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4 COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES – EFMP PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLOMBO-PR 2013

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COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES – EFMP

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLOMBO-PR2013

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COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES – EFMP

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Rua Anair Bonato Tosin, 12.Centro Industrial Mauá– Colombo – PR

e-mail: [email protected]ção de funcionamento: Resolução n.° 1311/2000

Reconhecimento do curso: Resolução n.° 086/2006Fone: 3562 2000

COLOMBO-PR2013

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SUMÁRIO

Apresentação...................................................................................................................05

Metodologia....................................................................................................................06

1. MARCO SITUACIONAL..........................................................................................08

1.1. Identificação da Instituição......................................................................................08

1.2.Histórico da Instituição Escolar................................................................................09

1.2.1.Histórico da Instituição..........................................................................................09

1.2.2.Missão e Filosofia da Escola..................................................................................14

1.2.3.Objetivos que Norteiam oTrabalho........................................................................14

1.2.4. Lema do Colégio...................................................................................................14

1.3.Caracterização da Comunidade.................................................................................15

1.4.Organização Escolar..................................................................................................25

1.4.1.Modalidade de Ensino............................................................................................25

1.4.2.Organização do Trabalho Escolar..........................................................................25

1.4.3.Tempo Escolar.......................................................................................................25

1.4.4.Calendário Escolar.................................................................................................28

1.4.5.Matriz Curricular....................................................................................................29

1.5. Organização Funcional.............................................................................................35

1.6.Formação Continuada dos Profissionais...................................................................39

1.7.Organização do Espaço / Ambientes Pedagógicos...................................................42

1.8.Recursos Pedagógicos e tecnológicos.......................................................................45

1.9.Participação da Comunidade e Instâncias colegiadas...............................................45

1.10.Projetos Pedagógicos..............................................................................................46

2.MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico).........................................................47

2.1.Concepção de sociedade, homem, aluno, professor, educação, conhecimento, escola,

ensino-aprendizagem e avaliação....................................................................................47

2.2.Inclusão Educacional................................................................................................66

2.3.Tecnologias de Informação e comunicação..............................................................68

2.4.Cultura Afro-Brasileira e Indígena............................................................................69

2.5.Desafios Educacionais Contemporâneos..................................................................70

2.6.Critérios de Organização Interna da Escola..............................................................73

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2.7.Processo de Ensino-Aprendizagem...........................................................................74

2.8.Princípios Norteadores da Escola Pública do Estado do Paraná...............................77

2.9.Diretrizes que norteiam a ação do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares...............81

2.10.Proposta Transformadora........................................................................................87

3.MARCO OPERACIONAL..........................................................................................88

3.1.Tipo de Gestão..........................................................................................................89

3.2.Recursos que o Colégio dispõe para realizar o seu projeto.......................................90

3.3.Critérios para a elaboração do Calendário Escolar...................................................92

3.4. Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos...........................92

3.5. Critérios para a organização de turmas....................................................................92

3.6. Organização do tempo escolar ................................................................................93

3.7.CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna...................................................96

3.8.Como são ofertados os estudos sobre o Estado do Paraná........................................97

3.9.Estágio não obrigatório para alunos do Ensino Médio.............................................98

3.10.Avaliação.................................................................................................................98

3.11.Intenção de Acompanhamento de egressos...........................................................102

3.12.Reclassificação......................................................................................................103

3.13.Conselho de Classe...............................................................................................103

3.14.Estratégias do Colégio para articulação com a família e comunidade..................104

3.15.Instâncias Colegiadas............................................................................................104

3.16.Desafios Educacionais Contemporâneos..............................................................104

3.17.Programas e Projetos.............................................................................................105

3.18.Redimensionamento da Organização do Trabalho Pedagógico............................113

3.19.Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico...........................116

4.Referências.................................................................................................................116

Anexos...........................................................................................................................119

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“Há pessoas que lutam um dia e são boas.Há outras que lutam um ano e são melhores.

Há aquelas que lutam muitos anos e são muito boas.Porém, há aquelas que lutam toda a vida e

Estas são imprescindíveis.”

Bertolt Brecht

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APRESENTAÇÃO

No processo de construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

“Zumbi dos Palmares” a comunidade educativa professou a sua crença numa educação

de qualidade que venha contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.

Seguindo atentamente as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica, da

rede pública. A preocupação de todos que contribuíram para a elaboração do Projeto

Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino foi a de articular o trabalho de

todos os seguimentos da comunidade escolar, no sentido de elaborar uma proposta

curricular coerente e adaptada à realidade.

A cada ano letivo, o coletivo escolar discute e revê suas práticas pedagógicas

estabelecendo novas ações e atualizando o Projeto Político Pedagógico diante das

exigências das políticas educacionais buscando, desta forma, atender as demandas que

tem a sua origem na realidade social.

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METODOLOGIA

O Projeto Político Pedagógico funciona como um documento de referência, com

base no qual irão concretizar-se e desenvolver-se todas as atividades que sistematizam a

vida escolar da instituição autônoma.

A dimensão pedagógica reside na possibilidade de efetivação da finalidade da

educação formando o cidadão crítico, responsável, criativo e participativo na

comunidade escolar e no exercício da cidadania.

A elaboração do projeto educativo possibilita explicitar intenções e interesses

que compõem os princípios educativos de todas as partes comprometidas com o

funcionamento da escola, com a finalidade de dar-lhes uma identidade específica e de

fazê-las funcionar de forma coerente.

A elaboração em conjunto, do projeto educativo, permite a discussão e mediante

o debate, conhecer inteiramente as funções e os direitos de cada um, bem como se

aprofundar nos aspectos que são imprescindíveis para o bom funcionamento da escola, e

para que sua identidade e estilo se consolidem.

Considerando a escola como o segundo e principal ambiente socializador do

indivíduo, ela deve estar preparada para educar na diversidade. Para empreendermos o

projeto educativo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, consideramos:

A formação acadêmica e profissional de professores e funcionários;

A diversidade metodológica e instrumental. Existem diversos

métodos/estratégias ao longo do processo ensino/aprendizagem;

A diversidade de alunos com suas habilidades, interesses e expectativas;

A diversidade de categorias educacionais que integram a comunidade escolar,

pois cada indivíduo tem direitos às suas opções religiosas e ideológicas, como

também à diversidade de gêneros, raças, etnias e culturas.

O Projeto Político Pedagógico, como parte de um processo dinâmico e flexível,

é o documento que legitima as ações propostas bem como o funcionamento da escola e

desempenha um papel fundamental na tomada de decisões para dar significado ao que

lhe é atribuído. O PPP do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares foi construído com a

participação e contribuição de toda a comunidade escolar, seguindo as orientações da

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mantenedora Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Professores percorreram toda

a área onde está a Vila Zumbi. Foram realizadas reuniões para análise de documentos,

estudo de textos e pesquisas com alunos e pais, sendo que todos os dados coletados e

tabulados permitiram traçar o perfil da comunidade.

Ao tomar conhecimento da realidade onde estamos inseridos, definida a visão

dos educadores - Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente e Funcionários - em

relação à legislação educacional vigente, detectamos problemas, angústias, expectativas,

alternativas e possíveis soluções, declinadas neste documento, para determinar nossa

ação e prática educativa.

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1. MARCO SITUACIONAL (Diagnóstico da realidade)

“É preciso alimentar o conhecimento com a reflexão;é preciso alimentar a reflexão com o conhecimento.”

Edgar Morin

1.1.IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Colégio Estadual Zumbi dos Palmares - Ensino Fundamental e Médio.Código: 0728Endereço: Rua Anair Bonato Tosin n°12.Bairro: Centro Industrial Mauá.CEP: 83413-580.Município: Colombo – PR. Código: 580Telefone/Fax: (0xx41) 3562-2000.E-mail: [email protected] Site: www.cbxzumbi.seed.pr.gov.br

Dependência Administrativa: Governo do Estado do Paraná.NRE: Núcleo Área Metropolitana Norte.Código: 02Ato de Autorização do ColégioResolução: n° 1311/00Data da Expedição: 25/05/2000

Ato de Reconhecimento do Colégio do Ensino FundamentalResolução: n° 121/04Data da Expedição: 29/01/2004

Ato de Reconhecimento do Colégio do Ensino MédioResolução: n° 086/06Data da Expedição: 06/02/2006

Parecer do NRE A.M.NORTE de Aprovação do Regimento EscolarAto Administrativo: n° 398/2011Parecer: n° 508/2011Data da expedição: 11/11/2011

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação.

Localização Urbana

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1.2 HISTORICO DA INSTITUIÇAO ESCOLAR

1.2.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

Conforme relato do primeiro diretor dessa instituição1, os alunos da Vila Zumbi

estudavam no Jardim Claudia uma Vila de Pinhais ou no Colégio Estadual Plínio

Monteiro Tourinho no bairro Atuba em Colombo. Muitos alunos desistiam de estudar

porque eram discriminados, por não ter escola no seu bairro, então quando iam para

outro bairro, os pais enfrentavam certa dificuldade para que os filhos permanecessem na

escola, pois seus filhos eram agredidos.

Outro problema enfrentado pelos alunos era a distância, alem dos problemas de

relacionamento, entre estudantes de um bairro para outro, sendo assim não havia um

acolhimento dos alunos, provenientes da Vila Zumbi dos Palmares, porque naquele

período da década de 90 eles eram bem descriminados devido o local que moravam,

aliás, era comum dos pais comentarem que os taxistas não levavam pessoas para lá

devido a fama que a vila tinha em relação à violência existente ali, então as crianças da

comunidade também sofriam este mesmo preconceito quando saíam fora da vila, tanto é

que , muitos que moravam na Vila Zumbi dos Palmares não gostavam ou não falavam

que moravam lá, devido ao preconceito que sofriam.

Diante de toda esta situação vivenciada, os moradores da comunidade local

começaram a sentir que seria necessário construir uma escola no bairro que atendessem

seus filhos. O Núcleo Regional de Educação procurou estabelecer ali uma escola,

naquela época a então secretária da educação Alcione Saliba tinha uma idéia de fazer

uma “escola de lata”, uma escola de alumínio, de container, mas a licitação não ficou

pronta para que pudesse funcionar, a tempo, no ano de 1999.

Porém, já havia a mobilização da comunidade local, através da Igreja Católica

que ficava na frente da escola, e tinha uma boa influência, a Igreja Batista que tinha o

Pastor China bastante influente na época, também do APOIO, uma instituição de ajuda

as questões da comunidade.

1 Professor Antonio Sergio Ferraz, em entrevista realizada e gravada, pela pedagoga Ana Maria Rodrigues e Diretor Auxiliar Professor Rudinei Ribeiro, no ano de 2009.

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Iniciou assim, a divulgação junto às essas instituições de que seria construída

uma escola no bairro, através da forma que a secretaria da educação disse que iria fazer

de container. Toda a divulgação, da possibilidade de uma escola, foi realizada no

comércio, através de panfletos. A comunidade se empolgou com a idéia, pois queriam

que seus filhos estudassem ali. Quando chegou ao final do ano, antecedente ao ano que

foi iniciado o trabalho na escola a Secretaria da Educação não concretizou a idéia da

escola de “lata”, ela fugiu da responsabilidade e disse não dar, e o NRE AMN naquela

época já convidara ao Professor Sérgio Ferraz para ser diretor da nova escola, então o

comunicaram que não teria mais escola ali; e que as crianças deveriam continuar seus

estudos no Colégio Estadual Plínio Monteiro Tourinho no período da tarde, em que

existia as vagas. Na época para dar continuidade ao processo de estabelecer ali uma

escola, foi feito um acordo com a então diretora Sirlei, da Escola Municipal Barão de

Mauá e a Secretária Municipal da Educação, na época, professora Aziole Maria

Cavalari Pavin, foi então disponibilizado o espaço físico da escola em período

intermediário, com inicio às 16h e termino as 20h:30min.

Começou então, no ano de 1999, a ser realizado o atendimento escolar aos

alunos residentes no bairro, “imagine uma comunidade que estava toda fora, e

obviamente os pais queriam que estudassem ali” (Fala do professor Sérgio Ferraz). No

início havia 300 alunos e foi feito um trabalho na comunidade, junto às famílias, para

que os filhos estudassem na escola, então a maior parte dos alunos que estudavam fora

da Vila Zumbi passaram a estudar ali, nos horários e espaços disponibilizados pela

Prefeitura Municipal.

Durante o período em que foi utilizado o espaço cedido pela prefeitura, buscou-

se alternativas de terreno para construção e espaço próprio.

“Aí entra a comunidade de novo, porque não sei o que acontece no Zumbi,

talvez por ela ser uma vila fechada que não tem saída, pois ao seu redor encontra-se a

BR, o Alfaville, o clube Santa Mônica e o rio, então ali se concentra muitas pessoas que

parece uma cidade do interior , ele não é um bairro aberto. E muita gente da

comunidade começou a participar em busca de uma escola nova, em reuniões com a

prefeita na época, reuniões na secretaria da educação em busca do trabalho nosso, em

busca do terreno” (relato do Professor Sérgio Ferraz).

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A comunidade participou ativamente, comparecendo as reuniões na prefeitura ou

na Fundepar, atual SUDE (Superintendência de Desenvolvimento Educacional). Na

época, lotavam três a quatro carros, iam para estas instituições, fazendo as

reivindicações, em cada reunião havia pessoas diferentes, percebia-se uma postura da

comunidade em querer uma escola, postura esta, particular, das pessoas da Vila Zumbi,

de cuidar do patrimônio público, apesar de algumas poucas pichações, é muito diferente

da realidade de outras escolas. O povo começou a participar principalmente as igrejas, o

APOIO, e até pessoas da comunidade iam sem mesmo não tendo filhos na escola, o que

sensibilizou a secretária da educação do estado Alcione de Saliba, a verba para

construção foi liberada através da Secretaria de Estado da Educação e o terreno foi

doado pela prefeitura municipal, onde existe a escola hoje era um banhado, foi feito um

trabalho de aterramento por isso que existem rachaduras nas paredes.

O trabalho pedagógico iniciou em 1999, nas dependências da escola municipal Barão de

Mauá, no ano seguinte já começou a construção do prédio da nova escola, levou dois

anos para construção da escola e isso foi motivado em essência pela força da

comunidade e pela forma como foi feita onde tanto a secretaria da educação como a

prefeitura foram sensibilizados e casou com os interesses locais, que era uma nova

escola.

A escolha do nome

Conforme o relato do professor Sergio Ferraz, “Nós tínhamos um preconceito

com o nome Zumbi dos Palmares, a vila como um todo; muitos pais queriam que

mudasse o nome devido ao preconceito estabelecido sobre a vila. No ano de 2000 nós

fizemos um trabalho com a comunidade e com os professores, onde foram citados

alguns nomes de personalidades que seriam homenageados com o nome da escola;

porque o nome Vila Zumbi dos Palmares dava o nome para a Vila ela é a Escola da Vila

dos Palmares e não Escola Zumbi dos Palmares. E entre os nomes colocamos Zumbi

dos Palmares e aí os professores em um trabalho que fizeram com os alunos para

compreendessem toda participação negra naquela comunidade e no Brasil o que estes

representavam, e além deste nome tinham outros como Vinícius de Moraes que foi

posto, discutido pelos professores, foi falado sobre sua importância enquanto

personalidade do Brasil e tinha outro nome que não me lembro agora. Eram três nomes

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que se tinha para escolher, ai chamamos a comunidade para votação, alunos e pais e

para nossa surpresa mesmo diante da negatividade que a Vila, o seu nome representava

para a comunidade, a comunidade escolheu como nome para a escola Zumbi dos

Palmares, então ela não é uma escola da Vila Zumbi dos Palmares, ela é uma Escola

Estadual Zumbi dos Palmares que homenageia todo esse personagem da nossa história

da nossa cultura e os alunos também se identificavam nisso, pois eles também eram

descriminados, foram rejeitados.

O trabalho com o nome da escola motivou ainda mais que os alunos tivessem

um respeito maior pela escola, e a entender quem foi Zumbi naquele período. E levou as

crianças a perceberem que eles também parecem um quilombo, que eles eram um povo

que mudou para um canto, que talvez ninguém quisesse por ser um banhado e foi feito

todo um trabalho histórico para que os alunos pudessem escolher o nome.

A comunidade escolhe assim de uma forma bem interessante para a época e isso

é legal porque motiva para outras funções para dentro da escola, você escolhe o nome e

quando discute isso, você discute também o respeito pela escola, pelo próprio padrão da

escola, a relação da escola com o bairro e os alunos começa a se identificar, tanto é que

nós tínhamos a certeza que eles gostavam de estudar na Escola Estadual Zumbi dos

Palmares, tinham orgulho, isso é interessante. Uma das coisas que chamava atenção da

escola é quanto a não depredação da escola, é comum as escolas novas serem

depredadas rapidamente e os alunos sempre viam à escola como ponto positivo e de

referencia no bairro para suas vidas”2.

Como tudo começou... a história contada hoje...

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, iniciou sua história a partir do ano

2000. No primeiro momento foi preciso utilizar as dependências da Escola Municipal

Barão de Mauá, até que ficassem prontas as instalações do Colégio que passou a

funcionar a partir do dia 18 de Abril do ano 2000.

A fundação do colégio pode ser considerada uma conquista dos moradores que

já ocupavam este espaço há cerca de nove anos. Devido às dificuldades encontradas

para sobreviver no interior do estado ou mesmo em outras regiões, muitas pessoas

2 Até aqui o histórico se baseou na entrevista com o professor Antonio Sergio Ferraz. Muito do texto foi deixado da forma como foi dito pelo entrevistado devido a sua importância para entender o processo pelo qual a escola passou naquele momento.

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migraram em busca de melhores condições de vida. A população foi aumentando e

cada família ocupou um espaço na vila, enfrentando muitos desafios.

Com o aumento da população e a falta de estrutura urbana, muitos problemas

sociais foram causa da violência e discriminação que acabaram projetando uma imagem

negativa dessa comunidade, imagem hoje que já mudou consideravelmente.

Pelo fato mesmo de a ocupação da vila de ter sido uma grande conquista pode-se

dizer que o nome atribuído ao colégio reflete o aspecto da coragem e da resistência das

pessoas que acreditam no processo de libertação.

Como o grande herói “Zumbi dos Palmares” cada pessoa que contribui para a

construção dessa comunidade se sente protagonista dessa história significativa. Pode se

dizer que a existência desse colégio reforça o espírito de luta de cada cidadão que aqui

vive.

Atualmente o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acolhe aproximadamente

1.200 alunos do ensino fundamental e médio, tem uma comunidade educativa, dinâmica

e consciente, que contribui incansavelmente para o exercício da cidadania favorecendo

uma educação de qualidade.

E, assim, seguimos fazendo história...

1.2.2 MISSÃO E FILOSOFIA DA ESCOLA

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Missão do Colégio

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como missão dinamizar uma ação

educativa que favoreça ao ser humano realizar-se como pessoa e como coletivo, em ser

livre, autônomo, emancipado e responsável, numa luta constante contra o processo de

alienação e de todas as formas degradadas de vida para a construção de uma sociedade

verdadeiramente humana.

Filosofia do Colégio

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares promoverá uma educação com forte

componente científico e tecnológico articulada a uma cultura humanizante que

potencializa o desenvolvimento do ser humano em vários sentidos.

1.2.3 OBJETIVOS QUE NORTEIAM O TRABALHO

Formar o aluno competente no uso do conhecimento sistemático, crítico em

relação ao contexto, consciente no uso de diferentes linguagens, criativo, autônomo

intelectual e moralmente, capaz de usar a liberdade com responsabilidade em

decorrência da consciência dos limites e emancipado porque capaz de analisar as

questões como ser reflexivo.

1.2.4 LEMA DO COLÉGIO

Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos.

1.3 CARACTERIZAÇAO DA COMUNIDADE

Descrição das realidades: Brasileira, Estadual, Municipal e Local

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Na caracterização da sociedade atual, o primeiro aspecto a ser considerado,

diante dos paradigmas que permeiam a contemporaneidade, deve ser o desenvolvimento

paralelo de tendências, comportamentos e fatos totalmente paradoxais, quando não

contraditórios, sobretudo nas últimas décadas do século XX, marcadas por profundas

transformações e crises, em todos os níveis, em âmbito nacional e internacional. Deve-

se também ter em mente a complexa pluralidade e o dinamismo que a move no início do

século XXI, impulsionando-a a evoluir, ainda que nem sempre de forma justa,

organizada e democrática.

Nos vários aspectos e setores, interligados e interdependentes, que compõem a

sociedade atual, reconhece-se antagonismos e oposições marcantes, repartindo o mesmo

espaço, suscitando perplexidades e angústias, despertando a reformulação de ideias e

estratégias de atuação e gerando uma nova consciência de mundo e de pessoa.

Assim, no âmbito econômico, propulsor de tantos interesses políticos e de

interesses também do mercado de trabalho e outros gerados pela distribuição da renda e

do progresso cultural, científico e tecnológico de um país, registra-se o crescimento de

alguns setores - imersos na globalização e gozando dos benefícios dos mais avançados

recursos da tecnologia - em contraste com bolsões de pobreza, exclusão e

marginalização; ao mesmo tempo em que as indústrias incrementam e agilizam novas

formas de produção, crescem os números do desemprego e acirra-se a competitividade,

por sua vez, responsável pela necessidade de atualização e diversificação criativa do

mercado. Paralela à significativa participação do país no mundo científico e cultural, há

centenas de crianças e adolescentes que permanecem fora da escola, milhares de adultos

que não têm acesso aos bens culturais, bem como doentes que morrem por falta de

cuidados e medicamentos.

Vivencia-se, portanto, um desenvolvimento científico comprometido com o

capital, não possibilitando acesso à maioria da população aos avanços da ciência.

Além disso, a injusta distribuição de renda assegura a concentração do poder

econômico nas mãos das minorias e a manutenção dos enormes abismos sociais, através

do desnível salarial, da desvalorização e do preconceito em relação à raça, ao gênero e a

certas categorias de trabalho. Sem mencionar que os meios de comunicação, como um

todo, alimentam e estimulam o ideal consumista neoliberal, no qual reinam o

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descartável, o modismo, o lucro e a privatização dos serviços sociais, favorecendo à

elite e aumentando o fosso dos excluídos.

Por outro lado, multiplicam-se - tímida, mas constantemente - as organizações

não governamentais, associações e iniciativas particulares que se mobilizam para ajudar

as camadas mais carentes da sociedade, desenvolvendo, entre elas e com elas,

alternativas econômicas originais e lucrativas, que geram melhoria na qualidade de vida,

num espírito de participação coletiva.

Dessa forma, como já foi mencionado, as frequentes e cada vez mais dominantes

interferências econômicas na vida social, amplamente divulgadas pelos meios de

comunicação, moldam comportamentos individualistas - não necessariamente

autônomos e interdependentes - em geral, movidos pela ideologia dominante do “ter

para ser”, do prazer imediato e a qualquer custo, do culto da aparência e do sucesso

aliado ao poder aquisitivo.

Se, de um lado, vê-se a insistência de grupos defensores de ideias conservadoras,

discriminatórias ou fascistas, de outro, constata-se a resistência daqueles que encabeçam

reivindicações, que despertam o debate, a organização e a luta, em vista da defesa dos

direitos inalienáveis da pessoa, da solidariedade e igualdade social.

É importante destacar também que o ser humano contemporâneo revela-se

muitas vezes alienado, massificado, sem perspectivas, sem valores e ética. Assim sendo,

percebe-se os nítidos sinais de cansaço diante das estruturas políticas e sociais corruptas

e acomodadas e de interesses oligárquicos, bem como a crise de muitos extremismos

filosóficos e religiosos. Diante da aparente situação de caos generalizado, surgem,

dentro dos próprios movimentos e instituições, focos de mudança, de diálogo entre

culturas e religiões; ações organizadas em favor da preservação do ambiente, da

liberdade de expressão de grupos atingidos pelos mais diversos preconceitos;

movimentos internacionais de efetiva solidariedade em favor dos mais fracos e

desfavorecidos.

O século XXI, que começa, mesmo não tendo ainda superado os traumas e os

medos gerados por todos os conflitos que traz do passado, guarda um germe de

esperança de que uma nova sociedade brasileira deverá fecundar.

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Sobre o Estado do Paraná, este está localizado na região sul do Brasil e possui

uma área de aproximadamente 199.709.1 Km². Conta com 399 municípios e com uma

população aproximada de 9.563.458 habitantes, sendo 8,6% de analfabetos e 29,79% o

índice de mortalidade infantil, dados do ano de 2000. A economia do Estado tem como

base a agricultura, a indústria e o extrativismo vegetal.

O Paraná ocupa o quinto lugar em importância econômica entre todos os estados

brasileiros. As diferentes características físicas e climáticas do estado propiciam a

existência de atividades agrícolas diversificadas e seu grande desenvolvimento

econômico permite a utilização de avançadas técnicas agrícolas, que se traduzem, nos

mais altos índices de produtividade do país. O Paraná é ainda o quarto maior exportador

entre os estados brasileiros.

