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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Recife - PE
2012
2
Presidente da República Federativa do Brasil
Dilma Roussef
Ministro da Educação
Aloisio Mercadante
Secretário da Educação Superior
Amaro Henrique Pessoa Lins
3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Reitor
Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
Vice-Reitor
Prof. Dr. Silvio Romero de Barros Marques
Pró-Reitorias
Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos | PROACAD
Pró-Reitora: Ana Maria Santos Cabral
Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação | PROPESQ
Pró-Reitor: Francisco de Sousa Ramos
Pró-Reitoria de Extensão | PROEXT
Pró-Reitor: Edilson Fernandes de Souza
Pró-Reitoria de Gestão Administrativa | PROGEST
Pró-Reitor: Marco Tullio de Castro Vasconcelos
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida | PROGEPE
Pró-Reitora: Lenita Almeida Amaral
Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças | PROPLAN
Pró-Reitor: Hermano Perrelli de Moura
Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis | PROAES
Pró-Reitora: Kátia Medeiros de Araújo
4
COORDENAÇÃO GERAL DO CURSO
COORDENADORA
SINTRIA LABRES LAUTERT
VICE-COORDENADORA
LUCIANE DE CONTI
COMISSÃO QUE COORDENOU A ELABORAÇÃO
DA PROPOSTA DA REFORMA CURRICULAR
Ana Karina Moutinho Lima
Luciane De Conti
Maria de Fátima de Souza Santos
Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa
Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues
Síntria Labres Lautert
Zélia Maria Monteiro Higino da Silva
5
SUMÁRIO
1. Identificação do Curso............................................................................................ 07
2. Histórico ................................................................................................................ 08
2.1. A profissão de psicólogo e a criação de cursos de graduação em Psicologia no
Brasil............................................................................................................... 08
2.2. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE. .......................................... 10
2.3. O Curso de Graduação e o Departamento de Psicologia da UFPE no processo
de definição das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais.................................... 11
2.4. O processo de elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em
Psicologia da UFPE e as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de
Psicologia...............................................................................................................
14
3. Justificativa para a reformulação............................................................................ 19
4. Marco teórico ....................................................................................................... 21
5. Objetivos do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE .................................... 23
6. Perfil profissional......................................................................................................... 24
7. Campo de atuação do profissional como meio de viabilizar a articulação entre o
mundo do trabalho e o mundo acadêmico ................................................................. 24
8. Competências, atitudes e habilidades........................................................................ 29
9. Sistemáticas de avaliação........................................................................................ 30
9.1. Avaliação da aprendizagem dos discentes nos diferentes componentes
curriculares............................................................................................................... 30
9.2. Avaliação dos componentes curriculares, organização do curso, infraestrutura
de funcionamento do curso e funcionamento administrativo...................................... 32
9.3. Avaliação dos docentes pelos discentes e avaliação dos discentes pelos
docentes semestralmente........................................................................................ 32
10. Organização curricular do curso........................................................................... 33
10.1. Estrutura curricular: ênfases, epigrafes e ementas dos componentes 37
6
curriculares..................................................................................................................
11. Corpo docente ...................................................................................................... 63
12. Suporte para funcionamento do curso .................................................................. 66
12.1. Clinica Psicológica ........................................................................................... 67
12.2. Laboratórios e núcleos de pesquisa ................................................................... 69
12.3. Biblioteca ligada à rede mundial de computadores ........................................... 71
13. Sistemática de concretização do projeto pedagógico.......................................... 71
14. Estrutura Curricular de componentes obrigatórios por
período.........................................................................................................................
72
15. Dispositivos Legais e Normativos ....................................................................... 74
Referências ................................................................................................................. 77
7
1. Identificação do Curso
Instituição mantenedora
Instituição Universidade Federal de Pernambuco
Reitor Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
Endereço Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária
CEP: 50670-901 - Recife - PE
Telefone (81) 2126-8000
Fax (81) 2126 -8029
Endereço eletrônico www.ufpe.br
Instituição mantida
Campus Acadêmico Recife
Centro Acadêmico Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento Psicologia
Endereço Av. Arquitetura s/n, 9o andar - Cidade Universitária
CEP 50740-550 - Recife - PE
Telefone (81) 2126 - 8270 | (81) 2126 - 8730
Fax (81) 2126 -8270
Endereço eletrônico www.ufpe.br/psicologia
Identificação do Curso
Denominação Graduação em Psicologia
Título conferido Bacharel
Modalidade Presencial
Local de oferta Campus Recife
Diretrizes Curriculares Parecer CNE/CES Nº 8/2007
Referencias curriculares Nacionais dos Cursos de
bacharelado e licenciatura |março 2010
Resolução nº 5, de 15 de março de 2011
Vagas 80 anuais
Entrada 1ª - 40 vagas e 2ª - 40 vagas
Carga horária 4080 horas
Duração do curso Mínimo: 10 semestres
Máximo: 16 semestres
Turno Manhã e tarde
Ano/semestre de vigência 2013.1
Equipe responsável pela elaboração
Docentes que compõem o Núcleo Docente
Estruturante | NDE
Estudantes
Ana Karina Moutinho Lima
Luciane De Conti
Maria de Fátima de Souza Santos
Maria Isabel Patrício de Carvalho Pedrosa
Maria Lucicleide Falcão de Melo Rodrigues
Síntria Labres Lautert
Zélia Maria Monteiro Higino da Silva
Marcelo Alexandre Vilela da Silva
José Danilo Medeiros Ferreira de Brito
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PROJETO PEDAGÓGICO
Um projeto pedagógico de um curso de graduação em Psicologia se delineia a
partir do que se concebe sobre um processo de formação profissional do psicólogo e
sobre o seu campo da atuação profissional. Estes dois grandes balizamentos, entretanto,
trazem em seu bojo, um conjunto de outras concepções constituintes e constituídas de
inúmeras experiências que se busca promover num percurso cotidiano de um estudante
durante os cinco anos, em média, em que ele interage continuamente com o corpo
docente e seus colegas discentes. A formação profissional implica processos de
aquisição de conhecimentos, de competências técnicas e de valores éticos necessários ao
fazer psicológico. Por outro lado, o campo de atuação deve ser confrontado, a cada
momento, com a realidade social da qual faz parte, ao mesmo tempo, compondo-a em
harmonia ou contínuas tensões, promovendo, portanto, estabilidades e transformações,
num jogo contínuo e dinâmico de possibilidades e embates.
2. Histórico
2. 1. A profissão de psicólogo e a criação de cursos de graduação em
Psicologia no Brasil
O reconhecimento da profissão de psicólogo, juntamente, com a criação dos
cursos de graduação em Psicologia no Brasil ocorreu em 27/08/1962, quando foi
aprovada a Lei 4.119. No mesmo ano, em 19 de dezembro é aprovada a Resolução do
Conselho Federal de Psicologia, que fixa o currículo mínimo para os cursos de
graduação em Psicologia, fundamentada no parecer 403/62 do Conselheiro Valnir
Chagas. A Lei 4.119 é regulamentada pelo Decreto nº 53.464 de 21/01/64. Esses fatos
representaram o reconhecimento de um largo espectro de realizações na área,
abrangendo atividades de ensino, pesquisa e práticas de intervenção, fundamentadas em
uma diversidade de abordagens teóricas. Ressalte-se ainda que havia já naquela época
uma razoável produção de livros e periódicos, a promoção de alguns eventos científicos,
bem como a existência de instituições e entidades profissionais.
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A consolidação da Psicologia como ciência e profissão é acompanhada por
vários movimentos em busca do reconhecimento da profissão e da criação de cursos de
graduação para formar o pesquisador e o profissional de Psicologia. Durante o período
que vai dos anos 1930 aos anos 1950, vários projetos de cursos de Psicologia tentaram
se concretizar. Em 1932, o Decreto nº 21.173 de 19 de março de 1932 cria o Instituto de
Psicologia do Ministério da Educação e Saúde e aprova o primeiro projeto de curso de
graduação em Psicologia, com duração de quatro anos
O Instituto de Psicologia tinha por objetivo coordenar estudos e pesquisas de
psicologia geral e aplicada; servir como centro de aplicação das técnicas de
diagnose psicológicas, para os serviços de orientação e seleção profissionais;
contribuir para os estudos de aplicação da psicologia à pedagogia, medicina,
técnica judiciária e racionalização do trabalho industrial; e formar psicólogos
profissionais, mediante cursos teóricos e práticos e com estágio obrigatório
em seus laboratórios.
Após sete meses de funcionamento o curso foi extinto e, em 1937, o Instituto de
Psicologia foi incorporado à Universidade do Brasil, “com a finalidade de cooperar nos
trabalhos dos estabelecimentos de ensino, a saber: Faculdade Nacional de Filosofia,
Ciências e Letras, Faculdade Nacional de Educação e Faculdade Nacional de Política
e Economia”. Nas décadas de 1940 e 1950, várias propostas curriculares e projetos de
lei relativos à formação de “psicologistas” e à regulamentação da profissão foram
encaminhados ao Ministério da Educação e ao Congresso Nacional.
Filiados administrativamente às Faculdades de Filosofia e Ciências Humanas,
pela Lei nº 4.119/1962, os cursos de Psicologia que se constituíram caracterizaram-se
por oferecer uma formação espelhada no modelo médico, pretensamente de caráter
adaptativo, neutra e apolítica, permeada por uma dissociação entre teoria e prática e
entre ciência e profissão. Segundo Jacques (2006), a profissão de psicólogo quando
regulamentada irá se consolidar no campo na psicoterapia individual.
Na década de 1970 a integração, e consequente institucionalização dos cursos de
pós-graduação como parte das atividades universitárias, a criação de um maior número
de bolsas para que os estudantes se dedicassem em tempo integral às atividades da pós-
graduação e a qualificação dos docentes dos cursos já existentes foi consolidando,
paulatinamente, uma massa crítica voltada para as atividades de pesquisa, exercendo um
papel fundamental no fortalecimento dos cursos de Psicologia no país. Ao mesmo
tempo, desenvolvia-se no nível do governo federal uma preocupação com a construção
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de um sistema de pós-graduação brasileiro, que culminou com a consolidação de
Programas de Mestrado e Doutorado em todas as regiões do país.
Atualmente, a área da Psicologia conta com 71(setenta e um) Programas de Pós-
graduação, entre os quais 70 (setenta) cursos no nível de mestrado e 40 (quarenta)
cursos no nível de doutorado.
2.2. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE
No Recife, o primeiro curso de graduação em Psicologia surgiu em 1967, na
Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), que contava com um Instituto de
Psicologia Aplicada, em funcionamento desde 1961. Em seguida, em 1968, ocorreu a
instalação do Curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia do Recife, instituição que
contava, desde 1950, com uma Clínica Psicológica. O Curso de Graduação em
Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco foi o terceiro criado em Recife,
tendo iniciado o seu funcionamento em 1971.
De acordo com Rosas (2001), no início dos anos 60, a Psicologia era disciplina
lecionada em vários cursos da então Universidade do Recife. Além disso, eram
realizadas na Faculdade de Medicina atividades próprias da Psicologia Clínica. Em
1963, é fundado o Instituto de Ciência do Homem e com ele a divisão de Psicologia,
que devia ocupar-se da pesquisa básica e da formação de pesquisadores em Psicologia.
Em 1965, a Universidade do Recife transforma-se em Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE) e, com a reforma universitária de 1968, o Instituto de Ciências do
Homem passa a ser denominado Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. A
composição departamental que passa a vigorar em decorrência da reforma transforma a
Divisão de Psicologia em Departamento de Psicologia que se mantém no Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas, ampliado com a incorporação de vários professores,
anteriormente alocados em outras unidades da universidade.
Em novembro de 1970, a proposta apresentada pelo Departamento de Psicologia
ao Conselho Coordenador de Ensino Pesquisa e Extensão (CCEPE) para a implantação
de um novo curso de graduação na UFPE é aprovada com base no Parecer 74/70 de 03
de outubro de 1970, sendo autorizado o funcionamento do curso, a partir do primeiro
semestre de 1971. Essa aprovação foi obtida, sob a condição de que caso não houvesse
demanda o curso seria fechado. O seu reconhecimento legal ocorreu em 13/07/1977
através do Decreto 79.942, cuja publicação em Diário Oficial ocorreu em 14/07/1977.
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Desde o seu início, o curso de Psicologia da UFPE apresentou como diferencial
em relação aos outros cursos das instituições locais a ênfase na valorização da pesquisa,
tendência existente no departamento desde a sua origem como divisão do Instituto de
Ciências do Homem.
Durante o seu percurso, o Curso de Graduação em Psicologia passou por várias
reformas curriculares para ajustar-se as exigências legais ou para uma melhor
adequação aos progressos da própria Psicologia.
Em 1988, um processo de avaliação interna apontou para a necessidade de uma
reestruturação curricular. O produto dessa avaliação foi solicitado pelo Conselho
Federal de Psicologia (CFP) para subsidiar as discussões sobre a formação em
Psicologia e publicado na Revista Psicologia Ciência e Profissão (nº 1, 1989) –
Avaliação de duas Coordenações de Cursos de Graduação: UFPE e UFBA.
2.3. O Curso de Graduação e o Departamento de Psicologia da UFPE no
processo de definição das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais
O Parecer 403/62 do Conselho Federal de Educação apresenta o currículo
mínimo para os cursos de Psicologia como “uma „primeira aproximação‟ a ser
progressivamente enriquecida com os dados que a sua própria execução decerto
oferecerá”. Apesar dessa advertência o currículo mínimo então aprovado se manteve
inalterado durante mais de 40 anos.
Nos anos de 1970 e anos seguintes há uma intensa divulgação de trabalhos de
iniciativa individual ou institucional, com críticas ao Currículo Mínimo, caracterizado
como restritivo (direcionado para um modelo único de atuação) e desatualizado
(ignorando a evolução da Psicologia no Brasil como área de conhecimento).
No final dos anos de 1970, um estudo para revisão curricular dos cursos de
Psicologia, construído por uma comissão de especialistas, a pedido do MEC/DAU, é
enviado às Instituições de Ensino Superior (IES), com uma proposta de reforma
curricular para ser analisada. A proposta, entretanto, apresentava alguns problemas,
apontados pelo Departamento de Psicologia da UFPE e analisados em artigo pelas
professoras Terezinha Carraher e Silke Weber (1982)1. Dentre os problemas apontados,
1 CARRAHER, T. N. ; WEBER, S. Reforma curricular ou definição de diretrizes – Uma proposta para o
curso de Psicologia. Psicologia, 8, 1-13, 1982
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destacavam-se: (1) a limitação da reforma a uma lista de disciplinas sem que se
compreendessem os pressupostos que norteavam a sua elaboração; (2) a ênfase no
método experimental dando a impressão de que a pesquisa em Psicologia restringia-se a
um único método; (3) o não reconhecimento da Psicologia como uma ciência em
construção e, portanto, sujeita a frequentes revisões e a exigência de propiciar uma
visão ampla do homem e das teorias psicológicas, sem preocupar-se com uma análise
coerente dessas questões.
No período de 1989-1990 houve intensa discussão entre os docentes do
Departamento de Psicologia para a elaboração de uma Reforma Curricular. A proposta
elaborada foi implantada em 1991 e o novo currículo se pautou nas seguintes diretrizes
gerais:
“O curso de formação de psicólogo habilita o profissional a desenvolver suas
atividades em diferentes áreas, o que exige uma formação básica consistente
sobre os processos psicológicos básicos, assim como sobre os métodos e
técnicas envolvidas na investigação e na prática psicológica.”
“O reconhecimento da Psicologia como ciência em construção, o que implica
inexistência de modelos indiscutíveis, acabados e prontos. Assim sendo, é
necessário levar em conta os diferentes modelos teórico-metodológicos que
coexistem no atual momento do seu processo construtivo.”
“[...] nosso curso está inserido em uma instituição pública. Sob tal perspectiva,
cabe ao Departamento, como unidade universitária, além da transmissão do
conhecimento e formação de recursos humanos a tarefa de produzir
conhecimentos e colocá-los a serviço da sociedade, realizando, assim, sua
função de centro de ensino-pesquisa e extensão.”
“O curso de Psicologia deverá veicular o conhecimento produzido no Brasil e no
exterior, imprescindível à formação atualizada do psicólogo, como também
favorecer a participação dos estudantes nas pesquisas e atividades de extensão
neste Departamento.”
Em 1993, o Curso de Graduação em Psicologia da UFPE participa de pesquisa
realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) que teve como objetivo colher
subsídios para as discussões sobre a formação. Foram entrevistados gestores de cursos
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de Psicologia, considerados como “cursos de bom nível”. O produto dessa pesquisa foi
publicado em Achcar (1994)2.
Nos anos seguintes, o tema mudança curricular passa a ocupar espaço
significativo tanto no meio profissional, como no meio acadêmico, motivado pela: (1)
necessidade de atender à demanda social por serviços de psicologia; (2) por uma maior
conformidade dos serviços às características do mercado de trabalho; (3) e pela
evolução da Psicologia no Brasil como área de conhecimento.
Esse clima de discussão se refletiu na organização dos Currículos Plenos dos
Cursos de Psicologia, quando podiam ser identificados dois tipos principais de
currículos: currículos caracterizados por uma interpretação restritiva do Currículo
Mínimo (aprovado em 1962); e currículos com inovações “criativas”.
