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Ano LVII • setembro • 2017 • n o 510 Brasil, sede do Colégio Internacional da ERI em 2017 - Florianópolis 23 a 28 de julho Projeto ENS 70 anos

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Brasil, sede do Colégio Internacional

da ERI em 2017 - Florianópolis 23 a 28 de julho

ProjetoENS 70 anos

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Í N D I C E

01 Editorial

Super-Região02 Essa é a nossa Terra!03 A Palavra04 Educar a Fé06 São Jerônimo07 Novidades da Comunicação08 Canonização do Padre Caffarel

Correio da ERI 09 Pelos caminhos da ligação na América11 Sacerdócio e Amor conjugal

Igreja Católica13 Amoris Laetitia - capítulo VIII14 Palavra do Papa

Vida no Movimento16 ENS 70 anos no Brasil 1950-202018 ERI - Colégio Internacional no Brasil - Florianópolis-SC20 Província Norte21 Província Nordeste I22 Província Nordeste II24 Província Centro-Oeste25 Província Leste

27 Província Sul I27 Província Sul II28 Província Sul III

Comunidade N. S. da Esperança29 Um novo despertar

Testemunho31 A semente foi lançada...32 ENS, um amor fraternal! 33 Carta para ENS34 Seu encontro pessoal com Deus

Reflexão36 Entrega dos casais ao Movimento37 As velas e o vento 38 Voltemos sempre à Peregrinação

Partilha e PCE39 Regra de Vida

40 Transição entre o imperfeito e o perfeito 41 O Dever de Sentar-se

Serviços nas ENS43 Casal Responsável de Região (CRR) 43 A experiência de ser CRR

45 Notícias

Equipes de Nossa Senhora

Car ta Mensa lno 510 • setembro • 2017

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622).Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos - Fotos pp. 2, 3, 4, 6, 27,31 e 41 Can Stock Photo - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 27.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

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editorial

Tema: “Ousar o Evangelho - PONTES SIM, MUROS NÃO”

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Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

Queridos irmãos equipistas,É com grande alegria que nos dirigimos mais uma vez a vocês.Nosso primeiro destaque vem da Província Centro-Oeste, que

nos presenteou com dois artigos interessantes: “Educar nossa fé” e outro que conta sobre São Jerônimo e o mês da Bíblia. Não deixem de ler.

Nesta edição, trataremos de algo que facilita cada vez mais nossas vidas, os meios de comunicação digitais. O Movimento está sempre preocupado em fazer uso das mais diversas ferra-mentas para ajudar em nossa interação. As novidades estão no artigo da comunicação externa da SRB.

Como dia 18 de setembro é o dia do falecimento do Padre Caffarel, o casal responsável pela causa de sua canonização no Brasil, Vicélia e Magalhães, nos convida a fazer um dia especial de oração e nos desafia a apresentar o Padre Caffarel a alguém que não pertença ao nosso Movimento.

Ainda nesta Carta, o correio da ERI apresenta o testemunho do casal Graça e Roberto, Casal Ligação da Zona América, e do Padre Jacinto, SCE da ERI, sobre a relação harmoniosa e profunda que tem entre si os sacramentos da Eucaristia, da Ordem e do Matrimônio.

Também temos novidades quanto aos preparativos para a co-memoração dos 70 anos das ENS no Brasil, que acontecerá em 2020.

Por fim, com alegria e muito trabalho, nossos irmãos da Pro-víncia Sul III prepararam Florianópolis para receber a visita da ERI. Foi um momento muito especial para os equipistas brasileiros. Alguns puderam estar presentes e muitos outros acompanharam de longe, pela tv, internet, Facebook. Nes-ta Carta trazemos os destaques do evento.

Que Maria Santíssima, modelo e pro-tetora das ENS, nos ajude a vivermos a fé, a esperança e o amor que recebemos de Deus a fim de transmitir a todos os nos-sos irmãos que não receberam a graça do Evangelho.

Abraço fraterno,

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super-região

Essa é a nossa Terra!

Com a graça de Deus tive a oportnidade de conhecer a Terra Santa. Uma viagem maravilhosa. De todas as experiências inesque-cíveis daqueles dias um fato me marcou muito. Quando chegamos em Belém, território palestino, nos-so guia era um jovem local que nos contou, nos intervalos da apresen-tação da cidade, as dificuldades que era ser cristão num lugar onde a grande maioria é mulçumana e que por causa disso vive em constan-te tensão com os judeus. Quanto sofrimento! Depois de ouvi-lo por algum tempo alguém que estava junto perguntou por que ele não ia embora dali. A resposta foi rápida, clara e direta: “Essa é minha terra”.

O mês de setembro, para nós bra-sileiros, é um mês tradicionalmente patriótico. Não que o brasileiro não seja sempre patriótico, mas setem-bro é o mês que comemoramos a Independência do Brasil. Talvez o nosso país nunca tenha precisado tanto reavivar o sentimento nacio-nal do que no atual momento que estamos vivendo. A crise econômica e política que atravessamos está re-pousada em uma crise muito maior e estrutural que é a crise ético-mo-ral. É com muita facilidade que escutamos, lemos ou assistimos, através dos meios de comunicação, agentes públicos, investidos de imensuráveis responsabilidades com a construção de uma nação forte e independente, agindo de manei-ra pouco republicana. São alguns políticos, funcionários públicos que

deixam seus interesses pessoais fa-larem mais alto que o compromisso assumido com o Estado brasileiro.

A celebração de um 7 de Setem-bro, particularmente na conjuntura atual, não pode restringir-se simples-mente ao hastear de uma bandeira, tampouco pode ser sinônimo de um feriado prolongado. Nós somos bra-sileiros e isso quer dizer que vivemos num país lindo, rico em reservas na-turais, com um povo hospitaleiro e acolhedor. Um povo trabalhador! É verdade que casos de corrupção são noticiados quase diariamente na mídia, mas esse não é o povo brasileiro. Nossa gente é formada de uma imensa maioria que não vai ter seu nome em nenhuma lista de escândalos e que acorda cedo, tra-balha duro e honestamente para voltar com o sustento de sua família ganho com o suor do seu trabalho.

Caros equipistas do maior país equipista do mundo, faço um pedido. Nesse 7 de Setembro, quando celebramos os 300 anos da aparição da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos unamos em oração pelo nosso país. Com a Fé e a Esperança, características da nossa gente, nós podemos superar qualquer obstáculo. Não desistamos do Brasil porque “essa é a nossa terra”!

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

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A PalavraO significado da palavra escu-

tar, do latim auscultare, é tornar--se ou estar atento para ouvir, ou-vir com atenção alguma coisa.

Então entendemos que para exercitar este sentido da escuta – um dom divino –, precisamos “pa-rar” o nosso tempo (cronus) ao menos um pouco. E para Escutar a Palavra, é exatamente isto que fazemos, paramos e ouvimos com atenção, para penetrar no (kairós) tempo de Deus.

A experiência de ouvir atenta-mente a Palavra, e torná-la viva, na nossa existência, na nossa fa-mília, na vida de nossos amigos, faz com que nossos corações se transformem, porque esta Palavra é espírito e vida, é concreta, é real.

A Palavra é o próprio Verbo Encarnado, é o Amor. E este é o projeto de felicidade mais boni-to e construtivo da nossa vida, o amor. O amor não destrói nem o inimigo, o amor constrói sempre!

Não podemos amar a Deus se não amamos nossos irmãos, independen-temente de quem quer que seja, pois Deus ama-nos como somos, e ne-nhum pecado ou defeito ou erro lhe fará mudar de ideia, pois para Ele to-dos somos prediletos e importantes, e nos ama mais do que nos amamos, e crê em nós mais que nós mesmos.

O Espírito Santo deseja habitar em nós, somos chamados à alegria eterna com Deus, esta é a nossa identidade espiritual: somos seus filhos amados sempre. Então se não a aceitamos, se vivemos des-contentes, pensando de modo ne-

gativo, significa não reconhecer a nossa identidade mais verdadeira, é como voltar-se para o outro lado enquanto Deus quer pousar seu olhar sobre mim, é querer apagar o sonho que Ele tem para mim.

Mas Deus tem muita paciência, sempre nos aguarda com esperança, mesmo quando ficamos remoendo as injustiças recebidas e o passado. Mas Ele acredita que podemos levantar--nos, não se resigna em ver-nos sem alegria, contra a nossa identidade.

E conta conosco porque o amor é tão grande que é capaz de entrar no nosso pecado, na nossa miséria, perdoar o pecado, sarar a miséria, entrar no nosso sofrimento, dá for-ça para o suportar, entra também na morte para a derrotar e nos salvar.

A Palavra portanto nos deixa fortes, sem medo, livres dos vínculos deste mundo, nos deixa sonhar com uma humanidade nova, sem ódio, sem corrupção, sem egoísmo, para olhar sempre para os outros com mi-sericórdia e ternura, sendo portadores da esperança, da luta pacífica pela honestidade e justiça, e principal-mente da alegria que gratuitamente recebemos de Deus, e gratuitamente devemos dá-la (cf. Mt 10,8) por-que muitos esperam por ela, e esperam recebê-la de nós! Com ale-gria.

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

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Ao longo da caminhada notamos que muitas pessoas têm medo das consequências de ser cristão. Medo por não ver claro o caminho, por despreparo ao se posicionar dian-te dos sérios questionamentos que surgem e interferem no seu comprometimento com as causas do Reino. Essas pessoas, muitas vezes, preferem manter-se na ig-norância, conservando apenas as tradições e devoções conquista-das no passado. São acomoda-das, não buscam estudar e apro-fundar seus conhecimentos sobre a fé e vivem na superficialidade acreditando ser o suficiente para a vida espiritual.

O cristianismo é vivido e teste-munhado em meio às incertezas. Mas também é vivido e testemu-nhado com coragem e esperança por muitos. É construído em meio

às lutas, e com muitas vitórias. É exigente com aqueles que assu-mem a responsabilidade de uma missão, mas acena para uma vida feliz com paz duradoura.

Ser cristão é ser audacioso em sua fé. É comprometer-se, de fato, com os anseios da humani-dade, promovendo a liberdade interior, a segurança na fé, a de-fesa dos direitos humanos com mais dignidade aos excluídos.

Hoje tudo está em mudança. Métodos que em outros tempos deram certo podem não apresen-tar mais condições de vivenciar e dinamizar a fé nos tempos de hoje. Para muitas pessoas a incer-teza sobre como julgar a realida-de e como adapta-la aos novos tempos é muito grande.

O documento da CNBB “Di-retrizes Gerais da Ação Evan-

“... Somos suas testemunhas e, portanto, nós vos falamos”

Educar a Fé

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gelizadora da Igreja no Brasil” nos alerta: “Não vivemos uma época de mudanças, mas numa mudança de época”. O que antes era certe-za servindo como referência para viver tem se mostrado insuficiente para responder as situações novas e inusitadas, deixando as pessoas indecisas em suas opções religiosas.

Não podemos perder a espe-rança. É preciso admitir que esta-mos em uma mudança de época que não atinge apenas os aspectos pessoais, mas os próprios critérios de compreensão da vida e de tudo o que a ela diz respeito. Estamos diante de um processo de mudan-ça profunda e irreversível, não há como negar. É preciso discernir para não se enganar.

Deus não interfere nas nossas decisões, sejam elas pessoais, so-ciais, econômicas, políticas e reli-giosas. Ele é bom e misericordioso. Compete a nós reconhecer e retri-buir de acordo com sua bondade e generosidade. É a gratidão que deve se manifestar. Não só em pala-vras, mas em testemunho e obras. (Frei Venildo Trevisan)

A gratidão tem sentido a partir do momento em que cada pessoa assume sua vocação como tarefa pessoal, contribuindo para o bem da humanidade. O Criador capa-cita a criatura com os dons ne-cessários e esta responde produ-zindo frutos para uma comunhão permanente. Assim será revelada a harmoniosa convivência entre a criatura e seu Criador.

Jesus com sabedoria admirável ajudava e motivava sempre seus seguidores para que nunca desis-

tissem, nem perdessem o rumo do seu pensar e agir, mas ape-sar de tudo, eles não compre-endiam plenamente a mensa-gem de Jesus. Nessa angústia, suplicavam: “Senhor, aumenta a nossa fé”. E o Senhor com Sua infinita bondade e conhecendo a fraqueza de espírito deles lhes mostra que a fé não pode ser medida em questão de tamanho e quantidade e sim em qualida-de e empenho por aquilo que se escolheu seguir.