No transcorrer da sua história, o Paraná foi aos poucos percorrendo um caminho

em cujo percurso foi sendo construídas identidades e culturas específicas. As primeiras

configurações sociais que se delinearam na ocupação do território paranaense foram

marcadas pela precariedade das condições materiais e a lenta adequação do europeu à

vida nos trópicos, o que implica um hibridismo com o universo cultural das populações

locais. Nesse universo complexo, as diversas expressões culturais sofreram influências

externas ao Estado vinculadas pelos modernos meios de propaganda e de comunicação

de massas.

Durante toda essa trajetória, a política e os métodos educacionais acompanharam

as mudanças da sociedade e de seus costumes e práticas. Assim, a legislação do ensino,

a criação de escolas, as inovações teóricas e técnicas, a formação de professores foi

gradativamente alterada de acordo com o momento histórico.

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares está situado neste Estado, no Município

de Colombo, cuja história revela que, em 1878, um grupo de imigrantes italianos vindo

do norte da Itália, chega ao Brasil com destino às terras da Região Sul, estabelecendo-se

no Paraná, primeiramente na Cidade de Morretes. Mais tarde, acompanhados pelo padre

Ângelo Cavalli, seguiram em direção a Curitiba. Em setembro do mesmo ano,

receberam do governo provincial terras no local denominado Butiatumirim, que

posteriormente passou a chamar-se Colônia Alfredo Chaves. Este nome se deu em

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homenagem ao Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves, inspetor geral de terras e

colonização na corte do Rio de Janeiro, que prestava serviços à província do Paraná.

A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo deve-se a

uma medida do governo provisório republicano, pelo Decreto n°11 de agosto de janeiro

de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão

Colombo. Em 05 de fevereiro de 1890, foi instalado o Município, sendo o seu primeiro

presidente o Sr. Francisco de Camargo. E em 1891 assumiu este cargo o Sr. João

Gualberto Bittencourt.

Já o Município de Colombo surgiu em 1880, com o imigrante italiano Francisco

Busato construindo o primeiro moinho de cereais com roda d’água, represando o rio

Tumiri. Busato teve a iniciativa de instalar a primeira fábrica de louças artísticas do

país.

A época de maior progresso para Colombo foi o período de 1920/1930, quando

houve um surto industrial de grande importância. Encontrava-se em atividade duas

fábricas de louças, uma delas considerada a melhor do país. Naquela época funcionava

também uma grande fábrica de vidros, que infelizmente foram destruídas por um

incêndio. O Município sofreu enorme prejuízo econômico com este acontecimento.

A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n° 1703, Colombo

passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiúva do sul. Em 09 de

agosto de 1933, por força do decreto estadual n° 1831, volta a se chamar Colombo.

Um duro golpe recebeu a comunidade em 20 de outubro de 1938, através do

decreto estadual n° 7573 que extinguiu o município, anexando-o à capital Curitiba.

Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo decreto estadual n° 199, é restaurado o

poder político e administrativo de Colombo.

Colombo foi o município de maior taxa de crescimento nas décadas de 70 e 80

na Região Metropolitana de Curitiba. Hoje 97,6% da população moram em áreas

loteadas, contínuas a capital – Curitiba.

Com 202.536 habitantes, embora dados não oficiais demonstrem uma população

muito maior, aproximadamente de 220 mil habitantes, Colombo se destaca como um

dos Municípios com maior número populacional, com farto celeiro de mão de obra. A

grande maioria dos seus habitantes está no meio urbano e trabalha em Curitiba e

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“dormem” em Colombo, devido aos valores mais acessíveis dos aluguéis, se

comparados aos de Curitiba.

Assim, o município de Colombo está suprindo a necessidade de moradia, para

pessoas que desejam trabalhar na Capital, seja devido o desemprego no interior ou

fugindo dos altos custos de moradias na grande metrópole. Colombo hoje é uma

extensão de Curitiba, no entanto, o município tenta aos poucos tornar-se mais

independente da capital paranaense, buscando investimentos urbanos e valorizando os

costumes de seus colonizadores, desenvolvendo, assim, o turismo na cidade.

A Comunidade Vila Zumbi dos Palmares onde está inserido o Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares está localizada nos limites entre o município de Colombo e

Curitiba, à margem esquerda do Rio Palmital e à direita da BR 116. Já foi considerada,

por especialistas, como uma das maiores ocupações irregulares da Região Metropolitana

de Curitiba, com uma área de mais de 500 mil metros quadrados, sendo maior do que

138 municípios do Estado do Paraná. Sua população é de 1.797 famílias, num total de

6.649 pessoas, conforme estudo realizado pela Cohapar (Companhia de Habitação do

Estado do Paraná) em 2004. A região de preservação ambiental começou a ser ocupada

em maio de 1991, ao longo do principal eixo viário de ligação entre Curitiba e São

Paulo.

Os conflitos sociais e emocionais são evidentes, dado a precariedade de muitas

moradias e da dificuldade financeira enfrentada pela população. Os moradores da Vila

sofrem constante discriminação, pois a imagem projetada para todo o Estado reforça o

aspecto da violência, corrupção, roubos, assassinatos, fome, desemprego, falta de

moradia, higiene, educação ambiental, segurança, saneamento básico e condições para

se desenvolver um processo educativo de qualidade.

Apesar dos conflitos próprios desta realidade, a maioria da população gosta

deste espaço de convivência e tem a escola como ponto de referência para a solução dos

problemas.

Em meio a tantos desafios, os educadores, movidos pelo desejo de realizar um

bom trabalho pedagógico, visitaram as famílias dos alunos anotando dados importantes

para a descrição desta realidade (trabalho realizado para levantar dados para a

construção inicial do PPP e que ainda está presente em nossa realidade)

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Perceberam, na ocasião, que os alunos que frequentam o Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares são filhos de trabalhadores que atuam no setor terciário – prestação

de serviço e comércio atuando em várias funções: 25% como auxiliares de serviços

gerais: 11,36% são pequenos comerciantes; o restante trabalha como profissionais

autônomos, como por exemplo: recapadores, motoristas, pedreiros, vigilantes, porteiros,

encanadores, cozinheiros entre outros. A remuneração de 68,09% desses trabalhadores

não ultrapassa os cinco salários mínimos, dos quais 2,12% recebem menos de um

salário; 8,5% um salário; 23,4% dois salário e 34,4% entre 5 e 6 salários. Dos

entrevistados, 44,44% tem duas pessoas trabalhando em casa, 37,77% somente uma

pessoa; 4,44% três ou quatro pessoas, 2,22% seis pessoas, 6,66% estão desempregados

(dados do ano 2000). É importante ressaltar que a maioria dos trabalhadores está no

mercado informal. Constata-se que a comunidade é composta de trabalhadores que em

sua maioria recebe uma baixa remuneração, formando um grupo homogêneo do ponto

de vista sócio-econômico.

Apesar da maioria de nossos alunos residirem na Vila Zumbi, para 88,37% dos

entrevistados a casa onde moram é de sua propriedade, ainda que em área ainda não

regularizada; 9,31% residem em casa cedida e outros 2,3% pagam aluguel (dados do

ano 2006). É importante ressaltar que 69,04% residem há mais de cinco anos na

comunidade e apenas 2,38% moram há menos de um ano.

A faixa etária predominante nesta comunidade é de pessoas entre 30 a 40 anos;

13,23% de 20 a 30 anos; 12,15% de 15 a 20 anos; 9,39% de quarenta a 50 anos; 5,52%

mais de cinqüenta anos; 4,95% de 01 a 5 anos; 3,86% menos de um ano e 2,20% de 5 a

10 anos. A partir desses dados poderemos planejar ações que visem a integração social e

cultural, buscando uma melhor qualidade de vida.

A comunidade é composta por 37,15% de pessoas adultas que ainda não

concluíram o ensino fundamental; 11,5% declaram que não estudaram e apenas 1,44%

se declaram analfabetos. Há ainda 4,32% com curso de ensino médio incompleto e

2,40% completo. O restante está cursando a série de acordo com sua faixa etária.

Nossa escola acolhe atualmente cerca de 1200 alunos de ensino Fundamental,

Médio e Educação Profissional. O contexto no qual estão inseridas as famílias dos

nossos alunos é bastante complexo e marcado por conflitos e inúmeras contradições. O

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desemprego ou a longa jornada de trabalho, a falta de condições básicas para a

sobrevivência, a falta de conhecimento do processo educativo, geram inseguranças e

dificultam a integração e a continuidade entre o trabalho da família e o da escola. Ainda

que a criança ou adolescente tenham a garantia dos direitos de freqüentar uma escola é

necessário considerar as diferenças existentes entre eles, pois como afirma Harper:

“as crianças dos meios populares sentem grande estranheza diante da linguagem, normas e valores da escola, que são totalmente diferentes daquelas a que estão habituados. Elas se sentirão ainda mais inferiorizadas pelo fato de não poderem trazer para a escola sua maneira de falar e sua experiência na família e no bairro menos favorecido. Elas se sentirão perdidas diante da falta de sentido e utilidade imediata dos exercícios escolares, confusos pelo lado artificial das situações vividas na sala de aula”. (HARPER et al,1980, p.75).

Dentre as muitas dificuldades encontradas dentro do espaço escolar e em seu

entorno, para que se efetive de fato o trabalho escolar que prime pelo ensino e a

aprendizagem, destaca-se a questão da evasão escolar, principalmente nos turnos da

tarde e noite.

A evasão escolar é um dos temas que historicamente faz parte dos debates e

reflexões no cenário da educação pública brasileira. As discussões têm tomado como

ponto central o papel tanto da família quanto da escola em relação à vida escolar da

criança.

No que tange à educação, a legislação brasileira determina a responsabilidade da

família e do Estado no dever de orientar a criança em seu percurso sócio-educacional. A

lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/1996, art. 2) é bastante clara a esse

respeito: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”.

Em um estudo sobre a evasão escolar, Queiroz (2009) relata que vários estudos

têm apontado aspectos sociais considerados como determinantes da evasão escolar,

dentre eles, a desestruturação familiar, as políticas de governo, o desemprego, a

desnutrição, a escola e a própria criança, sem que, com isto, eximam a responsabilidade

da escola no processo de exclusão das crianças do sistema educacional.

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De maneira geral, os estudos analisam o fracasso escolar, a partir de duas

diferentes abordagens: a primeira, que busca explicações a partir dos fatores externos à

escola, e a segunda, a partir de fatores internos. Dentre os fatores externos relacionados

à questão do fracasso escolar são apontados o trabalho, as desigualdades sociais, a

criança e a família. E dentre os fatores intra-escolares são apontados a própria escola, a

linguagem e o professor (QUEIROZ, 2009).

O problema crucial, da evasão escolar influencia diretamente o ensinar e o

aprender, visto que estes ocorrem diariamente no encontro professor-aluno,

prejudicando os índices de aproveitamento escolar, que a cada ano letivo tendem a

baixar, pois na maioria dos casos a reprovação acontece devido a desistências e as

freqüentes e inúmeras ausências do aluno ao ambiente escolar.

Desta maneira a escola através de sua equipe (direção, equipe pedagógica e

professores) busca solucionar ou até mesmo amenizar o problema, entrando em contato

com a família, convocando para reuniões a fim de discutir e tentar resolver,

conscientizando a família que comparece a escola da importância do educando (menor

de idade) estar frequentando/participando do espaço escolar. Alguns casos fogem as

ações da escola como instituições de ensino, sendo assim são encaminhados a

instituições da rede de proteção a criança e ao adolescente, como o Conselho Tutelar.

Análise dos índices levantados – discussões sobre os resultados e a realidade3

A evasão escolar tem sido nosso grande problema, como já citado e, tem

refletido nos índices de avaliação da instituição. Apesar de alcançarmos as metas

projetadas com dois anos de antecedência e das projeções estarem positivas, quando

analisadas a luz das notas da Prova Brasil percebeu-se que o IDEB não reflete realmente

a aprendizagem já que as médias de nossos alunos estão em conformidade com as

demais notas obtidas por outros estabelecimentos públicos. Nossa taxa de aprovação

também segue o mesmo itinerário mostrando compatibilidade com dados de outras

escolas e porcentagem reduzida. No entanto, quando se busca dados sobre a quantidade

3 Texto construído a partir das discussões realizadas durante os trabalhos da semana pedagógica de julho de 2011, porém a preocupação já vem tomando conta dos profissionais desta instituição há um tempo, desde que a escola foi inclusa no Programa Superação em 2007.

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de alunos que simplesmente abandonam a escola, apesar dos esforços pedagógicos

(ligação para família, bilhetes, conversa com vizinhos, encaminhamento ao conselho

tutelar, oferta de recuperação do período abandonado, entre outros), se vê que aí está

nosso “calcanhar de Aquiles”.

Em geral, as disciplinas se equivalem quando se analisa qual delas os alunos

apresentam maior rendimento, ou, por outro lado, o maior número de notas abaixo do

mínimo esperado. Observou-se também que a maior deficiência está no primeiro ano do

Ensino Médio, talvez resultado da mudança de ciclo entre Ensino Fundamental e Ensino

Médio, tornando-se um ponto agravante que merece um olhar mais aprofundado com

possíveis intervenções. Tanto é que o problema da evasão se concentra nos primeiros

anos do Ensino Médio, principalmente noturno. Portanto, cabe ao colégio incentivar os

alunos a frequentarem a escola e mostrar como o ensino os beneficia dentro do contexto

em que vivem, já que este último é fator agravante para a evasão escolar.

Dentre as propostas discutidas está a necessidade de criar objetivos específicos e

razoáveis de aproveitamento escolar para que se possam desenvolver projetos em

função do alcance desses objetivos, reinterpretados de acordo com a análise e

diagnóstico de cada disciplina.

A escola luta com os mecanismos que possui. Se existem outros fatores que

concorrem para os problemas educacionais, nem todos eles a instituição conseguirá dar

cabo. O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares já tem um histórico de levantamento de

seus próprios dados para a realização de reuniões e conselhos de classe. As informações

que mais impressionam e geraram discussões acaloradas são aquelas que demonstram

que nosso trabalho está sendo realizado, no entanto, nem sempre e devidamente

valorizado pelo aluno, que as atitudes de alguns discentes não condizem com a palavra

“estudante”. O que se quer dizer é que, pouca contribuição trará o esforço “solitário” do

professor e de toda a equipe escolar, se não for aliada a presença do aluno na escola, a

permanência e a qualidade do ensino. Porém o ensino só é bom, se o aluno aprender e,

para que isso ocorra, entre outras coisas, ele tem que querer e estudar.

Oferta ou apoio ao mundo do trabalho para os jovens, oportunidade de educação

não formal e presença de instituições externas que intervém ou interferem na

comunidade de forma significativa

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Existem alguns projetos cujo objetivo é ofertar ou apoiar o jovem no mundo do

trabalho, oferecendo a ele uma educação não formal. As instituições externas que

intervêm ou interferem na comunidade de forma significativa são: Governo Federal,

Governo do Estado do Paraná, Fundação Alphaville e Associação dos Moradores.

Os projetos que estão em andamento na comunidade são:

Projeto: Qualificação profissional e geração de empregos

Instituições: Associação Paranaense de Orientação Integração e Ofícios (APOIO)

Famílias beneficiadas: 1.797 famílias

Objetivo: Qualificação profissional e geração de empregos

Descrição do projeto: Há cursos panificação e confeitaria, cabeleireiro, manicuro,

pedicuro, facção, informática, para adulto e infantil e serigrafia. Também possui cursos

ocupacionais como pintura em tecido, costura reta, bordado, crochê, tricô enxoval de

bebê e recreação para idosos. Ao término dos cursos os alunos recebem da associação

de empreendedores orientações sobre gestão, custos e noções para montar seu próprio

negócio.

Projeto: Esperança para os Carrinheiros

Instituições: Governo do Estado do Paraná, através da Cohapar e em parceria com a

Fundação Alphaville e Associação de Moradores.

Famílias beneficiadas: dado não divulgado

Objetivo: Criação da cooperativa dos carrinheiros

Descrição do projeto: O Projeto que tem por finalidade receber, separar e vender o

material recolhido pelos carrinheiros. Cada trabalhador terá uma participação nos lucros

conforme a sua produção. Os trabalhadores não precisarão deixar o material em casa

eliminando assim o problema de espaço e de entulho nas casas. Essa cooperativa será

uma forma de integrar os trabalhadores ajudando a melhorar a sua renda conquistando

assim uma vida mais digna.

Projeto: Leite para crianças

Instituição: Governo do Estado do Paraná

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Investimento previsto: não divulgado

Famílias beneficiadas: 119 famílias desta comunidade

Objetivo: Distribuir leite para as crianças

Descrição do projeto: O projeto já conseguiu distribuir um milhão de litros de leite para

crianças de baixa renda.

Programa Bolsa Família

Na comunidade há inúmeras famílias que são beneficiadas através deste programa Bolsa

Família, matriculados neste colégio são contemplados com o beneficio 283 alunos.

1.4. ORGANIZAÇAO ESCOLAR

A partir de 2012 o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares implantou o Ensino

Fundamental - Anos Finais do 6º ao 9º ano, seguindo orientações (Instrução nº 008/2011

SUED/SEED) da Secretaria de Estado da Educação e a oferta acontece de forma

simultânea.

1. 4.1 Modalidades de Ensino:

• Ensino Fundamental Anos Finais (6º ao 9º ano);• Ensino Médio;• Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio e Subsequente ao Ensino

Médio: Técnico em Administração;• Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio e Subsequente ao Ensino

Médio: Técnico em Secretariado, curso em processo de implantação para o ano de 2013/2014.

• CELEM – Centro de Línguas Estrangeira Moderna – Espanhol básico;

1.4.2 Organização do Trabalho Escolar:

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• Seriado

1.4.3 Tempo Escolar

Horário de funcionamento (quadro demonstrativo):

MANHÃEnsino Fundamental

TURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMASManhã 7º Ano 62 02Manhã 8º Ano 89 03Manhã 9º Ano 88 03

Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMASManhã 1ª série 88 02Manhã 2ª série 48 02Manhã 3ª série 34 01

O turno da manhã funciona das 7h30min às 11h50min.

TARDE

Ensino FundamentalTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS

Tarde 6º Ano 133 04Tarde 7º Ano 75 03Tarde 8º Ano 93 03Tarde 9º Ano 90 03

O turno da tarde funciona das 13h às 17h25min.

NOITE

Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS

Noite 1ª série 42 01Noite 2ª série 45 01Noite 3ª série 60 02

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Educação Profissional-Integrada e Subsequente ao Ensino MédioTURNO NÍVEL QTD. ALUNOS TURMAS

Noite 1ª série Téc. Int. 38 01Noite 2ª série Téc. Int. 33 01Noite 3ª série Téc. Int. 18 01Noite 2º Semestre Sub 12 01

O turno da noite funciona das 18h45min às 22h55min. No período da noite não funciona o Ensino Fundamental.

De acordo com o momento referencial na data de 02/04/2013, o total de alunos regularmente matriculados no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é de 1048.

CELEM-Espanhol Básico

TURNO 5 – NOITE

DIA DA SEMANA/HORÁRIO TURMA3ª Feira – 19h30minh às 21h10min 00

5ª Feira - 19h30minh às 21h10min 00

Não houve demanda para o curso este semestre, sendo assim não temos nenhuma turma em funcionamento.

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1.4.4 Calendário Escolar

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D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 DAD 11 1 2 DAD 20

1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 DLD 16 3 4 5 6 7 8 9 DLD 20

6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 DAN 11 10 11 12 13 14 15 16 DAN 20

13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 DLN 16 17 18 19 20 21 22 23 DLN 20

20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 3027 28 29 30 31 31

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 DAD 22 1 2 3 4 DAD 18 1 DAD 20

7 8 9 10 11 12 13 DLD 22 5 6 7 8 9 10 11 DLD 19 2 3 4 5 6 7 8 DLD 20

14 15 16 17 18 19 20 DAN 22 12 13 14 15 16 17 18 DAN 20 9 10 11 12 13 14 15 DAN 20

21 22 23 24 25 26 27 DLN 22 19 20 21 22 23 24 25 DLN 20 16 17 18 19 20 21 22 DLN 20

28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 2930

30 T érmino do 1º bimestre 10 a 14 Semana Int. Esc. Comunidade

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 DAD 8/3 1 2 3 DAD 21 DAD 21

7 8 9 10 11 12 13 DLD 8/5 4 5 6 7 8 9 10 DLD 22 1 2 3 4 5 6 7 DLD 22

14 15 16 17 18 19 20 DAN 8/3 11 12 13 14 15 16 17 DAN 21 8 9 10 11 12 13 14 DAN 21DAN 22

21 22 23 24 25 26 27 DLN 8/5 18 19 20 21 22 23 24 DLN 22 15 16 17 18 19 20 21 DLN 22

28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 2829 30

10 Término do 2º bimestre 7 Independência / 14 OBMEP 2ª fase30 Término do 3º bimestre

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 DAD 19 1 2 DAD 20 DAD 13

6 7 8 9 10 11 12 DLD 19 3 4 5 6 7 8 9 DLD 20 1 2 3 4 5 6 7 DLD 13

13 14 15 16 17 18 19 DAN 20 10 11 12 13 14 15 16 DAN 20 8 9 10 11 12 13 14 DAN 13

20 21 22 23 24 25 26 DLN 20 17 18 19 20 21 22 23 DLN 20 15 16 17 18 19 20 21 DLN 13

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 2829 30 31

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Início/Término das aulas

Férias

Recesso

Consciência Negra

Formação em ação diurno/aula normal noturno-compementação de carga horária

Reunião Pedagógica diurno/aula normal noturno DAD DLD DAN DLN

Conselho de Classe 99 105 101 106

Semana de Integração Escola/Comunidade 97 101 99 102

Festa da Primavera 196 206 200 208

Feriado MunicipalOlimpíada Brasileira de Matemática das Esc. Públicas manhã:07h25min às 11h50min/intervalo:10 minutos

tarde:13h às 17h25min/intervalo:10 minutosnoite:18h45min às 22h55min/intervalo:10 minutos

Horário de funcionamento

15 Dia do Professor

Planejamento/Replanejamento

Semana Pedagógica

Total 60

07 Dia do Funcionário de Escola

Outubro Novembro Dezembro

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

30 Corpus Christi

Julho Agosto Setembro

Abril Maio Junho

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho

Janeiro

janeiro/férias

janeiro/julho/recesso

4 OBMEP 1ª fase

Fevereiro Março

1 Dia Mundial da Paz 11 a 13 Carnaval 29 Paixão

2

julho 18

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES - EFMP

Rua Anair Bonato Tosin nº 12 - Centro Industrial Mauá, CEP: 83413-580 _ Colombo - PR

Telefone/Fax: 3562-2000/E-mail: [email protected]

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2013

75

dez/recesso

outros recessos

Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

30

15

13

total

2° semestre

1° semestre

Janeiro 31

fevereiro 13

dezembro 13

Total

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34

1.4.5 Matriz Curricular

ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 02 ÁREA METROPOLITANA NORTE

MUNICÍPIO: 0580COLOMBO

ESTABELECIMENTO: 0728 COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES - EFMPENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 – ENS. FUNDAMENTAL 6º/9º Ano

TURNO: MANHÃ/TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS/ANO 6º 7º 8º 9º

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LINGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

2

1

3

3

5

5

2

3

2

1

3

2

5

5

2

3

2

3

3

5

5

2

3

2

3

3

5

5

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PD

L.E.M. - INGLÊS ** 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB 9394/96.* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIO DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

DATA DE EMISSÃO: 04 de Fevereiro 2013. _______________________ ASS. DIRETOR

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ENSINO MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 02 AREA METROPOLITANA NORTE

MUNICÍPIO: 580 COLOMBO

ESTABELECIMENTO: 0728 – C. E. ZUMBI DOS PALMARES E. F. M.

ENDEREÇO: Rua Anair Bonato Tosin, 12, Centro Industrial Mauá, Colombo-PR

FONE / FAX: (041) 3562-2000

ENTIDADE MANTEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO TURNO: M/NANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINASSÉRIES

1ª 2ª 3ªARTE 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 3 2HISTÓRIA 2 3LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 3MATEMÁTICA 3 3 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE DIVER-

SIFICADA

LEM – INGLÊS 2 2 2*LEM- ESPANHOL 4 4 4

SUB-TOTAL 6 6 6TOTAL GERAL 29 29 29TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula)

Observações: * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB 9394/96, A INSTRUÇÃO 15/2006, CONFORME LEI FEDERAL 10793/03 E PARECER 16/01 CNE/CEB, LEI 11684/08 E DEL. 03/08.OBS: NO PERIODO NOTURNO SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.

