projeto educativo escola secundária jaime moniz

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Escola Secundária Jaime Moniz P r o j e c t o E d u c a t i v o - 1 - Índice I - Introdução ............................................................................................. 2 II – Caracterização da Escola ....................................................................... 4 1. Enquadramento histórico, social, geográfico e cultural .......................... 4 2. A Escola – Componente Humana ........................................................ 5 2.1. Alunos........................................................................................... 5 2.1.1. Alunos matriculados ................................................................. 5 2.1.2. Expectativas em relação à Escola ............................................ 12 2.2. Professores.................................................................................. 16 2.2.1. Docentes - Ano lectivo 2003-2004 ........................................... 16 2.2.2. Imagem da escola e expectativas ............................................ 24 2.3.Funcionários ................................................................................. 25 2.3.1. Número. Idades e Habilitações ................................................ 25 2.3.2. Imagem da Escola ................................................................. 26 2.4. Encarregados de Educação ........................................................... 27 2.4.1. Imagem da Escola ................................................................. 27 3. A Escola – Caracterização física ....................................................... 29 3.1. Evolução Histórica..................................................................... 29 3.2. Instalações/Equipamentos ......................................................... 32 4. A escola – Oferta Curricular.............................................................. 33 III – Vida da Escola: Ritmo de funcionamento ............................................. 35 1. Níveis de aprendizagem: sucesso e insucesso .................................... 35 2. Actividades de Complemento Curricular ............................................. 36 IV – Identidade e Princípios Orientadores ................................................... 37 1. Princípios ........................................................................................ 37 2. Objectivos Gerais ............................................................................ 38 3. Áreas de Intervenção/Metas ............................................................. 41 V – Avaliação do Projecto Educativo ........................................................... 44 Índice

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E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 1 -

Índice

I - Introdução ............................................................................................. 2

II – Caracterização da Escola ....................................................................... 4

1. Enquadramento histórico, social, geográfico e cultural.......................... 4

2. A Escola – Componente Humana ........................................................ 5

2.1. Alunos........................................................................................... 5

2.1.1. Alunos matriculados ................................................................. 5

2.1.2. Expectativas em relação à Escola ............................................ 12

2.2. Professores.................................................................................. 16

2.2.1. Docentes - Ano lectivo 2003-2004 ........................................... 16

2.2.2. Imagem da escola e expectativas............................................ 24

2.3.Funcionários ................................................................................. 25

2.3.1. Número. Idades e Habilitações................................................ 25

2.3.2. Imagem da Escola ................................................................. 26

2.4. Encarregados de Educação ........................................................... 27

2.4.1. Imagem da Escola ................................................................. 27

3. A Escola – Caracterização física ....................................................... 29

3.1. Evolução Histórica..................................................................... 29

3.2. Instalações/Equipamentos ......................................................... 32

4. A escola – Oferta Curricular.............................................................. 33

III – Vida da Escola: Ritmo de funcionamento ............................................. 35

1. Níveis de aprendizagem: sucesso e insucesso .................................... 35

2. Actividades de Complemento Curricular............................................. 36

IV – Identidade e Princípios Orientadores................................................... 37

1. Princípios........................................................................................ 37

2. Objectivos Gerais ............................................................................ 38

3. Áreas de Intervenção/Metas............................................................. 41

V – Avaliação do Projecto Educativo ........................................................... 44

Índice

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 2 -

I - Introdução

O Projecto Educativo de Escola é, na sua definição, um instrumento de

orientação da comunidade educativa: mobilização em torno de objectivos

comuns, cooperação nas soluções, tendo em vista a qualidade do ensino-

aprendizagem. A sua elaboração emerge a partir da vida da escola, quer dizer,

é produto do seu quotidiano e parte de um eixo orientador fundamental:

postura, capacidade de trabalho e de relacionamento da comunidade

educativa. Este recurso fundamental é indicador de uma Escola com

identidade própria e com capacidade de se auto-organizar.

A participação de todos na persecução do Projecto Educativo irá

determinar o processo ensino/aprendizagem. Ele resulta de um trabalho

colectivo que só tem sentido, entendido como tal, visto que o mesmo será a

imagem da escola e de toda a comunidade educativa: daqueles que nela

exercem a sua acção educativa e dos que nela recebem a sua formação.

O projecto Educativo é o motor da autonomia das escolas. Nesta, cada

escola encontrará a sua excelência se for encarada como parte integrante do

desenvolvimento e co-responsabilidade de toda a comunidade educativa.

Este projecto Educativo funcionará sob o paradigma da autonomia mas

também da responsabilidade. Cada nível da instituição escolar, cada aluno,

professor, funcionário, encarregado de educação, dirigente, é responsável e

deverá ser responsabilizado, dentro das suas competências, pelo

desenvolvimento dos objectivos deste projecto e pela sua adequada

implementação. A avaliação irá dando conta do seu desenvolvimento.

O projecto Educativo deve ser encarado como um instrumento da

administração das escolas, processo e produto do seu quotidiano, no sentido

em que é o eixo orientador da sua postura exterior e interior, da sua

capacidade de se relacionar com o mundo que a rodeia e, em simultâneo, o

eixo de coesão interior e de orientação estratégica do futuro dos seus

destinatários: os alunos.

Introdução

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 3 -

Um projecto educativo de Escola consiste, fundamentalmente, no desafio

de, a partir das suas condições, dos seus recursos e dos contextos em que se

insere, ser capaz de responder às necessidades educativas dos alunos que, a

cada novo ano, iniciam o seu trajecto de formação.

Na sequência do levantamento de dados efectuado, de que antes se deu

conta apresentando-os em síntese, e dando-lhes sequência na formulação dos

objectivos específicos acima apontados para esta Escola Secundária Jaime

Moniz, o Projecto Educativo só poderia ser o de dar continuidade à sua

tradição, à sua cultura, no fundo, à sua história.

Uma história que foi, ao longo de gerações, responsável pela formação

da grande maioria dos licenciados e das figuras da cultura desta terra. Uma

história que recebe alunos de todos os concelhos desta Região Autónoma tendo

em vista a entrada no ensino superior. Uma história feita de qualidade, de

referência, de desafios, de empenho, de trabalho.

Esta escola quer fazer das suas referências sócio-culturais e históricas os

parâmetros dentro dos quais pretende continuar a construir o futuro. Uma

escola inovadora em termos pedagógicos; Uma escola digna nos seus espaços

e nas suas instalações; Uma escola que aposta na segurança, mesmo nos

conturbados tempos que correm; Uma escola onde todos estejam bem, onde

haja respeito entre todos os elementos da sua comunidade, onde haja paz.