O maior segredo da fé está na sinceridade com o ideal abraçado. Saber que haverá dúvidas, mo-mentos de fraqueza e até quedas, mas tudo isso vem para nos forta-lecer no cultivar da nossa humil-dade e esperança, levando-nos à maturidade espiritual. A felicida-de não está em não ter dificulda-des nem tentações, mas na per-severança em praticar boas obras. O Senhor diz: “Quem perseverar até o fim será salvo” (Mt.24,13). É nisto que consiste a grandeza do ser humano. É esse o caminho que conduz à mais nobre realiza-ção.

E encerramos com as pala-vras do Papa Francisco: “Ter fé não significa estar livre de mo-mentos difí-ceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos”.

Lú e NelsonCRP Centro-Oeste

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No dia 30 de setembro cele-bramos a memória litúrgica de São Jerônimo, que nasceu em 340 e faleceu em 420 d.C. São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, a Vulgata. Por cau-sa disso, desde 1947 se começa a celebrar este dia como o Dia da Bíblia.

Posteriormente, em 1971, com o objetivo de promover a difusão da Bíblia e sua leitura, a CNBB consagrou todo o mês de setembro como o mês da Bíblia. Era uma iniciativa que, seguindo as orientações do Concílio Ecu-mênico Vaticano II, possibilitava o acesso às riquezas da Palavra de Deus, pois na Constituição Dogmática Dei Verbum (DV), promulgada por Paulo VI em novembro de 1965, se afirma que “toda pregação eclesiás-tica, como a própria religião cristã, deve ser alimentada e regida pela Sagrada Escritu-ra”, que constitui “alimento da alma e perene fonte de vida espiritual” (n. 21).

O Concílio fundamentou-se na frase de Santo Agostinho, que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Daí o objetivo de difundir a Palavra de Deus e ajudar os fiéis a cada vez mais a terem em suas mãos esta rique-za que é a Sua Palavra.

A cada ano é sempre propos-

to pela CNBB o estudo de um livro da Bíblia, para ser aprofun-dado em pequenos grupos. O mês da Bíblia de 2017 se funda-mentará na Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses. A CNBB já preparou o livro base que orientará a parte teológica--bíblica, inspirando-se no tema “Para que n’Ele nossos povos te-nham vida”. Seu lema, “Anun-ciar o Evangelho e doar a própria vida” (1Ts 2,8). Neste tempo que nos voltamos para a evan-gelização, São Paulo, o grande evangelizador, sempre é fator de inspiração nesta árdua tarefa. Somos convidados e guiados pe-las autênticas experiências evan-gelizadoras do apóstolo Paulo.

Por fim, sabemos que para nós equipistas a Palavra de Deus é nosso alimento diário. Ela es-cutada e meditada vai produzin-do frutos em cada um de nós. Que a Sagrada Escritura nos faça crescer cada vez mais no conhe-cimento e amor de Cristo.

“O meio privilegiado para termos uma fé viva é deixar que penetre em nós a Palavra de Deus viva, criadora e recriadora”. (Pe. Henri Caffarel)

João Batista de LimaSCEP Centro-Oeste

SÃO JERÔNIMO

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A Super-Região Brasil lançou recentemente a app ENS BRASIL, que dá acesso direto de celulares e tablets ao site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br), onde é possível ler e ouvir a Carta Mensal e o Tema de Estudo do Ano, consultar as novidades nas abas Intercessores e Pe. Caffarel, acessar o material do Acervo de Formação e a Liturgia Diária da CNBB. Este app está dis-ponível para o sistema operacional IOS (Apple) e Android (demais apa-relhos) e pode ser obtido gratuita-mente nas respectivas lojas virtuais.

Manual de Identidade Visual das ENS

A Super-Região Brasil também está nos preparativos finais para o lançamento do Manual de Identidade Visual das Equipes de Nossa Senhora, que conterá as orientações para os equipistas de como proceder com o logo do Movimento, banners e fai-xas, timbre de páginas, as cores de cada Província e as orientações para criação e manutenção de informati-vos, blogs, sites e páginas em redes sociais. Em breve o Manual de Identi-dade Visual será divulgado para todos os equipistas e estará disponível para baixar pelo site.

Congresso da Pastoral FamiliarAs Equipes de Nossa Senhora fo-

ram representadas por nós e Padre Paulo Renato no Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que aconteceu entre 8 e 10 de setembro em Cuiabá (MT), onde foram apresentados vários temas referentes à família para cerca de 2 mil participantes e que serão dis-ponibilizados aos equipistas nas próxi-

mas edições da Carta Mensal e no site do Movimento.

Na aba do Processo de Canoniza-ção do Pe. Caffarel foi colocado um tutorial para orientar a forma correta de referenciar as citações do Pe. Caffarel em palestras, artigos, entrevistas e toda publicação eletrônica feita por equipis-tas. É muito importante para o seu processo de canonização que seus pensamentos escritos sejam divul-gados, mas também é de suma im-portância que quando escrevemos ou falamos algo do Pe. Caffarel tenhamos certeza de que a citação é fiel ao original e a fonte de onde foi retirada. Pedimos muita atenção, pois uma frase mal construída atribuída ao Pe. Caffarel pode atrapalhar ou até mesmo suspender seu processo de ca-nonização.

Acervo de Formação Tem como objetivo ajudar os equi-

pistas no aprofundamento de seu co-nhecimento sobre o Movimento. Neste estão disponibilizados todos os docu-mentos de orientação, além dos temas de estudo desde o ano 2000, e a partir de 2017 também na opção de áudio, todo o material produzido pela Super--Região Brasil como os filmes que abor-dam o tema de estudo, reunião por reunião, a p r e s e n t a -dos pelo Pe. Paulo Renato.

F i q u e m com Deus.

Cristiane e BritoCR Comunicação

Super-Região

Novidades da Comunicação

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O dia 18 de setembro – data do falecimento do Pe. Caffarel – se aproxima e todos

nós equipistas somos convidados a fazer dessa data um dia especial de oração pela Causa de Canonização do Servo de Deus Henri Caffarel.

O mundo de hoje está carente de Deus, de famílias unidas e harmoniosas, de casais felizes no casamento, de padres e religiosos realizados e certos da sua voca-ção. E ninguém melhor do que o Pe. Caffarel, profeta para o nosso tempo, para ajudar aqueles que querem procurar a felicidade ver-dadeira, a realização completa e a santidade pela sua vocação.

É necessário que a Igreja e a sociedade conheçam o Apóstolo do Matrimônio e seus ensinamentos sobre este Sacramento. Torná-lo conhecido permitirá que muitos outros casais descubram o sentido e a profundidade do seu amor conjugal.

“Mestre de Oração”, ele conduziu muitos fiéis pelo caminho da oração, e seus livros, suas reflexões, seus artigos continuam formando e levando a uma maior intimidade com Deus.

Seus ens inamentos sobre a oração e os sacramentos do amor (o Matrimônio e a Ordem) são muito valiosos nesses nossos tempos. Não podemos guardar esse tesouro só para nós.

Assim, além da oração pela Causa de Canonização propomos um desafio: Que tal falar do Pe.

Caffarel para alguém que ainda não o conhece? Hoje somos mais de 50 mil equipistas no Brasil. Já imaginaram quantas pessoas poderão ser beneficiadas se cada um de nós se propuser a falar dele para alguém? Pode ser um colega de trabalho, um vizinho, um parente, um amigo, o seu pároco, aquela religiosa que você conhece, aquela paroquiana que sempre vem reclamar do marido, aquele paroquiano que sofre ou então aquela pessoa que nos pede oração para uma necessidade sua.

Podemos também oferecer a Oração para a sua canonização, ou dar um livro dele de presente, ou falar da importância que ele tem na sua vida, ou ainda indicar a página do Facebook dedicada a ele.

Fiquem sossegados! As pessoas não vão estranhar a conversa de vocês. Pelo contrário! Aqueles que não pertencem ao Movimento se encantam muito facilmente pelo Pe. Caffarel, por sua obra, por seus escritos. É o que temos experimentado seguidas vezes.

Fica então o desafio! E não se esqueçam de que “Falar do Pe. Henri Caffarel é evangelizar os homens e as mulheres que procuram a felicidade” (Pe. Marcovits – XI Encontro Internacional, Brasília, 2012).

Vicélia e MagalhãesSRB - CR Causa de Canonização

do Padre Caffarel

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Canonização do Padre CaffarelVocês aceitam um desafio?

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É uma grande alegria podermos dar conta da experiência vivida nes-te dom especial recebido do Senhor, que nos chamou para servir à ERI e, nesta, atribuiu-nos o serviço de liga-ção com a Zona América.

Essa atividade alargou o nosso horizonte de fé e tornou-se para nós uma “verdadeira escola” de interna-cionalidade. Vivemos nela a experiên-cia rica e complexa da diversidade das culturas anglo-saxônica (do Canadá e EUA) e latina (dos países hispânicos e Brasil) que se unificam quando o Es-pírito fala ao nosso coração e se ma-nifesta em nossas atitudes.

A nossa principal atividade na Ligação tem sido aprofundar as re-lações entre as SR Hispano-América (HA), EUA, Brasil e Região Canadá com a ERl para que esta tenha um amplo conhecimento da realidade vivida na base dessas SR/RR e as suas decisões sejam conhecidas e adota-das em todas as suas instâncias.

Outra dimensão deste serviço tem sido animar as inter-relações nas SR/RR na perspectiva da comunhão fraterna, fruto e sinal da presença amorosa de Deus entre nós. Importa fortalecer a vida de equipe para efe-tivar o auxílio fraterno e o sentido de pertença ao Movimento.

A seguir apresentamos-lhes al-guns sinais:

A SR Hispano-América é mar-cada por duas características: a des-centralização das suas equipes por 16

países, do Mé-xico à Argen-tina, e pelo es-forço permanente de formação para que os quadros permaneçam fieis às orientações e diretri-zes do Movimento.

A sua expansão avança, em especial na Colômbia, cujo número de equipes é 43,5% das equipes da SR. Uma nova Província constituída pelas seis Regiões existentes na Colômbia foi criada recentemente.

A semente das ENS já foi seme-ada em Cuba. A boa nova é que o “Arcebispo de Havana, Mons. Juan de la Caridad Garcia”, autorizou o início do Movimento em Cuba e in-dicou dois padres para acompanhar as primeiras equipes. A esperança e o desafio são grandes, Cuba é terra de missão.

A SR EUA é uma grande SR. Pos-sui 855 equipes distribuídas em 13 Regiões e 4 Províncias. Estas foram criadas em 2015, no contexto do projeto de “aggiornamento” pre-parado pela Equipe Internacional de Formação, ligada à ERI, para retomar o vigor e o espírito preconizado pelo carisma, mística e pedagogia do Mo-vimento.

A semente caiu em solo fecundo. As Províncias estão sendo benéficas para a SR, por constituir uma equipe de serviço intimamente ligada ao CR

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correio da ERI

Pelos caminhos da ligação

na América

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pela SR, por reordenar a formação dos quadros em todos os níveis da estrutura e pela expectativa de da-rem continuidade à implantação do Encontro de Equipes Novas ao longo de 2017. Também a vida dos setores está sendo revigorada com o resta-belecimento das equipes de serviço e a revalorização dos Casais Ligação.

A SR Brasil, por sua vez, carac-teriza-se pelo elevado espírito de pertença e por um profundo com-prometimento com as iniciativas do Movimento, em particular no que se refere à formação, à expansão e à vida e obra do Padre Caffarel.

A partir de 2015, a SR Brasil re-alizou um esforço importante para implantar o Plano de Formação Permanente. No ano seguinte, com a aplicação dos módulos “Equipes em Caminho, Equipes em Movi-mento e Novo Fôlego” em todas as Províncias e Regiões do País, o Brasil concluiu esse processo e pas-sou a caminhar de acordo com o Plano 2012/2018 da ERI.

Em 2017, o Brasil realizou uma Formação Nacional para Novos Responsáveis de Região e de Setor reunindo num encontro os 150 casais recém-empossados. O evento tratou do espírito de ser-viço e dos principais assuntos que integram e orientam a vida do Mo-vimento, levando os participantes a uma tomada de consciência das dimensões do Movimento, apro-ximando-os entre si e também da equipe da SR.

As ENS no Canadá apresentam hoje uma expansão segundo três núcleos: Quebec, Ontário e Alber-ta. O idioma falado pelos equipistas

em cada um desses núcleos é, res-pectivamente, o francês, o inglês e o espanhol.

O projeto “Solidariedade” da ERI tem aportado recursos para a realização da Formação no Canadá, através da Equipe Internacional de Formação para América, que rea-lizou o “Encontro Equipes Novas” em Edmonton e Toronto e “Novo Fôlego” em Quebec.

Em junho de 2016, participamos do Encontro Nacional que celebrou os 60 anos das ENS no Canadá. Pu-demos sentir o entusiasmo, a amiza-de, a fraternidade, assim como apre-ciar o otimismo e a esperança que os irmãos canadenses depositam no futuro do Movimento no País.

