzido e reproduzido seu

conhecimento, em um processo que localiza problemas, mas também aponta

condições para superá-los.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia, manter no

foco de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos

clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos

básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx serão desenvolvidos levando-se em

conta o recorte temporal, retomando o histórico da disciplina em cada teoria

trabalhada.

Cabe a Sociologia ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar respostas no

seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na

família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de história etc., ao

invés de receber respostas prontas. As peculiaridades da região em que a escola

está inserida e a origem social do aluno não serão perdidas de vista, para que os

conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam às demandas e

possíveis inquietações e questionamentos desse grupo social.

A abordagem dos conteúdos dos conteúdos de Sociologia acontecerá sob

299

três aspectos teorias, conceitos e temas em função da dinâmica da sociedade e da

própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos metodológicos.

Estes instrumentos devem ser adequados aos objetivos pretendidos em cada

conteúdo, bem como devem possibilitar o desenvolvimento de um pensamento

crítico e questionador. Ao aprender a questionar a sociedade, o aluno amplia a visão

que tem de seu papel, na comunidade, na cidade no país e no mundo e, adquire

significados concretos para a sua vida e desenvolve o pensamento crítico no

cotidiano. Ao ampliar a capacidade de interpretação dos fenômenos sociais, os

alunos poderão superar o senso comum e nele reconhecer o ponto de chegada do

conhecimento.

Os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo com o

conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos, que serão trabalhados com

rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento

do espírito crítico. Destacam-se alguns encaminhamentos metodológicos próprios do

conhecimento sociológico que podem ser adotados:

• Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos.

• Aula, expositiva provocando discussões, partindo sempre do cotidiano do

aluno, embasando com uma teoria, para a superação do senso comum.

• A utilização dos recursos multimídia será organizada e aplicada das mais

diversas formas, mas evidenciando estranhamento e desnaturalização de

alguns conceitos, já aceitos pela maioria da sociedade, mas que os mesmos

proporcionam a nossa perda de identidade nacional mudança de valores,

consumismo exagerado, manutenção do poder das mesmas elites entre

outras coisas.

• Dinâmicas de grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre,

criativa e motivadora, de maneira que o aluno possa trocar idéias, interagir e

produzir uma leitura própria dos textos sociológicos e de outros materiais

como: artigos de jornais, revistas, poesias, letras de músicas...

• Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia,

música) – a escolha de um filme, de uma música ou de um programa de

televisão pode ser definida a partir de um tema ou de um recorte a ser

300

privilegiado na discussão. Estes recursos possibilitam que se faça uma

articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão sendo contempladas.

• Utilização da literatura brasileira e gibis para análises de temas como

feminismo, discriminação das mulheres, violência doméstica, desigualdade

social, entre outros.

• Análise de pesquisas sobre economia, política e dados sociais (interpretação

dos mesmos e apresentação).

• Resolução de questões com textos clássicos e contemporâneos em sala.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação da aprendizagem adquire seu sentido na medida em que se

articula, com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A

avaliação tanto no global quanto no caso específico da aprendizagem, não possui

uma finalidade em si, ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado

previamente definido ( Luckesi, Avaliação da Aprendizagem Escolar, pg.85)

Aproveitando discussões, debates, reflexões durante as aulas de Sociologia,

nas dinâmicas de grupo, produção de textos, exposição oral de trabalhos, no uso

dos recursos multimídia, entre outros instrumentos, observar-se-á se o aluno

enriqueceu seus conhecimentos, saindo do senso comum para um conhecimento

mais elaborado, mas evidentemente respeitando-se a diversidade existente em sala

de aula.

Os mecanismos de percepção e de leitura da realidade são aplicados

facilitando a identificação dos sinais de que o aluno aprendeu e das pistas para

viabilizar a reconstrução de seu conhecimento. A finalidade última da avaliação é

que todos possam ampliar continuamente seus conhecimentos e que cada um em

seu tempo, por seu caminho, e que a mediação do professor provoque um desafio

intelectual nesse aluno, torrnando-o capaz de agir e, posicionar-se criticamente,

conscientemente perante os fatos complexos da realidade atual.

A avaliação será contínua e formativa, para proporcionar avanços,

progressão, num processo de ação-reflexão. O aluno será parâmetro dele mesmo,

respeitando-se o acúmulo de seu conhecimento. A observação durante os trabalhos

301

em grupos, provas específicas, produções de textos entendimentos dos recursos

multimídias, leitura e análise de livros de literatura com temas específicos,

interpretação de dados estatísticos, entre outros, serão instrumentos nas avaliações

de Sociologia.

Cumprindo sua função, a avaliação possibilita, desta forma, verificar se houve

ou não enriquecimento do conhecimento do aluno e de que maneira se processou a

construção de seu conhecimento, primando sempre pela preponderância dos

aspectos qualitativos em detrimento dos quantitativos.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, L. M. G. de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e

discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

CHAUÍ,M. Convite á Filosofía. São Paulo ,Ed. Ática,1995.

DIAS, R. Introdução à Sociología. São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall,2005.

DURKHEIM, É. Sociología (organizador da coletânea: Albertino Rodrigues) São

Paulo;Ática,1978.

DURKHEIM,É. As Regras do Método Sociológico. São Paulo; Editora Abril,1973

( Coleção os Pensadores).

MARTINS, C. Benedito. O que é Sociología. São Paulo: Ed.Brasililiense,2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

9.7 EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A educação física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento.

No que entanto este corpo em movimento não é a manifestação sinestésica, mas

302

um corpo humano em movimento ( considerando aspectos emocionais).

A disciplina de educação física é fundamental na formação do educando. No

aspecto motor, onde são trabalhadas e coordenação motora e habilidades

perceptivas motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações

sociais, contribuindo para a socialização do ser humano e suas relações com o outro

e o meio onde está inserido. No aspecto cognitivo capacita o aluno para analisar,

avaliar e compreender.

Assim contribuindo para a formação completa “ física e mental “ , estimulando

o auto – conhecimento do corpo, seu limite e capacidade. A partir da educação física

a criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, dinâmica

interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel

social.

CONTEÚDOS

• Cultura corporal

• Cultura corporal e ludicidade

• Cultura corporal e saúde

• Cultura corporal e mundo do trabalho

• Cultura corporal e desportização

• Cultura corporal, técnicas e táticas

• Cultura corporal e lazer

• Cultura corporal e diversidade

• Cultura corporal e mídia

• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro

motoras

• Postura

• Coordenação ampla

• Coordenação fina

• Coordenação viso-motora, óculo manual

303

• Equilíbrio

• Respiração

• Descontração

• Lateralidade

• Organização e orientação espacial

• Organização temporal

• Estruturação espaço temporal

• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo

• Percepção

• Habilidades motoras

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes: o

surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; sua relação com jogos

populares; experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas;

Conheça o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar

efetivamente das diferentes formas de jogar; reconhecer a possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos

Participa com assiduidade as aulas práticas compreende que aspectos

organizacionais e comportamentais são necessários para o desenvolvimento das

aulas práticas e teóricas desenvolve habilidades de reflexo desenvolve a lateralidade

corporal e coordenação motora ampla prepara para o espírito competitivo se

envolve a habilidade óculo manual bem como o reflexo desenvolve coordenação

motora desenvolve o espírito cooperativo desenvolve velocidade em espaço

determinado:

• Aprende o jogo como atividade esportiva;

• Participa de atividade física de forma lúdica

304

• Desenvolve e aprimora as qualidades físicas e psíquicas indispensável a

formação do homem.

• Propiciar ao aluno uma condição critica sobre a realidade eu meio em que

vive;

• Conhece o seu corpo de forma conscientemente colabora e é capaz de tomar

as usas próprias decisões;

• Atende as necessidades do desenvolvimento corporal e compreende as suas

fases.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ensino Fundamental Fase II

• Esportes – coletivos, individuais e radicais

• Jogos e brincadeiras – jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e

cantigas de roda, jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos intelectuais.

Jogos sensoriais, jogos dramáticos, criação e aplicação de jogos e

brincadeiras populares.

• Dança e expressões corporais – danças folclóricas, danças de rua danças

criativas, desenvolvimento de formas corporais rítmicos – expressivas,

mímica, imitação, apresentação e vivencias de diferentes ritmos e culturas,

dança circular,

• Ginástica - ginástica rítmica, ginástica circense, ginástica para todos,

ginástica artística, ginástica de academia, diferenciação dos tipos de ginástica

e vivencias práticas

• Lutas – lutas de aproximação capoeira, jogos de oposição, lutas com

instrumento mediador

• Atividades físicas e saúde: importância da atividade física para manutenção

da saúde

• Postura

• Higiene corporal

• noções de nutrição

305

• Conceituação da atividade aeróbica e aneróbica

Ensino Médio

• Cultura corporal

• Cultura corporal e ludicidade

• Cultura corporal e saúde

• Cultura corporal e mundo do trabalho

• Cultura corporal e desportização

• Cultura corporal, técnicas e táticas

• Cultura corporal e lazer

• Cultura corporal e diversidade

• Cultura corporal e mídia

• Condutas motoras de base ou formas básicas de movimentos condutas neuro

motoras

• Postura

• Coordenação ampla

• Coordenação fina

• Coordenação viso-motor, óculo manual

• Equilíbrio

• Respiração

• Descontração

• Lateralidade

• Organização e orientação espacial

• Organização temporal

• Estruturação espaço temporal

• Expressão corporal, visual, tátil, ritmo

• Percepção

• Habilidades motoras

306

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Esportes - coletivos, individuais e radicais

• Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro, jogos cooperativos, jogos

dramáticos;

• Dança e expressões corporais – danças folclóricas, danças de salão, danças

de rua;

• Ginastica - ginástica artística/ olímpica, ginástica de condicionamento físico,

ginástica geral.

• Lutas – lutas com instrumento mediador, capoeira, lutas que mantêm a

distância, lutas com aproximação

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

• Ampliação da intervenção da educação física / psicomotricidade

• Conteúdo baseado no aluno

• Integração no processo pedagógico

• Visão critica e social

• Experiências e contato corporal ( respeito / visão de mundo)

• Articular experiências de ensino

• Acompanhamento diferenciado pela equipe escolar

• Respeito cultural e ético

• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como : sua origem, sua

evolução, seu contexto atual;

• Propor a vivencia das atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o

aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações

ás regras

• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos. Brinquedos e brincadeiras;

• Possibilitar a vivencia e confecção de brinquedo, jogos e brincadeiras com e

sem materiais alternativos.