DATA DE EMISSÃO: 22 DE NOVEMBRO DE 2010. _______________________ ASS. DIRETOR

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIOCURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Matriz CurricularEstabelecimento: COLEGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARESMunicípio: COLOMBOCurso: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Forma: INTEGRADA Implantação gradativa a partir do ano: 2011

Turno: NOITE Carga Horária: 4000 horas/aula - 3333 horas

Módulo: 40 Organização: Seriada

DISCIPLINASSÉRIES Hora/ aula Hora

1° 2° 3° 4ª

1ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇA-MENTÁRIA

2 80 67

2ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E MA-TERIAIS

3 120 100

3ARTE 2 80 67

4BIOLOGIA 3 2 200 167

5COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 2 80 67

6CONTABILIDADE 2 80 67

7EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267

8ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 2 80 67

9FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267

10FÍSICA 2 2 160 133

11GEOGRAFIA 2 2 160 133

12GESTÃO DE PESSOAS 3 120 100

13HISTÓRIA 2 2 160 133

14INFORMÁTICA 2 2 160 133

15INTRODUÇÃO A ECONOMIA 3 120 100

16LEM: INGLÊS 2 2 160 133

17LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 2 3 2 360 300

18MARKETING 2 80 67

19MATEMÁTICA 2 2 3 2 360 300

20NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SO-CIAL DO TRABALHO

3 120 100

21ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 2 80 67

22QUÍMICA 2 2 160 133

23SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267

24TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 3 120 100

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TOTAL 25 25 25 25 4000 3333

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Matriz Curricular

Estabelecimento: Colégio Estadual Zumbi dos PalmaresMunicípio: ColomboCurso: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Forma: SUBSEQUENTE Implantação gradativa a partir do ano de 2011.

Turno: Noite Carga horária: 1200 horas/aula - 1000 horas

MÓDULO: 20 Organização: SEMESTRAL

DISCIPLINASSEMESTRES Hora/

aulaHoras

1° 2° 3°

1ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO DE MATE-RIAIS 2 3 100 83

2ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMEN-TÁRIA 3 60 50

3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 3 60 504 CONTABILIDADE 3 2 100 835 ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 2 40 336 ESTATÍSTICA APLICADA 3 60 507 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 338 GESTÃO DE PESSOAS 3 2 100 839 INFORMÁTICA 2 2 80 6710 INTRODUÇÃO À ECONOMIA 3 2 100 8311 MARKETING 3 60 5012 MATEMÁTICA FINANCEIRA 2 2 80 67

13NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO DO TRABALHO 2 3 100 83

14 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 3 60 5015 PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM 3 60 5016 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 2 3 100 83

TOTAL 20 20 20 1200 1000

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO CURSO TÉCNICO EM SECRETARIADO

Matriz Curricular

ESTABELECIMENTO:Colégio Estadual Zumbi dos Palmares

MUNICÍPIO: Colombo

CURSO: TÉCNICO EM SECRETARIADO

FORMA: INTEGRADA IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO 2013

TURNO: noite CARGA HORÁRIA:4000 h/a 3333 horas

MÓDULO: 40 ORGANIZAÇÃO SERIADA

DISCIPLINASSÉRIES

Hora/Aula Horas1ª 2ª 3ª 4ª

1 ARTE 3 120 100

2 BIOLOGIA 2 2 160 133

3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267

4 FILOSOFIA 2 80 67

5 FÍSICA 2 2 2 240 200

6 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200

7 HISTÓRIA 2 2 2 2 320 267

8LINGUA PORTUGUESA E LI-TERATURA

2 3 2 4 440 367

9 MATEMÁTICA 2 2 3 3 400 333

10 QUÍMICA 2 2 2 240 200

11 SOCIOLOGIA 2 80 67

12 INFORMATICA 2 2 160 133

13 LEM- ESPANHOL 2 2 2 240 200

14 LEM- INGLÊS 2 2 160 133

15 ADMINISTRAÇÃO 2 80 67

16CERIMONIAL E PRO-TOCOLO

2 80 67

17 CONTABILIDADDE 2 80 67

18 GESTÃO DE PESSOAS 2 80 67

19INTRODUÇÃO ÀS FI-NANÇAS

2 80 67

20METODOLOGIA CI-ENTÍFICA

2 80 67

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21NOÇÕES DE DIREITO E LE-GISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO

2 80 67

22PSICOLOGIA OR-GANIZACIONAL

2 80 67

23TÉCNICAS DE SE-CRETARIADO

2 2 160 133

TOTAL 25 25 25 25 4000 3333

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE AO ENSINO MÉDIOCURSO TÉCNICO EM SECRETARIADO

Matriz Curricular

Estabelecimento: Colégio Estadual Zumbi dos PalmaresMunicípio: ColomboCurso: TÉCNICO EM SECRETARIADO

Forma: SUBSEQUENTE Implantação gradativa a partir do ano de 2013.

Turno: Noite Carga horária: 1000 horas/aula – 833 horas

MÓDULO: 20 Organização: SEMESTRAL

DISCIPLINASSEMESTRES Hora/

aulaHoras

1° 2°

1 ADMINISTRAÇÃO 3 60 50

2 CERIMONIAL E PROTOCOLO 3 60 503 CONTABILIDADE 3 60 504 ESPANHOL TÉCNICO 2 4 120 1005 FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 336 GESTÃO DE PESSOAS 3 60 507 INFORMATICA 2 2 80 678 INGLÊS TÉCNICO 2 2 80 679 INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS 2 2 80 5010 MATEMÁTICA FINANCEIRA 3 60 3311 METODOLOGIA CIENTÍFICA 60 50

12NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO 3 60 50

13 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL 3 60 5014 REDAÇÃO EMPRESARIAL 2 40 3315 TÉCNICAS DE SECRETARIADO 3 3 120 100

TOTAL 25 25 1000 833

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1.5 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

ENSINO FUNDAMENTALNUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS

04 6º Ano 13306 7º Ano 13706 8º Ano 18206 9º Ano 178

ENSINO MÉDIO e EDUCAÇÃO PROFISSIONALNUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS

03 1ª série EM 13001 1ª série ADM.TEC. EMI 3803 2ª série EM 9301 2ª série ADM.TEC. EMI 3303 3ª série EM 9401 3ª série ADM.TEC. EMI 1801 2º semestre ADM.TEC

Subsequente12

CELEM – ESPANHOL BÁSICONUMERO DE TURMAS SERIE QUANTIDADE DE ALUNOS

00 00

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QUADRO DE PESSOAL – função, formação e vínculo empregatício4

FUNÇÃO PROFESSOR /FUNCIONÁRIO

Vínculo ÁREA DE FORMAÇÃO

Pós Graduação/Especialização

Diretora Silvia Vieira DiasQPM

Ciências com Habilitação Plena em Matemática

Especialização em Gestão Escolar

Diretor Aux. Clarice Pereira Rocha Sguissardi

QPM Pedagogia Psicopedagogia e Gestão do Cuidado para uma

Escola que protegePedagoga Ana Maria

RodriguesPSS Pedagogia ------------

Pedagoga Juliana Oliveira Queiróz

QPM Pedagogia Especialização Gestão Pública e Educacional.

Pedagoga Maria Celma dos Santos

QPM Pedagogia Especialização em Gestão Escolar e Educação Especial.

Pedagoga Juliana Rhoden Vicente

PSS Pedagogia Especialização em Educação Especial.

Pedagogo Milton Batista de Almeida

QPM Pedagogia ------------

Téc. Adm Amanda Aparecida de Sá

QFEB Gestão Pública ------------

Téc. Adm Angela Maria Leal Oliveira

QFEB Cursando Pedagogia ------------

Téc. Adm Cássia de Oliveira Silva

QFEB Bacharel Secretariado Executivo

------------

Téc. Adm Laide PSSTéc. Adm Naurem Heloise

Padilha das ChagasPSS Cursando Pedagogia -------------

Téc. Adm Roseli Rodrigues PSS Bacharel em Administração

---------------

Téc. Adm Weslen Thiago Corrêa

QFEB Bacharel Secretariado Executivo

--------------

Ag.de Apoio Andréa Aparecida Antocheski Pereira

PSS Ensino Médio --------------

Ag.de Apoio Célia Marques Bonfim

QFEB Ensino Fundamental --------------

Ag.de Apoio Daniel Arantes QFEB Ensino Médio --------------

4 QPM – Quadro Próprio do Magistério, QFEB- Quadro de Funcionários da Educação Básica e PSS- Processo Seletivo Simplificado.

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Ag.de Apoio Edna Benedita Nunes da Silva

PSS Ensino Médio --------------

Ag.de Apoio Heliene Amorim Barbosa

PSS Ensino Fund. Incompleto --------------

Ag.de Apoio Lúcia Mara Alves Ribeiro

PSS Ensino Fund. Incompleto --------------

Ag.de Apoio Sirlene Ribeiro QFEB Licenciatura Pedagogia --------------

Ag.de Apoio Silvia Mara Alves Moreira

PSS Ensino Médio Completo --------------

Ag. de Apoio Valdenice Ferreira Melo

PSS Ensino Fundamental Incompleto

--------------

Ag. de Apoio Valdete Costa Lima PSS Ensino Médio --------------

Professor(a)Artes

Adeli Lourenço dos Santos

QPMArtes Plásticas Especialização em

Metodologia do Ensino da Arte

Professor(a)Ed. Física

Alexandre Kisleck QPM Licenciatura Plena Educação Física

-----------------

Professor(a)Matemática

Alexandre dos Santos Cirqueira

PSS Licenciatura Plena em Matemática

-----------------

Professor(a)História

Ana Beatriz Pires QPM Licenciatura em História -----------------

Professor(a)Matemática

André Tito dos Santos

PSS Licenciatura Plena em Matemática

-----------------

Professor(a)Química

Carlos Augusto Ehrenfriend

PSS Licenciatura Química Acadêmico

História Celso Luis Nogueira Pardinho

PSS Licenciatura em História -----------------

Professor(a)Líng. Port.

Claudete Ruiz Martinelli

QPM Letras Português e Inglês Especialização em Literatura e Produção de Texto

Biologia Daniele Pegorini PSS Licenciada em Ciências Biológicas

-----------------

Professor(a)Artes

Danielli Santana da Silva

PSS Letras Português/ Inglês --------------

Professor(a)Líng. Port.

Ediméia Evaristo dos Santos de Pontes

PSS Letras Português/ Inglês --------------

Professor(a)Artes

Elber Barbosa de Deus

PSS Licenciatura em Artes --------------

Professor(a)Ed. Física

Elaine Cristina Gueno

QPM Licenciatura em Educação Física

Especialização em Educação Especial e Inclusiva

Professor(a)Inglês/Port

Eliane Kozak QPM Letras Português / Inglês -----------------

Professor(a)Administração

Eliana de Fátima Pereira.

PSS Ciências Econômicas --------------

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Professor(a)História

Erik Augusto Bertoni

PSS Licenciatura em História -----------------

Professor(a)Líng. Port.

Everton Storti PSS Letras Português/Inglês ----------------

Administração Ezequiel Metzger PSS Administração Especialização em Gestão Pública

Professor(a)Inglês

Francisco Antonio da Costa

QPM Letras Português/Inglês ----------------

Professor(a)Líng. Port.

Glaucia Silva QPM Letras Especialização Interdisciplinaridade da Educação Básica

Professor(a)Ciências

Ivete Aparecida Rocha Arantes

QPM Ciências / Biologia ------------------

Professor(a)Matemática

Jocelita Pereira da Silva

PSS Licenciatura em Matemática

------------------

Professor(a)Filosofia

Jéssica Borim PSS Licenciatura em Filosofia

------------------

Professor(a)Matemática

José Osvaldo Tognato II

QPM Matemática com Ênfase em Informática

Especialização em Educação Matemática

Professor(a)Líng. Port.

Juliano Augusto Alves Furtado

QPM Letras - Português Especialização em Leitura de Múltiplas Linguagens

Professor(a)Matemática

João Carlos de Castro

QPM Bacharel em MatemáticaLicenciatura em Ciências

Especialização Magistério da Ed. Básica

Professor(a)História

Kuesya Vanessa Nass

QPM Licenciatura em História -----------------

Professor(a)Química

Letícia de Barros Arsie

PSS Química --------------

Professor(a)História

Lindinalva Aparecida Machado

PSS Acadêmica em História --------------

Professor(a)História

Maralice Maschio QPM Licenciatura em História --------------

Professor Técnico

Marcelo Viana de Castilhos

PSS Licenciatura em Pedagogia

Especialização em Gestão de Recursos Humanos

Professor Arte

Marcionil Felipe da Silva Junior

PSS Licenciado em Arte --------------

Professor(a)Inglês/Port

Marcos Cordeiro dos Santos

PSS Letras Português / Inglês -----------------

Professor(a)Ciências

Maria Valéria Vasconcelos Calixto

QPM Ciências Biológicas Morfofisiologia Humana

Professor(a)Geografia

Maria Cristina Chagas

QPM Licenciatura em Geografia

------------------

Apoio Pedagógico(readaptação)

Mariângela Mattiazzo Mozer Junqueira da Cunha

QPM Estudos Sociais Especialização em Tecnologias Aplicadas à

EducaçãoProfessoraPortuguês

Marina Soares Neves

PSS Licenciatura em Português/Inglês

------------------

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ProfessoraGeografia

Midiã Geanni de Melo

PSS Acadêmica ------------------

ProfessorN. de Direito

Ozeias Leonardo da Silva Junior

PSS Bacharel em Direito ------------------

ProfessorSociologia

Rafael Pires de Mello

PSS Licenciado em Filosofia ------------------

ProfessorFilosofia

Rudinei Ribeiro QPM Licenciado em Filosofia Mestrado em Educação

Professor(a)Geografia

Simone Pires de Oliveira Schiontek

QPM Estudos Sociais - Geografia

Especialização História e Geografia do Paraná

ProfessorArte

Sônia Regina Klimpel

PSS Bacharel em PsicologiaAcadêmica em Arte

------------------

Professor(a)Ed. Fís.

Tânia Cristina Cola QPM Educação Física Especialização em Educação Especial

ProfessoraPort/Inglês

Thais Nogueira Fernandes

PSS Letras Port/Inglês ------------------

Professor(a)História

Valdinéia Petrini Barros

QPM Licenciatura em História História do Brasil

Professor(a)Física

Valdlem César Nunes de Alves

QPM Licenciatura em Matemática

Especialização em Tecnologias Aplicadas à

EducaçãoProfessoraPort/Inglês

Valquíria Domiciano Sebastião

PSS Letras Port/Inglês ------------------

Professor(a)Ciên/Mat

Vera Lucia Anezio QPM Biologia Especialização em Educação Infantil

ProfessoraPort/Inglês

Verônica Dias Pires Strechar

PSS Letras Port/Inglês ------------------

1.6 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS

Oferecidos pela SEED-PR e pelo NREAM-Norte

Anualmente a SEED/PR oferece aos professores e funcionários a formação

continuada duas vezes por ano: uma no início do ano (no mês de fevereiro, antes do

início das aulas) e outra no meio do ano (no mês de julho, antes do retorno às aulas).

Essa capacitação é oferecida pela SEED, através do NREAM – Norte de forma

descentralizada e elas acontecem dentro da própria escola. Além disso, ainda há o

incentivo para a formação de grupos de estudos que acontecem aos sábados nas escolas,

GTR grupos de trabalho em rede (na modalidade Educação a Distancia).

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Oferecidos pelo estabelecimento de ensino

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como proposta uma formação

continuada diferenciada e significativa para os seus professores e funcionários para

recuperar o trabalho docente em sala de aula construindo uma prática pedagógica

centrada na superação e na participação do aluno, no ensino solidário, na cooperação

consciente, na análise da realidade vivencial do aluno e sua prática social, incorporando

a tecnologia disponível ao ambiente escolar e tornar realidade o trabalho coletivo.

Hora atividade com acompanhamento pedagógico

A organização da hora atividade com acompanhamento pedagógico, orientada

pela Instrução nº 02/2004 SUED e pela SEED através do Memorando n° 025, datado de

25 de janeiro de 2006 ainda não pode ser efetivado em sua íntegra em nossa escola,

dado a dificuldade de reunir os professores das áreas no dia estabelecido pela SEED, no

entanto, na medida do possível os professores recebem um atendimento individual em

sua hora-atividade.

Reuniões pedagógicas

As reuniões técnicas com a direção e a equipe pedagógica acontecem

quinzenalmente buscando planejar, organizar e definir estratégias para dinamizar toda a

organização da ação pedagógica.

Disponibilidade de textos/subsídios

A equipe pedagógica disponibilizará ao longo do ano textos/subsídios para os

professores e funcionários para viabilizar e oportunizar a formação continuada e

momentos de estudo e reflexão sobre a ação pedagógica. O objetivo é desenvolver a

responsabilidade pela sua própria formação, bem como a identificação e envolvimento

efetivo com a proposta pedagógica da escola construída, discutida e redirecionada,

coletivamente.

Espaço de debate e trocas de experiências

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Como há uma boa integração entre os professores, frequentemente acontecem

partilhas e trocas de experiências a respeito do trabalho pedagógico. Porém, é necessário

que a equipe pedagógica, organize sistematicamente um tempo/espaço para viabilizar de

forma mais intensa, onde esses momentos aconteçam efetivamente.

A formação continuada é um direito de todos os profissionais que na escola

atuam, pois é através dela que se concretiza a melhoria da qualidade da formação

profissional e a valorização do trabalho pedagógico. A formação continuada do Colégio

Zumbi dos Palmares está centrada na escola e nos profissionais que nela atuam. O

objetivo principal é promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores

e funcionários, portanto, ela não se limita aos conteúdos curriculares.

Assim, dois projetos para desenvolver a cooperação e integração se destacam

são eles:

Projeto: Superando desafios

Público alvo: Professores e funcionários

Ano: realizado nos anos de 2006 - 2010. (devido aos valores cobrados não há

possibilidade de realizar em todos os anos)

Local: Pousada Villa Passaredo

Objetivo Geral: Aprendizado do trabalho coletivo na superação dos desafios

que se apresentam no cotidiano da escola

Objetivos Específicos:

Valorizar a pessoa humana.

Analisar a pessoa humana e as suas relações: consigo, com o outro e com

a escola.

Mobilizar os professores e funcionários para o trabalho coletivo e

desenvolver relações interpessoais favoráveis a ação educativa.

Debater sobre as dificuldades do trabalho pedagógico para a definição e

estabelecimento de novas estratégias buscando a solução dos problemas.

Motivar os professores e funcionários para o trabalho em equipe, com

estabelecimento de metas em grupo.

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Projeto: A implementação do programa 5S

Público alvo: Funcionários (agente educacional I e II)

Local: Colégio Estadual Zumbi dos Palmares

Objetivo Geral: Implementar e implantar o programa 5S no Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares, na parte administrativa (secretaria, biblioteca, almoxarifado,

cozinha e limpeza).

Objetivos Específicos:

Valorizar a pessoa humana e o profissional que atua na escola.

Colocar como meta a busca pela qualidade e excelência em todos os

procedimentos administrativos (secretaria, biblioteca, almoxarifado, cozinha e

limpeza).

Maximizar os recursos materiais e humanos do Colégio.

Promover o trabalho em equipe através da adoção de valores como a

solidariedade e o respeito ao outro.

1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/AMBIENTES PEDAGÓGICOS

Sala de contra turno: É reservada uma sala de aula para a realização das aulas de

Apoio à Aprendizagem, conforme Instrução conjunta n° 04/04, Resolução n° 208/04 e

Instrução nº 007/2011-SUED/SEED.

É um serviço especializado de caráter pedagógico que apoia e complementa o

atendimento educacional, que tem como finalidade proporcionando apoio curricular, de

forma a subsidiar práticas diferenciadas. Os alunos atendidos neste programa são

aqueles que apresentam defasagem de conteúdos apropriados, dificuldades de

aprendizagem e que necessitam de ajuda e apoio contínuos, são atendidos os alunos da

própria escola do 6º ano com ampliação para os alunos das demais etapas dos anos

finais, de acordo com a Inst.007/2011.

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Sala de apoio pedagógico: Para salas de apoio pedagógico há no Colégio 04 salas

distribuídas: para Direção, Direção Auxiliar, equipe pedagógica (atendimento aos

alunos e aos pais), sala dos professores.

Atendimento educacional especializado: No momento o colégio conta apenas

com a sala de apoio a aprendizagem, porém aguarda receber o kit para as salas

multifuncionais do MEC, para iniciar o processo para abertura da sala para dar o devido

atendimento aos alunos que necessitam. No momento tem em seu rol de alunos, um

aluno matriculado que é portador de deficiência visual, para esse processo de inclusão

contamos com o apoio do CAEDAV – centro de atendimento especializado de

Atendimento ao Deficiente Auditivo e Visual, que funciona na Escola Municipal Heitor

Villa Lobos, no município.

Sala de multimídia: O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares não dispõe de Sala de

multimídia, no entanto as salas de aula contam cada uma com uma TV Pendrive, o que

atende as necessidades no uso deste recurso, por todas as turmas da escola

simultaneamente.

Laboratório: Há no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares uma ampla sala onde

funciona o Laboratório de ciências, biologia, química e física, equipado com

instrumentos e materiais necessários as aulas, neste espaço.

Biblioteca

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares possui uma biblioteca que apoia e

complementa o trabalho docente. Esse acesso à informação tem gerado oportunidades

para a construção do conhecimento, maior liberdade de acesso ao acervo. Todo o acervo

da biblioteca passou por um processo de classificação e catalogação, o que gera

melhorias no atendimento aos alunos, professores e toda a comunidade escolar.

Laboratório de Informática

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares possui um laboratório de informática

com espaço amplo, contendo vinte computadores com acesso à internet, o que promove

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a comunidade escolar, acompanhar o contexto de globalização e das novas tecnologias

que surgem na sociedade e possibilitando a inclusão digital.

Auditório/Refeitório

O Colégio não possui espaço físico para Auditório. Isso dificulta e/ou inviabiliza

as apresentações dos trabalhos acadêmicos e as reuniões com a comunidade educativa.

Porem recentemente foi construído paredes em um espaço aberto e coberto no pátio,

adaptando assim esse espaço para refeitório, onde são realizadas as refeições e poderá

ser utilizado este espaço, quando necessário, para reuniões.

Quadra poliesportiva

Possui uma única quadra poliesportiva, onde são atendidos os alunos nos

horários de aula de educação física e alunos no contra turno para as atividades

desenvolvidas nos projetos do programa Mais Educação: Jogos e Capoeira, devido à

quantidade de turmas no turno e professores algumas vezes têm que se adaptar alguns

espaços no pátio para atender toda a demanda das atividades esportivas, o que muitas

vezes gera certo desconforto, pelo espaço não ser apropriado

Abrangência

A modalidade de ensino do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é

seriada e oferece o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), Ensino Médio (1ª à 3ª série) e

Educação Profissional Integrada e Subsequente ao Ensino Médio nos cursos de

Administração e Secretariado. CELEM – Espanhol Básico.

Descrição QuantidadeNúmero de turmas 34Número de alunos 1043Número de professores 52Número de pedagogos 06Número de Funcionários (as) 22Número de Diretor Auxiliar 01Número de salas de aulas 16Número de ambientes pedagógicos 02

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Critérios da organização de turmas

As turmas, no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, são organizadas por série,

conforme orienta a resolução n° 864/2001. Para o ensino fundamental do 6º ao 9º ano,

as turmas são formadas com no mínimo 35 alunos e no máximo 40 alunos. Para isso a

sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada aluno e 3m² para o professor.

Para o ensino médio, as turmas são formadas com no mínimo 40 alunos e no

máximo 45 alunos. Para isso a sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada

aluno e 3m² para o professor.

Relação avaliação-aprendizagem

Sendo parte constitutiva do processo ensino-aprendizagem, a avaliação é um

processo contínuo e sistemático para obtenção de informações, para diagnosticar

processos e identificar dificuldades de aprendizagem, objetivando a tomada de decisões

a respeito da continuidade do processo pedagógico. Ela terá a finalidade de verificar não

só o aproveitamento do aluno, mas também a eficácia da prática pedagógica

desenvolvida pelo professor.

Recuperação

A recuperação de estudos do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acontece

paralelamente aos estudos, de forma permanente e concomitante ao processo ensino e

aprendizagem, de acordo com e legislação vigente.

Capacidade face à demanda

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares atende plenamente às necessidades da

comunidade. Não há, portanto, lista de espera.

1.8 RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS

Os recursos pedagógicos e tecnológicos utilizados com mais frequência pelos

professores no desenvolvimento do trabalho docente são: Laboratório Paraná digital,

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TV multimídia, Aparelho de som e Aparelho de DVD. Existe outros que também são

usados porem não com tanta frequência são eles: datashow, notebook, máquina

fotográfica digital, filmadora e a TV Paulo Freire. Quanto a este ultimo recurso, fica

disponível na sala dos professores um aparelho de televisão ligada a uma antena

parabólica com acesso diário a programação com cronograma mensal fixado a parede,

com fácil visibilidade. O colégio conta ainda, com inúmeros jogos pedagógicos para

serem utilizados nas diversas disciplinas curriculares, o que é de conhecimento de todos

os professores.

1.9 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE E INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF):

A APMF participa em alguns momentos acompanhando o desenvolvimento da

proposta pedagógica; promovendo eventos, como festa da primavera, bazar e etc; na

gestão e na administração dos recursos financeiros, no entanto, é onde se percebe com

maior efetividade esta participação.

Grêmio estudantil:

No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares o Grêmio estudantil já foi iniciado,

porém ainda está em fase de implantação. No ano de 2009/2010, a direção, pais e alunos

participaram de reuniões para orientação e implantação do Grêmio estudantil, porém no

momento da montagem das chapas para concorrer eleição, não houve interesse por parte

dos alunos paralisando o processo de escolha.

