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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO KALORÉ- PR Nov. 2010

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

KALORÉ- PR

Nov. 2010

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Planejamento elaborado pela comunidade escolar

do Colégio Estadual Abraham Lincoln, com a

finalidade de explicitar a identidade da escola e

suas metas para o ano letivo de 2011.

KALORÉ- PR

Nov. 2010

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“Educar abre caminhos...”

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SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

A medida em que se busca um comprometimento dos resultados advindos do

processo educativo com uma interação significativa dos membros da comunidade escolar com

a sociedade em que interagem, precisamos repensar os nortes que direcionam o processo

ensino-aprendizagem, fato que não se executa de forma vertical ou com centralização de

decisões. O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios problemas, anseios,

metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a missão que fundamentará sua

ação pedagógica.

Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que haja

empenho coletivo em desmistificar condições e ações que venham contribuir com a melhoria

do desenvolvimento do processo educativo.

“Planejar é selecionar e relacionar fatos, tomando e usando hipóteses para visualizar o futuro e formular atividades propostas vistas como necessárias para atingir resultados desejados. Alguns afirmam que o planejamento é uma abordagem organizada para futuros problemas e o descrevem como desenvolvendo no presente os projetos de ação futura. O planejamento serve como ponte de ligação entre onde se está e para onde se quer ir. Responde, antecipadamente, quem, que, quando, onde, por quê e como das ações futuras”. (TERRY, 1977. p. 34).

Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna uma ação

fundamental que se revela através de um documento ímpar que traduz a identidade própria do

Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real, considerando os

recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo educativo. Tudo isso,

embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como

forma de contemplar que sejam garantidos os princípios de gratuidade, laicidade e qualidade

conceitual do trabalho pedagógico.

“Apesar de tudo existe algo que pode mudar, ainda que não se tenha produzido a mudança global e profunda da sociedade e da escola: é o modo de agir dos professores, sua maneira de relacionar-se com os pais e as crianças, os objetivos de trabalho, a maneira de enfocar os conteúdos”.Sem ser algo definitivo, tudo isso pode ir produzindo sérias transformações, na medida em que – e convém não esquecer esse dado – a escola que o povo recebe é muito mais a escola que os professores organizam com sua maneira de ser, de

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falar e de trabalhar, do que a escola criada pelos organismos ministeriais e pelos textos escolares “. (NIDELCOFF, 1983, p. 19).

A proposta de elaboração teórica de um planejamento global que contemple os

segmentos políticos e sociais concernentes ao processo educativo deve apontar para a

dinamicidade que o envolve como um todo. Realidade em que o coletivo inteirado precisa

acompanhar constantemente a evolução do mesmo, com vistas a veicular uma contínua

avaliação, que pressuponha a retomada de ações consideradas necessárias pelo grupo.

A escola, enquanto instituição coletiva, prevê em seu planejamento – o Projeto

Político-Pedagógico, a organização do trabalho pedagógico, tendo em vista o seu norteamento

através da Teoria Progressista com alusão à Pedagogia Histórico-Crítica, trazendo o

conhecimento à luz por meio da metodologia que remete à pratica social e ao método

dialético.

Diante disso, construir um plano, significa assumir postura pedagógica diante da

realidade, buscando alternativas coletivas que tornem prazeroso o ato de ensinar, mediar,

aprender e vivenciar o conhecimento. E, fundamentados nesses pressupostos, a Comunidade

Escolar construiu e apresenta o presente Projeto Político Pedagógico.

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1. IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se

à rua Professor Irineu Citino, 900, fone/fax: (43) 3453-1119, site:

www.kleabrahamlincoln.seed.pr.gov.br, e-mail: [email protected] no

município de Kaloré, região norte do Estado do Paraná. Está sob a jurisdição do Núcleo

Regional de Educação de Apucarana, atualmente chefiado pela Ilma. Sra. Professora Vanda

Pedroso de França. O Colégio, atualmente dirigido pelo Ilmo. Sr. Professor Jaime Ademir

Roder se enquadra no porte 3, estando geograficamente localizado num município de pequeno

porte, com aproximadamente 5.044 habitantes.

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2. HISTÓRICO

Através da solicitação feita pelos Poderes Executivos e Legislativos do Município

de Kaloré tendo com o Prefeito o Senhor Francisco Lemes Gonçalves, foi criado o Ginásio

Estadual Abraham Lincoln, pelo decreto nº 5.594 de 18 julho de 1966, preenchendo todos os

requisitos, adotados pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná. Construído em convênio

entre Prefeitura e a Secretária da Educação e da Cultura e Negócios do Estado do Paraná. O

funcionamento do Colégio iniciou-se no ano letivo de 1968 com dois turnos. Manhã e Noite e

a partir de 2003 passou a ofertar também o turno da Tarde.

O Colégio recebeu o nome do grande Estadista Norte-americano Abraham

Lincoln a pedido do Deputado Seme Scaff, que na época desejava homenageá-lo.

O Colégio recebeu as respectivas denominações no decorrer de sua história.:

• 1968 – Ginásio Estadual Abraham Lincoln.

• 1981 – Escola Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau.

• 1982 – Escola Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau.

• 1990 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º e 2º Grau.

• 1998 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.

É mantido pelo Governo do Estado do Paraná, oferta o Ensino Fundamental de 5ª

a 8ª série e Ensino Médio, autorizados pela Resolução nº 3.728 de 31/12/81, reconhecido pela

Resolução nº 1.216 de 03/04/84.

Em 1990 foi autorizado a oferecer o Ensino de 2º Grau Regular, ofertando as

habilitações de magistério e Auxiliar de Contabilidade, as quais são reconhecidas pela

Resolução nº 4.164 de 27/07/93. (Cursos extintos).

Em 1997 foi implantado o curso Educação Geral. Preparação Universal,

autorizado pela Resolução nº 4.341/97 de 29/12/97.

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Em 1999, conforme Resolução nº 3.492/98 da SEED, de 13/10/98, através do

Parecer nº 388-98 do NRE de 16/12/98, foi aprovada a Proposta Pedagógica para a

implantação gradativa do Ensino Médio.

Durante todo o seu período de funcionamento, desde a sua fundação, muitos

foram os profissionais que contribuíram com o seu progresso. Estiveram na direção doze

professores, sendo que o diretor atual é o Professor Jaime Ademir Roder, que conta com a

direção auxiliar da Professora Ana Maria Dominguez de Figueiredo Sanches. Na função de

secretário de escola, atua a senhora Adriana Vicentim Gonçalves, auxiliada por quatro

técnicos administrativos. Na área pedagógica, atuaram seis supervisores de ensino e dois

orientadores educacionais, contando hoje com uma equipe pedagógica composta por duas

profissionais pedagogas, especialistas em educação. No setor de serviços gerais, vários foram

os profissionais que colaboraram com o funcionamento do colégio. Foram em número de

vinte e seis, sendo atualmente esse quadro composto por sete funcionários, em que um é

mantido pelo poder público municipal.

Como se pode verificar, no decorrer dos anos que fizeram parte da história do

Colégio Estadual Abraham Lincoln, muitas foram as pessoas que contribuíram para a sua

evolução e sucesso. Assim, temos hoje um colégio voltado para os interesses comuns e

coletivos, atuando como o esteio propulsor da educação e interagindo com a comunidade.

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3 - FILOSOFIA DA ESCOLA

Direcionando um olhar crítico para a sociedade global, cujas características que se

infere no cenário nacional, observa-se que está em pauta o questionamento dos sentidos dos

valores éticos, políticos, sociais e epistemológicos que, com o avanço tecnológico tem se

esvaído e, diante de um comportamento social extremamente capitalista/consumista,

evidencia-se a necessidade de resgatar o cultivo de valores que fundamentem a vivência

individual e coletiva em sociedade.

A escola, inclusa nesse contexto social se traduz em instrumento de resgate e

transformação de atitudes, e principalmente ferramenta que alavanca a construção do

conhecimento. Ela é uma ponte que permite o contato entre os sujeitos e conhecimento,

acenado para uma construção ativa, coletiva e cidadã no que se refere à formação dos

indivíduos enquanto construtores de sua própria história.

A tarefa da escola não se resume em instrumentalizar o aluno para a compreensão do mundo que o rodeia. No contexto social atual, é imprescindível, instrumentalizar o educando para o pensamento crítico. Temos que oferecer condições aos alunos de refletir e tomar decisões racionais sobre questões de sua vida e dos seres que com ele interagem. (PROJETO DE CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU, 1998, p. 6)

Com essa visão, o trabalho que é desempenhado pelo Colégio Estadual Abraham

Lincoln se fundamenta na condição de proporcionar o desenvolvimento pleno das habilidades

individuais, integrando-as no coletivo, fomentando a construção do indivíduo capaz de

pensar, tomar decisões e agir por si só dentro de uma sociedade desigual, enraigada pelas

marcas do capitalismo extremista, primando por uma auto-afirmação que não viole os direitos

alheios e principalmente veiculando ações que contribua para o exercício da cidadania.

A escola não se resume a um segmento social isolado. Ela faz parte de uma

engrenagem social maior e, por isso deve agir de maneira a condicionar uma formação

pluridimensional e democrática, alicerçada em ações coletivas que proporcionem a

compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, atendendo para o contexto global

e também para as especificidades locais.

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Trata-se de explicitar a identidade da escola; de enfatizar sua filosofia e seus

objetivos de ação contextualizando o momento histórico vivenciado. Pressupõe um trabalho

voltado para uma Filosofia de Educação que contemple as múltiplas dimensões do homem,

enquanto sujeitos sociais individuais e coletivos; iguais e distintos; contemplando e

valorizando as diferenças individuais e acenando para o respeito à diversidade cultural.

A consolidação do conhecimento se dá pela atenção à uma concepção progressista

que fomente a interdisciplinariedade, com vistas à construção pluralista do saber, partilhando

ideias, fortalecendo a ação coletiva, garantindo direitos legais e priorizando o

desenvolvimento das habilidades físicas, psíquicas, e intelectuais, possibilitando a aquisição

de convicções fundamentais de solidariedade e igualdade entre os seres humanos, assim como

hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de conquista individual e coletiva.

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4 - OBJETIVOS GERAIS

• Oportunizar a igualdade de condições ao acesso, permanência e sucesso dos

educandos num sistema educacional de qualidade que possibilite o desenvolvimento

de suas potencialidade;

• Possibilitar a interação entre o conhecimento historicamente construído e a realidade

social, buscando a construção consciente de uma educação transformadora;

• Potencializar a valorização do profissional da educação através do melhor

direcionamento de políticas públicas que estejam voltadas ao interesse da classe,

oportunizando situações que promovam o crescimento pessoal, através da formação

continuada, permitindo a identificação do profissional como um verdadeiro educador e

não simplesmente como um agente reprodutor de conhecimento adquirido;

• Selecionar, sistematizar e socializar conhecimentos que contribuam para a construção

de sujeitos críticos e participativos, empregando recursos didáticos-pedagógicos

facilitadores da aprendizagem;

• Estabelecer relações sociais democráticas entre todas as instâncias colegiadas, onde a

ação social autônoma na relação e convivência cotidiana da escola e na sociedade,

viabilizando situações educacionais de produção e socialização do conhecimento, para

que o aluno sinta-se sujeito ativo do processo de construção da cidadania. Fatos que

podem ser resultantes da definição de políticas públicas da educação, onde deve haver

a participação democrática da comunidade escolar;

• Valorizar a Educação como instrumento de humanização e de interação social, num

processo cooperativo entre indivíduos plenos e aptos a construir sua própria autonomia

e cidadania, os quais se reconheçam como seres únicos, mas também coletivos;

• Garantir a dinamicidade participativa do processo coletivo de busca da cidadania,

tornando possível o repensar pedagógico e a reconstrução da ação pertinente à

transformação da sociedade, devendo haver a possibilidade de recomeçar cada

processo quando preciso. Enfatizando que a educação não é estática, pronta e acabada,

mas que está em constante evolução;

• Proporcionar ao educando condições de compreender que as relações sociais estão

pautadas em um conjunto de Leis que regulamentam os direitos e deveres de todos os

cidadãos, expressos na Constituição Federal;

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• Tornar a Escola Pública um espaço digno, bem conservado, equipado, onde

educadores e educandos se sintam respeitados, valorizados e tenham suas famílias

acolhidas.

• Sistematizar os processos avaliativos, atentando para a complexidade da ação,

fomentando o aspecto diagnóstico e veiculando formas alternativas de valorizar o

conhecimento construído e os progressos alcançados. Fato que acena para um repensar

da prática pedagógica e, principalmente para uma retomada e construção do

conhecimento.

5 - MARCO SITUACIONAL

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É o momento de delimitarmos minuciosamente as características fundamentais do

Colégio Estadual Abraham Lincoln. Serão expressos aqui todos os seus segmentos e as

relações que se estabelecem em seu meio.

...assim como, quando viajamos, sempre buscamos informações acessórias ( por exemplo, sobre a história, a geografia, a economia, o folclore, etc. do país ou da cidade que vamos visitar), para a nossa caminhada, quanto mais informações o leitor buscar na história das religiões, da magia, da filosofia, da arte, enfim, na história da humanidade, tanto mais saboreará nossa viagem. (CHASSOT, 2003, p.9)

A compreensão do Marco Situacional, nesse sentido, será tão importante, quanto

a busca de informações que procuramos durante nossas viagens, para que da mesma forma,

possamos considerar toda a realidade que se insere no Colégio Estadual Abraham Lincoln.

Como um instrumento de suporte orientador, é válido o entendimento do organograma que

demonstra a sua organização.

5.1 - OFERTA DE CURSOS/PROGRAMAS

O Colégio Estadual Abraham Lincoln - Ensino Fundamental e Médio, situado à

rua Professor Irineu Citino, 900; Centro - Kaloré – Paraná, telefone (43) 3453 1119, funciona

em 03 (três) turnos:

Manhã: 7h40min às 12 h

Tarde: 13h às 17h 10min

Noite: 18h50min às 22h50min

Os cursos ofertados são Ensino Fundamental – séries finais e Ensino Médio.

Programas: VIVA A ESCOLA, CELEM, Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos.

5.1.1 - CELEM

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Os cursos ofertados pelos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM

são regulamentados pela Resolução Secretarial nº 3904/2008 e oferecidos aos alunos da rede

pública estadual, gratuitamente, possibilitando a toda comunidade escolar o acesso a outras

culturas. De modo que o ensino da língua estrangeira moderna no Paraná, bem como de outras

disciplinas é norteado pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, documento elaborado

com a participação dos professores da rede. A duração do curso é de dois anos, sendo quatro

aulas semanais, totalizando 320 horas ao longo de quatro semestres e, ao final do curso o

aluno recebe o certificado que é expedido pela Secretaria Estadual da Educação (SEED). O

Colégio Estadual Abraham Lincoln oferta através do Programa CELEM, o curso de Língua

Espanhola, desde o início do ano letivo de 2010, com três turmas distribuídas nos turnos da

tarde, intermediário e noturno.

5.1.2 – VIVA A ESCOLA

O programa Viva a Escola oferece aos alunos, a partir de 2009, atividades

didáticas, esportivas e culturais em horários alternativos aos de aula, indo de encontro ao

princípio da escola integral. O Viva a Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no

horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. O programa

possibilita o desenvolvimento atividades artísticas, culturais, cientificas, esportivas e mesmo

de aprendizagem no interior da escola, fato que direciona a igualdade de oportunidades aos

alunos. Trata-se de uma atividade de complementação curricular, com abordagem disciplinar

originada a partir das necessidades identificadas pelo coletivo da escola. O Colégio Estadual

Abraham Lincoln oferta atualmente (ano letivo de 2010) quatro atividades respectivas ao

programa Viva a Escola. São elas:

5.1.2.1 - Atividade 1

• Título: O Teatro na Escola

• Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal

• Atividade: Teatros

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5.1.2.2 - Atividade 2

• Título: Matemática: Dinâmica de Jogos e Aprendizagem

• Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal

• Atividade: Jogos

5.1.2.3 - Atividade 3

• Título: Geografia e Música: Uma Forma de Cidadania

• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural

• Atividade: Músicas

5.1.2.4 - Atividade 4

• Título: Língua Portuguesa: Apoio à Aprendizagem

• Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural

• Atividade: Atividades Literárias

Todas as atividades do Viva Escola são ofertadas com o total de quatro horas aula

semanais, em contra-turno ao período de matrícula no ensino regular dos alunos.

5.1.3 - SALA DE APOIO

Em conformidade com o que expressa a Secretaria de Estado da Educação do

Paraná – SEED, quanto à implementação do Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem,

respaldada na Instrução Conjunta N° 04/04 – SEED/SUED/DEF, o Colégio Estadual

Abraham Lincoln oferta Salas de Apoio à Aprendizagem com o objetivo de atender às

defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam a 5ª Série do Ensino

Fundamental.

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O programa prevê o atendimento aos alunos no contraturno, nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à

aquisição dos conteúdos e oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e

quantidades nas suas operações básicas e elementares.

5.1.4 - SALA DE RECURSOS

• SALA DE RECURSOS SÉRIES FINAIS OFERTADA DESDE 2005

• ATENDIMENTO – ÁREA : Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais

Específicos

• TURNO: Tarde - CÓDIGO(SAE) 2032

• RESOLUÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: 4016/04

• DATA DA ÚLTIMA PRORROGAÇÃO: 20/12/2008

• PROFESSORA: Marlene Cruz Cividini VINCULO : QPM

• FORMAÇÃO: Magistério SUPERIOR: Pedagogia

• PÓS GRADUAÇÃO-ÁREA Educação Especial DM, DA, DV e DF

• NÚMERO DE ALUNOS ATENDIDOS EM 2010 : 9 alunos

• MATERIAIS:

01 Bola de borracha01 cubo de Fração01 Disco de Fração01 Material Dourado01 Sólido Geométrico01 Tangran01 Fantoche Família

• JOGOS:

01 Administrando o seu dinheiro01 Alfabeto Silábico01 Banco Imobiliário

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01 Batalha Naval02 Can Can02 Cilada01 Com que letra?01 Conhecendo o Brasil01 Damas 01 Dominó: Associação de idéias02 Dominó Tradicional 04 Dominó Educativo01 Futebol de Botão03 Hora do Rush01 Imagem e Ação01 Jogo da velha01 Lince01 Loto01 Memória01 Mesada01 Palavras-cruzadas01 Pega - varetas01 Perfil Junior01 Perfil 303 Quebra- cabeças05 Resta 101 Scotland Yard01 Sequência Lógica-Trânsito 01 Triângulo Matemático01 Vamos Formar Palavras

A Sala de Recursos está estabelecida na Instrução Nº 05/04 da SEE, é um serviço

especializado, de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional

realizado em Classes Comuns do ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Destina-se aos alunos

que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de

aprendizagem e/ou deficiência mental. O ingresso do aluno na Sala de Recursos se dá a partir

de Avaliação Psicoeducacional, realizada pela Equipe Técnico Pedagógica, Professor

Especializado com assessoramento, quando necessário, de Equipe Multidisciplinar, Equipe do

NRE. Seu atendimento é realizado individualmente ou em pequenos grupos, obedecendo a um

cronograma, previamente estabelecido, de duas horas por dia, de duas a quatro sessões

semanais, de acordo com sua necessidade.

O trabalho na Sala de Recursos dá ênfase:

- na área do desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo-emocional e motor;

- na área do conhecimento;

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- linguagem oral e escrita;

- cálculos matemáticos, através de atividades lúdicas.

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5.2 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLAO Organograma abaixo, demonstra a forma de organização do

Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio

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Conselho Escolar

Direção

Secretaria Equipe pedagógica

APMF Laboratório Informática

Biblioteca

Serviços de Apoio

Corpo Discente Projeto

Corpo DocentePais

Laboratório Ciências

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5.3 – A ESCOLA INSERIDA NO CONTEXTO SOCIAL

5.3.1 – ESFERA GLOBAL

No mundo globalizado a informação salta de um lado para o outro do planeta em

segundos. Modernas tecnologias permitem ver e falar com pessoas que estão distantes. Já são

inúmeras as realizações e descobertas científicas e, mesmo assim, o mundo ainda busca, sem

sucesso, a cura para as feridas do Século XXI – guerras, fome, miséria, conflitos raciais e

religiosos, destruição do planeta e a desigualdade social.

Entre todos os caminhos para a cura destes males, a educação para o

questionamento dos valores mundiais, ainda é apontada como o mais eficaz.

5.3.2 – ESFERA NACIONAL

Ao analisarmos a história do Brasil em seus diversos aspectos, podemos constatar

sua evolução econômica, política e sócio-cultural. Hoje somos capazes de produzir alta

tecnologia, exportar produtos que atendam às exigências nacionais e internacionais e produzir

alimentos com qualidade em grande quantidade. Porém, a maior parte de nossa população não

tem acesso aos bens materiais e culturais produzidos em nosso país, porque há grande

desigualdade social. Vivemos em uma sociedade enraigada pela relação dominante e

dominada e, apesar das transformações ocorridas ao longo do tempo, as relações de poder

vêm sendo mantidas de tal forma, que o capitalismo se instalou e é característica da maioria

das sociedades atuais. Sendo assim, interessa aos dominantes, detentores do poder, manter

uma sociedade individualista que valorize e dissemine o consumo exagerado e a idéia de

poder a ele atrelado.

Essa sociedade mantida pelos dominados consumistas que nele se envolvem sem

refletir, perpetuando sua prática e seus valores, torna-se injusta, na medida em que nela

prevalecem a desigualdade, o individualismo, as relações de poder e de classe que subjugam

social e economicamente os menos favorecidos.

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Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade

humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura, credo

ou ideologia partilhem de sua construção, realizando seus deveres e exercendo seus direitos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (L.D.B.) diz em seu texto que a

educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. As Leis foram escritas e reescritas ao

longo d história do país, com base no contexto sócio-econômico-cultural, sua evolução e

necessidades, estabelecendo –se parâmetros na busca de uma sociedade mais democrática. Ao

analisarmos a real efetivação das garantias postas na Lei teremos uma visão clara do quanto

ainda há para se conquistar.

A educação não pode mudar o mundo, mas o mundo sem a educação não se

transformará. (Paulo Freire) Ao analisarmos o pensamento de Paulo Freire entendemos que a

escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para a manutenção da

sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de por em prática o que realmente

idealiza. Em tese, a escola é o espaço primordial para o exercício de uma educação reflexiva e

questionadora possibilitando ao aluno ser sujeito de sua própria história e promotor da

transformação social. Se este é o objetivo de nosso trabalho pedagógico, onde estamos

falhando?

Trata-se de uma questão complexa que se atrela aos marcos históricos que

delinearam a realidade brasileira como um todo, refletindo-se na história do próprio município

onde interagimos enquanto agentes da educação. Para que possamos direcionar um olhar mais

compreensivo, acerca dessa realidade, é oportuno explicitar algumas considerações históricas

que resultaram na comunidade local onde vivenciamos.

5.3.3 – ESFERA LOCAL

O município de Kaloré, onde está situado o Colégio Estadual Abraham Lincoln é

considerado de pequeno porte, com características impregnadas acerca da economia rural. No

aspecto econômico, pode-se destacar no setor primário, uma economia voltada para a

agricultura e a pecuária, sendo que a utilização do solo se dá pelo cultivo de lavouras 23

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temporárias (soja, milho, algodão, trigo) e em pequena quantidade, lavouras permanentes

(café e cana-de-açúcar). Existem também pastagens, matas e terras em descanso. No

município é possível encontrar grupos de produtores que possuem grandes propriedades

tecnificadas, e também um grande número de pequenos produtores que cultivam o necessário

para sua subsistência, comercializando apenas o excedente, cultivando suas lavouras com

recursos limitados. Existe ainda, um significativo número de trabalhadores volantes, que

aumenta nos períodos da colheita de algodão e cana-de-açúcar. A comercialização da soja,

milho e trigo se dá através de cooperativas e comércios particulares do município; do café, em

cooperativas e torrefadoras da região; do leite, em cooperativas, fábrica de doces e varejo; da

carne, em frigoríficos próximos e comércio local. (PRODER, 2002)

No setor secundário, o município conta com algumas indústrias, a maioria de

pequeno porte, destacando-se as de beneficiamento e transformação de alimentos, indústrias

de móveis, e vestuário, bem como, facções. São agroindústrias como a de Transformação de

Leite (Fábrica de Doces) e de beneficiamento e empacotamento de arroz. As que não são de

exploração agrícolas são as serrarias, serralherias, marcenarias e facções, na área de vestuários

e acessórios. Por fim, o setor terciário conta com os comércios locais, onde se concentram

pequenas lojas, bares, mercearias, armazéns de secos e molhados, supermercados e algumas

lojas especializadas. Tais estabelecimentos fazem o abastecimento da sede, da zona rural e do

distrito de Jussiara. Como prestadores de serviços, Kaloré conta com as agências dos Bancos

Itaú, Sicredi . (FAMEPAR, 1996, p. 26)

Ao se considerar a população do município de Kaloré, tem-se vários fatores a

destacar, como os que seguem explícitos nas tabelas, fazendo um parâmetro comparativo

entre o município, a região, o estado e o país.

• Quanto à População

LOCALIDADE URBANA RURAL TOTALBrasil 125.910.530 32.321.722 158.232.252Paraná 7.356.405 1.930.154 9.286.559Região Central 132.035 104.069 250.103Kaloré 3.057 1.987 5.044Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR

24

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• Quanto à Densidade Demográfica

LOCALIDADE Hab/Km2

Brasil 18,4Paraná 45,1Região Central 24,3Kaloré 27,87Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR

Nesse contexto populacional, verifica-se que os índices de desenvolvimento

humano da última década, no que se refere à saúde, educação/escolaridade e renda familiar se

enquadram em um nível médio de desenvolvimento humano, o que dá ao município caráter

progressivo, enquanto comparado ao Brasil, num contexto mais amplo, o qual também ocupa

nível médio de desenvolvimento humano. (PRODER, 2002)

O que vamos relatar a seguir permitirá inserir nossa Escola no contexto acima

descrito. Devido ao fato do Colégio Estadual Abraham Lincoln estar localizado em uma

cidade pequena, em região essencialmente agrícola e habitada por pequenos produtores,

atende alunos da zona rural e urbana. Filhos de pequenos agricultores, trabalhadores rurais

volantes, autônomos, pequenos comerciantes, empregados (facções de costura, comerciantes,

domésticos, dentre outros).

5.4 – ESTRUTURA FÍSICA

O Colégio também tem sua história. Foi construído no ano de 1968 e, no período

que se seguiu, passou por reformas e ampliações na tentativa de adequar seus espaços às

necessidades emergentes. Atualmente estão sendo reformados os ambientes já existentes e

sendo construídos novos banheiros. A construção de um refeitório é uma antiga reivindicação

da comunidade escolar. No entanto, ainda não foi conquistada. Também são necessárias

melhorias nos muros, já que os mesmos não impedem o acesso de pessoas estranhas ao seu

ambiente. E ainda, um melhor aproveitamento dos espaços ociosos, que se organizados,

poderão ser destinados às atividades educativas e de lazer. Atualmente, a estrutura física do

Colégio dispõe dos recursos adiante descritos.

25

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5.4.1 - RECURSOS FÍSICOS DISPONÍVEIS

A estrutura física do colégio está assim organizada :

09 (nove ) salas de aula;

01 (uma) biblioteca;

01 (uma) secretaria;

01 (uma) sala de professores;

01 (uma) sala para Equipe Pedagógica;

01 (um)depósito de materiais didático;

01 (uma) cozinha;

01 (um) depósito de merenda;

01 (um)depósito de materiais esportivo

01 (um) almoxarifado ;

01 (um )banheiros masculinos (4 sanitários e 1 chuveiro);

01 (um )banheiros femininos (4 sanitários e 1 chuveiro);

01 (um ) banheiro para professores (masculino);

01 (um ) banheiro para professores (feminino );

01 (uma) quadra coberta;

01 (uma) quadra polivalente;

01 (uma) sala para Direção;

01 (uma) sala para documentação;

01 (uma) sala com divisória para o Programa Viva Escola;

01 (uma) sala para Laboratório de Informática;

01 (um ) Laboratório de Química, Física e Biologia.

5.4.1.1 – Biblioteca

É fato que a informação viaja rapidamente pelo mundo, mas o seu cesso

incondicional ainda está restrito e diretamente ligado a condições sócio econômicas e

26

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culturais. Por essa razão, a biblioteca escolar é, muitas vezes, o único espaço de garantia de

acesso ä informação.

A biblioteca desse colégio conta com um pequeno acervo, se comparado ä

produção literária brasileira e ao volume de obras mundiais já traduzidas para a nossa língua.

Sabemos o quanto o trabalho de incentivo à leitura deve ocupar espaço prioritário em nossas

ações pedagógicas. Formar leitores assíduos é um desafio que enfrentamos em face ao

limitado acervo bibliográfico com o qual contamos, seja pela diversidade das obras ou ainda

pelo número das mesmas.

Nossos alunos não têm acesso a jornais e, as poucas revistas existentes foram

doadas pela comunidade e já não oferecem informações atualizadas.

Foi disponibilizado um funcionário do setor administrativo que recebe

orientações da equipe pedagógica e professores. No entanto, ainda não recebeu treinamento

específico para a função que vem desempenhando, que se realizado, muito o ajudaria na

realização de sue trabalho.

Através de uma apreciação crítica acerca da Biblioteca, podemos assim

caracterizá-la:

• Acervo da TV Escola

Quantidade Especificação143 Fitas de vídeo diversas30 Fitas da TV Escola48 Fitas “Um Salto para o Futuro”50 DVDs02 Vídeo Cassete03 Televisores02 Antenas Parabólicas02 Aparelho de DVDs

• Enciclopédias

Quantidade Especificação

03 Barsa01 Ginasial Ilustrada01 História Universal01 História do Povo Brasileiro

27

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01 História das Civilizações01 Grandes Personagens de todos os Tempos01 Álgebra02 Curiosidades01 Tecnirama01 Ciências Ilustradas01 Pedagógica da Educação Sexual01 Codil01 Lisa01 Pape01 Panorama01

01

01

Badem

Fase

Formar

• Coleções

QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO

02 Sítio do Pica-pau Amarelo01 Biblioteca Dinâmica do Ensino Moderno01 Habilidades de Estudos Sociais01 Poesia Completa e prosa02 A Marcha do Homem01 Obras Complementares de Monteiro Lobato01 Dicionário Brasileiro Ilustrado – Edigraf.01 Iracema01 Primeiros Passos01 Sermões do Padre Antonio Vieira02 Obras Completas de Jorge Amado01 Obras do Padre Charbonneau02 Obras Completas de Machado de Assis01 Obras de Júlio Verne01 Obras de Eça de Queiroz01

02

01

01

01

23

01

01

01

Sexo e Sexualidade

Júlio Verne

Folclore em Atividades

Inglês para Crianças

Coleção da Fala e da Escrita

Literatura em Minha Casa

Meu Primeiro Livro de Inglês

Clássicos bilíngüe

Meio Ambiente28

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02

02

01

01

01

01

01

01

01

01

02

01

01

01

01

01

Aventuras na História

Clássicos Rideel

As Aventuras de Joça e Zeca

Clássicos Universais

Aventuras Grandiosas

Mundo Encantado de Glória Fuertes

O Brasil Monárquico

A Literatura no Brasil

Mar de Histórias

Encantamento das virtudes

Sherlock Holmes

Obras completas de José de Alencar

Paulo Coelho

Clássicos da Literatura (temas de

vestibulares)

História da República Brasileira

Novos Papos

• Literatura

Quantidade Especificação

399 Infanto-Juvenil393 Romances36 Contos23 Crônicas34 Poesias

• Livros Didáticos

Quantidade Especificação

08 Física16 Química14 Biologia18 Ciências58 História04 Matemática53 Literatura e Língua Portuguesa07 Inglês

29

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06 Botânica12 Atlas Geográficos20 Mapas07 Dicionários de Inglês15 Dicionários de Português15 Mapas das partes do Corpo Humano

Vários Exemplares Livros; Panfletos sobre AIDS; Drogas e DST

5.4.1.2 – Laboratório de física, química e biologia

O laboratório escolar está equipado com recursos próprios para a elaboração de

experiências que permitem a comprovação de fatos elencados na teoria estudada em cada

área. A partir do ano letivo de 2006, o laboratório tem um atendimento diferenciado, com a

disponibilidade de um assistente de execução que estará organizando o laboratório e

prestando assessoria ao trabalho desenvolvido pelos professores.

Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras inseparáveis (...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização vazia.(HAYDT, 1998, p.9)

O laboratório se presta a providenciar um encontro entre teoria e prática, em que

os educandos podem estabelecer parâmetros comparativos acerca do conhecimento que estão

construindo, inferindo em análises que levem à consolidação do saber. Na realidade, ainda é

preciso que se maximize a utilização dos recursos laboratoriais, para que a prática seja um

hábito cotidiano, veiculando aos educandos a oportunidade de verificar hipóteses,

comprovando ideias.

Com a nova função ocupacional própria para o laboratório, será elaborado um

cronograma de utilização do espaço físico do laboratório pelas disciplinas afins. Ainda é

preciso, porém, que um treinamento para o assistente de execução seja providenciado, para

que os reais objetivos sejam atingidos através de sua atuação conjunta com os docentes.

Adiante será detalhado o acervo atual do laboratório.

Equipamentos para Laboratório de Biologia, Física e Química

Quantidade Especificação

01 - Balança Mecânica de Braços iguais - altura 30 cm

30

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01 - Balança de pratos

01 - Gerador de Vandergraft

05 - Microscópio Binocular

01 - Multímetro

01 - Marcador de Tempo a pilha

02 - Microscópio Binocular – pequeno

I. Relação do conjunto de reagentes

Quantidade Especificação Vol. Emb.

01 Ácido Clorídrico 100 ml

02 Ácido Nitrico 100 ml

02 Ácido Sulfurico 100 ml

01 Enxofre em pó 200 g

01 Flúor 250 g

01 Alumínio em Aparas 100 g

01 Estanho em Raspas 99% 250 g

01 Limalha de Ferro 50 g

01 bloco Papel Vermelho de tornassol 100 tiras

01 bloco Papel azul de tornassol 100 tiras

01 bloco Papel indicador Universal 100 tiras

01 Sulfato de Aluminio 100 g

01 Sulfato de Cobre II PA 100 g

01 Sulfato de Zinco 100 g

01 Zinco em Raspas 100 g

01 Laranjado de metila 100 g

01 Permagnato de Potássio 100 g

01 Hidróxido de Cálcio 100 g

01 Hidróxido de Sódio P.A. 98,9% 100 g

01 Cal hidratado 100 g

01 Azul de Bromotimol 100 g

01 Carbonato de Cálcio P.A. 500 g

01 Hidroxido de Alumínio Seco P. A. 250 g

01 Carbonato de Sódio P. A. 100 g

01 Cloreto de Bário 100 g31

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01 Cobre em pó 10 g

01 Nitrato de Prata P.A. 25 g

II. Relação do conjunto de vidrarias

Quantidade Especificação

01 Almofariz com pestilo, 180 ml

02 Almofariz sem pistilo, 180 ml

01 Almofariz com pestilo,610 ml

01 Balão Volumétrico 250 ml

04 Balão Volumétrico 500 ml

04 Balão Volumétrico fundo chato 500 ml

02 Balão volumétrico de 25 ml

03 Balão de destilação de 250 ml

01 Balão de fundo chato 500 ml

05 Balão de fundo chato de 250 ml

01 Balão de fundo chato de 125 ml

01 Balão de fundo redondo de 300ml

11 Bastão de vidro 5mm x 300 mm

01 Becker de vidro 500 ml

10 Becker de vidro 250 ml

02 Becker de vidro 100 ml

04 Bureta

04 Condensador p/ destilação

10 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 250 ml

01 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 200 ml

01 Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 25 ml

07 Funil analítico de haste longa liso de 250 ml

01 Funil analítico de haste longa liso de 500 ml

07 Funil de decantação de 250 ml

05 Lâminas de vidro 5 cm32

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03 Papel filtro qualitativo 90mm - 100 discos

01 Pipeta graduada de 5 ml

03 Pipeta graduada de 1 ml

01 Pipeta graduada de 10 ml

01 Pipeta graduada de 2 ml

02 Pipeta volumétrica de 2 ml

02 Pipeta volumétrica de 3 ml

03 Pipeta volumétrica de 5 ml

02 Pipeta volumétrica de 10 ml

03 Pipeta volumétrica de 20 ml

02 Placa de petri de 100 x 10mm s/tampa

02 Placa de petri de 90 x 20mm s/tampa

02 Proveta de vidro graduada s/ tampa de 50 ml

01 Proveta de vidro graduada s/ tampa de 15 ml

01 Proveta de vidro graduada s/tampa de 500 ml

01 Proveta de vidro graduada s/tampa de 250 ml

10 Tubos de ensaio de 1,5 x 18 cm

02 Tubos de ensaio de 1,5 x 15 cm

05 Tubos de ensaio de 1,5 x 16 cm

09 Tubos de ensaio de 1,0 x 10 cm

09 Tubos de ensaio de 1,5 x 14 cm

04 Vara de vidro de 5mm x 100mm

07 Vidro de relógio de 80mm

III. Equipamentos acessórios

Quantidade Especificação

02

03

09

03

ANEL DE GRAVESAND

ANÉIS METÁLICOS, adap. Ao suporte universal - diâmetro 8 cm

ANÉIS METÁLICOS, adap. ao suporte universal -diâmetro 5 cm

ANÉIS METÁLICOS, adap. Ao suporte universal - diâmetro 12 cm

33

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01

02

04

02

02

02

02

04

01

04

03

01

29

01

06

01

05

01

AGITADOR MAGNÉTICO

BALANÇA DIGITAL

BICO DE BUNSEN

BOBINAS DE 1.200 esp.

BOBINAS DE 300 esp.

CONEXÃO DE FIOS FLEXÍVEIS

CUBA SEMI-CILÍNDRICA

DIASPASÃO de 440 Hz

ESPÁTULA em aço inox de 20 cm de comprimento sem lâmina metálica

ESPÁTULA em aço de 180 mm

ESTANTE DE MADEIRA, para tubos de ensaio.

ESTANTE METÁLICA, para tubos de ensaio

FONTE FA-7

GUARDA -PÓS

JOGO DE MASSA AFERIDA 2 (20g) 2 (10g) 2 (5g)

LAMPARINAS , à álcool com pavios e abafador

LÂMINAS para microscopia (caixa)

LENTES CONVERGENTES

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01

01

01

05

01

01

13

01

01

02

03

04

01

03

01

04

LUPA

MOLA TÁLICA, 2 cm de diametro e 2 m de Comprimento

MANTA AQUECEDOURA

MOLA METÁLICA , de 7 cm de diâmetro

MUFA

NÚCLEO DE FERRO

pHGAMETRO

PINÇA de madeira

PINÇA METÁLICA DE COBRE

PORTA PESO ZINCADO

PORTA PILHA

PRISMAS

SUPORTE UNIVERSAL,

TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 250º C

TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 110º C

TORÇO HUMANO

TRIPÉ METÁLICO

IV. Minilaboratório Estudantil Didacta

Quantidade Especificação

35

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01 KIT MOVIMENTO ONDULATÓRIO

01 KIT MECÂNICA

01 KIT ELETRICIDADE E MAGNETISMO

01 KIT PESOS E MEDIDAS

5.5 - RECURSOS MATERIAIS

O colégio dispõe da seguinte relação de recursos materiais:

04 televisores em cores;

09 Estantes (06 de aço);

02 Antenas parabólicas;

08 Mesas de leitura;

01 Mesa de reunião;

02 Vídeos Cassete;

231 Fitas de vídeo;

30 Mapas diversos;

03 Globo;

10 Jogos educativos;

05 Microscópios;

01 Aparelho de Fone/Fax;

01 Balança;

01 Ventilador de mesa;

24 Ventiladores de teto;

01 Ventilador de parede;

01 Máquina de escrever eletrônica;

01 Máquinas de escrever manual;

02 Mimeógrafo;

11 Armários de aço;

10 Arquivos de aço;

12 Cadeiras estofadas;

02 Cadeiras giratórias;

07 Mesas escrivaninhas;

03 Armários de madeira;

36

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303 Carteiras;

366 Cadeiras;

1 Mesas de professor;

01 Retro-projetor;

01 Torso bissexual;

01 Geladeira 280L;

02 Frezer horizontal;

01 Liquidificador de 8 L;

01 fogão com forno;

02 Cilindros de gás;

06 mesas para refeitório com 12 bancos;

01 Batedeira Industrial;

03 rádios com CD;

02 DVD;

01 Caixa de som;

07 extintores;

05 microcomputadores com impressoras;

01 cilindro industrial;

01 telefone sem fio;

01 máquina fotográfica;

01 sistema de som;

Pratos, canecas, talheres e demais utensílios de cozinha.

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5.6 – RECURSOS HUMANOS

O quadro funcional do Colégio Estadual Abraham Lincoln está constituído

conforme tabelas que se seguem, compostas por funcionários e professores. Os funcionários

da educação se dividem em Agentes Educacionais I e II. O processo educativo se efetiva

devido à ação coletiva desses três segmentos – Agentes Educacionais I e II e professores, que

em suas respectivas funções contribuem com a construção e organização do conhecimento no

processo de ensino e aprendizagem.

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5.6.1 – EQUIPE DE DIREÇÃO E AGENTES EDUCACIONAIS II

NOMES VÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO2º GRAU 3º GRAU PÓS-

GRADUAÇÃO

COMPLETO IMCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

Jaime Ademir Roder QPM Educação Física Diretor X Didática-Fundamentos

Teóricos da Prática Pedagógica

Adriana V. V. Gonçalves QFBE Pedagogia Secretária XJosiani Ap. F. Alfonso QFBE Pedagogia Agente Ed.II XVanessa Cristina A Sanches QFBE Ciências Agente Ed.II X Morfofisiologia

Humana e Reprodutiva

ComportamentalEdmilson Rodrigues da Silva

QFBE História Agente Ed.II X

Jefferson Fantachole QFBE QuímicaIndustrial

Agente de Execução

X

Ana Maria D.Figueiredo Sanches

QPM Geografia/História Dir. Auxiliar X Geografia e Meio Ambiente

5.6.2 - EQUIPE PEDAGÓGICA

NOMES VÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO2º GRAU 3º GRAU PÓS-

GRADUAÇÃO

COMPLETO IMCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

Marisa Ap. Boso Vicentim QPM Pedagogia Pedagoga X X Educação Especial Adelaide de Fátima Stencel QPM Pedagogia Pedagoga X X Educação Especial

39

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5.6.3 - AGENTES EDUCACIONAIS I

NOMES VÍNCULO

1º GRAU 2º GRAU 3º GRAU

COMPLETO IMCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

Inês de Lima Brito QPPE XMarlene Cristina da Silva QPPE XMaria Bertti de Carvalho QPPE XJacira Veronez REPR XVanda Aparecida Padilha REPR XValdeci Francisca Custódio PSS X

5.6.4 - CORPO DOCENTE

NOMES VÍNCUL

O

DISCIPLINA

2º GRAU 3º GRAU PÓS-GRADUAÇÃO

COMPLETO IMCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

Ana Márcia Labegalini Stencel QPM Geografia X XAna Maria D. F. Sanches QPM Geografia/História X XAngela Maria Travagli REPR História x xAntonia C. dos R. Protano QPM Língua Portuguêsa X XAparecida de F. M. Estrada QPM Ciências /Química XAriadne Cabral Franco Fernandes QPM Arte X XCarina Elizabete da Silva QPM Matemática

Sala de ApoioX X

Cleide Alves Pereira Pontes QPM Arte/Sociologia X XCleonice da Silva QPM Química X XCleudinéia Ap. Pereira Martins QPM Biologia/Ciências X XDarlene Cristina dos S. dos Reis QPM Ed. Física/Viva

EscolaX X

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Elaine Cristina da Silva Lopes QPM Espanhol X XElds Moreli da Silva QPM História/Filosofia X XEmerson da Silva Oliveira QPM Matemática X XIraci Aparecida Cachone QPM Educação Física X XIrenice Fantacholi Plaça QPM Língua Portuguêsa X XLeila Aparecida Keller QPM Língua Portuguêsa X XLenice Alves da Silva REPR Língua Portuguêsa X XMargarete Miranda P.Constantino REPR Sala de Apoio

Língua PortuguesaX X

Marlene Cruz Cividini QPM Sala de Recursos X XRita de Cássia Tassi Mello QPM Geografia/História X XRosemary Porto QPM Matemática/Física

Viva EscolaX X

Silvio Martins de Oliveira REPR Educação Física XVania E. J. Fernandes QPM Português/Inglês X XVilma Ciriaki de Castro QPM Geografia X XVivian da Silva REPR Inglês X X

41

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5.7– QUANTO À FORMAÇÃO CONTINUADA

A maioria de nossos professores tem formação em Magistério, a nível de Ensino

Médio e formação acadêmica com especialização na área específica a qual ministra aulas. Por

não contar com professores habilitados em todas as áreas, ocorre que as aulas de algumas

disciplinas são ministradas por professores de outras disciplinas afins, como é o caso de Arte,

Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia.

Todos os professores e demais funcionários participam da capacitação continuada

prevista no calendário. Os demais cursos e simpósios são oportunizados a um pequeno

número de professores, sendo que alguns não demonstram interesse em participar de tais

eventos. Considerando a importância de uma boa formação específica, aliada a conhecimentos

de psicologia, Sociologia, Filosofia e Relacionamento Humano sem os quais o trabalho

pedagógico não se efetiva a contento dos envolvidos.

5.8 – QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O conhecimento, nesse contexto, oportunizaria o trabalho interdisciplinar e os

projetos que hoje são quase que individuais, quanto à disciplina que o propõe. Passariam a ser

coletivos. Sabemos o quanto a organização do trabalho escolar e a excessiva carga horária dos

professores são prejudiciais a consolidação do processo educativo. Atualmente, os horários

incompatíveis, mesmo a hora-atividade não podem ser organizados de forma que os

professores das áreas possam estar juntos.

5.9 – CARACTERÍSTICAS DO ALUNADO

A exemplo do país, as famílias de nossa comunidade enfrentam os problemas

sociais causados pela necessidade financeira, que faz com que as mães saiam em busca de

trabalho para complementar a renda doméstica. Fato que a nosso ver, reflete no trabalho da

Escola, que se vê, na maioria das vezes privada de uma importante parceria. Ao analisarmos

42

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alguns fatos ocorridos, percebemos que não há uma cultura de valorização, incentivo e

promoção para maior participação e interesse por parte dos pais. A distância fragmenta o

trabalho e perpetua a idéia de responsabilidades distintas ou até antagônicas, onde são

atribuídas culpas mútuas às situações de fracasso escolar.

Considerando que o Colégio em questão atende um alunado oriundo da zona

urbana e rural, os últimos dependem do transporte escolar e freqüentam os turnos matutino e

noturno (no caso de 8ª médio). Ocupam uma boa parte das vagas do período matutino, fato

que nos últimos anos vem causando um certo descontentamento de pais e alunos da zona

urbana, por ser o período de preferência dos mesmos.

Muito nos preocupa o fato de percebermos que a grande maioria de nossos alunos

não tem um projeto de vida. Talvez, por isso, estejam tão desmotivados quanto a estar na

escola e a participar de suas atividades. Este fato ocorre de forma mais acentuada no período

noturno, onde se observa que a formação escolar não se constitui em fator de interesse

relevante, importando apenas, a conclusão do curso, para atender às necessidades sociais e

trabalhistas.

Em contrapartida analisamos os problemas da Escola, onde muitas vezes as

turmas são numerosas, formadas por alunos sobre os quais pouco sabemos quanto aos

aspectos individuais. Tem-se um conhecimento generalizado de que a grande maioria provém

de famílias de baixa renda, que se alimentam de forma precária. Mesmo os que têm recursos,

não têm o hábito de manter uma alimentação saudável, fazendo opção por lanches e doces.

Muitos ficam longe dos pais a maior parte do tempo e às vezes estão à mercê da mídia, da

violência, do álcool e outros aspectos negativos para sua formação.

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5.9.1 – CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

A formação de turmas ocorre a partir da observação de alguns aspectos relativos à

características da comunidade escolar e necessidades dos alunos, tais como: transporte (para

os que vêm da zona rural); trabalho; ritmo de aprendizagem; ocorrência de reprovação; e,

socialização.

Por tratar-se de uma escola de pequeno porte que oferta atendimento nos três

turnos (manhã, tarde e noite) muitas vezes, ocorre a formação de turmas únicas no turno, para

cada série, impossibilitando a observância de todos os itens mencionados. Em 2005, tínhamos

a seguinte organização:

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5.9.2 - TOTAIS DE TURMAS E MATRICULAS – ANO 2010

Curso Série Turno Total de

Turmas

Total

Matrículas

Ensino de 1º Grau

Regular 5/8 série

5ª Manhã 2 405ª Tarde 1 186ª Manhã 2 466ª Tarde 1 207ª Manhã 1 257ª Tarde 1 248ª Manhã 1 318ª Tarde 1 31

Complementação

Curricular 1ª Tarde 1 120

Ensino Médio

1ª Manhã 1 45

1ª Noite 1 16

2ª Manhã 1 26

2ª Noite 1 26

3ª Manhã 1 16

3ª Noite 1 15

Espanhol –

Básico

1ª Tarde 1 30

1ª Interm.Tarde 1 30

1ª Noite 1 30

Total 20 589

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5.10 – QUANTO AOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

• GESTÃO DEMOCRÁTICA

Concebendo a gestão democrática como um processo de democratização que se

estrutura em dois pressupostos: a eleição para diretores e o fortalecimento dos Conselhos

Escolares, é possível verificar que se trata de uma prática que se encerra numa crescente

socialização da participação política da igualdade substantiva. A integração da comunidade

escolar na participação em decisões coletivas fortalece o princípio da gestão democrática.

A gestão democrática pressupõe um espaço democrático onde a escola deve ser

reconhecida como local público a serviço do público. Implica numa transformação da

estrutura e das relações escolares, o que se verifica através de um processo lento que infere

em mudanças de concepções e atitudes, bem como de comportamentos inerentes à prática

escolar cotidiana. Essas transformações se procedem, à medida que, a escola deixou de ser um

sistema autoritário hierarquizado com centralização de decisões para assumir uma gestão

coletiva, contando com a participação da comunidade escolar, enquanto também propulsora

de ações.

Contamos, nesse sentido, com a atuação dos órgãos colegiados e conselhos

deliberativos, que contribuem amplamente, dentro de suas respectivas funções, enquanto

sujeitos ativos e envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem. Verifica-se, a partir

dessa nova gestão, que todos são responsáveis pelos nortes traçados para a escola. Cada um,

dentro de seus respectivos papéis, contribui individual e coletivamente. No Colégio Estadual

Abraham Lincoln, contamos com a participação ativa dos Órgãos colegiados que se traduzem

em parceiros reais que lutam com a escola para o alcance das metas traçadas. Dentre esses

parceiros, destacamos os seguintes:

• APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que composta por membros de

todas as instâncias da comunidade escolar vem promovendo uma maior integração

entre família-escola-comunidade, prestando assistência ao Colégio como um todo, em

consonância com a proposta pedagógica delineada e executada no processo de ensino.

A atual APMF está assim constituída:

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APMF - REPRESENTANTES DA DIRETORIA

RG. NOME FUNÇÃOENDEREÇO

RESIDENCIAL CEP TELEFONE

3.153.705-3 Elizabete Leocádio Ramos Presidente Rua Nova S/Nº 86.920-000 345311085.704.305-9 Claudio Marzo Sanches Vice Presidente Rua Profº Irineu Citino - 123 86.920-000 3453-11486.597.104-6 Namir Barbosa 1º Tesoureiro Rua Nova S/Nº 86.920-000 843159256.495.976-0 José de Souza Silva 2º Tesoureiro Rua Elias Labegalini - 59 86.920-000 998456675.704.309-1 Josiani Aparecida Ferreira Alfonso 1ª Secretária Rua José Darienso - 670 86.920-000 3453-11598.166.249-5 Carina Elizabete da Silva 2ª Secretária Rua José Darienso - S/Nº 86.920-000 3453-11016.360.635-9 Rosemary Porto Alves Pereira 1º Diretor Sócio Cultural Rua Ângelo Impossetto - 645 86.920-000 3453-14394.065.224-8 Maria de Fátima Pereira Pierucini 1º Diretor Sócio Cultural Rua Profª Onice de Melo - S/Nº 86.920-000 3453-1277

CONSELHO DELIBERATIVO E FISCAL

RG. NOME PROFISSÃOENDEREÇO

RESIDENCIAL CEP TELEFONE

4.400.306-6 Angela Maria Travagli Agostini Professora Rua Profº Irineu Citino 86.920-000 345312965.941.243-4 Emerson da Silva Oliveira Professor Rua Ângelo Impossetto - 139 86.920-000 3453-12558.971.680-2 Jefferson Fantachole Assistente Administrativo Rua Orlando Carlos Pereira - 522 86.920-000 3453-11566.814.988-6 Edmilson Rodrigues da Silva Assistente Administrativo Rua Benedita S. Maltempe - 58 86.920-000 -5.047.794-0 Marcos Agnaldo Alves Pereia Agricultor Rua Ângelo Impossetto - 645 86.920-000 3453-14396.285.498-7 Vanderléia Spadim Vicentin Enfermeira Rua Profº Irineu Citino – S/Nº 86.920-000 -3.959.914-7 Vanda Aparecida Padilha Funcionária Pública Avenida Paraná - 741 86.920-000 3453-13875.288.066-1 Vanessa Cristina Aquoroni Sanches Funcionária Pública Rua Profº Irineu Citino - 310 86.920-000 84086239

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• Conselho Escolar : Representado por membros participantes da comunidade

escolar, conforme prevê seu Estatuto, vem acompanhando a ação pedagógica do

Colégio Estadual Abraham Lincoln, de modo a desempenhar suas funções: 1 –

deliberativa (acompanhando as diretrizes acerca das diversas tomadas de

decisão); 2 – consultiva (emitindo pareceres acerca de posturas adotadas); 3 –

avaliativa (acompanhando continuamente todas as ações) e; 4 – fiscalizadora

( garantindo a legitimidade das ações em todos os segmentos).

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CONSELHO ESCOLAR - FICHA CADASTRAL

Estabelecimento: Col. Est. Abraham Lincoln – Ens. Fund. E Médio Município: Kaloré NRE:Apucarana

1º Segmento: PROFISSIONAIS DA ESCOLANOME RG FUNÇÃO NA

ESCOLAENDEREÇO CEP FONE

Jaime Ademir Roder 1.428.141-0 Diretor R: Profº Irineu Citino 86920-000 3453-1409Leila Aparecida Keller 6.895.456-8 Vice-Presidente R:Carlos Henrique da Silva nº 25 86920-000 34531482Adelaide de Fátima Stencel 3.209.017-6 Eq. Pedagógica Rua José Darienso 86920-000 84112012Darlene Crisitna dos Santos dos Reis

5.727.328-3 Professora Est.Urú Km1 86920-000 34531338

Adriana Valeria V. Gonçalves 5.617.971-2 Secretária Rua Albino Mantovani – nº 61 86920-000 3453-1311Maria Bertti de Carvalho 4.334.306-8 Serviços Gerais R:José Leocádio Ramos nº 65 86920-000 3453-1572

2º Segmento: COMUNIDADE ATENDIDA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

NOME RG FUNÇÃO NA ESCOLA

ENDEREÇO CEP FONE

Daysieli Fernanda Gomes dos Santos

10.358.569-4 Aluna Rua Aparicio Gonçalves- 270 86920-000 -

Eliane Ambrosio Barbosa 7.128.268.- Mãe Rua Luiz Davanço Filho - 70 86920-000 84315925Claúdio Marzo Sanches 5.704.305-9 APMF Rua Profº Irineu Citino - 123 86920-000 34531148

3º Segmento: MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOSNOME RG FUNÇÃO NA

ESCOLAENDEREÇO CEP FONE

Eliete de Fátima Berti Tavares 5.365.565-3 Coord.Liturgia Rua Pascoal Pianez - 338 86920-000 99144671

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• Conselho de Classe: O Conselho de Classe é um órgão colegiado composto pelos seus

sujeitos diretamente envolvidos no processo pedagógico escolar, seu objetivo é avaliar o

processo ensino aprendizagem desenvolvido dentro da escola, tendo como características

básicas a participação e integrada dos sujeitos do trabalho pedagógico, a organização

interdisciplinar e a atenção na avaliação escolar. É um espaço coletivo de discussão,

reflexão e estudo sobre as práticas pedagógicas escolares, de maneira que todos

participem de forma democrática e construtiva, a fim de se chegar a uma análise e tomada

de decisões no que tange ás práticas pedagógicas exercidas até então, e garantir a

efetivação dessas decisões no âmbito escolar.

Verifica-se sob esse aspecto, que o Colégio Estadual Abraham Lincoln já está

acenando para uma mudança de paradigmas, o que se comprova a partir do fortalecimento da

ação dos sujeitos como participantes do projeto de ação e, simultaneamente, executores do

mesmo.

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5.11 – CARACTERIZAÇÃO PEDAGÓGICA

5.11.1 – QUANTO À AVALIAÇÃO PRATICADA NA ESCOLA

Para uma educação de sucesso é necessário repensar a avaliação que infelizmente

privilegia a tarefa de verificação com detrimento da verdadeira avaliação. Apontamos o processo

avaliativo como sendo nossa maior insatisfação, já que entendemos que a avaliação e trabalho

pedagógico devem caminhar juntos atendendo aos mesmos propósitos. O que na prática ainda

não ocorre de forma satisfatória. Ainda temos uma avaliação que apresenta como fator relevante

a obtenção de nota, o que a torna uma avaliação classificatória e quantitativa obtida de formas

diferenciadas. Embora esforços tenham sido empregados para a construção e desempenho de uma

avaliação diagnóstica, qualitativa e inclusiva, reconhecemos que ainda precisamos trilhar um

caminho longo para obtermos a avaliação que necessitamos. Aquela que não representa o fim,

mas uma oportunidade de reorientação da práxis pedagógica, permitindo, inclusive, contemplar,

criticar analogamente nossa própria atuação enquanto educadores que somos.

5.11.2 - EDUCAÇÃO ESPECIAL - A CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS

INCLUSIVOS

A diferença é uma característica do ser humano, bem como dos grupos aos quais

compõe. Ao analisarmos a história da evolução humana, especialmente a partir do momento em

que o homem passa a evoluir na organização social, é possível perceber o quanto a diferença

física ou comportamental perturba o imaginário humano.

Por longo período na história, a pessoa que portasse alguma característica que a

diferenciasse da maioria era vítima da exclusão. Sua condição era atribuída a fatores

sobrenaturais, como sinônimo de castigo para a expiação de pecados.

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A partir do século XIX surgem na área médica as primeiras pesquisas que darão

suporte para uma nova visão acerca das deficiências que, consideradas como doenças, tinham os

esforços voltados para a cura, sendo seus portadores isolados em instituições para tratamento.

Pesquisadores como Jean Itard e Philippe Pinel deram início a pesquisas com pessoas

portadoras de deficiências que, então, eram vistas apenas sob o aspecto orgânico, confundindo-se

deficiência com patologia.

Carregando o estigma de doente mental, a pessoa portadora de deficiência era isolada

por ser considerada um perigo para a sociedade.

Outro fator atribuído à deficiência era o de que sua determinação genética era fato

irrefutável para o qual de nada adiantaria intervir, pois não seria superado. Passou-se assim a

medir o potencial intelectual, delimitando-se as possibilidades de cada um.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos vem inspirar as políticas públicas e a

criação, em vários países, de instrumentos jurídicos que garantem o atendimento aos portadores

de deficiências.

Com o crescimento de movimentos mundiais após a Segunda Guerra, afloram

questões da educação pública a que eram submetidas as camadas populares. Surge mais

significativamente a Educação Especial destinada ao grupo de pessoas com deficiência, por estes

não estarem aptos a cumprir o programa regular.

A Educação Especial caminha para a integração social, buscando-se preparar a pessoa

com deficiência, para o trabalho.

Nos anos 60, com avanços em pesquisas nas áreas das Ciências Sociais e Psicologia,

passa-se a considerar também os fatores socioculturais como determinantes da origens de

distúrbios e deficiências.

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A partir de 70, movimentos de pais e crianças com deficiências inspiram-se nos

princípios de individualização, introduzidos na Dinamarca que buscavam oferecer as pessoas

com deficiência o convívio em ambiente menos segregativos.

Reconhecendo-se o potencial de aprendizagem a Educação passa a ser ofertada em

diferentes modalidades e programas.

Atualmente, com políticas governamentais voltadas para a Educação Inclusiva, todos

os educandos têm direito assegurado, isto é, de acesso, permanência e sucesso educativo. Dessa

forma, a diversidade passou a ser um marco privilegiado, não mais um problema. Pois, desvendar

as místicas das divindades é compreender a educação de uma forma ampla, onde todos os sujeitos

têm plenas capacidades de aprendizagem, bastando diversificar as metodologias que atendam às

práticas de inclusão social, tendo em vista oportunizar um ensino condizente com as necessidades

específicas de cada educando.

Partindo de um currículo flexível que visa adaptar o que é comum e o que é

individual, atendendo dessa forma à diversidade e favorecendo o enriquecimento cultural, numa

prática social que capacite a todos a partir de suas necessidades. Assegurar oportunidades, isto é,

a igualdade de direitos que permite ao indivíduo se apropriar de tudo que a vida propõe. Desse

modo, o contexto escolar progressista é pautado por um alunado diversificando, com uma gama

de necessidades especiais, o que torna a educação inclusiva, problematizadora, uma vez que

busca alternativas viáveis para atender toda a diversidade de necessidades educacionais

relacionadas ao caráter sócio-cultural, afetivo e cognitivo.

Compreender a educação escolar nesse novo paradigma e rever concepções para que

teoria e prática, atreladas à inclusão, promovem o sucesso de todos os educandos.

Assim, vê-se a necessidade de um fazer pedagógico diferenciado, sobretudo no que

condiz à forma de avaliação, uma vez que as possibilidades vão surgindo na práxis. Tais aspectos

devem ser compreendidos e assumidos por todo o contexto escolar.

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5.11.3 – QUANTO À INCLUSÃO

O Colégio Estadual Abraham Lincoln vem se fortalecendo no sentido de garantir o

direito que todos têm de serem atendidos pela escola pública, preferencialmente, na modalidade

regular, independentemente de suas características específicas, no que se refere às necessidades

educativas especiais ou às diversidades culturais. Um desafio se instala notoriamente, levando

toda a comunidade escolar ao enfrentamento de situações inusitadas, primando sempre pelo

alcance dos objetivos e metas traçados, a serem definidos através da educação. No que se refere

às diversidades culturais, a escola vem desempenhando seu papel de propulsora da conquista da

cidadania, à medida que, cotidianamente, valoriza e respeita as características individuais e

especificidades, promovendo a inserção social nos grupos e proporcionando a emancipação das

ações que expressam cidadania. Quanto ao atendimento ofertado aos indivíduos que necessitam

de condições especiais para o ingresso e progresso no processo educativo, a escola vem suprindo

tais necessidades através do auxílio específico e atendimento especializado que se verifica nas

salas de recursos (com atendimento de alunos de 5ª à 8ª séries nas diversas disciplinas) e de apoio

à aprendizagem (para aluno de 5ª série com defasagem de conteúdos de língua portuguesa e

matemática, oriundos das séries iniciais do ensino fundamental).

