projeto - farinha de mandioca
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1. JUSTIFICATIVA
As pequenas agroindstrias que beneficiam mandioca desempenham um papel
fundamental para o desenvolvimento do pas. O beneficiamento da mandioca uma atividade
que comeou a ser praticada no Brasil pelos seus primeiros habitantes, os ndios. Esses
desenvolveram tcnicas para transformar certa espcie de mandioca imprpria para o
consumo humano em alimentos que hoje so consumidos em vrios pases, em forma de
farinha e derivados. (EFIGNCIA et al., 2009)
Na Amaznia toda a produo de mandioca est voltada, quase que totalmente para a
produo de farinha, que um dos alimentos bsicos da populao juntamente com o peixe.
Por isso, est entre as cinco principais culturas cultivadas na regio, correspondendo a 10,5%
da rea total cultivada. O Amazonas o principal produtor na regio com cerca de 68%, em
mdia, da rea cultivada com o produto, seguido do Acre com 14%. A produtividade gira em
torno de 15 toneladas por hectare que mesmo sendo superior mdia nacional que de 14,7
t/ha, ainda considerada baixa quando comparada com a de pases africanos e asiticos
(CARVALHO, 1987).
Mais de 80 pases produzem mandioca, sendo que o Brasil participa com mais de 15%
da produo mundial. De fcil adaptao, a mandioca cultivada em todos os estados
brasileiros, situando-se entre os nove primeiros produtos agrcolas do Pas, em termos de rea
cultivada, e o sexto em valor de produo (CEREDA, 2001).
Para a fabricao da farinha de qualidade, o produtor precisa observar os
procedimentos recomendados para o processamento de alimentos: localizao adequada da 15
unidade de processamento, utilizao de medidas rigorosas de higiene dos trabalhadores na
atividade; limpeza diria das instalaes e equipamentos; matria prima de boa qualidade;
tecnologia de processamento, embalagem e armazenagem adequada (CEREDA, 2001).
A farinha de mandioca possui um teor de fibras celulsicas que as tornam interessante
como alimento funcional. Corra (2000) verificou que as fibras alimentares influenciam o
volume e o peso da excreo fecal, o tempo de trnsito intestinal, a taxa de esvaziamento do
estmago e a frequncia de defeco. Ao lado destes efeitos considerados desejveis, as fibras
reduzem a digestibilidade das protenas e afetam a absoro de minerais.
Este projeto tem como objetivo verificar a viabilidade de implantao..............
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2. ESTUDO DO MERCADO DO PRODUTO
2.1 FUNDAMENTAO TERICA
O desenvolvimento de produtos orientado pelo mercado, imprescindvel para empresas
que almejam um desempenho diferenciado, exige o aperfeioamento contnuo dos processos
associados compreenso do mercado e ao planejamento da linha de produtos. Neste
contexto, o acesso das empresas tecnologia de pesquisa de mercado adequada s suas
necessidades to vital quanto tecnologia de produtos e processos (POLIGNANO,2003).
Estudo de mercado corresponde ao estudo da viabilidade mercadolgica para o bom
desempenho da empresa em questo. No linguajar empresarial, mercado significa um
conjunto de pessoas e empresas que compem o universo de um determinado segmento da
economia. O mercado pode ser definido em: mercado consumidor, mercado fornecedor e
mercado concorrente (EMBRAPA, 2003).
Um mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma
necessidade ou desejo especficos, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaa
essa necessidade ou desejo. Assim, o tamanho do mercado depende do nmero de pessoas que
mostram a necessidade ou desejo, que tm recursos que interessam a outros e esto dispostos
e em condio de oferecer esses recursos em troca do que desejam (KOTLER, 1998).
A pesquisa de mercado a forma adequada de conhecer, com segurana e detalhes, o
universo onde o empresrio ir atuar. Por meio dela, possvel definir o consumidor potencial e
o que ele espera do produto. H quatro mtodos utilizados na pesquisa de mercado: entrevista,
inqurito, observao e questionrio (EMBRAPA, 2003).
Neste projeto de estudo da viabilidade de implantao de uma fbrica de farinha de
mandioca, foi utilizado o mtodo de questionrio, que consiste na pesquisa da opinio de
pessoas atravs de um questionrio escrito a ser respondido pela pessoa entrevistada.
O objetivo deste estudo de mercado identificar as tendncias e expectativas do
mercado onde ser implantada a indstria, e por consequncia diminuir o risco a respeito de
planos de venda e tambm decidir o modo que mais favorea o consumidor a comprar.
