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SequÊncia Pedagógica Uma sugestão da Editora Adonis para a construção interdisciplinar da aprendizagem. Livro: A colecionadora de lendas Rosane Nicolau, ilustrações de Paulo R. Masserani Projeto Pedagógico

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SequÊncia

Pedagógica

Uma sugestão da Editora Adonis para a

construção interdisciplinar da aprendizagem.

Livro: A colecionadora de lendasRosane Nicolau, ilustrações de Paulo R. Masserani

Projeto Pedagógico

Sequência PedagógicaUma sugestão da Editora Adonis para a

construção interdisciplinar da aprendizagem.

Americana-SP, 2018

A colecionadora de lendasRosane Nicolau, ilustrações de Paulo R. Masserani

Copyright © 2018Editora Adonis

Projeto EditorialMagali Berggren Comelato

Projeto PedagógicoFAM – FACULDADE DE AMERICANAPEDAGOGIA 3º PERÍODO:Gabriel Castro Dourado - RA –20171233Alexandre Guilherme Sperandia - RA –20170553Karina Rodrigues Moniz - RA –20171600Mariele Souza de Camargo - RA –20131651Rafaela de Oliveira Gomes - RA –20171391Thayna Espanha - RA –20170816

Projeto GráficoPaula Leite

Orientação e RevisãoProfessora. Dra. Natália Kneipp Ribeiro GonçalvesCoordenadora dos Cursos de Letras e Pedagogia da FAM (Faculdade de Americana)

Todos os direitos reservados à Editora Adonis.Rua do Acetato, 189 - Distrito Industrial Abdo NajarCEP: 13474-763 - Americana/SP - Fone: (19) 3471.5608www.editoraadonis.com.br

Trabalho apresentado a Faculdade de Americana – FAM (Americana/SP) no curso de pedagogia como requisito para avaliação de Literatura Infantil pela Professora. Dra. Natália Kneipp Ribeiro Gonçalves.

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Caros educadores,

A proposta que apresento é fruto de um trabalho desenvolvido por mim no segundo semestre de 2017 com os alunos do curso de Pedago-gia da Faculdade de Americana (FAM), no âmbito da disciplina Literatu-ra Infantil. As sequências didáticas que vocês conhecerão neste material foram o resultado da parceria realizada entre a Editora Adonis e a FAM. Assim, os objetivos da disciplina Literatura Infantil da FAM se integraram à elaboração das sequências didáticas dos livros publicados pela Editora Adonis.

Discutiram-se com os alunos de Pedagogia da FAM as relações entre os textos literários e a formação integral do ser humano, a conceituação do termo “literatura infantil”, o desenvolvimento da literatura infantil no Brasil e o trabalho com a literatura na Educação Infantil e nos anos ini-ciais do Ensino Fundamental. Os objetivos que permearam essas discus-sões foram os seguintes:

• Valorizar as práticas de leitura e escrita por fruição, destacando as-pectos que extrapolam os tradicionalmente desenvolvidos na escola.

• Conhecer e apreciar autores e obras literárias.• Sistematizar e socializar reflexões sobre a arte e a educação, anali-

sando práticas pedagógicas pautadas no trabalho com a literatura.• Compreender e aplicar os conceitos relacionados à literatura infantil

em situações práticas de sala de aula, seja em estágios supervisio-nados, na disciplina de práticas pedagógicas ou no exercício docen-te daqueles que já atuam em escolas, englobando ainda simulações ou casos construídos com base em situações educativas reais.

• Problematizar o conceito de literatura infantil e sistematizar refle-xões ao redor de obras literárias voltadas às crianças e publicadas no Brasil, com destaque para os livros da Editora Adonis.

• Refletir sobre as possibilidades de trabalho com a lite-ratura na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, analisando criticamente o uso dos textos literários em livros didáticos.

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A partir disso, os alunos tiveram a tarefa de construir sequências di-dáticas voltadas à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental inicial, to-mando como base os livros publicados pela Editora Adonis.

