projeto educação em tempo integral na escola
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SRE - CAXAMBU
2012
Projeto Educação em
Tempo Integral na
escola PROETI
Anjaly Lopes
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
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Sumário HORTA ESCOLAR ................................................................................................... 3
Promoção da Saúde ................................................................................................. 3
Alimentação saudável através da escola.................................................................... 3
O papel da horta na escola........................................................................................ 4
COMO FAZER UMA HORTA?................................................................................... 4
Quem deve ser responsável pelo preparo da horta?................................................... 4
Passos para o preparo da horta................................................................................. 5
APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS ....... 9
O QUE É NUTRIENTE? ........................................................................................ 9
CARBOIDRATOS .................................................................................................. 9
PROTEÍNAS ......................................................................................................... 9
GORDURAS ....................................................................................................... 10
VITAMINAS......................................................................................................... 10
MINERAIS .......................................................................................................... 10
Anemia ferropriva ................................................................................................ 10
Deficiência de Iodo .............................................................................................. 11
Deficiência de Vitamina A .................................................................................... 11
HIGIENE - FUNDAMENTAL NO PREPARO DAS HORTALIÇAS .............................. 12
COMO ARMAZENAR E PREPARAR AS HORTALIÇAS? ......................................... 12
Tubérculos e raízes ............................................................................................. 12
Folhas e talos ...................................................................................................... 14
Flores ................................................................................................................. 15
Vegetais com polpa e sementes........................................................................... 16
Experiências práticas na horta da escola ................................................................. 18
Como aproveitar os alimentos da horta na escola e/ou em casa? ............................. 19
Brincando de Sustentabilidade ................................................................................ 23
Educação Ambiental na Educação Infantil: redução, reutilização e reciclagem .......... 24
A importancia da Educação Ambiental nas escolas .................................................. 28
Sugestões de atividades para abordar o tema “Frutas, legumes e verduras” na escola
.............................................................................................................................. 34
Educação Infantil: ................................................................................................ 34
1º segmento do Ensino Fundamental: .................................................................. 35
2º segmento do Ensino Fundamental: .................................................................. 36
Consumo, alimentação e saúde............................................................................... 37
Propaganda de alimentos direcionada ao público infanto-juvenil ............................... 38
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Estratégias mais comuns veiculadas nas propagandas infantis................................. 40
Presença de personagens ................................................................................... 40
Apelo emocional .................................................................................................. 40
Oferta de brindes ................................................................................................. 40
Apelo à saúde ..................................................................................................... 40
Estímulo aos sentidos .......................................................................................... 40
Utilização de jingles ............................................................................................. 41
Preços promocionais ........................................................................................... 41
Participação de celebridades ............................................................................... 41
Rotulagem nutricional.............................................................................................. 41
APRENDENDO A LER O RÓTULO ......................................................................... 41
Sugestões de atividades ......................................................................................... 42
Rádio .................................................................................................................. 42
Televisão ............................................................................................................ 43
Mídias impressas ................................................................................................ 43
Web .................................................................................................................... 44
Mídias combinadas .............................................................................................. 44
OBJETIVOS; COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PRIORITÁRIAS PARA O ENSINO
DE CIÊNCIAS ......................................................................................................... 45
Composição e utilidade do acervo de ciências ......................................................... 45
Temas................................................................................................................. 45
SITES INTERESSANTES .................................................................................... 46
BLIBIOGRAFIA ...................................................................................................... 49
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HORTA ESCOLAR
Promoção da Saúde A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre sua
própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os
indivíduos mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um
direito e um recurso aplicável à vida cotidiana.
Baseado nesse conceito de integração entre grupos de indivíduos, a Organização
Mundial da Saúde (1997) define que uma das melhores formas de promover a saúde é
através da escola. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas
convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a
maior parte de seu tempo. Além disso, é na escola onde os programas de educação e
saúde podem ter a maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na
adolescência. Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais tornam-
se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e para a comunidade na qual
estão inseridos.
Alimentação saudável através da escola A alimentação equilibrada e balanceada é um dos fatores fundamentais para o bom
desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. A alimentação de todos os
indivíduos deve obedecer as “Leis da Nutrição” descritas por Pedro Escudero.
Segundo essas leis, devese observar a qualidade e a quantidade dos alimentos nas
refeições e, além disso, a harmonia entre eles e sua adequação nutricional. Uma
alimentação que não cumpra essas leis pode resultar, por exemplo, em aumento de
peso e deficiências de vitaminas e minerais(Silva, 1998).
Para fortalecer o vínculo positivo entre a educação e a saúde, devemos promover um
ambiente saudável melhorando a educação e o potencial de aprendizagem ao mesmo
tempo que promovemos a saúde(Ministério da Saúde,1999). Do conjunto de temas
que podem compor esse ambiente promotor, a alimentação tem papel de destaque,
pois permite que a criança traga as suas experiências particulares e exercite uma
experiência concreta. Além disso, a alimentação é essencial para o bom
desenvolvimento das crianças; dessa forma o estímulo da alimentação saudável irão
propiciar um excelente desenvolvimento físico e mental.
A formação e a adoção dos hábitos saudáveis deve ser estimulada em crianças, pois é
durante os primeiros anos de vida que ela estará formando seus hábitos, por exemplo,
alimentares e atividade física. Dessa forma, a promoção da saúde assume um papel
de educação para a saúde.
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O papel da horta na escola A Horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. Além disso,
o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre elas, proporciona
uma grande variedade de alimentos a baixo custo, no lanche das crianças, permite
que toda a comunidade tenha acesso a essa variedade de alimentos por doação ou
compra e também se envolva nos programas de alimentação e saúde desenvolvidos
na escola. Portanto, o consumo de hortaliças cultivadas em pequenas hortas auxilia na
promoção da saúde.