307

• Ensinar a movimentação básica dos jogos de tabuleiro

• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças, contextualizar a dança e

vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

• Estudar origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações,

aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica ( ex: saltos,

rolamentos, parada de mão, roda) construção e experimentação de materiais

nas diferentes modalidades de ginástica. Pesquisar a cultura do circo.

• Estimular a ampliação da consciência corporal.

• Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem

materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivencia de jogos

de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua a relação com

a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta com: ginga esquiva e

golpes.

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação

entre o esporte de rendimento x qualidade de vida. Análise dos diferentes

esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistema

tático. Organização de campeonato, torneios, elaboração de sumulas e

montagem de tabelas, de acordo co os sistemas diferenciados de disputa

( eliminatória simples, dupla, entre outras ) analise de jogos esportivos e

confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular

X conhecimento científico sobre o fenômeno esporte. Discutir e analisar o

esporte nos seus diferenciados aspectos : enquanto meio de lazer , função

social, sua relação com a mídia, relação com a ciência, doping e recursos

ergogêncicos e esportes de alto rendimento, nutrição, saúde e prática

esportiva, analisar a apropriação do esporte pela industria cultural.

• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionado a expressão corporal e a

diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a

diversidade da dança e sues diferentes ritmos . Compreender a dança como

mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a

interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da

308

apropriação da dança pela indústria cultural. Organização de festival de

danças.

• Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos

da ginástica o pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho.

Estudar a relação entre ginástica x sedentarismo e qualidade de vida, por

meios de pesquisas debates e vivencias práticas, estudar a relação da

ginástica com: tecido muscular, referencias muscular, diferença entre

resistência e força, tipos de força, fontes energéticas. Frequência cardíaca,

fonte metabólica. Gasto energético, composição corporal desvios postural,

LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica

pela industria cultual entre outros. Analisar os diferentes métodos da

avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e

planejamento de treinos. Organização de festival de ginásticas.

• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das

diferentes artes marciais, técnicas, estratégias, apropriação da luta pela

indústria cultual, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre lutas e artes

marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e

estilos da capoeira enquanto jogo, luta e dança. Mobilização e ritmo.. Ginga.

Confecção de instrumentos, movimentação, roda.

Não há apenas uma metodologia utilizada nas aulas de educação física,

devido ás diferentes realidades das escolas, ex: espaço, números de alunos,

materiais inadequados, turno, entre outros. A metodologia é definida através da

diversidade cultural e social. È trabalhada de diversas formas.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros para

309

o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido tornarão o

processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de forma

continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do

aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do processo

avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

Avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja

uma reflexão sobre a ação p da prática pedagógica.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Física , propõem

formar sujeitos críticos que construam sentidos para o mundo, que compreendam

criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que pelo aceso ao

conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na

sociedade.

Diante dessa realidade é necessário assumir o compromisso pela busca de

novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior

coerência entre objetivos e avaliação, isto é penar formas de avaliar que sejam

coerentes com os objetivos inicialmente definidos.

A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no

processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem da

escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias

didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,

permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

310

ASSIS O, S. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica.

São Paulo: Autores Associados, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

BRACHT, V. Educação física e Aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992

KUNZ, Eleanor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 2004.

(Coleção educação física).

____________. A constituição das teorias Pedagógicas da Educação física. In.:

Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999

Pesquisa em ação: educação física na escola / Valter Brancht... [et al.] – 2 ed. Ijuí:

Ed. Unijuí, 2005. (Coleção educação física).

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São

Paulo: Cortez, 1992

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed. São Paulo: Cortez,

1995

9.8 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da matemática deve envolver - se com as relações entre o ensino-

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Os objetivos básicos na Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto:

campo de investigação e produção do conhecimento, natureza científica e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza

pragmática.

A educação matemática não deve se destinar a formar matemáticos, mas sim,

311

pessoas que possuam uma cultura matemática que lhes permita aplicar a

matemática na sua vida cotidiana.

Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o

conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação

dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático aplicado no processo

de produção da base material de existência humana e as manifestações teórico-

metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática. Dessa

forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as

necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a

compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo

de cada sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.

Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um papel

fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto é, da

consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das coisas

como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como uma

ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade.

Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as

necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e ao

relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os construídos no passado, o

educador permite que o educando reflita sobre as condições e necessidades que

levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou seja, o educador estará

proporcionando no processo de ensino-aprendizagem a reflexão da construção da

sobrevivência dos homens e da exploração do universo, dessa forma, estará

caracterizando a relação do homem com o próprio homem e do homem com a

natureza.

O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através

da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a abstração, o

conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico,

a elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade.

Portanto, a abordagem histórica da matemática permite ao educando jovem, adulto

e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem a

herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve

312

restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim

ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das

ideias matemáticas e sociais.

Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sócio-histórico,

faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos

da própria Matemática - conteúdos escolares - e os conceitos sociais.

Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a

especificidade da Educação de Jovens e Adultos - EJA e deve constituir o ponto de

partida para todo o ensino-aprendizagem da Matemática, ou seja, os educandos

devem ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos

informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas

expectativas em relação à escola e às aprendizagens em matemática.

OBJETIVOS

O educando deve compreender e se apropriar da matemática concebida

como um conjunto de resultados, métodos, procedimento de algoritmos, etc. E

através do conhecimento matemático, construir valores e atitudes de natureza

diversa, visando a formação integral do ser humano onde o indivíduo seja

participante ativo e não receptor passivo.

E numa perspectiva crítica, articular o conhecimento matemático com outras

áreas, contribuindo na resolução de problemas presentes no meio sócio, político,

econômico e histórico.

CONTEÚDOS:

Ensino Fundamental Fase II

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Números e Álgebras

• Grandezas e medidas

313

• Geometria

• Tratamento da informação

• Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

• Números decimais.

• Números Inteiros;

• Equação e Inequação do 1o grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1o grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2o grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

314

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

• Relações Métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo Retângulo.

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas

• Geometria Analítica;

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

• Gráfico e Informação;

• População e amostra

• Noções de análise combinatória

• Noções de probabilidade

• Estatística

• Juros

• Noção intuitiva de Função afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

315

• Números e Álgebra

• Grandezas E Medidas

• Funções

• Geometria

• Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Números Reais;

• Números Complexos

• Sistemas lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia;

• Trigonometria.

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica.

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

316

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

A aula propõe discussões e sistematização dos conteúdos levando o aluno a

investigar e criar novas ideias. Propondo também a resolução de problemas onde o

estudante terá oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos e

também terá condições de buscar várias alternativas que almejam a solução; a

etnomatemática que prioriza um ensino que valoriza a história do aluno através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais; o trabalho com a modelagem

matemática que propõem a valorização do aluno no contesto social, procura levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida; a história da

matemática que é necessária para que o aluno compreenda a natureza da

matemática e sua importância na vida da humanidade; e ainda o uso de recursos

tecnológicos como: software, televisão, jornais, revistas, calculadoras, os aplicativos

da internet, entre outros.

O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um

desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu

objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e

do homem com o próprio homem.

É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o

desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos, como

dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as

formas, entre o lógico e o histórico.

Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos

encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente, esses

317

elementos a reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Nessa

perspectiva,

A contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que deve ocupar um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com uma contextualização compreensível por ele(...). O desafio didático consiste em fazer essa contextualização sem reduzir o significado das ideias matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).

No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares

matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos devem

contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.

As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado

da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo “Orientações

Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas

educativas. São eles:

◘ a relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída

historicamente.

◘ os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto

aos educandos.

◘ a organização do processo ensino-aprendizagem, dando ênfase às atividades que

permitem a integração entre os diferentes saberes.

◘ as diferentes possibilidades dos educandos articularem singularidade e totalidade

no processo de elaboração do conhecimento.

Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim

para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas

sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados

às especificidades da comunidade escolar.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino e

aprendizagem. O professor considera no contexto das práticas de avaliação

318

encaminhamentos diversos como: a observação, a intervenção, a revisão de noções

e subjetividades, isto é, a busca de diversos métodos avaliativos escritos, orais e

demonstrações, incluindo o uso de tecnologias.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

LINS, Rômulo Campos; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra

para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997

MACEDO, L. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.POLYA,

G. A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.

9.9 CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de ciências, dentro de um contexto histórico, visa propor uma

abordagem crítica e histórica dos conteúdos, onde sejam priorizadas os

conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos

fenômenos naturais, assim como articulação entre a ciência, tecnologia e sociedade

e as implicações daí decorrentes.

Desde a pré história, o ser humano buscou entender os fenômenos naturais,

seja no céu, animais e plantas, criou instrumentos e técnicas de observação ao

longo do tempo, intensificando a construção da ciência como um todo.

A ciência provocou que os avanços científicos determinam o crescimento eu

desenvolvimento da humanidade em inúmeras áreas, oferecendo meios para que

houvesse melhora nas condições de vida na planta. Apesar constituir um

conhecimento especializado, está presente na vida cotidiana aproximando o que é

científico do senso comum.

É uma disciplina com construção humana coletiva do qual participam a

319

imaginação, a intuição e a emoção. A Comunidade cientifica sofre a influencia do

contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Ela contribui para

formação da cidadania na medida em que favorece a participação dos alunos na

vida comunitária.

Portanto a sociedade está exigindo um questionamento maior dos indivíduos

sobre a utilização racional dos recursos da natureza e sobre os problemas que

envolvem as relações entre Ciência, ser humano e Ambiente.

O conhecimento e a valorização da diversidade biológica como um bem a

ser respeitado e preservado podem contribuir para que se busquem atitudes e

interações harmônicas co m a natureza e o meio ambiente e também ajudar a

desenvolver a tolerância à diversidade entre os seres humanos, condição para

apreciar a pluralidade cultural.

O conhecimento científico é um bem coletivo que integra nossa cultura e

marca fortemente o modo como interagimos com a natureza e como resolvemos

nossos problemas.

Fazer com que os alunos reflitam e atuem no desenvolvimento sustentável

que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. È o

desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

OBJETIVOS

Os objetivos da disciplina de ciências no ensino fundamental são elaborados

para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo

e atuar como indivíduos e como cidadãos, utilizando os conhecimentos de natureza

científica e tecnológica.