Em 2011 houve montagem das chapas e eleição da primeira composição do

Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, porém no ano de 2012

alguns alunos saíram do colégio, o aluno presidente entregou o cargo por não estar bem

de saúde e desistiu de estudar, com tudo isso não houve efetividade nas ações do

grêmio.

Conselho Escolar:

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A comunidade é convidada a participar do Colégio através do Conselho Escolar

que tem como principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do projeto

político-pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no

estabelecimento de ensino entre outras decisões de acordo com o Estatuto do Conselho

Escolar.

1.10 PROJETOS PEDAGÓGICOS

Os projetos pedagógicos desenvolvidos, no ano de 2010 a 2012 com versão para

2013, no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares são:

Projeto: Conhecimento e Cultura, desenvolvido nos primeiros quinze dias do

ano letivo, com o bjetivo principal destacar a importância do

estudo/conhecimento e o habito do estudo;

Projeto Consciência Negra, desenvolvido através dos conteúdos curriculares

durante o ano letivo com culminância no dia 20 de novembro;

Educação Profissional

Desenvolvimento de planos de negócios, que viabilizam o empreendedorismo

no ambiente escolar, através de pesquisas cientificas, apresentadas a comunidade

escolar em cerimônia pública.

Ciclo de Palestra com profissionais, da área do curso ofertado, administração.

2. MARCO CONCEITUAL (Referencial Teórico)

“Não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar.”

Thiago de Mello

2.1. Concepção de sociedade, homem, aluno, professor, educação, conhecimento,

escola, ensino-aprendizagem e avaliação.

2.1.1 Concepção de Sociedade

A sociedade que queremos deverá ser alicerçada em valores perenes como:

pessoais, sociais, éticos, espirituais, afetivo, ecológico e material.

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Valores Pessoais: o ser humano é vida e essa é o fundamento dos outros valores

como a liberdade, a responsabilidade, a consciência moral, auto-conhecimento, a

auto-estima saudável, a saúde, a integridade moral e física.

Valores Sociais: respeito ao semelhante, a convivência fraterna, a vivência da

justiça, o respeito à liberdade, a sociabilidade, a boa educação e o espírito de

solidariedade. Falar de cidadania é falar de igualdade de oportunidades entre as

pessoas, da consciência de que é possível transformar e conviver com as

diferenças e que o bem-estar individual passa pelo bem-estar coletivo. A

construção da cidadania exige transformações profundas na sociedade e

mudança de paradigmas, a partir de uma visão ético-política. Essas mudanças

ocorrem simultaneamente nas pessoas e no contexto em que são inseridas:

Busca dos direitos;

Compromisso com seus deveres;

Cidadania e

Comprometimento social.

Valores Éticos: são os que se referem ao bem, à boa conduta, ao bom caráter.

São importantes para a vida pessoal e vida social: honesta, sincera e íntegra.

Valores Espirituais: são aqueles que se referem ao espírito humano, à

inteligência e ao conhecimento na busca pelo transcendente (o que está além de

determinado limite, tomado como medida ou ponto de referência, mais

precisamente, começando com Kant, entende-se por uma noção que excede os

limites da natureza possível).

Valores Afetivos: amor, amizade e carinho. O ser humano não vive sem afeto.

Dignidade humana é a expressão externa de um estado interno de auto-

valorização.

Ao escolher ou nos tornarmos conscientes dos valores que adotamos como

motivações para o nosso comportamento, nós atribuímos valor ou importância a um

aspecto da vida, o qual, por sua vez, influencia o modo como abordamos a vida.

Fundamentar os conhecimentos científicos, alicerçados em práticas inspiradas em

mudanças positivas, para que estas contribuam para a transformação do mundo, através

das palavras, ações, conduta, cidadania, bem como todo o tipo de depoimento que

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propicie à Comunidade Educativa a potencialização de estímulos projetados ao pensar,

refletir, entender, perceber, assimilar e colocar em prática os conhecimentos adquiridos.

Valores Ecológicos: ênfase para caminharmos em busca de uma ecologia

integral que reflita sobre a degradação da vida no planeta (crise ambiental) e

sobre o aumento vertiginoso da massa de pessoas miseráveis e excluídas (crise

social).

Valores Materiais: refere-se ao modo honesto de garantir a sua subsistência

com dignidade.

Estamos num “sistema” que estimula as pessoas a lutarem, freneticamente, por

tudo aquilo que as desfigura em sua própria essência: a ambição e a ganância sem

limites, a fome pelo poder que oprime os outros, o consumo desenfreado, o narcisismo e

a ostentação, o individualismo, a inveja e a competição a qualquer preço.

Aprender a ser e aprender a conviver, contribuir com o nosso fazer, princípios

filosóficos norteadores da educação, é o que nós vislumbramos contemplar no

desenvolvimento dos nossos projetos sociais.

Em momentos de crise, chegamos a um ponto onde reconhecemos a necessidade

de resgatar a formação de valores e contribuir com a sociedade de forma concreta, com

ações efetivas, pensando em prestar auxílio às pessoas necessitadas de apoio material

e/ou solidário.

A solidariedade revela o quanto uma pessoa é verdadeiramente humana. Em

outras palavras, a pessoa “verdadeira” é aquela que é solidária ao outro nos momentos

de felicidade e nas situações de dor e de sofrimento.

2.1.2 Concepção de Homem

O Homem é concebido como sujeito concreto, ativo, autônomo e crítico. Um ser

de relações, que influi no meio e por ele é influenciado. Um ser inconcluso, inacabado

e, portanto em permanente estado de busca. E por estar em constante estado de busca é

sujeito e senhor da sua história e do seu tempo.

Cabe a ele criar, recriar, significar e re-significar os acontecimentos da vida

cotidiana utilizando-se para isso do diálogo. Esse diálogo se dá no mundo e com o

mundo: ele dialoga com o mundo, com as pessoas e consigo mesmo. Este diálogo é

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motivador, instigante, desafiador e transformador. Transformador por que possibilita

ação-reflexão, fruto da análise, da reflexão, da escolha consciente e da ação coletiva e

engajada.

A educação, neste contexto é entendida como processo de reconstrução do

homem em todas as dimensões, pessoais, sociais, culturais e históricas. Realiza-se

promovendo uma ação de desequilíbrio perante a realidade, agindo ou interferindo no

processo evolutivo, provocando uma ruptura necessária para mudar a direção de seus

fenômenos determinantes.

O ser humano está situado em um mundo cujas leis e princípios parecem

imutáveis como se fosse sua própria destinação. Porem, ele não é um ser destinado a ter

um viver determinado pelas forças que o circundam. O seu destino não é pronto e

acabado, mas um buscar contínuo de uma determinação que jamais poderá estabelecer-

se como definitivo. O definitivo conduziria suas atitudes para a impossibilidade e para a

estaticidade, contrariando a sua natureza dinâmica e a sua possibilidade de fazer e

refazer o seu mundo. Um aspecto inalienável do homem, na natureza, é a sua

capacidade de fazer a sua escolha, de pensar o seu pensar, de querer o seu querer, de

sentir-se como alguém que é capaz de ser.

Partindo deste enfoque, necessário se faz vislumbrar o homem na sua totalidade

inserido dentro do seu contexto, mas para que tenhamos esta visão global, sistêmica ou

holística é necessário compreender o homem em todas as suas dimensões pessoais, para

ajudá-lo a escolher os seus melhores caminhos, no intuito de torná-lo consciente e livre,

desenvolvendo-se como totalidade existencial, pressupondo uma educação que liberte,

que conscientize e comprometa a pessoa diante do seu mundo.

Caberá a este homem compreender a cidadania como participação social e

política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais;

posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações

sociais; conhecer características fundamentais do Brasil para a construção da noção de

identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertença ao País; conhecer e valorizar a

pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro e de outros povos, evitando

discriminações; perceber-se integrante, conectado, interligado, relacionado,

independente e agente transformador do ambiente contribuindo ativamente para a

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melhoria do meio ambiente; desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo tendo

em vista a inter-relação pessoal e a inserção social; conhecer e cuidar do próprio corpo;

utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal –

como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das

produções culturais; saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos

tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; questionar a realidade

formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento

lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando

procedimentos e verificando sua adequação.

2.1.3 Concepção de Aluno

O aluno é hoje concebido como um ser que tem motivos, necessidades,

interesses e modos de pensar e agir específicos e associados a sua história pessoal,

social e cultural. Um ser completo e complexo, mas “único, competente e valioso”

(BEHRENS, 2000, p. 72).

No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares o aluno é motivado e desafiado a ser

ativo, crítico, reflexivo, questionador, curioso, autônomo, independente, criativo, sujeito

de sua própria história e tempo e responsável. Ele deverá, portanto abandonar o papel

passivo para possibilitar a construção do conhecimento.

Como o aluno é sujeito no processo, um questionador, um investigador, ele

desenvolverá o raciocínio lógico, agirá com criatividade, terá capacidade produtiva e

saberá viver com cidadania e ética.

2.1.4 Concepção de Professor

Muito se espera do professor que trabalha nas escolas da atualidade, onde

convivem simultaneamente demandas de modernidade, com uso de novas tecnologias e

recursos pertencentes ao arsenal científico e cultural disponível para a humanidade, e

demandas de valores éticos e posturas solidárias, sem as quais o equilíbrio entre as

pessoas, os povos, as nações, fragiliza-se ainda mais, a ponto de colocar em risco o

processo de paz planetária e, em última instância, a sobrevivência na Terra.

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Interagir com esse aluno que está conectado aos acontecimentos mundiais em

tempo real, mas não dispõe ainda da maturidade suficiente para interpretá-los com a

devida profundidade, posicionando-se imparcialmente com vistas ao bem comum, é um

desafio tão intenso que exige do educador uma visão de futuro, aliada a uma postura

crítica que pressupõe capacitação constante, estudo continuado, curiosidade, interesse

em estar atualizado não apenas nos conteúdos que leciona, mas também nos demais

conteúdos afins de sua área, como também no que se refere aos acontecimentos que

marcam a nossa civilização.

Ensinar e aprender com os alunos, agir ao mesmo tempo como mestre e

aprendiz, estar preparado para ouvir o que os educandos têm a dizer, valorizar sua

contribuição, fazer as devidas intervenções, colocar os limites, definir

responsabilidades, manifestar e cobrar coerência, são requisitos fundamentais aos que se

dedicam à Educação. Devem estar atentos ao local de sua inserção na instituição,

procurando perceber as bases em que a Educação está arraigada, para transformá-la, não

através de mera alteração na metodologia adotada, mas, principalmente, procurando

modificar o vínculo docente-aluno, a fim de promover a transformação do espaço

educativo em espaço de confiança e aprendizagem.

Há que se considerar a peculiaridade desse espaço educativo dos dias de hoje,

onde o saber que o professor deve transmitir não é mais o centro de gravidade do ato

pedagógico, como já o foi. Quando o professor detinha a verdade do conhecimento, o

aluno ficava quieto, passivo. Atualmente, o modelo e o princípio da aprendizagem estão

no educando, a tal ponto que o ato de aprender se tornou mais importante que a ação de

ensinar. Pode-se dizer que o saber docente fica diretamente ligado a uma relação

pedagógica centrada nas necessidades e interesses do aluno. Ele orienta esse aluno na

busca de conhecimentos e informações. Sua função, para os menos atentos, até pode ser

confundida com um saber-estar, saber lidar/negociar com as crianças e os jovens. Esta,

no entanto, é apenas uma mínima parcela do trabalho do professor. Há que se lembrar,

também, que a relação com as famílias exige preparo e discernimento de todos os que se

dedicam à Educação.

Nesse contexto, a especificidade do saber docente ultrapassa a formação

acadêmica, abarcando a prática cotidiana e a experiência vivida. Podemos dizer que é

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um saber heterogêneo e plural. Como a pertinência dos saberes escolares não é mais

tida como óbvia nessa nova realidade globalizada e informatizada, a função docente

passa a dirigir um olhar especial à preparação dos sujeitos, equipando-os em

consonância com a concorrência impiedosa que rege o mercado de trabalho. Mas, nesse

processo, a escola não pode abrir mão da formação do aluno em termos de valores, ética

e cidadania. Com certeza, o papel do professor é decisivo na formação pessoal e

profissional das novas gerações. Da sua maneira de conhecer/conceber o aluno vai

depender o relacionamento de ambos, que está sempre fundamentado em valores morais

e éticos, em que se baseiam as condutas individuais, embasando o posicionamento do

sujeito no mundo. Qualquer que seja a disciplina que lecione, o professor transmite

simultaneamente uma filosofia viva que ele é.

Ele passa aos alunos sua visão de mundo, e isso fica entranhado no estudante,

muito mais que os conteúdos. O professor tem oportunidade de propor discussões,

despertar questionamentos, formatar opiniões. Ele educa mais pelo que ele é, pelos

princípios que norteiam sua conduta, pelo exemplo, do que pelo conteúdo que ensina.

Assim, na atividade docente, realizada concretamente numa rede de interações

com outros sujeitos, o professor passa a ser um profissional que evidencia

conhecimentos, valores, símbolos, sentimentos e atitudes. Com seu trabalho, vai

contribuir para formar pessoas que tenham condições de desenvolver suas habilidades

intelectuais, morais, físicas e sociais. Para tanto, precisa ser valorizado e valorizar-se,

acreditando no seu trabalho e nas pessoas com as quais interage. Precisa ser respeitado,

participar das decisões e propostas que envolvem a especificidade da sua função,

envolvendo-se ativamente na sua execução, com competência e satisfação.

É exatamente esta concepção que faz o pêndulo se centrar não mais só no

professor ou só no aluno, mas, na atuação do professor enquanto mediador entre o

conhecimento e seus alunos. É o professor quem deve perceber o nível de

desenvolvimento real e proximal, com vistas à alavancar o desenvolvimento potencial

dos alunos, objetivo da prática educativa no contexto da sala de aula.

O processo ensino-aprendizagem é dinâmico, complexo e ocorre em situações

concretas e tem múltiplas determinações, internas e externas à escola. A aprendizagem

não ocorre apenas na sala de aula, mas nela o processo ensino-aprendizagem precisa ser

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organizado segundo finalidades, objetivos e atividades favorecedoras da construção-

reconstrução do conhecimento e da busca de novas formas de aplicá-lo. O professor

deve evitar um fazer pedagógico espontâneo, mecânico e repetitivo, entendendo que as

situações de ensino são situações didáticas, determinadas e determinantes. Abrangem o

comprometimento da sala de aula com a escola, a comunidade, a sociedade e a cultura.

A postura comprometida com o fazer pedagógico e com o social é condição

básica para superar um ensino paralisante, transmissor de verdades, conceitos e

preconceitos cristalizados e para permitir uma prática pedagógica transformadora.

Tarefa complexa que exige do professor uma formação que leve em conta sua

capacidade de desenvolver a pesquisa para a construção do seu saber-fazer em sala de

aula. O professor educador é semeador de projetos de vida, é o norteador de caminhos

profissionais, é o que assume o compromisso com o desenvolvimento do outro.

2.1.5 Concepção de Funcionário Educador5

Hoje, vive-se um momento de depuração, o qual requer o reconhecimento do

funcionário escolar como educador, sua consideração como um agente planejador,

executor, avaliador do projeto político-pedagógico da escola. Isso pressupõe,

inicialmente, uma formação inicial e continuada casada com a identidade profissional

que cada um constrói no seio da escola e a partir do seu exercício.

Nesse sentido, os princípios que sustentam e fundamentam a constituição das

identidades dos trabalhadores em educação – funcionários de escola encontram-se

estreitamente relacionados à concepção do ambiente escolar como espaço democrático

de formação integral e cidadã e à reconstrução do fazer pedagógico como prática

coletiva de trabalho e convivência.

O termo “trabalhador em educação – funcionário de escola”, apesar de parecer

auto-esclarecedor, pode suscitar inúmeras e diferentes interpretações, não sendo, ele

próprio, consenso entre os profissionais da educação, que buscam uma terminologia

mais apropriada ao atendimento das demandas pela construção da identidade.

Quando se trata da educação escolar, mais do que adaptar as orientações da

teoria clássica da administração, ainda em voga na maioria das práticas administrativas,

5 Texto elaborado pelos funcionários da escola durante a semana pedagógica de Agosto/2010

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devido às particularidades da educação ali empreendida, todo profissional que atua deve

postar-se como educador. O que extrapola a aplicação de regras e propõe postura ativa

na perspectiva de construção da cidadania, frente às demandas colocadas à escola.

O funcionário de escola deve compreender a sua função no ambiente escolar, por

mais que desempenhe uma função técnica, ele é parte do processo escolar, ao abrir um

portão, para recepcionar o aluno, acaba por atuar como educador que cumprimenta e

demonstra respeito e organização, a merendeira não fará apenas o alimento, mas

organizará junto com os outros segmentos e mesmo com os professores, ações

educativas com o manejo e reaproveitamento dos alimentos. O secretário ao atender a

comunidade escolar, e os segmentos da escola, desenvolverá ações que necessitem de

sua postura de educador.

Todos os profissionais que desempenham função na escola, são educadores em

potencial, pois organizam, estruturam, assessoram de forma educativa as ações

existentes na escola e, devem se ver não mais como um fragmento ou uma parte isolada,

mas sim, como um segmento essencial na formação do indivíduo enquanto cidadão e

ator social.

2.1.6 Concepção de Educação

A Educação é uma relação “humana, dinâmica e aberta” (BEHRENS, 2000, p.

76) buscando propiciar a justiça social, a ética, a paz, o desenvolvimento sustentado e

desenvolvimento espiritual e emocional de toda a comunidade escolar.

O momento educacional que se vive conduz a um repensar sobre a Educação

como um processo de desenvolvimento de capacidades (física, moral e intelectual) do

ser humano, visando à sua melhor integração individual e social e a do Ser melhor, do

Ser pleno, do Ser cidadão, centrando todas as potencialidades em um Ser, caminhando

em processo de aperfeiçoamento.

A educação, portanto, é um processo que desvenda desperta, dinamiza e

encaminha todas as potencialidades de ser e fazer. É a própria essência humana que

germina e desabrocha, tornando o homem ele mesmo, por meio da comunhão com os

seus semelhantes. Por isso, a educação é um processo contínuo, transcendente e de

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discernimento. Está fundamentada na busca dos verdadeiros valores provenientes da

liberdade interior e das descobertas espontâneas, orientando o educando, na escolha de

valores coerentes e emancipatórios.

Internalizam-se estes valores na medida em que se dá espaço para o “SER”

emergir.

2.1.7 Concepção de Conhecimento

Contrariando todas as expectativas e anseios, a educação brasileira chega ao

Século XXI ainda sob forte influência da abordagem analítica ou reducionista

(Pensamento clássico ou cartesiano): pensamento linear, ensino fragmentado, avaliações

descontextualizadas, disciplinas dissociadas, sem conexão ou inter-relação com as

demais; professores trabalhando de forma solitária, ilhados em pequenas ilhas de

conhecimento/especialidade. Dentro deste contexto, o papel do conhecimento na escola

está sendo questionado.

Capra (1996, p. 23) afirma que “quanto mais estudamos os principais problemas

de nossa época, mais somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos

isoladamente. São problemas sistêmicos”.

A grande contribuição para a ciência e, também para a educação, trazida no bojo

da abordagem sistêmica, “é a mudança profunda na forma de pensar e perceber o

mundo” (CAPRA, 1996, p. 24). Significa “conceber o mundo como um todo integrado,

e não como uma coleção de partes dissociadas” (CAPRA, 1996, p. 25). Perceber que

todos os problemas estão intimamente ligados, interligados, inter-relacionados e que as

gerações futuras sofrerão as conseqüências das decisões tomadas agora. Portanto, as

soluções viáveis “são as soluções sustentáveis” (CAPRA, 1996, p. 24).

O conhecimento é concebido como contextual e processual. Contextual, pois “as

propriedades das partes não são propriedades intrínsecas, mas só podem ser entendidas

dentro do contexto do todo maior” (CAPRA, 1996, p. 46) Processual porque “toda

estrutura é vista como a manifestação de processos subjacentes” (CAPRA, 1996, p.50).

Os conhecimentos construídos serão sempre provisórios. Não há verdade

absoluta e nem certezas permanentes, portanto, o conhecimento adquirido na escola

deve propiciar o “... aprofundamento das relações do indivíduo consigo mesmo, com a

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família, com a comunidade, com o planeta, enfim com o cosmos” (CARDOSO, 1995, p.

59 in BEHRENS, 2000, p. 76).

2.1.8 Concepção de Escola

“A escola não é mais a única instituição que permite o acesso à informação e à

produção do conhecimento, mas ainda detém o papel forte de ser a agência formal de

escolaridade”. ( BEHRENS, 2000, p. 73)

A escola deve possibilitar o desenvolvimento das capacidades do aluno, suas

participações em relações sociais, políticas e culturais diversas e ampliadas, o exercício

da cidadania em busca de uma sociedade mais democrática. Essa valorização do aluno

enquanto agente do seu saber-fazer mediante a construção-reconstrução do

conhecimento, remete à necessidade de colocá-lo frente às questões relativas à

globalização, às transformações científicas e tecnológicas, aos valores éticos da

sociedade, às necessidades atuais impostas pelo trabalho.

Enfim, o que se propõe nesta escola é a formação de um aluno-cidadão em

contato com os saberes selecionados como necessários para a construção desta

cidadania a partir do espaço escolar, concebido como uma permanente construção.

2.1.9 Concepção de Ensino-Aprendizagem

A concepção de processo ensino-aprendizagem tem por base o interagir e o

construir que acontece através do diálogo: do sujeito consigo mesmo, com o outro e

com o mundo. A sala de aula deve propiciar o desenvolvimento da inteligência o que

permite um processo de construção contínua colocando o pensamento a serviço da ação.

O ensino deve se basear no ensaio e no erro, na pesquisa, na investigação, na solução de

problemas pelo aluno. O fundamental é o processo e não o produto final. A autonomia

explicita-se pela participação e pela busca de novas formas de pensar e de conhecer em

situações cooperativas e socializadoras.

O contexto da sala de aula, percebido como o da interação entre professores,

alunos e o conhecimento, potencializadora do desenvolvimento de aprendizagens

significativas, de agentes sociais que se constroem no processo. Faz, dessa maneira, o

pêndulo se equilibrar: o centro não é o professor-transmissor de conteúdos, também não

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são apenas as atividades dos alunos sob orientação do professor - no contexto de sala de

aula ocorre a interação dos sujeitos, professores e alunos, com o conhecimento, tendo

em vista aprendizagens significativas.

Para propiciar a democratização do ensino, acesso e possibilidades reais de

aprendizagem torna-se necessário pensar uma prática educativa inserida no contexto das

relações sociais globais, que considere a realidade viva do educando e a realidade viva

da sociedade.

O novo paradigma tecnológico tem provocado profundas transformações na

realidade social que impõe, por sua vez, novas exigências para o processo educacional

e, em particular, para a educação escolarizada.

Face ao avanço das novas relações entre os processos educacionais e as

tecnologias de informação e comunicação, a educação deverá promover, em todos os

sentidos, o desenvolvimento do educando, com vistas a uma interação crítica com o

mundo, moldado pela ciência e tecnologia. A relação entre pais e escola é construída

desde muito antes da entrada de um filho nesta instituição.

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares tem como norteador a Teoria Sistêmi-

ca, onde:

Um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação mútua. Esta definição pode ser aplicada para o indivíduo, para a família ou mesmo para a sociedade. Cada sistema pode se cons-tituir de sub-sistemas e estar inserido em outros sistemas maiores. Nesta perspectiva, a família pode ser vista como um sistema que é parte de um outro maior e composto de muitos subsistemas. A família é composta de muitos sub sistemas, como subsistema mãe e filho, o casal e os irmãos. Ao mesmo tempo, a família é uma unidade que faz parte de um supra-sistema que é composto pelos vizinhos, organiza-ções, igreja, instituições de saúde, escola, etc. (Galera SAF, Luis MAV,USP, 2002)

O objetivo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, a priori, é caminhar na

direção do aluno, fazer com que acredite em si mesmo e na escola, que a considere

como o lugar onde pode decifrar os mistérios do mundo em que vive.

Dentro dessa perspectiva educacional faz-se necessário dispensar importante

atenção à comunidade escolar, carente de necessidades específicas, no que tange às

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características não só de dificuldades, mas também quanto aos distúrbios de

aprendizagem inerente a cada aluno. Esta atenção inclusive já se encontra prevista na lei

9394/96, atualizada por Decretos Governamentais.

Desta feita, a escola deve assegurar propostas educacionais que contemplem

alunos, cujas deficiências perpassam os Transtornos Globais de Desenvolvimento, bem

como foco naqueles que apresentam altas habilidades, super-dotação, oferecendo

atenção continua e individualizada, sendo esta contemplada em cada disciplina, dentro

de sua proposta curricular. Hoje a construção do currículo conta com a participação dos

professores. Além de manter o vínculo com o campo das teorias críticas da educação e

das metodologias que priorizam diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar, a

concepção de conhecimento considera suas dimensões científica, filosófica e artística,

enfatizando-se a importância de todas as disciplinas. Os conteúdos disciplinares devem

ser tratados de modo contextualizado para que os conhecimentos contribuam para a

crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da

sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão

filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.