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1.1. DADOS SECUNDRIOS
1.1.1. Estudo sobre a agroindstria da mandioca.
As pequenas agroindstrias que beneficiam mandioca desempenham um papel
fundamental para o desenvolvimento do pas. O beneficiamento da mandioca uma atividade
que comeou a ser praticada no Brasil pelos seus primeiros habitantes, os ndios. Esses
desenvolveram tcnicas para transformar certa espcie de mandioca imprpria para o
consumo humano em alimentos que hoje so consumidos em vrios pases, em forma de
farinha e derivados (SANTOS et al., 2009)
No setor agroindustrial, o beneficiamento da mandioca vem ganhando visibilidade. O
agronegcio de mandioca, no Brasil, garante uma receita bruta de 2,5 bilhes de dlares e 1
milho de empregos diretos. Entre os produtos 33,9% corresponde alimentao humana;
50,2% alimentao animal; 5,7% outros usos e 0,2% exportao, havendo uma perda de
10%; sendo que 95% das propriedades derivam das bases familiares (CUNHA, 2007).
A relevncia econmica dessa agroindstria vem crescendo nos ltimos anos
decorrente, principalmente, dos processos que procuram agregar valor no beneficiamento da
mandioca, utilizando-a como matria-prima em diferentes reas (PEDUZZI, 2009).
Observando os dados de produo de mandioca no Brasil (Tabela 1), nota-se um
crescimento mdio de 4,2% nos ltimos cinco anos. Este movimento representa uma
recuperao gradativa das perdas sofridas na segunda metade da dcada de 90, quando o setor
sofreu um grande abalo no volume produzido. As oscilaes para baixo, que remontam ao
incio dos anos 70 (quando os nveis de produo atingiam 30 milhes de toneladas),
deveram-se substituio da farinha de mandioca por massas (como macarro, cuja base a
farinha de trigo) na alimentao do brasileiro e substituio dos preparados base de raizes
e folhas de mandioca por raes balanceadas para a alimentao animal (GROXKO, 2006).
As oscilaes de preo tambm so vistas com desconfiana pelos produtores, o que
contribuiu para a estagnao do setor durante esse perodo.
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Tabela 1. Evoluo da produo brasileira de mandioca.
2002 2003 2004 2005 2006 Mdia Cresciment
o mdio (%)
Produo (em
1000
toneladas)
23.065,
6
21.961,
1
23.926,
6
25.725,
2
27.552 24.134,
6
4,2
rea colhida
(em 1000
hectares)
1.675,3 1633,6 1.754,9 1.886,4 1.935,
2
1.758,8 3.1
Produtividad
e
(ton/hectare)
13,8 13,4 13,6 13,6 14,2 13,7 1,0
Fonte: IBGE. Levantamento sistemtico da produo agrcola. Rio de Janeiro: 2006.
Como pode ser observado na figura 1, dentre os principais estados produtores de
mandioca no Brasil, destaca-se o Par, Bahia, Paran, Rio Grande do Sul e Maranho, sendo
que dentre esses o Paran apresenta a maior produtividade.
Figura 1. Produo (t) de mandioca nos principais estados- 2002/2003 (Fonte: IBGE,
SEAB- DERAL).
1.1.2. Estudo do Produto
A farinha de mandioca o principal derivado da mandioca no Brasil, dada
simplicidade do seu processo produtivo (ainda semelhante aos mtodos herdados dos ndios,
em muitos casos) e ampla aceitao no mercado. De acordo com Vilpoux (2003, p. 621), o
Brasil o nico pas da Amrica Latina a consumir este produto: o mercado asitico o
desconhece e o mercado africano possui pouco poder de compra e produo muito
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significativa para representar uma oportunidade comercial aos brasileiros. Portanto, o
mercado da farinha fica restrito ao consumo nacional, mais frequentemente, local.
Segundo BRASIL (2011), a farinha de mandioca, de acordo com o processo
tecnolgico empregado na sua fabricao, pode ser classificada em 3 (trs) grupos:
a) seca: produto obtido das razes de mandioca sadias, devidamente limpas,
descascadas, trituradas, raladas, modas, prensadas, desmembradas, peneiradas, secas
temperatura adequada, podendo novamente ser peneirada e ainda beneficiada;
b) d'gua: produto predominantemente fermentado, obtido das razes de mandiocas
sadias, maceradas, descascadas, trituradas ou modas, prensadas, desmembradas, peneiradas e
secas temperatura adequada, podendo ser novamente peneirada;
c) bijusada: produto de baixa densidade, obtido das razes de mandioca sadias, limpas,
descascadas, trituradas, raladas, modas, prensadas, desmembradas, peneiradas e laminadas
temperatura adequada, na forma predominante de flocos irregulares;
Sendo que as farinhas classificadas como seca e dgua podem ser sub classificadas de
acordo com a sua granulometria em: fina, grossa e mdia.
O processo de produo da farinha de mandioca seca pode ser visto na figura 2, e
consiste basicamente nas etapas de: recepo, lavagem e descascamento, ralao, prensagem,
esfarelamento, torrao, peneiragem e acondicionamento/armazenamento.
Figura 2. Etapas do processamento da farinha de mandioca seca.
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A farinha de mandioca caracteriza-se por um alimento de alto valor energtico, rico
em amido, contm fibras e alguns minerais como potssio, clcio, fsforo, sdio e ferro.
Sgarbieri (1987) relata que na regio Norte, a farinha extremamente importante para o
aporte de energia (20 a 50% do total) e de ferro (30 a 40% do total, porm de baixa
biodisponibilidade) (DIAS & LEONEL, 2005).
