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COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES – EFMP
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
COLOMBO-PR2013
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COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES – EFMP
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Rua Anair Bonato Tosin, 12.Centro Industrial Mauá– Colombo – PR
e-mail: [email protected]ção de funcionamento: Resolução n.° 1311/2000
Reconhecimento do curso: Resolução n.° 086/2006Fone: 3562 2000
COLOMBO-PR2013
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SUMÁRIO
Apresentação...................................................................................................................05
Metodologia....................................................................................................................06
1. MARCO SITUACIONAL..........................................................................................08
1.1. Identificação da Instituição......................................................................................08
1.2.Histórico da Instituição Escolar................................................................................09
1.2.1.Histórico da Instituição..........................................................................................09
1.2.2.Missão e Filosofia da Escola..................................................................................14
1.2.3.Objetivos que Norteiam oTrabalho........................................................................14
1.2.4. Lema do Colégio...................................................................................................14
1.3.Caracterização da Comunidade.................................................................................15
1.4.Organização Escolar..................................................................................................25
1.4.1.Modalidade de Ensino............................................................................................25
1.4.2.Organização do Trabalho Escolar..........................................................................25
1.4.3.Tempo Escolar.......................................................................................................25
1.4.4.Calendário Escolar.................................................................................................28
1.4.5.Matriz Curricular....................................................................................................29
1.5. Organização Funcional.............................................................................................35
1.6.Formação Continuada dos Profissionais...................................................................39
1.7.Organização do Espaço / Ambientes Pedagógicos...................................................42
1.8.Recursos Pedagógicos e tecnológicos.......................................................................45
1.9.Participação da Comunidade e Instâncias colegiadas...............................................45
1.10.Projetos Pedagógicos..............................................................................................46
2.MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico).........................................................47
2.1.Concepção de sociedade, homem, aluno, professor, educação, conhecimento, escola,
ensino-aprendizagem e avaliação....................................................................................47
2.2.Inclusão Educacional................................................................................................66
2.3.Tecnologias de Informação e comunicação..............................................................68
2.4.Cultura Afro-Brasileira e Indígena............................................................................69
2.5.Desafios Educacionais Contemporâneos..................................................................70
2.6.Critérios de Organização Interna da Escola..............................................................73
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2.7.Processo de Ensino-Aprendizagem...........................................................................74
2.8.Princípios Norteadores da Escola Pública do Estado do Paraná...............................77
2.9.Diretrizes que norteiam a ação do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares...............81
2.10.Proposta Transformadora........................................................................................87
3.MARCO OPERACIONAL..........................................................................................88
3.1.Tipo de Gestão..........................................................................................................89
3.2.Recursos que o Colégio dispõe para realizar o seu projeto.......................................90
3.3.Critérios para a elaboração do Calendário Escolar...................................................92
3.4. Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos...........................92
3.5. Critérios para a organização de turmas....................................................................92
3.6. Organização do tempo escolar ................................................................................93
3.7.CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna...................................................96
3.8.Como são ofertados os estudos sobre o Estado do Paraná........................................97
3.9.Estágio não obrigatório para alunos do Ensino Médio.............................................98
3.10.Avaliação.................................................................................................................98
3.11.Intenção de Acompanhamento de egressos...........................................................102
3.12.Reclassificação......................................................................................................103
3.13.Conselho de Classe...............................................................................................103
3.14.Estratégias do Colégio para articulação com a família e comunidade..................104
3.15.Instâncias Colegiadas............................................................................................104
3.16.Desafios Educacionais Contemporâneos..............................................................104
3.17.Programas e Projetos.............................................................................................105
3.18.Redimensionamento da Organização do Trabalho Pedagógico............................113
3.19.Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico...........................116
4.Referências.................................................................................................................116
Anexos...........................................................................................................................119
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“Há pessoas que lutam um dia e são boas.Há outras que lutam um ano e são melhores.
Há aquelas que lutam muitos anos e são muito boas.Porém, há aquelas que lutam toda a vida e
Estas são imprescindíveis.”
Bertolt Brecht
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APRESENTAÇÃO
No processo de construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
“Zumbi dos Palmares” a comunidade educativa professou a sua crença numa educação
de qualidade que venha contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
Seguindo atentamente as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica, da
rede pública. A preocupação de todos que contribuíram para a elaboração do Projeto
Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino foi a de articular o trabalho de
todos os seguimentos da comunidade escolar, no sentido de elaborar uma proposta
curricular coerente e adaptada à realidade.
A cada ano letivo, o coletivo escolar discute e revê suas práticas pedagógicas
estabelecendo novas ações e atualizando o Projeto Político Pedagógico diante das
exigências das políticas educacionais buscando, desta forma, atender as demandas que
tem a sua origem na realidade social.
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METODOLOGIA
O Projeto Político Pedagógico funciona como um documento de referência, com
base no qual irão concretizar-se e desenvolver-se todas as atividades que sistematizam a
vida escolar da instituição autônoma.
A dimensão pedagógica reside na possibilidade de efetivação da finalidade da
educação formando o cidadão crítico, responsável, criativo e participativo na
comunidade escolar e no exercício da cidadania.
A elaboração do projeto educativo possibilita explicitar intenções e interesses
que compõem os princípios educativos de todas as partes comprometidas com o
funcionamento da escola, com a finalidade de dar-lhes uma identidade específica e de
fazê-las funcionar de forma coerente.
A elaboração em conjunto, do projeto educativo, permite a discussão e mediante
o debate, conhecer inteiramente as funções e os direitos de cada um, bem como se
aprofundar nos aspectos que são imprescindíveis para o bom funcionamento da escola, e
para que sua identidade e estilo se consolidem.
Considerando a escola como o segundo e principal ambiente socializador do
indivíduo, ela deve estar preparada para educar na diversidade. Para empreendermos o
projeto educativo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, consideramos:
A formação acadêmica e profissional de professores e funcionários;
A diversidade metodológica e instrumental. Existem diversos
métodos/estratégias ao longo do processo ensino/aprendizagem;
A diversidade de alunos com suas habilidades, interesses e expectativas;
A diversidade de categorias educacionais que integram a comunidade escolar,
pois cada indivíduo tem direitos às suas opções religiosas e ideológicas, como
também à diversidade de gêneros, raças, etnias e culturas.
O Projeto Político Pedagógico, como parte de um processo dinâmico e flexível,
é o documento que legitima as ações propostas bem como o funcionamento da escola e
desempenha um papel fundamental na tomada de decisões para dar significado ao que
lhe é atribuído. O PPP do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares foi construído com a
participação e contribuição de toda a comunidade escolar, seguindo as orientações da
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mantenedora Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Professores percorreram toda
a área onde está a Vila Zumbi. Foram realizadas reuniões para análise de documentos,
estudo de textos e pesquisas com alunos e pais, sendo que todos os dados coletados e
tabulados permitiram traçar o perfil da comunidade.
Ao tomar conhecimento da realidade onde estamos inseridos, definida a visão
dos educadores - Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente e Funcionários - em
relação à legislação educacional vigente, detectamos problemas, angústias, expectativas,
alternativas e possíveis soluções, declinadas neste documento, para determinar nossa
ação e prática educativa.
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1. MARCO SITUACIONAL (Diagnóstico da realidade)
“É preciso alimentar o conhecimento com a reflexão;é preciso alimentar a reflexão com o conhecimento.”
Edgar Morin
1.1.IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Colégio Estadual Zumbi dos Palmares - Ensino Fundamental e Médio.Código: 0728Endereço: Rua Anair Bonato Tosin n°12.Bairro: Centro Industrial Mauá.CEP: 83413-580.Município: Colombo – PR. Código: 580Telefone/Fax: (0xx41) 3562-2000.E-mail: [email protected] Site: www.cbxzumbi.seed.pr.gov.br
Dependência Administrativa: Governo do Estado do Paraná.NRE: Núcleo Área Metropolitana Norte.Código: 02Ato de Autorização do ColégioResolução: n° 1311/00Data da Expedição: 25/05/2000
Ato de Reconhecimento do Colégio do Ensino FundamentalResolução: n° 121/04Data da Expedição: 29/01/2004
Ato de Reconhecimento do Colégio do Ensino MédioResolução: n° 086/06Data da Expedição: 06/02/2006
Parecer do NRE A.M.NORTE de Aprovação do Regimento EscolarAto Administrativo: n° 398/2011Parecer: n° 508/2011Data da expedição: 11/11/2011
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação.
Localização Urbana
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1.2 HISTORICO DA INSTITUIÇAO ESCOLAR
1.2.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
Conforme relato do primeiro diretor dessa instituição1, os alunos da Vila Zumbi
estudavam no Jardim Claudia uma Vila de Pinhais ou no Colégio Estadual Plínio
Monteiro Tourinho no bairro Atuba em Colombo. Muitos alunos desistiam de estudar
porque eram discriminados, por não ter escola no seu bairro, então quando iam para
outro bairro, os pais enfrentavam certa dificuldade para que os filhos permanecessem na
escola, pois seus filhos eram agredidos.
Outro problema enfrentado pelos alunos era a distância, alem dos problemas de
relacionamento, entre estudantes de um bairro para outro, sendo assim não havia um
acolhimento dos alunos, provenientes da Vila Zumbi dos Palmares, porque naquele
período da década de 90 eles eram bem descriminados devido o local que moravam,
aliás, era comum dos pais comentarem que os taxistas não levavam pessoas para lá
devido a fama que a vila tinha em relação à violência existente ali, então as crianças da
comunidade também sofriam este mesmo preconceito quando saíam fora da vila, tanto é
que , muitos que moravam na Vila Zumbi dos Palmares não gostavam ou não falavam
que moravam lá, devido ao preconceito que sofriam.
Diante de toda esta situação vivenciada, os moradores da comunidade local
começaram a sentir que seria necessário construir uma escola no bairro que atendessem
seus filhos. O Núcleo Regional de Educação procurou estabelecer ali uma escola,
naquela época a então secretária da educação Alcione Saliba tinha uma idéia de fazer
uma “escola de lata”, uma escola de alumínio, de container, mas a licitação não ficou
pronta para que pudesse funcionar, a tempo, no ano de 1999.
Porém, já havia a mobilização da comunidade local, através da Igreja Católica
que ficava na frente da escola, e tinha uma boa influência, a Igreja Batista que tinha o
Pastor China bastante influente na época, também do APOIO, uma instituição de ajuda
as questões da comunidade.
1 Professor Antonio Sergio Ferraz, em entrevista realizada e gravada, pela pedagoga Ana Maria Rodrigues e Diretor Auxiliar Professor Rudinei Ribeiro, no ano de 2009.
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Iniciou assim, a divulgação junto às essas instituições de que seria construída
uma escola no bairro, através da forma que a secretaria da educação disse que iria fazer
de container. Toda a divulgação, da possibilidade de uma escola, foi realizada no
comércio, através de panfletos. A comunidade se empolgou com a idéia, pois queriam
que seus filhos estudassem ali. Quando chegou ao final do ano, antecedente ao ano que
foi iniciado o trabalho na escola a Secretaria da Educação não concretizou a idéia da
escola de “lata”, ela fugiu da responsabilidade e disse não dar, e o NRE AMN naquela
época já convidara ao Professor Sérgio Ferraz para ser diretor da nova escola, então o
comunicaram que não teria mais escola ali; e que as crianças deveriam continuar seus
estudos no Colégio Estadual Plínio Monteiro Tourinho no período da tarde, em que
existia as vagas. Na época para dar continuidade ao processo de estabelecer ali uma
escola, foi feito um acordo com a então diretora Sirlei, da Escola Municipal Barão de
Mauá e a Secretária Municipal da Educação, na época, professora Aziole Maria
Cavalari Pavin, foi então disponibilizado o espaço físico da escola em período
intermediário, com inicio às 16h e termino as 20h:30min.
Começou então, no ano de 1999, a ser realizado o atendimento escolar aos
alunos residentes no bairro, “imagine uma comunidade que estava toda fora, e
obviamente os pais queriam que estudassem ali” (Fala do professor Sérgio Ferraz). No
início havia 300 alunos e foi feito um trabalho na comunidade, junto às famílias, para
que os filhos estudassem na escola, então a maior parte dos alunos que estudavam fora
da Vila Zumbi passaram a estudar ali, nos horários e espaços disponibilizados pela
Prefeitura Municipal.
Durante o período em que foi utilizado o espaço cedido pela prefeitura, buscou-
se alternativas de terreno para construção e espaço próprio.
“Aí entra a comunidade de novo, porque não sei o que acontece no Zumbi,
talvez por ela ser uma vila fechada que não tem saída, pois ao seu redor encontra-se a
BR, o Alfaville, o clube Santa Mônica e o rio, então ali se concentra muitas pessoas que
parece uma cidade do interior , ele não é um bairro aberto. E muita gente da
comunidade começou a participar em busca de uma escola nova, em reuniões com a
prefeita na época, reuniões na secretaria da educação em busca do trabalho nosso, em
busca do terreno” (relato do Professor Sérgio Ferraz).
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A comunidade participou ativamente, comparecendo as reuniões na prefeitura ou
na Fundepar, atual SUDE (Superintendência de Desenvolvimento Educacional). Na
época, lotavam três a quatro carros, iam para estas instituições, fazendo as
reivindicações, em cada reunião havia pessoas diferentes, percebia-se uma postura da
comunidade em querer uma escola, postura esta, particular, das pessoas da Vila Zumbi,
de cuidar do patrimônio público, apesar de algumas poucas pichações, é muito diferente
da realidade de outras escolas. O povo começou a participar principalmente as igrejas, o
APOIO, e até pessoas da comunidade iam sem mesmo não tendo filhos na escola, o que
sensibilizou a secretária da educação do estado Alcione de Saliba, a verba para
construção foi liberada através da Secretaria de Estado da Educação e o terreno foi
doado pela prefeitura municipal, onde existe a escola hoje era um banhado, foi feito um
trabalho de aterramento por isso que existem rachaduras nas paredes.
O trabalho pedagógico iniciou em 1999, nas dependências da escola municipal Barão de
Mauá, no ano seguinte já começou a construção do prédio da nova escola, levou dois
anos para construção da escola e isso foi motivado em essência pela força da
comunidade e pela forma como foi feita onde tanto a secretaria da educação como a
prefeitura foram sensibilizados e casou com os interesses locais, que era uma nova
escola.
A escolha do nome
Conforme o relato do professor Sergio Ferraz, “Nós tínhamos um preconceito
com o nome Zumbi dos Palmares, a vila como um todo; muitos pais queriam que
mudasse o nome devido ao preconceito estabelecido sobre a vila. No ano de 2000 nós
fizemos um trabalho com a comunidade e com os professores, onde foram citados
alguns nomes de personalidades que seriam homenageados com o nome da escola;
porque o nome Vila Zumbi dos Palmares dava o nome para a Vila ela é a Escola da Vila
dos Palmares e não Escola Zumbi dos Palmares. E entre os nomes colocamos Zumbi
dos Palmares e aí os professores em um trabalho que fizeram com os alunos para
compreendessem toda participação negra naquela comunidade e no Brasil o que estes
representavam, e além deste nome tinham outros como Vinícius de Moraes que foi
posto, discutido pelos professores, foi falado sobre sua importância enquanto
personalidade do Brasil e tinha outro nome que não me lembro agora. Eram três nomes
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que se tinha para escolher, ai chamamos a comunidade para votação, alunos e pais e
para nossa surpresa mesmo diante da negatividade que a Vila, o seu nome representava
para a comunidade, a comunidade escolheu como nome para a escola Zumbi dos
Palmares, então ela não é uma escola da Vila Zumbi dos Palmares, ela é uma Escola
Estadual Zumbi dos Palmares que homenageia todo esse personagem da nossa história
da nossa cultura e os alunos também se identificavam nisso, pois eles também eram
descriminados, foram rejeitados.
O trabalho com o nome da escola motivou ainda mais que os alunos tivessem
um respeito maior pela escola, e a entender quem foi Zumbi naquele período. E levou as
crianças a perceberem que eles também parecem um quilombo, que eles eram um povo
que mudou para um canto, que talvez ninguém quisesse por ser um banhado e foi feito
todo um trabalho histórico para que os alunos pudessem escolher o nome.
A comunidade escolhe assim de uma forma bem interessante para a época e isso
é legal porque motiva para outras funções para dentro da escola, você escolhe o nome e
quando discute isso, você discute também o respeito pela escola, pelo próprio padrão da
escola, a relação da escola com o bairro e os alunos começa a se identificar, tanto é que
nós tínhamos a certeza que eles gostavam de estudar na Escola Estadual Zumbi dos
Palmares, tinham orgulho, isso é interessante. Uma das coisas que chamava atenção da
escola é quanto a não depredação da escola, é comum as escolas novas serem
depredadas rapidamente e os alunos sempre viam à escola como ponto positivo e de
referencia no bairro para suas vidas”2.
Como tudo começou... a história contada hoje...
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, iniciou sua história a partir do ano
2000. No primeiro momento foi preciso utilizar as dependências da Escola Municipal
Barão de Mauá, até que ficassem prontas as instalações do Colégio que passou a
funcionar a partir do dia 18 de Abril do ano 2000.
A fundação do colégio pode ser considerada uma conquista dos moradores que
já ocupavam este espaço há cerca de nove anos. Devido às dificuldades encontradas
para sobreviver no interior do estado ou mesmo em outras regiões, muitas pessoas
2 Até aqui o histórico se baseou na entrevista com o professor Antonio Sergio Ferraz. Muito do texto foi deixado da forma como foi dito pelo entrevistado devido a sua importância para entender o processo pelo qual a escola passou naquele momento.
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migraram em busca de melhores condições de vida. A população foi aumentando e
cada família ocupou um espaço na vila, enfrentando muitos desafios.
Com o aumento da população e a falta de estrutura urbana, muitos problemas
sociais foram causa da violência e discriminação que acabaram projetando uma imagem
negativa dessa comunidade, imagem hoje que já mudou consideravelmente.
Pelo fato mesmo de a ocupação da vila de ter sido uma grande conquista pode-se
dizer que o nome atribuído ao colégio reflete o aspecto da coragem e da resistência das
pessoas que acreditam no processo de libertação.
Como o grande herói “Zumbi dos Palmares” cada pessoa que contribui para a
construção dessa comunidade se sente protagonista dessa história significativa. Pode se
dizer que a existência desse colégio reforça o espírito de luta de cada cidadão que aqui
vive.
Atualmente o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acolhe aproximadamente
1.200 alunos do ensino fundamental e médio, tem uma comunidade educativa, dinâmica
e consciente, que contribui incansavelmente para o exercício da cidadania favorecendo
uma educação de qualidade.
E, assim, seguimos fazendo história...
1.2.2 MISSÃO E FILOSOFIA DA ESCOLA
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Missão do Colégio
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como missão dinamizar uma ação
educativa que favoreça ao ser humano realizar-se como pessoa e como coletivo, em ser
livre, autônomo, emancipado e responsável, numa luta constante contra o processo de
alienação e de todas as formas degradadas de vida para a construção de uma sociedade
verdadeiramente humana.
Filosofia do Colégio
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares promoverá uma educação com forte
componente científico e tecnológico articulada a uma cultura humanizante que
potencializa o desenvolvimento do ser humano em vários sentidos.
1.2.3 OBJETIVOS QUE NORTEIAM O TRABALHO
Formar o aluno competente no uso do conhecimento sistemático, crítico em
relação ao contexto, consciente no uso de diferentes linguagens, criativo, autônomo
intelectual e moralmente, capaz de usar a liberdade com responsabilidade em
decorrência da consciência dos limites e emancipado porque capaz de analisar as
questões como ser reflexivo.
1.2.4 LEMA DO COLÉGIO
Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos.
1.3 CARACTERIZAÇAO DA COMUNIDADE
Descrição das realidades: Brasileira, Estadual, Municipal e Local
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Na caracterização da sociedade atual, o primeiro aspecto a ser considerado,
diante dos paradigmas que permeiam a contemporaneidade, deve ser o desenvolvimento
paralelo de tendências, comportamentos e fatos totalmente paradoxais, quando não
contraditórios, sobretudo nas últimas décadas do século XX, marcadas por profundas
transformações e crises, em todos os níveis, em âmbito nacional e internacional. Deve-
se também ter em mente a complexa pluralidade e o dinamismo que a move no início do
século XXI, impulsionando-a a evoluir, ainda que nem sempre de forma justa,
organizada e democrática.
Nos vários aspectos e setores, interligados e interdependentes, que compõem a
sociedade atual, reconhece-se antagonismos e oposições marcantes, repartindo o mesmo
espaço, suscitando perplexidades e angústias, despertando a reformulação de ideias e
estratégias de atuação e gerando uma nova consciência de mundo e de pessoa.
Assim, no âmbito econômico, propulsor de tantos interesses políticos e de
interesses também do mercado de trabalho e outros gerados pela distribuição da renda e
do progresso cultural, científico e tecnológico de um país, registra-se o crescimento de
alguns setores - imersos na globalização e gozando dos benefícios dos mais avançados
recursos da tecnologia - em contraste com bolsões de pobreza, exclusão e
marginalização; ao mesmo tempo em que as indústrias incrementam e agilizam novas
formas de produção, crescem os números do desemprego e acirra-se a competitividade,
por sua vez, responsável pela necessidade de atualização e diversificação criativa do
mercado. Paralela à significativa participação do país no mundo científico e cultural, há
centenas de crianças e adolescentes que permanecem fora da escola, milhares de adultos
que não têm acesso aos bens culturais, bem como doentes que morrem por falta de
cuidados e medicamentos.
Vivencia-se, portanto, um desenvolvimento científico comprometido com o
capital, não possibilitando acesso à maioria da população aos avanços da ciência.
Além disso, a injusta distribuição de renda assegura a concentração do poder
econômico nas mãos das minorias e a manutenção dos enormes abismos sociais, através
do desnível salarial, da desvalorização e do preconceito em relação à raça, ao gênero e a
certas categorias de trabalho. Sem mencionar que os meios de comunicação, como um
todo, alimentam e estimulam o ideal consumista neoliberal, no qual reinam o
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descartável, o modismo, o lucro e a privatização dos serviços sociais, favorecendo à
elite e aumentando o fosso dos excluídos.
Por outro lado, multiplicam-se - tímida, mas constantemente - as organizações
não governamentais, associações e iniciativas particulares que se mobilizam para ajudar
as camadas mais carentes da sociedade, desenvolvendo, entre elas e com elas,
alternativas econômicas originais e lucrativas, que geram melhoria na qualidade de vida,
num espírito de participação coletiva.
Dessa forma, como já foi mencionado, as frequentes e cada vez mais dominantes
interferências econômicas na vida social, amplamente divulgadas pelos meios de
comunicação, moldam comportamentos individualistas - não necessariamente
autônomos e interdependentes - em geral, movidos pela ideologia dominante do “ter
para ser”, do prazer imediato e a qualquer custo, do culto da aparência e do sucesso
aliado ao poder aquisitivo.
Se, de um lado, vê-se a insistência de grupos defensores de ideias conservadoras,
discriminatórias ou fascistas, de outro, constata-se a resistência daqueles que encabeçam
reivindicações, que despertam o debate, a organização e a luta, em vista da defesa dos
direitos inalienáveis da pessoa, da solidariedade e igualdade social.
É importante destacar também que o ser humano contemporâneo revela-se
muitas vezes alienado, massificado, sem perspectivas, sem valores e ética. Assim sendo,
percebe-se os nítidos sinais de cansaço diante das estruturas políticas e sociais corruptas
e acomodadas e de interesses oligárquicos, bem como a crise de muitos extremismos
filosóficos e religiosos. Diante da aparente situação de caos generalizado, surgem,
dentro dos próprios movimentos e instituições, focos de mudança, de diálogo entre
culturas e religiões; ações organizadas em favor da preservação do ambiente, da
liberdade de expressão de grupos atingidos pelos mais diversos preconceitos;
movimentos internacionais de efetiva solidariedade em favor dos mais fracos e
desfavorecidos.
O século XXI, que começa, mesmo não tendo ainda superado os traumas e os
medos gerados por todos os conflitos que traz do passado, guarda um germe de
esperança de que uma nova sociedade brasileira deverá fecundar.
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Sobre o Estado do Paraná, este está localizado na região sul do Brasil e possui
uma área de aproximadamente 199.709.1 Km². Conta com 399 municípios e com uma
população aproximada de 9.563.458 habitantes, sendo 8,6% de analfabetos e 29,79% o
índice de mortalidade infantil, dados do ano de 2000. A economia do Estado tem como
base a agricultura, a indústria e o extrativismo vegetal.
O Paraná ocupa o quinto lugar em importância econômica entre todos os estados
brasileiros. As diferentes características físicas e climáticas do estado propiciam a
existência de atividades agrícolas diversificadas e seu grande desenvolvimento
econômico permite a utilização de avançadas técnicas agrícolas, que se traduzem, nos
mais altos índices de produtividade do país. O Paraná é ainda o quarto maior exportador
entre os estados brasileiros.
