projeto especial: fazenda senhr bom jesus · restaurando vidas, visando prevenir e conscientizar a...

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PROJETO ESPECIAL: AREST / FAZENDA SENHOR JESUS PET-Agronomia Universidade Federal de Lavras UFLA/MG 1 Resumo “Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável (...) para aprender a conhecer a influencia libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade a qual seu futuro possa pertencer, (Einstein, 1879 - 1955 /” Como vejo o mundo “)”. Referenciando os fundamentos, filosofias e objetivos do PET- Programa de Educação Tutorial / MEC / SESu / DEPEM, o Grupo PET-Agronomia da UFLA, contanto com um total apoio da Pró-reitoria de Extensão e do Colegiado do Curso de Agronomia assumiu a operacionalização do projeto em questão. 2- O que é a AREST? A Associação de Recuperação pela Educação, Saúde e Trabalho – AREST, pessoa jurídica de direito privado, é uma sociedade civil de caráter associativo, constituída em 27/02/1985, sem fins lucrativos, nem intuito político, com sede e foro no município de Lavras – MG, administra um centro Terapêutico, no lugar denominado Fazenda Senhor Jesus de Lavras, onde funciona em glebas de terra cedida em

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P RO JE TO   ESPEC IA L:   AREST   /   F AZ END A  SEN HOR   JESUS

P ET­ Ag ro nom ia

U n ive rs i dade   Fede r a l   de   Lav r as   UF LA/ M G

1 R es umo

“ Ja ma i s   cons id e re   seu s   e s tud os   com o   um a   ob r i gação ,   m as   co mo   u ma

op o r t un i dad e   i nve jáve l   ( . . . )   pa ra   ap r end e r   a   co nhece r   a   i n f l uenc i a

l i be r t ado ra   da   be leza   do   re i no   d o   e sp í r i t o ,   pa r a   seu   p róp r i o   p raze r

pe ssoa l   e   pa r a   p rove i t o   da   co mu n ida de   a   qua l   seu   f u t u r o   possa

pe r t ence r ,   ( E i ns t e in ,   18 79   ­   1955   / ”   C om o   ve j o   o   mu ndo   “ ) ” .

R e fe ren c ian do   os   f und ame n t os ,   f i l oso f i a s   e   ob je t i vos   do   P ET­

P ro grama   de   Educaç ão   Tu tor i a l   /   M EC   /   SESu   /   DEP EM ,   o   G rup o

P ET ­ Ag r ono mi a   da   UFLA,   con t an t o   com   um   t o t a l   ap o io   da   P r ó ­ re i t o r i a

de   E x ten são   e   do   Co leg ia do   do   Cu r so   de   Ag r onom ia   ass umi u   a

op e ra c ion a l i zaçã o   d o   p r o je to   em   que s tão .

2 ­   O   qu e   é   a   ARE ST?

A   Assoc ia ção   de   Re cupe r ação   pe la   E ducaçã o ,   Sa úde   e   T r aba l ho

–   ARE ST,   pesso a   j u r íd i ca   de   d i r e i t o   p r i vado ,   é   um a   soc ie dade   c i v i l   de

ca rá t e r   a ssoc ia t i vo ,   cons t i t u íd a   em   27 / 02 / 198 5 ,   sem   f i n s   l uc r a t i vos ,

ne m   in tu i t o   po l í t i co ,   com   sed e   e   f o r o   n o   m un i c íp io   de   Lav r as   –   M G ,

ad mi n i s t r a   um   cen t r o   Te r apêu t i co ,   no   l uga r   d enom in ado   Fa zenda

S en ho r   Jesus   de   La v ra s ,   onde   f unc i ona   em   g le bas   de   t e r r a   ced i da   em

C omo da t o   p e la   Cong reg ação   d os   P ad res   do   Sa g ra do   Co r ação   de

Je sus .

  E s te   Cen t r o   Te r apêu t i co   t em   como   fu ndam en to   p r even i r   e

co nsc ien t i za r   a   soc i edade   e m   ge r a l   dos   dan os   caus ados   pe l as   d r ogas ,

co m   um   t ra ba lh o   de   r ecu pe r ação   e   r eeduc ação   de   to x i côm ano s   e

a l co ó l a t ra s ,   a t r avés   de   p r i nc íp io s   c i en t í f i cos   e   c r i s tã os ,   a l i ce rç ados

pe l o   t r i nôm i o :   es t udo ,   saú de   e   t r aba l ho .