Há várias atividades que podem ser utilizadas na escola com o auxílio de uma horta
onde o professor relaciona diferentes conteúdos e coloca em prática a
interdisciplinaridade com os seus alunos. A matemática pode ser um exemplo com o
estudo das diferentes formas dos alimentos cultivados, além disso, o estudo do
crescimento e desenvolvimento dos vegetais pode ser associado com o próprio
desenvolvimento. Isto é, a importância da terra ter todos os nutrientes para que a
semente se desenvolva em todo o seu potencial, livre de qualquer doença. Essas
atividades também asseguram que a criança e a escola resgatem a cultura alimentar
brasileira e, consequentemente, estilos de vida mais saudáveis.
Ainda em relação a cultura alimentar, destaca-se que no Brasil, cada região apresenta
uma cultura com características diferentes e isso está diretamente relacionado com
seus hábitos alimentares. A vasta quantidade de frutas e hortaliças garante uma
variedade de cores, formas, cheiros e nutrientes importantes para a qualidade da
alimentação. Por exemplo, na Região Norte, há consumo de chicória, coentro e
mandioca, enquanto que na Região Centro-oeste, o consumo é de tubérculos como
cará e guariroba (Ministério da Saúde, 2000). Assim, a horta também assume um
papel importante no resgate da cultura alimentar de cada região.
Esse manual aborda a grande variedade das hortaliças no Brasil e que podem ser
cultivadas em uma horta pela comunidade, por escolas, por creches, orfanato e
demais instituições.
O Manual também apresenta conceitos dos principais nutrientes contidos nos
alimentos, a importância das hortaliças no hábito de crianças, adolescentes, adultos e
idosos e também mostra a necessidade de higiene na manipulação das hortaliças.
COMO FAZER UMA HORTA?
Quem deve ser responsável pelo preparo da horta?
Caso seja possível, o preparo da horta deve ser feito, sob orientação de um agrônomo
ou técnico agrícola. Porém, se a escola já tem algum pai, professor ou funcionário com
conhecimento prático sobre cultivo de hortaliças, essa pessoa poderá ajudar. A
escolha das hortaliças deve ser de forma diversificada, garantindo uma grande
variedade de cores, formas e, assim, diferentes nutrientes.
Lembrem-se que a escolha das hortaliças e todo o processo de planejamento e
execução da horta deve ser feita com a participação direta das crianças. As diferentes
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turmas devem podem ter uma escala de preparo, plantio e cuidado dos canteiros. Isso
garante que elas se envolvam nos trabalhos e, além de modificar hábitos alimentares,
elas também estarão obtendo informações diversas e administrando com
responsabilidade um projeto da escola. Assim, a participação direta das crianças
proporciona motivação para o trabalho e para o aprendizado.
Passos para o preparo da horta
1º Passo LOCALIZAÇÃO
O local apropriado para o cultivo das hortaliças deve apresentar as seguintes
características:
Terreno plano;
Terra revolvida (“fofa”)
Boa luminosidade e voltada para o nascente;
Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, por exemplo,
canaletas;
Longe de sanitários e esgotos;
Isolado com pouco trânsito de pessoas e animais
2º Passo FERRAMENTAS Algumas ferramentas são essenciais para o preparo da terra e plantio das hortaliças:
Enxada: é utilizada para capinar, abrir sulcos e misturar adubos e corretivos como
serragem à terra.
Enxadão: é utilizado para cavar e revolver a terra.
Regador: serve para irrigar a horta.
Ancinho: é utilizado para remover torrões, pedaços de pedra e outros objetos, além
de nivelar o terreno.
Sacho: é uma enxada menor que serve para abrir pequenas covas, capinar e
afofar a terra.
Carrinho-de-mão: é utilizado para transportar terra, adubos e ferramentas.
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3º Passo PREPARO DO CANTEIRO Antes de iniciar a preparação dos canteiros, deve-se limpar o terreno com auxílio de
algumas ferramentas como enxada, ancinho e carrinho-de-mão.
Com auxílio de uma enxada, revira-se a terra a uns 15cm de profundidade.
Com o ancinho, desmancham-se os torrões, retirando pedras e outros objetos,
nivelando o terreno.
Iniciar a demarcação dos canteiros com auxílio de estacas e cordas com a
seguinte
dimensão; 1,20m x 2 a 5m e espaçamento de um canteiro a outro de 50cm.
Caso o solo necessite de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou
serragem.
4º Passo ADUBAÇÃO DOS CANTEIROS Como fazer adubo natural?
Resíduos vegetais e animais, tais como palhas, galhos, restos de cultura, cascas e
polpas de frutas, pó de café, folhas, esterco e outros, quando acumulados apodrecem
e, com o tempo, transformam-se em adubo orgânico ou húmus, também conhecido
por composto ou natural.
Essa transformação é provocada por microrganismos aeróbicos( bactérias que
necessitam de oxigênio para viver). Eles decompõe a celulose das plantas e quanto
mais nitrogênio tiverem à sua disposição, mais rápido atuarão, através do calor que se
produzirá no material depositado. Por isso, deve ser fornecido aos microrganismos
aquilo de que mais necessitam: ar, umidade e nitrogênio.
Procedimentos:
1.Em um espaço fechado, como uma caixa, coloca-se no chão uma fileira de tijolos,
cujos intervalos devem ser cobertos por sarrafos, para deixar passar o ar.