As sequências didáticas elaboradas pelos alunos de Pedagogia da FAM foram avaliadas e revisadas por mim, responsável pela disciplina de Lite-ratura Infantil, em parceria com os responsáveis pela Editora Adonis. E foi assim que estas sequências didáticas chegaram até você, prezado(a) professor(a). É importante reforçar que tanto o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), como os Parâmetros Curricu-lares Nacionais (PCN), destinados ao Ensino Fundamental, definem o tra-balho com a literatura infantil como um fator primordial para a formação integral do ser humano.

Dessa forma, os eixos da Educação Infantil (Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática) e os componentes curriculares do Ensino Fundamental (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação Fí-sica, além dos Temas Transversais) foram considerados de maneira inter--relacionada na elaboração das sequências didáticas. As atividades nelas propostas voltaram-se às práticas de oralidade, leitura, escrita e reflexão sobre a língua. Entretanto, deve-se considerar que, mesmo em articula-ção com outros conhecimentos, o texto literário tem suas especificida-des e precisa ser selecionado segundo critérios de qualidade e riqueza textuais. Esses aspectos encontram-se destacados, respectivamente, nos PCN (1997) e no RCNEI (1998):

A literatura não é cópia do real, nem puro exercício de lingua-gem, tampouco mera fantasia que se asilou dos sentidos do mundo e da história dos homens. Se tomada como uma manei-ra particular de compor o conhecimento, é necessário reco-nhecer que sua relação com o real é indireta. Ou seja, o plano da realidade pode ser apropriado e transgredido pelo plano do imaginário como uma instância concretamente formulada pela mediação dos signos verbais (ou mesmo não verbais conforme algumas manifestações da poesia contemporânea).

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Pensar sobre a literatura a partir dessa autonomia relativa ante o real implica dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo regido por jogos de aproximações e afastamentos, em que as invenções de linguagem, a expressão das subjetivida-des, o trânsito das sensações, os mecanismos ficcionais podem estar misturados a procedimentos racionalizantes, referências indiciais, citações do cotidiano do mundo dos homens. A questão do ensino da literatura ou da leitura literária envol-ve, portanto, esse exercício de reconhecimento das singulari-dades e das propriedades compositivas que matizam um tipo particular de escrita. Com isso, é possível afastar uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do “prazer do texto”, etc. Postos de forma descon-textualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutile-zas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundi-dade das construções literárias. (PCN, 1997, p. 29-30)Uma prática constante de leitura deve considerar a qualida-de literária dos textos. A oferta de textos supostamente mais fáceis e curtos, para crianças pequenas, pode resultar em um empobrecimento de possibilidades de acesso à boa literatura. Ler não é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significa-do do texto, apoiando-se em diferentes estratégias, como seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que sabe sobre a linguagem escrita e o gênero em questão. O pro-fessor não precisa omitir, simplificar ou substituir por um si-nônimo familiar as palavras que considera difíceis, pois, se o fizer, correrá o risco de empobrecer o texto. A leitura de histó-rias é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários. Um bom texto deve admitir várias interpretações, superando--se, assim, o mito de que ler é somente extrair informação da escrita. (RCNEI, 1998, v. 3, p. 144-145)

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Nessa perspectiva apontada pelos documentos, esperamos que as se-quências didáticas apresentadas neste material possam integrar a práxis pedagógica dos professores da Educação Básica, contribuindo para uma visão não utilitária e interdisciplinar dos textos literários na escola.

Lembre-se de que as sequências didáticas têm o objetivo de orientar seu caminho pedagógico, mas você não precisará considerá-las uma “ca-misa de força”. Tenha total liberdade de modificar alguns de seus aspec-tos, adequando-as à sua realidade e fins.

Dra. Natália Kneipp Ribeiro GonçalvesCoordenadora e professora dos cursos de Letras e Pedagogia da

Faculdade de Americana (FAM). Pedagoga e mestre pela Unesp – Rio Claro. Doutora em Educação pela Unesp – Araraquara.

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Indicado para CICLO 1 (5º ANO).