A   A RES T   t em   c omo   ob je t i vo   ma i o r ,   l eva r   ao   conh ec im en t o   de

se us   co labo rad o re s   even t ua i s   e   t oda   a   s oc iedad e ,   p r i nc ip a lm en t e

La v re nse ,   t odo   o   t r aba lho   desp ren d id o   n a   Fazen da ,   espec i a lm en t e   do

P ad re   I s r ae l   seu   D i r e to r   Execu t i vo   e   O r i en t ado r   E sp i r i t u a l ,   pa r a   o

co mba te   a   d r oga d içã o ,   sua   i n f r a ­ es t r u t u r a   e   a   ne cess id ade   de   r ecu r sos

pa ra   sua   m anu t ençã o   n o   exe r c íc io   de   2 004 .

C ab e   esc la r ece r   que   o   r e t o r no   soc ia l   que   e s te   p ro je t o   rep rese n t a

é   im ensu r áve l   d ian t e   ao   ín f i mo   m on t an te   de   recu rso s   ne cessá r i os   pa r a

a   man u te nção   da   Fazenda   sen ho r   Jesus   de   L av ra s .    

2 . 1 O bj e t i v o   G era l

C on sc ien t i za r   e   t ra t a r   o   depend en t e   qu ím i co   de   sua   doe nça

a t r avés   de   um   p r og r am a   de   r ecupe ra ção   d en t r o   do   p lan o   esp i r i t ua l   e

de   m o t i vaçã o   ocup ac iona l ,   v i sando   a   l i be raçã o   f ís i ca   do   uso   de   d ro gas

e   da   r e fo r m a ção   de   seu   i n t e r i o r ,   pa r a   descob r i r   um   no vo   ca mi nho   em

su a   v ida ,   v i ve ndo   co m   q ua l i dade ,   r espe i t o   e   c r ed i b i l i dade .

2 . 2 O bj e t i v os   E spec í f i cos

• M ot i va r   o   d ep enden te   a   pensa r   na   v ida   a   f im   d e   r esga ta r   de   fo r m a

au ten t i ca   a   e xpe r iênc ia   do   EU  e   do   NÓS;

• M ot i va r   o   d ep enden te   a   re com eça r   a   g os ta r   de   s i   m esm o   e   va lo r i za r

a   v i da ;

• M ot i va r   o   d ep enden te   a   re to rn a r   seu   l uga r   na   soc i edade   e   n o

m er cado   de   t rab a lho ;

• Aj uda r   a   Te r   con t ro le   d e   suas   em oções ,   com ba t end o   a   ans ied ade   ( o

de pende n te   qu ím ico   é   o   dob r o   ans i oso   qu e   a   mé d ia   da   pop u lação ) ;

• C on t r o la r   su a   a l t e r ação   de   hu mor   ( mu dança s   b ru scas   de

co mpo r t am en t o ) ,   ag r ess i v i dade ,   a ngús t i a ,   i r r i t ab i l i da de ,   t ensão ,

de so r i en t ação   no   t em po   e   n o   espa ço ,   con vu l sõe s ,   pa r anó i a   ( m edo ,

pe rse gu içã o   e   pân ico ) ,   m em ó r i a ,   c on f usão   m en t a l ,   concen t r aç ão ,

r ac i oc ín io ,   l a psos   de   m em ó r i a   e   c r i se   de   i den t i da de ;

• A ce l e r a r   o   p roce sso   de   ap r ox i ma ção ,   co lo cando ­ o   e m   s i t uaçã o   de

pe rde r   o   m edo   de   toca r   e   se r   t ocado ;

• C ol oca r   a   v i da   esp i r i t ua l   em   p r im e i ro   l uga r   e   ap ren de r   esse s

p r i nc íp ios   esp i r i t u a i s   com o :   pa c i ênc ia ,   t o l e r ânc i a ,   hum i l dade ,   m en t e

ab e r t a ,   hones t i d ade   e   boa   vo n ta de   em   suas   v i das   d i á r i as ;

• M os t r a r   o   ve r dad e i r o   amo r ,   a   ve r dade i ra   am i zade   e   a   i mp o r t ânc ia

do   P lano   de   D eus   em   t odo   e s te   p r ocesso   de   t r ans fo r m a ção .

