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ESCOLA ESTADUAL ÁGUA BOA VISTA - ENSINO FUNDAMENTAL LINHA AGUA BOA VISTA PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO AMPÉRE – PR AGOSTO – 2010

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ESCOLA ESTADUAL ÁGUA BOA VISTA - ENSINO FUNDAMENTAL

LINHA AGUA BOA VISTA

PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO

AMPÉRE – PR AGOSTO – 2010

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1-APRESENTAÇÃO ................................................................................. 03

2- IDENTIFICAÇÃO.................................................................................. 04

3- OBJETIVO GERAL............................................................................... 06

4- MARCO SITUACIONAL......................................................................... 07

5- MARCO CONCEITUAL.......................................................................... 16

6- MARCO OPERACIONAL........................................................................ 31

7- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO – PEDAGOGICA....................... 46

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 47

9- ANEXOS ............................................................................................. . 51

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1. APRESENTAÇÃO

O presente documento é resultado de discussões, estudos e análise de textos

encaminhados pela SEED, realizados na semana pedagógica, os quais propiciaram

fundamentação para a elaboração do mesmo, na Escola Estadual Água Boa Vista – Ensino

Fundamental, no qual participaram toda a comunidade escolar (professores, diretor, Equipe

Pedagógica e funcionários), cada membro contribuiu com conhecimentos diversos

provenientes de sua experiência prática.

Este representa um avanço ao buscar soluções educativas para a superação das

dificuldades encontradas. Partindo desse pressuposto, concluí-se que a escola tem um

papel fundamental que é de ensinar e a formar para a democracia, com projetos e medidas

que adotem essa função de forma planejada. Para que isso se realize de fato, faz-se

necessário coerência entre discurso e realidade, exigindo que a organização didático-

pedagógica e a estrutura administrativa da escola esteja de acordo com princípios e

procedimentos também democráticos.

Na perspectiva da construção de uma escola pública preocupada com a formação da

cidadania, a gestão da escola de forma participativa e compartilhada é fundamental.

Tendo em vista esta formação, não podemos tratar a educação como mero repasse

de informações, os componentes que ela necessita propiciar é algo mais rico e mais

complexo do que simples transmissão de informações. Como mediação para a apropriação

histórica de herança cultural a que supostamente têm direito os cidadãos, enfim, uma das

finalidades da educação é favorecer a convivência social.

A formação humana é todo processo educativo que possibilita ao sujeito constituir-se

enquanto ser social, onde os saberes são ampliados e o princípio determinante da escola

esteja vinculado à realidade dos sujeitos.

Assim , a identidade da nossa escola está definida a partir dos sujeitos sociais a

quem atende , por isso é considerada do campo conforme o Art. 2º, § único das Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, ao afirmar que: “a identidade

da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade,

ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza

futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa

de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidae social da vida coletiva

no país”.

Sabe-se que nos últimos anos, as escolas buscam constantemente redefinir o seu

papel e a sua função social. Estamos elaborando nosso Projeto Político Pedagógico para

nortear as práticas educativas e, conseqüentemente, a avaliação.

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Após leitura, análise e reflexão dos textos trabalhados durante a semana de

capacitação, concluí-se que a escola deve alicerçar-se na autonomia, enfatizando a

responsabilidade de todos (direção, professores, funcionários, pais, comunidade), essa

autonomia deve estar baseada na participação, companheirismo, solidariedade, diálogo,

alegria e envolvimento.

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2. IDENTIFICAÇÃO

Nosso Estabelecimento de Ensino foi autorizado a funcionar junto à Escola

Rural Municipal Dom João VI – Ensino de 1º Grau – 1a à 4a série, em 1985, como

Escola Estadual Água Boa Vista – 1º Grau, pela Resolução nº - 8.299/84 de

14/12/1984. A de funcionamento é concedida pelo prazo de quatro anos, a partir do

início do ano letivo de 1985, para ministrar de forma gradativa, o ensino

correspondente às quatro últimas série do 1º Grau, obedecendo ao seguinte

cronograma de implantação., 5a série em 1985, 6a série em 1986, 7a série em 1987,

8a série em 1988. Em 1992, através da Resolução nº 2.000/91, o Estabelecimento

de Ensino passou a denominar-se Escola Estadual Água Boa Vista – ensino de 1º

Grau. E em 11/09/98 através da Resolução 3.120/98 passou a denominar-se Escola

Estadual Água Boa Vista – Ensino Fundamental. Situa-se na Linha Água Boa Vista,

zona rural, município de Ampére – Paraná. Pertencente ao Núcleo Regional de

Francisco Beltrão, com uma distância de 60KM, sua entidade mantenedora é o

Governo do Estado do Paraná.

Obtivemos informações a respeito do início da escola com dois moradores

mais antigos da comunidade: Senhor Vicente Juck e Senhor Valdecir Luis Nicoletti.

Eles nos informaram o que segue abaixo:

Havia na comunidade uma escolinha de madeira que funcionava com

pequenas turmas de alunos de 1ª à 4ª séries. Esta localizava-se ao lado da Igreja.

Os primeiros professores foram: Eremita Zeni, Lídia Pereira, Osmar Gulart e Alger de

Oliveira. Havia aulas do antigo MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização a

noite. Uma comissão de moradores organizava promoções para arrecadar fundos

em prol da escola.

No ano de 1973, já em alvenaria foi construído o primeiro bloco da escola,

com apenas duas salas. Aos poucos foi construído o 3º bloco.

Os filhos dos moradores precisavam sair da comunidade para estudar de 5ª a

8ª séries na cidade. O poder público mobilizado com esta necessidade favoreceu a

implantação das quatro séries finais do Ensino Fundamental, antigo 1º Grau.

A escola teve como diretores os seguintes professores: Ana Maria Basso, Eli

Penso, Silda Vanin, Adenazir, e Adiagre Liandra Machado Mulinari. Alguns alunos

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que aqui estudaram destacam-se hoje pelo desempenho na sociedade como por

exemplo, o Frei Cézar Fontana e Irmã (Freira) Luciana Furlan.

A Escola conta com as seguintes dependências: 04 salas de aula, 03

banheiros totalizando 03 sanitários, 01 sala única que funciona a secretaria, a

direção, e sala de professores, 01 cozinha, 01 depósito para merenda escolar, 01

lavanderia e 01 sala onde esta a biblioteca e laboratório de Informática. Utilizamos

uma quadra que não está coberta e um campo de futebol suíço que fica localizada

próximo da Escola. Alguns desses espaços necessitam de melhorias, sobretudo na

quadra de esportes.

A Escola oferta o Ensino Fundamental de 5ª à 8º série, com 04 (quatro)

turmas e um total de 42 alunos, no período matutino das 07h30 às 11h45, pelo

número de alunos classifica-se em Porte 1, utilizando a Organização Curricular por

disciplinas da Base Nacional Comum e a parte diversificada da matriz curricular é

composta por Língua Estrangeira Moderna (Inglês).

Em relação aos recursos humanos a escola é composta por 01 Diretor, 01

Secretária, 01 Pedagoga, 02 Auxiliares de Serviços Gerais, 10 Professores. Todos

os professores são formados em nível superior e a maioria com pós-graduação.

Lecionam em outras escolas estaduais e particulares e alguns vêm de municípios

vizinhos. A maioria dos professores são QPM. Os auxiliares de serviços gerais têm

como escolarização o Ensino Fundamental. Temos também a APMF - Associação de

Pais, Mestres e Funcionários composta pelo presidente, vice-presidente, secretária

geral, tesoureiro, 1º tesoureiro, suplente e conselheiros; o Conselho Escolar é

representado pelo presidente nato que é o diretor do Estabelecimento, representante

dos professores, dos servidores, dos alunos, dos pais e representante da

comunidade.

3. OBJETIVO GERAL

A educação deve ser assegurada pela sociedade e pelo Estado, com absoluta

prioridade, à criança e adolescente. É através do Projeto Político Pedagógico que a

escola reflete sobre as suas finalidades, define os caminhos e ações a seguir e

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assume o compromisso com a formação do cidadão,busca uma nova forma de

organização do seu trabalho, refletindo sobre a concepção de educação, a relação

da sociedade com a escola e qual o homem que buscamos formar.

Dessa forma, denota-se que a função primordial do P.P.P. É propor alternativa

pedagógica que possibilitem a compreensão dos aspectos, físicos, econômicos e

sociais estabelecendo mudanças no processo de ensino/aprendizagem.

4. MARCO SITUACIONAL

A escola é uma instituição social, que deve proporcionar através das relações

o crescimento humano, apropriação do conhecimento elaborado e a tecnologia,

tendo como referencial a realidade. Desejamos que na escola, o individuo se

socialize e adquira o gosto para aprender a participar da vida em sociedade como

cidadão ativo, criativo e participativo.

A escola não possui sede própria, funciona atualmente em uma construção

cedida pela Prefeitura Municipal de Ampére,no período matutino, dividindo o espaço

com a Escola Municipal Dom João VI, a qual funciona no período vespertino.

O quadro de recursos humanos e composta por uma direção, uma secretária,

uma pedagoga, dez professores, uma merendeira e uma funcionária para fazer a

limpeza da escola.

A escola conta com razoável acervo bibliográfico para pesquisa do professor e

do aluno. Algo que poderia melhorar seria a aquisição de volumes enciclopédicos

dentro dos assuntos de Ciências, também mapas atualizados, referentes à

Geografia e História.

Contamos com dois aparelhos de DVD, um Rádio CD, cinco tv pendrive e

filmes em vídeo e dvd para suporte pedagógico. A sala de informática do Paraná

Digital funciona com dezesseis terminais. Nesta mesma sala funciona a Biblioteca,

as demais dependências da escola encontram-se descritas na identificação deste

PPP.

Os alunos são filhos de agricultores, com renda em torno de 1 (um) a 3 (três)

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salários mínimos. Quanto à escolaridade dos pais, a maioria possui somente as

primeiras séries do curso primário (Lei 4024). Havendo ainda uma minoria de

analfabetos.

Através dos questionamentos realizados na Escola com os pais, professores,

alunos e funcionários os principais problemas identificados foram: indisciplina e falta

de interesse dos alunos pelos estudos.

Na escola, evidencia-se fatos de indisciplina através de agressões físicas e

verbais entre alunos, desrespeito das regras escolares, alunos não trazem os

materiais necessários, mascam chiclete nas aulas, não usam uniforme, o qual está

expresso no Regulamento Interno da Escola, devidamente discutido e aprovado pelo

Conselho Escolar. Nos intervalos, faz-se necessário que a Equipe Pedagógica ou a

Direção “circule” pela escola, evitando desavenças entre os alunos ou resolvendo as

mesmas. Estes atos de indisciplina acarretam problemas no ensino – aprendizagem.

