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Projeto Mosquitoeira Ecológica Introdução: Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 27, 2016 DENGUE O Brasil registrou, até 09 de julho, 1.399.480 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.441.131 casos, o que representa uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período de 2015. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 837.400 casos e 295.036 casos, respectivamente. Em seguidas estão as regiões Centro-Oeste (154.359), Sul (76.465) e Norte (36.220). O atual boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (SE 27) apresenta 419 óbitos pela doença em 2016, contra 789 no mesmo período do ano anterior. Os números representam uma redução de 46,9% dos óbitos por dengue no país. Também houve redução nos casos de dengue grave (55,6%), que passou de 1.441 casos no ano passado para 639 este ano, e nos casos com sinais de alarme a queda foi de 67,3%, passando de 19.149 casos para 6.253 registros em 2016. CHIKUNGUNYA Foram notificados, até 09 de julho, 169.656 casos prováveis de Chikugnunya. A taxa de incidência neste período é de 83 casos por 100 mil habitantes. No mesmo período de 2015, foram 16.997 casos. Neste ano, foram registrados 38 óbitos pela doença, nos estados de Pernambuco (25), Rio Grande do Norte (5), Paraíba (2), Rio de Janeiro (2), Ceará (2) e Maranhão (1). Os óbitos estão sendo investigados detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores associados com a febre, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre outros. A transmissão da Febre Chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil no ano de 2014. ZIKA Foram 174.003 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país, até o dia 09 de julho. Isso representa uma taxa de incidência de 85,1 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente quatro óbitos por vírus Zika no país, sendo três no ano passado e um em 2016. A transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015, com a confirmação laboratorial no município de Camaçari (BA). O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos de Zika em fevereiro deste ano. Desde então, estados e municípios vinham preparando seus sistemas de registros para encaminhar estas notificações ao Ministério da Saúde. Antes disso, o monitoramento do vírus Zika era realizado por meio de vigilância sentinela.

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Page 1: Projeto Mosquitoeira Ecológica · dengue-com-garrafa-pet/ Execução do Projeto: Os jovens foram divididos em equipes mistas (Lobinhos, Escoteiros e Seniores). Foi explicado o Modo

Projeto Mosquitoeira Ecológica

Introdução:

Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 27, 2016

DENGUE – O Brasil registrou, até 09 de julho, 1.399.480 casos de dengue. No

mesmo período de 2015, esse número era de 1.441.131 casos, o que representa uma queda

de 2,9% em relação ao mesmo período de 2015. Considerando as regiões do país, Sudeste

e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 837.400 casos e 295.036 casos,

respectivamente. Em seguidas estão as regiões Centro-Oeste (154.359), Sul (76.465) e

Norte (36.220).

O atual boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (SE 27) apresenta 419

óbitos pela doença em 2016, contra 789 no mesmo período do ano anterior. Os números

representam uma redução de 46,9% dos óbitos por dengue no país. Também houve

redução nos casos de dengue grave (55,6%), que passou de 1.441 casos no ano passado

para 639 este ano, e nos casos com sinais de alarme a queda foi de 67,3%, passando de

19.149 casos para 6.253 registros em 2016.

CHIKUNGUNYA – Foram notificados, até 09 de julho, 169.656 casos

prováveis de Chikugnunya. A taxa de incidência neste período é de 83 casos por 100 mil

habitantes. No mesmo período de 2015, foram 16.997 casos. Neste ano, foram registrados

38 óbitos pela doença, nos estados de Pernambuco (25), Rio Grande do Norte (5), Paraíba

(2), Rio de Janeiro (2), Ceará (2) e Maranhão (1). Os óbitos estão sendo investigados

detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores associados com a

febre, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre outros. A

transmissão da Febre Chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil no ano de

2014.

ZIKA – Foram 174.003 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país,

até o dia 09 de julho. Isso representa uma taxa de incidência de 85,1 casos a cada 100 mil

habitantes. Foram confirmados laboratorialmente quatro óbitos por vírus Zika no país,

sendo três no ano passado e um em 2016.

A transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015,

com a confirmação laboratorial no município de Camaçari (BA). O Ministério da Saúde

tornou compulsória a notificação dos casos de Zika em fevereiro deste ano. Desde então,

estados e municípios vinham preparando seus sistemas de registros para encaminhar estas

notificações ao Ministério da Saúde. Antes disso, o monitoramento do vírus Zika era

realizado por meio de vigilância sentinela.

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A região Sudeste teve 67.544 casos prováveis da doença, seguida das regiões

Nordeste (66.991); Centro-Oeste (26.674); Norte (10.944) e Sul (1.850). Considerando a

proporção de casos por habitantes, a região Centro-Oeste fica à frente, com incidência de

172,7 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (118,4); Sudeste (78,8); Norte

(62,6); Sul (6,3).

Mosquitoeira Ecológica

Objetivo:

Reutilização de garrafas PET de dois litros para confecção de armadilhas para

contenção das larvas do mosquito Aedes Aegypti, conhecidas como Mosquitoeira

Ecológica, para combate a este vetor, antecipando o período de chuvas, e com isso reduzir

os casos das doenças Dengue, Zika e Chikungunya.

Materiais:

Garrafa pet

Tecido microtule

Arroz triturado

Água

Fita Adesiva

Modo de Preparo:

Como fazer uma Armadilha para mosquito da dengue caseira e com garrafa Pet

reciclada

1° pegue uma garrafa PET de 2 litros e corte-a ao meio, para transformá-la em

um funil e um copo.

2° Retire o anel da ponta da garrafa sem quebrá-lo. Ele terá utilidade mais

adiante.

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3° Lixe o interior do funil até que ele fique bem embaçado, com a superfície

áspera.

4° Recorte de um pedaço de +/- 7cm x 7cm de microtule ou de tela mosquiteiro

fina com a trama (furinhos) de no máximo 1mm de diâmetro.

Depois cubra a boca do funil com essa telinha, e use o anel (que retirou no 2°

passo) para prender. Depois com uma tesoura retire as sobras ao redor do anel. Veja foto

(ampliada) a seguir.

IMPORTANTE:

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– o microtule é um tecido mais fino que o tecido tule (filó), usado para fazer véu

de noiva.

DICA: algumas pessoas estão vendendo tule (tecido usado para fazer o véu de

noiva) como se fosse microtule, então sugerimos que chegue na loja e peça o tule, para

depois então, pedir o microtule. Assim poderá comparar e ter certeza de qual é o

microtule; aquele que tem a trama (furinhos) menor que o tule.

– a tela-mosquiteiro fina é aquela que se usa nas janelas para impedir a entrada

de mosquitos, mas, é importante que a trama (furinhos) dessa tela não tenha o diâmetro

maior que 1mm. =>

5° pegue dois grãos de arroz, e com a ajuda de uma colher, esmague-os.

Depois coloque os pedacinhos dentro da parte de baixo da garrafa, que agora

serve como um copo.

6° depois de ter colocado os pedacinhos de arroz esmagados dentro do copo

(parte de baixo da garrafa), coloque o funil com a ponta virada para baixo até tampar a

boca do copo.

Depois prenda o funil no copo usando fita adesiva. Essa emenda deve ser vedada

totalmente.

Não pode deixar nenhum vão nessa união. Se precisar dê duas voltas com a fita

adesiva, para prender e tampar bem a boca do copo com o funil.

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7° Calcule mais ou menos o meio do copo, faça uma marca e preencha com água

limpa até essa marca.

Pronto, sua Mosquitérica está pronta para ser usada.

Agora, onde colocar a mosquitérica?

Resposta: sempre na sombra. De preferência dentro de casa ou bem próximo, em

local sombreado (lembre-se que os Aedes Aegypti são mosquitos domésticos,

encontrados principalmente atrás de cortinas, móveis e em locais próximos ao chão).

IMPORTANTE: as fêmeas hematófagas dos mosquitos percebem onde está a

fonte de alimento pelo calor emitido pelas partes descobertas do corpo, calor este

detectado por cerdas anatômicas dos mosquitos que funcionam como sensores de infra -

vermelho. Portanto, se alguém está com dengue e desenvolve febre é sinal que está com

viremia (carga viral alta no sangue).

Com febre, a aura de infra vermelho do corpo é maior e, portanto, é melhor

percebida pelas fêmeas, que ao sugarem o sangue dessas pessoas infectam-se e vão

infectar outras pessoas.