A relação professor x aluno deve ser pautada em uma relação de cooperação,

respeito, afetividade para o crescimento na área do conhecimento, o educando deve ser

considerado como um sujeito interativo, ativo e construtor do conhecimento. Neste

contexto, o professor é um agente mediador do processo de ensino aprendizagem, sob

uma perspectiva dialógica, crítica, onde se busca a construção da autonomia para o

exercício da cidadania.

2.1.10 Concepção de Infância e Adolescência na perspectiva do processo de ensino

aprendizagem

A escola passa por um tempo de debates e transformações, considerando tam-

bém as mudanças pelas quais vem sofrendo o contexto social onde se insere os sujeitos

escolares, tanto o aluno quanto o professor, que no dia a dia se afectam6 no encontro en-

tre si. Nesse movimento de transformações que vive a sociedade é que sempre nos pro-

6

Afectar com “c” carrega o sentido Deleuziano de afetar e ser afetado pelo outro.

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pomos, enquanto instituição educacional, a discutir esse processo, de mudanças pelos

quais nossos educandos estão imersos e, realizar as devidas adequações em nosso Proje-

to Educativo.

O Processo de Desenvolvimento do Educando e a Concepção de Ensino

Aprendizagem

O termo desenvolvimento é muito mais amplo e complexo. Se o crescimento

tem a ver com o aumento da estatura, do peso e outras mudanças estruturais e orgânicas,

o desenvolvimento define o processo ordenado e contínuo que principia com a própria

vida, no ato da concepção, e abrange todas as modificações que ocorrem no organismo e

na personalidade. A hereditariedade e o ambiente, a maturação e a aprendizagem são

fatores do desenvolvimento. Entende-se então que, para determinar o processo de

desenvolvimento em todas as suas fases, as condições estruturais e orgânicas atuam

simultaneamente com os estímulos ambientais.

Desenvolvimento é o processo através do qual o indivíduo constrói, nas relações

que estabelece com o ambiente físico e social, suas características.

Toda atividade humana depende da maturação. Portanto, para que a

aprendizagem se processe é necessário que o organismo esteja suficientemente maduro

para recebê-la.

A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já

maduro. É o processo através do qual a criança se apropria do conteúdo da experiência

humana, daquilo que seu grupo social conhece, que se expressa diante de uma situação-

problema, sob forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.

Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos,

especialmente os adultos e com outras crianças mais experientes. Ela vai ampliando

suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e

para as experiências que vivencia.

Para que a aprendizagem provoque uma efetiva mudança de comportamento é

necessário que o educando perceba a relação entre o que está aprendendo e a sua vida.

Este deverá ser capaz de reconhecer as situações em que aplicará o novo conhecimento.

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Aquilo que é aprendido precisa ser significativo para ele. Deve envolver raciocínio,

análise, imaginação e o relacionamento entre ideias, coisas e acontecimentos.

É na família que acontece a primeira socialização da criança e, portanto, os

primeiros ensinamentos. Na escola, o professor deve estar atento às etapas do

desenvolvimento do aluno e colocar-se na posição de facilitador da aprendizagem. As

crianças devem ser vistas como seres humanos em desenvolvimento.

A adolescência é considerada como a fase de organização da personalidade

porque é nela que se completa o processo evolutivo de estruturação e integração das

funções psicológicas. É um período de grandes e profundas perturbações. Tudo aquilo

que a criança supunha conhecer, se transforma e adquire nova fisionomia, passa a

perceber-se e que precisa construir, novamente, seu mundo e organizar outra escala de

valores.

Quando o professor respeita a dignidade do educando e trata-o com atenção e

ajuda construtiva ele desenvolve tanto na criança como no adolescente a capacidade

destes, de procurar dentro de si, as respostas para seus problemas, faz se sentirem

responsáveis e agentes do seu próprio processo de aprendizagem. O papel do professor é

fundamental. Pode influenciar ainda, de maneira decisiva a construção da auto-imagem

deles, de sua maneira de ver a si mesmos. Só se tiver uma auto-imagem positiva o aluno

terá a necessária motivação para aprender e poderá ir adquirindo um comportamento

independente que vai prepará-lo para sair-se bem nas situações novas com que se

defronta.

Os conceitos apresentados no texto7 a seguir complementa as discussões realiza-

das para a implementação do Ensino Fundamental de nove anos, na rede pública do es-

tado do Paraná e apresenta uma concepção de infância numa perspectiva histórica.

Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é im-

portante compreender que o conceito de infância sofreu transformações historicamente,

o que se evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates

educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil. Os debates políticos em

7 Texto extraído do Caderno de Orientações: Ensino fundamental de nove anos: orientações pedagógi-cas para os anos iniciais / autores: Angela Mari Gusso… [et al.] / organizadores: Arleandra Cristina Ta-lin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. -Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação 2010. (p. 10-12)

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torno da constituição de 1988 e os estudos de diversas áreas do conhecimento contribuí-

ram para o questionamento da concepção de naturalização das desigualdades sociais e

educacionais, até então predominante, para o reconhecimento de que as condições de

desigualdade das crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais e soci-

ais. Assim, à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este

passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como sujeito de direi-

tos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, o Estatuto da Criança e

do Adolescente, nos anos 1990, a LDB n.o 9394/96, além de textos curriculares que tra-

tam da especificidade da infância (KRAMER, 2006). Se no contexto político, as dife-

rentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas educacio-

nais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão e definição de

uma concepção de infância é primordial na condução do trabalho. Esta concepção orien-

tará os conceitos sobre ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteú-

dos, a metodologia, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades de-

safiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor,

mas por todos os profissionais da instituição.

Entre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da vida

adulta, ganha destaque o historiador francês Ariès. Em seus estudos, Ariès analisa dife-

rentes significados atribuído à infância, em especial nos séculos XVII e XVIII. Segundo

este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento de infância como etapa

específica da vida humana, portanto com características e necessidades próprias. Ariès

afirma que é no fim da Idade Média que se inicia um processo de mudança, pois a infân-

cia passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de

atenção dos adultos. Já no século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disci-

plinamento e pela moral, exercidas especialmente por um processo educacional impulsi-

onado pela Igreja e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças, particu-

larmente no período do capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas2,

sua pesquisa é considerada relevante pelo fato de que contribuiu para a compreensão da

infância como um conceito construído historicamente.

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Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa com-

preender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase adulta

(KUHLMANN, 1998).

Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de determina-

ções sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e cultural. Sig-

nifica ainda considerar, no contexto da práxis pedagógica3, que a criança emite opiniões

e desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de clas-

se social ao qual pertence.

Portanto, é importante perceber que “as crianças concretas, na sua materialidade,

no seu nascer, no seu viver ou morrer, expressam a inevitabilidade da história e nela se

fazem presentes, nos seus mais diferentes momentos” (KUHLMANN, 1998, p. 32).

Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição

da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto,

não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias es-

tão submetidas a processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida.

Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os

diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como

conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância8.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que

as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mun-

do: a grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige

proteção e cuidados; o desenvolvimento da autonomia e autocuidados; o intenso desen-

volvimento físico-motor; a ação simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múl-

tiplas linguagens; o brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a cons-

trução da identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos (FARIA &

SALLES, 2007).

Pode-se afirmar que tem ocorrido avanços nos estudos sobre a infância à medida

que se destaca esta etapa da vida humana como uma construção social, o que supera as

compreensões de caráter inatista, pois se compreende que a aprendizagem se dá na inte-

ração social, não estando condicionada pela maturação biológica.

8 Grifo nosso

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A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção históri-

ca foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007) que, ao analisar

o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligência e

das características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos tornamos humanos

a partir da interação com outros seres humanos. É, portanto “a partir de sua inserção

num dado contexto cultural, de sua interação com membros de seu grupo e de sua parti-

cipação em práticas sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativa-

mente as formas de comportamento já consolidadas na experiência humana” (REGO,

1995, p. 55). Os estudos de Vygostsky (2007) indicam que é importante analisar critica-

mente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está trabalhando,

quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se apropriem dos con-

teúdos organizados no currículo escolar. Isso significa, por exemplo, que, se vivemos

numa sociedade letrada, espera-se que todas as pessoas, na idade socialmente reconheci-

da como adequada, tenham asseguradas as condições para se apropriar deste conheci-

mento.

A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola,

em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educati-

vos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portanto de-

vem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto dos profissionais da unidade escolar,

além de devidamente sistematizados na proposta pedagógica.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais da

infância materializem se plenamente, hoje se sabe que o ser humano, antes mesmo do

nascimento, tem direitos historicamente conquistados e determinados legalmente. A

Constituição de 1988, por exemplo, no art. 2086, ao exigir a obrigatoriedade da educa-

ção infantil por parte do Estado, indica o reconhecimento da criança como cidadã, como

pessoa em processo de desenvolvimento e o seu direito de ser educada. Estes direitos

vêm estendendo-se à medida que a sociedade se reorganiza e mobiliza, reivindicando

outras ou melhores formas de educar.

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2.1.11 Concepção de Educação Profissional

A partir do ano de 2003 inicia-se no Estado do Paraná uma política de educação

sob uma perspectiva democrática e de retomada da política de educação profissional, o

Estado do Paraná assume também uma nova concepção de educação, que rompe com a

dimensão que articula diretamente ao mercado de trabalho a empregabilidade e a

laborabilidade.

Assume-se também o compromisso com a formação humana dos alunos, a qual

requer apreensão dos mesmos com conhecimento científico, tecnológicos e histórico-

sociais pela via escolarizada.

Conforme disposto na LDB, 9394/96 a Educação Profissional se inscreve no

âmbito da educação escolar, articulando-se à formação básica, que é comum a todos os

brasileiros, de modo que esta possa lhes assegurar a formação indispensável ao

exercício da cidadania, e a efetiva participação nos processos sociais e produtivos bem

como a dar continuidade aos estudos na perspectiva da educação ao longo da vida.

Devendo assim estar integrada às diferentes formas de educação. Bem como ao

trabalho à ciência e a tecnologia tendo como finalidade conduzir o aluno ao permanente

desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva, devendo esta estar articulada com o

ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada em instituições

especializadas ou no ambiente de trabalho.

Esta concepção de educação profissional incorpora a categoria trabalho e

reconhece sua dimensão educativa, ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade

da educação escolar vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social.

Em um de seus escritos GRAMSCI, relata que a escola que unifica trabalho,

ciência e cultura será necessariamente ativa e articulada ao dinamismo histórico da

sociedade em seu processo de desenvolvimento. Sua finalidade é a formação de homens

desenvolvidos multilateralmente, que articulem à sua capacidade produtiva as

capacidades de pensar, de estudar, dirigir ou exercer o controle social sobre os

dirigentes. (GRAMSCI,1968 in DCE Educação Profissional do Estado do Paraná)

As Diretrizes Curriculares para Educação Profissional orienta que o aluno

deve ser educado tanto para as atividades intelectuais como para as instrumentais e as

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instituições de ensinos profissionalizantes devem propiciar uma orientação múltipla

para as futuras atividades profissionais tão complexas e articuladas à ciência senão

sobre as bases de uma cultura geral formativa de caráter teórico-prático. Ao mesmo

tempo deverá estimular a necessidade de educação permanente e contínua, que permita

atualizar as atividades culturais e profissionais, o que exige o domínio das competências

relativas à pesquisa e ao desenvolvimento.

Desta forma a educação profissional é desenvolvida por ações intencionais e

sistematizada sobre uma sólida base de educação geral, científico-tecnológica e sócio-

histórica, sendo uma parte integrante da educação nacional.

Segundo kuenzer, para atender estes princípios educativos e profissionais, a

escola que oferta a educação profissional deve contemplar em seu currículo escolar:

-Os princípios científicos gerais sobre os quais se fundamentam as relações

sociais e produtivas;

-Os conhecimentos relativos ás formas tecnológicas que estão na raiz dos

processos sociais e produtivos contemporâneos;

-As formas de linguagem próprias das diferentes atividades sociais e produtivas;

-Os conhecimentos sócio-históricos e as categorias de análise que propiciem a

compreensão crítica da sociedade capitalista e das formas de atuação do homem, como

cidadão e trabalhador, sujeito da história.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação Profissional tomar o

trabalho como princípio educativo significa defender o direito ao acesso à cultura, à ci-

ência e à tecnologia para todos os trabalhadores, de modo que estes possam desenvolver

competências ao mesmo tempo intelectivas e práticas dos alunos, para a formação da

práxis humana. E para tanto a escola deve assumir uma política de qualidade em sua

proposta pedagógica, o que se propõe esta instituição de ensino.

2.1.12 Concepção de Avaliação

Valoriza o processo, o crescimento gradativo, a construção e re-significação do conhecimento, buscando respeitar o aluno com seus limites e suas qualidades e contempla suas inteligências múltiplas. A avaliação não se limita a apenas ao resultado, com único objetivo de

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mensurar resultados, mas busca antes de tudo desafiar “o aluno a encontrar novas respostas, a pesquisar outras possibilidades” (BEHRENS, 2000, p. 75).

Neste contexto o trabalho em grupo é extremamente importante, pois através do

intercâmbio e cooperação cada um faz sua própria construção, a partir da sua visão de

mundo, ajudando a promover a construção e a consolidação do conhecimento individual

e coletivo. Outros instrumentos de avaliação que favoreçam a construção do

conhecimento também podem ser utilizados, como por exemplo:

1. seminários, onde o aluno faz uma exposição oral, utilizando a fala e

materiais de apoio adequados ao assunto proposto pelo professor.

2. debates, para possibilitar a discussão em que os alunos expõem seus

pontos de vista a respeito de assunto polêmico.

3. relatório individual, cujo objetivo é a produção de texto pelo aluno ao

término de atividades práticas ou projetos temáticos.

4. auto-avaliação possibilita a análise oral ou por escrito que o aluno faz

do próprio processo de aprendizagem.

5. observação possibilita a análise do desempenho do aluno em fatos do

cotidiano escolar ou em situações planejadas.

6. conselho de classe, reunião liderada pela equipe pedagógica com o

intuito de compartilhar informações sobre a turma/serie e sobre cada

aluno para embasar a tomada de decisões.

2.1.13 Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente aos anos, às séries seguintes.

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão

Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas

serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

É vedada a progressão parcial na Educação Profissional Técnica de Nível Médio

ofertada na Rede Estadual. Serão aceitas transferências de alunos com dependência em

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até três disciplinas, devendo esta(s) ser(em) cumprida(s) mediante plano especial de

estudos.

2.2. INCLUSÃO EDUCACIONAL

Durante muito tempo, as pessoas que por alguma condição não engajavam aos

padrões sociais pré-estabelecidos da sociedade eram rotulados como “inválidos” ou

“incapazes”. Este processo de exclusão atingiu principalmente os portadores de

deficiências porque a sociedade dominante tinha uma visão padronizada de perfeição.

Com o passar do tempo os portadores de deficiência passaram pelo processo de

integração que ingressaram em escolas especiais e mais tarde em classes especiais onde

deveriam se adaptar ao processo educacional.

Do ano de 1990 para cá, criou-se no Brasil a concepção de inclusão que é o

contrário do processo de integração que muda o direcionamento do atendimento, pois a

escola e a sociedade devem adaptar-se ao aluno, de modo a oportunizar condições

estruturais e organizacionais, que tenha como objetivo atender suas necessidades

educacionais e sociais específicas.

Neste contexto fez se necessário construir uma política inclusiva que buscasse

transformar a sociedade e o contexto escolar num ambiente participativo, democrático,

igualitário.

A concepção de sociedade para todos é pautada na consciência do respeito à

diversidade humana, estruturada para atender as necessidades de cada cidadão sem

discriminação. A “educação inclusiva” exige rupturas em todo o sistema, todos os

profissionais da educação devem estar comprometidos com o processo do respeito às

diferenças individuais de cada ser humano.

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares prima por uma educação

humanizadora, de respeito à diversidade humana, o trabalho realizado pela Equipe

Pedagógica, Direção e Professores, bem como todos os profissionais envolvidos neste

contexto, requer envolvimento no processo de inclusão, por meio de ações

desenvolvidas no cotidiano.

Antunes (2001) reforça esta ideia afirmando que, para que isso ocorra é essencial

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que tenhamos coragem de desvestir, tirar a indumentária da escola, sua fisionomia de

quartel para que deixe de ser um campo de competição, para aos poucos ir se

transformando em verdadeiros centros de descobertas do outro e também um espaço

estimulado de projetos solidários e cooperativos.

Nesta perspectiva, a escola que assume a inclusão, deve trabalhar com uma

pedagogia que dê conta de atender as diferenças e especificidades de cada aluno,

contribuindo com elementos reais que viabilizem o pleno desenvolvimento de suas

possibilidades físicas, sociais e intelectuais.

2.3 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Tendo em vista que nos encontramos numa sociedade diversa, dinâmica e em

constante mudança, se torna imprescindível a manutenção constante e rápida das

informações veiculadas no meio educacional, tanto em âmbito didático como no aspecto

do conhecimento fornecido. É de suma e vital importância que a didática em sala de

aula se torne também dinâmica e atualizada e na medida do possível, vinculada com

informações e conceitos cotidianos para que se possa fazer uma ligação coerente entre o

aprendizado teórico e o conceito visual ou prático dos assuntos pré estabelecidos no

diálogo diário entre professor e aluno.

Tomando este objetivo como ponto auxiliar e alavancador às técnicas atuais de

ensino, se mostra claro que o uso de tecnologias podem e devem se tornar tanto potentes

como comuns no dia a dia do ensino-aprendizagem das escolas. O homem atual se

utiliza diariamente de diversos veículos de tecnologias como mídias de comunicação,

projetor, computador, máquinas operacionais, calculadoras, etc; se utiliza de forma

comum e corriqueira. Essa utilização se tornou necessária para que ele se enquadre no

mercado de trabalho e no seu meio de convívio social. Nada mais simples e lógico que a

escola passe a se apropriar destes meios e o professor se torna ator protagonista nestes

mecanismos, pois além de se aprimorar para fazer as devidas utilizações, ele passará a

mostrar um novo caminho no seu dia a dia de ensino-aprendizagem, isso como um

agente facilitador em suas técnicas didáticas para que o aluno possa ascender tanto a

curiosidade como a perspectiva de um aprendizado eficiente e dinâmico.

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Entende-se por tecnologias de informação e comunicação todo objeto ou veículo

que consiga transmitir conhecimento ou qualquer assunto de forma ágil e prática numa

visão cada vez menos tecnicista, portanto podemos listar jornais, revistas, rádios,

televisão, TV Pendrive, projetores, informática, internet etc. O educador deve levar em

consideração que o uso destas tecnologias tem por objetivo aprimorar a didática e a

relação entre o conhecimento e sua aprendizagem com o foco no seu público discente,

ou seja, a utilização destas ferramentas deve ser bem planejada para que sua

apresentação não se torne apenas ilustrativa ou decorativa e, sim, uma explanação

dinâmica, abrangente, não tecnicista e agradável do assunto apresentado.

O uso das tecnologias na educação configura-se num movimento permanente

que deve se mostrar cada vez mais rotineiro através dos anos. O nosso desafio, claro, é

importante e duplo, não podemos banalizar o conhecimento humano e científico por

meio de ferramentas lúdicas para simplesmente agradar a visibilidade dos conceitos,

porém não podemos abandonar as novas tecnologias e, sim, teremos que aderir aos

novos parâmetros e paradigmas do mundo contemporâneo, pois são fundamentais para a

construção de um novo ser cidadão, esse que tem por objetivo ser um cidadão ativo,

produtivo e dinâmico dentro da sociedade moderna tendo perspectivas probabilísticas de

que este indivíduo como ser diverso possa ter escolhas diversas tanto em nível

profissional, cultural ou simplesmente humano.

Enfim, as tecnologias fazem parte de um mundo diverso e a escola deve estar

interada deste mundo com informações rápidas e contínuas, assim o processo escolar

envolverá cada ser dentro de seu ambiente seja produzindo cultura e/ou conhecimento.

A escola passa a se constituir de um espaço aberto de interações múltiplas, fortalecendo

o aprendizado, não apenas no sentido do mercado, mas de forma cultural e cidadã.

2.4 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

À escola está sendo atribuída a responsabilidade de acabar com o modo falso e

reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descentes para a

construção da nação brasileira, e evitar para que no seu interior, os alunos negros

venham sofrer os contínuos atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assim,

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essas responsabilidades implicam em compromisso com o entorno sócio-cultural da

escola, com a comunidade onde essa se encontra, e principalmente com a formação dos

educandos para que, mais do que valorizar a contribuição dos povos africanos e

indígenas, todos possam conviver em harmonia e aceitar as diferenças. Esse trabalho

deve ser feito diariamente, pontuando as ações em que ocorrer possíveis desigualdades e

discriminações. O bom conviver dentro da escola levará o educando a processar a

diversidade como algo natural, espontâneo, que o levará a ser capaz de desempenhar-se

com equilíbrio quando jovem e adulto nas mais diferentes situações dentro e fora da

família, no trabalho e no lazer sob diferentes perspectivas: participar, ajudar, decodificar

palavras interpretar fatos e procedimentos.

Portanto, cabe a este estabelecimento de ensino cumprir no que se refere às leis

19639/03 e 11645/08 incluir em sua proposta curricular, o estudo da história e cultura

afro-brasileira e indígena, através do envolvimento da sua equipe multidisciplinar, da

direção, equipe pedagógica, professores e funcionários para orientar e auxiliar o

desenvolvimento das relações relativas a este tema dentro do ambiente escolar ao longo

do período letivo.

No que se refere ao calendário escolar, comemoramos também, no dia 20 de

novembro o dia nacional da consciência negra, enfatizando principalmente o nome do

nosso Colégio, Zumbi dos Palmares, porém este dia previsto em calendário escolar é a

culminância de todo o trabalho realizado durante o ano letivo referente aos conteúdos

que perpassam todas as disciplinas abordando a historia e cultura afro-brasileira em

cumprimento a lei 11645/08.

2.5 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORANEOS

Percebemos que a luta da escola atualmente é fazer com que os conteúdos façam

um enfrentamento real as situações contemporaneidades que nos são postas diariamente.

O enfrentamento destas situações deverá estar incluso na prática diária dos professores

em sala de aula, para que eles deixem de ser apenas um discurso vazio.

Para isto, devemos conceituar quais os problemas a serem enfrentados:

• Violências;

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• Uso indevido de drogas;

• Educação fiscal;

• Relações étnico-racial e afrodescendente;

• Gênero e diversidade sexual.

2.5.1 Violência

Violência é o uso intencional da força física e verbal do poder real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. (OMS).

É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva

histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que

se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola vem

tornando-se um fator preocupante, pelo fato de que enquanto espaço institucionalizado

de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo esta um processo de

sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo.

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O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos

profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos,

seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações

práticas pedagógicas voltadas para a humanização da cidadania, bem como

a produção de material de apoio pedagógico.

2.5.2 Uso Indevido De Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que

requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de

pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do

conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a

legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional

contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso

cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação

ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre

outros.

2.5.3 Educação Fiscal

A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função

socioeconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre

administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos

recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o

cidadão.

2.5.4 Relações Étnico-Racial e Afro descendência

Busca promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da

população negra paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas

ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana. Tem ainda, por objetivo, desenvolver ações de formação

continuada voltada aos profissionais da educação, produzir material didático-

pedagógico para subsidiar a comunidade escolar, bem como promover o diálogo

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permanente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, grupos e entidades

representativas dos Movimentos Sociais, em especial do Movimento Negro.

2.5.5 Gênero e Diversidade

Para viver em uma sociedade digna e igualitária, é necessário promover meios

em que todos e todas entendam que a realidade vai muito além daquilo que vemos em

nossas casas, nas ruas de nosso bairro, nos espaços de lazer que frequentamos.

Educar para a cidadania é antes de tudo educar para o desenvolvimento,

colocar-se no lugar do outro, sensibilizar-se, contribuir para a transformação positiva da

realidade que o cerca.

A diversidade na escola promove a democracia, onde todos participam na

busca de soluções para seus problemas. Para que se de o devido respeito à diversidade

na escola deve-se aceitar que os envolvidos que interagem no processo e que possuem

visões de mundo e culturas diferentes não se tornem detentores da verdade, e sim

pesquisadores dela. “A projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante

pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada”

(TAYLOR, 1994, p. 58)

Garantir o acesso e a permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública,

gratuita e de qualidade por meio de políticas públicas educacionais. Refletir sobre o

preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual e à

identidade de gênero, e propiciar fundamentação teórico-prática para o enfrentamento

dessas práticas na escola. Discutir os conhecimentos historicamente acumulados sobre

saúde, prevenção e direitos sexuais e reprodutivos da juventude.

O PPP busca uma direção por tratar do compromisso com a formação do cidadão

para a sociedade e se concretiza na formação do cidadão, responsável, comprometido,

ético e crítico. E sendo um instrumento que possibilita a escola a inovar a sua prática

pedagógica garantindo o direito aos excluídos, combate às desigualdades e consolida a

escola como lugar central da educação.