Atualmente a escola não conta com linha telefônica, utiliza o Posto Telefônico

da comunidade, para a resolução das questões pertinentes à escola.

Em relação a participação da família na escola a maioria dos pais vem

envolvendo-se na vida escolar do filho, reconhecendo o papel que a mesma

desempenha na construção do conhecimento escolar sistematizado de seus filhos.

A partir daí podemos reconhecer a importância da participação dos pais no

processo educacional, sabemos que os mesmos devem estar inclusos no mesmo,

realizando um acompanhamento da vida escolar do filho demonstrando por este um

real interesse, auxiliando no processo de aprendizagem.

No que refere-se à questão da aprovação e reprovação em nossa escola,

consideramos em decisões conjuntas, levar em consideração vários critérios para a

avaliação, onde os educadores realizam discussões sobre a situação do aluno

através de uma análise minuciosa, diagnosticando o que se aprendeu ou não, bem

como revendo sua prática pedagógica, procedendo a retomada de conteúdos e

reavaliação. tendo como finalidade garantir a melhoria de condições do ensino

proposto.

Algumas dificuldades de aprendizagem, como os atrasos cognitivos,

defasagem na aprendizagem, déficits de atenção, disgrafia, discalculia, dislexia e

outros, os quais necessitam maior atenção e acompanhamento, também as devidas

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Adaptações Curriculares.

Constata-se que a educação ainda não encontrou uma forma de atender as

diferentes necessidades educacionais, os professores raramente atingem

principalmente aqueles alunos que apresentam aprendizagem lenta ou que

encontram-se com conteúdo defasado.

Percebe-se que alguns alunos apresentam dificuldades mais graves, as quais

devem ser trabalhadas em uma sala de apoio/recursos, onde o professor trabalha na

íntegra os conteúdos que não foram assimilados pelo aluno na sala regular, no

entanto a escola não conta com essa sala de apoio, por não contar com o número

suficiente de alunos para a compor. Todavia esses alunos são encaminhados para

uma sala de recurso pertencente a outra escola, a qual nos subsidia atendendo-os,

no período contrário ao qual eles estudam.

Salientamos que não foi realizado em nossa escola eleição para a

composição do Grêmio Estudantil. Esta questão está sendo discutida pela Equipe

Escolar, para que no futuro se concretize na escola.

Outro aspecto a considerar é a formação continuada, pois acredita-se que o

sucesso educacional também depende da boa qualificação do professor

apresentada através da sua bagagem de conhecimentos.

Nesse sentido, a capacitação preocupa-se com a informação, a ação, a

reflexão e a vivência das questões pedagógicas a serem apreendidas pelo

professor. Nossos professores participam das capacitações oferecidas pela SEED,

NRE, DECE(DEPARTAMENTO DE EDUCACAO CULTURA E ESPORTE) do

Município, das abordagens feitas pela equipe pedagógica da escola, em hora

atividade e de discussões pertinentes ao ensino - aprendizagem, em Conselho de

Classe.

A organização curricular em nossa escola baseia-se na ação educativa no

que tange ao caminho percorrido pelo aluno, o conjunto de atividades planejadas,

tendo em vista a integração do educando no desenvolvimento de suas habilidades

para que possam desenvolver-se como pessoas atuantes no meio em que estão

inseridos, isso através da intervenção do professor.

Buscamos desenvolver um currículo integrado, centrado no aprendiz, que

organiza o ensino em torno de conteúdos relevantes para o estudante, tendo em

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vista a unidade dos processos educativos.

Neste intuito, o Plano de Trabalho Docente e a Proposta pedagógica

Curricular, contemplam os desafios educacionais contemporâneos: a Educação

Fiscal, a Cultura Afro – Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, sexualidade, Educação Ambiental e Enfrentamento à Violência.

Para que isso aconteça, a escola propõe novas ações pedagógicas como:

Adaptações Curriculares para alunos com dificuldades de aprendizagem;

encaminhamento destes alunos para profissionais especializados ( fonoaudiólogos,

neurologistas, psicólogos); mais atenção e diferenciação nas atividades para alunos

com necessidades educacionais, sem contudo individualizar ou “empobrecer” o

ensino, além de outras alternativa passíveis de discussão e inclusão.

Na hora atividade, os professores dedicam-se à discussão com a Equipe

Pedagógica sobre dificuldades e avanços no ensino - aprendizagem, alternativas

para a eficácia no mesmo, planejamento de atividades, revisão do Registro de

Classe, correção de avaliações e prover materiais necessários para utilizar com os

educandos em sala de aula. Acontece também, neste momento, a elaboração do

Plano de Trabalho Docente mais especificado para cada disciplina.

É preciso assegurar a permanência e o sucesso escolar dos alunos, por meio

da melhoria das taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono) e de fluxo

escolar (promoção, repetência e evasão) no Ensino Fundamental. Dessa forma

propomos garantir a igualdade de condições para todos os alunos como ponto de

partida, assegurando a permanência dos mesmos na escola, através da eficácia do

ensino proposto. Realizando neste sentido a inclusão de alunos com necessidades

educacionais, conforme foi citado acima.

Considera-se que a inclusão educacional requer currículos abertos e flexíveis,

atendendo os alunos com necessidades educacionais, garantindo a estes

possibilidades e direitos pessoais, sociais e culturais, oportunizando as condições

necessárias para o exercício da cidadania.

Reconhecemos que é função da escola, garantir o conhecimento.

Procuramos portanto, ofertar um sistema de ensino qualitativo para todos, voltado

para os conteúdos, criando oportunidades para o desenvolvimento do aluno como

sujeito construtor da história, evitando possíveis causas de repetência e evasão.

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Considerando que a função do professor é ensinar, os mesmos desenvolvem

em suas aulas, atividades concretas, visuais, verbais e de registro. Isso para que

haja apropriação do conteúdo sistematizado, estimulando e valorizando o

conhecimento que o aluno traz de seu cotidiano. Visto que as metodologias

utilizadas pelos professores consiste em confecção de cartazes, atividades

expositivas, jogos didáticos, materiais de áudio e vídeo, oralidade, pesquisa de

campo entre outras atividades conforme conteúdo estudado.

Cabe salientar que, a referida escola não oferta aos seus educandos a

progressão parcial.

Para tanto nossa escola trabalha na perspectiva de que todo indivíduo tem a

capacidade de aprender, e ao falarmos nessa inclusão, não nos referimos apenas ao

trabalho com alunos portadores de necessidades especiais, mas sim com aqueles

alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem ou seja, que por um motivo ou

outro não conseguiram apropriar-se do conhecimento. Para isso contamos com as

Adaptações Curriculares.

E podemos constatar que um dos fatores responsáveis por essa dificuldade é

o aspecto emocional - afetivo, pois o meio familiar contribui para o desempenho

escolar. Muitos de nossos alunos ficam apenas sob a responsabilidade da mãe, ou

são criados apenas pelos avós, por vezes lhes faltando uma família estruturada, nos

valores éticos e morais.

Considerando a aprendizagem um processo construtivo que perpassa

aspectos sociais, históricos e pessoais, a escola deve garantir o conhecimento e

fundamentação, onde os alunos irão elaborar as suas hipóteses e estratégias na

busca de mais conhecimento.

Nessa perspectiva o processo ensino aprendizagem é considerado um ato

intencional significativo, onde o indivíduo adquire informações através da

problematização, do levantamento de hipóteses, com base em fundamentos.

Através da construção do P.P.P., juntamente com o segmento escolar, propõe-

se transformar o conhecimento prévio dos alunos, contextualizando-os através do

conhecimento científico e sistematizado, tornando-os significativos através dos quais

os educandos possam tornar-se cidadãos conscientes, mais humanos e capazes de

atuar no meio em que vivem.

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Dessa forma, denota-se que a função primordial do P.P.P., é propor

alternativas pedagógicas que possibilitem a compreensão dos aspectos, físicos,

econômicos e sociais estabelecendo mudanças no processo de

ensino/aprendizagem.

A ação educativa torna-se significativa, posto que baseada em necessidades

reais da vida do aluno e suas capacidades cognitivas, com a finalidade de promover

o crescimento pessoal dos alunos.

O processo de Ensino/Aprendizagem é fundamentada em conceitos

pertinentes para o contexto educacional, pois ela é válida a partir do momento em

que for aplicada à realidade, adaptada ao meio em que está sendo inserida e

absorvida, assim ela torna-se passível de alguns ajustes e de ser bem sucedida.

Para tanto, a função da escola é ensinar o conteúdo sistematizado, mas

também favorecer a apropriação desses pelos alunos, com desafios gradativos

sobre o conhecimento científico estabelecido pela mediação do professor.

A escola busca desenvolver projetos interdisciplinares, com o intuito de evitar

a fragmentação do ensino, a memorização sem compreensão, a

descontextualização dos conteúdos contidos na grade curricular. Enfim, trata-se de

possibilitar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de interpretar a realidade,

de interessar-se pelos diferentes assuntos que cercam o meio em que estão

inseridos.

Os projetos são os seguintes:

- Motivação dos alunos e através de textos - mensagens; conversas na sala de

aula e individuais sobre a necessidade e importância do esforço escolar;

- Motivação de todas as pessoas envolvidas diretamente na escola (professores,

funcionários, direção, equipe pedagógica, secretária e alunos), através de frases

e textos positivos espalhados na escola;

- Gincana esportiva e cultural entre os alunos e entre alunos e funcionários;

- Projeto de preservação de plantas medicinais onde cada professor em sua

disciplina, destaca devidamente os usos, utilidades, propriedades, clima

favorável, cuidados, etc.

- Aula de leitura(uma vez por semana,30m), onde todo pessoal escolar faz a

leitura, alternando as aulas e dias da semana.

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- Apresentações artísticas onde os alunos apresentam para os demais: poesias,

teatro, danças, pinturas e outras manifestações artística, levando e consideração

inclusive, os conteúdos trabalhados;

- Palestras na área da saúde: dentista, psicóloga;

- Atividades relativa à cultura Afro-Brasileira.

São realizadas ainda outras atividades necessárias no decorrer do ano letivo,

conforme conteúdos trabalhados.