Dessa forma, o ensino de ciências deverá estar organizado para que o final do

ensino fundamental, o aluno tenha desenvolvido as seguintes capacidades:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico a ser o ser humano, em

sociedade como agente e paciente de informações do mundo em que vive em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

320

• Valorizar e preservar a natureza e os seres vivos, compreendendo a

importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental:

• Compreender a tecnologia como meio, para suprir necessidades e melhorar

as condições de vida, considerando princípios éticos para avaliar as praticas

tecnológicas envolvidas em qualquer circunstância.

• Questionar a política de saúde do Brasil procurando soluções para elevar o

novel de qualidade de vida principalmente no aspecto preventivo de

atendimento a população;

• Oportunizar ao aluno o desenvolvimento da curiosidade, do interesse, da

mobilização para busca e organização de informações, ou seja, permitir que o

aluno estabeleça relações entre o mundo natural ( conteúdo da ciência), O

mundo construído pelo homem ( tecnologia), e seu cotidiano ( Sociedade)

• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação, as condições da vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável;

• Preparar o estudante para cidadania no sentido holístico, aprimorando-o

como ser humano solidário e consciente;

• Conhecer e compreender as transformações e principalmente a integração

entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas funções de nutrição,

coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões de

relacionadas à saúde e a sua manutenção, especialmente através da

preservação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir

da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do

currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de

especialização do seu objeto de estudo e ensino ( Lopes, 1999).

A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com

suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões realizadas com

321

os educadores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos

teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a

elaboração da proposta curricular desta disciplina.

A seleção dos conteúdos de ensino de ciências deve considerar a relevância

dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a

constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo,

bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo

assim, os conteúdos de ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

ciências de referências : Biologia, física,,química, geologia, astronomia, entre outras.

Propõem-se, então, para disciplina de ciências cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas biológicos

• Energia

• Biodiversidade

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Universo

• Origem e evolução do universo

• Sistema solar

• Movimentos terrestres

• Movimentos celestes

• Gravitação universal

• Astros

• Constituição da matéria

• Propriedades da matéria

• Níveis de organização dos sistemas biológicos

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos

322

• Mecanismos de herança genética

• Célula

• Formas de energia

• Conversão de energia

• Conservação de energia

• Transmissão de energia

• Organização dos seres vivos

• Evolução dos seres vivos

• Origem da vida

• Ecossistemas

• Interações ecológicas

• Sistemática

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da natureza e deve ser estudado a partir de conteúdos

abordados de forma articulada, em um a perspectiva crítica e histórica, considerando

a necessidade de contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de

conteúdos do livro didático.

A ciência deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem, como uma

construção humana, cujos conhecimentos científicos são passiveis de alteração.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes,

dos quais ramificam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados considerando a

prática social do aluno.

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da

ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e

espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e

de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se

optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do

323

educando da EJA, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais

propostas para esta modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos educandos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

Portanto os encaminhamentos metodológicos devem considerar o dinamismo

e a provisoriedade da ciência, cujas práticas e descobertas estão constantemente

sendo substituídas por outras mais modernas. Assim os conteúdos específicos

devem estar relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com outras

disciplinas e com elementos científicos, tecnológicos e sociais.

O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o

conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente

produzido.

O laboratório (desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,

pesquisas, problematização, observação, trabalhos individuais em grupos, palestras,

fóruns, debates, seminários, conversações, musicas, experimentos relatórios,

dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre

outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de

repasse de livros didáticos.

Comparações de acontecimentos científicos- passado, presente e futuro

também devem estar entre as formas de convite para a aprendizagem, assim como

a utilização das tecnologias encontradas na instituição( multimídia).

Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia de

texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar ao

interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.

Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para

324

abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos

conceitos evidencie a importância da montagem do método científico, exigindo o

desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos

fenômenos envolvidos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS E CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E

RECUPERAÇÃO

A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a

respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está

aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,

para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.

A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor

com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos

específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o

planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios

de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição

dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da

realidade.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da

avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações

e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora

dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços

na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.

Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e

instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a

natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação

real do progresso cognitivo doa alunos

A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº

9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,

325

com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos ( Diretrizes

Curriculares da Educação, 2008) Básica

REFERÊNCIAS

ANDRRY, M. A Para compreender a ciência . São Paulo: EDUC, 1998

APPLe, M. W. Ideologia e Currículo. Porto alegre: Artemed, 2006

AS TOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas. São Paulo : Papirus, 1991

LOPES, A . Conhecimento escolar: Ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:

EDUERJ, 1999

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

9.10 QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de química deve ser utilizado como uma ferramenta para que os

alunos possam ler o mundo sob visão científica. Ou seja, a Química deve ser

apresentada ao aluno no sentido de possibilitar que ele “entenda” o mundo.

Por exemplo, em tempos de estiagem muitas pessoas não se comprometem

com a economia do problema e consequências das suas atitudes. Porém, se ele

conhecesse o ciclo da água a escassez de água, poluição, tratamento perceberia o

custo de tudo isto.

Desta forma, cabe ao professor levar o aluno a pensar mais criticamente

sobre o seu mundo, refletir sobre as razões dos problemas, neste caso os

ambientais. Essa noção de leitura de mundo deve proporcionar ao estudante do

Ensino Médio uma reflexão sobre as razões que levaram, no caso do exemplo, o

racionamento da água.

O meio ambiente está intimamente ligado à Química, uma vez que o planeta

vem sendo atingido por vários problemas que correspondem a este campo do

326

conhecimento. Além disso, formou-se uma crença de crescimento econômico

ilimitado, de recursos naturais inesgotáveis e sempre substituíveis pelas descobertas

da ciência e tecnologia.

Essa prévia análise pode desencadear críticas precipitadas que condenam a

Química e não o seu mau uso. Na verdade, muitas vezes, aqueles problemas têm

solução na própria Química.

A Química tem forte presença na procura de produtos novos, essa presença

está cada vez mais solicitada, nas novas áreas específicas surgidas nos últimos

anos.

Enfim, a estratégia metodológica que tem sido recomendada é a abordagem

temática que discuta o aspecto sócio-científico, ou seja, questões ambientais,

políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, relativas à ciência e tecnologia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, ligada

diretamente à vida, é uma ciência que o leva ao estudo das substâncias materiais e

suas transformações.

A origem história dos saberes da Química está ligada às transformações

sofridas pelo mundo e surgimento/desenvolvimento da sociedade tecnológica que

exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às suas

demandas.

Propõe-se um esquema de conteúdos estruturantes centrado na matéria, que

é sustentada pela tríade: Composição, Propriedades e Transformações.

A partir deste esquema inovador, sugere-se pensar nas possíveis e contínuas

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes e seus

desmembramentos.

Pensando desta maneira, propomos uma possível lista de conteúdos a serem

abordados no Ensino Médio. Cabe ressaltar que esta proposta pode e deve Ter

modificações dependendo dos saberes já trazidos pelos alunos ou a necessidade de

alterações para melhor compreensão dos alunos. É necessário que haja uma

interelação entre todos estes conteúdos para integrar o conhecimento como um

327

todo.

• Matéria e sua natureza

• Biogeoquímica

• Química sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Matéria – constituição da matéria, estados de agregação, natureza elétrica,

modelos atômicos estudos dos metais,

• Solução- substancia simples e composta, misturas, métodos de separação,

solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão,

densidade, dispersão e suspensão;

• Velocidade das reações – reações químicas, leis das reações, representação

das reações, condições das reações ( natureza dos reagentes, contato dos

reagentes, teoria de colisão), fatores que interferem na velocidade das

reações( superfície, de contato, temperatura, catalisador, concentração dos

reagentes, inibidores), velocidade das reações químicas.

• Equilibrio quimico- reações químicas reversíveis, concentração, constante de

equilíbrio, deslocamento de equilíbrio (principio de chatelier): concentração,

pressão, temperatura, e feitos canalizadores, equilíbrio químico em meio

aquoso, constante de ionização.

• Ligação química - propriedade dos materiais, tipos de ligações químicas em

relação às propriedades materiais, solubilidade e as ligações químicas,

interações intermoleculares e as propriedades da substancias moleculares,

ligação de hidrogênio, ligação metálica (elétrons semi-livres), ligação sigma e

pi, ligações polares e apolares, alotropia

• Reações químicas – reações de oxi -redução, reações exotérmicas e

endotérmicas, diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas, variação

de entalpia, calorias, equações, termoquímicas, princípio da termodinâmica,

lei de hess, entropia e energia livre, calorimetria.

328

• Radioatividade - modelos atômicos, elementos químicos, reações químicas,

velocidade das reações, emissões radioativas, leis da radioatividade, cinética

das reações químicas, fenômenos radioativos ( fusão e fissão nuclear)

• Gases- estados físicos da matéria, propriedade dos gases (densidade/

difusão e fusão, pressão e temperatura, pressão x volume e temperatura x

volume), modelos de partículas para os materiais gasosos, misturas gasosos,

diferença entre gás e vapor, leis do gases

• Funções quimicas – funções orgânicas, funções inorgânicas

• Tabela periódica – de foram que perpasse por todos os conteúdos básicos.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

No âmbito da área da Educação Química também precisamos utilizar a

contextualização e a interdisciplinaridade como eixos centrais organizadores das

dinâmicas interativas no ensino de Química, na abordagem de situações reais

trazidas do cotidiano ou criadas na sala de aula por meio da experimentação.

Para que esta estratégia ocorra de modo adequado é preciso utilizar

situações experimentais onde ocorra a contextualização de conhecimentos em

atividades diversificadas que enfatizam a construção coletiva de significados aos

conceitos, em detrimento da mera transmissão repetitiva de “verdades” prontas e

isoladas.

Contudo, é necessário aumentar os espaços de estudo e planejamento

coletivo dirigidos à ampliação das relações entre teoria e prática nas aulas de

Química.

Defende-se uma abordagem de temas sociais (do cotidiano) e uma

experimentação que não sejam pretensos ou meros elementos de motivação, mas

efetivas possibilidades de contextualização dos conhecimentos químicos, tornando-

os socialmente mais relevantes. Para isso, é necessária a articulação na condição

de proposta pedagógica na qual situações reais tenham um papel essencial na

interação com os alunos / suas vivências, saberes, concepções, sendo o

conhecimento, entre os sujeitos envolvidos, meio ou ferramenta metodológica capaz

de dinamizar os processos de construção e negociação de significados.