O marco de referência nas discussões que culminaram com a atual formulação
das diretrizes curriculares para os cursos de Psicologia foi o ENCONTRO DE SERRA
NEGRA - SP (Jul/Ago-1992), do qual participaram 93 representantes das 108
instituições formadores de psicólogos existentes no Brasil naquele momento. Constatou-
se que repensar a formação do psicólogo não podia se restringir a uma simples reforma
do Currículo Mínimo. O produto desse encontro foi uma Carta de Princípios (Carta de
Serra Negra) que passa a embasar as reflexões, estudos e pesquisas sobre a formação do
psicólogo.
Em 1995, é divulgado o documento “A Formação em Psicologia: contribuições
para reestruturação curricular e avaliação dos cursos”, elaborado pela comissão de
especialistas do MEC/SESU. Esse documento passou a subsidiar as discussões que
ocorreram nos Fóruns Regionais e no Fórum Nacional de Formação, que foram
promovidas pelo CFP e pela Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), em Ribeirão
Preto, em outubro de 1997. O relatório desse fórum foi encaminhado às IES para
auxiliar as discussões sobre as propostas de diretrizes curriculares para os cursos de
Psicologia.
Entre 09 e 18 março de 1998, ocorreram encontros regionais de membros da
CEEP com as IES e representantes da comunidade interessados em discutir a diretrizes
curriculares para o Curso de Psicologia. O Curso de Graduação em Psicologia da UFPE,
com o apoio do Departamento de Psicologia, sediou o encontro da região Nordeste, que
contou com a presença de coordenadores de cursos de graduação, representantes dos
2 ACHCAR, R. (Org.) Psicólogo brasileiro: práticas emergentes e desafios para a formação. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 1994.
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Conselhos Regionais e de outros segmentos da sociedade envolvidos na formação e no
exercício da profissão.
Em agosto de 1998, atendendo à convocação do Edital nº 4 (MEC/SESU), o
Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia da UFPE apresentou sugestões para
elaboração das diretrizes curriculares, que foram encaminhadas para a Comissão de
Especialistas do MEC.
Em junho de 1999, a Comissão de Especialistas mencionada submeteu à
apreciação da comunidade acadêmica e dos Conselhos de Psicologia, a primeira versão
das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Psicologia. O Colegiado ampliado do
Curso de Graduação em Psicologia da UFPE discutiu essa minuta e enviou sugestões
para a Comissão, que em dezembro de 1999 encaminhou ao Conselho Nacional de
Educação (CNE) uma proposta de Diretrizes Curriculares para os Cursos de Psicologia.
Em novembro de 2001, o CNE emitiu parecer (modificado em fevereiro de
2002), com uma proposta de diretrizes, que não é homologada pelo MEC. No período
de janeiro de 2002 a maio de 2004, o Fórum das Entidades de Psicologia discute a
proposta de Diretrizes Curriculares e participa de audiências públicas no CNE. A
Resolução nº 8 de 07/05/2004 instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para os
cursos de graduação em psicologia. Em março de 2010, o Ministério da Educação
(Secretaria de Educação Superior) publica os Referenciais Curriculares Nacionais dos
Cursos de Bacharelado e Licenciatura que define a carga horária mínima para
Psicologia Bacharelado (4000h) e a integralização em cinco anos.
Em 15 de março de 2011, a Câmara de Educação Superior do Conselho
Nacional de Educação institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de
graduação em Psicologia, estabelecendo normas para o projeto pedagógico
complementar para a formação de professores de Psicologia.
2.4. O processo de elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de
Graduação em Psicologia da UFPE e as Diretrizes Curriculares Nacionais
para os Cursos de Psicologia
Durante o período compreendido entre 1990 (última Reforma Curricular do
Curso de Graduação em Psicologia da UFPE) e a aprovação da Resolução no. 8 do
CNE, a Psicologia, como ciência em construção, sofreu profundas mudanças:
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ampliaram-se os cursos de pós-graduação no país; novas subáreas do conhecimento
psicológico emergiram tanto no campo da investigação quanto da prática profissional;
estendeu-se o campo de atuação do psicólogo, sobretudo no que se refere a um trabalho
institucional e em equipes multidisciplinares; criaram-se novos métodos e instrumentais
de pesquisa; e se ampliou a possibilidade de atuação na promoção de saúde, conforme
se pode observar no relatório da Comissão de Especialistas da área da Psicologia.
Atualmente, observa-se um aumento significativo do número de cursos de
graduação em Psicologia, no estado de Pernambuco.
O projeto de interiorização das universidades públicas é também uma realidade.
A UFPE criou dois novos Campi, um em Caruaru e outro em Vitória de Santo Antão, a
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) instalou-se também em
Garanhuns e Serra Talhada e foi criada a Universidade Federal do Vale do São
Francisco (UNIVASF). Nesse processo de interiorização e expansão das universidades,
foram criados dois novos cursos de Psicologia: um em Garanhuns, na Universidade
Estadual de Pernambuco (UPE), e o outro em Petrolina (UNIVASF). Na cidade do
Recife existem atualmente 12 (doze) cursos de graduação em Psicologia.
Na região nordeste houve um significativo aumento de cursos de Pós-graduação
stricto sensu, criando-se Programas de Pós-graduação em Psicologia (UFBA, UFPE,
UNICAP, UFPB, UFRN, UFS, UFAL e UFCE). Especialmente em Recife, além do
Programa em Psicologia Clínica na UNICAP, têm-se, na UFPE, o Programa de
Psicologia e o de Psicologia Cognitiva, ambos no Departamento de Psicologia do
Centro de Filosofia e Ciências Humanas, mantendo cursos de Mestrado e Doutorado.
Esse novo perfil da pós-graduação no país e, sobretudo na região, tem possibilitado a
construção de conhecimento em áreas emergentes ou em temas de interesse social, além
da formação de pessoal titulado para a carreira docente. A política nacional de abertura
de vagas para concursos nas Universidades Federais e a possibilidade de bolsas de
fixação de recém-doutores possibilitam às universidades um investimento maior em
áreas de interesse tanto do ponto de vista acadêmico quanto social. Essas mudanças se
evidenciam no Departamento de Psicologia da UFPE, bem como no seu curso de
graduação.
Uma das grandes mudanças surgidas no curso de graduação concerne aos
estágios curriculares em Psicologia. Nos últimos anos, o país vem investindo fortemente
na solução ou minimização dos problemas sociais, construindo políticas públicas em
diferentes setores com o objetivo de diminuir as desigualdades sociais existentes e
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apoiar as populações mais vulneráveis. Essas políticas trazem em seu bojo mudanças de
concepções relativas ao papel do Estado, aos diferentes grupos sociais e ao
desenvolvimento da cidadania. Isso tem se refletido nas instituições, de um modo geral,
e na criação de programas diversos, seja visando à geração de emprego e renda, seja
visando à promoção de saúde e a assistências dos setores mais vulneráveis da
população.
A criação do Sistema Único de Saúde e a busca de consolidação de seus
princípios de integralidade, universalidade equidade; a criação do Programa de Saúde da
Família, dos Núcleos de Assistência à Saúde da Família; a reforma psiquiátrica, que
gerou a criação dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), CREAS (Centros de
Referências Especializados de Assistência Social), CRAS (Centro de Referência da
Assistência Social); a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que
gerou mudanças no Judiciário, sobretudo nas Varas de Família, etc. configuram um
novo contexto de atuação do psicólogo que demanda uma nova base de conhecimento
teórico e metodológico. Acrescente-se a isso, a exigência dos trabalhos multi e/ou
interdisciplinares, exigindo uma nova postura do profissional na equipe sem perder a
sua identidade de psicólogo. Desse modo, tornou-se urgente uma Reforma Curricular do
Curso de Graduação que permitisse ao estudante ter uma base teórico-metodológica
com implicações político-ideológicas consistentes com esse novo contexto.
Entre 1999 e 2010 o Departamento de Psicologia iniciou um processo de
reforma curricular, alternando momentos de intensa discussão com períodos de
interrupção. Durante esses anos foram realizadas diversas reuniões do Pleno do
Departamento nas quais foram discutidas as novas diretrizes, competências, habilidades,
eixos estruturantes, algumas disciplinas e ementas do curso. Em alguns momentos, o
Pleno fez reuniões quase semanais; em outros momentos, as reuniões eram espaçadas e
até se identificam períodos de abandono, como, por exemplo, os anos de 2006 a 2009.
Em abril de 2009, constituiu-se uma Comissão com o propósito de reunir e sistematizar
toda documentação já elaborada e, partindo desse material, se pudesse reiniciar a
construção de uma proposta levando em consideração o novo momento da Psicologia e
a realidade do próprio Departamento de Psicologia. Alguns docentes se apresentaram
para realizar essa tarefa e tiveram o apoio e aprovação do Pleno. A comissão foi
composta pelas professoras: Maria Isabel Pedrosa, Maria de Fátima Santos, Zélia
Higino, Síntria Lautert e Luciane De Conti e, posteriormente, Ana Karina Moutinho e
Maria Lucicleide Falcão, além de representantes de estudantes, por eles indicados.
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As professoras Maria Isabel Pedrosa, Maria de Fátima Santos e Zélia Higino,
docentes que participaram das diversas reflexões anteriores acerca da Reforma
Curricular do Curso, reuniram toda a documentação existente produzida em anos
anteriores e a organizaram em uma estrutura de documento que passou a ser o ponto de
partida para as reflexões sobre a reforma, reiniciando-se, assim a construção da nova
proposta curricular. Ficou acordado, entretanto, que a comissão estava aberta a qualquer
participação de outros docentes e quaisquer contribuições seriam sempre bem vindas.
O trabalho da comissão inicialmente partiu de ênfases e, com essa escolha, não
fomos muito longe. Invertemos o caminho. Animamos um percurso em que os docentes
e estudantes foram estimulados a propor alterações e inovações no curso. Então o
processo de reforma curricular fluiu: foram muitas conversas, argumentos, contra-
argumentos, sínteses e reelaborações. Aspectos desse processo foram se realçando na
configuração das três ênfases propostas para o Curso de graduação em Psicologia da
UFPE, a saber: processos clínicos e atenção a saúde, processos educacionais e processos
psicossociais.
1 - Uma prática profissional que possa estar implicada em percursos inovadores de
atenção à saúde, em equipes multidisciplinares e/ou interdisciplinares, que vem sendo
instaurada com as políticas públicas voltadas à saúde no Brasil. Essa preocupação se
realçou sem que se desejasse desprezar uma formação num modo de atendimento
clínico tradicional que se reconhece ser uma atuação profissional mais consolidada na
Psicologia. A participação do Curso no Programa Nacional de Reorientação da
Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde II e III), que tem por objetivo a
“integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional,
assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na
Atenção Básica, promovendo transformações na prestação de serviços à população” e
as atividades promovidas pela Clínica Psicológica da UFPE, onde destaca-se, além do
atendimento psicoterapêutico à comunidade em geral, a Escola de Supervisores
Técnico-Institucionais que visa a qualificação e troca de experiências entre supervisores
em atividade na rede psicossocial na cidade do Recife, bem como, a atualização teórico-
prático em temas como a rede de atenção à saúde, políticas públicas, as reflexões sobre
a clínica ampliada e a visão integrada da saúde. Temos também a residência
multiprofissional que propiciou o diálogo da psicologia com a rede de atenção básica
promovendo a interação com outros profissionais da área da Saúde para que a formação
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dos discentes esteja conectada com as demandas e princípios dos marcos legais vigentes
→ Processos clínicos e atenção a saúde
2 - Um resgate histórico, mas que ainda hoje continua sendo uma preocupação dos
docentes deste departamento: a formação de quadros formadores em que se busca
amplificar atuações profissionais (ou informais) abrangendo situações de aprendizagem
em diferentes contextos. Tem-se como exemplo o Grupo de Estudos e Orientação
Psicopedagógica (GEOP); o PPG em Psicologia Cognitiva numa vertente investigativa e
de intervenção (Laboratório de Comunicação e Linguagem na primeira infância –
LABCOM; Núcleo de Pesquisa da Argumentação - NupArg; Núcleo de Pesquisa em
Psicologia da Educação Matemática – NUPPEM; Núcleo de Pesquisa em Narrativa,
Cultura e Desenvolvimento); o PPG em Psicologia com o projeto Diálogos para o
desenvolvimento Social em Suape, pesquisa-intervenção sobre a efetividade e a eficácia
de um programa populacional de promoção à saúde, criado para minimizar as
perturbações nas condições de saúde do trabalhador, que envolve também a formação
continuada de jovens para instrumentalizá-los em um trabalho com outros jovens, ação
esta nomeada de Caravanas da Cidadania, no Projeto Diálogos; a formação de
professores de Educação Infantil que vem sendo realizado pelos integrantes do
Laboratório de Interação Social e Humana – LabInt e as ações extensionistas voltadas
para a formação de mulheres como agentes-comunitário de saúde, dentre outros →
Processos educacionais.
3 – Uma preocupação entre docentes de diferentes áreas de atuação é a de compreender
o fenômeno psicológico no contexto sociocultural e histórico em que ele
emerge. Constata-se no Departamento diferentes pesquisas e trabalhos de extensão
fundamentados em uma perspectiva psicossocial que visa compreender o sujeito a partir
de sua interação com o contexto histórico, cultural e social em que ele vive. É o caso
das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Interação Social e Humana - LABINT,
no Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades - GEMA, no Laboratório de
Estudos da Sexualidade Humana- LAB-ESHU, na área de trabalho. Pode-se ainda
observar essa mesma abordagem psicossocial nos projetos de Extensão em Psicologia
Comunitária, Projeto Diálogos, entre outros. Nessa perspectiva, o curso de graduação
tem uma de suas ênfases caracterizada pela busca de suporte teórico e metodológico que
19
possa dar conta desse percurso com suas peculiaridades, tanto do ponto de vista da
atuação profissional como de uma atuação investigativa → Processos psicossociais
3. Justificativa para a reformulação
No período que compreendeu os anos de 1995 e 1996, os integrantes do Curso de
Graduação em Psicologia realizaram um processo de avaliação interna. Várias questões
foram tratadas e alguns pontos foram escolhidos como norteadores da condução do
trabalho docente.
Foi consenso entre os professores que a formação dos estudantes deveria ocorrer
no sentido generalista visando a favorecer uma base ampla de conhecimento e técnicas
que possibilitassem, de modo flexível e competente, sua inserção profissional num
campo altamente dinâmico.
Um item fortemente criticado a respeito da formação do estudante de Psicologia
da UFPE, com base no currículo vigente, foi o reconhecimento de que seu percurso está
fortemente marcado pela grande quantidade de disciplinas obrigatórias. Se, por um lado,
isso favorece muitas oportunidades de enriquecimento teórico-metodológico, por outro
lado, não contempla a diversidade do fazer psicológico. Assim, foi considerado
necessário oferecer experiências de aprendizagem significativa para intervenção
psicológica, em diferentes espaços e contextos. Esta diversidade e articulação teórico-
prática devem ser alcançadas em experiências de intervenção, em espaço de práticas
integrativas.
Apoiando-se no tripé ensino, pesquisa e extensão, o processo avaliativo também
apontou a relevância de envolver os estudantes em projetos de pesquisa, buscando
descobrir vocações, incentivando a formação de futuros pesquisadores, construtores do
conhecimento psicológico.
Em 1996 com o Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras (PAIUB), o Departamento de Psicologia em uma ação integrada com a Pró-
Reitoria Acadêmica (PROACAD) promoveu a vinda de professores especialistas
externos ao departamento a fim de que pudessem refletir sobre pontos necessários a
uma mudança na estrutura curricular do curso. No mês de novembro foi instituída uma
comissão da qual fizeram parte, o professor Dr. Paulo Rosas, ex-integrante do quadro
docente do Departamento de Psicologia da UFPE, nessa ocasião já aposentado, as
20
doutoras Nancy Vinagre e Stella Maris D’Apoian, respectivamente, docentes da UFSC
e UFF. A comissão realizou reunião com docentes e discentes além de se debruçar na
leitura de documentos propositivos do curso, ementas de disciplinas, planos de ensino e
outros registros disponíveis. Ao final, emitiram o seguinte parecer:
“O Curso de Graduação em Psicologia pode ser considerado de bom nível.
No entanto, observa-se que a carga didática impõe um exagerado tempo de
sala de aula (principalmente com atividades informativas), o que é
confirmado pelos alunos entrevistados. Essa situação não corresponde às
diretrizes que embasam a proposta curricular para o curso, que se apresenta
mais atualizada do que a grade vigente”.
Mais adiante, no ano de 2000, dentro de uma ação nacional promovida pelo
Ministério de Educação, num Programa de Avaliação das Condições de Oferta de
Ensino de Graduação, o Curso de em Psicologia da UFPE recebeu a visita de dois
docentes, a Dra. Carolina Bori e o Dr. Sergio Luna, indicados para a avaliação in loco.
Como destaques positivos do curso foram mencionados: (1) o trabalho
realizando na Clínica Psicológica, a clínica escola, que oferece estágio curricular aos
estudantes; (1) o Laboratório de Processamento Visual (LabVis), como exemplo de
integração de atividades de ensino e pesquisa ofertado aos alunos; (3) o trabalho
organizativo pedagógico oferecido pela Coordenação do Curso de Graduação, este item
recebendo nota máxima na escala de pontuação. Como pontos negativos foram
destacados: (1) a ausência de um laboratório de ensino para promover práticas ligadas à
análise experimental do comportamento relacionados a vários processos básicos de
interesse da Psicologia; (2) ênfase no ensino de processos cognitivos, não
contrabalanceado com outros processos psicológicos; (3) infra-estrutura de salas de
aula, indicadas como não atendendo requisitos mínimos de bem-estar físico e apoio
didático.