Cabe ressaltar que a escola participa também de projetos promovidos pela

SEED, tais como: FERA COM CIÊNCIA, JOCOPS e programa VIVA A ESCOLA os

quais possibilitam tanto a interação entre os alunos, como a apropriação e

contextualização do conhecimento por meio de diferentes fontes de informações de

forma globalizada.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, com respaldo no art. 203 da

Constituição Federal, nos artigos 3º, 14 e 17 da LDB e no Plano Nacional de

Educação, integrante da estrutura organizacional da unidade escolar; é um espaço

de democratização da gestão e da organização escolar, tendo em vista que une

representantes de pais, professores, corpo diretivo, agentes educacionais I e II,

equipe pedagógicas, alunos e comunidade local.

Sua relevância está no fato de reunir representações da comunidade escolar

e local com o objetivo de buscar e garantir qualidade á educação oferecida pela

escola, de modo que seja possível propiciar, no seu âmbito de ação, um novo perfil

de cidadão.

Num trabalho partilhado com segmentos da escola, o Conselho Escolar e

APMF estão comprometidos com acompanhamento dos projetos que a escola

desenvolve, (citados anteriormente) viabilização de propostas de formação

continuada para professores e demais funcionários, participando das tomadas de

decisões administrativas.

Sendo que propõe-se a formação continuada para professores e funcionários

através de trocas de experiências no ensino - aprendizagem, em hora –atividade,

conselhos de classe, grupos de estudo, capacitações municipais e estaduais,

intercâmbio entre professores da sala de Recurso e do ensino regular. Isso tudo com

respaldo da Equipe Pedagógica e Direção.

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Em suma, o Conselho Escolar e APMF, buscam como objetivo primordial de

seu trabalho integrar a família, os educadores e a escola, num ato de administração

compartilhada, almejando alcançar um mesmo alvo a ser atingido, sendo este um

ensino qualitativo, inclusivo e voltado aos educandos que a referida escola atende.

Partindo desse pressuposto, buscamos desenvolver no âmbito escolar uma

gestão democrática, visando um compromisso com a construção coletiva do P.P.P.,

envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar nas tomadas de decisões

administrativas e pedagógicas.

A perspectiva de gestão democrática acima mencionada traz a compreensão

da formação para a cidadania, a participação e construção compartilhada nos

processos de decisão e requer a tomada de posicionamentos críticos por parte de

toda a comunidade.

Outro fator que implica a participação coletiva de toda equipe escolar é o

Conselho de Classe, o qual tem por finalidade discutir questões pertinentes ao

processo de ensino e aprendizagem, à avaliação escolar, a reflexão contínua do

educador sobre sua prática educativa, enfim a importância do mesmo está nas

possibilidades de realizar produções coletivas de conhecimentos sobre a escola, o

ensino, a aprendizagem e o aluno, mobilizando o coletivo no sentido de alterar as

relações para o sucesso do ensino proposto.

Quando se discute o Conselho de Classe, discutem-se também as

concepções de avaliação presentes nas práticas dos professores. A Avaliação em

nossa prática escolar é compreendida como um subsídio que oferece condições

para que o educando possa mostrar o que sabe. Não trata-se mais de um momento

de atribuir notas e sim de um momento de profunda reflexão dos educadores, sobre

o desenvolvimento do aluno, pois permite o acompanhamento da evolução do

conhecimento dos mesmos, levando a uma reflexão da forma de intervenção

pedagógica, que facilite o processo de construção.

O aluno não é o único a ser avaliado. Como educadores, temos a

responsabilidade de sempre nos auto-avaliar e permitir que sejamos avaliados,

continuamente, acreditamos que assim poderemos exercer uma prática pedagógica

voltada o sucesso do processo de ensino-aprendizagem.

Quanto a avaliação do trabalho pedagógico do professor, este é realizado nos

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conselhos de classe e hora-atividade, onde a Equipe Pedagógica junto com o

professor discute novas metodologias e posturas frente aos desafios de cada

turma/série.

Em suma a avaliação é contemplada em nossa proposta de trabalho como um

elemento integrador do ensino-aprendizagem, conjunto de ações, cujo objetivo é o

de orientar a intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma e o

professor aprimore sua prática educativa.

Dessa forma, nossa escola desenvolve avaliações bimestrais, porém pode-se

dizer que realiza-se também uma avaliação contínua através da observação diária

sobre os avanços dos alunos e outros que não conseguem assimilar o conteúdo em

questão, os professores então realizam recuperações paralelas, visando a

apropriação dos conteúdos por parte dos alunos.

5. MARCO CONCEITUAL

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Buscando valorizar o ser humano em suas dimensões física, psíquica, afetiva

e social, a Escola procura fundamentar suas práticas educativas, para que o

indivíduo que nela esteja inserido, possa torna-se cidadão consciente de seus

direitos e deveres.

Portanto, é também papel da Escola, incutir os valores humanos em seus

alunos, além do que destaca Saviani: “... a escola é uma instituição cujo papel consiste na

socialização do saber elaborado, e não do saber espontâneo, do saber sistematizado e não do saber

fragmentado...” (Saviani, 1991, p.103)

Acreditamos que melhorar a qualidade de ensino seja o grande desafio para

todas as escolas, conforme nos diz os dados abaixo: “... frente à quase universalização do

acesso da população de ensino a partir de 2001 no País, o desafio da quantidade está

definitivamente substituído pelo da qualidade do ensino fundamental” (Revista Professor,

Educação no Município Mariza Abreu Porto Alegre, p. 44 abr. /jun. 2005.)

Rigal destaca que a escola possui a função de produtora de sentido ao

facilitar que cada pessoa reconstrua conscientemente seu pensamento e ação

utilizando-se de um processo coletivo que permita fazer a reflexão sobre as

experiências individuais e grupais e ter a autonomia intelectual para analisar

criticamente os processos e os conteúdos.

A escola deve preocupar-se com a questão da aprendizagem significativa. A

aprendizagem significativa tem que ser vista como aprender algo que auxilie aos

alunos a compreenderem o mundo em que vivem, servindo de instrumento para a

inserção nesse mesmo mundo, assim como para a sua transformação.

Ensinar-aprender é muito mais do que ensinar alguém a crescer sozinho e do

que dar a mesma informação a uma porção de gente ao mesmo tempo. Ensinar –

aprender é aprender a realidade e agir sobre ela, inspirados no passado,

beneficiando o presente e projetando para o futuro.

Os alunos lidam com as informações modificando-as, reorganizando-as,

reinterpretando-as e atribuindo-lhes sentido. Devemos a Piaget essa compreensão

mais abrangente da aprendizagem e não mais voltaremos àquela idéia reducionista

que tínhamos da aprendizagem como uma cópia da informação externa.

Segundo Saviani em sua obra Pedagogia Histórico-Crítica: “... a educação é um

fenômeno próprio dos seres humanos... uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como

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é, ela própria, um processo de trabalho.” (Saviani p.12).

Considera-se neste sentido que a educação pertence ao trabalho não

material, e tem a ver com idéias, conceitos, valores, atitudes, habilidades, enfim,

algo exterior ao homem. Saviani ressalta: “Consequentemente, o trabalho educativo é o ato

de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um

lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da

espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à

descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.” (Saviani, p 13. 2003)

A escola brasileira encontra-se diante de um grande desafio: garantir

educação de qualidade a todos os brasileiros. Isto significa, que a Escola tem a

necessidade de criar condições favoráveis para que todos – crianças e adolescentes

– sejam respeitados em suas especificidades, histórias de vida e obtenham êxito em

seus estudos escolares.

Saviani ressalta o fato de que é necessário o automatismo como condição da

liberdade e que “não é possível ser criativo sem dominar certos mecanismos”.

Não podemos pensar em uma relação de dependência entre educando e

educador. Precisamos de uma relação de interação como destaca Weisz: “Nessa

perspectiva, a escola hoje tem uma tripla função: levar os alunos a aprender a aprender, dar-lhes os

fundamentos acadêmicos e, sem perda de tempo, equalizar as enormes diferenças no repertório de

conhecimentos com que eles chegam. Todos sabemos que é impossível à escola realizar sozinha

essa terceira função, mas sua contribuição é essencial.” ( p.36.2001).

Precisamos conhecer as concepções prévias de cada educando para desafiá-

lo, colocá-lo em conflito, de modo a procurar, trocar, pesquisar, despertando o desejo

de aprender, pois o desejo de conhecer impulsiona a uma reflexão crítica.

Contudo Telma Weisz chama a atenção sobre a concepção de conhecimento

prévio: “conhecimento prévio dos alunos não deve ser confundido com conteúdo já ensinado pelo

professor” (p.43. 2001).

Então ensinar e aprender devem estar encharcados de conhecimento, de

humanização, de ação e de interação diferentes daqueles exigidos em outros

momentos históricos. Como relata Weisz: “No mundo em que vivemos, onde o acesso e o

uso eficaz da informação é condição de plena inserção social, a tarefa de professores se sofistica,

assim como as exigências em relação à sua formação”. ( p. 52. 2001).

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Para isso o ser humano deve se desenvolver, inteiro e integrado á sua realidade, na

qual se encontram outros seres, normas e regras sociais, conhecimentos e

instrumentos construídos historicamente e elementos naturais que precisam ser

discutidas por ele, enfim, o alunado precisa conhecer o que foi construído pela

humanidade, porém precisa, também, aprender conhecer o seu mundo para

transformá-lo.

O papel principal do educador é mediar com o processo, para ajudar o aluno a

construir sua aprendizagem, observando e respeitando as idéias que já traz, para

após apresentar os conhecimentos elaborados cientificamente e garantir os objetivos

dos conhecimentos científico a ser apropriados pelo sujeito que aprende.

Assim destaca Weisz: “...o educador precisa construir conhecimentos de diferentes

naturezas, que lhe permitam ter claros os seus objetivos, selecionar conteúdos pertinentes, enxergar

na produção de seus alunos o que eles já sabem e construir estratégias que os levem a conquistar

novos patamares de conhecimento. A prática pedagógica é complexa e contextualizada , e portanto

não é possível receitas prontas para serem aplicadas...” (p.53 e 54.2001)

O processo de aprendizagem, segundo Piaget, decorre das funções de

assimilação, acomodação e equilibrações, onde o aprendiz assimila o novo aos seus

esquemas de aprendizagem já existente, acomoda este novo a estes esquemas,

modifica estes com a presença do novo, que se equilibra este movimento e pode

adaptar-se ás situações que até então não eram possíveis.

A instituição escolar precisa ser a promotora da construção e discussão de

saberes. Deve valorizar sempre as especificidades e particularidades de cada

indivíduo. Deve-se mostrar aos educandos que um mundo de fraternidade, de

ternura, de paz e sem violência pode existir desde que cada pessoa ofereça sua

contribuição sempre com o auxílio do professor.