No transcorrer da sua história, o Paraná foi aos poucos percorrendo um caminho
em cujo percurso foi sendo construídas identidades e culturas específicas. As primeiras
configurações sociais que se delinearam na ocupação do território paranaense foram
marcadas pela precariedade das condições materiais e a lenta adequação do europeu à
vida nos trópicos, o que implica um hibridismo com o universo cultural das populações
locais. Nesse universo complexo, as diversas expressões culturais sofreram influências
externas ao Estado vinculadas pelos modernos meios de propaganda e de comunicação
de massas.
Durante toda essa trajetória, a política e os métodos educacionais acompanharam
as mudanças da sociedade e de seus costumes e práticas. Assim, a legislação do ensino,
a criação de escolas, as inovações teóricas e técnicas, a formação de professores foi
gradativamente alterada de acordo com o momento histórico.
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares está situado neste Estado, no Município
de Colombo, cuja história revela que, em 1878, um grupo de imigrantes italianos vindo
do norte da Itália, chega ao Brasil com destino às terras da Região Sul, estabelecendo-se
no Paraná, primeiramente na Cidade de Morretes. Mais tarde, acompanhados pelo padre
Ângelo Cavalli, seguiram em direção a Curitiba. Em setembro do mesmo ano,
receberam do governo provincial terras no local denominado Butiatumirim, que
posteriormente passou a chamar-se Colônia Alfredo Chaves. Este nome se deu em
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homenagem ao Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves, inspetor geral de terras e
colonização na corte do Rio de Janeiro, que prestava serviços à província do Paraná.
A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo deve-se a
uma medida do governo provisório republicano, pelo Decreto n°11 de agosto de janeiro
de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão
Colombo. Em 05 de fevereiro de 1890, foi instalado o Município, sendo o seu primeiro
presidente o Sr. Francisco de Camargo. E em 1891 assumiu este cargo o Sr. João
Gualberto Bittencourt.
Já o Município de Colombo surgiu em 1880, com o imigrante italiano Francisco
Busato construindo o primeiro moinho de cereais com roda d’água, represando o rio
Tumiri. Busato teve a iniciativa de instalar a primeira fábrica de louças artísticas do
país.
A época de maior progresso para Colombo foi o período de 1920/1930, quando
houve um surto industrial de grande importância. Encontrava-se em atividade duas
fábricas de louças, uma delas considerada a melhor do país. Naquela época funcionava
também uma grande fábrica de vidros, que infelizmente foram destruídas por um
incêndio. O Município sofreu enorme prejuízo econômico com este acontecimento.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n° 1703, Colombo
passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiúva do sul. Em 09 de
agosto de 1933, por força do decreto estadual n° 1831, volta a se chamar Colombo.
Um duro golpe recebeu a comunidade em 20 de outubro de 1938, através do
decreto estadual n° 7573 que extinguiu o município, anexando-o à capital Curitiba.
Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo decreto estadual n° 199, é restaurado o
poder político e administrativo de Colombo.
Colombo foi o município de maior taxa de crescimento nas décadas de 70 e 80
na Região Metropolitana de Curitiba. Hoje 97,6% da população moram em áreas
loteadas, contínuas a capital – Curitiba.
Com 202.536 habitantes, embora dados não oficiais demonstrem uma população
muito maior, aproximadamente de 220 mil habitantes, Colombo se destaca como um
dos Municípios com maior número populacional, com farto celeiro de mão de obra. A
grande maioria dos seus habitantes está no meio urbano e trabalha em Curitiba e
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“dormem” em Colombo, devido aos valores mais acessíveis dos aluguéis, se
comparados aos de Curitiba.
Assim, o município de Colombo está suprindo a necessidade de moradia, para
pessoas que desejam trabalhar na Capital, seja devido o desemprego no interior ou
fugindo dos altos custos de moradias na grande metrópole. Colombo hoje é uma
extensão de Curitiba, no entanto, o município tenta aos poucos tornar-se mais
independente da capital paranaense, buscando investimentos urbanos e valorizando os
costumes de seus colonizadores, desenvolvendo, assim, o turismo na cidade.
A Comunidade Vila Zumbi dos Palmares onde está inserido o Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares está localizada nos limites entre o município de Colombo e
Curitiba, à margem esquerda do Rio Palmital e à direita da BR 116. Já foi considerada,
por especialistas, como uma das maiores ocupações irregulares da Região Metropolitana
de Curitiba, com uma área de mais de 500 mil metros quadrados, sendo maior do que
138 municípios do Estado do Paraná. Sua população é de 1.797 famílias, num total de
6.649 pessoas, conforme estudo realizado pela Cohapar (Companhia de Habitação do
Estado do Paraná) em 2004. A região de preservação ambiental começou a ser ocupada
em maio de 1991, ao longo do principal eixo viário de ligação entre Curitiba e São
Paulo.
Os conflitos sociais e emocionais são evidentes, dado a precariedade de muitas
moradias e da dificuldade financeira enfrentada pela população. Os moradores da Vila
sofrem constante discriminação, pois a imagem projetada para todo o Estado reforça o
aspecto da violência, corrupção, roubos, assassinatos, fome, desemprego, falta de
moradia, higiene, educação ambiental, segurança, saneamento básico e condições para
se desenvolver um processo educativo de qualidade.
Apesar dos conflitos próprios desta realidade, a maioria da população gosta
deste espaço de convivência e tem a escola como ponto de referência para a solução dos
problemas.
Em meio a tantos desafios, os educadores, movidos pelo desejo de realizar um
bom trabalho pedagógico, visitaram as famílias dos alunos anotando dados importantes
para a descrição desta realidade (trabalho realizado para levantar dados para a
construção inicial do PPP e que ainda está presente em nossa realidade)
24
Perceberam, na ocasião, que os alunos que frequentam o Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares são filhos de trabalhadores que atuam no setor terciário – prestação
de serviço e comércio atuando em várias funções: 25% como auxiliares de serviços
gerais: 11,36% são pequenos comerciantes; o restante trabalha como profissionais
autônomos, como por exemplo: recapadores, motoristas, pedreiros, vigilantes, porteiros,
encanadores, cozinheiros entre outros. A remuneração de 68,09% desses trabalhadores
não ultrapassa os cinco salários mínimos, dos quais 2,12% recebem menos de um
salário; 8,5% um salário; 23,4% dois salário e 34,4% entre 5 e 6 salários. Dos
entrevistados, 44,44% tem duas pessoas trabalhando em casa, 37,77% somente uma
pessoa; 4,44% três ou quatro pessoas, 2,22% seis pessoas, 6,66% estão desempregados
(dados do ano 2000). É importante ressaltar que a maioria dos trabalhadores está no
mercado informal. Constata-se que a comunidade é composta de trabalhadores que em
sua maioria recebe uma baixa remuneração, formando um grupo homogêneo do ponto
de vista sócio-econômico.
Apesar da maioria de nossos alunos residirem na Vila Zumbi, para 88,37% dos
entrevistados a casa onde moram é de sua propriedade, ainda que em área ainda não
regularizada; 9,31% residem em casa cedida e outros 2,3% pagam aluguel (dados do
ano 2006). É importante ressaltar que 69,04% residem há mais de cinco anos na
comunidade e apenas 2,38% moram há menos de um ano.
A faixa etária predominante nesta comunidade é de pessoas entre 30 a 40 anos;
13,23% de 20 a 30 anos; 12,15% de 15 a 20 anos; 9,39% de quarenta a 50 anos; 5,52%
mais de cinqüenta anos; 4,95% de 01 a 5 anos; 3,86% menos de um ano e 2,20% de 5 a
10 anos. A partir desses dados poderemos planejar ações que visem a integração social e
cultural, buscando uma melhor qualidade de vida.
A comunidade é composta por 37,15% de pessoas adultas que ainda não
concluíram o ensino fundamental; 11,5% declaram que não estudaram e apenas 1,44%
se declaram analfabetos. Há ainda 4,32% com curso de ensino médio incompleto e
2,40% completo. O restante está cursando a série de acordo com sua faixa etária.
Nossa escola acolhe atualmente cerca de 1200 alunos de ensino Fundamental,
Médio e Educação Profissional. O contexto no qual estão inseridas as famílias dos
nossos alunos é bastante complexo e marcado por conflitos e inúmeras contradições. O
25
desemprego ou a longa jornada de trabalho, a falta de condições básicas para a
sobrevivência, a falta de conhecimento do processo educativo, geram inseguranças e
dificultam a integração e a continuidade entre o trabalho da família e o da escola. Ainda
que a criança ou adolescente tenham a garantia dos direitos de freqüentar uma escola é
necessário considerar as diferenças existentes entre eles, pois como afirma Harper:
“as crianças dos meios populares sentem grande estranheza diante da linguagem, normas e valores da escola, que são totalmente diferentes daquelas a que estão habituados. Elas se sentirão ainda mais inferiorizadas pelo fato de não poderem trazer para a escola sua maneira de falar e sua experiência na família e no bairro menos favorecido. Elas se sentirão perdidas diante da falta de sentido e utilidade imediata dos exercícios escolares, confusos pelo lado artificial das situações vividas na sala de aula”. (HARPER et al,1980, p.75).
Dentre as muitas dificuldades encontradas dentro do espaço escolar e em seu
entorno, para que se efetive de fato o trabalho escolar que prime pelo ensino e a
aprendizagem, destaca-se a questão da evasão escolar, principalmente nos turnos da
tarde e noite.
A evasão escolar é um dos temas que historicamente faz parte dos debates e
reflexões no cenário da educação pública brasileira. As discussões têm tomado como
ponto central o papel tanto da família quanto da escola em relação à vida escolar da
criança.
No que tange à educação, a legislação brasileira determina a responsabilidade da
família e do Estado no dever de orientar a criança em seu percurso sócio-educacional. A
lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/1996, art. 2) é bastante clara a esse
respeito: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Em um estudo sobre a evasão escolar, Queiroz (2009) relata que vários estudos
têm apontado aspectos sociais considerados como determinantes da evasão escolar,
dentre eles, a desestruturação familiar, as políticas de governo, o desemprego, a
desnutrição, a escola e a própria criança, sem que, com isto, eximam a responsabilidade
da escola no processo de exclusão das crianças do sistema educacional.
26
De maneira geral, os estudos analisam o fracasso escolar, a partir de duas
diferentes abordagens: a primeira, que busca explicações a partir dos fatores externos à
escola, e a segunda, a partir de fatores internos. Dentre os fatores externos relacionados
à questão do fracasso escolar são apontados o trabalho, as desigualdades sociais, a
criança e a família. E dentre os fatores intra-escolares são apontados a própria escola, a
linguagem e o professor (QUEIROZ, 2009).
O problema crucial, da evasão escolar influencia diretamente o ensinar e o
aprender, visto que estes ocorrem diariamente no encontro professor-aluno,
prejudicando os índices de aproveitamento escolar, que a cada ano letivo tendem a
baixar, pois na maioria dos casos a reprovação acontece devido a desistências e as
freqüentes e inúmeras ausências do aluno ao ambiente escolar.
Desta maneira a escola através de sua equipe (direção, equipe pedagógica e
professores) busca solucionar ou até mesmo amenizar o problema, entrando em contato
com a família, convocando para reuniões a fim de discutir e tentar resolver,
conscientizando a família que comparece a escola da importância do educando (menor
de idade) estar frequentando/participando do espaço escolar. Alguns casos fogem as
ações da escola como instituições de ensino, sendo assim são encaminhados a
instituições da rede de proteção a criança e ao adolescente, como o Conselho Tutelar.
Análise dos índices levantados – discussões sobre os resultados e a realidade3
A evasão escolar tem sido nosso grande problema, como já citado e, tem
refletido nos índices de avaliação da instituição. Apesar de alcançarmos as metas
projetadas com dois anos de antecedência e das projeções estarem positivas, quando
analisadas a luz das notas da Prova Brasil percebeu-se que o IDEB não reflete realmente
a aprendizagem já que as médias de nossos alunos estão em conformidade com as
demais notas obtidas por outros estabelecimentos públicos. Nossa taxa de aprovação
também segue o mesmo itinerário mostrando compatibilidade com dados de outras
escolas e porcentagem reduzida. No entanto, quando se busca dados sobre a quantidade
3 Texto construído a partir das discussões realizadas durante os trabalhos da semana pedagógica de julho de 2011, porém a preocupação já vem tomando conta dos profissionais desta instituição há um tempo, desde que a escola foi inclusa no Programa Superação em 2007.
27
de alunos que simplesmente abandonam a escola, apesar dos esforços pedagógicos
(ligação para família, bilhetes, conversa com vizinhos, encaminhamento ao conselho
tutelar, oferta de recuperação do período abandonado, entre outros), se vê que aí está
nosso “calcanhar de Aquiles”.
Em geral, as disciplinas se equivalem quando se analisa qual delas os alunos
apresentam maior rendimento, ou, por outro lado, o maior número de notas abaixo do
mínimo esperado. Observou-se também que a maior deficiência está no primeiro ano do
Ensino Médio, talvez resultado da mudança de ciclo entre Ensino Fundamental e Ensino
Médio, tornando-se um ponto agravante que merece um olhar mais aprofundado com
possíveis intervenções. Tanto é que o problema da evasão se concentra nos primeiros
anos do Ensino Médio, principalmente noturno. Portanto, cabe ao colégio incentivar os
alunos a frequentarem a escola e mostrar como o ensino os beneficia dentro do contexto
em que vivem, já que este último é fator agravante para a evasão escolar.
Dentre as propostas discutidas está a necessidade de criar objetivos específicos e
razoáveis de aproveitamento escolar para que se possam desenvolver projetos em
função do alcance desses objetivos, reinterpretados de acordo com a análise e
diagnóstico de cada disciplina.
A escola luta com os mecanismos que possui. Se existem outros fatores que
concorrem para os problemas educacionais, nem todos eles a instituição conseguirá dar
cabo. O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares já tem um histórico de levantamento de
seus próprios dados para a realização de reuniões e conselhos de classe. As informações
que mais impressionam e geraram discussões acaloradas são aquelas que demonstram
que nosso trabalho está sendo realizado, no entanto, nem sempre e devidamente
valorizado pelo aluno, que as atitudes de alguns discentes não condizem com a palavra
“estudante”. O que se quer dizer é que, pouca contribuição trará o esforço “solitário” do
professor e de toda a equipe escolar, se não for aliada a presença do aluno na escola, a
permanência e a qualidade do ensino. Porém o ensino só é bom, se o aluno aprender e,
para que isso ocorra, entre outras coisas, ele tem que querer e estudar.
Oferta ou apoio ao mundo do trabalho para os jovens, oportunidade de educação
não formal e presença de instituições externas que intervém ou interferem na
comunidade de forma significativa
28
Existem alguns projetos cujo objetivo é ofertar ou apoiar o jovem no mundo do
trabalho, oferecendo a ele uma educação não formal. As instituições externas que
intervêm ou interferem na comunidade de forma significativa são: Governo Federal,
Governo do Estado do Paraná, Fundação Alphaville e Associação dos Moradores.
Os projetos que estão em andamento na comunidade são:
Projeto: Qualificação profissional e geração de empregos
Instituições: Associação Paranaense de Orientação Integração e Ofícios (APOIO)
Famílias beneficiadas: 1.797 famílias
Objetivo: Qualificação profissional e geração de empregos
Descrição do projeto: Há cursos panificação e confeitaria, cabeleireiro, manicuro,
pedicuro, facção, informática, para adulto e infantil e serigrafia. Também possui cursos
ocupacionais como pintura em tecido, costura reta, bordado, crochê, tricô enxoval de
bebê e recreação para idosos. Ao término dos cursos os alunos recebem da associação
de empreendedores orientações sobre gestão, custos e noções para montar seu próprio
negócio.
Projeto: Esperança para os Carrinheiros
Instituições: Governo do Estado do Paraná, através da Cohapar e em parceria com a
Fundação Alphaville e Associação de Moradores.
Famílias beneficiadas: dado não divulgado
Objetivo: Criação da cooperativa dos carrinheiros
Descrição do projeto: O Projeto que tem por finalidade receber, separar e vender o
material recolhido pelos carrinheiros. Cada trabalhador terá uma participação nos lucros
conforme a sua produção. Os trabalhadores não precisarão deixar o material em casa
eliminando assim o problema de espaço e de entulho nas casas. Essa cooperativa será
uma forma de integrar os trabalhadores ajudando a melhorar a sua renda conquistando
assim uma vida mais digna.
Projeto: Leite para crianças
Instituição: Governo do Estado do Paraná
29
Investimento previsto: não divulgado
Famílias beneficiadas: 119 famílias desta comunidade
Objetivo: Distribuir leite para as crianças
Descrição do projeto: O projeto já conseguiu distribuir um milhão de litros de leite para
crianças de baixa renda.
Programa Bolsa Família
Na comunidade há inúmeras famílias que são beneficiadas através deste programa Bolsa
Família, matriculados neste colégio são contemplados com o beneficio 283 alunos.
1.4. ORGANIZAÇAO ESCOLAR
A partir de 2012 o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares implantou o Ensino
Fundamental - Anos Finais do 6º ao 9º ano, seguindo orientações (Instrução nº 008/2011
SUED/SEED) da Secretaria de Estado da Educação e a oferta acontece de forma
simultânea.
1. 4.1 Modalidades de Ensino:
• Ensino Fundamental Anos Finais (6º ao 9º ano);• Ensino Médio;• Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio e Subsequente ao Ensino
Médio: Técnico em Administração;• Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio e Subsequente ao Ensino
Médio: Técnico em Secretariado, curso em processo de implantação para o ano de 2013/2014.
• CELEM – Centro de Línguas Estrangeira Moderna – Espanhol básico;
1.4.2 Organização do Trabalho Escolar:
30
• Seriado
1.4.3 Tempo Escolar
Horário de funcionamento (quadro demonstrativo):
MANHÃEnsino Fundamental
TURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMASManhã 7º Ano 62 02Manhã 8º Ano 89 03Manhã 9º Ano 88 03
Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMASManhã 1ª série 88 02Manhã 2ª série 48 02Manhã 3ª série 34 01
O turno da manhã funciona das 7h30min às 11h50min.
TARDE
Ensino FundamentalTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS
Tarde 6º Ano 133 04Tarde 7º Ano 75 03Tarde 8º Ano 93 03Tarde 9º Ano 90 03
O turno da tarde funciona das 13h às 17h25min.
NOITE
Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS
Noite 1ª série 42 01Noite 2ª série 45 01Noite 3ª série 60 02
31
Educação Profissional-Integrada e Subsequente ao Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS
Noite 1ª série Téc. Int. 38 01Noite 2ª série Téc. Int. 33 01Noite 3ª série Téc. Int. 18 01Noite 2º Semestre Sub 12 01
O turno da noite funciona das 18h45min às 22h55min. No período da noite não funciona o Ensino Fundamental.
De acordo com o momento referencial na data de 02/04/2013, o total de alunos regularmente matriculados no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é de 1048.
CELEM-Espanhol Básico
TURNO 5 – NOITE
DIA DA SEMANA/HORÁRIO TURMA3ª Feira – 19h30minh às 21h10min 00
5ª Feira - 19h30minh às 21h10min 00
Não houve demanda para o curso este semestre, sendo assim não temos nenhuma turma em funcionamento.
32
1.4.4 Calendário Escolar
33
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 DAD 11 1 2 DAD 20
1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 DLD 16 3 4 5 6 7 8 9 DLD 20
6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 DAN 11 10 11 12 13 14 15 16 DAN 20
13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 DLN 16 17 18 19 20 21 22 23 DLN 20
20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 3027 28 29 30 31 31
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 DAD 22 1 2 3 4 DAD 18 1 DAD 20
7 8 9 10 11 12 13 DLD 22 5 6 7 8 9 10 11 DLD 19 2 3 4 5 6 7 8 DLD 20
14 15 16 17 18 19 20 DAN 22 12 13 14 15 16 17 18 DAN 20 9 10 11 12 13 14 15 DAN 20
21 22 23 24 25 26 27 DLN 22 19 20 21 22 23 24 25 DLN 20 16 17 18 19 20 21 22 DLN 20
28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 2930
30 T érmino do 1º bimestre 10 a 14 Semana Int. Esc. Comunidade
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 DAD 8/3 1 2 3 DAD 21 DAD 21
7 8 9 10 11 12 13 DLD 8/5 4 5 6 7 8 9 10 DLD 22 1 2 3 4 5 6 7 DLD 22
14 15 16 17 18 19 20 DAN 8/3 11 12 13 14 15 16 17 DAN 21 8 9 10 11 12 13 14 DAN 21DAN 22
21 22 23 24 25 26 27 DLN 8/5 18 19 20 21 22 23 24 DLN 22 15 16 17 18 19 20 21 DLN 22
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 2829 30
10 Término do 2º bimestre 7 Independência / 14 OBMEP 2ª fase30 Término do 3º bimestre
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 DAD 19 1 2 DAD 20 DAD 13
6 7 8 9 10 11 12 DLD 19 3 4 5 6 7 8 9 DLD 20 1 2 3 4 5 6 7 DLD 13
13 14 15 16 17 18 19 DAN 20 10 11 12 13 14 15 16 DAN 20 8 9 10 11 12 13 14 DAN 13
20 21 22 23 24 25 26 DLN 20 17 18 19 20 21 22 23 DLN 20 15 16 17 18 19 20 21 DLN 13
27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 2829 30 31
15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
Início/Término das aulas
Férias
Recesso
Consciência Negra
Formação em ação diurno/aula normal noturno-compementação de carga horária
Reunião Pedagógica diurno/aula normal noturno DAD DLD DAN DLN
Conselho de Classe 99 105 101 106
Semana de Integração Escola/Comunidade 97 101 99 102
Festa da Primavera 196 206 200 208
Feriado MunicipalOlimpíada Brasileira de Matemática das Esc. Públicas manhã:07h25min às 11h50min/intervalo:10 minutos
tarde:13h às 17h25min/intervalo:10 minutosnoite:18h45min às 22h55min/intervalo:10 minutos
Horário de funcionamento
15 Dia do Professor
Planejamento/Replanejamento
Semana Pedagógica
Total 60
07 Dia do Funcionário de Escola
Outubro Novembro Dezembro
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
30 Corpus Christi
Julho Agosto Setembro
Abril Maio Junho
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho
Janeiro
janeiro/férias
janeiro/julho/recesso
4 OBMEP 1ª fase
Fevereiro Março
1 Dia Mundial da Paz 11 a 13 Carnaval 29 Paixão
2
julho 18
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES - EFMP
Rua Anair Bonato Tosin nº 12 - Centro Industrial Mauá, CEP: 83413-580 _ Colombo - PR
Telefone/Fax: 3562-2000/E-mail: [email protected]
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2013
75
dez/recesso
outros recessos
Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
30
15
13
total
2° semestre
1° semestre
Janeiro 31
fevereiro 13
dezembro 13
Total
34
1.4.5 Matriz Curricular
ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 02 ÁREA METROPOLITANA NORTE
MUNICÍPIO: 0580COLOMBO
ESTABELECIMENTO: 0728 COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES - EFMPENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 – ENS. FUNDAMENTAL 6º/9º Ano
TURNO: MANHÃ/TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/ANO 6º 7º 8º 9º
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO *
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LINGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
2
1
3
3
5
5
2
3
2
1
3
2
5
5
2
3
2
3
3
5
5
2
3
2
3
3
5
5
SUB-TOTAL 23 23 23 23
PD
L.E.M. - INGLÊS ** 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB 9394/96.* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIO DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
DATA DE EMISSÃO: 04 de Fevereiro 2013. _______________________ ASS. DIRETOR
35
ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 02 AREA METROPOLITANA NORTE
MUNICÍPIO: 580 COLOMBO
ESTABELECIMENTO: 0728 – C. E. ZUMBI DOS PALMARES E. F. M.
ENDEREÇO: Rua Anair Bonato Tosin, 12, Centro Industrial Mauá, Colombo-PR
FONE / FAX: (041) 3562-2000
ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO TURNO: M/NANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL COMUM
DISCIPLINASSÉRIES
1ª 2ª 3ªARTE 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 3 2HISTÓRIA 2 3LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 3MATEMÁTICA 3 3 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE DIVER-
SIFICADA
LEM – INGLÊS 2 2 2*LEM- ESPANHOL 4 4 4
SUB-TOTAL 6 6 6TOTAL GERAL 29 29 29TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula)
Observações: * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB 9394/96, A INSTRUÇÃO 15/2006, CONFORME LEI FEDERAL 10793/03 E PARECER 16/01 CNE/CEB, LEI 11684/08 E DEL. 03/08.OBS: NO PERIODO NOTURNO SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.