Os anos de 2000, 2001 e 2002 foram marcados também pela avaliação dos
Exames Nacionais, os chamados “Provões”. Os alunos realizavam uma prova nacional e
seus resultados eram normatizados e analisados nacionalmente. Os alunos de Psicologia
da UFPE receberam, respectivamente, as notas B, A e B nesses três anos sucessivos. A
análise qualitativa dos resultados evidenciou que os estudantes da UFPE obtiveram, em
média, um desempenho superior quando instados a responderem questões dissertativas,
mas não questões de múltipla escolha. Também itens que exigiam uma reflexão sobre a
21
análise de situações necessárias a uma intervenção eram melhores respondidas pelos
estudantes da UFPE.
Com o fim do “Provão”, foi criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, coordenado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP. O
SINAES é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos
cursos e do desempenho dos estudantes. O SINAES avalia todos os aspectos que
giram em torno do ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, desempenho
dos alunos, gestão da instituição, corpo docente, instalações entre outros. Em relação à
avaliação dos cursos de graduação, há dois instrumentos: o Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes - ENADE e as avaliações in loco realizadas pelas
comissões de especialistas. O ENADE visa aferir o rendimento dos alunos dos cursos
de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e
competências. Participam do ENADE alunos ingressantes e concluintes dos cursos
avaliados, que fazem uma prova de formação geral e formação específica. É previsto
que essas avaliações ocorram periodicamente. Assim, os cursos de educação superior
passam por três tipos de avaliação: para autorização, para reconhecimento e para
renovação de reconhecimento, esta última sendo feita a cada três anos. O atual Curso
de Psicologia da UFPE, cujo projeto pedagógico está sendo reformulado foi avaliado
no ENADE em 2006 (Conceito 4), 2009 (Conceito 3) e avaliado em 2012, não sendo
os resultados dessa última avaliação divulgados pelo INEP. Ressalta-se que o Curso de
Psicologia da UFPE obteve a última renovação do reconhecimento em 2012 através
da Portaria no 124, 9 de julho 2012 publicada D.O.U. 10/07/2012.
4. Marco teórico
A elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia da
UFPE exigiu um longo caminho a ser percorrido. De início, foi necessário formular a
pergunta que orientou todo o trabalho: qual o perfil de psicólogo que desejamos formar?
Em decorrência, outras perguntas se sucederam: que conjunto de experiências dever-se-
ia proporcionar ao discente, durante seus anos de formação, de modo a instigá-lo a um
conjunto de reflexões supostamente propiciadoras de aprendizagens específicas,
competências profissionais diferenciadas e atitude ética concernente ao fazer
psicológico? De que maneira se deveriam organizar tais experiências de modo a
22
maximizar as aquisições requeridas e evitar esforços desnecessários? De que condições
se dispõem, quer sejam materiais, quer sejam humanas, considerando, subjacente a estas
perguntas, espaços físicos, apoio didático para salas de aula, equipamentos de
laboratórios, bem como, qualificação do corpo docente atual que planeja e conduz
projetos investigativos e extensionistas, afinados a suas motivações e competências
teórico-metodológicas e que, potencialmente, integrariam o discente? Quais serviços
existem no Departamento de Psicologia que viabilizariam a participação dos discentes,
permitindo-lhes uma formação supervisionada? Que demandas sociais solicitam
respostas imediatas de médio e longo prazo, ao psicólogo? Como os discentes se
sentiriam convidados a construir a ciência psicológica, admitindo-a como um
empreendimento coletivo, contínuo e com seu percurso marcado por tensões e
descobertas ainda incipientes?
Como é possível supor, todas essas questões precisariam balizar a construção da
proposta pedagógica. Esta, por sua vez, refletirá a compreensão que se tem da
Psicologia, enquanto ciência e profissão, seu estado da arte, seus pressupostos
epistemológicos, seus alcances teóricos e técnicos tomados como instrumentos de
reflexão e análise para responder demandas específicas, advindas de pessoas singulares
em sofrimento psíquico, de movimentos sociais organizados em prol de projetos
coletivos, de ações públicas ou privados, governamentais ou civis, que visam ao
atendimento ao bem-estar individual e social. Refletirá também a concepção de uma
Psicologia que insistentemente busca se relacionar com outros saberes técnicos,
científicos e profissionais e, por isso, insiste em se inserir em equipes inter e
multidisciplinares, compreendendo que o sujeito cidadão, sujeito de direitos e deveres,
não pode deixar de se implicar com projetos políticos que buscam responder a
inquietações que garantam a dignidade da pessoa, num lugar e tempo determinados.
A Psicologia espelha um fazer múltiplo, em contínua transformação, decorrente
de grandes orientações teóricas, por vezes divergentes, e de saberes técnicos que
decorrem de diferentes níveis de análise do fenômeno psicológico. Seu percurso
histórico é recente, marcado por tensões e desdobramentos na construção de seu saber.
A formação do Bacharel em Psicologia, portanto, é planejada, na presente
proposta pedagógica, considerando os saberes já acumulados até o momento atual, mas
postos em perspectiva de uma contínua construção, diante do grande empreendimento a
ser trilhado, que desafia o estado atual da arte. Portanto, uma proposta que deve instigar
uma participação responsável com a construção do conhecimento científico bem como
23
comprometida com o bem estar da pessoa e da coletividade, devendo ser pertinente às
inquietações atuais da Psicologia enquanto ciência e profissão.
5. Objetivos do Curso de Graduação em Psicologia UFPE
O curso de graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco tem
como objetivo geral: assegurar uma formação básica e consistente aos estudantes de
Psicologia no que se refere ao conhecimento de processos psicológicos
fundamentais; de métodos e técnicas envolvidas na investigação e na prática
profissional do psicólogo; e de diferentes abordagens teórico-metodológicos
coexistentes no atual momento de construção do conhecimento psicológico. Buscar-
se-á, entretanto, que a apropriação desses conhecimentos esteja implicada com um
posicionamento crítico e reflexivo sobre o saber científico e comprometida com a
transformação social e discernimento ético no trato de questões relativas a pessoas e à
coletividade.
Para que este objetivo seja assegurado, várias ações serão planejadas e
executadas por seus docentes:
- veicular o conhecimento produzido no Brasil e no exterior, visando uma
formação atualizada do psicólogo;
- favorecer a participação do estudante nas pesquisas e nas atividades de extensão
realizadas no Departamento;
- possibilitar desde o início do curso a inserção do aluno em atividades de
atuação prática do psicólogo, sob a supervisão e orientação de profissionais e
professores;
- colocar ao alcance do aluno a possibilidade de observar, planejar e realizar
pesquisa e intervenção o mais próximo possível das áreas de seus interesses;
- iniciar a formação de futuros professores e pesquisadores, incitando o
aprofundamento teórico, o planejamento empírico, a realização de pesquisas e a defesa
de pontos de vista a partir de balizamentos teórico-empíricos, condizentes com uma
atitude reflexiva diante de achados investigativos ou de resultados interventivos;
- favorecer a formação do psicólogo para atuar em equipes inter ou
multiprofissionais articulando o conhecimento específico da psicologia aos problemas
sociais, culturais, econômicos e políticos do país.
24
6. Perfil profissional
O curso de graduação em Psicologia tem como objetivo desenvolver uma
formação profissional comprometida com a formação acadêmica, a produção de
conhecimento, e a transformação social, proporcionando uma reflexão crítica sobre as
práticas profissionais e o saber científico em Psicologia e considerando sua
multiplicidade de objetos e de abordagens teóricas e metodológicas. Pretende-se que o
egresso do curso de graduação em Psicologia tenha incorporado ao conjunto de seus
valores, durante o seu período de formação, habilidades, conhecimentos e um acervo de
experiências significativas de crescimento intelectual decorrentes de sua trajetória nas
diferentes atividades oferecidas. Pretende-se também que ele seja capaz de desenvolver
a sua prática profissional em consonância com as questões emergentes no âmbito
regional, nacional e internacional buscando uma integração dos diversos fenômenos
psicológicos.
7. Campo de atuação do profissional como meio de viabilizar a
articulação entre o mundo do trabalho e o mundo acadêmico
A profissão de psicólogo vem sofrendo uma forte transformação nas últimas
décadas quanto ao seu campo de atuação. Se antes o psicólogo era prioritariamente um
profissional liberal com atuação individual, a partir da década de 1980, Yamamoto
(2012)3 , baseado nos dados de uma pesquisa publicada no livro O trabalho do
Psicólogo no Brasil, organizado por Bastos e Gondim em 2010, chama a atenção de que
52% dos psicólogos, em 2010, eram assalariados e 48% autônomos e desses últimos 1/5
atuava apenas como autônomo. Outro dado surpreendente diz respeito à inserção
profissional dos psicólogos
o setor público é o que apresenta a maior concentração, com 40% da
amostra. Seguem-se 35% no setor privado e surpreendentes 25% no terceiro
setor. A combinação de duas ou mais inserções, no entanto, é a marca da
profissão, e abrange 65% dos psicólogos. (Yamamoto, 2012, p. 8)
É importante considerar um conjunto de mudanças no país que possibilitou um
espaço ampliado de trabalho para a Psicologia. O Sistema Único de Saúde (SUS), os
3 Yamamoto, O. 50 anos de profissão: responsabilidade social ou projeto ético-politico? Ciência e
Profissão, 32, no especial, 6-17, 2012.
25
Centros de Apoio Psicossociais, Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o
Judiciário são exemplos de espaços profissionais decorrentes dessas mudanças e ligados
às políticas sociais do Estado.
Os resultados da pesquisa nacional de 2010 nos permitem deduzir que
aproximadamente 40% dos psicólogos que participaram do estudo trabalham no campo
das políticas sociais. Os setores nos quais os psicólogos têm presença significativa são
os da saúde pública e os da assistência social. Estamos falando, aqui, de dois segmentos
que têm um significado diverso no que diz respeito à discussão de alcance social. As
políticas voltadas para o campo da saúde são (ou pretendem ser) universalistas, ao passo
que aquelas referentes à assistência são focalizadas e compensatórias. (Yamamoto,
2012, p. 10)
Essas mudanças no perfil profissional exigem uma profunda reformulação na
proposta pedagógica dos cursos de graduação. É necessário oferecer aos estudantes,
além de uma base teórica sólida que permita a sua atuação no campo institucional,
experiências de atuação supervisionada que possibilitem a sua inserção na profissão
nesses novos espaços de trabalho.
Algumas experiências são oferecidas aos estudantes de modo a permitir a
articulação do mundo acadêmico com o mundo profissional. O curso de graduação
oferece a possibilidade de o estudante atuar em projetos de pesquisa e extensão em
diferentes comunidades e instituições localizadas na cidade do Recife e/ou em cidades
próximas; no PET-Saúde; nos estágios desenvolvidos na área jurídica, na Clínica
Psicológica da UFPE, na rede de hospitais públicos, de saúde mental e assistência
social. Também oferece a oportunidade do estudante realizar sua prática na rede pública
e privada de ensino, nas empresas, organizações não governamentais, entre outras. Estes
espaços têm fortalecido o diálogo entre a universidade e os campos de atuação do
psicólogo, bem como contribuiu para elaboração do projeto pedagógico visando ampliar
o envolvimento e a interação dos diversos componentes (disciplinas) curriculares com
os serviços de psicologia em diferentes contextos a partir de uma visão de ensino-
prática integrada.
Ademais, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de graduação em
Psicologia, instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011,
colocam em seu artigo 17 (Resolução CNE/CES 5/2011), que “as atividades acadêmicas
devem fornecer elementos para a aquisição das competências, habilidades e
conhecimentos básicos necessários ao exercício profissional. Assim, essas atividades
26
devem, de forma sistemática e gradual, aproximar o formando do exercício profissional
correspondente às competências previstas para a formação”.
Como é possível visualizar neste artigo, as diretrizes apontam para a importância
do planejamento e execução de atividades que articulem teoria e prática desde o início
do curso, o que implica em uma concepção de formação que integra a prática à
produção de conhecimento em psicologia. Para atingir esse fim, em seu artigo 19, é
regulamentado que “o planejamento acadêmico deve assegurar, em termos de carga
horária e de planos de estudos, o envolvimento do aluno em atividades, individuais e de
equipe, que incluam, entre outros” um conjunto de “práticas integrativas voltadas para
o desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade
variada, representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de estágio
supervisionado”.
O estágio supervisionado, como preconiza o artigo 21 das Diretrizes, visa
“assegurar o contato do formando com situações, contextos e instituições, permitindo
que conhecimentos, habilidades e atitudes se concretizem em ações profissionais, sendo
recomendável que as atividades do estágio supervisionado se distribuam ao longo do
curso”. Em seu artigo 22, as Diretrizes esclarecem que “os estágios supervisionados
devem se estruturar em dois níveis – básico e específico – cada um com sua carga
horária própria”. E define, no mesmo artigo, que “o estágio supervisionado básico
incluirá o desenvolvimento de práticas integrativas das competências e habilidades
previstas no núcleo comum”.
Tendo em vista que o estágio básico deve consolidar e articular competências
previstas no núcleo comum, o qual estabelece em seu artigo 7º que o mesmo deve se
constituir em “uma base homogênea para a formação no país e uma capacitação básica
para lidar com os conteúdos da Psicologia, enquanto campo de conhecimento e de
atuação”, o Curso de Psicologia da UFPE propõe estágios básicos no 4º e 6º semestres
do curso, com uma carga horária de 90 horas cada (06 créditos), totalizando 180 horas
(12 créditos), organizados respectivamente da seguinte forma:
→ Estágio de observação, a ser realizado no 4º semestre do Curso, cujo objetivo
é instrumentalizar o estudante de Psicologia para a utilização da observação como
procedimento que possibilite a delimitação do contexto, identificação, descrição e
inferência do fenômeno a ser observado, visando a reflexão sobre os processos
psicológicos em desenvolvimento.
27
Para isso, o curso possibilitará aos alunos desenvolver práticas em diversos
contextos sociais e institucionais através da inserção em serviços de psicologia
conveniados com a UFPE e que permitam a realização de algumas atividades básicas
como, por exemplo, observações das atividades desenvolvidas pelos profissionais dos
serviços, entrevistas nas comunidades, participação em reuniões de equipe; entre outros.
→ Estágio de planejamento de intervenção, a ser realizado no 6º semestre do
Curso, que visa a utilização de técnicas ou instrumentos da Psicologia para subsidiar a
análise e interpretação de situações que permitam o planejamento de uma intervenção
profissional. A proposta é que o estudante possa escolher e propor instrumentos e
procedimentos metodológicos pertinentes às situações observadas.
Para atingir esses objetivos, o curso possibilitará aos alunos desenvolver práticas
em diferentes contextos, que poderão ou não ser os mesmos onde o estudante realizou o
seu estágio de observação. Esses espaços, da mesma forma que o Estágio de
Observação, serão em serviços de psicologia conveniados com a UFPE e que permitam
identificar e analisar processos psicológicos subjacentes às situações observadas a fim
de elaborar propostas de intervenção condizentes com os fenômenos observados.
Em relação aos estágios específicos, as Diretrizes colocam em seu artigo 22 que
“cada estágio supervisionado específico incluirá o desenvolvimento de práticas
integrativas das competências, habilidades e conhecimentos que definem cada ênfase
proposta pelo projeto de curso”. Dessa forma, os estágios específicos do curso de
Psicologia da UFPE ocorrerão no 9º e 10º semestres, denominados Estágio Específico I
e Estágio Específico II, respectivamente. Cada estágio específico terá uma carga horária
de 240 horas (16 créditos), totalizando 480 horas (32 créditos) e uma inserção no campo
de estágio de, no mínimo, 15 semanas para cada estágio.
Os estágios específicos visam consolidar e aprofundar competências e
habilidades para atuação profissional, conforme concentração de estudos das ênfases.
Tendo em vista esses aspectos, os Estágios Específicos I e II procuram o
desenvolvimento de competências para a prática profissional em diferentes contextos.
Para atingir esse objetivo, o curso possibilitará aos seus estudantes desenvolver práticas
profissionais em diferentes espaços sociais e institucionais, através da inserção em
serviços de psicologia conveniados com a UFPE e que permitam, em linhas gerais:
- o planejamento e a realização de intervenções psicológicas apoiados em um
corpo de conhecimento teórico e técnico da Psicologia, ajustados a contextos
institucionais e sociais específicos;
28
- a descrição, análise e interpretação das relações entre contextos e processos
psicológicos e a execução de intervenções psicológicas pertinentes;
- a realização de experiências de estágio que integrem práticas em rede a fim de
contribuir na elaboração de projetos coletivos e a participação em equipes inter e
multiprofissionais;
- a elaboração e o desenvolvimento de projetos de intervenção a partir da análise
de demandas e interesses temáticos do estagiário.