Destaca deste sentido Saviani: “...para existir a escola não basta a existência do saber

sistematizado. É necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação. Isso implica

dosá – lo e seqüênciá-lo de modo que a criança passe gradativamente do seu não-domínio ao seu

domínio.” (p.18. 2003)

Nunca tantas pessoas ( Professores, Direção, Serviços Gerais) tiveram tanto

acesso à educação como hoje, porém existe uma disparidade muito grande no que

refere-se ao acesso a tecnologia, informação e cultura. Por isso, a escola necessita

respeitar e conhecer a realidade dos seus alunos: o conhecimento prévio que

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possuem, experiência de vida e realidade em que estão inseridos. Desta forma,

existirão verdadeiras mudanças no cotidiano e sociedade.

Relata Saviani: “A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que

possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos

desse saber.” (p.15. 2003).

Para Libâneo: “A formação continuada é o prolongamento da formação inicial visando o

aperfeiçoamento profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e ao desenvolvimento

de uma cultura ampla, para além do exercício profissional.” (p 227. 2004)

Então, a formação continuada é uma das funções organizacionais da escola,

envolvendo o setor pedagógico e administrativo.

Quando falamos em profissionais da educação, nos referimos de modo geral

desde os diretores, docentes, suporte pedagógico e agentes agentes educacionais I

e II, pois é de suma importância o desempenho de cada função para que o processo

educacional seja desenvolvido no interior da escola mantendo o perfeito

funcionamento da mesma. Pois todas as funções participam do ato educativo,

mesmo que desempenhem papéis de conteúdo e de importância diferentes, são

igualmente indispensáveis, devendo, inclusive serem tratados com valorização em

sua carreira profissional.

Neste sentido a LDB é bem clara em seu Art. 67: “Os sistemas de ensino

promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes

inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público...”

É através do Conselho de Classe que professores, pais e alunos procuram

meios em que a escola possa ajudar a olhar os nossos alunos sem rotulá-los. Por

isso os conhecimentos que nela se aplicam devem vir sempre ao encontro das

necessidades dos alunos, lembrando que os conhecimentos e conteúdos

trabalhados na escola precisam ser proveitosos e válidos para o crescimento e

desenvolvimento que serão úteis na vida do aluno. Cada instituição, de acordo com

sua realidade deve eleger e priorizar em sua Proposta Pedagógica Curricular, os

conhecimentos que serão úteis na vida do aluno.

Quando se discute o Conselho de Classe, discutem-se também as

concepções de avaliação escolar presentes nas práticas dos professores e

discutem-se também a cultura escolar e a cultura da escola que as vem produzindo.

Nesse sentido, a importância do Conselho de Classe e dos processos

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avaliativos da escola para a sua gestão pedagógica está nas possibilidades e

capacidades de leitura coletiva da prática e, reconhecimento partilhado das

necessidades pedagógicas, em sua capacidade de mobilizar esse coletivo no

sentido de alterar as relações nos diversos espaços da instituição.

Para Libâneo: “O Conselho de Classe, órgão colegiado...Tem a responsabilidade de

formular propostas referentes à ação educativa e didática, facilitar e ampliar as relações mútuas entre

os professores, pais e alunos, e incentivar projetos de investigação.” (p302 e 303. 2004)

É nesse contexto que emerge a importância dos Conselhos de Classe e é

resgatada sua concepção original como espaço de diálogo entre diferentes posturas

e posicionamentos dos diversos profissionais, possibilitando que os pontos de vista

sejam relativizados, diminuindo, assim, os erros de avaliação, permitindo a produção

de conhecimentos mais próximos do real.

Diante disso concebemos a avaliação como parte integrante do processo de

ensino e aprendizagem, que possibilita diagnosticar questões relevantes, aferir os

resultados alcançados, considerando os objetivos propostos, e identificar mudanças

de percurso eventualmente necessárias.

Telma Weisz relata: “Avaliar a aprendizagem do aluno é também avaliar a intervenção do

professor, já que o ensino deve ser planejado e replanejado em função das aprendizagens

conquistadas ou não.” (p. 95. 2001).

Entendemos a ação de avaliar como processual e reveladora das

possibilidades de construção de um processo educativo mais rico e mais dinâmico.

Ela é constituída de um processo investigador e formativo contínuo, do qual

professores, alunos e pais participam ativamente. Tendo em vista o desenvolvimento

motor, cognitivo e social do educando. Como menciona Hoffmann: “... a avaliação é a

reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões. Reflexão

permanente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a passo, do educando, na

sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual educandos e

educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação”.

(p18. 1995).

A avaliação institucional também vem auxiliar na escola como salienta

Libâneo, pois esta, é uma função primordial do sistema de organização e gestão dos

sistemas escolares e das escolas.

Neste sentido, Hoffmann descreve a ação avaliativa como: “Ação, movimento,

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provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor

e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias, reorganizando-as.” (p.67.

1995).

Clarilza Prado de Souza em seus escritos, propõe as etapas da avaliação:

definição dos objetivos; seleção de procedimentos e julgamento. Para que isso

tenha eficácia, faz-se mister três funções dentro da avaliação: diagnosticar, informar

e favorecer o desenvolvimento individual. Concebe-se assim a avaliação como

“facilitadora do processo de auto - conhecimento do aluno.

Prado de Souza ainda destaca: “a avaliação não é um processo meramente técnico; implica

uma postura política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e

sociedade”. (p. 451994).

A avaliação portanto, implica um progresso não só do educando, mas de toda

a prática pedagógica, tornando os conteúdos interessantes e significativos.

Os estudos sobre recuperação escolar são apontados como a grande saída

para ajudar os alunos com dificuldades em suas aprendizagens. Dado o

compromisso do educador com a aprendizagem dos educandos, a recuperação,

mais do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do educador no

sentido de garantir essa aprendizagem por parte de todos educandos,

especialmente daqueles que tem maior dificuldade em determinados momentos e

conteúdos. Daí a importância da recuperação instantânea, ou seja aquela que se dá

no mesmo ato de ensinar, a partir dos erros, da percepção das necessidades dos

educandos. Se ela não ocorrer, o professor está se omitindo em sua tarefa primeira

que é garantir a aprendizagem.

Um outro elemento a ser trabalhado na recuperação é a necessária

superação da concepção individualista da aprendizagem por parte dos alunos. O

que se observa é que todos os alunos têm capacidade de chegar lá, só que com

ritmos e até caminhos diferentes.

Há uma preocupação por parte dos educadores no que refere-se a não

reprovação escolar , pois alegam que os alunos sabendo que irão passar mesmo, se

desinteressam das aulas. Outros pensam a reprovação como uma arma contra o

aluno, conforme nos diz Vasconcellos, “Esta preocupação reflete as bases equivocadas do

sistema anterior: a incapacidade de envolver o aluno no processo educativo por ele mesmo e não por

ameaça de alguma punição”.

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Pesquisa revela que a evasão escolar vem acompanhada por inúmeros

fatores como a distância da escola, a falta de acompanhamento dos pais, além de

constantes reprovações. A fim de reduzir as taxas de evasão, Todos os segmentos

da comunidade escolar deveriam estar engajados nesse foco, por isso afirma

Elizangela Wroniski “A idéia é criar uma rede de atendimento envolvendo a sociedade, como

APMs, Igrejas, Grêmio Estudantil. Todos seriam responsáveis por detectar as causas da evasão e

levar alunos de volta á escola”.

Nas palavras de Veiga, a escola tem o dever de garantir a qualidade do

ensino proposto, “ A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis

a repetência e a evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos.

Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as

crianças, em idade escolar, entrem na escola. È preciso garantir a permanência dos que nela

ingressarem”.

Neste sentido, podemos destacar a diversidade de conteúdos e metodologias

em sala de aula, no processo ensino – aprendizagem. Os mesmos devem voltar-se

para instigar o educando à busca na organização de seu próprio conhecimento e

senso crítico, que o professor devidamente capacitado, possa mediar e intervir na

concepção de valores éticos e morais dos educandos.

Desencadear-se-á desta forma, a tão requisitada disciplina que segundo

Prado de Souza é “absolutamente fundamental”, desde que seja a expressão de

uma relação harmoniosa entre dois pólos contraditórios, que são a autoridade e a

liberdade.” (p.98. 1994).

Para Vasconcelos, deve haver conscientização da comunidade educativa em

torno do sentido da disciplina, a qual se dá pela ação-reflexão, partindo da realidade,

despertando para o compromisso de construir algo diferente.

O problema da indisciplina deve ser resgatado em suas múltiplas relações:

sociedade; escola; família; professor e aluno.

Vasconcelos destaca: “Evidentemente, enquanto determinação mais geral, o

problema encontra-se na atual forma de organização da sociedade, base de todas

as outras indisciplinas...ela é concretizada pela mediação dos diferentes agentes

(professores, pais, alunos, governantes...).”

Neste sentido, a indisciplina dificulta a fluência do trabalho pedagógico.

Portanto, a escola em seu papel de formação do homem e da sociedade, com

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capacidade de auto-governo, deseja sanar uma problemática que implica família e

sociedade.

Para que haja eficácia portanto da disciplina na escola, deve-se realizar uma

reflexão-ação no que compete à escola, sociedade, família, professor e aluno e

juntos buscar práticas coerentes e reais dentro da (in) disciplina.

Cabe aos educadores ir em busca de novos aperfeiçoamentos precisam

receber novos conhecimentos de forma crítica, questionadora, procurando

reelaborá-la em grupo, junto aos seus colegas, para que faça sentido em sua

realidade.

Enfim, a capacitação de professores, é mais uma estratégia fundamental para

atualização e aprofundamento do conhecimento pedagógico. Onde a mesma

propiciará uma visão subjetiva que o professor responsável pela sala de aula terá,

para dar conta da complexidade dos alunos e do seu processo de aprendizagem.

Sem contar que os conhecimentos teóricos dos avanços científicos em educação é

fundamental para que esses professores possam inovar a maneira de ensinar alunos

com e sem dificuldades, em suas salas de aula.

A hora atividade é um tempo remunerado durante o qual o professor se

dedica fora da sala de aula, à atividades educacionais como correção de provas,

preparação de aulas e reflexões sobre o ensino aprendizagem. Esse tempo

corresponde hoje a 10% da carga horária do professor que está em classe.