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INTRODUÇÃO

As propostas que serão apresentadas são baseadas no livro A colecionadora de lendas, de Rosane Nicolau (Editora Adonis), que retrata a exposição de uma coleção por sua dona, uma jovem que narra lendas, as comenta e as interconecta com o seu papel de auto-ra. Esta autora faz observações bastante peculiares sobre as lendas, discute e dialoga com o leitor, já que descobriu que a melhor maneira de colecionar lendas na memória é recontando-as, por escrito, com as suas próprias palavras.

O objetivo do livro é apresentar lendas pouco conhecidas, as quais abordam histórias de amor e envolvem elementos da natureza. O livro possui onze lendas, das quais utilizaremos três nesta sequên-cia didática, que são: A lenda dos diamantes, A princesa tecelã e O nó do amor. Vários aspectos se destacam nestas histórias, entre eles: sentimento, cultura, romance, hierarquia, entre outros.

OBJETIVOS GERAIS:• Compreender o livro: A colecionadora de lendas.• Apreciar e cultivar o prazer de ler.• Demonstrar como as lendas fazem parte da criação coletiva da

cultura.• Contribuir para a circulação desses saberes seculares que nos

ensinam a viver e conviver de modo mais sensível e generoso.

CRONOGRAMA: 6 momentos.CICLO: I / 5º ano.

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PRIMEIRO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Compreender o que é “Coleção”, seu significado nos diversos as-

pectos.• Compreender a importância afetiva de coleção.

RECURSOS: folha de caderno e caneta.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Produção individual de texto.

QUANTIDADE DE AULAS: 02.

Formar uma roda da leitura, pode ser na sala de aula, pátio ou biblioteca – o espaço da biblioteca seria o mais interessante para a leitura literária. Apresentar o livro: capa, título, autora (leia com eles a orelha da capa – depois mostre-a), ilustrador, entre outros aspectos que julgar necessário. A princípio, explorar o título do livro e a capa, deixando que falem livremente sobre o que esperam encontrar na his-tória. Quando alguma criança mencionar ou questionar sobre a cole-cionadora, dar andamento à conversa com as questões abaixo. Caso ninguém exalte a questão de haver uma colecionadora, comece por questionar sobre coleções:

- O que é uma coleção?- O que é uma colecionadora?- Quem, dentre eles tem alguma coleção? Qual?- Quem conhece alguém que tenha uma coleção? Qual?Após debaterem sobre o significado e sentido de coleção, faça

um apanhado e conclua com eles, caso necessário, complemente com alguns fundamentos para que o conceito de coleção fique cla-ro. Exemplo: COLEÇÃO: ato de colecionar: escolher entre determi-

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nados objetos aqueles que formem um conjunto com características comuns, reunião ordenada de objetos de interesse estético, cultural ou científico.

Seguir propondo que tragam para a próxima aula coleções que possuam, ou de algum familiar, parente ou amigo. Juntamente com a coleção, trazer respondido, um questionário que levarão, com as seguintes perguntas:

1) Por que iniciaram essas coleções?2) Tiveram algum incentivo para colecionar? Quem incentivou, de

que forma?3) Exponha como foi adquirido o primeiro objeto dessa coleção?4) Qual o valor desse objeto?O questionário deve ser respondido pelo dono da coleção.Caso o dono da coleção não seja o aluno, e este não empreste a

coleção para ser levada à escola, pode-se tirar fotos e trazer o ques-tionário respondido.

Na aula seguinte, formar nova roda de leitura, de preferência em um espaço diverso da sala de aula. Mostrar novamente o livro, capa e título. Solicitar que peguem as coleções trazidas e os questionários. Um aluno por vez irá mostrar aos demais a coleção, explicando o que é e, posteriormente, lendo as respostas do questionário, dizendo quem respondeu. Caso tenham sido trazidas poucas coleções, apre-sente alguns slides de exemplos de coleções, comuns e famosas. Como por exemplo: álbuns de figurinhas de Copas passadas, 2012 ou 2016; coleção de carros ou outras coleções que se pode encontrar facilmente fotos na internet.

Fomente conversas e questionamentos acerca de cada coleção trazida, quem são seus colecionadores, com enfoque especial para as respostas ao questionário, sobretudo a última: “Qual o valor desse objeto? ”.