As Diretrizes Curriculares preconizam ainda, em seus artigos 20 e 23, que “os
estágios supervisionados são conjuntos de atividades de formação, programados e
diretamente supervisionados por membros do corpo docente da instituição formadora...”
e que “as atividades de estágio supervisionado devem ser documentadas de modo a
permitir a avaliação, segundo parâmetros da instituição, do desenvolvimento das
competências e habilidades previstas.” Dessa forma, a orientação acadêmica será
responsabilidade de professores do Departamento de Psicologia alocados para tal função
pela Chefia do Departamento e será realizada semanalmente na UFPE. Para os Estágios
Básicos (de Observação e de Planejamento de intervenção), estão previstas 30 horas de
orientação na UFPE e para os Estágios Específicos (I e II), são previstas 60 horas
semanais de orientação, num total de 02 e 04 créditos respectivamente. Para os Estágios
Específicos I e II, será exigida a elaboração dos seguintes documentos:
- Plano de Atividades do estagiário e Relatório Parcial de Estágio, para o Estágio
Específico I;
- Estudos de caso/ou de situações específicas e Relatório Final de Estágio para o
Estágio Específico II.
A análise das propostas para realização de estágios nos serviços de psicologia
bem como o acompanhamento e a organização das atividades de integração das
experiências de estágios, serão realizadas pela Coordenação de Estágios do Curso de
Psicologia da UFPE e pelo grupo de professores orientadores de Estágios (Básicos e
Específicos) indicados pela Chefia do Departamento de Psicologia. Em todos os
serviços de psicologia onde as práticas de estágio serão realizadas, é obrigatória a
presença de um psicólogo, responsável pela supervisão das atividades desenvolvidas no
local de estágio.
Por fim, para enriquecer e ampliar o campo das práticas, temos o estágio não
obrigatório, o qual, como preconiza a Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, em seu
artigo 2º, será “desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular
29
e obrigatória”. A análise das propostas para a realização de estágio não obrigatório nos
serviços de psicologia obedecerão às normas internas de estágio definidas pelo
Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia, sendo as solicitações avaliadas pela
Coordenação de Estágios do Curso de Psicologia UFPE. O referido estágio também tem
a exigência de um supervisor local que seja psicólogo, bem como da elaboração de
Plano de Atividades e de Relatório Parcial e Final.
8. Competências, atitudes e habilidades
As competências e habilidades elencadas nas Diretrizes Curriculares dos Cursos
de Psicologia, Resolução no 5 de março de 2011, foram acatadas pelo conjunto de
professores do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco
realizando-se pequenas alterações em relação a escrita das competências, atitudes e
habilidades que norteariam a construção do perfil de profissional que desejava formar, a
saber:
1. Examinar com rigor e ética a produção científica na área de psicologia.
2. Reconhecer a diversidade de saberes psicológicos subjacentes aos instrumentos de
análise, investigação e intervenção psicológicas.
3. Identificar os pressupostos epistemológicos dos diversos modelos e concepções da
ciência psicológica e de suas aplicações.
4. Identificar, selecionar e formular questões de investigação científica no campo da
Psicologia, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise
de dados em projeto de pesquisa.
5. Escolher, usar, construir instrumentos de investigação e de avaliação em
Psicologia.
6. Analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos.
7. Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica; diagnosticar, elaborar
projetos; planejar e intervir de forma consistente com referenciais teóricos e
características da população-alvo.
8. Buscar e interpretar informações em indexadores, periódicos, livros, manuais
técnicos e outras fontes especializadas com vista à elaboração e apresentação de
relatos científicos, de pareceres técnicos, de laudos e de outras comunicações
profissionais.
30
9. Coordenar processos de grupo, considerando as diferenças de seus integrantes e os
objetivos a que o grupo se propõe.
10. Utilizar recursos quantitativos e qualitativos para análise, discussão e
apresentação de dados em contextos de investigação, de atuação profissional e de
ensino.
11. Realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de
grupos e de organizações.
12. Identificar e analisar fenômenos e processos psicológicos e comportamentais
considerando os contextos em que eles ocorrem.
13. Analisar de forma interdisciplinar os processos e fenômenos psicológicos.
14. Identificar e analisar conceitos e procedimentos das ciências afins que
fundamentam e complementam o estudo dos fenômenos e processos psicológicos.
15. Analisar a prática profissional em articulação com fenômenos sociais,
econômicos, culturais e políticos considerando os marcos legais nacionais e os
acordos internacionais que visam a promoção da saúde e do bem estar.
16. Atuar de forma interdisciplinar e multiprofissional sempre que a compreensão
dos processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar.
17. Intervir profissionalmente em diferentes níveis de ação na busca do bem estar
psicológico dos indivíduos e grupos, considerando os marcos legais dos direitos
humanos
18. Pautar em princípios éticos sua atuação profissional, produção e disseminação de
conhecimentos.
19. Coordenar e manejar processos grupais considerando as diferenças individuais e
socioculturais dos seus membros.
20. Realizar diferentes práxis (orientação, aconselhamento, psicoterapia etc.)
considerando o contexto de atuação e a população alvo.
9. Sistemáticas de avaliação
9.1. Avaliação da aprendizagem dos discentes nos diferentes componentes
curriculares
A avaliação da aprendizagem da UFPE é regida pela Resolução 04/1994 do
CCEPE (Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão), de 23 de dezembro de
31
1994. Esta resolução determina a aprovação por média, aprovação, reprovação e
reprovação por falta. Regula ainda o sistema de revisão de prova, de realização de
segunda chamada entre outras especificidades. O Sistema Acadêmico da Universidade,
o SIG@, garante o cumprimento desta Resolução, garantindo ainda ao aluno a
privacidade dos seus resultados. A Resolução abrange aspectos de:
(i) Frequência: considerando-se reprovado o aluno que não tiver comprovada sua
participação em pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) das aulas teóricas ou
práticas computadas separadamente, ou ao mesmo percentual de avaliações parciais de
aproveitamento escolar.
(ii) Aproveitamento: ao longo do período letivo, mediante verificações parciais (pelo
menos duas), sob forma de provas escritas, orais ou práticas, trabalhos escritos,
seminários, e outros. E ao fim do período letivo, depois de cumprido o programa do
componente curricular, mediante verificação do aproveitamento de seu conteúdo total,
sob a forma de exame final. A avaliação de aproveitamento será expressa em graus
numéricos de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
(iii) O aluno que comprovar o mínimo de frequência (75%) e obtiver uma média parcial
igual ou superior a 7,0 (sete) será considerado aprovado no componente curricular com
dispensa do exame final, tendo registrada a situação final de APROVADO POR
MÉDIA em seu histórico escolar, e a sua Média Final será igual à Média Parcial.
(iv) Comprovado o mínimo de frequência (75%) o aluno será considerado APROVADO
no componente curricular se obtiver simultaneamente:
I - Média parcial e nota do exame final não inferiores a 3,0 (três);
II - Média final não inferior a 5,0 (cinco)
(v) Ficará impedido de prestar exame final o aluno que não obtiver, no mínimo, 75%
(setenta e cinco por cento) de frequência no componente, e/ou não obtiver, no mínimo,
3 (três) como média das duas notas parciais
Terão critérios especiais de avaliação os componentes curriculares: (i) estágios
(básico e específico) será observado o que estabelece a Resolução nº. 02/85 do CCEPE
e componentes que envolvam elaboração de projetos, trabalho supervisionado e
monografia que terão critérios de avaliação definidos pelo Colegiado do Curso.
Poderá ser concedida 2ª chamada exclusivamente para exame final ou para uma
avaliação parcial especificada no plano de ensino do componente curricular. Será
permitido ao aluno requerer até duas revisões de julgamento de uma prova ou trabalho
escrito, por meio de pedido encaminhado ao coordenador do curso ou da área.
32
Ressalta-se que cada professor deverá definir uma forma de avaliação que se
adeque ao componente curricular sob a sua responsabilidade. De modo geral, a
avaliação do aproveitamento escolar será realizada através de duas ou mais avaliações
parciais, que poderão ser realizadas como: avaliação escrita, avaliação prática ou outra
atividade a critério do professor.
9.2. Avaliação dos componentes curriculares, organização do curso,
infraestrutura de funcionamento do curso e funcionamento administrativo.
Anualmente o Núcleo Docente Estruturante procederá a uma avaliação dos
componentes curriculares oferecidos, da organização do Curso e da infraestrutura de
funcionamento assim como da infraestrutura administrativa. O resultado dessas
avaliações será encaminhado à Coordenação do Curso de Graduação para que sejam
tomadas as providências necessárias. Após 5 (cinco) anos de implantação da nova
proposta pedagógica para o Curso de Graduação em Psicologia, o Colegiado do Curso
deverá reavaliar a proposta tendo como base os relatórios produzidos pelo Núcleo
Docente Estruturante.
Aliada a essa ação, o Curso de Graduação é acompanhado em suas avaliações
pela Pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos (PROACAD), como pode ser constatado no
relatório institucional da Comissão Própria de Avaliação:
A PROACAD assume a responsabilidade institucional pelas políticas,
operacionalização e acompanhamento das avaliações dos cursos de
graduação e de docentes. É sua atribuição analisar os relatórios de avaliação
externa, dos indicadores dos exames nacionais (ENADE), em articulação
com a PROPLAN (p. 16)
9.3. Avaliação dos docentes pelos discentes e avaliação dos discentes pelos
docentes semestralmente
A UFPE como um todo está em fase de renovação de seu sistema de avaliação,
buscando implementar uma avaliação que observe não só o aprendizado do estudante
como também a sua opinião quanto às práticas pedagógicas adotadas na Universidade.
Essa forma de avaliação está sendo organizada para ser implementada no sistema
SIG@, gerenciador de informações curriculares de discentes, bem como permite aos
docentes acesso as informações da Universidade, além de possibilitar que o discente
33
efetue a matricula on-line. O instrumento em elaboração deverá avaliar itens como: a
pontualidade e assiduidade do (a) professor (a); domínio de conteúdo e interesse do
docente em facilitar a aprendizagem do discente; organização do componente curricular,
com foco para o cumprimento do programa; relacionamento dos docentes com os
discentes, especificamente buscando identificar os caminhos de superação das
dificuldades de aprendizagem dos discentes, numa perspectiva notadamente formativa e
reflexiva. Os resultados dessas avaliações, quando implementados, serão apreciados e
discutidos pelo Núcleo Docente Estruturante e encaminhado ao Colegiado do Curso
para apreciação e definição das ações necessárias para superar as dificuldades
existentes.
10. Organização curricular do Curso
O Curso de Graduação em Psicologia está organizado, conforme preconiza as
Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Psicologia,
instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011, em seu artigo 5º,
em 6 (seis) Eixos Estruturantes que indicam o conjunto de conhecimentos que irão
garantir a articulação entre as habilidades e competências descritas no Item 8, na página
29, a saber:
Eixo 1 - Fundamentos epistemológicos e históricos que permitam ao formando o
conhecimento das bases epistemológicas presentes na construção do saber psicológico,
desenvolvendo a capacidade para avaliar criticamente as linhas de pensamento em
Psicologia.
Eixo 2 - Fundamentos teórico-metodológicos que garantam a apropriação crítica do
conhecimento disponível, assegurando uma visão abrangente dos diferentes métodos e
estratégias de produção do conhecimento em Psicologia.
Eixo 3 - Procedimentos para investigação científica e a prática profissional de forma a
garantir tanto o domínio de instrumentos e estratégias de avaliação e de intervenção
quanto a competência para selecioná-los, avaliá-los e adequá-los a problemas e
contextos específicos de investigação e ação profissional.
34
Eixo 4 - Fenômenos e processos psicológicos que constituem classicamente objeto de
investigação e atuação no domínio da psicologia, de forma a propiciar amplo
conhecimento de suas características, questões conceituais e modelos explicativos
construídos no campo, assim como seu desenvolvimento recente.
Eixo 5 - Interfaces com campos afins do conhecimento para demarcar a natureza e a
especificidade do fenômeno psicológico e percebê-lo em sua interação com fenômenos
biológicos, humanos e sociais, assegurando uma compreensão integral e contextualizada
dos fenômenos e processos psicológicos.
Eixo 6 - Práticas profissionais voltadas para assegurar o núcleo básico de competências
que permitam a atuação profissional e a inserção do graduado em diferentes contextos
institucionais e sociais, de forma articulada com profissionais de áreas afins.
O conjunto de conhecimentos, definidos nos seis Eixos Estruturantes se agrupam
em três núcleos: núcleo comum (componentes obrigatórios), núcleo complementar
(componentes optativos) e núcleo eletivo (componentes e atividades acadêmicas).
→ Núcleo comum
Conforme artigo 7º das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de
Graduação em Psicologia, (Resolução CNE/CES 5/2011) estabelece que o núcleo
comum da formação em Psicologia deve oferecer uma “base homogênea para a
formação no País e uma capacitação básica para lidar com os conteúdos da Psicologia,
enquanto campo de conhecimento e formação”. Todas as habilidades e competências
apresentadas no Item 8, p 29, [propostas nas DC/CNE ] estão contempladas neste
núcleo e a organização/ articulação dos conteúdos abrange todos os eixos estruturantes.
Portanto, as atividades acadêmicas têm como objetivo geral a problematização
do conjunto de conhecimentos a elas vinculados, os quais deverão ser aprofundados nos
respectivos núcleos complementares. Os componentes curriculares do núcleo comum
reúnem os conteúdos indispensáveis à formação Bacharel em Psicologia, bem como a
realização de estágios (básicos e específicos), sendo, portanto, obrigatórios;
35
correspondendo a 1620 horas em componentes curriculares (40%) e 660 horas em
estágios básicos e específicos (16%) da carga horária plena do Curso.
De acordo com a especificidade dos componentes curriculares, os planos de
curso poderão incluir aulas, conferências e palestras; exercícios em laboratórios de
Psicologia; consultas supervisionadas em fontes especializadas para levantamento de
informações; aplicação e avaliação de instrumentos e técnicas de investigação e
intervenção psicológicas; visitas documentadas através de relatórios a instituições e
locais onde estejam sendo desenvolvidos trabalhos com a participação de profissionais
de Psicologia.
→ Núcleo complementar
Corresponde ao conjunto de conteúdos complementares que deverão aprofundar
as questões levantadas nos componentes obrigatórios pertencentes aos diferentes Eixos
Estruturantes do núcleo comum. Em cada núcleo complementar existe um leque de
componentes curriculares optativos que permite ao estudante escolher aqueles mais
adequados ao seu interesse na formação em Psicologia. Portanto, o núcleo
complementar permite uma flexibilização do currículo, possibilitando que ao longo do
curso o estudante trace o seu próprio currículo em função dos perfis e das ênfases
curriculares escolhidas por ele para a integralização da carga horária do Curso, que
corresponde a 22% da carga horária plena do Curso.
Por outro lado, para que não haja uma concentração de componentes
complementares em dois ou três Eixos, caracterizando uma área específica de
conhecimento ou da prática profissional que possa comprometer uma formação
generalista, o estudante deverá cursar pelo menos um componente curricular do núcleo
complementar (optativo) de cada um dos seis Eixos Estruturantes.
→ Componentes eletivos
Corresponde ao conjunto de componentes eletivos e atividades acadêmicas
oferecidas aos estudantes que corresponde a 22% da carga horária plena do Curso a ser
cursada pelo estudante para integralizar a carga horária do Curso de Psicologia da
UFPE. Este conjunto de componentes curriculares e atividades acadêmicas possibilita
ao estudante fazer escolhas dentre componentes curriculares do perfil do Curso, eletivas
livres ofertadas por outros cursos de graduação da UFPE, participação em Programa de
36
Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE, na qual o componente não foi
considerado equivalente ao perfil e em atividades complementares regulamentadas por
resolução PROACAD ou normatizadas pelo Colegiado do Curso, tais como:
participação em projetos de pesquisa ou de extensão desenvolvidos por docentes da
UFPE; práticas didáticas na forma de monitorias; práticas integrativas voltadas para o
desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade variada,
representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de trabalho
supervisionado.
Entre os componentes eletivos, ofertados no perfil do Curso, dois serão
oferecidos sob a denominação de “Tópicos em Psicologia 1 e 2”, que além de
permitirem o oferecimento de conteúdos diretamente relacionados às especificidades do
corpo docente do Curso, possibilitarão um espaço para a problematização de questões
contemporâneas relacionadas à investigação ou à prática da Psicologia ou favorecer aos
estudantes a possibilidade de interlocuções/reflexões com a contribuição eventual de
professores visitantes, ficando este componente curricular sujeito a uma normatização
do Colegiado do Curso.
O Gráfico 1 fornece uma visão geral do percentual de carga horária a ser
cumprida nos diferentes núcleos para a integralização da carga horária plena do Curso.
37
10.1. Estrutura curricular: ênfases, epigrafes e ementas dos componentes
curriculares
As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em
Psicologia, instituídas em maio de 2004 e reformuladas em 15 de março de 2011,
preconiza em seu artigo 10º (Resolução CNE/CES 5/2011), que:
“pela diversidade de orientações teórico-metodológicas, práticas e contextos
de inserção profissional, a formação em Psicologia diferencia-se em ênfases
curriculares, entendidas como um conjunto delimitado e articulado de
competências e habilidades que configuram oportunidades de concentração
de estudos e estágios em algum domínio da Psicologia.”
A organização do Curso de Graduação de Psicologia da UFPE está constituída
em três ênfases, a saber: Processos clínicos e atenção a saúde, Processos educacionais e
Processos psicossociais.
→ Processos clínicos e atenção à saúde - consiste em um conjunto de
conhecimentos, competências e habilidades que permite ao egresso desenvolver
diferentes estratégias clínicas e ações frente a questões e demandas, relativas ao
psicológico, voltadas para a intervenção em diferentes níveis e contextos
socioculturais.
