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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM SAÚDE COLETIVA Atualização: semestre letivo 2018.1

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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE

BACHARELADO EM SAÚDE COLETIVA

Atualização: semestre letivo 2018.1

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SUMÁRIO

PERFIL DO CURSO............................................................................................................................3ATIVIDADES DO CURSO.................................................................................................................6

DADOS DESCRITIVOS GERAIS:................................................................................................6DESCRIÇÃO DAS OPÇÕES DE CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA...............................................6OBJETIVOS DO CURSO.............................................................................................................14COMPETÊNCIAS E HABILIDADES.........................................................................................15PERFIL DOS ESTUDANTES......................................................................................................19AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES.............................................................................................20PERFIL DOS PROFESSORES.....................................................................................................21PESSOAL DOCENTE...................................................................................................................22PESSOAL TÉCNICO....................................................................................................................23INFRA-ESTRUTURA...................................................................................................................23TIPOS DE ATIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZADO EXISTENTES NO CURSO:...........25ESTÁGIO CURRICULAR............................................................................................................29TRABALHO DE CONCLUSÃO DE GRADUAÇÃO (TCC)......................................................30CRÉDITOS COMPLEMENTARES.............................................................................................34ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS............................................................................................35

PERFIL DOS EGRESSOS.................................................................................................................36PRÁTICAS ESPECÍFICAS DOS SANITARISTAS.....................................................................37

FORMAS DE ACESSO AO CURSO................................................................................................39SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO...............................................................40SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM........................43

PROCESSOS AVALIATIVOS.......................................................................................................43AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES............................................................................................45PAPEL DOS ESTUDANTES NOS PROCESSOS AVALIATIVOS.............................................47AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES.............................................................................................47

ATO AUTORIZATIVO ANTERIOR OU ATO DE CRIAÇÃO.........................................................50ATENÇÃO AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS............................................51DOCENTES PERMANENTES DO CURSO....................................................................................54ANEXOS............................................................................................................................................55

ANEXO 1: GRADE CURRICULAR 2018.1................................................................................55ANEXO 2: REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO......................58

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PERFIL DO CURSO

O Curso de Graduação de Bacharelado em Saúde Coletiva, na UFRGS, se insere como

uma proposta de contribuir para a defnição de uma formação inovadora, fundamentalmente

contemporânea, na habilitação de profssionais da área da saúde ou com forte atuação desta

área de conhecimento no âmbito intersetorial.

Nesse sentido, visa amparar o setor de políticas públicas da saúde e a área de

conhecimento das Ciências da Saúde com a formação de um profssional demandado, mas

inexistente no âmbito da graduação. Busca, de modo especial, a construção da integralidade e

da intersetorialidade nas atividades de coordenação institucional de ações, planos, programas,

serviços, sistemas e redes de saúde e de participação na Promoção e proteção da saúde das

pessoas e coletividades.

A criação do curso Bacharelado em Saúde Coletiva, na Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, resulta do movimento de implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para

a área da saúde (Edital SESu/MEC nº 4, de 10/12/1997 e Resoluções CNE/CES nos 3, 4 e 5/2001; 2,

3, 4, 5 e 6/2002; 1 e 2/2003 e 7 e 8/2004), das Diretrizes Constitucionais Nacionais para o setor da

saúde (Artigos 200, 205, 208 e 214, da Constituição Federal de 1988) e seus desdobramentos na

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Artigos 1º, 2º, 3º, 43 e 53) e na Lei Orgânica da

Saúde (Artigos 13, 14, 15 e 27), além do consequente processo de mudança nos cursos da área.

O projeto pedagógico do curso também visa atender às diretrizes curriculares nacionais

para os cursos de graduação em Saúde Coletiva, estabelecidas no Processo: 23001.000195/2016-

59 e aprovadas na Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação.

A partir de 2004, e em resposta à convocação nacional despertada pelos Ministérios da

Educação e da Saúde, designado por “AprenderSUS – o SUS e os cursos de graduação da área

da saúde”, os cursos propriamente da área passaram a discutir, seja por meio de grupos de

estudos, seja por meio de projetos correspondentes aos Editais nacionais apresentados pela

“Política Nacional de Formação e Desenvolvimento para o Sistema Único de Saúde: Caminhos

para a Educação Permanente em Saúde” (Resolução CNS nº 335, de 27/11/2003), a construção

da integralidade da atenção à saúde, o trabalho em equipes multiprofssionais e

interdisciplinares, a apropriação do sistema de saúde vigente em nosso país, a educação

permanente em saúde e a docência e práticas pedagógicas na área ou setor da saúde, fazendo

surgir, com vigor nacional, a formulação de projetos formativos e de desenvolvimento dos

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trabalhadores até a graduação na área da Saúde Coletiva, única área da Grande Área da Saúde

na Tabela de Áreas do Conhecimento da Capes que não confgurava uma profssão de saúde.

Além da UFRGS, outras 18 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) propuseram,

inicialmente, a criação de cursos similares ao proposto pela Escola de Enfermagem.

O profssional formado no Bacharelado em saúde Coletiva deve dominar um conjunto

de competências normativas, instrumentais, estratégicas e comunicativas, além de habilidades,

para o exercício de funções de Sanitarista, por isso o nome proposto ao curso de graduação

abrange políticas da concepção à avaliação e meta-avaliação, sistemas, ações, serviços e

modelo assistencial.

O profssional Sanitarista deve atuar em processos e práticas de políticas sistêmicas e

institucionais, de estratégias programáticas, de ações e de serviços de saúde, com ênfase em

processos de análises, formulações, organização, gestão e avaliação em Saúde, além das ações

coletivas de proteção à saúde onde se inclui “educação, Promoção e Vigilância da saúde”, as

ações sociais de participação popular e controle social em saúde.

No que se refere à área de conhecimento do curso, a mesma foi defnida na árvore das

áreas de conhecimento da Capes, como área da Saúde Coletiva, área que abrange os domínios

do Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde e da Educação, Promoção e Vigilância da

Saúde. Outros domínios devem ser emergentes como a Ciência, Tecnologia, a Inovação e a

Saúde Ambiental. No Brasil, o profssional em Saúde Coletiva é designado por Sanitarista, título

atualmente utilizado por todos os egressos da especialização em Saúde Coletiva e suas sub

áreas ou campos de domínio.

Considerado esse conjunto de considerações e a análise prospectiva do campo

profssional, entendemos que a titulação do profssional que atende às necessidades elencadas

deva ser a de profssional de Saúde Coletiva, ou seja: Bacharel em Saúde Coletiva.

O curso de Bacharelado em Saúde Coletiva propõe-se a formar, por meio do

embasamento teórico e experiência prático-aplicativa, profssionais aptos e habilitados para a

análise crítica e propositiva de realidades e, a partir destas, venha estabelecer objetivos e

metas para o planejamento, gestão e avaliação de políticas e sistemas de saúde e para a

educação, Promoção e Vigilância da saúde, tanto nas áreas específcas de Planos e Programas

de Serviços e Produtos e de Organizações e Instituições de Saúde, como na área ampla do

desenvolvimento de políticas públicas e de ações coletivas de redução de riscos de doença e

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outros agravos, e no estabelecimento de condições que assegurem acesso igualitário e

universal à Promoção, proteção e reabilitação da saúde (CF, Art. 196).

A UFRGS tem uma trajetória centenária no oferecimento de cursos na área da saúde,

que tem suas origens na criação da Escola de Farmácia (1896) e de Escola de Partos(1897),

seguidas pela criação das Escola de Medicina, Odontologia e Obstetrícia (1898). A Escola de

Enfermagem possui e implementa os cursos de bacharelado e licenciatura em enfermagem há

quase 60 anos. Hoje, a UFRGS oferece os cursos de Biologia, Biomedicina, Educação Física,

Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia

e Psicologia, Serviço Social, além do desenvolvido domínio de conhecimento da Educação em

Saúde, na Faculdade de Educação, onde ocorrem os estágios de docência dos cursos de

licenciatura da área da saúde e onde está instalado a Residência Integrada Multiprofssional em

Saúde Mental Coletiva.

A UFRGS é referência regional e nacional no ensino superior, como atestam o número

de inscrições no Concurso Vestibular (em torno de 38 mil candidatos) e as diversas avaliações

realizadas, externas e internas. Os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes (ENADE) demonstram que mais de 90% dos cursos/estudantes avaliados atingem os

melhores conceitos, reforçando o conceito de excelência da instituição. Esta reconhecida

qualidade se deve à qualifcação dos corpos docente, discente e técnico, bem como à

integração praticada entre ensino, Pesquisa e Extensão

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ATIVIDADES DO CURSO

DADOS DESCRITIVOS GERAIS:

Denominação: Bacharelado em Saúde Coletiva

Total de vagas anuais: 60 vagas, em duas entradas semestrais de 30 alunos

Número médio de estudantes por turma: 30 alunos

Turnos de funcionamento: Noturno

Modalidades disciplinares: as Unidades de Produção Pedagógica (UPP) devem ser atividades

de ensino teórico-práticas e o Estágio Curricular é atividade de ensino de dedicação ao

desenvolvimento profssional, funcionando como "internato"(jornada semanal). As UPP terão

funcionamento noturno e o Estágio Curricular poderá ser desenvolvido em outros turnos.

Atividades teórico-práticas: 2.370 horas (158 créditos) + 30 horas (Trabalho de Conclusão de

Curso)

Estágio Curricular: 600 horas

Créditos complementares: 12 créditos

Carga horária total do curso: 3.000 horas + 12 CR complementares

Integralização da carga horária do curso: limites mínimo 8 semestres e máximo de 16

semestres

Locais de Funcionamento:

Escola de Enfermagem (Eenf) da UFRGS : Rua São Manuel, 963, Campus da Saúde, Porto

Alegre/RS. CEP: 90620-110.

Telefone: (51) 3308-5233

Anexo: Rua Princeza Isabel, 615. 1º andar. Bairro Santana. Porto Alegre-RS. CEP: 90620-001

Telefone: (51) 3308-5096

E-mail: [email protected]

DESCRIÇÃO DAS OPÇÕES DE CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

A partir de referenciais teórico-conceituais e político-flosófcos presentes no ensino da

saúde, é apresentado o projeto pedagógico para o curso de Bacharelado em Saúde Coletiva. O

projeto respeita as Normas Básicas da Graduação na Universidade Federal do Rio Grande do

Sul, propondo-se à construção de um Currículo Integrado, organizado por Unidades de

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Produção Pedagógica (UPP), articuladas para o desenvolvimento e produção de um

conhecimento interdisciplinar e de uma implicação ética com os resultados em saúde.

A estrutura curricular é assentada em UPPs, construídas por um conjunto de domínios

do conhecimento que devem ser desenvolvidos sob um encadeamento construtivo. Nesta

perspectiva, tanto o ensino quanto a aprendizagem devem traduzir uma vivência de integração

das atividades como produção formativa ao longo da UPP, mostrando que professor e

estudante estão presentes nas diferentes etapas do seu desenvolvimento.

Assim, as Unidades de Produção Pedagógica (UPP) devem ser articuladas de forma

longitudinal e na proposta de currículo integrado para o desenvolvimento e produção de um

conhecimento interdisciplinar.

Essa proposta de organização curricular se estrutura a partir do pressuposto da

educação permanente em saúde, nos termos em que se tornou política pública no Sistema

Único de Saúde(SUS), para ensejar a integração entre trabalho em saúde, formação

profssional e cidadania e pretende ser agregadora de áreas e unidades acadêmicas dentro da

universidade. A integração interdepartamental se focará entre departamentos gestores das

cargas horárias dos docentes que atuarão no curso, entre os departamentos da Escola de

Enfermagem e entre os departamentos que compartilham seus eixos complementares, como

Economia e Educação.

Cada UPP corresponde a um agregado dos conteúdos e práticas (núcleo de saberes) de

domínio do profssional da Saúde Coletiva no exercício das funções profssionais em saúde

pública, assim cada UPP corresponde, também, à gestão docente colegiada desse agregado de

conteúdos e práticas. Isto quer dizer que a gestão do curso se assenta principalmente sobre a

sua produção pedagógica junto aos estudantes e não sobre a gestão administrativa da

educação (gestão das cargas horárias, número de créditos, distribuição dos encargos etc.).

Na medida em que cada UPP é um colegiado de docentes, agregados pelo

compartilhamento solidário e corresponsável do ensino de um núcleo de saberes, deverá gerir

o desenvolvimento das aprendizagens desse núcleo de saberes junto aos alunos, mas também

junto ao desenvolvimento docente permanente e junto à condução da educação no formato de

um curso de graduação.

As UPP deverão constituir um docente gestor indicado pelo agregado de docentes do

respectivo núcleo de saberes, esse agregado de professores é proveniente de quaisquer

Departamentos envolvidos com o curso. A composição da COMGRAD/COL se fará pela

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representação das suas UPP. Considerando-se a complexidade e especifcidade do campo da

Saúde Coletiva, a articulação entre os diferentes cursos da área da saúde e cursos em interface

intersetorial com a saúde será desenvolvida no amadurecimento do curso iniciativas

inovadoras de ensino buscarão a qualifcação da capacidade de ensinar da instituição, inclusive

pela mobilização e protagonismo dos estudantes dos vários cursos. Encontra-se nessa

perspectiva a ampliação e integração do ensino com cenários do sistema de saúde da

intersetorialidade, particularmente do sistema público de saúde, e a sua vinculação com as

necessidades e demandas emanadas pelo sistema de saúde, especialmente na Região Sul, de

modo a fortalecer o padrão de compromisso ético da Universidade – e dos profssionais que ela

forma – com a sociedade e com a qualifcação da saúde nos âmbitos individual e coletivo.

Essas orientações impõem ao projeto político do curso e ao ensino ofertado no Curso de

Bacharelado em Saúde Coletiva a consideração das transversalidades da área, subáreas e

domínios de conhecimento, o uso de metodologias interacionistas e da flosofa

construcionista, a interdisciplinaridade, a integralidade e a delimitação da área da Saúde

Coletiva como campo de atuação profssional.

A metodologia interacionista, a flosofa construcionista e a educação permanente em

saúde constituem a orientação pedagógico-educacional da formação graduada no Bacharelado

em Saúde Coletiva, tanto pelas demandas do setor de aplicação (que se propõe à produção

crítica e comprometida ética e politicamente com as necessidades sociais em saúde) quanto

pelas demandas da área do conhecimento (que se propõe à revisão de conceitos e valores à

construção e reconstrução de sentidos e de linguagens e àcriação e recriação de práticas).

Nesse sentido, a formação graduada deve proporcionar aprendizado cognitivo e

sensível, possibilitando o protagonismo dos atores no processo de construção do

conhecimento e na formulação e implementação dos atos de saúde.