2.Em seguida, acumulam-se várias camadas( cerca de 20cm cada um), de matéria
vegetal, espalhando sobre cada uma delas, uma camada de uréia que contém
nitrogênio.
3.Mantém-se o composto sempre úmido, sem ensopá-lo, molhando seguidamente
com um regador.
4.Quando o composto começar a se aquecer, deve ser protegido da chuva, coberto
com tábuas velhas ou com plástico.
5.Cerca de 1 ou 2 meses mais tarde, o composto deve ser revolvido; as partes que
estavam em cima e dos lados devem ser colocados no centro.
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6.Após 1 ou mais meses, o composto estará pronto para ser usado na horta ou na
lavoura, para posteriormente fazer as covas e os canteiros.
5º Passo COVAS E SEU PREPARO
As covas devem ser feitas com antecedência, no mínimo, 18 dias antes do plantio
ou transplantio.
O espaçamento entre as covas varia de acordo com a hortaliça a ser plantada.
As covas deverão ter a seguinte dimensão: 20x20cm ou 30x30cm de largura e 20
a 30cm de profundidade.
A tabela abaixo oferece algumas informações importante na hora do preparo das
covas:
6º Passo COMO CUIDAR DA HORTA
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A horta deve ser regada duas vezes ao dia, mas lembre-se que isso varia de região
para região, pela diferença de clima entre elas. O solo não pode ficar encharcado para
evitar o aparecimento de fungos. A horta tem que ser mantida limpa, as ervas
daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão. A cada
colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade da terra e das
hortaliças.
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APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES ENCONTRADOS NOS
ALIMENTOS
Após o preparo da horta, é necessário conhecer alguns conceitos relacionados à
alimentação e saúde.
O QUE É NUTRIENTE? Os alimentos possuem substâncias que são essenciais para o desempenho das
atividades do dia-a-dia como andar, correr, trabalhar, estudar, etc. Essas substâncias
são chamadas de nutrientes. Existem 5 tipos de nutrientes: carboidratos, proteínas,
lipídios, vitaminas e minerais. Veja abaixo a função de cada um desses nutrientes.
CARBOIDRATOS Os Carboidratos oferecem energia para nosso corpo sob a forma de açúcares
(presente nas frutas e hortaliças) e amido (milho, trigo). Eles são a primeira fonte de
energia para o desempenho das nossas atividades diárias. Os carboidratos podem ser
encontrados nas frutas, hortaliças, pães, macarrão, arroz, mandioca, batata, milho,
entre outros.
PROTEÍNAS As proteínas são essenciais para construir e manter nossos músculos, cabelo e
tecidos do corpo, principalmente no crescimento durante a infância. Também são
importantes na constituição de células, anticorpos, das enzimas presentes no
organismo e hormônios. São encontradas nas carnes vermelhas, brancas, no leite e
derivados (queijo, requeijão, iogurte), ovos, e nas leguminosas como ervilha, soja e
feijão.
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GORDURAS As gorduras são uma fonte de energia que está armazenada no nosso corpo e serve
para transportar algumas vitaminas como a vitamina A, fornecer compostos chamados
ácidos graxos essenciais que favorecem a manutenção da saúde. Porém, as gorduras
tem que ser bem escolhidas na alimentação, pois, em excesso, provoca algumas
doenças como a obesidade, hipercolesterolemia, doenças cardiovasculares, em
número crescente no país (Dutra-de-Oliveira, 1996). As fontes de gordura são a
margarina, toucinho, e os óleos vegetais (como de canola, milho, soja) e animais como
banha de porco.
VITAMINAS
As vitaminas ajudam na manutenção de todas as atividades diárias das
crianças. Apesar de não serem fonte de energia, elas estão envolvidas no bom funcionamento dos aparelhos circulatório, respiratório e digestivo e atuam, juntamente com outros nutrientes, para formar enzimas e controlar a queima de
açúcares e proteínas dentro das células (Porto, 2000). As vitaminas estão presentes nas hortaliças e frutas em geral e podem ser classificadas em lipossolúveis (A,D,E e K) e hidrossolúveis (C e complexo B).
MINERAIS
Os minerais são elementos obtidos na alimentação para ajudar na formação de
estruturas do corpo, como por exemplo, os ossos. A ausência de alguns minerais na
alimentação pode resultar doenças como anemia, osteoporose e bócio. Os minerais
também não oferecem energia para o corpo e estão presentes nas carnes, frutas,
hortaliças e leite.
Anemia ferropriva A anemia ferropriva é a carência nutricional de maior prevalência em todo mundo, com
maior incidência em países em desenvolvimento (NÓBREGA,1998). Porém, a anemia
não deve ser encarada como sinônimo de baixa renda e países pobres, pois está
presente em todo o mundo e nas diferentes classes sociais. As populações mais
acometidas por essa carência são as crianças, os adolescentes e as gestantes. Mas o
que é anemia?
Anemia é uma doença causada pela deficiência de ferro no organismo, que ocasiona
diminuição das células sanguíneas e demais compostos dependentes do ferro, como a
hemoglobina e o hematócrito.
O papel da dieta na ocorrência da anemia é crucial; a escolha de alimentos pobres em
ferro, o desmame precoce e introdução e manutenção do leite de vaca em detrimento
de outros alimentos são fatores importantes para a anemia (NÓBREGA,1998).
Assim, o tratamento da anemia consiste numa dieta rica em ferro aliada a estratégias
para melhorar a absorção desse mineral, como o consumo de frutas ou sucos de
frutas.