→ Processos educacionais - consiste em um conjunto de conhecimentos,
competências e habilidades que permite ao egresso analisar situações de
aprendizagem em diferentes contextos e propor ações de intervenção que atendam às
demandas detectadas.
→ Processos psicossociais - consiste em um conjunto de conhecimentos,
competências e habilidades que permite ao egresso analisar situações de interação
social, rastreando conexões e mediações interpessoais em diferentes contextos
coletivos e propor ações de intervenção que se ajustem com pertinência aos
processos em foco.
A seguir são apresentadas as epigrafes, as ementas dos componentes
curriculares apresentados nos seis Eixos Estruturantes (componentes do núcleo comum-
38
obrigatórios; componentes complementares - optativos e componentes eletivos do perfil
e atividades acadêmicas) que permitem ao estudante a integralização da carga horária
plena do Curso de Graduação da UFPE, que corresponde a 4080hs.
Eixo 1- Fundamentos epistemológicos e históricos
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Controvérsias na psicologia
Ementa: Identificação de temas geradores de tensão no saber psicológico. Prática
intensiva e estruturada de argumentação sobre grandes controvérsias na Psicologia.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Ética e direitos humanos
Ementa: Pressupostos históricos e filosóficos da ética e dos direitos humanos. Marcos
legais e posturas éticas frente às diferentes situações de intervenção e investigação
psicológica. Ética na academia e na autoria. Código de Ética do Psicólogo. Debate ético
na sociedade contemporânea.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Bases filosóficas da psicologia
Ementa: Pressupostos extracientíficos da Psicologia nas suas correntes principais:
subjetivismo e objetivismo; determinismo e liberdade; positivismo e naturalismo;
essencialismo e mecanicismo. Ciência, Psicologia e Existência. Humanismo
existencialista. Fenomenologia analítico-existencial. Existência e linguagem.
Responsável: Departamento de Filosofia
Carga horária: 60 hs
→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Epistemologia e história da psicanálise
Ementa: Percurso de Freud na descoberta do inconsciente. Rupturas epistemológicas
psicanalíticas: questionamentos à filosofia, à psiquiatria, à psicologia e à ciência. Do
39
movimento à instituição psicanalítica e seus impactos epistemológicos. Contribuição de
outros saberes na construção do saber psicanalítico. Psicanálise e a ordem ético-política.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Epistemologia e história das teorias psicossociais
Ementa: As tensões da Psicologia Social ao longo de sua história. Teorias psicossociais
contemporâneas e seus embates face a diferentes concepções de sujeito, a relação
sujeito-sociedade e a relação indivíduo-coletividade.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Epistemologia e história da gênese das funções psicológicas
Ementa: Empirismo e Positivismo. A Psicologia fisiológica em oposição à
introspecção. A revolução behaviorista. O estudo da consciência. A Gestalt versus os
estudos elementaristas. Fontes de comparação: o animal, a criança e o patológico. A
concepção de sujeito e de cientificidade.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Eixo 2- Fundamentos teórico-metodológicos
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Introdução à pesquisa
Ementa: Padrões de cientificidade. Métodos de pesquisa em Psicologia: observação,
experimentação, comparação e abordagem clínico-qualitativa em pesquisa.
Instrumentalização para o trabalho acadêmico-científico.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia
Ementa: A escolha de procedimentos metodológicos de acordo com a natureza dos
objetivos propostos na investigação. Abordagens qualitativas e quantitativas: limites e
40
alcances. A coleta, a descrição e o tratamento de dados quantitativos e qualitativos.
Generalização e transferabilidade dos resultados. A triangulação metodológica.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Teorias para intervenção grupal
Ementa: Fenômenos intragrupais e intergrupais. Estudo das teorias clássicas e
contemporâneas acerca da dinâmica dos processos e o seu impacto no estudo dos
grupos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Técnicas de análise qualitativa de dados
Ementa: Técnicas de coleta: observação etnográfica e/ou participante, entrevista, grupo
focal, história oral, diário de campo. Técnicas de análise: análise de conteúdo, análise de
discurso.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Estatística aplicada à psicologia
Ementa: Noções exploratória de dados; fundamentos de testes estatísticos de hipóteses;
planos experimentais completamente aleotorizado e aleotorizado em blocos completos;
análise de tabelas de contigência. Utilização de recursos computacionais para registro e
tratamento de dados.
Responsável: Departamento de Estatística
Carga horária: 60 hs
Práticas de intervenção em grupos
Ementa: Procedimentos de intervenção intragrupais. Diferentes abordagens e técnicas
no manejo de fenômenos grupais. Diferenciação de técnicas em relação a contextos e
objetivos específicos.
Responsável: Departamento de Psicologia
41
Carga horária: 60 hs
Análise experimental do comportamento
Ementa: Descrição de eventos ambientais e comportamentais. Ambiente e equipamento
experimentais. Condicionamento respondente e operante. Modelagem, diferenciação e
generalização de resposta; controle de estímulos. Extinção operante e respondente.
Esquemas de reforçamento. Análise Comportamental e sua relevância na aplicação
clínica.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Projeto de pesquisa
Ementa: Elaboração de um projeto de pesquisa.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Prática de pesquisa
Ementa: Realização de projeto de pesquisa. Elaboração de artigo científico ou relatório.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Eixo 3- Procedimentos para a investigação científica e a prática profissional
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Avaliação psicológica
Ementa: Etapas de um processo de avaliação psicológica e sua adequação a diferentes
contextos e objetivos. Pressupostos teóricos e diferentes procedimentos utilizados.
Escolha de instrumentos. Possíveis encaminhamentos. Princípios éticos e legais da
prática em avaliação.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
42
Técnicas psicométricas de avaliação psicológica
Ementa: Técnicas psicométricas de auto/heterorrelato e de desempenho para avaliação
psicológica. Contribuições para investigação e intervenção em psicologia. Aplicação,
interpretação e relato dos resultados do processo avaliativo.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Técnicas projetivas de avaliação psicológica
Ementa: Fundamentos das técnicas projetivas para avaliação da personalidade.
Caracterização dos instrumentos. Contribuições para investigação e intervenção em
psicologia. Aplicação, interpretação e relato dos resultados do processo avaliativo.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Construção de instrumentos de avaliação psicológica
Ementa: Processo de construção de instrumentos de avaliação psicológica. Definição
dos objetivos, fundamentos e parâmetros. Padronização de instrumentos. Princípios
éticos e legais na construção de instrumentos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Intervenções psicossociais
Ementa: Perspectivas teóricas das intervenções psicossociais. Análise de situação,
planejamento e intervenção com coletividades. Elaboração de material de informação e
de apoio à intervenção psicológica. Monitoramento e avaliação de processos
interventivos. O psicólogo em equipes multidisciplinares.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
43
Psicologia e gestão de pessoas
Ementa: Estrutura, funcionamento e fatores organizacionais. Evolução histórica dos
modelos de gestão de pessoas. Práticas gerenciais e suas repercussões sobre a
constituição do sujeito. Comportamento organizacional. Avaliação
psicológica, aconselhamento e orientação profissional. A pesquisa em psicologia
organizacional e do trabalho.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Eixo 4- Fenômenos e processos psicológicos
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Psicologia do desenvolvimento
Ementa: Principais abordagens teóricas e métodos de investigação da psicologia do
desenvolvimento. Problematização do conceito de etapas do desenvolvimento: infância,
adolescência, juventude, vida adulta e velhice. Contextos culturais do desenvolvimento
humano.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Processos de subjetivação
Ementa: Processos de constituição do sujeito psicológico: principais abordagens e suas
implicações nas práticas psicológicas. Diferentes modos de subjetivação. Limites e
possibilidades na investigação da subjetividade.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e linguagem
Ementa: Concepções de linguagem em diferentes teorias psicológicas: o giro linguístico
e os processos de significação. Linguagem e comunicação. Linguagem, pensamento e
ação. Linguagem em diferentes contextos. Linguagem e processos de subjetivação.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
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Processos cognitivos
Ementa: Memória, inteligência, aprendizagem e formação de conceitos. Principais
teorias e métodos de investigação desses processos. Desafios e atualidades no estudo da
cognição.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Processos socioafetivos
Ementa: Principais teorias e pesquisas sobre processos motivacionais e emocionais.
Surgimento, desenvolvimento e expressão dos motivos. A dinâmica instaurada por
conflitos intrapessoais, interpessoais e intergrupais em meio a outros processos
psicológicos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Neuropsicologia
Ementa: Aspectos históricos da relação cérebro-comportamento. Fundamentos da
Neuropsicologia. Relação da neuropsicologia com processos psicológicos básicos e
complexos. Avaliação e reabilitação neuropsicológica.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Psicologia da infância
Ementa: O processo integrado do desenvolvimento infantil em seus aspectos biológico,
cognitivo, emocional e social. O nascimento e os primeiros anos de vida. Principais
abordagens teóricas do estudo da criança. Procedimentos de investigação e
considerações éticas. Questões centrais no debate atual.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
45
Psicologia da adolescência e da juventude
Ementa: Adolescência e juventude: a construção social do desenvolvimento. Mudanças
biológicas e repercussões psicossociais na adolescência: sexualidade, gênero, identidade
grupal e relações familiares. Expectativas sociais e escolha profissional. Principais
teorias e concepções subjacentes. Procedimentos de investigação e considerações éticas.
Questões centrais no debate atual.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia da vida adulta e da velhice
Ementa: Aspectos biológicos e psicossociais da vida adulta e da velhice. Teorias e
enfoques contemporâneos. Trabalho e aposentadoria. Relações intergeracionais.
Diferentes contextos de envelhecimento. Procedimentos de investigação e
considerações éticas.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Aprendizagem e desenvolvimento cognitivo
Ementa: Relação entre aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Aprendizagem e
desenvolvimento em domínios específicos do conhecimento. Contribuições da
psicologia cognitiva para processos educacionais.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Processos sensório-perceptivos
Ementa: Definição e raízes históricas da sensação e percepção. Estrutura e função dos
sistemas sensório-perceptivos. Desenvolvimento perceptual. Métodos de investigação
em sensação e percepção. Teorias e pesquisas atuais.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
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Eixo 5- Interfaces com campos afins do conhecimento
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Psicologia e cultura
Ementa: Noções de Cultura em Psicologia. A organização cultural do psiquismo.
Contextos culturais e desenvolvimento humano. Teorias culturais e sócio-históricas em
Psicologia. Cultura e linguagem. Interação humana em contextos culturais e
interculturais.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicopatologia
Ementa: Estudo das expressões psíquicas, os quadros sindrômicos e os comportamentais
decorrentes das diversas categorias de transtornos mentais. Desenvolvimento de
habilidades e avaliação dos sintomas psíquicos durante o exame do paciente, com
finalidade diagnóstica.
Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria
Carga horária: 60 hs
Neurofisiologia
Ementa: Introdução à Neurofisiologia. Fisiologia sensorial e motora. Bases
neuroendócrinas dos comportamentos. Fisiologia comportamental.
Responsável: Departamento de Nutrição
Carga horária: 60 hs
Neuroanatomia funcional
Ementa: Introdução á anatomia e embriologia do sistema nervoso central. Aspectos
morfofuncionais da medula espinhal, tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo,
telencéfalo, sistema límbico e formação reticular, bem como das atividades das grandes
vias aferentes e eferentes e do sistema nervoso.
Responsável: Departamento de Anatomia
Carga horária: 60 hs
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Introdução à psiquiatria
Ementa: Estudo clinico e reconhecimento diagnóstico dos principais transtornos mentais
e do comportamento segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID 10) da
Organização Mundial de Saúde (OMS). Desenvolvimento de conhecimentos clínicos
psicopatológicos, psicológicos e assistenciais sobre transtornos mentais.
Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria
Carga horária: 60 hs
→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Interfaces da antropologia com a psicologia
Ementa: Cultura. Etnocentrismo. A categoria Eu. Experiência, narrativa e processos de
subjetivação. Drama e ritual na compreensão da emergência dos conflitos e
enfretamento de crises. Corporeidade. Modalidades de interações sociais não verbais
mediadas culturalmente.
Responsável: Departamento de Antropologia e Museologia
Carga horária: 60 hs
Introdução à genética humana
Ementa: Princípios fundamentais da genética humana. Interação entre aspectos
genéticos e ambientais no comportamento humano. Alterações genéticas e suas
repercussões no comportamento. Temas atuais de aplicação dos conhecimentos da
Genética de interesse para a Psicologia.
Responsável: Departamento de Genética
Carga horária: 60 hs
Psicobiologia e psicofarmacologia
Ementa: Neurotransmissores e suas relações com o comportamento humano. Aspectos
psicobiológicos e as interferências dos psicofármacos. Substâncias psicoativas e seus
efeitos sobre o comportamento. Aspectos biopsicossociais das alterações
comportamentais
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
48
Fundamentos de sociologia
Ementa: A Sociologia e outras ciências. Modelo de análise sociológica. Conceitos
sociológicos básicos. O social e a sociedade.
Responsável: Departamento de Sociologia
Carga horária: 60 hs
Abordagem psicossomática do comportamento humano
Ementa: Estudo do relacionamento corpo-psiquismo. Comportamento emocional e suas
implicações no sistema corpo-mente. Conceito de saúde somato-psicossocial. Diversos
tipos de enfermidades sob o aspecto psicossomático. Unidade sociopsicossomática do
comportamento humano
Responsável: Departamento de Neuropsiquiatria
Carga horária: 60 hs
Eixo 6- Práticas profissionais
→ Núcleo comum (componentes obrigatórios)
Estágio de observação
Ementa: Utilização da observação como procedimento que possibilite uma reflexão
sobre processos psicológicos em curso. Delimitação do contexto e do fenômeno a ser
observado. Identificação, descrição e inferência do fenômeno estudado.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 90 hs
Estágio de planejamento de intervenção
Ementa: Utilização de técnicas ou instrumentos da Psicologia para subsidiar a análise e
interpretação de situações que possibilitem o planejamento de uma intervenção
profissional.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 90 hs
49
Estágio Específico I
Ementa: Planejamento de intervenção psicológica e sua realização, apoiados em um
corpo de conhecimento teórico e técnico da Psicologia e ajustados a contextos
institucionais e sociais específicos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 240 hs
Pré-requisito: ter cursado todos componentes do núcleo comum (obrigatório)
Estágio Específico II
Ementa: Atuação profissional, aprofundando as intervenções iniciadas no Estágio
Específico I, integrando o conjunto de experiências vivenciadas e culminando com o
registro descritivo e reflexivo propiciado pela experiência de estágio.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 240 hs
Pré-requisito: ter cursado Estágio Especifico I
Psicologia e saúde
Ementa: Aspectos conceituais. História da saúde no Brasil. Princípios doutrinários do
sistema de saúde. Psicologia aplicada ao campo da saúde. Diferentes níveis de atenção à
saúde e a prática do psicólogo. Análise de situação, planejamento e intervenção na
saúde. Intervenções em crise. Produção de recursos interventivos para promoção e
prevenção da saúde.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e saúde mental
Ementa: Construção histórica da clínica e do campo da psicopatologia. Principais
marcos teóricos da saúde mental. Concepções de normal e patológico em psicologia. A
questão do psicodiagnóstico. Questões contemporâneas sobre a saúde mental e as redes
de atendimento.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
50
Psicologia e políticas públicas
Ementa: Sistema de regulação social em uma sociedade de direitos. Dispositivos de
regulação social. A psicologia e a construção de marcos legais. A atuação do psicólogo
frente aos marcos legais e as politicas públicas.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e trabalho
Ementa: Desenvolvimento histórico do trabalho. O trabalho como constitutivo do
sujeito: desenvolvimento pessoal, social e alienação. O trabalho na sociedade
contemporânea. Trabalho e suas relações com o poder, a saúde e o gênero.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Processos psicossociais
Ementa: Processos de socialização. Crenças e Atitude. Percepção social, estereótipo e
preconceito. Categorização e identidade pessoal. Processo de influência social, Minorias
ativas.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e educação
Ementa: Psicologia e concepções sobre a educação. Educação, sociedade e cultura.
Políticas públicas e educação. Processos educacionais em diferentes contextos
institucionais. Compromisso ético e social do psicólogo com a educação.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e psicanálise
Ementa: Movimento psicanalítico. Principais construtos do pensamento freudiano e pós-
freudiano. A metapsicologia psicanalítica. A trama edípica. Teoria das pulsões e seus
questionamentos. A contemporaneidade e os fenômenos clínicos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
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→ Núcleo complementar (componentes optativos)
Psicologia e educação inclusiva
Ementa: A dimensão histórica da inclusão e a educação inclusiva. Processos de
construção do conhecimento de pessoas com deficiências. O papel do psicólogo na
inserção dessas pessoas em diferentes contextos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia clínica de base fenomenológica existencial
Ementa: O fazer clínico na abordagem humanista, na Gestalt terapia e na abordagem
fenomenológica e/ou existencial. Perspectivas da prática clínica no debate atual.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Teoria e técnica da clinica psicanalítica
Ementa: A matriz da técnica psicanalítica e suas diferentes formas de atuação.
Entrevistas preliminares e contrato terapêutico. Transferência, resistência e repetição. A
interpretação psicanalítica. Intervenção e manejo clínico em diferentes contextos.