Nos sentimos imensamente fe-lizes pela renovação dos quadros que ocorre no Canadá. Pela pri-meira vez, teremos um CR Regional oriundo do Setor de Alberta (3.800 km de Quebec). Como toda obra do Espírito, traz um ânimo novo, pois o novo casal sabe que é dom de Deus e leva no coração um so-pro de vida que irá animar e renovar as ENS no Canadá.

O nosso rumo agora aponta para Fátima 2018. Tempo privilegiado para refletir, discernir e... agir. Que todos nos mobilizemos para cele-brarmos juntos, de 16 a 21 de julho de 2018, Alegr ia do Encontro.Pe.Caffarel, intercedei a Deus por nós.

Graça e Roberto RochaCL Zona América

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Um dos temas em estudo no interior do nosso Movimento é o lugar do Conselheiro Espiritual nas Equipes de Nossa Senhora. Esta re-flexão é necessária, por causa da falta de sacerdotes que possam prestar este serviço, que é mais sensível em algumas Regiões e Super-Regiões. A questão é perti-nente porque a intuição carismá-tica do nosso Movimento faz da relação dos dois sacramentos, da Ordem e do Matrimónio, um dos princípios mais originais na espiritualidade cristã contem-porânea. É para vos ajudar no discernimento que deve ser feito nos casos em que a falta de padres se torna mais dramática que desejo hoje chamar a vossa atenção para a riqueza que, tanto para os casais como para os conselheiros espirituais, representa esta relação espiritual dos dois sacramentos na mística do nosso Movimento.

O que é que os casais dão ao Conselheiro Espiritual? O mais belo dom que os casais dão ao Conselheiro Espiritual é a pos-sibilidade de partilharem num clima de oração e de amizade espiritual a vida concreta dos casais e das famílias, que contribui para a encarnação e a humanização do ministério sacerdotal. A fecundidade do amor conjugal que se manifesta nos filhos e nos compromissos apostólicos do casal e da família ajuda o Conse-lheiro Espiritual a perceber que o seu celibato também deve ser fecundo, na alegria e no entusiasmo da sua consagração sacer-dotal. Por sua vez, os casais aprendem com o seu Conselheiro Espiritual que a sua fecundidade conjugal deve ser casta. Além disso, os casais recebem do Conselheiro Espiritual toda a riqueza do seu ministério sacerdotal, no qual representam Jesus Cristo na sua relação esponsal com a Igreja: Cristo e a Igreja, o esposo e a esposa, é este o mistério que se torna presença efetiva na equipe que se constrói sobre a base destes dois sacramentos, que põem em evidência o mesmo mistério, ou seja, a relação esponsal entre Cristo e a Igreja. No matrimónio sacramental o esposo representa Cristo e a esposa a Igreja. Mas ainda há algo mais profundo: a ligação eucarística que une os dois sacramen-

Sacerdócio e Amor conjugal

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tos. Quando o sacerdote diz na consagração – “Isto é o meu corpo entregue… sangue derramado, faz suas estas palavras, de tal modo que ele mesmo se torna um corpo entregue, um sangue derramado pela Igreja, pelos outros, pela Equipe. Mas, por seu lado, quando os noivos na celebração do seu casamen-to trocam o consentimento pelo que se aceitam e prometem ser fiéis durante toda a vida estão também a dizer o mesmo que a fórmula eucarística: eu sou para ti um corpo entregue, um sangue derramado; já não me pertenço a mim mesmo, mas a ti, e para sempre, num amor que é mais forte que a morte. O mistério eucarístico ilumina tanto o sacramento da Ordem como o Sacramento do Matrimônio, que se tornam expressão viva e eficaz de um amor pleno, exclusivo e total que os cônjuges e os sacerdotes fazem de si mesmos para os outros.

Vede, caríssimos casais, a relação harmoniosa e profunda que têm entre si estes três grandes sacramentos: a Eucaristia, a Ordem e o Matrimônio. Mas o segredo e a força para viver este ideal de santidade vêm de outras instâncias, isto é, do sacramento do perdão e de uma vida intensa de oração tanto pessoal como comunitária ou conjugal.

Aqui está o grande mistério que celebramos e que vivemos na relação dos dois sacramentos no interior das nossas Equi-pes. Aqui está o património espiritual que guardamos vivo no carisma e na espiritualidade do nosso Movimento. A presença do Conselheiro Espiritual na equipe e no Movimento não pode ser secundarizada, mesmo na situação de falta de padres, em alguns lugares mais do que em outros. Não podemos perder a riqueza com que a divina Providência dotou a Igreja. Naqueles anos os casais desejavam viver a santidade enquanto casais unidos pelo sacramento do matrimônio. Hoje há muitos que já não acreditam no matrimônio, menos ainda no sacramento. É por isso que o carisma e a missão das Equipes de Nossa Se-nhora na Igreja e no mundo são hoje mais atualis do que nunca.

Convido-vos a refletir sobre este tema durante o Dever de Sentar-se, e fazer dele também tema da vossa oração conjugal.

Dou-vos a minha bênção e levo-vosno meu coração sacerdotal.

Pe. José Jacinto F. de Farias, scjSCE da ERI

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O capítulo oitavo da Amoris Laetitia intitula-se “acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”. Este capítulo tem dois eixos: o re-conhecimento da fragilidade dos casais e a necessidade pastoral da Igreja de acolher os casais em situação irregular, por meio do acompanhar, discernir e integrar estes casais no seio da comuni-dade eclesial. Para que isto acon-teça, o Papa Francisco apresenta cinco princípios, apesar da Igreja não poder deixar de propor a per-feição do ideal do sacramento do matrimônio e convidar para uma resposta mais plena a Deus.

O primeiro princípio é o da gradualidade na pastoral, que significa o acompanhamento das situações diversas até a celebra-ção religiosa do sacramento do matrimônio, mesmo reconhecen-do as situações das pessoas que não conseguem ou deixaram de viver esta realidade, dando aten-ção pastoral misericordiosa e en-corajadora, por meio da “gradua-lidade no exercício prudencial dos atos livres em sujeitos que não estão em condições de compre-ender, apreciar ou praticar plena-mente as exigências objetivas da lei” (no 295).

O segundo princípio indica o discernimento das situações cha-madas “irregulares”, evitando

a marginalização dos casais que vivem estas situações e procuran-do reintegrá-los na vida eclesial, favorecendo de alguma maneira a participação “na vida da comu-nidade, quer em tarefas sociais, quer em reuniões de oração, quer na forma que lhes possa sugerir a sua própria iniciativa discerni-da juntamente com o pastor” (no

297). Mas é preciso distinguir en-tre uma nova união, fruto de um divórcio recente, e outra união consolidada há tempos. Cabe aos sacerdotes acompanhar os casais que vivem em uma situação irre-gular em vista de um discernimen-to guiado pela busca da verdade e caridade do Evangelho, propostas pela Igreja (no 300).

O terceiro princípio é o das circunstâncias atenuantes no dis-cernimento pastoral, que significa levar em conta os condicionamen-tos e circunstâncias que podem atenuar a responsabilidade pesso-al e limitar a capacidade de deci-são (no 301).

O quarto princípio é a relação entre as normas e o discernimento, que deve fazer mais que analisar se a pessoa cumpriu ou não uma nor-ma, mas “discernir e assegurar uma plena fidelidade a Deus na existên-cia concreta de um ser humano (no 304). Todavia, “um discernimento prático de uma situação particular

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igreja católica

Amoris Laetitia Capítulo VIII

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não pode ser elevado à categoria de norma” (no 304), considerando o caminho da caridade fraterna (via caritatis) como a primeira lei dos cristãos (no 306).

O quinto princípio é o da ló-gica da misericórdia pastoral, que, sem se negar a apresentar o “ideal pleno do matrimônio, o projeto de Deus em sua grande-za” (no 307), leva a acompanhar com misericórdia e paciência a construção cotidiana das possíveis etapas de crescimento das pesso-as, dando lugar à “misericórdia do Senhor” que incentiva a praticar o bem possível (no 308). Aos pas-tores cabe “facilitar” a graça de Deus e não “controlar”, a fim de que para os crentes e os afasta-

dos chegue o “bálsamo da miseri-córdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à men-te de cada pessoa” (no 309). Aos fiéis, que vivem situações com-plexas, cabe aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor, para rece-berem uma luz que permita compreen-der melhor o que está acontecendo e descobrir um cami-nho de amadureci-mento pessoal (no 312). Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann

Setor E, Porto Alegre-RS

Palavra do PapaSó a partir do amor na família se pode regenerar o mundo

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O Papa Francisco escreveu que “somente a partir do amor, a família pode manifestar, difundir e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não é pos-sível viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos”. Estas palavras do Pontífice estão na carta de preparação para o Encontro Mundial das Famílias que acontecerá de 21 a 26 de agosto de 2018, em Dublin (Ir-landa), e tem prevista a sua par-ticipação. O encontro, cujo tema

é “O Evangelho da Família: Alegria para o Mundo”, é orga-nizado pelo novo Dicastério para os Leigos, Família e Vida, presidi-do pelo Cardeal Kevin Farrel. Na carta, o Pontífice deseja “ofere-cer algumas indicações precisas” para que as famílias tenham a oportunidade de “aprofundar a sua reflexão” sobre a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. “Poderíamos nos per-guntar: Será que o Evangelho continua sendo alegria para o

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mundo? A família continua sen-do uma boa nova para o mundo de hoje?”, escreve Francisco.

“O amor de Deus é o seu ‘sim’ a toda a criação e ao ser humano, centro da criação. É o ‘sim’ de Deus pela união entre o homem e a mulher, abertura e serviço à vida em todas as suas fases. É o ‘sim’ e o compromisso de Deus pela humanidade ferida, maltratada e dominada pela fal-ta de amor”. Na carta, também pergunta às famílias se “estão vivendo a partir do amor, para o amor e no amor”; isso significa concretamente: “doar-se, perdo-ar-se, não perder a paciência, an-tecipar ao outro e respeitar-se”. Como fez em várias ocasiões, o Papa destaca a importância de três palavras: “com licença”, “obrigado”, “desculpa”, e con-vidou a vivê-las na vida familiar. “Sonho uma Igreja em saída, não autorreferencial, uma Igreja que não passe distante das feridas do ser humano. Uma Igreja miseri-cordiosa que anuncie o coração da revelação do Deus Amor que é Misericórdia”. Francisco asse-gurou que “as famílias cristãs são lugares de misericórdia e teste-munhas de misericórdia” e de-seja que sejam ainda mais depois do encontro de Dublin.

Na coletiva de imprensa de apresentação da carta no Vati-cano, o Cardeal Farrel desejou que o evento possa “incidir visi-velmente na intensa comunhão de todo o povo de Deus e to-das as famílias cristãs ao redor do Papa”. Além disso, solicita “o protagonismo ativo de todas as comunidades eclesiais e dos responsáveis pastorais em vários níveis para que cada experiência seja recolhida e possa circular através da mídia”.

Assim como o Papa Francis-co pede às famílias para levar a sua alegria para o mundo. Pa-dre Caffarel também solicitava o apostolado dos casais quando afirmava que “o casal cristão colabora com o crescimento da Igreja de maneira original, espe-cífica e insubstituível” (L´anneau d´Or, 1963, disponível em Espi-ritualidade Conjugal, uma pa-lavra suspeita, p. 151), além de incentivar a presença dos casais nas paróquias: “Há atividades que marido e esposa podem empreender e continuar juntos. Algumas até exigem que se lhes consagrem como casal: forma-ção de noivos, acolhimento dos catecúmenos, ajuda aos jovens casais, auxílio aos casais desuni-dos” (idem, p. 163).

Adaptado da carta do Papa Francisco em preparação para o Encontro Mundial das Famílias 2018 em 30/4/2017 por

Cristiane e BritoCR Comunicaçã

Super-Região

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“É bom olhar para as origens a fim de meditar nas lições que encerram e novamente partir com passo decidido para a missão que

aí está à nossa frente. O passado prepara o futuro”. (Pedro Moncau Jr. - O sentido de uma vida - ed. 2015, p. 10)

A primeira Reunião de Equi-pe no Brasil ocorreu no dia 13 de maio de 1950; portanto, em 2020 comemoraremos os 70 anos dessa presença que tanto bem tem feito a casais e à Igreja no Brasil.