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Deficiência de Iodo O Iodo é necessário para o funcionamento da glândula Tireóide, responsável pela
produção de vários hormônios. Quando existe deficiência de Iodo na nossa
alimentação ocorre um aumento da glândula tireóide, o que é conhecido como bócio
ou papo.
A deficiência de iodo pode levar ao atraso no crescimento e na capacidade de
aprendizagem das crianças. Em mulheres grávidas, poderá causar retardo mental no
bebê, o que é chamado de cretinismo.
A melhor forma de se evitar a deficiência de iodo é usar o sal iodado. Além disso,
recomenda-se consumir alimentos ricos em iodo como peixes de água salgada, ostras,
moluscos, leites e ovos.
Dicas saudáveis
- Sempre use sal iodado observando essa informação no rótulo;
- Ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local fresco e ventilado,
longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha.
- Mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas
dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar a qualidade do iodo.
Deficiência de Vitamina A A deficiência de vitamina A, ou hipovitaminose A, é a principal causa da xeroftalmia,
uma doença carencial que pode levar à cegueira, chegando a ser um dos grandes
problemas de Saúde Pública em algumas regiões do País como o Nordeste. A
vitamina A pode ser fornecida pelos alimentos sob duas formas: a pró-vitamina ,
através dos pigmentos carotenóides, encontrados em vegetais verde-escuro como
couve, agrião, almeirão e vegetais de cor amarelo-alaranjado como cenoura, abóbora
madura. As frutas alaranjadas como manga e mamão também são ótimas fontes de
carotenóides. Há também a forma de
vitamina A pré-formada, existente nos alimentos de origem animal como manteiga,
creme de leite, queijo e fígado de bacalhau.
Os programas de prevenção da carência de vitamina A podem ser os mais variados,
dependendo dos objetivos visados e das condições dos locais. Eles podem incluir
educação alimentar, para auxiliar a melhora do estado nutricional de crianças, através
do incremento do consumo de alimentos ricos em vitamina A disponíveis localmente, o
que resulta em baixo custo. Assim, o planejamento do cultivo de hortaliças ricas em
pró-vitamina A em hortas nas escolas é um meio em se prevenir a hipovitaminose A.
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HIGIENE - FUNDAMENTAL NO PREPARO DAS HORTALIÇAS A terra usada no cultivo das hortaliças abriga muitos microorganismos, que se não
forem retirados do alimento, podem provocar doenças graves. Para evitar isso, é
importante observar algumas regras básicas de higiene, que serão descritas a seguir:
1.As hortaliças, que serão comidas cruas, devem ser lavadas em água filtrada ou
fervida e, em seguida, mergulhadas num recipiente com vinagre (1 litro de água para 1
colher de sopa de vinagre) por 15 minutos. Depois de tirá-las do vinagre, lave
novamente na água filtrada ou fervida.
2.Antes de cortar as hortaliças, é necessário que você também lave corretamente as
mãos para retirar a sujeira que está nelas, principalmente, entre os dedos e nas
unhas.
3.As hortaliças devem ser mantidas longe de insetos, animais, poeira e fumaça. Além
disso, é importante que elas fiquem longe também dos produtos químicos que podem
provocar intoxicação.
4.A manutenção da higiene na cantina escolar também é importante para evitar a
contaminação das hortaliças. Deixe o local sempre limpo, não deixando restos de
comida por muito e também esvazie o lixo, sempre. Assim, a cantina estará limpa e
livre de contaminação.
COMO ARMAZENAR E PREPARAR AS HORTALIÇAS?
Tubérculos e raízes Os tubérculos e raízes têm muitos nutrientes. É necessário lavá-los muito bem para
retirar a sujeira da terra.
Estes alimentos são ricos em carboidratos, vitaminas e sais minerais.
Batata Como pode ser feita nas refeições? Assada, cozida, frita Quais são os seus nutrientes? Carboidratos, vit. C e sais minerais na casca
Quando ele está bom? A casca é lisa, sem brotos nem manchas. Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por 15 dias Dicas para uma alimentação saudável: È proibida a venda de batata verde que
esteja germinando Batata-doce
Como pode ser feita nas refeições? Assada, cozida, frita e doces Quais são os seus nutrientes? Carboidratos, vitaminas e sais minerais Quando ele está bom? É limpa, firme, sem manchas
Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por15 dias Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite as folhas para saladas e refogados
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Beterraba Como pode ser feita nas refeições? Vitaminas, sucos, refogada, cozida, frita Quais são os seus nutrientes? Rica em açúcar, vitaminas, sódio e potássio
Quando ele está bom? A cor é forte, de casca lisa e folhas brilhantes Como guardar para não estragar? Em lugar escuro e seco por 15 dias Dicas para uma alimentação saudável: Use as folhas em ensopados, refogados
e saladas Cenoura
Como pode ser feita nas refeições? Crua em saladas, pratos salgados e doces Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais Quando ele está bom? É bem lisa, firme, de cor uniforme
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 15 dias Dicas para uma alimentação saudável: As folhas são ricas em vitamina A e podem ser usadas em bolinhos e saladas
Mandioca Como pode ser feita nas refeições? Depois de cozida pode ser frita, ensopada,
refogada Quais são os seus nutrientes? Rica em carboidratos, vitamina B Quando ele está bom? Estala quando se quebra ao meio e tem polpa sem
manchas ou nervuras Como guardar para não estragar?Em temperatura ambiente por 2 dias Dicas para uma alimentação saudável: Para durar mais descasque cubra com
água e deixe em vasilha tampada até o momento de usar Mandioquinha
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, sopas e purês Quais são os seus nutrientes? Vitaminas C e B, cálcio e fósforo Quando ele está bom? É lisa, sem marcas de cor uniforme
Como guardar para não estragar? Em lugar fresco e arejado por 3 dias Dicas para uma alimentação saudável: É indicada para alimentação infantil por ser energética
Nabo Como pode ser feita nas refeições? Em saladas, conservas, sopas e purês
Quais são os seus nutrientes? É rico em fibras e cálcio Quando ele está bom? A pele é limpa e branca e fica duro quando maduro Como guardar para não estragar? Na geladeira por 2 semanas
Dicas para uma alimentação saudável: As folhas tem vitaminas A e C, além de cálcio. Podem ser usadas em saladas e refogados
Rabanete Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e conservas; refogado e
ensopado Quais são os seus nutrientes? Vitaminas B e C, cálcio, fósforo e ferro Quando ele está bom? Liso, firme, brilhante, sem rachaduras
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
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Dicas para uma alimentação saudável: As folhas podem ser usadas em saladas ou refogados
Folhas e talos As folhas e talos devem ser muito bem lavados em água corrente, para eliminar
sujeiras e microorganismos. Deve-se deixar de molho numa mistura contendo 1 litro
de água e 1 colher de sopa de vinagre por 15 minutos.