Tempo, perlaboração e alta. A ética do cuidado em psicanálise. Estudos de casos
clínicos.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia jurídica
Ementa: Aspectos conceituais e históricos da constituição da interface da Psicologia
com o Direito. Diferentes âmbitos de atuação do psicólogo no Judiciário. O trabalho em
equipes interdisciplinares. Elaboração de documentos escritos decorrentes de avaliações
psicológicas. Considerações éticas. Questões centrais no debate atual.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
52
Trabalho e saúde
Ementa: Modelos de organização e de gestão: relações com a saúde do trabalhador.
Abordagens teórico-metodológicas da saúde no trabalho: riscos, acidentes e
psicopatologias. Promoção da saúde do trabalhador: legislação protetora e preventiva.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Teoria e técnica da terapia cognitivo-comportamental
Ementa: Pressupostos teórico-práticos. Processo terapêutico: psicodiagnóstico,
estratégias e etapas de intervenção. Análise de casos clínicos. Implicações éticas.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia escolar e educacional
Ementa: A instituição escolar e seus diferentes atores. Escolarização, desenvolvimento e
subjetividade. Escola nas sociedades letradas. Fracasso escolar. Orientação à queixa
escolar. Práticas relacionadas à atuação do psicólogo no contexto escolar e educacional.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia comunitária
Ementa: História e perspectivas teóricas da Psicologia Comunitária. Aspectos
metodológicos do desenvolvimento de comunidade. Atuação e papel do psicólogo na
comunidade.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia hospitalar
Ementa: História e conceitos relacionados à Psicologia Hospitalar. Relação saúde-
doença no contexto hospitalar. Atuação e ferramentas de intervenção do psicólogo no
hospital e junto à equipe multiprofissional de saúde. Processos psicossociais do sujeito
hospitalizado. O psicólogo nos Programas de promoção à saúde.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
53
Como comentado anteriormente, os estudantes para completarem a carga horária
plena do perfil poderão fazer escolhas dentre componentes curriculares do perfil do
Curso, eletivas livres ofertadas por outros cursos de graduação da UFPE, participação
em Programa de Mobilidade Acadêmica reconhecido pela UFPE, e em atividades
complementares regulamentadas por resolução PROACAD ou normatizadas Colegiado
do Curso. Descrevemos abaixo as eletivas do perfil e as atividades complementares
regulamentadas:
→ Eletivas do perfil
Análise institucional
Ementa: Perspectivas de análise institucional. Conceito de instituição, grupos e
indivíduo. Ideologia e cultura nas instituições. Métodos de pesquisa e intervenção
institucional.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Bases neurofisiológicas do comportamento
Ementa: Nutrição e desenvolvimento fisiológico do sistema nervoso. Bases
neurobiológicas do comportamento alimentar e seus transtornos. Bases neurobiológicas
das emoções e seus transtornos. Fisiologia e expressão comportamental humana nas
diferentes fases da vida. Exercício físico e adaptações neurofisiológicas.
Responsável: Departamento de Nutrição
Carga horária: 60 hs
Introdução a LIBRAS
Ementa: Reflexão sobre os aspectos históricos da inclusão das pessoas surdas na
sociedade em geral e na escola; a LIBRAS como língua de comunicação social em
contexto de comunicação entre pessoas surdas e como segunda língua. Estrutura
linguística e gramatical da LIBRAS. Especificidades da escrita do aluno surdo, na
produção de texto em Língua Portuguesa. O interprete e a interpretação como fator de
inclusão e acesso educacional para os alunos surdos ou com baixa audição.
Responsável: Departamento de Letras
54
Carga horária: 60 hs
Lógica 1
Ementa: De que trata à lógica. Que é argumento. As proposições que compõem os
argumentos. Argumentos dedutivos: categóricos, hipotéticos, incompletos e compostos.
Validade dos categóricos e os diagramas de Venn, Argumento indutivo e a
probabilidade indutiva. A enumeração, analogia e generalização estatística. As falácias
formais e informais. A lógica como instrumento de descoberta da verdade: uma visão
histórica.
Responsável: Departamento de Filosofia
Carga horária: 60 hs
Psicologia do esporte
Ementa: Fundamentos teóricos e metodológicos para a atuação do psicólogo no
contexto do esporte e do exercício. Dimensões psicológicas na prática de atividades
físicas. Particularidades psicológicas inerentes ao universo da competição. Habilidades
mentais e alto rendimento. Esporte e saúde mental.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e família
Ementa: Concepções e configurações familiares ao longo da história. Família,
diversidade de contextos sociais e desenvolvimento humano. Reprodução, sexualidade e
parentesco. Relações de gênero, família e sociedade. Parentalidade e conjugalidade.
Família e situações de vulnerabilidade.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia e inovação
Ementa: Concepções de inovação. Contribuição dos estudos psicológicos para os
processos de inovação. O papel do psicólogo em equipes de inovação. Design Thinking
e resolução de problemas complexos. O sujeito do Design Centrado no
Usuário. Criatividade e práticas de ideação. Práticas de concepção, prototipação e
55
desenvolvimento de projetos de inovação. Fundamentos psicológicos para o design de
experiências e interações.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicologia, gênero e sexualidade
Ementa: Teorias feministas e os estudos de gênero. Perspectivas teóricas no campo da
sexualidade. Os sistemas normativos de sexo, gênero, sexualidade e desejo e suas
imbricações na produção das subjetividades. Vulnerabilidade em decorrência da
interface de gênero e outros marcadores sociais.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicoterapia de base fenomenológica existencial
Ementa: Teoria da psicoterapia de base fenomenológica existencial. O processo
terapêutico. Técnica da psicoterapia.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Psicoterapia de base psicanalítica
Ementa: Teoria da psicoterapia de base psicanalítica. O processo terapêutico. Técnica
da psicoterapia.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Tópicos em Psicologia 1
Ementa: Questões teóricas, metodológicas ou temáticas da Psicologia, de conteúdo
variável, ofertada em caráter excepcional, para atender aspectos relevantes na formação
do graduando.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
56
Tópicos em Psicologia 2
Ementa: Questões teóricas, metodológicas ou temáticas da Psicologia, de conteúdo
variável, ofertada em caráter excepcional, para atender aspectos relevantes na formação
do graduando.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Trabalho, sociedade e relações interpessoais
Ementa: Poder, controle e sujeição. Assédio no trabalho. Família, tempo e lazer.
Abordagens teóricas e metodológicas. Considerações éticas e questões centrais no
debate atual.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
→ Atividades complementares
Participação em Programas cuja creditação é regulamentada por resolução PROACAD,
60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade.
Iniciação Científica
Monitoria
Extensão
Participação em atividades cuja creditação é regulamentada pelo Colegiado do Curso,
60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade.
Trabalho supervisionado em pesquisa
Ementa: Participação em projeto de Pesquisa sob orientação de docentes da UFPE.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
Trabalho supervisionado em extensão
Ementa: Participação em projeto de Extensão sob orientação de docentes da UFPE.
Responsável: Departamento de Psicologia
Carga horária: 60 hs
57
Participação no PET – Saúde (60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois
semestres)
Monografia
Ementa: Estudo sistemático de um problema na área de psicologia.
Responsável: Docentes efetivos pertencentes a UFPE
Carga horária: 60 hs
O Quadro 2 apresenta a síntese da distribuição dos componentes nos núcleos
comum e complementar, distribuídos por eixos e os componentes eletivos.
Eixos Estruturantes Núcleo comum
(componentes obrigatórios)
Núcleo complementar
(componentes optativos)
Fundamentos
epistemológicos e
históricos
(Eixo 1)
Controvérsias na psicologia
Ética e direitos humanos
Bases filosóficas da psicologia
Epistemologia e história da
psicanálise
Epistemologia e história das teorias
psicossociais
Epistemologia e história da gênese
das funções psicológicas
Fundamentos teórico-
metodológicos
(Eixo 2)
Introdução à pesquisa
Perspectivas e organização na
pesquisa em psicologia
Teorias para intervenção grupal
Técnicas de análise qualitativa de
dados
Estatística aplicada à psicologia
Práticas de intervenção em grupos
Análise experimental do
comportamento
Projeto de pesquisa
Prática de pesquisa
Procedimentos para
investigação científica e a
prática profissional
(Eixo 3)
Avaliação psicológica
Técnicas psicométricas de avaliação
psicológica
Técnicas projetivas de avaliação
psicológica
Estágio de observação
Estágio de planejamento de
intervenção
Construção de instrumentos de
avaliação psicológica
Intervenções psicossociais
Psicologia e gestão de pessoas
Fenômenos e processos
psicológicos
(Eixo 4)
Psicologia do desenvolvimento
Processos de subjetivação
Psicologia e linguagem
Processos cognitivos
Processos socioafetivos
Neuropsicologia
Psicologia da infância
Psicologia da adolescência e da
juventude
Psicologia da vida adulta e da velhice
Aprendizagem e desenvolvimento
cognitivo
Processos sensório-perceptivos
58
Interfaces com campos
afins do conhecimento
(Eixo 5)
Psicologia e cultura
Psicopatologia
Neurofisiologia
Neuroanatomia funcional
Introdução à psiquiatria
Interfaces da antropologia com a
psicologia
Fundamentos de sociologia
Introdução à genética humana
Psicobiologia e psicofarmacologia
Abordagem psicossomática do
comportamento humano
Práticas profissionais
(Eixo 6)
Psicologia e saúde
Psicologia e saúde mental
Psicologia e políticas públicas
Psicologia e trabalho
Processos psicossociais
Psicologia e educação
Psicologia e psicanálise
Estágio especifico I
Estágio específico II
Psicologia e educação inclusiva
Psicologia clínica de base
fenomenológica existencial
Teoria da técnica da clinica
psicanalítica
Psicologia jurídica
Trabalho e saúde
Teoria e técnica da terapia cognitivo-
comportamental
Psicologia escolar e educacional
Psicologia comunitária
Psicologia hospitalar
Núcleo eletivo
Componentes eletivos do perfil Atividades acadêmicas Eletivas livres
Análise institucional
Bases neurofisiológicas do
comportamento
Introdução a LIBRAS
Lógica 1
Psicologia do esporte
Psicologia e família
Psicologia e inovação
Psicologia, gênero e sexualidade
Psicoterapia de base
fenomenológica existencial
Psicoterapia de base psicanalítica
Tópicos em Psicologia 1
Tópicos em Psicologia 2
Trabalho, sociedade e relações
interpessoais
Participação em Programas cuja
creditação é regulamentada por
resolução PROACAD
Participação em atividades cuja
creditação é regulamentada pelo
Colegiado do Curso
Trabalho Supervisionado em
Pesquisa
Trabalho Supervisionado em
Extensão
Participação no PET – Saúde
Monografia
Componentes ofertados por
outros cursos de graduação da
UFPE
Participação em Programa de
Mobilidade Acadêmica
reconhecido pela UFPE na
qual o componente não foi
considerado equivalente ao
perfil do Curso
Para integralizar a carga horária plena do Curso de Psicologia de 4080 horas, o
estudante deverá cursar 1620 horas em componentes curriculares do núcleo comum
(componentes obrigatórios), 660 horas em estágios básicos e específicos, 900 horas em
componentes do núcleo complementar (componentes optativos), distribuídos nos seis
eixos estruturantes, 900 horas em componentes eletivos (que poderão ser eletivas do
perfil, eletivas livres ofertadas por outros cursos da UFPE, em Programa de Mobilidade
Acadêmica reconhecido pela UFPE e em atividades complementares regulamentadas
por resolução PROACAD ou pelo Colegiado do Curso).
59
A distribuição da carga horária obrigatória e optativa a ser cumprida
considerando os eixos estruturantes preconizados pela resolução de Resolução nº 5, de
15 março 2011, pode ser visualizada nos quadros a seguir.
Eixo 1: Fundamentos epistemológicos e históricos
Carga horária total a ser integralizada: 240 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Controvérsias na psicologia 60 -
Ética e direitos humanos 60 -
Bases filosóficas da psicologia 60 -
Total 180 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Epistemologia e história da psicanálise 60 -
Epistemologia e história das teorias psicossociais 60 -
Epistemologia e história da gênese das funções psicológicas 60 -
Total 60 horas
Eixo 2: Fundamentos teórico-metodológicos
Carga horária total a ser integralizada: 240 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Introdução à pesquisa 60 -
Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia 60 -
Teorias para intervenção grupal 60 -
Total 180 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Técnicas de análise qualitativa de dados 60 -
Estatística aplicada à psicologia 60 -
Práticas de intervenção em grupos 60 -
Análise experimental do comportamento 60 -
Projeto de pesquisa - 60
Prática de pesquisa - 60
Total 60 horas
Eixo 3: Procedimentos para investigação científica e a prática profissional
Carga horária total a ser integralizada: 420 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Avaliação psicológica 60 -
Técnicas psicométricas de avaliação psicológica 30 30
Técnicas projetivas de avaliação psicológica 30 30
Estágio de observação - 90
Estágio de planejamento de intervenção - 90
Total 360 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Construção de instrumentos de avaliação psicológica 30 30
Intervenções psicossociais 60 -
Psicologia e gestão de pessoas 60 -
Total 60 horas
60
Eixo 4: Fenômenos e processos psicológicos
Carga horária total a ser integralizada: 420 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Psicologia do desenvolvimento 60 -
Processos de subjetivação 60 -
Psicologia e linguagem 60 -
Processos cognitivos 60 -
Processos socioafetivos 60 -
Neuropsicologia 60 -
Total 360 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Psicologia da infância 60 -
Psicologia da adolescência e da juventude 60 -
Psicologia da vida adulta e da velhice 60 -
Aprendizagem e desenvolvimento cognitivo 60 -
Processos sensório-perceptivos 60 -
Total 60 horas
Eixo 5: Interfaces com campos afins do conhecimento
Carga horária total a ser integralizada: 360 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Psicologia e cultura 60 -
Psicopatologia 30 30
Neurofisiologia 45 15
Neuroanatomia funcional 60 -
Introdução à psiquiatria 30 30
Total 300 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Interfaces da antropologia com a psicologia 60 -
Fundamentos de sociologia 60 -
Introdução à genética humana 30 30
Psicobiologia e psicofarmacologia 60 -
Abordagem psicossomática do comportamento humano 60 -
Total 60 horas
Eixo 6: Práticas profissionais
Carga horária total a ser integralizada: 960 horas
Componentes obrigatórios Teórica Prática
Psicologia e saúde 60 -
Psicologia e saúde mental 60 -
Psicologia e políticas públicas 60 -
Psicologia e trabalho 60 -
Processos psicossociais 60 -
Psicologia e educação 60 -
Psicologia e psicanálise 60 -
Estágio Especifico 1 - 240
Estágio Especifico 2 - 240
Total 900 horas
Componentes optativos (estudante deverá escolher um dentre os ofertados)
Psicologia e educação inclusiva 60 -
Psicologia clínica de base fenomenológica existencial 60 -
Teoria e técnica da clinica psicanalítica 60 -
61
Psicologia jurídica 60 -
Trabalho e saúde 60 -
Teoria e técnica da terapia cognitivo-comportamental 60 -
Psicologia escolar e educacional 60 -
Psicologia comunitária 60 -
Psicologia hospitalar 60
Total 60 horas
Ressalta-se que para integralizar a carga horária do núcleo complementar, que
corresponde aos componentes optativos (900hs do perfil pleno do curso), o estudante
além das 360 horas escolhidas em relação aos seis eixos estruturantes (o que
corresponde a um componente em cada Eixo), deverá cursar mais 9 (nove) componentes
optativos, de livre escolha, dentre os componentes ofertados no núcleo complementar,
perfazendo um total de mais 540 horas de componentes complementares.
Componentes eletivos
Carga horária total a ser integralizada: 900 horas
Componentes eletivos do perfil Teórica Prática
Análise institucional 60 -
Bases neurofisiológicas do comportamento 30 30
Introdução a LIBRAS 60 -
Lógica 1 60 -
Psicologia do esporte 60 -
Psicologia e família 60 -
Psicologia e inovação 60 -
Psicologia, gênero e sexualidade 60 -
Psicoterapia de base fenomenológica existencial 60
Psicoterapia de base psicanalítica 60 -
Tópicos em Psicologia 1 60 -
Tópicos em Psicologia 2 60 -
Trabalho, sociedade e relações interpessoais 60 -
Atividades complementares regulamentadas por resolução da PROACAD
60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade
Iniciação Cientifica - 60
Monitoria - 60
Extensão - 60
Atividades complementares normatizadas pelo colegiado do Curso
60 hs atividade/semestre, máximo de creditação dois semestres para cada atividade.
Trabalho supervisionado em pesquisa - 60
Trabalho supervisionado em extensão - 60
PET - Saúde - 60
Monografia - 60
Componentes cursados em outros cursos de graduação da UFPE
Componentes cursados em Mobilidade Acadêmica
62
Em síntese, para a integralização da carga horária plena do Curso de Psicologia o
estudante deverá cursar 2280 horas de componentes do núcleo comum (1620 horas em
componentes obrigatórios e 660 horas em estágios básicos e específicos), totalizando
56% da carga horária plena do Curso, 900 horas de componentes do núcleo
complementar (22% componentes optativos) e 900 horas eletivas, 22% que poderão ser
cursados em eletivas do perfil, eletivas de outros cursos e/ou atividades
complementares.