O interacionismo, o construcionismo e a educação permanente em saúde pressupõem o

constante questionamento dos fatos ou fenômenos, compreendendo-os nos seus contextos

de produção e engendramento social, histórico, linguístico, de ação e de atuação, propondo

sentidos e arranjos possíveis e sempre atuais. Dessa forma, é importante considerar a realidade

como fator desencadeante e desafador do processo ensino-aprendizagem (fator de

exposição).

Busca-se que a prática pedagógica evidencie a ação do discente como transformador de

suas relações com os fatores de exposição ao conhecimento e sua prática de

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trabalho/formação em interação com as diferentes realidades em que pode atuar

profssionalmente. Esta perspectiva pedagógica é a de uma aprendizagem ativa,

conceitualmente uma perspectiva plural com as características do sócio-interacionismo

simbólico, das redes de conversação e da cognição inventiva, explicando o conhecimento como

construído, atividade de si e de mundo, atuação dos saberes e transformação singular dos

sentidos do fazer. É a ação interrogadora que traz capacidade didática para as atividades de

ensino teóricas, teórico-práticas ou prático-aplicativas, remetendo, sempre, o conhecimento

para o aprendizado experimentado em ato.

A multiprofssionalidade e a interdisciplinaridade devem ser componentes estratégicos

na formulação pedagógica do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva, pois o próprio campo

de conhecimentos agrega diversidades de saberes, práticas e habilidades profssionais e

pressupõe atuação em rede e em equipe, por isso, a organização curricular também deverá

considerar a articulação dessa graduação com outras que se confguram como essenciais à

produção de conhecimento da área e da profssão, em especial a articulação com os cursos da

área da saúde, das ciências sociais, as ciências sociais aplicadas, das engenharias, da educação e

das humanidades.

A interdisciplinaridade se materializa inicialmente pela oferta de Unidades de Produção

Pedagógica ao invés da tradicional divisão do conhecimento em fragmentos disciplinares. A

integração de conhecimentos e práticas se faz na produção de saberes profssionais, na

Pesquisa, no ensino e na Extensão. Como fator de organização curricular, a articulação de

Unidades de Produção Pedagógica e núcleos de conhecimentos e práticas fortalece a

possibilidade de integração dentro da instituição, com áreas, cursos, núcleos e linhas de

Pesquisa e Extensão. Também como arranjo possível para uma nova estruturação da

construção do conhecimento, propõe-se a articulação entre os núcleos de conhecimentos e

práticas de maneira intersetorial (saúde, ambiente, saneamento, assistência social, educação,

lazer, segurança alimentar e trabalho e previdência), potencializando o ensino, a Pesquisa, a

Extensão e a inovação tecnológica na área da Saúde Coletiva, compreendendo que o objeto da

área da saúde se dá de forma transversal e pressupõe a integração de diferentes atores,

setores, áreas, núcleos e linhas.

A formulação da proposta pedagógica considera as aproximações, integrações e

articulações possíveis no desenvolvimento das capacidades interpretativas, conceituais e

prático-operativas para a formação de um profssional que tenha potencial de agir nos espaços

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de formulação política, de operação estratégica e acompanhamento e regulação de planos,

ações, serviços, redes e sistemas de saúde, assim como na implementação da Promoção,

Vigilância e Educação da Saúde para elevar os níveis de Saúde Coletiva da população.

Partindo de uma proposta de formação ampla em relação ao desenvolvimento de

habilidades para atuação em Saúde Coletiva, é necessário fazer uma escolha sobre o foco a ser

explorado na formação, como motivador de determinadas competências e habilidades

profssionais e da educação permanente dos professores do curso. Se essa escolha está

pautada pelo conjunto de saberes que instrumentalizam o olhar e o agir no planejamento,

gestão e avaliação de políticas e sistemas de saúde há um conjunto de conhecimentos

essenciais para a qualifcação profssional para o desenvolvimento das atividades que

compreendem o escopo de trabalho desse profssional da saúde. A atenção à saúde,

delimitação no campo das práticas que defne uma profssão como da área de conhecimento

da saúde, no caso deste profssional, se faz pelos conteúdos de Promoção, Vigilância e

Educação da Saúde, tendo em vista integrar e complementar a integralidade da atenção pela

participação da Saúde Coletiva. Um exercício adicional é o do incentivo e colaboração

profssional junto aos aspectos participativos no setor da saúde, o que envolve o conhecimento

e práticas de apoio ao controle social participativo e cidadão.

Nesse sentido, a delimitação e caracterização desse campo de conhecimento, como

também da nova atuação profssional instiga à inovação conceitual e prática para a área da

saúde e a atualiza como ato instituinte de processos até então estabelecidos sob a formação

especializada em Saúde Pública e seus vários domínios integrados ou alargados pela Saúde

Coletiva, bem como promove a afrmação da relevância pública do setor e acadêmica da área.

O desenvolvimento da formação e o trabalho do Bacharel em Saúde Coletiva confgura

resposta às necessidades do Sistema Único de Saúde, da saúde da população e da ciência

contemporânea. Na perspectiva apresentada foi proposta uma estrutura curricular assentada

em Unidades de Produção Pedagógica (UPP), cognição e sensibilidades, construídas por um

conjunto de domínios do conhecimento que serão desenvolvidos sob um encadeamento

construtivo, confgurado para serem desenvolvido ao longo de oito semestres ou quatro anos,

em uma carga horária mínima de 180 horas (3.000 horas-aula + 12 créditos complementares),

sendo 2.370 horas, distribuídas em atividades teórico-práticas, 600 horas de Estágio Curricular,

no formato Internato em Área Profssional, divididas em 300 horas de Estágio Curricular I –

Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde e 300 horas de Estágio Curricular II – Promoção,

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Vigilância e Educação da Saúde. devem ser acrescidas a essa carga horária 30 horas de Trabalho

de Conclusão de Curso e 12 créditos para atividades complementares (mínimo de 180 horas). A

estrutura curricular garante o contato amplo com a realidade e os temas da Saúde Coletiva do

início ao fm da formação, induzindo-se um afunilamento da formação para um domínio

profssional mais específco de atuação que confgura a profssão ou núcleo de conhecimentos

e práticas do Bacharel em Saúde Coletiva (Sanitarista).

A proposta curricular do Bacharelado em Saúde Coletiva contempla dois grandes eixos

de formação, distribuídos em seis Unidades de Produção Pedagógica (anexas as súmulas das

UPPs ):

Eixo 1: Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde;

Eixo 2: Promoção, Vigilância e Educação da Saúde.

Os eixos formativos marcam uma opção da proposta da UFRGS em produzir iniciativas

que abordem, na perspectiva da Saúde Coletiva, o tema do planejamento, gestão e avaliação,

como recorte específco na atuação interprofssional, relacionado com a Promoção, Vigilância e

Educação da Saúde, como recorte ampliado na atuação interprofssional. Dessa forma, devem

ser marcadas as competências e habilidades da Saúde Coletiva, assim como as referências

teórico-práticas que constituem a sustentação de políticas e sistemas de saúde, como

formação básica. Nesse sentido, os eixos propostos constituem-se em proposições teórico-

politicas e flosófcas transversais aos conteúdos defnidos nas Unidades de Produção

Pedagógica. A prática específca do Sanitarista fca contemplada pela defnição da análise de

políticas e sistemas de saúde, segundo o desenvolvimento de atividades relacionadas aos

processos e rotinas de interpretação de estados e desafos de situação de

saúde(confgurações) em territórios (lugares, cidades, serviços, países) e aos processos e

rotinas de avaliação em situações de saúde(acompanhamento, monitoramento, regulação,

ativação de práticas e elevada compreensão de modelagens).

As súmulas das Unidades de Produção Pedagógica devem ser deliberadamente

compatíveis e equivalentes, pois indicam o aprofundamento nos diferentes semestres ao longo

do curso de uma mesma base de conteúdos. Os conteúdos das Unidades articulam-se e

complementam-se entre si. As dinâmicas de funcionamento das Unidades não devem ser

semelhantes à estrutura disciplinar vigente na formação acadêmica da UFRGS. Prevê-se que as

Unidades proponham um diálogo interdisciplinar que se assenta também em metodologias que

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possam privilegiar a interrogação a partir de análises de situação em territórios vivos, e no

sistema de atenção à saúde.

A formação profssional básica, em seu formato mais contemporâneo, prevê a

integração ensino-serviço desde o primeiro dia de aula, essa é a noção do ensino embasado em

problemas da realidade, do ensino embasado em projetos, e do ensino embasado em

situações-problemas, diferentes modalidades que tornam as disciplinas ultrapassadas. Nesse

sentido, prevê-se que a graduação se aproxime de um lado dos processos formativos da Pós-

Graduação, e de outro dos processos formativos da Educação Escolar. devem ser seis as

Unidades de Produção Pedagógicas( núcleos de saberes), além de oito de Tutoria, cinco

Unidades Integradoras e dois Internatos de Prática Profssional

I – Unidade de Políticas Públicas e Sistemas de Saúde: atividades de ensino envolvendo

domínios de conhecimento como teoria política, políticas públicas; história da saúde,

institucionalização das práticas; história da organização do sistema de saúde no Brasil; reforma

sanitária; comparação de sistemas de saúde; saneamento, urbanização e meio ambiente;

políticas e programas de saúde; organização do sub-setor de saúde suplementar e suas

estruturas de regulação; saúde suplementar.

II – Unidade de Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde: atividades de ensino envolvendo

domínios de conhecimento como teoria das organizações; planejamento e gestão de políticas e

gerenciamento de serviços e sistemas de saúde; estratégias e modelos tecnoassistenciais;

informática e informação em saúde em saúde; gestão do trabalho e da educação na saúde;

controle, monitoramento e avaliação em saúde; auditoria e regulação em saúde; economia da

saúde e avaliação econômica no setor saúde; avaliação de políticas de serviços, de programas e

de ações no setor da saúde; avaliação de tecnologias em saúde; ciência, tecnologia e inovação

em saúde.

III – Unidade de Saúde, Sociedade e Humanidades: atividades de ensino envolvendo domínios

de conhecimento como antropologia da saúde; sociologia da saúde; gênero e diversidades

humanas na formulação, condução e apreciação de ações do setor da saúde; legislação e

direito em saúde; participação da população e controle social nos serviços e sistemas de saúde;

desenvolvimento ambiente e saúde; geografa humana de interesse ao setor da saúde; arte,

cultura e saúde; ética e bioética na atuação em saúde e na produção de conhecimentos.

IV – Unidade de Análise de Situação de Saúde e Vigilância à Saúde: atividades de ensino

envolvendo domínios de conhecimento como epidemiologia; medidas e indicadores em Saúde

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Coletiva; Vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária; Vigilância nutricional e segurança

alimentar; saúde do trabalhador; práticas de biossegurança; análise de risco; análise de

situação de saúde; demografa; geoprocessamento; carga de doença e determinantes em

saúde.

V – Unidade de Pesquisa em Saúde e Bioestatística: atividades de ensino envolvendo domínios

de conhecimento como tecnologias de busca e uso da informação científca e bibliográfca em

saúde; Pesquisa e produção de conhecimento em saúde; bioestatística; métodos de Pesquisa

qualitativa em saúde; métodos gráfcos; ética em Pesquisa; divulgação científca e tecnológica

em saúde; leitura de artigos científcos e busca de evidências técnico-científcas.

VI – Unidade de Promoção e Educação da Saúde: atividades de ensino envolvendo domínios de

conhecimento como educação e comunicação; educação permanente em saúde e educação de

profssionais de saúde; educação popular em saúde; práticas multiprofssionais e trabalho em

equipe;; programas/políticas de saúde para grupos populacionais, culturas urbano e rural; ciclos

de vida e necessidades em Promoção da saúde; redes sociais e proteção de saúde, movimentos

sociais por saúde, espaço e ambientes em saúde; integralidade em saúde; qualidade de vida;

saúde mental coletiva; escuta pedagógica das práticas de saúde; pedagogias dos processos

coletivos.

VII - Unidade Tópicos Integradores em Saúde Coletiva: esta Unidade, a ser implementada com

preponderância de carga horária na modalidade de EAD, buscando desenvolver, em cada

semestre, temas transversais às diferentes UPPs, visando integrar os diferentes conteúdos aos

conhecimentos e práticas da Saúde Coletiva que constituem a base das competências e

habilidades a serem desenvolvidas na seqüência do curso. A integração entre eixos

disciplinares em campos de atuação é argumento central na construção das UPPs, conforme o

projeto político-pedagógico do curso. A singularidade desta UPP é a produção de

atravessamentos e transversalidades entre as UPPs ofertadas em cada semestre com

dimensões da prática profssional nos sistemas e serviços de saúde. A carga horária da

modalidade EAD, que já compõe as estratégias de ensino no projeto político pedagógico do

Curso, será totalmente utilizada nesta UPP. A inovação curricular se mostra necessária neste

momento de implementação do curso, uma vez que apenas com a previsão de alcançá-la com

atividades a serem realizadas em uma das UPPs nas quais estava vinculada não se mostrou com

sufciente potência. Assim, a Comissão de Graduação do Curso de Bacharelado em Saúde

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Coletiva optou, após a análise em maior profundidade, na proposição desta nova UPP de forma

a garantir a transversalidade prevista.

VIII - Unidade de Tutoria: as atividades de tutoria, propostas no Currículo do Curso de

Bacharelado em Saúde Coletiva, compõem a estratégia principal de construção de habilidades

e competências com densa refexão sobre a prática e a produção de conhecimentos associados

às mesmas, assim como à avaliação de habilidades desenvolvidas. Da forma como foi prevista

no projeto político-pedagógico, essa modalidade de atividades constituiu difculdades

operacionais que comprometeram a potência prevista inicialmente, em particular sobrecarga

em uma única UPP, o impedimento à participação de estudantes não matriculados nessa UPP

específca e problemas para o registro da responsabilidade pedagógica dos docentes na

nucleação de grupos nos quais é viável e produtiva a realização dessa modalidade. Para superar

o problema constatado e potencializar a estratégia da tutoria, a Comissão de Graduação do

Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva optou pela criação desta UPP, de forma a garantir

singularidade no desenvolvimento e na avaliação do estudante no processo do ensino-

aprendizagem em pequenos grupos.

Figura 1: Confguração de Unidades de Produção Pedagógica e suas respectivas cargas horárias.

OBJETIVOS DO CURSO

Devem ser objetivos do curso de Bacharelado em Saúde Coletiva:

–Formar profssionais para analisar crítica e propositivamente as políticas de saúde com

elevado padrão de qualidade e dentro dos princípios da ética e da bioética, com senso de

responsabilidade social e compromisso com a cidadania, a partir do contexto político-

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normativo do SUS, bem como para constituir condições para a implementação e avaliação

dessas políticas;

–Formar Sanitaristas, adequados às demandas do Sistema Único de Saúde, fortalecendo a

descentralização da gestão, a democratização do processo decisório, a integralidade da

atenção à saúde e a participação popular no âmbito dos sistemas e serviços de saúde e a

intersetorialidade;

–Formar Sanitarista para uma prática integrada e contínua junto às instâncias do Sistema Único

de Saúde, sendo capaz de desenvolver processos de planejamento, gestão e avaliação em

saúde;

–Formar Sanitaristas para atuarem, direta ou indiretamente, pela Promoção, Vigilância e

Educação da Saúde, individual e coletiva, garantindo atenção integral à saúde da população.