No que se refere à estrutura física, adaptações foram feitas para a possível recepção

de educandos portadores de necessidades especiais. Porém, acredita-se que muito ainda é

possível se fazer com o intuito de pormenorizar a diversidade e otimizar o sucesso da ação

pedagógica, independente das condições apresentadas pelos alunos. Mesmo assim, com os

recursos disponíveis, verifica-se considerável sucesso que usufruem desse atendimento

especializado.

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5.11.4 - QUANTO À EDUCAÇÃO DO CAMPO

Considerando que grande parte da clientela que constitui o alunado do Colégio

Estadual Abraham Lincoln tem estreito vínculo com a cultura rural, prima-se para a valorização

da vida social do campo, possibilitando uma auto-afirmação da identidade dos povos do campo,

da sua cultura, enfim, sua história social e política. Trata-se de promover a construção de posturas

e tomadas de atitudes acerca das práticas que envolvem o meio rural, agregando-as ao modo de

vida contemporâneo, lutando pela emancipação de políticas públicas que garantam o respeito a

essa população. Para tanto, procura-se tomar como referência para o trabalho pedagógico,

sempre que possível, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica dos moradores do campo,

tornando mais palpável os objetos de estudo.

Assim, se está colaborando para que a cultura seja gerada na prática social produtiva

dos povos do campo, bem como sua apresentação inclusiva na comunidade escolar.

5.11.5 – QUANTO À EVASÃO E REPETÊNCIA

Bom seria que o acesso democrático á escola pública garantisse a permanência e o

sucesso do educando na escola. Entretanto, a realidade que se vivencia é bem adversa a essa

utopia. Vários são os fatores que interferem na permanência do aluno na escola, sejam eles

relativos aos aspectos políticos, econômicos, sociais, familiares, dentre outros. A realidade é que

enfrentamos situações de evasão escolar, ocasiões em que a escola, ao perceber a evasão

informada pelos professores regentes, entra em contato com a família, tentando em conjunto

propiciar o retorno do aluno à escola. O fato é que, muitas vezes, as ações desempenhadas nesse

sentido são insuficientes para o resgate do aluno e, consequentemente, ele permanece evadido.

Parcerias são feitas com o Conselho Tutelar, mas muitas vezes, a ação não atinge o objetivo.

Outro fator relevante que preocupa o desenrolar do processo educativo é a repetência

que ainda ocorre. Tenta-se efetivar em cada disciplina, quando necessário, um processo de

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recuperação contínua, que deveria oportunizar a reelaboração do conhecimento que não foi

contemplado anteriormente. Ao invés disso, recai-se nos obstáculos da avaliação quantitativa,

que veicula apenas a possibilidade de recuperar notas. Nem sempre, isso é possível e a

conseqüência decorre em retenção do aluno que às vezes motiva a evasão para o ano posterior.

Entretanto o compromisso com a Escola de sucesso e com uma educação

transformadora, bem como a disposição da Escola em atingir as metas propostas no PPP, se dará

no âmbito da própria Escola pelo trabalho coletivo de professores, equipe técnica pedagógica,

funcionários, alunos e pais.

5.11.6 – HORA ATIVIDADE

A hora atividade docente vem ocorrendo individualmente e quando possível são

agrupados professores por área de atuação (o que acontece raramente), uma vez que a maioria

dos professores não trabalha apenas no Colégio Estadual Abraham Lincoln, sendo preciso

possibilitar o deslocamento dos mesmos para outros estabelecimentos. Fato que implica na

realização da hora atividade conforme disponibilidade do horário de cada professor.

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5.11.7 - AVALIAÇÕES EXTERNAS INSTITUCIONAIS – DADOS EDUCACIONAIS

• PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação (MEC) e

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para

produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente, com

o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e

financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de

ações pedagógicas e administrativas, visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o

alcance dos objetivos desta avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados

como objeto de discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar.

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• ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é aplicado

anualmente aos alunos concluintes e aos egressos ( os que já concluíram em outros anos) do

Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma referência para que cada estudante

possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas futuras, tanto em relação ao mercado de

trabalho, quanto para a continuidade dos estudos.

O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só para continuar

sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais autônoma na sociedade. As

mudanças sociais se processam de maneira muito rápida impondo a necessidade de um

padrão mais elevado para a escolaridade básica.

Com o ENEM, o estudante pode saber como chegou ao término de sua escolaridade básica,

medindo seu conhecimento e podendo utilizar a nota para o acesso ao ensino superior.

• IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos

igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos

estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados

sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações

do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas

metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas,

municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a

contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países

da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada

em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do

bicentenário da Independência.

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6 - MARCO CONCEITUAL

6.1 – ASPECTOS GERAIS

Em análise à trajetória da Educação Brasileira verifica-se a luta de muitos educadores

para que a sociedade compreenda a importância da educação como meio de transformação social.

Há uma potencial luta para a mudança de paradigmas, no que tange a uma abordagem

significativa do conhecimento, que se traduz em instrumento de ação para a manutenção ou

transformação social.

Constata-se a presença de um novo olhar, que define uma nova postura educacional,

voltada para que o educando possa construir seu conhecimento e, por conseguinte ser o construtor

de sua própria história. Remete-se, nesse sentido, há uma análise mais ampla no que se refere ao

conhecimento, o que explicita uma abordagem muito mais intrínseca, de que a mera detenção de

uma informação. Isso leva a uma distinção clara entre conhecimento e informação. E, embasados

nesses pressupostos, assume-se uma nova postura que revela uma educação de cunho

transformador, criador e atuante, em que os sujeitos dessa sejam capazes de agir segundo seus

próprios desígnios, sem estarem à mercê de arbitrariedades sociais, políticas ou culturais.

Nesse propósito, assume-se uma nova posição quanto aos conceitos que envolvem a

construção da sociedade, pautada numa abordagem educacional e cidadã.

6.1.1 – CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E CULTURA

Iniciemos essa concepção com os estudos de Hernández:

“ – O que é sabedoria?- A sabedoria... talvez alguém pudesse caracterizar a sabedoria num sentido geral, como uma consciência compreensiva capaz de perceber as relações, as conexões que existem entre as coisas. (...) a sabedoria é um estado de conhecimento pelo qual se é capaz de ver, ao mesmo tempo, a substancialidade das coisas e o nexo com que estão unidas, isto é, a dinâmica da existência. É contemplar os dois lados ao mesmo tempo, é uma perspectiva mais totalizadora, mais completa.”

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(Dalai Lama à Rosa Montero no El País Semanal – 22 de janeiro de 1995 apud Hernández, 1998, p. 35)

O conhecimento, nessa abordagem, deve ser encarado como uma construção coletiva

que, sob hipótese alguma, se resume ao fato de estar informado acerca de um ou de outro tema.

Trata-se de uma construção introspecta ao indivíduo, que em posse do conhecimento, tem

condições de realizar ações sob vários aspectos, utilizando o seu saber para executar e

transformar fatos. Considera-se, sob esse ponto de vista, que o conhecimento deve se traduzir em

instrumento de transformação social e realidade cotidiana, sendo amplo e abrangendo as diversas

visões acerca de um mesmo tema ou questão. Admite-se então que ele só é real quando se

percebe o contexto, quando se percebe as múltiplas facetas e utilidades do objeto em estudo,

sendo possível enfrentar situações inesperadas com argumentos relevantes, preponderantes e

significativos. Conclui-se que o conhecimento efetiva-se através da aprendizagem.

Outro segmento importante que contempla essa nova dimensão educacional

transformadora é a cultura e a sua diversidade. De modo que há uma grande importância no

pensamento e na reflexão que delimitarão atitudes que contemplem as diferenças existentes no

âmbito escolar.

“ As coisas que tomamos por hipóteses, sem questiona-las ou refletir sobre elas, são justamente as que determinam nosso pensamento consciente e decidem nossas conclusões.” (John Dewey, 1916. Democracy And Education. New York, p.18 apud Hernández, 1998, 66)

Considerando que a cultura está inter-relacionada ao convívio de pessoas com

afinidades, hábitos e costumes compartilhados entre grupos, verifica-se que são diversos os seus

tipos, que definem distintos modos de viver, a partir de disposições geográficas, históricas,

política e sociais de um povo. Não se pode sucumbir a nenhuma delas, graduando como mais ou

menos importantes e, sim adequá-las a determinados contextos, sem que se estabeleçam

parâmetros comparativos entre elas. Cada cultura tem seus valores, suas aferições, seus moldes e

comportamentos. No âmbito escolar, a diversidade cultural precisa alavancar a democracia e,

nunca estabelecer divisões e/ou discriminações sociais, classificando os indivíduos como

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pertencentes a um ou a outro grupo. Essencial é que a diversidade seja considerada sem que se

fomente a desigualdade, pois todas as culturas implicam em formas diferenciadas de estabelecer

relações entre conhecimento e prática cotidiana.

6.1.2 – CONCEPÇÃO DE TRABALHO E CIÊNCIA

É fato que todo o indivíduo inserido na sociedade executa seu papel cultural,

realizando ações concernentes aos seus valores e anseios. Uma das principais ações que

contribuem para a afirmação social do indivíduo é a realização do trabalho. Este, por sua vez,

advém de interações e inter-relações entre os indivíduos e o ambiente em que vivem. Expressa

uma relação de poder que, infelizmente, acaba por inferir em uma divisão social em que a

maioria se encontra numa posição subordinada e uma minoria em posição privilegiada. É

necessário estabelecer condições de trabalho que sejam pertinentes à manutenção e garantia dos

direitos. O trabalho deve, ao contrário de agenciar desigualdades sociais, fomentar relações de

promoção social, uma vez que através de seus resultados, a sobrevivência está a ele condicionada

e a cidadania se revela atrelada ao uso do conhecimento e à prática dos deveres. Sabendo que o

trabalho está intimamente relacionado à organização, a utilização da energia e do conhecimento

resultando em produção que fomentam a construção de uma vida cidadã, é fundamental que se

promova a sua efetivação.

Tendo em vista que o trabalho condiciona a afirmação social e as inter-relações que

se explicitam, fica clara a necessidade de favorecer a contínua busca pelo conhecimento, que não

sendo estático, acompanha a evolução científica, tecnológica e social. O que estreita a relação

com a prática da ciência, que por sua vez, condiciona através de sua dinamicidade, a atualização

científica que se procede. Fato que a traduz em alicerce para a construção de novos

conhecimentos.

Os cientistas nos contam que, se voltássemos ao Brasil de 500 mil anos atrás, poderíamos encontrar tatus do tamanho de um automóvel, convivendo com mastodontes, animais semelhantes a elefantes, porém maiores; talvez conseguíssemos observar tigres com dentes de sabre atacando preguiças gigantes, que nessa época caminhavam no solo.

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Se viajássemos à África de dois milhões de anos atrás, poderíamos encontrar os ancestrais da espécie humana, disputando carniça com os ancestrais das hienas e dos abutres. (AMABIS E MARTHO, 2003, p. 137)

A ciência traz consigo todo um histórico de conhecimentos experimentados e

comprovados, porém estão sempre sujeitos à indagações, questionamentos e transformações. Não

pode ser ensinada como algo estático, ou até mesmo nem deve ser ensinada. Ao contrario deve

propiciar uma ambiente instigador, que leve os educandos a questionar as teses conhecidas e

construir o seu próprio conhecimento. Fica evidente, a presença da evolução científica que

acompanha a evolução histórica cronológica.

O que se nota, entretanto, é que há apenas um repasse de conhecimentos acumulados

historicamente e que o sujeito desse processo, mediante a evolução vigente, advinda da

globalização planetária continua sem o conhecimento científico. Há que se repensar a ciência,

possibilitando a produção, a descoberta e a redescoberta do conhecimento científico,

proporcionando formas de garantir a utilização deste para o enfrentamento de situações inusitadas

que surgem a cada dia, à medida que a humanidade avança em tecnologias inovadoras e

surpreendentes. Nesse propósito, pretende-se que a ciência como um todo, oportunize a

compreensão do mundo em constante mudança.

6.1.3 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO - ESCOLA - ENSINO

Ao considerar os aspectos que envolvem a construção do conhecimento, seja ela

sistematizada ou não, supõe-se que exista uma união dos vários segmentos que constituem o

processo. Em outras palavras, é correto afirmar, que a construção do conhecimento é,

simultaneamente, processo e produto da interação entre Sociedade, Trabalho, Cultura, Ciência,

Cidadania, Homem, tecnologia, enfim, todos juntos participam de um sistema em que cada um

representa sua própria engrenagem, que desenvolvendo um trabalho coletivo e cooperativo,

alavancam o desenvolvimento da educação.

Não é possível conceituar educação, sem mencionar esses agentes.

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“O objetivo da educação é continuar a enriquecer o processo da vida por pensamentos e ações melhores. Portanto, a educação, está na vida e para a vida. Seu objetivo é o único que se adapta a um mundo em desenvolvimento. Desenvolvimento contínuo é a sua essência e a sua finalidade”. (KILPATRICK, 1973, p. 90).

E esse objetivo se dá a partir de intervenções desencadeadas por atividades sociais

planejadas ou não. Atividades estas, que podem e devem ser transformadoras, modificando

situações existenciais em resultados estruturais de caráter norteador, que não omitam a

intencionalidade incutida. Pelo contrário, permitindo que seja maximizado a condição de opção,

sendo direcionado a partir da educação a busca por um ou por outro caminho.

A educação é algo tangível, que é objetivo e meta, concomitantemente. Ela engloba

valores, considera tendências, direciona ações e é, ao mesmo tempo, instrumento de inserção

social e afirmação cidadã.

Enquanto agentes do processo educativo formal que se desencadeia no âmbito

escolar, precisamos nos reconhecer sujeitos e colaboradores na construção do conhecimento. A

educação nos dá esse respaldo, em vias de sermos orientadores da construção do conhecimento e,

ao mesmo tempo, podermos nos posicionar como sujeitos também construtores do mesmo. Pois

não há conhecimento pronto e acabado e muito menos, somos detentores de uma única forma de

se alcançá-lo. É preciso valorizar as pluralidades culturais e cidadãs, desde que essas sejam

também coadjuvantes no processo educativo e na ação pedagógica.

A educação se torna instrumento de transformação social, em que cada indivíduo se

vale dela para atingir seus objetivos pessoais, profissionais, culturais, políticos e sociais. Não é

algo estanque, mas sim um instrumento dinâmico, que promove o crescimento pessoal e a

expansão do capital social. Ela é a alternativa mais eficaz para a busca da realização dos objetivos

e concretização dos projetos de vida. Proporcionar o seu incessante desenvolvimento e aplicação

infere na constante utilização de instrumentos diversos para que a educação se solidifique

enquanto provedora de fins específicos, que tendem a atingir a globalidade. É através da

educação que se promove a constituição histórica existencial, com vistas a intencionalidade

inerente, bem como a possibilidade de expandir a ação cidadã, embasada em alicerces que 66

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fomentem a apropriação de instrumentos pelos indivíduos e pela comunidade, veiculando o

pensamento, a tomada de decisão e a ação. Prioriza, através disso, a satisfação das necessidades

individuais e coletivas e ainda oportuniza a constante readequação do conhecimento, com ênfase

na evolução que se vivencia.

6.1.4 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA, HOMEM E SOCIEDADE

O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a superação das

contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem como base a consciência crítica,

estruturada a partir de análises reflexivas, onde o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e

construtor de sua própria história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente

vinculada à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar com liberdade e

respeito social, construindo uma sociedade sustentável.

A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas ao cidadão,

aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes para a utilização de serviços,

bem como o cumprimento de obrigações, como pagamento de taxas e impostos e de sua

participação ativa ou passiva na administração comum. Por essa abordagem, verifica-0se que a

cidadania está incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma

consciência de pertinência e responsabilidade coletiva. Assim, o exercício da cidadania não se

restringe ao exercício do voto ou de outras ações determinadas por lei. Vai muito além disso.

Consiste em usufruir de seus direitos, cumprir seus deveres e principalmente respeitar os direitos

alheios, estejam eles relacionados aos próprios indivíduos, enquanto pessoas, às comunidades, à

sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com responsabilidade e compromisso coletivo,

maximizando a liberdade de ação, sem desrespeitar limites que se estabelecem na estrutura social.

Inserido nessa concepção está o homem, o indivíduo coletivo que participa, contribui

e constrói sua própria história, estendendo essa construção também para a sociedade. Trata-se do

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sujeito que operacionaliza, que interage, que anseia e que realiza ações, pautado em seus

objetivos próprios e de seus grupos. O homem é o sujeito que movimenta todo o sistema social e

articula ações que podem estar voltadas para seus interesses individuais ou coletivos.

O homem, em correspondência com a sua natural divisão em ser individual e ser

social, vive como personalidade em diferentes segmentos, que contemplam a esfera individual e a

esfera privada. Está sempre buscando a satisfação de seus interesses fundamentais, enquanto

indivíduo que almeja uma livre existência e enquanto co-partícipe do consórcio humano que

anseia o interesse a um livre desenvolvimento na vida de relação.

Enquanto os direitos que se destinam à proteção da esfera individual servem para a

preservação da personalidade dentro da vida pública, na proteção da esfera privada remete-se a

inviolabilidade da personalidade dentro de seu retiro, necessário ao seu desenvolvimento e

evolução, em seu mundo particular, à margem da vida exterior. Nessa perspectiva, o estado de

natureza se refere à excelência do EU diante da existência de qualquer autoridade política.

Conclui-se dessa maneira, que todos os homens são naturalmente livres e iguais. Livres porque

cada um é dono de si e norteia suas próprias ações, segundo suas concepções e iguais porque,

com independência usufruem uma liberdade acordada por todos.

Prepondera-se, pois, uma reflexão ampla sobre o contexto social em que

vivenciamos. Como é a sociedade em que estamos inseridos e que ações podemos desenvolver

para potencializar o exercício da cidadania e o uso fruto da democracia. É fato que a sociedade se

demonstra um tanto heterogênea e, que grupos sociais se sobressaem, enquanto que outros se

submetem à práticas dominadoras. Diante de tudo o que já se discutiu, conclui-se que não é esta a

sociedade que queremos e que, principalmente, temos condições de transformá-la a partir de

nossas atitudes, desde que deixemos transparecer nossa intenção e ação cidadã. Em outras

palavras, a reflexão acerca dos temas emergentes que apontam para a construção de uma

sociedade menos discrepante e mais igualitária, considera-se que temos o instrumento de ação ao

alcance de nossas mãos – a educação como fonte, meio e fim para a conquista da soberania e da

autonomia cidadã dentro da sociedade. Somos capazes de assumir a postura de sujeitos ativos,

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desde que tenhamos consciência do nosso papel diante de nós mesmos, diante do outro e diante

do meio social. Enfim, somos as peças fundamentais no alicerce social e, trabalhar a sociedade

nesse contexto estruturante acena para uma tomada de posição em que novos paradigmas sejam

contemplados, com vistas a possibilitar a transformação social que tanto se deseja.

Não se trata de uma realidade utópica. Vai além. Pois é possível atingir metas quando

se propõe a desenvolver um trabalho voltado para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos.

Nesse contexto, a sociedade passa a ser acometida por uma visão inovadora e progressista, em

que todos, sem distinção são seus sujeitos construtores e podem, em conjunto, determinar os

rumos a serem seguidos em situações adversas. No contexto educacional, é preciso primar pela

compreensão da sociedade, abordando esse aspecto, principalmente, no que se refere à construção

social coletiva. Todos são sujeitos operacionais e ao mesmo tempo estão submetidos aos

resultados que podem emergir a partir da escolha de ações. Assim, a escola deve assumir o papel

de colaboradora para a construção da sociedade, onde não haja discriminações ou privilégios.

Todos os envolvidos na comunidade escolar são educadores co-responsáveis que precisam

contribuir para esse avanço social, favorecendo a construção, reconstrução, adequação e

transformação, quando necessário.

Entretanto, para que esse anseio atinja a dimensão prática e contribua para o alcance

dos objetivos, e essencial que cada membro da comunidade escolar tenha clara a concepção da

sociedade que se deseja, para que o trabalho se organize de forma engrenada e que todos

trabalhem na mesma linha de pensamento, para que os resultados positivos sejam fruto do

trabalho coletivo. Tal consideração acena para o fato de que na sociedade, ninguém está só. Tudo

está atrelado a uma rede de relações, mesmo que seja uma ação mínima. E se queremos

conquistar o espaço que merecemos e nos é de direito enquanto cidadãos, precisamos fomentar a

união e a democracia. Agindo assim, já estaremos praticando, mesmo que em pequena escala, no

âmbito escolar, a sociedade que teorizamos e desejamos. Trabalhar com fatos concretos, com a

prática cotidiana, nos remete a uma postura coerente com aquilo que defendemos enquanto

educadores preocupados com os nortes e com os ditames da sociedade.

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A sociedade que defendemos se torna exeqüível a partir do trabalho conjunto,

direcionado e dimensionado para a construção responsável e coletiva do conhecimento que

acelera a tomada de decisão, a mudança de postura e a responsabilidade social.

6.1.5 - CONCEPÇÃO DE EVOLUÇÃO E TECNOLOGIA

A sociedade está passando por constantes mudanças, onde valores, convicções,

atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente questionados, discutidos e abordados de

modo a produzir uma nova realidade, que muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou

mais grupos. Um dos fatores que acelera essa postura é o avanço tecnológico que desponta e se

expande globalmente. É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã,

não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância prepondera a

necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem como, por novas descobertas,

não se restringe apenas a grupos científicos elitizados. Essa é a realidade que vivenciamos.

Estamos condicionados e na maioria das vezes dependemos dos resultados que a tecnologia

contempla. Seria inadmissível, por exemplo que esse documento estivesse senso finalizado

apenas com o auxílio de uma máquina de datilografia, quando estamos imersos na realidade

digital e virtual, que se expande a cada dia através da rede on-line de informações. Não é objeto

dessa consideração subestimar a tecnologia do passado. Ao contrário disso, é preciso

compreender que através de descobertas, hoje consideradas rudimentares, é que se alavancou a

tecnologia de que hoje dispomos. Nesse sentido, cabe a nós, educadores membros constituintes

da comunidade escolar, primar pela compreensão da tecnologia atual, inserindo os indivíduos em

uma sociedade avançada, tecnologicamente falando, favorecendo a compreensão de que tudo

precisa ter um início, e que se algumas tecnologias passadas já foram sucumbidas, é bem

provável que as atuais também tenham esse fim, pois a dinamicidade é constante e se busca

incessantemente novas descobertas que venham atenderas necessidades emergentes, favorecendo

a melhoria da qualidade de vida da humanidade.

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É fundamental que se proporcione também uma reflexão ética acerca da desenvoltura

tecnológica, pois da mesma forma que se pode proporcionar a qualidade de vida através da

tecnologia, é possível também desencadear a destruição da própria humanidade. Nesse sentido, é

fundamental que toda a ação pedagógica opere com vistas a permitir a reflexão e análise dos fatos

em questão, para que não haja arbitrariedades e muito menos se instigue a manipulação ou a

submissão que podem resultar da posse ou não da tecnologia.

Trabalhando dessa forma, se estará engajando todos os segmentos que priorizam a

educação enquanto provedora da construção da cidadania e, consequentemente, da sociedade,

através da utilização dos conhecimentos apreendidos por meio da interação social, deixando que

se manifeste uma ação autônoma, crítica responsável e independente, que não isenta os

indivíduos de suas responsabilidades sociais.

6.1.6 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O Currículo é parte integrante do Projeto Político Pedagógico, expressando a

participação coletiva da comunidade escolar, numa perspectiva interdisciplinar a fim de evitar a

fragmentação do conhecimento, fundamentado nas DCEs e na legislação vigente.

Nessa direção, o currículo apresenta como princípio norteador o ensino-aprendizagem

de conteúdos significativos e necessários à formação do indivíduo crítico e participativo. De

forma que, para que sua efetivação nesses moldes realmente ocorra, prescreve-se a adoção de

metodologias e formas de avaliação que se apresentem concernentes à filosofia adotada pela

escola, fazendo alusão à legislação que as regulamentam.

O currículo, assim entendido, assume o caráter de flexível, no sentido de atender as

peculiaridades da cultura local e regional e também, aos Desafios Contemporâneos e às

expectativas educacionais da comunidade. Fato que permite o trato de tais desafios com vistas à

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naturalidade e à totalidade. As diversas temáticas que constituem estes desafios, são então

entendidas como parte de um todo, não tendendo à fragmentação.

O aspecto interdisciplinaridade como parte integrante do currículo, traz maior

abrangência, dando ênfase ainda, à elaboração coletiva e às pluralidades de conhecimento e

cultura. Com essa visão, a concepção de currículo que temos, se estende também ao

enfrentamento dos diversos preconceitos existentes, a fim de garantir o direito ao acesso e

permanência com qualidade no sistema educacional.

A execução do currículo, nesse sentido, pode contar com a utilização da tecnologia

disponível no ambiente escolar. De modo que essa ação potencializa instrumentos do fazer

pedagógico, aprimorando assim, a prática docente, com vistas a contemplar o conhecimento em

sua totalidade.

A organização do currículo está vinculada, como já foi mencionado, à vigência de

Leis que o regulamentam. A ferramenta que permite o encontro entre a regulamentação e o fazer

pedagógico se concentra na organização do trabalho docente. O plano de trabalho docente se

torna instrumento indispensável para esse fim. Assim, o plano é o lugar da criação pedagógica do

professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e

politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais,

culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente

expressa o posicionamento filosófico, político, pedagógico e profissional. Exprime a coerência do

trabalho docente: para que ensinar, o que ensinar, a quem ensinar, como ensinar, por que avaliar,

como avaliar, o que avaliar. Nesse sentido, o Plano de Trabalho Docente “... é o currículo em

ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular

construída nas dicussões coletivas.”(DCEs, p.75)

6.1.7 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação infere a reflexão acerca das formas de procedê-la e ainda sobre os

instrumentos a serem utilizados. De modo que a entendemos como uma prática pedagógica

intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de

apropriação do conhecimento pelo aluno. Apresenta caráter contínuo, cumulativo e processual,

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devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos

diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto

Político-Pedagógico da escola. Da mesma forma, a recuperação de estudos é direito dos alunos,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, havendo a possibilidade

de resgate de conteúdos em defasagem, assim percebidos no processo de avaliação.

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7 - MARCO OPERACIONAL

7.1 – QUE ESCOLA QUEREMOS?

Diante dos temas estudados, discutidos e refletidos coletivamente, concordamos com

os estudos de Goldberg e Souza:

Planejamento educacional é uma intervenção deliberada e racional no processo ensino-aprendizagem. Por ele verificamos que o processo ensino-aprendizagem torna-se mais controlável com a introdução de um plano ou programa entre suas variáveis e antecedentes. Raciocinando que, num processo ensino-aprendizagem, o planejador será geralmente o professor, esse plano será um plano ou programa de ensino, consubstanciado, pois, um elenco de decisões sobre que mudanças produzir no acompanhamento dos alunos (objetivos educacionais) e como produzi-las (estratégias institucionais). Essas decisões, como todas as decisões em geral, têm um caráter hipotético: São hipóteses sobre a aprendizagem. (GOLDBERG E SOUZA, 1979, p. 14-15).

Aprimorar meios e recursos que desencadeiem a melhoria da qualidade do ensino e,

consequentemente, os resultados do processo ensino aprendizagem, com vistas a veicular a

formação ampla do cidadão responsável, crítico e atuante no meio social em que age ou que

poderá agir. Fato que implica na estreita interação entre a comunidade escolar, essencialmente no

que tange à relação escola-família; com o intuito de fortalecer a ação pedagógica, tornando-a

significativa para a escola, para o aluno, para a família, para a comunidade e, por fim, para a

sociedade, que tanto depende e necessita dos nortes traçados pela educação. Nessa perspectiva,

tornar o Colégio um centro de desenvolvimento sócio-educativo e cultural-esportivo,

promovendo um ambiente de trabalho agradável, tanto para o quadro funcional como para os

discentes, se traduz na execução da participação e gestão democrática de que trata esse plano de

ação pedagógica.

7.2 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Diante da possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que

constituem a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se

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desencadeou através da Avaliação Institucional do Colégio Estadual Abraham Lincoln de Kaloré,

cabe enfatizar algumas sugestões que contemplam a maximização dos resultados positivos que se

originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, idéias surgiram e, após

discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão apresentadas como sugestões

para que possam contribuir com as conquistas do processo educativo em seus diversos âmbitos.

Em se tratando do segmento dos órgãos colegiados, verificou-se a necessidade de

uma maior interação e integração deste no desenrolar do processo educativo. Assim, sugeriu-se

que seja concedida maior autonomia aos estabelecimentos de ensino no que se refere à definição

do Calendário Escolar, sendo possível o estabelecimento de cronogramas para encontros

ordinários entre os membros dos órgãos colegiados. É fundamental enfatizar a importância de se

oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e construção do conhecimento de

suas funções, através da oferta de cursos, e a construção coletiva de um plano de ação voltado

para a melhoria dos aspectos pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da

Comunidade Escolar e dos órgãos colegiados.

Atentando para os profissionais da Educação, mais especificamente os docentes, que

efetivam o processo de ensino, ocupando uma posição mais direta, no que se refere ao contato e

relação professor-conhecimento-aluno, considerou-se ímpar ações que propiciem o

desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa classe, como vem ocorrendo, através de grupos de

estudos; formação continuada, e outros. Nesse propósito, sugeriu-se a intensificação dessas ações

com ressalvas importantes: Execução de um plano de trabalho de avaliação periódica pela

comunidade escolar, que se dará anualmente, através do acompanhamento dos resultados obtidos

pelas proposições inclusas no Projeto Político Pedagógico, para uma re-alimentação do mesmo e

retomada de ações, tendo em vista a tomada de atitude do próprio docente em relação á sua ação

pedagógica profissional; Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e

regras que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as

mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas; Ampliar a oferta de vagas para a participação de

docentes em eventos, cursos e ainda prevendo-os através de cronograma, para democratizar a

oferta e a demanda; Disponibilizar, prioritariamente, o trabalho do “professor eventual”, no

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sentido de suprir as necessidades de faltas de professores para fins de capacitação;

Descentralização dos cursos de aperfeiçoamento; Disponibilizar o professor auxiliar por área de

conhecimento para subsidiar o trabalho docente. Quanto às condições físicas e materiais, atenta-

se, primordialmente para a necessidade gritante de viabilizar a construção de um refeitório, com

mobiliário respectivo; Veicular a adaptação de mobiliário para inserção de pessoas com

deficiência física neuromotora; A ampliação e adequação do espaço para a prática de esportes.

Ao ser refletida a prática pedagógica, sugeriu-se um olhar especial quanto a fixação do

profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível em uma

instituição de ensino; Viabilizar o aumento da demanda da Equipe Pedagógica para a ampliação

da suas ações favorecendo um trabalho mais direto com os professores; Disponibilizar a oferta de

profissionais especializados (psicólogo, assist. social, etc.) que possam acompanhar

alunos/famílias para a resolução de problemas diversos, subsidiando o trabalho dos educadores.

Em relação ao ambiente educativo, há necessidade de palestras de temas diversos no

âmbito escolar que contribuem, para o resgate de valores, principalmente no que tange a ética e o

respeito mútuo entre os profissionais. Sugeriu-se também que casos ocorridos entre membros da

comunidade escolar sejam considerados por parte da Ouvidoria, após averiguar detalhes,

cuidando para que cada parte envolvida seja ouvida com imparcialidade para que não haja

arbitrariedades, e que o ambiente educativo seja o mais propício possível.