O Quadro 4 fornece uma síntese da carga horária a ser cursada pelo estudante
considerando o núcleo comum (componentes obrigatórios), o núcleo complementar
(componentes optativos), por eixo estruturante, e o núcleo eletivo (componentes e
atividades acadêmicas)
Núcleos
Eixo
1
Eixo
2
Eixo
3
Eixo
4
Eixo
5
Eixo
6
Cursar
Total
horas
Núcleo
Comum
(obrigatórios)
Componentes
180
180
180
360
300
420
-
1620hs
Estágios
-
-
180
-
-
480
-
660 hs
Núcleo
Complementar
(optativos)
Componentes
60
60
60
60
60
60
540
900hs
Núcleo
eletivo
Componentes
e atividades
acadêmicas
900 hs
Carga horária plena do Curso a ser integralizada
4080hs
Caso o estudante exceda a carga horária de componentes optativos,
recomendado pelo perfil curricular, o excedente será creditado como carga horária de
componentes eletivos para a integralização da carga horária plena do Curso. Também
serão creditados como carga horária eletiva os resíduos de horas de carga horária gerado
por dispensa de componentes curriculares ou por equivalências. O Anexo 1 apresenta o
quadro de equivalência interna dos componentes curriculares, sendo apresentado no
Item 14 os componentes do núcleo comum (obrigatórios) por período.
Em relação ao estágio não obrigatório, conforme preconiza a Lei 11.788 de 25
de setembro de 2008, a sua carga horária será acrescida à carga horária plena do Curso
(4080 horas a ser integralizada).
63
A integração curricular de acordo com o parecer CNE/CES no 8/2007 aprovado
em 31/01/2007, preconiza que os cursos com carga horária entre 3600 e 4000h tem
como limite mínimo para a integralização de 5 (cinco) anos, exceto em “virtude do
desenvolvimento de cursos, em regimes especiais, como em turno integral”. Em face do
exposto, considerando-se que os estudantes do Curso de Psicologia da UFPE poderão
realizar os componentes curriculares em turno integral (manhã e tarde), bem como a
Universidade oferece diferentes cursos noturnos, nos quais eles poderão cursar
componentes eletivos livres, possibilitando, assim, que o discente reduza o tempo de
integralização da carga horária plena do Curso.
O Colegiado do Curso de Graduação define o tempo de integralização, mínimo e
máximo, a saber:
11. Corpo docente
Ficha do Curso | Docentes
Curso | Psicologia
Vinculação | Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
* Área em que o docente prestou concurso
** Qualificação profissional é o curso de graduação
Nome CPF Área de
conhecimento*
Titulação Qualificação
profissional**
Regime de
trabalho
Vinculo
empregatício
Alessandra Ramos
Castanha
021.030.754-47 Psi Social Doutor Psicologia DE Estatutário
Alexsandro Medeiros
do Nascimento
762.273.404-72 Psi Cognitiva Doutor Psicologia DE Estatutário
Alina Galvão Spinillo
128.719.904.68 Psi Geral Doutor
Psicologia DE Estatutário
Ana Karina Moutinho
Lima
616.710.454.91 Psi Trabalho Doutor Psicologia DE Estatutário
Antonio Roazzi
216.325.704.59 Psi Geral Doutor
Psicologia DE Estatutário
Benedito Medrado
Dantas
638.807.685.87 Psi Clínica Doutor Psicologia DE Estatutário
Tempo mínimo 10 semestres
Tempo máximo 16 semestres
64
Cilene Rejane Ramos
Alves de Aguiar
482.329.124.72 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário
Eniel Sabino de
Oliveira
124.187.814.53 Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário
Erick Francisco
Quincas Conde
083.200.957.19 Neurociências Doutor Psicologia DE Estatutário
Euda Kaliani Gomes
Teixeira Rocha
028.691.504.90 Psi
Trabalho Doutor Psicologia DE Estatutário
Jorge Luiz Cardoso
Lyra-da -Fonseca 687.896.374-53
Psi
Social
Doutor Psicologia DE Estatutário
Jose Maurício Haas
Bueno 075.434.858-00
Avaliação
psicológica
Doutor Psicologia DE Estatutário
Karla Galvão Adrião 819.857.464.68
Psi Aplicada à
saúde
Doutor Psicologia DE Estatutário
Luciana Leila Fontes
Vieira
018.842.354-09 Psi Clínica e
saúde mental Doutor Psicologia DE Estatutário
Luciane De Conti
636.306.560-72 Psi Cognitiva Doutor Psicologia DE Estatutário
Luciano Rogério de
Lemos Meira
373.778.254.72 Psi Geral Doutor Pedagogia DE Estatutário
Lucinda Maria da
Rocha Macedo
047.490.494.68 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário
Luis Felipe Rios do
Nascimento
515.369.604.97 Psi Clínica Doutor Psicologia DE Estatutário
Maria de Fátima de
Souza Santos
194.368.234.87 Psi Geral Doutor
Psicologia DE Estatutário
Maria Isabel Patrício
de Carvalho Pedrosa
111.616.124.91 Psi Geral Doutor
Psicologia DE Estatutário
Maria Lúcia de
Bustamante Simas
884.802.407.68 Psi
Experimental Doutor Psicologia DE Estatutário
Maria Lucicleide
Falcão de Melo
Rodrigues
255.794.444.00 Psi Escolar Mestre Psicologia DE Estatutário
Rafael Diehl 887.454.900-82 Psi Geral
Doutor Psicologia DE Estatutário
Renata Maria Toscano
Barreto Lyra Nogueira
027639164-06 Neurociências Doutor Psicologia DE Estatutário
Rubenilda Maria
Rosinha Rarbosa 165.985.804-63 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário
Selma Leitão Santos
275.949.804.25 Psi Geral Doutor Psicologia DE Estatutário
65
Nome CPF Área de
conhecimento*
Titulação Qualificação
profissional**
Regime de
trabalho
Vinculo
empregatício
Síntria Labres Lautert
400.657.310.34 Psi Cognitiva Doutor Psicologia
Pedagogia DE Estatutário
Sylvio Jose Barreto da
Rocha Ferreira
066.273.664.87 Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário
Telma Costa de Avelar
138.221.604.15 Psi Geral Mestre Psicologia DE Estatutário
Willher Nogueira dos
Santos
321.056.224.53
Avaliação
psicológica
Mestre Psicologia DE Estatutário
Zelia Maria Monteiro
Higino da Silva
439.554.794.04 Psi
Trabalho Mestre Psicologia DE Estatutário
Docentes de outros departamentos que ministram componentes no Curso de Psicologia
Vinculação | Departamento de Anatomia do Centro de Ciências Biológicas
Nome CPF Área de
conhecimento*
Titulação Qualificação
profissional**
Regime de
trabalho
Vinculo
empregatício
Manuela Figueiroa Lira
de Freitas
025.955.144-90 Anatomia Doutor Medicina
veterinária DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Antropologia e Museologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Luiz Cavalcanti
Lacerda 125.941.941-00 Antropologia Doutor
Ciências
sociais DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Estatística do Centro de Ciências Exatas da Natureza
Cristiano Ferraz
766.755.724-15 Estatística Doutor Estatística DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Filosofia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Jesus Vásquez Torres
07057261420
Filosofia
Moderna Doutor Filosofia DE Estatutário
Iara Gonçalves Guerra 127.636.404-00
Introdução a
Filosofia e
Lógica
Especialista Filosofia DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Genética do Centro de Ciências Biológicas
Vilma Loreto da Silva
023.577.414-65 Genética Doutor
Ciências
Biológicas
Bacharelado
DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Letras
Jurandir Ferreira Dias
Júnior
027900704-31 LIBRAS Mestre Letras DE Estatutário
Vinculação | Departamento de Neuropsiquiatria Centro de Ciências da Saúde
Everton Botelho Sougey
128.823.804-53 Psiquiatria Doutor Medicina DE Estatutário
João Ricardo Mendes de
Oliveira
186.121.178-77 Psiquiatria Doutor Medicina DE Estatutário
66
Murilo Duarte da Costa
Lima
126.005.984-72 Psiquiatria Doutor Medicina
Filosofia DE
Estatutário
Vinculação | Departamento de Nutrição Centro de Ciências da Saúde
Ana Paula Rocha de
Melo
587.002.004-25 Fisiologia Doutor Nutrição DE
Estatutário
Juliana Maria
Carrazzone Borba
879.889.254-15 Fisiologia Doutor Nutrição DE
Estatutário
Maria Surama pereira
da Silva
715.231.034-34 Fisiologia Doutor Nutrição DE
Estatutário
Raul Manhaês de
Castro
166.653.684-91 Fisiologia Doutor Medicina DE
Estatutário
Rubem Carlos Araújo
Guedes 032.565.374-72 Fisiologia Doutor Medicina DE
Estatutário
Vinculação | Departamento de Sociologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Rosane Maria Alencar
da Silva
544.184.964-91
Sociologia:
sociedade e
educação
Doutor Pedagogia DE Estatutário
12. Suporte para o funcionamento do Curso
O Departamento de Psicologia da UFPE é responsável pelo Curso de graduação
em Psicologia, pela Clinica Psicológica, pelas Pós-graduações em Psicologia Cognitiva
e em Psicologia (ambas com a modalidade de mestrado e doutorado), pela Empresa
Junior, pelos Laboratórios e Núcleos de Pesquisa. O Departamento ocupa três andares
do Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH, 7º, 8º e 9º andares. Nestes andares
ficam localizados: Coordenação do Curso de Psicologia (9º andar), Chefia do
Departamento (9º andar), Clinica Psicológica e sala Pró-saúde (7º andar), Pós-graduação
em Psicologia (9º andar), Pós-graduação em Psicologia Cognitiva (8º andar), Ethos
Consultoria Jr (9º andar), as salas de professores e Laboratórios e Núcleos de Pesquisa
(7º , 8º e 9º andares).
As salas de aula do Curso de Psicologia funcionam no 2o e 3
o andares do CFCH
e no Núcleo de Atividade de Ensino – NIATE e os estudantes contam com um
importante acervo bibliográfico nas diferentes bibliotecas da UFPE. Detalhamos abaixo
esses setores:
67
12. 1. Clínica Psicológica
A Clínica Psicológica é uma entidade pública, ligada ao Departamento de
Psicologia da UFPE, que existe em função de três vetores: (i) Ensino - fornecendo
campo para que as diversas formas de capacitação do aluno de graduação em psicologia
possam ser implementadas; (ii) Pesquisa -: enquanto lugar de revisão e construção do
saber clínico ou daqueles com os quais se relacione, buscando novas formas de prática e
ampliando seu aparato teórico e técnico, proporcionando ao estudante uma possibilidade
maior de escolha entre os serviços disponíveis e ao usuário o contato com um quadro
mais amplo de possibilidades de assistência; (iii) Extensão - enquanto um serviço de
atendimento psicológico à população (adultos, adolescentes e crianças), a Clínica-
Escola tem permitido que a universidade e o psicólogo que nela conclui sua graduação
se insiram socialmente, estabelecendo uma ponte entre a comunidade e a universidade.
A Clínica Psicológica tem por objetivos: (i) responder às exigências da formação
prática dos alunos do Curso de Psicologia na área da Psicologia Clínica,
proporcionando-lhes condições para um treinamento que os habilite ao exercício da
profissão; (ii) realizar e colaborar em trabalho e pesquisa no campo da Psicologia; (iii)
oferecer assistência psicológica à comunidade.
Infraestrutura física: a Clínica Psicológica conta com seis salas de atendimento
psicológico individual para adultos, duas salas de atendimento psicológico para
crianças, uma sala de atendimento psicológico em grupo, três salas para atividades de
pesquisa, uma sala de reunião, uma sala multiuso, todas com os equipamentos
adequados à realização das atividades nelas desenvolvidas.
São atividades desenvolvidas na clinica psicológica: (i) atendimento psicológico
(“Plantão Psicológico”) - Se constitui como uma modalidade de atendimento
psicológico emergencial e pontual, a fim de minimizar o sofrimento existencial, focando
nas necessidades levantadas no momento da procura, além de permitir ao usuário a
reflexão sobre a demanda apresentada e uma resolutividade mais imediata. (ii)
atendimento psicológico (“Psicoterapia”) - Trata-se de uma modalidade de atendimento,
centrada no modelo da Psicoterapia Breve, nos casos em que se exige uma
temporalidade mais extensa para o acompanhamento, trabalhando-se neste processo
aspectos do psiquismo mais abrangentes do que aqueles claramente identificados com a
demanda apresentada inicialmente. (iii) atendimento psicológico (“Acompanhamento
terapêutico”) – Trata-se de um dispositivo caracterizado por intervenções no território
68
público ou privado do usuário, fora do “setting” institucional. Destina-se a facilitar o
restabelecimento das atividades e dos vínculos sociais cotidianos, prejudicados por
algum fator psíquico ou orgânico. (iv) supervisão aos estudantes que estão em estágio
curricular e são responsáveis pelo atendimento aos usuários - Atividade onde cada
estagiário apresenta, discute e recebe de um profissional experiente a orientação sobre o
andamento dos casos clínicos sob sua responsabilidade, tendo como perspectiva
fundamental a dimensão ética e a adequação à abordagem teórica utilizada.(v)
supervisão de estudos teóricos - O estagiário poderá ser supervisionado no
aprofundamento teórico necessário ao melhor desenvolvimento da sua atuação no
estágio, com a adequada escolha de textos pertinentes e sua compreensão.(vi) pesquisa
na área de psicologia - O estagiário poderá participar opcionalmente, durante o seu
período de estágio, de atividades de pesquisa que estejam sendo desenvolvidas no
âmbito da Clínica Psicológica por algum dos seus profissionais em psicologia. Neste
caso, necessariamente a participação será condicionada à aceitação do estagiário pelo
responsável pela pesquisa, de acordo com os critérios que este julgar adequados. A
abrangência desta participação também será estipulada pelo pesquisador, que atuará,
ainda, como supervisor. (vii) encontros científicos - Encontros de formação
complementar, envolvendo todos os profissionais e estagiários, onde são realizadas
atividades diversas visando o aprofundamento, a ampliação, e a crítica dos diferentes
aspectos teórico-práticos do fazer clínico. São utilizados os recursos de estudos de caso,
palestras, “rodas de conversa”, filmes seguidos de debates, etc. (viii) conhecendo a
Clínica - Atividade inicial do estágio, visa familiarizar o estudante com todas as
dimensões da Clínica Psicológica (sua especificidade, sua tarefa primária, seu público,
seu fluxo, suas normas, os direitos e deveres de cada membro, entre outros), bem como
a capacitação deste para lidar com os instrumentais exigidos na formalização das
atividades por ele a serem desenvolvidas (fichas de acompanhamento, fichas de
encaminhamento, etc.) (ix) atividades individuais - Carga horária destinada ao
desenvolvimento de atividades realizadas individualmente, como preenchimento de
“Fichas de acompanhamento”, “Fichas de encaminhamento”, estudos teóricos
individuais, elaboração de relatos dialogados, apontamentos clínicos diversos, etc.
A equipe da Clinica Psicológica conta atualmente com a participação de
professores do Departamento de Psicologia da UFPE e de técnicos em psicologia, os
quais desempenham o papel de supervisores. Conta, ainda, com duas secretárias
administrativas, dois estudantes-bolsistas e uma responsável pelos serviços de
69
manutenção e limpeza. Pertencem também à equipe todos os estudantes que realizam
estágios obrigatórios na Clínica.
O Estágio Supervisionado Obrigatório no âmbito da Clínica Psicológica se
constitui numa oportunidade oferecida aos estudantes de graduação visando a capacitá-
los para o desempenho de procedimentos teórico-metodológicos no campo da psicologia
clínica. Mais especificamente, objetiva habilitá-los para atuações eficazes que envolvam
a escuta e a intervenção psicológica. Por outro lado, proporciona a vivência e o
aprendizado do fazer psicológico em ambiente institucional público. O conjunto das
experiências se constitui no veículo através do qual ele pode exercitar a reflexão sobre
os aspectos políticos e éticos envolvidos no exercício profissional e do psicólogo
clínico, em particular. A clientela atendida - Crianças, adolescentes e adultos, com
orientações teóricas (Psicanalítica. Psicossocial e Centrada na pessoa), sendo as vagas
ofertadas por semestre decididas pelo seu Conselho Geral, de acordo com o interesse e a
disponibilidade da Clinica, sendo realizados dois processos seletivos, no primeiro e
segundo semestres acadêmicos. Esses processos são divulgados no âmbito do CFCH da
UFPE, onde são discriminados os critérios de seleção. O estagiário realizará um mínimo
de 12 horas semanais, podendo realizar até o máximo de 23 horas semanais. A carga
horária total mínima do estágio é de 544 horas e a máxima de 1030 horas, sempre sob a
orientação de docentes do Departamento de Psicologia e supervisores da Clinica
psicológica que podem ser técnicos ou docentes.
12. 2. Laboratórios e núcleos de pesquisa
O curso de graduação em Psicologia conta com os seguintes Laboratórios e
Núcleos de pesquisa que convergem para a realização de investigações levadas a cabo
no Departamento para o desenvolvimento e ampliação das linhas de pesquisa, com claro
incentivo à produção docente e discente. Os laboratórios e grupos de pesquisa do
Departamento possuem equipamentos e material necessário ao desenvolvimento dos
trabalhos de pesquisa, como computadores, impressoras, gravadores digitais,
equipamentos multimídia e a sua maioria se constitui em grupos de pesquisa
certificados pelo CNPQ.