Por isso, o uso de mosquiteiros nas camas de pacientes com suspeita de dengue

deveria ser uma providência de caráter obrigatório!

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Manutenção – Após uma semana de uso, é bem provável que já tenha alguma

desova do mosquito na Mosquitérica.

Para que esses ovos “nasçam”, é preciso aumentar o nível da água. Então,

coloque mais uns dois ou três centímetros de água.

Depois, com o tempo, o nível da água vai diminuindo (evaporando) até chegar

novamente ao primeiro nível. Quando isso acontecer, você pode repetir o processo

colocando mais água, ou descartar a água conforme as instruções a seguir:

Como fazer o descarte da água: Primeiro, agitar bem a Mosquitérica para matar

(afogado) qualquer mosquito que tiver se desenvolvido dentro dela, depois abri-la

retirando a fita adesiva e despejar toda a água com os mosquitos mortos, larvas e etc. na

terra, em um buraco com +/- 10cm de profundidade. Depois cubra esse buraco com a

terra. Se não tiver chão de terra para fazer isso, pode ser em um vaso grande de +/- 20

litros ou maior.

Se não tiver terra, após agitar a água para “afogar” os mosquitos adultos

presentes, coloque detergente na água, agite e observe as larvas morrerem, ficando

imobilizadas. Então o líquido pode ser descartado no vaso sanitário.

Use sua Mosquitérica o tempo que for necessário, até perceber que não aparecem

mais mosquitos nela, e confirmar que em sua região não existe mais nenhum caso de

Dengue. Mas, lembre-se, nunca deixe nenhuma coisa que possa ficar com água parada e

descoberta; só assim poderemos acabar com a proliferação desse mosquito transmissor

de doenças sérias.

ATENÇÃO:

Como em biologia não há nada absoluto, pode ocorrer de uma ou outra larva

ficarem fora do padrão de tamanho, e com isso aparecerem no funil, acima da tela de

microtule. Caso isto aconteça, é só descartar na terra e depois repor a água.

Por isso, não é só fazer a mosquitérica, mas faz parte do processo de cidadania

responsável vigiá-la, pelo menos, a cada 3 dias.

Se a população abraçar essa causa, de forma unânime, em um mês acabaremos

com os Aedes Aegypti em nosso ambiente.

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Obs.: Esse manual contou com a colaboração da Profa. Maria Isabel Liberto, do

Instituto de Microbiologia da UFRJ.

Fonte: http://www.vidasustentavel.net/reciclagem/armadilha-para-mosquito-da-

dengue-com-garrafa-pet/

Execução do Projeto:

Os jovens foram divididos em equipes mistas (Lobinhos, Escoteiros e Seniores).

Foi explicado o Modo de Preparo do produto e cada membro da equipe foi

confeccionando sua Mosquitoeira Ecológica, com supervisão dos chefes e com auxílio

mutuo dentro da própria equipe. Conforme fotos abaixo:

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Posteriormente à confecção, devidamente acompanhadas pelos chefes, as

equipes saíram na vizinhança para entrega de panfletos, das Mosquitoeiras Ecológicas

produzidas e explicando para a população sobre o funcionamento deste produto, como foi

feita a produção, a sua utilização, os cuidados e manutenção. Conforme fotos abaixo:

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Tendo como produto final:

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Veiculação midiática:

http://www.douradosnews.com.br/dourados/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-

aegypti/1063074/

http://www.douradosagora.com.br/noticias/dourados/grupo-escoteiro-sao-jorge-faz-acao-contra-dengue

https://www.agorams.com.br/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-aegypti/

http://www.folhadedourados.com.br/noticias/dourados/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-

aedes-aegypti

http://plantaodoms.com.br/noticia/variedades/5147/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-

aegypti

https://www.msemfoco.com.br/cidades/dourados/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-

aegypti/

http://www.estadonoticias.com.br/escoteiros-realizam-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-aegypti-em-

dourados/

http://www.tribuna1.com/grupo-escoteiro-sao-jorge-realiza-mutirao-de-prevencao-ao-aedes-aegypti/

http://www.diariodigital.com.br/videos/grupo-de-escoteiros-contra-a-dengue/14493/