Como parte desta comemora-ção, a Super-Região decidiu ela-borar um projeto para pesquisar e consolidar as várias fontes da his-tória das Equipes de Nossa Senho-ra em cada Província, que resultará num acervo sobre o caminhar no Brasil, desde sua chegada até os dias atuais para evidenciar “algo mais do que o simples entusiasmo”, como o Pe. Caffarel diz no Discurso de Chantillly.

vida no movimento

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Algumas razões que nos motivam:

- o único relato histórico consoli-dado e organizado do Movimen-to no Brasil é o livro da D. Nan-cy, em 2000, quando as Equipes completavam 50 anos;

- o nosso Movimento é um movi-mento de vida, não apenas de ideias, pensamentos ou docu-mentos. A preservação da me-mória vai reter as vivências e experiências que escreveram a caminhada das Equipes em cada Província. Casais e sacerdotes que iniciaram o Movimento no Brasil infelizmente estão nos deixando, e muitos já se foram.

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Isto impõe urgência no resgate desta história;

- o Secretariado, antes de 2000, organizou e classificou os docu-mentos lá existentes, mas esse acervo não foi totalmente utili-zado, e esse acervo também não contempla a história das Provín-cias, que precisa ser registrada.

- a memória em imagens é pe-quena. É possível que muitos guardem fotos e filmes de suas vidas no Movimento, e não que-remos que se percam;

- uma forma de celebrar os 70 anos é a edição de um livro comemora-tivo para evidenciar a caminhada de casais e conselheiros na busca da santidade;

- outra forma seria um livro-tema em 2020, para relatar toda esta riqueza que será colhida.

Esse projeto disponibilizará o acervo nas diversas mídias (site, li-vros, Carta Mensal, Facebook, etc.), permitindo que as gerações futuras conheçam as maravilhas que o Se-nhor operou naqueles que se puse-ram a serviço do Movimento e do Reino em todas essas décadas.

É um projeto de dimensão na-cional, portanto foi definido que estará sob a direção do Casal Res-ponsável pela Super-Região Brasil, que contará com o apoio de um co-legiado, que é a equipe do projeto.

Essa equipe é composta de um responsável pelo projeto em cada Província; dois pesquisadores de acervos (Secretariado e Carta Mensal); o organizador do acervo histórico, que receberá, organiza-rá e validará as contribuições dos pesquisadores e dos equipistas, um repórter para entrevistas e depoi-

mentos, e também um Conselheiro Espiritual.

Se você tiver algum documento, foto, testemunho, junte-se a nós, entrando em contato com o casal responsável pelo projeto na sua Pro-víncia através dos emails:

Província Norte: Rita e Fernando email: [email protected]

Província Nordeste I: Delanie e Augusto email: [email protected]

Província Nordeste II: Zezinha e Jaílson email: [email protected]

Província Centro-Oeste: Mariola e Elizeu email: [email protected]

Província Leste: MG/ES: Adriana e Franciscoemail: [email protected]

Província Leste RJ: Susie e Paulo email: [email protected]

Província Sul I: Maria Clara e Antônio Luiz email: [email protected]

Província Sul II: Wanda e David email: [email protected]

Província Sul III: Jamila e Marcelo email: [email protected]

Abraço carinhoso, e boa pesquisa!

Hermelinda e Arturo CR Super-Região

Maria Alice e Ivahy Cooordenação Exec. Projeto

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A cidade de Florianópolis rece-beu no final do mês de julho casais e conselheiros das SR e RR (direta-mente ligadas à ERI) do mundo para participar do Colégio Internacional, no Recanto Champagnat.

A equipe da ERI é composta pelo Casal Responsável Tó e Zé, o Conse-lheiro Espiritual Padre Jacinto, o Ca-sal Secretário Beca e Pedro (todos de Portugal), Casal Responsável pelas Equipes Satélites Clarita e Edgardo (da Colômbia), Casal Responsável pelo Site Internacional e Equipes Jo-vens Françoise e Rémi (da França), Casal Ligação da Zona Europa Cen-tral Mahassen e Georges (do Líba-no), Casal Ligação da Zona Eurásia Helen e Paul (da Inglaterra), Casal

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Ligação da Zona Euráfrica Amaya e José Antonio (da Espanha) e o Casal Ligação da Zona América Graça e Roberto (do Brasil). O casal Mahas-sen e Georges não esteve presente por motivo de saúde.

Esta equipe da ERI esteve reunida no período de 18 a 22 de julho, e em seguida, entre 23 e 28, aconte-ceu o Colégio da ERI, com o tema “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5), com representantes de todas as Super-Regiões e Regiões onde o Movimento está presente: França, Bélgica, Itália, Espanha, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Canadá, Ilhas Maurício, Austrália, Estados Unidos, Colômbia, Polônia, Índia, Síria, Lí-bano, Togo e Brasil, totalizando 75

ERI - Colégio Internacional no Brasil - Florianópolis-SC

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participantes, entre casais e conse-lheiros.

Durante este período acontece-ram fortes momentos de oração, nas missas e nas orações preparadas por diferentes países, onde todos celebraram, cada um no seu idioma, mas unidos na Eucaristia. O pon-to alto destes dias foi a vigília que aconteceu da noite do dia 25 até o amanhecer do dia 26, finalizado com uma bela Celebração Eucarísti-ca logo ao amanhecer.

O Colégio também foi marcado por fortes momentos de reflexão sobre a vida das Equipes de Nossa Senhora em todos os países em que está presente, contemplando as di-versas realidades e culturas, com tes-temunhos do casal e do conselheiro da Síria.

Aconteceram também momen-tos de convivência e grupos entre os participantes, proporcionando en-

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trosamento e troca de experiências, vivenciando a verdadeira mística, ajuda mútua entre países e diversas realidades, todos procurando seguir o mesmo caminho: a vivência plena do Evangelho de Jesus Cristo.

No dia 29 a ERI se encontrou com 500 equipistas no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, onde aconteceu uma Audiência Pública, na qual os casais da ERI puderam responder perguntas previamente enviadas pe-los equipistas de todo o Brasil, e foi transmitida ao vivo para todo o Brasil (está no site, com a chamada “En-contro dos Equipistas com a ERI”, assistam!), e foi encerrada com uma Celebração Eucarística, seguida de uma confraternização e convivência com os equipistas lá presentes.

Cristiane e BritoCR Comunicação

Super-Região

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Nos dias 17 e 18 de julho de 2017, os Setores Manaus da Região Norte I receberam pela primeira vez a Formação Permanente Encontro Novo Fôlego, onde estiveram pre-sentes 10 equipes destes 4 setores que, totalizando 40 casais e viúvos participantes, tiveram a alegria de viver uma valiosa troca de experiên-cias em casal e em equipe.

Destacamos a especial acolhida que foi carinhosamente preparada pela EJNS – Setor Manaus e, ao som de muita música e forte animação, os participantes já tiveram, na en-trada do encontro, uma amostra das boas surpresas que foram pre-paradas para este final de semana.

À luz de Jo 5, 2-9 “Levanta-te, toma a tua cama e anda”, cada tema apresentado pela equipe de formadores conduziu os casais ao ponto inicial da vida juntos, remeten-do-os a momentos especiais desde o

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PROVÍNCIA NORTE

ENCONTRO NOVO FÔLEGOAmor com um novo fôlego

namoro e trazendo aos dias atuais a memória de tudo o que sustentou e sustenta o amor conjugal amadure-cido nesta bela caminhada em casal e em equipe dentro das ENS. As ce-lebrações que fazem parte desta for-mação, presidida pelo SCE da equi-pe de formadores, Pe. Paulo César, também conduziram os equipistas a uma renovação de união conjugal e compromisso no caminhar das ENS.

A partilha nas equipes mistas foi outro ponto de forte testemunho e emoção para muitos dos parti-cipantes. Revelar-se um ao outro trouxe lindas declarações de amor e gratidão pela vida de casados que se tem hoje e por tudo que foi construído até chegarem na fase atual da sua vida conjugal.

Refletir sobre o início da caminha-da, rever atitudes e ações na vida da equipe e do Movimento, propor um novo agir em casal e em equipe, por

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tudo isso saímos de lá com o coração agradecido na alegria partilhada por todas estas 10 equipes que, certa-mente, levaram o que propusemos

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FORMAÇÃO NÍVEL III:pertencer às ENS

PROVÍNCIA NORDESTE I

ENCONTRO DAS EQUIPES EM MOVIMENTO

vir buscar: um Novo Fôlego!Márcia e Juarez Santos

CRR Norte IManaus-AM

Aconteceu em Santarém (Setores A e B) Região Norte III, nos dias 17 e18 de junho de 2017, a sessão de Formação Nível III, com a parti-cipação de 30 casais, e contou com a presença do casal Hermelinda e Arturo, Casal Responsável da Super-Região Brasil. Foram momentos de renovação com o espírito de pertença às Equipes de Nossa Senhora, de aprendizado e fortalecimento da caminhada. Juntos construímos mais uma parte da nossa “ponte” que nos leva à santidade.

Marilena e JesusCRP Norte

As ENS da Província Nordeste Re-gião RN II, sob a coordenação do ca-sal provincial, realizaram nos dias 17 e 18 de junho de 2017, em Caicó-RN, o Encontro das Equipes em Movimen-

to. Foi um momento de grande reno-vação na caminhada equipista dos casais participantes. Os temas abor-dados no evento despertaram os ca-sais para desempenharem com maior

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eiro, a fim de que brilhe para todos” (Mt 5, 15). Assim também não po-demos guardar conosco todos esses ensinamentos, mas devemos levá-los aos demais casais da nossa equipe, da nossa comunidade, e do mundo.

Agradecemos a Deus e a Nossa Senhora que por meio deste Movi-mento nos proporcionam momen-tos como este que só engrandecem a espiritualidade conjugal e solidi-fica o sacramento do matrimônio nos tornando capazes de dar nosso testemunho de casais cristãos na comunidade.

Terminamos todos convictos de que fomos chamados por Deus, e nós O seguiremos!

Gecilma e BatistaEq. N S da Conceição

Caicó-RN

O canto da Ir. Miria Kolling diz exatamente o que a Equipe For-madora das Regiões PE I e PE II confirma sobre o chamado ao ser-viço, pelo Senhor: “E pelo mundo eu vou. Cantando o teu amor. Pois

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afinco sua missão no Movimento, na Igreja e no mundo. A chama da espiritualidade que com o decorrer do tempo parece querer apagar-se foi reacendida em cada casal. As ex-periências e os ensinamentos parti-lhados redirecionaram o caminhar equipista que talvez já tendesse a perder o rumo. Os testemunhos da-dos e a comunhão com outros ca-sais reanimaram nossas esperanças e nos motivaram a continuar firmes a busca por nossa santidade conju-gal. Saímos do encontro muito mais esclarecidos quanto à missão do ca-sal equipista, como também qualifi-cados para exercê-la.

Como nos diz o próprio Jesus em seu Evangelho: “Não se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o cande-

PROVÍNCIA NORDESTE I I

SERVIR COM AMOR E ALEGRIAdisponível estou, para servir-te, Se-nhor”.

Neste último EEN, que acon-teceu em Gravatá (PE II), a alegria foi a tônica do encontro, com uma equipe de apoio formada pelos ca-

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sais de Chã Grande e Gravatá, que despertou em nós uma grande ad-miração, pois éramos um só corpo e um só coração.

Cinco anos passamos traba-lhando essa maravilhosa forma-ção para os novos equipistas sob a orientação do Casal Provincial: Encontro de Equipes Novas. Pare-ce que foi ontem que iniciamos a organização do primeiro EEN, ainda com a Região Alagoas fa-zendo parte da nossa Equipe Formadora. O tempo passou, e os encontros foram sendo apri-morados e dinamizados, sempre buscando o melhor para o cres-cimento na fé e maior conhe-cimento dos equipistas sobre a pedagogia das Equipes de Nossa Senhora. Muito crescemos tam-bém, aprimorando nossas ideias e buscando métodos para o me-lhor entendimento da mística e do carisma do Movimento pelos participantes.

Iniciamos a missão no final do ano de 2012. Durante esse perí-odo, foram 10 encontros, em di-versas cidades e Regiões, tendo a Região Pernambuco II solicitado a maioria dos encontros, cinco no total, para 132 casais, ALAGOAS

três encontros para 81 casais e PE I dois encontros para 44 casais, num total de 257 casais.

Agradecemos muito ao cha-mado do Senhor e aos responsá-veis, que acreditaram e confiaram no nosso trabalho, assumido com muito amor e alegria, na certeza de que “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fl 4,13).

Obrigado aos amigos que fi-zeram parte dessa maravilhosa Equipe Formadora, pois aprende-mos a amar mais, e superarmos dificuldades sem atropelos, con-fiando sempre na graça do Se-nhor. Um obrigado particular ao Sacerdote Conselheiro da equipe que sempre esteve presente nos orientando e partilhando seus dons. Como é bom ouvir uma pa-lavra amiga no momento certo.