1.1.3. Produo e consumo de farinha de mandioca
Devido ao acentuado consumo de farinha no Nordeste, a regio acaba por concentrar
uma parcela significativa da produo deste derivado. So centenas de casas de farinha, a
maioria de pequeno porte (ou seja, que produzem menos de 15 sacas por dia) e que exercem
importante papel no abastecimento local. O Par destaca-se nesta produo (GROXKO,
2007), aproveitando a abundante oferta de matria-prima, uma vez que o Estado lder no
cultivo da raiz.
O consumo mdio da farinha da mandioca no Brasil de 8kg, determinado com base
na aquisio domiciliar per capita anual por grandes regies, segundo Pesquisa de
Oramentos Familiares 2002-2003 (IBGE, 2009). Contudo, regionalmente, esse consumo de
34,2kg para a regio Norte; 15,7kg para o Nordeste; 1,5kg para o Sudeste; 1,1kg para o Sul e
1,4kg para o Centro-Oeste. Essa pesquisa mostra que a soma do consumo das regies Norte e
Nordeste corresponde a 92 % do consumo nacional (Figura 3).
Figura 3. Estimativa da participao das regies no consumo total de farinha de
mandioca para alimentao humana (Fonte: IBGE, 2009).
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Em algumas capitais de Estados das regies Sul e Sudeste, no entanto, o consumo de
farinha de mandioca muito inferior quando comparado as regies Norte e Nordeste. o caso
de Curitiba (0,887 kg de farinha de mandioca), Belo Horizonte (1,204 kg, de farinha de
mandioca) e, em menor intensidade, em So Paulo (1,226 kg).
A influncia dos hbitos alimentares dos imigrantes no Sul e Sudeste uma explicao
apontada por especialistas para esse menor consumo de farinha de mandioca (DIAS &
LEONEL, 2005).
Quando analisado o consumo de farinha de mandioca em relao renda familiar a
POF (Pesquisa de Oramento Familiar), mostra dados que caracterizam o maior consumo
da farinha de mandioca por famlia com baixa renda (Figura 4). Provavelmente, devido ao seu
preo baixo e a manuteno de tradies culinrias (IBGE, 2007).
Figura 4. Consumo anual per capita de farinha de mandioca (kg) por renda familiar.
1.2. DADOS PRIMRIOS
1.2.1. Aplicao de questionrio para a coleta dos dados primrios com vistas
definio do perfil de consumidor da farinha de mandioca
O questionrio foi aplicado a 100 clientes de dois estabelecimentos, um supermercado
de grande porte, e em um pequeno mercado localizado em uma feira livre de Belm. Os dados
obtidos atravs desses questionrios foram utilizados para a deteco de uma possvel
demanda insatisfeita. Na figura 5, pode-se observar o modela de questionrio aplicado aos
consumidores.
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Figura 5. Questionrio aplicado em pesquisa de mercado.
- Renda Familiar
A figura 6 mostra a renda familiar dos possveis consumidores de farinha de mandioca
de acordo com o porte do mercado avaliado.
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Figura 6. Faixa de renda familiar dos entrevistados.
- Sexo
A figura 7 mostra a porcentagem de entrevistados de acordo com o sexo.
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Figura 7. Sexo dos entrevistados.
-Frequncia de consumo
Na figura 8 pode-se observar a frequncia com que os possveis compradores
consomem a farinha de mandioca.
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Figura 8. Frequncia com que os entrevistados consomem farinha de mandioca.
-Fatores que comprometem a compra de farinha de mandioca
Na figura 8 apresentado os fatores que fazem com os consumidores no adquiram o
produto pesquisado.
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Figura 8. Fatores que comprometem a compra de farinha de mandioca.
- Fatores de preferncia de compra da farinha de mandioca.
Na figura 9 podem-se verificar quais so os fatores que so mais observados pelos
consumidores no momento da compra da farinha de mandioca.
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Figura 9. Fatores observados no momento da compra da farinha de mandioca.
-Quantidade comprada
Perguntou-se aos entrevistados qual a quantidade de farinha de mandioca que
adquiriam em uma compra, o resultado pode ser observado na figura 10.
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Figura 10. Quantidade de farinha adquirida em uma compra dos entrevistados.
Os dados obtidos atravs dos questionrios permitiram inferir que a maioria dos
consumidores de farinha de mandioca que adquirem esse produto em mercados (pequeno
porte) possuem uma renda familiar entre 1 e 3 salrios mnimos, so do sexo masculino,
consomem farinha diariamente, o preo um fator determinante no momento da compra, e
alm desse fator outra caracterstica observada pela maioria a crocncia do produto, e
costumam comprar farinha em embalagens ou em quantidades de um quilo.
Enquanto os consumidores de supermercados que foram entrevistados, em sua maioria
tem uma renda familiar acima de 3 salrios mnimos, so do sexo masculino, consomem
farinha diariamente e assim como os consumidores de mercados menores eles tambm citam
o preo e a crocncia do produto como sendo importantes no momento da compra, e tambm
costumam comprar quantidade de um quilo.