DATA DE EMISSÃO: 22 DE NOVEMBRO DE 2010. _______________________ ASS. DIRETOR
36
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIOCURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Matriz CurricularEstabelecimento: COLEGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARESMunicípio: COLOMBOCurso: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Forma: INTEGRADA Implantação gradativa a partir do ano: 2011
Turno: NOITE Carga Horária: 4000 horas/aula - 3333 horas
Módulo: 40 Organização: Seriada
DISCIPLINASSÉRIES Hora/ aula Hora
1° 2° 3° 4ª
1ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇA-MENTÁRIA
2 80 67
2ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E MA-TERIAIS
3 120 100
3ARTE 2 80 67
4BIOLOGIA 3 2 200 167
5COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 2 80 67
6CONTABILIDADE 2 80 67
7EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267
8ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 2 80 67
9FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267
10FÍSICA 2 2 160 133
11GEOGRAFIA 2 2 160 133
12GESTÃO DE PESSOAS 3 120 100
13HISTÓRIA 2 2 160 133
14INFORMÁTICA 2 2 160 133
15INTRODUÇÃO A ECONOMIA 3 120 100
16LEM: INGLÊS 2 2 160 133
17LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 2 3 2 360 300
18MARKETING 2 80 67
19MATEMÁTICA 2 2 3 2 360 300
20NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SO-CIAL DO TRABALHO
3 120 100
21ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 2 80 67
22QUÍMICA 2 2 160 133
23SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267
24TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 3 120 100
37
TOTAL 25 25 25 25 4000 3333
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Matriz Curricular
Estabelecimento: Colégio Estadual Zumbi dos PalmaresMunicípio: ColomboCurso: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
Forma: SUBSEQUENTE Implantação gradativa a partir do ano de 2011.
Turno: Noite Carga horária: 1200 horas/aula - 1000 horas
MÓDULO: 20 Organização: SEMESTRAL
DISCIPLINASSEMESTRES Hora/
aulaHoras
1° 2° 3°
1ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO DE MATE-RIAIS 2 3 100 83
2ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMEN-TÁRIA 3 60 50
3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 3 60 504 CONTABILIDADE 3 2 100 835 ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 2 40 336 ESTATÍSTICA APLICADA 3 60 507 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 338 GESTÃO DE PESSOAS 3 2 100 839 INFORMÁTICA 2 2 80 6710 INTRODUÇÃO À ECONOMIA 3 2 100 8311 MARKETING 3 60 5012 MATEMÁTICA FINANCEIRA 2 2 80 67
13NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO DO TRABALHO 2 3 100 83
14 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 3 60 5015 PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM 3 60 5016 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 2 3 100 83
TOTAL 20 20 20 1200 1000
38
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO CURSO TÉCNICO EM SECRETARIADO
Matriz Curricular
ESTABELECIMENTO:Colégio Estadual Zumbi dos Palmares
MUNICÍPIO: Colombo
CURSO: TÉCNICO EM SECRETARIADO
FORMA: INTEGRADA IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO 2013
TURNO: noite CARGA HORÁRIA:4000 h/a 3333 horas
MÓDULO: 40 ORGANIZAÇÃO SERIADA
DISCIPLINASSÉRIES
Hora/Aula Horas1ª 2ª 3ª 4ª
1 ARTE 3 120 100
2 BIOLOGIA 2 2 160 133
3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267
4 FILOSOFIA 2 80 67
5 FÍSICA 2 2 2 240 200
6 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200
7 HISTÓRIA 2 2 2 2 320 267
8LINGUA PORTUGUESA E LI-TERATURA
2 3 2 4 440 367
9 MATEMÁTICA 2 2 3 3 400 333
10 QUÍMICA 2 2 2 240 200
11 SOCIOLOGIA 2 80 67
12 INFORMATICA 2 2 160 133
13 LEM- ESPANHOL 2 2 2 240 200
14 LEM- INGLÊS 2 2 160 133
15 ADMINISTRAÇÃO 2 80 67
16CERIMONIAL E PRO-TOCOLO
2 80 67
17 CONTABILIDADDE 2 80 67
18 GESTÃO DE PESSOAS 2 80 67
19INTRODUÇÃO ÀS FI-NANÇAS
2 80 67
20METODOLOGIA CI-ENTÍFICA
2 80 67
39
21NOÇÕES DE DIREITO E LE-GISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO
2 80 67
22PSICOLOGIA OR-GANIZACIONAL
2 80 67
23TÉCNICAS DE SE-CRETARIADO
2 2 160 133
TOTAL 25 25 25 25 4000 3333
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIOCURSO TÉCNICO EM SECRETARIADO
Matriz Curricular
Estabelecimento: Colégio Estadual Zumbi dos PalmaresMunicípio: ColomboCurso: TÉCNICO EM SECRETARIADO
Forma: SUBSEQUENTE Implantação gradativa a partir do ano de 2013.
Turno: Noite Carga horária: 1000 horas/aula – 833 horas
MÓDULO: 20 Organização: SEMESTRAL
DISCIPLINASSEMESTRES Hora/
aulaHoras
1° 2°
1 ADMINISTRAÇÃO 3 60 50
2 CERIMONIAL E PROTOCOLO 3 60 503 CONTABILIDADE 3 60 504 ESPANHOL TÉCNICO 2 4 120 1005 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 336 GESTÃO DE PESSOAS 3 60 507 INFORMATICA 2 2 80 678 INGLÊS TÉCNICO 2 2 80 679 INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 2 2 80 5010 MATEMÁTICA FINANCEIRA 3 60 3311 METODOLOGIA CIENTÍFICA 60 50
12NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO 3 60 50
13 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL 3 60 5014 REDAÇÃO EMPRESARIAL 2 40 3315 TÉCNICAS DE SECRETARIADO 3 3 120 100
TOTAL 25 25 1000 833
40
1.5 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
ENSINO FUNDAMENTALNUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS
04 6º Ano 13306 7º Ano 13706 8º Ano 18206 9º Ano 178
ENSINO MÉDIO e EDUCAÇÃO PROFISSIONALNUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS
03 1ª série EM 13001 1ª série ADM.TEC. EMI 3803 2ª série EM 9301 2ª série ADM.TEC. EMI 3303 3ª série EM 9401 3ª série ADM.TEC. EMI 1801 2º semestre ADM.TEC
Subsequente12
CELEM – ESPANHOL BÁSICONUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS
00 00
41
QUADRO DE PESSOAL – função, formação e vínculo empregatício4
FUNÇÃO PROFESSOR /FUNCIONÁRIO
Vínculo ÁREA DE FORMAÇÃO
Pós Graduação/Especialização
Diretora Silvia Vieira DiasQPM
Ciências com Habilitação Plena em Matemática
Especialização em Gestão Escolar
Diretor Aux. Clarice Pereira Rocha Sguissardi
QPM Pedagogia Psicopedagogia e Gestão do Cuidado para uma
Escola que protegePedagoga Ana Maria
RodriguesPSS Pedagogia ------------
Pedagoga Juliana Oliveira Queiróz
QPM Pedagogia Especialização Gestão Pública e Educacional.
Pedagoga Maria Celma dos Santos
QPM Pedagogia Especialização em Gestão Escolar e Educação Especial.
Pedagoga Juliana Rhoden Vicente
PSS Pedagogia Especialização em Educação Especial.
Pedagogo Milton Batista de Almeida
QPM Pedagogia ------------
Téc. Adm Amanda Aparecida de Sá
QFEB Gestão Pública ------------
Téc. Adm Angela Maria Leal Oliveira
QFEB Cursando Pedagogia ------------
Téc. Adm Cássia de Oliveira Silva
QFEB Bacharel Secretariado Executivo
------------
Téc. Adm Laide PSSTéc. Adm Naurem Heloise
Padilha das ChagasPSS Cursando Pedagogia -------------
Téc. Adm Roseli Rodrigues PSS Bacharel em Administração
---------------
Téc. Adm Weslen Thiago Corrêa
QFEB Bacharel Secretariado Executivo
--------------
Ag.de Apoio Andréa Aparecida Antocheski Pereira
PSS Ensino Médio --------------
Ag.de Apoio Célia Marques Bonfim
QFEB Ensino Fundamental --------------
Ag.de Apoio Daniel Arantes QFEB Ensino Médio --------------
4 QPM – Quadro Próprio do Magistério, QFEB- Quadro de Funcionários da Educação Básica e PSS- Processo Seletivo Simplificado.
42
Ag.de Apoio Edna Benedita Nunes da Silva
PSS Ensino Médio --------------
Ag.de Apoio Heliene Amorim Barbosa
PSS Ensino Fund. Incompleto --------------
Ag.de Apoio Lúcia Mara Alves Ribeiro
PSS Ensino Fund. Incompleto --------------
Ag.de Apoio Sirlene Ribeiro QFEB Licenciatura Pedagogia --------------
Ag.de Apoio Silvia Mara Alves Moreira
PSS Ensino Médio Completo --------------
Ag. de Apoio Valdenice Ferreira Melo
PSS Ensino Fundamental Incompleto
--------------
Ag. de Apoio Valdete Costa Lima PSS Ensino Médio --------------
Professor(a)Artes
Adeli Lourenço dos Santos
QPMArtes Plásticas Especialização em
Metodologia do Ensino da Arte
Professor(a)Ed. Física
Alexandre Kisleck QPM Licenciatura Plena Educação Física
-----------------
Professor(a)Matemática
Alexandre dos Santos Cirqueira
PSS Licenciatura Plena em Matemática
-----------------
Professor(a)História
Ana Beatriz Pires QPM Licenciatura em História -----------------
Professor(a)Matemática
André Tito dos Santos
PSS Licenciatura Plena em Matemática
-----------------
Professor(a)Química
Carlos Augusto Ehrenfriend
PSS Licenciatura Química Acadêmico
História Celso Luis Nogueira Pardinho
PSS Licenciatura em História -----------------
Professor(a)Líng. Port.
Claudete Ruiz Martinelli
QPM Letras Português e Inglês Especialização em Literatura e Produção de Texto
Biologia Daniele Pegorini PSS Licenciada em Ciências Biológicas
-----------------
Professor(a)Artes
Danielli Santana da Silva
PSS Letras Português/ Inglês --------------
Professor(a)Líng. Port.
Ediméia Evaristo dos Santos de Pontes
PSS Letras Português/ Inglês --------------
Professor(a)Artes
Elber Barbosa de Deus
PSS Licenciatura em Artes --------------
Professor(a)Ed. Física
Elaine Cristina Gueno
QPM Licenciatura em Educação Física
Especialização em Educação Especial e Inclusiva
Professor(a)Inglês/Port
Eliane Kozak QPM Letras Português / Inglês -----------------
Professor(a)Administração
Eliana de Fátima Pereira.
PSS Ciências Econômicas --------------
43
Professor(a)História
Erik Augusto Bertoni
PSS Licenciatura em História -----------------
Professor(a)Líng. Port.
Everton Storti PSS Letras Português/Inglês ----------------
Administração Ezequiel Metzger PSS Administração Especialização em Gestão Pública
Professor(a)Inglês
Francisco Antonio da Costa
QPM Letras Português/Inglês ----------------
Professor(a)Líng. Port.
Glaucia Silva QPM Letras Especialização Interdisciplinaridade da Educação Básica
Professor(a)Ciências
Ivete Aparecida Rocha Arantes
QPM Ciências / Biologia ------------------
Professor(a)Matemática
Jocelita Pereira da Silva
PSS Licenciatura em Matemática
------------------
Professor(a)Filosofia
Jéssica Borim PSS Licenciatura em Filosofia
------------------
Professor(a)Matemática
José Osvaldo Tognato II
QPM Matemática com Ênfase em Informática
Especialização em Educação Matemática
Professor(a)Líng. Port.
Juliano Augusto Alves Furtado
QPM Letras - Português Especialização em Leitura de Múltiplas Linguagens
Professor(a)Matemática
João Carlos de Castro
QPM Bacharel em MatemáticaLicenciatura em Ciências
Especialização Magistério da Ed. Básica
Professor(a)História
Kuesya Vanessa Nass
QPM Licenciatura em História -----------------
Professor(a)Química
Letícia de Barros Arsie
PSS Química --------------
Professor(a)História
Lindinalva Aparecida Machado
PSS Acadêmica em História --------------
Professor(a)História
Maralice Maschio QPM Licenciatura em História --------------
Professor Técnico
Marcelo Viana de Castilhos
PSS Licenciatura em Pedagogia
Especialização em Gestão de Recursos Humanos
Professor Arte
Marcionil Felipe da Silva Junior
PSS Licenciado em Arte --------------
Professor(a)Inglês/Port
Marcos Cordeiro dos Santos
PSS Letras Português / Inglês -----------------
Professor(a)Ciências
Maria Valéria Vasconcelos Calixto
QPM Ciências Biológicas Morfofisiologia Humana
Professor(a)Geografia
Maria Cristina Chagas
QPM Licenciatura em Geografia
------------------
Apoio Pedagógico(readaptação)
Mariângela Mattiazzo Mozer Junqueira da Cunha
QPM Estudos Sociais Especialização em Tecnologias Aplicadas à
EducaçãoProfessoraPortuguês
Marina Soares Neves
PSS Licenciatura em Português/Inglês
------------------
44
ProfessoraGeografia
Midiã Geanni de Melo
PSS Acadêmica ------------------
ProfessorN. de Direito
Ozeias Leonardo da Silva Junior
PSS Bacharel em Direito ------------------
ProfessorSociologia
Rafael Pires de Mello
PSS Licenciado em Filosofia ------------------
ProfessorFilosofia
Rudinei Ribeiro QPM Licenciado em Filosofia Mestrado em Educação
Professor(a)Geografia
Simone Pires de Oliveira Schiontek
QPM Estudos Sociais - Geografia
Especialização História e Geografia do Paraná
ProfessorArte
Sônia Regina Klimpel
PSS Bacharel em PsicologiaAcadêmica em Arte
------------------
Professor(a)Ed. Fís.
Tânia Cristina Cola QPM Educação Física Especialização em Educação Especial
ProfessoraPort/Inglês
Thais Nogueira Fernandes
PSS Letras Port/Inglês ------------------
Professor(a)História
Valdinéia Petrini Barros
QPM Licenciatura em História História do Brasil
Professor(a)Física
Valdlem César Nunes de Alves
QPM Licenciatura em Matemática
Especialização em Tecnologias Aplicadas à
EducaçãoProfessoraPort/Inglês
Valquíria Domiciano Sebastião
PSS Letras Port/Inglês ------------------
Professor(a)Ciên/Mat
Vera Lucia Anezio QPM Biologia Especialização em Educação Infantil
ProfessoraPort/Inglês
Verônica Dias Pires Strechar
PSS Letras Port/Inglês ------------------
1.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS
Oferecidos pela SEED-PR e pelo NREAM-Norte
Anualmente a SEED/PR oferece aos professores e funcionários a formação
continuada duas vezes por ano: uma no início do ano (no mês de fevereiro, antes do
início das aulas) e outra no meio do ano (no mês de julho, antes do retorno às aulas).
Essa capacitação é oferecida pela SEED, através do NREAM – Norte de forma
descentralizada e elas acontecem dentro da própria escola. Além disso, ainda há o
incentivo para a formação de grupos de estudos que acontecem aos sábados nas escolas,
GTR grupos de trabalho em rede (na modalidade Educação a Distancia).
45
Oferecidos pelo estabelecimento de ensino
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como proposta uma formação
continuada diferenciada e significativa para os seus professores e funcionários para
recuperar o trabalho docente em sala de aula construindo uma prática pedagógica
centrada na superação e na participação do aluno, no ensino solidário, na cooperação
consciente, na análise da realidade vivencial do aluno e sua prática social, incorporando
a tecnologia disponível ao ambiente escolar e tornar realidade o trabalho coletivo.
Hora atividade com acompanhamento pedagógico
A organização da hora atividade com acompanhamento pedagógico, orientada
pela Instrução nº 02/2004 SUED e pela SEED através do Memorando n° 025, datado de
25 de janeiro de 2006 ainda não pode ser efetivado em sua íntegra em nossa escola,
dado a dificuldade de reunir os professores das áreas no dia estabelecido pela SEED, no
entanto, na medida do possível os professores recebem um atendimento individual em
sua hora-atividade.
Reuniões pedagógicas
As reuniões técnicas com a direção e a equipe pedagógica acontecem
quinzenalmente buscando planejar, organizar e definir estratégias para dinamizar toda a
organização da ação pedagógica.
Disponibilidade de textos/subsídios
A equipe pedagógica disponibilizará ao longo do ano textos/subsídios para os
professores e funcionários para viabilizar e oportunizar a formação continuada e
momentos de estudo e reflexão sobre a ação pedagógica. O objetivo é desenvolver a
responsabilidade pela sua própria formação, bem como a identificação e envolvimento
efetivo com a proposta pedagógica da escola construída, discutida e redirecionada,
coletivamente.
Espaço de debate e trocas de experiências
46
Como há uma boa integração entre os professores, frequentemente acontecem
partilhas e trocas de experiências a respeito do trabalho pedagógico. Porém, é necessário
que a equipe pedagógica, organize sistematicamente um tempo/espaço para viabilizar de
forma mais intensa, onde esses momentos aconteçam efetivamente.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que na escola
atuam, pois é através dela que se concretiza a melhoria da qualidade da formação
profissional e a valorização do trabalho pedagógico. A formação continuada do Colégio
Zumbi dos Palmares está centrada na escola e nos profissionais que nela atuam. O
objetivo principal é promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores
e funcionários, portanto, ela não se limita aos conteúdos curriculares.
Assim, dois projetos para desenvolver a cooperação e integração se destacam
são eles:
Projeto: Superando desafios
Público alvo: Professores e funcionários
Ano: realizado nos anos de 2006 - 2010. (devido aos valores cobrados não há
possibilidade de realizar em todos os anos)
Local: Pousada Villa Passaredo
Objetivo Geral: Aprendizado do trabalho coletivo na superação dos desafios
que se apresentam no cotidiano da escola
Objetivos Específicos:
Valorizar a pessoa humana.
Analisar a pessoa humana e as suas relações: consigo, com o outro e com
a escola.
Mobilizar os professores e funcionários para o trabalho coletivo e
desenvolver relações interpessoais favoráveis a ação educativa.
Debater sobre as dificuldades do trabalho pedagógico para a definição e
estabelecimento de novas estratégias buscando a solução dos problemas.
Motivar os professores e funcionários para o trabalho em equipe, com
estabelecimento de metas em grupo.
47
Projeto: A implementação do programa 5S
Público alvo: Funcionários (agente educacional I e II)
Local: Colégio Estadual Zumbi dos Palmares
Objetivo Geral: Implementar e implantar o programa 5S no Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares, na parte administrativa (secretaria, biblioteca, almoxarifado,
cozinha e limpeza).
Objetivos Específicos:
Valorizar a pessoa humana e o profissional que atua na escola.
Colocar como meta a busca pela qualidade e excelência em todos os
procedimentos administrativos (secretaria, biblioteca, almoxarifado, cozinha e
limpeza).
Maximizar os recursos materiais e humanos do Colégio.
Promover o trabalho em equipe através da adoção de valores como a
solidariedade e o respeito ao outro.
1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/AMBIENTES PEDAGÓGICOS
Sala de contra turno: É reservada uma sala de aula para a realização das aulas de
Apoio à Aprendizagem, conforme Instrução conjunta n° 04/04, Resolução n° 208/04 e
Instrução nº 007/2011-SUED/SEED.
É um serviço especializado de caráter pedagógico que apoia e complementa o
atendimento educacional, que tem como finalidade proporcionando apoio curricular, de
forma a subsidiar práticas diferenciadas. Os alunos atendidos neste programa são
aqueles que apresentam defasagem de conteúdos apropriados, dificuldades de
aprendizagem e que necessitam de ajuda e apoio contínuos, são atendidos os alunos da
própria escola do 6º ano com ampliação para os alunos das demais etapas dos anos
finais, de acordo com a Inst.007/2011.
48
Sala de apoio pedagógico: Para salas de apoio pedagógico há no Colégio 04 salas
distribuídas: para Direção, Direção Auxiliar, equipe pedagógica (atendimento aos
alunos e aos pais), sala dos professores.
Atendimento educacional especializado: No momento o colégio conta apenas
com a sala de apoio a aprendizagem, porém aguarda receber o kit para as salas
multifuncionais do MEC, para iniciar o processo para abertura da sala para dar o devido
atendimento aos alunos que necessitam. No momento tem em seu rol de alunos, um
aluno matriculado que é portador de deficiência visual, para esse processo de inclusão
contamos com o apoio do CAEDAV – centro de atendimento especializado de
Atendimento ao Deficiente Auditivo e Visual, que funciona na Escola Municipal Heitor
Villa Lobos, no município.
Sala de multimídia: O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares não dispõe de Sala de
multimídia, no entanto as salas de aula contam cada uma com uma TV Pendrive, o que
atende as necessidades no uso deste recurso, por todas as turmas da escola
simultaneamente.
Laboratório: Há no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares uma ampla sala onde
funciona o Laboratório de ciências, biologia, química e física, equipado com
instrumentos e materiais necessários as aulas, neste espaço.
Biblioteca
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares possui uma biblioteca que apoia e
complementa o trabalho docente. Esse acesso à informação tem gerado oportunidades
para a construção do conhecimento, maior liberdade de acesso ao acervo. Todo o acervo
da biblioteca passou por um processo de classificação e catalogação, o que gera
melhorias no atendimento aos alunos, professores e toda a comunidade escolar.
Laboratório de Informática
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares possui um laboratório de informática
com espaço amplo, contendo vinte computadores com acesso à internet, o que promove
49
a comunidade escolar, acompanhar o contexto de globalização e das novas tecnologias
que surgem na sociedade e possibilitando a inclusão digital.
Auditório/Refeitório
O Colégio não possui espaço físico para Auditório. Isso dificulta e/ou inviabiliza
as apresentações dos trabalhos acadêmicos e as reuniões com a comunidade educativa.
Porem recentemente foi construído paredes em um espaço aberto e coberto no pátio,
adaptando assim esse espaço para refeitório, onde são realizadas as refeições e poderá
ser utilizado este espaço, quando necessário, para reuniões.
Quadra poliesportiva
Possui uma única quadra poliesportiva, onde são atendidos os alunos nos
horários de aula de educação física e alunos no contra turno para as atividades
desenvolvidas nos projetos do programa Mais Educação: Jogos e Capoeira, devido à
quantidade de turmas no turno e professores algumas vezes têm que se adaptar alguns
espaços no pátio para atender toda a demanda das atividades esportivas, o que muitas
vezes gera certo desconforto, pelo espaço não ser apropriado
Abrangência
A modalidade de ensino do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é
seriada e oferece o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), Ensino Médio (1ª à 3ª série) e
Educação Profissional Integrada e Subsequente ao Ensino Médio nos cursos de
Administração e Secretariado. CELEM – Espanhol Básico.
Descrição QuantidadeNúmero de turmas 34Número de alunos 1043Número de professores 52Número de pedagogos 06Número de Funcionários (as) 22Número de Diretor Auxiliar 01Número de salas de aulas 16Número de ambientes pedagógicos 02
50
Critérios da organização de turmas
As turmas, no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, são organizadas por série,
conforme orienta a resolução n° 864/2001. Para o ensino fundamental do 6º ao 9º ano,
as turmas são formadas com no mínimo 35 alunos e no máximo 40 alunos. Para isso a
sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada aluno e 3m² para o professor.
Para o ensino médio, as turmas são formadas com no mínimo 40 alunos e no
máximo 45 alunos. Para isso a sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada
aluno e 3m² para o professor.
Relação avaliação-aprendizagem
Sendo parte constitutiva do processo ensino-aprendizagem, a avaliação é um
processo contínuo e sistemático para obtenção de informações, para diagnosticar
processos e identificar dificuldades de aprendizagem, objetivando a tomada de decisões
a respeito da continuidade do processo pedagógico. Ela terá a finalidade de verificar não
só o aproveitamento do aluno, mas também a eficácia da prática pedagógica
desenvolvida pelo professor.
Recuperação
A recuperação de estudos do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acontece
paralelamente aos estudos, de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem, de acordo com e legislação vigente.
Capacidade face à demanda
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares atende plenamente às necessidades da
comunidade. Não há, portanto, lista de espera.
1.8 RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS
Os recursos pedagógicos e tecnológicos utilizados com mais frequência pelos
professores no desenvolvimento do trabalho docente são: Laboratório Paraná digital,
51
TV multimídia, Aparelho de som e Aparelho de DVD. Existe outros que também são
usados porem não com tanta frequência são eles: datashow, notebook, máquina
fotográfica digital, filmadora e a TV Paulo Freire. Quanto a este ultimo recurso, fica
disponível na sala dos professores um aparelho de televisão ligada a uma antena
parabólica com acesso diário a programação com cronograma mensal fixado a parede,
com fácil visibilidade. O colégio conta ainda, com inúmeros jogos pedagógicos para
serem utilizados nas diversas disciplinas curriculares, o que é de conhecimento de todos
os professores.
1.9 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE E INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF):
A APMF participa em alguns momentos acompanhando o desenvolvimento da
proposta pedagógica; promovendo eventos, como festa da primavera, bazar e etc; na
gestão e na administração dos recursos financeiros, no entanto, é onde se percebe com
maior efetividade esta participação.