PERFIL DOS EGRESSOS

As competências e as habilidades devem ser apresentadas como "gerais" e como "específcas".

As competências e habilidades gerais guardam similaridade com o grupo de profssões da área

da saúde e as específcas se referem à formação do Sanitarista e sua especifcidade como

analista de política e sistema de saúde. Ambas conferem ao Sanitarista um espectro de atuação

que contempla o recorte específco de atuação interprofssional e o recorte científco e

tecnológico em seu compromisso com a ciência, tecnologia e inovação para o direito à saúde e

à qualidade de vida.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS

A formação do Sanitarista tem por objetivo dotar o profssional dos conhecimentos requeridos

para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais:

I – Atenção à Saúde: o profssional deve estar apto a desenvolver ações de Promoção,

Vigilância e Educação da Saúde que integrem, complementem ou acrescentem qualidade à

atenção integral em saúde, sendo capaz de analisar problemas em Saúde Coletiva, pensá-los

criticamente e apresentar proposições no âmbito dos Planos e Programas de Saúde Pública, da

Formação e da Educação Permanente em Saúde e da Gestão e Participação no Setor da Saúde,

tendo em conta que o compromisso, a responsabilidade e a implicação ética com a saúde não

se encerram com o ato técnico-profssional, mas com a resolução dos problemas de saúde;

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II – Tomada de Decisões: o trabalho do profssional deve estar fundamentado na capacidade de

tomar decisões mediante análise de situações de saúde, avaliação de efcácia e custo-

efetividade, análise de processos institucionais da força de trabalho, gestão de insumos e

tecnologias e organização de processos e práticas;

III – Comunicação: o profssional deve ser acessível e deve manter a confdencialidade ética e

bioética das informações que lhe forem confadas na interação com outros profssionais de

saúde e com o público em geral, envolvendo comunicação verbal e não-verbal e habilidades de

escrita e leitura, bem como o domínio de, pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias

de comunicação e informação;

IV – Liderança: no trabalho em equipe multiprofssional de saúde, o profssional deve estar apto

a assumir posições de liderança sob o enfoque da proteção da saúde e dos interesses públicos,

envolvendo compromisso, responsabilidade e implicação ética para com a tomada de decisões,

comunicações e gerenciamento de forma efetiva e efcaz;

V – Administração e Gerenciamento: o profssional deve estar apto a tomar iniciativas,

estabelecer apreciações, apresentar proposições e construir estratégias de acompanhamento

e coordenação no âmbito das ações, serviços, sistemas e redes de saúde, organizando,

dirigindo e executando processos institucionais de planejamento, gestão e avaliação tanto da

força de trabalho, quanto dos recursos físicos, materiais e de informação, bem como devem

estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças nas organizações

de saúde;

VI – Educação Permanente: o profssional deve ser capaz de aprender continuamente, tanto na

sua formação, quanto na sua prática, envolvendo aprender a aprender, ter responsabilidade e

compromisso com a sua educação e a formação das futuras gerações profssionais,

proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre estudantes da área da saúde e

profssionais do planejamento, gestão e avaliação ou da Promoção, Vigilância e Educação da

Saúde, inclusive estimulando a mobilidade acadêmico/profssional, a formação e o

desenvolvimento por meio de redes nacionais e internacionais.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS

A formação do Sanitarista tem por objetivo dotar o profssional do conhecimento

requerido para o exercício das seguintes competências e habilidades específcas:

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I – atuar profssionalmente, compreendendo a Saúde Coletiva em suas dimensões e expressões

e suas áreas de domínio no conhecimento específco de saúde, orientando-se pela subárea da

Saúde Pública;

II – compreender o setor da saúde no contexto das políticas e das práticas sociais,

reconhecendo os perfs epidemiológico, demográfco e cultural das populações;

III – estabelecer relações de análise e implicação ética com o controle social, reconhecendo a

estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões;

IV – reconhecer a saúde como direito a condições dignas de vida e atuar de forma a garantir

acesso às ações e serviços de saúde, integralidade da atenção e resolutividade das práticas de

proteção da saúde;

V – ser capaz de analisar situações de saúde; organizar, dirigir e implementar atividades

referentes à formulação e execução de políticas institucionais de planejamento, gestão e

avaliação em saúde e políticas protetoras de Promoção, Vigilância e Educação da Saúde;

VI – atuar nos diferentes cenários de prática do planejamento, gestão e avaliação e de

Promoção, Vigilância e Educação da Saúde, considerando os pressupostos da abordagem em

Saúde Coletiva;

VII – identifcar necessidades em saúde, seus determinantes e condicionamentos, segundo os

padrões epidemiológicos, demográfcos, culturais e socioeconômicos;

VIII – implementar atividades de planejamento, gestão e avaliação de ações, programas,

serviços, sistemas e redes de saúde;

IX – implementar atividades de planejamento fnanceiro; elaboração e execução orçamentária;

controle da situação fnanceira e patrimonial; controle contábil-fnanceiro; liberação de

recursos; análise e aprovação de prestações de contas;

X – implementar atividades de gestão do trabalho e do desenvolvimento de trabalhadores da

saúde;

XI – implementar atividades de gestão de materiais, de recursos informatizados e do processo

produtivo;

XII – implementar atividades de organização e realização de licitações;

XIII – implementar atividades de realização de Pesquisas de mercado e de impacto à saúde;

XIV – implementar atividades de apoio no desenvolvimento mercadológico de novos

programas e de resposta às necessidades em saúde; XV – implementar atividades de

divulgação e Promoção dos programas e atividades dos sistemas e serviços de saúde;

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XVI – participar da composição das estruturas-meio, consultivas e deliberativas do sistema de

saúde e das estruturas-fm de atenção à saúde segundo a subárea de conhecimento da Saúde

Pública;

XVII – assessorar órgãos, empresas e instituições em planejamento de saúde;

XVIII – conhecer os princípios de metodologia científca na subárea da Saúde Pública,

possibilitando-lhe a leitura crítica da informação técnico-científca e a participação na produção

de conhecimento;

XIX – desenvolver, participar e aplicar Pesquisas e/ou outras formas de produção de

conhecimento que objetivem a qualifcação da prática profssional;

XX – lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as políticas de saúde;

XXI – interferir na dinâmica do trabalho institucional, reconhecendo-se como agente crítico e

ativo deste processo;

XXII – assumir compromisso ético, político e social com o trabalho multiprofssional e

interdisciplinar em saúde;

XXIII – implementar atividades de comunicação interna e externa que viabilizem o direito à

informação às pessoas, organizações e movimentos populares sobre a saúde individual e

coletiva, bem como viabilizarem a divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços

de saúde e sua utilização pelo usuário;

XXIV - Interferir na Pesquisa, desenvolvimento e tecnologia em defesa do compromisso da

ciência, tecnologia e inovação com o direito à saúde e qualidade de vida;

XXV - Implementar atividade de saúde ambiental dando consequência ao desenvolvimento da

interface saúde e ambiente, saúde e moradia, saúde e trabalho e saúde e desenvolvimento

local;

XXVI – executar demais atividades defnidas em normas dos sistemas e serviços de saúde.

A avaliação dos corpos Docente, Discente e Técnico e Institucional do Curso e os Papéis

Docente Discente e Técnico é formativa e somativa, assumindo um papel preponderante no

acompanhamento dos estudantes e na melhoria do processo educativo.

A partir da análise de situações reais ou simuladas, o desenvolvimento da atividade

educacional deve permitir que todos expressem seus saberes prévios, buscando identifcar

percursos onde os problemas em situação se tornem construção do conhecimento. As

atividades de ensino priorizarão, sempre que possível, o trabalho realizado em grupos.

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As atividades realizadas visarão em um primeiro momento a observação e a avaliação

do desempenho de cada estudante frente a uma situação em um ambiente que reproduza um

cenário da vida real e, em um segundo momento, pelo apoio direcionado à exploração e

fundamentação de novas capacidades identifcadas no acompanhamento permanente,

fnalizando com a construção de consolidados provisórios de saberes aplicados.

A escolha dos cenários e a movimentação dos estudantes por esses espaços serão

discutidas e acordadas entre os serviços, entidades ou instituições e a Universidade,

considerando-se a estrutura e organização da saúde no município e locorregião metropolitana.

A avaliação é uma atividade permanente e constituinte do processo de ensino-aprendizagem,

permitindo o acompanhamento desse processo e tornando visíveis os avanços e as difculdades

para promover ações de modo a melhorar os processos, produtos e resultados.

A avaliação é realizada por todos os envolvidos na construção do currículo, deve ser

livre de medos e possibilitar que os atores do processo ensino-aprendizagem expressem suas

percepções, objetivando e exemplifcando os aspectos considerados adequados e os que

precisam ser melhorados, reformulados ou mesmo substituídos.

O respeito e a responsabilidade nesse processo devem ser fundamentais para a garantia

de um clima de cooperação ética.

A Comissão de Graduação do Bacharelado em Saúde Coletiva deverá realizar o

acompanhamento do desenvolvimento do curso, particularizando cada turma, como forma de

apoiar as transformações contínuas e reorientar processos para a melhor formação dos

estudantes nas competências e habilidades estipuladas ou atualizadas ao perfl do egresso.

PERFIL DOS ESTUDANTES

A organização curricular estabelecida e o perfl de competências e habilidades que se

deseja formar requerem do estudante um papel e uma postura protagonista na construção do

conhecimento e no desenvolvimento do perfl profssional, ressaltando-se os seguintes

aspectos: curiosidade científca e interesse permanente pela aprendizagem, com iniciativa para

a busca de novos saberes; espírito crítico-refexivo e consciência da transitoriedade de teorias e

técnicas, assumindo a necessidade de aprender ao longo de toda a vida profssional; interesse

na exploração dos conhecimentos necessários à compreensão dos processos relacionados com

as práticas na saúde; iniciativa criadora e senso de responsabilidade na busca de soluções para

os problemas presentes em sua atuação; cooperação para a educação permanente em saúde;

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participação no trabalho em equipe e em pequenos grupos, com responsabilidade e respeito à

diversidade de ideias, valores e culturas; engajamento e participação nos processos decisórios

que envolvam interesses da população, principalmente no processo de análise e implantação

de um sistema de saúde, que garanta a efetivação e a consolidação dos princípios

constitucionais; atuação em permanente cooperação ética.

AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES

A avaliação formativa do estudante é orientada à aprendizagem e realizada em

processo. Utiliza a autoavaliação e a avaliação dos demais membros do grupo ou equipe de

trabalho sobre o desempenho/atuação de cada um. Destina-se à identifcação de

potencialidades e áreas que requerem atenção, no sentido da melhoria do processo ensino-

aprendizagem.

Na avaliação somativa do estudante, busca-se avaliar os saberes e a prática profssional,

relacionados ao desenvolvimento de competências e aos objetivos gerais da proposta

pedagógica. Uma síntese avaliativa e formalizada, de maneira escrita em documentos

específcos, com periodicidade pertinente a cada atividade curricular será o recurso de

acompanhamento no formato portfólio de avaliação e matriz de acompanhamento do

desenvolvimento de competências e habilidades. Os documentos específcos de desempenho

nas atividades curriculares passam a fazer parte dos instrumentos utilizados para a avaliação ao

fnal de cada atividade ou consultoria, da Comissão de Graduação em situações limítrofes à

aprovação ou progressão escolar.

A avaliação do rendimento acadêmico ocorre mediante a atribuição de conceitos. Nas

avaliações formativas serão atribuídos os conceitos correntes no Regimento da Universidade e

estabelecidos pareceres de acompanhamento, em comum acordo com o estudante, indicativos

ao professor dos semestres subsequentes, integrante do portfólio individual. Todos os

instrumentos de avaliação devem ser continuados do início ao fnal do curso, servindo o

momento fnal de Internato Profssional (Estágio Curricular) para o reordenamento de

componentes curriculares, além das atividades prático-aplicativas.

A aprovação está vinculada ao desempenho satisfatório em todas as atividades

curriculares e ao cumprimento de 75% de presença em cada atividade curricular por semestre.

A aprovação do aluno no curso dar-se-á por aprovação em todas as Unidades de

Produção Pedagógica, respeitado o prazo máximo de integralização.

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A avaliação do desempenho do estudante nas atividades de ensino-aprendizagem

baseia-se na capacidade do estudante de identifcar necessidades em saúde, analisar

problemas de saúde e formular planos de ação, considerando os movimentos de construção do

conhecimento. Também avalia o desenvolvimento no processo de aprender a aprender e as

atitudes em relação ao trabalho de grupo e nos cenários de prática profssional.

A avaliação do desempenho discente no Internato Profssional (Estágio Curricular) é

responsabilidade do professor-orientador de forma sistemática e contínua e deverá considerar

os seguintes aspectos: domínio de conhecimentos conceituais aplicados à prática; domínio de

competências no campo da Saúde Coletiva; sensibilidade nas relações interpessoais, tendo em

vista os aspectos éticos inerentes ao exercício das profssões em saúde e relativos aos espaços

educativos envolvidos no ensino-aprendizagem da saúde; atuação consequente e responsável

com os espaços educativos envolvidos com o ensino-aprendizagem da saúde; elaboração do

plano e do relatório de estágio de acordo com parâmetros descritos nos planos de ensino e de

trabalho; atendimento às exigências de frequência; cumprimento das atividades de prática

profssional no Estágio Curricular.

PERFIL DOS PROFESSORES

Os professores acompanham o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes nas

atividades vinculadas às Unidades de Produção Pedagógica. Os professores poderão

desempenhar o papel de: facilitadores nas atividades contínuas e regulares; consultores;

autores das situações simuladas da prática; articuladores das situações de interação do ensino

com a gestão do SUS, com os serviços de saúde públicos e estatais e privados-suplementares e

com o controle social na saúde; avaliadores; gestores das Unidades de Produção Pedagógica;

gestores de núcleos de apoio: em educação permanente; de avaliação e discente.

Em todas as funções, os professores devem ser mediadores do processo ensino-

aprendizagem. Nesse sentido, é fundamental o respeito aos saberes dos estudantes, a refexão

crítica sobre sua própria prática, a abertura para o novo e para mudanças e capacidade

investigativa e crítica para a produção de novos saberes.

