projeto paisagistico para vias rurais

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DEPARTAMENTO DE VIAS RURAISDE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS ATO NORMATIVO Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT.01.28 Sistema: PROJETO E OBRAS Unidade Emissora: DG/GNT Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS Assinatura das Autoridades Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade Reis Coordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 3/39 07/11/07 I. ORIGEM Esta Recomendação Técnica fundamenta-se nos estudos desenvolvidos por especialistas do DER/MG na área em questão e no seguinte documento: PROJETO PAISAGÍSTICO - Volumes I e II – 1990 - Setor de Arquitetura e Paisagismo Diretoria de Manutenção - DER/MG. II. OBJETIVO Seu objetivo é estabelecer procedimentos padronizados para a elaboração de projetos paisagísticos, adequados ao aproveitamento das faixas de domínio nas vias rurais sob a circunscrição ou jurisdição do DER/MG, visando a segurança e o conforto dos usuários. III. CONDIÇÕES GERAIS O princípio fundamental do paisagismo em vias rurais é a integração da via na paisagem e a incorporação do patrimônio paisagístico dos arredores, para a contemplação e apreciação do usuário. A via deve se tornar um elemento integrado à natureza e agradável ao usuário, com locais apropriados à parada dos veículos, destinados ao repouso, recreação e observação da paisagem. É importante não confundir paisagismo com plantio, embora a vegetação desempenhe relevante papel, no que diz respeito à harmonia externa da via. Elementos construtivos e arquitetônicos da via, bem como a própria vegetação deverão ser objeto de soluções paisagísticas. Prédios de valor histórico ou artístico, formações geológicas características, praias, lagos, maciços vegetais e demais elementos de interesse paisagístico, deverão influenciar o tratamento da via, valorizando seu efeito cênico. É importante observar que o usuário encontra-se em movimento na via, geralmente a uma velocidade regulamentada igual ou superior a 80 Km/h, passando assim despercebido, um jardim com detalhes. Composições detalhadas em termos de textura, forma e cor devem ser utilizadas em locais apropriados à parada ou em trevos e acessos, onde a velocidade regulamentada for igual ou inferior a 40 km/h. IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS Em resumo, um projeto paisagístico deverá ter como objetivos principais:

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ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT.01.28

Sistema: PROJETO E OBRAS Unidade Emissora: DG/GNT

Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 3/39 07/11/07

I. ORIGEM

Esta Recomendação Técnica fundamenta-se nos estudos desenvolvidos por especialistasdo DER/MG na área em questão e no seguinte documento:

• PROJETO PAISAGÍSTICO - Volumes I e II – 1990 - Setor de Arquitetura e PaisagismoDiretoria de Manutenção - DER/MG.

II. OBJETIVO

Seu objetivo é estabelecer procedimentos padronizados para a elaboração de projetospaisagísticos, adequados ao aproveitamento das faixas de domínio nas vias rurais sob acircunscrição ou jurisdição do DER/MG, visando a segurança e o conforto dos usuários.

III. CONDIÇÕES GERAIS

O princípio fundamental do paisagismo em vias rurais é a integração da via na paisageme a incorporação do patrimônio paisagístico dos arredores, para a contemplação eapreciação do usuário. A via deve se tornar um elemento integrado à natureza eagradável ao usuário, com locais apropriados à parada dos veículos, destinados aorepouso, recreação e observação da paisagem.

É importante não confundir paisagismo com plantio, embora a vegetação desempenherelevante papel, no que diz respeito à harmonia externa da via.

Elementos construtivos e arquitetônicos da via, bem como a própria vegetação deverãoser objeto de soluções paisagísticas. Prédios de valor histórico ou artístico, formaçõesgeológicas características, praias, lagos, maciços vegetais e demais elementos deinteresse paisagístico, deverão influenciar o tratamento da via, valorizando seu efeitocênico.

É importante observar que o usuário encontra-se em movimento na via, geralmente a umavelocidade regulamentada igual ou superior a 80 Km/h, passando assim despercebido,um jardim com detalhes.

Composições detalhadas em termos de textura, forma e cor devem ser utilizadas emlocais apropriados à parada ou em trevos e acessos, onde a velocidade regulamentadafor igual ou inferior a 40 km/h.

IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Em resumo, um projeto paisagístico deverá ter como objetivos principais:

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• Proporcionar um ambiente atraente e agradável, menos monótono e fatigante,tornando as vias rurais confortáveis e seguras aos usuários;

• Preservar as características da paisagem natural, levando em conta as necessidadese as particularidades de cada trecho;

• Reduzir os custos de execução e manutenção, facilitando o combate à erosão e aconsolidação de áreas do corpo estradal;

• Salientar a pista de rolamento e evidenciar os obstáculos em potencial, tais como:curvas, interseções e obras de arte.

V. PROJETO PAISAGÍSTICO

O Projeto Paisagístico deverá ser desenvolvido em duas fases:

• Fase de Anteprojeto

• Fase de Projeto Executivo (Final)

5.1. Fase de Estudo de Traçado

Deverá constar de:

a) Cadastro pedológico e vegetal da (s) faixa (s) em estudo compreendendo ervas,arbustos e árvores.

b) Levantamento das características e dos recursos paisagísticos do (s) traçado (s) emestudo, com vistas à elaboração do programa de manutenção a ser desenvolvido nasfases posteriores.

c) Levantamento dos locais de interesse turístico ou apropriados para parada e lazer.

d) Desenvolvimento de projetos especiais.

5.1.1 Fase de Anteprojeto

Deverá ser feito um levantamento qualitativo dos aspectos positivos e negativos, a seremlevados em consideração, quando da elaboração do projeto paisagístico de cada linha dotraçado, relativos a:

a) Levantamento dos recursos paisagísticos visando identificar, preservar e melhorar osprincipais valores naturais;

b) Cadastro pedológico e vegetal da(s) faixa(s) ao longo do(s) traçado(s) escolhido(s),

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compreendendo ervas, arbustos e árvores, com indicação das espécies mais adequadasà proteção vegetal do corpo estradal;

c) Indicação de fontes de aquisição de espécies vegetais, quantidades disponíveis eépoca de plantio;

d) Descrição das características da(s) alternativa(s) selecionada(s), compreendendo:

• Listagem de ocorrências significativas, tais como: nascentes, cursos d’água,florestas, bosques e sítios históricos;

• Diagnóstico relativo às necessidades de apoio ao usuário e indicação do programade implantação e manutenção, a ser desenvolvido na fase do projeto executivo;

• Indicação de locais mais adequados à áreas de camping, estacionamentos,mirantes, postos de polícia e de serviços:

e) Desenvolvimento de anteprojetos especiais de urbanização;

f) Arborização paisagística;

g) Localização das áreas de estacionamento, repouso e/ou recreação;

h) Tratamento corretivo das escavações e caixa de empréstimo existente;

i) Esboço dos projetos arquitetônicos de praças, belvederes, equipamentos de apoio aousuário e edifícios destinados à administração rodoviária;

j) Indicação dos locais mais adequados para postos de abastecimento, motéis e outrosserviços;

k) Tratamentos especiais;

l) Especificações;

m) Orçamento.