Caso ninguém exalte a questão sentimental, questionar:

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- Essas coleções custam caro ou são baratas?- Essas coleções valem a mesma coisa para todas as pessoas?

Para os donos e para as outras pessoas?- O único valor que elas têm é material?Ao final, solicitar que façam, individualmente, uma redação com o

título: A maior coleção do mundo. Se der tempo, solicite que façam em sala, caso contrário, que façam em casa e tragam na aula seguinte.

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SEGUNDO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Refletir sobre fatores relativos à apresentação de um livro.• Conceituar o que são lendas.• Entender o que são e para que servem as lendas.• Integração e trabalho em grupo.

QUANTIDADE DE AULAS: 02.

RECURSOS: Lousa, giz, folha de caderno e caneta.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Exposição oral e escrita. Pro-dução coletiva de texto.

Formada a roda de leitura, desta vez em sala de aula, mostrar o livro: capa, título, entre outros. Parta sempre do que eles já sabem, iniciar com o questionamento:

- O que é lenda? Deixe que discorram e vá anotando as conceituações na lousa.

Se necessário, fomente e ajude-os. Quando houver uma quantidade suficiente para esboçar um bom conceito, leia com eles ou peça que eles leiam, começando por reler a orelha do livro onde se apresenta a autora, em seguida leia a apresentação, na página 09 – Um caleidos-cópio de histórias, por Severino Antônio.

Nesse momento, explique o que é a apresentação de um livro. Comente brevemente a apresentação. Quem é Shakespeare? O que ele quis dizer? Continuando, leia o capítulo I: A colecionadora de lendas, concluindo o conceito de lenda, segundo a narradora.

Faça uma retomada da significação de coleção e colecionador. A seguir, peça para fazerem relações/comparações entre as coleções

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trazidas por eles e a coleção da narradora da história. Se necessário, apimente a discussão com alguns questionamentos:

- Qual a importância dada pela narradora às suas lendas?- As lendas realmente pertencem a ela? Por que? Como?- Quanto vale a coleção dela?Entre outras que achar pertinente. Solicite para a próxima aula que pesquisem com seus familiares e

vizinhos, a lenda que mais gostarem, trazendo-a.Na aula seguinte forme uma roda. Com o livro em mãos, faça uma

retomada da significação de coleção, colecionador e lenda. Peça que cada um leia a lenda que trouxe e conte como a conseguiu.

Divida a classe em quatro grupos, ou mais se achar necessário. Peça para que cada grupo escolha uma coisa para a qual não co-nheça a origem, por exemplo: a nuvem, a canela em pó, o fogo etc. Em seguida peça que escrevam em grupo uma lenda que conte o surgimento ou criação da coisa escolhida pelo grupo. Ao terminarem recolha as histórias.

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TERCEIRO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Explorar outros ambientes fora da sala de aula, em contato com a natureza, relacionando-os ao livro literário.Conhecer os aspectos culturais, mencionados nas histórias, e que se passam em diversos países, como: Brasil, Itália e Japão.

QUANTIDADE DE AULAS: 01.

RECURSOS: Máquina fotográfica, ou tablete, ou celular. Para regis-tro por fotografia. Dicionário ou tablet, ou celular. Para consultar as palavras. Cartolina, cola, lápis de cor, papel, durex, revistas, jornal e tesoura. Para a produção do cartaz.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Produção coletiva de arte vi-sual.

Levar as crianças para uma área externa, embaixo de uma ár-vore, por exemplo, na própria escola, em uma praça ou em um horto. Algum lugar que os alunos tenham contato com a natureza. Distribua papel e lápis coloridos. A história poderá ser lida ou contada. Antes de iniciar, peça que anotem no papel todas as palavras que não conhe-cerem, uma embaixo da outra. Ler, ou contar, o capítulo III: A lenda dos diamantes. Faça uma pausa quando ler o comentário da narra-dora, no trecho: “Em minha opinião, a história terminaria aqui, com um “e foram felizes para sempre”. Por outro lado, os diamantes não exis-tiriam e não seria uma lenda. Oh, céus! Será que nada é perfeito? ”.