Espera-se do professor, competências e habilidades docentes, tais como:

desenvolvimento da curiosidade epistemológica dos estudantes; reconhecimento de que todo

processo pedagógico é inacabado, continuando-se nas experiências de vida e trabalho;

respeito e incentivo ao protagonismo do estudante; responsabilidade, tolerância e bom senso,

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integrando intenção e gesto; comprometimento com a educação como forma de intervenção

criativa e inventiva de mundos e no mundo.

A formulação das situações simuladas da prática profssional, a construção das ementas

dessas situações, o acompanhamento do desenvolvimento dos vários domínios de

conhecimento e a elaboração das avaliações dos estudantes devem ser de responsabilidade da

equipe de professores das Unidades de Produção Pedagógica.

Os professores de áreas correlacionadas, vinculados aos vários departamentos da

Escola de Enfermagem e da UFRGS, devem ser potenciais consultores e/ou autores para o

Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva. A consultoria é um recurso educacional utilizado para

o aprofundamento e/ou para a ampliação da compreensão de uma dada situação analisada nos

âmbitos da saúde, educação e ação social, entre outros.

Um exemplo importante do acompanhamento do processo ensino-aprendizagem e

incentivo ao papel protagonista do estudante é a construção do papel de professor consultor,

onde, a partir de uma questão de aprendizagem, individual ou coletiva, previamente explorada

na literatura e estudada pelo(s) estudante(s) solicitante(s), um docente é acionado frente a

uma difculdade específca de compreensão em uma determinada área de conhecimento ou

para compartilhar sua experiência em relação à situação em foco.

O desempenho do professor deve ser avaliado pelos estudantes, considerando-se a

capacidade de favorecer o processo ensino-aprendizagem e de apresentar atitudes coerentes

com o seu papel.

PESSOAL DOCENTE

Para o curso programou-se a participação e incorporação efetiva de docentes com

titulação mínima de doutorado, com disposição para o regime de trabalho de dedicação

exclusiva e com formação compatível com área da Saúde Pública/Saúde Coletiva.

A compatibilidade da formação deve abarcar as áreas de especialidade referidas à Área

de Conhecimento da Saúde Coletiva da maneira mais abrangente possível. Será relevante um

corpo docente multiprofssional com habilitação no cruzamento graduação/pós-graduação

para as áreas de ciências sociais e políticas, ciências da informação e comunicação, ciências da

educação, saúde pública, área de organizações, epidemiologia, avaliação, estudos sociais

(geografa, história, demografa), tecnologias e modelos assistenciais.

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PESSOAL TÉCNICO

Quanto ao corpo técnico, o curso requer pessoal de apoio e pessoal técnico-científco. O

pessoal de apoio deve aportar condições para o funcionamento noturno; qualidade na

utilização de recursos de aprendizagem mediada por computador; qualidade em métodos de

matemática e estatística para a interpretação e construção cotidiana de informação em

economia, instrumentos de medidas, verifcação por números e controle de parâmetros;

qualidade de informação e comunicação bibliográfca e documental; qualidade da comunicação

com o ramo produtivo de insumos e produtos tecnológicos em saúde.

INFRAESTRUTURA

ÁREAS FÍSICAS

O curso disporá de áreas físicas distribuídas em duas unidades, Escola de Enfermagem e

Anexo. Abaixo estão descritas as principais dependências disponíveis.

Dependências Quantidade Capacidade de pessoas

Sala de Coordenação 01 8

Salas de Coordenação 04 6

Sala de Professores 01 6

Salas de Aula 11 20-40

Laboratórios de Informática 02 15-35

Auditório 01 140

Biblioteca com salas de leitura 01 25

Pátio interno de convivência 01 100

Laboratório de Apoio Integrado em Saúde Coletiva 01 15

Sanitários 08 32

RECURSOS MATERIAIS

Televisores: 04

Projetores multimídia: 15

Mesa de som: 01

Computadores: 70

RECURSOS INFORMACIONAIS

- Plataformas de apoio à distância para atividades de ensino: Moodle e Rooda;

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- Plataforma de acesso a periódicos: portal Periódicos da CAPES;

- Programas de domínio público e adquiridos pela UFRGS: Breeze, SPSS (Software de análise

estatística para uso em Pesquisas), Epi-Info, N Vivo (análises qualitativas), JabRef

(gerenciamento bibliográfco), Tabwin (tabulação e georreferenciamento) e outros.

BIBLIOTECA

A relação de exemplares dos livros-texto a serem utilizados no curso consta anexada

estando composta por: acervo disponível nas bibliotecas da Universidade; acervo existente na

Biblioteca da escola de Enfermagem, que funciona também no horário noturno.

A política a ser adotada para garantir o acervo de livros e periódicos necessários será a

da priorização da aquisição de bibliografa básica das Unidades de Produção Pedagógica, em

quantidade de exemplares compatível com o número de matrículas efetuadas em cada

semestre, adotando-se a periodicidade semestral das UPP's.

A atualização do acervo é feita anualmente, utilizando-se os dados institucionais ofciais

do Sistema de Graduação referentes ao semestre imediatamente anterior ao processo de

aquisição (disciplinas oferecidas e matrículas efetuadas). Para identifcação dos títulos a serem

adquiridos, os planos de ensino devem ser coletados junto a Comissão de Graduação e é feita a

verifcação, no Sistema de Automação de Bibliotecas - SABi, dos títulos já constantes no acervo.

Deverão ser elaboradas e atualizadas planilhas com os títulos constantes nos planos de

ensino e que precisam ser adquiridos, associando a cada título as UPP e categoria do título

(bibliografa essencial, básica ou complementar).

Periódicos nacionais devem ser recebidos em sua maioria por meio da doação

interinstitucional; para isso é importante o incentivo que os editores de periódicos recebem de

órgãos de fomento e avaliação, como CNPq e CAPES. Em relação aos periódicos estrangeiros e

Bases de dados, a UFRGS tem acesso ao Portal de Periódicos da CAPES em sua totalidade.

O SABi é o catálogo on-line do acervo da UFRGS. Além de fornecer a localização das

obras, o SABi oferece a alunos, docentes e técnicos os serviços de renovação e reserva on-line

e dá acesso, por meio da Internet, a acervo em formato eletrônico. Livros, periódicos, teses e

dissertações podem ser rapidamente localizados dentro do conjunto de 33 bibliotecas da

Universidade por meio do Catálogo do Sistema de Bibliotecas (SABi).

Em relação aos periódicos, a Biblioteca da Escola de Enfermagem trabalha apenas com

o sistema de permutas, mas os usuários, por meio dos terminais de computadores, têm acesso

a diversos recursos on-line, entre eles:

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–portal de periódicos da CAPES e bases de dados;

–e-journals (periódicos eletrônicos com texto completo adquiridos por assinatura institucional

ou de acesso gratuito);

–Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS;

–e-Livro (base de dados de livros eletrônicos, em diversas áreas do conhecimento, com cerca

de 40.000 títulos);

–Ebooks Springer (livros eletrônicos da Editora Springer assinados pela UFRGS);

–NewspaperDirect (base de dados de jornais diários. Entre os jornais com texto completo,

estão disponíveis: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, The Washington Post,

Times, Clarin, El País);

–periódicos científcos UFRGS (portal de periódicos editados pela UFRGS);

–Mecanismo On-line para Referências (ferramenta que auxilia na elaboração de referências

bibliográfcas de acordo com a ABNT);

–Serviço de Comutação Bibliográfca – COMUT (visa dar acesso à informação existente nas

principais bibliotecas brasileiras e na British Library, possibilitando a obtenção de cópias de

documentos).

O acesso aos acervos das bibliotecas pode ser realizado a partir do seguinte endereço

na Internet:

https://www.ufrgs.br/bibliotecas/servicos/acesso_ao_acervo/

TIPOS DE ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZADO EXISTENTES NO CURSO:

ATIVIDADES DE ENSINO UNIDADES DE PRODUÇÃO PEDAGÓGICA

As Unidades de Produção Pedagógica devem ser atividades teóricas e teórico-práticas

em sala de aula, em campo e por educação a distância, com metodologias interacionistas,

organizadas em componentes curriculares de exposição aos fatores de aprendizagem e

atuação do conhecimento, somando 158 créditos ou 2.370 horas.

Uma unidade integradora ocupa 15 a 20% dessa carga-horária em EAD, tendo em vista o

domínio de tecnologias mediadas por computador. Além de modalidade de ensino, outro

aspecto a considerar na proposição do EAD (Moodle) é sua oportunidade como ferramenta de

trabalho no exercício profssional do Sanitarista e na superação de difculdades com recursos e

instrumentos informacionais e tecnológicos.

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As metodologias propostas para as atividades de ensino consideram a educação

permanente, as metodologias sócio-interacionistas e a noção construcionista dos saberes,

práticas e valores, segundo a complexidade da área da Saúde Coletiva para o desenvolvimento

das competências e habilidades profssionais. No desenvolvimento das atividades de ensino,

em todas as etapas da formação, por meio das Unidades de Produção Pedagógica, devem-se

superar os limites disciplinares, alargando domínios de conhecimento, constituindo espaços de

integração entre a universidade, a rede de saúde, as redes sociais e as redes intersetoriais, além

do intercâmbio de saberes e da articulação entre ações de ensino, Pesquisa e Extensão.

As Unidades de Produção Pedagógica devem ser espaços educativos de construção de

conhecimento, devem ser campos de experimentação e exercício de práticas profssionais sob

supervisão e/ou orientação educativa. Essas Unidades se caracterizam pela postura

interacionista dos atores do ensino-aprendizagem, pela atitude construcionista do saber, pela

aprendizagem inventiva, pela problematização de saberes, interrogação de práticas e ampla

interação com as instâncias do sistema local e regional de saúde, propósito que conceitua as

atividades de ensino teórico e teórico-prático como “Unidades de Produção Pedagógica” e não

unidades disciplinares ou de transmissão da informação acadêmica.

As atividades de ensino em Unidades de Produção Pedagógica pressupõem o

desenvolvimento profssional para o trabalho em equipe; a apropriação histórica, política e

social do sistema de saúde do País e a análise das políticas e práticas do setor da saúde para o

alcance da integralidade em ações, programas, serviços, redes e sistemas afrmativos da vida

em coletividades humanas.

Para atender às Normas Básicas de Graduação, na UFRGS, as Unidades de Produção

Pedagógica devem ser cadastradas no sistema acadêmico como conteúdos teórico-práticos

distribuídos por 4 a 8 semestres, marcadas pela designação ordinal de I a VIII. Todas as

unidades do curso serão originais e contarão com a participação de vários departamentos da

Universidade. A fm de viabilizar a realização de trabalhos de campo, vivências em educação

popular e em locorregiões interioranas e a atuação em instâncias participativas do SUS,

poderão ser utilizados dias não-letivos e poderão ser previstas, no Calendário Universitário,

atividades que necessitem exceder o período letivo regular.

O desenvolvimento das atividades de ensino é sustentado nas parcerias desenvolvidas

pela Escola de Enfermagem e pela Universidade. A Escola de Enfermagem está inserida na

política de fortalecimento da interação da Universidade com a sociedade, nos âmbitos local,

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regional, nacional e internacional, e visa: interação com o setor público, com o setor privado,

com o terceiro setor e com os movimentos sociais; integração com Instituições de Ensino

Superior públicas e comunitárias do estado, da região sul e do país; estímulo às atividades de

Pesquisa, Extensão e em tecnologias sociais; estabelecimento de políticas de cooperação

intelectual.

Dessa forma, a Escola de Enfermagem incrementará as parcerias adequadas ao longo do

desenvolvimento das Unidades de Produção Pedagógica, na medida em que forem

estruturadas as atividades teóricas, teórico-práticas e prático-aplicativas do curso. As parcerias

envolvem espaços educativos no Sistema Único de Saúde (Estatal e Complementar e

subsistema Suplementar), em articulações intersetoriais podendo incluir a parceria com

espaços no movimento social e popular e, em situações de excepcional interesse acadêmico,

espaços pontuais, inovadores ou por aposta construtiva. As parcerias contemplam vinculação

institucional com a UFRGS por meio de convênios, contratos, projetos, programas ou outras

modalidades de cooperação interinstitucional.

Atualmente, a Escola de Enfermagem contempla parcerias com a rede de saúde local e

regional, citando-se, entre outros:

– Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Hospital Universitário);

– Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul;

– Prefeitura Municipal de Porto Alegre/RS - Saúde;

– Prefeitura Municipal de Cachoeirinha/RS - Saúde;

– Prefeitura Municipal de Canoas/RS - Saúde;

– Prefeitura Municipal de Gravataí/RS - Saúde;

– Hospital Porto Alegre; – Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre;

– Grupo Hospitalar Conceição;

– Instituto do Coração/Fundação Universitária de Cardiologia;

– Unimed;

– Adote – Assistência Domiciliar Terapêutica;

– Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas

Portadoras de Defciências e de Altas Habilidades no Rio Grande do Sul;

– Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde.

As parcerias devem ser ampliadas para além da Escola de Enfermagem se

considerarmos o âmbito da UFRGS como um todo, e será necessário ao longo do

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desenvolvimento das Unidades de Produção Pedagógica incrementá-las. A faculdade de

Educação, parceira orgânica do bacharelado em Saúde Coletiva mantém convênios de estágio e

cooperação com:

–Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo/RS - Saúde;

–Prefeitura Municipal de Viamão/RS - Saúde;

–Grupo Hospitalar Conceição;

- Fundação Oswaldo Cruz;

- Assessoria de saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde no Rio

Grande do Sul - subsistema de saúde indígena do SUS

As novas parcerias envolvem espaços educativos no Sistema Único de Saúde (estatal,

complementar e suplementar). Particularmente deverão ser incluídas as parcerias com o

espaço do movimento social e popular, controle social, terceiro setor e cenários que se

imponham pela importância estratégica, como por exemplo, aqueles relacionados à Saúde

Ambiental, desenvolvimento sustentável e biotecnologias, entre outros.

Na organização curricular e estruturação da proposta pedagógica do curso, a

articulação ensino-serviço-gestão-participação deve se dar por meio de tecnologias que

promovam interação e espaços de encontro para atuação em equipe, de forma

multiprofssional e interdisciplinar, voltada às necessidades locorregionais.

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ESTÁGIO CURRICULAR

O Estágio Curricular se constitui por atividades prático-aplicativas de inserção do

discente em espaços da atuação profssional sob supervisão direta de profssionais dos

diferentes campos ocupacionais e orientação pelos professores do curso, somando 600 horas,

sem tradução por créditos, mas distribuídas igualmente entre os dois grandes eixos de

formação (Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde e Promoção, Vigilância e Educação da

Saúde).

A regulamentação dos estágios está anexa ao fnal do documento.