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

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II – Caracterização da Escola

1. Enquadramento histórico, social, geográfico e cultural

A Região Autónoma da Madeira localiza-se no Oceano Atlântico. É uma

Região Autónoma Portuguesa e tem aproximadamente 270.000 habitantes.

A Madeira (Arquipélago) tem duas ilhas habitadas (Madeira e Porto

Santo) que estão administrativamente divididas em 11 (onze) concelhos e

cinquenta e três (53) freguesias

O Liceu do Funchal foi criado pelo Dec. Lei de 17 de Novembro de 1836,

tendo sido instalado a 12 de Setembro do ano seguinte no local onde

funcionavam as "Aulas do Páteo", dependência do Colégio dos Jesuítas, Rua

dos Ferreiros, com apenas três salas de aula e 43 alunos.

Em 1881, o Liceu muda-se para a Casa do Barão de S. Pedro (onde hoje

está a DRAC - Assuntos Culturais). Devido às péssimas instalações e ao

crescimento do número de alunos (230) nas férias de Natal de 1913 o reitor

tomou posse do velho Paço Episcopal, actual Museu de Arte Sacra. Em 1919,

em homenagem ao ilustre madeirense, antigo aluno do Liceu e Presidente do

Conselho Superior de Instrução Pública e autor da Reforma do Ensino Liceal de

1895, o Liceu passa a designar-se de "Jaime Moniz".

E.S.J.M

Caracterização da Escola

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Em 1940 o Estado fez a cedência dos terrenos do Hospital Militar, tendo

sido adjudicada a construção de um novo edifício. Ainda com muitas obras em

curso, iniciaram-se as aulas em 1942, com 313 alunos. A inauguração oficial do

actual edifício realizou-se no dia 28 de Maio de 1946, com 587 alunos.

Com o dinamismo do Dr. Ângelo Silva, reitor de 1930 a 1967, o Liceu passou a

desempenhar um papel de relevo no ensino e cultura da Região.

A partir de 1974 o número de alunos cresceu em flecha e surgiram novos

espaços: anexos das Mercês, da Encarnação e por fim, anexo do "Girassol"

(1976).

Em 1980 o Liceu passa a designar-se Escola Secundária de Jaime Moniz,

com 5015 alunos distribuídos em três turnos. Pela resolução 995/92, o Governo

Regional atribuiu pela 1ª vez a uma instituição de ensino, a Medalha Regional

de Bons Serviços à Causa da Educação.

Em 1996 é construído um novo edifício, restauração da antiga escola do

magistério primário, que possibilitou a desactivação do anexo “Girassol” e a

transferência para as novas instalações.

2. A Escola – Componente Humana

2.1. Alunos

2.1.1. Alunos matriculados

De um modo geral, no que concerne à população discente, podemos

afirmar que a nossa Escola tem uma matriz regional. Contudo, com a

autonomia, esta tendência tem vindo a esbater-se, visto terem sido construídas

escolas secundárias em quase todos os Concelhos. Os alunos são provenientes

de quase todas as freguesias da Região Autónoma da Madeira. O quadro

referente ao ano lectivo 2001-2002 retrata a origem geográfica dos nossos

alunos.

Caracterização da Escola

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Origem geográfica dos alunos ( Ano lectivo – 2001/2002)

Freguesias Número de Alunos Água de Pena 9 Arco da Calheta 1 Camacha 114 Câmara de Lobos 208 Campanário 3 Caniçal 8 Caniço 158 Curral das Freiras 12 Estreito de Câmara de Lobos 115 Estreito da Calheta 1 Faial 4 Fajã da Ovelha 1 Gaula 17 Imaculado Coração de Maria 76 Jardim da Serra 51 Machico 18 Monte 69 Paúl do Mar 1 Ponta Delgada 1 Ponta do Pargo 1 Porto da Cruz 2 Prazeres 1 Quinta Grande 19 Ribeira Brava 1 Santa Cruz 20 Santa Luzia 92 Santa Maria Maior 440 Santana 1 Santo António 379 Santo da Serra 5 São Gonçalo 140 São Jorge 1 São Martinho 250 São Pedro 169 São Roque 100 São Roque do Faial 2 São Vicente 3 Sé 34 Seixal 3

Caracterização da Escola

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Este quadro ilustra, também, que a residência da grande maioria dos

alunos situa-se no Funchal. Dos 2530 alunos inscritos, 1649 eram do Funchal,

ou seja 65,1%. No entanto 34,9% dos alunos provêm de freguesias de todos

os Concelhos da RAM.

Quanto ao número de alunos verificamos uma tendência para a

diminuição. Esta tendência é o resultado da política educativa regional que

consiste na descentralização da rede escolar – construção de uma rede de

escolas secundárias em todas as sedes de Concelho – aliviando a pressão do

afluxo dos alunos à cidade do Funchal, e de uma atitude deliberada dos órgãos

directivos da nossa Escola, no sentido de diminuir o número de alunos e de

anos de escolaridade, tendo com objectivo final – aumentar os níveis de

qualidade da nossa Escola.

Assim, a partir do ano lectivo de 2002-2003, de forma gradual, a nossa

escola deixou de ministrar o 7º ano de escolaridade, assumindo, de uma vez

por todas, a sua vocação de matriz secundária, considerando a racionalização

dos seus recursos humanos e materiais.

No ano lectivo de 2003-2004, a população discente do 3º ciclo do ensino

básico regular, estava reduzida a 2 turmas, com 43 alunos. No ensino

secundário regular, os 1861 alunos dos cursos diurnos estavam distribuídos por

28 turmas do 10º ano – 687 alunos, sendo 16 turmas do agrupamento 1,

incluindo 2 turmas do curso tecnológico de informática, 5 turmas do

agrupamento 3, 5 turmas do agrupamento 4; 26 turmas do 11º ano – 532

alunos, sendo 11 do agrupamento 1, incluindo 2 de informática, 3 do

agrupamento 2, 5 do agrupamento 3, incluindo 1 do curso tecnológico de

administração, 5 turmas do agrupamento 4 e 23 turmas do 12º ano – 642

alunos, sendo 13 turmas do agrupamento 1, incluindo 2 turmas do curso

tecnológico de informática, 1 turma do agrupamento 1, 3 turmas do

agrupamento 3 e 6 turmas do agrupamento 4.