329

Precisamos destacar a essencialidade de cada saber disciplinar, legitimado

no papel que a apropriação da linguagem e do pensamento próprio a cada cultura

científica assume, no desenvolvimento das abordagens, das ações e das

interlocuções. Assim, a esculturação contextualizada em Química, aliada à

interdisciplinaridade não superficial, traz à tona limites dos saberes e conceitos

cotidianos e, sem negá-los nem substituí-los, amplia-os nas abordagens

transformadoras possibilitadas pelos conhecimentos emergentes e pelas ações das

condições potencializadoras da qualidade de vida socioambiental.

Tudo isso deve ocorrer conjuntamente com uma mudança da visão do que é

um professor. Este deve ser um orientador na construção do conhecimento do aluno.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

O presente documento destaca diversas vezes a imprescindível modificação

da simples transmissão de conteúdos. Neste sentido, é necessário que haja uma

transformação no modo avaliativo da disciplina de Química.

Pretende-se que a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite

analisar o desenvolvimento do aluno dentro desta nova visão interdisciplinar,

contextualizada e crítica.

O desenvolvimento de projetos pelos alunos possibilita a demonstração do

avanço intelectual dos alunos mostrando efetivamente os conhecimentos e

habilidades adquiridos dentro do processo educativo.

Neste âmbito o professor também deverá avaliar o educando através de:

leituras, interpretação e produção de textos químicos, leitura e interpretação da

Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório,

apresentação de seminários, entre outros instrumentos de avaliação. Todavia esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo de

ensino de cada aula.

REFERÊNCIAS

330

HALL, N. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:

Bookman, 2004.

MENEZES, L.C. A matéria – uma aventura do espírito – fundamentos e fronteiras do

conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005.

Química / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed., v.1, São Paulo: Makron, 1994

9.11 FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os discursos dos livros didáticos, de uma maneira geral, mostram uma

preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma

imensidade de fenômenos físicos naturais. No entanto, neles os aspectos

quantitativos se sobrepõem aos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução

de problemas que, geralmente, recaem em trabalho matemático que apresenta

respostas prontas.

Neste contexto, os alunos não entendem os objetivos do estudo da disciplina,

pois ficam envoltos em conteúdos desvinculados da realidade, transparecendo aos

alunos uma idéia de que a física é um campo de conhecimento pronto e acabado,

idealizado por grandes gênios e somente acessível a eles.

OBJETIVOS

A Física é uma ciência natural, fruto da construção criativa da coletividade

humana e um processo de desenvolvimento. Busca mostrar aos alunos como é

construído o conhecimento, a compreensão da natureza do conhecimento, as

relações dos conteúdos com o cotidiano do aluno como agente facilitador da

aprendizagem, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas dos

331

alunos em conhecimento escolares sólidos, que possuam significado para os alunos.

O ensino de Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de

ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o

senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida,

aproximando o aluno do ato de pensar, refletir, buscando a formação de uma

consciência mais crítica, tornando possível a aproximação de outras formas de ver,

conceber e interpretar problemas comparando as diferentes soluções:

• Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas;

• Ser capaz de diferenciar e traduzir as linguagens matemáticas, discursivas e

gráficas;

• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que

envolvam aspectos físicos e ou tecnológicos relevantes (uso de energia,

impactos, uso de tecnologia específica, etc.);

• Desenvolver a capacidade de investigação física, classificar, organizar,

sistematizar,

• Identificar regularidade, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito

de medir, fazer hipóteses, testar;

• Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,

sabendo interpretar notícias científicas;

• Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história

e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Movimentos

• Termodinâmica

• Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Momentum e inércia

• Conservação de quantidade de movimento

• Variação da quantidade de movimento = impulso

• 2ª lei de Newton

332

• 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio

• Energia e o principio da conservação da energia

• Gravitação

• Leis da termodinâmica

• Lei zero da termodinâmica

• 1ª lei da termodinâmica

• 2ª lei da termodinâmica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Movimento

• Introdução

• Evolução da Física.

• Finalidade da Física.

• Grandezas Físicas.

• Ramos da Física;

• Sistema internacional de

• Unidades Potências de dez;

• Divisões mecânicas;

• Cinemática

• Cinemática escalar: teoria, seus criadores, sua prática;

• Ponto material e corpo extenso;

• Repouso, movimento e referencial;

• Trajetória;

• Posição escalar;

• Deslocamento e caminho percorrido;

• Velocidade escalar média;

• Velocidade escalar instantânea;

• Movimento uniforme;

333

• Gráficos de movimento uniforme;

• Aceleração escalar média;

• Aceleração escalar instantânea.

• Movimento uniformemente variado;

• Equação de Torricelli;

• Gráficos do movimento uniformemente variado;

• Queda de corpos;

• Cinemática vetorial;

• Vetor;

• Operações com vetores;

• Vetor oposto;

• Componentes retangulares de um vetor.

• Composição de movimento;

• Lançamento oblíquo lançamento horizontal;

• Movimento circular;

• Velocidade angular média;

• Velocidade angular instantânea;

• Movimento circular uniforme;

• Frequência e período;

• Relação entre velocidade escalar e angular;

• Aceleração centrípeta;

• Dinâmica;

• Princípios fundamentais;

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• Força;

• Força resultante;

• Equilíbrio;

• Princípio da inércia ou 1ª Lei de Newton;

334

• Massa de um corpo;

• Princípio fundamental da dinâmica ou 2ª Lei de Newton;

• Peso de um corpo.

• Medida de uma força;

• Deformação elástica;

• Princípio da ação e reação ou 3º Lei de Newton;

• Plano inclinado;

• Força de atrito;

• Influência da resistência do ar;

• Aceleração centrípeta;

• Energia: introdução; trabalho de uma força; trabalho da força peso;

potência; rendimento; energia; fórmula matemática da energia cinética;

fórmula matemática da energia potencial; princípio da conservação da

energia mecânica.

Termodinâmica

▪ Hidrostática

▪ Teoria, seus criadores, sua prática;

▪ Pressão;

▪ Fluído;

▪ Densidade absoluta ou massa específica;

▪ Fórmula matemática da pressão;

▪ Pressão de uma coluna de líquido;

▪ Pressão atmosférica;

▪ Cálculo da pressão atmosférica;

▪ Teorema de Stevin;

▪ Teorema de Pascal;

▪ Prensa hidráulica;

▪ Empuxo;

335

▪ Cálculo do empuxo;

▪ Equilíbrio de corpos imersos e flutuantes;

▪ Termometria;

▪ Teoria, seus criadores, sua prática;

▪ Temperatura e calor;

▪ Medidas de temperatura;

▪ Termômetro;

▪ Escalas termométricas;

▪ Equação entre as escalas termométricas.

▪ Dilatação térmica;

▪ Dilatação linear;

▪ Dilatação superficial;

▪ Dilatação volumétrica;

▪ Dilatação dos líquidos;

▪ Calorimetria;

▪ Unidades de quantidade calor;

▪ Calor sensível e calor latente;

▪ Calor específico;

▪ Capacidade térmica de um corpo;

▪ Equação fundamental da calorimetria;

▪ Princípio da igualdade das trocas de calor;

▪ Fases da matéria;

▪ Influência da temperatura no estado físico;

▪ Mudança de fase;

▪ Tipos de vaporização;

▪ Calor latente;

▪ Curvas de aquecimento e resfriamento;

▪ Diagramas de fase;

▪ Transmissão de calor;

▪ Aplicação da transmissão de calor;

336

▪ Termodinâmica;

▪ Energia interna;

▪ Trabalho de um sistema;

▪ Primeiro princípio da termodinâmica;

▪ Transformação cíclica;

▪ Segundo princípio da termodinâmica;

▪ Ciclo de Canot.

Eletromagnetismo

• Ótica geométrica;

• Divisão da ótica;

• Conceitos fundamentais;

• Velocidade da luz;

• Princípios da ótica geométrica;

• Ângulo visual;

• Câmara escura;

• Reflexão da luz;

• Difusão da luz;

• Reflexão regular;

• Espelho plano;

• Leis da reflexão;

• Formação de imagens;

• Associação de dois espelhos planos;

• Espelhos esféricos;

• Definição e nomenclatura;

• Condições de nitidez de Gauss;

• Raios particulares;

• Construção geométrica das imagens;

• Refração da luz;

• Definição;

337

• Índice de refração absoluto e relativo;

• Leis de refração;

• Prismas;

• Fenômenos que ocorrem por refração ou reflexão;

• Lentes esféricas.

• Ondas;

• Classificação das ondas;

• Ondas periódicas;

• Reflexão de um pulso numa corda;

• Refração de um pulso numa corda;

• Acústica;

• Ondas sonoras;

• Fenômenos sonoros;

• Efeito Doppler;

• Eletrostática

• Primeiros conceitos;

• Teoria, seus criadores, sua prática;

• A carga elétrica de um corpo.

• Princípios da eletrostática;

• Condutores e isolantes.

• Força elétrica;

• Lei de Coulomb.

• Campo elétrico

• Vetor campo elétrico;

• Campo elétrico de uma carga puntiforme;

• Linhas de força;

• Campo de um condutor eletrizado em equilíbrio;

• Campo elétrico de um condutor esférico;

338

• Trabalho e potencial elétrico

• Trabalho da força elétrica;

• Potencial elétrico;

• Diferença de potencial (DDP);

• Relação entre trabalho e DDP;

• Diferença de potencial num campo elétrico uniforme;

• Potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;

• Cálculo do potencial de um condutor em equilíbrio eletrostático;

• Capacidade de um condutor.

• Capacitores

• Associação de capacitores.

• Eletrodinâmica

• Corrente elétrica: definição; sentido da corrente elétrica; intensidade; tipos de

corrente elétrica; efeitos da corrente elétrica; elementos de um circuito

elétrico; resistência elétrica; Leis de OHM; potência dissipada.