Grêmio estudantil:
No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares o Grêmio estudantil já foi iniciado,
porém ainda está em fase de implantação. No ano de 2009/2010, a direção, pais e alunos
participaram de reuniões para orientação e implantação do Grêmio estudantil, porém no
momento da montagem das chapas para concorrer eleição, não houve interesse por parte
dos alunos paralisando o processo de escolha.
Em 2011 houve montagem das chapas e eleição da primeira composição do
Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, porém no ano de 2012
alguns alunos saíram do colégio, o aluno presidente entregou o cargo por não estar bem
de saúde e desistiu de estudar, com tudo isso não houve efetividade nas ações do
grêmio.
Conselho Escolar:
52
A comunidade é convidada a participar do Colégio através do Conselho Escolar
que tem como principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do projeto
político-pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no
estabelecimento de ensino entre outras decisões de acordo com o Estatuto do Conselho
Escolar.
1.10 PROJETOS PEDAGÓGICOS
Os projetos pedagógicos desenvolvidos, no ano de 2010 a 2012 com versão para
2013, no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares são:
Projeto: Conhecimento e Cultura, desenvolvido nos primeiros quinze dias do
ano letivo, com o bjetivo principal destacar a importância do
estudo/conhecimento e o habito do estudo;
Projeto Consciência Negra, desenvolvido através dos conteúdos curriculares
durante o ano letivo com culminância no dia 20 de novembro;
Educação Profissional
Desenvolvimento de planos de negócios, que viabilizam o empreendedorismo
no ambiente escolar, através de pesquisas cientificas, apresentadas a comunidade
escolar em cerimônia pública.
Ciclo de Palestra com profissionais, da área do curso ofertado, administração.
2. MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico)
“Não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar.”
Thiago de Mello
2.1. Concepção de sociedade, homem, aluno, professor, educação, conhecimento,
escola, ensino-aprendizagem e avaliação.
2.1.1 Concepção de Sociedade
A sociedade que queremos deverá ser alicerçada em valores perenes como:
pessoais, sociais, éticos, espirituais, afetivo, ecológico e material.
53
Valores Pessoais: o ser humano é vida e essa é o fundamento dos outros valores
como a liberdade, a responsabilidade, a consciência moral, auto-conhecimento, a
auto-estima saudável, a saúde, a integridade moral e física.
Valores Sociais: respeito ao semelhante, a convivência fraterna, a vivência da
justiça, o respeito à liberdade, a sociabilidade, a boa educação e o espírito de
solidariedade. Falar de cidadania é falar de igualdade de oportunidades entre as
pessoas, da consciência de que é possível transformar e conviver com as
diferenças e que o bem-estar individual passa pelo bem-estar coletivo. A
construção da cidadania exige transformações profundas na sociedade e
mudança de paradigmas, a partir de uma visão ético-política. Essas mudanças
ocorrem simultaneamente nas pessoas e no contexto em que são inseridas:
Busca dos direitos;
Compromisso com seus deveres;
Cidadania e
Comprometimento social.
Valores Éticos: são os que se referem ao bem, à boa conduta, ao bom caráter.
São importantes para a vida pessoal e vida social: honesta, sincera e íntegra.
Valores Espirituais: são aqueles que se referem ao espírito humano, à
inteligência e ao conhecimento na busca pelo transcendente (o que está além de
determinado limite, tomado como medida ou ponto de referência, mais
precisamente, começando com Kant, entende-se por uma noção que excede os
limites da natureza possível).
Valores Afetivos: amor, amizade e carinho. O ser humano não vive sem afeto.
Dignidade humana é a expressão externa de um estado interno de auto-
valorização.
Ao escolher ou nos tornarmos conscientes dos valores que adotamos como
motivações para o nosso comportamento, nós atribuímos valor ou importância a um
aspecto da vida, o qual, por sua vez, influencia o modo como abordamos a vida.
Fundamentar os conhecimentos científicos, alicerçados em práticas inspiradas em
mudanças positivas, para que estas contribuam para a transformação do mundo, através
das palavras, ações, conduta, cidadania, bem como todo o tipo de depoimento que
54
propicie à Comunidade Educativa a potencialização de estímulos projetados ao pensar,
refletir, entender, perceber, assimilar e colocar em prática os conhecimentos adquiridos.
Valores Ecológicos: ênfase para caminharmos em busca de uma ecologia
integral que reflita sobre a degradação da vida no planeta (crise ambiental) e
sobre o aumento vertiginoso da massa de pessoas miseráveis e excluídas (crise
social).
Valores Materiais: refere-se ao modo honesto de garantir a sua subsistência
com dignidade.
Estamos num “sistema” que estimula as pessoas a lutarem, freneticamente, por
tudo aquilo que as desfigura em sua própria essência: a ambição e a ganância sem
limites, a fome pelo poder que oprime os outros, o consumo desenfreado, o narcisismo e
a ostentação, o individualismo, a inveja e a competição a qualquer preço.
Aprender a ser e aprender a conviver, contribuir com o nosso fazer, princípios
filosóficos norteadores da educação, é o que nós vislumbramos contemplar no
desenvolvimento dos nossos projetos sociais.
Em momentos de crise, chegamos a um ponto onde reconhecemos a necessidade
de resgatar a formação de valores e contribuir com a sociedade de forma concreta, com
ações efetivas, pensando em prestar auxílio às pessoas necessitadas de apoio material
e/ou solidário.
A solidariedade revela o quanto uma pessoa é verdadeiramente humana. Em
outras palavras, a pessoa “verdadeira” é aquela que é solidária ao outro nos momentos
de felicidade e nas situações de dor e de sofrimento.
2.1.2 Concepção de Homem
O Homem é concebido como sujeito concreto, ativo, autônomo e crítico. Um ser
de relações, que influi no meio e por ele é influenciado. Um ser inconcluso, inacabado
e, portanto em permanente estado de busca. E por estar em constante estado de busca é
sujeito e senhor da sua história e do seu tempo.
Cabe a ele criar, recriar, significar e re-significar os acontecimentos da vida
cotidiana utilizando-se para isso do diálogo. Esse diálogo se dá no mundo e com o
mundo: ele dialoga com o mundo, com as pessoas e consigo mesmo. Este diálogo é
55
motivador, instigante, desafiador e transformador. Transformador por que possibilita
ação-reflexão, fruto da análise, da reflexão, da escolha consciente e da ação coletiva e
engajada.
A educação, neste contexto é entendida como processo de reconstrução do
homem em todas as dimensões, pessoais, sociais, culturais e históricas. Realiza-se
promovendo uma ação de desequilíbrio perante a realidade, agindo ou interferindo no
processo evolutivo, provocando uma ruptura necessária para mudar a direção de seus
fenômenos determinantes.
O ser humano está situado em um mundo cujas leis e princípios parecem
imutáveis como se fosse sua própria destinação. Porem, ele não é um ser destinado a ter
um viver determinado pelas forças que o circundam. O seu destino não é pronto e
acabado, mas um buscar contínuo de uma determinação que jamais poderá estabelecer-
se como definitivo. O definitivo conduziria suas atitudes para a impossibilidade e para a
estaticidade, contrariando a sua natureza dinâmica e a sua possibilidade de fazer e
refazer o seu mundo. Um aspecto inalienável do homem, na natureza, é a sua
capacidade de fazer a sua escolha, de pensar o seu pensar, de querer o seu querer, de
sentir-se como alguém que é capaz de ser.
Partindo deste enfoque, necessário se faz vislumbrar o homem na sua totalidade
inserido dentro do seu contexto, mas para que tenhamos esta visão global, sistêmica ou
holística é necessário compreender o homem em todas as suas dimensões pessoais, para
ajudá-lo a escolher os seus melhores caminhos, no intuito de torná-lo consciente e livre,
desenvolvendo-se como totalidade existencial, pressupondo uma educação que liberte,
que conscientize e comprometa a pessoa diante do seu mundo.
Caberá a este homem compreender a cidadania como participação social e
política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais;
posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações
sociais; conhecer características fundamentais do Brasil para a construção da noção de
identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertença ao País; conhecer e valorizar a
pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro e de outros povos, evitando
discriminações; perceber-se integrante, conectado, interligado, relacionado,
independente e agente transformador do ambiente contribuindo ativamente para a
56
melhoria do meio ambiente; desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo tendo
em vista a inter-relação pessoal e a inserção social; conhecer e cuidar do próprio corpo;
utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal –
como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das
produções culturais; saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; questionar a realidade
formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento
lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação.
2.1.3 Concepção de Aluno
O aluno é hoje concebido como um ser que tem motivos, necessidades,
interesses e modos de pensar e agir específicos e associados a sua história pessoal,
social e cultural. Um ser completo e complexo, mas “único, competente e valioso”
(BEHRENS, 2000, p. 72).
No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares o aluno é motivado e desafiado a ser
ativo, crítico, reflexivo, questionador, curioso, autônomo, independente, criativo, sujeito
de sua própria história e tempo e responsável. Ele deverá, portanto abandonar o papel
passivo para possibilitar a construção do conhecimento.
Como o aluno é sujeito no processo, um questionador, um investigador, ele
desenvolverá o raciocínio lógico, agirá com criatividade, terá capacidade produtiva e
saberá viver com cidadania e ética.
2.1.4 Concepção de Professor
Muito se espera do professor que trabalha nas escolas da atualidade, onde
convivem simultaneamente demandas de modernidade, com uso de novas tecnologias e
recursos pertencentes ao arsenal científico e cultural disponível para a humanidade, e
demandas de valores éticos e posturas solidárias, sem as quais o equilíbrio entre as
pessoas, os povos, as nações, fragiliza-se ainda mais, a ponto de colocar em risco o
processo de paz planetária e, em última instância, a sobrevivência na Terra.
57
Interagir com esse aluno que está conectado aos acontecimentos mundiais em
tempo real, mas não dispõe ainda da maturidade suficiente para interpretá-los com a
devida profundidade, posicionando-se imparcialmente com vistas ao bem comum, é um
desafio tão intenso que exige do educador uma visão de futuro, aliada a uma postura
crítica que pressupõe capacitação constante, estudo continuado, curiosidade, interesse
em estar atualizado não apenas nos conteúdos que leciona, mas também nos demais
conteúdos afins de sua área, como também no que se refere aos acontecimentos que
marcam a nossa civilização.
Ensinar e aprender com os alunos, agir ao mesmo tempo como mestre e
aprendiz, estar preparado para ouvir o que os educandos têm a dizer, valorizar sua
contribuição, fazer as devidas intervenções, colocar os limites, definir
responsabilidades, manifestar e cobrar coerência, são requisitos fundamentais aos que se
dedicam à Educação. Devem estar atentos ao local de sua inserção na instituição,
procurando perceber as bases em que a Educação está arraigada, para transformá-la, não
através de mera alteração na metodologia adotada, mas, principalmente, procurando
modificar o vínculo docente-aluno, a fim de promover a transformação do espaço
educativo em espaço de confiança e aprendizagem.
Há que se considerar a peculiaridade desse espaço educativo dos dias de hoje,
onde o saber que o professor deve transmitir não é mais o centro de gravidade do ato
pedagógico, como já o foi. Quando o professor detinha a verdade do conhecimento, o
aluno ficava quieto, passivo. Atualmente, o modelo e o princípio da aprendizagem estão
no educando, a tal ponto que o ato de aprender se tornou mais importante que a ação de
ensinar. Pode-se dizer que o saber docente fica diretamente ligado a uma relação
pedagógica centrada nas necessidades e interesses do aluno. Ele orienta esse aluno na
busca de conhecimentos e informações. Sua função, para os menos atentos, até pode ser
confundida com um saber-estar, saber lidar/negociar com as crianças e os jovens. Esta,
no entanto, é apenas uma mínima parcela do trabalho do professor. Há que se lembrar,
também, que a relação com as famílias exige preparo e discernimento de todos os que se
dedicam à Educação.
Nesse contexto, a especificidade do saber docente ultrapassa a formação
acadêmica, abarcando a prática cotidiana e a experiência vivida. Podemos dizer que é
58
um saber heterogêneo e plural. Como a pertinência dos saberes escolares não é mais
tida como óbvia nessa nova realidade globalizada e informatizada, a função docente
passa a dirigir um olhar especial à preparação dos sujeitos, equipando-os em
consonância com a concorrência impiedosa que rege o mercado de trabalho. Mas, nesse
processo, a escola não pode abrir mão da formação do aluno em termos de valores, ética
e cidadania. Com certeza, o papel do professor é decisivo na formação pessoal e
profissional das novas gerações. Da sua maneira de conhecer/conceber o aluno vai
depender o relacionamento de ambos, que está sempre fundamentado em valores morais
e éticos, em que se baseiam as condutas individuais, embasando o posicionamento do
sujeito no mundo. Qualquer que seja a disciplina que lecione, o professor transmite
simultaneamente uma filosofia viva que ele é.
Ele passa aos alunos sua visão de mundo, e isso fica entranhado no estudante,
muito mais que os conteúdos. O professor tem oportunidade de propor discussões,
despertar questionamentos, formatar opiniões. Ele educa mais pelo que ele é, pelos
princípios que norteiam sua conduta, pelo exemplo, do que pelo conteúdo que ensina.
Assim, na atividade docente, realizada concretamente numa rede de interações
com outros sujeitos, o professor passa a ser um profissional que evidencia
conhecimentos, valores, símbolos, sentimentos e atitudes. Com seu trabalho, vai
contribuir para formar pessoas que tenham condições de desenvolver suas habilidades
intelectuais, morais, físicas e sociais. Para tanto, precisa ser valorizado e valorizar-se,
acreditando no seu trabalho e nas pessoas com as quais interage. Precisa ser respeitado,
participar das decisões e propostas que envolvem a especificidade da sua função,
envolvendo-se ativamente na sua execução, com competência e satisfação.
É exatamente esta concepção que faz o pêndulo se centrar não mais só no
professor ou só no aluno, mas, na atuação do professor enquanto mediador entre o
conhecimento e seus alunos. É o professor quem deve perceber o nível de
desenvolvimento real e proximal, com vistas à alavancar o desenvolvimento potencial
dos alunos, objetivo da prática educativa no contexto da sala de aula.
O processo ensino-aprendizagem é dinâmico, complexo e ocorre em situações
concretas e tem múltiplas determinações, internas e externas à escola. A aprendizagem
não ocorre apenas na sala de aula, mas nela o processo ensino-aprendizagem precisa ser
59
organizado segundo finalidades, objetivos e atividades favorecedoras da construção-
reconstrução do conhecimento e da busca de novas formas de aplicá-lo. O professor
deve evitar um fazer pedagógico espontâneo, mecânico e repetitivo, entendendo que as
situações de ensino são situações didáticas, determinadas e determinantes. Abrangem o
comprometimento da sala de aula com a escola, a comunidade, a sociedade e a cultura.
A postura comprometida com o fazer pedagógico e com o social é condição
básica para superar um ensino paralisante, transmissor de verdades, conceitos e
preconceitos cristalizados e para permitir uma prática pedagógica transformadora.
Tarefa complexa que exige do professor uma formação que leve em conta sua
capacidade de desenvolver a pesquisa para a construção do seu saber-fazer em sala de
aula. O professor educador é semeador de projetos de vida, é o norteador de caminhos
profissionais, é o que assume o compromisso com o desenvolvimento do outro.
2.1.5 Concepção de Funcionário Educador5
Hoje, vive-se um momento de depuração, o qual requer o reconhecimento do
funcionário escolar como educador, sua consideração como um agente planejador,
executor, avaliador do projeto político-pedagógico da escola. Isso pressupõe,
inicialmente, uma formação inicial e continuada casada com a identidade profissional
que cada um constrói no seio da escola e a partir do seu exercício.
Nesse sentido, os princípios que sustentam e fundamentam a constituição das
identidades dos trabalhadores em educação – funcionários de escola encontram-se
estreitamente relacionados à concepção do ambiente escolar como espaço democrático
de formação integral e cidadã e à reconstrução do fazer pedagógico como prática
coletiva de trabalho e convivência.
O termo “trabalhador em educação – funcionário de escola”, apesar de parecer
auto-esclarecedor, pode suscitar inúmeras e diferentes interpretações, não sendo, ele
próprio, consenso entre os profissionais da educação, que buscam uma terminologia
mais apropriada ao atendimento das demandas pela construção da identidade.
Quando se trata da educação escolar, mais do que adaptar as orientações da
teoria clássica da administração, ainda em voga na maioria das práticas administrativas,
5 Texto elaborado pelos funcionários da escola durante a semana pedagógica de Agosto/2010
60
devido às particularidades da educação ali empreendida, todo profissional que atua deve
postar-se como educador. O que extrapola a aplicação de regras e propõe postura ativa
na perspectiva de construção da cidadania, frente às demandas colocadas à escola.
O funcionário de escola deve compreender a sua função no ambiente escolar, por
mais que desempenhe uma função técnica, ele é parte do processo escolar, ao abrir um
portão, para recepcionar o aluno, acaba por atuar como educador que cumprimenta e
demonstra respeito e organização, a merendeira não fará apenas o alimento, mas
organizará junto com os outros segmentos e mesmo com os professores, ações
educativas com o manejo e reaproveitamento dos alimentos. O secretário ao atender a
comunidade escolar, e os segmentos da escola, desenvolverá ações que necessitem de
sua postura de educador.
Todos os profissionais que desempenham função na escola, são educadores em
potencial, pois organizam, estruturam, assessoram de forma educativa as ações
existentes na escola e, devem se ver não mais como um fragmento ou uma parte isolada,
mas sim, como um segmento essencial na formação do indivíduo enquanto cidadão e
ator social.
2.1.6 Concepção de Educação
A Educação é uma relação “humana, dinâmica e aberta” (BEHRENS, 2000, p.
76) buscando propiciar a justiça social, a ética, a paz, o desenvolvimento sustentado e
desenvolvimento espiritual e emocional de toda a comunidade escolar.
O momento educacional que se vive conduz a um repensar sobre a Educação
como um processo de desenvolvimento de capacidades (física, moral e intelectual) do
ser humano, visando à sua melhor integração individual e social e a do Ser melhor, do
Ser pleno, do Ser cidadão, centrando todas as potencialidades em um Ser, caminhando
em processo de aperfeiçoamento.
A educação, portanto, é um processo que desvenda desperta, dinamiza e
encaminha todas as potencialidades de ser e fazer. É a própria essência humana que
germina e desabrocha, tornando o homem ele mesmo, por meio da comunhão com os
seus semelhantes. Por isso, a educação é um processo contínuo, transcendente e de
61
discernimento. Está fundamentada na busca dos verdadeiros valores provenientes da
liberdade interior e das descobertas espontâneas, orientando o educando, na escolha de
valores coerentes e emancipatórios.
Internalizam-se estes valores na medida em que se dá espaço para o “SER”
emergir.
2.1.7 Concepção de Conhecimento
Contrariando todas as expectativas e anseios, a educação brasileira chega ao
Século XXI ainda sob forte influência da abordagem analítica ou reducionista
(Pensamento clássico ou cartesiano): pensamento linear, ensino fragmentado, avaliações
descontextualizadas, disciplinas dissociadas, sem conexão ou inter-relação com as
demais; professores trabalhando de forma solitária, ilhados em pequenas ilhas de
conhecimento/especialidade. Dentro deste contexto, o papel do conhecimento na escola
está sendo questionado.
Capra (1996, p. 23) afirma que “quanto mais estudamos os principais problemas
de nossa época, mais somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos
isoladamente. São problemas sistêmicos”.
A grande contribuição para a ciência e, também para a educação, trazida no bojo
da abordagem sistêmica, “é a mudança profunda na forma de pensar e perceber o
mundo” (CAPRA, 1996, p. 24). Significa “conceber o mundo como um todo integrado,
e não como uma coleção de partes dissociadas” (CAPRA, 1996, p. 25). Perceber que
todos os problemas estão intimamente ligados, interligados, inter-relacionados e que as
gerações futuras sofrerão as conseqüências das decisões tomadas agora. Portanto, as
soluções viáveis “são as soluções sustentáveis” (CAPRA, 1996, p. 24).
O conhecimento é concebido como contextual e processual. Contextual, pois “as
propriedades das partes não são propriedades intrínsecas, mas só podem ser entendidas
dentro do contexto do todo maior” (CAPRA, 1996, p. 46) Processual porque “toda
estrutura é vista como a manifestação de processos subjacentes” (CAPRA, 1996, p.50).
Os conhecimentos construídos serão sempre provisórios. Não há verdade
absoluta e nem certezas permanentes, portanto, o conhecimento adquirido na escola
deve propiciar o “... aprofundamento das relações do indivíduo consigo mesmo, com a
62
família, com a comunidade, com o planeta, enfim com o cosmos” (CARDOSO, 1995, p.
59 in BEHRENS, 2000, p. 76).
2.1.8 Concepção de Escola
“A escola não é mais a única instituição que permite o acesso à informação e à
produção do conhecimento, mas ainda detém o papel forte de ser a agência formal de
escolaridade”. ( BEHRENS, 2000, p. 73)
A escola deve possibilitar o desenvolvimento das capacidades do aluno, suas
participações em relações sociais, políticas e culturais diversas e ampliadas, o exercício
da cidadania em busca de uma sociedade mais democrática. Essa valorização do aluno
enquanto agente do seu saber-fazer mediante a construção-reconstrução do
conhecimento, remete à necessidade de colocá-lo frente às questões relativas à
globalização, às transformações científicas e tecnológicas, aos valores éticos da
sociedade, às necessidades atuais impostas pelo trabalho.
Enfim, o que se propõe nesta escola é a formação de um aluno-cidadão em
contato com os saberes selecionados como necessários para a construção desta
cidadania a partir do espaço escolar, concebido como uma permanente construção.
2.1.9 Concepção de Ensino-Aprendizagem
A concepção de processo ensino-aprendizagem tem por base o interagir e o
construir que acontece através do diálogo: do sujeito consigo mesmo, com o outro e
com o mundo. A sala de aula deve propiciar o desenvolvimento da inteligência o que
permite um processo de construção contínua colocando o pensamento a serviço da ação.
O ensino deve se basear no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de
problemas pelo aluno. O fundamental é o processo e não o produto final. A autonomia
explicita-se pela participação e pela busca de novas formas de pensar e de conhecer em
situações cooperativas e socializadoras.
O contexto da sala de aula, percebido como o da interação entre professores,
alunos e o conhecimento, potencializadora do desenvolvimento de aprendizagens
significativas, de agentes sociais que se constroem no processo. Faz, dessa maneira, o
pêndulo se equilibrar: o centro não é o professor-transmissor de conteúdos, também não
63
são apenas as atividades dos alunos sob orientação do professor - no contexto de sala de
aula ocorre a interação dos sujeitos, professores e alunos, com o conhecimento, tendo
em vista aprendizagens significativas.
Para propiciar a democratização do ensino, acesso e possibilidades reais de
aprendizagem torna-se necessário pensar uma prática educativa inserida no contexto das
relações sociais globais, que considere a realidade viva do educando e a realidade viva
da sociedade.
O novo paradigma tecnológico tem provocado profundas transformações na
realidade social que impõe, por sua vez, novas exigências para o processo educacional
e, em particular, para a educação escolarizada.
Face ao avanço das novas relações entre os processos educacionais e as
tecnologias de informação e comunicação, a educação deverá promover, em todos os
sentidos, o desenvolvimento do educando, com vistas a uma interação crítica com o
mundo, moldado pela ciência e tecnologia. A relação entre pais e escola é construída
desde muito antes da entrada de um filho nesta instituição.
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como norteador a Teoria Sistêmi-
ca, onde:
Um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação mútua. Esta definição pode ser aplicada para o indivíduo, para a família ou mesmo para a sociedade. Cada sistema pode se cons-tituir de sub-sistemas e estar inserido em outros sistemas maiores. Nesta perspectiva, a família pode ser vista como um sistema que é parte de um outro maior e composto de muitos subsistemas. A família é composta de muitos sub sistemas, como subsistema mãe e filho, o casal e os irmãos. Ao mesmo tempo, a família é uma unidade que faz parte de um supra-sistema que é composto pelos vizinhos, organiza-ções, igreja, instituições de saúde, escola, etc. (Galera SAF, Luis MAV,USP, 2002)
O objetivo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, a priori, é caminhar na
direção do aluno, fazer com que acredite em si mesmo e na escola, que a considere
como o lugar onde pode decifrar os mistérios do mundo em que vive.
Dentro dessa perspectiva educacional faz-se necessário dispensar importante
atenção à comunidade escolar, carente de necessidades específicas, no que tange às
64
características não só de dificuldades, mas também quanto aos distúrbios de
aprendizagem inerente a cada aluno. Esta atenção inclusive já se encontra prevista na lei
9394/96, atualizada por Decretos Governamentais.