Servir com amor e alegria foi o que aprendemos nas ENS, e é assim que continuamos nos co-locando a serviço do nosso ma-ravilhoso Movimento. Que Nossa Senhora continue nos acompa-nhando, e que Deus seja louva-do, hoje e sempre!

Lúcia e AlcindoEq. Formação PE-1 e PE-2

Pernambuco

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Nesse ano, em que o Estado de Mato Grosso do Sul completa 40 anos de sua criação, em pleno de-senvolvimento também no Movi-mento, a Região Mato Grosso do Sul avança ao som da Palavra de Deus: IDE!!! E as expansões em nossa Região se apresentam como desafios vencidos e a vencer.

Dentro do estado continuamos a crescer, encontrando solo fértil em novas cidades. A mais recen-te descoberta de amor é a cidade de Bataguassu, onde três grupos de Experiência Comunitária finali-zaram em julho essa etapa de vi-vência e tornaram-se Equipes em Pilotagem, sob os cuidados inces-santes do Setor Maracaju.

Mas estamos avançando para além da fronteira estadual e le-vando aos irmãos-vizinhos as be-lezas do Movimento.

Chegamos a Cuiabá, capital de Mato Grosso, onde já se ha-via tentado implantar as equipes sem obter sucesso, mas desde o

ano passado 7 grupos de Experi-ência Comunitária foram criados pelo Regional anterior e deram seu SIM no final de maio, e inicia-ram a etapa de Pilotagem, sendo acompanhados por Casais Coor-denadores de Experiência e Casais Pilotos da Região Mato Grosso do Sul, à qual as novas equipes estão ligadas diretamente como Equipes Distantes. Foi realizada uma cele-bração para este momento, e a alegria dos novos equipistas e dos conselheiros era visível.

Seguindo em outra direção, há certo tempo nossos irmãos paraguaios de Pedro Juan Ca-ballero demonstraram interesse em conhecer e também em ser equipistas, pois acompanham o Movimento em Ponta Porã. Po-rém, havia uma necessidade de primeiramente buscar o diálogo entre a Super-Região Brasil e a Super Região Hispano-América, responsável pelo Paraguai, para que houvesse a devida autoriza-

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PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

A REGIÃO MATO GROSSO DO SUL ESTÁ CRESCENDO...

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ção do Bispo da Diocese de Con-cepción, a qual está ligada Pedro Juan. Numa reunião muito agra-dável, tivemos a oportunidade de levar a documentação necessária e apresentar o Movimento para Monsenhor Miguel Angel Cabello Almada, que se mostrou bastante receptivo e nos autorizou a buscar

catorze casais e dois sacerdotes para dar início a dois grupos de Experiência Comunitária e come-çar a a caminhada.

Magnificat!!!Cristiane e Danilo

CRR Mato Grosso do Sul Campo Grande-MS

“Chamou-os e eles seguiram-no“ (Mt 4, 18-22).Quanta alegria pela oportunidade de participarmos do

EEM/2017 – Região Minas III e IV, um encontro norteador do caminhar diário nos ensinamentos de Jesus, em casal e em

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EEMENCONTRO DE EQUIPES

EM MOVIMENTO

PROVÍNCIA LESTE

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equipe, para testemunho da Boa Nova e da expressão do amor de Deus aos homens.

O encontro levou cada casal e cada equipe a melhor compreender o dom Divino do Amor Conjugal – do “ir ao encontro do outro” -, que tem no Movimento das ENS a ins-pirada metodologia para seu desenvolvimento (CARISMA), em íntima comunhão com Deus (MÍSTICA).

Vimos bem que nossa adesão ao Movimento, à sua me-todologia calcada no exercício dos PCE, deve ser fruto de raciocínio intelectivo expresso nas ATITUDES de VIDA em re-lação ao cônjuge, à família, à equipe e ao mundo, levando--nos ao testemunho e ao serviço para a construção do Reino de Deus.

Não há lugar para o comodismo ou para o egocentrismo: a adesão efetiva ao Movimento exige decisão, vontade fir-me e perseverança no caminhar constante para crescimen-to da espiritualidade do casal e para replicar as incontáveis bênçãos recebidas no seguimento da pedagogia das ENS, centrada na Palavra do Senhor.

Ao longo de todo o encontro, foram desenvolvidas re-flexões por grupos mistos, propiciando fantástica troca de experiências e vivências. Os frutos colhidos já puderam ser sentidos em reunião posterior realizada por cada uma das equipes de base, em um autêntico e salutar Dever de Sen-tar-se em equipe.

Saímos desse encontro, motivados e bem conscientiza-dos de nossos pontos fracos para o aprimoramento do exer-cício de nossa vocação conjugal, melhoria do auxílio mútuo em equipe e do trabalho de dar a conhecer Deus que vive em nós. Queremos acolher bem o próximo, membro vivo da nossa Comunidade Eclesial, para construirmos um mundo melhor a partir de nossa vida de casal cristão.

Agradecemos aos organizadores e formadores que se de-dicaram e doaram o seu tempo para todos que ali estiveram, reavivando a chama do amor, da alegria e do testemunho, fazendo-nos voltar para nossos respectivos caminhos cheios de gratidão por esse tempo compartilhado, todos renova-dos pelo atendimento ao chamado de Jesus, prontos a dar--Lhe seguimento!

Margarida e CézarEq. N. S. da Boa Viagem

Pouso Alegre-MG

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Ministrados pelo CRP, ouvimos sobre o Carisma e a Mística do Mo-vimento formado dentro da Igreja, e como tal, dentro das prerrogativas que lhe foram dadas pelo seu fun-cionamento legal, verificamos que essa estrutura se estabelece dentro de um grau de responsabilidade de seus membros de tal maneira que os objetivos de evangelização fa-miliar acontecem e se manifestam dentro dos trabalhos que os casais realizam no âmbito de suas paró-quias.

As Equipes de Nossa Senhora se mantêm graças às atualizações que seus membros realizam e se prepa-

ram para atuar nos serviços que são necessários para a manutenção des-sa estrutura, que ficou claramente expresso nas atividades que foram praticadas.

Verificamos que a presença do Espírito Santo se manifesta no am-biente carinhoso e de respeito que todos sentiram durante a sua reali-zação, sinal de que em suas equipes acontece a amorosa vivência seme-lhante à relatada no início da “Ecclé-sia” nos Atos dos Apóstolos: “Vede como eles se amam...”

Angélica e ChanquettiEq. N. S. do Rosário

Limeira-SP

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SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL III:o sim à responsabilidade

PROVÍNCIA SUL I

PROVÍNCIA SUL I I

NOVO FÔLEGO, NOVA VIDAQuando fomos convidados a

participar da formação permanente “Encontro Novo Fôlego”, na espe-ra ansiosa para o dia estabelecido comentávamos: como será ótimo para nós mais esse processo de for-mação.

Por que da ansiedade e do julgar ótimo? Porque sentíamos em nos-so corações que só recebemos do Movimento coisas belas no fortale-

cimento e na felicidade de nossa vi-vência no sacramento do Matrimô-nio, e essa formação, com certeza, não seria diferente.

Chegou o dia, recepção amável, oração serena e o convite para re-fletirmos sobre nossa caminhada; já são inúmeros Dever de Sentar-se, e assim como os outros, este valeu muito a pena, pois percebemos que nossos projetos se realizaram,

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dando-nos alegrias e sugerindo to-madas de atitudes, continuamos sonhando e tendo a convicção de mudanças para melhor.

Sentimo-nos cansados nesta caminhada de casal, de família, de equipe? Talvez sim, mas nunca de-sanimados, sempre recebendo um alento quer dos filhos, dos pais, da família, quer da equipe, recebendo formações, e se ainda sentíamos--nos cansados, faltava-nos o ar, veio--nos agora esse Novo Fôlego, fôlego que nos encheu a alma, o peito e o coração, do sopro do Espírito Santo.

O Novo Fôlego abriu-nos pers-pectivas, novos caminhos, e mos-trou-nos que a felicidade a dois é a cumplicidade do amor e que a felici-dade em equipe é a alegria do corpo.

PROVÍNCIA SUL I I I

Esta formação deixou bem claro para nós: vamos continuar sendo felizes no amor pessoal, conjugal e familiar e decidimos fazer da nossa equipe sinal vivo do amor de Deus, de estar a plenos pulmões no Espí-rito Santo, vivendo a felicidade em plenitude e abundância, porque o Senhor fez, faz e fará em nós verda-deiras maravilhas.

Se valeu a pena essa formação? Faça a experiência e viva o amor como vivemos, o êxtase do amor que ainda viveremos. Vá, não perca a esperança, abrace a felicidade do amor, e, como nós, viva feliz!

Vilma e ToninhoEq. N. S. Mãe do Sagrado

Coração de JesusSão José do Rio Preto-SP

Formação Permanente:Formação das Equipes Formadoras

Depois dos encontros pilotos realizados em 2016, a Formação Permanente, através dos Encon-tros de Equipes em Caminho, En-contros de Equipes em Movimen-to e Encontro de Equipes Novo Fôlego estarão presentes ano a ano em nosso Movimento.

Frente à importância destes encontros para a caminhada de cada equipe e com o objetivo de assegurar que na UNIDADE os conteúdos destas formações si-gam plenamente as orientações

da Super-Região Brasil, foi realiza-da na Província Sul III uma Forma-ção para as Equipes Formadoras.

Agora, vendo a alegria e a de-dicação dos Casais Formadores em bem preparar estes encontros, esperamos que com a mesma ale-gria cada equipe diga SIM ao con-vite para esta formação e possam provar e se abastecer da “água que jorra desta fonte”.

Adriana e Hudson Pe. Antônio Júnior

Província Sul III

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Um novo despertarConsidero a vida uma encruzilhada que nos leva a decisões. E não foi diferente quando, após 38 anos de vivência em comum, meu marido, Lauro, partiu para a casa do Pai. Era, realmente, uma vida compartilhada. A felicidade de termos 3 filhos; a mesma área profissional; o mesmo Departamen-to da Universidade Federal de Santa Catarina; servir como ministros da Eucaristia juntos... A felicidade de jurar dian-te de Deus que permaneceríamos unidos na alegria e na tristeza; na saúde e na doença, até que a morte nos separe. E assim foi; mesmo sem muito entender a profunda responsabilidade das palavras, permanecemos fiéis até que, após 8 anos de enfrentamento de um câncer, em outubro de 2010, o Lauro partiu.

A encruzilhada não foi modesta. Esmorecer diante da dor ou refazer a caminhada da vida. Lampejos de respon-sabilidade, de doação, obrigaram-me a sentir-me viva. Es-tou sofrendo... Meus filhos também estão sofrendo. Assim, compartilhamos nossa dor; nossa saudade; nosso luto. Bus-camos no mais fundo da alma o que havíamos construído juntos com o Lauro, tão carinhoso e espiritualizado.

Ouvia, então, falar das Comunidades Nossa Senhora da Esperança, sem entender muito o significado. Recebia con-vites para participar deste Movimento, mas meu coração es-tava por demais doído. Não queria culpar Deus pela morte do Lauro, que em seu caminho de dor nunca O havia ques-tionado, por que eu? – isso se fazia claro em minha mente.

Realmente, não estamos sós. Deus não nos abandona e persiste em ficar conosco. E mais um convite e mais um, até que uma coordenadora das CNSE, iluminada pelo Espí-rito Santo, me faz o mesmo convite – para entrar no grupo Nossa Senhora das Alegrias, em Florianópolis. O lampejo da graça iluminou-me na decisão de aceitar, enfim, o convite, mesmo que sem muita convicção. E aqui estou há 4 anos. E Deus continua me chamando, agora, como viúva partici-pante da coordenação regional, nesta minha Florianópolis.

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E participando dos encontros no meu grupo, comecei a me reencontrar, porque estava perdida sem o Lauro. Toda uma vida bem estruturada parece ter se desfeito. Mudar de casa; mudar de paróquia, frequentada há mais de 30 anos, onde servíamos em tantas pastorais; morar sozinha e, ainda, quando não somos mais tão jovens... A metodologia das comunidades, com suas raízes no incentivo à Leitura da Palavra; à Meditação Diária... à Acolhida; com a ajuda do orientador espiritual ou Conselheiro Espiritual, nos leva, aos poucos, à volta à nossas raízes adormecidas pela dor. E, após cada reunião espiritual-mensal, após meditar, rezar, refletir os temas, propostos com dedicação e critério para atender nossa realidade; compartilhar; acolher e ser aco-lhida, começo a me sentir novamente inteira; a reconstruir minha identidade; a aprender-compreender que viuvez é um tempo de busca da santidade, e nela podemos, sim, ser in-teiras, felizes.