Questione os alunos para que respondam verbalmente: - E eles, o que acham, deveria terminar por ali a história? - Se terminasse no: “e foram felizes para sempre”, segundo a

autora, não seria uma lenda. O que seria? Que tipo de narrativa termi-na com: “e foram felizes para sempre”?

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Após responderem, retome a leitura e siga até a segunda pau-sa que se dará na página 23, no trecho: “Não sei, não. Essa parte já acho exagero”.

Questione, a seguir: - E vocês, o que acham? Deixe que respondam, então prossiga e conclua a leitura. Após a contação, cada um lerá as palavras que anotou no pa-

pel e o professor procurará em um dicionário, ou um tablet, o signifi-cado de cada uma. O professor lê e os alunos anotam o significado na frente de cada palavra.

Caso não esteja entre as palavras anotadas, questione o sig-nificado de tribo:

- Qual é a diferença entre tribo, cidade e aldeia? - Qual é o significado de cacique? - Qual é a diferença de cacique, diretor e prefeito? - O que significa: “luas e luas se passaram”? - Como os índios contavam o tempo? Deixe que respondam. Terminando o debate, recolha as folhas,

divida a turma em quatro grupos, distribua uma cartolina, cola, lápis de cor, durex, revistas, jornal e tesoura, para cada grupo. Peça que cada grupo produza um cartaz com coisas típicas dos índios. Pode ser desenho, pintura, colagem, etc. Avise que eles podem utilizar ou-tros recursos que também estejam no ambiente. Ao final, recolha os cartazes e os materiais.

Não se esqueça de fotografar todo o momento, desde a chega-da ao ambiente escolhido até o retorno.

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QUARTO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Explorar outros ambientes fora da sala de aula (cozinha e seu interior). • Verificar os aspectos culturais, mencionados nas histórias, que se pas-

sam em diversos países, como: Brasil, Itália e Japão.

QUANTIDADE DE AULAS: 04.

RECURSOS: Máquina fotográfica, ou tablete, ou celular. Mapa-mún-di, foto cópias do mapa, TNT, pincel, tinta, tesoura, sal, farinha de trigo, água, óleo, corante alimentício.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Produção individual e coletiva de arte visual, patchwork, pintura, escultura, modelagem.

Forme a roda, na própria sala de aula, leia a introdução que a narradora faz do IX capítulo: Nó do amor. Mostre o mapa-múndi, converse sobre ele, deixe que os alunos o manuseiem, veja o que eles conhecem sobre o mapa e acrescente informações. Peça que lo-calizem a Itália e que narrem o que sabem sobre ela. Pergunte sobre os antepassados deles, se conseguem localizar no mapa a origem destes. Dê espaço para falarem, logo após, distribua uma fotocópia do mapa-múndi (Anexo 1) para que levem para casa e, junto com a família, pintem nele de onde vem seus parentes mais antigos, escre-vendo no verso sobre seus antepassados.

Na aula seguinte, forme uma roda e relembre a introdução da história - Nó do amor. Peça que mostrem seus mapas e, em seguida, leiam o que escreveram. Recolha os mapas. Leve as crianças para uma área externa, gramado ou jardim, distribua os trechos da história dentro de um nó de tecido, os quais serão numerados, de acordo com

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a sequência da lenda. Seguindo a ordem numérica, peça que cada um desfaça o nó e leia o seu trecho. Faça uma pausa, após ter o pri-meiro comentário da narradora, no trecho: “Essa é uma das versões da lenda... ...é um macarrão recheado de casos e mais casos”.

Na sequência, questione os alunos: - Quantas versões pode ter uma mesma lenda?- Como uma mesma lenda tem várias versões? Dê um espaço para responderem. Distribua pincéis, tinta, um

pedaço de TNT com um molde já colado ou riscado (Anexo 2) e tesou-ra para cada aluno. Eles devem recortar seus aventais e depois pintar neles algo referente à Itália. Recolha, após terminado. Coloque para secar e, por fim, guarde-os para a aula seguinte.