5.1.2. Apresentação do Ante Projeto Paisagístico

O anteprojeto paisagístico deverá ser apresentado por meio dos seguintes elementos:

a) Relatório do projeto no tamanho A-4;

b) Planta geral da situação da via rural onde se assinalem, relacionando-se aoestaqueamento, os acidentes notáveis de interesse para o projeto, tais como: cidades,praias, rios, nascentes, locais de vistas panorâmicas ou sítios históricos; bem como, a

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divisão de trechos para arborização, vegetação a ser preservada, as áreas escolhidaspara repouso e/ou recreação, as jazidas e as escavações para empréstimos, asinterseções, os locais adequados para postos de abastecimento e outros serviços. Poderáser apresentada por meio de diagrama, na escala 1 / 1.000;

c) Desenhos elucidativos de tratamento corretivo de jazidas, escavações e botas-foras;

d) Desenhos elucidativos da arborização ao longo dos trechos indicados na planta geralde situação;

e) Listagem das espécies vegetais a empregar, com respectivas quantidades erecomendações sobre fontes de aquisição e distância de transporte;

f) Justificativas adotadas.

5.1.3. Fase de Projeto Paisagístico Executivo (Final)

As soluções aprovadas na fase de anteprojeto deverão ser detalhadas na fase de projetoque deverá constar de:

a) Levantamento topográfico representado por plantas planialtimétricas, na escala 1/500,dos locais onde se prevê a construção de áreas de estacionamento ou mirantes;

b) Tratamento paisagístico de interseções;

c) Arborização paisagística;

d) Localização e dimensionamento das áreas de estacionamento, repouso e/ourecreação;

e) Tratamento corretivo das escavações e caixas de empréstimo existente;

f) Projetos arquitetônicos de praças, belvederes, equipamentos de apoio ao usuário eedifícios destinados à administração rodoviária;

g) Indicação dos locais mais adequados para postos de abastecimento, motéis e outrosserviços;

h) Tratamentos especiais;

i) Especificações;

j) Orçamento.

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5.1.4. Apresentação do Projeto Paisagístico Executivo

O Projeto Paisagístico das Vias Rurais deverá ser apresentado por meio dos seguinteselementos:

a) Relatório do projeto no tamanho A-4;

b) Planta geral de situação da via onde se assinalem, relacionando-se aoestaqueamento, os acidentes notáveis de interesse para o projeto, tais como: cidades,praias, rios, nascentes, locais de vistas panorâmicas ou sítios históricos; bem como, adivisão de trechos para arborização, as áreas escolhidas para repouso e/ou recreação, asjazidas e as escavações para empréstimo, as interseções, os locais adequados parapostos de abastecimento e outros. Poderá ser apresentado por meio de diagrama, naescala de 1/10. 000, no tamanho A-1, para minuta, e A-3 para impressão definitiva;

c) Desenhos na escala 1/100, de tratamento corretivo de jazidas, escavações e botaforas (seções transversais) no tamanho A-3;

d) Desenhos na escala 1/100, de detalhes de arborização ao longo dos trechos indicadosna planta geral de situação no tamanho A-1 para a minuta e A-3 para a impressãodefinitiva;

e) Desenhos na escala 1/500, do tratamento paisagístico de interseções e acessos, notamanho A-1 para a minuta e A-3 para a impressão definitiva;

f) Plantas planialtimétricas, em escala de 1/500, das áreas escolhidas paraestacionamento, mirantes e similares, no tamanho A-1 para a minuta e A-3 paraimpressão definitiva;

g) Desenhos, plantas, cortes, vistas e detalhes estruturais dos elementos arquitetônicosno tamanho A-1 nas seguintes escalas: 1/50 ou 1/100 para as plantas e cortes; 1/25 ou1/10 para os detalhes;

h) Especificações dos materiais de construção a serem usados nas obras de arquitetura,listagem das espécies vegetais a empregar, com respectivas quantidades erecomendações sobre fonte de aquisição de transporte, técnica de plantio e deconservação.

O projeto de arborização deverá estar em conformidade com a RT. 01.48.a, doDER/MG.

Os projetos de trechos virgens deverão explicitar a orientação a ser seguida na fase

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de desmatamento e de terraplenagem de modo a ser preservada ao máximo, avegetação arbórea nativa, sobretudo as espécies raras e as árvores seculares.

5.2 Plantio

As disposições das árvores deverão ser observadas para que, após seu crescimento, nãohaja prejuízo da visibilidade na via.

A distância mínima a ser respeitada entre o bordo externo do acostamento e a árvoremais próxima, deverá ser de 9 (nove) metros para árvores comuns e de 12 (doze) metrospara árvores de grande porte.

A época mais apropriada para se implantar o projeto paisagístico é durante a construçãoda via rural, ou melhor, quando do asfaltamento ou acabamento da mesma, desde que afaixa de domínio esteja toda ela oficialmente cercada.

5.2.1 Plantio em Linha

O plantio em linha, exceto quando propositadamente destinado a acentuar efeitos deperspectiva ou destinado a esconder elementos visuais perturbadores ou antiestéticossituados nas áreas marginais, deverá ser evitado, sendo preferíveis os maciços arbóreospluriespecíficos assimetricamente, variando altura, volume, textura e cor, contraponteadospor árvores isoladas. (Vide Anexo, figura 1)

Com este plantio são originadas as sombras alternadas também chamadas “pisca-pisca”ou “preto e branco”, responsáveis por muitos acidentes de tráfego, uma vez queperturbam a visão dos motoristas.

5.2.2 Plantio em Curva

Nas curvas, a vegetação mais densa deverá ser reservada ao bordo externo para auxiliara condução ótica e dar maior segurança nos casos onde exista um precipício, pois ummaciço arbustivo entre a pista e as árvores, servirá para amortecer o choque de veículosdesgovernados. Os principais pontos em que as árvores deverão figurar são:

a) Sinalização viva para as curvas à esquerda e direita;

b) Sinalização viva às curvas desprotegidas em zonas montanhosas;

c) Sinalização viva para realce das placas de sinalização vertical;

d) Sinalização viva para tangentes;

e) Sinalização viva para as curvas verticais;

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f) Sinalização viva para o bulbo de entroncamento;

g) Sinalização viva para cruzamento;

h) Sinalização viva para acessos de via rural secundária à principal.

Em alguns casos, há necessidade de corte seletivo na vegetação existente, com oobjetivo de proporcionar ao usuário descortinar uma vista, de outro modo não revelada.(Vide Anexo, figuras 2, 3, 4, 5)

5.3 Áreas de Tratamentos Especiais

Existem áreas na via onde há necessidade de tratamento especial. São elas:

5.3.1 Canteiro Central

O canteiro central é o principal foco visual do usuário nas vias rurais em pista dupla. Avegetação a ser utilizada deve proteger o motorista do ofuscamento dos faróis. Essavegetação deverá ser constituída de espécies arbustivas de fácil conservação, dispostasem superfícies e volumes não lineares, levando-se em conta sua altura, textura e cor.