2 . 3 Ju s t i f i ca t i va

N ossa   v ida   é   um a   lu ta   cons t an te .   Não   obs t an t e   a os   p r ob lem as

qu e   a   v i da   nos   o fe r ece ,   a t ra vess am os ,   no   mo me n t o ,   po r   um a

t u r bu l en t a   e   com p le t a   l u t a   co n t r a   as   d r oga s .   O   p ode r   d es t r u t i vo   das

d r oga s   ho je   i n vade   nosso s   l a r es ,   e sco las   e   t oda   a   soc i edad e ,   d i re ta   ou

i nd i re t a me n t e ,   com   um a   f o r ça   de vas ta do r a ,   co loca ndo ­ nos

co mp l e t am en te   i mp o te n te s   pe ran te   o   q ue   e la   p r ovoca .

E n t r e t an to ,   nossa   im po t ênc i a   cessa   qua ndo   co nsc ien t i zam os   e

ac e i tam o s   q ue   seu   uso   com pu l s i vo   fa z   p a r t e   de   um a   d oença ,   conhec ida

pe l a   Or gan i zaçã o   M und ia l   d e   S aúde   com o   “D epen dênc i a   Qu ími ca ”   –

se ndo   qu e   o   usuá r i o   p r ocu r a   a juda   e   se   p r opõe   a   f aze r   o   que   fo r

ne cessá r i o   pa r a   m an t e r ­ se   só b r i o ,   t en tan do   um   no vo   m odo   de   v ida .

Q uand o   o   de pende n te   qu ími co   adm i t e   sua   i mpo tên c ia   pe r an t e   as

d r oga s   e   que   t i nha   pe r d ido   o   dom ín i o   de   sua   v i da ,   ab r e   uma   po r ta   pa r a

qu e   De us   ha ja   em   seu   co r ação   e   d evo l va   sua   san idade .   N ão   é   onde

es tava   que   co n ta ,   ma s   s im   pa r a   onde   es t á   i ndo .

E m   r ecup e ra ção   os   f raca ssos   são   apena s   co n t r a r i edad es

t em po rá r i as ,   a s   c r i se s   sã o ,   ass im ,   opo r tu n ida des   pa r a   f aze r   c re sce r   a

ba gagem   de   v i da ,   d e   se   f i ca r   sáb io   e   pa ra   aum en t a r   o   c r esc i men t o

es p i r i t u a l .   Ap r end e r   que   os   con f l i t os   são   pa r te   da   r ea l i dade ,   e

ap ren de r   novas   m ane i ra s   de   re so l vê ­ l os ,   em   vez   d e   f ug i r   de le s .

Q ua l que r   depend en t e   q u ím i co   se m   usa r   d r oga   é   um   m i l a g re .

M an t e m os   o   m i l ag r e   em   con t ínua   recu pe r açã o ,   a p re ndend o   a   con f i a r

m a i s   na   a juda   de   De us   e   v i ve r   o   “ Só   po r   Ho je ”   a l i v i a   a   ca r ga   d o

pa ssado   e   o   m edo   do   f u tu r o .   Ap r endem os   a   to ma r   a t i t u des   necessá r i as

e   a   de i xa r   os   resu l t ados   nas   m ãos   de   De us .

I m bu ído s   nes te   e sp í r i t o   sen t im os   o r gu l hosos   de   se rm os

m er ecedo r es   dessa   g raça   e   con t i n uam os   nos so   t r aba l ho   de

r ecup e ra ção   da   dep endên c ia   q u ím i ca ,   segu indo   na   l u t a   co n t r a   a   m or t e ,

r es t au ran do   v i das ,   v i sando   p r even i r   e   con sc ien t i za r   a   soc i edade   em

ge ra l   dos   dan os   caus ados   pe las   d rog as .

2 . 4 M et odo lo g i a

­   P l ano   Esp i r i t ua l :

O   r ecup e ra ndo   t em   que   se   co nsc ien t i za r   do   va l o r   do   s i l ênc i o   e   d a

o r açã o ,   na   u n i dade   com   o   Se nho r .