Verificou-se após toda a discussão, que é essencial o apoio pedagógico na escola,

portanto é imprescindível o acompanhamento através do FICA pela equipe de Ensino,

minimizando questões de evasão e repetência. Priorizar o desempenho de projetos paralelos que

traduzam a atração do educando pela escola, de modo, que para ele seja significativo. Ampliar os

horizontes desportivos, artísticos e de potencialidades, possibilitando a permanência do educando

na escola.

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7.3 – AÇÕES PROPOSTAS

Todo planejamento detém metas e tem uma missão. Com essa visão, verifica-se a

essência de lidar com a diversidade, prevendo ações futuras.

Quando se trata de planejamento educacional, podemos considerar como exemplos de imputs:- valores sócio-culturais da nação;- população a ser escolarizada;- recursos humanos (administradores, professores, etc.);

- recursos materiais (escolas, equipamentos, etc.);- recursos financeiros (verbas);- recursos institucionais (aspectos legais);- recursos de know how (tecnologia, conhecimentos à disposição). (TURRA, 1975, p. 276).

Planejar a educação, mediante estudos e abordagens de TURRA (1975), é um ato que

exige um trabalho mais profundo e compromissado de que simplesmente lançar no papel os

objetivos e as ações. Isso precisa e deve ser feito. É importante que se considere condições,

alicerces que envolvam possibilidades, recursos humanos e materiais, onde se alcance os

resultados com os valores que vão representando os pontos para os quais convergem as metas

essenciais de suas aplicações na organização geral da educação, trabalhando com a realidade e a

ação. O acompanhamento na execução do planejamento deve ser feito levando em consideração

todos os detalhes possíveis, com dados que realmente respondam ao que se busca desenvolver.

Tendo em vista os princípios norteadores que embasam a Educação Nacional, através

da LDB, bem como as Leis que regem a Educação no Estado do Paraná, serão referenciadas

adiante as ações propostas para desenvolver durante o ano letivo de 2011, enaltecendo a gestão

participativa e democrática. Nestes termos, serão contemplados os diversos segmentos que

compõem a comunidade escolar: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, com o intuito

de veicular maiores sucessos em todos os seus âmbitos.

Sendo assim, espera-se melhorar cada vez mais os resultados do processo educativo.

Assim, será oportunizado ao quadro funcional amparo constante, no que se refere a 77

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disponibilidade de recursos adequados à cada função; capacitação e formação continuada; grupos

de estudo para momentos de reflexão. Para que os objetivos desse projeto sejam atingidos em sua

amplitude, proporcionar uma constante interação entre os docentes, discentes, equipe pedagógica,

equipe técnico-administrativa, famílias, órgãos colegiados e direção, no sentido de fomentar as

condições reais que levem à construção do conhecimento, tornando visível a intencionalidade, os

significados implícitos e a provisoriedade que os mesmos manifestam. Nesse propósito, se estará

veiculando a construção de uma ação pedagógica coletiva, onde os sujeitos poderão interagir com

igualdade e responsabilidade. Projetos culturais, como dança, artes cênicas, plásticas, canto;

projetos desportivos; projetos de reforço na aprendizagem, dentre outras ações poderão contribuir

para o alcance dessas metas.

Através de um trabalho conjunto, onde seja possível a liberdade e o respeito mútuo,

certamente as ações almejadas nos objetivos serão concretizadas. Tudo isso pautado em uma

gestão coletiva, participativa e democrática, em que a centralização de decisões se sucumbe e a

integração entre os membros da comunidade escolar fortalecem as atitudes em favor da melhoria

das condições do trabalho pedagógico. O trabalho que se propõe não está centrado em utopias ou

em realidades alheias à do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Sabe-se que muito ainda há para

se conseguir e, que os recursos, muitas vezes são insuficientes para que se concretize as ações

que se deseja. Entretanto, acreditamos que unidos enquanto comunidade escolar co-responsável

pelos nortes trilhados pela educação que praticamos, que somos capazes de conduzir o ensino de

modo a satisfazer os anseios mais íntimos que possuímos, enquanto sociedade. Precisamos unir

forças, superar obstáculos e enfrentar situações para providenciar o enaltecimento dos indivíduos,

enquanto sujeitos e cidadãos construtores de suas próprias histórias.

7.3.1 - CORPO DOCENTE

É relevante que seja direcionado um olhar especial para com os agentes que mediam

o processo educativo, por meio da ação pedagógica que lhe é respectiva. Estamos nos referindo

ao corpo docente, que precisa, deve e será valorizado, oportunizando sua aprimoramento

profissional. Será propiciado um ambiente favorável ao desenvolvimento de projetos pedagógicos

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inovadores em sala de aula, através de estímulos necessários, ao aperfeiçoamento e à aplicação de

seus estudos. A escola como um todo, não pode barrar o crescimento pessoal e profissional dos

indivíduos. Ao invés disso, deve preconizar a sua formação qualificada e contínua, que pode

impulsionar uma postura mais dinâmica por parte do professor.

Nesse sentido, a escola ofertará condições aos docentes de estarem ampliando seus

conhecimentos através do acesso aos cursos de formação continuada oferecidos pela SEED, bem

como a participação em Simpósios, Seminários, eventos culturais, dentre outros. Numa

perspectiva local, atentando para a realidade dos docentes que constituem o Colégio Estadual

Abraham Lincoln, serão propostos grupos de estudo por área de conhecimento, onde os

professores terão a oportunidade de se reunir, discutir temas, trocar experiências e enriquecer

mutuamente a sua prática pedagógica. (A inclusão e participação de nossos docentes no Projeto

Folhas e APC também contribui muito para com essa formação contínua e atualização de

conhecimentos.) Uma ação própria da escola que fomentará esses encontros periódicos entre

professores, está na elaboração quinzenal de um planejamento de unidade por disciplina, em que

se possibilitará uma auto-avaliação de desempenho e se apontará o norte para novos caminhos.

Sendo o professor o coadjuvante do processo ensino aprendizagem, muitas ações dependem da

sua atuação e do seu fortalecimento profissional.

7.3.2 - AGENDA XXI

A Agenda XXI estará sendo implementada por uma equipe coordenadora em

consonância com todos os demais membros da comunidade escolar, elucidando o compromissos

pautados e assumidos nessa agenda pelo coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Estará

sendo promovido a integração de relações entre: homem-natureza; aluno-aluno; professor-aluno;

família-escola; escola-comunidade, através da inserção de projetos interdisciplinares, embasados

em parcerias que podem se estender ao setor público, privado, ONGs e outros, a partir de

palestras, debates, excursões, ações locais que sejam exequíveis e permitam o sucesso do

processo educativo em sua amplitude.

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7.3.3 - DIVERSIDADE CULTURAL

Atentando para as diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede pública

Estadual, em que se garante o acesso, permanência e aprendizagem para todos os alunos em idade

escolar ou não, a escola em questão precisa estruturar formas plausíveis de recepção, manutenção

e veiculação do sucesso dos educandos, a fim de promover uma universalização cultural, sem que

haja processos discriminatórios ou excludentes. Não são os alunos que devem ser iguais; é a

escola que precisa estar preparada para trabalhar com a diversidade, pois o objetivo maior está

centrado na conquista da cidadania, independente de raça, cor, religião ou qualquer outro atributo

que diferencie uns dos outros. Destaca-se, dessa forma, o trabalho especial que vem sendo

ofertado e continuará se intensificando através do atendimento a alunos com necessidades

específicas na sala de recursos ou salas de apoio à aprendizagem, para que contextualizados,

possam trilhar o caminho da educação sem prejuízos ou exclusões implícitas ou explícitas. Cabe

minimizar as diversidades, no sentido de atuar como referencial classificatório para tornar o meio

não excludente, mas sim democrático.

7.3.4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Em relação à avaliação, ainda precisamos buscar novas dimensões e práticas que evidenciem a formação e a construção do conhecimento, sem que haja uma classificação quantitativa ou rotuladora, acerca do aprendizados dos indivíduos. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada. (LIBÂNEO, 1994, p.200)

Devemos assumir, enquanto educadores que somos, cotidianamente, a avaliação

diagnóstica, através da observação minuciosa, os avanços obtidos em cada etapa do processo de

construção e reelaboração do conhecimento. Nos propomos a realizar uma avaliação que

mencione a qualidade dos resultados obtidos e não a mera classificação que aliena os educandos

do verdadeiro propósito educativo. Para tanto, precisamos estar constantemente revendo nossas

concepções, acerca da contribuição que podemos oferecer para com a formação do cidadão, para

que nos tornemos essenciais nesse processo, sem que haja um direcionamento equivocado quanto

ao dinamismo da ação pedagógica.

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Para Luckesi,

o ato de avaliar a aprendizagem implica acompanhamento e reorientação permanente. A avaliação realiza-se por meio de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados possíveis, diante dos objetivos que se tenha à frente. E, assim sendo, a avaliação exige um ritual de procedimentos que inclui desde o estabelecimento de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos resultados expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens ainda não efetuadas.

Cabe aos educadores, nesse sentido, repensar suas ações e reorientar suas práticas

para que atinjamos a avaliação que queremos.

Sendo assim, estaremos caminhando em busca de um aprendizado sólido que enalteça

a formação do cidadão atuante e responsável. Atreladas às práticas avaliativas podemos agregar

ações que favoreçam a reorientação de estudos (conhecimento) quando constatados em

defasagem por um ou outro motivo. Com isso se estará contribuindo para que a repetência não

venha a ser uma conseqüência lógica, e diante da mobilização docente se tenha a chance de

reorientar a prática, reelaborar o conhecimento, antes que o prejuízo da retenção ocorra.

A efetivação da avaliação se dará através de instrumentos, como seminários;

atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses); atividades orais (provas, debates,

palestras); pesquisas (de campo, bibliográficas) e trabalho em grupo e/ou individual.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância

com a organização curricular, sendo que serão utilizados procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno. O resultado da avaliação proporcionará

dados que permitirão a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa

reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de

0,0 (zero vírgula zero ) a 10,0 (dez vírgula zero). De maneira que o sistema de avaliação adotado

pelo Estabelecimento de Ensino é bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente à atividades diversificadas ( trabalhos, seminários, testes, dentre outros)

mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0

(dez vírgula zero). Assim, a nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos

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em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na seqüência e

ordenação de conteúdos.

A recuperação de estudos por sua vez, ocorrerá de duas formas: através da retomada

do conteúdo a partir de diagnóstico constatado pelos instrumentos de avaliação; e com a

reavaliação do conteúdo já “retomado” em sala de aula. A recuperação de estudos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com

atividades significativas por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não

devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da

recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações como um todo, ou seja, equivalerá

de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos.

7.3.5 - PERMANÊNCIA DO EDUCANDO COM SUCESSO NA ESCOLA

Já que consideramos os educadores como agentes do processo educativo, é

preponderante alegar que os educandos são os sujeitos constituintes do mesmo, que podem,

devem e conseguem buscar sua formação e conquistar sua cidadania. Diante disso, tornar a escola

um local criativo, receptivo e agradável é ação essencial. Pode-se faze-la através da abertura para

inserções em projetos, eventos culturais, desportivos, dentre outros. Em caso de evasão, todos os

instrumentos de resgate serão utilizados, podendo inclusive, fazer uso do FICA, projeto

idealizado pelo Governo do Estado do Paraná.

7.3.6 - HORA ATIVIDADE

Possibilitar a organização de horários compatíveis para a realização horas-atividades

por área de conhecimento, com o intuito de fomentar a integração entre as práticas metodológicas

e a troca de experiências entre docentes, bem como a contínua atualização dos mesmos.

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7.3.7 - FORMAÇÃO CONTINUADA

Um programa de formação continuada justifica-se pela constante necessidade de

aprimoramento profissional dos agentes educacionais I e II e dos professores da Educação

Básica, com ações que privilegiem a formação teórico-metodológica, a reflexão conceitual sobre

interdisciplinaridade e a análise crítica e produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar

mudanças efetivas na prática educacional.

Nesse sentido, os caminhos metodológicos devem ultrapassar a racionalidade

produtivista e a simples reprodução do conhecimento. Dedica-se uma atenção especial aos

funcionários que cursam o Programa Pró-Funcionário, oportunizando a efetivação de seus

estudos no âmbito escolar, pois se acredita que a construção de novos saberes incide no

enriquecimento da educação da qual somos construtores.

Daí a importância de promover momentos de estudo e reflexão a fim de teorizar a

prática vivenciada no processo de ensino e aprendizagem, para renová-la e aperfeiçoá-la em

todos os âmbitos da escola.

Com esse intuito, a informática e as tecnologias afins terão papel relevante, uma vez

que a utilização dos recursos tecnológicos também contribui para o aperfeiçoamento profissional,

sendo consideradas importantes ferramentas para a apropriação do conhecimento.

Fato que implica na manutenção dos equipamentos (computadores, tvs, aparelhos de

som, data-show, retroprojetores) em bom estado de funcionamento e, na medida que os recursos

permitirem, a aquisição de equipamentos multimídia que possam ser utilizados para acelerar o

acesso à informação.

A aquisição de livros de didática escolar, de materiais como jogos, CDs e outros, de

jornais, revistas e periódicos, destinam-se a auxiliar e motivar o professor mantendo-o informado

e atualizado na sua prática e no seu conhecimento de mundo e de educação.

Todas as ações fundamentalmente se voltam para a obtenção de um maior rendimento

do processo ensino-aprendizagem, com professores motivados e instrumentalizados para superar

o ensino enciclopedista e reprodutivista.

7.3.8 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS E CONSELHO DE CLASSE

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Terão caráter ordinário e periódico, seguindo previsão em calendário, assumindo a

postura de fomentar o entrosamento pedagógico entre os integrantes do processo educativo, de

maneira a tornar a ação pedagógica algo concreto e tangível, na busca de soluções possíveis para

os problemas do cotidiano escolar. Trata-se de uma instância deliberativa e consultiva,

expressando uma decisão precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de

diferentes aspectos do problema, exame das possibilidades, para tomar uma decisão conjunta de

modo a encaminhar uma providência ou determinação.

O conselho de classe ocorrerá em etapas distintas: Pré-Conselho de Classe com toda a

turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)

pedagogo(s), com a finalidade de possibilitar a intervenção pedagógica em tempo hábil; Conselho

de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe

docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série; e Pós-

Conselho, compreendendo as ações de acompanhamento da equipe pedagógica e professores,

sobre o diagnóstico realizado com o Pré-Conselho de Classe, bem como a efetivação das

atividades previstas no Conselho de Classe Integrado.

7.3.9 - ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR

7.3.9.1 - Programa FICA comigo

Com este programa o estabelecimento de ensino busca confirmar a concepção

democrática da escola como direito de todos. Não apenas um direito legal com a preocupação

com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola.

A FICA é uma Ficha de Comunicação do Aluno Ausente. É um dos instrumentos

colocados à disposição da escola e da sociedade, para sistematização de ações de combate à

evasão em todo o Estado do Paraná. A ficha destina-se ao controle da frequência dos alunos

menores de dezoito anos do Ensino Fundamental e Médio.

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No Sistema de Operacionalização do Programa FICA Comigo – Enfrentamento à

evasão escolar – a atuação da escola é essencial, pois, além da família, as instituições

educacionais também são responsáveis pelo desenvolvimento pessoal e social da criança e do

adolescente.

Para tal operacionalização foi desenvolvido esse instrumento (FICA), a qual é

colocada à disposição da escola e da sociedade para o combate à evasão escolar.

Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada

direta ou indiretamente à educação escolar preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar.

7.4 - CURRÍCULO

O currículo é o elemento norteador das práticas escolares, capaz de delimitar os obje-

tivos e os critérios de avaliação da ação pedagógica, assim como indicar que conteúdos e metodo-

logias são considerados adequados (Freitas, 1995) para cada escola. De modo que é importante

discutir algumas alternativas para a organização do trabalho pedagógico da escola, especialmente

nesta área, a fim de contribuir para a formação de uma cultura local que reflita as necessidades e

os anseios da comunidade.

Nessa direção, o que se propõe é a construção de um currículo flexível, capaz de aten-

der às demandas de cada nível e modalidade de ensino ofertados pelo Colégio Estadual Abraham

Lincoln. Trata-se de considerar o currículo não só como elemento organizador das práticas esco-

lares, mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a sociedade. É atra-

vés dele que se possibilita a construção da ação pedagógica por meio de interações entre os co-

nhecimentos construídos na prática social e transmitidos, organizados e transformados na prática

escolar.

Em atenção ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) –

Lei n° 9.394/96 – a construção da flexibilidade curricular, deve se consolidar em relação:

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• à organização curricular como reflexo da cultura local, sem perder de vista os objetivos e

as finalidades da educação nacional;

• às peculiaridades de cada modalidade de ensino;

• ao atendimento às pessoas que têm necessidades educativas especiais;

• às peculiaridades dos povos indígenas.

A construção do currículo, nesse sentido, atenderá os resultados de reflexões e dis-

cussões coletivas, possibilitando à escola a opção por esta ou aquela forma de organização curri-

cular. Pois é através da construção e da prática do currículo que se terá delineado o tipo de ho-

mem que se quer formar, de modo que conteúdos, metodologias, práticas e posturas pedagógicas

convertam-se na construção da cidadania que se deseja e promovam a afirmação do conhecimen-

to e do saber elaborado.

Conforme Legislação, o Currículo do Colégio Estadual Abraham Lincoln vem sendo

construído e executado em consonância com o que versa a Lei 10 639/2003 que altera a LDB

9394/96 em seus artigos 26A – obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e

seus conteúdos curriculares e 79B sobre o dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra. A

abordagem da temática se dá a partir do trabalho com conteúdos curriculares, como História da

África e dos Africanos; A luta dos negros no Brasil; A cultura negra brasileira e o Negro na for-

mação da sociedade nacional. E ainda, faz alusão à Lei nº 11 645/2008, que ratifica a obrigatorie-

dade da História e Cultura Afro-Brasileira; inclui a História e Cultura Indígena; e acrescenta no-

vos conteúdos relativos à participação do índio na formação da sociedade nacional e as contribui-

ções dos povos indígenas em diferentes áreas.

7.4.1 - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

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Durante a construção do currículo é imprescindível que o coletivo escolar atente para

as considerações acerca de temáticas atuais que se constituem em Desafios Educacionais

Contemporâneos. Para tanto, o coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln, decide

implementar nas práticas curriculares os temas relativos à:

– Educação Ambiental,

– Educação Fiscal,

– Enfrentamento à violência nas escolas,

– História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,

– Prevenção ao uso indevido de drogas e

– Sexualidade

Essas temáticas não simbolizam a fragmentação do conteúdo ou mesmo do currículo.

Elas vão muito além de uma simples abordagem isolada. Estão inseridas na prática pedagógica de

cada disciplina, onde são envolvidas no cotidiano escolar, seja para fins de orientação, de

discussão ou ainda de valorização.

7.4.2 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O plano de trabalho docente, instrumento de ação do currículo deverá resultar da pro-

posta pedagógica curricular, onde o professor elaborará o seu, vinculado à realidade e às necessi-

dades de suas diferentes turmas de atuação. No plano se explicitarão os conteúdos específicos a

serem trabalhados no semestre letivo, bem como as especificações metodológicas que fundamen-

tam a relação ensino/aprendizagem, além dos critérios e insturmentos que objetivam a avaliação

no cotidiano escolar.(DCEs, 26)

Assim, o PTD assume a seguinte estrutura:

ESTRUTURA DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O PTD deve conter:

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1- Conteúdos2- Justificativa3- Encaminhamentos Metodológicos4- Critérios de Avaliação/Recuperação5- Recursos Didáticos6- Instrumentos de Avaliação7- Referências

1 – CONTEÚDOS

• Estruturantes e básicos: observar a tabela anexa às DCEs.• Específicos: cabe ao professor elencar esses conteúdos trabalhando-os de forma

contextualizada e articulada aos conteúdos estruturantes e básicos.

2 - JUSTIFICATIVA

• Justificar a escolha dos conteúdos (qual a importância desses conteúdos para a formação do aluno dessa comunidade escolar considerando a orientação do aluno no tempo passado-presente-expectativa de futuro).

3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS (COMO FAZER/PROCEDIMENTOS)

• Explicitar a forma de encaminhamento das aulas, considerando o processo de ensino e aprendizagem dos educandos.

4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

• A avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa e seus critérios devem definir os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se avaliar um conteúdo. A recuperação de estudos deverá ser paralela, concomitante e contemplar também o que preceitua o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar de cada estabelecimento de ensino.

5 - RECURSOS DIDÁTICOS

• ( Explicitar quais recursos poderão ser utilizados no decorrer das aulas:filmes, TV multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio, entre outros).

6 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

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• Explicitar quais instrumentos poderão ser utilizados: provas orais, escritas, seminários, simulados, debates, produção de texto, palestras e outros.

7 - REFERÊNCIAS

• As referências permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma historicamente situada implica buscar outras referência, não sendo, portanto o livro didático o único recurso.

OBS: No Plano de Trabalho Docente devem constar todos os itens elencados, porém devem ser observadas as especificidades de cada disciplina.

7.4.3 – LINHA DE AÇÃO

7.4.3.1 - CELEM

A partir do ano letivo de 2010, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a

ofertar o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um

ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica,

matriculados no Ensino Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação Profissional e

Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes

educacionais.

O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução

Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Politico

Pedagógico e do Regimento Escolar.

Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.

7.4.3.2 – VIVA A ESCOLA

A partir do ano letivo de 2009, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a ofertar

o Programa Viva a Escola (Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular),

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contempladas na proposta pedagógica curricular e desenvolvidas pela escola. Entende-se por

complementação curricular atividades relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar,

previsto na PPC da escola, que implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de

conhecimentos que venham ao encontro do PPP.

Tais atividades devem ser feitas pelo coletivo escolar, considerando as necessidades

pedagógicas e sociais dos alunos e da escola.

O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino

Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio.

O Viva a Escola é regulamentado pela Resolução nº 3683/2008 e pela Instrução

Normativa nº 017/2008, além de ser subordinado às determinações do PPP e do Regimento

Escolar.

Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa Viva a

Escola.

7.5 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação deve ser tomada como um processo abrangente e de caráter diagnóstico,

que infere uma reflexão crítica sobre a prática, percebendo avanços, resistências, dificuldades,

permitindo novas tomadas de decisões, acerca da consolidação das ações diante das propostas

contempladas no Projeto Político Pedagógico desse estabelecimento de ensino.

Diante das abordagens teóricas já referenciadas nessa proposição de ações, o

planejamento, tem como princípio básico, a criatividade do ser humano em propor mudanças que

adaptem a realidade a fatores que envolvam, principalmente objetivos, metas a serem alcançadas

e assim formando uma seqüência que atinja a todos os elementos do conhecimento humano na

área planejada. LUCKESI (1981)

Sob um novo enfoque, o princípio da mensuração explanado por LUCKESI (1981),

oferece ao planejamento, meios para se saber, como se encontra a termo de resultado, o que se

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está desenvolvendo como atividade. Não basta apenas delinear objetivos, discernir metas, compor

uma grandiosa missão ou elaborar uma comovente filosofia da escola. O planejamento é muito

mais que isso. Ele só é finalizado, quando resultados começam a serem reconhecidos como

positivos. Em caso contrário, é hora de se replanejar, considerando a realidade e as variáveis

existentes.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Abraham Lincoln de

Kaloré estará acontecendo periodicamente, na medida em que as ações forem sendo realizadas,

atentando sempre para o olhar e apreciação coletivos, contando com a participação de toda

comunidade escolar.

Em consonância com os estudos de TURRA(1975) observa-se que após planejado, o

trabalho de acompanhamento da execução do que foi previsto e proposto como ação é de suma

importância. E então surgem as adaptações, que em muitos casos exigem um replanejamento.

Isso não significa que se vai abrir mão de tudo que se organizou inicialmente. De modo geral, o

planejamento inicial é a planta onde será alicerçado o que se pretende, porém, criando e

executando situações novas, principalmente diante das exigências do tempo e do espaço, é

possível que se opte por novos caminhos que levem ao alcance dos mesmos objetivos,

anteriormente traçados.

Está se enfatizando a avaliação contínua do planejamento que se propõe. Essa

avaliação, além de apontar seu caráter diagnóstico, decorrerá em momentos coletivos, onde a

comunidade escolar poderá se reunir para sugerir, discutir e refletir sobre os caminhos já seguidos

e os avanços atingidos. Essa análise periódica permitirá a reorientação e retomada de ações,

quando necessárias.

Assim, concluímos com VILLAS BOAS:

A mensagem que se deixa é a de que a autonomia da escola com vistas à aprendizagem de todos os alunos, será obtida: pela construção coletiva do seu Projeto Político Pedagógico; pela avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele participam; pelo desenvolvimento pessoal e profissional dos profissionais da educação. Retomando a idéia inicial de que falar de projeto Político Pedagógico implica em falar de avaliação, reafirmo a importância de a própria escola avaliar seu trabalho e apresentar

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à sociedade os resultados obtidos, assim como suas necessidades, dificuldades e metas futuras.

É fato, que se permitindo planejar, a comunidade escolar outorga o direito de auto-

avaliar-se em todas as dimensões, com vistas a refletir sobre resultados já obtidos e reorientar

novas práticas. Portanto, o Projeto Político Pedagógico estará em constante avaliação e

reestruturação.

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8 – REFERÊNCIAS

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica. – DCEs Curitiba, 2008.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.PROJETO DE CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU. Biologia. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba:1998.

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TURRA, Clodia Maria Godoy. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra S.A., 1975.

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ANEXOS

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

KALORÉ – 2010

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1. APRESENTAÇÃO DA DICIPLINA

Ao considerar a Arte como fruto da percepção da necessidade de expressão e da

manifestação da capacidade criadora humana, ela converte se numa síntese superior do trabalho

dos sujeitos, na medida em que a Arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu fazer,

os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência

física e torna-se parte fundamental no processo de humanização do sentido, no saber estético e no

trabalho artístico contextualizados e articulados entre si.

A partir das concepções da Arte e de seu ensino já abordadas, estas diretrizes consideram

alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta

disciplina:

• O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus

aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção

articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a

forma de representações artísticas como, por exemplo, palavras na poesia; sons

melódicos na música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e

formas nas artes visuais.

• O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo.

Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o

contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses

emocionais e cognitivas expressam saberes específico a partir da experiência com

materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes

Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.

O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político econômico e

sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e

implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto.

Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e na busca de

efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que

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contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para o destaque de

dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como prática de

entretenimento e terapia.

O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se

preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e

em constante transformação.

Segundo Faraco, quando buscamos definir um novo papel para a Arte na escola, é

importante ter clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela.

Não há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto, estamos sempre na situação de ter de

fazer várias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e metodológicas.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal esta relacionado

á forma propriamente dita, ou seja aos recursos empregados numa obra. São elementos da cultura

presentes nas produções humanas e na natureza; são matérias-prima para a produção artística e o

conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são

diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre da Música, a cor em Artes Visuais,

a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos

elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por

intermédio dos conteúdos estruturantes.

COMPOSIÇÃO

Composição e o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que

constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes visuais, os

elementos formais-linha, superfície, volume, luz e cor – “não têm significados pré-estabelecidos,

nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada-

nada, antes de entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p.65). Ao participar de uma

composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os

elementos também se caracterizam.

Na área de música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da

fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que

esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição

de cada área de Arte, formula-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança,

na imensa variedade de técnicas e estilos.

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MOVIMENTOS E PERÍODOS

O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo contexto histórico

relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e

econômicos presente numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de

um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS - FUNDAMENTAL

5ª Série

MÚSICA

Elementos formais:

• Altura;

• Duração;

• Timbre;

• Intensidade;

• Densidade.

Composição:

• Ritmo;

• Melodia.

Movimentos e períodos:

• Greco-Romana;

• Oriental;

• Ocidental;

• Africana.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

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• Ponto;

• Linha;

• Textura;

• Forma;

• Superfície;

• Volume;

• Cor;

• Luz.

Composição:

• Bidimencional;

• Figurativa;

• Geométrica, simetria;

• Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura;

• Gêneros: cenas da mitologia.

Movimentos e períodos:

• Arte Greco-Romana;

• Arte Africana;

• Arte Pré-Histórica.

TEATRO

Elementos formais:

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

• Ação;

• Espaço.

Composição:

• Enredo, Roteiro;

• Espaço Cênico, adereços;

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• Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação,

manipulação, máscara;

• Gênero: tragédia, comédia e circo.

Movimentos e períodos:

• Greco-Romana;

• Teatro Oriental;

• Teatro Medieval;

• Renascimento.

DANÇA

Elementos formais:

• Movimento corporal;

• Tempo;

• Espaço.

Composição:

• Kinesfera;

• Eixo;

• Ponto de apoio;

• Movimentos articulares;

• Fluxo (livre e interrompido);

• Rápido e lento;

• Formação;

• Níveis (alto, médio e baixo);

• Deslocamento (direto e indireto);

• Dimensões (pequeno e grande);

• Técnica: improvisação

• Gênero: circular.

Movimentos e períodos:

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• Pré- historia;

• Greco-Romana;

• Renascimento;

• Dança clássica.

6ª SérieMÚSICA

Elementos formais:

• Altura;

• Duração;

• Timbre;

• Intensidade;

• Densidade.

Composição:

• Ritmo;

• Melodia;

• Escala;

• Gêneros: folclórico, indígena, popular e étinico;

• Técnicas: vocal, instrumental e mista;

• Improvisação.

Movimentos e períodos:

• Música popular e étnica (ocidental e oriental).

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

• Ponto;

• Linha;

• Forma;

• Textura;

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• Superfície;

• Volume;

• Cor;

• Luz.

Composição:

• Proporção;

• Tridimensional;

• Figura e fundo;

• Abstrata;

• Perspectiva;

• Técnicas: pintura, escultura, moldagem, gravura;

• Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta.

Movimentos e períodos:

• Ante Indígena;

• Arte Popular;

• Brasileira e Paranaense;

• Renascimento;

• Barroco.

TEATRO

Elementos formais:

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

• Ação;

• Espaço.

Composição:

• Representação, Leitura dramática, Cenografia;

• Técnica: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animada;

• Gêneros: rua e arena, Caracterização.

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Movimentos e períodos:

• Comedia dell’arte;

• Teatro popular;

• Brasileiro e Paranaense;

• Teatro Africano.

DANÇA

Elementos formais:

• Movimento corporal;

• Tempo;

• Espaço.

Composição:

• Ponto de apoio;

• Rotação;

• Coreografia;

• Salto e queda;

• Peso (leve e pesado);

• Fluxo (livre, interrompido e conduzido);

• Lento, rápido e moderado;

• Níveis (alto, médio e baixo);

• Formação;

• Direção;

• Gênero: Folclórica, popular e étnica.

Movimentos e períodos:

• Dança popular;

• Brasileira;

• Paranaense;

• Africana;

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• Indígena.

7ª SérieMÚSICA

Elementos formais:

• Altura;

• Duração;

• Timbre;

• Intensidade;

• Densidade.

Composição:

• Ritmo;

• Melodia;

• Harmonia;

• Tonal, modal e a fusão de ambos;

• Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Movimentos e períodos:

• Indústria cultural;

• Eletrônica;

• Minimalista;

• Rap, Rock, Tecno.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

• Linha;

• Forma;

• Textura;

• Superfície;

• Volume;

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• Cor;

• Luz.

Composição:

• Semelhanças;

• Contrastes;

• Ritmo Visual;

• Estilização;

• Deformação;

• Técnica: desenho, fotografia, áudio-visual e mista.

Movimentos e períodos:

• Indústria Cultural;

• Arte no Sec XX;

• Arte Contemporânea.

TEATRO

Elementos formais:

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

• Ação;

• Espaço.

Composição:

• Representação no cinema e mídias;

• Texto dramático;

• Maquiagem;

• Sonoplastia;

• Roteiro;

• Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Movimentos e períodos:

• Industria Cultural;

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• Realismo;

• Expressionismo;

• Cinema Novo.