Estes alimentos são ricos em vitaminas, sais minerais e fibras.
Ao comprar escolha sempre folhas novas.
Acelga Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sucos, refogada, gratinada, suflês e bolinhos
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C e niacina Quando ele está bom? A cor é firme, as folhas sem marcas Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Deve ser lavada com água e vinagre para ser consumida
Agrião Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sucos Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A, C e do complexo B
Quando ele está bom? Folhas verdes, brilhantes e firmes Como guardar para não estragar? Na geladeira por 3 dias Dicas para uma alimentação saudável: Use os talos para fazer bolinhos,
omeletes e sopas Alface
Como pode ser feita nas refeições? Saladas e sopas Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C e niacina Quando ele está bom? Firme, de cor definida e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias Dicas para uma alimentação saudável: É diurética e refrescante
Almeirão Como pode ser feita nas refeições? Cru em saladas Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A, B2 e niacina
Quando ele está bom? Folhas verdes e firmes Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias Dicas para uma alimentação saudável: Sirva com molho de alho refogado no
óleo Couve
Como pode ser feita nas refeições? Refogada, cozida e sopa Quais são os seus nutrientes? Cálcio, fósforo e ferro Quando ele está bom? Folhas verdes e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite os talos para sopas
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Escarola Como pode ser feita nas refeições? Crua, em saladas e cozida, em recheios de tortas e sopas
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A, B2, niacina e do complexo B Quando ele está bom? Folhas de cor definida e lisas Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias
Dicas para uma alimentação saudável: É de fácil digestão Espinafre
Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e cozido, em recheios de tortas e sopas Quais são os seus nutrientes? Rico em ferro e vitaminas A e do complexo B
Quando ele está bom? Folhas de cor definida e lisas Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias Dicas para uma alimentação saudável: Use os talos para fazer bolinhos,
omeletes e sopas Repolho
Como pode ser feita nas refeições? Cru, em saladas e conservas.Cozido e refogado Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C
Quando ele está bom? É pesado, firme e claro Como guardar para não estragar? Na geladeira por 10 a 15 dias Dicas para uma alimentação saudável: Se for usar uma parte, tire apenas as
folhas externas para durar mais
Flores
Alcachofra Como pode ser feita nas refeições? Crua, cozida, assada e refogada
Quais são os seus nutrientes? Ferro Quando ele está bom? Folhas macias e sem marcas Como guardar para não estragar? Em saco plástico, na geladeira por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: Para cozinhar, corte o talo na base e as pontas com uma tesoura. Depois de cozida, abra e tire os espinhos Brócolis
Como pode ser feita nas refeições? Cozida em água fervente ou no vapor Quais são os seus nutrientes? Cálcio e ferro Quando ele está bom? Talos e flores verdes e sem marcas
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana Dicas para uma alimentação saudável: As folhas e talos são ricos em Vit. A
Couve-flor Como pode ser feita nas refeições? Cozida, em saladas, gratinadas e empanados
Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais Quando ele está bom? Folhas em bom estado, talos firmes e brilhantes e o buquê bem cheio e sem manchas
Como guardar para não estragar? Em saco plástico, na geladeira por 5 dias
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Dicas para uma alimentação saudável: De fácil digestão.
Vegetais com polpa e sementes
Os vegetais com polpa e sementes podem ser preparadas nos pratos de todo o dia e até em doces. Ao escolher prefira vegetais com polpas firmes e
brilhantes, sem marcas de deterioração. Abobrinha
Como pode ser feita nas refeições? Saladas, refogados e suflês Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, fibras Quando ele está bom? Firme, de cor brilhante e sem furos
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias a 1 semana Dicas para uma alimentação saudável: Cozinhe no máximo por 15 minutos com pouca água
Abóbora Como pode ser feita nas refeições? Cozidos, sopas, purês, refogados e em
doces Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e B, cálcio e fósforo Quando ele está bom? Casca firme e sem partes moles
Como guardar para não estragar? Quando verde em lugar fresco e arejado e maduro na geladeira por até 3 meses Dicas para uma alimentação saudável: Aproveite as sementes, asse no forno e
sirva como aperitivo Berinjela
Como pode ser feita nas refeições? Frita, empanada, com molho e à parmegiana Quais são os seus nutrientes? Sais minerais
Quando ele está bom? Bem firme e pesada, sem furos, de cor roxo-brilhante Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 5 dias Dicas para uma alimentação saudável:Para tirar o gosto amargo, corte em
fatias, polvilhe com sal e deixe escorrer numa peneira até soltar o caldo escuro. Seque com papel toalha. Chuchu
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, suflês, saladas, pudins e doces Quais são os seus nutrientes? Vitamina B5, cálcio e fósforo Quando ele está bom? Firme, sem manchas e de cor verde-claro
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana Dicas para uma alimentação saudável: Não compre ou use chuchus murchos ou amarelados
Ervilha Como pode ser feita nas refeições? Ensopados, cozidos, saladas, risotos e
com carnes Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A e B Quando ele está bom? Vagem lisa, cheia e bem pesada, sem marcas ou
manchas
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Como guardar para não estragar? Na geladeira em saco plástico, por 2 dias Dicas para uma alimentação saudável:Se não for época de ervilha fresca, use a conserva.