1. Grupo de Estudos e Orientação Psicopedagógica | GEOP | 9º andar
Responsáveis: Telma Costa Avelar & Zélia Maria Higino da Silva
2. Laboratório de Análise Interacional e Videografia | LAIV | 8º andar
70
Responsável: Luciano Rogério de Lemos Meira
3. Laboratório de Comunicação e Linguagem na Primeira Infância | LABCOM | 9º
andar
Responsável: Maria Conceição Lyra Diniz
4. Laboratório de Estudos da Autoconsciência, Consciência, Cognição de Alta
Ordem e Self | LACCOS | 8º andar
Responsável: Alexsandro Medeiros do Nascimento
5. Laboratório de Estudos da Sexualidade Humana | LAB-ESHU | 7º andar
Responsável: Luís Felipe Rios do Nascimento & Karla Galvão Adrião
www.labeshu.com.br
6. Laboratório de Interação Social Humana | LABINT | 9º andar
Responsáveis: Maria de Fátima de Souza Santos & Maria Isabel Patrício de Carvalho
Pedrosa
7. Laboratório de Percepção Visual | LABVIS | 9º andar
Responsável: Maria Lucia de Bustamante Simas
8. Laboratório de Pesquisa em Psicologia Clínica | LABCLIN | 7º andar
Responsável: Luciana Leila Fontes Vieira
9. Laboratório de Psicologia Experimental | LABPEX | 9º andar
Responsável: Cilene Rejane Ramos Alves de Aguiar
10. Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Temas do Trabalho | NUT | 9º andar
Responsável: Euda Kaliani Gomes Teixeira Rocha
11. Núcleo de Pesquisa da Argumentação | NupArg | 8º andar
Responsável: Selma Leitão Santos
www.ufpe.br/nuparg
12. Núcleo de Pesquisa em Epistemologia Experimental e Cultural | NEC | 8º andar
Responsável: Antonio Roazzi
13. Núcleo de Pesquisa em Gênero e Masculinidades | GEMA | 9º andar
Responsável: Benedito Medrado & Jorge Lyra
14. Núcleo de Pesquisa em Narrativa, Cultura e Desenvolvimento | 8º andar
Responsável: Luciane De Conti
15. Núcleo de Pesquisa em Psicologia da Educação Matemática | NUPPEM | 8º
andar
Responsáveis: Alina Galvão Spinillo & Sintria Labres Lautert
71
12.3. Biblioteca ligada à rede mundial de computadores
O Programa conta com o acervo da Biblioteca Setorial do Centro de Filosofia e
Ciências Humanas, no qual está alocado e também tem acesso ao grande acervo da
Biblioteca Central da UFPE, bem como as bibliotecas dos demais centros acadêmicos,
especialmente o Centro de Educação, Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Centro de
Ciências da Saúde.
Os serviços oferecidos pelas bibliotecas da UFPE caracterizam-se por: (i)
catálogo disponível para consulta; (ii) sistema informatizado; (iii) comutação
bibliográfica; (iv) rede integrada de bibliotecas; (v) reserva de bibliografia usada nos
cursos; (vi) acesso disponível pela Wifi / Internet aos serviços; (vii) acesso disponível
pela Wifi/ Internet ao catálogo; (viii) acesso disponível pela Wifi / Internet ao acervo e
(ix) acesso ao Portal de Periódicos da CAPES. Outro serviço disponível aos discentes e
docentes é o banco de teses e dissertações produzidas pela Universidade que está
disponível na página da UFPE e/ou nos sites dos Programas de Pós-graduações. A
Tabela 1 ilustra o acervo bibliográfico do CFCH| UFPE - 2012.
Tabela 1. Acervo bibliográfico do CFCH | UFPE - 2012.
Área de conhecimento
Acervo bibliográfico CFCH
Livros Periódicos
Títulos* Exemplares
Ciências Humanas 24.591 47.519 714
Psicologia 2.813 (**) 122
* Campus Recife – área de conhecimento de psicologia 9.002 (títulos)
(**) Informação não disponibilizada.
13. Sistemática de concretização do projeto pedagógico
Há uma decisão do Departamento de Psicologia de criação do Serviço de
Psicologia Aplicada (SPA) que deverá integrar a Clínica Psicológica e demais projetos
de pesquisa e de extensão voltados especificamente para o atendimento à comunidade
em geral ou para estudos de intervenção. Esses projetos deverão também se constituir
em espaços de práticas para os estudantes de Psicologia tanto nas modalidades de
72
estágios básicos e específicos como Trabalhos Supervisionados em Pesquisa e/ou
Extensão, atividades de iniciação científica ou de extensão. Para concretizar esse
Serviço, já está em fase de finalização a construção do espaço físico e a compra do
mobiliário necessário para a sua infraestrutura. Porém, para a efetivação de um trabalho
interdisciplinar e para a ampliação das vagas de estágio disponíveis no referido serviço,
é necessária a contratação de técnicos como os psicólogos, psiquiatras, e outros
profissionais do campo da saúde.
Ademais, considerando-se que a proposta pedagógica apresenta áreas clássicas e
mais recentes no campo da psicologia, vislumbra-se absorção de mais docentes para
atuarem em áreas tais como, desenvolvimento, hospitalar, jurídica, cognitivo
comportamental e fenomenológica existencial.
14. Estrutura Curricular de componentes obrigatórios por período
Sigla
Depto
COMPONENTES OBRIGATÓRIOS
Carga
Horária
Cred Ch
total
Pré-Requisitos
Co-Requisitos
Teo Prát
1º PERÍODO
PS Controvérsias na psicologia 60h - 4 60h
PS Processos socioafetivos 60h - 4 60h
PS Processos cognitivos 60h -- 4 60h
PS Psicologia do desenvolvimento 60h - 4 60h
AN Neuroanatomia funcional 30h 30h 3 60h
TOTAL 300 HORAS
2º PERÍODO
PS Processos de subjetivação 60h - 4 60h
PS Processos psicossociais 60h - 4 60h
PS Introdução à pesquisa 60h - 4 60h
NU Neurofisiologia 45h 15h 3 60h
PS Avaliação psicológica 60h - 4 60h
TOTAL 300 HORAS
3º PERÍODO
PS Perspectivas e organização na pesquisa em psicologia
60h - 4 60h
PS Neuropsicologia 60h - 4 60h
PS Técnicas psicométricas de avaliação psicológica
30h 30h 3 60h
PS Psicologia e linguagem 60h - 4 60h
TOTAL 240 HORAS
73
4º PERÍODO
PS Estágio de observação - 90h 6 90h
NP Psicopatologia 30h 30h 3 60h
TOTAL 150 HORAS
5º PERÍODO
PS Teorias para intervenção grupal 60h - 4 60h
NP Introdução à psiquiatria 30h 30h 3 60h
PS Psicologia e Saúde 60h - 4 60h
PS Psicologia e educação 60h - 4 60h
PS Psicologia e trabalho 60h - 4 60h
TOTAL 300 HORAS
6º PERÍODO
PS Estágio de planejamento de intervenção
- 90h 6 90h
PS Ética e direitos humanos 60h - 4 60h
TOTAL 150 HORAS
7º PERÍODO
PS Psicologia e cultura 60h - 4 60h
PS Psicologia e psicanálise 60h - 4 60h
FL Bases filosóficas da psicologia 60h - 4 60h
180 HORAS
8º PERÍODO
PS Técnicas projetivas de avaliação psicológica
30h 30h 3 60h
PS Psicologia e saúde mental 60h - 4 60h
PS Psicologia e políticas públicas 60h - 4 60h
TOTAL 180 HORAS
9º PERÍODO
PS Estágio especifico I 240h 16 240h Ter cursado dos componentes do núcleo comum
(obrigatórias)
TOTAL 240 HORAS
10º PERÍODO
PS Estágio especifico II 240h 16 240h Estágio especifico I
TOTAL 240 HORAS
Ressalta-se que os componentes optativos ao longo dos dez semestres não terão
periodização, sendo ofertados no mínimo cinco componentes por semestre de tal forma
que ao longo dos dez semestres de integralização do Curso, o estudante tenha duas
oportunidades de cursar cada componente curricular optativo.
74
15. Dispositivos legais e normativos
Dispositivo Legal Explicitação do
dispositivo Observações
1
Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso
O Projeto Pedagógico do
Curso de Psicologia está
coerente com as
Diretrizes Curriculares
Nacionais.
Este item pode ser verificado nas páginas 7 e 25, bem
como existe um detalhamento das competências,
atitudes e habilidades e a organização curricular (p.
29 – 63). O Quadro 4, página 62, fornece uma síntese
da carga horária a ser cursada pelo estudante.
2
Diretrizes Curriculares
Nacionais para
Educação das Relações
Étnico-raciais e para o
Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira
e Africana (Resolução CNE/CP N° 01 de 17
de junho de 2004)
A Educação das
Relações Étnico-Raciais,
bem como o tratamento
de questões e temáticas
que dizem respeito aos
afrodescendentes são
tratados de forma direta
ou transversal nos
componentes curriculares
atividades curriculares.
Este item referente às relações étnico-raciais é
contemplado de maneira transversal, de forma direta
ou indireta, em diferentes componentes curriculares,
como discriminados a seguir: no componente
Interfaces da Antropologia com a Psicologia, item
“cultura, corpo e subjetivação”; no componente
Fundamentos da Sociologia, itens “Raças e
etnicidade: conceitos e políticas” e “Desigualdades
sociais: principais formas de desigualdades”; no
componente Psicologia e Saúde mental, item “Saúde
Mental e as questões étnico-raciais”; no componente
Psicologia e Políticas Públicas, itens “Democracia,
movimentos sociais e ONG: contribuições a partir do
olhar da Psicologia”, “Psicologia e direitos humanos:
fundamentos de uma prática profissional no campo
das políticas públicas”, “Campos de práticas em
políticas públicas para a Psicologia e os psicólogos:
diversidades de interfaces e especificidades” e
“Alguns campos de ebulição: políticas no campo das
questões étnico-raciais”; no componente Processos
psicossociais, todo o conteúdo programático
possibilita uma reflexão sobre o tema de que trata a
Resolução; no componente Psicologia e educação
inclusiva, item “Psicologia e inclusão”; no
componente Psicologia jurídica, item “violência
étnico-racial; no componente Trabalho, sociedade e
relações interpessoais, item “A questão racial no
trabalho”. Além destes conteúdos, os componentes
Projeto de Pesquisa, Prática de pesquisa e as
Atividades acadêmicas Trabalho Supervisionado em
Pesquisa, Trabalho Supervisionado em Extensão e
Monografia podem contemplar as temáticas das
relações étnico–raciais, nas suas produções. Ademais,
nos Estágios Específicos I e II, os discentes são
expostos frequentemente a situações de forma direta
ou tangencial que envolvem questões étnico-raciais,
sendo estas situações alvo de reflexões, seja no
espaço da supervisão direta na prática, local onde o
discente realiza o estágio, ou no espaço dialogado de
orientação acadêmica, com o docente da UFPE.
3
Titulação do corpo
docente (Art. 66 da Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996)
Todo corpo docente tem
formação em Pós-
Graduação.
O corpo docente do Curso de graduação em
Psicologia é constituído de 47 professores, sendo 40
doutores (85%), seis mestres (13%) e um especialista
(2%). O item 11, páginas 63 a 66 apresenta os
docentes do departamento de Psicologia e de outros
departamentos que ministram componentes no Curso.
75
Dispositivo Legal Explicitação do
dispositivo Observações
4
Núcleo Docente
Estruturante (NDE) (Resolução CONAES N° 1, de
17/06/2010)
Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do
Curso de Graduação em
Psicologia foi designado
pelo Reitor Anísio
Brasileiro de Freitas
Dourado através da
Portaria no 5477, de 11
de dezembro de 2012.
Este item consta na página 7, na qual são informados
os docentes que compõe o NDE, a saber: Ana Karina
Moutinho Lima; Luciane De Conti; Maria de Fátima
de Souza Santos; Maria Isabel Patrício de Carvalho
Pedrosa; Maria Lucicleide Falcão de Melo
Rodrigues; Síntria Labres Lautert; e Zélia Maria
Monteiro Higino da Silva.
5
Carga horária mínima,
em horas – para
Bacharelados e
Licenciaturas Resolução CNE/CES N° 02/2007
(Graduação, Bacharelado,
Presencial). Resolução CNE/CES
N° 04/2009 (Área de Saúde,
Bacharelado, Presencial). Resolução
CNE/CP 2 /2002 (Licenciaturas)
Resolução CNE/CP Nº 1 /2006
(Pedagogia)
O Curso de Psicologia
atende à carga horária
mínima em horas
estabelecidas nas
resoluções.
A Carga horária total do Curso de Psicologia
corresponde a 4080 horas atendendo aos
Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de
Bacharelado publicado em março 2010 que preconiza
no mínimo 4000 horas.
6
Tempo de integralização Resolução CNE/CES N° 02/2007
(Graduação, Bacharelado,
Presencial). Resolução CNE/CES
N° 04/2009 (Área de Saúde,
Bacharelado, Presencial).
Resolução CNE/CP 2 /2002
(Licenciaturas)
O Curso de Psicologia
atende ao Tempo de
Integralização proposto
nas resoluções.
A integralização do Curso de Psicologia será de no
mínimo 10 (dez) semestres e o máximo 16
(dezesseis) semestres (ver páginas 7 e 63).
7
Condições de acesso para
pessoas com deficiência
e/ou mobilidade reduzida (Dec. N° 5.296/2004, com prazo de
implantação das condições até
dezembro de 2008)
A IES apresenta
condições de acesso para
pessoas com deficiência
e/ou mobilidade
reduzida.
As condições de acessibilidade para os alunos do
Curso de Psicologia com deficiência e/ou mobilidade
reduzida ainda são precárias e as iniciativas, que já
vêm sendo tomadas pela universidade, a fim de
minimizar e garantir melhores condições de acesso
precisam ser intensificadas urgentemente.
8 Disciplina obrigatória/
optativa de Libras (Dec. N° 5.626/2005)
O Projeto Pedagógico do
Curso de Psicologia
prevê a inserção de
LIBRAS na estrutura
curricular do curso
componente eletivo
O PPC prevê que o componente de Introdução a
LIBRAS será ofertado como componente eletivo a
ser ministrado pelo Departamento de Letras, sendo a
ementa apresentada na página 53 e o programa no
Anexo 5.
9
Informações acadêmicas (Portaria Normativa N° 40
de 12/12/2007, alterada pela
Portaria Normativa MEC
N° 23 de 01/12/2010,
publicada em 29/12/2010)
As informações
acadêmicas exigidas
estão disponibilizadas na
forma impressa e virtual.
As informações acadêmicas sobre o Curso de
Psicologia podem ser acessadas através do SIG@,
bem como estão disponíveis no site
http://www.ufpe.br/depsi e no manual acadêmico
impresso pela UFPE. No site, na página do
Departamento de Psicologia, os docentes/discentes
têm à sua disposição as informações sobre:
Departamento de Psicologia, Programas de Pós-
graduação e sobre o funcionamento do Curso de
Graduação em Psicologia (estrutura curricular
vigente, Clinica Psicológica, Intercâmbios
Institucionais, Laboratórios e Núcleos de Pesquisa,
Formulários, Links, Contatos e dúvidas frequentes
referentes à Estrutura Curricular, Matricula e
Estágios obrigatórios e não obrigatórios.
76
Dispositivo Legal Explicitação do
dispositivo Observações
10
Políticas de educação
ambiental (Lei nº 9.795, de 27 de abril
de 1999 e Decreto Nº 4.281
de 25 de junho de 2002)
As Politicas de Educação
Ambiental são tratadas
de forma direta e
transversal nos
componentes curriculares
e atividades curriculares
Em relação ao contido na Lei 9.795, de 27 de abril de
1999, que dispõe sobre Educação Ambiental as
exigências são contempladas de maneira transversal
de forma direta e em diferentes componentes
curriculares, tais como: no componente Ética e
direitos humanos (no conteúdo programático
“Bioética”) e no componente Psicologia e cultura (no
conteúdo programático “concepções de sujeito,
relação natureza-cultura e relação sujeito e sociedade
propostas pelas principais abordagens psicológicas”).
Além destes conteúdos, os componentes “Projeto de
Pesquisa” e “Prática de Pesquisa” e as atividades
acadêmicas “Monografia” podem contemplar
temáticas sobre educação ambiental nas suas
produções. Outros componentes, por exemplo,
evidenciam uma articulação possível com essa
temática Psicologia e educação; Psicologia e
Educação Inclusiva; Psicologia escolar e educacional;
Psicologia comunitária; Trabalho e Saúde; Psicologia
e políticas públicas e os Estágios básicos
(Observação e Intervenção).
77
Referências
ACHCAR, R. (Org.) Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios para a
formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
JACQUES, M. G. C. . Psicologia do Trabalho e/ou o trabalho da Psicologia: uma
revisão histórica. Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, 5, 43-53,
2006.
ROSAS, P. Dos serviços de seleção e orientação profissional à formação acadêmica em
Psicologia. In P. ROSAS (Org.). Memória da Psicologia em Pernambuco. Recife:
Editora Universitária UFPE, 2001, 155-159.
WEBER, S.; CARRAHER, T. Reforma Curricular ou Definição de Diretrizes? Uma
proposta para o Curso de Psicologia. Cadernos de Psicologia, 8 , 1-13, 1982.
YAMAMOTO, O. 50 anos de profissão: responsabilidade social ou projeto ético-
politico? Ciência e Profissão, 32 (num, especial), 2012, p. 6-17.