DANÇA

Elementos formais:

• Movimento corporal;

• Tempo;

• Espaço.

Composição:

• Giro;

• Rolamento;

• Saltos;

• Aceleração e desaceleração;

• Direções (frente, atrás, direita e esquerda);

• Improvisação;

• Coreografia;

• Sonoplastia;

• Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.

Movimentos e períodos:

• Hip Hop;

• Musicais;

• Expressionismo;

• Indústria cultural;

• Dança Moderna.

8ª SérieMÚSICA

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Elementos formais:

• Altura;

• Duração;

• Timbre;

• Intensidade;

• Densidade.

Composição:

• Ritmo;

• Melodia;

• Harmonia;

• Técnicas: vocal, instrumental e mista;

• Gêneros: popular, folclórico e ético.

Movimentos e períodos:

• Música Engajada;

• Música Popular Brasileira;

• Música Contemporânea.

ARTES VISUAIS

Elementos formais:

• Linha;

• Forma;

• Textura;

• Superfície;

• Volume;

• Cor;

• Luz.

Composição:

• Bidimensional;

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• Tridimensional;

• Figura-fundo;

• Ritmo visual;

• Técnica: pintura, grafitte, performance;

• Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano.

Movimentos e períodos:

• Realismo;

• Vanguardas;

• Muralismo e Arte Latino-Americana;

• Hip Hop

TEATRO

Elementos formais:

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

• Ação;

• Espaço.

Composição:

• Técnicas: monologo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum.

Movimentos e períodos:

• Teatro Engajado;

• Teatro do Oprimido;

• Teatro Pobre;

• Teatro do Absurdo;

• Vanguardas.

DANÇA

Elementos formais:

• Movimento corporal;

• Tempo;

• Espaço.

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Composição:

• Kinesfera;

• Ponto de apoio;

• Peso;

• Fluxo;

• Quedas;

• Saltos;

• Giros;

• Rolamentos;

• Extensão (perto e longe);

• Coreografia;

• Deslocamento;

• Gênero: performance e moderna.

Movimentos e períodos:

• Vanguardas;

• Dança moderna;

• Dança Contemporânea.

1. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

ARTES VISUAIS

Ponto

Linha

Textura

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Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Técnica: pintura, desenho, história em quadrinhos...

Figura e fundo

Ritmo visual

Simetria

Deformação

Estilização

Técnica: fotografia, gravura e escultura.

Técnica: modelagem, instalação, performace.

Gêneros: Paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia.

MOVIMENTOS E PERIODO

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Arte latino-americana

Arte ocidental

Arte oriental

Arte africana

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Arte brasileira

Arte paranaense

Arte popular

MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO

Ritmo

Melodia

Armonia

Escalas

Modal, tonal e fusão de ambos

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista improvisada

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música popular

Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

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Oriental

Africana

Latino-Americana

TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-Fórum.

Roteiro

Encenação e leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia

Sonoplastia

Figurino

Iluminação

Direção

Produção

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Teatro Greco-romano

Teatro Medieval

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Teatro Dialético

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro brasileiro

Teatro paranaense

Teatro popular

Indústria cultural

Teatro engajado

Teatro essencial

Teatro de vanguarda

Teatro renascentista

Teatro latino americano

Teatro realista

Teatro simbolista

DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO

Kinesfera

Fluxo

Peso, Eixo, Salto e queda, Giros

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções –Planos – Improvisação - Coreografia

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Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Pré-história

Greco-romana

Medieval

Renascimento

Dança clássica

Dança popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria cultural

Dança moderna

Vanguardas

Dança contemporânea

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em

um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por

que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma,

devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização

pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem

como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma

obra de arte

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha

vivenciado cada um deles.

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Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em

um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

educação básica.

Podendo ser utilizado metodologias como:

• Internet;

• Fotografia;

• Movemaker;

• Computador;

• Quadro de giz;

• TV pendrive;

• Recurso de vídeo;

• Tipos de música;

• Confecção de instrumentos musicais;

• Confecção de música e teatro;

• Pintura;

• Releitura;

• Colagem;

• Cartaz;

• Propaganda;

• Etc..

Ao trabalhar arte o professor deve criar vínculos com a comunidade gerando um

sentimento que pertença ao lugar e ao grupo social, possibilitando a criação de uma sociocultural

que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo.

Em arte será valorizada a cultura dos povos do campo e afro-brasileira, com a finalidade

de criação de uma identidade sociocultural, levando o aluno a compreender e transformar o

mundo.

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Será trabalhado com o aluno o conceito de teatro como uma forma artística que aprofunda

e transforma sua visão de mundo, sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção

social do homem em seu processo de desenvolvimento.

No panorama musical, será trabalhada a diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada

qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.

Em artes visuais, será abordada a produção pictória de conhecimento universal e artistas

consagrados, formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.

Os conteúdos estarão relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno, considerando

artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter

universal.

O trabalho pedagógico em relação à dança basear-se-á em atividades de experimentação

do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação, tornando o

conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem

os conteúdos da dança.

Os temas de Desafios Educacionais Contemporâneos como, violência na escola, Educação

ambiental, educação fiscal e inclusão, serão abordados durante o trabalho em artes visuais, dança,

teatro e música de uma forma prazerosa e objetiva.

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4.AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação em Arte é diagnosticada e processual. Diagnósticos por ser referência do

professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos; processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser constantemente

redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e

também a auto-avaliação dos alunos.

Os instrumentos utilizados para a avaliação e recuperação poderão ser:

• Prova escrita ou oral;

• Seminários;

• Trabalhos práticos;

• Pesquisa;

• Outros instrumentos de avaliação.

Avaliação por meio da observação e registro: sem parâmetros comparativos entre os

alunos, considerando aspectos experimentais (práticos) e conceituais (teóricos).

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Sendo assim, todo o conhecimento acumulado pelo aluno de ser socializado entre colegas

e, ao mesmo tempo, deve construir referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

A avaliação permite que saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se

desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou

a valorização do espontaneísmo.

O conhecimento que o aluno acumula será socializado entre os colegas e ao mesmo

tempo, constituir-se como referência para propor abordagens diferenciadas.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação será paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê meios para a superação

das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significantes,

coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.

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5. REFERÊNCIAS

AZEVEDO. F. de, A cultura brasileira. 5ª Ed. Revista e ampliada. São Paulo: Melhoramento, Editora da USP, 1971.

BAKHITIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins fontes, 1992.

BARBOSA, A. M. Inquietação e mudança no ensino da arte. São Paulo, Cortez, 2002.

COSTA, C. B.& CAMPOS, N. P. Artes Visuais e escola: para aprender e ensinar com imagens. Florianópolis: NUC/CED/UFSC, 2003.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

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PILLAR, A. D. A educação do olhar ensino da arte. In BARBOSA, A, M. Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

ROSSI, M. H. W. Imagens que falam: leitura na arte na escola. Porto Alegre: Meditação, 2003.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

BIOLOGIA

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KALORÉ – 2010

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo a VIDA.

Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este

fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais levou o homem a

diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo. Essa

preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência.

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas

nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a natureza.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não

representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos

elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para entender, explicar,

utilizar e manipular os recursos naturais.

A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem registrada

desde a Antiguidade. As idéias deste período que contribuíram com o desenvolvimento da

Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e

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Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos

seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza.

Na Idade Média, sob a influência do Cristianismo, a igreja influindo na vida social,

política e econômica, institucionalizado o dogmatismo teocêntrico.

Surgiram no século XIII as primeiras universidades para a divulgação do conhecimento

acumulado durante séculos e marcaram a história das Ciências, surgem Alberto Magno que

relacionou conhecimentos aristotélicos, zoologia, medicina, física e química.

Na história das Ciências na Renascença, encontra-se também um período marcado por

contradições. Ao mesmo tempo em que Leonardo da Vinci (1452-1519) introduz o pensamento

matemático como instrumento que permite interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos

botânicos eram realizados com perspectiva descritiva com observação direta de fontes originais,

sem a preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica.

Por vota do século XVI e XVIII, a ciência Moderna passou por avanços significativos e

no campo da Biologia, por volta de 1665, Robert Hooke e Jan Swammerdam construíram

microscópios de pena resolução que permitiram descobertas importantes sobre microorganismos.

Leeuwenhoek observou fios de cabelos, pulgas e pequenos insetos e descrição detalhadas dos

glóbulos brancos, como também observação de bactérias, algas e protozoários presentes nas

águas de riachos e lagoas. Em meio às contradições deste período histórico, o pensamento do

filósofo Francis Bacon (1561-1626), contribui com a nova visão de Ciência, recuperando o

domínio do homem sobre a natureza através da investigação cooperativa.

Ainda marcou a história da Biologia o pesquisador italiano Francesco Redi, com

experimentação e pesquisa sobre a geração espontânea contrariando essa teoria e afirmação que

os seres vivos originam-se de um outro já preexistente.

Durante o século XVIII e inicio do século XIX surgiram naturalistas com Carl Von Linné

(1707-1778), que dedicou seus estudos à classificação e elaborou o sistema binário para

classificar os vegetais, utilizando a nomenclatura binominal conhecida mundialmente até os dias

atuais. Spallanzani desenvolve o método experimental biológico.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia considerando a

comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência reflete a atitude

contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração empírica do

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mundo natural pautado por um método baseado na observação e descrição da natureza,

caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista. Para

entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em parte mais

especializadas e menores procurando compreender as relações causa e efeito no funcionamento

de cada uma de suas partes.

Com a Revolução Industrial, evidências sobre a extinção de espécies foram forjando no

pensamento científico europeu proposições para a teoria da evolução estática, que não admitia a

evolução biológica, cada vez mais vai sendo confrontada. Estudos sobre a mutação das espécies

ao longo do tempo são apresentados principalmente Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean

Baptiste de Monet (1744-1829).

Surgiram em 1809 discussões sobre a evolução das espécies e Lamarck acreditava que o

ambiente influenciava nas características dos seres vivos e que por uso e desuso de determinado

órgãos, estes seriam conservados e transmitidos na reprodução.

No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) apresenta a

suas idéias sobre a evolução das espécies.

O avanço importante para a Biologia ocorreu no início do século XIX quando Scheiden e

Schawann afirmaram que animais e vegetais são compostos por células.

Gregor Mendel em 1865, apresenta ao mundo sua pesquisa sobre a transmissão de

características entre os seres vivos. Mendel é considerado o “Pai da Genética”.

A Biologia se consolida como a ciência no século XIX quando Charles Darwin apresenta

sua teoria seleção natural e publica o livro “A origem das espécies”.

Através de estudos químicos sobre a presença de vinhos Louis Pasteur revelou os

processos de fermentação bem como os estudos sobre a presença por germes, importantes para a

medicina e também o processo de pasteurização.

Em 1892, iniciou-se no Brasil, em São Paulo, estudos sobre o desenvolvimento da saúde

pública. No Rio de Janeiro o principal colaborador foi Osvaldo Cruz, no Instituto Soroterápico de

Manguinhos.

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O avanço para a Medicina ocorreu em 1945 com a descoberta da penicilina por Fleming e

o avanço da tecnologia permitiu o invento do microscópio eletrônico em 1937, aproximadamente

a Biologia das demais ciências, possibilitando o seu desenvolvimento molecular.

A descoberta da estrutura do DNA foi uma extensão da física na biologia, usando o

caminho da química e assim verificando a estrutura química da molécula de DNA,

compreendendo o processo de síntese de proteínas e transmissão das características hereditárias.

A Biologia passa a ter novas dimensões com o desenvolvimento da genética incorporando

pesquisas da engenharia genética, biotecnologia e uma nova dimensão de estudos que associa a

evolução com o desenvolvimento de populações.

Neste século em virtude do desenvolvimento tecnológico as discussões na área da

Bioética ganham destaque, pois a capacidade de elaborar novos conhecimentos são extrapolados

gerando até mesmo conflitos de idéias e princípios morais e éticos surgindo espaços para novas

discussões entre a ciência, a tecnologia e sociedade.

A disciplina de Biologia tem como objetivos:

• Promover a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando a

bioética e o desenvolvimento sustentável, bem como sensibilizar o educando a respeito das

conseqüências das agressões ambientais e do impacto negativo do desenvolvimento das

tecnologias voltadas ao suprimento e ampliação do sistema capitalista para manutenção da vida

no planeta.

• Colaborar para a compreensão do mundo. Detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de

aplicação desse conhecimento. Suas transformações e avanços tecnológicos do homem como

indivíduo participativo e integrante do universo.

• Desenvolver em nossos alunos o processo de construção do conhecimento

cientifico, em perspectiva crítica, intelectual e ética, capaz de fundamentar o verdadeiro papel de

cidadão dentro do ecossistema e acima de tudo, dentro da sociedade. A partir da apropriação dos

instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social e assim

sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja,

passa da ação a conscientização.

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• Apresentar os conteúdos de forma sistematizados para que os alunos

assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Neste contexto,

que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a

condição de exploração em que vivem.

• Possibilitar a formação de uma visão holística que colabora para o

desenvolvimento crítico e consciente do individuo.

• Oportunizar a compreensão dos conceitos básicos de filosofia, ética, cidadania

e clareza nas posturas assumidas.

O Ensino de Biologia deve abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos

essenciais do objeto de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento. Tais

relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitindo ao aluno a compreensão de

fenômenos físicos, químicos e biológicos orientando e subsidiando os alunos para que munidos

de conhecimento sejam capazes de agir adequadamente no meio em que vive tomando decisões

racionais sobre questões de sua vida e de outros seres que nela interagem.

O Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei nº 10639/03, referente a “História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural, promove a

valorização da cultura rural, utilizando-se das práticas características dessa cultura para a

promoção do conhecimento.

A Biologia reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais,

políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos, indispensáveis à

compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as

possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa realidade.

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2. CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos Seres vivos.

Mecanismos Biológicos.

Biodiversidade.

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos

e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e

fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres

vivos e interdependência com o ambiente.

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Manipulação Genética. Organismos geneticamente modificados.

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os modelos

teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os

as existência de características comuns entre estes e sua origem única ( ancestralidade comum).

Deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a

diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes

MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como

os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o funcionamento dos

sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a

digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.

BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos

conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve abordar a

biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a

diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além

dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido transformações.

MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia

Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de

manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA

como fato natural, independente da ação do ser humano.

Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os aspectos

bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo

compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica.

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber sobre quais os objetivos

e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e

dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas expositivas,

demonstrativas, leituras, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no

laboratório de Biologia, tendo a clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa

contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo.

As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira que

respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a democratização do saber, onde

todos possam interagir. Proporcionando aos educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta

forma, os alunos habituam com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como

sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.

Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da sociedade e

junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno construa durante todo o

processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido através dos conteúdos estruturantes e

específicos. Onde os problemas existem, e são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que

a partir desta possam ser vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer

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desta vivência um aprendizado ponderando e questionando a própria existência e a

interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e conseqüências.

Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de

pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, com a intenção de resgate e

valorização cultural.

Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem

como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos, permearão as aulas de

Biologia, onde se oportunizará debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o

auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.

4- AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o

professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de

trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como

adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.

Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua

conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de

aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma

etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,

com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,

resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação

da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as

diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o

planejamento.

É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a

gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes aptidões dos alunos.

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Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação ( por

parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio

utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas,

listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros,

utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho

pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em

grupo), com justificativa do procedimento utilizado.

Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,

trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de

procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz

dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e

emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam

perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma

procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento

Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola.

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5- REFERÊNCIAS

AMABIS E MARTHO, Fundamentos da Biologia Moderna- Volume único, São Paulo: Editora Moderna, 3ª edição.

FRIGOTTO, G. [ et. al ]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Brasilia: MEC, SENTEC, 2004.

LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº6, p. 1-19, 1983ARAÚJO, I. L. Introdução`a filosofia da cência . Curitiba: UFPR, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

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REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

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KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Numa perspectiva histórica, ao se pensar em Ciências como construção humana, é

fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a

história da Ciência se constrói .Ao ensinar a aprender Ciências numa visão de evolução,

apresentando seus limites e possibilidades temporais, relacionando essa história as práticas

sociais as quais está diretamente vinculada.

Desde que o homem começou a buscar condições favoráveis de sobrevivência, as suas

relações com os demais seres vivos e com a natureza, possibilitou conhecimentos e valores

produzidos pela coletividade e transmitidos culturalmente. Interessar pelos fenômenos à sua

volta e aprender com eles, embora não apresentando o caráter sistematizador do conhecimento.

A partir de então, a ciência evolui permitindo a sua apropriação por meio da compreensão dos

fenômenos que nela ocorre, proporcionando ao ser humano uma cultura cientifica com

repercussões sociais, econômicas , éticas e politicas.

A historia da ciência não está ligada somente ao conhecimento cientifico, mas também

as técnicas pelas quais esses conhecimentos são produzidos, as tradições de pesquisa que as

produzem e as instituições que as apoiam.

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Alguns aspectos descontinuo da validade dos modelos científicos apontados por Gaston

Bachelard (1884-1961), são: a superação do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico;

a substituição do modelo organicista pelo modelo dos sistemas para explicação das funções do

corpo humano; a superação das ideias de criação pela evolução; a refutação da teoria do calórico

pelas noções de energia ; detecção da inexistência do éter e a afirmação da constituição e

conservação da matéria ; a dualidade onda-partícula da luz e do elétron; a transição da mecânica

newtoniana para a relativística e muitos outros.

Segundo este mesmo autor o pensamento pré-científico é um período marcado pela

construção racional e empírica do conhecimento cientifico, buscando a superação das explicações

míticas , com base em sucessivas observações empírica e descrições técnicas de fenômenos da

natureza, além de intensos registros dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins

do século XVIII.

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de modelos

científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da Natureza para

compreendê-los por meio da razão , em contraposição a simples crença, entendida sob o ponto

de vista animista. Contrapondo à ideia animista, filósofos naturalista explicam a Natureza a partir

do modelo atomista.

Mesmo o pensamento atomista permanecendo como tradição, a ideia da constituição da

matéria, a partir dos quatro elementos, continuou a ser referenciada entre os pensadores gregos.

Aristóteles ( século III a. C.) formulou as bases para o modelo geocêntrico, propondo a existência

de um quinto elemento da Natureza.

Os contemporâneos de Aristóteles , posicionavam-se com outras possibilidades de

entendimento dos movimentos dos corpos celestes (modelo heliocêntrico).

Depois de um longo período de domínio do geocentrismo, fortalecidos por incursões

matemáticas de Ptolomeu no seculo II d. C. e coerentes com as ideias de Aristóteles, retomou ao

modelo heliocêntrico.

Com a contribuição dos pensadores como Tycho Brahe (1546-1601), Johannes Kepler

(1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1643-

1727) e outros, este novo modelo rompia com toda a síntese da física aristotélica que

fundamentava o modelo geocêntrico.

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Outras tradições provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito

ao modelo organicista. Tradições que preocupavam em identificar e organizar os seres da Escala

Natural, privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas

anatômicas e comportamentais. Esse critério de classificação dos seres vivos permaneceu até o

século XVII e XVIII. Mediante a grande diversidade de especies coletadas em diferentes regiões

do planeta, esse sistema de classificação não atendia as demandas de dados coletados. Nesse

sentido, os seres vivos passaram a ser visto não mais como um modelo fixista mas como

integrantes de um modelo evolutivo.

O pensamento grego influenciou na descrição dos órgãos do corpo humano ( modelo

organicista),que sofreu interferências no período renascentista, onde os conhecimentos físicos

sobre a mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do

organismo ( modelo mecanicista), utilizado pela ciência até os dias atuais.

As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do seculo XVIII, foi um marco

para a ciência, pois contribuíram na superação das ideias do flogisto que levaram as novas

pesquisas cientificas, culminando com a reorganização de toda a nomenclatura à luz dos estudos

voltados à nova teorização dos átomos e à química orgânica no século XIX.

O seculo XIX foi marcado pelo período do estado cientifico, buscou a universidade do

método cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do

conhecimento cientifico em obras caraterizadas por uma linguagem mais compreensiva.

Métodos explicativos construído e utilizado neste período foram questionados, pois no

estado cientifico o mundo passa a ser como mutável e o Universo como infinito. Novos estudos

permitiram considerar a evolução das estrelas, às evidencias de mudanças na crosta terrestre e a

extinção de especies, bem como a transformação da matéria e a conservação da energia.

Evidencias evolutivas, apresentadas por naturalista ainda no período pré cientifico,

contribuíram para o entendimento de que os seres vivos se transformavam com o passar do tempo

geológico.

Segundo Futuyama ( 1993) , Charles Darwin contribui para a teoria da evolução das

espécies.

Outros dois trabalhos se destacaram durante o seculo XIX e modificaram a compreensão

do funcionamento dos sistemas do organismo: a teoria da célula e os estudos sobre a geração

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espontânea da vida. Novas pesquisas permitiram o entendimento de uma unidade da qual se

pudesse originar a imensa diversidade dos seres vivos. Com a evolução tecnológica de

microscópios , possibilitou observações mais detalhadas permitindo a proposição da teoria

celular. Nesse momento histórico descarta-se a teoria da abiogénese defendida por alguns

naturalistas do período pré cientifico, tornando evidente a teoria da biogênese. Algumas

experiências , incluindo a de Pasteur, possibilitaram levantar hipóteses sobre a existência de

microrganismos mais resistentes às altas temperaturas e sobre o contato com micro-organismos

proveniente do ar.

Desenvolveram estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza,

associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia, contribuíram para o

entendimento de que na natureza ocorre ciclos de energia, possibilitando a construção de

modelos explicativos que se aproximavam das investigações sobre o fenômeno vida, sob uma

perspectiva mecanicista.

O modelo “newtoniano-cartesiano” influenciaram fortemente o pensamento

cientifico, apropriando-se do modelo mecanicista para explicar o funcionamento dos seres vivos,

a dinâmica da Natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação

Assim , os conhecimentos da física eram tomados como referencia de verdade para as

demais ciências.

Segundo Sevcenko (2001) mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações

técnicas ocorreram nos últimos cem anos, deste mais de dois terços após a Segunda Guerra

Mundial. Setenta por cento dos cientistas, formados no seculo XX ainda estão vivos . Continuam

a contribuir com pesquisas e produzir conhecimentos científicos.

O ensino de ciências no Brasil , foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, centradas na informação e no

consumo.

O conjunto de museus brasileiros contribuíram para a consolidação e institucionalização

das ciências naturais no país ao longo do seculo XIX, tanto no que diz respeito a produção do

conhecimento cientifico quanto no ensino de ciências.

Na Primeira República(1889-1930), as poucas instituições que existiam eram elitizadas

com professores estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo.

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A disciplina de ciências inciou a sua consolidação no currículo das escolas brasileiras com

a Reforma Francisco Campos , 1931, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos

proveniente de diferentes ciências naturais de referencia já consolidada no currículo escolar

brasileiro.

O Contexto histórico exigia um ensino cientifico frente às necessidades do progresso

nacional. Dessa forma , o ensino de ciências privilegiava a quantidade de informações

cientificas em prejuízo de uma abordagem na base investigatória.

Na década de 1940, com a Reforma Capanema ,o ensino objetivava a preparação de uma

classe elitizada, a escola deveria contribuir para divisão de classes , separada pelas diferenças de

chances de aquisição cultural.

Com a revolução industrial passaram a exigir uma qualificação de mão de obra que o

sistema publico de ensino profissional recém-criado não atendia a demanda, neste contexto

instituíram escolas de formação profissional, paralelas ao ensino secundário pú blico.

Em 1946 a realidade do ensino de ciências sofreu mudanças significativas com o

surgimento do IBECC ( Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura), cujo objetivo era

promover a melhoria de formação cientifica dos estudantes que ingressavam no ensino superior,

contribuindo de forma significativa ao desenvolvimento nacional, melhorando a qualidade de

ensino.

Em meados de 1950 o ensino de ciências passou por um processo de transformação no

âmbito escolar, interferindo no caso brasileiro, nas atividades pelo IBECC, sob a justificativa da

necessidade do conhecimento cientifico para a superação de dependência tecnológica.

O ensino de ciências foi repensado no período da “Guerra Fria” e também com

lançamento do satélite artificial soviético. Naquele momento os EUA, passaram a se preocupar

com a formação escolar de base cientifica, pois buscava explicações para a derrota parcial na

corrida espacial.

Com o apoio das sociedades cientificas e das universidades acadêmicos renomados,

apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram elaborados projetos que tiveram

circulação no Brasil, mediados pelo IBECC, visando a formação e a identificação de uma elite

com reflexo da politica governamental. Tais ideias atingiram a escola brasileira na década de

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1960 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para defesa do progresso, da

ciência e da tecnologia nacionais.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61, ampliou o espaço da

disciplina, com isso o científico passou a ser a melhor maneira de desencadear uma formação

científico tecnológica, ganhando relevância no ensino de Ciências por acreditar que o mesmo, ao

desenvolver o raciocínio lógico e formar o cidadão, não se restringe apenas à preparação do

futuro cientista. Em 1964 o ensino de Ciências, passou a ter um compromisso com a formação

de mão-de-obra técnico –científico, para atender as necessidades do mercado e do

desenvolvimento econômico do País. Nessa nova configuração as disciplinas científicas foram

atingidas devido a reorganização do currículo, que assumiu um caráter profissionalizante o que

provocou uma grande descaracterização do currículo que historicamente marcava o ensino de

Ciências. Nos anos 70, houve uma preocupação com a crescente degradação ambiental e o

atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico.

Assim, as relações entre a Ciência e a tecnologia passa a ser analisadas mais criticamente.

Já na década de 80, ocorreu a massificação da educação, onde a expansão da oferta não

significou qualidade de ensino. A democratização acaba por influenciar o ensino de Ciências,

enfatizando as discussões sobre sua função social.

A preocupação era em melhorar a qualidade de ensino, utilizando temas relacionados a

prática social, as abordagens nesses programas acabaram , muitas vezes, assumindo uma postura

ingênua, sem estabelecer relações com a prática social.

A partir de 1990, no ensino de Ciências, o Currículo Básico propôs a integração dos

conteúdos a partir de três eixos norteadores não explicitamente as preocupações em relação aos

resultados das ações do homem sobre a natureza. Mesmo com o avanço pedagógico em articular

os conteúdos em eixos norteadores e apresentar em todas as séries do ensino fundamental, a

proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não apresentou subsídios teóricos-

metodológicos suficientes para esses trabalhos de forma articulada. O currículo perdeu força

como documento orientador da disciplina e estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educação

Nacional, ocorrendo uma mudança de paradigma da Educação na qual à Escola perdeu o caráter

de espaço social e transformador e passou a ser entendida como empresa dentro do modelo

Neoliberal de educação.

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Em 1996, tendo em vista a publicação e a ampla distribuição dos PCNS e temas

transversais, o ensino de Ciências sofreu um esvaziamento da concepção da Ciências como

história deixando de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão ambiental

foi tratada numa concepção cientificista.

Um novo período na história da educação paranaense, iniciou em 2003 com a

reformulação da política educacional, onde se destacou o descrédito à proposta neoliberal, o

resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das

disciplinas escolares. O currículo escolar é instituído como eixo fundante da escola,

incentivando o professor a refletir sobre sua própria prática pedagógica, a formação continuada ,

possibilita o acesso à fundamentação teórica e prática.

Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico, percebeu

que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos,

econômicos e sociais de cada período determinado, assim a mudança de foco do processo de

ensino e de aprendizagem.

Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de conhecimentos

produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de Ciências se constitui num

conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos

naturais (físicos, químicos e biológicos) e suas interferências no mundo.

As diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, prezam pelo saber

sistematizado e elaborado cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma abordagem de

conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.

Ao apresentar os conteúdos estruturantes : Corpo Humano e saúde , Ambiente, Matéria e

Energia e Tecnologia, dos quais desdobram os conteúdos específicos da disciplina de Ciências,

que por meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos promovem a socialização dos

conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza

social, tendo em vista o atendimento de toda a população que tem assegurado o direito ao

processo de escolarização.

- Compreender o conhecimento científico e seus processos nos diferentes tempos da

história da humanidade a fim de estabelecer relações entre as exigências que culminarem na

produção desses conhecimentos e a contemporaneidade.

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- Entender que as relações de poder podem ser determinadas pela intencionalidade, ou

seja, pelos interesses dos grupos dominantes de forma implícita ou explícita .

- Propiciar aos alunos a possibilidade da dúvida, superando a compreensão desses

conhecimentos como verdadeiros, prontos e acabados ou seja a provisoriedade dos

conhecimentos científicos.

- Oportunizar o questionamento, a pesquisa e o debate que levem à compreensão de que

alguns conhecimentos foram produzidos num determinado contexto histórico e tem sua função e

importância para a humanidade.

- Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio do tratamento crítico e

histórico dos conteúdos.

- Estabelecer relações entre os conteúdos estruturais e específicos , com as diversas áreas

do conhecimento.

- Oferecer condições para que o aluno posicione-se e estabeleça relações entre o

conhecimento historicamente produzido e os novos conhecimentos.

• Promover o questionamento, o debate e a investigação, visando o entendimento da ciência

como construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino passivo.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

• ASTRONOMIA

• MATÉRIA

• SISTEMA BIOLÓGICO

• ENERGIA

• BIODIVERSIDADE

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

ASTRONOMIA• Universo;• Sistema Solar;• Movimentos Terrestres • Movimentos Celestes;• Astros

MATÉRIA

• Constituição da matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS

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• Níveis de Organização;

ENERGIA

• Formas de energia;• Conversão de energia;• Transmissão de energia;

BIODIVERSIDADE

• Organização dos seres vivos;• Ecossistema;• Evolução dos seres vivos

6ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Astros

• Movimentos terrestres

• Movimentos celestes

MATÉRIA

• Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

• Formas de energia

• transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

• Origem da vida

• Organização dos seres vivos

• Sistemática

7ª SÉRIE

ASTRONOMIA

• Origem e evolução do Universos

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MATÉRIA

• Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

• Formas de energia

BIODIVERSIDADE

• Evolução dos seres vivos

8ª SÉRIE

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

MATÉRIA

• Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos

• Mecanismo de herança genética

ENERGIA

• Formas de energia

• Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

• Interações ecológicas

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de ciências, propõe-se que os

conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada,

seguindo uma perspectiva crítica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico nesta

proposta, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem

crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos

historicamente construídos.

Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e

expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo,

buscando nos Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de Drogas,

Educação para as relações étnico-raciais, Enfrentamento a violência na escola, Educação

ambiental, Educação fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afro-

brasileira e africana, Cidadania e Direitos Humanos) respaldo ético para tratar as diferenças e

minimizar as desigualdades. Através de trabalhos dirigidos, com vistas à inclusão social,

promoverem a emancipação do cidadão, com ações coletivas em favor da construção do

conhecimento.

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O Ensino de Ciências, ao contemplar a Lei 10639/03, referente a "História e Cultura -

Afro-brasileira e Africana , faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural,

desmistificando o preconceito e a discriminação. Da mesma forma , o ensino de ciências

promove a valorização da cultura rural, utilizando das práticas características dessa cultura para a

promoção do conhecimento.

O professor de ciências, no momento da seleção de conteúdos específicos e da opção por

determinada abordagem, estratégia e recursos, dentre outros critérios, precisa levar em

consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, considerando as necessidades de

adequação de linguagem e nível conceitual, agregando as atividades propostas e dar significado

as atividades desenvolvidas , usando o processo ensino aprendizagem podendo melhorar a

articulação com o uso de:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquece a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de

giz, mapa ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático( torso,

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópios, lupa,

televisor, computador, entre outros)

• recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapa de relções,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros:

• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles , feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.