A partir de 1997, com a lei nº 11733, o Poder Executivo Estadual autorizou a

implantação das campanhas sobre Educação Sexual nos Estabelecimentos de Ensino. A

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SEED na Inst. Conjunta n° 02/2010 , considera que o aluno tem direito ao nome social e

este deve ser inserido nos documentos escolares.

2.6 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

2.6.1 Tempo e o espaço escolar

Para se obter uma escola gratuita e de qualidade é necessário que o Colégio

Estadual Zumbi dos Palmares repense seu tempo e seu espaço escolar. O Colégio deverá

propiciar tempo e ser espaço de ensino e de aprendizagem da comunidade escolar,

fortalecendo o espaço escolar como local de educação continuada.

Para a escola se tornar efetivamente espaço de local de educação continuada é

preciso tempo para os educadores estudarem/refletirem sobre a seu trabalho pedagógico

com os alunos e acompanharem o processo de aprendizagem; tempo para discutirem,

acompanharem e avaliarem o Projeto Político Pedagógico e o mais importante, é preciso

tempo e espaço para os alunos se organizarem para atividades para além da sala de aula,

pois segundo Baby, o tempo e o espaço escolar:

não se constitui apenas nas ações de sala de aula, tendo o professor à frente, mas pressupõe uma atitude por parte de todos os componentes do universo escolar, da direção da escola, da secretaria, dos pedagogos, dos pais, dos funcionários, que estão permanentemente com os alunos, no sentido de uma construção coletiva, pois participação se aprende e é preciso criar espaços para que isso aconteça.” (Baby, 2002, p. 25).

2.6.2 Características da comunidade escolar (cotidiano)

As relações coletivas precisam ser fortalecidas, mediante encontros, reuniões,

discussões, onde todos os habitantes do espaço escolar tenham a oportunidade de

apontar o que precisa ser mudado e indiquem caminhos para essas mudanças. A

participação de todos, com certeza, promoverá mudança palpável na cultura da

instituição, pois, “a escola atua como um instrumento de transformação, quando

exorciza a tirania que nela possa residir, tanto da parte do diretor, dos professores,

funcionários e alunos, quanto da própria comunidade local”. (Baby, 2002, p. 25).

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Esta participação é entendida como processo dinâmico e interativo que não se

restringe ao poder de decisão, mas caracteriza-se pelo apoio mútuo na convivência do

cotidiano da escola, na busca, pelos seus agentes, da superação das dificuldades e

limitações e do bom cumprimento de sua finalidade social.

Para atingir este nível de participação o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares

esforça-se em criar ambiente estimulador e propício a essa participação, tais como:

a) Clima de confiança;

b) Valorização das capacidades e aptidões dos seus membros;

c) Assumir responsabilidades em conjunto;

d) Estabelecimento de metas e propostas que envolvam toda a comunidade

escolar;

e) Delegação de poder aos membros e equipes da comunidade escolar;

f) Capacitação contínua dos seus profissionais.

2.7 PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O Processo de ensino-aprendizagem do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares

assume o compromisso de transformar o espaço escolar em local de crescimento pleno,

com garantia de qualidade traduzindo um compromisso de transformação da realidade.

Diante dos objetivos pretendidos, é imprescindível adotar uma prática docente

pautada em sólidos fundamentos científicos, éticos e morais, e decorrente deste

pressuposto, a definição de recursos e estratégias, assim como da forma de

acompanhamento dos alunos.

A ação docente se efetiva a partir dos elementos estabelecidos no Projeto

Político Pedagógico, que representa a intencionalidade, as idéias e os projetos propostos

pelos educadores, respeitando as decisões coletivamente assumidas como fruto da ação-

reflexão - ação do corpo docente.

Contemplamos neste cenário três momentos fundamentais no processo de

construção dialética do conhecimento em sala de aula:

• Mobilização para o conhecimento

• Construção do conhecimento

• Elaboração da síntese do conhecimento.

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Torna-se um grande desafio para os educadores as dificuldades enfrentadas

diante da necessidade de desenvolver técnicas inovadoras e eficientes em turmas tão

heterogêneas, visto que é percebido que em sua formação acadêmica em muitos casos,

não foram preparados com a profundidade exigida na atualidade. Principais desafios

percebidos:

• Motivar os alunos para o conhecimento formal a partir de recursos ajustados

aos novos tempos;

• Garantir o seu processo continuado de formação;

• Reconhecer as potencialidades individuais auxiliando de forma diferenciada

os educandos, de acordo com sua necessidade;

• Contemplar a diversidade cultural e de gênero;

• Saber estabelecer limites;

• Inclusão

Acreditamos no perfil profissional empreendedor, inovador, que constrói ao

longo de sua carreira, novos saberes revestidos de perspectivas a partir de estudos

efetivados.

Este é um exercício coletivo visando a superação da competência hoje

predominante, lidando essencialmente com o mundo da informação e do desejo de

aprender fazendo, norteada pela melhoria constante da qualidade de ensino, pela

coerência explícita e original do educador na sua relação com o educando pertinente aos

novos tempos garantindo os princípios e fundamentos mantidos por este

estabelecimento de ensino.

Diante deste momento de aceleração no mundo do conhecimento, adotar práticas

reflexivas é de fundamental importância no processo educativo, transformando a

realidade, defendendo os direitos humanos, paralelamente com os conteúdos, para

garantir uma postura humanista. Assim, o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares para

assegurar esta prática reflexiva, assume como princípios, objetivos e metas:

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PRINCÍPIOS OBJETIVOS METASO estabelecimento das relações de poder e de saber no universo educacional, mais fraterno, solidário e participativo.

Proporcionar aos educandos e educadores uma formação continuada, pautada na ética com dimensão social e transcendental e lhes abrir os caminhos da comunicação com as pessoas e com o mundo.

Dedicar-se à promoção e defesa da vida.

A formação da educação básica – constituída pelo Ensino Fundamental e Médio – sem distinção de sexo, etnia, classe social, convicções religiosas ou políticas de seus educandos, com explícito compromisso de cumprir os princípios e fins da Educação Nacional e toda a legislação correlata, vigente e superveniente, bem como as normas específicas aplicáveis a estes níveis de ensino.

Propiciar ao educando condições para que ele se descubra e se defina a partir de sua inserção ativa na história em cuja realidade sócia ele interfere e interage;

Desenvolver um processo educacional com vistas direcionadas a transformação do homem e da natureza em benefício coletivo e da preservação da vida na terra sob todas as formas da sua manifestação.

O desenvolvimento do conhecimento científico, tecnológico, crítico e criativo a partir de uma prática docente fundamentada e comprometida com a educação e formação dos alunos.

Possibilitar a educandos e educadores o acesso à ciência e ao conhecimento crítico, bem como, condições de desenvolvimento de suas potencialidades num processo de auto-realização com vistas voltadas à sua inserção ativa e crítica na comunidade em que vivem;

Alimentar a consciência de que a educação é um processo permanente e abrangente, a ser desenvolvido pela vida a fora em contínuo aprofundamento e maturação, oportunizando uma educação completa e universal inserida em uma proposta pedagógica inovadora, interdisciplinar e atualizada.

Propagação dos princípios políticos, dos direitos e deveres da cidadania, com autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum.

Despertar a comunidade educativa para a dimensão social e para o exercício compromissado e responsável da cidadania, bem como, para a produção de bens que estejam à disposição de todos os cidadãos;

Oferecer e desenvolver a educação para o exercício pleno da cidadania.

Dar ênfase aos princípios estéticos, da sensibilidade, da criatividade e da diversidade das manifestações científicas, culturais e artísticas, promovendo a formação plena, abrangente e harmônica da criança e do adolescente.

Resgatar, promover e estimular as atividades culturais, desenvolvendo o respeito, a diversidade e a curiosidade pelos temas diferentes abordados.

Proporcionar a comunidade educativa eventos educacionais, sociais, desportivos e culturais, possibilitando integração entre escola-família-comunidade.

Instrumentalização tecnológica para o avanço científico do desenvolvimento global da pessoa

Buscar fazer uso das novas tecnologias educacionais como instrumento de desenvolvimento

Capacitação do corpo docente proporcionando a estes ferramentas didático pedagógico atualizadas,

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PRINCÍPIOS OBJETIVOS METAShumana. humano e objeto da própria

educação;gerando uma aprendizagem significativa a partir da experiência.

2.8 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ (ESCOLA PÚBLICA, GRATUITA, DEMOCRÁTICA, DE QUALIDADE, PARA TODOS INCLUSIVA).

Os princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares são:

Igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola.

No Colégio Estadual Zumbi dos Palmares isso acontece não apenas através da

oferta de vagas suficientes para atender as necessidades da comunidade, mas

principalmente através da busca constante e contínua da qualidade nos trabalhos

pedagógicos que oferece.

Essa busca constante e contínua pela qualidade se reflete no acompanhamento dos

alunos que é feita de forma individualizada, levando em conta o seu contexto e história

familiar. Os alunos com dificuldade de aprendizagem têm a possibilidade de

participarem de aulas de reforço de português e matemática no contra turno escolar

buscando melhorar o seu desempenho escolar. Além disso, a escola possui um trabalho

intenso e constante de acompanhamento para evitar sistematicamente a repetência e a

evasão escolar.

Qualidade para todos.

A qualidade que o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares busca não se limita ao

aspecto técnico. Busca-se enfatizar também o aspecto político. Entende-se por aspecto

técnico a habilidade de manejar meios, técnicas, formas e procedimentos e o aspecto

político a habilidade humana de se fazer sujeito ativo e construtor de sua própria

história. Portanto, acredita-se que o aspecto técnico e políticos estão intimamente

interligados e inter-relacionados.

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Gestão Democrática cujo objetivo central é resgatar o controle do processo

de todo o trabalho pedagógico.

Os profissionais que atuam no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares entendem

que é primordial repensar a estrutura de poder da escola, com o objetivo de aumentar a

participação e o compromisso de todos os envolvidos que nela atuam. Já não cabe mais

na escola a divisão do pensar e do fazer, do conceber e do executar. E para garantir esta

ruptura o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares incentivou e criou ambiente propício à

participação de todos na concepção e na execução do projeto político-pedagógico da

escola.

Liberdade associada ao princípio da autonomia.

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares assume o compromisso de garantir aos

alunos e aos seus profissionais a liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

arte e o saber cuja intenção político-pedagógica foi construída coletivamente.

Valorização do magistério

Assegurar a valorização do magistério é princípio central para a garantia da

obtenção dos outros princípios: Igualdade, Qualidade, Gestão democrática, e Liberdade.

Essa valorização do magistério acontece no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares

através do incentivo à participação dos professores nos cursos de capacitação

descentralizada promovida pela Secretaria de Educação através do Núcleo da Área

Norte que acontecem duas vezes no ano no próprio Colégio. Além disso o Colégio

Estadual Zumbi dos Palmares criou um programa de formação continuada para atender

as necessidades específicas de seus profissionais (professores e funcionários).

Princípios da gestão democrática: acesso, permanência, capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino-aprendizagem.

A cultura autoritária gera resistências notáveis às mudanças vindas do alto, criando

a consciência clara de que o que é imposto não deverá ser aceito. A experiência

organizacional tem evidenciado que quando os professores não são ouvidos torna-se

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difícil a identificação com as decisões tomadas do alto. Já se sabe que a cada ação

autoritária gera-se uma ação de sabotagem.

Já se sabe também que a gestão democrática é o fio condutor do acesso,

permanência, capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino-

aprendizagem. É a gestão democrática que possibilita o diálogo com todos da

comunidade escolar para juntos tornarem isso um princípio defendido e vivenciado por

todos.

Caracterização da função/papel e da formação de todos os profissionais que atuam

na escola/comunidade.

a) Papel do diretor: Resolver conflitos, mediar as relações entre a base e o

Estado, atender as reivindicações, relacionar-se com todos os segmentos da escola e da

comunidade, saber ouvir, criar e receber idéias, questionar, inferir, traduzir posições e

sintetizar uma política de ação como um meio de gestão e organização da mudança. O

diretor deve prever um plano de formação interna para os professores e se preocupar

com a formação continuada dos profissionais da escola. O diretor em alguns momentos

precisa ser conselheiro, consultor, acompanhando projetos pedagógicos, por isso deve

buscar a auto-formação. É preciso que ele entenda de gestão de recursos (tanto material

como humano), da área pedagógica, das relações interpessoais e das finanças, pois a

escola recebe verbas que precisam ser geridas.

b) Papel do vice-diretor: O Diretor Auxiliar se responsabilizará pelo comando e

assessoramento das atividades administrativas e pedagógicas no seu turno de

atendimento no Colégio, zelando pela manutenção de um bom nível de organização que

permita o controle imediato das ocorrências. Compete também ao Diretor Auxiliar

assessorar o Diretor em todas as suas atribuições.

c) Papel do pedagogo: O pedagogo é um líder de comunidades aprendentes e

qualificantes. O pedagogo tem o compromisso de garantir os princípios de liberdade e

solidariedade humana, assegurando a qualidade do ensino, da educação e da formação

humana.

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d) Papel do professor: É um dos principais agentes na mudança do ensino. Seu

papel é ajudar o aluno a aprender, ser mediador do processo cognitivo do aluno, a

desenvolver no aluno a autonomia e a criticidade. O professor possui o compromisso de

ser um contínuo investigador, insaciável na busca da produção do conhecimento.

e) Papel do Técnico Administrativo: É responsável pelo atendimento telefônico,

fax, de pais, professores e alunos, digitação de cartas e documentos em geral,

organização de arquivo, organização e controle do almoxarifado. Será necessário

sólidos conhecimentos em legislação educacional e fazer uso de equipamentos como

computador, impressora, máquina fotocopiadora, telefone e fax.

f) Papel do Secretário: Ele é responsável pela documentação, escrituração e

correspondência escolar, devendo prioritariamente prestar esclarecimentos sobre

legislação e escrituração a servidores e alunos. Espera-se também que tenha sólidos

conhecimentos sobre a organização e estrutura pedagógica da escola legislação

educacional Será necessário também que domine a tecnologia do computador, da

impressora, do fax e do telefone.

g) Papel do Agente de serviços gerais: As serventes são responsáveis pelo

serviço de manutenção, conservação e limpeza do prédio da escola, da guarda das

dependências das instalações e equipamentos e de pequenos reparos e serviços

rotineiros da escola.

h) Papel da merendeira: A merendeira é responsável pela cozinha, pelo preparo e

distribuição das refeições no espaço escolar. Devem ser pessoas que apresentem boa

saúde, cultivem hábitos de higiene e tenha sólido conhecimento do valor nutricional dos

alimentos. Geralmente são contratadas como serventes e dentre elas a equipe da escola

escolhe a merendeira.

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i) Papel da Inspetora: A inspetora é responsável pela disciplina no pátio da

escola e em dependências que não sejam as salas de aula. Ela deve acompanhar o aluno,

orientando-o quanto às normas disciplinares do estabelecimento, realizar atendimentos

em caso de acidentes ou enfermidades ocasionais, mantendo contato direto com os

alunos e professores. Atender as solicitações para o uso do material escolar de que a

escola dispõe bem como realizar encaminhamentos e dar assistência a alunos a pedido

do professor.

j) Papel Caseiro: Colaborar com a segurança do Estabelecimento Estadual de

Ensino no sentido de inibir furtos e depredações do Patrimônio Público, nos períodos

fora do horário de aula, efetuando vistoria após o fechamento do Colégio, abrir e fechar

o Estabelecimento no horário estabelecido pela Direção. Entrar em contato com a

Polícia Militar quando ocorrer suspeita dentro ou no entorno da escola. Comunicar a

Direção quando observar alguma situação de emergência e/ou hidráulica decorrente de

sinistros.

2.9 DIRETRIZES QUE NORTEIAM A AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES

A presente proposta pedagógica foi elaborada à luz dos seguintes documentos

legais:

2.9.1 ESFERA FEDERAL

Leis Federais

Lei nº 1.044/69 – dispõe sobre o tratamento excepcional para alunos portadores

de afecções, cuja vigência é mantida conforme Pareceres nº 06/98 e nº 31/02 –

ambos do CEB/CNE, referentes ao regime de exercícios domiciliares;

Lei nº 6.202/75 – atribui à estudante em estado de gestação o regime de

exercícios domiciliares;

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Lei nº 7.716/89 – estabelece e define crimes de preconceitos de cor, raça, etnia

ou procedência nacional e religião;

Alterada pelas Leis:

Lei nº 8.081/90

Lei nº 9.459/97

Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente;

Lei nº 9.394/96 – LDBEN – estabelece as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional;

Alterada pelas Leis:

Lei nº 9.475/97 – dá nova redação ao art. 33, referente ao Ensino

Religioso;

Lei nº 9.795/99 – dispõe sobre a educação ambiental, institui a

Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências;

Lei nº 10.287/01 – acrescenta inciso VIII ao art. 12, referente às

faltas dos alunos, acima de cinqüenta por cento do percentual

permitido em lei;

Lei nº 11645/08 – referente à inclusão, no currículo oficial da rede de ensino, da

temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ e dá outras providências;

Lei nº 10.793/03 – dá nova redação ao §3º do art. 26, referente à Educação

Física.

Lei nº 11.274/06 – altera os artigos 29, 30, 32 e 87, dispondo sobre a duração de

9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos

6 (seis) anos de idade.

Decretos Federais

Decreto-Lei nº 715/69 – abono de faltas ao aluno em serviço militar;

Decreto nº 4.281/02 – regulamenta a Lei nº 9.795/99, que institui a Política

Nacional de Educação Ambiental;

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Decreto nº 3.492/04 – institui Ação de Inserção do Adolescente, na condição de

aprendiz.

Resoluções Federais

• Resolução nº 02/98, referente à denominação da disciplina de Educação

Artística para Artes;

• Resolução nº 01/04 – CNE/CEB – normas complementares à educação

referente às relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana;

• Resolução nº 01/06 – CNE/CEB – altera alínea “b” do inciso IV do art. 3º da

Resolução CNE/CEB nº 2/98, referente à denominação da disciplina de

Educação Artística para Artes.

• Resolução nº 07/10 – CNE/CEB – fixa Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Pareceres Federais

• Parecer nº 04/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – do

Ensino Fundamental;

• Parecer nº 15/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN – do

Ensino Médio;

• Pareceres nº 06/98 e nº 31/02 – ambos do CNE/CEB – trata das

circunstâncias de alunos impossibilitados de freqüentar as aulas com direito

ao regime de atendimento domiciliar instituído pela Lei Federal nº 1.044/69;

• Parecer nº 03/04 – CNE/CP – DCN para a Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• Parecer nº 24/04 – CNE – estabelece normas nacionais para ampliação do

Ensino Fundamental para 9 (nove) anos de duração;

• Parecer nº 06/05 – CNE/CEB – reexame do Parecer do CNE/CEB nº 24/04,

que visa o estabelecimento de normas nacionais para a ampliação do Ensino

Fundamental para 9 (nove) anos de duração;

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• Parecer nº 03/06 – CNE/CEB – consta da Resolução nº 02/98 – CNE/CEB,

sobre regras na estruturação do Regimento Escolar;

• Parecer nº 38/06 – CNE/CEB – inclusão obrigatória das disciplinas de

Filosofia e Sociologia no Currículo do Ensino Médio;

• Parecer nº 41/06 – CNE/CEB – consulta sobre interpretação correta das

alterações promovidas na Lei nº 9.394/96, pelas leis nº 11.114/05 e nº

11.274/06.

2.9.2 ESFERA ESTADUAL

Leis Estaduais

• Lei nº 7.962/84 – proíbe a cobrança de taxas e contribuições nos

estabelecimentos de ensino da rede estadual e adota outras providências;

• Lei nº 10.054/92 – dispõe sobre o funcionamento de cantinas comerciais nas

escolas de 1º e 2º graus da rede oficial de ensino;

• Lei nº 13.807/02 – institui o percentual de 20% (vinte por cento) de hora-

atividade da jornada de trabalho para professor regente de classe;

• Lei nº 14.938/05 – Programa SOS – Racismo no Paraná e dá outras

providências.

• Lei Complementar nº 103/04 – institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do

Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná e adota outras

providências;

• Lei Complementar nº 106/04 – altera os dispositivos que especifica, da Lei

Complementar nº 103/04.

Resoluções Estaduais

Resolução nº 05/03 – Secretaria do Estado da Educação/SESA – orientação

técnica conjunta das condições de funcionamento dos estabelecimentos de

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ensino a fim de proteger a saúde da população escolar de doenças de maior

incidência no período de inverno/primavera e dá outras providências;

Resolução n° 7102/2012 e Instrução n° 17/2012 SUED/SEED que orienta o

calendário escolar.

Deliberações Estaduais

• Deliberação nº 31/86 – CEE – escrituração, arquivamento, prazo de

incineração (eliminação) de Documentos Escolares e dá outras providências;

• Deliberação nº 04/99 – CEE – Normas para o Sistema Estadual de Ensino;

• Deliberação nº 07/99 – CEE – Normas para Avaliação, Recuperação de

Estudos e Promoção de Alunos;

• Deliberação nº 14/99 – CEE – Normas para elaboração da Proposta

Pedagógica;

• Deliberação nº 16/99 – CEE – Normas para elaboração do Regimento

Escolar;

• Deliberação nº 09/01 – CEE – Normas para matrícula de ingresso, por

transferência e em regime de progressão parcial; aproveitamento de estudos;

classificação, reclassificação, adaptação, revalidação e equivalência de

estudos feitos no exterior e regularização de vida escolar em

estabelecimentos que ofertam Ensino Fundamental e Médio nas suas

diferentes modalidades;

• Deliberação nº 09/05 – CEE – Alteração das Deliberações sob nº 04/99,

02/00, 09/02 e 03/03;

• Deliberação nº 01/06 – CEE – Normas para o Ensino Religioso no Sistema

Estadual de Ensino;

• Deliberação nº 03/06 – CEE – Normas para implantação do Ensino

Fundamental de 9 (nove) anos de duração;

• Deliberação nº 04/06 – CEE – Normas complementares às Diretrizes

Curriculares Nacionais – DCN para a Educação das Relações Étnico-Raciais

e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

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93

• Deliberação nº 05/06 – CEE – Orientação para a implantação do Ensino

Fundamental de 9 (nove) anos;

• Deliberação nº 06/06 – CEE – Normas complementares às Diretrizes

Curriculares Nacionais – DCN para a inclusão obrigatória das disciplinas de

Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio;

• Deliberação nº 07/06 – CEE – inclusão dos conteúdos de História do Paraná

no Currículo da Educação Básica;

• Deliberação nº 08/06 – CEE – alteração da Deliberação nº 02/05 – CEE;

• Deliberação nº 02/07 – CEE – alteração do art. 12 da Deliberação nº 03/06 –

CEE.

Outros

• Instrução n° 07/10 SEED/DAE/CDE que orienta sobre o preenchimento do

Livro Registro de Classe.

• Instrução n° 008/2011 SEED/SUED ensino fundamental de nove anos.

• Parecer nº 407/2011 CEE/CEB Implantação do ensino fundamental, regime de

nove anos

• Regimento Escolar do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares.

2.9.3 O Currículo da Escola Pública

Como o objetivo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é formar o aluno

competente no uso do conhecimento sistemático, crítico em relação ao contexto,

consciente no uso de diferentes linguagens, criativo, autônomo intelectual e

moralmente, capaz de usar a liberdade com responsabilidade em decorrência da

consciência dos limites e emancipado porque capaz de analisar as questões como ser

reflexivo e está inserido numa realidade onde o processo de humanização encontra-se

ameaçado, será preciso desenvolver um conteúdo programático a partir da situação

concreta, presente e existencial do aluno. A situação posta – invariavelmente

desfavorável – deverá ser problematizada e apresentada como desafio com potencial

para ser superado através da reflexão e ação (práxis). Os temas geradores são o próprio

pensar dos educandos que não se dá num vazio, mas nas pessoas, na relação entre elas e

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delas com o mundo. A investigação das temáticas significativas é feita em diálogo e vai

ser objeto de reflexão coletiva, num processo de investigação cada vez mais

aprofundada, num “ir e vir”, buscando aproximação com a totalidade (Freire, 1980, p.

101-103)

2.9.4 Dinâmica do Currículo

A principal ferramenta para dinamizar o currículo será a problematização.

Problematizar é diferente de apresentar respostas prontas para a solução dos problemas.

É diferente também de apresentar a realidade como algo já posto, imutável, a qual é

preciso se adaptar. Responder questões implica em pensar. Pensar é aproximar-se da

realidade e destruir mitos. Pensar coletivamente é diferente de pensar para alguém, ou

para um grupo. A ação transformadora da realidade só é possível a partir das

descobertas coletivas. É desta forma que se estabelece o diálogo, necessário para a

compreensão e leitura do mundo.