3. TAMANHO
3.1. FUNDAMENTAO TERICA
O tamanho de uma indstria determinado a partir da capacidade de produo que se
deseja alcanar, que j foi determinada atravs do estudo de mercado, determinando a
capacidade que a economia tem para absorver o produto (MATHIAS, 1977).
Pode ser determinado atravs do nmero de empregados totais ou nmero de
empregados destinados produo, ao volume do faturamento, ao valor do capital
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empregado, ao volume da matria-prima consumida. Deve ser determinado tambm as
dimenses dos equipamentos para atender a demanda de mercado, que ir influenciar
diretamente no tamanho da indstria (MACHLINE, 1974).
3.2. APLICAO
Para a implantao da indstria produtora de farinha seca de mandioca, com uma
capacidade operacional de 1 ton de mandioca/dia, necessrio uma rea de produo
agroindustrial de 250m2, contendo os equipamentos necessrios para a produo de farinha,
dispostos de modo a promover a eficcia e eficincia do processo, reduzindo as perdas
durante a produo e a otimizao da mesma.
A indstria necessita de uma rea destinada aos aproveitamentos de resduos de
1000m2, alm de uma rea administrativa de 70m2, a qual engloba um escritrio, banheiros
feminino e masculino, um refeitrio e uma recepo.
4. LOCALIZAO
4.1. FUNDAMENTAO TEORICA
A escolha da localizao depender de diversos fatores, tais como o mercado, a escala
pretendida, consideraes tcnicas etc. Alm disso, ser muito importante analisar a
disponibilidade local dos diversos bens de produo intermedirios tais como mo de obra,
energia, matria prima e as condies, ambientais como: necessidade de controle de poluio,
restries ao uso da terra, clima, resistncia do solo etc ( WOILER & MATHIAS).
A teoria de localizao de atividades industriais proposta por Weber, em 1929,foi
adotada. Weber (1929) estabeleceu a localizao mais adequada para indstrias com base em
trs fatores gerais, entre os quais citam-se: custos de transporte, mo de obra e foras
aglomerativas (foras que induzem a indstria a concentrar-se numa rea limitada).
A teoria de localizao foi desenvolvida para estabelecer o melhor lugar para a
instalao de indstrias e permitir o conhecimento, quanto aos fatores locacionais,
de determinado territrio ou rea de estudo, com objetivo de orientar a poltica de
desenvolvimento e oferecer aos investidores as bases para a localizao de atividades
industriais (Haddad, 1989).
4.2. APLICAO
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A agroindstria aqui caracterizada pode estar situada na prpria zona rural, mas de
qualquer forma, deve estar prxima produo da matria-prima, sendo que, de preferncia,
absorva a produo de vrios agricultores familiares associados. O fornecimento de matria-
prima garantido de fundamental importncia para a sustentabilidade da agroindstria
(SAAFI-Agro, 2007).
O local estabelecido neste projeto foi Castanhal, por apresentar-se perto da matria-
prima, mercado consumidor e dos agricultores.
5. ENGENHARIA
5.1. FUNDAMENTAO TERICA
Engenharia do projeto entende-se como a descrio e a quantificao do processo
fsico de produo. Essa capacidade definida pelo prprio industrial, baseando-se no fluxo
de produo e venda.
A disposio recomendada para as mquinas e equipamentos, bem como uma noo
bsica das dimenses dos mesmos deve ser apresentado do layout da indstria. O tamanho do
projeto importante para a escolha do local onde ser implantada a indstria.
O projeto deve levar em considerao a segurana e o conforto do pessoal da unidade,
ou seja, deve apresentar condies de iluminao, arejamento, ndices de rudos adequados e
proporcionar facilidades na higienizao, manuteno dos equipamentos, minimizar as
probabilidades de contaminaes e impedir a entrada de pragas e animais de qualquer espcie.
Na elaborao do projeto devem ser previstos: otimizao dos espaos, rea para ampliaes
futuras, reas para descarte de resduos longe da unidade de processamento, instalaes
sanitrias sem comunicao direta com o setor de processamento e controles de pragas
(MARTINS, 2006).
O planejamento do arranjo fsico importante determinar e facilitar a disposio dos
centros de atividade econmica na unidade de produo; facilitar o fluxo de materiais,
pessoas, informaes e equipamentos; aumentar a eficincia da mo de obra e equipamentos;
reduzir os riscos de acidentes de trabalho entre outros (DE ARAUJO, 2001).
5.2. DESCRIO DO PROCESSO
O processo para obteno da farinha de mandioca descrito pelo fluxograma a seguir
(Figura 11):
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Aps o recebimento da matria-prima esta armazenada em galpo, que alm de
proteger a matria prima, protege os funcionrios.