5.3.2. Áreas de Repouso e Recreação

Na composição paisagística das áreas de repouso e recreação devem constar, além dosjardins suficientemente detalhados, outros elementos naturais, tais como: blocos depedras, seixos rolados e espelhos d’água.

Os locais de parada (estacionamento, mirantes, belvederes), deverão ser selecionadosatendendo a uma ou mais das seguintes finalidades: recreação, repouso e contemplação.

O espaçamento de 40 (quarenta) quilômetros, em média, deverá ser observado e poderávariar em função dos seguintes fatores: volume, tipo de tráfego, extensão, tipo de via,distância da cidade e povoado, características climáticas da região e recursospaisagísticos do trecho.

As áreas de repouso e recreação deverão estar afastadas de linhas de transmissão,cabos de alta tensão, torres, cartazes de propagandas dentre outros e serem dotadas, nomínimo, de área de estacionamento para veículos, esplanadas sombreadas e bancos.

Na escolha dessas áreas de apoio ao usuário deverão ser observados os seguintesaspectos: topografia favorável, segurança do acesso, presença de nascente, cursosd’água, cachoeiras, formações geológicas, panorama, flora ou fauna típica regional eoutras ocorrências de interesse estético ou cultural.

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Por estarem distantes das cidades, dificultando assim sua manutenção, os materiais deconstrução utilizados nestas áreas de lazer devem ser resistentes, de fácil conservação ede grande durabilidade.

VI. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PROJETO PAISAGISTICO

6.1. O Paisagismo como Sinalização Viva

O “elemento vegetal” desde que agrupado convenientemente, passará a funcionar comouma “sinalização viva”, sendo capaz de transmitir ao usuário da via, maior segurança econforto. A aplicação prática constitui-se de:

• Arborização propriamente dita;

• Arborização como sinalização viva.

As figuras que serão apresentados ao final são puramente esquemáticas, fugindo-se dorigor geométrico quanto à disposição dos maciços vegetais.

É conveniente lembrar que a disposição linear de elementos vegetais é condenável e que,sempre que se utilizar o elemento vegetal tipo “ÁRVORE” deve-se respeitar osafastamentos dos bordos da via, nunca plantando junto ao acostamento, ou seja,utilizando sempre as áreas próximas à faixa de domínio.

Apresenta-se a seguir alguns exemplos de locais onde pode-se aplicar com vantagens oconceito acima exposto.

a) Curvas à direita e esquerda;

b) Pontes e Viadutos;

c) Barreira natural;

d) Realce das placas de sinalização vertical;

e) Trechos em tangente;

f) Curvas verticais (lombadas)

6.1.1 Curvas à Direita e à Esquerda

Admitindo-se que do lado externo da curva de uma via exista um maciço arbóreo,constituído por arbustos e árvores que aumentam, tanto na densidade como na altura, àmedida que se aproxima da bissetriz do ângulo formado pela concordância da curva, avisão que terá o motorista será da existência de um obstáculo à frente que caminha em

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sua direção. Essa sensação levará o motorista a reduzir sua velocidade instintivamente.(Vide Anexo, figura 6)

6.1.2 Pontes e Viadutos

Geralmente, nas pontes e viadutos é comum encontrar uma redução da plataforma emrelação à plataforma da via.

Para a maior segurança do tráfego, a velocidade dos veículos deverá ser reduzida nesteslocais. Para tanto, o elemento vegetal deverá ser agrupado convenientemente, ou seja,disposto em fileiras separadas entre si, com uma distância de ± 30 metros, convergindopara a pista de rolamento, de maneira a formar com o eixo da via, um ângulo de 45°.(Vide Anexo, figura 7)

6.1.3. Barreira Natural

É comum a presença de curvas acentuadas em regiões montanhosas.

A arborização adequada poderá minimizar um perigo potencial atuando como barreiranatural e sinalização viva. Para tanto, deverá ser utilizado nas faixas mais próximas aoacostamento da via o elemento vegetal do tipo “arbustivo” e nas áreas mais afastadas, dotipo “árvore”. (Vide Anexo, figura 8)

6.1.4. Realce das Placas de Sinalização Vertical

Através do plantio de maciços arbóreos por detrás da placa de sinalização vertical, pode-se obter o efeito ótico de torná-la mais conspícua (distinta) aos olhos do motorista.

Obviamente é importante manter uma distância adequada do maciço arbóreo em relaçãoà placa de sinalização, para que em caso de incêndio, a placa não seja danificada. (VideAnexo, figura 9)

6.1.5. Trechos em Tangente

Longos trechos em tangente podem levar o motorista a desenvolver velocidade superior àregulamentada para a via, além de tornar a viagem monótona e fatigante.

Tal situação pode ser amenizada através do plantio de maciços vegetais, ao longo dessestrechos, com a forma de triângulos ou trapézios, que podem variar de 200 a 300 metrosnos dois lados da pista de rolamento, sendo que seu vértice e o lado menorrespectivamente, deverão ser voltados para a pista de rolamento. (Vide Anexo, figura 10)

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6.1.6 Curvas Verticais

Nas concordâncias de curvas verticais (lombadas), dependendo do raio da curva, podeocorrer um fenômeno quando se aproxima do vértice da curva (cota máxima), dando aimpressão de que naquele ponto existe uma espécie de “trampolim”.

Dispondo adequadamente a vegetação pode-se amenizar os efeitos negativos destasituação, obtendo-se o efeito ótico de estreitamento da pista com conseqüente reduçãona velocidade. (Vide Anexo, figura 11)

6.2. O Uso das Gramíneas no Combate à Erosão

• Grama Forquilha ou Batatais

Manter a segurança do tráfego, consolidar o corpo estradal e proporcional belezapaisagística, são as principais funções do revestimento vegetal, ou gramação, além deproteger contra os agentes erosivos, principalmente em taludes e trevos.

Existe uma ampla variedade de gramíneas próprias para cobertura dessas áreas, quaissejam:

• Grama Seda ou de Burro – Cynodon Dactylon

• Grama de Macaé ou Pernambuco – Paspalum Maritimum

• Capim Gordura (roxo) – Melinis Minutiflora

• Capim Braquiária

• Grama Forquilha ou Batatais – Paspalum Nototatum

Segue a descrição da “grama forquilha”, que é a de melhor aproveitamento:

Grama Forquilha ou Batatais (nome científico: “Paspalum Notatum”) :

• definição: planta rústica, perene, herbácea, com 10 a 20 cm de comprimento,reproduz-se por sementes e floresce de outubro a março, nativa em toda a América doSul, possuindo forte vigor vegetativo.

• propagação: a grama forquilha, como todas as gramíneas, propaga-se através desementes. Esta espécie apesar de não perfilar bem, apresenta uma grande vantagemdevido ao seu bom aproveitamento quanto ao poder germinativo e fácil disseminação.