Na aula seguinte, leve as crianças para uma área externa, em uma cozinha, se possível, onde, por ventura, tenham aula de culinária ou economia doméstica. Se não houver este espaço, solicitar uma excursão breve pela cozinha da própria escola, ou em outra, antes da leitura. Se isso também não for possível, tente fazer no refeitório ou pátio, de onde se possa ver a cozinha e seu interior. Então, inicie a leitura, retomando o ponto de onde parou na aula anterior, que é logo após o trecho: “Essa é uma das versões da lenda... ...é um macarrão recheado de casos e mais casos”.

Siga lendo até o trecho: “Daquele dia em diante, o capelete se tornou o prato mais apreciado da região”.

Faça uma nova pausa. Abra espaço para os alunos comenta-rem. Divida a turma em grupos, anote os nomes dos componentes de cada grupo, distribua os aventais, os ingredientes e a receita de uma massa que irão preparar (Anexo 3). De posse dos materiais, os gru-pos deverão fazer suas massas seguindo a receita. Após terminarem, recolha a massa caseira de modelar que acabaram de fazer e guarde para a próxima aula.

Na aula seguinte, forme uma roda de leitura na sala de aula,

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dividindo os alunos nos mesmos grupos da aula anterior, devolva a massa produzida por cada grupo, peça para que dividam em pedaços iguais e dividam um pedaço para cada um. Em seguida, eles deverão relatar como foi a experiência da aula anterior, na cozinha, explicando como foi fazer a massa. Depois do relato, leia a última parte da lenda e peça para modelarem a massa na forma de um capelete. Não se esqueça de fotografar todo o momento, desde a chegada ao ambiente escolhido até o retorno, em todas as aulas.

QUINTO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Estimular a leitura como forma de lazer, prazer e fruição.

QUANTIDADE DE AULAS: 02.

RECURSOS: Lousa, giz, TNT de cores diversas, tinta spray, colas, algodão, EVAs coloridos, tesouras e novelos de lã. Esses são alguns materiais sugeri-dos, pode dispor o que tiver.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Pesquisa. Montagem de instalação ar-tística.

O capítulo VIII – A princesa tecelã e o pastor de rebanhos, tem uma peculiaridade interessante, a história que a narradora conta, antes mesmo da própria lenda, uma introdução em que narra como ela adquiriu essa lenda, é por si só um texto muito rico. Assim, dedique especial atenção a ele. Forme uma roda, faça a leitura desta introdução do capítulo VIII e, então, debata o texto com os alunos.

Traga para a conversa as viagens que eles tenham feito ou que gos-tariam de fazer, pergunte sobre objetos que tenham trazido de algum lugar como lembrança, ou que tenham ganhado de alguém que trouxe de algu-ma viagem. Elenque tudo o que for sendo falado na lousa. Divida a sala em quatro grupos, por afinidade de lugares que conheceram ou que gostariam de conhecer, ou, ainda, pelos objetos que mencionaram anteriormente terem trazido ou ganhado de lembrança. Peça para que cada grupo pesquise em jornais, revistas, livros, internet, entre outros, tudo o que puderem sobre a região escolhida e tragam para a aula seguinte o que anotaram acerca deste local, sobretudo acerca de seus aspectos culturais.

Na aula seguinte, forme uma roda e faça a leitura da lenda do capítulo VIII, debata sobre a lenda, sobre o país de origem nela mencionado (Japão) e os aspectos da astrologia presentes. Deixe que os alunos discutam sobre esse assunto. Para isso, questione-os:

- O que sabem sobre o Japão, seus costumes, culinária, tecnologia?- Como deve ser um país com cultura tão antiga em contraste com a

modernidade tecnológica que apresenta?- Como deve ser a relação dos jovens com os mais velhos?Traga mais informações sobre o Japão para enriquecer a discussão e

continue o debate. A seguir, separe os grupos anteriormente divididos, peça para mostra-

rem o que trouxeram da pesquisa feita na aula anterior e para que comentem esta pesquisa com os outros grupos.

Distribua TNT de cores diversas, tinta spray, colas, algodão, EVAs co-loridos, tesouras, novelos de lã e fita dupla face. Esses são alguns materiais sugeridos, mas é possível dispor de outros.