Os Estágios Curriculares devem ser atividades de ensino de caráter prático-aplicativo,

por isso também designados por Internato de Prática Profssional, devem ser obrigatórios à

integralização do curso e compreendem um conjunto de atividades implicadas com a atuação

profssional na análise de políticas e sistemas de saúde, envolvendo a interação com agentes

sociais; a compreensão da organização e do planejamento da saúde; o planejamento, execução

e avaliação de atividades, bem como a educação e comunicação em sistemas informacionais e

redes interativas.

Os Estágios Curriculares de Saúde Coletiva correspondem aos dois eixos do curso,

Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde e Promoção, Vigilância e Educação da Saúde,

devendo ser cumpridos em regime de trabalho da saúde: 6 horas diárias, 5 dias por semana, o

mínimo de 4 meses cada um.

Como atividades de ensino, constam de uma dimensão teórica, confgurada em um

Plano de Ensino, e de uma dimensão prática, confgurada em um Plano de Trabalho

individualizado para cada estagiário, contemplando as especifcidades de cada espaço

educativo e potencializando as interações universidade-sociedade por meio do exercício

prático-aplicativo da prática profssional em formação.

Na sua dimensão teórica, os estágios curriculares serão desenvolvidos em turmas sob a

responsabilidade de docente da universidade, o qual apresentará Plano de Ensino, cuja carga

horária representa 40% do total de 300 horas de atividade prevista para cada Estágio Curricular.

Na sua dimensão prática, os Estágios Curriculares serão desenvolvidos em

conformidade com o Plano de Ensino, mas contarão com um Plano de Trabalho individualizado

para cada aluno, registrado e sistematizado como plano de estágio, o qual será compartilhado

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com profssional supervisor do respectivo espaço educativo, cuja carga horária corresponde a

60% do total das 300 horas de atividade para cada Estágio Curricular.

Os espaços educativos devem contemplar a existência de vínculo institucional com a

Universidade, seja por meio de convênio, contrato, projeto, programa ou outras modalidades

de cooperação interinstitucional, dando-se preferência para a rede pública de saúde ou para

espaços educativos de especial interesse ao Sistema Único de Saúde.

Os locais de Estágio de Docência devem atender aos requisitos de proporcionar vivência

efetiva de situações concretas de prática profssional dentro da área de conhecimento da

Saúde Coletiva; possibilitar o aprofundamento dos conhecimentos teórico-práticos; contar com

infra-estrutura compatível com as aprendizagens do estágio; permitir que o estagiário

desenvolva as atividades propostas em seu plano de estágio; possuir em seu quadro funcional

profssional com disponibilidade de acompanhar práticas de saúde pública por meio de

supervisão.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE GRADUAÇÃO (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Graduação é atividade de Pesquisa ou ensaio intelectual

desenvolvida de forma autônoma – sob orientação – apresentado sob forma de trabalho

monográfco (ou teoria individual e trabalho original) enquadrado em área de concentração da

atuação profssional em Saúde Coletiva, representando o desdobramento da refexão técnico-

científca ou científco-tecnológico da área da Saúde Coletiva, conforme os campos de domínio

de conhecimento da análise de políticas e sistemas de saúde, somando 30horas à carga horária

ofcial de formação, não mensuráveis em créditos;

Os estudantes do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva, deverão desenvolver

obrigatoriamente um Trabalho de Conclusão de graduação. Compete a cada estudante aluno

elaborar um projeto de Pesquisa monográfca, encaminhar para aprovação na Comissão de

Pesquisa da Escola de Enfermagem e, quando pertinente, ao Comitê de Ética indicado. Os

Trabalhos de Conclusão de Graduação serão orientados por professores do Curso de

Bacharelado em Saúde Coletiva e os mesmos, quando fnalizados serão submetidos a uma

Banca Examinadora composta por três avaliadores, entre orientador, um professor da UFRGS

envolvido com a docência no curso e um profssional do Sistema Único de Saúde relacionado

com o domínio de conhecimento explorado no Trabalho, podendo o aluno sugerir esses

nomes.

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Tendo em vista a simultaneidade de 22 cursos de graduação em Saúde Coletiva deverá

ser estimulado o intercâmbio com as mesmas em atividades de Pesquisa multicêntrica na área

profssional e o estudo dos projetos formativos singulares, tendo em vista construir maturidade

à profssão e ao curso.

O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC previsto no projeto pedagógico e constante na

estrutura curricular, é desenvolvido em 2 etapas, no sétimo e oitavo semestres do Curso de

Graduação Análise de Políticas e Sistemas de Saúde, e integraliza para cada etapa 15

horas (1 crédito) teórico e preparatório, totalizando 30 horas (2 créditos). O professor

responsável pela atividade elabora Plano de Ensino especifco para cada uma das etapas.

1. DEFINIÇÃO

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, do Curso de Graduação em Análise de Politicas

e Sistemas de Saúde – Bacharelado em Saúde Coletiva, é um trabalho acadêmico utilizado

como exercício das habilidades previstas ao profssional de Saúde Coletiva, compondo a

avaliação fnal dos graduandos. Para a realização do TCC os graduandos terão de efetivar

matrícula em duas atividades de ensino obrigatórias, designadas como TCC I e TCC II,

correspondendo TCC I a etapa de projeto e TCC II a etapa de execução do projeto e

redação do relatório fnal. O escopo e o formato do TCC é o de um trabalho com Pesquisa

e/ou documentação, sob orientação, podendo assumir característica científca, tecnológica,

estético-expressiva ou bibliográfca, envolvendo avaliação pelo orientador e um

examinador-parecerista. O TCC em Saúde Coletiva poderá ser desenvolvido nas seguintes

modalidades:

a) Informe Científco-Tecnológico;

b) Protótipo;

c) Performance;

d) Programa de Ação;

e) Revisão Bibliográfca ou Estado da Arte na Literatura;f) Artigo Científco (segue a

proposta da revista de submissão)

g) Monografa

2. SÚMULA TCC I

Trabalho de Conclusão de Curso I – TCC I é a atividade, sob orientação, desenvolvida para

a produção de projeto versando sobre domínios específcos da atuação profssional em

Saúde Coletiva, em um dos seguintes eixos: Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde

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ou Promoção, Educação e Vigilância da Saúde. Para aprovação em TCC I será necessário

um parecer circunstanciado favorável do orientador.

3. SÚMULA TCC II

Trabalho de Conclusão de Curso II é atividade, sob orientação, desenvolvida para a

produção de relatório com formato técnico-científco ou monográfco, individual, que

represente o desdobramento do projeto aprovado. Para a aprovação em TCC II serão

necessários dois pareceres circunstanciados favoráveis, um do orientador e um de

avaliador convidado.

AS MODALIDADES DE DESENVOLVIMENTO DO TCC DEVEM SER DEFINIDAS COMO:

a) Informe Científco-Tecnológico – ICT: é uma exposição, por escrito, de circunstâncias, dados

e/ou fatos que permitem afrmar ou explorar teoricamente uma questão. Trata-se de uma

exposição dirigida a um interlocutor implicado com a questão sob análise (Pesquisadores,

gestores ou profssionais no espectro tecnocientífco), onde se descreve uma situação e se

oferece subsídios para a tomada de decisões, adoção de medidas ou contribuições

circunstanciadas para um determinado coletivo de interesses. Pode representar demanda de

atores sociais (individuais ou coletivos), de órgãos de governo, de serviços, de empresas ou de

organizações da sociedade civil. O Informe Científco-Tecnológico deve incluir informação

sufciente para que um gestor, Pesquisador ou profssional possa avaliar ou tomar decisões,

segundo suas recomendações ou conclusões. A estrutura do Informe Científco-Tecnológico é a

de uma Introdução; Contextualização; Justifcativa ou Relevância; Corpo de Dados, Fatos e

Subsídios Teórico-práticos; Conclusões (sustentadas); discussão e Recomendações e

Bibliografa de Referência. O ICT deverá seguir as normas técnicas da ABNT para apresentação

de trabalhos científcos.

b) Protótipo: é um dispositivo sujeito ao registro de patente, cumprindo requisitos de

propriedade intelectual junto ao sistema nacional de informação científca e tecnológica. Um

protótipo pode resultar da conclusão de uma investigação prévia ou adotar uma estrutura de

problema-solução com base em uma série de perguntas. Deve ser apresentado sob a forma de

relatório, contendo texto, gráfcos diagramas, tabela de conteúdo, protocolo, planilha, folha de

inquérito ou software, entre outras modalidades expressivas. Um protótipo requer

formulação, experimentação, adequação e replicabilidade. Um protótipo pode ser, também,

uma recompilação ou síntese de distintas teorias e enfoques, que orientam a elaboração de

programas e a sistematização de processos técnicos, cognitivos, gerenciais etc.

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c) Performance: é uma atividade estético-expressiva inspirada em linguagens de arte e

comunicação diversas, como teatro, dança, vídeo, fotografa, rádio, poesia, cordel, mostra,

instalação, instauração etc., que permite difundir um conceito, conhecimento ou prática,

estando relatada em suporte técnico-científco com contextualização ou justifcativa, corpo de

dados e análise interpretativa de motivações, processo e resultados, com referenciação

bibliográfca. A documentação da performance cumpre um papel descritivo, ao mesmo tempo

que interpretativo e analítico, tendo em vista o modelo pedagógico e não artístico, trazendo,

além da exposição estético-expressiva e o registro em imagem e/ou som, o relatório que

apresenta as diferentes etapas do trabalho e resenha crítica.

d) Programa de Ação: é um conjunto articulado de atividades ou tarefas que devem ser

planifcadas para o alcance de um resultado gerencial, educativo, epidemiológico ou sanitário.

Um Programa de Ação deve expressar, com clareza, a fnalidade, as diretrizes da

execução/implantação e os indicadores que avaliem o processo e/ou os resultados. Poderá

conter um conjunto de atividades a fazer, um conjunto de operações a desenvolver, um

conjunto de instruções a executar ou os modos de processar um trabalho/intervenção. De

maneira geral, um Programa de Ação abrange o estudo de alternativas de solução para

problemas selecionados, justifcativa, metas, prazos e executores.

e) Revisão Bibliográfca ou Estado da Arte na Literatura. A revisão bibliográfca ou estado da

arte na literatura tem por objetivo verifcar, comparar e/ou analisar as informações contidas em

bibliografas selecionadas de acordo um tema defnido. No campo da saúde tem-se utilizado as

Bibliotecas Virtuais em Saúde (LILIACS, Medline, Cocrhane, Scielo), o Diretório da rede das

Bibliotecas Virtuais em Saúde e o LIS (Localizador de Informação em Saúde), um catálogo de

sites de referência no tema. Um trabalho de revisão bibliográfca pode ser sistemático ou

parcial, quando focado em tipo de documento ou periódico, podendo incluir revisões em

mídias. Algumas revisões apresentam conclusões de autores selecionados, outras, comparam e

analisam as próprias fontes Pesquisadas, de forma crítica e estruturada. O autor precisará

coletar o máximo de informações sobre a temática, pois o produto destina-se a dar

abrangência e sistematização ao que existe sobre o tema ou campo do estudo. No

desenvolvimento do trabalho é importante descrever como o material foi organizado, as

fontes utilizadas, os descritores, o intervalo de tempo adotado, justifcando a sufciência da

abrangência

adotada.

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f) Artigo Científco: é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute

ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Pode

ser original, de revisão ou de divulgação. Apresenta temas ou abordagens originais que podem

ser: resultados de Pesquisa, estudos de caso, relatos de experiência ou vivências, comunicação

ou nota prévia. Os artigos científcos discutem intervenções, Pesquisas ou posicionamentos

tecnocientífcos. Na apresentação do artigo será indicada a revista para a qual o texto será

encaminhado e o mesmo estará formatado de acordo com as Orientações para a Submissão de

Manuscritos elaborada pela revista citada. Recomenda-se que seja dada prioridade aos

periódicos cadastrados no sistema Qualis para a área da Saúde Coletiva.

g) Monografa: é um documento escrito que apresenta resultados de estudos ou Pesquisas em

área temática de um campo científco, que pode ter dois sentidos principais: o primeiro refere-

se à descrição de resultados de Pesquisa científca; o segundo constitui a contribuição teórica e

refexiva sobre um determinado tema, apresentando contribuições originais e relevantes ao

estudo.

CRÉDITOS COMPLEMENTARES

Os créditos complementares devem ser compostos por atividades de aperfeiçoamento

profssional, desenvolvimento intelectual ou crescimento pessoal, ético, humanístico ou

técnico, de caráter independente e de autonomia do estudante, mas que integralizam a

formação por sua interação interdisciplinar ou intersetorial de estudo, Pesquisa, Extensão,

atuação político-social ou documentação técnico-científca, sendo requeridas em um mínimo de

12 créditos, onde cada possível atividade soma um máximo de créditos que contemple a

diversidade de participações.

Podem ser considerados créditos complementares: eventos científcos (congressos,

simpósios, jornadas, entre outros); eventos de participação social na saúde (Conferências,

Plenárias, entre outros); estágios extra-curriculares, de vivência no Sistema Único de Saúde, em

educação popular em saúde, interprofssionais ou em regiões de difícil provimento profssional;

atividades de monitoria, educação tutorial, Pesquisa e iniciação científca; atividades de

Extensão, disciplinas eletivas/facultativas e em outros programas de ensino; atividades de

representação discente e político-estudantil; apresentação e publicação de trabalhos de caráter

estudantil, científco, profssional ou popular.

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ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS

Conforme Lei nº11.788/08 do CEPE da UFRGS o estágio não obrigatório é aquele

desenvolvido como atividade opcional. Integra o intinerário formativo do estudante. Visa o

aprendizado de competências próprias da atividade profssional e à contextualização curricular,

objetivando o desenvolvimento do estudante para a vida cidadã e para o trabalho. As

atividades terão obrigatoriamente correlação com a área de estudos do curso e a carga horária

será registrada em currículo na forma de atividades complementares.

Para tanto, esses tipos de estágios deverão estar regulamentados em normativas

próprias da Comgrad do curso, devendo ser supervisionados por seus Professores e

coordenados pela Comissão de Estágios.

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PERFIL DOS EGRESSOS

O egresso do curso de Bacharelado em Saúde Coletiva deverá ter competência para

avaliar, organizar, dirigir e implementar atividades referentes à formulação e execução de

processos institucionais no campo do planejamento, gestão e avaliação em saúde nas

organizações públicas e privadas, governamentais e não-governamentais, bem como para

participar das ações de Promoção, Vigilância e Educação da Saúde, tendo em vista a saúde

coletiva, com capacidade de adequação às complexidades locais e regionais (no âmbito do

Sistema Único de Saúde e intersetorialmente), e às mudanças que ocorrem continuamente.