Caracterização da Escola

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Para o ano lectivo 2004-2005, ano que tem início a revisão curricular no

10º ano, temos inscritos 1681 alunos nos cursos diurnos, conforme nos mostra

o quadro.

Quadro nº de alunos inscritos – Ano Lectivo 2004-2005

Alunos 10º Ano Cursos Turmas Nº

Alunos Percentagem

Curso de Ciências e tecnologias – Saúde 11 264 Curso de Ciências e tecnologias - Engenharia 2 48

45,0%

Curso de Ciências Sócio-Económicas 4 88 12,7%Curso de Ciências Sociais e Humanas 3 68 9,8%Curso de Línguas e Literaturas 2 43 6,2%Curso de Artes Visuais 2 44 6,3%Curso Tecnológico de Informática 2 55 7,9%Curso Tecnológico de Administração 1 25 3,6%Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente

1 8 1,2%

Curso Tecnológico de Desporto 2 50 7,2%Total 30 693 100,0%

Caracterização da Escola

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Nº Alunos

38%

7%13%10%

6%

6%

8%4% 1% 7%

Curso de Ciências etecnologias – Saúde

Curso de Ciências etecnologias - Engenharia

Curso de Ciências Sócio-Económicas

Curso de Ciências Sociais eHumanas

Curso de Línguas eLiteraturas

Curso de Artes Visuais

Curso Tecnológico deInformática

Curso Tecnológico deAdministração

Curso Tecnológico deOrdenamento do Território eAmbienteCurso Tecnológico deDesporto

Caracterização da Escola

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Alunos 11º

Cursos Turmas Nº Alunos Percentagem

Agrupamento 1 14 290 54,4% Agrupamento 2 2 37 6,9% Agrupamento 3 4 80 15,0% Agrupamento 4 5 96 18,0% Curso Tecnológico de Informática 2 30 5,6% Total 27 533 100,0%

Nº Alunos

54%

7%

15%

18%6%

Agrupamento 1

Agrupamento 2

Agrupamento 3

Agrupamento 4

Curso Tecnológico deInformática

Caracterização da Escola

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Alunos 12º

Cursos Turmas Nº Alunos Percentagem

Agrupamento 1 12 234 51,4% Agrupamento 2 3 46 10,1% Agrupamento 3 3 65 14,3% Agrupamento 4 5 84 18,5% Curso Tecnológico de Informática 1 12 2,6% Curso Tecnológico de Administração

1 14 3,1%

Total 25 455 100,0%

Nº Alunos

53%

10%

15%

19%3%

Agrupamento 1

Agrupamento 2

Agrupamento 3

Agrupamento 4

Curso Tecnológico deInformática

Caracterização da Escola

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Continuamos a ser uma Escola vocacionada para a leccionação de cursos

orientados para o ensino superior, de acordo com a nossa matriz tradicional.

Contudo, de acordo com o nosso lema “Tradição e Modernidade”, não

enjeitamos a responsabilidade de introduzir cursos de matriz tecnológica na

oferta curricular da Escola, conscientes de que temos de agarrar as

oportunidades que nos oferece a sociedade do conhecimento e da informação.

Da análise do quadro (número de alunos inscritos - cursos diurnos)

podemos constatar que a grande maioria dos nossos alunos pretende

frequentar o curso de ciências e tecnologias (áreas da saúde), 312 dos 693

inscritos. No entanto verificamos que a diversidade dos cursos aumenta,

nomeadamente o curso das Artes e os cursos tecnológicos de Desporto,

Ordenamento do Território e Ambiente, Informática, Administração.

2.1.2. Expectativas em relação à Escola

• Os alunos apresentam alguma disparidade de opiniões, mas, no cômputo

geral, estão satisfeitos com a escola, que consideram um lugar seguro.

• Os alunos entendem, em primeiro lugar, que na Escola se adquire,

essencialmente, novos conhecimentos, em segundo lugar, que a escola

contribui para a formação da pessoa, em terceiro lugar, que é um

espaço onde se preparam para enfrentar o dia a dia e, só em último

lugar, como um local que se tem de frequentar. Estas prioridades

passam por uma dinâmica de ensino-aprendizagem associada a aulas

participativas em que possam trabalhar, sós ou acompanhados, com

professores capazes de se expressarem de forma clara e concisa,

competentes, preocupados com os alunos, justos na avaliação,

exigentes, disponíveis, assíduos e pontuais, e que se apresentem com

imagem e atitudes adequadas.

Caracterização da Escola

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• No que diz respeito ao perfil do aluno, são privilegiadas atitudes de:

- solidariedade

- amizade

- respeito

- responsabilidade

- honestidade

- autonomia

- assiduidade

- pontualidade

- adequação na sua apresentação.

• O estar na escola passa pela natureza da relação que se estabelece

também com outros recursos humanos, para além dos professores.

Relativamente à Direcção, os alunos consideram que esta é

preferencialmente tolerante, empenhada, embora a sintam como

impessoal.

• No que respeita aos Directores de Turma, os alunos consideram que a

sua relação com aqueles é afectuosa, empenhada, dialogante, sincera e

eficaz na resolução dos problemas.

• Quanto aos serviços administrativos, há uma maior satisfação

relativamente à Secretaria do que em relação à Acção Social Escolar,

sendo esta tendencialmente considerada razoável, com tendência para

uma melhoria sensível, devido à criação do gabinete do aluno e ao

atendimento personalizado. Por sua vez, na relação com os funcionários

da acção educativa, embora se notem diferenças quanto ao local/serviço

que desempenham, são significativamente superiores as que são tidas

como razoáveis às muito boas.

Caracterização da Escola

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• As relações entre colegas na turma tendem a ser de amizade, respeito e

solidariedade bem como aquelas entre a assembleia de delegados e a

Direcção da escola, e entre os colegas, a associação de estudantes e os

alunos, que são dialogantes e eficazes.

• As relações com os professores são substancialmente relações de

respeito, amizade, solidariedade e lealdade.

• Quanto às instalações (laboratórios, biblioteca, papelaria, bar, pátio,

salas de educação visual e de informática) são nitidamente mais

numerosas as opiniões satisfatórias. Os alunos consideram, na sua maior

parte, os jardins bem cuidados.