• sistemas de plantio:a) Sementes ou reprodução sexuada;

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b) Mudas ou estolões;

c) Touceiras ou tufos;

d) Leivas ou placas;

e) Hidrossemeadura.

a) Sistema por Semente ou Reprodução Sexuada

É o processo usado em regiões onde não existe grama ou o preço do transporte sejaoneroso.

Quando não se dispuser de equipamento apropriado, a semeadura da grama forquilhadeverá ser feita pelo processo manual de “lançamento”.

Para se conseguir nascimento e crescimento mais uniformes deve-se misturar àssementes, cinza ou areia.

A quantidade de semente a ser utilizada deverá ser de 10 à 20 kg/ha (10.000 m2).

È importante fazer a cobertura de toda a área semeada com capim fino e ralo, palha ouraízes, de forma a proporcionar à área semeada maior umidade (solo) e maior poder degerminação, evitando o escorrimento e assoreamento do terreno.

Não deverá se colocar terra sobre as sementes, após a semeadura. Na ausência deequipamento próprio para o espalhamento, deverá ser passado um galho de árvore sobrea área semeada, garantindo a umidade e proteção da semente contra insetos e pássaros.

b) Sistema de Mudas

Consiste na separação de pequenos “estolões” que nascem lateralmente ao “colmo”principal. Este processo é demorado e oneroso em função da mão de obra necessária,mas através da seleção das mudas consegue-se eliminar as pragas mais comuns àsgramas. O gasto é de cerca de 100 mudas/m2.

O plantio geralmente é feito em linha ou sulco e o terreno deverá ser preparado até o fim.É o processo mais indicado para áreas mais qualificadas, tais como praças e jardins.

c) Touceiras ou Tufos

É o processo intermediário entre o sistema de mudas e o de placas. Consiste no plantiode pequenas touceiras em sulcos abertos no solo. Em seguida, o mesmo deverá sercoberto com terra vegetal, fazendo-se por fim uma boa irrigação.

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Este processo dá ótimos resultados nas bordas dos acostamentos das vias rurais, sendobastante econômico e mais prático do que o anterior. Os espaços vazios entre astouceiras deverão ser preenchidos com terra vegetal. O gasto é de cerca de 50 touceiras/m2.

d) Leivas ou Placas

É o processo mais eficaz, mas é dispendioso devido à utilização da mão de obra etransporte. As etapas do trabalho são as seguintes:

d.1. Extração das Placas

• manual;

• mecânica.

A extração das placas deverá ser feita por pessoas que tenham habilidade para tal. Aespessura da placa deverá estar em torno de 10 cm.

d.2. Plantio

As placas de grama devem ser colocadas no terreno, já preparadas, umas junto àsoutras, como se fossem ladrilhos.

d.3. Compactação

Após sua colocação as placas deverão ser devidamente “acamadas”, com auxílio desoquetes mais leves, ou então deverá ser passado um rolo leve sobre a superfíciegramada.

d.4. Cobertura com Terra Vegetal

Depois de executada a compactação ou compressão das placas, o gramado deveráser revestido com terra vegetal, de forma a preencher os vazios entre as placas,proporcionando maior poder germinativo e proteção contra possíveis carreamentos deterra, em função da ação das águas provenientes de chuva ou irrigação.

d.5. Grampeação

Consiste em grampear cada placa com um pequeno sarrafo de bambu, usadosomente quando a área a ser gramada for inclinada, a fim de protegê-la dos possíveisdeslizamentos.

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e) Hidrossemeadura

A hidrossemeadura (“mulching”) consiste no lançamento através de jatos d’água,utilizando-se equipamento apropriado, das sementes misturadas ao “mulch”.

O “mulch” é um material composto de pasta contendo todos os nutrientes necessários àposterior fertilização, além de uma espécie de adesivo derivado do petróleo, queproporciona às sementes maior aderência ao solo.

Outra prática é a do uso do esterco de curral novo, ou outro material orgânico, colocadoem sulcos abertos na parede do corte, lançando-se em seguida o jato d’água com assementes e fertilizantes químicos.

A grande vantagem da hidrossemeadura é a rapidez. São necessárias apenas 2horas/homem, contra 16 horas/homem no método tradicional.

Existe ainda a “Jato Semeadura” que utiliza o processo mecânico de aspersão. Esteequipamento gasta em média 6 horas/homem/ha, em superfície plana.

6.3. Locais mais Indicados para Execução de Proteção contra a Erosão

a) Bordas de acostamento;

b) Proteção das obras de concreto;

c) Sopé de taludes em corte;

d) Descidas d’água;

e) Banquetas de terra;

f) Saias de aterro.

OBS.: Nos taludes de aterro onde geralmente existe proteção das muretas (canaletas oudescidas d’água) poderá ser utilizada uma faixa de grama na saia do aterro, aplicada peloprocesso de semeadura de capins nativos, tais como, gordura, jaraguá, ou braquiáriaassociado(s) ao plantio de capim tipo Napier, Guatemala ou Kikuio, em faixas ao longo dotalude, com abertura de sulcos igualmente espaçados.

Nas saias dos aterros poderá ser feito ainda o plantio intensivo de bambus que, emvirtude de seu sistema radicular, propicia a drenagem desejada nas áreas mais úmidas.

VII. INFORMAÇÕES PRÁTICAS SOBRE O PROJETO PAISAGÍSTICO

A plantação é o trabalho realizado, após o preparo do terreno e a abertura das covas,

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sendo necessário tomar certas medidas para que ela seja bem sucedida, tais como:

7.1. Dimensão da Cova

Varia de acordo com a natureza da muda e a condição física do terreno. As árvores queemitem um sistema radicular profundo deverão ser plantadas em covas mais profundasdo que aquelas cujas raízes se desenvolvem superficialmente.

A forma da cova é geralmente quadrada, mas poderá ser também circular, sendo quesuas dimensões variam de 0,60 (sessenta) a 0,90 (noventa) centímetros de diâmetro.(Vide Anexo, figura 12)

Essas dimensões podem ser maiores, dependendo da árvore a ser transplantada, quepode se apresentar como um enorme bloco de terra com raízes, cujo volume não permitaa utilização de covas com as dimensões acima. Neste caso, covas mais amplaspermitirão que as raízes fiquem bem dispostas e desdobradas.

O fundo deverá ser preenchido por uma camada de esterco ou terra fértil, de forma queas primeiras raízes encontrem uma reserva alimentícia que possa melhorar o vigorvegetativo da planta. A prática da abertura da cova consiste em:

a) Tirar a camada de terra vegetal (A) com 0,30 (trinta) centímetros, mais ou menos, deprofundidade e, depositá-la ao lado da cova;

b) Tirar a camada do subsolo (B) e, colocar do lado da cova;

c) Colocar a muda dentro da cova e, encher primeiro com terra vegetal (A) e depoissobre esta, colocar o subsolo (B). (Vide Anexo, figura 13)

7.2. Preparo da Muda

Cuidados especiais no preparo da muda, são essenciais para se obter bons resultados.As mudas que crescem densamente em sementeira natural, muito sombria, são quasesempre fracas, não suportando sol intenso, quando conduzidas para a margem da via.