A pratica pedagógica deve levar em consideração alguns elementos a serem valorizados,

tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual , a relação interdisciplinar, a

pesquisa, a leitura cientifica , a atividade em grupo, a observação, atividade experimental os

recursos instrucionais e o lúdico.

A utilização dessas práticas pedagógica , estimula o desenvolvimento da capacidade do

estudante de observar os fenômenos e estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos,

proporcionando discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala

e articulados permanentemente com outros conteúdos tratados por diferentes disciplinas

escolares, contribuindo para o entendimento do objeto de estudo de ciências.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode proporcionar

um momento de interação e construção de significados no qual, o estudante aprende. Para que tal

ação torne significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem

utilizados. Deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno o longo do ano letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará

dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.

Assim, a avaliação, em ensino de ciências , será realizada utilizando recursos e

estrategias diversificadas para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:

• origem e evolução do universo;

• constituição e propriedades da matéria;

• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

• conservação e transformação de energia;

• diversidade de especieis em relação dinâmica com o ambiente em que vive, bem

como os processos evolutivos envolvidos.

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Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão especificados

no plano de trabalho docente de acordo com cada série.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais ); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre,

totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo

o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este

será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual

durante as horas-atividade do professor.

Nestes termos, avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos

escolares e do objeto de estudo de ciências , visando uma aprendizagem realmente significativa

para a sua vida.

A avaliação se dará ao longe do processo ensino-aprendizagem, possibilitando ao

professor a verificação da apropriação dos conteúdos ensinados e se a sua prática foi eficiente a

ponto de produzir resultados positivos.

È necessário que o processo avaliativo aconteça de forma sistemática, a partir de critérios

avaliativos, estabelecido pelo professor, que considere aspectos como os conhecimentos que os

alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre

esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no

seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem no seu cotidiano.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma

etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,

com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,

resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação

da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliado, o nível cognitivo dos alunos, as

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diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o

planejamento.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante

todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado,

este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos -

metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e

atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

5- REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e

Médio. Kaloré – PR.

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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KALORÉ - 2010

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física vem passando por transformações ao longo do tempo. Tornou-se

obrigatória nos currículos escolares a partir de 1822 e suas práticas se davam por meio de

técnicas sistematizadas pela instituição militar e tinham a finalidade de construir corpos

saudáveis.

Já no século XX os esportes são incluídos como conteúdo nas aulas de Educação

Física. Na década de 70 a disciplina passa a ter legislação específica e se preocupa com a aptidão

física e a capacidade produtiva da classe trabalhadora.

Na área pedagógica a referência é a psicomotricidade, afim de valorizar a formação

integral do educando. Surgem então tendências e trabalhos que visavam a construção de um

movimento renovador da disciplina.

Na década de 80 há uma forte crítica à esportivização. A tendência critico-superadora

de Saviani já apresentava diferentes conteúdos: esporte, ginástica, jogos, lutas e dança.

Na década de 90 a concepção histórico-crítica fundamentou a Reestruturação da

Proposta Curricular que tinha como objetivo resgatar a ação pedagógica da Educação Física

baseada em valores individuais.

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Analisando o histórico da Educação Física evidenciamos a preocupação em fazer

com que a nossa disciplina seja vista por todos não só como uma prática pedagógica que visa a

efetivação do processo-ensino-aprendizagem, mas em uma necessidade básica na vida do

homem, já que traduz a oportunidade de compreender e vivenciar atividades que poderão ser

praticadas ao longo da vida.

Assim a Educação Física deve refletir sobre as necessidades atuais do ensino para

não fugir de uma reflexão critica a respeito das culturas corporais e suas desigualdades de forma

que possa valorizar nossas características regionais, uma vez que nossa escola é, em grande parte,

formada por alunos do campo, cujas identidades culturais e valores são mais voltados ao contato

com a natureza e enfatizam as relações familiares e de vizinhança.

O respeito às diversidades nos leva também a resgatar a cultura-afro nas suas diversas

manifestações destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional. Pois através das aulas

nossa disciplina permite uma abordagem biológica, antropológica, psicológica, sociológica,

filosófica e política das práticas corporais. Essa abordagem é feita durante o desenvolvimento dos

conteúdos trabalhados nas aulas: jogos, lutas, esportes, danças e ginásticas, entre outros.

Além dos conteúdos estruturantes o professor deve procurar elencar, junto a estes, os

elementos articuladores, que visam interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada. Os elementos articuladores são: Cultura Corporal e: Corpo; Ludicidade; Saúde;

Mundo do Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade e Mídia. Como

articuladores dos conteúdos estes podem transformar o ensino de Educação Física no contexto

escolar, respondendo aos desafios contemporâneos e ainda articulando os Conteúdos

Estruturantes aos Específicos.

Contudo o objetivo da Educação Física escolar é o de reconhecer seu papel como

componente de transformação social gerando uma emancipação crítico pedagógica através da

consciência do movimento como propulsor da saúde ao longo da vida, podendo assim propiciar

uma visão critica do mundo e da sociedade na qual o aluno está inserido. Bem como abordar as

práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito omnilateral,

colocando os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e estejam de

acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginásticas

Lutas

O mesmo Conteúdo Estruturante deve ser abordado gradativamente de acordo com a

série ou ano em que o aluno se encontra. Para isso o professor necessita conhecer os níveis

motores de cada etapa escolar enriquecendo os conteúdos com experiências corporais das mais

diferentes culturas.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

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5ª SÉRIE

Esporte:

• Coletivos

• Individuais

Ginástica:

• Ginástica Rítmica

• Ginástica Circense

• Ginástica Geral

Jogos e Brincadeiras:

• Brincadeiras e cantigas de roda

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

• Jogos e brincadeiras populares

Danças:

• Danças folclóricas

• Dança Criativa

Lutas:

• Lutas de aproximação

• Capoeira

6ª SÉRIE

Esporte:

• Coletivos

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• Individuais

Ginástica:

• Ginástica Rítmica

• Ginástica Circense

• Ginástica Geral

Jogos e Brincadeiras:

• Brincadeiras e cantigas de roda

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

• Jogos e brincadeiras populares

Danças:

• Danças folclóricas

• Dança Criativa

• Danças Circulares

Lutas:

• Lutas de aproximação

• Capoeira

7ª SÉRIE

Esporte:

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• Coletivos

• Radicais

Ginástica:

• Ginástica Rítmica

• Ginástica circense

• Ginástica Geral

Jogos e Brincadeiras:

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

• Jogos e brincadeiras populares

• Jogos Dramáticos

Danças:

• Dança Criativa

• Danças Circulares

Lutas:

• Lutas com instrumento mediador

• capoeira

8ª SÉRIE

Esporte:

• Coletivos

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• Radicais

Ginástica:

• Ginástica Rítmica

• Ginástica Geral

Jogos e Brincadeiras:

• Jogos de tabuleiro

• Jogos cooperativos

• Jogos e brincadeiras populares

• Jogos Dramáticos

Danças:

• Dança Criativa

• Danças Circulares

Lutas:

• Lutas com instrumento mediador

• capoeira

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2.3 – CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

Esporte:

• Coletivos

• Individuais

• Radicais

Ginástica:

• Artística/Olímpica

• Condicionamento físico

• Geral

Jogos e Brincadeiras:

• Jogos de Tabuleiro

• Jogos Dramáticos

• Jogos cooperativos

Danças:

• Dança Folclórica

• Dança de Salão

• Dança de Rua

Lutas:

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

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3.METODOLOGIA DE ENSINO

3.1 – ENSINO FUNDAMENTAL

Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras

inseparáveis (...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização

vazia.(HAYDT, 1998, p.9)

Mediante esse compromisso, faz-se preciso que educador e educando sejam sujeitos ativos e

construtores do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, é imprescindível que sejam extraídos

planos e projetos sejam elaborados, enfatizando e explicitando idéias que desencadeiem atitudes

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capazes de transformar a realidade em que interagem, fazendo com que dessa forma, o verdadeiro

objetivo da educação seja atingido. E, tendo em vista o papel de mediador da aprendizagem é

fundamental que:

O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da

aprendizagem dos alunos utilize intencionalmente um conjunto de ações,

passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de

ensino. (...) O método vai em busca das relações internas, de um objeto, de um

fenômeno, de um problema, uma vez que este objeto de estudo fornece as

pistas, o caminho para conhecê-lo. (LIBÂNEO, 1994, p. 151)

Através de contundentes argumentos, define-se ainda mais especificamente o papel docente,

como mediador de conteúdos respectivos, por intermédio de metodologia adequada, na qual

introduz a visão crítica da sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento.

Nesse contexto, o método adotado para a interação do educando com a construção de seu

próprio conhecimento torna-se, praticamente, o cerne de todo o processo. Os caminhos pelos

quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados obtidos

diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe ressaltar a

amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para encaminhar

sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da compreensão do

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mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de entendimento que

postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para auxiliar esse

processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos que têm como

objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover a busca de

informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o acompanhamento da

aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação harmoniosa entre o poder

público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência na escola, transformando-a

em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por fim, debater assuntos

relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a legislação que reporta

direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo.

Ao aluno deve ser proporcionado o ato de poder vivenciar o conteúdo que está sendo

construido e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos

coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que

tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras,

participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o

educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra

prazerosamente, para ele e para o educador.

O estreitamento na relação educador-educando facilitará o trabalho com o aluno

inclusivo, uma vez que o atendimento a este aluno requer uma adequação de metodologias de

ensino afim de satisfazer às características de cada deficiência e também às individuais. Sempre

voltado para o concreto o encaminhamento metodológico se diferenciará em cada programa de

acordo com a faixa etária e as necessidades específicas.

A corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no Ensino Fundamenta

pretende ir além da dimensão motriz, levando em conta a multiplicidade de experiências

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manifestas pelo corpo os quais permeiam essas práticas. O professor precisa compreender-se

como responsável pela organização e sistematização dessas praticas corporais que possibilitam a

comunicação e o dialogo com as diferentes culturas.

As aulas de Educação Física devem ser um conjunto de objetos de investigação que não

se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias. As manifestações corporais

historicamente produzidas nas aulas baseiam-se no dialogo entre diferentes sujeitos, em um

contexto social organizado em torno das relações de poder, linguagem e trabalho.

Para a apreensão critica dos conteúdos sugere-se a organização das aulas em três

momentos:

• Apresentação do conteúdo que será trabalhado aos alunos;

• Desenvolvimentos das atividades onde acontecerá a apreensão do conhecimento;

• Reflexão dos alunos sobre suas próprias atitudes pedagógicas durante a aula.

Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava séries. O tratamento dado

na sétima e oitava séries terá maior amplitude, complexidade e aprofundamento.

3.2 – ENSINO MÉDIO

A metodologia crítico-superadora permite ao educando ampliar sua visão de mundo por

meio das práticas corporais, com possibilidades de alcançar transformações sociais. Os caminhos

pelos quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados

obtidos diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe

ressaltar a amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para

encaminhar sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da

compreensão do mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de

entendimento que postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para

auxiliar esse processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos

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que têm como objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover

a busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o

acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação

harmoniosa entre o poder público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência

na escola, transformando-a em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por

fim, debater assuntos relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a

legislação que reporta direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo.

Não seria redundante afirmar que a metodologia para o encaminhamento da disciplina

de Educação Física deve proporcionar ao aluno o ato de poder vivenciar o conteúdo que está

construindo e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos

coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que

tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras,

participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o

educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra

prazerosamente, para ele e para o educador.

Para que haja a efetivação de um trabalho diversificado temos os conteúdos

estruturantes:

• O esporte que deve ser trabalhado de forma mais ampla, não desprezando a técnica e a

tática mas resgatando o sentido da competição e a sua significação como fenômeno de

massa nos dias atuais. Devemos dar condições para que todos os alunos contemplem nas

aulas de Educação Física esse conteúdo que é um fenômeno popular.

• As lutas trazem um resgate histórico uma vez que é alicerçada na cultura dos

antepassados. Ao desenvolver esse conteúdo o professor deve ter o cuidado de modificar

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a forma como as lutas são trabalhadas na escola, considerando as possibilidades de

simbolização das mesmas.

• A ginástica, como um dos conteúdos deve possibilitar ao educando movimentar-se,

descobrindo e reconhecendo seus limites e possibilidades. Viabilizando a reflexão críticas

de práticas corporais que não garantem a qualidade de vida.

• O conteúdo dança deve re-significar os valores e os sentidos. Resgatando sentimentos e

emoções, afetividade e religiosidade, dando espaço à criatividade e liberdade de

movimentos.

• O jogo deve ser realizado com prazer considerando a realidade regional e cultural do

aluno. Suas regras poderão ser elaboradas e/ou modificadas conforme necessidades e

desafios.

Assim para construir uma identidade para o Ensino Médio os conteúdos serão abordados

através das fazes da vida do ser humano partindo do nascimento, passando por todas as fases da

infância, adolescência, juventude, idade adulta e senilidade, enfatizando a importância e

indicações de atividades físicas para cada fase do desenvolvimento humano. Os conteúdos serão

abordados de modo simultâneo constituindo referencias que ampliam continuamente a

capacidade de pensar dos alunos, que lidam com os mesmos conteúdos nas diferentes séries, mas

aprofundam-se as referencias sobre eles. Em cada fase, amplia-se o grau de complexidade.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Qual é o modelo ideal para se fazer a avaliação em Educação Física? Infelizmente, não

existe uma fórmula pronta. Muitos dos modelos utilizados — e criticados —podem ser usados,

contanto que não como padrão único e tampouco sem passar por uma reflexão prévia. Por

exemplo: os trabalhos escolares são úteis, mas não aqueles que permitem que o aluno

simplesmente “recorte e cole” da Internet, e, sim, os que podem reforçar a articulação entre teoria

e prática, levando o estudante a refletir sobre seu cotidiano nas aulas de Educação Física e a

forma como concebe o próprio corpo. Em vez de solicitar um trabalho enorme tratando do

histórico da modalidade, das séries de progressões pedagógicas e das regras dos esportes — que

muitas vezes sequer é lido na íntegra pelo professor —,cobrarei textos curtos (na forma de

redação), mas com um alto teor de crítica e reflexão, explorando as problemáticas surgidas

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durante as aulas ou mesmo no dia-a-dia do aluno (como, por exemplo, o uso de anabolizantes).

As avaliações teóricas seguirão a mesma linha: por meio de questões dissertativas, o estudante

poderá refletir sobre a importância do movimento na sua vida. E, se muitas vezes é inviável

acompanhar o desenvolvimento individual dos alunos, o acompanhamento do desenvolvimento

será geral, ou seja, da turma, até mesmo reforçando o senso de colaboração, já que uma parcela

da nota será coletiva.

Dessa forma a avaliação será analisada de forma individualizada, levando em conta o

progresso e o esforço de cada educando, principalmente os que se encontram em estado de

inclusão escolar. Os critérios de avaliação envolverão o comprometimento, a participação, a

assimilação, a criatividade, e o envolvimento nas atividades propostas.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero)

referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a

nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez

virgula zero).

A recuperação dos conteúdos será feita paralelamente de acordo com a necessidade, ou

seja, quando os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado em

qualquer momento do processo ensino-aprendizagem, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos

extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor, com mudanças de

estratégias e recursos afim de assegurar a aquisição do conhecimento e não apenas a recuperação

da nota.

De qualquer forma, o mais importante é não negligenciar a importância da avaliação,

pois é através dela que o educando tem um controle do seu desenvolvimento e, assim, sabe

quanto ainda pode evoluir com relação aos movimentos e ao domínio e consciência do corpo —

quebrando os paradigmas de beleza pregados pela mídia e que envolvem, muitas vezes,

sofrimento e privações.

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5- REFERÊNCIAS

HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 1998.

LABAN, Rudolf. Dança Educativa Moderna. São Paulo: Ícone, 1990.

LE BOLUCH, J. Educação Psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes

Médicas,1987.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

Page 169: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · colÉgio estadual abraham lincoln ensino fundamental e mÉdio projeto polÍtico pedagÓgico kalorÉ- pr nov. 2010

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

ENSINO RELIGIOSO

KALORÉ - 2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois constituíram-se

historicamente na interrelação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Em virtude

disso, a disciplina de Ensino Religioso deve oferece subsídios, para que os estudantes entendam

como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa

abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em

suas marcas de religiosidade.

Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em oportunizar ao aluno

condições para o mesmo superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito

Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, à liberdade individual e

política.

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A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda e qualquer forma

de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida

em que uma doutrinação religiosa ou moral um modo adequado de agir e pensar de forma

excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação a até mesmo de

criação de novos valores.

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à diversidade

cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade, em que haja a compreensão

sobre a sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de

suas diferentes formas de ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico;

textos sagrados, os quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:

• Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas

construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.

• Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se

tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a

colaborar com a formação da pessoa.

• Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em

consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo desta forma aos

educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural dos grupos sociais e seu

relacionamento com o sagrado.

• Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Textos Sagrados

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2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

• Organizações religiosas

• Lugares Sagrados:

• Textos sagrados orais ou escritos

• Símbolos religiosos

6ª SÉRIE

Temporalidade Sagrada • Festas religiosas

• Ritos

• Vida e morte

3. METODOLOGIA DE ENSINO

A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que

subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas.

Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios, o conteúdo será

trabalhado a fim de ampliar e valorizar o universo cultural dos educandos.

Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados

interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois

articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,

assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse

processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada expressão do

Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, de uma forma clara, objetiva e critica.

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Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os aspectos científicos

do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural. As aulas serão dialogadas,

estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade. Assim, o professor estabelecera uma

relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-as como

construções histórico-sociais e patrimônio cultural da humanidade.

O Ensino Religioso deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais

Contemporâneos, de acordo com a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas,

Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política

Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do

Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: textos, vídeos,

fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário o processo de

pesquisa para que as produções sejam realmente oportunizadas.

Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso,

propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das

diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.

4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se constitui

como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno. Porém, faz-se

necessário a prática de avaliações que permitam ao professor acompanhar o processo de

apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a

ser referenciais para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

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A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno expressa uma

relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções religiosas diferentes da sua;

aceitar as diferenças, reconhecer o fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade

de cada grupo social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações

religiosas ou qualquer outra prática de cunho preconceituosa.

As atividades propostas devem oportunizar a participação dos portadores de necessidades

especiais, que constituem a inclusão do educando no processo ensino-aprendizagem, será

realizada partindo de suas limitações, para que consiga acompanhar de maneira satisfatória os

conceitos discutidos em sala de aula.

Através desta avaliação o professor terá elementos para planejar as intervenções no

processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas dimensionando os níveis

de aprofundamento.

5. REFERÊNCIAS

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: paisagem tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004.

Page 176: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · colÉgio estadual abraham lincoln ensino fundamental e mÉdio projeto polÍtico pedagÓgico kalorÉ- pr nov. 2010

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLNENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Filosofia não é o conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em

si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os conhecimentos além de

sua pura aparência. Assim ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus

valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar em arte; pode pensar o

próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e

instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é,

questiona a própria prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.

Desse modo, o trabalho a ser realizado parte de uma aprendizagem significativa,

contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas, produção escrita, depoimentos, análise

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tendo em vista abordar os eixos norteadores para a compreensão da Filosofia no Ensino Médio o

qual contribui para a formação do aluno. Cabe a ele indagar a realidade, refletir sobre as questões

que são fundamentais para os homens em cada época.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, é rigorosa, sistemática e deve sempre

pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, à sua

raiz. Esta é a preocupação do colégio ao instituir a disciplina de filosofia, instrumentalizando os

alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.

Sendo assim, a Filosofia contribui para a compreensão dos elementos que interferem no

processo social através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana:

trabalho, relações, relações sociais e cultura simbólica.

Formar o hábito da reflexão sobre a própria existência possibilitando a formação de juízos

de valores que substituem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.

2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• MITO E FILOSOFIA;

• TEORIA DO CONHECIMENTO;

• ÉTICA;

• FILOSOFIA POLÍTICA;

• FILOSOFIA DA CIÊNCIA;

• ESTÉTICA.

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'

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILOSOFIA

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

ÉTICA

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade:

autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e / ou participativa.

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FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções de ciências;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

ESTÉTICA

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade.

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão

no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e

expor idéias, bem como ouvir e respeitar a de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo.

Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a

sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios alunos,

uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de

textos de caráter filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico.

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O Ensino de Filosofia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei

nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura

Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;

Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de

variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de

jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

Redação e apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão

dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar

caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante

do ensino médio, solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.

4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

A avaliação ocorrerá de forma diagnostica processual e continua, no sentido de contribuir

para o desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber o seu próprio crescimento e sua

contribuição para a coletividade.

Serão adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:

• Textos produzidos pelos alunos;

• Participação em sala de aula;

• Atividades e exercícios realizados em classe ou fora dela;

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• Atividades de pesquisa através do laboratório de informática;

• Testes escritos;

• Apresentação dos temas em estudo;

• Registro das aulas, conforme a necessidade;

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja,

logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com

atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos - metodológicos diversificados;

podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-

atividade do professor.

5. REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 2 Ed. São Paulo: Moderna, 1993.ᵃ

CHÂTELET, F. História da Filosofia, ideias e doutrinas – o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, vol.8

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.

DESCARTES. René. O Discurso do Método. 4 Ed. São Paulo, Nova Cultural, 1987.ᵃ

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GARCIA, José Roberto e VELOSO, Valdecir Conceição. Eureka: Construindo Cidadãos. Florianópolis: Sophos, 2007.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DE FÍSICA

KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física é uma ciência que tem como objeto de estudo o universo em toda sua sua

complexidade, contribuir para despertar o espírito crítico do educando, levando-o a questionar,

refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho.

Como o desenfreado avanço tecnológico é essencial que o educando compreenda e

manuseie instrumentos tecnológicos do seu dia-a-dia.

Entende-se, pelas Diretrizes Curriculares de Física do Estado do Paraná que a Física deve

educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico

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sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu

comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. O

ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, proposto nesta Diretrizes

Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os

professores devem superar a visão do livro didático como dotador do trabalho pedagógico, bem

como a redução do ensino da Física à memorização de modelos, conceitos e definições

excessivamente matematizando e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressalta-

se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o

pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado

histórico e social. A educação científica é indispensável à participação política e capacita os

estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio

que o cerca.

Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos

aparatos tecnológicos. De modo que esse norte implica o ensino de física aborde os fenômenos

físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém

como uma respeitável consistência teórica. É importante compreender, também, a evolução dos

sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não

neutralidade da produção científica.

A física,nesse contexto possibilitará a compreensão do mundo circundante e os

fenômenos existenciais como evolução histórica e científica da humanidade, de maneria que se

possa considerar a experiência já vivenciada em busca da construção do científico, com a

superação senso comum. Assim, se promoverá a experimentação prática para a comprovação de

conceitos diversos, promovendo situações em que se desencadeará o desenvolvimento social e

cognitivos no ambiente escolar, primando sempre pela contextualização das relações

interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas da Física nos

últimos anos, findando em uma ciência em construção.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Física o Ensino Médio do Paraná, entende-se

por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de

estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a

abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estruturante compreenda o objeto

de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

Nos fundamentais teóricos-metodológicos apresentaram-se as três grandes sínteses que

compunham o quadro conceitual de referência da física no final do século XIX e início do século

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XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão

denominadas “conteúdos estruturantes”. Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias,

conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria.

Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares

das escolas. Na física, conforme rocha(2005), a teoria eletromagnética desempenha papel

semelhante aos estudos dos movimentos da termodinâmica. Embora tenham evoluído

separadamente. Elas são teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a

estática, a dinâmica e a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos

sobre gases, pressão, temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o

magnetismo, a eletricidade e a ótica. De modo que o estudo de física se estenderá aos seguintes

conteúdos:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

MOVIMENTO • Momentum e inércia• Conservação da quantidade de movimento (momentum)• Variação da quantidade de movimento = Impulso• 2ª Lei de Newton• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio• Energia e o Princípio da Conservação da energia• Gravitação

TERMODINÂMICA • Leis da Termodinâmica

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• Lei zero da Termodinâmica• 1ª Lei da Termodinâmica• 2ª Lei da Termodinâmica

ELETROMAGNETISMO • Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas• Força Eletromagnética• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de Faraday• A natureza da luz e suas propriedades

3. METODOLOGIA DE ENSINO

A princípio serão trabalhados conceitos fundamentais, utilizando como recursos didáticos

a quadro negro, material apostilado livro didático e ou livro didático público.

Para fixação dos conteúdos será utilizado o laboratório da escola com recursos

disponíveis, como: instrumentos de medidas, eletrodomésticos, circuitos elétricos, dilatadores,

etc...

Realizar visitas a instalações de produção do saber ou da informação, tais como museus,

planetários, exposições, usinas hidrelétricas, fábricas, e outros.

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Para pesquisas serão utilizados os meios de informações contemporâneos que estiveram

disponíveis na realidade do aluno, (notícias de jornais, livros de ficção científica, programa de

televisão, vídeos, internet, etc.), como instrumentos didáticos.

Utilizar o saber vivencial de profissionais e especialistas da área, através de entrevistas ou

outras formas de contato, como fonte de aquisição do conhecimento incorporado à suas

respectivas práticas.

As atividades desenvolvidas em sala de aula, poderão ser individuais ou em grupos,

tendo-se o cuidado de evitar discriminação racial e social.

Durante as aulas de física serão abordadas temáticas que vislumbrem o trabalho com os

desafios contemporâneos, com ênfase na ética e na cidadania, oportunizando aos alunos a

construção de posturas sociais condizentes com a prática cidadã, de modo que possam analisar e

avaliar criticamente os avanços percebidos na comunidade científica. Acerca das especifidades

individuais, será oportunizado atendimento a cada aluno, com o intuito de contribuir com a

construção do conhecimento.

4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação deverá ser contínua e centralizada no desempenho do aluno em toda atividade

desenvolvida, e terá função permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo

pedagógico. Ou seja, seu objetivo principal será avaliar o processo de aprendizagem como um

todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, encontrar subsídios

para intervir.

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Deste modo, será diversificada e realizada por intermédio da apresentação de seminários e

exposições; pela elaboração de trabalhos escritos, em grupos ou individualmente; pela

participação em sala de aula ( frequência e empenho); além da efetivação de provas e projetos.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, serão verificados:

• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e

as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos

da Física.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A recuperação de estudos será à medida que for detectada a não compreensão do conteúdo

trabalhado. Havendo uma retomada do mesmo, junto ao restante da turma, sem que haja

detrimento de conteúdo para nenhum dos grupos de alunos (os que precisam de recuperação e os

que não precisam).Esta ação será realizada em consonância com o que prevê o Regimento

Escolar do Estabelecimento de Ensino.

5. REFERÊNCIAS

MENEZES, L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

Page 191: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · colÉgio estadual abraham lincoln ensino fundamental e mÉdio projeto polÍtico pedagÓgico kalorÉ- pr nov. 2010

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PENTEADO, Paulo Cesar M. Física. Vol I, II e III. São Paulo: Moderna, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REPRESENTAÇÕES, MEMÓRIAS, IDENTIDADE / obra coletiva. Curitiba: SEED, 2008.

ROCHA, J.F. (org) Origens e Evolução das ideias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A análise acerca do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu objeto de

estudo. Muitos foram os objetos de estudo da Geografia antes de se ter algum consenso, sempre

relativo, em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise. Entretanto, a

expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia – lugar, paisagem,

região, território, natureza, sociedade – não se autoexplicam. Ao contrário, são termos que

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exigem esclarecimentos, pois, a depender do fundamento teórico a que se vinculam, refletem

posições filosóficas e políticas distintas.

No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e

entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamentos se

especializaram, percorreram caminhos e métodos de pesquisas diferentes, de modo que

evidenciaram e, em alguns momentos, aprofundaram a dicotomia Geografia Física e Geografia

Humana.

Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, como também

algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um trabalho conjunto que vice superar essa

dicotomia, parte do construto histórico com o qual os professores de Geografia convivem

pedagógica e teoricamente há muito tempo.

A Geografia é a Ciência do presente, ou seja, inspirada na realidade contemporânea, cujo

objetivo é contribuir para o entendimento do mundo atual, apropriação dos lugares, através do

trabalho humano, onde a organização do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia,

reflete os valores sociais e culturais historicamente constituídos. De acordo com Lefebvre (1974)

e Santos (1996), o espaço geográfico, entendido como “o espaço produzido e apropriado pela

sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas e objetos – naturais, culturais e técnicos – e

sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas.

Dessa forma, o ensino de Geografia, contribui para o aprimoramento do educando como

pessoa humana, incluindo sua formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico.

A contribuição da Geografia se faz para o cidadão aprender a conviver e aprender a ser.

Isto é, deve buscar maneiras de transformar indivíduos tutelados em pessoas no pleno exercício

da cidadania, cujos saberes se revelam em competências cognitivas, sócio-afetivas e

psicomotoras, embasados nos valores de sensibilidade e solidariedade necessária ao

aprimoramento da vida a nível local, regional e global.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

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Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª SÉRIE

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

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A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre o campo e a cidade nas sociedades capitalistas.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

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8ª SÉRIE

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.

A revolução técnico – cientifico - informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

O comércio mundial e as implicações sócio- espaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

ENSINO MÉDIO

2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico;

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

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2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico–científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

urbanização recente.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos

da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações no espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

Os conteúdos estruturantes devem fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos, onde

os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade

– serão apresentados numa perspectiva crítica, para que ocorra a compreensão do objeto da

Geografia, que é o espaço geográfico, enquanto finalidade dessa disciplina.

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A metodologia adotada para o ensino-aprendizagem da disciplina de Geografia, deve

permitir que os alunos se apropriem de seus conceitos fundamentais, através da reflexão e análise

sócio-cultural dos conteúdos propostos, assim como a realização de estudo de caso, do meio,

excursões, visitas de caráter investigativo, debates, atividades escritas e orais, envolvendo a

cartografia, vídeos, pesquisa on-line, e bibliográfica (livros, revistas, jornais, periódicos, etc).

No ensino da Geografia torna-se importante considerar o conhecimento espacial que os

alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico, para que ultrapassem o senso

comum e ampliem suas condições de análise e interpretação da realidade sócio-espacial.

A Geografia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº

11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-

brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e

Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e

metodologias, como: mapas, maquetes, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online,

dentre outros recursos disponíveis na escola.

Além da aula de campo, que é uma forma eficiente de trabalhar a Geografia,

principalmente em visitas, excursões e outras atividades extraclasse que oportunize aos alunos a

verificação local dos temas trabalhados, recomendasse o uso da biblioteca, como recurso

fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as

obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das

obras.

O uso da linguagem cartográfica (signos, escala e orientação), deve permear o trabalho

pedagógico com os diferentes conteúdos, pois resultam de uma construção teórica e prática que

acompanha os educandos desde as séries iniciais e que deve acompanhá-lo até o final da

Educação Básica.

É tarefa do professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar

conteúdos e as abordagens existentes no contexto das obras consultadas, de modo que constituam

gradativamente, autonomia na busca do conhecimento, com atendimento individualizado aos

alunos com necessidades especiais, para a efetivação da inclusão dos mesmos, no processo

ensino-aprendizagem.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A Avaliação do Ensino de Geografia é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo

ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como

retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.

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A Avaliação deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores

para também avaliar sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos

tratados durante um determinado período (bimestral).

Devem-se evitar avaliações que contemplam apenas uma das formas de comunicação dos

alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, mas que seja diversificada, com uso

de diversos instrumentos avaliativos (oralidade, pesquisa, atividades escritas, desenhos,

elaboração de legendas, etc.).

Dessa forma, avaliam-se a partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes,

participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita de textos geográficos;

interpretação de imagens (fotos, mapas, vídeos, gráficos, tabelas); construção de maquetes e

outros materiais.. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre as fontes conceituais e

a prática, vivida pelo cotidiano do aluno.