• Quanto aos equipamentos, os alunos parecem sensíveis às vantagens de

arrumá-los, depois de terem sido utilizados: zelar para a sua integridade

e limpeza e contribuir para colocar o lixo nos locais adequados.

• Os alunos valorizam a existência dos serviços de psicologia e orientação

e de enfermaria na escola.

• Os alunos consideram, maioritariamente, a escola como sendo um

espaço seu e sentem-se ainda bem informados relativamente aos seus

direitos e deveres, às actividades desenvolvidas na escola mas dizem

carecer de informação sobre os órgãos directivos e o papel dos alunos

no Conselho da Comunidade Educativa.

Caracterização da Escola

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• Os alunos sugerem:

- Mais salas de estudo;

- Prémios para os melhores alunos, nas várias disciplinas e

agrupamentos;

- Mais computadores;

- Informações mais pormenorizadas relativamente às saídas

profissionais em cada agrupamento;

- Melhor relacionamento com os alunos;

- Mais visitas de estudo;

- Criação da rádio escola;

- Menos pessoas a fumar;

- Maior simpatia por parte dos funcionários;

- Possibilidade de compra de passes e almoços no anexo;

- Mais caixotes de lixo;

- Espaços de lazer mais atractivos;

- Mais convívio entre a comunidade educativa; mais acesso à

piscina;

- Maior proximidade entre Direcção e os alunos.

Caracterização da Escola

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2.2. Professores

2.2.1. Docentes - Ano lectivo 2003-2004

No ano lectivo 2003-2004 a nossa escola tinha 338 docentes, incluindo

os professores em situação de requisitados, destacados e em comissão de

serviço. Apesar da tendência de diminuição, quer do número de alunos, quer do

número de turmas, temos vindo a assistir a um gradual aumento do número de

docentes, devido a uma aposta, firme e consolidada, de criar actividades de

enriquecimento curricular e outros projectos, como forma de educar para a

cidadania, para a formação integral dos nossos alunos.

Temos um corpo docente estável e de qualidade, com larga experiência

docente e profissional. Dos 338 docentes, 271 são docentes do quadro de

nomeação definitiva, que representam 80.1%.

Caracterização da Escola

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Professores do Quadro de Nomeação Definitiva

Grupos de Docência 2003/20041º - Matemática 314ºA - Físico Química 295º - Artes Visuais 8

7º - Economia/Direito/Sociologia 148º A – Português, Latim e Grego 268º B - Português e Francês 22

9º - Inglês e Alemão 3310º A - História 2110º B – Filosofia/Psicologia 23

11º A – Geografia/IDES 1111º B – Biologia/Geologia 2912º A - Mecanotecnia 1

12º D - Têxtil 1Educação Física 33Moral 0

Informática 9

Total 291

0

5

10

15

20

25

30

35

2003/2004

1º - Matemática4ºA - Fisico Química5º - Artes7º - Economia8º A - Português Latim e Grego8º B - Português e Francês9º - Inglês e Alemão10º A - História10º B - Filosofia11º A - Geografia11º B - Biologia12º A mecanotecnia12º D - TextilEducação FísicaMoralInformática

Caracterização da Escola

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- 18 -

Professores Profissionalizados

Grupos de Docência 2003/20041º - Matemática 3

4ºA – Físico-Química 45º - Artes Visuais 07º - Economia/Direito/Sociologia 08º A – Português, Latim e Grego 18º B - Português e Francês 7

9º - Inglês e Alemão 010º A - História 110º B – Filosofia/Psicologia 3

11º A – Geografia/IDES 211º B – Biologia/Geologia 312º A - Mecanotecnia 0

12º D - Têxtil 0Educação Física 5Moral 0

Informática 0

Total 29

0

1

2

3

4

5

6

7

2003/2004

1º - Matemática4ºA - Fisico Química5º - Artes7º - Economia8º A - Português Latim e Grego8º B - Português e Francês9º - Inglês e Alemão10º A - História10º B - Filosofia11º A - Geografia11º B - Biologia12º A mecanotecnia12º D - TextilEducação FísicaMoralInformática

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 19 -

Professores em Formação

Grupos de Docência 2003/2004

1º - Matemática 2

4ºA - Físico Química 55º - Artes Visuais 07º - Economia/Direito/Sociologia 0

8º A – Português, Latim e Grego 48º B - Português e Francês 09º - Inglês e Alemão 3

10º A - História 010º B – Filosofia/Psicologia 011º A – Geografia/IDES 0

11º B – Biologia/Geologia 012º A Mecanotecnia 012º D - Têxtil 0

Educação Física 3Moral 0Informática 3

Total 20

00,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

2003/2004

1º - Matemática4ºA - Fisico Química5º - Artes7º - Economia8º A - Português Latim e Grego8º B - Português e Francês9º - Inglês e Alemão10º A - História10º B - Filosofia11º A - Geografia11º B - Biologia12º A mecanotecnia12º D - TextilEducação FísicaMoralInformática

Caracterização da Escola

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- 20 -

Professores Não Profissionalizados Habilitação Própria

Grupos de Docência 2003/2004

1º - Matemática 04ºA – Físico-Química 05º - Artes Visuais 1

7º - Economia/Direito/Sociologia 28º A – Português, Latim e Grego 08º B - Português e Francês 0

9º - Inglês e Alemão 110º A - História 010º B – Filosofia/Psicologia 0

11º A – Geografia/IDES 011º B – Biologia/Geologia 012º A - Mecanotecnia 0

12º D - Têxtil 0Educação Física 0Moral 0

Informática 1

Total 5

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

2

2003/2004

1º - Matemática4ºA - Fisico Química5º - Artes7º - Economia8º A - Português Latim e Grego8º B - Português e Francês9º - Inglês e Alemão10º A - História10º B - Filosofia11º A - Geografia11º B - Biologia12º A mecanotecnia12º D - TextilEducação FísicaMoralInformática

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 21 -

Professores Não Profissionalizados Habilitação Suficiente

Grupos de Docência 2003/2004

1º - Matemática 04ºA – Físico-Química 15º - Artes Visuais 0

7º - Economia/Direito/Sociologia 08º A – Português, Latim e Grego 08º B - Português e Francês 0