Desta feita, a escola deve assegurar propostas educacionais que contemplem
alunos, cujas deficiências perpassam os Transtornos Globais de Desenvolvimento, bem
como foco naqueles que apresentam altas habilidades, super-dotação, oferecendo
atenção continua e individualizada, sendo esta contemplada em cada disciplina, dentro
de sua proposta curricular. Hoje a construção do currículo conta com a participação dos
professores. Além de manter o vínculo com o campo das teorias críticas da educação e
das metodologias que priorizam diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar, a
concepção de conhecimento considera suas dimensões científica, filosófica e artística,
enfatizando-se a importância de todas as disciplinas. Os conteúdos disciplinares devem
ser tratados de modo contextualizado para que os conhecimentos contribuam para a
crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da
sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão
filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.
A relação professor x aluno deve ser pautada em uma relação de cooperação,
respeito, afetividade para o crescimento na área do conhecimento, o educando deve ser
considerado como um sujeito interativo, ativo e construtor do conhecimento. Neste
contexto, o professor é um agente mediador do processo de ensino aprendizagem, sob
uma perspectiva dialógica, crítica, onde se busca a construção da autonomia para o
exercício da cidadania.
2.1.10 Concepção de Infância e Adolescência na perspectiva do processo de ensino
aprendizagem
A escola passa por um tempo de debates e transformações, considerando tam-
bém as mudanças pelas quais vem sofrendo o contexto social onde se insere os sujeitos
escolares, tanto o aluno quanto o professor, que no dia a dia se afectam6 no encontro en-
tre si. Nesse movimento de transformações que vive a sociedade é que sempre nos pro-
6
Afectar com “c” carrega o sentido Deleuziano de afetar e ser afetado pelo outro.
65
pomos, enquanto instituição educacional, a discutir esse processo, de mudanças pelos
quais nossos educandos estão imersos e, realizar as devidas adequações em nosso Proje-
to Educativo.
O Processo de Desenvolvimento do Educando e a Concepção de Ensino
Aprendizagem
O termo desenvolvimento é muito mais amplo e complexo. Se o crescimento
tem a ver com o aumento da estatura, do peso e outras mudanças estruturais e orgânicas,
o desenvolvimento define o processo ordenado e contínuo que principia com a própria
vida, no ato da concepção, e abrange todas as modificações que ocorrem no organismo e
na personalidade. A hereditariedade e o ambiente, a maturação e a aprendizagem são
fatores do desenvolvimento. Entende-se então que, para determinar o processo de
desenvolvimento em todas as suas fases, as condições estruturais e orgânicas atuam
simultaneamente com os estímulos ambientais.
Desenvolvimento é o processo através do qual o indivíduo constrói, nas relações
que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.
Toda atividade humana depende da maturação. Portanto, para que a
aprendizagem se processe é necessário que o organismo esteja suficientemente maduro
para recebê-la.
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já
maduro. É o processo através do qual a criança se apropria do conteúdo da experiência
humana, daquilo que seu grupo social conhece, que se expressa diante de uma situação-
problema, sob forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.
Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos,
especialmente os adultos e com outras crianças mais experientes. Ela vai ampliando
suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e
para as experiências que vivencia.
Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento é
necessário que o educando perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida.
Este deverá ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento.
66
Aquilo que é aprendido precisa ser significativo para ele. Deve envolver raciocínio,
análise, imaginação e o relacionamento entre ideias, coisas e acontecimentos.
É na família que acontece a primeira socialização da criança e, portanto, os
primeiros ensinamentos. Na escola, o professor deve estar atento às etapas do
desenvolvimento do aluno e colocar-se na posição de facilitador da aprendizagem. As
crianças devem ser vistas como seres humanos em desenvolvimento.
A adolescência é considerada como a fase de organização da personalidade
porque é nela que se completa o processo evolutivo de estruturação e integração das
funções psicológicas. É um período de grandes e profundas perturbações. Tudo aquilo
que a criança supunha conhecer, se transforma e adquire nova fisionomia, passa a
perceber-se e que precisa construir, novamente, seu mundo e organizar outra escala de
valores.
Quando o professor respeita a dignidade do educando e trata-o com atenção e
ajuda construtiva ele desenvolve tanto na criança como no adolescente a capacidade
destes, de procurar dentro de si, as respostas para seus problemas, faz se sentirem
responsáveis e agentes do seu próprio processo de aprendizagem. O papel do professor é
fundamental. Pode influenciar ainda, de maneira decisiva a construção da auto-imagem
deles, de sua maneira de ver a si mesmos. Só se tiver uma auto-imagem positiva o aluno
terá a necessária motivação para aprender e poderá ir adquirindo um comportamento
independente que vai prepará-lo para sair-se bem nas situações novas com que se
defronta.
Os conceitos apresentados no texto7 a seguir complementa as discussões realiza-
das para a implementação do Ensino Fundamental de nove anos, na rede pública do es-
tado do Paraná e apresenta uma concepção de infância numa perspectiva histórica.
Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é im-
portante compreender que o conceito de infância sofreu transformações historicamente,
o que se evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates
educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil. Os debates políticos em
7 Texto extraído do Caderno de Orientações: Ensino fundamental de nove anos: orientações pedagógi-cas para os anos iniciais / autores: Angela Mari Gusso… [et al.] / organizadores: Arleandra Cristina Ta-lin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. -Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação 2010. (p. 10-12)
67
torno da constituição de 1988 e os estudos de diversas áreas do conhecimento contribuí-
ram para o questionamento da concepção de naturalização das desigualdades sociais e
educacionais, até então predominante, para o reconhecimento de que as condições de
desigualdade das crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais e soci-
ais. Assim, à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este
passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como sujeito de direi-
tos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e
do Adolescente, nos anos 1990, a LDB n.o 9394/96, além de textos curriculares que tra-
tam da especificidade da infância (KRAMER, 2006). Se no contexto político, as dife-
rentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas educacio-
nais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão e definição de
uma concepção de infância é primordial na condução do trabalho. Esta concepção orien-
tará os conceitos sobre ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteú-
dos, a metodologia, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades de-
safiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor,
mas por todos os profissionais da instituição.
Entre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da vida
adulta, ganha destaque o historiador francês Ariès. Em seus estudos, Ariès analisa dife-
rentes significados atribuído à infância, em especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo
este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento de infância como etapa
específica da vida humana, portanto com características e necessidades próprias. Ariès
afirma que é no fim da Idade Média que se inicia um processo de mudança, pois a infân-
cia passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de
atenção dos adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disci-
plinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional impulsi-
onado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças, particu-
larmente no período do capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas2,
sua pesquisa é considerada relevante pelo fato de que contribuiu para a compreensão da
infância como um conceito construído historicamente.
68
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa com-
preender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase adulta
(KUHLMANN, 1998).
Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de determina-
ções sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e cultural. Sig-
nifica ainda considerar, no contexto da práxis pedagógica3, que a criança emite opiniões
e desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de clas-
se social ao qual pertence.
Portanto, é importante perceber que “as crianças concretas, na sua materialidade,
no seu nascer, no seu viver ou morrer, expressam a inevitabilidade da história e nela se
fazem presentes, nos seus mais diferentes momentos” (KUHLMANN, 1998, p. 32).
Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição
da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto,
não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias es-
tão submetidas a processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida.
Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os
diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como
conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância8.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que
as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mun-
do: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige
proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e autocuidados; o intenso desen-
volvimento físico-motor; a ação simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múl-
tiplas linguagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a cons-
trução da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos (FARIA &
SALLES, 2007).
Pode-se afirmar que tem ocorrido avanços nos estudos sobre a infância à medida
que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção social, o que supera as
compreensões de caráter inatista, pois se compreende que a aprendizagem se dá na inte-
ração social, não estando condicionada pela maturação biológica.
8 Grifo nosso
69
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção históri-
ca foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007) que, ao analisar
o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligência e
das características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos tornamos humanos
a partir da interação com outros seres humanos. É, portanto “a partir de sua inserção
num dado contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de sua parti-
cipação em práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativa-
mente as formas de comportamento já consolidadas na experiência humana” (REGO,
1995, p. 55). Os estudos de Vygostsky (2007) indicam que é importante analisar critica-
mente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está trabalhando,
quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se apropriem dos con-
teúdos organizados no currículo escolar. Isso significa, por exemplo, que, se vivemos
numa sociedade letrada, espera-se que todas as pessoas, na idade socialmente reconheci-
da como adequada, tenham asseguradas as condições para se apropriar deste conheci-
mento.
A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola,
em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educati-
vos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto de-
vem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto dos profissionais da unidade escolar,
além de devidamente sistematizados na proposta pedagógica.
Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais da
infância materializem se plenamente, hoje se sabe que o ser humano, antes mesmo do
nascimento, tem direitos historicamente conquistados e determinados legalmente. A
Constituição de 1988, por exemplo, no art. 2086, ao exigir a obrigatoriedade da educa-
ção infantil por parte do Estado, indica o reconhecimento da criança como cidadã, como
pessoa em processo de desenvolvimento e o seu direito de ser educada. Estes direitos
vêm estendendo-se à medida que a sociedade se reorganiza e mobiliza, reivindicando
outras ou melhores formas de educar.
70
2.1.11 Concepção de Educação Profissional
A partir do ano de 2003 inicia-se no Estado do Paraná uma política de educação
sob uma perspectiva democrática e de retomada da política de educação profissional, o
Estado do Paraná assume também uma nova concepção de educação, que rompe com a
dimensão que articula diretamente ao mercado de trabalho a empregabilidade e a
laborabilidade.
Assume-se também o compromisso com a formação humana dos alunos, a qual
requer apreensão dos mesmos com conhecimento científico, tecnológicos e histórico-
sociais pela via escolarizada.
Conforme disposto na LDB, 9394/96 a Educação Profissional se inscreve no
âmbito da educação escolar, articulando-se à formação básica, que é comum a todos os
brasileiros, de modo que esta possa lhes assegurar a formação indispensável ao
exercício da cidadania, e a efetiva participação nos processos sociais e produtivos bem
como a dar continuidade aos estudos na perspectiva da educação ao longo da vida.
Devendo assim estar integrada às diferentes formas de educação. Bem como ao
trabalho à ciência e a tecnologia tendo como finalidade conduzir o aluno ao permanente
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva, devendo esta estar articulada com o
ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada em instituições
especializadas ou no ambiente de trabalho.
Esta concepção de educação profissional incorpora a categoria trabalho e
reconhece sua dimensão educativa, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade
da educação escolar vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social.
Em um de seus escritos GRAMSCI, relata que a escola que unifica trabalho,
ciência e cultura será necessariamente ativa e articulada ao dinamismo histórico da
sociedade em seu processo de desenvolvimento. Sua finalidade é a formação de homens
desenvolvidos multilateralmente, que articulem à sua capacidade produtiva as
capacidades de pensar, de estudar, dirigir ou exercer o controle social sobre os
dirigentes. (GRAMSCI,1968 in DCE Educação Profissional do Estado do Paraná)
As Diretrizes Curriculares para Educação Profissional orienta que o aluno
deve ser educado tanto para as atividades intelectuais como para as instrumentais e as
71
instituições de ensinos profissionalizantes devem propiciar uma orientação múltipla
para as futuras atividades profissionais tão complexas e articuladas à ciência senão
sobre as bases de uma cultura geral formativa de caráter teórico-prático. Ao mesmo
tempo deverá estimular a necessidade de educação permanente e contínua, que permita
atualizar as atividades culturais e profissionais, o que exige o domínio das competências
relativas à pesquisa e ao desenvolvimento.
Desta forma a educação profissional é desenvolvida por ações intencionais e
sistematizada sobre uma sólida base de educação geral, científico-tecnológica e sócio-
histórica, sendo uma parte integrante da educação nacional.
Segundo kuenzer, para atender estes princípios educativos e profissionais, a
escola que oferta a educação profissional deve contemplar em seu currículo escolar:
-Os princípios científicos gerais sobre os quais se fundamentam as relações
sociais e produtivas;
-Os conhecimentos relativos ás formas tecnológicas que estão na raiz dos
processos sociais e produtivos contemporâneos;
-As formas de linguagem próprias das diferentes atividades sociais e produtivas;
-Os conhecimentos sócio-históricos e as categorias de análise que propiciem a
compreensão crítica da sociedade capitalista e das formas de atuação do homem, como
cidadão e trabalhador, sujeito da história.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Profissional tomar o
trabalho como princípio educativo significa defender o direito ao acesso à cultura, à ci-
ência e à tecnologia para todos os trabalhadores, de modo que estes possam desenvolver
competências ao mesmo tempo intelectivas e práticas dos alunos, para a formação da
práxis humana. E para tanto a escola deve assumir uma política de qualidade em sua
proposta pedagógica, o que se propõe esta instituição de ensino.
2.1.12 Concepção de Avaliação
Valoriza o processo, o crescimento gradativo, a construção e re-significação do conhecimento, buscando respeitar o aluno com seus limites e suas qualidades e contempla suas inteligências múltiplas. A avaliação não se limita a apenas ao resultado, com único objetivo de
72
mensurar resultados, mas busca antes de tudo desafiar “o aluno a encontrar novas respostas, a pesquisar outras possibilidades” (BEHRENS, 2000, p. 75).
Neste contexto o trabalho em grupo é extremamente importante, pois através do
intercâmbio e cooperação cada um faz sua própria construção, a partir da sua visão de
mundo, ajudando a promover a construção e a consolidação do conhecimento individual
e coletivo. Outros instrumentos de avaliação que favoreçam a construção do
conhecimento também podem ser utilizados, como por exemplo:
1. seminários, onde o aluno faz uma exposição oral, utilizando a fala e
materiais de apoio adequados ao assunto proposto pelo professor.
2. debates, para possibilitar a discussão em que os alunos expõem seus
pontos de vista a respeito de assunto polêmico.
3. relatório individual, cujo objetivo é a produção de texto pelo aluno ao
término de atividades práticas ou projetos temáticos.
4. auto-avaliação possibilita a análise oral ou por escrito que o aluno faz
do próprio processo de aprendizagem.
5. observação possibilita a análise do desempenho do aluno em fatos do
cotidiano escolar ou em situações planejadas.
6. conselho de classe, reunião liderada pela equipe pedagógica com o
intuito de compartilhar informações sobre a turma/serie e sobre cada
aluno para embasar a tomada de decisões.
2.1.13 Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente aos anos, às séries seguintes.
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão
Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
É vedada a progressão parcial na Educação Profissional Técnica de Nível Médio
ofertada na Rede Estadual. Serão aceitas transferências de alunos com dependência em
73
até três disciplinas, devendo esta(s) ser(em) cumprida(s) mediante plano especial de
estudos.
2.2. INCLUSÃO EDUCACIONAL
Durante muito tempo, as pessoas que por alguma condição não engajavam aos
padrões sociais pré-estabelecidos da sociedade eram rotulados como “inválidos” ou
“incapazes”. Este processo de exclusão atingiu principalmente os portadores de
deficiências porque a sociedade dominante tinha uma visão padronizada de perfeição.
Com o passar do tempo os portadores de deficiência passaram pelo processo de
integração que ingressaram em escolas especiais e mais tarde em classes especiais onde
deveriam se adaptar ao processo educacional.
Do ano de 1990 para cá, criou-se no Brasil a concepção de inclusão que é o
contrário do processo de integração que muda o direcionamento do atendimento, pois a
escola e a sociedade devem adaptar-se ao aluno, de modo a oportunizar condições
estruturais e organizacionais, que tenha como objetivo atender suas necessidades
educacionais e sociais específicas.
Neste contexto fez se necessário construir uma política inclusiva que buscasse
transformar a sociedade e o contexto escolar num ambiente participativo, democrático,
igualitário.
A concepção de sociedade para todos é pautada na consciência do respeito à
diversidade humana, estruturada para atender as necessidades de cada cidadão sem
discriminação. A “educação inclusiva” exige rupturas em todo o sistema, todos os
profissionais da educação devem estar comprometidos com o processo do respeito às
diferenças individuais de cada ser humano.
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares prima por uma educação
humanizadora, de respeito à diversidade humana, o trabalho realizado pela Equipe
Pedagógica, Direção e Professores, bem como todos os profissionais envolvidos neste
contexto, requer envolvimento no processo de inclusão, por meio de ações
desenvolvidas no cotidiano.
Antunes (2001) reforça esta ideia afirmando que, para que isso ocorra é essencial
74
que tenhamos coragem de desvestir, tirar a indumentária da escola, sua fisionomia de
quartel para que deixe de ser um campo de competição, para aos poucos ir se
transformando em verdadeiros centros de descobertas do outro e também um espaço
estimulado de projetos solidários e cooperativos.
Nesta perspectiva, a escola que assume a inclusão, deve trabalhar com uma
pedagogia que dê conta de atender as diferenças e especificidades de cada aluno,
contribuindo com elementos reais que viabilizem o pleno desenvolvimento de suas
possibilidades físicas, sociais e intelectuais.
2.3 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Tendo em vista que nos encontramos numa sociedade diversa, dinâmica e em
constante mudança, se torna imprescindível a manutenção constante e rápida das
informações veiculadas no meio educacional, tanto em âmbito didático como no aspecto
do conhecimento fornecido. É de suma e vital importância que a didática em sala de
aula se torne também dinâmica e atualizada e na medida do possível, vinculada com
informações e conceitos cotidianos para que se possa fazer uma ligação coerente entre o
aprendizado teórico e o conceito visual ou prático dos assuntos pré estabelecidos no
diálogo diário entre professor e aluno.
Tomando este objetivo como ponto auxiliar e alavancador às técnicas atuais de
ensino, se mostra claro que o uso de tecnologias podem e devem se tornar tanto potentes
como comuns no dia a dia do ensino-aprendizagem das escolas. O homem atual se
utiliza diariamente de diversos veículos de tecnologias como mídias de comunicação,
projetor, computador, máquinas operacionais, calculadoras, etc; se utiliza de forma
comum e corriqueira. Essa utilização se tornou necessária para que ele se enquadre no
mercado de trabalho e no seu meio de convívio social. Nada mais simples e lógico que a
escola passe a se apropriar destes meios e o professor se torna ator protagonista nestes
mecanismos, pois além de se aprimorar para fazer as devidas utilizações, ele passará a
mostrar um novo caminho no seu dia a dia de ensino-aprendizagem, isso como um
agente facilitador em suas técnicas didáticas para que o aluno possa ascender tanto a
curiosidade como a perspectiva de um aprendizado eficiente e dinâmico.
75
Entende-se por tecnologias de informação e comunicação todo objeto ou veículo
que consiga transmitir conhecimento ou qualquer assunto de forma ágil e prática numa
visão cada vez menos tecnicista, portanto podemos listar jornais, revistas, rádios,
televisão, TV Pendrive, projetores, informática, internet etc. O educador deve levar em
consideração que o uso destas tecnologias tem por objetivo aprimorar a didática e a
relação entre o conhecimento e sua aprendizagem com o foco no seu público discente,
ou seja, a utilização destas ferramentas deve ser bem planejada para que sua
apresentação não se torne apenas ilustrativa ou decorativa e, sim, uma explanação
dinâmica, abrangente, não tecnicista e agradável do assunto apresentado.
O uso das tecnologias na educação configura-se num movimento permanente
que deve se mostrar cada vez mais rotineiro através dos anos. O nosso desafio, claro, é
importante e duplo, não podemos banalizar o conhecimento humano e científico por
meio de ferramentas lúdicas para simplesmente agradar a visibilidade dos conceitos,
porém não podemos abandonar as novas tecnologias e, sim, teremos que aderir aos
novos parâmetros e paradigmas do mundo contemporâneo, pois são fundamentais para a
construção de um novo ser cidadão, esse que tem por objetivo ser um cidadão ativo,
produtivo e dinâmico dentro da sociedade moderna tendo perspectivas probabilísticas de
que este indivíduo como ser diverso possa ter escolhas diversas tanto em nível
profissional, cultural ou simplesmente humano.
Enfim, as tecnologias fazem parte de um mundo diverso e a escola deve estar
interada deste mundo com informações rápidas e contínuas, assim o processo escolar
envolverá cada ser dentro de seu ambiente seja produzindo cultura e/ou conhecimento.
A escola passa a se constituir de um espaço aberto de interações múltiplas, fortalecendo
o aprendizado, não apenas no sentido do mercado, mas de forma cultural e cidadã.
2.4 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
À escola está sendo atribuída a responsabilidade de acabar com o modo falso e
reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descentes para a
construção da nação brasileira, e evitar para que no seu interior, os alunos negros
venham sofrer os contínuos atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assim,
76
essas responsabilidades implicam em compromisso com o entorno sócio-cultural da
escola, com a comunidade onde essa se encontra, e principalmente com a formação dos
educandos para que, mais do que valorizar a contribuição dos povos africanos e
indígenas, todos possam conviver em harmonia e aceitar as diferenças. Esse trabalho
deve ser feito diariamente, pontuando as ações em que ocorrer possíveis desigualdades e
discriminações. O bom conviver dentro da escola levará o educando a processar a
diversidade como algo natural, espontâneo, que o levará a ser capaz de desempenhar-se
com equilíbrio quando jovem e adulto nas mais diferentes situações dentro e fora da
família, no trabalho e no lazer sob diferentes perspectivas: participar, ajudar, decodificar
palavras interpretar fatos e procedimentos.
Portanto, cabe a este estabelecimento de ensino cumprir no que se refere às leis
19639/03 e 11645/08 incluir em sua proposta curricular, o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena, através do envolvimento da sua equipe multidisciplinar, da
direção, equipe pedagógica, professores e funcionários para orientar e auxiliar o
desenvolvimento das relações relativas a este tema dentro do ambiente escolar ao longo
do período letivo.
No que se refere ao calendário escolar, comemoramos também, no dia 20 de
novembro o dia nacional da consciência negra, enfatizando principalmente o nome do
nosso Colégio, Zumbi dos Palmares, porém este dia previsto em calendário escolar é a
culminância de todo o trabalho realizado durante o ano letivo referente aos conteúdos
que perpassam todas as disciplinas abordando a historia e cultura afro-brasileira em
cumprimento a lei 11645/08.
2.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORANEOS
Percebemos que a luta da escola atualmente é fazer com que os conteúdos façam
um enfrentamento real as situações contemporaneidades que nos são postas diariamente.
O enfrentamento destas situações deverá estar incluso na prática diária dos professores
em sala de aula, para que eles deixem de ser apenas um discurso vazio.
Para isto, devemos conceituar quais os problemas a serem enfrentados:
• Violências;
77
• Uso indevido de drogas;
• Educação fiscal;
• Relações étnico-racial e afrodescendente;
• Gênero e diversidade sexual.
2.5.1 Violência
Violência é o uso intencional da força física e verbal do poder real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. (OMS).
É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva
histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que
se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola vem
tornando-se um fator preocupante, pelo fato de que enquanto espaço institucionalizado
de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo esta um processo de
sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo.
78
O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos
profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos,
seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações
práticas pedagógicas voltadas para a humanização da cidadania, bem como
a produção de material de apoio pedagógico.
2.5.2 Uso Indevido De Drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que
requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de
pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do
conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a
legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional
contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso
cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação
ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre
outros.
2.5.3 Educação Fiscal
A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função
socioeconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre
administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos
recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o
cidadão.
2.5.4 Relações Étnico-Racial e Afro descendência
Busca promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da
população negra paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas
ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Tem ainda, por objetivo, desenvolver ações de formação
continuada voltada aos profissionais da educação, produzir material didático-
pedagógico para subsidiar a comunidade escolar, bem como promover o diálogo
79
permanente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, grupos e entidades
representativas dos Movimentos Sociais, em especial do Movimento Negro.
2.5.5 Gênero e Diversidade
Para viver em uma sociedade digna e igualitária, é necessário promover meios
em que todos e todas entendam que a realidade vai muito além daquilo que vemos em
nossas casas, nas ruas de nosso bairro, nos espaços de lazer que frequentamos.
Educar para a cidadania é antes de tudo educar para o desenvolvimento,
colocar-se no lugar do outro, sensibilizar-se, contribuir para a transformação positiva da
realidade que o cerca.
A diversidade na escola promove a democracia, onde todos participam na
busca de soluções para seus problemas. Para que se de o devido respeito à diversidade
na escola deve-se aceitar que os envolvidos que interagem no processo e que possuem
visões de mundo e culturas diferentes não se tornem detentores da verdade, e sim
pesquisadores dela. “A projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante
pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada”
(TAYLOR, 1994, p. 58)
Garantir o acesso e a permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública,
gratuita e de qualidade por meio de políticas públicas educacionais. Refletir sobre o
preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual e à
identidade de gênero, e propiciar fundamentação teórico-prática para o enfrentamento
dessas práticas na escola. Discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre
saúde, prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude.