A proposta de avaliação deve estar clara aos alunos, como um processo não-linear de

construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os

sujeitos do processo ensino-aprendizagem e professor-aluno.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno, este será avaliado no transcorrer

das atividades propostas no valor de 6,0 (seis), somando-se as atividades de sala e extraclasse,

participação em debates, análises escritas e orais, etc., e nota 4,0 (quatro), na avaliação bimestral,

em forma de prova, em atividades diversificadas, que incluam os conteúdos ainda não avaliados,

ofertando a recuperação paralela aos alunos que não atingirem a nota máxima 10,0 (dez), com

atendimento diferenciado àqueles com necessidades especiais, que prevê e provê meios para a

superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e

significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.

5.REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2009.

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ANDRADE, M. C. de. Geografia – ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

OLIVEIRA, A. U. de. Geografia e ensino: os parâmetros curriculares em discussão. In CARLOS, A. F. A e OLIVEIRA, A. U. (orgs) Reformas no mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência daEducação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed.resp. Maria Raquel Apolinário Melani. Geografia. 5ª a 8ª Série – Ensino Fundamental. 1ª Ed. São Paulo : Moderna, 2006.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

HISTORIA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

KALORÉ – 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História tem como pressuposto a reconstrução da memória, através de

uma narrativa, seja ela individual ou coletiva, onde consolidamos valores, compreendemos o

presente e criamos condições para transformar a realidade que nos cercam e o nosso futuro.

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Partindo da dimensão de contemporaneidade, utiliza como eixo norteador a discussão

sobre o passado na perspectiva do presente. Sem a intenção de conceder aos protagonistas do

passado, sentimentos e ações geradas no presente, nem apresentar a História como uma narrativa

única e inquestionável, mas a de levar o aluno a compreender e atuar na realidade social de seu

tempo.

Dessa forma, a escolha das fontes históricas é de suma importância, pois permitem

construir o conhecimento histórico e perceber a diversidade de experiências e visões que

constituem a sociedade humana, utilizando para isso jornais, revistas, documentos escritos e não-

escritos, textos de historiadores e literatura ficcional, indicações de filmes e uma variada

iconografia.

Ao utilizar diferentes fontes de pesquisa, que de forma geral traduzem determinado

contexto histórico e uma intencionalidade, não se pretende defender a perspectiva do relativismo

total, como se a História fosse o terreno de opiniões irrestritas e da subjetividade. O objetivo do

trabalho com as fontes é contribuir para desenvolver no aluno a capacidade de leitura,

interpretação e críticas dos documentos históricos, assim como compreender e relacionar as

narrativas desses documentos com a realidade contemporânea.

2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

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Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo

A cultura local e a cultura comum.

6ª SÉRIE

As relações de propriedade

O mundo do campo e o mundo da cidade

As relações entre o campo e a cidade

Conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade

7ª SÉRIE

História das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O mundo do trabalho

As resistências e as conquistas de direito

8ª SÉRIE

A formação das instituições sociais

A formação do Estado

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Guerras e revoluções

ENSINO MÉDIO

2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS:

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Urbanização e Industrialização.

O Estado e as relações de Poder.

Os sujeitos, as revoltas e as Guerras.

Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e

revoluções.

Cultura e religiosidade.

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula, torna-se

importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da consciência histórica,

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ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações humanas, praticada no tempo e o

sentido que foram dadas a elas de forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota

um método de pesquisa que passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos,

e perguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa

histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais, econômicas e

culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a preservação de

documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos, de

fotografias, documentos escritos, em audiovisuais, entre outros, através do manuseio cuidadoso

de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos

pesquisadores.

O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e, desse modo, é

necessário que o conceito seja constantemente retomado.

Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir além do livro

didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por isso a necessidade da busca de

outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula, exigindo que o

professor esteja atento a rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas

especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos

meios eletrônicos.

O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei

nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura

Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;

Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de

variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de

jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no

conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons

hábitos de manuseio e conservação das obras.

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É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar

conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo que constituam

gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.

4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

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A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo

ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como

retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.

Como um processo, acompanha as práticas de ensino. A partir da reflexão crítica nos

debates, textos, filmes, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita. Pontos

fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e a prática, vivida pelo

cotidiano do aluno.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno torna-se viável no ensino de

História, a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê e provê meios para a

superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e

significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.

1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em

grupos, produções orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser

adaptados para atender as necessidades educacionais especiais.

2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma

avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

• A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante

todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo

trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos

didáticos - metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos

extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

5. REFERÊNCIAS

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de História para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PILETTI, Claudino & Nelson. História e vida integrada. 5ª a 8ª Séries. Nova ed. Reform e atual. São Paulo : Ática, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed. resp. Maria Raquel Apolinário Melani. História. Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo : Moderna, 2006.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PORTUGUES

ENSINO FUNDAMENTAL

KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos

interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de

subordinação das classes menos favorecidas.

Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja

pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o

homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em

que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente

situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida

em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e

produto do trabalho.

Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de

Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução

verbal e não verbal, a socialização dos conhecimentos; considerando a relação dialógica e o

contexto de produção.

Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto

prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Nessa perspectiva, faz-se necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, valorizando

seus conhecimentos prévios e suas experiências.

Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir

uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação e os

objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de

aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de

alunos com necessidades educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no

processo de ensino e aprendizagem.

A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o

contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais:

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músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos

diversificados e produção textual bem como, mostra cultural.

Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas

sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe

efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas

relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção

da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E para tanto, os Desafios

Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo.

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas

sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, leitura e escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão;

• Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora

na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

2. CONTEÚDOS

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2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

5.ª Série

Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites,

fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de

músicas, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

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• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

6ª série

Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas; mitos, lendas,

narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras, poemas, tiras, historias em

quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música, paródias, artigos de opinião,

debates, reportagens.

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Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Aceitabilidade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

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• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7ª série:

Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas,

textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta de emprego,

regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagens.

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

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• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das

palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita:

• Conteudo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido

conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

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• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª série

Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos; crônicas,

narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias, poemas, depoimentos

pessoais, reportagens, charges, letras de músicas, telejornais, resenhas, ofícios, editoriais, peças

teatrais, notícias, anúncios publicitários, seminários, resumos, entrevistas.

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade e situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

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• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e denotativo e

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

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• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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3.METODOLOGIA DE ENSINO

O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do

domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e

possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das

práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo

e tenha voz na sociedade, garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos

independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os recursos utilizados

serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro

das possibilidades do professor e da escola.

Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça leitura dos

textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu

momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Assim, os

Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação para as

relações étnico-raciais, Enfrentamento à violência na escola, Educação ambiental, Educação

fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afro-brasileira e africana,

Cidadania e direitos humanos) serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer

do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da

capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre estes temas também serão

recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa.

Nesta perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar

com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias

(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,

principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim,

as práticas da oralidade serão:

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• Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª

séries);

• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre

a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto para 7ª e 8ª séries);

• Orientação a respeito do contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso

formal e informal;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas

de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros;

• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo:

diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a

ideologia dos discursos dessas esferas (para 7ª e 8ª séries).

• Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude

crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar

uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade, (aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade para 7ª serie e temporalidade, vozes sociais e

ideologia para 8ª série);

• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

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• Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;

• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

dentam ironia e humor (7ª e 8ª séries);

• Percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries);

• Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero

(8ª série);

• Leituras para compreensão das partículas conectivas.

• Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,

relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas

serão:

• Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da

finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia para 8ª série);

• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem

o gênero;

• Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à

finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;

• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries);

• Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries);

• Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, nas

retomadas e na sequenciação do texto (7ª série);

• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

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• Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método

Recepcional proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e

críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as

leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os

próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e

caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo

com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:

• Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma

conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;

• Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que

sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;

• Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da

experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos;

• Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para

que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;

• Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o

trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de

consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus

conhecimentos.

• Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura,

oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os

conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de

análise linguística deverão permitir:

• A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto

de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

• A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;

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• O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções

textuais;

• A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,

conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção

gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que

através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este

trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano

dos alunos e compreende as seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual

o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente

explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as

questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?;

3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as

questões de gramática, mas de forma contextualizada;

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas

etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou

seja, que seja de uso efetivo da língua.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de

aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano

letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará

dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.

Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita,

oralidade e análise linguística.

5ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de

produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,

substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

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• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;

• Respeite os turnos de fala.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação.

6ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,

substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

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• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

• Amplie seu léxico.

7ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e

denotativo;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam

ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;

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• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os

recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna;

• Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,

entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens,

entre outros.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

• Amplie seu léxico;

• Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos.

8ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

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• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e

denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam

ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;

• Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os

recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.;

• Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros.

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Observações:

1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções

orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as necessidades

educacionais especiais.

2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero)

referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e

produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final

do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou

seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser

oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

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5. REFERÊNCIAS

CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao letramento.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO

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KALORÉ - 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos

interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de

subordinação das classes menos favorecidas.

Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja

pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o

homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em

que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente

situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida

em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e

produto do trabalho.

Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de

Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução

verbal, e não verbal, a socialização dos conhecimentos, considerando a relação dialógica e o

contexto de produção.

Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto

prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se necessário

resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que

essa realidade impõe.

Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir

uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a expectativa e o interesse, a

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interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e

ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna.

A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o

contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais:

músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos

diversificados e produção textual bem como, mostra cultural.

Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas

sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe

efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas

relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção

da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania.

Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas

sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, leitura e escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão;

• Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora

na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

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2. CONTEUDOS

2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita

se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de todas as diferenças

individuais: psico- sociais,motoras e/ ou audio- visuais; possibilitando conteúdos pesquisas e

avaliação diferenciadas: de forma discursiva, oral, gestual entre outras.

Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das múltiplas

relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção da identidade, e capaz de

contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também dando ênfase à cultura afro- brasileira,

aos laços culturais do passado e do presente, que nos unem. Contribuindo para que os alunos

percebam a dinâmica histórica- cultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os

limites de seu tempo e espaço. Focalizando vários gêneros discursivos:

Crônicas, contos, fábulas, novelas, romances, biografias, letras de músicas, ,

documentários, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura,

cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças

teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges, tiras, pinturas,

esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens .

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

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• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e

denotativo.

Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

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• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e

denotativo;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Análise Linguística:

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais,

conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos, discurso direto e indireto, vozes

verbais, concordância verbal e nominal, orações condicionais;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do

domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, par que os estudantes compreendam e

possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das

práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo

e tenha voz na sociedade.

Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno a leitura dos textos

que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o

para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das

interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.

Nesta perspectiva, as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma

atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma

atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão:

I. Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

II. Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

III. Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

IV. Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

V. Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época

referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação do

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momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com outras

áreas do conhecimento;

VI. Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

VII. Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;

VIII. Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

IX. Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e

humor;

X. Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;

XI. Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

XII. Leituras para compreensão das partículas conectivas.

Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,

relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão:

• Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da

finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

• Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Utilização adequada das partículas conectivas;

• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem

o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão

problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se

há continuidade temática etc.);

• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor;

• Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

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• Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

• Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade temática,

finalidade e adequação da linguagem ao contexto;

• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos na

reescrita dos textos.

Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência

em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,

intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade

serão:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre

a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso

formal e informal;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo:

diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a

ideologia dos discursos dessas esferas.

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Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional

proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos

textos e a leitura de outrem, questionando as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte

cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco

etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o

plano docente e com a turma. Estas etapas são:

• Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma

conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;

• Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que

sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;

• Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da

experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos;

• Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para

que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;

• Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o

trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de

consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus

conhecimentos.

Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura,

oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textual-

discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteúdos gramaticais deverão ser

estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos

enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir:

• A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto

de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

• A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;

• O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções

textuais;

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• A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,

conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção

gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua.

Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que

através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este

trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano

dos alunos e compreende as seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual

o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente

explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as

questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?;

3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as

questões de gramática, mas de forma contextualizada;

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas

etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou

seja, que seja de uso efetivo da língua.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de

aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano

letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará

dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.

Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita,

oralidade e análise linguística.

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Produza inferências a partir de pistas textuais;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico

atual;

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• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

• Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...), à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos,

bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

• Respeite os turnos de fala;

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• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas

redondas, diálogos etc.;

• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes etc.;

• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Observações:

1. Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão

especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série.

2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante

todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado,

este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e

atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

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5. REFERÊNCIAS

CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao letramento.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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KALORÉ - 2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: o

desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da

escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem.

O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um trabalho

voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena, estabelecendo assim

um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a todos os cidadãos comprometidos

com a educação visando a formação para a cidadania na construção de uma sociedade justa e

transformadora.

É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar como

componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os conteúdos estruturantes

compreendem a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem

histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias

históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço

científico de cada época.

A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades na criação

das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados

fatos, raciocínios e procedimentos.

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A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, apropriar

dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão,

que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular,

resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar

logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as

informações, localizar, representar, etc.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso que o

conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a

distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.

Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos possam ser

trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que um assunto precise ser

esgotado num determinado momento, tornando o desenvolvimento dos conteúdos e

aprendizagem mais dinâmicos.

Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e assim, os

alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias matemáticas que estão

sendo trabalhadas.

Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma linguagem e

instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais

dentro de cada contexto.

Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção

para a transformação da sociedade.

Assim, o trabalho com a disciplina de matemática promoverá o desenvolvimento da

consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação

do mundo e a compreensão das relações sociais.

A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da matemática,

fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática( concreta,

plena de atividades explicativas do cotidiano).

A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica, implantará na

contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos conceitos fundamentais e

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conhecimentos matemáticos que proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da

realidade do aluno.

''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da escola. Contribuir

na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias

existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e o uso

dessas tecnologias.

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na

prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de processos que

investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como

um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM,

2004, p. 70.

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento

matemático,desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral

como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os

conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação

do pensamento do aluno.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do

começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A passagem do estágio de coleta

para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação

fundamental, que gerou processos acerca do conhecimento de valores e numéricos e de relações

espaciais.

A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de

diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia, grega, chinesa, hindu, arábica

e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que

expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o

primeiro sistemático de símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu

uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não

abordados.

• GRANDEZAS E MEDIDAS

O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de antes e

depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de tempo

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necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que pudesse ter uma

visão da realidade, o ser humano precisou medir criar instrumentos de medida. “ A ação de medir

é uma faculdade inerente ao homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA,

2004, p.35). Para Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de

contar” (2000, p. 08).

• GEOMETRIAS

No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de modo que o aluno

consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar. Já no Ensino Médio, deve

garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da geometria plana e espacial em nível de

abstração mais complexos. Nesse nível de ensino, os alunos realizaram análises dos elementos

que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria

analítica plana.

• FUNÇÕES

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes

conteúdos:

• função afim

• função quadrática

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:

• função afim

• função quadrática

• função polinomial

• função exponencial

• função logarítmica

• função trigonométrica

• função modular

• progressão aritmética

• progressão geométrica

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No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é necessário

que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É preciso

que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que permite a solução de

problemas que envolvem números não conhecidos.

O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente, os valores

numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, perceber a

diferença entre função crescente e decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais

conhecimentos é a utilização de situações problema.

As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e

aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer generalizações e

apropriar de uma linguagem matemática para descrever e interpretar fenômenos ligados à

Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância na leitura e

interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das

grandezas envolvidas.

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o

desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para

interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever

informações.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Número e Álgebra - Sistemas de numeração;- Números Naturais;- Múltiplos e divisores;- Potenciação e radiciação;- Números fracionários;- Números decimais.

Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento;- Medidas de massa;- Medidas de área; - Medidas de volume;

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- Medidas de tempo; - Medidas de ângulos; - Sistema monetário. padronizadas;

Geometrias - Geometria Plana;- Geometria Espacial.

Tratamento da informação - Dados, tabelas e gráficos;- Porcentagem.

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Número e Álgebra - Números Inteiros; - Números Racionais; - Equação e Inequação do 1º grau- Razão e proporção; - Regra de três simples.

Grandezas e Medidas - Medidas de temperatura;- Medidas de ângulos

Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometrias não-euclidianas

Tratamento da informação - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e mediana; - Juros simples.

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Número e Álgebra - Números Racionais e Irracionais;- Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis.

Grandezas e Medidas - Medidas de comprimento;- Medidas de área;

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- Medidas de volume; - Medidas de ângulos

Geometrias - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da informação - Gráfico e Informação; - População e Amostra.

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Número e Álgebra - Números Reais;- Propriedades dos radicais;- Equação do 2º grau;-Teorema de Pitágoras;- Equações Irracionais;- Equações Biquadradas;- Regra de três Composta.

Grandezas e Medidas - Relações Métricas no Triângulo Retângulo;- Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Funções - Noção Intuitiva de Função Afim;- Noção Intuitiva de Função Quadrática.

Geometrias - Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometria não-euclidianas.

Tratamento da informação - Noção de Análise Combinatória;- Noção de Probabilidade;- Estatística;- Juro Composto.

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ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra - Números Reais;- Números Complexos;- Sistemas lineares;- Matrizes e Determinantes;- Polinômios;- Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e Modulares.

Grandezas e Medidas - Medidas de Área;- Medidas de Volume- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

Funções - Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

Geometrias - Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação - Análise Combinatória;- Binômio de Newton;

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- Estudo das Probabilidades;- Estatística;- Matemática Financeira.

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos apresentados nos

livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos pelo aluno, o professor deverá

promover um ensino contextualizado para a formação dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno

o entendimento da matemática como instrumento para compreender e solucionar os problemas do

cotidiano. Nesse processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a

solucionar os problemas apresentados pela sociedade.

O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais como:modelagem

matemática, etnomatemática, resolução de problemas, jogos, recursos tecnológicos, história da

matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno

possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos e culturais.

Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de

desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar,

justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas

no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da matemática, os

alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades, através de um olhar diferenciado e

individualizado, com o intuito de promover a democratização do saber.

A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações cotidianas que

interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se referem aos Desafios

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Educacionais Contemporâneos, como uso indevido de drogas, violência, diversidade cultural,

dentre outros assuntos, podem permear as aulas de matemáticas, principalmente no eixo

tratamento de informação, por meio de uma leitura de mundo, com vistas a efetivação de

análises, reflexões e instigando a tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania.

A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a arquitetura

africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura africana para o mundo,

desde a antiguidade até os dias atuais.

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o

professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de

trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como

adequado para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser

considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e

possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita,a

gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos.

Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da:

Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo),

com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema envolve: compreender

a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a

situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar,

planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do

contexto e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser

trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas, cuja intenção é

levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada não segue um modelo

padronizado. As atividades também podem exigir justificativas escritas ou orais, com o objetivo

de verificar a autonomia matemática adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se

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acostumem a apresentar argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para

resolver as atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam

independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas pelos alunos

( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões possibilita aos alunos

atingirem um nível de conhecimento matemático mais elaborado e completo do que quando

simplesmente resolvem as questões propostas.

Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e provas), é

importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles estejam atentos a esses

aspectos. As questões propostas nesse modelo de avaliação devem ser coerentes ao trabalho

pedagógico desenvolvido em sala de aula.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

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5. REFERÊNCIAS

BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1996.

BRASIL, Ministério da Educação e do Deporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria da Educação Fundamental, vol.III, Brasília, 1997, p. 19-58.

KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a Aritmética: Implicações da Teoria de Peaget. 9ª edição. Campinas – SP: Editora Papirus, 1994, p. 23-67.

MOURA. E. G. DE. Os JOGOS E A Educação Matemática. São Pulo – SP: artes Gráficas, 1991.

NETO, Ernesto Rosa. Didática da Matemática. 11ª edição, São Paulo: Editora Ática, 1998, p.136-153.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paul - SP: Editora àtica, 1985.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e

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Médio. Kaloré – PR.

TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. Didática da Matemática com Dois e Dois. 1ª a 4ª série. São Paulo: Editora FDA, 1997, p.221-235.

VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1984.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

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KALORÉ – 2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências

naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa

bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos.

"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se

sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum

modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com

sentido." (E. O. Wilson)

Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do

conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu cotidiano.

A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada através das diferentes

propriedades macroscópicas que os elementos existentes na natureza apresentam, procurando

explicar o seu comportamento ao nível microscópico.

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula

(MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,retoma a cada

passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos

envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do

aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de

situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia.

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Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito

dos conceitos de Química.

Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento

químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as

substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor

numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de

parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a

formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.

Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com

o objeto de estudo químico, via experimentação.

No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para verificar

conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem.

O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas

transformações conhecidas mas também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os

tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de

ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos

combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões,

computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da enorme aplicação dos

processos químicos em nossa vida.

A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar à margem das

grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um ensino que não se limite a um

conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos relacionados entre si, mas que provoque alterações

do comportamento dos alunos, que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os

prepare de uma forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual.

A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas representa

um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica enfrentado pelos sistemas de

educação em todo o mundo. A sua integração é um meio auxiliar bastante poderoso para ensinar

e aprender Ciência e poderá modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola

acompanhe as transformações sociais.

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A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só conseguirá evoluir

se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de ambientes de aprendizagem que

permitam a produção de novos conhecimentos.

Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos

seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos que lhes proporcionam uma

melhor compreensão da sua realidade e das realidades do aluno. Desenvolver a consciência

crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a

compreensão das relações sociais.

Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena

de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano).

Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na aproximação de

que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias existentes,

possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e ao uso dessas

tecnologias.

De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os Conteúdos Estruturantes

da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto de estudo/ ensino: Substâncias e

Materiais. O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade

Composição, Propriedades e Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua

natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.

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2. CONTEÚDOS

2.1CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MATÉRIA E SUA NATUREZA

É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química

por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria e sua natureza. É ele que abre o

caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.

BIOGEOQUÍMICA

Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a

composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera

e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02).

Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações

existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo

dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.

Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das plantas e o uso do

esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do solo por meio de fertilizantes que

mais tarde seriam produzidos em laboratório.

QUÍMICA SINTÉTICA

Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais

químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes,

acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos.

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O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o

desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida

na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no

crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de

polímeros.

2.2CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica.

SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; • Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão; • Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas; • Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natu-reza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de conta-to, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas; • Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis; • Concentração; • Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de

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equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). • Tabela Periódica

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

LIGAÇÃO QUÍMICA• Tabela Periódica; • Propriedades dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substancias molecu-lares;• Ligações de Hidrogênio;• Ligação metálica (elétrons semi-livres);• Ligações sigma e PI;• Ligações polares e apolares;• Alotropia.REAÇÕES QUÍMICAS• Reações de Oxi-redução; • Reações exotérmicas e endotermicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotermicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquimicas; • Princípios da termodinâmica;• Lei de Hess; • Entropia e energia livre;•Calorimetria;• Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE• Modelos atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações Químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas;• Leis da radioatividade;• Cinética das reações químicas;• Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).GASES• Estados físicos da matéria; • Tabela Periódica;• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x tempe-ratura, pressão x volume e temperatura x volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos; • Misturas Gasosas; • Diferença entre gás e vapor;

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• Leis dos gases.FUNÇÕES QUÍMICAS• Funções Orgânicas;• Funções Inorgânicas;•Tabela Periódica.

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química como Ciências,

propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa

abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica, considerando a articulação

entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem

crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos

historicamente construídos.

Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e

expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo,

buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo ético para tratar as diferenças e

minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde

advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social,

promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do

conhecimento.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs,

CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de química e de informática ,

dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,

orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos

ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.

A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de resolução de

problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto

social em que o aluno está inserido; o conhecimento deve ser construído por ele, não somente

transmitido, pois aquilo que ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se

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incentivar atividades extra-classe o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à

pesquisa. É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o

acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã. É

urgente que se perceba que a educação não é só o desenvolvimento intelectual. Devemos fazer

ganhar espaço a criatividade e o desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos

valores éticos e morais.

O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação voltada para a

formação da autonomia, evidenciando um processo educacional autônomo e libertador,

favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos aspectos (contextos sociais, históricos e

econômicos), para que o indivíduo esteja preparado para construir sua própria cidadania, em

respeito as multiplicidades culturais e étnicas. A Química nesse sentido proporcionará ao

indivíduo vivenciar o ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico.

A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações mediadas pelo trabalho

no campo, como produção material e cultural da existência humana, de modo que venha a

promover novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo.

Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de

pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já utilizadas no passado (mumificação,

cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.), com a intenção de resgate e valorização cultural.

Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem

como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos, permearão as aulas de

Química, onde se oportunizará debates, Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o

auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.

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4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o

professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de

trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como

adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser

considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e

possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma

etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,

com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,

resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação

da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as

diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o

planejamento.

É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a

gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos.

Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação (por

parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio

utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas,

listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros,

utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho

pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em

grupo), com justificativa do procedimento utilizado.

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Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,

trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de

procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz

dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e

emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam

perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma

procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.

A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o

Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem

como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de

avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção

desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o

adquiriram.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui

valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os

fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apóiam

na perspectiva de sua superação.

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5. REFERÊNCIAS

FELTRE, Ricardo . Química . 6ª Edição, 3 volumes. São Paulo: Moderna , 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Química para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paulo: Ática, 1985.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Mé-dio. Kaloré – PR.

SARDELLA,Antônio. Química- volume único. 5ª edição. São Paulo : Ática, 2003.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995.

SEMANA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS DECENTRALIZADOS - Educação do Campo - SEED- Superintendência da Educação - Departamento de Ensino Fundamental - Fev /2005

UTIMURA, Teruko Y; LINGUANOTO, Maria. Química fundamental – volume único. São Paulo: FTD, 1998.

VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1984.

Page 276: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · colÉgio estadual abraham lincoln ensino fundamental e mÉdio projeto polÍtico pedagÓgico kalorÉ- pr nov. 2010

VALLE, Cecília. Coleção Química – 3 volumes. 1º edição. Curitiba : Positivo , 2004.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE

SOCIOLOGIA

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KALORÉ – 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de suma

importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência que tem por objetivo

estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis de organização da vida.

Contribuindo, assim, para que alunos compreendam, desvendem os fenômenos sociais,

buscando alternativas viáveis para resolução desses que questiona fatos mediante um

conhecimento histórico, as desigualdades e valoriza as diversidades. Oportunizando aos

educandos desenvolverem sua autonomia intelectual, capaz de direcionar ações transformadoras

tornando a sociedade mais justa e fraterna.

Nesta perspectiva, percebe-se a necessidade dessa disciplina uma vez que os conteúdos

norteadores da prática educativa contemplam a pesquisa, debate e a problematização a partir das

teorias sociológicas e, sobretudo d valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a

influência africana formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma

política agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou seja,

onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade

cultural.

Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações que se

estabelecem na sociedade são históricas e socialmente construídas.

Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas, sejam

elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano.

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2. CONTEÚDOS

2.1- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES.

2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL.

3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.

4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA.

5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS.

2.2- CONTEÚDOS BÁSICOS

1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES

- Instituição familiar

- Instituição escolar

- Instituição religiosa.

- Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos)

2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades.

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- Diversidade cultural

- Identidade.

- Indústria cultural

- Meios de comunicação de massa:

- Sociedade de consumo:

- Indústria cultural no Brasil:

- Questões de gênero:

- Culturas afras brasileiras e africanas:

- Culturas indígenas.

3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.

- O conceito trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas,classes sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições

- Globalização e neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil.

4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA.

-Formação e desenvolvimento do estado moderno;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo.

- Estado no Brasil;

-Conceitos de poder;

-Conceitos de ideologia;

- Conceitos de dominação e legitimidade;

-As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS.

-Movimentos sociais

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-Direitos: civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos;

-Conceito de cidadania;

-A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

-A questão das ON

3. METODOLOGIA DE ENSINO

O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir

de diferentes recursos, como leituras de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e

obras literárias.

Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito do seu aprendizado, a partir

de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os educandos relacionem a teoria

com o vivido, revendo conhecimentos e reconstruindo coletivamente novos saberes que

oportunizam a transformação social.

Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para que os

educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre passado, presente e futuro, conscientizando-

se, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na mudança da realidade individual, local

e global.

O Ensino de Sociologia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a

Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura

Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;

Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de

variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de

jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

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A pesquisa de campo, será proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria

estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade

social do aluno.

Será feito a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,

problematizações e contextualizações propostas, permitindo assim que os conteúdos estruturantes

dialoguem constantemente entre si.

4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse modo é

processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem, norteando toda a prática

pedagógica, oferecendo clareza quanto ao retomar os conteúdos ou conceitos que visam a

mudança de atitudes.

Como um processo, acompanha as práticas de ensino.

A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisa de campo,

produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que demonstram a articulação entre teoria e

prática, qualidade de vida e democracia.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino

sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a superação das dificuldades do

educando, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas significativas, coerentes no contexto

social, político, cultural e econômico. Esperando que os alunos se identifiquem como seres

eminentemente sociais, compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos

sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre suas

ações individuais , percebendo assim que as ações em sociedade são interdependentes.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação

ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

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A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja,

logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser

oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL

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KALORÉ - 2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos

interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas

sobre as classes menos favorecidas.

Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que

contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.

Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de

acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor.

Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que

valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica

do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação

da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na

sociedade.

Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas como

importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as

questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da

política e da pedagogia não se separam.

Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o

conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a

cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades

sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do

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conhecimento; norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem

integrar o trabalho docente durante todo ano letivo.

Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações

sociais, marcadamente dialogistas; é um espaço de construções discursivas inseparáveis das

comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas.

Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino fundamental são:

• Vivenciar, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.

• Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita,

• Compreender que os significados são social e historicamente construídos,

portanto, passiveis de transformação na prática social.

• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.

• Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

• Ampliar a compreensão do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo.

• Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente em

diferentes línguas, culturas e modo de pensar, compreendendo que os significados

são social e historicamente construídos e passiveis de transformação.

• Constatar e celebrar a diversidade cultural sem perder suas identidades locais,

embora elas sejam produtivamente transformadas por tal contato.

• Dominar um vocabulário básico para a compreensão e uso da língua estrangeira.

• Perceber a presença da língua estrangeira no seu cotidiano.

• Compreender a necessidade de se estudar LEM.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

5.ª Série

Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites, fotos,

relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de músicas,

narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

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• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

6ª série

Gêneros discursivos: cartas, cartões postais, letras de música, biografias, narrativas de humor,

poemas, relatórios, anúncios, e-mails, regras de jogo, placas e chats.

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Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

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• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7ª série:

Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas, textos

dramáticos, debates, classificados, mapas, notícias, músicas, cartas de emprego, regimentos,

telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens.

Leitura:

• Conteudo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Semântica;

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

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• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

• Expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Léxico.

Escrita:

• Conteudo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica;

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

• Significado das palavras;

• Figuras de linguagem;

• Sentido conotativo e denotativo;

• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

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• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª série

Gêneros discursivos: diários, adivinhas, cartas, receitas, crônicas de ficção, letras de música,

palestras, resumos, discussões argumentativas, entrevistas, reportagens, tiras, comerciais de TV,

panfletos, estatutos, vídeo clips e telejornais.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

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• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Léxico.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

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Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

Ao considerar que o ensino não é transmissão de conhecimentos e que a aprendizagem

acontece nas interações sociais, os alunos poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas que

exijam negociação de significados, privilegiando-se uma ou mais das habilidades linguísticas (ler,

falar, ouvir, escrever), apesar de todas serem integradas na concepção da língua.