A   ba se   da   p r og r am açã o   de   re cupe r ação   da   Fazen da   Senho r

Je sus   de   Lav r as   é   f un dam en t ada   n a   e sp i r i t u a l i dade   e   sua   p rog ram ação

co ns i s t e   em :

• S an tas   M issas ;

• Te rço s ;

• O ra ção   da   M anhã ;

• A do raçã o   Euca r ís t i c a ;

• E nsa ios   de   C an tos ;

• Vi a   Sac r a ;

• R eu n iões   de   g r upo s   de   o r açã o ;

• E ncon t ro s   co m   o u t r as   com un i dades   e   m ov i men t os   re l i g i o sos ;

• R eu n iões   de   A l coó l a t ra s   an ôn im os   –   AA   e   Na r có t i co s   Anôn im os   –

N A;

• P a l es t ras   p r o f e r i d as   pe lo   Pad r e   I s r ae l   e   depo im en t os   dos   i n t e r nos ;

• Te rap ia   ve r ba l   e   i nd i v i dua l .

­   P l ano   da   Te rap ia   O cupac ion a l :

A s   a t i v i dad es   que   com põe m   e s ta   t e r ap i a   são :

• Tr aba lho   de   ho r t i cu l t u r a :   desen vo l v im en t o   de   ha b i l i dades   dos

in t e r nos   n a   h o r t a   co mun i t á r i a   da   Fazen da ,   f e i t a   em   s i s t em as   de

r od íz io ,   pa ra   a l im en t ação   da   comu n id ade   e   t re i na me n t o

p r o f i s s i ona l i zan t e ;

• C oz i nha   e   copa :   r e f e içõe s   p rep a ra das   pe lo s   p r óp r i os   i n t e rn os ,   bem

co mo,   a   l i mp eza   e   a r ru m ação   do   m a te r i a l   u t i l i zad o   pa r a   a

p r epa raç ão ;

• La vande r i a :   l avag em   de   r oupas   pes soa i s   f e i t a   pe lo   p r óp r io

r ecup e ra ndo ;

• Fa x i na   da s   de pendê nc ias   da   f azend a :   f e i t a   d ia r i am en te   pe l os

in t e r nos ;

• G ru po   de   dan ça   e   te a t r o :   f o r ma ção   de   um   g ru po   en t r e   os   i n te r nos

pa ra   ap r ese n ta ções   den t r o   e   fo r a   da   Fa zenda ,   com   a   f i na l i dade   de

leva r   a   me nsagem   de   qu e   é   poss íve l   se r   a leg re   e   d i ve r t i r ­ se   se m   o

us o   de   d r ogas ;

• E du cação   f ís i ca ,   f u t ebo l ,   yog a   e   ae rób ica ;   a p l i cado   pa r a   o

co nd ic ionam en t o   f ís i co   e   de senvo l v i me n to   de   concen t ra ção   dos

in t e r nos   po r   um   p ro f i s s iona l   da   á r ea ;

• C on se rva ção   e   p res e rva ção   das   be n fe i t o r i as ,   e qu ip ame n t os   e

u t ens í l i o s   da   Fazenda ;

• Tr aba lho s   na   O f i c i na   P r o f i s s io na l i z an t e :   co ns i s t e   n a   r ecup e ra ção   de

be ns   m óve i s   da   Fa zenda   e   d esenvo l v i m en t o   d a   capa c i dade   c r i a t i va

do s   i n t e r nos .

* * * *

3     Ob je t i vo   do   p ro je to

O   p r esen t e   p r o je t o   t em   com o   ob je t i vos ,   den t r e   ou t r os ,   no

co n te x to   de   um a   no rm a l i dade   de   causa   e   e f e i t o :   ( a )   con t r i bu i r   no

p r oce sso   r ecupe r ação   de   de pende n te s   de   d r oga ;   ( b )   con t r i bu i r   na

ca pac i t ação   e   aqu i s i ção   de   con hec im en t os   pe los   re cupe r ando s   qu e

ve nham   p r op i c i a r   u ma   m e lh o r   r e in t eg r ação   so c i a l   v i a   mer c ado   de

t ra ba l ho ;   ( c )   d i vu lga r   j un t o   aos   d i ve r sos   seg u im en t os   soc ia i s ,

p r i nc ipa lm en t e   na   com un i dade   un i ve r s i t á r i a   da   UF LA,   a   na t u r eza   e

i mp o r t ân c ia   dos   t ra ba lh os   desenvo l v idos   pe la   ARES T   –   A ssoc ia ção   de