• Reostato;

• Lâmpada de incandescência;

• Associação de resitores;

• Associação em série;

• Associação em paralelo;

• Associação mista;

• Medidores elétricos;

• Amperímetro;

• Voltímetro;

• Força eletromotriz;

• Corrente de curto – circuito;

• Associação de geradores;

• Circuitos elétricos;

339

• Lei de OHM generalizada;

• Leis de Kirchhoff;

• Fenômenos magnéticos;

• Substâncias magnéticas;

• Campo magnético;

• Indução magnética;

• Experiência de Oersted;

• Campo magnético criado por um condutor retilíneo;

• Campo magnético criado por uma espira circular;

• Campo magnético criado por um solenóide;

• Força magnética sobe cargas elétricas;

• Força magnética sobre um condutor retilíneo.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do

conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas

ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções

espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos

objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu

processo de aprendizagem.

Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído

e sistematizado, que requer metodologias específicas para ser abordada no

ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com esse

conhecimento científico, historicamente produzido.Porém, uma sala de aula é

composta de pessoas com diferentes costumes,tradições, pré-conceitos e idéias que

dependem de sua origem cultural e social, dessa forma esse ponto de partida deve

ser considerado.

340

No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia

escolhida, é importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a

respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa.

Em outros termos: é para problematizar o conhecimento já construído pelo aluno que ele deve ser apreendido pelo professor; para aguçar as contradições e localizar as limitações desse conhecimento, quando cotejado com o conhecimento científico, com a finalidade de propiciar um distanciamento crítico do educando ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao mesmo tempo, propiciar a alternativa de apreensão do conhecimento científico (DELIZOICOV. In: PIETROCOLA, 2005, p.132).

Para isso propõem-se que o conteúdos sejam trabalhados através de:

• Aula expositiva dialogada

• Atividades relacionadas ao assunto;

• Uso do laboratório de física e química;

• Conversas e debates;

• Resolução de exercícios em grupo;

• Resolução de exercícios oralmente para eliminar dúvidas;

• Resolução de problemas elaborados a partir de textos retirados de revistas ou

jornais;

• Desenhos e apresentações gráficas.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação deve ser ligada com princípios, conteúdos e objetivos sendo ela,

um processo continuo, formativa, participativo, não definindo uma proposta de

metodologia de avaliação, indicação e detalhamento de instrumentos mais sim

visando a favorecer informações que permitam compreender melhor cada aluno e

entende-lo nas suas relações.

Os instrumentos poderão ser variados, sendo importante que sejam claros

para o aluno, pois senso crítico aliado à necessidade de sentir-se reconhecido

341

tornará o processo avaliativo significativo. Esse processo, por se manifestar de

forma continua, poderá revelar as alterações próprias e características desse

momento do aprendizado. Abordagens que incluam os alunos como participantes do

processo avaliativo serão bem aceitas, pois alem de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade, também favorecerá a maior compreensão e localização desses

alunos na construção do conhecimento pessoal e para a coletividade à qual

pertence.

A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e

sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o

professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando

avanços e dificuldades no processo pedagógico, com objetivo de (re) planejar e

propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as

dificuldades constatadas.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino/ aprendizagem da

escola. Deve sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias

didáticas- metodológicas, compreendendo esse processo como algo continuo,

permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

Física / Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.232

CHAVES, A. Física – ondas, relatividade e física quântica. Rio de janeiro:

Reichmann & Affonso, 2001.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

PARKER, S. Galileu e o Universo. São Paulo: Scipione, 1996.

NICOLSON, I. Gravidade, Buracos Negros e o Universo. Rio de Janeiro: Francisco

Alves, 1981.

9.12 BIOLOGIA

342

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento de Biologia deve auxiliar a análise e reflexão de questões

polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos

naturais e à utilização de tecnologia.

Deve-se também discutir o avanço do conhecimento biológico, porque ele é a

base para as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variedade

genética, que podem ser estudadas a partir de modelos que procuram interpretar o

real nas aulas experimentais.

A Biologia deve contribuir para a cultura científica, formação de pessoas

críticas, reflexivas e atuantes, por meio de conteúdos, desde que este proporcione o

entendimento do estudo, a formação de pessoas observadoras, uma vez que ela é o

sujeito do processo de observação.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta

Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida

em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um

conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um

indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da

interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo

sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão

sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo

tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.

Ressalta também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos

articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,

enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem

suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...)É preciso que

estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do

equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser

vivo conhecido”.

É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento

científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os

seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber

343

questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os

aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de

forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e

os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida.

OBJETIVOS

Os conhecimentos biológicos devem:

• Proporcionar ao aluno a aproximação com a sua experiência concreta, como

elemento de análise crítica, na perspectiva de superação das concepções

anteriores de pressões difusas da ideologia.

• Levar o aluno a desenvolver hábitos de saúde pessoal, social e ambiental,

além da compreensão da ciência.

• Permitir a compreensão dos avanços biotecnológicos, bem como sensibilizar

o educando a respeito das consequências e impactos da tecnologia.

CONTEÚDO

Os conteúdos devem proporcionar condições para que o educando

compreenda a vida como manifestações de sistemas organizados e integrados, bem

como reconhecer-se como organismo capaz de modificar ativamente o processo

evolutivo, alterando a biodiversidade e as relações estabelecidas entre os

organismos.

A sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo da disciplina

de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se nas “Diretrizes

Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná– SEED – PR.

É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da disciplina

de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil dos

educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica.

344

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Organização dos seres vivos

• Mecanismos biológicos

• Biodiversidade

• Manipulação genética

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

• Mecanismos de desenvolvimento embrionário

• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

• Teorias evolutivas

• Transmissão das características hereditárias

• Dinâmica dos ecossistemas : relação entre os seres vivos e interdependência

com o meio ambiente

• Organismos geneticamente modificados

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Ecossistema.

• Origem e evolução da vida.

• Qualidade de vida das populações humanas

• Ecologia.

• Problemas ambientais.

• Leis ambientais

• Organização dos Seres Vivos

• Classificação dos seres vivos.

345

• Reinos.

• Células.

• Bactérias.

• Vírus.

• Mecanismos Biológicos

• Osmose.

• Sangue.

• Herança Genética.

• Manipulação Genética

• Tipos de reprodução.

• Embriologia.

• Célula.

• Avanços biológicos no fenômeno da vida.

• Genética.

• Clonagem.

• Vacinas.

• Origem e Evolução da Vida

• Darwin.

• Lamark.

• Neodarwinismo.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o Fenômeno da Vida e

sua complexidade de relações ou na organização dos seres vivos, funcionamento

dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade em processos biológicos

de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas, na analise da

manipulação genética. Esses conteúdos devem ser estudados de forma articulada,

em um a perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de

346

contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do

livro didático.

Destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos

conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar

sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários,

mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-

se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da

EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando

seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando

• Que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma

real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;

• As experiências dos educandos no mundo do trabalho;

• A necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo

pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação”

científica;

• As relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.

Portanto a biologia deve ser concebida no processo ensino - aprendizagem,

como uma construção humana, cujos os conhecimentos científicos são passiveis de

alteração.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos

estruturantes, dos quais se ramificam os conteúdos básicos a serem trabalhados

considerando a prática social do aluno.

O professor deve provocar discussões, analise e reflexões, valorizando o

conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente

produzido.

O laboratório ( desde que não trabalhado por si só), as aulas práticas,

pesquisas, trabalhos de campo, entrevistas problematização, observação, visitas,

projetos individuais em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,

conversações, musicas, desenhos, maquetes, experimentos relatórios,

dramatização. História em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre

outros, são recursos que podem ser utilizados evitando a forma reducionista de

repasse de livros didáticos. Comparações de acontecimentos científicos- passado,

347

presente e futuro também devem estar entre as formas de convite para a

aprendizagem, assim como a utilização das tecnologias encontradas na

instituição( multimídia).

Os registros são importantes, mas que não sejam usados como um a cópia

de texto do livro ou quadro, numa informação desprovida de motivo para incentivar

ao interesse do aluno, em aulas monótonas e cansativas.

Salientamos que os temas propostos, devem ser flexíveis o suficiente para

abrigar a curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos

conceitos evidencie a importância da montagem do conteúdo científico, exigindo o

desenvolvimento de atitudes e procedimentos para a solução e interpretação dos

fenômenos envolvidos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação é reflexão transformadora em ação, pois subsidia decisões a

respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo. Por meio dela, os sujeitos escolares sabem como está

aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como está o ensino,

para a escola refletir e melhorar a pratica pedagógica.

A avaliação do processo pedagógico é feita em interação diária do professor

com a classe e procedimentos que permitam verificar a apropriação dos conteúdos

específicos trabalhados. Tornam-se imprescindível assim, a coerência entre o

planejamento, metodologia utilizada e o processo avaliativo, afim de que os critérios

de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, a aquisição

dos conteúdos específicos e ampliação de seu referencial de analise crítica da

realidade.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios da

avaliação que consideram os conhecimentos acumulados, a prática social, relações

e interações estabelecidas em seu processo cognitivo, no cotidiano escolar e fora

dele. Por meio de instrumentos avaliativos os alunos poderão expressar os avanços

na aprendizagem, assim como seu desempenho e dificuldades.

Para atender ao que se propõe, são necessários meios, recursos e

348

instrumentos avaliativos diversificados. A coerência entre critérios propostos e a

natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental para propiciar uma avaliação

real do progresso cognitivo doa alunos

A avaliação é uma prática essencial no processo Ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a lei de diretrizes e bases nº

9394/96, deve ser contínua e acumulativa em relação ao desempenho do estudante,

com prevalecência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos (Diretrizes

Curriculares da Educação Básica, 2008).

REFERÊNCIAS

Biologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p. 272

LIVIA, C.P. de. Genética Humana. São Paulo: Harbra, 1996.

STORER, T.I. etal. Zoologia geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.

DAJOZ, R. Princípios de ecologia. São Paulo: Artmed, 2000.

FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia. São Paulo: Scipione, 2005.

LAURENCE J. Biologia. São Paulo, 2005.

LINHARES, Sérgio. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008.

9.13 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nos dias atuais a disciplina de História tem papel fundamental na formação do

educando, pois busca a superação das carências humanas fundamentada por meio

do conhecimento construído por interpretações históricas. Essas interpretações são

compostas por meio de teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos

históricos e propõem ações no presente. Também deve ser observado que o

conhecimento histórico é provisório, se configura a partir da consciência histórica

dos sujeitos em cada tempo histórico. Também podemos pensar o ensino da história

349

destacando alguns pontos que contribuir para o desenvolvimento do educando em

quanto sujeito histórico quais são :

◦ Ressaltar o papel central da história para alicerçar a prática da cidadania,

especialmente ao colocar em evidência a diversidade das culturas que

integram a história dos povos.