A altura deverá ser observada, no arrancamento de uma muda. Em planta arbustiva, estanão deverá ser inferior a 0,60 (sessenta) centímetros, nem superior a 1,20 m (um metro evinte centímetros).

Na operação de arrancamento, deve-se cuidar para que seja conservado o sistemaradicular. Para cada 0,30 (trinta) centímetros de altura de caule deverão ser reservados0,08 (oito centímetros) para as raízes.

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As raízes finas necessitam de máxima proteção e, as maiores que se encontramesmagadas e quebradas, devem ser eliminadas.

O vento e o sol são prejudiciais às raízes. Por isto, o sistema radicular da muda deveráser envolvido com saco de estopa ou capim, logo após o arrancamento, para suaproteção.

O trabalho de transplantação deverá ser completado com a supressão parcial das folhas,na proporção de 1/2 ou 1/3 da copa, a fim de se evitar o desequilíbrio entre a transpiraçãoe assimilação clorofiliana.

7.3. Restabelecimento da Muda

Depois da colocação da muda dentro da cova, dever-se-á espalhar a terra vegetal emtorno da raiz e encher a cova com terra do subsolo, apertando-a levemente, formando emtorno do pé da muda uma bacia, para reter a água da chuva ou da rega.

O pé da muda, finalmente, deverá ser envolvido com uma camada de palha ou materialsemelhante, para diminuir a evaporação da umidade do solo. (Vide Anexo, figura 14)

7.4. Estabilidade da Muda

As árvores transplantadas deverão ser aparadas em seu primeiro ano, para que nãosofram com a ação do vento.

Deverá ser fincada ao chão, uma estaca bem forte, ao lado da árvore, presa por meio deamarrilhos. O tamanho da estaca deverá variar de acordo com a dimensão da mudaplantada, devendo sempre ser utilizada, quando a altura da muda for superior a 0,5 metro.(Vide Anexo, figura 15)

O vegetal plantado deverá ser inspecionado de vez em quando, para reparar estragosocasionados pelo vento ou outros agentes nocivos.

7.5. Espaço para o Plantio de Mudas

O espaçamento necessário para o plantio de mudas deverá variar de acordo com a suaespécie, conforme tabela a seguir:

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TABELA I

Distância para o Plantio de Mudas (metros)

Arvore de Copa Pequena 3 m x 3 mArvore de Copa Média 7 m x 7 mArvore de Copa Grande 10 m x 10 mArbusto Anão 0,50 x 0,50 mArbusto Médio 0,80 x 0,80 mArbusto Alto 2,00 x 2,00 m

7.6. Época do Plantio

O plantio de árvores deverá ocorrer em qualquer mês chuvoso. Já, a pior época para seplantar vai do fim da estação chuvosa ao início da estação seca, quando a planta sofrecom a falta de água e com a luz intensa do sol.

7.7. Tratamento Contra as Pragas

As mudas plantadas ao longo das vias rurais estão sujeitas ao ataque de insetosdaninhos, moléstias parasitárias e fungos. Larvas e lagartas são pragas que devem sersempre exterminadas. Quando houver ataque de parasitas e fungos deverão seraplicadas “caldas especiais” para preservar as plantas ou combater a moléstia.

7.8. Poda

A poda é feita para modificar o crescimento, reduzir o tamanho ou o vigor do vegetal (VideAnexo, figura 16).

O sistema radicular está relacionado muito intimamente com a copa da árvore e, quandoeste é pequeno, a copa também terá pouco volume.

No projeto paisagístico de vias rurais é recomendada a poda de formação e a deconservação.

A primeira consiste em dar uma forma à planta, desde o início do seu desenvolvimento,condizente com o local que lhe é destinado.

A segunda tem como finalidade suprimir ou reduzir os galhos quebrados ou supérfluos, demaneira a assegurar no interior da copa, o livre acesso ao ar e à luz (Vide Anexo, figura16).

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Os ramos deverão ser cortados em bisel (Vide Anexo, figura 17). O bisel deverá formarcom a direção do ramo um ângulo de 45º (quarenta e cinco graus), a fim de evitar adessecação do ramo.

É aconselhável fazer o aparo acima de uma gema do broto, para assegurar a circulaçãoda seiva na vizinhança e a cicatrização dos tecidos (Vide Anexo, figura 18). A podapraticada com técnica poderá auxiliar na formação e o embelezamento do vegetal.

7.9. Adubação

O solo das margens das vias rurais varia muito em relação à sua composição física equímica. Às vezes, atendendo as necessidades de trabalhos de construção, o solo éretirado permanecendo o subsolo exposto à chuva e ao sol, tornando-se compacto e duro,sendo necessária posterior adição de adubo para que a muda se desenvolva mais rápido.

Há casos que requerem adubos especiais, como por exemplo, um trecho brejoso eterrenos esgotados pelas culturas sucessivas.

O adubo de curral e a terra vegetal retirada dos picadões ou da mata, são os elementosfertilizantes mais econômicos. A dosagem correta está discriminada a seguir:

TABELA II

Quantidade de Terra ou Adubo por Vegetal

Tipo de Adubo por Vegetal Quantidade (em Kg)Esterco / Árvore 30 KgEsterco / Arbusto 10 KgTerra Vegetal / Árvore 50 KgTerra Vegetal / Arbusto 20 Kg

TABELA III

Tabela Prática para Adubação de Árvores

Diâmetroda Copa (m)

Quantidadede Adubo (g)

Diâmetroda Copa (m)

Quantidadede Adubo (g)

1,80 m 1,362 g 9,00 m 12,620 g2,40 m 1,816 g 12,00 m 27,700 g3,00 m 2,270 g 15,00 m 31,780 g4,20 m 4,540 g 21,00 m 68,100 g4,80 m 5,448 g 24,00 m 90,600 g5,40 m 6,257 g 27,00 m 113,500 g6,00 m 8,172 g 30,00 m 136,200 g

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7.9.1. Regras para Aplicação do Adubo

a) Nenhum adubo deverá ser enterrado muito fundo, mas levemente misturado com acamada superficial da terra;

b) Esterco de curral ou outro qualquer adubo orgânico não deverá ser aplicadosimultaneamente com adubos minerais, mas sempre com o intervalo de, pelo menos, 1(um) mês;

c) O adubo não deverá estar em contato direto com as raízes e não deverá ser misturadona época seca do ano, mas só quando houver alguma umidade próximo à planta;

d) Qualquer adubo exige um solo preparado para produzir bom efeito e o plantio perfeitoexige a retirada freqüente de ervas daninhas em torno do vegetal.

7.9.2. Potencial de Hidrogênio (PH) do Solo

O problema mais comum do solo está relacionado ao seu PH.

O PH é o Potencial de Hidrogênio que um solo tem e varia numa escala de valores quevai de 0 (zero) a 14 (quatorze).

Se o PH for igual a 7 (sete), o solo é considerado neutro. Abaixo de 7 (sete), indica que osolo é ácido. Acima de 7 (sete), o solo é tido como alcalino ou básico, sendo que para asplantas o índice ideal é por volta de 6,5 (seis e meio).