O PPP busca uma direção por tratar do compromisso com a formação do cidadão
para a sociedade e se concretiza na formação do cidadão, responsável, comprometido,
ético e crítico. E sendo um instrumento que possibilita a escola a inovar a sua prática
pedagógica garantindo o direito aos excluídos, combate às desigualdades e consolida a
escola como lugar central da educação.
A partir de 1997, com a lei nº 11733, o Poder Executivo Estadual autorizou a
implantação das campanhas sobre Educação Sexual nos Estabelecimentos de Ensino. A
80
SEED na Inst. Conjunta n° 02/2010 , considera que o aluno tem direito ao nome social e
este deve ser inserido nos documentos escolares.
2.6 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
2.6.1 Tempo e o espaço escolar
Para se obter uma escola gratuita e de qualidade é necessário que o Colégio
Estadual Zumbi dos Palmares repense seu tempo e seu espaço escolar. O Colégio deverá
propiciar tempo e ser espaço de ensino e de aprendizagem da comunidade escolar,
fortalecendo o espaço escolar como local de educação continuada.
Para a escola se tornar efetivamente espaço de local de educação continuada é
preciso tempo para os educadores estudarem/refletirem sobre a seu trabalho pedagógico
com os alunos e acompanharem o processo de aprendizagem; tempo para discutirem,
acompanharem e avaliarem o Projeto Político Pedagógico e o mais importante, é preciso
tempo e espaço para os alunos se organizarem para atividades para além da sala de aula,
pois segundo Baby, o tempo e o espaço escolar:
não se constitui apenas nas ações de sala de aula, tendo o professor à frente, mas pressupõe uma atitude por parte de todos os componentes do universo escolar, da direção da escola, da secretaria, dos pedagogos, dos pais, dos funcionários, que estão permanentemente com os alunos, no sentido de uma construção coletiva, pois participação se aprende e é preciso criar espaços para que isso aconteça.” (Baby, 2002, p. 25).
2.6.2 Características da comunidade escolar (cotidiano)
As relações coletivas precisam ser fortalecidas, mediante encontros, reuniões,
discussões, onde todos os habitantes do espaço escolar tenham a oportunidade de
apontar o que precisa ser mudado e indiquem caminhos para essas mudanças. A
participação de todos, com certeza, promoverá mudança palpável na cultura da
instituição, pois, “a escola atua como um instrumento de transformação, quando
exorciza a tirania que nela possa residir, tanto da parte do diretor, dos professores,
funcionários e alunos, quanto da própria comunidade local”. (Baby, 2002, p. 25).
81
Esta participação é entendida como processo dinâmico e interativo que não se
restringe ao poder de decisão, mas caracteriza-se pelo apoio mútuo na convivência do
cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e
limitações e do bom cumprimento de sua finalidade social.
Para atingir este nível de participação o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares
esforça-se em criar ambiente estimulador e propício a essa participação, tais como:
a) Clima de confiança;
b) Valorização das capacidades e aptidões dos seus membros;
c) Assumir responsabilidades em conjunto;
d) Estabelecimento de metas e propostas que envolvam toda a comunidade
escolar;
e) Delegação de poder aos membros e equipes da comunidade escolar;
f) Capacitação contínua dos seus profissionais.
2.7 PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O Processo de ensino-aprendizagem do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares
assume o compromisso de transformar o espaço escolar em local de crescimento pleno,
com garantia de qualidade traduzindo um compromisso de transformação da realidade.
Diante dos objetivos pretendidos, é imprescindível adotar uma prática docente
pautada em sólidos fundamentos científicos, éticos e morais, e decorrente deste
pressuposto, a definição de recursos e estratégias, assim como da forma de
acompanhamento dos alunos.
A ação docente se efetiva a partir dos elementos estabelecidos no Projeto
Político Pedagógico, que representa a intencionalidade, as idéias e os projetos propostos
pelos educadores, respeitando as decisões coletivamente assumidas como fruto da ação-
reflexão - ação do corpo docente.
Contemplamos neste cenário três momentos fundamentais no processo de
construção dialética do conhecimento em sala de aula:
• Mobilização para o conhecimento
• Construção do conhecimento
• Elaboração da síntese do conhecimento.
82
Torna-se um grande desafio para os educadores as dificuldades enfrentadas
diante da necessidade de desenvolver técnicas inovadoras e eficientes em turmas tão
heterogêneas, visto que é percebido que em sua formação acadêmica em muitos casos,
não foram preparados com a profundidade exigida na atualidade. Principais desafios
percebidos:
• Motivar os alunos para o conhecimento formal a partir de recursos ajustados
aos novos tempos;
• Garantir o seu processo continuado de formação;
• Reconhecer as potencialidades individuais auxiliando de forma diferenciada
os educandos, de acordo com sua necessidade;
• Contemplar a diversidade cultural e de gênero;
• Saber estabelecer limites;
• Inclusão
Acreditamos no perfil profissional empreendedor, inovador, que constrói ao
longo de sua carreira, novos saberes revestidos de perspectivas a partir de estudos
efetivados.
Este é um exercício coletivo visando a superação da competência hoje
predominante, lidando essencialmente com o mundo da informação e do desejo de
aprender fazendo, norteada pela melhoria constante da qualidade de ensino, pela
coerência explícita e original do educador na sua relação com o educando pertinente aos
novos tempos garantindo os princípios e fundamentos mantidos por este
estabelecimento de ensino.
Diante deste momento de aceleração no mundo do conhecimento, adotar práticas
reflexivas é de fundamental importância no processo educativo, transformando a
realidade, defendendo os direitos humanos, paralelamente com os conteúdos, para
garantir uma postura humanista. Assim, o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares para
assegurar esta prática reflexiva, assume como princípios, objetivos e metas:
83
PRINCÍPIOS OBJETIVOS METASO estabelecimento das relações de poder e de saber no universo educacional, mais fraterno, solidário e participativo.
Proporcionar aos educandos e educadores uma formação continuada, pautada na ética com dimensão social e transcendental e lhes abrir os caminhos da comunicação com as pessoas e com o mundo.
Dedicar-se à promoção e defesa da vida.
A formação da educação básica – constituída pelo Ensino Fundamental e Médio – sem distinção de sexo, etnia, classe social, convicções religiosas ou políticas de seus educandos, com explícito compromisso de cumprir os princípios e fins da Educação Nacional e toda a legislação correlata, vigente e superveniente, bem como as normas específicas aplicáveis a estes níveis de ensino.
Propiciar ao educando condições para que ele se descubra e se defina a partir de sua inserção ativa na história em cuja realidade sócia ele interfere e interage;
Desenvolver um processo educacional com vistas direcionadas a transformação do homem e da natureza em benefício coletivo e da preservação da vida na terra sob todas as formas da sua manifestação.
O desenvolvimento do conhecimento científico, tecnológico, crítico e criativo a partir de uma prática docente fundamentada e comprometida com a educação e formação dos alunos.
Possibilitar a educandos e educadores o acesso à ciência e ao conhecimento crítico, bem como, condições de desenvolvimento de suas potencialidades num processo de auto-realização com vistas voltadas à sua inserção ativa e crítica na comunidade em que vivem;
Alimentar a consciência de que a educação é um processo permanente e abrangente, a ser desenvolvido pela vida a fora em contínuo aprofundamento e maturação, oportunizando uma educação completa e universal inserida em uma proposta pedagógica inovadora, interdisciplinar e atualizada.
Propagação dos princípios políticos, dos direitos e deveres da cidadania, com autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum.
Despertar a comunidade educativa para a dimensão social e para o exercício compromissado e responsável da cidadania, bem como, para a produção de bens que estejam à disposição de todos os cidadãos;
Oferecer e desenvolver a educação para o exercício pleno da cidadania.
Dar ênfase aos princípios estéticos, da sensibilidade, da criatividade e da diversidade das manifestações científicas, culturais e artísticas, promovendo a formação plena, abrangente e harmônica da criança e do adolescente.
Resgatar, promover e estimular as atividades culturais, desenvolvendo o respeito, a diversidade e a curiosidade pelos temas diferentes abordados.
Proporcionar a comunidade educativa eventos educacionais, sociais, desportivos e culturais, possibilitando integração entre escola-família-comunidade.
Instrumentalização tecnológica para o avanço científico do desenvolvimento global da pessoa
Buscar fazer uso das novas tecnologias educacionais como instrumento de desenvolvimento
Capacitação do corpo docente proporcionando a estes ferramentas didático pedagógico atualizadas,
84
PRINCÍPIOS OBJETIVOS METAShumana. humano e objeto da própria
educação;gerando uma aprendizagem significativa a partir da experiência.
2.8 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ (ESCOLA PÚBLICA, GRATUITA, DEMOCRÁTICA, DE QUALIDADE, PARA TODOS INCLUSIVA).
Os princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares são:
Igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola.
No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares isso acontece não apenas através da
oferta de vagas suficientes para atender as necessidades da comunidade, mas
principalmente através da busca constante e contínua da qualidade nos trabalhos
pedagógicos que oferece.
Essa busca constante e contínua pela qualidade se reflete no acompanhamento dos
alunos que é feita de forma individualizada, levando em conta o seu contexto e história
familiar. Os alunos com dificuldade de aprendizagem têm a possibilidade de
participarem de aulas de reforço de português e matemática no contra turno escolar
buscando melhorar o seu desempenho escolar. Além disso, a escola possui um trabalho
intenso e constante de acompanhamento para evitar sistematicamente a repetência e a
evasão escolar.
Qualidade para todos.
A qualidade que o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares busca não se limita ao
aspecto técnico. Busca-se enfatizar também o aspecto político. Entende-se por aspecto
técnico a habilidade de manejar meios, técnicas, formas e procedimentos e o aspecto
político a habilidade humana de se fazer sujeito ativo e construtor de sua própria
história. Portanto, acredita-se que o aspecto técnico e políticos estão intimamente
interligados e inter-relacionados.
85
Gestão Democrática cujo objetivo central é resgatar o controle do processo
de todo o trabalho pedagógico.
Os profissionais que atuam no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares entendem
que é primordial repensar a estrutura de poder da escola, com o objetivo de aumentar a
participação e o compromisso de todos os envolvidos que nela atuam. Já não cabe mais
na escola a divisão do pensar e do fazer, do conceber e do executar. E para garantir esta
ruptura o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares incentivou e criou ambiente propício à
participação de todos na concepção e na execução do projeto político-pedagógico da
escola.
Liberdade associada ao princípio da autonomia.
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares assume o compromisso de garantir aos
alunos e aos seus profissionais a liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
arte e o saber cuja intenção político-pedagógica foi construída coletivamente.
Valorização do magistério
Assegurar a valorização do magistério é princípio central para a garantia da
obtenção dos outros princípios: Igualdade, Qualidade, Gestão democrática, e Liberdade.
Essa valorização do magistério acontece no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares
através do incentivo à participação dos professores nos cursos de capacitação
descentralizada promovida pela Secretaria de Educação através do Núcleo da Área
Norte que acontecem duas vezes no ano no próprio Colégio. Além disso o Colégio
Estadual Zumbi dos Palmares criou um programa de formação continuada para atender
as necessidades específicas de seus profissionais (professores e funcionários).
Princípios da gestão democrática: acesso, permanência, capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino-aprendizagem.
A cultura autoritária gera resistências notáveis às mudanças vindas do alto, criando
a consciência clara de que o que é imposto não deverá ser aceito. A experiência
organizacional tem evidenciado que quando os professores não são ouvidos torna-se
86
difícil a identificação com as decisões tomadas do alto. Já se sabe que a cada ação
autoritária gera-se uma ação de sabotagem.
Já se sabe também que a gestão democrática é o fio condutor do acesso,
permanência, capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino-
aprendizagem. É a gestão democrática que possibilita o diálogo com todos da
comunidade escolar para juntos tornarem isso um princípio defendido e vivenciado por
todos.
Caracterização da função/papel e da formação de todos os profissionais que atuam
na escola/comunidade.
a) Papel do diretor: Resolver conflitos, mediar as relações entre a base e o
Estado, atender as reivindicações, relacionar-se com todos os segmentos da escola e da
comunidade, saber ouvir, criar e receber idéias, questionar, inferir, traduzir posições e
sintetizar uma política de ação como um meio de gestão e organização da mudança. O
diretor deve prever um plano de formação interna para os professores e se preocupar
com a formação continuada dos profissionais da escola. O diretor em alguns momentos
precisa ser conselheiro, consultor, acompanhando projetos pedagógicos, por isso deve
buscar a auto-formação. É preciso que ele entenda de gestão de recursos (tanto material
como humano), da área pedagógica, das relações interpessoais e das finanças, pois a
escola recebe verbas que precisam ser geridas.
b) Papel do vice-diretor: O Diretor Auxiliar se responsabilizará pelo comando e
assessoramento das atividades administrativas e pedagógicas no seu turno de
atendimento no Colégio, zelando pela manutenção de um bom nível de organização que
permita o controle imediato das ocorrências. Compete também ao Diretor Auxiliar
assessorar o Diretor em todas as suas atribuições.
c) Papel do pedagogo: O pedagogo é um líder de comunidades aprendentes e
qualificantes. O pedagogo tem o compromisso de garantir os princípios de liberdade e
solidariedade humana, assegurando a qualidade do ensino, da educação e da formação
humana.
87
d) Papel do professor: É um dos principais agentes na mudança do ensino. Seu
papel é ajudar o aluno a aprender, ser mediador do processo cognitivo do aluno, a
desenvolver no aluno a autonomia e a criticidade. O professor possui o compromisso de
ser um contínuo investigador, insaciável na busca da produção do conhecimento.
e) Papel do Técnico Administrativo: É responsável pelo atendimento telefônico,
fax, de pais, professores e alunos, digitação de cartas e documentos em geral,
organização de arquivo, organização e controle do almoxarifado. Será necessário
sólidos conhecimentos em legislação educacional e fazer uso de equipamentos como
computador, impressora, máquina fotocopiadora, telefone e fax.
f) Papel do Secretário: Ele é responsável pela documentação, escrituração e
correspondência escolar, devendo prioritariamente prestar esclarecimentos sobre
legislação e escrituração a servidores e alunos. Espera-se também que tenha sólidos
conhecimentos sobre a organização e estrutura pedagógica da escola legislação
educacional Será necessário também que domine a tecnologia do computador, da
impressora, do fax e do telefone.
g) Papel do Agente de serviços gerais: As serventes são responsáveis pelo
serviço de manutenção, conservação e limpeza do prédio da escola, da guarda das
dependências das instalações e equipamentos e de pequenos reparos e serviços
rotineiros da escola.
h) Papel da merendeira: A merendeira é responsável pela cozinha, pelo preparo e
distribuição das refeições no espaço escolar. Devem ser pessoas que apresentem boa
saúde, cultivem hábitos de higiene e tenha sólido conhecimento do valor nutricional dos
alimentos. Geralmente são contratadas como serventes e dentre elas a equipe da escola
escolhe a merendeira.
88
i) Papel da Inspetora: A inspetora é responsável pela disciplina no pátio da
escola e em dependências que não sejam as salas de aula. Ela deve acompanhar o aluno,
orientando-o quanto às normas disciplinares do estabelecimento, realizar atendimentos
em caso de acidentes ou enfermidades ocasionais, mantendo contato direto com os
alunos e professores. Atender as solicitações para o uso do material escolar de que a
escola dispõe bem como realizar encaminhamentos e dar assistência a alunos a pedido
do professor.
j) Papel Caseiro: Colaborar com a segurança do Estabelecimento Estadual de
Ensino no sentido de inibir furtos e depredações do Patrimônio Público, nos períodos
fora do horário de aula, efetuando vistoria após o fechamento do Colégio, abrir e fechar
o Estabelecimento no horário estabelecido pela Direção. Entrar em contato com a
Polícia Militar quando ocorrer suspeita dentro ou no entorno da escola. Comunicar a
Direção quando observar alguma situação de emergência e/ou hidráulica decorrente de
sinistros.
2.9 DIRETRIZES QUE NORTEIAM A AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES
A presente proposta pedagógica foi elaborada à luz dos seguintes documentos
legais:
2.9.1 ESFERA FEDERAL
Leis Federais
Lei nº 1.044/69 – dispõe sobre o tratamento excepcional para alunos portadores
de afecções, cuja vigência é mantida conforme Pareceres nº 06/98 e nº 31/02 –
ambos do CEB/CNE, referentes ao regime de exercícios domiciliares;
Lei nº 6.202/75 – atribui à estudante em estado de gestação o regime de
exercícios domiciliares;
89
Lei nº 7.716/89 – estabelece e define crimes de preconceitos de cor, raça, etnia
ou procedência nacional e religião;
Alterada pelas Leis:
Lei nº 8.081/90
Lei nº 9.459/97
Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
Lei nº 9.394/96 – LDBEN – estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
Alterada pelas Leis:
Lei nº 9.475/97 – dá nova redação ao art. 33, referente ao Ensino
Religioso;
Lei nº 9.795/99 – dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências;
Lei nº 10.287/01 – acrescenta inciso VIII ao art. 12, referente às
faltas dos alunos, acima de cinqüenta por cento do percentual
permitido em lei;
Lei nº 11645/08 – referente à inclusão, no currículo oficial da rede de ensino, da
temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ e dá outras providências;
Lei nº 10.793/03 – dá nova redação ao §3º do art. 26, referente à Educação
Física.
Lei nº 11.274/06 – altera os artigos 29, 30, 32 e 87, dispondo sobre a duração de
9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos
6 (seis) anos de idade.
Decretos Federais
Decreto-Lei nº 715/69 – abono de faltas ao aluno em serviço militar;
Decreto nº 4.281/02 – regulamenta a Lei nº 9.795/99, que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental;
90
Decreto nº 3.492/04 – institui Ação de Inserção do Adolescente, na condição de
aprendiz.
Resoluções Federais
• Resolução nº 02/98, referente à denominação da disciplina de Educação
Artística para Artes;
• Resolução nº 01/04 – CNE/CEB – normas complementares à educação
referente às relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana;
• Resolução nº 01/06 – CNE/CEB – altera alínea “b” do inciso IV do art. 3º da
Resolução CNE/CEB nº 2/98, referente à denominação da disciplina de
Educação Artística para Artes.
• Resolução nº 07/10 – CNE/CEB – fixa Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
Pareceres Federais
• Parecer nº 04/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – do
Ensino Fundamental;
• Parecer nº 15/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – do
Ensino Médio;
• Pareceres nº 06/98 e nº 31/02 – ambos do CNE/CEB – trata das
circunstâncias de alunos impossibilitados de freqüentar as aulas com direito
ao regime de atendimento domiciliar instituído pela Lei Federal nº 1.044/69;
• Parecer nº 03/04 – CNE/CP – DCN para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• Parecer nº 24/04 – CNE – estabelece normas nacionais para ampliação do
Ensino Fundamental para 9 (nove) anos de duração;
• Parecer nº 06/05 – CNE/CEB – reexame do Parecer do CNE/CEB nº 24/04,
que visa o estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino
Fundamental para 9 (nove) anos de duração;
91
• Parecer nº 03/06 – CNE/CEB – consta da Resolução nº 02/98 – CNE/CEB,
sobre regras na estruturação do Regimento Escolar;
• Parecer nº 38/06 – CNE/CEB – inclusão obrigatória das disciplinas de
Filosofia e Sociologia no Currículo do Ensino Médio;
• Parecer nº 41/06 – CNE/CEB – consulta sobre interpretação correta das
alterações promovidas na Lei nº 9.394/96, pelas leis nº 11.114/05 e nº
11.274/06.
2.9.2 ESFERA ESTADUAL
Leis Estaduais
• Lei nº 7.962/84 – proíbe a cobrança de taxas e contribuições nos
estabelecimentos de ensino da rede estadual e adota outras providências;
• Lei nº 10.054/92 – dispõe sobre o funcionamento de cantinas comerciais nas
escolas de 1º e 2º graus da rede oficial de ensino;
• Lei nº 13.807/02 – institui o percentual de 20% (vinte por cento) de hora-
atividade da jornada de trabalho para professor regente de classe;
• Lei nº 14.938/05 – Programa SOS – Racismo no Paraná e dá outras
providências.
• Lei Complementar nº 103/04 – institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do
Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná e adota outras
providências;
• Lei Complementar nº 106/04 – altera os dispositivos que especifica, da Lei
Complementar nº 103/04.
Resoluções Estaduais
Resolução nº 05/03 – Secretaria do Estado da Educação/SESA – orientação
técnica conjunta das condições de funcionamento dos estabelecimentos de
92
ensino a fim de proteger a saúde da população escolar de doenças de maior
incidência no período de inverno/primavera e dá outras providências;
Resolução n° 7102/2012 e Instrução n° 17/2012 SUED/SEED que orienta o
calendário escolar.
Deliberações Estaduais
• Deliberação nº 31/86 – CEE – escrituração, arquivamento, prazo de
incineração (eliminação) de Documentos Escolares e dá outras providências;
• Deliberação nº 04/99 – CEE – Normas para o Sistema Estadual de Ensino;
• Deliberação nº 07/99 – CEE – Normas para Avaliação, Recuperação de
Estudos e Promoção de Alunos;
• Deliberação nº 14/99 – CEE – Normas para elaboração da Proposta
Pedagógica;
• Deliberação nº 16/99 – CEE – Normas para elaboração do Regimento
Escolar;
• Deliberação nº 09/01 – CEE – Normas para matrícula de ingresso, por
transferência e em regime de progressão parcial; aproveitamento de estudos;
classificação, reclassificação, adaptação, revalidação e equivalência de
estudos feitos no exterior e regularização de vida escolar em
estabelecimentos que ofertam Ensino Fundamental e Médio nas suas
diferentes modalidades;
• Deliberação nº 09/05 – CEE – Alteração das Deliberações sob nº 04/99,
02/00, 09/02 e 03/03;
• Deliberação nº 01/06 – CEE – Normas para o Ensino Religioso no Sistema
Estadual de Ensino;
• Deliberação nº 03/06 – CEE – Normas para implantação do Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos de duração;
• Deliberação nº 04/06 – CEE – Normas complementares às Diretrizes
Curriculares Nacionais – DCN para a Educação das Relações Étnico-Raciais
e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
93
• Deliberação nº 05/06 – CEE – Orientação para a implantação do Ensino
Fundamental de 9 (nove) anos;
• Deliberação nº 06/06 – CEE – Normas complementares às Diretrizes
Curriculares Nacionais – DCN para a inclusão obrigatória das disciplinas de
Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio;
• Deliberação nº 07/06 – CEE – inclusão dos conteúdos de História do Paraná
no Currículo da Educação Básica;
• Deliberação nº 08/06 – CEE – alteração da Deliberação nº 02/05 – CEE;
• Deliberação nº 02/07 – CEE – alteração do art. 12 da Deliberação nº 03/06 –
CEE.
Outros
• Instrução n° 07/10 SEED/DAE/CDE que orienta sobre o preenchimento do
Livro Registro de Classe.
• Instrução n° 008/2011 SEED/SUED ensino fundamental de nove anos.
• Parecer nº 407/2011 CEE/CEB Implantação do ensino fundamental, regime de
nove anos
• Regimento Escolar do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares.
2.9.3 O Currículo da Escola Pública
Como o objetivo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é formar o aluno
competente no uso do conhecimento sistemático, crítico em relação ao contexto,
consciente no uso de diferentes linguagens, criativo, autônomo intelectual e
moralmente, capaz de usar a liberdade com responsabilidade em decorrência da
consciência dos limites e emancipado porque capaz de analisar as questões como ser
reflexivo e está inserido numa realidade onde o processo de humanização encontra-se
ameaçado, será preciso desenvolver um conteúdo programático a partir da situação
concreta, presente e existencial do aluno. A situação posta – invariavelmente
desfavorável – deverá ser problematizada e apresentada como desafio com potencial
para ser superado através da reflexão e ação (práxis). Os temas geradores são o próprio
pensar dos educandos que não se dá num vazio, mas nas pessoas, na relação entre elas e
94
delas com o mundo. A investigação das temáticas significativas é feita em diálogo e vai
ser objeto de reflexão coletiva, num processo de investigação cada vez mais
aprofundada, num “ir e vir”, buscando aproximação com a totalidade (Freire, 1980, p.
101-103)
2.9.4 Dinâmica do Currículo
A principal ferramenta para dinamizar o currículo será a problematização.
Problematizar é diferente de apresentar respostas prontas para a solução dos problemas.
É diferente também de apresentar a realidade como algo já posto, imutável, a qual é
preciso se adaptar. Responder questões implica em pensar. Pensar é aproximar-se da
realidade e destruir mitos. Pensar coletivamente é diferente de pensar para alguém, ou
para um grupo. A ação transformadora da realidade só é possível a partir das
descobertas coletivas. É desta forma que se estabelece o diálogo, necessário para a
compreensão e leitura do mundo.