◦ Análise dos processos históricos relativos às ações e às relações

humanas praticadas no tempo.

◦ Através das ações humanas produzirem novas relações que constroem

novas ações humanas.

◦ Produzir o conhecimento histórico baseado na explicação e interpretação

de fatos do passado.

Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de

que os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa modalidade

tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e o acesso

à cultura geral. A diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis

sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no ensino de História.

Pode-se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes

concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das

diferenças.

É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja

dinâmico e que o educando perceba que a História está em constante

transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de

chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que

se considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o

passado. Isso não significa, no entanto, que se possa abrir mão do rigor na

interpretação do passado. É preciso estimular o interminável diálogo entre o

presente e o passado levando em consideração as especificidades de cada contexto

histórico.

OBJETIVO GERAL

350

• Possibilitar o estudo de uma história não tradicional e eurocêntrica,

proporcionando o uso de diferentes fontes, onde o aluno possa fazer várias

interpretações de um mesmo acontecimento histórico.

• Aceitar a possibilidade de várias interpretações.

• Praticar a interdisciplinaridade.

CONTEÚDOS

Ensino Fundamental Fase II

• Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias;

• A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade

em diferentes tempos e espaço;

• Relações culturais O mundo do trabalho e os movimentos de resistências

• O mundo do trabalho e os movimentos de resistências.

• Relações de dominação e resistências do estado e das instituições sociais.

• Relações de poder;

• Relações de trabalho;

• Relações culturais;

CONTEÚDOS BÁSICOS

• O homem e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e

periodizações);

• Memórias e documentos familiares, locais e outros;

• O homem e suas relações sociais no tempo (família, Estado, religião, país e

mundo);

• Estudos dos resquícios arqueológicos da humanidade;

• Análise de fontes históricas;

• Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná;

351

• Colonizadores portugueses e suas culturas:

• O surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua

expansão;

• A cultura local e a cultura comum;

• As manifestações populares no Paraná;

• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;

• A produção científica e artística paranaense;

• A antiguidade clássica: a constituição do espaço público.

As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a

propriedade privada; a terra:

• A propriedade coletiva entre os ovos indígenas, quilombolas ,ribeirinhas, de

ilhéus e faxinais no Paraná;

• A família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a

constituição do latifúndio na América portuguesas e no Brasil imperial e

republicano;

• As reservas naturais e indígenas no Brasil;

• A reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos;

• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas;

• Ruralização da sociedade;

• Introdução do feudalismo;

O mundo do campo e o mundo da cidade

• As primeiras sociedades brasileiras: formação das vilas e das câmaras

municipais

• O engenho colonial, a conquista dos sertão;

• As missões jesuíticas

• A modernização das cidades;

• Cidades africanas e pré-colombianas;

• A ruralização do Império romano e a transição para o feudalismo europeu;

352

• A constituição dos feudos;

• As transformações no feudalismo europeu;

• O crescimento comercial e urbano na Europa;

As relações entre o campo e cidade

• As cidades mineradoras

• As cidades e o tropeirismo no Paraná;

• Os engenhos da erva mate no litoral e no primeiro planalto

• As navegações portuguesas e espanholas

• A chegada dos portugueses na América;

• O renascimento cultural e científico;

• A reforma religiosa;

Conflitos, resistências e produção cultural.

• Relações entre senhores e escravos

• Sincretismo religioso

• As cidades e as doenças

• a aquisição da terra e da casa própria;

• O MST e outros movimentos pela terra;

• Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos

séc. XlX, XX e Xxl

• A peste negra e as revoltas camponesas;

• As culturas teocêntricas e antropocêntricas;

• As manifestações culturais na América latina, África e Ásia;

• As resistências no campo ena cidade: América latina e continente africano;

• A história das mulheres orientais, africanas e outras;

Histórias das relações da humanidade com o trabalho

• Conceito de trabalho

• A construção do trabalho assalariado

• A mão- de- obra no conceito da consolidação do capitalismo

O trabalho e a vida em sociedade

353

• O trabalho nas sociedades contemporâneas

• Relações de poder e violência no Estado

• O estado imperialista e sua crise

• Relações de dominação e resistências no mundo do trabalho nos sec. XVIII e

XIX

O trabalho e as contradições da modernidade

• -Neocolonialismo e imperialismo

• -Os ciclos econômicos do Paraná

Os trabalhadores e as conquistas de direito

• Os movimentos operários (sindicalismo)

A constituição das instituições sociais

• Populismo no Brasil e na América Latina

• Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea;

• Globalização e questões mundiais contemporâneas

Formação do estado

• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1850-1888)

• Urbanização e industrialização no Brasil

Sujeitos, Guerras e revoluções

• Relações de poder e violência no Estado: 1ª Guerra Mundial, Revolução

Russa, 2ª Guerra Mundial

• Os regimes totalitários (Fascismo e socialismo real)

• Crise de 1929: crise do capitalismo

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações de trabalho

• Relações de poder

• Relações culturais

354

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Trabalho escravo, servil. Assalariado, e trabalho livre

• Urbanização e industrialização

• O Estado e as relações de poder

• Os Sujeitos, as revoltas e as guerras

• Movimentos sociais, políticos e culturais as guerras e revoluções

• Cultura e religiosidade

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O ensino da História deve basear num trabalho pedagógico tenha em sua

essência o dialogo, é uma disciplina que deve dialogar com as várias vertentes

históricas, recusando -se a construir uma proposta de trabalho que seja marcado

pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Segundo Rüsen a disciplina de história deve

ser constituída pelo pensamento histórico qual prevê:

• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua prática social estão ligadas co a orientação no tempo. Essas necessidades fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto fica claro que os sujeitos fazem relação passado / presente o tempo todo em sua vida cotidiana.• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de sentido são chamados de ideias históricas;

• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações específicas relativas ás pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos documentos.• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográficos apresentados;• Essas finalidades se expressam e realizam sobre forma de narrativas históricas. (Rüsen , 2001)

Portando é fundamental que no ensino da história sejam abordados os

355

conteúdos de forma que tenha:

• Múltiplos recortes temporais

• Diferentes conceitos de documentos,

• Múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;

• Formas de problematizarão em relação ao passado

• Condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar

historicamente, a superação da ideia de história como verdade absoluta por

meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em

narrativas históricas,

• Construção do processo histórico geral.

• Problematização do passado, as diferentes interpretações, diferentes

contextos históricos.

• Utilização de documentos históricos (museus, biblioteca, fotografia,

audiovisuais, etc.) como fonte de pesquisa.

No mundo contemporâneo um constante (re) pensar sobre a cultura escolar é

fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que

implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir

de discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na

centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma

prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.

Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no

ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos

rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente

com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-

se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso

de diferentes fontes e linguagens.

Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos

de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo,

propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos

conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social,

reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.

356

PRÁTICAS AVALIATIVAS

Os critérios como forma de avaliar o nível de compreensão e metodologia do

processo de ensino e aprendizagem do ensino de história será contínua, diagnóstica

e processual contemplando as diferentes práticas pedagógicas como: textos, fotos,

jornais, pesquisas bibliográficas, seminários, relatórios, debates, etc.

REFERÊNCIAS

ARON, Raymond. As etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo/Brasília:

Martins Fontes/UnB, 1982.

História/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.376.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo: Nova Cultura,

1985 (Col. Os economistas).

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1994.

9.14 GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“Agora que estamos descobrindo o sentido de nossa presença no planeta, pode-se dizer que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente começando. A mesma materialidade, atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um mundo mais humano”

Milton Santos

A Geografia, como disciplina escolar ajuda a explicar como os homens

ocuparam superfície terrestre para produzir a sociedade que existe hoje e, ainda,

possibilita prever como essa ocupação tenderá evoluir no futuro. Vista sob esta

357

perspectiva, o ensino de geografia tem por finalidade munir os alunos de

conhecimentos que lhes permitam agir de modo mais lúcido, ao tratar de questões

que tem haver com a ocupação e gestão do espaço. Contribui para a formação que

participa dos movimentos promovidos pela sociedade, que conhece seu papel no

interior das várias instituições das quais participa, que discute de forma consciente

sobre os problemas e situações de vida do mundo atual.

Para tanto, o ensino da Geografia deve subsidiar os alunos a pensarem e

agirem criticamente, buscando elementos que permitam compreender, interpretar e

desvendar o espaço geográfico no qual estão inseridos.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, às quais

são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e

SANTOS, “ espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais e econômicas) inter-relacionados.”

Esta definição está vinculada ao pensamento de Milton Santos, um dos

grandes teóricos da Geografia Contemporânea. Para Santos:

“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo do tempo as histórias vão sendo substituídas por objetos técnicos, que mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina”. (SANTOS, 1996b, p.51)

Assim há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

conhecimentos específicos da Geografia assegurando que a mesma constitui-se

como elemento fundamental na formação da observação, analise, interpretação e

criticidade do aluno, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas

geográficas e suas diferentes formas de abordagem contemplando a

heterogeneidade, a diversidade e a complexidade do mundo atual em que a

velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições, informações e capitais

358

estão cada vez mais globalizados.

É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os

aspectos fundamentais para o seu ensino. Para isso, é preciso lançar mão de uma

ampla base de conhecimento que não se restringem àqueles produzidos dentro do

corpo teórico e metodológico apenas da Geografia, mas sim, articulado com outras

ciências. Como afirma a tradição Kantiana, “a Geografia torna-se uma ciência

sintética, isto é que trabalha com dados de todas as demais ciências e também

descritiva e numerando os fenômenos em comum, objetivando uma visão

conjuntural do planeta”. (MORAES, 1999, p.14).

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos.

Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos,

seja uma cidade ou uma área rural, quanto nosso país, assim como os demais

países da superfície terrestre. O campo de preocupações da Geografia é o espaço

da sociedade humana, onde homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo

produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústrias, cidades,

agricultura, rios, solos, climas, populações: todos esses elementos, além de outros,

constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a

humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a

materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se empreender um

ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia, sem

deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

formas de abordagem.