Compete aos Professores planejar nas horas atividades com a Equipe

Pedagógica, estratégias de trabalho visando atender às necessidades de

aprendizagem do aluno, considerando sua diversidade para melhor atendê-los

Ressalta Libâneo: “O planejamento escolar consiste numa atividade de previsão da ação

a ser realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos a atingir dentro das

possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e formas de

avaliação... O que se planeja são as atividades de ensino e de aprendizagem, fortemente

determinadas por uma intencionalidade educativa envolvendo objetivos, valores, atitudes, conteúdos,

modos de agir dos educadores que atuam na escola...O ato de planejar não se reduz ao momento da

elaboração dos planos de trabalho. É uma atividade permanente de reflexão e ação” (p149, 150).

A escola deve diferenciar os níveis do currículo. O currículo formal, expressa-

se pelo currículo legal e pelos objetivos e conteúdos das disciplinas de estudo.O

currículo real é o que de fato acontece na sala de aula em decorrência de um projeto

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pedagógico e dos planos de ensino.O currículo oculto, que refere-se às influências

que afetam o aprendizado dos alunos e o trabalho dos professores decorrentes da

experiência cultural.

Comentado a diversidade, destacamos a inclusão, não referimo-nos apenas

àqueles portadores de necessidades educacionais, mas sim, àqueles alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem, necessidades especiais e estão

incluídos na classe “regular”, interagindo com o mesmo assunto, o mesmo material

e mesma metodologia.

Acreditamos que o processo inclusivo, que não marginaliza o aprendiz dentro

da própria classe e que conduza à aprendizagem, deve ter como ponto de partida,

aulas dinâmicas, nas quais a turma esteja interagindo no conteúdo lançado pelo

professor, buscando criticamente construir a própria aprendizagem.

As práticas escolares que permitem ao aluno aprender a ser reconhecidos e

valorizados os conhecimentos que é capaz de produzir, segundo suas

possibilidades, são próprias de um ensino escolar que se distingue pela diversidade

de atividades. O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não é aquele que

ministra um “ensino diversificado”, para alguns, mas aquele que prepara atividades

diversificadas para seus alunos ao trabalhar um mesmo conteúdo curricular.

Segundo nota da Secretaria da Educação do Paraná sobre o Currículo e a

Educação Especial, destaca: “... O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve

oportunizar aos alunos as devidas adaptações curriculares...(p 03. 2007)

A nota da Secretária da Educação do Paraná sobre Ed. Especial ressalta:

“Com a implementação da atual Lei De Diretrizes e Bases e clara intenção do principio inclusivo que

a fundamenta, a adoção e a implementação de currículos abertos e flexíveis, que atendam a

diversidade do alunado...Seguindo uma tendência internacional adotaremos aqui a expressão

ADAPTAÇÕES CURRICULARES para denominar toda e qualquer ação pedagógica que tenha a

intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às necessidades especiais dos

alunos, no contexto escolar...” (p 03. 2007)

Isso nao significa que a escola deverá ter um currículo separado para alguns,

mas há sim, uma flexibilização, pois nem todos os alunos aprendem da mesma

forma, com as mesmas estratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no

mesmo tempo.

A escola precisa recriar sua prática, mudar suas concepções, rever seu

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papel, sempre reconhecendo e valorizando as diferenças. Já que ensinar é um ato

coletivo, no qual o professor disponibiliza a todos os alunos sem exceção um mesmo

conhecimento.

Construir a cidadania na escola significa educar para os valores humanos

universais, para que preservem a espécie e o planeta, agindo sobre as distorções já

existentes. pois desde cedo possibilita que as crianças saibam respeitar-se umas às

outras, com suas diferenças raciais, religiosas e culturais.

Nessa perspectiva, a escola deve trabalhar com a experiência vivida no

cotidiano, possivelmente planejando a valorização humana a qual pretende-se

atingir, sem necessariamente fechar a prática em regras fundamentalistas e

consequentemente preconceituosas.

Saviani afirma:”...é a partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola

elementar. Ora, o saber sistematizado, a cultura erudita, é uma cultura letrada. Daí que a primeira

exigência para o acesso a esse tipo de saber seja aprender a a ler e escrever...” (p 15. 2003)

Esta afirmação parece “óbvia”, e por isso mesmo acaba ocultando-se no

esquecimento.

O currículo não é apenas um conjunto de informações, mas a própria

organização do conhecimento em formas particulares de agir, sentir, perceber o

mundo, o eu, o outro, e conviver em comunidade, isso através do auxílio do

professor e do conteúdo sistematizado.

Assim, o currículo integrado deve refletir uma nova visão do futuro que se

deseja, em que os professores e os alunos trabalhem cooperativamente para

assegurar que todos estejam preparados para responderem criativamente a

demanda da sociedade. Trata-se de um currículo compartilhado por uma

comunidade de aprendizes, como o auxílio do professor onde se prioriza o contexto

sobre o conteúdo, os conceitos sobre os fatos, as perguntas sobre as respostas e os

processos sobre o produto da aprendizagem.

Então o currículo representa uma concepção alternativa do ensino que,

embora encontre suas raízes em várias alternativas de aplicação, é considerado em

conformidade com a realidade complexa do mundo em que vivemos, como um novo

paradigma educacional.

Partindo desse pressuposto, tal paradigma destina preparar estudantes para

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abordar criticamente a cultura social dominante e a promover a tomada de decisões

autônoma, orientando os conhecimentos acadêmicos de forma a contextualizá-los

na vida cotidiana.

Contudo não podemos conceber erroneamente o Currículo, como lembra

Saviani: ”É aí que cabe encontrar a fonte natural para elaborar os métodos e as formas de

organizações do conjunto das atividades da escola, isto é, do currículo. E aqui nós podemos

recuperar o direito abrangente do currículo: organização do conjunto das atividades nucleares

distribuídas no espaço e tempo escolares...” (p 18. 2003)

Para tanto se faz necessário que a gestão de uma escola seja crítica e

participativa, desenvolvidas com base em fundamentos políticos e pedagógicos.

Deve-se haver um amplo processo de reflexão e avaliação da prática pedagógica

para que os educadores possam desenvolver um questionamento das formas de

trabalho e concepções de ensino nesse contexto.

Nos afirma Veiga, “ A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura

de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da

participação coletiva, que atenua o individualismo”.

A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação

dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões e ações

administrativas e pedagógicas ali desenvolvidas.

A gestão democrática exige uma ruptura histórica na prática administrativa da

escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não

permanência do aluno na sala de aula.

Como relata Libâneo: “A participação é o principal meio de se assegurar a gestão

democrática na escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de

tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Alem disso, proporciona um melhor

conhecimento dos objetivos e metas da estrutura organizacional e de sua dinâmica, das relações da

escola com a comunidade...”. (����� �����������

Neste sentido, o trabalho em equipe é fundamental, pois só assim, de forma

colaborativa e solidária é que ocorrerá a formação e a aprendizagem dos alunos.

Enfim visamos em nossa instituição, uma gestão democrática procurando

lidar com conflitos e opiniões diferentes, porém propomos realizar um trabalho de

parceria com órgãos colegiados construindo assim um trabalho significativo.

A APMF e o Conselho Escolar são órgãos colegiados, parte integrantes da

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estrutura organizacional da escola, é um espaço de democratização escolar, tendo

em vista que reúne representantes de pais, professores, direção, pessoal de apoio

pedagógico, agentes educacional I e II, alunos e comunidade local.

A tarefa mais importante desses órgãos é acompanhar o desenvolvimento da

prática educativa e, nela, o processo de ensino-aprendizagem. Assim a função dos

mesmos é fundamentalmente político-pedagógica.

Sendo que ressalta Libâneo: “A gestão democrático-participativa valoriza a participação

da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, concebe a docência como trabalho

interativo, aposta na construção coletiva dos objetivos e das praticas escolares, no dialogo e na busca

de consenso”. (P131,132. 2004)

Contudo, compete a estes colegiados exercer diferentes funções como:

deliberativas, consultivas e mobilizadoras, onde aprova e propõe ações de

intervenção no cotidiano escolar, realizando estudos e opinando sobre questões

apresentadas pela comunidade escolar, criando assim condições necessárias para

fazer acontecer o processo educativo no âmbito escolar.

Quando se trabalha voltado para a cidadania todos ganham: a escola por ser

fiel ao seu papel; o educador por adquirir autonomia e criticidade, responsabilidade e

organização; a comunidade por estar mais integrada; os pais por perceberem os

filhos envolvidos com projetos que os tornam mais humanos, e com possibilidades

de adotarem novos valores para a vida.

É justamente neste ponto, que a escola que trabalha com através da

cidadania faz a diferença, oportuniza experiências que marcarão vidas e passarão

para a história, como contribuição na construção de uma nova sociedade, que quer

ser mais justa e mais fraterna.

Mas não podemos esquecer dos conteúdos, pois para ser verdadeiros

cidadãos necessitamos de conhecimentos. Neste sentido um dos nossos maiores

compromisso é oferecer aos nossos alunos o conhecimento culturalmente

acumulado pela sociedade, temos consciência que eles precisam ter uma bagagem

cultural para poder defender os seus direitos e cumprir os deveres que lhe são

atribuídos.

Uma vez que a promoção da cidadania implica a consciência e o exercício

dos direitos e deveres civis, o debate sobre o tema começa pelo conhecimento e

valorização dos direitos de cada um, lembrando que direitos e responsabilidades

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caminham juntos.

Cidadania é entendida, hoje, também, como sinônimo de atuação efetiva na

sociedade. Assim, torna-se importante avançar na discussão, levando o aluno a

perceber que querer ser cidadão pressupõe participação no mundo que o cerca:

família, escola, comunidade, pais.

Não se trata aqui de lançar a responsabilidade da escola para outros

segmentos sociais, mas sim de promover parcerias para que a educação se efetive

em seu processo ensino aprendizagem.

Segundo metas governamentais, existe a indicação para que se esclareça

aos alunos sobre a Educação Fiscal onde os educandos precisam conceber

criteriosamente os impostos pagos nos produtos consumidos e outros produtos

comercializados. Esta tem como objetivo promover e institucionalizar a Educação

Fiscal para o pleno exercício da cidadania.

O aluno deve estar ciente de que existe vários impostos nos produtos que

consumimos e que no preço de cada produto já está embutido o imposto, portanto

se o cliente não pedir nota fiscal o imposto deixa de ser aplicado na melhoria das

condições de vida da população brasileira.