9º - Inglês e Alemão 010º A - História 010º B – Filosofia/Psicologia 0

11º A – Geografia/IDES 011º B – Biologia/Geologia 012º A Mecanotecnia 0

12º D - Têxtil 0Educação Física 0Moral 0

Informática 0

Total 1

00,10,20,30,40,50,60,70,80,9

1

2003/2004

1º - Matemática4ºA - Fisico Química5º - Artes7º - Economia8º A - Português Latim e Grego8º B - Português e Francês9º - Inglês e Alemão10º A - História10º B - Filosofia11º A - Geografia11º B - Biologia12º A mecanotecnia12º D - TextilEducação FísicaMoralInformática

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 22 -

Totais

Categorias 2002/2003Professores do Quadro de Nomeação Definitiva

291

Professores Contratados – Profissionalizados 29 Professores Contratados - - Em formação 20 Professores Contratados – Não profissionalizados com habilitação própria

5

Professores Contratados – Não profissionalizados com habilitação suficiente

1

2003/2004

84,1%

8,4% 5,8% 1,4% 0,3%

Professores do Quadro deNomeação Definitiva

Professores Contratados –Profissionalizados

Professores Contratados - -Em formação

Professores Contratados –Não profissionalizados comhabilitação própriaProfessores Contratados –Não profissionalizados comhabilitação suficiente

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 23 -

Habilitações Académicas dos Docentes Habilitações 2002/2003 Doutorados 2 Mestres 26 Licenciados 285 Bacharéis 25 Total 338

No que concerne às habilitações académicas temos 2 docentes

doutorados, 26 mestres e 285 licenciados, o que nos permite afirmar que temos

uma situação invejável no panorama das escolas regionais.

Idade do Pessoal Docente Idades 2003/2004 20 a 30 anos 43 31 a 40 anos 128 41 a 50 anos 101 51 a 60 anos 59 Mais de 60 anos

7

0

50

100

150

200

250

300

2003/2004

DoutoradosMestresLicenciadosBacharéis

02040

6080

100120140

2003/2004

20 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

51 a 60 anos

Mais de 60anos

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 24 -

2.2.2. Imagem da escola e expectativas

• Os docentes têm uma imagem positiva da escola: sentem-se satisfeitos

com a escola que têm e identificam-se com ela. O corpo docente

considera-se competente, responsável e respeitador. São indicadores

destas constatações as boas relações com a Direcção, com os colegas e

com os serviços.

• Os professores acham os alunos simpáticos e regulares quanto à

educação e ao comportamento. Não obstante, no que diz respeito ao

rendimento, verifica-se que este fica pelo suficiente, devido à falta de

motivação para o estudo. Entendem, ainda, que a iniciativa de contactos

com os Pais/Encarregados de educação e com a comunidade deve partir

da Escola.

• No que se refere à realidade física da escola, os docentes reconhecem a

necessidade de serem colmatadas insuficiências, equipamentos

actualizados e criados novos espaços.

• Relativamente ao âmbito da formação por parte da escola a grande

maioria dos docentes têm opinião de que deve ser leccionado apenas o

ensino secundário (cursos gerais e tecnológicos) com um número

equilibrado de turmas.

• Como sugestões apontam:

- A necessidade de a escola oferecer à comunidade um menor

número de cursos, mas com as devidas condições;

- A selecção dos cursos de acordo com o quadro de nomeação

definitiva e com as saídas profissionais;

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 25 -

- A criação de um convénio com as empresas para que se possam

passar da teoria à prática e, assim, assegurar-se um vasto leque

de saídas profissionais;

- A necessidade de aumentar as salas multimédia com redes de

Internet melhoradas e de outros espaços pedagógicos, bem como

colocar ao dispor dos professores e funcionários, a piscina e o

ginásio e respectivo equipamento.

2.3.Funcionários

2.3.1. Número. Idades e Habilitações

Idade dos funcionários

Serviços Administrativos

Idades 2003/200420 a 30 anos 2 31 a 40 anos 12 41 a 50 anos 13 51 a 60 anos 4 Mais de 60 anos

0

Outras

Idades 2003/200420 a 30 anos 9 31 a 40 anos 32 41 a 50 anos 45 51 a 60 anos 38 Mais de 60 anos

5

024

68

101214

2003/2004

20 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

51 a 60 anos

Mais de 60anos

0

10

20

30

40

50

2003/2004

20 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

51 a 60 anos

Mais de 60anos

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 26 -

Habilitações Literárias dos Funcionários

Serviços Administrativos

Habilitações 2003/20044ª Classe 0 Ciclo Preparatório 0 Curso Geral 7 Curso Complementar

12

12º ano 12

Outras

Habilitações 2003/20044ª Classe 88 Ciclo Preparatório 19 Curso Geral 11 Curso Complementar

3

12º ano 8

2.3.2. Imagem da Escola

• Os funcionários têm uma imagem positiva da escola. Um dos elementos

que define essa atitude é o facto de que optaram por esta escola e não

gostariam de mudar de escola caso tivessem oportunidade para tal.

Sentem-se bem e consideram que o relacionamento com a comunidade

educativa em geral, é razoável e, em particular, é bom, no que se refere

aos alunos. Tal sentimento leva-os a participar, inclusivamente, nas

actividades culturais, sendo que grande parte dos funcionários

consideram essa participação importante.

• Manifestam, contudo, algumas preocupações relativamente à falta de

respeito, alguma falta de compreensão entre os funcionários e falta de

diálogo entre pais e professores.

0

2

4

6

8

10

12

2003/2004

4ª Classe

CicloPreparatórioCurso Geral

CursoComplementar12º ano

0

20

40

60

80

100

2003/2004

4ª Classe

CicloPreparatórioCurso Geral

CursoComplementar12º ano

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 27 -

• Sugerem mais vigilância, mais diálogo e maior convivência entre os

jovens.

2.4. Encarregados de Educação

2.4.1. Imagem da Escola

• Nas suas respostas, os pais consideram-se, em grande parte, satisfeitos

com os professores. Dizem que estes devem preocupar-se com o

sucesso dos alunos, ter gosto pelo ensino, ser competentes e ainda

conhecedores das várias matérias que leccionam, com sentido de rigor e

de exigência.

• Não menos importante é a opinião positiva dos pais relativamente ao

reconhecimento dos professores, das suas responsabilidades na

aquisição dos valores e na formação do carácter dos seus educandos.

Uma vez que os alunos vivem numa fase decisiva das suas vidas, que é

a adolescência, a perspectiva dos pais é a de que os professores têm,

também, um papel preponderante na definição e constituição da

personalidade.

• Consideram de suma importância a intervenção do director de turma,

nomeadamente, como elo de ligação entre os pais e os professores.