O profssional formado em Saúde Coletiva, atende às funções de analista no amplo setor

da saúde(Sanitarista), por isso o nome proposto ao curso de graduação abrange políticas (da

concepção à avaliação e meta-avaliação) e sistemas (ações, serviços e modelo assistencial). O

profssional, Sanitarista, é pensado no âmbito da condução e regulação, onde se inclui

“planejamento, gestão e avaliação em saúde” e que atua também com as ações coletivas de

proteção à saúde: “educação, Promoção e Vigilância da saúde”,além das ações sociais de

participação popular e conteúdo social em saúde.

No que se refere à área de conhecimento do curso, a mesma foi defnida na árvore das

áreas de conhecimento da Capes, como área da Saúde coletiva, área que abrange os domínios

do Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde e da Educação, Promoção e Vigilância da

Saúde. Outros domínios devem ser emergentes, como a ciência, tecnologia e inovação e a

saúde ambiental.No Brasil, o profssional em saúde pública é designado por Sanitarista, título

atualmente utilizado por todos os egressos da especialização em saúde coletiva e suas sub

áreas ou campos de domínio.

Justifca-se, portanto, a oportunidade de construir e implementar a formação, no

âmbito da graduação, de profssionais em Saúde Coletiva, com as diversas ênfases que a área

da Saúde Coletiva oferece, permitindo a incorporação, pelo sistema de saúde do País, tanto no

que diz respeito aos subsistemas público-estatal e privado-complementar, como privado-

suplementar, de profssionais cujo investimento público seja mais consequente na esfera da

educação superior básica (bacharelado), reservando a pós-graduação para as áreas de real

especialidade ou para o desenvolvimento da Pesquisa, racionalizando e otimizando a oferta de

subespecialidades e formando, no âmbito do stricto sensu, para o desenvolvimento da

Pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde.

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A caracterização da área da Saúde Coletiva como espaço de trabalho multiprofssional e

interdisciplinar aponta para a necessidade da constituição de um núcleo de conhecimentos e

práticas de atuação profssional, diferente da formação especializada e que pressupõe o

desenvolvimento de um conjunto específco de competências e habilidades, demandadas pela

complexidade da área de conhecimento e pela diversifcação do setor de aplicação das políticas

públicas da saúde. Esse núcleo de conhecimentos e práticas formaliza um recorte profssional,

mas não um território de práticas privativas, apenas territórios de atuação específca e

territórios como integrante da equipe de trabalhadores da saúde, podendo aperfeiçoar-se

como os demais profssionais da saúde em territórios de especialidade. Didaticamente

podemos classifcar os territórios de atuação profssional em quatro blocos: atuação

específca(foco), atuação específca(interprofssional), atuação ampliada (interprofssional) e

atuação científca e tecnológica.

PRÁTICAS ESPECÍFICAS DOS SANITARISTAS

- Foco na atuação específca: analista de políticas e sistemas de saúde Prática específca:

desenvolvimento de atividades relacionadas "aos processos e rotinas da interpretação de

estados e desafos da situação de saúde (confgurações) em territórios (lugares, cidades,

serviços, países)" e "aos processos e rotinas da avaliação em situações de saúde

(acompanhamento, monitoramento, regulação, ativação de práticas e elevada compreensão

de modelagens)".

- Recorte específco na atuação interprofssional: planejamento, gestão e avaliação em saúde

Práticas específcas interprofssionais: formulação, acompanhamento e avaliação de políticas,

coordenação, planifcação e gerência de sistemas e serviços.

- Recorte ampliado na atuação interprofssional: educação, Promoção e Vigilância da saúde

Práticas específcas interprofssionais: participação como membro da equipe de saúde, nas

ações multiprofssionais, interdisciplinares e intersetoriais de construção e proteção da

qualidade de vida.

- Recorte científco e tecnológico: Pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde Práticas

específcas interprofssionais: compromisso de ciência, tecnologia e inovação com o direito à

saúde e qualidade de vida O bacharel em Saúde Coletiva atuará considerando o Sistema Único

de Saúde no Brasil com seus dois subsistemas: o público e o suplementar. A saúde suplementar

é considerada um subsistema do SUS. Com essa compreensão de sistema único, entende-se a

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sua constituição com uma área público-estatal e uma área privado-suplementar. A formação é

inserida nessas diferentes dimensões do SUS, possibilitando a atuação nesses diferentes

espaços, além do amplo espectro intersetorial, onde se destacam os setores do ambiente,

saneamento, assistência social, educação, lazer, segurança alimentar, trabalho e previdência.

Por fm, a criação do curso de Bacharelado em Saúde Coletiva, visa a melhorar a

resposta pública das ações, programas, serviços, sistemas e redes público-estatais ou privados

de saúde, na perspectiva da responsabilidade social e da relevância pública.

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FORMAS DE ACESSO AO CURSO

Conforme Resolução 17/2007 do CEPE, capitulo II, o ingresso no curso dar-se-á pelas vias

descritas abaixo.

- Concurso Vestibular : 70% das vagas são preenchidas via Vestibular, por candidatos que

tenham concluído o ensino médio ou equivalente, nos termos da lei e das normas

regulamentadoras da Universidade. Peso das provas do concurso vestibular: Biologia: 2,

Química: 1, Física: 1, Matemática: 1; História: 3, Geografa: 2; Língua Portuguesa e Redação: 3,

Literatura de Língua Portuguesa: 1, Língua Estrangeira Moderna: 1.

- Sistema de Seleção Unifcada – SISU: 30% do total de vagas. O Vestibular e o SISU são

processos seletivos distintos, ou seja, os candidatos podem participar de ambos,

simultaneamente. Em caso de seleção nas duas modalidades, os candidatos deverão optar por

uma delas.

- Indígenas – Processo seletivo específco para indígenas, em sua primeira graduação. As vagas

são decididas em comum acordo com a comunidade indígena.

- Refugiados –São oferecidas vagas específcas para pessoas em situação de refúgio.

Para quem já é aluno de graduação, existe o sistema de ocupação de vagas ociosas:

- Transferência Voluntária – para alunos de outras IES que já tenham integralizado os dois

primeiros semestres completos no curso de origem.

- Transferência Interna – para alunos da UFRGS que querem mudar de curso através de

recálculo da média do SiSU ou do CV. A troca de curso por essa modalidade não está disponível

para estudantes de transferência voluntária ou ingresso de diplomado.

- Ingresso de Diplomado – para portadores de diploma de curso superior.

- Programa de Estudante Convênio da Graduação (PEC-G) – gerido pelo Ministério de Relações

Exteriores, destinado a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém

acordos educacionais e culturais.

A política de reserva de vagas segue as diretrizes da UFRGS.

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO

O Sistema de Avaliação do Projeto do Curso está previsto na proposta Estatutária e

Regimental da UFRGS* e da Escola de Enfermagem (EENF).

A Câmara de Graduação, do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) regula e

normatiza as Atividades de Ensino como instância superior às Comissões de Graduação dos

cursos (COMGRADS) localizadas nas Unidades proponentes. O curso de Bacharelado em Saúde

Coletiva tem na sua COMGRAD a representatividade dos professores dos diversos

Departamentos integrantes de seus componentes de ensino.

Conforme RESOLUÇÃO CEPE N° 22/2012, de 04 de julho de 2012, a qual aprova as

seguintes Diretrizes para o funcionamento do Núcleo Docente Estruturante (NDE) dos cursos

de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Art. 1o O Núcleo Docente Estruturante (NDE), instituído em cada curso de Graduação da

Universidade pelo Conselho da Unidade, tem caráter consultivo, para acompanhamento do

curso, visando à contínua Promoção de sua qualidade.

Art. 2° devem ser atribuições do NDE:

I. Acompanhar o desenvolvimento do Projeto Pedagógico do curso, tendo em vista a

preservação de sua atualidade, em face das demandas e possibilidades do campo de atuação

profssional e da sociedade, em sentido amplo;

li. Contribuir para a consolidação do perfl profssional do egresso, considerando as Diretrizes

Curriculares Nacionais do curso, quando houver, bem como a necessidade de Promoção do

desenvolvimento de competências, visando à adequada intervenção social do profssional em

seu campo de atuação;

III. Zelar pela execução do currículo, tendo em vista sua fexibilização, bem como as políticas e

estratégias necessárias a sua efetivação;

IV. Indicar formas de articulação entre o ensino de graduação, a Extensão, a Pesquisa e a pós-

graduação, considerando as demandas específcas do curso e de cada área do conhecimento.

Todos os membros do NDE deverão possuir titulação acadêmica em Programas Stricto

Sensu e possuem regime de trabalho de Dedicação Exclusiva. Com a constituição ofcial do NDE

devem ser realizadas reuniões periódicas, de cunho administrativo e pedagógico voltadas à

organização curricular e das disciplinas, com todos os professores lotados no Departamento de

Assistência e Orientação Profssional e que trabalham diretamente com o curso Análise de

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Políticas e Sistemas de Saúde - Bacharelado em Saúde Coletiva, para uma constante análise do

desenvolvimento do curso, além de reuniões com todos os professores incluindo os demais

departamentos envolvidos com o curso.

A EENF é composta por uma instância diretiva – Diretor e Vice-Diretor de Unidade; três

Departamentos – Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica (DEMC); Departamento

Materno - Infantil (DEMI) e Departamento de Assistência e Orientação Profssional (DAOP);

duas Comissões de Graduação; Comgrad/ENF e Comgrad/COL, duas Comissões de Pós-

Graduação, CPG ENF e CPG COL, Comissão de Pesquisa e Comissão de Extensão. O

Departamento, além de outras funções é a instância gestora das cargas horárias dos

professores da Unidade.

As Comgrads cumprem papel preponderante na gestão do ensino sendo responsáveis

por emitir resoluções normativas internas que devem ser submetidas à Câmara de Graduação

do CEPE. A COMGRAD/COL reúne-se a cada quinze dias para pautas deliberativas com presença

da maioria dos membros eleitos.

Para fns de avaliação, a EENF conta também com um Núcleo de Avaliação da Unidade –

NAU, que desenvolve ações locais no âmbito do aperfeiçoamento do ensino e demais

atividades. Os estudantes avaliam semestralmente (eletronicamente) os professores e as UPPs

e as informações devem ser acessíveis aos diferentes segmentos envolvidos no ensino.

O curso adota estratégias próprias de avaliação considerando a Unidade de Tutoria

(semanal), o Portfólio autoral e a conversação colaborativa. A Unidade de Tutoria programada

para 0 Currículo do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva, compõe a estratégia principal de

construção de habilidades e competências com densa refexão sobre a prática e a produção de

conhecimentos associados às mesmas, assim como à avaliação de habilidades desenvolvidas.

Da forma como foi prevista no projeto político-pedagógico, essa modalidade de atividades

constituiu difculdades operacionais que comprometem a potência prevista inicialmente, em

particular sobrecarga em uma única UPP, o impedimento à participação de estudantes não

matriculados nessa UPP específca e problemas para o registro da responsabilidade pedagógica

dos docentes na nucleação de grupos nos quais é viável e produtiva a realização dessa

modalidade. Para superar o problema constatado e potencializar a estratégia da tutoria, a

Comissão de Graduação do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva optou pela criação desta

UPP, de forma a garantir singularidade no desenvolvimento e na avaliação do estudante no

processo do ensino-aprendizagem em pequenos grupos.

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Por fm, no âmbito da UFRGS adota-se o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

(ENADE) que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes/MEC) que

considera o rendimento dos estudantes de graduação em relação aos conteúdos

programáticos, habilidades e competências.

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

PROCESSOS AVALIATIVOS

A avaliação é formativa e somativa, assumindo um papel preponderante no

acompanhamento dos estudantes e na melhoria do processo educativo. A partir da análise de

situações reais ou simuladas, o desenvolvimento da atividade educacional deve permitir que

todos expressem seus saberes prévios, buscando identifcar percursos onde os problemas em

situação se tornem construção do conhecimento. As atividades de ensino priorizarão, sempre

que possível, o trabalho realizado em grupos.

As atividades realizadas visarão em um primeiro momento a observação e a avaliação do

desempenho de cada estudante frente a uma situação em um ambiente que reproduza um

cenário da vida real e, em um segundo momento, pelo apoio direcionado à exploração e

fundamentação de novas capacidades identifcadas no acompanhamento permanente,

fnalizando com a construção de consolidados provisórios de saberes aplicados.

A escolha dos cenários e a movimentação dos estudantes por esses espaços serão

discutidas e acordadas entre os serviços, entidades ou instituições e a Universidade,

considerando-se a estrutura e organização da saúde no município e locorregião metropolitana.

A avaliação é uma atividade permanente e constituinte do processo de ensino-

aprendizagem, permitindo o acompanhamento desse processo e tornando visíveis os avanços

e as difculdades para promover ações de modo a melhorar os processos, produtos e

resultados.

A avaliação é realizada por todos os envolvidos na construção do currículo, deve ser

livre de medos e possibilitar que os atores do processo ensino-aprendizagem expressem suas

percepções, objetivando e exemplifcando os aspectos considerados adequados e os que

precisam ser melhorados, reformulados ou mesmo substituídos. O respeito e a

responsabilidade nesse processo devem ser fundamentais para a garantia de um clima de

cooperação ética. A Comissão de Graduação do Bacharelado em Saúde Coletiva faz o

acompanhamento do desenvolvimento do curso, particularizando cada turma, como forma de

apoiar as transformações contínuas e reorientar processos para a melhor formação dos alunos

nas competências e habilidades estipuladas ou atualizadas ao perfl do egresso.

PAPEL DOS PROFESSORES

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Os professores acompanham o desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes nas

atividades vinculadas às Unidades de Produção Pedagógica. Os professores poderão

desempenhar o papel de:

–facilitadores nas atividades contínuo-regulares;

–consultores;

–autores das situações simuladas da prática;

–articuladores das situações de interação do ensino com a gestão do SUS, com os serviços de

saúde público-estatais e privados-suplementares, com o controle social na saúde e cenários

intersetoriais;

–avaliadores;

–gestores das Unidades de Produção Pedagógica;

–gestores de núcleos de apoio: em educação permanente; de avaliação e discente.

Em todos os papéis, os professores devem ser mediadores do processo ensino-

aprendizagem. Nesse sentido, é fundamental o respeito aos saberes dos estudantes, a refexão

crítica sobre sua própria prática, a abertura para o novo e para mudanças e capacidade

investigativa e crítica para a produção de novos saberes. Espera-se do professor, competências

e habilidades docentes, tais como:

–desenvolvimento da curiosidade epistemológica dos estudantes;

–reconhecimento de que todo processo pedagógico é inacabado, continuando-se nas

experiência de vida e trabalho;

–respeito e incentivo ao protagonismo do estudante;

–responsabilidade, tolerância e bom senso, integrando intenção e gesto;

–comprometimento com a educação como forma de intervenção criativa e inventiva de

mundos e no mundo.

A formulação das situações simuladas da prática profssional, a construção das ementas

dessas situações, o acompanhamento do desenvolvimento dos vários domínios de

conhecimento e a elaboração das avaliações dos estudantes devem ser de responsabilidade da

equipe de professores das Unidades de Produção Pedagógica.