2.9.5 Reflexão sobre o Trabalho Pedagógico

O processo de desenvolvimento da reflexão e prática pedagógica do Colégio

Estadual Zumbi dos Palmares, envolve a consciência do ser educador num tempo de

grandes transformações, que exige uma postura crítica, comprometida com a realidade e

assessorada por recursos disponíveis e acessíveis aos projetos e programas de formação

que se pretende alcançar, principalmente quanto ao aproveitamento e participação em

cursos, simpósios, congressos e programas do colégio contando com assessorias

voluntárias de empresas da comunidade.

2.10 PROPOSTA TRANSFORMADORA

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares inserido num contexto de grandes

desafios, se propões através do currículo contextualizado desenvolver a construção de

uma parceria equipe pedagógica/educador/educando/família /comunidade, através de

um sistema em rede, que promova o conhecimento intencionalizado para o crescimento

pessoal autônomo e cidadão de nossos alunos, fundamentados numa pedagogia de ação-

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reflexão-ação, favorecendo assim, a inserção social e profissional do educando, tendo

como base sua formação integral.

É um caminho que deve ser percorrido e conquistado diariamente, mas o que

parece fundamental e essencial é que todos sigam a direção do comprometimento e da

ação. O desenvolvimento desta intenção de maneira mais concreta será por enquanto

através dos projetos, oficinas e programas oferecidos no contra turno até que cursos

profissionalizantes possam ser oferecidos.

3. MARCO OPERACIONAL

“O melhor jeito de multiplicar o conhecimento é dividi-lo”

David Cohen

O contexto no qual está inserida a comunidade educativa do Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares exige que nossas ações, objetivos, articulações e projetos estejam

voltados para as necessidades básicas imediatas, às suas expectativas, aos seus desejos e

aos seus sonhos mais elaborados.

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Um dos princípios norteadores do Projeto Pedagógico é a Liberdade, princípio

que está associado à idéia de autonomia. Recorremo-nos a Paulo Freire e elencamos

alguns dos pressupostos que traduzem a pedagogia da autonomia:

Ensinar não é transferir conhecimento - organizamos nosso currículo com

conteúdos que possam ser contextualizados, enfatizando as condições atuais

do seu meio e sugerindo atitudes e ações que possam gerar mudanças que

possibilitem seu bem estar social.

Ensinar exige consciência do inacabamento, a apreensão da realidade, bom

senso, alegria e esperança - admitindo o quase total abandono familiar que

está exposto as nossas crianças;

A história de cada um exige um acompanhamento diferenciado;

A escola e os professores articulam-se para providenciar ora cestas básicas

ora urnas para sepultamento, encaminhamentos para tratamento de saúde e

cirurgias corretivas de crianças que ficaram deformadas como também

acompanhamento psicológico e psicopedagógico. Todos os dias temos

certeza que participamos direta ou indiretamente da construção de saberes,

de valores, de seres humanos responsáveis por sua vida pessoal, coletiva e

ambiental, que buscam superar sua atual condição;

Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. A escola procura

está sempre informada de todos os projetos que estão sendo desenvolvidos

na comunidade. Professores e alunos apresentam-se como voluntários

desenvolvendo e participando das atividades voltadas para a prática de

esportes, conservação do meio ambiente, teatro, artesanato, coral e etc.;

Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. A individualidade e

autonomia são respeitadas. Dar significado aos conteúdos, avaliações

diferenciadas, frequentes mudanças de metodologias, aulas de reforço no

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contraturno são alguns dos instrumentos que contribuem para o

desenvolvimento do aprendizado.

Os princípios que fundamentaram a construção do PPP apontam para uma escola

democrática, pública, gratuita e de qualidade. São eles:

A Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

A Liberdade, princípio constitucional que está quase sempre associado à ideia de

autonomia. Cada um construindo o seu próprio conhecimento;

Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

Qualidade de Ensino formal ou técnica e política para todos;

Gestão Democrática baseada no debate, na possibilidade de livre expressão e na

autonomia dos participantes;

Valorização do Magistério, a qualidade do ensino ministrado na escola e seu

sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida

socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente com a

formação inicial e continuada;

Condições de trabalho (recursos didáticos, físicos e materiais, dedicação

integral, redução de número de alunos na sala de aula e etc.) e remuneração

adequada e justa.

3.1 TIPO DE GESTÃO

Em atendimento a Lei de Diretrizes e Bases n° 9394/96, a gestão adotada no

Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é a democrática. Acredita-se que com isso

aumenta significativa a transparência em todos os atos da escola e a participação na

efetivação de todas as decisões tomadas conjuntamente. A gestão democrática

representa não apenas a participação nos processos decisórios, mas a participação na

solução das problemáticas cotidianas da escola, participação da comunidade na escola e

da escola na comunidade.

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3.2 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO

Para garantir a realização das atividades e projetos da escola, o Colégio Estadual

Zumbi dos Palmares dispõe do Fundo Rotativo, o Projeto Escola Cidadã (PEC),

Programa Estadual de Alimentação Escolar, Cotas Suplementares, Programa Dinheiro

Direto na Escola (PDDE) e as verbas oriundas da APMF, PDE-Escola.

3.2.1 Fundo rotativo

O Fundo Rotativo é um instrumento, criado por Lei, para viabilizar, com maior

agilidade, repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de Ensino da Rede

Estadual, destinados à manutenção e outras despesas relacionadas com a atividade

educacional. Classificam-se como manutenção as despesas realizadas com: material de

consumo (gêneros alimentícios para complementação da merenda escolar, expediente,

esportivo, limpeza, didático, escolar, utensílios de copa e cozinha, atividades

extracurricular, laboratório de física, química e biologia, laboratório de informática e

outros), serviços de terceiros e encargos (pagamentos referentes à prestação de serviços

eventuais no próprio estabelecimento de ensino, tanto por pessoas físicas ou jurídicas).

3.2.2 Projeto Escola Cidadã (PEC)

É um projeto de repasse de recursos destinados à compra de alimentos perecíveis

como frutas e derivados, hortaliças, temperos e carnes.

3.2.3 Programa Estadual de Alimentação Escolar

Programa destinado exclusivamente para a aquisição de gêneros alimentícios

não perecíveis, priorizando a aquisição dos itens básicos que estão em falta no depósito

da escola.

3.2.4 Cotas Suplementares

São verbas que podem ser solicitadas pela escola, devidamente justificadas, para

fins diversos.

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3.2.5 Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares recebe esta verba em parcela única,

tem como finalidade prover a escola com recursos financeiros visando contribuir com a

melhoria de sua infraestrutura física e pedagógica – melhoria da qualidade do ensino

fundamental.

Este fundo poderá ser destinado para:

a) Manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar (pequenos

reparos e pagamentos dos serviços);

b) Material de consumo necessário ao funcionamento da escola (material de

consumo, material de limpeza e ferramentas);

c) Capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação (realização de

cursos e participação em cursos);

d) Material didático-pedagógico para realização de eventos coletivos;

e) Desenvolvimento de atividades educacionais diversas.

3.2.6 Verbas da APMF

As verbas oriundas da Associação de Pais, Mestres e Funcionários são

arrecadadas através da realização de festas, cantina. Isso acontece de forma expressiva

no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares através da realização da Festa da Primavera,

realizada sempre no mês de setembro. O valor arrecadado é destinado à compra de

material didático-pedagógico e à manutenção de equipamentos e melhorias do espaço

escolar.

3.3 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS

A elaboração e organização do calendário escolar são realizadas conforme sugestão

da Secretaria de Estado da Educação e em comum acordo com as escolas do município

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observando as datas comemorativas e recessos. Seguindo orientações próprias em

Resolução e Instrução que orientam o calendário escolar.

3.4 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Os critérios para a organização e utilização dos espaços educativos seguem a

Resolução n° 864/2001 que trata da gestão do espaço físico na rede estadual de

educação básica, estabelecendo critérios para a ocupação das salas de aula.

3.4.1 Espaços/equipamentos necessários:

3.4.1.1 Biblioteca:

01 computador com software para controle de empréstimo e catalogação dos

livros, com caneta para leitura ótica;

3.4.1.2 Auditório

Necessidade de um auditório com capacidade para acomodar as reuniões

pedagógicas envolvendo a comunidade bem como para a realização de teatros e

demais eventos didático-pedagógicos.

3.5 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES

As turmas no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares são organizadas por série,

conforme resolução n° 864/2001. Para o ensino fundamental de 6º ao 9º ano, as turmas

são formadas com no mínimo 35 alunos e no máximo 40 alunos. Para isso a sala deverá

ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada aluno e 3m² para o professor.

Para o ensino médio, as turmas são formadas com no mínimo 40 alunos e no

máximo 45 alunos. Para isso a sala deverá ter 48m² no mínimo, sendo 1m² para cada

aluno e 3m² para o professor.

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A distribuição das aulas por professor é feita seguindo as orientações da Secretaria

de Estado da Educação tendo como prioridade os professores que pertencem ao Quadro

Próprio do Magistério e depois os professores contratados (PSS) em razão de

especificidades levando em conta a matriz curricular do ensino fundamental e médio e

resolução própria.

3.6 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA:

A organização será feita por série no ensino fundamental anos finais com

duração de nove anos, série no ensino médio, em área de conhecimento, separadas em

disciplinas.

A partir do ano de 2012 o Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, seguindo

orientações da mantenedora Secretaria de Estado da Educação do Paraná, fará a

implantação do Ensino Fundamental de nove anos. Nas instituições de ensino da rede

pública estadual, a oferta do 6° ao 9° ano será de forma simultânea (INSTRUÇÃO nº

008/2011-SUED/SEED) considerando: que as séries finais do Ensino Fundamental de 8

anos correspondem aos anos finais do Ensino Fundamental de 9 anos, quanto a

idade/série/ano; que não haverá alterações significativas na Proposta Pedagógica, no

que diz respeito a conteúdos e Matriz Curricular, ressalvando-se que os

encaminhamentos metodológicos serão revistos na perspectiva das necessidades dos

sujeitos no processo de ensino aprendizagem.

De acordo com o documento que estabelece orientações para a implantação do

ensino fundamental de nove anos

Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do Ensino Fundamental de nove anos, a lei n.o 11.114/05, que altera o arti-go 6º da LDB, tornando obrigatória a matrícula da criança aos seis anos de idade no Ensino Fundamental. Enquanto esta lei modifica a idade de ingresso neste nível de ensino, a lei n.o 11.274/061 trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos, com matrícula obrigatória aos seis. (SEED PR, 2010, p.9)

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As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, documento construído pela

Secretaria de Estado da Educação e, que orienta a construção da Proposta Pedagógica

Curricular, apresenta o mesmo material para 5ª série e para o 6º ano e assim para as

séries/anos subsequentes, fato que não implica alterações na Matriz Curricular e

Conteúdos deste documento, porém os encaminhamentos metodológicos e o processo

avaliativo estão em continuo processo de discussões e mudanças, assim novas atitudes

são tomadas, visando sempre à melhoria do ensinar e do aprender, considerando o fator

tempo/espaço escolar e os sujeitos envolvidos nesta dinâmica.

3.6.1 Ações para o Ensino Fundamental de nove anos

Após discussões realizadas, durante a semana pedagógica de julho de 2011, foram

pensadas ações, algumas que já vem sendo realizadas em anos anteriores, tendo em

vista o aprimoramento das mesmas para o próximo ano. Entre essas ações foi proposto

uma organização diferenciada, no calendário, para as novas turmas do 6º ano, no sentido

de acolhimento e análise diagnóstica das novas turmas. A Equipe escolar (Direção,

equipe pedagógica e professores) organizará um período inicial de avaliação

diagnóstica, onde objetiva-se levantar dados do nível de conhecimento, apreensão dos

conteúdos básicos para esta etapa, para que assim sejam elaborados os planos de

trabalho docente e aplicação de questionário sócio educacional para uma maior

proximidade na relação professor/aluno.

Perspectivando superar o distanciamento, muitas vezes, evidenciado entre a Edu-

cação Infantil e o Ensino Fundamental, considera-se que este é um momento propício

para aliar o acervo de conhecimentos sistematizados destes dois importantes níveis da

Educação Básica. Esta aproximação é possível a partir de um trabalho que possibilite

complementaridade e continuidade de processos de aprendizagem, assegurando a carac-

terística de aprofundamento da complexidade dos conhecimentos sistematizados. Isso

significa que os conteúdos próprios do Ensino Fundamental estão articulados aos conte-

údos de outros níveis de ensino e se ampliam gradualmente, conforme as possibilidades

de compreensão dos alunos. Com atenção a estas características, foram reunidos profes-

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sores especialistas de todas as disciplinas curriculares, com o objetivo de possibilitar a

reflexão sobre os conhecimentos obrigatórios para esse nível de ensino, definidos nas

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental (DCN), a qual estabelece que

Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a base naci-onal comum e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a educação fundamental com: a) a vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos como: a saúde, a sexualidade; a vida familiar e soci-al, o meio ambiente, o trabalho; a ciência e a tecnologia; a cultura; as linguagens; com b) as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa; Língua Materna (para populações indígenas e migrantes); Matemática, Ciências, Geografia; Língua Estrangeira, Educação Artística9, Educa-ção Física; Educação Religiosa10 (na forma do art. 33 da LDB) (LDB, art. 9º. In: PARECER CEB 04/98, p.7).

Essa reflexão culminou na sistematização do documento9 com orientações curri-

culares, que foi organizado de modo a problematizar aspectos específicos das diferentes

disciplinas que compõem o currículo, com atenção às singularidades e necessidades pe-

dagógicas das faixas etárias e características de desenvolvimento e aprendizagem das

crianças que compõem este nível de ensino.

Ações para a implantação do Ensino Fundamental de nove anos:

• Implantação do 6º ao 9º ano, em 2012, de forma simultânea;

• Mudança de nomenclatura e adequação nos documentos da escola: matriz

curricular, regimento escolar, proposta pedagógica curricular e projeto político

pedagógico;

• Manutenção do dialogo e trabalho integrado com a escola municipal, que

oferta os anos iniciais do ensino fundamental, buscando informações tendo em

vista a continuidade do atendimento aos alunos, respeitando suas especificidades

e necessidades educativas;

• Acolhimento dos alunos de 6º ano, promovendo um período de adaptação ao

espaço escolar: ambientes, regras e normas, quantidade de disciplina e

9 Documento já citado, na p. 54 deste PPP.

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professores, horário das aulas, materiais adequados e funcionamento geral da

escola (carteirinha, uniforme, regimento interno);

• Aplicação de questionário sócio educacional, com o objetivo de levantar

dados que revele o histórico dos alunos;

• Período inicial de avaliação diagnóstica, onde objetiva-se levantar dados do

nível de conhecimento, apreensão dos conteúdos básicos para esta etapa, para

que assim sejam elaborados os planos de trabalho docente;

• Considerando o professor como mediador no processo de formação humana

dos alunos, a escola promoverá constante discussão e debate relacionando as

questões referentes ao desenvolvimento físico e emocional deste educando,

atrelado ao processo de ensino e aprendizagem.

3.7 CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna (LINGUA ESPANHOLA)

Parte diversificada - LEM Língua Inglesa:

A Língua estrangeira moderna oferta, na sua matriz curricular, no Colégio

Estadual Zumbi dos Palmares é a Língua Inglesa, tanto para o ensino fundamental

quanto para o ensino médio.

LEM Língua Espanhola

Atendendo a Lei Federal n° 11.161/05 que dispõe sobre a obrigatoriedade do

ensino da Língua Espanhola no Ensino Básico e a Instrução N° 011/2009 que

regulamenta a sua implantação, estamos programando o CELEM ofertando o curso

básico da língua espanhola, para o ano de 2010.

Além de atender as leis e deliberações, ofertar o curso de espanhol é uma forma

de contribuir para o aumento cultural dos nossos educandos tendo em vista que o Brasil

está cercado por países que falam essa Língua e temos um contato constante com seu

povo.

O Brasil tem relações com Bolívia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru,

México, Venezuela, Chile, todos falantes de espanhol, e a tendência futura é o

crescimento do comércio livre entre os países Sul-americanos, sem contar com a

Espanha, sendo essa uma das línguas mais faladas do mundo.

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Aprender uma nova língua, nesse caso o Espanhol, tem como objetivo ampliar o

universo cultural dos alunos contribuindo para sua formação global em seus mais

diversos aspectos, enriquecendo sua capacidade de observação, análise, critica e

reflexão, e, também, ensina a respeitar as diferenças individuais e coletivas mediante o

conhecimento de outras culturas e crenças

Nesse sentido, conforme DCE do LEM espera-se que o aluno

use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. (SEED. DCE de Língua Estrangeira Moderna.2008)

O aprendizado de uma nova língua abre possibilidades de interação humana e

superação de situações de exclusão, alarga horizontes ao comparar sua língua e cultura

com a nova que lhe chega, colocando-o como sujeito de sua cultura/história.

O curso será ministrado em uma turma, aberta a comunidade, no período

noturno em que há disponibilidade de espaço físico, com 04 horas/aula semanais

3.8 COMO SÃO OFERTADOS OS ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ

Os estudos sobre o Estado do Paraná acontecem nas disciplinas de História e

Geografia. Esses conteúdos já estão incluídos no plano de trabalho dos professores,

dessas disciplinas e eles acontecem de forma interdisciplinar.

3.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

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O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares em cumprimento a lei nº 11788/08,

orientado pela Instrução nº 006/09, inclui em seu PPP o estágio não obrigatório, que

dispõe sobre as relações de estágio e deixa claro que o estágio é um ato educativo

escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho e prepara o aluno para o

trabalho produtivo. Assim sendo, o estágio terá o efetivo acompanhamento da equipe

pedagógica que através de relatórios periódicos do aluno estagiário, deverá

avaliar/acompanhar suas atividades e zelar pelo cumprimento do termo de compromisso

firmado entre as instituições.

3.10 AVALIAÇÃO

a) Avaliação de desempenho pessoal docente

É orientado pela resolução n° 5.270 de 27 de novembro de 1985. Os critérios

adotados para avaliação são os seguintes: produtividade, participação e pontualidade,

além de registrar as ausências e as razões da mesma. Entendendo a produtividade como

a qualidade e o rendimento do trabalho; participação nas atividades internas (reuniões,

debates, estudos) e/ou externas (especialmente com a comunidade); pontualidade,

cumprimento do horário de trabalho e assiduidade frequência ao trabalho. Todos os

profissionais que pertencem ao Quadro Próprio do Magistério deverão ser submetidos a

este processo.

b) Avaliação do Currículo

O centro do currículo do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é o processo de

formação do aluno. E é a partir daí que são decididos sobre o que é essencial ou

acessório no currículo em termos de educação escolar.

c) Avaliação do trabalho pedagógico

A avaliação deve ser processual, contínua e diagnóstica; fundada nas normas da

legislação escolar vigente. A avaliação não deve ter objetivo de punição, sendo flexível,

valorizando o saber do educando e seu desenvolvimento integral.

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O professor e aluno, comprometidos e engajados na construção, re-construção e

re-significação do conhecimento, empreendem o processo de apropriação do

conhecimento sistematizado, utilizando-se de métodos pedagógicos vivos a partir da

realidade do aluno, fazendo da prática social o ponto de partida e chegada do processo

educativo formador. A avaliação do trabalho pedagógico acontece na interação

professor-aluno de forma sistemática e diária. Outro momento forte da avaliação do

trabalho pedagógico acontece nos conselhos de classe, que ocorrem bimestralmente.

Neste momento a avaliação do trabalho pedagógico é feita de forma coletiva,

mobilizando os educadores para a tomada de decisão, sempre buscando a qualidade na

formação do aluno e o redirecionamento de parte e ou de todo o trabalho docente.

3.10.1 Relação avaliação-aprendizagem

Sendo parte constitutiva do processo ensino-aprendizagem, a avaliação é um

processo contínuo e sistemático para obtenção de informações, para diagnosticar

processos e identificar dificuldades de aprendizagem, objetivando a tomada de decisões

a respeito da continuidade do processo pedagógico. Ela terá a finalidade de verificar não

só o aproveitamento do aluno, mas também a eficácia da prática pedagógica

desenvolvida pelo professor.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala

de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e os resultados das práticas avaliativas, neste

estabelecimento de ensino, são registrados de forma bimestral, sendo, portanto, o ano

letivo dividido em 4 (quatro) bimestres.

Em cada bimestre a avaliação será feita, no mínimo, através de três instrumentos

formais de caráter somatório, podendo estes ser em forma de:

a) provas escritas abordando o conteúdo trabalhado no bimestre;

b) trabalhos individuais ou em equipes representados nas diversas

formas de linguagem existentes;

c) pesquisas;

d) organização e/ou apresentação de seminários;

e) elaboração de teatros e/ou participação nestes;

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f) produção textual em diversos gêneros;

g) atividades orais envolvendo leitura, declamação de textos e

exposição de idéias próprias ou alheias.

Dentre os instrumentos formais avaliativos aplicados durante cada bimestre, 1

(um) deverá ter o valor de 4,0 (quatro vírgula zero), e este será realizado em forma de

uma avaliação escrita, englobando o conteúdo trabalhado no bimestre. Os demais 6,0

pontos restantes serão aplicados a critério de cada professor, de acordo com os

instrumentos avaliativos. (de acordo com o Regimento Escolar, aprovado em 2008)

3.10.2 Instrumentos de Registros

O Colégio utiliza-se de vários instrumentos de registros e escrituração, referentes

à documentação escolar, acompanhamento de alunos, professores e funcionários, e

demais registros que se fizerem necessários.

Entre os instrumentos de registro são utilizados o Livro de Registro de Classe

que segue as orientações da SEED, Instrução n° 14/08, DAE/CDE, documento no qual

se registram todas as atividades do professor e destina-se a qualquer tempo como prova

das atividades realizadas juntos aos alunos. É um instrumento específico de escrituração

diária, elaborado com a finalidade de documentar frequência, conteúdos e

aproveitamento escolar. Livros Atas, dispõe deste instrumento de registro, onde se

registram dados sobre o rendimento escolar dos alunos, as ocorrências, decisões em

assembleias, reuniões, conselhos e outros órgãos colegiados.

Formas de registro

a) Notas

A forma de registro adotada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é a nota

numérica, podendo ser de 0 (zero) à 10,0 (dez), com um único dígito após a vírgula,

permitindo número fracionado, como por exemplo 7,3 (sete vírgula três).

b) Outros

Outra forma de registro adotada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares é o

preenchimento de formulário individual do aluno, onde os professores têm a

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possibilidade de anotar dados relevantes sobre o desempenho do aluno para a busca de

soluções em parceria a busca de soluções em parceria com a família.

3.10.3 Recuperação

A recuperação de estudos do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares acontece

paralelamente aos estudos, de forma permanente e concomitante ao processo ensino e

aprendizagem, de acordo com e legislação vigente.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados, respectivas a cada bimestre,

através de instrumentos formais de caráter somatório, em quantidade determinada pelo

professor de cada disciplina, de acordo com a necessidade individual dos alunos,

podendo estes ser em forma de:

a) provas escritas abordando o conteúdo trabalhado no bimestre;

b) trabalhos individuais ou em equipes representados nas diversas

formas de linguagem existentes;

c) pesquisas;

d) organização e/ou apresentação de seminários;

e) elaboração de teatros e/ou participação nestes;

f) produção textual em diversos gêneros;

g) atividades orais envolvendo leitura, declamação de textos e

exposição de ideias próprias ou alheias.

3.10.4 Sala de Apoio a Aprendizagem

Para apoio e promoção aos alunos com defasagem de conteúdo, o colégio conta

com a Sala de Apoio a Aprendizagem (SAA), o funcionamento da SAA segue as

orientações da Instrução nº 007/2011-SUED/SEED, que a partir do segundo semestre do

corrente ano regulamenta a ampliação das SAAs, tendo em vista a implantação do

ensino fundamental de nove anos e o estabelecido no Plano de Metas da SEED, visando

melhorias no sistema de ensino do nosso Estado, através das ações pedagógicas para o

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enfrentamento dos problemas relacionados a aprendizagem nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do ensino fundamental, referente

aos conteúdos básicos dessas disciplinas.

Através do Programa de atividades curriculares complementares a SAA funciona

no contraturno. Os alunos são atendidos por professores das disciplinas de matemática

e língua portuguesa, prioritariamente aqueles que apresentam defasagem de conteúdos

apropriados, dificuldades de aprendizagem e que necessitam de ajuda e apoio contínuos,

são da própria escola, matriculados e frequentes. Para dar destaque e motivar os alunos

a participarem, nominamos a Sala de Grupo de Estudos Avançados.

3.10.5 Forma de comunicação dos resultados obtidos (devolutiva)

A comunicação dos resultados obtidos é realizada através do envio de boletins

para casa, para os alunos maiores de 18 anos e entrega de boletins aos pais ou

responsáveis, para os alunos menores de 18 anos. Também são feitas reuniões com os

pais para entrega de boletins buscando a integração e participação da família no

processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos.

Os resultados são tabulados em gráficos, onde se utiliza o sistema SERE, o que

fica conhecido por todos os profissionais da escola e discutido em Conselho de classe.

A aprovação ou reprovação é o resultado do trabalho desenvolvido durante o

ano, portanto, alguns instrumentos de avaliação devem estar arquivados, orientação do

NRE desde 2003. Em 2004 a orientação foi no memorando n° 273/04, ofício n° 285/04,

com data de 24/11/2004.