Referem que o director de turma deve falar com os pais sempre que

qualquer assunto relativo à vida escolar dos alunos o justifique e deve

estar atento aos problemas dos alunos, promovendo a ligação com a

escola e esclarecendo acerca dos seus direitos e deveres.

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 28 -

• Os pais consideram muitíssimo importante a sua participação na vida da

escola, entendida como um espaço de educação para os valores,

cidadania, de aprendizagem de matérias e de preparação para a

universidade e, maioritariamente, de preparação para o mercado de

trabalho.

• Os pais entendem que a escola deve proporcionar aos alunos uma

formação que não se esgote nas matérias a leccionar e, na sua maioria,

consideram que a indisciplina não constitui problema na escola; mesmo

assim, os pais acham que a indisciplina é um problema e atribuem-na,

em primeiro lugar, às más companhias e aos próprios alunos, e

consideram que ela poderá ser reduzida com a colaboração dos

pais/encarregados de educação e da escola, com o apoio de um gabinete

de saúde e com a aplicação de medidas disciplinares adequadas.

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 29 -

3. A Escola – Caracterização física

3.1. Evolução Histórica

O Liceu durante a Monarquia (1837-1910)

1-A primeira Instalação do "Liceu do Funchal", em 1837, pertencente ao antigo Colégio dos Jesuítas e

onde o Marquês de Pombal criou as "Aulas do Páteo".

2-A segunda Instalação, em 1881, foi o Edifício do Barão de

S. Pedro (Actual DRAC)

O Liceu durante a República (1910-1926)

Em 1913 o Liceu transferiu-se para as instalações do antigo Palácio Episcopal, situada

na Rua do Bispo, actualmente Museu de Arte Sacra.

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 30 -

O Liceu durante o Estado-Novo (1926-1974)

1-Projecto do novo edifício da autoria do arquitecto Edmundo Tavares, que não foi aprovado.

2-Planta Geral e arruamentos.

3-Início da construção do actual edifício em 1940

nos terrenos pertencentes ao Hospital Velho. 4- Fase de construção (1941)

5-Visita das Entidades Oficiais às obras do Liceu

em 1945 6-Fachada principal do Liceu na fase

de construção ainda com relógio.

7- Acabamentos exteriores na entrada

principal. 8-Pátio interior e instalações desportivas, em

fase de construção.

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 31 -

9-Fachada principal com o futuro Largo Jaime Moniz.

10-Estátua Jaime Moniz, de autoria do Escultor Anjos Teixeira, mandada colocar em 1961,

pela Câmara Municipal do Funchal.

Liceu/Escola Secundária Jaime Moniz durante a Democracia

(1974-Actualidade)

1-Entrada principal do Liceu em 1992. 2-Vista aérea do Liceu em 1993.

3-Edifício “Girassol” onde se instalou o anexo em 1976 para

área das Ciências Humanas (actualmente desactivado). 4-Vista exterior do anexo

“Girassol”.

5-Novo edifício (pátio), situado na Rua Bela de Santiago, que substituiu o anexo “Girassol” no ano

lectivo 1996/97. 6-Novo edifício (visão exterior).

Caracterização da Escola

Caracterização da Escola

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- 32 -

3.2. Instalações/Equipamentos

A Escola é constituída por dois edifícios, tendo o edifício-sede sido

construído em 1942 e o novo edifício, antiga escola do magistério primário,

remodelado, com uma ala moderna, em 1996.

Os dois edifícios têm 57 salas de aula, 2 salas de educação visual, 1 sala

de educação tecnológica, 5 laboratórios de físico-química, 3 laboratórios de

biologia. 1 sala de audio-visuais, 1 laboratório de fotografia, 6 salas de

informática, 1 sala multimédia, 2 salas equipadas com as novas tecnologias de

informação, 1 sala de trabalho dos docentes, 1 gabinete de directores de

turma, 1 gabinete de assessoria, 1 gabinete do aluno, 2 auditórios, 1 sala de

reuniões, 1 gabinete da associação de estudantes. Possui 25 espaços

destinados à administração, espaços pedagógicos, salas de grupo, salas de

apoio pedagógico, salas de departamentos, gabinetes de apoio aos serviços

administrativos, 2 bibliotecas, 1 cozinha, 1 refeitório e 2 bares destinados aos

alunos.

Tem como espaços desportivos de qualidade um pavilhão

gimnodesportivo, uma piscina coberta, um campo de futebol com relvado

sintético, diversos balneários, um ginásio e um polidesportivo.

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 33 -

4. A escola – Oferta Curricular

A partir do ano lectivo 2004-2005 a escola passa a oferecer, apenas, cursos

do ensino secundário diurno, 10º, 11º e 12º anos e secundário nocturno,

ensino recorrente, considerando uma aspiração, de longa data, manifestada

pela grande maioria dos docentes.

Oferta Curricular

Anos Cursos

10º Ano

Científico-Humanísticos Curso de Ciências e Tecnologias Curso de Ciências Sócio-Económicas Curso de Ciências Sociais e Humanas Curso de Línguas e Literaturas Curso de Artes Visuais Tecnológicos Curso Tecnológico de Informática Curso Tecnológico de Administração Curso Tecnológico de Ordenamento do Território e Ambiente Curso Tecnológico de Desporto

11º Ano

Agrupamento 1- Científico-Natural Agrupamento 2 - Artes Agrupamento 3 - Económico e Social Agrupamento 4 - Humanidades Curso Tecnológico de Informática

12º Ano

Agrupamento 1 - Científico-Natural Agrupamento 2 - Artes Agrupamento 3 - Económico-Social Agrupamento 4 - Humanidades Curso Tecnológico de Informática Curso Tecnológico de Administração

13º Ano

Profissionalizante

Informática e redes

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 34 -

Ensino Recorrente

Curso de Ciências e Tecnologias Curso de Ciências Sócio-Económicas Curso de Ciências Sociais e Humanas Curso de Línguas e Literaturas Curso de Artes Visuais

Caracterização da Escola

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 35 -

III – Vida da Escola: Ritmo de funcionamento

1. Níveis de aprendizagem: sucesso e insucesso

As taxas de progressão, de aprovação e de retenção têm, de um modo

geral, ao longo dos anos anteriores ao ano lectivo 2003-2004, estado sujeitas a

variações diversas e têm acompanhado os ritmos que se verificam a nível

nacional. No lectivo 2001-2002, a taxa de aprovação no 9º ano atingiu 83,7% e

a de retenção 16,3%. No 10º ano a taxa dos alunos que transitaram foi de

61,0% e a de alunos que ficaram retidos de 39,0%. No 11º ano transitaram

79,8% e ficaram retidos 20,2%.