Jiló Como pode ser feita nas refeições? Refogados, frituras e ensopados
Quais são os seus nutrientes? Sais minerais, vitaminas A e B Quando ele está bom? Não tem marcas e é bem firme Como guardar para não estragar? Na geladeira por 1 semana
Dicas para uma alimentação saudável:O sabor amargo é diminuído quando o jiló é frito
Milho-verde Como pode ser feita nas refeições? Cremes, sopas, refogados, saladas, tortas Quais são os seus nutrientes? Vitamina B1, sais minerais e carboidratos
Quando ele está bom? Folhas verdes e vivas. Grãos macios Como guardar para não estragar? Com a palha em temperatura ambiente e sem a palha na geladeira por 3 dias
Dicas para uma alimentação saudável: O milho em conserva mantém o valor nutritivo
Pepino Como pode ser feita nas refeições? Saladas, conservas e patês Quais são os seus nutrientes? Flúor
Quando ele está bom? Cor verde-escuro e sem machucados Como guardar para não estragar? Na geladeira por 5 dias Dicas para uma alimentação saudável: Deve ser comido com casca (bem
lavado) pois facilita a digestão Pimentão
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, cozidos, molhos, saladas e patês Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C
Quando ele está bom? Firme, de forma regular e cor viva Como guardar para não estragar? Na geladeira por 3dias Dicas para uma alimentação saudável: Para descascar mergulhe por 2 minutos
em água fervente Quiabo
Como pode ser feita nas refeições? Refogados, frituras e saladas Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e B e sais minerais Quando ele está bom? Cor verde-escuro e a ponta fácil de quebrar
Como guardar para não estragar? Na geladeira por 2 dias Dicas para uma alimentação saudável: Para não soltar goma pingue limão ao cozinhar
Tomate Como pode ser feita nas refeições? Saladas, molhos e refogados
Quais são os seus nutrientes? Vitaminas A e C Quando ele está bom? Firme de casca brilhante e lisa
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Como guardar para não estragar? O verde, em temperatura ambiente e o maduro, na geladeira por 1 semana sem lavar Dicas para uma alimentação saudável: Escalde com água fervente e puxe a
pele Vagem
Como pode ser feita nas refeições? Cozida em saladas, refogados, gratinados e pudins Quais são os seus nutrientes? Vitamina A e sais minerais
Quando ele está bom? É firme e de formato uniforme Como guardar para não estragar? Na geladeira, por 1 semana em saco plástico
Dicas para uma alimentação saudável: Cozinhe com pouca água depois de tirar o fio
Experiências práticas na horta da escola A seguir, estão apresentados seis exemplos de como a horta pode trazer benefícios à
saúde das crianças na escola e ser um excelente recurso pedagógico. Destaca-se
novamente o papel fundamental da participação direta das crianças em todo o
processo de plantio das hortaliças até a obtenção de pratos saborosos, que devido a
sua facilidade de preparo podem ser feitos em casa ou na escola. Além disso, essas
ações visam integrar a horta com o cotidiano da criança na escola e em casa.
Método: PLANEJANDO E ADMINISTRANDO UMA HORTA
Desenvolvimento:Cada turma se responsabiliza por um canteiro da horta. Em seguida, o professor orienta as crianças sobre plantio, formação de mudas, espaçamento entre as covas, irrigação, além de colheita e conservação das hortaliças para o consumo, ou seja, o professor supervisiona os alunos em todos os passos descritos nesse manual. Tudo isso motiva as crianças a cuidar de seu canteiro, administrá-lo para que as hortaliças cresçam e estejam apropriadas para o consumo. Além disso, essa experiência reforça as qualidades de organização, planejamento, responsabilidade e o processo de promoção de saúde através da alimentação saudável.
Método: APLICANDO CIÊNCIAS E SAÚDE NO DIA-A-DIA DA HORTA Desenvolvimento: Um dos conceitos mais aplicados em ciências é o da cadeia
alimentar. Por isso, o professor pode utilizar esse conceito e relacionar o papel da
horta com o fornecimento de nutrientes do solo para as hortaliças e, posteriormente, o
consumo das hortaliças fundamentais para a nutrição do ser humano. O professor
divide a turma em grupos de trabalhos e determina que cada grupo seja responsável
por explorar as qualidades nutricionais das hortaliças cultivadas, ao mesmo tempo, a
criança é motivada a se alimentar da hortaliça para garantir os nutrientes ao seu
corpo. Outro aspecto importante de ser discutido nesta atividade são os conceitos de
variedade, combinação e moderação contidos na Pirâmide dos Alimentos.
Método: APLICANDO MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA DA HORTA Desenvolvimento: O período de colheita das hortaliças associado a matemática é uma experiência positiva para ensinar às crianças que a horta pode está presente no
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cotidiano da escola. O professor, com a tabela presente neste manual dos períodos das colheitas e com as noções de conjunto, mostradas na matemática, ensina a criança quais as hortaliças que apresentam períodos de colheita comuns e diferentes. Posteriormente, a turma se organiza para o DIA DA COLHEITA, o qual as crianças colhem as hortaliças com o período comum.