O incio do beneficiamento da mandioca se inicia com o descascamento da mesma,
onde o descascador, primeiramente faz um descascamento a seco para eliminar a pelcula que
envolve a mandioca e a terra aderida, posteriormente o restante removido com a presena de
gua, esse processo importante para a reduo das impurezas e dos microorganismos. A
Recepo da matria-prima
Descascamento
Repinicagem
Ralao
Prensagem
Esfarelamento da massa ralada
Secagem e torrefao
Peneiragem e classificao
Acondicionamento
Estocagem
Figura 11-Fluxograma de produo da farinha de mandioca
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mandioca j descascada passa pelo processo de repinicagem, que consiste em um processo
manual para limpar e eliminar os pedaos de caules remanescentes, as partes danificadas e
alguma pelcula que no tenha sido removida no processo anterior devido a forma irregular da
mandioca.
Atravs de uma esteira as razes so levadas para os raladores, onde a mandioca
reduzida a uma massa mais ou menos fina, e posteriormente a esse processo armazenada em
um tanque-pulmo. Por conter elevada quantidade de gua, as razes raladas devem passar por
uma prensagem para eliminao do excesso de gua antes do processo de torrao. A
prensagem tambm reduz o processo de oxidao, j que a massa fica reunida em blocos o
que diminui a superfcie exposta ao ar.
Ao sair da prensa a massa apresenta-se na forma de blocos, por isso, antes do processo
de torrao, deve-se executar o esfarelamento por meio de um ralador comum. Aps a sada
da prensa, a massa esfarelada passa por uma peneira vibratria de malha fina que retm fibras,
pedaos de casca e razes que possam estar presentes na massa.
Para a eliminao da gua restante presente na massa a mesma submetida ao
processo de secagem e torrefao, que alm de eliminar a gua, ir conferir ao produto sua cor
e sabor caractersticos. Apenas o processo de secagem origina uma farinha com colorao
bem clara e um sabor menos intenso, pois permanece pouco tempo em contato com a chapa
aquecida. Enquanto que na torrefao, a farinha fica mais tempo em contato com a chapa e o
fogo maior, conferindo colorao e sabor mais intensos.
A farinha torrada armazenada em um depsito onde esfria e completa a secagem.
Devido a umidade da farinha, podem ocorrer a formao de grumos durante a secagem. Esses
grumos so separados pelo processo de peneiragem e novamente triturados para se adequarem
a granulometria, que depende do mercado consumidor.
A farinha acondicionada em sacos de polipropileno tranado de 50Kg e em sacos de
polietileno de ou 1Kg, que garantir um bom acondicionamento ao produto garantindo suas
caractersticas. A operao de ensacamento automatizada, onde as sacas de 50Kg so
costuradas e as embalagens menores so seladas. As embalagens so armazenas at serem
distribudas aos revendedores, em um perodo de, no mximo, dez dias.
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5.3. LAYOUT DA INDSTRIA E DESCRIO DOS EQUIPAMENTOS
Com o objetivo de promover o mximo de rendimento do processo, a disposio dos
equipamentos (Figura 12) foi projetada levando em considerao a segurana e o conforto do
pessoal dentro da unidade. A rea industrial necessria para o processamento em condies
adequadas est distribuda da seguinte forma:
rea total do terreno: 3000m2
Unidade industrial: 250m2
Instalaes de aproveitamento de resduos: 2000m2
Sede da unidade agroindustrial: 40m2
Figura 12- Layout do ptio de produo da mandioca
Lista dos equipamentos:
E1 Esteira transportadora (4m)
E2 Lavador descascador
E3 Esteira transportadora (2m)
E4 Ralador
E5 Bomba de massa (4,3m)
E6 Prensa hidrulica
E7 Rosca esquerda direita (4,3)
E8 Esfarelador
E9 Rosca transportadora (2m)
E10 Forno
E12 e E14 Conjunto de
classificao
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E13 Rosca transportadora de
casquinha (4,3m)
E11 Bomba de transferncia
As caractersticas dos equipamentos dependem da capacidade de produo da
indstria.
E1-Esteira transportadora: equipada com correia laminada 10", 4 lonas
emborrachadas, com motor eltrico de 2 cv, mancais, polias e rolamentos. Carrega a
mandioca que chega na indstria para a lavagem.
E2-Lavador descascador: Confeccionado em chapa de 3/16" e ferro chato 1 x ,
eixo trefilado de 2 , com um metro de dimetro e 5,5 metros de comprimento. Equipado
com motor de 5 cv. O descascador contnuo e possui um sistema de ps montadas em um
eixo e dispostas de forma helicoidal, semelhana de um parafuso sem fim, que conduz as
razes de um extremo a outro. No primeiro tero deste parafuso, as razes so conduzidas por
ps de madeira e no recebem gua. Nesta fase, so eliminadas terras j relativamente secas
aderidas s razes. A seguir, as razes comeam a receber jatos d'gua e tambm so
conduzidas por ps de madeira. No ltimo tero do trajeto so conduzidas por ps de ferro,
que promovem maior atrito, alm de jatos d'gua, provocando o seu descascamento.