É curioso verificar que a taxa de retenção é muito mais elevada no 10º

ano, situação semelhante em todo o nosso país que resulta do facto de ser um

ano que inicia o ensino secundário com maior número de disciplinas e maiores

níveis de exigência.

O ano lectivo que agora termina (2003-2004) apresenta uma mudança

interessante no que concerne aos níveis de sucesso/insucesso escolar dos

nossos alunos:

Ano Alunos/aprovados

transitaram

Alunos

Retidos

9º 85% 15%

10º 82,3% 17,7%

11º 87,9% 12,1%

Esta alteração, que o quadro confirma, pode ser o início de uma mudança

consolidada, resultante de todo um conjunto de novas práticas, novas

estratégias, novas metodologias, nomeadamente, menor número de alunos por

turma que podem ter contribuído para uma melhoria sensível nos processos de

ensino-aprendizagem.

Vida da Escola: Ritmo de funcionamento

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 36 -

2. Actividades de Complemento Curricular

As actividades de complemento curricular /enriquecimento curricular

constituem um dos pilares estratégicos da nossa escola. Conscientes de que

a educação passa, necessariamente, pela qualidade das aprendizagens e

pela formação para a cidadania, a nossa escola tem procurado, ao longo dos

anos, oferecer um leque diversificado de actividades, nomeadamente, de

clubes, projectos, publicações, visitas de estudo, que permitem orientar os

nossos jovens para uma formação integral.

CLUBES PROJECTOS

“Ciências – Amigos do Ambiente “Dança” “Europeu” “Escola – O Liceu” “Novos Avós” “Património” “Teatro O Moniz” “Território – A Nossa Casa” “Alquimia” “Inter – Línguas Minoritárias” “Fotografia” “DAFNET”

“ Actividades Rítmicas e Expressivas” “Agência Banco do Tempo” “Avaliação dos Alunos” “Comissão de Formação” “Editorial” “EnglishNet” “Escola Saudável” “Espaço Anjos – Prevenção Primária das toxicodependências, no meio escolar” “FrançaisNet” “GeoNet” “Mat” “MatNet” “Multimédia” “Oficina de Língua Materna” “Pares – Educação para a sexualidade” “Pedagógico para a Ensino Recorrente” “Pedagógico Viver a História” “Português.com” “Socrates – Comenius” “PUBart” “Dias da Rádio” “Curso de Formação de Inglês”

Para além destes clubes e projectos a nossa escola tem duas publicações

importantes: a revista o Lyceu e o jornal de matemática “Choque Mate”,

que contribuem para uma melhor informação daquilo que se passa no

âmbito da comunidade educativa.

Vida da Escola: Ritmo de funcionamento

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 37 -

IV – Identidade e Princípios Orientadores

1. Princípios

• A Educação visa contribuir para a realização do educando, através do

pleno desenvolvimento da personalidade, da formação do carácter e da

cidadania e tem como objectivo o desenvolvimento integral do aluno

suportado nas aprendizagens, na aquisição de saberes, capacidades,

competências e atitudes.

• A educação responde às necessidades resultantes da realidade social,

contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da

personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de cidadãos

livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão

humana do trabalho.

• A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e

pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à

livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com

espírito crítico e criativo o meio social em que se integram.

• A escola deve proporcionar vivências pluralistas, valorizar pensamentos

divergentes, estimular a criatividade, contribuir para o desenvolvimento

pleno do indivíduo, num princípio de valorização e de heterogeneidade e

apostar no empenho crítico e criativo.

• No acesso à educação nenhum aluno pode ser discriminado por razões

de ordem religiosa, social, económica ou política.

• O envolvimento de toda a comunidade escolar deixa-a muito mais

satisfeita e, consequentemente, faz melhorar os resultados académicos e

o desenvolvimento pessoal, contribuindo para a qualidade da escola e

criando um sentido de identidade.

Identidade e Princípios Orientadores

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 38 -

2. Objectivos

• A escola Secundária Jaime Moniz:

- Respeitará os valores da sua cultura centenar;

- Organizar-se-á de modo a responder às solicitações da

comunidade onde está inserida.

- Assumirá o desafio de exercer a sua autonomia reflectindo e

escolhendo as melhores soluções para os problemas com que se

vai deparando;

- Promoverá uma educação integral e virada para a cidadania;

- Valorizará o rigor, o trabalho e o esforço, quer por parte daqueles

que ensinam, quer daqueles que aprendem;

- Preservará a qualidade e organização dos diversos espaços e

instalações;

- Promoverá a qualidade, baseada no diálogo e no respeito, nas

relações interpessoais entre todos os elementos da comunidade

educativa;

- Desenvolverá estratégias visando a segurança das instalações e

das pessoas;

- Desenvolverá estratégias de formação dos seus recursos

humanos;

- Auscultará o parecer dos diversos elementos da comunidade

educativa, alunos e encarregados de educação, professores e

funcionários;

- Promoverá uma política de comunicação e colaboração, quer com

a tutela, quer com as outras Escolas, quer com as instituições

económicas e sociais;

- Prosseguirá uma política de redimensionamento sobretudo no que

diz respeito à sua estrutura humana;

Identidade e Princípios Orientadores

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 39 -

- Especializar-se-á na prestação do ensino do nível de ensino

secundário com destaque para os cursos de: Ciências e

Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Ciências Sociais e

Humanas, Línguas e Literaturas e Artes Visuais.

- Organizar-se-á para a prestação de cursos orientados para a vida

activa, mas, sobretudo, para o prosseguimento de estudos.

• No decorrer dos supostos anteriores conclui-se que é neles que se deve

encontrar a cultura subjacente à construção da identidade da escola, que

deverá assentar nos seguintes parâmetros.

- Tradição

- Inovação

- Rigor

- Qualidade

• Os objectivos aqui expressos efectivar-se-ão através do regulamento

interno, do plano anual de actividades, da organização dos planos

curriculares, do processo de matrículas, da distribuição de horários, da

avaliação da escola.