Peça para que cada grupo se dirija a um canto da sala com seus obje-tos. Eles deverão imaginar que são como as princesas tecelãs e os príncipes tecelões. Com o material disponibilizado e a pesquisa trazida, os alunos deve-rão montar um cantinho ricamente enfeitado e caracterizado como o lugar que conheceram ou gostariam de conhecer estipulado por cada grupo. Enfatize que os visitantes do cantinho montado por cada grupo deverão perceber qual foi o lugar representado, sobretudo pelos seus aspectos culturais característi-cos e peculiares que lhe representam.

SEXTO MOMENTO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:• Analisar e compreender os sentimentos predominantes presentes em

cada lenda lida. • Expressar e saber lidar com o sentimento de perda.

QUANTIDADE DE AULAS: 01.

RECURSOS: Máquina fotográfica, ou tablete, ou celular; Projetor; Clip da mú-sica Monte Castelo do Legião Urbana; Vídeos sobre os projetos VIVA Caio e VivaCazusa; Lousa ou flip chart; Giz ou caneta.

AVALIAÇÃO: Expressão oral. Debate. Relatório de pesquisa. Produção de cartaz.

Forme uma roda da leitura, no anfiteatro ou em qualquer outro espaço que tenha projetor, retome, brevemente, as três lendas lidas ao longo da sequên-cia didática. Discuta o que elas têm em comum, os sentimentos presentes e anote na lousa ou no flip chart. Deixe que os alunos se expressem. Se ne-cessário, fomente o debate com questionamentos, como:

- Qual era o sentimento entre Itajibá e Potira? E entre o casal na lenda Nó do amor? E entre a princesa tecelã e o pastor?

Coloque no telão um clip com a música Monte Castelo, do grupo Le-gião Urbana. Abra um novo espaço para comentarem a música. A seguir, qestione os alunos:

- Como devem ter se sentido os casais dessas lendas com a dificulda-des para ficarem juntos?

- Em uma das lendas, a família já havia escolhido outros pares/noivos para eles; em outra, o pai não consentia o relacionamento e, ainda, na última, o casal é separado pela morte do marido.

- Como é perder alguém que gostamos muito?- Como nos sentimos quando alguém que gostamos está longe?- Quem gostaria de falar sobre esse sentimento surgido quando perde-

mos alguém?

É importante que o professor saiba mediar o debate, auxiliando os alu-nos quanto a saber lidar com a dor da perda.

Ao final, mostre no telão do projetor exemplos de projetos baseados ou surgidos após a perda de alguém. Exemplo: o projeto VIVA Caio, Viva Cazu-za, entre outros. Comente sobre eles.

Convide os alunos a fazerem uma pesquisa sobre esses tipos de proje-tos e, por fim, a turma elaborará um projeto para simbolizar que a perda pode unir as pessoas, fazendo com que umas ajudem as outras. Coletivamente, a turma fará cartazes sobre esse projeto, com o direcionamento do professor. A ideia é que tenha alguma ação social envolvida no projeto dos alunos, em prol do sentimento de perda de pessoas queridas que fizeram parte da vida de cada um e que esse sentimento poderá motivar ações solidárias. Exem-plo: um projeto para arrecadar mantimentos ou roupas para ajudar pessoas necessitadas da comunidade, demonstrando perdas diárias de vidas devido à desigualdade social de nosso país; um projeto que alerte motoristas da comunidade sobre os perigos de dirigir alcoolizado, demonstrando perdas re-lacionadas a esse fato, entre outros.

Não se esqueça de fotografar todo o momento. Por fim, reúna todo o material produzido pelas crianças nesta sequên-

cia didática e organize uma exposição, convidando familiares e outras turmas da escola para apreciarem.

Anexo (1)

Anexo (2)

Anexo (3)

Para fazer a sua massinha você vai precisar de:1 xícara de sal.4 xícaras de farinha de trigo.1 xícara e meia de água.3 colheres de sopa de óleo.Corante alimentício.

Modo de fazer:Acrescente um item de cada vez mexendo devagar até formar a massa.

Rua do Acetato, 189 – Distrito Industrial Abdo NajarAmericana – SP – CEP 13474-763 – F. (19) 3471.5608

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