E3-Esteira transportadora (2m): Possui 2 m de comprimento para levar as razes
descascadas e limpas para o ralador. Equipada com correia laminada 14", 02 lonas
emborrachadas, com motor eltrico de 1 cv, mancais, polias, rolamentos e redutor.
E4 Ralador: Construo totalmente metlica, confeccionado em chapa , equipado
com motor 20 cv, com peneira de ao inox, mancais, polias, redutor, rolamentos e 2 rolos de
40 cm. Os raladores mais comuns so os constitudos de um cilindro, geralmente de madeira,
providos de lminas de ao serrilhadas, substituveis, fixadas paralelamente entre si e no
sentido longitudinal do eixo. O tambor gira, protegido por uma moega de madeira. As razes
so empurradas contra ele, por meio de braos de madeira, de movimentos alternados,
provocados por um eixo excntrico. Neste processo no se usa adio de gua.
Deposito: Construdo em alvenaria para receber a massa ralada. Na seqncia da
ralao, a massa ralada cai diretamente em um tanque retangular, de alvenaria, azulejado, com
capacidade de aproximadamente 1.000 l e altura de cerca 0,80 m. O fundo, com ligeira
inclinao deve possuir um ralo para escoamento da gua e amido extrado durante a
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triturao. Este material deve ser conduzido para tanques de decantao pois ir produzir um
amido mais apropriado para a indstria txtil.
E5 Bomba de massa (4,3m): Construda em chapa de ao inox, equipada com tubo
PVC 400 mm, para depsito de massa, com motor de 5 cv, tubulao de PVC 4", chave bia,
chave de acionamento, rolamentos e polias.
E6 Prensa hidrulica: Construo totalmente metlica, confeccionada em chapa de
ferro 1" e , dotada de sistema de travamento, camisa e pisto, 7,5 cm de dimetro, com
caixa de leo e 1 bomba. Possui carrinhos de massa e motor eltrico de 3 cv.
Desposito: Construdo em alvenaria para receber a massa prensada. Na seqncia da
prensagem, a massa prensada cai diretamente em um tanque retangular, de alvenaria,
azulejado.
E7 Rosca esquerda direita (4,3): Rosca sem fim para transportar a massa prensada para
o esfarelador, com 4,3 m de comprimento. Equipada com motor de 1,5 cv, polias, mancais e
rolamentos.
E8 Esfarelador: Equipado com motor de 5 cv, polias , mancais e rolamentos.
Construo metlica, equipado de rolo com serras intercambiveis e peneira para separao
das fibras da massa ralada.
E9 Rosca transportadora (2m): Com dimetro de 20 cm e 2 m de comprimento,
destina-se a conduzir a massa do esfarelador para o forno rotativo. Equipada com motor de 2
cv.
E10 Forno: Possui 3,5 m de dimetro, confeccionado em chapa , sada da farinha
instalada na parte inferior do tipo "correr" e com jangada a ser instalada sobre os mesmos.
Deposito: Construdo em alvenaria para receber a farinha torrada. Na seqncia da
secagem, a farinha seca e torrada cai diretamente em um tanque retangular, de alvenaria,
azulejado.
E12 e E14 Conjunto de classificao: Acoplado ao moinho triturador tambm possui
uma rosca que conduz a farinha. Constitui-se do moinho triturador, o classificador, um
elevador e uma rosca, todos estes com os respectivos motores de 25 cv, 3 cv , 2 cv e 1,5 cv .
Construo metlica, equipado com moega de carga e martelos, para receber o retorno e
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alimentar o elevador que conduz a farinha torrada ao classificador de farinha. O moinho
triturador, que pode ser a martelo, ou de pedra ou esmeril, tem como finalidade transformar
grumos ou torres produzidos na torrao, em partculas do tamanho adequado de farinha,
portanto a sua capacidade no muito importante.
E13 Rosca transportadora de casquinha (4,3m): Confeccionada em chapa perfurada,
destinada a separar a casca da gua do descascador. Equipada com motor de 3 cv, polias,
mancais e rolamentos. Conduz a casca para a rea de aproveitamento de resduos.
E11 Bomba de transferncia: Para conduzir a gua da prensa (leite de fcula) ao
decantador. Fora necessria de 2 cv.
6. FLUXO DE CAIXA
No processo de elaborao de fluxo de caixa devero ser utilizadas tcnicas gerenciais
para se projetar s vendas e os custos da empresa, de forma que no existiam desperdcios
para seus caixas. O fluxo de caixa constitui em instrumento essencial para que a empresa
possa ter agilidade e segurana em suas atividades financeiras. Logo, fluxo de caixa dever
refletir com preciso a situao econmica da empresa, em termos financeiros de futuro.
Entende-se como fluxo de caixa o registro e controle sobre a movimentao de caixa
de qualquer empresa, expressando as entradas e sadas de recursos financeiros ocorridos em
determinados perodos de tempos. O fluxo de caixa assume importante papel no planejamento
financeiro das empresas. Portanto constitui-se num exerccio dinmico, que deve ser
constantemente revisto atualizado na tomada de decises (CAMINE, 1998).