Na Coleção Educação Fiscal do Paraná, Marcilio Hubner de Miranda Neto

destaca: “Educação Fiscal ... deve ser compreendida como abordagem didático pedagógica capaz

de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos gastos públicos, de modo a estimular o

contribuinte a garantir a arrecadação e o acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados

em benefício da sociedade...” (p. 08. 2005 V1)

Esta conscientização não está voltado somente para a questão de

recolher a nota fiscal, mas é voltado para o pleno exercício da cidadania.

Visando uma nova leitura de sociedade democrática é que a Lei nº 10.639,

de 09 de janeiro de 2003, foi implantada. A mesma inclui no currículo oficial da rede

de ensino, a obrigatoriedade da temática: “História e Cultura Afro – Brasileira”, a qual

visa uma pedagogia anti-racista.

A História e Cultura Afro – Brasileira deve ser contemplada em todas as

disciplinas da Matriz Curricular e durante o ano letivo, não apenas num dia

específico. Culminando este no dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra.

Assim destaca os Cadernos Temáticos para as Relações Étnicos Raciais :

“Art. 26-A: nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,

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torna-se obrigatório o ensino sobre historia e cultura Afro-Brasileira”.

“2º: Os conteúdos referentes a historia e cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito

de todo o currículo escolar”.

“Art. 79-B: o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ”Dia Nacional da

Consciência Negra.” (p.13.2006).

Comenta ainda o Ministério da Educação: “Para que a educação anti-racista se

concretize, é preciso considerar que o exercício profissional depende de ações individuais, coletivas,

dos movimentos organizados e também das políticas públicas...” (p.124.2006)

E ainda “A abordagem das questões étnico-raciais na educação básica depende

muito da formação inicial de profissionais da educação. Eles ainda precisam avançar para alem do

discurso...”. (p.126.2006).

Sabe-se pois, que o caminho em direção a educação anti-racista e para

diversidade é resultado de muito debate nos últimos tempos em torno de tal

inclusão, do direito de todos à educação e do pluralismo cultural.

Por fim sugere “A implementação da Lei nº 10.639/2003 no contexto escolar é um desafio

para que toda a sabedoria relacionada a historia e à cultura africana e afro-brasileira se torne um

conhecimento presente, efetiva e positivamente, na sala de aula.” (p.155.2006).

Declara “A partir da Lei nº 10.639/2003, o dia nacional da Consciência Negra é incorporado

no calendário escolar como o dia a ser lembrado, comemorado e desenvolvido em todas as

instituições de educação básica”. (p.168.2006).

Portanto a educação das relações étnicos raciais tem por objetivo a

divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores, preparando o

cidadão para uma vida de fraternidade entre todos.

Neste sentido estaremos contemplando também as discussões a respeito

do valor à vida, preservação da mesma, enfrentamento da violência escolar e

respeito pelo meio ambiente. Desta forma destaca o Caderno da II Conferência

Infanto-Juvenil pelo meio ambiente, “...aprende , pensa e age para construir o seu presente

com criatividade, liberdade e respeito à diversidade, garantindo as mesmas ou melhores

oportunidades para as gerações futuras” (p. 04, 2005)

Os educandos necessitam modelos de valores éticos, portanto, a escola

através dos Professores, Direção e Equipe Pedagógica buscam promover a

consciência dos valores humanos pela preservação à vida, diminuindo a violência

escolar com ações que levem ao respeito, de suas capacidades e limites inclusive

enfatizando o respeito ao meio ambiente visto que, a vida precisa ser mantida em

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equilíbrio consigo, com os outros seres humanos e com o ambiente onde

convivemos.

Dentro destes assuntos contemporâneos, os países compartilham acordos

sobre as responsabilidades de preservação do meio ambiente, portanto a escola faz

também sua parte neste sentido para que as novas gerações assumam a postura de

respeito por si, pelo outro e pelo ecossistema.

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6. MARCO OPERACIONAL

A estrutura organizacional da escola é composta pela APMF e Conselho

Escolar, os quais são órgãos colegiados, cuja função é de participar dos aspectos

que norteiam a escola como: as discussões, conflitos, auxiliando no encontro de

possíveis soluções para os problemas enfrentados, na tomada de decisões e

investimentos necessários, como também visa o bom funcionamento escolar e a

qualidade educacional proposta. As funções de Conselho Escolar e APMF estão

especificados nas páginas que se seguem.

Para que esse trabalho seja efetivado é necessária uma maior autonomia

escolar, apoio de equipe pedagógica, recursos financeiros, envolvimento dos pais e

da comunidade.

Percebemos que, o que falta aos pais dos nossos alunos é um bom

esclarecimento a respeito da forma de desempenhar seu papel e da importância de

fazê-lo.

Estamos propondo para isso, reunião com toda a Equipe Escolar (

Professores, Conselho Escolar, direção, Equipe Pedagógica...), buscando

alternativas nesta questão, como por exemplo: bilhetes, individuais aos pais dos

alunos que requerem mais atenção no seu aprendizado, para que os mesmos

compareçam à escola, mensagens positivas e sugestivas sobre a parceria família -

escola-sociedade; reuniões bimestrais para entrega de boletins; conscientização dos

próprios alunos sobre a importância de reservar horários em casa para o estudo,

considerando o mesmo como um trabalho a ser desempenhado. Isso possibilitará

melhor rendimento e compreensão dos conteúdos em sala de aula.

Para tanto propomos envolver mais os pais nas relações escolares, através

de reuniões, palestras e atividades culturais, onde possam, já sabendo sobre a

situação escolar dos filhos, receber os boletins, também informações que

enriqueçam seus conhecimentos com palestras sobre temas que sejam pertinentes

à escola e todo o segmento escolar.

Oportunizar a todos o acervo cultural acumulado, aproveitando a sala de aula

para trabalhar temas urgentes como moral, solidariedade, meio ambiente, prevenção

ao uso de drogas (bebidas alcoólicas e cigarro) e sexualidade através de dinâmicas

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que valorizem o trabalho em grupo, formando o aluno para a vida, consciente de

sua responsabilidade social.

Visamos através do nosso trabalho, envolvendo cidadania, promover a

sensibilização, a reflexão e a mobilização para um compromisso permanente com a

defesa dos direitos básicos para todos e com a melhoria do bem-estar coletivo.

Ações que serão desenvolvidas:

- Utilizar recursos e critérios diversificados ao avaliar o aluno (trabalhos individuais

e em grupo, cartazes, produção de textos, avaliação oral e escrita, provas)

considerando os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem como:

TDAH, dislexia, disgrafia, discalculia, transtornos de linguagem: expressivo ou

expressivo-receptivo considerando também a adaptação curricular quando

necessário.

- Palestras educativas para pais e alunos sobre os valores universais (respeito,

limites, autonomia,solidariedade,...).

- Encaminhamento de alunos e/ou família de aluno para a Assistência Social,

Promotoria Pública e Conselho Tutelar.

- Participação em atividades coletivas e de interesse da comunidade e educação:

campanha de agasalho, visita a creches, recolhimento de alimentos não

perecíveis para doacoes.

- Debates na escola durante todo o ano sobre tema cidadania (direitos e deveres

responsabilidade de todos).

- Um dia de artista: apresentação dos alunos de números artísticos como:

músicas, leitura de poesias, encenação teatral, danças folclóricas, intercalados

com leitura de textos sobre cidadania.

- Trabalhos envolvendo a Educação Ambiental.

Entendemos que a disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser

discutidas e estabelecidas tanto pelos professores quanto pelos alunos para que o

aprendizado escolar tenha êxito. Portanto, é uma qualidade de relacionamento

humano entre o corpo docente e os alunos em sala de aula e, conseqüentemente,

na escola. Portanto o professor não deve simplesmente fazer o que bem entender,

sobretudo perante as indisciplinas dos alunos. Numa escola onde cada professor

atua como bem entende, haverá, com toda certeza, discórdias dentro do corpo

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docente e os alunos saberão aproveitar-se dessas desavenças, jogando um

professor contra outro.

Por isso em se tratando de indisciplina é importante que os professores e

alunos discutam os problemas e adotem um padrão básico de atitudes perante as

indisciplinas mais comuns, dessa forma quando um aluno ultrapassa os limites, não

está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da

escola.

Ações para combater a indisciplina:

- Acompanhamento pelo Pedagogo na elaboração dos planos de trabalho

docente.

- Trabalhos em grupo.

- Conversa individual de orientação entre aluno e professor.

- Atividades diversificadas: dinâmicas, música, mensagem, leitura de textos

atualizados...

- Trabalho em conjunto entre os professores para não haver contradição

(regras comuns).

- Criar com os alunos um conjunto de regras claras para alunos e professores.

- Desenvolvimento de Projetos especiais, como a motivação, onde a Equipe

Pedagógica conversa com os alunos no coletivo e individual.

- Realizar adaptações curriculares para alunos com necessidades educacionais

especiais.

- Em caso de danos no mobiliário da escola, o aluno deverá ser submetido a

uma reflexão sobre o cuidado com os bens coletivos e posteriormente reparar

financeiramente ou com trabalho.

- Em caso de consumo de droga/álcool/cigarros (produtos ilícitos) chamar para

os pais para tomar conhecimento e devidas providencias.

- Chamar os pais dos alunos para esclarecer os fatos ocorridos na escola.

- Advertência em livro de ocorrência tanto para alunos como professores

quando necessário.

Somente uma escola preparada para lidar com o problema da dificuldade de

aprendizagem pode viabilizar um processo de ensino mais eficiente. Para melhorar o

rendimento escolar haverá um trabalho coletivo de toda a comunidade escolar, no

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sentido de buscar desde o início de ano alternativas com o objetivo de sanar as

dificuldades encontradas.

Ações para melhorar o rendimento escolar:

- Envolvimento da família.

- Projetos de incentivos a leitura.

- Participação dos alunos nos projetos desenvolvidos na escola.

- Discussões constantes sobre avaliação.

- Encontros de troca de experiências entre os professores da sala de recurso e

regular sobre “alunos com dificuldades de aprendizagem” e “como o aluno

aprende”.

- Recuperação paralela de conteúdos envolvendo os alunos.

A escola está disponibilizando reuniões, palestras e atendimento individual no

horário de funcionamento da escola para atender os pais.

Podemos constatar que quando os pais são envolvidos, o aproveitamento dos

alunos é melhor, independente da condição socioeconômica, perfil étnico/racial, ou

nível de escolaridade dos pais, os alunos apresentam melhores índices de

freqüência e fazem seus deveres de casa com mais regularidade.