O PH de um solo pode ser determinado com o auxílio de um “peagômetro” (aparelho quemede o PH) ou através de análise laboratorial, bastando para tanto, enviar uma amostrado solo a um laboratório credenciado. Esta última opção é melhor, levando-se em contaque, além do PH, elementos como o nitrogênio, o fósforo e o potássio terão seus teoresdeterminados, verificando-se suas deficiências.

Dessa maneira, pode-se fazer a correção do PH e a adubação, de acordo com asnecessidades específicas do solo em questão. A maior parte dos solos brasileiros é ácida,tendo o seu PH entre 5 (cinco) e 5,5 (cinco e meio). Como o valor do PH ideal é de 6,5, háque se corrigir a acidez. Essa correção é feita usualmente com adição de cálcio oumagnésio, denominada “calagem”.

A calagem deverá ser feita 30 (trinta) dias antes do plantio, sendo que o melhor corretivoé o calcário - dolomítico. Pode-se utilizar ainda cinzas de madeira, cal virgem e escória desiderurgia.

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A quantidade a ser aplicada é determinada em função do PH encontrado no solo. No casode se utilizar o peagômetro, pode-se seguir a próxima tabela para a correção do solo.Esta tabela apresenta a quantidade de calcário necessária para se elevar o índice do PHdos vários índices relacionados, até 6,5 (seis e meio):

Tabela IV

Quantidade de calcário (g/m²) a ser adicionada para correção do PH

PH Solos Arenosos (g/m²) Solos Argilosos (g/m²) Solos Ricos em Matéria Orgânica (g/m²)4,8 100 200 5205,1 90 180 4805,3 80 160 4405,7 70 140 3606,0 40 80 2506,3 25 50 130

Por outro lado, o solo pode ser alcalino ou básico, ou seja, com o PH maior que 7 (sete).Para sua correção, pode-se utilizar “gesso residual” na dosagem 420 (quatrocentos evinte) g/m² ou ainda sulfato de ferro, na dosagem 150 (cento e cinqüenta) g/m², para aredução de até 1 (um) ponto no PH.

Alguns solos têm excesso de sal, especialmente em regiões áridas ou semi-áridas. Issopode impedir a germinação das plantas ou, se elas já estão instaladas, pode queimarsuas folhas e até mesmo matá-las. Deverá ser feita a irrigação periódica com águapotável.

VIII. A IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO NO COMBATE À EROSÃO

Erosão é a destruição do solo causada pela ação mecânica das águas que correm na suasuperfície. Os principais fatores que produzem a erosão nas vias rurais são:

a) Modificação feita nos traçados da via: danifica uma grande parte da vegetaçãomarginal, além de revolver o solo em vários pontos, deixando-o desprotegido aos agentesdestruidores.

b) Estudo insuficiente da drenagem: a via deverá ser construída de tal maneira que aságuas das chuvas se escoem de um modo natural sem se acumularem.

c) Falta de proteção à vegetação marginal: um solo coberto de vegetação não é corroídoporque cada planta, qualquer que seja a espécie, é sempre um obstáculo à erosão, nãosó pela sua raiz, como pelo seu caule, que oferecem resistência ao escoamento das

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águas.

d) Sulcos produzidos pelas máquinas de construção: estes sulcos podem dar origem agrandes erosões, motivo pelo qual devem ser separados sempre que possível,principalmente, se forem feitos nos pontos de declive.

e) Fogo na faixa marginal: do ponto de vista do meio-ambiente, o fogo é prejudicial àfaixa de domínio, pois deixa o terreno estéril, mais sujeito às enxurradas, portanto, àdesagregação, colocando em risco a estabilidade da pista de rolamento.

f) Caminhos e variantes abandonados: estes, uma vez não sendo mais utilizados, devemser quanto antes semeados de gramíneas. Pequenos cordões de terra de 10 (dez) em 10(dez) metros deverão ser construídos, se o terreno for inclinado, a fim de que as águaspluviais se depositem e não corram para a pista.

g) Topografia do solo: a declividade do solo é importante fator a ser considerado naformação das erosões, principalmente quando o declive é extenso. Nesse caso, o declivedeve ser fragmentado em pequenas porções, de modo a evitar a formação de um grandevolume de água, neutralizando-se assim, a sua velocidade.

O fenômeno da erosão é produzido pela ação da água sobre o solo, que vai pouco apouco se desgastando, aparecendo a princípio um pequeno sulco e depois um granderasgo na terra, podendo atingir até a rocha básica, se o solo for frouxo, sem consistênciae arenoso.

Atingindo esse ponto, a ação destruidora das águas, começa a exercer força sobre asparedes da vala formada, a qual se amplia cada vez mais, constituindo as voçorocas.

É necessário saber que a erosão é combatida principalmente com a vegetação, por seruma solução preventiva e econômica.

As medidas preventivas podem reunir-se à proteção da vegetação, não só da faixamarginal, como dos terrenos adjacentes, sendo constituídas por: aceiramento da faixa dedomínio de forma a se evitar as queimadas, suspensão da prática de capina em taludes,separação e semeadura dos sulcos deixados pelos veículos, evitar tanto quanto possívela abertura de variantes e semeá-las com gramíneas logo que não forem mais utilizadas e,organizar uma fiscalização que assegure à via rural proteção eficiente.

A faixa desmatada se cobre logo de uma vegetação graminácea, cujo vigor dependerá domaior ou menor grau de fertilidade do solo. Quando o terreno é muito pobre reponta a

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barba de bode, o rabo de burro. Proteger essas espécies vegetais é praticar trabalho decombate preventivo à erosão.

É bom salientar que os vegetais não podem se desenvolver em rampas muito íngremes, anão ser certas espécies, assim mesmo quando houver condições especialíssimas de soloe clima.

As espécies botânicas mais indicadas para solos pobres são capim gordura (MelinisMinutiflora); jaraguá (Hyparrhenia Rufa); grama de Macaé (Paspalum Falcatum); gramaseda (Cynodon Dactilon); capim barba de bode (Aristida Polens); capim chorão(Eragrostis Curvula); capim cidreira (Cymbopogon Citratus); capim favorito(Rhynchelytrum Roseum); grama batatais (Paspalum Notatum); capim Kikuio (PennisetumClandestinum); Margaridinha (Wedelia Paludosa).

As plantas seguintes são utilizadas para a consolidação rápida das voçorocas, querplantadas nos taludes, quer no fundo onde existe geralmente umidade: Crindiuva (IreneMacrantha); Embaúva (Cecropia sp); Jaborandi (Piper sp); Cipó de São João (PyrostegiaIgnea); Cinamomo (Melia Azedarack); Ingazeiro (Ingá sp); Sangue de Dragão (CrotonUrucurana); Lírio do Brejo (Hedychium Coronarium); Unha de Vaca (Bauhinea Forticata);Samambaia (Pteridium Aquilinum) e os maracujás de várias espécies.