O fluxo de caixa, tambm conhecido pela expresso inglesa cash flow, corresponde a
um planejamento do fluxo de ingressos e desembolsos ocorridos no caixa, num certo perodo,
comumente de curto prazo. Ele o utenslio mais importante para o administrador financeiro,
pois com a utilizao do fluxo de caixa, o profissional tem a possibilidade de contar com
informaes gerenciais que lhe proporcione uma viso ampla dos negcios, facilitando assim,
a transmisso desses dados aos executivos numa empresa, focando desde o operacional at o
estratgico. (ZDANOWICZ, 2004)
Para estudos iniciais de relatrio financeiro do projeto de implantao da empresa de
processamento de mandioca, verificou-se os custos que seriam necessrios para manter a
-
empresa anualmente, como pode ser observado na tabela 2 e 3, alm dos custos com
investimento inicial.
Tabela 2. Custos com obras civis e equipamentos com suas devidas necessidades para
implantao da indstria de farinha de mandioca.
unidade qtde. valor
(R$)
Terreno m 3000 15000,00
Terraplanagem m 2369 1824,13
Sede agroindustrial m 40 9400,00
Unidade agroindustrial m 329 65800,00
Aproveitamento de resduos m 2000 21500,00
Estudos e projetos de engenharia % 6 6811,45
Superviso de contruo % 2 2270,48
Esteira transportadora (4m) unitrio 1 3310,00
Lavador/ descascador unitrio 1 4290,00
Esteira transportadora (2m) unitrio 1 1710,00
Bomba de massa (4,3m) unitrio 1 4330,00
Prensa hidrulica unitrio 1 7610,00
Rosca esquerda-direita unitrio 1 1800,00
Esfarelador unitrio 1 1740,00
Rosca transportadora (2m) unitrio 1 2000,00
Forno rotativo unitrio 1 4650,00
Conjunto de classificao unitrio 1 11210,00
Rosca transportadora de casquinha unitrio 1 3610,00
Bombas de transferncia unitrio 1 400,00
Montagem % 10 4666,00
Materiais permanentes ---- ---- 6000,00
Linhas externas % 5 2566,30
Segurana e proteo contra incndio % 1 513,26
Eventuais % 5 25663,00
Veculo unitrio 1 24000,00
Frete % 3 1399,80
Material de escritrio ---- ----- 1320,00
Retirada dos scios ----- ----- 7920,00
Manuteno % 2,5 1283,15
-
Tabela 3. Custos anuais com matria-prima, insumos e encargos para funcionamento
da indstria de farinha de mandioca.
unidade qtde. uni(R$) Total (R$)
Mandioca tonelada 1560 45,00 70200,00
Material de
limpeza
kg 78 5,50 429,00
Embalagem para 1
kg
kg 413455 0,02 8269,09
Energia kwh 80583 0,33 26592,51
Lenha m 234 13,00 3042,00
gua m 7020 0,35 2457,00
Anlises
laboratoriais
unitrio 640 40,95 26208,00
Mo-de-obra pessoas 8 648,00 62208,00
Diversos % 3
Venda % 5
PIS e COFINS % 2,5
ICMS e IPI % 25
Margem de lucro % 30
Encargos sociais % 70 43545,60
Com o objetivo de avaliar a viabilidade financeira da empresa de farinha de mandioca,
gerou-se o relatrio de fluxo de fundos previstos para os primeiros 5 anos de funcionamento
da indstria. Como pode ser observado na tabela 4, o primeiro ano de existncia da indstria
refere-se somente a implantao e investimentos em equipamentos e suas devidas instalaes,
no sendo previsto ainda para o primeiro ano qualquer produo, a partir do ano 1, temos
funcionamento e processamento de 5t/dia de mandioca.
Tabela 4. Fluxo de fundos previsto para os prximos 5 anos para empresa de farinha
de mandioca .
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento total 169266,06 85997,25 85997,25 85997,25 85997,25 85997,25
Investimento fixo 169266,06 --- --- --- --- ---
Capital de giro --- 85997,25 85997,25 85997,25 85997,25 85997,25
Custo total --- 487548,77 487548,77 487548,77 487548,77 487548,77
Custo varivel --- 156953,95 156953,95 156953,95 156953,95 156953,95
Custo fixo --- 244597,57 244597,57 244597,57 244597,57 244597,57
Receita --- 1413184,84 1413184,84 1413184,84 1413184,84 1413184,84
(-)169266,06 925636,07 925636,07 925636,07 925636,07 925636,07
-
A empresa produzir 1560t de farinha de mandioca anualmente, que sero
comercializadas em pacotes de 1kg, com custo de venda de 0,91 centavos. As vendas sero
realizadas sob o seguinte regimento: 50% do valor total ser pago vista e 50% aps prazo de
30 dias.
7. ANLISE FINANCEIRA
7.1. FUNDAMENTAO TERICA
A anlise financeira o estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um
projeto, englobando um conjunto de mtodos para diagnosticar a situao financeira de uma
organizao, assim como uma estimativa sobre o futuro desempenho.