O envolvimento da família na escola requer uma parceria, que só dará certo

quando houver uma responsabilidade compartilhada, de todos os participantes -

pais, administradores, professores, coordenadores – desempenhando importantes

papéis no suporte ao aprendizado dos alunos.

Por isso, a escola tem como objetivo reforçar o compromisso e a

responsabilidade dos pais com a escola e com seu próprio filho através das

atividades abaixo relacionadas.

- Incentivo aos pais no sentido de participar ativamente da vida escolar do seu

filho, vindo para as reuniões, palestras com psicólogos, médicos e

educadores visando um trabalho de orientação familiar.

- Mostra Cultural onde os pais e a comunidade tenham a oportunidade de

conhecer e apreciar a produção dos alunos.

- Exposição de fotos para os pais observarem o que foi produzido durante o

ano.

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- Participação de pais e alunos em jogos, eventos, passeios, competições e

brincadeiras.

- Solicitar apoio do Conselho Tutelar e Assistência Social.

- Enviar informativos aos pais sobre o rendimento escolar de seu filho.

Buscamos durante o trabalho escolar uma gestão democrática que realmente

se caracterize como um processo em prol do bom funcionamento da escola,

pautando-se na tomada de decisões conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,

envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

Através da gestão democrática é analisado os objetivos e o comprometimento

da comunidade escolar em relação ao andamento do Projeto Político Pedagógico da

Escola. Ao detectar as falhas, é verificado porque da sua inviabilidade, e novas

medidas serão tomadas no coletivo, procurando sanar as dificuldades para se obter

resultados positivos. Todos os membros envolvidos na Escola, na avaliação do PPP,

serão informados e convidados a participarem no desenvolvimento do processo

educativo, através de reuniões e encontros com pais, mestres, alunos e funcionários,

levando em consideração o que está dando certo, porém sempre procurando

implantar idéias inovadoras para que as metas sejam atingidas.

O diretor administrará junto com o Conselho Escolar, coordenando a

execução de um plano de trabalho, construído coletivamente, no sentido de elevar

os padrões de qualidade educacional do estabelecimento escolar.

Em linhas gerais, o diretor trabalhará com uma equipe constituída de

professores, pedagogos e agentes educacionais I e II. É responsável por administrar

todas as atividades pedagógicas e administrativas realizadas na Escola.

O Diretor agirá como motivador, responsável pela integração e articulação das

diversas atividades internas e externas, para viabilização de uma política

institucional de educação, assim como pela definição de ações e tomada de

decisões, para que os objetivos fundamentais sejam alcançados.

A direção atuara como agente articulador dos diferentes segmentos escolares

em torno da proposta pedagógica que se quer desenvolver. Quanto maior for essa

articulação, melhor serão desempenhadas suas próprias tarefas, seja no aspecto

organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida.

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Operando a partir dos dados da realidade e das condições concretas

existentes na escola, a direção estará incentivando o trabalho em equipe, de modo

a mobilizar a comunidade escolar em torno do compromisso com a qualidade do

ensino público.

A Equipe Pedagógica, desempenha importante papel junto a todo o pessoal

envolvido diretamente na escola. Este se dará em acompanhamento dos trabalhos e

projetos desenvolvidos junto aos pais, alunos e professores, discutindo as

metodologias e buscando junto a professores e alunos caminhos para que a

educação se torne verdadeiramente eficaz.

A Escola desempenhara papel fundamental na formação para a democracia,

com projetos e medidas que adotem essa função de forma planejada, para que isso

se realize de fato, faz-se necessário coerência entre discurso e realidade exigindo

que a organização didático-pedagógica e a estrutura administrativa da escola

estejam de acordo com princípios e procedimentos também democráticos.

Aproveitando essa relação, temos como objetivo desenvolver os seguintes

projetos:

- Respeito à diversidade e meio ambiente;

- Comemoração de algumas datas cívicas;

- Posturas de enfrentamento da violência escolar;

Participar dos projetos dos organizados pela SEED, Departamento de

Educação, Cultura e Esporte de Ampére e de outras instituições.

A função do Conselho escolar será fundamentalmente político-pedagógica. É

política, na medida em que estabelece as transformações necessárias para que

essa transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira atividade que o

conselho escolar desempenhará será a de discutir e delimitar o tipo de educação a

ser desenvolvida na escola, para torná-la uma prática democrática comprometida

com a qualidade socialmente referenciada.

Sua relevância está exatamente no fato de reunir representações da

comunidade escolar e local com o objetivo de buscar e garantir qualidade à

educação oferecida pela escola, de modo que seja possível propiciar, no seu âmbito

de ação, um perfil de cidadão.

Em relação ao Conselho de Classe da Escola esse tem como objetivo

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desenvolver um sistema de acompanhamento e avaliação, tendo como parâmetro de

análise os gráficos que são realizados bimestralmente demonstrando o índice de

alunos acima e abaixo da média; os quais são interpretados e utilizados em um

processo de decisão, buscando de forma coletiva encontrar soluções que favoreçam

a aprendizagem dos alunos e um novo direcionamento no trabalho dos professores.

É o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica da ação pedagógico-

educativa da escola, refletindo sobre essa ação e não apenas se ater a notas ou

problemas de comportamento de determinados alunos.

Propomos realizar avaliações de diversas formas, estabelecendo critérios as

quais permitirão ao professor avaliar o conhecimento que o aluno constrói no dia-a-

dia, em cada trabalho desenvolvido. Essas avaliações serão registradas no caderno,

por meio de debates, atividades de informática, entrevistas, pesquisas, exercícios,

trabalhos em grupo, aulas experimentais, seminários, participação nas aulas, e

apresentação de tarefas.

Para tanto os professores levarão em consideração os conhecimentos prévios

que os alunos possuem tendo como referência para os conhecimentos científicos, o

qual pode ser expresso através do material humano que está presente na relação

ensino-aprendizagem pela linguagem oral, corporal e outros materiais produzidos

pela cultura como: livros, CDs, revistas, jornais, jogos didático-pedagógicos, vídeos,

retro-projetores, slides, mapas, atlas, dicionários e materiais esportivos.

O Conselho de Classe verifica se os objetivos, os processos, os conteúdos e

as relações estão coerentes com o referencial de trabalho pedagógico na Escola.

Sob esse ponto de vista o Conselho de Classe é uma forma de validação de controle

da realização da proposta pedagógica.

Este também é um espaço de avaliação dos professores e dos trabalhos

pedagógicos oferecidos aos alunos, com envolvimento de todos no sentido de

buscar alternativas de ação que levem à consecução dos objetivos propostos,

descobrindo meios eficazes para que os alunos cresçam como pessoa e

coletivamente.

O Conselho de Classe acontecerá bimestralmente,conforme especificação no

calendário.

O Pré – Conselho, será realizado em cada turma/série. A Equipe pedagógica,

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abordará com os alunos, questões pertinentes ao ensino - aprendizagem, ouvindo-

os sobre os conteúdos, os docentes, disciplina da turma em sala de aula, também

suas sugestões, para no dia do Conselho, debater estas questões no grupo de

professores. O mesmo será registrado em livro ata.

O Pós – Conselho, ocorrerá como uma devolutiva aos alunos, onde a Equipe

pedagógica conduzirá as questões discutidas em Conselho, sobre a e na

turma/série. Havendo com esta, reflexões sobre metas para melhor aprendizagem

no que se refere à disciplina, conteúdos e progressos na aprendizagem. Além de

estarem abertos às sugestões dos professores, discutidas em Conselho de Classe.

A nossa escola busca através das ações ser um espaço democrático, onde

todas as pessoas possam ser ouvidas, e a APMF é o veículo que integra todos os

representantes da comunidade escolar.

Assim a APMF de nossa escola partilhará das tomadas de decisões como

compra e venda de bens para o patrimônio, contribuindo dessa forma, para a

melhoria da qualidade do ensino, bem como, administrará os recursos financeiros

próprios e os que lhes forem repassados através de convênios prestando contas

desses recursos, com registro em ata.

Caberá também a APMF e Conselho Escolar promover o entrosamento de

toda a comunidade escolar, através de atividades sócio-educativa-cultural-

desportivas, através de palestras, jogos, teatros, filmes, gincanas.

Referente a Formação Continuada, todas as pessoas, independente de seus

cargos e funções, são considerados sujeitos que aprendem em relação à formação

continuada. Os professores e os funcionários terão momentos na escola para refletir

sobre a prática de trabalho, e consigam resolver os problemas diários, tomando

decisões rápidas estando preparados e informados para atender os alunos.

Portanto a escola tem como função primordial oferecer hora atividade, como

espaço para a reflexão de bons textos. A equipe escolar propõe-se também

participar dos momentos de capacitação, com a finalidade de aprimorar seus

conhecimentos.

Sabemos que apenas com a formação básica do clássico diploma

universitário o professor não consegue mais dar conta das novas demandas.

Um dos objetivos em ofertar a formação continuada é a construção dos

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conhecimentos de forma coletiva, de modo a cooperarem entre si, encontrando

formas inovadoras de enfrentar os problemas escolares, formas essas que facilitem

a vida do professor. Dessa forma encontrarão na relação, no diálogo com os

colegas, uma certa reflexão conjunta e partilhada que lhe permitam superar

problemas que, sozinho, jamais conseguirão.

No aspecto da Formação Continuada, a Escola realizará atividades conforme

calendário explícito do Núcleo Regional de Educação, para as referidas

capacitações. A Equipe Pedagógica também proporcionará reflexões-ações em

Conselho de Classe e Hora-Atividade, sobre assuntos pertinentes aos

enfrentamentos no cotidiano da Escola nos aspectos do ensino-aprendizagem,

metodologias, recursos didáticos, necessidades educacionais, projetos escolares.

Enfim será uma tomada de consciência das dificuldades e progressos,

compreendendo e elaborando estratégias de enfrentamento.

Ações desenvolvidas:

- Durante a hora atividade organizaremos momentos de leitura de textos

comuns a todos os professores.

- Troca de idéias e sugestões de atividades entre professores.

- Produção de relatos reflexivos sobre a prática pedagógica.

- Assistir vídeos que auxiliem na sala de aula.

- Envolvimento de todos os professores para elaborar projetos por disciplina.

- Participação de professores e funcionários em eventos oferecidos pela SEED,

NRE e Departamento Municipal de Educação, Cultura e Esporte do Município

de Ampére.

Consideramos que uma das principais finalidades da educação é a promoção

do desenvolvimento global do ser humano, neste sentido avaliar significa subsidiar a

construção do melhor resultado possível e não pura e simplesmente aprovar ou

reprovar.