Acolhida e ajuda minhas amigas e eu encontramos nas CNSE, como revelam os depoimentos, quando perguntei a cada uma o que representava o grupo Nossa Senhora das Alegrias para elas: 1) ”O grupo para mim representa força renovada a cada mês”; 2) ”Sinto-me mais amparada, mais protegida, mais forte; 3) “Nossa convivência redirecionou minha vida”.

E, assim, permanecemos unidas, sob a proteção de Nos-sa Senhora da Esperança, agradecendo e rezando por aque-les que se doam para que nós possamos nos levantar e, a exemplo de Nossa Senhora, permanecer de pé, junto de nossos filhos, de nossos familiares e de tantas pessoas que encontramos em nosso apostolado.

Deus os abençoe! Obrigada.

Terezinha Kuhn Junkes Colegiado Regional - CNSE

Florianópolis-SC

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testemunho

A SEMENTE FOI LANÇADA...

Há cerca de um ano, fomos desafiados a coordenar mais uma Experiência Comu-nitária, desta vez em outra paróquia, na cidade vizinha. Um pouco de receio sim, mas com o coração cheio de vontade e disponibilidade, para colaborar com a ex-pansão do Movimento. Afinal, somos con-vidados todos os dias a OUSAR.

Podemos dizer que encontramos solo fértil, pois ali estavam alguns casais bem--dispostos a se prepararem para se tornarem equipistas no fu-turo. Encontramos dificuldades sim, não foram poucas, mas continuamos firmes, com o objetivo de fazer germinar algu-mas sementes, mas também conscientes de que nem todos estão abertos às exigências do Movimento, até por experiência com as demais, que já passamos.

Afirmamos categoricamente que foi um ano de muito aprendizado, de troca de ideias, com casais bem mais maduros e experientes que nós, e muitos deles também envolvidos em outros Movimentos da Igreja. Nos fortalecemos muito, nesse ano de convivência e partilha, além de ter novos irmãos e ami-gos, por quem temos um enorme carinho e apreço.

Nem sempre o caminho é feito de flores, há trechos  na poeira... mas Deus tem nos preparado para OUSAR. Estamos imensamente felizes pelo SIM de alguns casais e também pelos que não aderiram, pois com certeza eles  levaram um pouco desse aprendizado, de como viver em comunidade, em casal.

Foi um ano de dedicação, em que nos preocupamos com cada reunião, preparamos com muito amor cada um dos 16 encontros, e as informais. Agradecemos de coração ao casal setor, e ao casal expansão, que também muito colaboraram para chegarmos até aqui.

Sejam bem-vindos, queridos casais de Bela Cruz, paróquia de Nossa Senhora da Conceição, ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, ao setor Ceará Norte III, que possam crescer e dar frutos, e que seja cem por um.

POR TUDO DEUS SEJA LOUVADO!Meiry e Raimundinho

Eq.01 - N. S. das GraçasCruz-CE

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Eu e meu esposo, Gilton, somos casados há 19 anos, temos duas filhas, Tífany com 17 anos e a Car-mem Emily com 10 anos. Carmem nasceu com uma síndrome rara.

Confesso que receber a notícia não foi nada fácil, administrar a ci-ência de um filho deficiente não é fácil, meu mundo caiu, fui tomada por um turbilhão de sentimentos: medos, incertezas, angústia. Graças a Deus esses sentimentos ruins logo foram amenizados, com o apoio de meu esposo, minha outra filha, os casais de minha equipe, familiares e amigos. Claro que lágrimas incon-táveis tomavam conta de nós dois, mas com elas vinha a força da fé, estrutura que desenvolvemos den-tro das ENS, que é uma base espiri-tual muito forte para nós.

Antes dos 3 meses de vida ela teve bronquite, o diagnóstico nos parecia a concretização da ida dela, o coração batia tão forte de medo que chegava literalmente a doer. Logo decidimos marcar o batizado. Quando liguei para a paróquia, a se-cretária disse que os batizados eram

realizados aos domingos, mas como eu queria que ela fosse batizada na Paróquia de N. S. do Carmo, não hesitei em pedir para minha coma-dre falar com o padre que marcou o batizado para o dia seguinte, e na quarta feira, às 15 horas, ela foi ba-tizada.

Assim que completou 2 anos, ela apresentou complicações devi-do à cranioestenose, um problema que fecha os espaços do crânio an-tes do tempo certo, com isso preci-sou ser submetida a uma cirurgia de urgência. A cirurgia foi marcada no Hospital Beneficência Portuguesa, e fomos para São Paulo. Na semana da cirurgia, resolvi montar um exér-cito de orações pela vida de minha filha, pedindo orações em todos os blogs e endereços que eu via que eram pertencentes às ENS.

Na noite que antecedia nossa viagem um senhor de nome Geraldo me telefonou oferecendo apoio e es-tadia. Agradeci e, quando disse que a nossa necessidade era de orações, ele insistiu pedindo para que eu ano-tasse os números de telefone, pois no dia da cirurgia ia nos visitar. Fo-mos para São Paulo sem muita cer-teza de uma volta feliz, mas a fé e a perseverança em Deus eram maiores que o medo. Viajamos, mas dois dias antes da cirurgia alguém me telefo-nou por parte do hospital cancelan-do a cirurgia e só nos restava voltar para casa. Então lembrei do Geraldo e liguei para explicar o ocorrido. Ele me disse que retornaria a ligação ainda naquele dia e que não tomas-se nenhuma decisão para voltar. Não entendi nada, mas resolvi esperar.

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ENS, um amor fraternal!

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No fim do dia ele me retornou di-zendo que era médico e que conhe-cia o diretor do hospital, assim, já tinha resolvido o mal-entendido e que estava tudo certo como antes. A Carmem Emily operou, passou 16 dias em coma na UTI e mais 14 dias na enfermaria, esse casal abençoa-do que não nos desamparou, envia-do por Deus, e mais várias pessoas unidas em orações.

Era mês de Maria quando tudo isso aconteceu. Todas as noites ca-

sais das ENS, do ECC, da Pastoral Familiar, parentes, amigos e co-nhecidos rezaram o Terço de Nossa Senhora pela vida de minha filha, pedindo a intercessão de Jesus a Deus. Dia 16 de julho de 2017 Carmem Emily completa 10 anos. O Poderoso fez em nós maravilhas e Santo é o Seu Nome!

Aglaedna e GiltonEq.01 - N. S. de Fátima

Setor A Itabaiana-SE

”Foram mais de quinze anos ininterruptos de atuação no Movi-mento, período em que meus pais foram ativos, participando de reuni-ões e frequentando eventos regio-nais e até Encontro Internacional.

Meu olhar distante, de um fi-lho crescido que já não morava mais com seus pais, via um grupo de casais que se relacionavam em uma comunidade pautados pelos dogmas da Igreja e da fé. Com ig-norância enxergava semelhança a uma rede social em que participa-vam apenas casais com a mesma crença católica.

Porém, algo muito forte acon-teceu e percebi que esta comuni-dade é diferente de tudo. Infeliz-mente, minha família viveu três meses de agonia, nos quais minha amada mãe lutou contra um cân-cer devastador. Neste período ela lutou pela vida e com o coração muito apertado a vimos sofrer.

E foi neste difícil momento que pude perceber a grandeza deste Movimento, em que verdadeiros

amigos, com um amor incondicio-nal, frequentaram a casa dos meus pais e trouxeram carinho, fé e amor. 

Vi os casais das ENS cuidando da minha mãe como se fosse uma irmã. Vi os casais das ENS confor-tando e amparando meu pai. Vi os casais das ENS cedendo seus ombros para enxugar as minhas lágrimas e de meus irmãos.

Não deveria citar nomes, pois sei que cada membro das ENS que conheceu minha mãe, Sandra, a colocou em suas preces. Mas mes-mo sabendo disso, e podendo ser injusto com alguns, não poderia deixar de dizer muito obrigado à Tânia e ao Paulo, à Adriana e ao Sepinho, à Sonia e ao Carlos, ao Padre Rodolfo e em especial a toda Equipe 14. Desejo que con-tinuem nesta linda caminhada, a qual minha mãe seguirá olhando do céu. 

Muito obrigado.João Paulo R. Torres

(filho do casal Sandra e Álvaro) Eq.14 - Jacareí-SP

Carta para ENS 

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Quando nos comunicamos com alguém queremos falar e ouvir o que o outro tem a nos dizer. Entretanto, quando queremos dialo-gar com Deus nem sempre ouvimos a Sua voz. E muitas vezes fica-mos angustiados e até mesmo desolados porque não conseguimos ouvir a Sua voz. Em diversas situações pedimos por um conselho, por uma ajuda, por um milagre, mas não ouvimos a Sua voz. No nosso dia a dia não conseguimos ouvir a voz do Senhor como des-crito no 1o Livro de Samuel (Sa 3, 1-10), onde o pequeno Samuel fica agoniado, pois somente ele consegue ouvir a voz do Senhor. Eli então o orienta a ficar deitado e quando ouvir novamente o cha-mado de Deus dizer: “Fala Senhor, que o teu servo escuta”.

Podemos não perceber, mas Deus nos fala através de diferentes “mídias”. O som dos pássaros, dos ventos, da água correndo, da chu-va... Ele também nos fala através dos acontecimentos, das aparições, das situações inusitadas. Mas para compreender o que Ele quer nos dizer precisamos estar com nossos sentidos abertos, pois é através dos sentidos que nos comunicamos com o ambiente e com o Divino.

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Seu encontro pessoal com DEUS

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O grande problema dos dias atuais é que recebemos tantos es-tímulos que perdemos a nossa percepção do Divino. Deus nos deu esse paraíso terreno para usá-lo tanto quanto necessário para aten-der nossas vocações e através dos nossos dons fazer o bem, mas com tantos estímulos nossos sentidos e sentimentos vão ficando desordenados e desorganizados. Precisamos ordená-los para voltar a ouvi-Lo.

No início de 2016 estávamos angustiados porque, apesar de toda ajuda dos PCE, não conseguíamos “nos encontrar”, e numa reunião o SCE de nossa equipe nos deu uma sugestão que está transformando nossa vida conjugal. Ele nos falou sobre os exer-cícios espirituais de Santo Inácio como uma ferramenta para me-lhorar nossa comunicação com o Senhor e entendermos o que ele quer de nós. Naquele momento tivemos um desejo enorme de co-nhecer os exercícios espirituais. Essa será uma longa jornada, mas tomamos a iniciativa e já estamos no segundo estágio. Percebemos de imediato que com a prática dos exercícios nossos sentidos e sen-timentos estão se organizando e com a prática dos PCE sentimos que nossa espiritualidade individual e conjugal vem crescendo, a ponto de percebermos com mais facilidade a presença de Deus em nossas vidas e as formas com as quais Ele se comunica conosco.

O segredo dos exercícios espirituais é a Meditação. Para praticá--la devemos nos colocar em um ambiente tranquilo e ir percebendo a vida em nosso redor e fazer uma oração pedindo a Deus que todas as nossas ações e sentimentos sejam ordenadas e colocadas ao Seu serviço. Nas ENS a Meditação pode ser associada à Escuta da Palavra. Quinze minutos antes da leitura do Evangelho situe-se em um ambiente tranquilo e de forma relaxada perceba os movi-mentos de sua respiração. Procure não pensar em nada. Fixe um ponto a sua frente e faça uma viagem dentro de si mesmo. Per-ceba os batimentos do seu coração. Sinta o Divino em você. Em seguida faça o sinal da Cruz e peça que o Espírito Santo ilumine sua leitura. Faça a leitura do Evangelho procurando prestar atenção nas palavras que mais tocam seus sentimentos. Perceba que nesse momento você está falando com Deus. Ele é seu Pai, te conhece profundamente e ama você. Medite sobre o que Deus lhe disse e procure inserir o que Ele lhe falou na sua rotina diária.

A prática diária da Meditação associada aos PCE com certeza aumentará sua percepção do Divino e seu desejo de se comunicar com Deus. Nesse momento só vos cabe dizer: “Fala Senhor, que o teu servo escuta”.

Sibele e Luiz CarlosEq.06 - N. S. de Lourdes

Caçapava-SP

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A entrega dos casais ao serviço no Movimento é resposta à palavra de Deus acerca da necessidade de tornar Seu Filho conhecido em todo o mundo e para que, ao conhecê-Lo, todos alcancem a salvação. Sem esta entrega, os cantos mais remotos da terra não O conhecerão.

Ao se tornarem disponíveis ao Movimento, os casais equipistas se transformam em Casal Coordenador de Experiência Comunitária, Casal Piloto, Casal Ligação, etc., e passam a ser aqueles discípulos citados pelo evangelista Lucas: “Depois disso, de-signou o Senhor... outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de Si, por todas as cidades e lugares para onde Ele tinha de ir” (Lc 10,1).