Possui a capacidade de avaliao da rentabilidade empresarial em funo das
condies atuais e futuras, de verificar se os capitais investidos so remunerados e
reembolsados de modo que as receitas superem as despesas de investimento e de
funcionamento. Analisando as questes fundamentais para a sobrevivncia e desenvolvimento
da indstria como o equilbrio financeiro, a rentabilidade dos capitais, o crescimento e o risco
do investimento (PEREIRA et al).
O Valor Presente Lquido (VPL) utilizado para calcular a atratividade de
investimentos e a Taxa Interna de Retorno (TIR) tambm ir determinar a eficincia do
investimento, em percentagem. Ambos indicam se o investimento satisfaz a expectativa de
retorno da indstria.
Quando o VPL positivo, indica que os fluxos trazidos para o valor presente
superam o investimento inicial, o investimento esta sendo remunerado a um TIR superior a
taxa desejada, viabilizando o projeto. Quando o VPL negativo, indica que o projeto esta
sendo remunerado a um TIR inferior a taxa desejada, no sendo vivel e, quando o VPL
igual a zero, indica que o investimento est sendo remunerado a taxa desejada (BRANCO,
2002).
A partir dos custos para a implementao da casa de farinha, dos custos de produo e
da receita obtiveram-se o fluxo de caixa para os prximos cinco anos, atravs desses valores a
anlise de viabilidade econmico-financeira. Obteve-se um VPL positivo no valor de R$ 4.
282. 995,07, e TIR tambm positiva de 23%.
Diante dos resultados obtidos pode-se dizer que a implementao do projeto mostra-se
vivel, este fato pode ser explicado pelo baixo custo da matria-prima e tambm de
-
investimentos, permitindo que esses indicadores sejam altamente favorveis implantao da
casa de farinha.
7.2. ANLISE DE RISCO DO PROJETO
Existem pelo menos duas opes para analisar riscos (sensibilidade) na avaliao de
projetos. A primeira consiste na anlise da sensibilidade do projeto a variaes nos
parmetros e variveis do projeto. A outra alternativa, mais sofisticada, consiste na utilizao
da anlise de probabilidade (Noronha,1987).
(a) Ponto de equilbrio
A anlise do Ponto de Equilbrio (contbil ou econmico) fundamental nas decises
referente a investimentos, no planejamento do resultado, no lanamento ou corte de
produtos/servios e para anlise das alteraes do preo de venda conforme o comportamento
do mercado (BUARQUE,1991).
Para anlise do risco do projeto usa-se a equao 1, obteve-se um valor de 0,7 que
multiplicado pela receita nos permite verificar quanto de receita a empresa precisa gerar para
que essa empresa consiga suprir todas os custos e no obtenha lucro, que no projeto da casa
de farinha resultou em R$ 340771,42.
eq. 1
(b) Sensibilidade
A sensibilidade refere-se ao impacto gerado no valor dependente devido a variaes
em variveis independentes, por exemplo, atravs da sensibilidade podemos verificar qual o
impacto gerado na receita quando h uma oscilao no valor da matria prima principal. Para
tal calculado a rentabilidade atravs da equao 2.
Rentabilidade= x100 eq. 2
A rentabilidade do fluxo de fundos de 0,124, simulando um aumento de 20% no
preo da mandioca, obteve-se 0,121 como rentabilidade.
-
Simulando um aumento de 30% no custo da energia eltrica h uma variao na
rentabilidade para 0,122, portanto no observou-se uma variao representativa com a
oscilao no preo de variveis do processo, demonstrando uma baixa sensibilidade das
receitas da empresa em relao a modificaes externos ao projeto.
8. CONCLUSO
Com o estudo de mercado observa-se que 72% dos consumidores de farinha possuem
renda familiar entre 1 e 3 salrios mnimos e que 75% dos que consomem so homens. O
consumo de farinha elevado, sendo que 69% apresentam consumo dirio. Alm de que
pesquisas indicam que a regio norte representa 63% do consumo mundial.
Para atender a demanda de produo necessrio a implantao de uma indstria com
uma capacidade operacional de 1 ton de mandioca/dia, possuindo uma sede de produo
agroindustrial de 250m2, uma rea destinada aos aproveitamentos de resduos de 1000m2,
alm de uma rea administrativa de 70m2. Localizados prximo a rea produtora de
mandioca, diminuindo os custos de transporte da matria prima.
O layout da indstria deve ser feito de modo que proporcione a otimizao do processo
com um fluxo continuo de produo, diminuindo os riscos de contaminao. Os equipamentos
utilizados dependem da quantidade de produto que ser produzido.
Baseado nos estudos realizados, a implantao de uma indstria de processamento de
farinha de mandioca, tem indicadores positivos, tendo em vista uma considervel margem de
lucro e que todo o valor investido no primeiro ano revertido ainda no primeiro ano de
produo da fbrica.
-
9. REFERNCIAS
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