Os professores de áreas correlacionadas, vinculados aos vários departamentos da

Escola de Enfermagem e da UFRGS, devem ser potenciais consultores e/ou autores para o

Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva. A consultoria é um recurso educacional utilizado para

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o aprofundamento e/ou para a ampliação da compreensão de uma dada situação analisada nos

âmbitos da saúde, educação e ação social, entre outros.

Um exemplo importante do acompanhamento do processo ensino-aprendizagem e incentivo

ao papel protagonista do estudante é a construção do papel de professor consultor, onde, a

partir de uma questão de aprendizagem, individual ou coletiva, previamente explorada na

literatura e estudada pelo(s) estudante(s) solicitante(s), um docente é acionado frente a uma

difculdade específca de compreensão em uma determinada área de conhecimento ou para

compartilhar sua experiência em relação à situação em foco.

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

O desempenho do Professor é avaliado pelos estudantes, utilizando o instrumento de

avaliação disponibilizado no site da universidade ao fnal de cada semestre. Os professores

devem incentivar seus estudantes ao preenchimento do instrumento, assim como a COMGRAD

e o Departamento de Controle e Registro Discente.

A avaliação dos professores é feita pelos estudantes, segundo roteiro elaborado pela

Secretaria de Avaliação Institucional da UFRGS. A avaliação de UPP’s e de professores pelos

estudantes é realizada de maneira rotineira ao fnal de cada semestre. Este processo é pensado

pela Universidade no sentido de valorizar a opinião dos estudantes na análise da qualidade do

ensino oferecido. Um instrumento padronizado é utilizado para a avaliação pelos estudantes

sobre o desempenho dos docentes, sobre o desenvolvimento da UPP e sobre as condições de

infra-estrutura ao ensino-aprendizagem. Ao fnal há um espaço de auto-avaliação referido às

aprendizagens que confere indicador ao processo de ensino.

No Bacharelado em Saúde Coletiva, a avaliação dos professores pelos estudantes deve

considerar se o docente demonstrou segurança com os conteúdos, expondo-os com clareza e

destacando os aspectos de relevância do exercício profssional e à prática intelectual;

enriqueceu as aulas com resultados de Pesquisa e/ou material atualizado; desenvolveu as aulas

com a direcionalidade prevista pelos objetivos, utilizando recursos e procedimentos

apropriados; incentivou a participação dos alunos, considerando o seu questionamento crítico

e a construção de suas atribuições profssionais; incentivou o raciocínio crítico e interativo;

estabeleceu um relacionamento positivo com os alunos, mostrando-se disponível para atendê-

los sempre que possível; apresentou e discutiu com os estudantes os procedimentos e critérios

de avaliação; utilizou instrumentos diversifcados de avaliação, compatíveis com os

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conhecimentos, habilidades e atitudes desenvolvidas na UPP e coerentes com a construção do

perfl profssional dos alunos; analisou com os alunos o resultado das avaliações e esclareceu

dúvidas; estabeleceu relações entre os conteúdos de sua UPP com os conteúdos das demais

UPPs que compõem o curso e, por fm, se o docente foi assíduo.

Sobre o planejamento da UPP, os estudantes declaram sua opinião avaliativa quanto ao

plano de ensino ter representado um acordo entre professor e estudantes que constitua

condições para que ambos se organizem antecipadamente para as tarefas que serão exigidas

ao longo do semestre e se, quanto aos aspectos formais contemplou objetivos, conteúdos,

sistema de avaliação e atividades a serem realizadas. Sobre o desenvolvimento geral da UPP, os

estudantes devem declarar sua apreciação quanto à totalidade dos conteúdos previstos para

ter sido desenvolvidos, se os objetivos de aprendizagem foram alcançados, se a UPP contribuiu

para o desenvolvimento de capaciodades intelectuais e profssionais, não se restringindo à

memorização, se a carga horária total da disciplina foi cumprida e bem aproveitada, se foram

utilizados exercícios, trabalhos práticos, laboratórios ou outros, sempre que adequados.

Sobre o desenvolvimento do currículo, os estudantes opinam quanto ao

estabelecimento de relações entre os conteúdos e os campos de trabalho da profssão, se

houve um efetivo equilíbrio entre a teoria e a prática, se foi buscada a integração com outros

campos de conhecimento e de práticas como parte dos esforços para a formação profssional,

bem como se os conhecimentos desenvolvidos foram relacionados com a realidade sanitária,

política, econômica e social brasileira.

Sobre a avaliação da infraestrutura, os estudantes anotam sobre as condições materiais

para o funcionamento da UPP (sala de aula, laboratórios, biblioteca, recursos para o trabalho

de campo, recursos audiovisuais e outros) e sua adequada utilização.

Por fm, os estudantes devem informar se fcaram satisfeitos com o que aprenderam em

cada UPP (ao fnal da mesma) e se dedicaram o esforço necessário à mesma.

Além da avaliação pelos estudantes, os professores devem ser avaliados pelo sistema de

progressão docente a cada dois anos, onde é considerada a participação no ensino, a atividade

de produção intelectual, o envolvimento com atividades de Extensão, de Pesquisa e de

desenvolvimento tecnológico, além da atuação administrativa na educação e consultiva na

ciência, tecnologia e inovação.

A conversa colaborativa usada como parte da avaliação discente e´também parte da

avaliação docente.

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PAPEL DOS ESTUDANTES NOS PROCESSOS AVALIATIVOS

A organização curricular estabelecida e o perfl de competências e habilidades que se

deseja formar requerem do estudante um papel e uma postura protagonista na construção do

conhecimento e no desenvolvimento do perfl profssional, ressaltando-se os seguintes

aspectos:–curiosidade científca e interesse permanente pela aprendizagem, com iniciativa

para a busca de novos saberes;

–espírito crítico-refexivo e consciência da transitoriedade de teorias e técnicas, assumindo a

necessidade de aprender ao longo de toda a vida profssional;

–interesse na exploração dos conhecimentos necessários à compreensão dos processos

relacionados com as práticas na saúde;

–iniciativa criadora e senso de responsabilidade na busca de soluções para os problemas

presentes em sua atuação;

–cooperação para a educação permanente em saúde;

–participação no trabalho em equipe e em pequenos grupos, com responsabilidade e respeito

à diversidade de idéias, valores e culturas;

–engajamento e participação nos processos decisórios que envolvam interesses da população,

principalmente no processo de análise e implantação de um sistema de saúde,

que garanta a efetivação e a consolidação dos princípios constitucionais;

–atuação em permanente cooperação ética.

AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES

A avaliação formativa do estudante é orientada à aprendizagem e realizada em

processo. Utiliza a auto-avaliação e a avaliação dos demais membros do grupo ou equipe de

trabalho sobre o desempenho/atuação de cada um. Destina-se à identifcação de

potencialidades e áreas que requerem atenção, no sentido da melhoria do processo ensino-

aprendizagem.

Na avaliação somativa do estudante, busca-se avaliar os saberes e a prática profssional,

relacionados ao desenvolvimento de competências e aos objetivos gerais da proposta

pedagógica. Uma síntese avaliativa e formalizada, de maneira escrita em documentos

específcos, com periodicidade pertinente a cada atividade curricular será o recurso de

acompanhamento no formato portfólio de avaliação e matriz de acompanhamento do

desenvolvimento de competências e habilidades. Os documentos específcos de desempenho

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nas atividades curriculares passam a fazer parte dos instrumentos utilizados para a avaliação ao

fnal de cada atividade ou consultoria, da Comissão de Graduação em situações limítrofes à

aprovação ou progressão escolar. A avaliação do rendimento acadêmico ocorre mediante a

atribuição de conceitos.

Nas avaliações formativas serão atribuídos os conceitos correntes no Regimento da

Universidade e estabelecidos pareceres de acompanhamento, em comum acordo com o

estudante, indicativos ao professor dos semestres subsequentes. Todos os instrumentos de

avaliação devem ser continuados do início ao fnal do curso, servindo o momento fnal de

Internato Profssional (Estágio Curricular) para o reordenamento de componentes curriculares,

além das atividades prático-aplicativas. A aprovação está vinculada ao desempenho satisfatório

em todas as atividades curriculares e ao cumprimento de 75% de presença em cada atividade

curricular por semestre. A aprovação no curso dar-se-á por aprovação em todas as Unidades de

Produção Pedagógica, respeitado o prazo máximo de integralização.

A avaliação do desempenho do estudante nas atividades de ensino-aprendizagem

baseia-se na capacidade do estudante de identifcar necessidades em saúde, analisar

problemas de saúde e formular planos de ação para o setor da saúde ou intersetorialmente,

considerando os movimentos de construção do conhecimento. Também avalia o

desenvolvimento no processo de aprender a aprender e as atitudes em relação ao trabalho de

grupo e nos cenários de prática profssional.

A aprovação em atividade de ensino dependerá do resultado das avaliações efetuadas

ao longo de seu período de realização, na forma prevista no Plano de Ensino, sendo o resultado

global expresso em conceito, conforme estabelecido pelo Regimento Geral da Universidade.

Devem ser estabelecidos como conceitos de aprovação: A, B e C, correspondendo

respectivamente a aproveitamento Ótimo, Bom e Regular.

Devem ser estabelecidos como conceitos de reprovação: D e FF. O conceito D será

atribuído por desempenho acadêmico insatisfatório, e o conceito FF por falta de freqüência em

mais de 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária prevista para a atividade de ensino no

seu Plano de Ensino.

É assegurado ao discente vista aos documentos referentes à sua avaliação.

A avaliação do desempenho discente no Internato Profssional (Estágio Curricular) é

responsabilidade do professor orientador de forma sistemática e contínua e deverá considerar

os seguintes aspectos: domínio de conhecimentos conceituais aplicados à prática; domínio de

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competências no campo da Saúde Coletiva; sensibilidade nas relações interpessoais, tendo em

vista os aspectos éticos inerentes ao exercício das profssões em saúde e relativos aos espaços

educativos envolvidos no ensino-aprendizagem da saúde;atuação conseqüente e responsável

com os espaços educativos envolvidos com o ensino-aprendizagem da saúde; elaboração do

plano e do relatório de estágio de acordo com parâmetros descritos nos planos de ensino e de

trabalho; atendimento às exigências de freqüência; cumprimento das atividades de prática

profssional no Estágio Curricular.

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ATO AUTORIZATIVO ANTERIOR OU ATO DE CRIAÇÃO

Decisão CONSUN nº 805/2008, de aprovação da criação do Curso de Graduação em

Análise de Política se Sistemas de Saúde - Bacharelado em Saúde Coletiva proposto pelaEscola

de Enfermagem.

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ATENÇÃO AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Aos Portadores de Necessidades Especiais Educativas a UFRGS oferece ações e políticas

afrmativas à sua inclusão acadêmica, científca e tecnológica.

O atendimento aos portadores de necessidades especiais também é uma preocupação

constante da UFRGS, que requereu por parte da Universidade as seguintes ações:

a) Programa de Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Defciência ou Mobilidade reduzida

Inclui obras como construção de rampas, nivelamento de passeios, sanitários adaptados, além

de estudos para diferentes situações de acesso. Esta iniciativa está sendo contemplada nos

Projetos de Arquitetura para os prédios novos. Os prédios antigos estão sendo gradualmente

reformados para atender tal necessidade.

b) Núcleo de Apoio ao Aluno com Defciência Visual (NAPNES)

Criado para atender portadores de defciência visual, atua diretamente com estudantes e

professores. Confecciona textos em braille e capacita estagiários e outros profssionais para o

trabalho com esse público. Conta com o apoio da Fundação de Articulação e Desenvolvimento

de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Defciência e de Altas Habilidades no Rio

Grande do Sul (FADERS).

c) Setor de Apoio a Estudantes com Defciência Visual (SAADVIS)

Criado em janeiro de 2005, por portaria do Reitor, iniciou um processo inclusivo, ao cumprir a

legislação nacional vigente sobre a educação de pessoas com defciência visual no ensino

superior, criando as condições necessárias para que esses estudantes que já ingressaram pelos

caminhos legais (vestibular) tenham o acesso adequado ao material de seus cursos. O setor

tem como objetivo oferecer o apoio necessário aos estudantes de graduação, pós-graduação e

ensino profssionalizante da Universidade.

d) Programa Incluir

Legalmente, o Programa Incluir consiste em um edital de fomento a ações de acessibilidade

aos ambientes e currículos e de inclusão social de pessoas com necessidades educacionais

especiais (PNEEs) nas Universidades Federais. É um programa de acesso à universidade

desenvolvido pela SESu e SEESP, que visa à inclusão de pessoas com defciência no ensino

superior, constituindo-se numa ação afrmativa que por meio de ações inovadoras de

acessibilidade aos ambientes e aos currículos, provoca a transformação cultural e educacional

nas IFES. Além disso, destina-se a apoiar projetos das universidades federais para a Promoção

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de condições de acessibilidade que visem à eliminação de barreiras pedagógicas, arquitetônicas

e nas comunicações.

As ações projetadas envolvem:

a) Acessibilidade digital à informação e comunicação: aquisição de software ledor de tela, lupas

eletrônicas, televidevem ser, gravadores, e computadores a fm de promover acesso à material

didático-pedagógico adequado e/ou adaptado, bem como acesso à informação, digitação e

correção de trabalhos acadêmicos, em igualdade de condições;

b) Acessibilidade social através do esporte: oferecer disciplina para capacitação de docentes no

atendimento a pessoas portadoras de necessidades especiais e buscar recursos em termos de

mão-de-obra para construção de rampas e trilhas de concreto, visando passagem de

cadeirantes e circulação de cegos, dentre outras ações relacionadas à acessibilidade física e;

c) Acessibilidade didático-pedagógica: oferecimento da disciplina Introdução à Educação

Especial, em caráter obrigatório para os estudantes do curso de Pedagogia, e instalação de

software ledor de tela na Biblioteca da Faculdade de Educação.

d) Organização de estratégias de apoio aos estudantes que ingressem na UFRGS e que

apresentem uma das seguintes situações pessoais: surdez ou defciência auditiva, paralisia

cerebral ou defciência física.

e) capacitação dos funcionários da Universidade no uso e habilitação para interpretar a falados

docentes para a Língua de Sinais, no caso dos estudantes surdos, e aquisição de instrumentos

que sejam necessários para facilitar a aprendizagem e locomoção de alunos com paralisia

cerebral e defciência física nos espaços da Universidade e em sala de aula.

Entidades parceiras da UFRGS ou no interior da UFRGS e suas atuações:

- Escola superior de Educação Física da UFRGS: execução de projetos de Extensão universitária,

atendendo portadores de necessidades especiais nas diversas formas. Faculdade de Educação

da UFRGS: assessoramento didático-pedagógico às atividades do projeto e a coordenação do

mesmo.