Notem que não os mandou sós ou em grupo, mas “dois a dois”. Tra-zendo para nossa realidade, manda casais para transmitirem a mensa-gem do Evangelho àqueles que es-tão nas trevas sem saber da existên-cia da Luz.

É unânime entre os casais con-vidados a servir o sentimento de apreensão. A priori a resposta seria “não”, por causa da responsabilida-

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de, dos afazeres diversos, do tempo disponível ou por não estar devida-mente preparado. Com o passar do tempo Deus capacita os escolhidos e o serviço torna-se fonte de bênçãos e alegrias em suas vidas para que sejam instrumentos Dele entre os irmãos. Estejamos atentos à Parábo-la dos Talentos: “Disse-lhe o seu se-nhor: Muito bem, servo bom e fiel, já que foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra no gozo do Teu Se-nhor” (Mt 25,21).

Nos eventos das ENS podemos constatar que os casais que dão seu depoimento proferem palestras ou conduzem uma adoração, são ins-pirados pelo Espírito Santo, e suas palavras nos tocam profundamen-te, propiciando a oportunidade de transformar nossas vidas como cris-tãos e casais, portanto nosso agrade-cimento a todos vocês.

Agradeçamos também a Deus pelos casais que fazem sacrifícios inimagináveis, arriscando até as pró-prias vidas, para levar o Movimento a países de maioria não cristã, cuja intolerância religiosa é a causa de genocídios patrocinados por grupos como Boko Haran e Estado Islâmico.

Que Nossa Senhora os guarde, cobrindo-os com seu manto, prote-gendo-os de todo o mal, impedindo que o maligno se aproxime de suas famílias.

Maril e Luciano Eq.13 - N. S. do Carmo

Aracaju-SE

ENTREGA DOS CASAIS AO MOVIMENTO

reflexão

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Esta reflexão ocorreu durante uma procissão luminosa, no dia 13 de maio. Na cidade de Juiz de Fora, MG, nesta época do ano, faz muito frio, e sempre há um vento gelado e forte. Enquanto a procissão caminha, o vento se esforça em apagar as velas, que muitas vezes vão mal protegidas. E ocorre um fato curioso: o vento é capaz de apagar uma, dez, vinte velas, mas não é capaz de apa-gar todas. Quando o vento apaga uma vela, sempre existe uma ao lado que permanece acesa e en-tão, pela partilha do fogo, a vela apagada se reacende e a procis-são segue bonita e iluminada. Esta cena da procissão luminosa nos convida a refletir. A procissão é a nossa vida, a nossa caminhada de fé. A procissão tem um desti-no certo, que não é outro senão Deus e a realização de seu Reino entre nós. Nunca caminhamos so-zinhos, pois não existe procissão de uma única pessoa. Ao nosso lado está sempre um irmão, que, como nós, carrega a luz da fé. A luz da vela é a nossa fé, a nossa motivação para continuarmos a caminhada. O vento não pode ser outra coisa, senão as dificuldades do dia a dia, a força do mundo

que tenta apagar a nossa motiva-ção de continuar na caminhada. Na vida, todos nós temos altos e baixos e, muitas vezes, o vento apaga a luz de nossa fé, mas ao nosso lado existem várias pessoas, cujas chamas estão acesas, cheias de entusiasmo cristão, e que pelo testemunho são capazes de revi-talizar o nosso próprio entusias-mo. Assim é a procissão luminosa, assim é a nossa vida.

Sozinhos, não podemos su-portar a força dos ventos, mas juntos somos mais fortes e mais entusiasmados com o projeto de Deus (nossa caminhada). Se, du-rante a procissão (nossa vida), o vento apagar a sua vela, olhe para o lado, certamente encontrará, de imediato, a sua equipe de base e o Movimento das ENS, e com deli-cadeza e atenção haverá sempre o “Acompanhamento”, ou seja, al-guém com a vela acesa para parti-lhar com você o dom recebido de Deus.

E lembre-se, é só assim, em co-munidade, que as velas ganham a batalha contra o vento e iluminam a noite da humanidade.

Araceles e Edson Eq.08 - N. S. da Luz

Pederneiras-SP

AS VELAS E O VENTO

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O Movimento das Equipes de Nossa Senhora está sempre de por-tas abertas para quem queira entrar e aproveitar de sua mística.

Algumas vezes, contudo, es-tamos no Movimento sem nos comprometermos com a mística. Servimos-nos do que achamos bom no Movimento, mas não aproveitamos verdadeiramente as graças. Servimos-nos, mas não nos alimentamos. Escutamos, mas não vivemos...

Na verdade, não assumimos o nosso próprio crescimento na espiritualidade cristã, ficamos na iniciação e não tendemos à perfei-ção. Ficamos como que crianças e, como falava o Padre Caffarel, tratamos a ENS como se fosse um jardim de infância para adultos. Ficamos mornos!

Para ser mais específico, o “equipista” está morno quando diz: estou nas equipes, mas sem “exagero”. Cumpre os PCE ape-nas quando não precisa de esfor-ço, quando estão “tocados” ou “no clima”. Passam a defender os PCSE – Pontos Concretos Sem Esforço. No Dever de Sentar-se, quando faz, não dá ouvidos à voz do Senhor... não tem tempo para Oração Conjugal nem para a Me-ditação.

E se estivermos mornos, coita-dos, estaremos em grave perigo. O Papa Francisco compara com “aqueles que expulsaram o de-mônio quando decidiram seguir o Evangelho, mas, em seguida,

Voltemos sempre à Peregrinaçãobaixaram a guarda e o mal voltou, ainda mais forte, e assim o demô-nio toma posse daquela casa”.

É inevitável que cada família se confronte com o mistério da sua própria fragilidade pessoal, de ca-sal e de pais, em que, por outro lado, se torna possível fazer a ex-periência de uma nova etapa da fi-delidade e da fecundidade de Deus mesmo durante a provação. Aqui não cabe a desculpa da fragilidade para se contentar com a mediocri-dade para si e para os outros! Pois, como peregrinos, devemos estar sempre prontos a querer ser cura-dos, a levantar-se, a abraçar a cruz, a deixar tudo e partir novamente!

Quantas vezes instalados, talvez, na desculpa da fragilidade humana deixamos de ser peregrinos feri-dos e curados a caminho de Deus para ser errantes, que giram inde-finidamente ao redor de si mesmos, sem chegar a nenhum lugar.

Confiemos na misericórdia de Deus, pois ela tem a “capacidade de reparar os cacos partidos da vida utilizando um betume de ouro, de valor inestimável, para que o vaso assim reparado, cintilante ao sol com todas essas finas nervuras de ouro, possa parecer muito mais belo e esplendoroso do que antes. Assim, “onde aumentou o pecado, supera-bundou a graça” (Rm 5,20) ”.

Deus seja louvado! Voltemos sempre à peregrinação!

Emília e José RobertoCR Setor B

Região Ceará I

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O artigo desta edição é di-rigido a todo equipista que não apenas escolheu, mas

aposta e investe em seu matrimônio como caminho para a santidade.

Padre Caffarel discerniu que, en-tre os maiores obstáculos ao amor conjugal e à evolução espiritual in-dividual, está o egoísmo, que deve ser atacado com veemência.

Esse mal, que tem o poder de destruir relacionamentos, está mui-to presente hoje, como consequên-cia direta do avanço tecnológico, da crescente mentalidade de que precisamos a qualquer custo satis-fazer nossos desejos e da noção do “cada um com seus problemas” ou “cada um por si, Deus por todos”. Porém, enquanto não entender-mos, com a razão e a emoção, que o problema do outro diz respeito também a nós, não conseguiremos avançar muito.

Se tomarmos as Sagradas Es-crituras, veremos várias passagens que repudiam o egoísmo:

“Disse o Senhor a Caim: ‘Onde está Abel, teu irmão?’ E ele respon-deu: ‘Não sei. Acaso sou eu o guar-dador do meu irmão?’” (Gn 4,9)

“Aquele, pois, que sabe o bem que deve fazer e não o faz, comete pecado.” (Tg 4,17)

“...pois procuram atender os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo.” (Fp 2,21)

partilha e PCE

REGRA DE VIDA Surge, então, a Regra de Vida,

Ponto Concreto de Esforço que tem por objetivo promover a aproxima-ção entre o ser humano e Deus, e também entre os próprios seres hu-manos, para ajudá-los a pautarem seus relacionamentos nos preceitos cristãos da caridade e fraternidade.

Este PCE consiste, essencialmen-te, na escolha de uma atitude (ou a abstinência dela) que seja útil no combate ao egoísmo e/ou auxilie no exercício da caridade. Note-se que egoísmo e caridade são concei-tos que não se restringem apenas a bens materiais.

Seja a Regra realizada individu-almente, em casal ou em equipe, o resultado sempre será o aprimora-mento espiritual no sentido de se desenvolver a ascese e aniquilar o egoísmo, e isso é um desejo do co-ração do Pai. Na Bíblia encontramos as seguintes passagens:

“Cada um cuide não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Fp 2,4)

“Compartilhem o que vocês têm... pratiquem a hospitalidade.”. (Rm 12,13)

“Em tudo vos mostrei que é afa-digando-nos assim que devemos ajudar os fracos, tendo presentes as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais felicidade em dar que em receber’.” (At 20,35)

Sejamos, portanto, fiéis ao cum-primento deste PCE, pois ele nos conduz à unidade ensinada por Cristo.

Equipe da Carta Mensal

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TRANSIÇÃO ENTRE O IMPERFEITO E O PERFEITO

“Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.” (I Coríntios 13, 10) 

A Regra de Vida não é uma tarefa ou uma obrigação a ser cumprida, da qual pode-mos nos desven-

cilhar. Ela é um trabalho contínuo e vivo em nosso ser, capaz de provocar mudanças permanentes, a fim de nos moldar a Jesus. A Regra de Vida” nos leva voluntariamente a manter uma constância de ações que nós mesmos escolhemos, para nos ajudar a lem-brarmos de Deus em tudo que viven-ciamos no dia a dia. “Através da refle-xão sobre os aspectos de nossa vida pessoal, conjugal, familiar e de nossa vida de cristão, buscaremos a verdade sobre nós mesmos, a fim de reconhe-cer aquilo que se opõe à vontade de Deus” (Guia das Equipes de Nossa Senhora - p. 27). É como ensina São Paulo apóstolo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai--vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito (Roma-nos 12, 2)”.

A verdadeira Regra de Vida não nos aprisiona em obrigações penosas. Ao contrário, ela nos liberta abrindo novos horizontes pessoais sobre todos os domínios e nos leva a fazer novas descobertas no amor, melhorando nosso olhar para o outro. Padre Fábio de Melo diz que “o amor é a capaci-

dade de descobrir no outro o que ele ainda não viu que tem”.

Toda transformação humana se inicia com a descoberta de que so-mos imperfeitos, no sentido de que não estamos acabados; somos in-completos, inconclusos. A Boa Nova é que podemos sempre nos aperfei-çoar, aprimorar. E aprimorar, para um Cristão, é conformar-se com Cristo, tomá-lo como modelo, para nos apro-ximarmos de Deus.

O esforço em viver uma Regra de Vida permite descobrir a nós mesmos de forma surpreendente. Certa vez estabeleci como Regra de Vida que se eu não tivesse uma boa palavra, edificante e amorosa para dizer, en-tão eu faria silêncio. Fiquei surpreso com a quantidade de silêncio que eu fiz! Se você tivesse que comer suas próprias palavras, o que aconteceria? Guardando o silêncio eu comi minhas próprias palavras duras, amargas e azedas. A partir daí eu pude imaginar como foram difíceis de serem engoli-das e digeridas pelos outros. Essa des-coberta conduziu a esforçar-me em ser mais amável com as palavras.

Não há fórmulas para se estabele-cer uma Regra de Vida. Mas podemos dizer que ela surge quando olhamos para o coração de Jesus e percebemos aquilo que nos falta.

Telma e MarcoEq. N. S. da Esperança

Campo Grande-MS

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O Dever de Sentar-se

A vocação para o Matrimônio está inscrita na própria natureza do homem

e da mulher, conforme saíram da mão do Criador (CIC-1603).

O ser humano não é apenas corpo e também não é apenas alma. É, ao mesmo tempo, uma unidade constituída de corpo, alma, espírito, inteligência, instinto, sentimentos, emoções. Esta é a sua natureza. Diz o Catecismo da Igreja Católica que, em sua própria natureza – corpo, alma, espíri-to, inteligência, instinto, sentimentos, emoções –, está ins-crita a vocação para o Matrimônio. Querer casar-se e viver juntamente com um cônjuge faz parte da pessoa humana. Mas o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, para integrar a natureza de Deus, isto é, para ser fe-liz. E ser feliz com outro ser humano no matrimônio ou com outros numa comunidade, a Igreja.