R ecupe r açã o   pe la   Ed ucação ,   Sa úde   e   T r aba lho ,   resp onsáve l   pe lo

ge ren c iam en t o   da   Fazen d i nha   Senho r   Jesus ;   ( d )   t o r na r   su f i c i en te ,   em

um   fu tu ro   o   m a is   b r eve ,   pa r a   u t i l i zação   i n te rna ,   a lg uns   seg u i me n to s

p r odu t i vos .

A   un i ve rs i dad e   Fede ra l   de   Lav r as ,   UFLA ,   na   busca   de   um   Pro je t o

I ns t i t uc io na l   com pr o me t i do   co m   o   seu   p lane ja me n to   de   ações

s i s t em a t i zado   de   f o r m a   co le t i va ,   e l abo r a ,   no   mo men t o ,   o   s eu   P la no   de

D esenvo lv im en t o   I ns t i t uc i ona l   pa ra   o   pe r ío do   de   2005   /   20 10 .   É   um a

aç ão   es t ra t ég i ca   n o   que   d i z   r espe i to   á   sua   f i l o so f i a   de   t ra ba lh o ,   à

m issã o   a   que   s e   p rop õe ,   às   d i r e t r i zes   ped agóg ica s   que   o r i en tam   es t as

aç ões ,   à   sua   es t r u tu r a   o r gan i zac io na l ,   l og ís t i ca   e   às   a t i v i dades   d e

E ns i no ,   Pesqu i sa   e   Ex t ensão .

O   PDI   /   UF LA   busca   t r aça r ,   os   ca mi nhos   a   se r em   segu i dos   pe la

I ns t i t u içã o   nos   p r óx i mos   c i nco   anos ,   den t ro   dos   p r i nc íp io s   es t r a t ég i cos

leva n ta dos ,   a p ro ve i t ando   suas   po t enc i a l i dade s   e   opo r tu n ida de   de

am b i en t e   acadêm i co ,   t ecn o lóg i co   e   c i en t i f i co .   O   m esm o,   es t á

es t r u t u ra do   em   o b j e t i vos ,   es t r a t ég i as   e   ações   a   se rem   d i s t r i bu ídos   em

á r eas   pe r t i ne n t es   à   sua   comp e t ênc i a ,   co mo   o   ens i no   de   g ra duaçã o ,   o

en s i no   de   pós ­ g r aduaçã o   s t r i c t o   sens u   e   l a t o   sensu ,   os   p r og r am as   de

pe squ isas ,   as   a t i v i da des   de   ex t ensã o ,   a   ges t ão   de   re cu r sos   h uma nos ,

o   com pr om i sso   s oc i a l   com   o   co rpo   d i sce n te ,   o   d iá l o go   com   a

so c i edade ,   a   in f r a ­ es t ru tu r a   f ís i ca   e   l og ís t i ca ,   a   busca   de   exce lê nc ia ,   a

inse rçã o ,   da   un i ve r s ida de   em   sua   á r ea   d e   a tua ção ,   a   g es t ão

ins t i t uc i ona l ,   i nc l u indo   a   e s t r u t u ra   o r gan i zac i ona l ,   a lém   de   ab o rd a r   o

h i s t ó r i co   e   o   pe r f i l   i ns t i t uc io na l .

N o   co n te x to   da   UFLA ,   o   P rog ram a   PET   in i c i o u   suas   a t i v i dade s   em

19 88 ,   com   a   c r i açã o   d o   g rup o   f o r m ado   po r   a l unos   do   cu r so   d e

g r adu ação   e m   Eng enha r ia   F lo r es t a l .   M a is   ta rde ,   e m   1992 ,   f o r am

c r ia dos   m a is   02   (do i s )   g r upo s   co m   a luno s   cu j a   a t i v i d ades   a cad êmi cas

es tava m   v in cu lad as   aos   cu r sos   de   g r adu ação   em   Eng en ha r ia

A g ro nom ia   e   Zoo t ecn i a .   Em   1 995 ,   f o ram   c r i ad os   ou t r os   02   ( do i s )

g r upo s ,   v i n cu lados   aos   Depa r t am en t os   d e   Engen ha r i a   e   Depa r t a men t o

de   Adm in i s t r aç ão   e   Econ om ia .