2.9.5 Reflexão sobre o Trabalho Pedagógico
O processo de desenvolvimento da reflexão e prática pedagógica do Colégio
Estadual Zumbi dos Palmares, envolve a consciência do ser educador num tempo de
grandes transformações, que exige uma postura crítica, comprometida com a realidade e
assessorada por recursos disponíveis e acessíveis aos projetos e programas de formação
que se pretende alcançar, principalmente quanto ao aproveitamento e participação em
cursos, simpósios, congressos e programas do colégio contando com assessorias
voluntárias de empresas da comunidade.
2.10 PROPOSTA TRANSFORMADORA
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares inserido num contexto de grandes
desafios, se propões através do currículo contextualizado desenvolver a construção de
uma parceria equipe pedagógica/educador/educando/família /comunidade, através de
um sistema em rede, que promova o conhecimento intencionalizado para o crescimento
pessoal autônomo e cidadão de nossos alunos, fundamentados numa pedagogia de ação-
95
reflexão-ação, favorecendo assim, a inserção social e profissional do educando, tendo
como base sua formação integral.
É um caminho que deve ser percorrido e conquistado diariamente, mas o que
parece fundamental e essencial é que todos sigam a direção do comprometimento e da
ação. O desenvolvimento desta intenção de maneira mais concreta será por enquanto
através dos projetos, oficinas e programas oferecidos no contra turno até que cursos
profissionalizantes possam ser oferecidos.
3. MARCO OPERACIONAL
“O melhor jeito de multiplicar o conhecimento é dividi-lo”
David Cohen
O contexto no qual está inserida a comunidade educativa do Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares exige que nossas ações, objetivos, articulações e projetos estejam
voltados para as necessidades básicas imediatas, às suas expectativas, aos seus desejos e
aos seus sonhos mais elaborados.
96
Um dos princípios norteadores do Projeto Pedagógico é a Liberdade, princípio
que está associado à idéia de autonomia. Recorremo-nos a Paulo Freire e elencamos
alguns dos pressupostos que traduzem a pedagogia da autonomia:
Ensinar não é transferir conhecimento - organizamos nosso currículo com
conteúdos que possam ser contextualizados, enfatizando as condições atuais
do seu meio e sugerindo atitudes e ações que possam gerar mudanças que
possibilitem seu bem estar social.
Ensinar exige consciência do inacabamento, a apreensão da realidade, bom
senso, alegria e esperança - admitindo o quase total abandono familiar que
está exposto as nossas crianças;
A história de cada um exige um acompanhamento diferenciado;
A escola e os professores articulam-se para providenciar ora cestas básicas
ora urnas para sepultamento, encaminhamentos para tratamento de saúde e
cirurgias corretivas de crianças que ficaram deformadas como também
acompanhamento psicológico e psicopedagógico. Todos os dias temos
certeza que participamos direta ou indiretamente da construção de saberes,
de valores, de seres humanos responsáveis por sua vida pessoal, coletiva e
ambiental, que buscam superar sua atual condição;
Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. A escola procura
está sempre informada de todos os projetos que estão sendo desenvolvidos
na comunidade. Professores e alunos apresentam-se como voluntários
desenvolvendo e participando das atividades voltadas para a prática de
esportes, conservação do meio ambiente, teatro, artesanato, coral e etc.;
Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. A individualidade e
autonomia são respeitadas. Dar significado aos conteúdos, avaliações
diferenciadas, frequentes mudanças de metodologias, aulas de reforço no
97
contraturno são alguns dos instrumentos que contribuem para o
desenvolvimento do aprendizado.
Os princípios que fundamentaram a construção do PPP apontam para uma escola
democrática, pública, gratuita e de qualidade. São eles:
A Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
A Liberdade, princípio constitucional que está quase sempre associado à ideia de
autonomia. Cada um construindo o seu próprio conhecimento;
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
Qualidade de Ensino formal ou técnica e política para todos;
Gestão Democrática baseada no debate, na possibilidade de livre expressão e na
autonomia dos participantes;
Valorização do Magistério, a qualidade do ensino ministrado na escola e seu
sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida
socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente com a
formação inicial e continuada;
Condições de trabalho (recursos didáticos, físicos e materiais, dedicação
integral, redução de número de alunos na sala de aula e etc.) e remuneração
adequada e justa.
3.1 TIPO DE GESTÃO
Em atendimento a Lei de Diretrizes e Bases n° 9394/96, a gestão adotada no
Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é a democrática. Acredita-se que com isso
aumenta significativa a transparência em todos os atos da escola e a participação na
efetivação de todas as decisões tomadas conjuntamente. A gestão democrática
representa não apenas a participação nos processos decisórios, mas a participação na
solução das problemáticas cotidianas da escola, participação da comunidade na escola e
da escola na comunidade.
98
3.2 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO
Para garantir a realização das atividades e projetos da escola, o Colégio Estadual
Zumbi dos Palmares dispõe do Fundo Rotativo, o Projeto Escola Cidadã (PEC),
Programa Estadual de Alimentação Escolar, Cotas Suplementares, Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE) e as verbas oriundas da APMF, PDE-Escola.
3.2.1 Fundo rotativo
O Fundo Rotativo é um instrumento, criado por Lei, para viabilizar, com maior
agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de Ensino da Rede
Estadual, destinados à manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade
educacional. Classificam-se como manutenção as despesas realizadas com: material de
consumo (gêneros alimentícios para complementação da merenda escolar, expediente,
esportivo, limpeza, didático, escolar, utensílios de copa e cozinha, atividades
extracurricular, laboratório de física, química e biologia, laboratório de informática e
outros), serviços de terceiros e encargos (pagamentos referentes à prestação de serviços
eventuais no próprio estabelecimento de ensino, tanto por pessoas físicas ou jurídicas).
3.2.2 Projeto Escola Cidadã (PEC)
É um projeto de repasse de recursos destinados à compra de alimentos perecíveis
como frutas e derivados, hortaliças, temperos e carnes.
3.2.3 Programa Estadual de Alimentação Escolar
Programa destinado exclusivamente para a aquisição de gêneros alimentícios
não perecíveis, priorizando a aquisição dos itens básicos que estão em falta no depósito
da escola.
3.2.4 Cotas Suplementares
São verbas que podem ser solicitadas pela escola, devidamente justificadas, para
fins diversos.
99
3.2.5 Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares recebe esta verba em parcela única,
tem como finalidade prover a escola com recursos financeiros visando contribuir com a
melhoria de sua infraestrutura física e pedagógica – melhoria da qualidade do ensino
fundamental.
Este fundo poderá ser destinado para:
a) Manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar (pequenos
reparos e pagamentos dos serviços);
b) Material de consumo necessário ao funcionamento da escola (material de
consumo, material de limpeza e ferramentas);
c) Capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação (realização de
cursos e participação em cursos);
d) Material didático-pedagógico para realização de eventos coletivos;
e) Desenvolvimento de atividades educacionais diversas.
3.2.6 Verbas da APMF
As verbas oriundas da Associação de Pais, Mestres e Funcionários são
arrecadadas através da realização de festas, cantina. Isso acontece de forma expressiva
no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares através da realização da Festa da Primavera,
realizada sempre no mês de setembro. O valor arrecadado é destinado à compra de
material didático-pedagógico e à manutenção de equipamentos e melhorias do espaço
escolar.
3.3 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS
A elaboração e organização do calendário escolar são realizadas conforme sugestão
da Secretaria de Estado da Educação e em comum acordo com as escolas do município
100
observando as datas comemorativas e recessos. Seguindo orientações próprias em
Resolução e Instrução que orientam o calendário escolar.
3.4 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS
Os critérios para a organização e utilização dos espaços educativos seguem a
Resolução n° 864/2001 que trata da gestão do espaço físico na rede estadual de
educação básica, estabelecendo critérios para a ocupação das salas de aula.
3.4.1 Espaços/equipamentos necessários:
3.4.1.1 Biblioteca:
01 computador com software para controle de empréstimo e catalogação dos
livros, com caneta para leitura ótica;
3.4.1.2 Auditório
Necessidade de um auditório com capacidade para acomodar as reuniões
pedagógicas envolvendo a comunidade bem como para a realização de teatros e
demais eventos didático-pedagógicos.
3.5 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES
As turmas no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares são organizadas por série,
conforme resolução n° 864/2001. Para o ensino fundamental de 6º ao 9º ano, as turmas
são formadas com no mínimo 35 alunos e no máximo 40 alunos. Para isso a sala deverá
ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada aluno e 3m² para o professor.
Para o ensino médio, as turmas são formadas com no mínimo 40 alunos e no
máximo 45 alunos. Para isso a sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada
aluno e 3m² para o professor.
101
A distribuição das aulas por professor é feita seguindo as orientações da Secretaria
de Estado da Educação tendo como prioridade os professores que pertencem ao Quadro
Próprio do Magistério e depois os professores contratados (PSS) em razão de
especificidades levando em conta a matriz curricular do ensino fundamental e médio e
resolução própria.
3.6 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA:
A organização será feita por série no ensino fundamental anos finais com
duração de nove anos, série no ensino médio, em área de conhecimento, separadas em
disciplinas.
A partir do ano de 2012 o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, seguindo
orientações da mantenedora Secretaria de Estado da Educação do Paraná, fará a
implantação do Ensino Fundamental de nove anos. Nas instituições de ensino da rede
pública estadual, a oferta do 6° ao 9° ano será de forma simultânea (INSTRUÇÃO nº
008/2011-SUED/SEED) considerando: que as séries finais do Ensino Fundamental de 8
anos correspondem aos anos finais do Ensino Fundamental de 9 anos, quanto a
idade/série/ano; que não haverá alterações significativas na Proposta Pedagógica, no
que diz respeito a conteúdos e Matriz Curricular, ressalvando-se que os
encaminhamentos metodológicos serão revistos na perspectiva das necessidades dos
sujeitos no processo de ensino aprendizagem.
De acordo com o documento que estabelece orientações para a implantação do
ensino fundamental de nove anos
Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do Ensino Fundamental de nove anos, a lei n.o 11.114/05, que altera o arti-go 6º da LDB, tornando obrigatória a matrícula da criança aos seis anos de idade no Ensino Fundamental. Enquanto esta lei modifica a idade de ingresso neste nível de ensino, a lei n.o 11.274/061 trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos, com matrícula obrigatória aos seis. (SEED PR, 2010, p.9)
102
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, documento construído pela
Secretaria de Estado da Educação e, que orienta a construção da Proposta Pedagógica
Curricular, apresenta o mesmo material para 5ª série e para o 6º ano e assim para as
séries/anos subsequentes, fato que não implica alterações na Matriz Curricular e
Conteúdos deste documento, porém os encaminhamentos metodológicos e o processo
avaliativo estão em continuo processo de discussões e mudanças, assim novas atitudes
são tomadas, visando sempre à melhoria do ensinar e do aprender, considerando o fator
tempo/espaço escolar e os sujeitos envolvidos nesta dinâmica.
3.6.1 Ações para o Ensino Fundamental de nove anos
Após discussões realizadas, durante a semana pedagógica de julho de 2011, foram
pensadas ações, algumas que já vem sendo realizadas em anos anteriores, tendo em
vista o aprimoramento das mesmas para o próximo ano. Entre essas ações foi proposto
uma organização diferenciada, no calendário, para as novas turmas do 6º ano, no sentido
de acolhimento e análise diagnóstica das novas turmas. A Equipe escolar (Direção,
equipe pedagógica e professores) organizará um período inicial de avaliação
diagnóstica, onde objetiva-se levantar dados do nível de conhecimento, apreensão dos
conteúdos básicos para esta etapa, para que assim sejam elaborados os planos de
trabalho docente e aplicação de questionário sócio educacional para uma maior
proximidade na relação professor/aluno.
Perspectivando superar o distanciamento, muitas vezes, evidenciado entre a Edu-
cação Infantil e o Ensino Fundamental, considera-se que este é um momento propício
para aliar o acervo de conhecimentos sistematizados destes dois importantes níveis da
Educação Básica. Esta aproximação é possível a partir de um trabalho que possibilite
complementaridade e continuidade de processos de aprendizagem, assegurando a carac-
terística de aprofundamento da complexidade dos conhecimentos sistematizados. Isso
significa que os conteúdos próprios do Ensino Fundamental estão articulados aos conte-
údos de outros níveis de ensino e se ampliam gradualmente, conforme as possibilidades
de compreensão dos alunos. Com atenção a estas características, foram reunidos profes-
103
sores especialistas de todas as disciplinas curriculares, com o objetivo de possibilitar a
reflexão sobre os conhecimentos obrigatórios para esse nível de ensino, definidos nas
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental (DCN), a qual estabelece que
Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a base naci-onal comum e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a educação fundamental com: a) a vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos como: a saúde, a sexualidade; a vida familiar e soci-al, o meio ambiente, o trabalho; a ciência e a tecnologia; a cultura; as linguagens; com b) as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa; Língua Materna (para populações indígenas e migrantes); Matemática, Ciências, Geografia; Língua Estrangeira, Educação Artística9, Educa-ção Física; Educação Religiosa10 (na forma do art. 33 da LDB) (LDB, art. 9º. In: PARECER CEB 04/98, p.7).
Essa reflexão culminou na sistematização do documento9 com orientações curri-
culares, que foi organizado de modo a problematizar aspectos específicos das diferentes
disciplinas que compõem o currículo, com atenção às singularidades e necessidades pe-
dagógicas das faixas etárias e características de desenvolvimento e aprendizagem das
crianças que compõem este nível de ensino.
Ações para a implantação do Ensino Fundamental de nove anos:
• Implantação do 6º ao 9º ano, em 2012, de forma simultânea;
• Mudança de nomenclatura e adequação nos documentos da escola: matriz
curricular, regimento escolar, proposta pedagógica curricular e projeto político
pedagógico;
• Manutenção do dialogo e trabalho integrado com a escola municipal, que
oferta os anos iniciais do ensino fundamental, buscando informações tendo em
vista a continuidade do atendimento aos alunos, respeitando suas especificidades
e necessidades educativas;
• Acolhimento dos alunos de 6º ano, promovendo um período de adaptação ao
espaço escolar: ambientes, regras e normas, quantidade de disciplina e
9 Documento já citado, na p. 54 deste PPP.
104
professores, horário das aulas, materiais adequados e funcionamento geral da
escola (carteirinha, uniforme, regimento interno);
• Aplicação de questionário sócio educacional, com o objetivo de levantar
dados que revele o histórico dos alunos;
• Período inicial de avaliação diagnóstica, onde objetiva-se levantar dados do
nível de conhecimento, apreensão dos conteúdos básicos para esta etapa, para
que assim sejam elaborados os planos de trabalho docente;
• Considerando o professor como mediador no processo de formação humana
dos alunos, a escola promoverá constante discussão e debate relacionando as
questões referentes ao desenvolvimento físico e emocional deste educando,
atrelado ao processo de ensino e aprendizagem.
3.7 CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna (LINGUA ESPANHOLA)
Parte diversificada - LEM Língua Inglesa:
A Língua estrangeira moderna oferta, na sua matriz curricular, no Colégio
Estadual Zumbi dos Palmares é a Língua Inglesa, tanto para o ensino fundamental
quanto para o ensino médio.
LEM Língua Espanhola
Atendendo a Lei Federal n° 11.161/05 que dispõe sobre a obrigatoriedade do
ensino da Língua Espanhola no Ensino Básico e a Instrução N° 011/2009 que
regulamenta a sua implantação, estamos programando o CELEM ofertando o curso
básico da língua espanhola, para o ano de 2010.
Além de atender as leis e deliberações, ofertar o curso de espanhol é uma forma
de contribuir para o aumento cultural dos nossos educandos tendo em vista que o Brasil
está cercado por países que falam essa Língua e temos um contato constante com seu
povo.
O Brasil tem relações com Bolívia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru,
México, Venezuela, Chile, todos falantes de espanhol, e a tendência futura é o
crescimento do comércio livre entre os países Sul-americanos, sem contar com a
Espanha, sendo essa uma das línguas mais faladas do mundo.
105
Aprender uma nova língua, nesse caso o Espanhol, tem como objetivo ampliar o
universo cultural dos alunos contribuindo para sua formação global em seus mais
diversos aspectos, enriquecendo sua capacidade de observação, análise, critica e
reflexão, e, também, ensina a respeitar as diferenças individuais e coletivas mediante o
conhecimento de outras culturas e crenças
Nesse sentido, conforme DCE do LEM espera-se que o aluno
use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. (SEED. DCE de Língua Estrangeira Moderna.2008)
O aprendizado de uma nova língua abre possibilidades de interação humana e
superação de situações de exclusão, alarga horizontes ao comparar sua língua e cultura
com a nova que lhe chega, colocando-o como sujeito de sua cultura/história.
O curso será ministrado em uma turma, aberta a comunidade, no período
noturno em que há disponibilidade de espaço físico, com 04 horas/aula semanais
3.8 COMO SÃO OFERTADOS OS ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ
Os estudos sobre o Estado do Paraná acontecem nas disciplinas de História e
Geografia. Esses conteúdos já estão incluídos no plano de trabalho dos professores,
dessas disciplinas e eles acontecem de forma interdisciplinar.
3.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
106
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares em cumprimento a lei nº 11788/08,
orientado pela Instrução nº 006/09, inclui em seu PPP o estágio não obrigatório, que
dispõe sobre as relações de estágio e deixa claro que o estágio é um ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho e prepara o aluno para o
trabalho produtivo. Assim sendo, o estágio terá o efetivo acompanhamento da equipe
pedagógica que através de relatórios periódicos do aluno estagiário, deverá
avaliar/acompanhar suas atividades e zelar pelo cumprimento do termo de compromisso
firmado entre as instituições.
3.10 AVALIAÇÃO
a) Avaliação de desempenho pessoal docente
É orientado pela resolução n° 5.270 de 27 de novembro de 1985. Os critérios
adotados para avaliação são os seguintes: produtividade, participação e pontualidade,
além de registrar as ausências e as razões da mesma. Entendendo a produtividade como
a qualidade e o rendimento do trabalho; participação nas atividades internas (reuniões,
debates, estudos) e/ou externas (especialmente com a comunidade); pontualidade,
cumprimento do horário de trabalho e assiduidade frequência ao trabalho. Todos os
profissionais que pertencem ao Quadro Próprio do Magistério deverão ser submetidos a
este processo.
b) Avaliação do Currículo
O centro do currículo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é o processo de
formação do aluno. E é a partir daí que são decididos sobre o que é essencial ou
acessório no currículo em termos de educação escolar.
c) Avaliação do trabalho pedagógico
A avaliação deve ser processual, contínua e diagnóstica; fundada nas normas da
legislação escolar vigente. A avaliação não deve ter objetivo de punição, sendo flexível,
valorizando o saber do educando e seu desenvolvimento integral.
107
O professor e aluno, comprometidos e engajados na construção, re-construção e
re-significação do conhecimento, empreendem o processo de apropriação do
conhecimento sistematizado, utilizando-se de métodos pedagógicos vivos a partir da
realidade do aluno, fazendo da prática social o ponto de partida e chegada do processo
educativo formador. A avaliação do trabalho pedagógico acontece na interação
professor-aluno de forma sistemática e diária. Outro momento forte da avaliação do
trabalho pedagógico acontece nos conselhos de classe, que ocorrem bimestralmente.
Neste momento a avaliação do trabalho pedagógico é feita de forma coletiva,
mobilizando os educadores para a tomada de decisão, sempre buscando a qualidade na
formação do aluno e o redirecionamento de parte e ou de todo o trabalho docente.
3.10.1 Relação avaliação-aprendizagem
Sendo parte constitutiva do processo ensino-aprendizagem, a avaliação é um
processo contínuo e sistemático para obtenção de informações, para diagnosticar
processos e identificar dificuldades de aprendizagem, objetivando a tomada de decisões
a respeito da continuidade do processo pedagógico. Ela terá a finalidade de verificar não
só o aproveitamento do aluno, mas também a eficácia da prática pedagógica
desenvolvida pelo professor.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e os resultados das práticas avaliativas, neste
estabelecimento de ensino, são registrados de forma bimestral, sendo, portanto, o ano
letivo dividido em 4 (quatro) bimestres.
Em cada bimestre a avaliação será feita, no mínimo, através de três instrumentos
formais de caráter somatório, podendo estes ser em forma de:
a) provas escritas abordando o conteúdo trabalhado no bimestre;
b) trabalhos individuais ou em equipes representados nas diversas
formas de linguagem existentes;
c) pesquisas;
d) organização e/ou apresentação de seminários;
e) elaboração de teatros e/ou participação nestes;
108
f) produção textual em diversos gêneros;
g) atividades orais envolvendo leitura, declamação de textos e
exposição de idéias próprias ou alheias.
Dentre os instrumentos formais avaliativos aplicados durante cada bimestre, 1
(um) deverá ter o valor de 4,0 (quatro vírgula zero), e este será realizado em forma de
uma avaliação escrita, englobando o conteúdo trabalhado no bimestre. Os demais 6,0
pontos restantes serão aplicados a critério de cada professor, de acordo com os
instrumentos avaliativos. (de acordo com o Regimento Escolar, aprovado em 2008)
3.10.2 Instrumentos de Registros
O Colégio utiliza-se de vários instrumentos de registros e escrituração, referentes
à documentação escolar, acompanhamento de alunos, professores e funcionários, e
demais registros que se fizerem necessários.
Entre os instrumentos de registro são utilizados o Livro de Registro de Classe
que segue as orientações da SEED, Instrução n° 14/08, DAE/CDE, documento no qual
se registram todas as atividades do professor e destina-se a qualquer tempo como prova
das atividades realizadas juntos aos alunos. É um instrumento específico de escrituração
diária, elaborado com a finalidade de documentar frequência, conteúdos e
aproveitamento escolar. Livros Atas, dispõe deste instrumento de registro, onde se
registram dados sobre o rendimento escolar dos alunos, as ocorrências, decisões em
assembleias, reuniões, conselhos e outros órgãos colegiados.
Formas de registro
a) Notas
A forma de registro adotada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é a nota
numérica, podendo ser de 0 (zero) à 10,0 (dez), com um único dígito após a vírgula,
permitindo número fracionado, como por exemplo 7,3 (sete vírgula três).
b) Outros
Outra forma de registro adotada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é o
preenchimento de formulário individual do aluno, onde os professores têm a
109
possibilidade de anotar dados relevantes sobre o desempenho do aluno para a busca de
soluções em parceria a busca de soluções em parceria com a família.
3.10.3 Recuperação
A recuperação de estudos do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acontece
paralelamente aos estudos, de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem, de acordo com e legislação vigente.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, respectivas a cada bimestre,
através de instrumentos formais de caráter somatório, em quantidade determinada pelo
professor de cada disciplina, de acordo com a necessidade individual dos alunos,
podendo estes ser em forma de:
a) provas escritas abordando o conteúdo trabalhado no bimestre;
b) trabalhos individuais ou em equipes representados nas diversas
formas de linguagem existentes;
c) pesquisas;
d) organização e/ou apresentação de seminários;
e) elaboração de teatros e/ou participação nestes;
f) produção textual em diversos gêneros;
g) atividades orais envolvendo leitura, declamação de textos e
exposição de ideias próprias ou alheias.
3.10.4 Sala de Apoio a Aprendizagem
Para apoio e promoção aos alunos com defasagem de conteúdo, o colégio conta
com a Sala de Apoio a Aprendizagem (SAA), o funcionamento da SAA segue as
orientações da Instrução nº 007/2011-SUED/SEED, que a partir do segundo semestre do
corrente ano regulamenta a ampliação das SAAs, tendo em vista a implantação do
ensino fundamental de nove anos e o estabelecido no Plano de Metas da SEED, visando
melhorias no sistema de ensino do nosso Estado, através das ações pedagógicas para o
110
enfrentamento dos problemas relacionados a aprendizagem nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do ensino fundamental, referente
aos conteúdos básicos dessas disciplinas.
Através do Programa de atividades curriculares complementares a SAA funciona
no contraturno. Os alunos são atendidos por professores das disciplinas de matemática
e língua portuguesa, prioritariamente aqueles que apresentam defasagem de conteúdos
apropriados, dificuldades de aprendizagem e que necessitam de ajuda e apoio contínuos,
são da própria escola, matriculados e frequentes. Para dar destaque e motivar os alunos
a participarem, nominamos a Sala de Grupo de Estudos Avançados.
3.10.5 Forma de comunicação dos resultados obtidos (devolutiva)
A comunicação dos resultados obtidos é realizada através do envio de boletins
para casa, para os alunos maiores de 18 anos e entrega de boletins aos pais ou
responsáveis, para os alunos menores de 18 anos. Também são feitas reuniões com os
pais para entrega de boletins buscando a integração e participação da família no
processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos.
Os resultados são tabulados em gráficos, onde se utiliza o sistema SERE, o que
fica conhecido por todos os profissionais da escola e discutido em Conselho de classe.
A aprovação ou reprovação é o resultado do trabalho desenvolvido durante o
ano, portanto, alguns instrumentos de avaliação devem estar arquivados, orientação do
NRE desde 2003. Em 2004 a orientação foi no memorando n° 273/04, ofício n° 285/04,
com data de 24/11/2004.