- Núcleo de Pesquisa e Apoio a Pessoas Portadoras de Necessidades Educacionais Especiais da

UFRGS: inclusão social das pessoas com necessidades educacionais especiais (PNEEs) através

da educação, tecnologia e profssionalização.

- Setor de Apoio aos Estudantes com Defciência Visual: criação de condições necessárias para

que os estudantes da UFRGS, com defciência visual tenham acesso adequado aos materiais de

seus cursos.

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- Fundação de Atendimento ao Defciente e ao Superdotado do Rio Grande do Sul: particulação

das políticas públicas para pessoas com defciência e com altas habilidades.

- Associação de Cegos do Rio Grande do Sul: assessoramento às pessoas portadores de

defciência visual, no RS.

Em consonância com a política nacional de inclusão e com a legislação emanada da

Secretaria Especial dos Direitos Humanos e do Ministério de Educação, a Universidade oferece

os recursos assistivos requeridos aos estudantes portadores de defciência auditiva. Tanto para

as atividades de graduação como de pós-graduação, devem ser disponibilizados intérpretes da

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - sobretudo na Faculdade de Educação. Um grupo de

Pesquisa estabelecido e reconhecido no tema vem auxiliando na implantação das ações

defnidas.

Na Faculdade de Educação, o ensino de Libras é oferecido para os estudantes das

licenciaturas, a fm de capacitá-los para o trabalho com portadores de defciência auditiva. Por

meio dos professores vinculados a essa atividade, a Universidade tem participado de iniciativas

nacionais que visam à formação de intérpretes. Os técnicos-administrativos da Universidade

também têm oportunidade de se capacitarem em Libras, conforme referido no item anterior.

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DOCENTES PERMANENTES DO CURSO

Periodo Letivo Referência: 2018/1 -

Número semestres: 8

1. Alcides Silva De Miranda

2. Alcindo Antonio Ferla

3. Cristianne Maria Famer Rocha

4. Carlos André Aita

5. Daniel Canavese

6. Daniel Umpierre

7. Dario Frederico Pasche

8. Fernanda Bairros

9. Frederico Machado

10. Lisiane Boer Possa

11. Luciana Barcellos Teixeira

12. Maria Gabriela Curubeto Godoy

13. Marilise Oliveira Mesquita

14. Ricardo Burg Ceccim

15. Tadeu De Paula Souza

16. Roberto Henrique Amorim De Medeiros

17. Stela Nazareth Meneghel

18. Tatiana Engel Gerhardt

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ANEXOS

ANEXO 1: GRADE CURRICULAR 2018.1

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Etapa 1

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ANEXO 2: REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Capíluto I - Das normas gerais

Art. 1. O presente Regulamento normatiza as atividades de Estágio Curricular Obrigatório em

Saúde Coletiva do Curso Análise de Políticas e Sistemas de Saúde, da Escola de Enfermagem, da

UFRGS.

Parágrafo 1º. Para fns deste Regulamento, denomina-se Estágio Curricular Obrigatório em

Saúde Coletiva as atividades prático-aplicativas de inserção do discente em espaços da atuação

profssional, sob supervisão direta de profssionais dos diferentes campos ocupacionais e

orientação pelos professores do curso, proporcionadas ao estudante pela participação em

situações e ambientes de trabalho em locais que contemplem os dois grandes eixos de

formação, quais sejam:

- Eixo 1: Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde;

- Eixo 2: Promoção, Vigilância e Educação da Saúde.

Parágrafo 2º. Entende-se por Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva todas as

atividades voltadas para a implementação de políticas públicas de saúde por meio de avaliação,

organização, direção e implantação de atividades referentes à formulação e execução de

processos institucionais no campo do planejamento, gestão e avaliação em saúde nas

organizações públicas e privadas, governamentais e não-governamentais, bem como participar

das ações de Promoção, Vigilância e Educação da Saúde, tendo em vista a Saúde Coletiva, com

capacidade de adequação às complexidades locais e regionais, no âmbito do Sistema Único de

Saúde e às mudanças que ocorrem continuamente.

Art. 2. No Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva, o estudante desempenhará

atividades que tenham condições de oportunizar experiências práticas compatíveis com os dois

grandes eixos de formação em Saúde Coletiva, complementando o conhecimento adquirido,

constituindo-se em instrumento de integração para o exercício de aperfeiçoamento técnico-

cultural, científco e de relacionamento humano, contribuindo para dotar o profssional em

formação das competências e habilidades gerais conforme projeto pedagógico.

Parágrafo único. As atividades desenvolvidas serão acompanhadas e orientadas por docente e

deverão ser supervisionadas por profssional do local onde tais atividades serão realizadas (tal

como descrito no art. 16), designado por sua chefa imediata, desde que prevista tal atribuição

no convênio frmado.

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Art. 3. O aluno estará habilitado a realizar o Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva

nas duas áreas de formação quando regularmente matriculado no Curso e tendo cumprido,

com aprovação, os pré-requisitos acadêmicos indicados no Projeto Pedagógico do Curso – PPC,

de acordo com as exigências legais da Lei Federal nº 11.788/2008 e Resolução CEPE/UFRGS n°

29/2009.

Art. 4. Durante o Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva, o acadêmico deverá,

obrigatoriamente, realizar tarefas compatíveis com sua formação acadêmica, conforme o perfl

profssional e as ações determinadas pelo Programa de Estágio e pelo plano de ensino de cada

área temática.

Art. 5. Só terá validade para a conclusão do Curso, o cumprimento, pelo aluno, das duas áreas

de formação em Saúde Coletiva integrantes do Estágio Curricular Obrigatório em Saúde

Coletiva.

Capítulo II - Da organização do Estágio

Art. 6. As atividades de ensino relacionadas à organização do Estágio Curricular Obrigatório em

Saúde Coletiva serão responsabilidade de uma Comissão de Estágio, constituída por quatro

membros, sendo:

I – um representante da Comissão de Graduação do Curso;

II – dois professores indicados pelo grupo de docentes do Curso que representem cada um dos

eixos indicados no parágrafo 1º do art. 1;

III – um representante discente indicado pelos demais acadêmicos do Curso.

Parágrafo 1º. O mandato dos membros da Comissão de Estágio será de dois anos, sendo

permitida uma recondução.

Parágrafo 2º. A Comissão de Estágio será coordenada por um dos membros docentes da

mesma e este Coordenador terá mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução.

Art. 7. devem ser competências da Comissão de Estágio:

I – articular as atividades de Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva;

II – distribuir as vagas existentes para Estágio, respeitando o ordenamento da matrícula;

III – manter contato com os campos de Estágio para análise das condições de aprendizagem

oferecidas;

IV – indicar docentes para orientação de Estágio;

V – homologar os nomes dos docentes indicados para integrar o grupo de orientadores de

Estágio;

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VI – homologar os planos de atividades e relatórios de estágio;

VII – manter-se sistematicamente informada sobre o desenvolvimento dos Estágios;

VIII – identifcar e buscar soluções para os problemas relacionados ao Estágio;

IX – propor medidas para aperfeiçoar as atividades sob sua responsabilidade;

X – informar a Comissão de Graduação sobre o desempenho estudantil nas Atividades de

Ensino para fns de registro no Sistema de Graduação, respeitando os prazos estipulados pela

Universidade.

Art. 8. As atividades de ensino vinculadas à Comissão de Graduação terão coordenadores de

atividades administrativas e acadêmicas, responsáveis pelo desenvolvimento do Estágio

Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva.

Parágrafo 1º. Ao Coordenador de atividade administrativa e acadêmica será atribuída uma arga

horária docente de 4 (quatro) horas semanais na atividade de coordenação.

Parágrafo 2º. Aos docentes membros da Comissão de Estágio será atribuída uma carga horária

docente de 2 (duas) horas semanais na atividade.

Capítulo III - Da estrutura do Estágio

Art. 9. O Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva terá duração de 600 horas de

atividades prático-aplicativas, sendo divididas igualmente entre suas duas áreas obrigatórias:

I. Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde;

II. Promoção, Vigilância e Educação da Saúde.

Art. 10. Cada área deve compor carga horária de forma igualitária (equitativa), portanto, 300

horas cada, em período de igual distribuição.

Parágrafo 1°. A carga horária por crédito, para fns de Estágio, fca determinada como hora/hora

e não hora/aula.

Parágrafo 2°. O período de Estágio deve ser de no mínimo quatro (4) meses e no máximo doze

(12) meses para cada área.

Art. 11. Na sua dimensão teórica, o Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva será

desenvolvido em turmas sob a responsabilidade de docente da universidade, o qual

apresentará Plano de Ensino, cuja carga horária representa 40% do total de 300 horas de

atividade prevista para cada Estágio Curricular.

Art. 12. Na sua dimensão prática, o Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva será

desenvolvido em conformidade com o Plano de Ensino, mas contará com um Plano de

Atividades individualizado, registrado e sistematizado, o qual será compartilhado com

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profssional supervisor do respectivo espaço educativo, cuja carga horária corresponde a 60%

do total das 300 horas de atividade para cada área do Curso.

Capítulo IV - Dos locais do Estágio Art. 13. A área de abrangência para o desenvolvimento do

Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva compreende os espaços de trabalho da área

da saúde, devidamente conveniados para a atividade de ensino prático-aplicativa.

Parágrafo 1º. devem ser considerados campos de Estágio instituições ou empresas públicas

e/ou privadas que, mediante convênio e/ou acordo de cooperação, manifestem interesse em

absorver estudantes e que contemplem, no mínimo, as seguintes condições:

I. Permitir o acompanhamento e ensino do estudante pelos professores designados para este

fm, integrantes do Corpo Docente do Curso, conforme parágrafo único do artigo 2 deste

Regimento;

II. Respeitar e colaborar com a elaboração e realização das atividades do Estágio;

III. Oferecer ao estudante durante o período de Estágio condições para aprofundar seu

conhecimento teórico e prático na área da Saúde Coletiva, bem como vivenciar experiências

próprias da profssão.

Parágrafo 2º. O Estágio deve estar apoiado em instrumentos jurídicos compreendidos como

convênios e/ou acordos de cooperação técnica e Termo de Compromisso, celebrados entre a

UFRGS e campo concedente de Estágio:

I. O encaminhamento para a celebração destes instrumentos jurídicos é de competência da

Comissão de Graduação do Curso;

II. A realização do Estágio, por parte do acadêmico, nos termos do parágrafo anterior, não

acarreta vínculo empregatício de qualquer natureza.

Capítulo V - Do Acompanhamento no Estágio

Art. 14. Entende-se por acompanhamento de Estágio, a orientação e ensino ministrados pelo

docente em atividade prática ao estudante, nos diferentes momentos do Estágio, visando ao

alcance dos objetivos constantes no Programa de Estágio.

Parágrafo único. Aos docentes orientadores será atribuída a carga horária de 15 (quinze) horas/

semestre/discente.

Art. 15. O acompanhamento do estudante fcará a cargo do docente designado para esta tarefa

acadêmica podendo, mediante acordo, delegar a atividade de orientação, em situações

especiais, a preceptores especializados ou supervisores de campo do serviço das áreas de

concentração profssional em que se realizam.

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Art. 16. devem ser deveres do Orientador do Estágio:

I. Orientar o acadêmico na elaboração do Plano de Atividades;

II. Supervisionar, acompanhar e orientar continuamente os estudantes no horário em que se

realiza a atividade do Estágio;

III. Prestar orientação técnico-pedagógica aos estudantes de forma contínua;

IV. Coordenar seminários para analisar problemas vivenciados na prática e discutir soluções,

condutas e estratégias com base em referência bibliográfca atualizada;

V. Avaliar, periodicamente, o desempenho do estudante, considerando competências e

habilidades a adquirir segundo o PPC do Curso;

VI. Orientar o acadêmico na elaboração do Relatório de Estágio;

VII. Informar e justifcar para a Comissão de Graduação sobre a necessidade, se assim o fzer, de

sua substituição ou do supervisor de campo na atividade, em situações específcas;

VIII. Informar a Comissão de Graduação sobre o desempenho acadêmico do aluno na atividade

de Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva para fns de registro no Sistema de

Graduação, respeitando os prazos estipulados pela Universidade.

Art. 17. Entende-se por supervisor de campo o profssional com experiência em pelo menos um

dos dois eixos citados no Art 1º, indicado pelo campo de estágio que acompanhará o estagiário

no desenvolvimento das atividades.

Art. 18. devem ser deveres do supervisor de campo:

I. Fornecer informações e participar do planejamento das ações previstas para serem realizadas

durante o Estágio;

II. Aprovar preliminarmente o Plano de Atividades;

III. Observar o desenvolvimento das atividades específcas pelo estagiário;

IV. Acompanhar e supervisionar o processo de aprendizagem do estagiário.

Capítulo VI - Dos deveres dos estudantes Art. 19. devem ser deveres dos estudantes,

participantes do Estágio Curricular Obrigatório em Saúde Coletiva:

I. Realizar o Estágio nas diferentes áreas e participar dos seus seminários;

II. Manter postura ética e com comportamento condizente a condição de futuro profssional

em exercício de sua atividade;

III. Ser pontual e assíduo nas atividades;

IV. Utilizar a permanência do local de Estágio exclusivamente para cumprir a programação,

fcando excluído o desenvolvimento de atividades paralelas;

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V. Desenvolver as atividades junto aos usuários e equipe de saúde sabendo ouvir, acolher e

respeitar diversidades e singularidades;

VI. Procurar manter um bom relacionamento com os demais profssionais da equipe;

VII. Procurar integrar as suas atividades com as demais áreas afns;

VIII. Elaborar o Plano de Atividades e respeitá-lo na sua execução;

IX. Elaborar o Relatório de Estágio ao fnal do mesmo;

X. Não alterar ou infringir a rotina de trabalho do campo do Estágio, salvo se houver

consentimento do profssional responsável;

XI. Procurar o docente responsável para esclarecimento de eventuais dúvidas pertinentes ao

Estágio;

Capítulo VII - Da avaliação e da aprovação

Art. 20. O aluno é considerado aprovado quando:

I. Cumprir o total de horas dos estágios e o mínimo de 75% de frequência nos encontros

semanais de discussão;

II. Demonstrar o alcance dos objetivos estabelecidos no plano de estágio conforme critérios da

Comissão de Estágio.

Parágrafo único: No caso de o aluno não atingir o conceito mínimo determinado deverá repetir

o Estágio na área reprovada.

Capítulo VIII - Das disposições fnais

Art. 21. Os casos omissos neste Regulamento serão encaminhados para a Comissão de

Graduação para deliberação ou providências cabíveis.

Art. 22. Este Regulamento entrará em vigor a partir de sua aprovação na Comissão de

Graduação e homologado pelo Conselho de Unidade da Escola de Enfermagem da UFRGS.

Porto Alegre, 24 agosto de 2011.

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