E s tes   g r upo s ,   ao   l ongo   de   sua s   h i s t o r i as ,   busca r a m   dese nvo l ve r

o   con jun t o   de   ações   que   ce r ta m en t e   m ar ca ra m   a   f o r ma ção   dos   a l unos

in t eg r an t es   d o   p rog ram a ,   p rop o rc i ona ndo   um a   f o r m ação   d i f e r enc i ada

de   quase   um a   cen t ena   de   es t uda n te s   de   g r adu ação .   E s ta   f o r m açã o

d i f e r enc i ada   só   f o i   po ss íve l   g r aças   a o   e s fo r ço   co l e t i vo   de   p r ó ­ r e i t o r es ,

p r o f esso re s ,   t u t o r es   e   bo l s i s tas   e   a   o r i e n ta ções   do   p r o j e t o   po l í t i co

pe dagóg i co   d a   i ns t i t u iç ão   e   daqu e las   i ns t i t u c ion a l i zad as   pe lo   M EC   po r

m e i o   d o   m anua l   d e   o r i en taçã o   do   p rog ra m a   PE T .   P ode ­ s e   a f i r m a r   que   a

h i s t ó r i a   do   PET   /   U FLA,   i nc lu indo   as   suas   ações   de   p esqu i sa ,   en s i no   e

ex ten são ,   con t r i bu i u   de   f o r m a   s ign i f i ca t i va   pa ra   um a   ma io r   i n teg raçã o

en t r e   a   com un i dade   aca dêm ica   e   soc ieda de   l oca l   e   r eg i ona l .

N esse   es f o r ço   i n t eg r ado ,   o   p r og r a m a   PET   /   U FLA ,   des t acou ­ se

co mo   um   d os   p r i nc ip a i s   p r om o t o r es   de   s i mpó s ios ,   sem in á r i os ,

pa l es t r as ,   v i s i t as   t écn i cas ,   c u rso s   de   du raçõ es   va r iá ve i s ,   m a té r i as

t écn i cas ,   bo le t i n s   t écn i cos ,   r e la tó r i os   de   pesqu i sa ,   cam pan has   de

so l i d a r i edad e ,   p ro je t os   de   ex t ensão   un i ve r s i t á r i a ,   den t r e   ou t r os .   Ao

lon go   de   sua   ex i s t ênc i a ,   o   p r og r a ma   PET   tem   p ro cu r ado   adequ a r   sua s

aç ões   pedag óg ica s   às   po l í t i cas   de   ens in o   de   g r adua ção   da   i ns t i t u ição ,

a   Un ive r s id ade   Fede ra l   d e   Lav r as   –   UFLA.    

A ss i m   se ndo ,   e   f unda me n t ando ­ se ,   p r i n c i pa lm en te ,   nas   d i ve r sas

a l t e r ações   de   conduç ão   do   PE T ,   r ecen t e me n t e   i mp le men t adas   pe lo

D EP EM   /   SES u   /   M EC ,   ao   n íve l   nac ion a l ,   nós ,   m em b ro s   do   G ru po   PET­

A g ro nom ia   ac r ed i tam os   que ,   de   um a   fo r ma   ma is   s i gn i f i ca t i va

po de r em os   a ssum i r   um a   pos i ção   m ar can t e   no   con tex t o   dos   ob je t i vo s

p r ese n te s   no   PDI   /   UFL A,   con t r i bu i ndo   pa ra   uma   m a io r   va l o ra ção   da

ins t i t u i ção ,   n o   segu i men to   de   ex t ensão ,   ob je t o   do   p rese n te   p r o j e to .

4 ­   Dese nvo l v i men to :

4 . 1   Ca r ac t e r i zação   do   m e i o   f ís i co   ( so l o   e   águ a )   d a   á r ea   da   f azen d inh a .