Os conteúdos da disciplina, devem estar interligados a concepção de que a

existência humana está ligada ao trabalho, a natureza, a sociedade, portanto ao

espaço geográfico. Dessa forma, cabe ao professor ter uma postura investigativa de

pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, valorizando o

conhecimento prévio de cada educando, tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

359

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Sendo a meta maior a interação dos homens com o meio, as atividades

devem proporcionar ao aluno condições que lhe permitam:

• Diferenciar as várias representações sociais da realidade vivida;

• Realizar a leitura das construções humanas como documento importante que

a sociedade em diferentes momentos imprime sobre uma base natural;

• Compreender as transformações no conceito de região que ocorrem por meio

do espaço chamado espaço geográfico;

• Assimilar a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da ação

humana para além da economia;

• Analisar o significado de paisagem como resultado das determinações da

natureza, das relações sociais, da cultura, da economia e da política;

• Conhecer o espaço geográfico, vendo neste o resultado das ações em escala

local, regional e global;

• Estabelecer a relação entre natureza e sociedade, em sua conjunta ação na

elaboração do espaço geográfico;

• Observar as transformações que ocorreram nas relações de trabalho em

função do uso de novas tecnologias;

• Estabelecer relações entre a degradação ambiental e a falta de conhecimento

com o meio natural e seus aspectos fisicos;

• Interpretar as relações políticas, econômicas de trabalho e culturais entre as

sociedades:

• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar

informações nos diversos campos do conhecimento.

CONTEÚDOS

Ensino Fundamental Fase II

360

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico.

• Dimensão política do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

• A importância e o surgimento da Geografia.

• Conceito de lugar: O lugar onde vivemos e os diferentes lugares.

• Relações entre os lugares: meios de comunicação, meios de transportes,

relações culturais e relações econômicas.

• Conceito de paisagem: Formação e transformação das paisagens (paisagens

naturais e humanizadas),

• Elementos da natureza formando as paisagens: relevo, hidrografia, clima,

vegetação e as suas relações.

• Elementos culturais formando as paisagens: cidades e as atividades

econômicas.

• Elementos naturais e culturais formando as paisagens e a ação humana e a

dinâmica natural

• Transformação do espaço através do trabalho humano

• Os lugares e as paisagens no tempo de sociedade e da natureza.

• Natureza, tempo geológico e o tempo histórico: estações do ano, diferenças

climáticas, ações do ventos, das águas, forças internas da Terra.

• Espaço geográfico e suas transformações: o trabalho e as atividades

econômicas modificando o espaço.

• Recursos naturais, sociedade e o meio ambiente.

• Território brasileiro: extensão e localização no mundo.

• Paisagens brasileiras e suas transformações.

361

• Formação territorial do Brasil.

• Regiões brasileiras: conhecendo as diferentes regiões.

• Divisão regional do Brasil.

• Região Centro-Sul: desenvolvimento econômico e industrial, indústria e

urbanização, produção agropecuária e transformação das paisagens e

degradação ambiental.

• Região Nordeste: Diversidade, seca no Sertão e seus efeitos e crescimento

da econômica nordestina.

• A Amazônia: Ocupação recente, exploração sustentável da floresta e sua

importância do local ao global.

• Os meios de transportes e a integração do território.

• População brasileira: crescimento.

• Pluralidade cultural do povo brasileira e formação étnica da população.

• Transformação demográfica do Brasil.

• Desigualdade social brasileira.

• As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.

• Rural e urbano: espaços que se completam.

• A modernização da agropecuária e o aumento da produtividade no campo.

▪ Concentração de terras e a questão fundiária no Brasil.

▪ A origem dos continentes

▪ Placas tectônicas

▪ Movimentos da crosta

▪ Mudanças na dinâmica natural do planeta

▪ Os diversos tipos de poluição

▪ Efeito estufa

▪ Chuva ácida

▪ Consumo humano

▪ Avanço tecnológico

▪ Crise ambiental

362

▪ Sustentabilidade

▪ Formas de regionalização do espaço

▪ IDH regionalização em função do desenvolvimento

▪ Crescimento econômico e desenvolvimento

▪ Mundo subdesenvolvido

▪ Desigualdade interna

▪ Dependência econômica

▪ Dependência tecnológica

▪ Condições de vida, alimentação e saúde

▪ Mundo desenvolvido

▪ Supremacia econômica e tecnologia

▪ Multinacionais

• Qualidade de vida

• Localização Geográfica dos países e continentes

• Regionalização mundial (Acordos e Blocos econômicos)

• Globalização

• A bipolaridade do século XX

• A nova ordem mundial do inicio do século XXI

• Conflitos mundiais

• Órgãos internacionais

• Neoliberalismo

• Terrorismo

• Políticas econômicas culturais e ambientais

• Novo papel das organizações internacionais

• Redefinições de fronteiras: conflitos – étnico – culturais – políticos –

econômicos – de base territorial

• Circulação da poluição atmosférica

• Chuva acida

• Buraco na camada de ozônio

363

• Desmatamento

• Formações e conflitos étnicos e religiosos

• Estrutura etária de gênero e etnia da população

• Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço geográfico.

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

• Dimensão econômica do espaço geográfico.

• Dimensão política do espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

• As atividades agropecuárias e os sistemas agrários

• Atividade industrial no mundo

• Tipos de energia

• Base epistemológica da natureza

• Coordenadas geográficas

• Cartografia

• Movimentos da Terra

• Fusos Horários

• Os fatores que influenciam no clima

• Tipos de clima

• Os grandes biomas terrestres

• A questão da água

• Destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais

• Erosão e poluição dos solos por agrotóxicos

364

• Lixo urbano e impactos ambientais

• Poluição do ar: inversão térmica, ilhas de calor e chuva ácida, efeito estufa,

da camada de ozônio

• desenvolvimento sustentável

• A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas

• A população da Terra e suas diversidades

• Redes Urbanas

• formação e a expansão territorial

• Caracterização do espaço

• Regionalização

• Estrutura fundiária e conflitos da terra

• Urbanização e hierarquia Urbana

• Brasil: de agroexportador a país industrializado dependente

• O comercio exterior brasileiro

• Industrialização

• Transportes

• Estrutura geológica e relevo

• Tipos de clima

• Ecossistemas

• Hidrografia

• Recursos minerais e energéticos

• Impactos ambientais em ecossistemas

• População: crescimento e formação étnica

• Distribuição e estrutura da população

• Migrações

• Os continentes

• Internacionalização do capital

• Subdesenvolvimento

365

• Países emergentes

• O comercio mundial

• Blocos econômicos

• Capitalismo e a construção do espaço geográfico

• Socialismo

• Guerra Fria

• O mundo pós-guerra Fria

• O mundo pós URSS

• China: um país e dois sistemas

• África

• G7

• Países ricos do Sul

• EUA: a potência que controla o mundo

• Migrações internacionais e xenofobia

• Minorias étnicas e separatismo

• Islamismo e terrorismo

• A Geografia do crime.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Levando em conta os objetivos do ensino médio, cabe ao professor aprimorar

sua metodologia e essa nova regionalização do ensino da geografia – lugar,

paisagem, território, natureza e sociedade. Articular os conteúdos à questão da

realidade e a aprendizagem prévia dos alunos, evitar a fragmentação,

desenvolvendo a disciplina em todos os temas centrais. Promover a articulação

entre os assuntos abordados buscando relacionar a realidade social com a realidade

individual do aluno.

Cabe a Geografia ser a ferramenta para transmitir simultaneamente para os

alunos, as discussões que ocorrem no mundo e preparando-o para o ingresso na

universidade como também para a sociedade.

366

A interdisciplinaridade e a contextualização em Geografia são constantes,

como uma rede de vasos comunicantes, integrando todas as esferas do

conhecimento humano e estas informações podem ser levadas aos alunos através

da cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar do espaço local

para o global e vice e versa.

Faz-se necessário inter-relacionar os conteúdos estruturantes com os

conhecimentos específicos de diferentes materiais didáticos (livros, revistas,

musicas, vídeos, mapas, maquetes, fotos, filmes, etc), aulas de campo,

possibilitando a relação entre a teoria e a prática, levando em consideração que o

aluno, quando chega ao ensino médio, dentro da escola já possui o conhecimento

empírico.

A busca da realidade individual, correlacionada com a realidade mundial

deverá ser feita através da exposição de fatos, da análise em grupo, individual e

ainda através do uso de tecnologias educacionais, bem como o uso de materiais

didáticos disponíveis.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir

não apenas para acompanhar a aprendizagem, mas também o trabalho pedagógico

do professor. É imprescindível que a avaliação seja formativa, diagnóstica e

processual, que apontam as dificuldades, priorizando a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Segundo o objeto de estudo da disciplina de geografia, os critérios a serem

observado na avaliação seguem a formação de conceitos básicos, como: paisagem,

região, lugar, território, natureza e sociedade. Entendesse que para a formação de

um aluno consciente das relações socio-espaciais de seu tempo, o ensino da

geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias críticas dessa disciplina que

incorporam os conflitos e as condições sociais, econômicas, culturais e políticas,

constitutivas de um determinado espaço.

O professor além de utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de

avaliação que contemplem várias formas de expressão como: leitura e interpretação

367

de textos; produção de textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,

tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; seminários; construção e análise de

maquetes, etc.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

MARINA, L. TÉRCIO. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

POPKEWITZ, T.S. História do Currículo, Regulação Social e Poder. In SILVA, T.T. da

O Sujeito da Educação Estudos Foucaltianos. Petrópolis: Vozes, 1994.

SANTOS, M. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

__________ Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Cientifico

Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

__________ A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção. São

Paulo: Hucitec, 1996b.

__________ Por Uma Geografia Nova . São Paulo: Hucitec, 1986.

9.15 ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Temos ao longo da historia o ensino religioso no espaço escolar, como sendo

a religião Católica Apostólica Romana, a oficial do Império, era, portanto a que se

ensinava nas escolas.

Por algum tempo era obrigatório, mas aos poucos se tornou facultativo, onde

surgiu o direito a liberdade de culto e expressão religiosa.

Após a nova constituição federal os estudos sobre o Ensino Religioso, sugere

que tome outro caráter superando o de proselitista que marca a disciplina histórica

no ultimo ano (2005) foi aprovado a deliberação que dá novas normas para o Ensino

religioso no sistema estadual de ensino do Paraná.