3.11 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS
Sabemos da necessidade e importância do acompanhamento de egressos do Colégio,
estamos realizando um levantamento desses alunos, temos noticias que alguns estão
cursando o ensino superior.
Esse ano de 2012, realizamos o primeiro encontro dos alunos egressos, que estão
cursando o ensino superior, com os professores e alunos dos terceiros anos do ensino
111
médio. O encontro teve como objetivo principal a motivação dos atuais alunos para
seguirem em frente nos estudos, após o término da educação básica, através dos
depoimentos dos alunos egressos. Pretende-se realizar esses encontros nos próximos
anos, devido o sucesso alcançado neste primeiro.
3.12 RECLASSIFICAÇÃO
A reclassificação é orientada pela instrução 020/2008 SUED/SEED e por normas
contidas no Regimento Escolar de acordo com as seguintes etapas:
• A unidade escolar realiza Assembleia Geral com a comunidade escolar (pais,
alunos, APMF, Conselho Escolar, professores, equipe pedagógica, direção);
• Identificação dos alunos em caráter de enquadramento do processo educativo de
conhecimento;
• Comissão de responsabilidade pelo Processo envolvendo equipe pedagógica,
professores, direção e secretária;
• Realização de avaliações em caráter quantitativo obedecendo a média escolar
contida no Regimento Escolar;
• Realização do Processo no decorrer do 1º Bimestre no ano letivo.
3.13 CONSELHO DE CLASSE (pré conselho – conselho - pós conselho)
É realizado bimestralmente, compreende uma importante discussão entre os
Professores e Equipe Pedagógica e Direção, visando o encaminhamento das atividades
escolares para a promoção do aluno. O Conselho de classe do Colégio Estadual Zumbi
dos Palmares conta com a participação da Direção, Professores e equipe pedagógica.
Após o Conselho de classe os pais e/ou responsáveis, são chamados a virem até o
Colégio para juntos refletirem e tomarem decisões buscando o desenvolvimento pleno
do aluno.
Durante o Conselho de Classe são priorizadas as questões de ensino-aprendizagem,
procurando sempre um redirecionamento das ações pedagógicas, valorizando a troca de
experiências significativas de ensino (estratégias que “funcionaram”), a fim de que os
112
problemas encontrados em sala de aula possam ser solucionados no decorrer do
processo de ensino-aprendizagem; não sendo mais visto, os resultados, como produtos
finais de um processo imutável.
O Conselho de classe é composto de três momentos significativos e necessários, são
eles: pré conselho – conselho – pós conselho.
3.14 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares utiliza-se de palestras, festividades,
reuniões de acompanhamento bimestrais para promover a proximidade da família e/ou
comunidade com a escola.
3.15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
O conselho classe é composto atualmente pela direção, professores e equipe
pedagógica. O conselho é realizado bimestralmente, previsto em calendário escolar,
com o objetivo de acompanhar a progressão e o desempenho parcial e integral dos
alunos. Neste momento os alunos são avaliados individualmente e integralmente,
prevalecendo sempre os critérios qualitativos em detrimento do quantitativo.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários atua na organização de eventos e
juntamente com os profissionais da escola, são chamados a “pensar” e a “fazer” a
escola, ou seja, defrontar-se com os problemas para a busca de soluções.
O Conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar
em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, o Projeto Político-
Pedagógico e o Regimento do Colégio.
113
O Grêmio estudantil foi constituído no final do primeiro semestre de 2011 e está
sendo realizado sua implementação, o plano de ação deste colegiado ainda está em fase
de planejamento e organização.
3.16 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORANÊOS
Percebemos que a luta da escola atualmente é fazer com que os conteúdos façam
um enfrentamento real as situações contemporaneidades que nos são postas diariamente.
O enfrentamento destas situações devera estar incluso na prática diária dos
professores em sala de aula, para que eles deixem de ser apenas um discurso vazio.
Para isto,devemos conceituar quais os problemas a serem enfrentados:
• violência;
• uso indevido de drogas;
• educação fiscal;
• relações étnico- raciais e afrodescendente;
• gênero e diversidade sexual.
Conceitos presentes no Marco Conceitual de PPP.
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares prima por uma educação humanizadora,
de respeito à diversidade humana, o trabalho realizado pela Equipe Pedagógica, Direção
e Professores, bem como todos os profissionais envolvidos neste contexto, requer
envolvimento no processo de inclusão, por meio de ações desenvolvidas no cotidiano.
Antunes (2001,p.14) reforça esta ideia afirmando que, para que isso ocorra é
essencial que tenhamos coragem de desvestir, tirar a indumentária da escola, sua
fisionomia de quartel para que deixe de ser um campo de competição, para aos poucos
ir se transformando em verdadeiros centros de descobertas do outro e também um
espaço estimulado de projetos solidários e cooperativos.
Nesta perspectiva, a escola que assume a inclusão, deve trabalhar com uma
pedagogia que dê conta de atender as diferenças e especificidades de cada aluno,
contribuindo com elementos reais que viabilizem o pleno desenvolvimento de suas
possibilidades físicas, sociais e intelectuais.
114
3.17 PROGRAMAS E PROJETOS
3.17.1 Programa Superação
O Programa Superação foi implantado no colégio no ano de 2007, o que
contribuiu para que a instituição participasse de programas federais, os quais têm como
prioridade fazer investimentos em ações que contribuam para a melhoria do
desenvolvimento do trabalho pedagógico, adquirindo materiais pedagógicos e
tecnologia para a concretização de várias atividades com os estudantes, com foco
principal no ensino-aprendizagem.
O objetivo do Programa Superação é promover a condição de igualdade entre as
escolas da rede por meio do desenvolvimento de ações integradas. A meta é promover a
melhoria do ensino e consequentemente a elevação do IDEB, por meio de ações
integradas com as demais secretarias de Estado e órgãos governamentais e, inclusive,
com a comunidade.
O Superação, na sua implantação, trabalhou com a noção de que é preciso
conhecer quais os pontos críticos da instituição, a fim de desenvolver ações para
resolvê-los e fornecer subsídios teóricos e práticos para os professores, de modo que se
tornem mais fáceis as correções de rumo na condução do processo ensino-aprendizagem
e intervenções eficazes no fluxo aprovação/ reprovação/abandono. Sendo assim não
bastam apenas ações governamentais para que ocorra de fato a superação dos
problemas. É imprescindível uma gestão que priorize a tomada de decisões
democraticamente focando no trabalho coletivo que envolva todos os sujeitos
participantes no processo educativo, ou seja, diretores, pedagogos, pais, professores e
alunos.
3.17.2 Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola)
O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares está incluso no PDE- escola. É uma
ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua
energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos, avaliando e
adequando sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.
115
O PDE-Escola constitui um esforço disciplinado da escola para produzir de-
cisões e ações fundamentais que moldam e guiam o que ela é, o que faz e por que assim
o faz, com um foco no futuro.
A instituição foi contemplada com o PDE-Escola, prioritariamente por apresen-
tar baixos índices de desenvolvimento da educação básica (IDEB), o que vem obtendo
melhorias a partir das discussões oportunizadas através da implementação do programa
superação, do PDE-Escola entre outros momentos como as semanas pedagógicas, con-
selhos de classe, reuniões pedagógicas.
3.17.3 Programa: MAIS EDUCAÇÃO/EDUCAÇAO INTEGRAL
Justificativa
O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007,
aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que
foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente,
esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção
da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.
O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo
como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-
se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter
na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do
município no qual a escola está localizada. Logo o público-alvo se aplicará da seguinte
forma:
-Escolas estaduais com baixo IDEB e inscritas no PDE Escola (governo federal) de
regiões metropolitanas e grandes cidades,
-Regularidade junto ao Programa Dinheiro Direto na Escola,
-Alunos em risco de vulnerabilidade social, educacional e cultural.
Objetivo:
116
O objetivo do Programa Mais Educação é ampliar o tempo e o espaço
educacional dos alunos da rede pública. A escola atende em jornada integral, com
atividades no contra turno. Essas atividades precisam estar relacionadas ao projeto
político-pedagógico da escola e dialogar com a comunidade do entorno. As ações
podem ocorrer na unidade escolar ou em outro espaço socioeducativo.
Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, Alfabetizada e
Diversidade oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre os
profissionais da educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a
coordenação da escola e dos professores. Isso porque a Educação Integral, associada ao
processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à vida e ao universo de
interesse e de possibilidades das crianças, adolescentes e jovens.
Encaminhamentos Metodológicos:
-Espaço escolar e outros espaços socioculturais, de acordo com a necessidade das
atividades;
-Selecionar o mínimo de 5 e máximo de 6 atividades por escola;
-Horário: 7 horas diárias, com um total mínimo de 100 alunos (período integral),
podendo ser em um único período ou dividí-los;
-1 professor da rede estadual suprido com 5 horas para cada atividade, responsável pela
proposta pedagógica e o Plano de Trabalho Docente (máximo de seis professores);
-1 monitor para cada atividade;
No ano de 2010, com continuidade em 2012, a unidade escolar oferta através do
programa as seguintes atividades:
- JOGOS / CAPOEIRA / DANÇA / MÍDIAS / ZUMBILE
Estas atividades são ofertadas nos turnos da manhã e tarde com 50 alunos em cada turno
de segunda a sexta-feira.
Conteúdos:
No contexto em que se preconiza a Educação Integral, o estabelecido entre todas
as atividades desenvolvidas no ambiente projeto político pedagógico deve ser
construído considerando as experiências, sem ficar restrito ao ambiente de aula e aos
117
conteúdos que representam os conhecimentos científicos. Nesse sentido, é preciso
oferecer às crianças, adolescentes e jovens diferentes linguagens, e valorizar suas
vivências, modificando o próprio ambiente escolar e a produção do conhecimento. As
diferentes formas que as crianças, os adolescentes e os jovens utilizam para se expressar
são as suas linguagens, por meio das quais demonstram o que sentem e pensam sobre o
mundo que os cerca. Tais linguagens não podem ser ignoradas e devem estar presentes
na organização do espaço escolar, em diálogo com os saberes institucionalizados. Em
um mundo onde as mudanças são cada vez mais rápidas, é necessário trabalhar com
diferentes saberes.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DO MEC - MACROCAMPOS
1- Acompanhamento Pedagógico (obrigatório)
2- Meio Ambiente
3- Esporte e lazer
4- Direitos Humanos
5- Cultura e Artes
6- Inclusão Digital
7- Prevenção e Saúde
8- Educomunicação
9- Educação Científica
10- Educação Econômica e Cidadania
PROPOSTA PEDAGÓGICA –ATIVIDADES DE CONTRATURNO
COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - NÚCLEOS DE CONHECIMENTO
• Apoio pedagógico (Ciências, História, Geografia)
• Esportes
• Jogos
• Danças
• Teatros
• Mídias
118
• Fórum de Estudo e Discussões
• Cultura Regional
• História e Memória
Avaliação:
Além de ampliar o tempo e o espaço educacional, a iniciativa do MEC visa
diminuir as desigualdades educacionais. Com esse PROGRAMA, espera-se que os
alunos tenham uma melhora geral, tanto no seu rendimento escolar, como no seu
relacionamento com colegas e professores, e até seu comportamento em casa. Além da
melhora na postura individual, cada aluno deve se tornar um multiplicador da
modalidade dentro de sua comunidade, potencializando os efeitos benéficos para além
dos portões da escola.
Restituir a condição de ambiente de aprendizagem da comunidade e transcender
à escola como único espaço de aprendizagem representa um movimento de construção
de redes sociais e de cidades educadoras. A comunidade e a cidade apresentam
diferentes possibilidades educacionais e de construção de conhecimento por meio da
observação, da experimentação, da interação e, principalmente, da vivência.
Logo este programa propõe como resultado:
-Contribuir para a formação integral das crianças, adolescentes e jovens;
-Apoiar a ampliação do tempo e do espaço educativo e a extensão do ambiente escolar,
mediante a realização de atividades no contra turno;
-Contribuir para a redução da evasão, da reprovação, da distorção idade/série.
Observação: neste ano de 2013 houve o desligamento do programa Mais Educação,
devido às dificuldades encontradas, devidamente registradas em ata, para a
efetivação satisfatória das atividades, não alcançando os resultados esperados a
que se propõe o programa, no âmbito escolar e na comunidade local.
3.17.4 PROPOSTA DE INCLUSÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
119
Podemos referenciar a Educação Ambiental em termos históricos em 1962, no
Livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson, onde a escritora demonstra sua
preocupação com o descaso do meio ambiente.
A Educação Ambiental no Brasil só ganha projeção social e reconhecimento
público na década de noventa, mesmo figurando oficialmente na Constituição Federal
de 1988. A lei n. 9795, de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Art.1 – Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2 – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades
do processo educativo, em caráter formal e não - formal.
Art. 4 São os princípios básicos da educação ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
IV – a vinculação entre ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais.
Art. 5 – São objetivos fundamentais da educação ambiental:
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental e social;
IV – o incentivo e a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável de exercício da cidadania.
A escola como ambiente de convívio social é o lugar de educar as futuras
gerações para conscientização de futuros cidadãos, ampliando assim a noção de dever
quanto ao futuro do planeta.
Segundo Loureiro (2008, p.69) a Educação Ambiental é uma práxis educativa e
social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes
que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lícita e responsável de
atores sociais, individuais e coletivos no ambiente.
120
Seguramente ela constitui uma área de conhecimento interdisciplinar, ela é
tocada por todas as disciplinas. Entretanto, no que tange ao planejamento das
disciplinas, ela perde o enfoque interdisciplinar de continuidade e de aprofundamento e
é comum ela ganhar ênfase quando é envolvida em projetos de caráter coletivo,
desenvolvidos dentro das escolas. Ela não se assegurou como Tema Transversal e não
interage com as disciplinas como deveria.
Dada a sua urgência e importância e levando em consideração a realidade da
comunidade onde está o Colégio Zumbi dos Palmares, a Educação Ambiental passa a
ser um desafio coletivo para esta comunidade escolar.
Dentro das dependências escolares deve-se iniciar o trabalho pedagógico com
experiências sustentáveis, em que a economia de energia e o aproveitamento de recursos
naturais, por exemplo, sejam hábitos incorporados no cotidiano da sociedade.
Atualmente são desenvolvidos diversos projetos relacionados a questão
socioambiental, dentre os quais estão: Trabalhos de sensibilização junto aos alunos do
colégio, através do jornal elaborado na escola, onde foram utilizados reportagens na
escola e no bairro demonstrando a preocupação com a comunidade, e o meio ambiente
que a cerca. Indo de encontro o que Edgar Morin salienta em seu discurso O método
(2001, p.124-126) onde o autor demonstra sua preocupação com a formação de futuros
cidadãos ambientais.
Os jogos e a capoeira realizados no colégio, onde busca se a melhoria da saúde,
por meio do aprimoramento físico, fazendo com que o aluno melhore sua qualidade de
vida, sensibilizando-o para questões relacionadas aos temas ambientais, buscando
cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, sensibilizando-o para temas como
consumo consciente, separação de lixo, através da implantação de lixeiras seletivas.
Essas atitudes pontuais vão de encontro ao que diz Gadotti, na Carta da Terra (1992),
onde, segundo o autor a sustentabilidade não se aplica apenas a ecologia , mas também
a sociedade.
Outra atividade realizada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, é o projeto
Zumbilê, onde através de leituras de periódicos, livros, jornais, revistas, e outras
atividades, buscassem a consciência critica por parte deste aluno, visando que esta
121
consciência o ajude a refletir sobre a atual realidade mundial e local, relacionada ao
meio ambiente e sociedade.
O Projeto Horta Escolar, objetiva a sensibilização dos alunos, através do contato
com o meio ambiente, utilizando o manejo sustentável como ferramenta de ensino
socioambiental. Dando ênfase ao contato do indivíduo com a natureza.
Todos esses projetos estão alinhados ao que Leff (2002, p. 218) propõe como
meta a ser atingida citando que:
“Reconhecendo que o ato de perceber o mundo parte do próprio
ser de cada sujeito, reconhece o conhecimento, contempla o
mundo como potência e possibilidade e entende a realidade
como construção social”.
3.18 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Plano de Ação - anexo (discussão realizada na semana pedagógica de fevereiro/2013, ainda em construção).
PLANO DE AÇÃO10
AS NECESSIDADES DA ESCOLA A PARTIR DE SEUS LIMITES E AVANÇOS
TEMA/DEMANDA: Dados Educacionais
Justificativa da escolha do tema
O motivo pelo qual esse tema foi escolhido é devido aos índices de aprovação por conselho de classe, reprovação e evasão. Esses resultados já aconteciam, porém no ano de 2009 eles foram muito significativos e preocupantes, precisam ser constantemente repensados, para que novas ações sejam estabelecidas.
10 Algumas ações, deste plano, já foram desenvolvidas desde 2010, porém algumas questões ainda continuam em processo de discussão-construção- amadurecimento-ação.
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Material de fundamentação da discussão
Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: Evasão escolar: não basta comunicar e as mãos lavar. DIGIÁCOMO, Murilo José.Texto: A implementação do programa plano de desenvolvimento da escola(PDE-ESCOLA) nas escolas públicas estaduais do Paraná: tentativas de avanços nos descaminhos históricos da gestão escolar .SEED/PRA Equipe Pedagógica desenvolveu um processo de análise dos resultados obtidos da aprendizagem no ano de 2009, sistematizando-o em forma de gráficos que favoreceram a visualização dos índices e, posteriormente, a reflexão para mudança.
O que consta no marco conceitual e operacional do PPP
O nosso projeto político pedagógico, no seu marco conceitual, norteia o trabalho pedagógico referente a aprovação, aprovação por conselho de classe e reprovação no que concerne a dar suporte conceitual no que diz respeito às concepções de sociedade, de homem, de aluno, de educação, de conhecimento, de escola, de ensino-aprendizagem, de avaliação, destacando os valores pessoais, éticos, espirituais, afetivos, etc. Foca o aprender a ser e a conviver para o desenvolvimento do ser humano integral.Neste aspecto, considera o aluno como sujeito de seu processo de formação e conhecimento.Os índices de aprovação, aprovação por conselho de classe e reprovação e evasão desde 2009 não condizem com a concepção de ensino-aprendizagem contidos no PPP.Segundo ele, o objetivo do colégio é caminhar na direção do aluno, fazendo com que ele acredite em si mesmo e na escola.Em relação ao Marco Operacional, o que falta é pôr em prática integralmente o que está descrito no Projeto Político Pedagógico e que se proporcione outros vários momentos de reflexão que produzam mudanças e transformações em nossas ações/atitudes.
O que consta no Regimento Escolar
O Regimento Escolar regulamenta as ações relacionadas à aprovação, apontando os critérios necessários para a promoção do aluno, bem como dá poderes ao Conselho de Classe(art.31 parágrafo V) para atuar no avanço ou na retenção do aluno, caso o aluno não alcance os critérios apresentados no artigo 109, depois de esgotadas todas as possibilidades de recuperação ofertadas ao aluno. O Regimento não contempla a evasão.Nele encontram-se apenas os índices de aproveitamento que o aluno deverá atingir para sua aprovação. Além disto não seguimos as orientações descritas no regimento escolar nos conselhos de classe. Percebe-se que estamos focando apenas o resultado final, onde deveríamos propor “ações educativas eficazes que possam vir a sanar a necessidade e as dificuldades apontadas no processo ensino-aprendizagem.
Alterações propostas pelo coletivo escolar para os documentos
Que sejam instrumentos efetivos que orientem a nossa prática educativa.PPP - apresentar um estudo científico sobre a evasão em nosso estabelecimento de ensino (marco conceitual), apresentar algumas propostas para diminuir a evasão e medidas para preveni-la (marco operacional/ plano de ação);Regimento – acrescentar nos DEVERES da Comunidade Escolar o
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conhecimento da evasão escolar e a busca de formas para combatê-la.
Plano de Ação Desenvolver um projeto de acompanhamento familiar (coletivo escolar), esse ano (2012) estamos implantando o PROGRAMA CIRANDA DE PAIS.Acompanhar de perto os professores no desenvolvimento do seu trabalho principalmente com as turmas mais difíceis;Promover um estudo para diagnosticar as causas de evasão e reprovação nesta comunidade escolar;Reuniões periódicas com as turmas, pais, professores e equipe pedagógica;Seleção de conteúdos fundamentais para cada série específica (pré-requisitos básicos);Buscar meios para que o aluno aprenda a estudar (priorizar tarefas de casa);Diversificar as formas de avaliar.
TEMA/DEMANDA: Avaliação
Justificativa da escolha do tema
Ao analisar os dados educacionais desde 2009 observamos que os resultados, não se apresentam de forma satisfatória, durante o processo ensino-aprendizagem que acaba por finalizar na avaliação, o que não deve acontecer, pois a nossa concepção de ensino vai na contramão dos resultados apresentados. Isso nos faz entender que existe uma dicotomia entre a teoria e a prática, proporcionando assim uma reflexão sobre a prática pedagógica que vem sendo aplicada. Sendo assim, o processo de avaliação está diretamente relacionado aos resultados apresentados.
Material de fundamentação da discussão
Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: O que são critérios de avaliação? CGE/CADEP;Texto: Concepção e organização da avaliação no contexto da concepção de educação. NRE/CGEA visualização dos índices de aprovados, aprovados por conselho, reprovação e evasão por meio de gráficos deixou claro falhas no processo de avaliação.O texto estudado nos alertou sobre a clareza que devemos ter em relação aos critérios de avaliação. Para que este se amarre durante o processo de ensino-aprendizagem.
O que consta no marco conceitual e operacional do PPP
O PPP quando introduz a concepção de avaliação se utiliza de BEHRENS para dizer “que a avaliação não se limita a apenas ao resultado, com um único objetivo de mensurar resultados, mas busca antes de tudo desafiar o aluno a encontrar novas respostas, a pesquisar outras possibilidades”. No marco operacional, uma das ações propostas é a recuperação de estudos, o que na prática não ocorre, efetivamente, pois muitas vezes faz-se apenas a recuperação da nota. Outro ponto negativo é o fato de que a comunidade escolar e o corpo docente ainda são imaturos
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melhorias nas práticas avaliativas.
O que consta no Regimento Escolar
A avaliação, segundo o Regimento é “contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global e considerar as características individuais”, é também regulamentada e conceituada na Seção X do Regimento Escolar.Ela deverá priorizar os aspectos qualitativos em relação aos quantitativos.
Alterações propostas pelo coletivo escolar para os documentos
A abordagem da avaliação no Regimento está ampla e contempla os quesitos necessários, quanto ao PPP, acrescentar uma discussão da equipe escolar com relação a parte teoria/prática no plano de ação.O essencial é executar o que os documentos orientam.
Plano de ação (ações em constante debate)
Ter critérios claros de avaliação;Desenvolver bem os principais conteúdos;Didática diversificada;Adequar a metodologia de acordo com o perfil de cada turma; Diversificar os instrumentos de avaliação para que sejam condizentes ao desenvolvimento de cada aluno.
TEMA/DEMANDA: Educação Básica (DCEs)
Justificativa da escolha do tema
Tornou-se de suma importância a escolha do tema visto que temos um árduo trabalho de re-elaboração da nossa Proposta Pedagógica Curricular e o momento muito propicio, pois não tem como desvincular os dados levantados após os resultados , que vem se apresentando desde 2009, a avaliação e uma proposta curricular bem pensada e elaborada de acordo com este contexto em que a escola esta inserida.
Material de fundamentação da discussão
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná;Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: Conteúdos escolares e desenvolvimento humano: qual a unidade? SFORNI, Marta Sueli de Faria. GALUCH, Maria Terezinha Bellanda.Texto: O que são critérios de avaliação? CGE/CADEP;Texto: Concepção e organização da avaliação no contexto da concepção de educação. NRE/CGEA visualização dos índices de aprovados, aprovados por conselho, reprovação e evasão por meio de gráficos deixou claro falhas no processo de avaliação.O texto estudado nos alertou sobre a clareza que devemos ter em relação aos critérios de avaliação. Para que este se amarre no processo de ensino-aprendizagem.
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O que consta no regimento escolar
Art. 58 - Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam: difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
respeito à diversidade; orientação para o trabalho.
Art. 59 - Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais.Art. 64 - A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades educacionais especiais de seus alunos.
Plano de ação 2011/2012/2013 Re-elaboração dos documentos, no que se fizerem necessário.
3.19 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Esse Projeto Político-pedagógico foi elaborado em conjunto com professores,
funcionários, alunos, pais e comunidade que envolve o Colégio Estadual Zumbi dos
Palmares, e foi avaliado pelas instâncias colegiadas da escola, como a Associação de
Pais, Mestres e Funcionários e o Conselho Escolar. Constantemente são discutidas as
práticas e ações/atitudes a serem realizadas/tomadas, quando se faz necessário o
documento é reescrito redimensionando assim a organização do trabalho pedagógico.
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