A avaliação da aprendizagem, englobará reflexões sobre “o que é aprender”,

sendo este um ato que o sujeito exerce sobre si próprio e na simplesmente registrar

para reproduzir.

A avaliação na Escola se dará através de provas escritas e orais, onde o

professor elegerá, explicando anteriormente aos alunos, a forma avaliativa a qual

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poderá ser somativa, cumulativa, processual, diagnóstica, formativa.

No que tange aos alunos com necessidades educacionais, realizar-se-á, a

avaliação diferenciada, avaliando seu progresso e desempenho escolar na zona real

de seu conhecimento, e também as suas habilidades emergentes em sua zona de

desenvolvimento potencial. Levando em consideração as diferentes habilidades

destes educandos.

Para tanto, utilizaremos vários instrumentos técnicos hoje disponíveis

(trabalhos individuais e coletivos, provas, atividades), o mais importante é que a

leitura e a interpretação dos dados será feita sob a ótica da avaliação, que é de

diagnóstico e não de classificação.

Ao final de um período de acompanhamento e reorientação da aprendizagem,

o educador pode testemunhar a qualidade do desenvolvimento de seu aluno,

registrando esse testemunho. Não podemos nem devemos confundir registro com

processo avaliativo. Uma coisa é acompanhar e reorientar aprendizagem dos

alunos, outra é registrar o nosso testemunho desse desempenho.

Assim sendo, a avaliação subsidiará decisões a respeito da aprendizagem

dos alunos e o trabalho pedagógico, tendo em vista garantir a qualidade do resultado

que estamos construindo.

O Calendário Escolar, a ser elaborado anualmente, atenderá as disposições

da legislação vigente, bem como, às normas, baixadas em Instrução específica da

Secretaria de Estado da Educação, considerando a legislação que prevê 200

(Duzentos) dias letivos completando 800 (oitocentas) horas de efetivo trabalho

escolar, adequando-o a realidade de cada Município ou Escola levando em

consideração o transporte escolar, contendo suas devidas férias escolares, períodos

de recesso, feriado e dias facultativos, dias de planejamento, reuniões pedagógicas

ou administrativas, capacitação, conselho de classe e outros eventos.

Este Estabelecimento de ensino adota conforme a LDB, 04 (quatro) horas de

efetivo trabalho escolar em sala de aula com 5 horas/aulas equivalente a 50

(cinqüenta) minutos.

Caberá a este Estabelecimento de Ensino elaborar e propor, para apreciação

e homologação pelo Núcleo Regional de Educação.

A promoção, recuperação de estudos é planejada, adequando-se as

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dificuldades do aluno, de forma paralela e contínua assumindo formas que se

encontram no Regimento Escolar.

A aprovação do aluno ocorrerá através da aferição do conhecimento,

representações de valor numérico, respeitando a Resolução nº 3794/04, que institui

média de aprovação 6,0 (seis), para todo o Estado do Paraná.

As avaliações neste estabelecimento de ensino serão parciais que somadas

resultarão em 10 (dez) pontos em cada bimestre ou ainda, dois à três instrumentos

avaliativos somados e divididos resultarão na média bimestral. De acordo com a

fórmula que segue:

Av1 + Av2 + Av3 = MB ou Av1 + Av2 = MB 2

O aluno que no final do ano letivo não atingir a média de aprovação, poderá

ser aprovado pelo Conselho de Classe final, observando-se os seguintes critérios:

- Estar retido no máximo em três disciplinas.

- Demonstrar interesse para a aquisição de conhecimentos.

-Desenvolver atividades propostas individualmente e coletivamente.

- Assimilar e interagir em situações que envolvam o conhecimento adquirido de

foram escrita ou oral.

Além do que as Adaptações Curriculares para os alunos com necessidades

educacionais especiais, são flexibilizados criteriosamente, pela Equipe Pedagógica,

Direção e Professores, sem contudo empobrecer o conhecimento básico destes

alunos, mas oportunizando a inclusão social.

O enriquecimento do acervo bibliográfico da escola poderia ser melhorado

através da aquisição de volumes enciclopédicos dentro dos assuntos de Ciências,

também mapas atualizados, referentes à Geografia e História. A biblioteca constitui-

se em espaço pedagógico, onde os materiais estarão à disposição de todos os

alunos, professores e serviços gerais. No início de cada ano será construído com os

alunos e professores as regras e normas de conduta pertinentes a esse espaço

devendo ser seguida por todos. Cada professor dispõe desse espaço para usufruir

em suas aulas. Visamos a ampliação do acervo bibliográfico para melhorar o

atendimento aos nossos alunos.

Os professores desse estabelecimento atuarão em conjunto na

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implementação de ações que dinamizem a Biblioteca de modo a divulgar entre os

educandos o material nela existente criando expectativa e desejo de ler. Assim,

realizam-se aulas semanais de leitura, por toda equipe escolar.

Por ter várias acomodações julgamos necessário mais uma pessoa para a

limpeza, para que a escola possa apresentar aspecto mais favorável.

Procuraremos na medida do possível, trabalhar com a inclusão, não somente

atendendo aos alunos com necessidades especiais, mas visamos um trabalho

diversificado com os alunos que apresentam necessidades educacionais ou de

inclusão.

No aspecto inclusivo, a Escola está realizando as devidas Adaptações

Curriculares para os alunos com necessidades educacionais, sem contudo

“empobrecer” o aprendizado, mas flexibilizando o mesmo, priorizando o Conteúdo

Curricular que realmente vai fazer a diferença para estes educandos em seu meio

social, exercendo seus direitos e deveres de cidadãos. Destacamos como exemplo

de atividades: oralidade, debates, pesquisa de campo e orientadas, ilustrações,

materiais concretos entre outros.

Atenderemos tais necessidades educacionais de nossos educandos,

realizando trabalhos diversificados, como grupos de estudo formado por alunos que

auxiliem seus colegas com dificuldades, avaliações semanais orais e escritas tanto

individuais como coletivas, visando retomar o conteúdo defasado, além de

avaliações bimestrais e recuperação paralela bimestrais que venham ao encontro

com as dificuldades encontradas pelos alunos, procurando saná-las,

encaminhamento para sala de recurso, conforme adaptações curriculares já

mencionadas. Promoveremos discussões referente a qualquer tipo de preconceito,

proporcionando condições de inserção social.

Conforme citamos no marco situacional, a escola não apresenta casos de

evasão escolar, todavia se chegar a ocorrer algum caso, contaremos com o apoio do

Conselho Tutelar, para ir em busca desse aluno evadido, devido o fato de os

mesmos residirem em comunidades afastadas da escola.

A Hora-Atividade demarca o momento de organização do professor para atuar

nas turmas/séries. Aqui ocorrerá o devido plano de trabalho Docente, avaliação

diagnóstica dos resultados obtidos pelos educandos, tomada de decisões

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juntamente com a Equipe Pedagógica e reflexões sobre casos pertinentes às

necessidades educacionais, projetos, preparação de material de apoio pedagógico.

O professor é um profissional cuja atividade principal é o ensino, portanto,

pelo fato de estar diretamente em contato com o aluno, precisa utilizar estratégias de

ação pedagógica, condizentes com a realidade dos mesmos, sem esquecer-se da

importância do conteúdo sistematizado, o saber clássico.

Portanto, a metodologia do docente, incluirá práticas que conduzam o aluno

paulatinamente a um ser crítico – transformador em sua realidade. Isso inclui:

debates; documentários; discussões de notícias lidas faladas e ouvidas; ainda outras

atividades dentro do conteúdo/série, contribuindo para que o aluno não seja mero

receptor, mas agente de seu meio social e história. Incluímos aqui a Educação Fiscal

quer reflete na satisfação das necessidades básicas do ser humano, pois inclui o

direito à alimentação, saúde, educação e outros. Também a Formação para as

Relações Étnico-Raciais, conteúdos trabalhados nas atividades das Disciplinas

Curriculares, preservação da vida e meio ambiente, enfrentamento à violência

escolar, sexualidade e outros.

Neste sentido, a inclusão também abrange as questões sobre as Relações

Étnico-Raciais, que destaca a Cultura Afro-Brasileira, segundo a lei 10.639 de 09 de

janeiro de 2003, incluindo no Currículo Oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade

desta temática.

Portanto, a Escola através de seus docentes, realiza atividades dentro deste tema,

como:

- Contribuições na alimentação;

- Contribuições na Arte;

- Contribuições musicais e grupos Afro descendentes;

- Destaque de personalidades: atores, atrizes, cantores, apresentadores...;

- religiões Afro-Brasileiras;

- Países africanos que falam a Língua Portuguesa;

- Palavras que utilizamos e que possuem sua raiz africana.

� Quanto ao Grêmio Estudantil, não há esta organização na escola, contudo

serão realizados estudos e discussões a esse respeito nos próximos anos.

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6. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Após analisar, discutir profundamente e amplamente o Projeto Político

Pedagógico da Escola Estadual Água Boa Vista conclui-se que a escola busca a

participação coletiva, pois é neste movimento, onde se entrelaçam os diversos

saberes que cada um possui, que cria a possibilidade de um conhecimento comum a

todos. É através da participação de cada pessoa e respeitando sua individualidade

enquanto integrante de um corpo maior e coletivo, que é a escola.

Quanto o papel fundamental dos pais, não se espera que sejam professores

nem que interfiram em seus conhecimentos técnicos. Trata-se de reconhecer a

competência e o direito que tem de avaliar, dentro das dimensões analisadas, o

trabalho escolar.

Os pais tem um saber real e competente, que deve ser respeitado. É um

saber diferente, que completa os demais saberes, auxiliando no conhecimento sobre

a escola e em sua transformação, por isso a importância do envolvimento dos pais

na escola.

As formas de gestão democrática, na verdade, é uma construção que envolve

toda a escola, fazendo todos crescerem juntos, e o mais importante é essa

democratização das decisões que só tem sentido se for com o objetivo de garantir o

conhecimento elaborado e sistematizado. É o que se tenta fazer através da

construção do Projeto Político Pedagógico.

Constatou que a educação é um processo que faz o aluno passar por uma

certa organização escolar, por uma instituição que tem uma estrutura, um

funcionamento, pessoas que cuidam dela. O educando passa por tudo isso

vivenciando e quando vivencia, está aprendendo.

Acima forma como a escola está organizada para o aluno aprender é

fundamental para a aprendizagem. Nesse sentido o Projeto Político Pedagógico

visa a intenção coletiva dando continuidade a construção de novos conhecimentos,

por estar em constante transformação.

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