IX. ESPÉCIES DE VEGETAIS MAIS RECOMENDADAS PARA A PLANTAÇÃO NAFAIXA DE DOMÍNIO

9.1. IPÊ ROXO

NOME CIENTÍFICO: Tecoma Impeliginosa

FAMÍLIA: Bignoniáceas

É uma árvore de porte médio de crescimento rápido, cujo tronco se apresenta revestidode casca grossa e rugosa. Folhas digitadas com pecíolo mais ou menos longo e folíolosoblongos com ápice acuminado. Flores agrupadas em umbelas axilares roxo-claras.

É uma árvore ornamental, muito própria para a margem das vias rurais. Deverá serplantada em grupos alternados.

9.2. IPÊ AMARELO

NOME CIENTÍFICO: Tecoma Umbelata

FAMÍLIA: BignoniáceasÁrvore de porte regular, crescimento lento. Adapta-se bem a uma mudança de lugar.

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Folhas compostas de cinco folíolos, caindo no inverno. Sua floração é entre agosto esetembro. Pode ser plantada em grupos ou isoladas.

9.3. IPÊ DO CERRADO

NOME CIENTÍFICO: Tecoma Araliacea

FAMÍLIA: BignoniáceasÁrvore de porte médio, com tronco nodoso e casca esbranquiçada. Folhas longo-pecioladas, compostas por cinco folíolos digitiformes. Flores amarelo pálido queaparecem entre julho e agosto. É um vegetal, que deve ter especial atenção paraarborização rodoviária, em zona de cerrado, não só pela grande rusticidade queapresenta, mas também pela precocidade de floração (3º ano de idade) e beleza daárvore durante o inverno, época que a vegetação do cerrado está praticamente seca.Pode ser plantada isolada, em grupos ou maciços.

9.4. QUARESMEIRA

NOME CIENTÍFICO: Tibouchina Sellowiana

FAMÍLIA: Melastomáceas

Arbusto ou pequena árvore com vastas folhagens verde-escuro e flores abundantíssimasroxo-escuras. Floresce de fevereiro a março, sendo uma planta essencialmenteornamental devido o seu porte gracioso e a grande duração das flores. Por ser umaárvore frágil ao vento deverá ser plantada em grupos ou maciços.

9.5. SUCUPIRA DO CERRADO

NOME CIENTÍFICO : Bowdichia Virgilióides

FAMÍLIA: Leguminosa

Também conhecida como sucupira preta, é um vegetal de porte baixo e crescimentolento. Perde suas folhas no inverno e suas flores roxo-escuras brotam algumas vezesquase em ramos. É ideal para arborização das vias rurais em zona de cerrado, por serárvore de solo pobre e arenoso.

9.6. ANGICO DO CERRADO

NOME CIENTÍFICO: Piptadenia MacrocarpaFAMÍLIA : LeguminosaÁrvore contorcida, com casca grossa, de bonito porte com 5 a 6 metros de altura. Folhas

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recompostas com vários pares de folíolos. Flores reunidas em cachos axilares eterminais, aromáticas e alvas. Floração de dezembro a janeiro, indicada para terreno decerrado. Os angicos são tidos no interior, como indicadores de terra de qualidade inferior.

9.7. PRIMAVERA

NOME CIENTÍFICO: Bougainvillea Glabra

FAMÍLIA: Nictagináceas

Vegetal de porte variado, apresentando os ramos inclinados, pendentes, ideal paracaramanchões. As folhas são roxas, elípticas e com ápice acuminado. A floração é entreoutubro e dezembro. A Bougainvillea é uma planta muito decorativa. Quando plantada emgrandes maciços alternados na faixa de domínio pode embelezar muito a paisagem.

9.8. SIBIPIRUNA

NOME CIENTÍFICO: Caesalpina Peltophoroides

FAMÍLIA: Leguminosa

Árvore de porte regular, folhas duplopinadas, flores terminais de cor amarelada, queaparecem entre setembro a novembro. É uma árvore indígena, muito apropriada àarborização, valorizando o sítio onde vegeta, através da delicadeza de sua folhagem edas inúmeras flores.

9.9. PINHEIRO DO PARANÁ

NOME CIENTÍFICO: Araucaria Angustifolia

FAMÍLIA: AraucaricáceasÁrvore de grande porte, ultrapassando os 30 (trinta) metros de altura, folhas escamosas,flores em cachos cônicos. Floração no mês de agosto e setembro. Comum na região deBarbacena e Serra da Mantiqueira. É recomendada a plantação em grupo maciço ouisolada.

9.10. JATOBÁ

NOME CIENTÍFICO: Hymenaea Silbocarpa

FAMÍLIA: Leguminosa

Árvore de grande porte, atingindo mais de 20 (vinte) metros de altura, própria paraarborização. Flores pequenas, esbranquiçadas, reunidas em cachos duros. Esta espécie

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prefere terreno alto e deverá ser plantada com afastamento de uma árvore a outra, depelo menos 10 (dez) metros.

9.11. SUINÃ

NOME CIENTÍFICO: Erythrina Falcata

FAMÍLIA: Leguminosa

É uma árvore de grande porte, tronco reto e galhos irregularmente dispostos, formandoassim uma copada irregular. As flores são avermelhadas e abundantes aparecendo emagosto. As sementes podem ser semeadas diretamente em covas na margem da estrada.Recomenda-se a plantação em grupos. Deverá ser usada em seu verdadeiro habitat, queé o Leste Sul do Estado de Minas. Necessita de muito sol.

9.12. CHUVA DE OURO

NOME CIENTÍFICO: Cassia Ferrugina

FAMÍLIA: Leguminosa

Árvore de porte médio, silhueta irregular, flores em cachos com até 20 cm decomprimento, na cor amarela. As sementes são de fácil germinação se forem semeadaslogo após a colheita dos frutos. É uma ótima espécie para plantio, podendo ser semeadadiretamente no local escolhido.

9.13. FLAMBOYANT

NOME CIENTÍFICO: Poinciana Régia

FAMÍLIA - Leguminosa

Árvore de grande porte, com ampla ramificação, produzindo esplêndida sombra. É vegetalde clima quente, com folhas grandes, compostas de numerosos de folíolos ovais. Floresvermelhas ou amareladas, formando grande cachos com belo efeito ornamental. Pode serplantada isolada ou em pequenos grupos, mas sempre afastada de obras de arte, porqueseu sistema radicular é muito vigoroso e se espalha por uma grande área, prejudicandocalçadas e muros de arrimo.

9.14. GUAPURUVU

NOME CIENTÍFICO: Schyzolobium parahyba

FAMÍLIA – LeguminosaÁrvore de grande porte e crescimento rápido, também conhecimento com Fava Divina.

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Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS

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Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 27/39 07/11/07

Sua folha é dupla, grande, com flores amarelas e reunidas em panículas axilares.Floresce de setembro a novembro. O Guapuruvu é mais belo quando cresce isolado,alcançando grande altura e ampla copa. Pode ser multiplicado pela semeadura direta nolocal definitivo, podendo ser plantado em grupos.