368

Assim sendo a disciplina de ensino religioso pretende contribuir para o

reconhecimento e o respeito as diferentes expressões religiosas advindas da

elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o acesso as diferentes fontes

de cultura sobre o fenômeno religioso. Segundo Castilla uma das tarefas da escola é

a de fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar as condições e melhorar a

convivência entre as pessoas pelo conhecimento.

Assim o ensino religioso permitira aos educandos conhecer as várias

manifestações culturais e religiosas em suas relações éticas e sociais, respeitando

os grupos e como se relacionam com o sagrado, e entender a diversidade da nossa

cultura, marcada pela religiosidade.

OBJETIVOS GERAIS

Através da disciplina de Ensino Religioso pretende-se orientar a abordagem e

a seleção dos conteúdos. Nesta perspectiva todas as religiões podem ser tratadas

como conteúdo nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o

universo cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes

sociedades.

Desta forma o currículo propõe-se a subsidiar os alunos por meio de

conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do

sagrado com vista à interpretação dos seus múltiplos significados. Dará aos

educandos a compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma

como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação

ou negação do sagrado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrado

Ensino Fundamental Fase II

369

• Organização religiosa

• Lugares sagrados

• Textos sagrados

• Símbolos religiosos

• Temporalidade sagrada

• Festas religiosas

• Ritos

• Vida e morte

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Um constante repensar das ações que subsidiarão este trabalho será

necessário, bem mais que forma, métodos, conteúdos ou materiais a serem

utilizados em sala de aula. Assim, uma das inovações propostas é a abordagem dos

conteúdos do Ensino religioso tendo como objetivo de estudo o sagrado.

Interessante é a apresentação de manifestações religiosas pouco ou nada

conhecidas por parte dos alunos para depois apresentar os mais comuns que já

fazem parte do universo cultural da comunidade.

Outra observação necessária é que os conteúdos da disciplina não se

reduzam a manifestações religiosas hegemônicas, impedindo o conhecimento da

diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado.

Neste propósito vale destacar que todos os conteúdos fazem parte do

patrimônio cultural e que a relação pedagógica com os conhecimentos que compõe

o universo sagrado das manifestações religiosas.

A disciplina de Ensino Religioso se pauta por uma visão laica do estudo das

diferentes concepções religiosas ao longo da história da humanidade. O estudo do

desenvolvimento das religiões, aliado ao modo não-dogmático do ensinar, coloca a

disciplina de ensino religioso no âmbito dos saberes mais importantes para o

desenvolvimento cognitivo do aluno, bem como para a construção de uma

perspectiva de tolerância religiosa em relação às diferentes denominações e práticas

370

de religiosidade com as quais convivemos.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação bem como

não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica

pelo caráter facultativo de matrícula na disciplina.

Para observar se houve apropriação do conteúdo, pode-se avaliar pela forma

como o aluno se relaciona com o colega de classe de diferentes religiões, se

empregam conceitos adequados, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da

cultura e da identidade de cada grupo social.

Ao sistematizar tais informações o professor poderá planejar a intervenção

necessária no processo ensino aprendizagem, retomando os conteúdos que

apresentam lacuna.

Diante da responsabilidade de que o ato de avaliar exige, tem-se ao avaliar os

alunos indicativos significativos para que o professor realize sua auto-avaliação para

que posteriormente possa se reorganizar dando outro direcionamento ao trabalho

iniciado.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Básica: Secretaria de estado da

Educação do Paraná, 2008

9.16 LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,

371

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as

metodologias de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas

sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente produzidos.

Com a criação do MERCOSUL e o estreitamento das relações entre países

da América Latina um novo painel vem se apresentando nos últimos anos, abrindo

novas perspectivas para o ensino do Espanhol, o que permitirá aos alunos terem

contato com uma outra língua estrangeira além da língua inglesa e, por isso, com

uma maior pluralidade cultural. A língua estrangeira na sala de aula deve ser

um espaço de análise de construções discursivas portadoras de diferentes

culturas e ideologias, associadas aos seus contextos de produção e às comunidades

que as interpretam, constroem e são por elas construídas.

O contato do aluno com essa perspectiva de ensino, possibilitará que, ele ou

ela perceba os diferentes usos, convenções e valores da comunidade que usa a

língua em estudo, bem como trará subsídios para que reflita sobre as formas e o

modo de ser de sua própria língua e da língua do outro. Além de possibilitar o

entendimento da língua como um construto humano em constante transformação, a

aula de Língua Estrangeira é também um espaço em que o aluno pode ampliar o

seu contato com outras formas de conhecer e interpretar diferentes construções da

realidade.

Entender a língua como um construto humano, dinâmico e revelador das

transformações pelas quais o homem tem passado, oferece aos alunos novas

possibilidades de leitura e um maior entendimento de construções da realidade

diferentes da sua, o que, em larga escala, pode contribuir para uma convivência

mundial menos agressiva e mais harmoniosa. O professor, ao trabalhar essa

dinamicidade da língua, deve apresentar aos alunos os mais diferentes e variados

gêneros textuais, buscando sempre levantar a finalidade do texto, para quem é

dirigido e o contexto de sua produção.

Mais especificamente, o espaço da aula de Língua Estrangeira é um

momento que pode contribuir para a construção de identidades nas interações

aluno professor e nas representações e ideologias que se revelam no cotidiano. Daí

372

ser de suma importância, que sejam analisadas questões pertinentes à nova ordem

global como um caminho para o desenvolvimento da consciência crítica.

A Proposta Curricular está, como as Diretrizes Curriculares, comprometida

com o resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira, esperando que

ao término do Ensino, o aluno possa dentro das suas possibilidades: usar a língua

em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar na aula de Língua Estrangeira

práticas que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas

compreender que os significados são construídos e, portanto, podem ser transforma

dos pela prática social; ter uma maior consciência do papel das línguas na

sociedade; reconhecer e compreender a diversidade como também os benefícios

que ela traz.

OBJETIVOS GERAIS

O ensino da disciplina de língua espanhola justificase pelo fato de que a

aprendizagem de Língua Estrangeira (LEM) contribui para que o aluno:

• Colabore na ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e

reflexivo;

• Priorize a competência para a leitura e a compreensão de textos escritos,

acompanhando o aluno na construção do vocabulário e leitura.

• Possibilite ao aluno maior percepção de sua própria cultura, por meio do

conhecimento e da cultura de outros povos.

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática sócia

Na seleção de textos, propõe-se analisar os elementos linguístico

discursivos neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas

objetivos de natureza linguística, mas sobretudo, fins educativos. É importante

373

também que os textos abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem

diferentes graus de complexidade da estrutura da linguística.

CONTEÚDOS

Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS

Oralidade (Oralidad)

• Compreensão e expressão oral sobre os textos estudados nas aulas;

• Variedades linguísticas;

• Atos da fala (imagens, poemas e charges);

• Declamação de poema;

• Narração de experiências pessoais;

• Inferência de significados das palavras a partir de um contexto (cognatos etc.)

• Argumentação com temas polêmicos;

• Exemplos de pronúncias e de vocabulários da língua estudada em diversos

países.

• Música (pronúncia, vocabulário e análise linguística);

Leitura (Lectura)

• Apresentação de textos de diversos gêneros discursivos: tiras, charges,

música artigos de jornal, filmes, desenhos animados, sinopse, comentários,

blog, texto de opinião, rótulos, dentre outros;

• Interpretação de tema do argumento principal e dos secundários

• Estudo de vocabulário específico presente nos textos;

• Diferenciação dos textos publicitários, informativos e argumentativos;

Escrita (Escrita)

• Produção e reestruturação de pequenos textos, descritivos e informativos;

• Pesquisa sobre os assuntos em estudo para ampliação de vocabulário e

construção argumentativa;

374

• Coesão e coerência

• Produção de diálogos com temas atualizados;

• Adequação ao gênero: elementos composicionais e elementos formais.

Análise Linguística

• El alfabeto español;

• El diccionário (Monolingue, Bilingue)

• Verbos llamarse;

• Estudiar/Estar/Ser;

• Presente del Indicativo;

• Numerales Cardinales;

• Días de la semana;

• Horas;

• Interrogativos

• Cuerpo Humano;

• Sílaba tónica;

• Utiles de la casa;

• Alimentos;

• Dónde/De Dónde/Adónde;

• Los Artículos;

• El Gerúndio;

Ouvir (Oír)

• Compreensão de diálogos, entrevistas, canção, poema e diário;

• Filmes, observando as características importantes do cenário, personagem e

época;

• músicas diversificada

375

Fundamentos Teórico-Metodológicos:

As aulas de língua espanhola serão desenvolvidas a partir do estudo de texto (verbal

e noverbal), concebido enquanto uma unidade de sentido, conforme o

encaminhamento metodológico que segue:

• Leitura de textos verbais e não verbais (compreensão e interpretação,

processo que não se restringe à leitura oral em voz alta ou tradução dos

textos, mas à produção de sentidos);

• Análise textual (tipo de texto dentro da diversidade de gêneros);

• Análise temática (tema do texto)

• Análise linguística (recursos linguísticos);

• Atividades para uso da língua (exercícios escritos de leitura, compreensão,

interpretação e análise linguística de textos);

• Produção de textos (verbal ou nãoverbal);

• Reestruturação textual (reescrita);

PRÁTICAS AVALIATIVAS

O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem. Portanto, é importante

organizar o ambiente pedagógico, escolher o material a ser utilizado, elaborar um

plano de trabalho docente e uma seleção de conteúdos e forma criteriosa e

articulada.

A avaliação deve visar a construção de significados na interação com os

textos e nas produções textuais. Deve subsidiar discussões a cerca das dificuldades

e avanços dos alunos e permitam a iniciativa de novos encaminhamentos e

diferentes formas de avaliar.

A avaliação concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e

pelo professor, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno

carregado de significados e de compreensão. Portanto aluno e/ou professor poderão

acompanhar o processo de aprendizagem e identificar dificuldades, planejar e

propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

376

REFERÊNCIAS

GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede de Ed

ucação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna .

GARCIA, Maria de Los Angeles, HERNÁNDES, Josephine Sánchez.

Español sin Fronteras. Editora Scipione .

SOUZA, Jair de Oliveira. Español para Brasileño. Editora FTD. Vários autores. Livro

Didático Publico: Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Curitiba

377