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Deus criou o homem por amor e para o amor, con-jugal ou comunitário, mas sempre o amor. Portanto o amor tem que ser cultivado no coração humano para ge-rar atitudes de amor e a felicidade do cônjuge ou da co-munidade. Que atitudes? Atitudes são comportamentos que satisfazem as necessidades do outro. Quais necessi-dades? As que já existem mais as que vão surgindo ao longo da vida. Essas atitudes, ou seja, o comportamen-to, vão se revelando à medida que o meu interesse pelo outro se manifesta e pela revelação do próprio outro, através do diálogo.

Diálogo não é apenas conversar para expor e acudir as necessidades, é muito mais, é buscar, marido e mu-lher, juntos, numa conversa franca e amorosa, fazer que seus comportamentos sejam, sempre, destinados a fazer o amor crescer e aperfeiçoar-se, durante toda a vida, por-que o matrimônio não é um ato que começa e termina na Igreja durante a solenidade religiosa, mas começa e nun-ca termina, é permanente, é um sim diário, como a respi-ração. Tem que ser mantido. Como? Um dedicando-se ao outro, um revelando-se ao outro diariamente, através de gestos, de serviço prestado ao outro, de diálogo.

Quantas vezes o casal, conversando sempre sobre as necessidades conjugais ou familiares, não avança no di-álogo, não aprofunda a análise da vida, dos sonhos, dos projetos, da fé, da religiosidade, da profissão, criando a necessidade urgente de sentar-se para aprofundar o diá-logo, em busca da solução de problemas e da definição de metas e objetivos para a vida. Realizar este aprofunda-mento dialogal, na companhia de Deus, num momento e numa situação exclusiva destinados para esta finalidade é o Dever de Sentar-se. Sem ele o amor não é regado e pode definhar-se e o matrimônio pode perecer.

É preciso, pois, diariamente, cuidar com dedicação, ternura e amor para que o amor nunca se enfraqueça e se fortaleça sempre para o bem do casal, da família e da Igre-ja. Que o Dever de Sentar-se seja uma Regra de Vida, a realizar-se todo mês, a vida toda, para que o amor seja sempre regado de diálogo, de atitudes e de vida.

Cida e HélisEq. N. S. do Carmo

Ituiutaba-MG

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“A responsabili-dade da Região é confiada a um casal chamado Casal Respon-sável Regional.

Seu mandato tem duração nor-mal de quatro anos. É escolhido segundo os critérios estipulados pela Super-Região num espírito de comunhão e de serviço. Sua nomeação é feita pelo Casal Res-ponsável da Província ou Super--Região.”

O Casal Responsável Regional deve ter um bom conhecimento do Movimento. Recomenda-se que participe de uma Sessão de Formação específica para o seu serviço. Sua formação prossegui-rá ao longo do seu período de serviço e contará com o apoio do Casal Responsável de Província para o discernimento das neces-sidades da sua Região.

Além de preocupar-se com o espírito e o bom funcionamen-to das equipes do Setor, o Casal

Responsável de Região deve estar atento à caminhada e ao progres-so das mesmas para fazer com que as equipes recebam o máximo possível de frutos do Movimento.

As atividades da Região são de responsabilidade do Casal Res-ponsável de Região, que trabalha em colegialidade com o Colégio Regional. Porém, o Casal de Re-gião responde perante o Movi-mento das Equipes de Nossa Se-nhora pelas suas decisões e pela sua execução.

Ao assumir a missão o Casal Responsável de Região escolhe e convida para auxiliar na sua cami-nhada um Sacerdote Conselheiro Espiritual.

“Com a ajuda de uma equipe e de um Conselheiro Espiritual, o Casal Responsável de Região res-ponde a um objetivo comum de animação, ligação, difusão, ex-pansão, formação, discernimento e de unidade entre as equipes dos Setores de uma Região” (Manual do CRR).

Casal Responsável de Região (CRR)

A experiência de ser CRR Nós , Le i l a e Antôn io Car-los , em ma io de 2015 de-mos nosso SIM p a r a s e r m o s

o Casal Responsável da Região Centro-Oeste I, hoje Brasília I.

Acompanha-nos, desde então, o nosso SCE Padre Norbey.

Com uma Região muito gran-de, sempre confiantes no Espí-rito Santo, encontramos apoio no nosso Colegiado. Assim, no decorrer destes dois anos de caminhada, fomos vendo e sen-

serviços nas ENS

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tindo quão grande é a missão que assumimos. As tarefas devidas ao CRR não poderiam ser prejudica-das apesar das dificuldades, es-pecificamente no que se refere a:a) Expansão. O Pe. Caffarel cha-

mava a atenção dos CRR para a importância do bom nasci-mento de uma equipe e de uma expansão. Assim, o CRR deve acompanhar de perto toda for-mação das novas equipes, para que o carisma, o método e a pedagogia sejam transmitidos com fidelidade. Com viagens às expansões mais distantes, buscamos acompanhar Palmas, Unaí, Sobradinho e Planaltina, contando com a ajuda de ou-tros casais.

b) Animação. Animar é dar alma, é levar a vida. Como CRR, pro-curamos ajudar os casais nos seus setores e expansões a me-lhor viver o ideal do Movimento e para que as orientações sejam aplicadas nas diversas realida-des. Buscamos transmitir com o exemplo de nossa própria vida o entusiasmo e a alegria de ser equipista, abrindo as possibili-dades para que cada casal da nossa região fizesse uma verda-deira experiência de encontro com o Senhor. O esforço é gran-de, mas prosseguimos, buscan-do seguir, guiados pelo Espírito Santo.

c) Ligação. O Pe. Caffarel lembra-va que nada substitui o contato pessoal e direto. E dizia também que pecava quem se descuidas-se disso. Nessa tarefa, nos aju-dou muito a colaboração dos

casais ligação de cada expan-são, sendo eles o nosso cora-ção e os nossos olhos junto aos equipistas, percebendo suas as-pirações e colhendo as riquezas que brotavam em cada equipe, nos retratando essas  riquezas. Assim, as expansões se sentiram mais próximas e com retorno mais amoroso e mais rápido às necessidades detectadas.

d) Formação e Organização de Atividades. É célebre a frase do Pe. Caffarel, quando de uma visita ao Brasil: “Mais valem 500 equipes bem formadas que 5.000 medíocres”. Nós, como CRR, procuramos estimular que cada expansão e Setor assumis-se com mais ardor suas respon-sabilidades na formação dos seus equipistas.Nesta caminhada, em 2016 foi

criado o Setor Palmas e em 2017 os Setores Unaí, Planaltina e So-bradinho.

Perante tal missão, a Região foi crescendo. Como fruto do com-prometimento e das responsabili-dades de expandi-la com qualida-de, formaram-se novas equipes, consolidaram-se os Setores. Atin-gimos 12 setores, 123 equipes, 764 casais, 19 viúvas(os) e 80 SCE/AET, e estamos agora em processo de multiplicação.

A partir de agosto de 2017 nova caminhada se inicia com a re-estruturação da nossa RBSB I. Seja bem-vinda a nova Região Brasília IV!

Leila e Antônio CarlosCRR BSB IBrasília-DF

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25 anosEq. N. S. dA PAZ

Rio de Janeiro-RJ

ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

notícias

25 anosEq. N. S. do carmo

Caçapava-SP

35 anosEq. N. S. imaculada conceição

Araçatuba-SP

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50 anosSetor Assis

Assis-SP

ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

BODAS DE PRATA

Sulamita e Adelmo05/09/2017

Eq. N. S. da PazRio de Janeiro-RJ

Paula e Henrique27/06/2017

Eq. N. S. da PazRio de Janeiro-RJ

adriana e ilzo24/04/2017

Eq. N. S. de LourdesPorto Feliz-SP

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BODAS DE PÉROLA

Vera e Carlos27/06/2017

Eq. N. S. da Paz Pindamonhangaba-SP

Sonia e Sérgio21/02/2017

Eq. N. S. Mãe Rainha Três Vezes Admirável

Pindamonhangaba-SP

Sueli e José Carlos18/07/2017

Eq. N. S. Aparecida Pindamonhangaba-SP

BODAS DE ESMERALDA

Neusa E Edson24/06/2017

Eq. N. S. Rainha da Paz Pindamonhangaba-SP

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BODAS DE OURO

Cristina E Pereira08/07/2017

Eq. N. S. de LourdesPindamonhangaba-SP

Dalila E Xisto30/05/2017

Eq. N. S. das VitóriasBrasília-DF

Esmeralda e Petrus 04/07/2017

Eq. N. S. das Graças Caçapava-SP

BODAS DE DIAMANTE

Açueli e Olido04/05/2017

Eq. N. S. Aparecida Criciúma-SC

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

Pe. Leandro Miguel Chiarelo18/06/2017

SCE Eq. N. S. da Esperançae da N. S. do Bom Conselho

Porto Alegre-RS

VOLTA AO PAI

Pe. Francisco de Assis MoraesEm 22/05/2017

Integrava SCE Eq. N. S. Mãe dos Homens

Porto Feliz-SP

Pe. José Andrés Fayos FlorentEm 05/07/2017

Integrava SCE Setor Vale do Jaguaribe

Jaguaribe-CE

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MEDITANDO EM EQUIPE

Casal e Família – Sal e LuzA Palavra de Deus (Mt 5,13-16)“Vós sois o sal da terra. Mas se o sal perder o sabor, com que se salgará? Não serve mais para nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelas pessoas. Vós sois a luz do mundo. Uma cidade construída no alto do monte não pode ficar escondida. E também não se acende uma luz para pô-la debaixo de um móvel. Pelo contrário, é posta no candeeiro, de modo que brilhe para todos os que estão na casa. Assim deve brilhar vossa luz diante dos outros, para que vejam vossas boas obras e glori-fiquem vosso Pai que está nos céus”.

Reflexão– O casal e a família, sendo como Deus os planejou, vivem o amor, a fidelidade e o

cuidado mútuo.– E por isso podem ser sal e luz para a Igreja e a sociedade:• Acolhendoosmaissofridosenecessitados,queprecisamseramadosouapren-

der a amar.• AgindoparaqueaIgrejaeasociedadevivamoamor,aliberdade,apartilha.

– O que você vai fazer para viver mais o amor, a fidelidade e o cuidado mútuo?– Como vai acolher os mais sofridos e necessitados?

– O que vai fazer para que a Igreja e a sociedade vivam o amor, a liberdade, a partilha?

Oração espontânea– Alegre-se e agradeça a Deus que lhe deu o amor e essa família.– Peça ajuda para viver intensamente seu casamento e sua vida familiar.– Peça ajuda para executar o que planejou em favor da Igreja e da sociedade.

Oração litúrgica“Pai Santo, criador do universo, que formastes o homem e a mulher à vossa imagem e quisestes abençoar a família por eles formada, humildemente vos suplicamos por nós vossos servos, unidos pelo sacramento do Matrimônio.Desça, Senhor, sobre nós a abundância das vossas bênçãos, e a virtude do Espí-rito Santo inflame nossos corações, para que, no dom recíproco de nosso amor, alegremos com nossos filhos a família e a Igreja.Nós vos louvamos, Senhor, na alegria e vos procuramos na tristeza; que no tra-balho sintamos vossa ajuda e nas dificuldades vossa consolação; que participe-mos da oração na assembleia cristã, e sejamos vossas testemunhas no mundo; e, depois de uma vida longa e feliz, alcancemos, com todos nossos irmãos e amigos, a felicidade do reino dos Céus. Amém.

(Adaptação do Ritual)

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Carta Mensal

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Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420

d.C.). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia

dos originais (hebraico e grego) para o latim.

A Bíblia é hoje o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e que está em quase todas as casas. Serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para as pessoas. Ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor.

A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. Passaram-se os tempos, os anos, muitas coisas mudaram, impérios cresceram e caíram, tantas ideias foram superadas, mas a Palavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois “ela permanece para sempre” (1Pd 1,25).

Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem, pois nela encontramos textos para as diversas situações da vida. Ela ajuda a fortalecer a nossa fé; é útil na nossa formação, nos momentos de crises e dificuldades, na dor, na doença ou na alegria…

“Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4).

Que neste mês da Bíblia, a Palavra que vem da boca de Deus nos anime, dê força e coragem e com isso sejamos cristãos da Esperança!.

(extratos do texto Congregação do Verbo Divino

www.verbo divino.com.br)

Setembro, mês da Bíblia

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Equipes de Nossa Senhora