• Esta Escola Secundária empenhar-se-á na realização dos objectivos

previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo para o Ensino Secundário,

de que se destacam:

- Assegurar o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão e da

curiosidade científica e o aprofundamento dos elementos

fundamentais de uma cultura humanística, artística, científica e

técnica que constituam suporte cognitivo e metodológico

apropriado para o eventual prosseguimento de estudos e para a

inserção na vida activa;

- Facultar aos jovens conhecimentos necessários à compreensão

das manifestações estéticas e culturais e possibilitar o

aperfeiçoamento da sua expressão artística;

Identidade e Princípios Orientadores

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 40 -

- Fomentar a aquisição e aplicação de um saber cada vez mais

aprofundado, assente no estudo, na reflexão crítica, na

observação e na experimentação;

- Formar, a partir da realidade concreta da vida regional e no

apreço pelos valores permanentes da sociedade, em geral, e da

cultura portuguesa, em particular, jovens interessados na

resolução dos problemas do País e sensibilizados para os

problemas da comunidade internacional;

- Facultar contactos e experiências com o mundo do trabalho,

fortalecendo os mecanismos de aproximação entre a escola e a

comunidade, dinamizando a função inovadora e interventora da

escola;

- Favorecer a orientação e formação profissional dos jovens,

através da preparação técnica e tecnológica, com vista à entrada

no mundo do trabalho;

- Criar hábitos de trabalho, individual e em grupo, e favorecer o

desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica de abertura de

espírito, de sensibilidade, de disponibilidade e adaptação à

mudança;

- Promover práticas que contemplem a participação e conduzam ao

envolvimento e responsabilização de toda a comunidade escolar;

- Procurar uma acção concertada e racional por parte dos

diferentes protagonistas do processo educativo de modo que a

educação resulte num todo coerente.

Identidade e Princípios Orientadores

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 41 -

3. Áreas de Intervenção/Metas

ÁREAS MEDIDAS

PEDAGÓGICA

• Atender à diversidade sociocultural dos alunos;

• Desenvolver estratégias no sentido de que todos os

alunos tenham uma adequada integração na escola;

• Despistar as dificuldades de aprendizagem e em

consequência encontrar estratégias de remediação;

• Apoiar os alunos com métodos, técnicas e estratégias de

estudo;

• Privilegiar o trabalho pedagógico com os alunos do 10º

Ano;

• Criar situações e ambientes facilitadores e estimulantes

da aprendizagem;

• Desenvolver mecanismos de superação das dificuldades

de aprendizagens;

• Consciencializar os alunos das suas responsabilidades no

desenvolvimento das suas aprendizagens;

• Melhorar o nível geral do sucesso escolar;

• Reduzir progressivamente o número de alunos por turma;

• Reforçar o papel do Director de turma;

• Elaborar Projectos Curriculares de turma;

• Valorizar o papel e estatuto do professor como actor

principal do processo educativo;

• Promover a planificação das actividades educativas, quer

a nível individual, quer ao nível de cada grupo ou

disciplina.

• Criar actividades e cursos de verão, a decorrer ao longo

do mês de Setembro.

Identidade e Princípios Orientadores

E s c o l a S e c u n d á r i a J a i m e M o n i z P r o j e c t o E d u c a t i v o

- 42 -

FORMAÇÃO • Promover a formação contínua de todos os intervenientes

no processo educativo com vista a um pleno

profissionalismo e a uma optimização das relações

humanas;

• Formar os docentes de acordo com as suas necessidades

do Projecto Educativo e da nova revisão curricular;

• Promover a formação do pessoal não docente no domínio

das relações humanas, dignidade e responsabilidade

profissional;

• Promover a formação dos delegados de turma tendo em

vista uma participação activa na vida da escola;

• Formação de clubes de modo a que estes se posicionem

no sentido de realizar os objectivos explícitos neste

projecto e desde que os seus resultados sejam

anualmente avaliados de modo positivo.

COMUNICAÇÃO

E

PARTICIPAÇÃO

• Desenvolver estratégias para melhorar os circuitos de

comunicação entre as diversas estruturas da escola e

implementar linhas de actuação comuns;

• Divulgar, de forma alargada e atempada, os projectos e

actividades da escola. Fomentar as relações com

instituições sociais, culturais e recreativas;

• Fomentar as relações com instituições sociais, culturais e

recreativas;

• Incentivar a participação dos alunos, nomeadamente

através dos seus órgãos representativos;

• Estimular a criação de uma associação de pais;

• Apelar à intervenção dos pais e encarregados de

educação para a dinâmica da escola;

• Criar práticas que contemplem a participação de toda a

comunidade;

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• Manter viva a ligação com os professores aposentados;

• Criar instrumentos e espaços que facilitem a comunicação

e o trabalho em grupo.

SEGURANÇA

• Prevenir comportamentos de risco;

• Reforçar um bom relacionamento pedagógico, o que

conduzirá à ausência de problemas disciplinares graves;

• Prosseguir o apertado controlo de entradas e saídas da

escola;

• Colaborar com os programas de Escola Segura;

• Aumentar a eficiência dos serviços.

INSTALAÇÕES E

EQUIPAMENTOS

• Equipar, gradualmente, a escola com equipamentos

considerados estratégicos para melhorar, de forma

radical, os processos de ensino-aprendizagem;

• Melhorar a qualidade dos materiais e dos espaços;

• Desenvolver atitudes positivas em relação ao património

da escola;

• Actualizar equipamentos audiovisuais;

• Equipar laboratórios;

• Renovar equipamentos;

• Criar o dia da escola, o seu logótipo, a sua bandeira e o

seu hino.

AVALIAÇÃO

• Implementar um observatório de qualidade da Escola;

• Solicitar, a todas as entidades da escola, a elaboração de relatórios;

• Elaborar e tornar públicos os relatórios anuais de

avaliação, com quadros comparativos em relação às

avaliações anteriores;

• Fomentar uma cultura de auto-avaliação e de avaliação

contínua e participada o que se traduzirá, certamente,

numa melhoria dos resultados escolares dos nossos

alunos.

Identidade e Princípios Orientadores

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V – Avaliação do Projecto Educativo

Sendo o projecto educativo um instrumento de mudança, não dispensa

um processo avaliativo que nos permita ajuizar da sua coerência com os

objectivos e as finalidades da educação, da pertinência das acções nele inscritas

e da sua eficácia face aos efeitos desejados.

Esta avaliação realizar-se-á anualmente, por todos os órgãos, e deverá

fornecer informações sob a forma de relatórios.

Avaliação do Projecto Educativo