9.15. PAINEIRA

NOME CIENTÍFICO: Chorisia Speciosa

FAMÍLIA: Bombacáceas

Árvore de grande porte, muito ornamental quando florida, de crescimento rápido, comumna mata Atlântica. Flores grandes e vistosas, de cor rosa, aparecem entre fevereiro eabril. A plantação pode ser feita através de mudas (viveiros) ou através de sementes.

É espécie de constituição frágil, por isso deve ficar em local protegido de vento forte. Suasfolhas caem no inverno, mas em compensação o seu aspecto se torna muito ornamental,pois apresenta capulhos de paina branca esvoaçantes e bem visíveis à distância.

9.16. AROEIRA

NOME CIENTÍFICO: Astronium Fraxinifolium

FAMÍLIA: Anacadiaceas

Árvore de porte médio, crescendo mais em solo fértil, e menos em solo de segundacategoria. Folhas compostas, 3/6 pares de folículos e um terminal. Flores alvacentes ereunidas em panículas auxiliares. É uma espécie bastante rústica e a plantação deveráser feita em pequenos grupos maciços.

9.17. UNHA DE VACA

NOME CIENTÍFICO: Bauhinia Forticata

FAMÍLIA: Leguminosa

Arbusto ou árvore pequena, com folhas bilobadas, semelha ao pé de boi. Flores grandes,brancas e perfumadas, com vagem que se abre quando madura, repentinamente,lançando as sementes a uma grande distância. Esta árvore é encontrada em todo oEstado. É uma ótima planta para ornamentação, devendo ser utilizada nos trechos deserra, onde geralmente é mais encontrada. Pode ser plantada nas proximidades dosbueiros e saias de aterros.

Page 26: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

DEPARTAMENTO DE VIAS RURAISDE RODAGEM DOESTADO DE MINAS GERAIS

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT.01.28

Sistema: PROJETO E OBRAS Unidade Emissora: DG/GNT

Assunto: PROJETO PAISAGÍSTICO PARA VIAS RURAIS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 28/39 07/11/07

9.18. FIGUEIRA

NOME CIENTÍFICO: Ficus Pohliana

FAMÍLIA: Moráceas

Árvore de grande porte, podendo atingir dimensões gigantescas. A copa é ampla eramosa, sendo as flores grandes, ovais, lisas e brilhantes. A madeira dessas figueiras, emgeral apodrece rapidamente, sendo mesmo assim, aproveitada para fazer cochos, egamelas.

Esta árvore tem grande poder de fixação ao solo devido ao seu vasto sistema radicular e,como está sempre frutificada, se constitui num verdadeiro celeiro às aves canoras. Suasfolhas caem no inverno e sua brotação nos meses primaveris constitui um belo espetáculoda natureza.

9.19. EMBIRUÇU DO CERRADO

NOME CIENTÍFICO: Bombax Gracilipes

FAMÍLIA: Bombacáceas

Árvore de porte mediano, bem copada, tortuosa, com tronco revestido espessamente porcortiça. Tem folhas grandes, palmadas, esbranquiçadas, sendo avermelhadas no início dabrotação. Suas flores são grandes, esbranquiçadas. É uma excelente árvore paraarborização nas zonas de cerrado, não só pela multiplicação fácil, mas também pelasilhueta tortuosa. Deve ser plantada em grupos.

X. VIGÊNCIA

Esta Recomendação entra em vigor em 28/10/2005, revogando as disposições emcontrário..

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ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 29/39 07/11/07

Plantio em Linha

F IG U R A 1

Page 28: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 30/39 07/11/07

Plantio em Curva

F IG U R A 3

C o r te s n a v e g e ta ç ã o e x is te n te s ã o v á l id o s q u a n d o d e s t in a d o s a r e v e la r p a is a g e n s d e o u tro m o d o e s c o n d id a s

F IG U R A 2

Page 29: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 31/39 07/11/07

Plantio em Curva

P E R F I LF I G U R A 5

C o r te s n a v e g e ta ç ã o e x i s t e n te s ã o v á l id o s q u a n d o d e s t in a d o s a r e v e la r p a i s a g e n s d e o u tr o m o d o e s c o n d id a s

C O R T EF I G U R A 4

Page 30: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 32/39 07/11/07

F IG U R A 6

Curvas à Direita à Esquerda

Page 31: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 33/39 07/11/07

Plantio Próximo à Ponte

F I G U R A 7

4 5 º

Page 32: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 34/39 07/11/07

F IG U R A 8

Barreira Natural

Page 33: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 35/39 07/11/07

Realce das Placas de Sinalização

P L A C A

F I G U R A 9

P L A C A

Page 34: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 36/39 07/11/07

F IG U R A 1 0

Trechos em Tangente

Page 35: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 37/39 07/11/07

Curvas Verticais

Técnicas de Plantio

CO TA M Á XIM A

FIG UR A 11

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ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 38/39 07/11/07

Técnicas de Plantio

T e r ra v e g e ta l o u c a m a d a a rá v e l

F IG U R A 1 4

C a m a d a d e te r ra v e g e ta l

A s ra íz e s f ic a m l iv re n a s c o v a s

B

S u p o r te o u tu to r

P ro te ç ã o a o s o l, a o v e n to e a á g u a

S u b - s o loA

B

F IG U R A 1 5

A n e l d e te r ra

P a lh a

A

A m a rr i lh o C o n c a v id a d e p a ra á g u a

F IG U R A 1 3

T a m a n h o u s u a l d a s c o v a s

D in a m ita r o te r re n o s e fo r m u ito c o m p a c to

90 c

m 6 0 c m

F IG U R A 1 2

Á rv o re s d e 9 0 X 9 0 X 9 0 c m

9 0 c m

A rb u s to s d e 6 0 X 6 0 X 6 0 c m

60 c

m

T e rm in a r c o m "B " e m s e g u n d o

lu g a r E n c h e r c o m "A "

e m p r im e iro lu g a r

S u b - s o lo

B

Sol

o

A

P r e e n c h im e n to

Page 37: Projeto Paisagistico Para Vias Rurais

ATO NORMATIVO

Denominação do Ato: RECOMENDAÇÃO TÉCNICA Código: RT – 01.28.

Assunto: ANEXOS

Assinatura das Autoridades

Engª Selma Schwab Engº Nelson de Andrade ReisCoordenadora do GNT Vice-Diretor Geral 39/39 07/11/07

Poda de Árvores

A poda do galho "A" é praticada no ponto "M", sendo o corte feito junto ao tronco. Caso este corte fosse feito no ponto "N" restaria um toco "t" que seria prejudicial e antiestético. Nas mesmas condições se encontra o galho "B". O galho "C" deve ser retirado por partes para melhor ventilação da copa. Num ano, deve ser feito o corte em "d", e noutro ano em "h", para remoção de galhos velhos. Os galhos verticilados "D" devem ser suprimidos, um em cada poda.

O corte " E " deve ser feito em forma de bisel

Árvore depois de podada

Corte errado

FIGURA 17

Corte certoE

A B

FIGURA 18

Ôlho ou GemaDire

ção

do R

amo

45°

FIGURA 16

C

Nt

MN

A

h

B

Limite da poda

d D