Método:FESTIVAL DA COLHEITA Desenvolvimento: A escola poderá convidar as famílias para participarem do momento simbólico da primeira colheita. As crianças serão responsáveis por apresentar o projeto, suas etapas e objetivos. Dependendo da situação específica pode-se preparar algum prato com os produtos colhidos para que todos possam provar ou cada família leva uma pequena amostra dos produtos colhidos para sua casa.
Método:PREPARANDO O CARDÁPIO DE NOSSA MERENDA ESCOLAR
Desenvolvimento: A partir do momento que os produtos cultivados comecem a estar prontos para a colheita cada turma pode ficar responsável por preparar o cardápio semanal da merenda incluindo os produtos disponíveis. Nesta atividade além do resgate de receitas locais, os conceitos da Pirâmide Alimentar poderão ser reforçados e implementados. Método: COZINHA EXPERIMENTAL NA ESCOLA Desenvolvimento: A pesquisa de receitas de preparações de hortaliças é outra
atividade feita com as crianças para estimular a adoção de hábitos alimentares e
estilos de vida saudáveis. Após o dia da colheita, as crianças trazem de casa uma
receita com as hortaliças colhidas neste dia. Em seguida, o professor faz um concurso
na sala para escolher com as crianças, a melhor receita para ser preparada e
saboreada pela turma na cantina da escola.
Nessa atividade, o professor aborda todos os passos para o cultivo da hortaliça e
reforça a sua conservação e higiene, descritas nesse manual, fundamentais para a
elaboração de um prato saboroso e nutritivo.
Como aproveitar os alimentos da horta na escola e/ou em casa? Veja abaixo algumas receitas que você pode utilizar com as hortaliças plantadas na
escola ou em casa, aproveitando ao máximo as folhas e talos das mesmas:
Bolinho de abóbora ou de batata doce Ingredientes Medida caseira Abóbora cozida e amassada 1 xícara de chá
Farinha de trigo 2 colheres de sopa Fermento 1 colher de sobremesa Sal a gosto
Cheiro verde picado a gosto Técnica de preparo: 1.Juntar os ingredientes
2.Aquecer o óleo 3.Fazer os bolinhos com o auxílio de colher. Caso necessite de mais farinha para fritar às colheradas, acrescentar até dar ponto.
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4.Fritar em óleo quente. Sugestão: Caso queira bolinho doce trocar o sal por açúcar, não acrescentar cheiro verde e polvilhar com açúcar e canela.
Bolinho de mandioca (macaxeira ou aipim) Ingredientes Medida caseira
Mandioca cozida e moída 3 xícaras de chá Polvilho 3 xícaras de chá Queijo ralado (opcional) 3 xícaras de chá
Farinha de trigo 1 xícara de chá Óleo 3 colheres de sopa Sal a gosto
Técnica de preparo: 1.Juntar os ingredientes 2.Misturar até obter uma massa homogênea.
3.Acrescentar leite, até o ponto de enrolar com a mão. 4.Fritar em óleo quente ou assar em temperatura média.
Suco de beterraba Ingredientes Medida caseira Beterraba crua sem casca ralada 1 unidade média
Suco de Limão 1 unidade pequena Água 1 litro de água Açúcar, melado ou rapadura ralada 5 colheres de sopa
Técnica de preparo: 1.Bater primeiro a beterraba e coar. O resíduo pode ser utilizado na salada. 2.Bater o restante dos ingredientes com o suco já extraído da beterraba, coá-lo.
Suco de abóbora (mandioca, batata-doce ou pupunha) Ingredientes Medida caseira
Abóbora 1 copo de abóbora cozida amassada Leite ou água 3 copos médio Açúcar a gosto
Técnica de preparo: 1.Bater tudo no liquidificador e tomar gelado. A gosto pode-se acrescentar folhas de hortelã
“Fanta” Ingredientes Medida caseira
Água 1 1/2 litro Cenoura 2 unidades grandes Limão cravo (capeta, rosa ou 1 unidade
galego) com casca Suco de limão 2 limões comuns Açúcar a gosto
Técnica de preparo: 1.Liquidificar a água com as cenouras e coar; 2.Acrescentar o limão cravo e o suco de limão ;
3.Liquidificar novamente.
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Pudim de mandioca Ingredientes Medida caseira Mandioca cozida e amassada 1/2 quilo
Farinha de trigo 3 colheres de sopa Leite 1/2 litro Fermento 1 colher de sobremesa
Óleo vegetal 1 colher de sopa Açúcar 2 xícaras Sal 1 pitada
Erva-doce 1 colher de sopa Ovos batidos 2 unidades Técnica de preparo:
1. Misture tudo e coloque em forma de pudim caramelizada com açúcar.
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Sustentabilidade na escola
Tão preocupante quanto a extensa lista de prioridades – o que deveria inspirar um
grande projeto nacional apartidário e de longo prazo – é reconhecer que os debates
sobre modernização dos conteúdos pedagógicos ficam invariavelmente em segundo
plano. Uma escola descontextualizada de seu tempo, encapsulada nas rotinas
burocráticas que apequenam sua perspectiva transformadora, está condenada ao
marasmo que entorpece sua história e o seu legado. É uma escola que não consegue
mobilizar professores, alunos e a comunidade ao seu redor em torno de objetivos
comuns que emprestem sentido à existência da própria instituição.