E tap as :

1 . l eva n ta me n t o   p lano ­ a l t im é t r i co   da   p r op r i ed ade .

2 . co n fe cção   de   map a   e   r e l a tó r i o   de   capac i dade   de   u so .

3 . co n fe cção   de   map a   e   r e l a tó r i o   de   uso   a tua l .

4 . co n fe cção   de   map a   de   suges t ão   de   uso ,   no   con t ex t o   am b i en t a l .

5 . l eva n ta me n t o   e   ca rac te r i zação   quan t i t a t i va   e   qua l i t a t i va   do s

m ana nc ia i s   de   água   co r re n t e .

O   i t em   em   ques t ão ,   pa r t i nd o ­ se   do   f a t o   d e   que   as   ca r ac t e r ís t i cas

f ís i co ­ q u i m i cas   do   so lo ,   com ponen te   f undam en t a l   e   p r i nc i pa l

es t r a t i f i cado r   dos   ecoss i s t ema s   t e r r es t r es ,   a l i ado   a   aspec t os

r e l ac ionad os   ao   a mb i en t e   h íd r i co ,   e   c ons ide r and o ­ se ,   a inda ,   que   a

ág ua   é   um   d os   p r i nc ipa i s   f a to r es   d e   p rod ução   se   t o r na   im p r esc in d íve l

pa ra   t odas   e   qua i sq ue r   ações   f u tu r as ,   no   con tex to   ag r íco l a ,   pecu á r i o ,

r ec r ea t i vo   e   am b ie n ta l ,   na   p r op r i e dade   da   f azend i nha .

N es te   con t ex t o ,   é   n ecessá r i o ,   em ba sado   em   fu ndam en t os

t écn i cos   e   c ie n t í f i co s ,   p r ove r   i n f o r m açõe s ,   de n t r e   ou t ra s ,   r e l a t i vas   a :

­ C a r ac te r ís t i ca s   f ís i cas   dos   so los   ( aná l i se   g ran u lom é t r i ca ,   den s i dade

do   so lo ,   dens id ade   de   p a r t ícu l as ,   vo l um e   to t a l   de   po ros ,   re l ação   m ac r o

/   m ic r opo r os ,   e t c . ;

­   Ca r ac te r i zaç ão   da   f e r t i l i d ade   ( t eo re s   d e   bases ,   som a   de   b ases ,   t e o r

de   a lum ín io ,   índ ice   de   sa t u r aç ão   de   bases ,   índ ic e   de   sa tu r ação   de

a lu m ín i o ,   e t c . )   e   do   t eo r   de   ma t é r i a   o r gân i ca   do   so lo ;

­ C a r ac te r i zaçã o   de   aspe c tos   r e la c i onado s   á   oco r r ênc i a   d e   c la sses   d e

so lo s   e m   f unçã o   d a   pos i ção   na   pa i sag em   ( r e le vo ,   f o r m as   de   supe r f íc ie ,

de c l i v i dade ,   e t c . ) ;

­ C a r ac te r i zaçã o   d o   po t enc i a l   de   d i spo n ib i l i dade   de   água   nos   s i s te m as ,

be m   co mo   a   sazon a l i dade   da   mes m a;

­ C a r ac te r i zaçã o   de   i nd i cad o re s   q ua l i t a t i vos   ( san i t á r i o s )   re l ac io nados

ao s   r ecu r sos   h íd r i cos ;

  A s   i n f o r m açõe s   em   ques t ão   cons t i t u i rã o ,   t am bé m,   banco   de

da dos   pa r a   enca mi nham e n t o   d e   f u t u r os   p ro j e t os ,   com   dev id o

em ba sam en to   c i en t í f i co ,   a   ó rg ãos   de   f i nanc i am en t os   d i ve r sos   p a ra

i mp l eme n t ação   de   a t i v i dade s   o u t r as   na   Fa zend i nha .

4.2 ­ C u r sos   d e   ca pac i t ação   d os   r ecu pe r ados   em   a t i v i dad es   

po ten c ia i s   r e lac i onadas   a   pom ar es   e   ho r ta s   d a   p r op r i eda de .