As atividades serão propostas de modo a proporcionar confiança na própria capacidade de

aprender, em torno de temas de interesse, priorizando o trabalho com diversos gêneros textuais e

de forma que favoreça a interação com os colegas, através de atividades realizadas em grupos,

promovendo a troca de informações e o estímulo a trabalhar com autonomia; podendo identificar

suas possibilidades e dificuldades no processo de aprendizagem; respeitando as especificidades

dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas potencialidades.

As atividades orais terão por objetivo oportunizar ao aluno expor suas opiniões sobre o

assunto estudado, mas não com o objetivo de torná-lo falante da língua estrangeira, o que seria

impossível com duas aulas semanais e turmas numerosas. Os Desafios Educacionais

Contemporâneos serão, entre outros, temas dos textos a serem trabalhados em sala. As atividades

de escrita serão trabalhadas a fim de desafiar o aluno a escrever com sentido, tendo o que

escrever e para quem, para que perceba o real uso da língua.

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Além disso, a exploração de cognatos e termos transparentes será de grande valia para o

aluno interagir com o texto. E, quando necessário, serão propostas pesquisas no dicionário de

palavras-chave do texto estudado.

Nessa perspectiva, serão desenvolvidas atividades diversificadas nas práticas de leitura,

oralidade e escrita, tais como:

Leitura:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Inferências de informações implícitas no texto;

• Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos;

• Discussão sobre: finalidade do texto, tema, fonte, interlocutor...;

• Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;

• Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos etc.;

• Exposições das ideias dos alunos sobre o texto;

• Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.

Escrita:

• Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da

finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia para 8ª série);

• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem

o gênero;

• Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à

finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;

• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries);

• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

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Oralidade:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª

séries);

• Reflexões sobre argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparação de apresentações que explorem a marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e

outros (7ª e 8ª séries);

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas

de desenhos (programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens para 7ª e 8ª

séries) etc.

Para se ampliar a capacidade de abstrair elementos comuns a várias situações, aprimorar

as possibilidades de comunicação e desenvolver a interação professor e aluno e entre alunos,

deverá ser estimulada a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir situações, pensar

de forma criativa, fazer suposições e inferências aos conteúdos. Dessa forma, estará se

desenvolvendo a aprendizagem sócio-interacional.

Sabendo-se que os recursos de apoio didático não se restringem ao livro, o ensino de

língua inglesa se beneficiará de outros recursos como: dicionários, livros paradidáticos, vídeos,

fitas de áudio, CD-rooms, jornais, revistas, rótulos, Internet e etc., levando em conta que as

escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos e dos professores, cuja formação fornece

os contornos de suas possibilidades de atuação.

Portanto, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste

o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no

estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e

compreende as seguintes etapas:

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1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual

o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente

explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as

questões: quem produziu? onde? quando? para quê? para quem?;

3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as

questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de

vocabulário, que devem ser através de jogos ( bingos, dominós, caça-palavras etc);

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas

etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, isto

é, que seja de uso efetivo da língua.

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4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um

instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um

retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a

dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários

fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a

reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas

checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o

conteúdo aprendido.

Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas três práticas: leitura,

escrita e oralidade.

5ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

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• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às

situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade

temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;

• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;

• Respeite os turnos de fala.

Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou

extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e apresentações orais de

trabalhos.

6ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

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• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna.

Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou

extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários.

7ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

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• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna;

• Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

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• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagens, entre outros.

Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou

extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e debates.

8ª série:

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade

etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,

pronome, substantivo etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

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Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha, de forma objetiva, seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna;

• Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, comerciais de TV, entre outros.

Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou

extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários.

Observações:

3 Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais

especiais dos alunos em cada série.

4 O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula

zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e

produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final

do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante

todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo

trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e

atendimento individual durante as horas-atividade do professor.

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5. REFERÊNCIAS

CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20.

BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

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COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS

ENSINO MÉDIO

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KALORÉ - 2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos

interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas

sobre as classes menos favorecidas.

Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que

contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.

Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de

acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor.

Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que

valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica

do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação

da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na

sociedade.

Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas com

importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as

questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da

política e da pedagogia não se separam.

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Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o

conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a

cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades

sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do

conhecimento, norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem

integrar o trabalho docente durante todo ano letivo.

Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações

sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis das

comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas.

Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio são:

• Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos linguísticos dos

alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações sociais, históricas e

ideológicas presentes em todos os discursos;

• Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam e entendam

que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma ideologia e com

valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido;

• Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas linguísticas não

são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e

variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua

ocorre;

• Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar

um novo modo de ver a realidade;

• Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade linguística

para as diferentes situações;

• Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que estão

aprendendo;

• Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora com relação aos

discursos que lhes são apresentados;

• Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-brasileira como grande contribuidora na nossa

formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

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2. CONTEÚDOS

2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita.

Gêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas,

documentários, cartas, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de

aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas, depoimentos, resenhas,

resumos.

2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura:

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

• Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

• Linguagem não-verbal;

• As particularidades do texto em registro formal e informal;

• Finalidade do texto;

• Estética do texto literário;

• Realização de leitura não linear dos diversos textos.

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Escrita:

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

• Paragrafação;

• Clareza de ideias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Oralidade:

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países;

• Finalidade do texto oral;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Análise Linguística:

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos

contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes verbais, verbos

modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal verbs e outras

categorias com elementos do texto;

• Vocabulário;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

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3. METODOLOGIA DE ENSINO

No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói e é

construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a realidade cultural,

ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade

linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem isso, é preciso desenvolver atividades

diversificadas nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística; respeitando as

especificidades dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas

potencialidades.

Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala da mesma

maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que se apresente aos alunos

textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo maior a interação com a infinita

variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais, para que os alunos tornem-se leitores

críticos e que reajam aos diversos textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles

há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em

que está inserido. Para tanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos serão temas dos textos a

serem trabalhados em sala.

Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite ao leitor

elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura em LEM se transforme

realmente em uma situação de interação, é imprescindível que os alunos sejam subsidiados com

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conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de

leitura serão:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Inferências de informações implícitas no texto;

• Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação

de textos;

• Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos

mesmos;

• Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;

• Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações

dialógicas.

Vale lembrar que os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cultura Afro-brasileira,

Política Nacional de Educação Ambiental e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas) serão temas

dos textos trabalhados e das discussões propostas.

Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja,

significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de

quem se constrói uma representação. O interlocutor é um sujeito sócio-histórico-ideológico, com

quem os alunos vão produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de

sua coerência. Logo, as atividades de escrita serão:

• Discussão sobre o tema a ser produzido;

• Leitura de textos sobre o tema;

• Produção textual;

• Revisão textual;

• Reestrutura e reescrita textual.

Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los

em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias

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em língua estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades

de oralidade serão:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,

reportagens, recortes de filmes, documentários etc.;

• Análise dos recursos próprios da oralidade;

• Dramatização de textos.

• Quanto à análise linguística, esta deve ser trabalhada de forma

contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a

compreensão por parte dos alunos da estrutura e dos recursos

utilizados na língua estrangeira. Para tanto, serão desenvolvidas

atividades de:

• Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros

selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos

alunos e das dificuldades apresentadas pelos alunos;

• Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da

língua.

Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez

que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este

trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano

dos alunos e compreende as seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual

o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente

explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as

questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para quem?;

3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as

questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de

vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos, dominós, caça-palavras etc.);

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4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas

etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou

seja, que seja de uso efetivo da língua.

4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um

instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um

retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a

dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários

fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a

reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas

checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o

conteúdo aprendido.

Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas: leitura,

escrita, oralidade e análise linguística.

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados possíveis

e a sua condição de produção;

• Perceba informações explícitas e implícitas no texto;

• Argumente a respeito do que leu;

• Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;

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• Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos;

• Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de outras

culturas e de outros grupos sociais.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados;

• Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta;

• Diferencie a linguagem formal da informal;

• Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Reconheça as variantes lexicais;

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente clareza nas ideias;

• Desenvolva a oralidade através a sua prática.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes etc.;

• Amplie o vocabulário;

• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em

grupos (em sala e extraclasse), apresentações orais de trabalhos, cartazes e debates.

Observações:

5 Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais

especiais dos alunos em cada série.

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2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis

vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas

mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma

avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).

4. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela

durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no

conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido

ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade

do professor.

5.

5. REFERÊNCIAS

BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.

CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO

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CELEM

KALORÉ – 20101. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A proposta pedagógica de implantação do CELEM – curso básico de Língua Espanhola

do Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio tem como base a

concepção sociointeracionalista de linguagem, pois aprender uma língua na escola é muito mais

que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.

(...) o espanhol, que até então não havia configurado como componente curricular,é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira.O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de um povo que(...) (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódiosgloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud DCE , 2008, p.42).

A partir de então, também no Brasil, seguindo a tendência global, a Língua Espanhola,

vem sendo a segunda língua de comunicação no mundo, e assumi grande importância nas escolas

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brasileiras. Essa importância, não é só de saber um outro idioma, mas também, de contribuir para

o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em especial a espanhola, ajudará o aluno a

entender o funcionamento de sua própria língua materna, através de comparações entre os dois

idiomas.

A língua estrangeira proporcionará aos alunos o conhecimento de outras culturas, além da

compreensão da própria língua materna, possibilitando o enriquecimento dos alunos, no sentido

de crescimento pessoal, o que evidencia oportunidades de responderem às exigências do novo

mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.

A prática da linguagem é que permite a interação entre o indivíduo e ao mundo em que

vivencia, o que torna a linguagem e a sociedade realidades indissociáveis. De maneira que é no

espaço social que a linguagem garante sua própria existência e significação.

A oportunidade de aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a

possibilidade de aumentar a auto percepção do aluno como ser humano e também como cidadão.

Aprender uma nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá

desenvolver uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sócio-

políticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de outra

língua os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes

Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.

A aprendizagem de uma língua estrangeira associada à língua materna torna-se uma

ferramenta de adequação e compreensão “ mundo moderno”, de modo que conhecer outro idioma

contribui com o ingresso na sociedade da informação e do conhecimento. É o ensino centrado na

cidadania e na inclusão social.

Ao perceber que a língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura, como

valores, normas e atitudes e concebê-la como um sistema de signos histórico-sociais que

permitem ao homem a (re)construção da realidade, a apropriação dessa se traduz também na

compreensão dos significados culturais que estão no seu entorno.

As relações político-comerciais contemporâneas sugerem um aprendizado sistêmico e

consolidado de uma nova língua, tendo em vista que esse fato colabora com a interação social

global. Entender e comunicar-se em idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial,

posto que, saber a língua do outro é ir muito além, é se inteirar de uma nova cultura e até mesmo

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da nossa. Mais especificamente no que se refere à língua espanhola, há que se pontuar a

importância assumida por ela diante da ampliação das trocas econômicas entre os países que

integram o Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).

Todas as considerações nos levam a conceber a língua espanhola com abrangência e

contemporaneidade específicas, não restringindo apenas ao ambiente da sala de aula como abjeto

de ensino, mas principalmente, como um idioma que está aproximando países da América Latina,

tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser significativas

para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive. Abordagem que

prepondera na função social da língua estrangeira moderna – Espanhol.

• Conhecer a importância da Língua Estrangeira Moderna, de modo que o aprendizado

convirja na utilização dos conhecimentos adquiridos na vida em sociedade, através

das praticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a expansão de

sua capacidades criticas.

• Atender as particularidades regionais, em consonância com a abrangência das

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna, tornando

a pratica da língua espanhola um direcionamento comum.

• Ampliar a visão de mundo através das praticas discursivas da oralidade, leitura e

escrita de modo a conhecer e valorizar as diferentes culturas e suas manifestações;

usando os conhecimentos adquiridos para a interpretação da realidade e avaliando as

diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano – América. Tal

conscientização, prepondera o reconhecimento da importância de saber outro idioma

para seu crescimento intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer,

nos dois diferentes idiomas.

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2. CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES / BÁSICOS

A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, é marcada por

relações pragmáticas e contextuais de poder. Segundo as DCEs (2008) “os conteúdos

estruturantes que se constituem através da história, são legitimados socialmente.” O “discurso”

como prática social se constitui conteúdo estruturante e passa a ser realizado através de práticas

discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática escrita nas

múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

Os gêneros do discurso organizam nossa fala, e essa por sua vez, é moldada de acordo

com os gêneros vivenciados no cotidiano. Daí a necessidade de se apresentar aos alunos

variedades textuais que evidenciem os gêneros do discurso em sua pluralidade.

Assim, a implantação desta proposta proporcionará ao aluno a possibilidade de interagir

com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Sendo que os conteúdos

básicos para o CELEM serão desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais), considerando

seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),

manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade). Portanto, os textos escolhidos

para o trabalho pedagógico contemplarão o conteúdo estruturante, bem como as práticas

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discursivas a serem trabalhadas. Dessa maneira, serão trabalhadas as Leis nº 10.639/03, e nº 11

645/2008 que trata das relações étnico-raciais e história e cultura afro-brasileira e africana e

indígena na escola. Essa temática será trabalhada através de ações que propiciem o contato com a

cultura africana e afro-descendente, dentro da língua espanhola, culminando em exposições de

obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e

preconceito, procurando destacar a contribuição da cultura destes povos.

1º ANO

Gêneros DiscursivosPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação.

• Fotos• Cartão de Felicitações• Bilhetes• Convites• Quadrinhas• Receitas• Biografias• Lendas• Letras de Músicas• Poemas• Diálogo/Discussão• Cartazes;• Notícias;• Tiras;• Filmes;• Cartão pessoal;• Musicas;• Provérbios;• Trava-línguas;• Autobiografias;• Histórias em quadrinhos;• Resumos;• Narrativas básicas;• Notícias;• Cartazes;• Anúncios;• Paródias;• Bulas;

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• Placas;• Rótulos;• E-mail;• Horoscopo;• Regras de jogo;• Caricatura;• Classificados;• Folders;• Reportagens;• Torpedos.

Leitura• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionabilidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso direto e indireto;• Elementos Composicionais do gênero;• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Léxico;

Escrita• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso direto e indireto;• Elementos Composicionais do gênero;

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• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Processo de formação de palavras;• Acentuação gráfica• Ortografia;• Concordância verbal/ nominal;

Oralidade• Conteúdo temático;• Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;• Semântica;• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

2º ANO

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das praticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados

como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

• Cartão pessoal;

• Adivinhas, anedotas;

• Diário;

• Lista de compras;

• Letras de músicas;

• Resumo;

• História em quadrinhos;

• Narrativas;

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• Reportagens;

• comercial de TV;

• Biografia;

• Romances;

• Texto dramáticos;

• Texto de opinião;

• Charges;

• Entrevistas;

• Horóscopo;

• Caricaturas;

• Filmes;

• Cartão social;

• Canções culturais;

• Contos de fadas contemporâneos

• Relatos;

• Classificados;

• Tiras;

• Anúncios;

• Blogs;

• Chat;

• Torpedos;

• Paródias;

• Manchetes;

• Crônicas Jornalisticas;

• E-mail's;

• Vídeo clipe;

Leitura

• Tema do texto;

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• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionabilidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso direto e indireto;• Elementos Composicionais do gênero;• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Léxico;

Escrita• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso direto e indireto;• Elementos Composicionais do gênero;• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Processo de formação de palavras;• Acentuação gráfica• Ortografia;• Concordância verbal/ nominal;

Oralidade• Conteúdo temático;• Finalidade;

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• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;• Semântica;• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Para o curso básico em línguas do CELEM, no Colégio Estadual Abrahan Lincoln - Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Kaloré, os recursos disponíveis serão o quadro negro, giz, radio, Data show, DVD, TV pendrive, Laboratório de informática, Livro didático publico, textos midiáticos, literários, jornais e revistas de países de língua Espanhola, dicionários, filmes e apostila.Todos estes materiais estarão disponíveis na escola para base do trabalho escolar com os discentes.

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Considerando a globalização inerente e a dinamicidade das relações que envolvem os

indivíduos em sociedade, o ensino da Língua Estrangeira remete a uma reflexão profundo acerca

das ações pedagógicas, fundamentadas na construção do conhecimento de forma crítica,

reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a relação teoria-prática, na busca do entendimento

das diferentes formas do saber.

Nessa direção, a atuação metodológica fará alusão aos apontamentos das Diretrizes

Curriculares seguindo alguns aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por

exemplo, o números de alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. O aluno

caracteriza sempre o agente ativo no processo de aprendizagem, de maneira que o professor

assuma a postura de mediador desse processo.

O texto como material linguístico articulador da metodologia sustentará o ensino da

Língua Estrangeira, assim como a língua materna. Nessa premissa, as aulas se efetivarão a partir

do trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão

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de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. Fato que permite ao aluno vislumbrar

a realidade que vivencia, no contexto de uma nova língua apresentada na construção textual. A

linguagem começa a se formar, a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros

discursivos e tipos de texto. De modo que se passe a verificar e analisar as praticas de linguagem

de leitura, análise e produção textual, por intermédios de anedotas, cartões, convites, curriculum

vitae, comunicados, causos, biografias, contos, história em quadrinhos lendas, diálogos, cartazes,

paródias, pinturas, poemas, romances, mapas anúncios de jornais, músicas, comerciais de TV,

charges, carta ao leitor, entrevistas, filme, e-mail, site de relacionamentos, entre outros gêneros

passíveis de trabalho. Enfim, os textos escolhidos para a inserção e exploração da nova língua,

subsidiarão a contextualização e dinamizarão as aulas, com cunho de significado e relevância aos

alunos.

No que se refere à oralidade, a atuação e prática docente se dará gradativamente, de

maneira a possibilitar aos alunos o conhecimento e utilização da variedade linguística padrão,

sendo capaz de entender a necessidade desse uso e determinado contextos sociais, e inclusive

atentar para a possibilidade de perceber a existência de dialetos. Dessa forma, se estará propondo

que os alunos estejam em contato direto com o conhecimento na área de conteúdos, em seu

aspecto sistêmico e textual. Para tanto, estímulos que remontem à dinamicidade da sociedade

contemporâneas global, tais como os instrumentos midiáticos impressos, televisivos e de

informática, servirão de subsídio para alavancar o processo de aprendizagem e utilização da

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol.

Com o intuito de aprimorar as estratégias específicas da oralidade, os alunos poderão

interagir com textos orais de diferentes discursos, exercendo uma prática discursiva da oralidade

que vá alem do uso funcional da língua, possibilitando um aprendizado sólido que lhe permita

expressar ideias em Língua Espanhola adequando a variedade linguística para as diferentes

situações, garantindo assim, a prática de sua cidadania.

Com relação à escrita, é importante que o docente direciona as atividades de produção

textual, explicitando os objetivos e situações em que o texto produzido pode ser utilizado,

garantindo sua finalidade dinâmica dentro da sociedade. O trabalho com textos de carácter

pratico privilegiará a produção do dialogo sócio-histórico-ideológico, fundamental para a

construção do texto e de sua coerência.

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No que se refere à pratica da leitura, as diferentes linguagens denotarão o aparato de

estudo, como linguagem na forma verbal e não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,

charges, outdoors), cinética (sonora, olfativa, tatil, visual, gustativa) e alfabética. Da mesma

forma que no ensino da Língua Materna, no ensino da língua Estrangeira Moderna, os diferentes

niveis de leitura possibilitam identificar os elementos da construção do texto, localizar as

informações explicitas, subentender asa ideias implícitas, fazendo ligação entre o conhecimento

do educando e o texto, de modo que seja possível estabelecer relações intertextuais.

A diversidade de gênero textuais, objeto do trabalho promoverá a realização de atividades

diversas, para que seja analisada a função de que cada texto, a distribuição de informações, o grau

de informação, a intertextualidade, os elementos coesivos, a coerência e por ultimo, mas não

menos importante, a gramática. O ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o

texto, mas também, não pode abandona-la.

Os gêneros discursivos possibilitam a contextualização dentro das variadas esferas sociais

de circulação. Dai a importância destes para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus

interlocutores no processo de aprendizagem.

Com o intuito de privilegiar a pratica do discurso, evidencia-se a necessidade da presença

de interlocutores em interação com outros discursos, de modo que os gêneros do discurso possam

construir as falas e se organizar historicamente a partir de novas situações de interação verbal.

Atentando para a utilização de vários tipos de textos, destaca-se o enfoque na elaboração

de atividades diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos musicas, filmes, dentre

outras . Esse trabalho subsidiará a distinção das formas linguística, que permitirá observar a

flexibilidade e variação de contextos conforme situação do discurso.

Além do gênero deverá observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui

qual sua influência na nossa cultura e de outros países,para quem foi escrito, quem escreveu, com

qual abjetivo, etc.

Quanto a variedade e análise linguística, o texto não simboliza um pretexto para ensinar

gramática. Sua utilidade vem bem alem disso: produzir significados por meio das palavras ou

frase por frese como agramática sugere. Outras formas de aprendizagem se verificam através de

pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto, discussões para aprimoramento

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do idioma e valorizaçãoda pesquisa feita e produção textual em que o aluno produzirá seu texto

em língua estrangeira com ajuda do professor.

Assim por meio da leitura e pretendendo-se formar um leitor ativo, o trabalho com a

Língua Estrangeira Moderna- Espanhol vislumbrará a abordagem da nova língua em carácter

sistêmico e contextualizado. Na escrita, utiliza a linguagem em situação de comunicação escrita

na produção de texto verbais as atividades de produção textual definindo em seu

encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem escreve o que se escreve em situação

reais. Já no que se refere à oralidade , os alunos expressarão suas ideias em língua Espanhola

Adequando a variedade linguística para as diferentes situações do dia a dia.

4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação em seu caráter conceitual será efetivada diagnóstica e formativamente,

estando profundamente relacionada com o processo de ensino – aprendizagem. Permitira uma

analise e possível retomada do trabalho docente, permitindo também constatar os avanços dos

alunos diante do trabalho realizado. È um elemento de reflexão continua do professor sobre sua

pratica educativa e revela aos alunos seus progressos, possibilidades e suas dificuldades.

Assim, é precisos considerar as diferentes naturezas de avaliação diagnostica, continua e

dialógica. Continua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino -aprendizagem; diagnóstica,

porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudançasda

prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mais principalmente ao

ensino que se oferece.

A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos pela

escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos nos formatos da avaliação deve

oferecer oportunidade para que o aluno demonstre seu progresso.

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Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades

básicas: apresentar para os alunos seu progresso, avanços, dificuldades e possibilidade no

processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua

pratica em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.

Serão realizadas avaliação nos quatro bimestres, com atribuição de notas e,

posteriormente, uma média, as quais estarão divididas em oralidade, leitura, escrita,pesquisa em

sala se aula, trabalho em grupo e/ou individual para progressão dos alunos, de acordo com o

estabelecido no projeto politico pedagógico da escola em acordo com as DCEs.

Na escrita sera avaliado a clareza com que o educando expressa suas ideias, se organiza

textos coerentes e coesos, atendendo as situações propostas como gênero e interlocutor, consiga

utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação substantivos, adjetivos, verbos,

pronomes, entre outros. Na leitura será avaliado a compreensão de texto lido, informações

explicitas e implícitas no texto, a ideia principal do texto, e as informações pertinentes ao uso do

discurso. Na oralidade será avaliada entonação, pausas, gestos,coerência na apresentação das

ideias, utilização da linguagem formal,diálogos, gêneros orais trabalhados, entre outros.

Assim, para a avaliação dos alunos do CELEM serão utilizados provas objetivas,

discursivas, leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários,trabalho

individualizado e em grupo e pesquisa, objetivando o desenvolvimento e a compreensão da

língua Espanhola.

A recuperação será oferecida de forma paralela a todos os alunos com revisão de

conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a progressão

e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% ( setenta e cinco por cento),

6,0 (seis vírgula zero) pontos por bimestre, totalizando 24,0 ( vinte quatro vírgula zero) pontos,

anuais. Para alcançar estes pontos, as atividades avaliativas seguirão os seguintes critérios:

a) atividades escritas (provas, relatórios, sínteses), com valor de 0,0 a 4,0;

b) atividades orais (seminários, debates, palestras, provas), com valor de 0,0 a 3,0;

c) atividades pesquisas (bibliográfica, trabalho individualizado e em grupo), com valor de

0,0 a 3,0.

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5- REFERÊNCIAS

BARROS,Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMPI. 1997;

LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas: APLIESP, nº.4,p. 13-24,1999;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público – Língua Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Curitiba;

PAZ, Rodrigo Luz. La Expresión em la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha. 23-6. Set. 1998;

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PICANÇO, D. C. L. História, Memória e Ensino de Espanhol. 2003. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.

ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA

ATIVIDADE: Língua Portuguesa – Atividades Literárias

NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural, Língua Portuguesa.

JUSTIFICATIVA:

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação entre os homens. E como prática social que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, a linguagem é carregada de conteudo ideológico, podendo ser instrumento de dominação ou de exercício de cidadania. Ou seja, por um lado as classes dominantes utilizam a linguagem para exercerem seu poder; por outro lado as classes menos favorecidas também podem fazer uso da linguagem a seu favor, para reivindicar seus direitos. Porém para isso é preciso compreender os discursos que nos cercam e ter condições de interagir com esses discursos, isto é, ter competência linguística para adequar a linguagem a diferentes situações de interação. Todavia, o que se observa em muitos de nossos alunos do Ensino Fundamental é uma grande dificuldade de compreender os textos que leem e de pôr no papel suas idéias.

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Diante de tal situação, justifica-se uma ação pedagógica referente à linguagem pautada na interlocução, com atividades que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Para tanto, propomos um trabalho com sequências didáticas que priorizem a prática, a discussão e a leitura e compreensão de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária...), ou seja, além dos textos literários serão utilizados textos que circulam no meio social em que os alunos estão inseridos.

OBJETIVOS DA ATIVIDADE:

- Promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita;

- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;

- Compreender os textos lidos;- Localizar informações explícitas nos textos;- Expressar suas ideias de forma clara;- Utilizar adequadamente a pontuação nas produções escritas.- Posicionar-se argumentativamente na defesa de seu ponto de vista;- Reconhecer e empregar os elementos composicionais dos gêneros estudados.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Alunos matriculados no Ensino Fundamental do Colégio Estadual Abraham Lincoln, que estudam no período matutino, priorizando aqueles que apresentam maiores dificuldades na leitura e na escrita.

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ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA

ATIVIDADE: Matemática - Dinâmica de Jogos e Aprendizagem.

NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal; Matemática.

JUSTIFICATIVA:

A matemática desde muito tempo é concebida erroneamente por muitos, como algo distante ou ainda, passível de compreensão apenas a uma parcela privilegiada da humanidade. Tabus foram se criando e uma concepção distorcida da aprendizagem matemática vem passando de geração em geração.

Entretanto, a matemática está presente em relações sociais cotidianas e não compreende uma forma de aprendizado inatingível aos alunos. Ocorre porém, que a matemática deve ser apreendida de forma gradativa, sem que se perca o que é básico, na busca do mais complexo.

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Observando essa dimensão da aprendizagem matemática, constata-se a importância de se abstrair para compreender, mesmo que o que esteja em pauta sejam conhecimentos básicos. Na verdade, o que desencadeia a dificuldade no aprendizado da matemática está intimamente relacionado à falta de construção sólida e consistente do que se considera básico na matemática. Nessa perspectiva, e com a intenção de otimizar essa aprendizagem, se propõe o atendimento a alunos que demonstram dificuldade em aprender os conteúdos relativos a essa disciplina, de modo que estes estejam em contato direto com a experimentação matemática. Assim, o apoio a essa aprendizagem se dará como em laboratório, permitindo a experimentação, através de interações dinâmicas e inclusive de jogos. A prática de jogos associada à matemática corrobora a dimensão do ato de aprender, de maneira que o que é ilustrativo, lúdico e possibilita a experimentação fica mais presente no consciente humano, garantindo novos aprendizados. Fato que prepondera na nova abordagem matemática, como etnomatemática; resolução de problemas e modelagem matemática.

Com essa diferenciação metodológica no trabalho com a matemática, os alunos que sentem dificuldades nessa área (matemática) terão disponíveis maiores recursos para solidificar seu conhecimento e concretizar a aprendizagem.

OBJETIVO DA ATIVIDADE:

- Reconhecer na matemática trabalhada em sala de aula, situações do cotidiano;- Buscar soluções para problemas enfrentados no dia-a-dia, através da abordagem

matemática e da resolução de problemas;- Vislumbrar na prática de jogos a compreensão matemática;- Explorar os recursos midiáticos, adequando situações cotidianas à compreensão da

matemática;- Tomar como foco de estudos o universo matemático dentro da perspectiva lúdica;- Compreender as relações matemáticas através da convivência coletiva e da

experimentação de jogos;- Incorporar a matemática básica como subsídio para o aprendizado matemático

subsequente;- Conceber a matemática como prática cotidiana.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Os alunos serão selecionados para participarem desse programa, conforme identificação de necessidade de aprimorar a abstração na compreensão matemática, priorizando inclusive, os que apresentam maiores dificuldades na disciplina de Matemática. Ainda atentaremos para a questão da socialização, uma vez que a prática de jogos poderá subsidiar a integração social dos participantes. Poderão participar alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

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ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA

ATIVIDADE: Geografia e Música: uma Forma de Cidadania

NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural; Geografia e Arte.

JUSTIFICATIVA:

A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura musical como ferramenta auxiliar na educação, pois a interdisciplinariedade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica e espacial como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma articulação que vá além dos limites cognitivos. A importância da música e do canto no processo pedagógico, contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno. Na perspectiva geográfica, a música traz em si aspectos regionais de um determinado grupo, bem como sua identidade. Proporciona a socialização, a criatividade, a coordenação, a memorização e muitos outros elementos auxiliares ao desenvolvimento do aluno no ambiente

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escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Através da música, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno, seu comportamento individual em grupo, e seu desenvolvimento. Por isso, ao trabalhar uma determinada música é importante contextualizá-la, apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em diversas composições musicais. Essa situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.

OBJETIVO DA ATIVIDADE:

Visualizar a música como canal legítimo de expressão e ou denúncia de problemas sociais tão comuns no cotidiano dos alunos;

- Reconhecer a prática da música como tarefa coletiva de desenvolvimento da solidariedade social;

- conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da criatividade.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Poderão participar do programa/música o aluno que estiver devidamente matriculado no Colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, e se identificarem com a proposta estabelecida.

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ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR PROGRAMA VIVA A ESCOLA

ATIVIDADE: O Teatro na Escola

NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal; Arte e Educação Física.

JUSTIFICATIVA:

A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura teatral como ferramenta auxiliar na educação, pois proporciona a socialização, a criatividade, a coordenação, a memorização, o vocabulário e muitos outros elementos auxiliares do desenvolvimento do aluno no ambiente escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula.

Através do teatro, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno, seu comportamento individual e em grupo, e seu desenvolvimento. Essa situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.

Justifica-se ainda a nessecidade da manutenção do Programa Viva Escola, uma vez que o mesmo foi bem aceito e as atividades propostas foram satisfatórias.

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OBJETIVO DA ATIVIDADE:

- compreender o teatro em suas dimensões artística, estética, histórica, social e antropológica;

- compreender a organização dos papéis sociais em relação aos gêneros (masculino e feminino) e contextos específicos como etnias, diferenças culturais, de costumes e crenças, para a construção da linguagem teatral;

- improvisar com os elementos da linguagem teatral;- pesquisar e otimizar recursos materiais e humanos, disponíveis na própria escola e

na comunidade para a atividade teatral;- estabelecer relação de respeito, compromisso e reciprocidade com o próprio trabalho

e com o trabalho de colegas na atividade teatral na escola;- reconhecer a prática do teatro como tarefa coletiva de desenvolvimento da

solidariedade social.-conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da

criatividade.-desenvolvimento da psicomotricidade.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Poderão participar do programa/teatro o aluno que estiver devidamente matriculado no colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social .