3.11 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS

Sabemos da necessidade e importância do acompanhamento de egressos do Colégio,

estamos realizando um levantamento desses alunos, temos noticias que alguns estão

cursando o ensino superior.

Esse ano de 2012, realizamos o primeiro encontro dos alunos egressos, que estão

cursando o ensino superior, com os professores e alunos dos terceiros anos do ensino

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médio. O encontro teve como objetivo principal a motivação dos atuais alunos para

seguirem em frente nos estudos, após o término da educação básica, através dos

depoimentos dos alunos egressos. Pretende-se realizar esses encontros nos próximos

anos, devido o sucesso alcançado neste primeiro.

3.12 RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação é orientada pela instrução 020/2008 SUED/SEED e por normas

contidas no Regimento Escolar de acordo com as seguintes etapas:

• A unidade escolar realiza Assembleia Geral com a comunidade escolar (pais,

alunos, APMF, Conselho Escolar, professores, equipe pedagógica, direção);

• Identificação dos alunos em caráter de enquadramento do processo educativo de

conhecimento;

• Comissão de responsabilidade pelo Processo envolvendo equipe pedagógica,

professores, direção e secretária;

• Realização de avaliações em caráter quantitativo obedecendo a média escolar

contida no Regimento Escolar;

• Realização do Processo no decorrer do 1º Bimestre no ano letivo.

3.13 CONSELHO DE CLASSE (pré conselho – conselho - pós conselho)

É realizado bimestralmente, compreende uma importante discussão entre os

Professores e Equipe Pedagógica e Direção, visando o encaminhamento das atividades

escolares para a promoção do aluno. O Conselho de classe do Colégio Estadual Zumbi

dos Palmares conta com a participação da Direção, Professores e equipe pedagógica.

Após o Conselho de classe os pais e/ou responsáveis, são chamados a virem até o

Colégio para juntos refletirem e tomarem decisões buscando o desenvolvimento pleno

do aluno.

Durante o Conselho de Classe são priorizadas as questões de ensino-aprendizagem,

procurando sempre um redirecionamento das ações pedagógicas, valorizando a troca de

experiências significativas de ensino (estratégias que “funcionaram”), a fim de que os

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problemas encontrados em sala de aula possam ser solucionados no decorrer do

processo de ensino-aprendizagem; não sendo mais visto, os resultados, como produtos

finais de um processo imutável.

O Conselho de classe é composto de três momentos significativos e necessários, são

eles: pré conselho – conselho – pós conselho.

3.14 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares utiliza-se de palestras, festividades,

reuniões de acompanhamento bimestrais para promover a proximidade da família e/ou

comunidade com a escola.

3.15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

O conselho classe é composto atualmente pela direção, professores e equipe

pedagógica. O conselho é realizado bimestralmente, previsto em calendário escolar,

com o objetivo de acompanhar a progressão e o desempenho parcial e integral dos

alunos. Neste momento os alunos são avaliados individualmente e integralmente,

prevalecendo sempre os critérios qualitativos em detrimento do quantitativo.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários atua na organização de eventos e

juntamente com os profissionais da escola, são chamados a “pensar” e a “fazer” a

escola, ou seja, defrontar-se com os problemas para a busca de soluções.

O Conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar

em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, o Projeto Político-

Pedagógico e o Regimento do Colégio.

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O Grêmio estudantil foi constituído no final do primeiro semestre de 2011 e está

sendo realizado sua implementação, o plano de ação deste colegiado ainda está em fase

de planejamento e organização.

3.16 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORANÊOS

Percebemos que a luta da escola atualmente é fazer com que os conteúdos façam

um enfrentamento real as situações contemporaneidades que nos são postas diariamente.

O enfrentamento destas situações devera estar incluso na prática diária dos

professores em sala de aula, para que eles deixem de ser apenas um discurso vazio.

Para isto,devemos conceituar quais os problemas a serem enfrentados:

• violência;

• uso indevido de drogas;

• educação fiscal;

• relações étnico- raciais e afrodescendente;

• gênero e diversidade sexual.

Conceitos presentes no Marco Conceitual de PPP.

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares prima por uma educação humanizadora,

de respeito à diversidade humana, o trabalho realizado pela Equipe Pedagógica, Direção

e Professores, bem como todos os profissionais envolvidos neste contexto, requer

envolvimento no processo de inclusão, por meio de ações desenvolvidas no cotidiano.

Antunes (2001,p.14) reforça esta ideia afirmando que, para que isso ocorra é

essencial que tenhamos coragem de desvestir, tirar a indumentária da escola, sua

fisionomia de quartel para que deixe de ser um campo de competição, para aos poucos

ir se transformando em verdadeiros centros de descobertas do outro e também um

espaço estimulado de projetos solidários e cooperativos.

Nesta perspectiva, a escola que assume a inclusão, deve trabalhar com uma

pedagogia que dê conta de atender as diferenças e especificidades de cada aluno,

contribuindo com elementos reais que viabilizem o pleno desenvolvimento de suas

possibilidades físicas, sociais e intelectuais.

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3.17 PROGRAMAS E PROJETOS

3.17.1 Programa Superação

O Programa Superação foi implantado no colégio no ano de 2007, o que

contribuiu para que a instituição participasse de programas federais, os quais têm como

prioridade fazer investimentos em ações que contribuam para a melhoria do

desenvolvimento do trabalho pedagógico, adquirindo materiais pedagógicos e

tecnologia para a concretização de várias atividades com os estudantes, com foco

principal no ensino-aprendizagem.

O objetivo do Programa Superação é promover a condição de igualdade entre as

escolas da rede por meio do desenvolvimento de ações integradas. A meta é promover a

melhoria do ensino e consequentemente a elevação do IDEB, por meio de ações

integradas com as demais secretarias de Estado e órgãos governamentais e, inclusive,

com a comunidade.

O Superação, na sua implantação, trabalhou com a noção de que é preciso

conhecer quais os pontos críticos da instituição, a fim de desenvolver ações para

resolvê-los e fornecer subsídios teóricos e práticos para os professores, de modo que se

tornem mais fáceis as correções de rumo na condução do processo ensino-aprendizagem

e intervenções eficazes no fluxo aprovação/ reprovação/abandono. Sendo assim não

bastam apenas ações governamentais para que ocorra de fato a superação dos

problemas. É imprescindível uma gestão que priorize a tomada de decisões

democraticamente focando no trabalho coletivo que envolva todos os sujeitos

participantes no processo educativo, ou seja, diretores, pedagogos, pais, professores e

alunos.

3.17.2 Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola)

O Colégio Estadual Zumbi dos Palmares está incluso no PDE- escola. É uma

ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua

energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos, avaliando e

adequando sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.

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O PDE-Escola constitui um esforço disciplinado da escola para produzir de-

cisões e ações fundamentais que moldam e guiam o que ela é, o que faz e por que assim

o faz, com um foco no futuro.

A instituição foi contemplada com o PDE-Escola, prioritariamente por apresen-

tar baixos índices de desenvolvimento da educação básica (IDEB), o que vem obtendo

melhorias a partir das discussões oportunizadas através da implementação do programa

superação, do PDE-Escola entre outros momentos como as semanas pedagógicas, con-

selhos de classe, reuniões pedagógicas.

3.17.3 Programa: MAIS EDUCAÇÃO/EDUCAÇAO INTEGRAL

Justificativa

O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007,

aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que

foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente,

esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção

da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo

como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância

(UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-

se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter

na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do

município no qual a escola está localizada. Logo o público-alvo se aplicará da seguinte

forma:

-Escolas estaduais com baixo IDEB e inscritas no PDE Escola (governo federal) de

regiões metropolitanas e grandes cidades,

-Regularidade junto ao Programa Dinheiro Direto na Escola,

-Alunos em risco de vulnerabilidade social, educacional e cultural.

Objetivo:

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O objetivo do Programa Mais Educação é ampliar o tempo e o espaço

educacional dos alunos da rede pública. A escola atende em jornada integral, com

atividades no contra turno. Essas atividades precisam estar relacionadas ao projeto

político-pedagógico da escola e dialogar com a comunidade do entorno. As ações

podem ocorrer na unidade escolar ou em outro espaço socioeducativo.

Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, Alfabetizada e

Diversidade oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre os

profissionais da educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a

coordenação da escola e dos professores. Isso porque a Educação Integral, associada ao

processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à vida e ao universo de

interesse e de possibilidades das crianças, adolescentes e jovens.

Encaminhamentos Metodológicos:

-Espaço escolar e outros espaços socioculturais, de acordo com a necessidade das

atividades;

-Selecionar o mínimo de 5 e máximo de 6 atividades por escola;

-Horário: 7 horas diárias, com um total mínimo de 100 alunos (período integral),

podendo ser em um único período ou dividí-los;

-1 professor da rede estadual suprido com 5 horas para cada atividade, responsável pela

proposta pedagógica e o Plano de Trabalho Docente (máximo de seis professores);

-1 monitor para cada atividade;

No ano de 2010, com continuidade em 2012, a unidade escolar oferta através do

programa as seguintes atividades:

- JOGOS / CAPOEIRA / DANÇA / MÍDIAS / ZUMBILE

Estas atividades são ofertadas nos turnos da manhã e tarde com 50 alunos em cada turno

de segunda a sexta-feira.

Conteúdos:

No contexto em que se preconiza a Educação Integral, o estabelecido entre todas

as atividades desenvolvidas no ambiente projeto político pedagógico deve ser

construído considerando as experiências, sem ficar restrito ao ambiente de aula e aos

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conteúdos que representam os conhecimentos científicos. Nesse sentido, é preciso

oferecer às crianças, adolescentes e jovens diferentes linguagens, e valorizar suas

vivências, modificando o próprio ambiente escolar e a produção do conhecimento. As

diferentes formas que as crianças, os adolescentes e os jovens utilizam para se expressar

são as suas linguagens, por meio das quais demonstram o que sentem e pensam sobre o

mundo que os cerca. Tais linguagens não podem ser ignoradas e devem estar presentes

na organização do espaço escolar, em diálogo com os saberes institucionalizados. Em

um mundo onde as mudanças são cada vez mais rápidas, é necessário trabalhar com

diferentes saberes.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DO MEC - MACROCAMPOS

1- Acompanhamento Pedagógico (obrigatório)

2- Meio Ambiente

3- Esporte e lazer

4- Direitos Humanos

5- Cultura e Artes

6- Inclusão Digital

7- Prevenção e Saúde

8- Educomunicação

9- Educação Científica

10- Educação Econômica e Cidadania

PROPOSTA PEDAGÓGICA –ATIVIDADES DE CONTRATURNO

COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - NÚCLEOS DE CONHECIMENTO

• Apoio pedagógico (Ciências, História, Geografia)

• Esportes

• Jogos

• Danças

• Teatros

• Mídias

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• Fórum de Estudo e Discussões

• Cultura Regional

• História e Memória

Avaliação:

Além de ampliar o tempo e o espaço educacional, a iniciativa do MEC visa

diminuir as desigualdades educacionais. Com esse PROGRAMA, espera-se que os

alunos tenham uma melhora geral, tanto no seu rendimento escolar, como no seu

relacionamento com colegas e professores, e até seu comportamento em casa. Além da

melhora na postura individual, cada aluno deve se tornar um multiplicador da

modalidade dentro de sua comunidade, potencializando os efeitos benéficos para além

dos portões da escola.

Restituir a condição de ambiente de aprendizagem da comunidade e transcender

à escola como único espaço de aprendizagem representa um movimento de construção

de redes sociais e de cidades educadoras. A comunidade e a cidade apresentam

diferentes possibilidades educacionais e de construção de conhecimento por meio da

observação, da experimentação, da interação e, principalmente, da vivência.

Logo este programa propõe como resultado:

-Contribuir para a formação integral das crianças, adolescentes e jovens;

-Apoiar a ampliação do tempo e do espaço educativo e a extensão do ambiente escolar,

mediante a realização de atividades no contra turno;

-Contribuir para a redução da evasão, da reprovação, da distorção idade/série.

Observação: neste ano de 2013 houve o desligamento do programa Mais Educação,

devido às dificuldades encontradas, devidamente registradas em ata, para a

efetivação satisfatória das atividades, não alcançando os resultados esperados a

que se propõe o programa, no âmbito escolar e na comunidade local.

3.17.4 PROPOSTA DE INCLUSÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Podemos referenciar a Educação Ambiental em termos históricos em 1962, no

Livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson, onde a escritora demonstra sua

preocupação com o descaso do meio ambiente.

A Educação Ambiental no Brasil só ganha projeção social e reconhecimento

público na década de noventa, mesmo figurando oficialmente na Constituição Federal

de 1988. A lei n. 9795, de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a educação ambiental,

institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

Art.1 – Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo

e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do

povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2 – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação

nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades

do processo educativo, em caráter formal e não - formal.

Art. 4 São os princípios básicos da educação ambiental:

I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.

IV – a vinculação entre ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais.

Art. 5 – São objetivos fundamentais da educação ambiental:

III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática

ambiental e social;

IV – o incentivo e a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na

preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade

ambiental como um valor inseparável de exercício da cidadania.

A escola como ambiente de convívio social é o lugar de educar as futuras

gerações para conscientização de futuros cidadãos, ampliando assim a noção de dever

quanto ao futuro do planeta.

Segundo Loureiro (2008, p.69) a Educação Ambiental é uma práxis educativa e

social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes

que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lícita e responsável de

atores sociais, individuais e coletivos no ambiente.

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Seguramente ela constitui uma área de conhecimento interdisciplinar, ela é

tocada por todas as disciplinas. Entretanto, no que tange ao planejamento das

disciplinas, ela perde o enfoque interdisciplinar de continuidade e de aprofundamento e

é comum ela ganhar ênfase quando é envolvida em projetos de caráter coletivo,

desenvolvidos dentro das escolas. Ela não se assegurou como Tema Transversal e não

interage com as disciplinas como deveria.

Dada a sua urgência e importância e levando em consideração a realidade da

comunidade onde está o Colégio Zumbi dos Palmares, a Educação Ambiental passa a

ser um desafio coletivo para esta comunidade escolar.

Dentro das dependências escolares deve-se iniciar o trabalho pedagógico com

experiências sustentáveis, em que a economia de energia e o aproveitamento de recursos

naturais, por exemplo, sejam hábitos incorporados no cotidiano da sociedade.

Atualmente são desenvolvidos diversos projetos relacionados a questão

socioambiental, dentre os quais estão: Trabalhos de sensibilização junto aos alunos do

colégio, através do jornal elaborado na escola, onde foram utilizados reportagens na

escola e no bairro demonstrando a preocupação com a comunidade, e o meio ambiente

que a cerca. Indo de encontro o que Edgar Morin salienta em seu discurso O método

(2001, p.124-126) onde o autor demonstra sua preocupação com a formação de futuros

cidadãos ambientais.

Os jogos e a capoeira realizados no colégio, onde busca se a melhoria da saúde,

por meio do aprimoramento físico, fazendo com que o aluno melhore sua qualidade de

vida, sensibilizando-o para questões relacionadas aos temas ambientais, buscando

cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, sensibilizando-o para temas como

consumo consciente, separação de lixo, através da implantação de lixeiras seletivas.

Essas atitudes pontuais vão de encontro ao que diz Gadotti, na Carta da Terra (1992),

onde, segundo o autor a sustentabilidade não se aplica apenas a ecologia , mas também

a sociedade.

Outra atividade realizada no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, é o projeto

Zumbilê, onde através de leituras de periódicos, livros, jornais, revistas, e outras

atividades, buscassem a consciência critica por parte deste aluno, visando que esta

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consciência o ajude a refletir sobre a atual realidade mundial e local, relacionada ao

meio ambiente e sociedade.

O Projeto Horta Escolar, objetiva a sensibilização dos alunos, através do contato

com o meio ambiente, utilizando o manejo sustentável como ferramenta de ensino

socioambiental. Dando ênfase ao contato do indivíduo com a natureza.

Todos esses projetos estão alinhados ao que Leff (2002, p. 218) propõe como

meta a ser atingida citando que:

“Reconhecendo que o ato de perceber o mundo parte do próprio

ser de cada sujeito, reconhece o conhecimento, contempla o

mundo como potência e possibilidade e entende a realidade

como construção social”.

3.18 REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Plano de Ação - anexo (discussão realizada na semana pedagógica de fevereiro/2013, ainda em construção).

PLANO DE AÇÃO10

AS NECESSIDADES DA ESCOLA A PARTIR DE SEUS LIMITES E AVANÇOS

TEMA/DEMANDA: Dados Educacionais

Justificativa da escolha do tema

O motivo pelo qual esse tema foi escolhido é devido aos índices de aprovação por conselho de classe, reprovação e evasão. Esses resultados já aconteciam, porém no ano de 2009 eles foram muito significativos e preocupantes, precisam ser constantemente repensados, para que novas ações sejam estabelecidas.

10 Algumas ações, deste plano, já foram desenvolvidas desde 2010, porém algumas questões ainda continuam em processo de discussão-construção- amadurecimento-ação.

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Material de fundamentação da discussão

Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: Evasão escolar: não basta comunicar e as mãos lavar. DIGIÁCOMO, Murilo José.Texto: A implementação do programa plano de desenvolvimento da escola(PDE-ESCOLA) nas escolas públicas estaduais do Paraná: tentativas de avanços nos descaminhos históricos da gestão escolar .SEED/PRA Equipe Pedagógica desenvolveu um processo de análise dos resultados obtidos da aprendizagem no ano de 2009, sistematizando-o em forma de gráficos que favoreceram a visualização dos índices e, posteriormente, a reflexão para mudança.

O que consta no marco conceitual e operacional do PPP

O nosso projeto político pedagógico, no seu marco conceitual, norteia o trabalho pedagógico referente a aprovação, aprovação por conselho de classe e reprovação no que concerne a dar suporte conceitual no que diz respeito às concepções de sociedade, de homem, de aluno, de educação, de conhecimento, de escola, de ensino-aprendizagem, de avaliação, destacando os valores pessoais, éticos, espirituais, afetivos, etc. Foca o aprender a ser e a conviver para o desenvolvimento do ser humano integral.Neste aspecto, considera o aluno como sujeito de seu processo de formação e conhecimento.Os índices de aprovação, aprovação por conselho de classe e reprovação e evasão desde 2009 não condizem com a concepção de ensino-aprendizagem contidos no PPP.Segundo ele, o objetivo do colégio é caminhar na direção do aluno, fazendo com que ele acredite em si mesmo e na escola.Em relação ao Marco Operacional, o que falta é pôr em prática integralmente o que está descrito no Projeto Político Pedagógico e que se proporcione outros vários momentos de reflexão que produzam mudanças e transformações em nossas ações/atitudes.

O que consta no Regimento Escolar

O Regimento Escolar regulamenta as ações relacionadas à aprovação, apontando os critérios necessários para a promoção do aluno, bem como dá poderes ao Conselho de Classe(art.31 parágrafo V) para atuar no avanço ou na retenção do aluno, caso o aluno não alcance os critérios apresentados no artigo 109, depois de esgotadas todas as possibilidades de recuperação ofertadas ao aluno. O Regimento não contempla a evasão.Nele encontram-se apenas os índices de aproveitamento que o aluno deverá atingir para sua aprovação. Além disto não seguimos as orientações descritas no regimento escolar nos conselhos de classe. Percebe-se que estamos focando apenas o resultado final, onde deveríamos propor “ações educativas eficazes que possam vir a sanar a necessidade e as dificuldades apontadas no processo ensino-aprendizagem.

Alterações propostas pelo coletivo escolar para os documentos

Que sejam instrumentos efetivos que orientem a nossa prática educativa.PPP - apresentar um estudo científico sobre a evasão em nosso estabelecimento de ensino (marco conceitual), apresentar algumas propostas para diminuir a evasão e medidas para preveni-la (marco operacional/ plano de ação);Regimento – acrescentar nos DEVERES da Comunidade Escolar o

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conhecimento da evasão escolar e a busca de formas para combatê-la.

Plano de Ação Desenvolver um projeto de acompanhamento familiar (coletivo escolar), esse ano (2012) estamos implantando o PROGRAMA CIRANDA DE PAIS.Acompanhar de perto os professores no desenvolvimento do seu trabalho principalmente com as turmas mais difíceis;Promover um estudo para diagnosticar as causas de evasão e reprovação nesta comunidade escolar;Reuniões periódicas com as turmas, pais, professores e equipe pedagógica;Seleção de conteúdos fundamentais para cada série específica (pré-requisitos básicos);Buscar meios para que o aluno aprenda a estudar (priorizar tarefas de casa);Diversificar as formas de avaliar.

TEMA/DEMANDA: Avaliação

Justificativa da escolha do tema

Ao analisar os dados educacionais desde 2009 observamos que os resultados, não se apresentam de forma satisfatória, durante o processo ensino-aprendizagem que acaba por finalizar na avaliação, o que não deve acontecer, pois a nossa concepção de ensino vai na contramão dos resultados apresentados. Isso nos faz entender que existe uma dicotomia entre a teoria e a prática, proporcionando assim uma reflexão sobre a prática pedagógica que vem sendo aplicada. Sendo assim, o processo de avaliação está diretamente relacionado aos resultados apresentados.

Material de fundamentação da discussão

Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: O que são critérios de avaliação? CGE/CADEP;Texto: Concepção e organização da avaliação no contexto da concepção de educação. NRE/CGEA visualização dos índices de aprovados, aprovados por conselho, reprovação e evasão por meio de gráficos deixou claro falhas no processo de avaliação.O texto estudado nos alertou sobre a clareza que devemos ter em relação aos critérios de avaliação. Para que este se amarre durante o processo de ensino-aprendizagem.

O que consta no marco conceitual e operacional do PPP

O PPP quando introduz a concepção de avaliação se utiliza de BEHRENS para dizer “que a avaliação não se limita a apenas ao resultado, com um único objetivo de mensurar resultados, mas busca antes de tudo desafiar o aluno a encontrar novas respostas, a pesquisar outras possibilidades”. No marco operacional, uma das ações propostas é a recuperação de estudos, o que na prática não ocorre, efetivamente, pois muitas vezes faz-se apenas a recuperação da nota. Outro ponto negativo é o fato de que a comunidade escolar e o corpo docente ainda são imaturos

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melhorias nas práticas avaliativas.

O que consta no Regimento Escolar

A avaliação, segundo o Regimento é “contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global e considerar as características individuais”, é também regulamentada e conceituada na Seção X do Regimento Escolar.Ela deverá priorizar os aspectos qualitativos em relação aos quantitativos.

Alterações propostas pelo coletivo escolar para os documentos

A abordagem da avaliação no Regimento está ampla e contempla os quesitos necessários, quanto ao PPP, acrescentar uma discussão da equipe escolar com relação a parte teoria/prática no plano de ação.O essencial é executar o que os documentos orientam.

Plano de ação (ações em constante debate)

Ter critérios claros de avaliação;Desenvolver bem os principais conteúdos;Didática diversificada;Adequar a metodologia de acordo com o perfil de cada turma; Diversificar os instrumentos de avaliação para que sejam condizentes ao desenvolvimento de cada aluno.

TEMA/DEMANDA: Educação Básica (DCEs)

Justificativa da escolha do tema

Tornou-se de suma importância a escolha do tema visto que temos um árduo trabalho de re-elaboração da nossa Proposta Pedagógica Curricular e o momento muito propicio, pois não tem como desvincular os dados levantados após os resultados , que vem se apresentando desde 2009, a avaliação e uma proposta curricular bem pensada e elaborada de acordo com este contexto em que a escola esta inserida.

Material de fundamentação da discussão

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná;Gráfico e tabela dos dados sistematizados;Texto: Conteúdos escolares e desenvolvimento humano: qual a unidade? SFORNI, Marta Sueli de Faria. GALUCH, Maria Terezinha Bellanda.Texto: O que são critérios de avaliação? CGE/CADEP;Texto: Concepção e organização da avaliação no contexto da concepção de educação. NRE/CGEA visualização dos índices de aprovados, aprovados por conselho, reprovação e evasão por meio de gráficos deixou claro falhas no processo de avaliação.O texto estudado nos alertou sobre a clareza que devemos ter em relação aos critérios de avaliação. Para que este se amarre no processo de ensino-aprendizagem.

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O que consta no regimento escolar

Art. 58 - Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam: difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos

direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

respeito à diversidade; orientação para o trabalho.

Art. 59 - Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais.Art. 64 - A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades educacionais especiais de seus alunos.

Plano de ação 2011/2012/2013 Re-elaboração dos documentos, no que se fizerem necessário.

3.19 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Esse Projeto Político-pedagógico foi elaborado em conjunto com professores,

funcionários, alunos, pais e comunidade que envolve o Colégio Estadual Zumbi dos

Palmares, e foi avaliado pelas instâncias colegiadas da escola, como a Associação de

Pais, Mestres e Funcionários e o Conselho Escolar. Constantemente são discutidas as

práticas e ações/atitudes a serem realizadas/tomadas, quando se faz necessário o

documento é reescrito redimensionando assim a organização do trabalho pedagógico.

4. REFERÊNCIAS

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BRASIL. Secretaria de Educação Especial/MEC. Revista Inclusão.

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