N a   a t i v i da de   em   que s tão ,   se r ão   t ra ba lh ados ,   a l ém   dos

f unda me n t os   t écn i cos   pe r t i ne n t es ,   as pec t os   r e lac io nados   à   t e r ap i a

oc upac ion a l ,   d en t ro   de   u m   co n te x to   d idá t i co   ped agóg i co .

4.3­ C urso   de   p r odu ção   de   ho r t a l i ças   e m   h id r opon ia ,   

O s   m esmo s   se r ão   m i n i s t r ados ,   com   con t eúdos   t eó r i cos   e

p r á t i co s ,   no   Se t o r   de   H i d ro pon i a ,   na s   de pendê nc ias   do   De pa r ta m en to

de   C iênc ia   do   so lo   –   sob   a   o r i en taçã o   do   P r o f esso r   D r ;   Va l dem ar

Fa qu in .

4 . 4         T re ina men to   dos   recu pe r ado s   e m   a t i v i dades   p r á t i cas   j u n to   ao

se to r   de   h id r opo n ia   do   De pa r ta m en t o   d e   C iênc i a   do   So lo ,   sob

r espo nsab i l i dad e   do   P r o f esso r   Va ldem ar   F aqu in   –   Depa r t a m en t o   de

C i ênc ia   do   So lo   –   DC S  /   U FLA.

I m po r t an t e   se   f az   re ssa l t a r   que   o s   r ecup e ra ndos   q ue   se

ide n t i f i ca r em   com   a   a t i v i dade   em   qu es tã o   pode rão   fa ze r   um   es t ág i o ,

t o t a lm en te   p r á t i co ,   j un t o   ao   Depa r t am en t o   de   C iên c i a   do   So lo ,   du ran te

01   mê s .

4 . 5 ­   Cu rsos   de   capa c i t ação   em   c on f ecção   d e   a r tesa na to s   ( d i ve rsos )

pa ra   os   r ecupe r ado s .

A l ém   da   capac i taç ão   r e la t i va   a o   assun to ,   con f ecção   de

a r t esana t os ,   se rã o   t am bé m,   po r   p r o f i s s io na i s   dev id ame n t e

ca pac i t ado s ,   e xp l o r ados   os   aspec t os   r e la t i vo s   á   f undam en t os   d e

t e r ap i a   o cupac ion a l   –   de   im po r tâ nc ia   f undam e n t a l   n o   t ocan te   a   au to

co nhec im en t o   e   a u to   va lo r i zação   d o   se r   hum ano .    

4 . 6 ­   C i c los   de   pa le s t ra s   e   o f i c i nas   n o   to can t e   ao   au t o   co nhec im en t o   e

au to   es t i m a   pa r a   os   r ecu pe r andos ,   v i sando   o r i en tá ­ l os   no   t ocan te   à   r e ­

i nse rçã o   soc ia l .

O   p rese n te   i t em   se r á   conduz i do   con t ando   com   um a   e qu i pe   de

f o r m açã o   d i ve r sa ,   t a i s   co mo   educad o re s ,   t e ra peu t as   ocu pac io na i s ,

so c i ó l ogos ,   ped agogo s ,   e t c .

4 . 7 ­   P ro j e to   de   i mp l an t ação   de   pom ar es   de   f r u t í f e ra s   e   f ru t as   o u t r as   a

se rem   de f i n ida s   pe l a   com un i dade   da   faze nd in ha .

N es te   i t e m,   con t and o   p r i nc ipa l men te   com   a   p a r t i c i paçã o   de

p r o f esso re s   e   a lun os   da   UFLA ,   se r ão   t ra ba lh ados   a spec t os   t écn i cos

e   aspec t os   no   t ocan t e   a   necess i dade   de   mu dança   de   háb i tos

a l im en t a re s   –   den t r o   de   um   con t ex t o   ed ucac i ona l .

5 ­ Resu l t ados   Espe ra dos:

C on t r i bu i r   no   p r ocesso   de   r ecup e ra ção   de   depen den t es   de

d r oga s ;   aum en t a r   a   op o r t un i dade   dos   r ecup e ra ndos   no   to can t e   á

i n se rçã o   so c i a l ;   p rod ução   d e   h o r t a l iças ,   f r u t o s ,   l egu mes ,   e t c .   pa r a   au t o

su f i c iênc ia   da   i ns t i t u içã o ,   a   Fazen d inh a .