Qual a função social da escola num mundo que experimenta uma crise ambiental sem
precedentes na história da humanidade? Nossa capacidade de redesenhar o modelo
de desenvolvimento e construir uma nova cultura baseada em valores sustentáveis
depende fundamentalmente da coragem de mudar o que está aí. Que ajustes
poderiam ser aplicados à grade curricular para tornar essa escola mais apta a preparar
esses jovens para os imensos desafios que temos pela frente? Que novos gêneros de
informação deveriam mobilizar a comunidade escolar na busca por respostas para
questões pontuais sobre as quais não é mais possível negar a importância ou a
urgência do enfrentamento? Como preparar essas novas gerações para um mundo
que projeta um futuro difícil e extremamente desafiador em função das mudanças
climáticas, escassez de água doce e limpa, produção monumental de lixo, destruição
sistemática da biodiversidade, transgenia irresponsável, crescimento desordenado e
caótico das cidades, entre outros fatores que geram desequilíbrio e instabilidade?
O mundo mudou e a educação deve acompanhar as mudanças em curso. Nossa
espécie é responsável pelo maior nível de destruição jamais visto em nenhum outro
período da história e, se somos parte do problema, devemos ser parte da solução.
Mas não há solução à vista sem educação de qualidade e urgente que estabeleça
novas competências, novas linhas de investigação científica, um novo entendimento
sobre o modelo de desenvolvimento em que estamos inseridos e a percepção do risco
iminente de colapso. Precisamos promover uma reengenharia de processos em escala
global que inspire novos e importantes movimentos em rede. Isso não será possível
sem as escolas.
A escola de hoje deve ser o espaço da reinvenção criativa, um laboratório de ideias
que nos libertem do jugo das “verdades absolutas”, dos dogmas raivosos que insistem
em retroalimentar um modelo decadente. Pobres dos alunos que passam anos na
escola sem serem minimamente estimulados a participar dessa grande “concertação”
em favor de um mundo melhor e mais justo. Quantos talentos adormecidos, quanto
tempo e energia desperdiçados, quanta aversão acumulada ao espaço escolar
justamente pelo desinteresse brutal e legítimo da garotada a algo que não lhes toca o
coração, não lhes instiga positivamente o intelecto, não lhes nutre o espírito? Qual o
futuro dessa escola? São cadáveres insepultos.
Uma escola que use a sustentabilidade como mote desse revirão pedagógico amplo e
inovador terá como princípio ético a construção de um mundo onde tudo o que se
faça, onde quer que estejamos, considere os limites dos ecossistemas, a capacidade
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de suporte de um planeta onde os recursos são finitos. Temos ciência, tecnologia e
conhecimento para isso. Novas gerações de profissionais das mais variadas áreas
serão desafiados a respeitar esse princípio sem prejuízo de sua atividade fim. Tudo
isso poderia ser resumido em uma palavra: sobrevivência. A mais nobre missão das
escolas no Século 21 será nos proteger de nós mesmos.
Brincando de Sustentabilidade As brincadeiras fazem parte do mundo infantil, desde a mais nova idade.
Com ela aparecem trabalhos de desenvolvimento absoluto do sujeito, integração com
outros componentes, harmonia das relações, respeito às regras, manter boa conduta,
etc.
Considerar que os brinquedos devem estimular a criatividade das crianças é uma
ótima opção para se trabalhar o conceito de sustentabilidade, de preservação
ambiental, da eliminação de ações predatórias, utilização de recursos próprios, o que
pode ou não ser reciclado, etc.
A sustentabilidade surgiu nos últimos anos, mais precisamente em 1987, onde alguns
países se reuniram a fim de discutir as questões ambientais de poluição. Segundo o
relatório de Brundtland, sustentabilidade é “suprir as necessidades da geração
presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. São atitudes
que levam os sujeitos a se tornarem justos socialmente, aceitos culturalmente e
viáveis economicamente.
Assim, técnicas de reaproveitamento podem valorizar as construções de brinquedos,
através de oficinas de artes, que andam bem esquecidas devido aos avanços
tecnológicos e à industrialização.
Para as oficinas, podem ser utilizados materiais alternativos como sucatas ou
itens extraídos da natureza. Sementes, pedras, areia, pedacinhos de pau, dentre
outros, poderão ter grande utilidade. Antes do início das atividades os mesmos
deverão ser selecionados por cores, tamanhos, material, latas, garrafas,
copinhos plásticos, botões, rolhas, pregos, tocos de madeira, retalhos de tecido,
etc.
É importante que as embalagens plásticas estejam absolutamente limpas, pois
produtos tóxicos poderão causar algum tipo de alergia, irritação na pele e nos olhos,
ingestão pela criança, e outros problemas.
Dependendo da idade, os pais devem ajudar na construção dos mesmos, pois a
criança não tem ainda sua coordenação motora desenvolvida para isso.
Podem ser chocalhos feitos colocando pedras ou areia dentro de garrafinhas
plásticas (ou juntando dois copinhos de iogurte); biloquê feito com a parte do bico de
uma garrafa PET e uma bolinha de meia amarrada ao mesmo; móbiles feitos com
canudinhos e varetas, pesos variados feitos com garrafas cheias de água ou areia,
carrinhos feitos de caixa de leite, bonecos feitos com garrafinhas variadas, móveis e
objetos de casa feitos de caixas em tamanhos variados, dentre outros.
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O fundamental é juntar um material diversificado, com tintas, revistas, jornais, fitas
diversas, fita adesiva, fitilhos, tampinhas de garrafa, tampas de lata, latas de alumínio,
latas de extrato, caixas de ovos, potes plásticos, dentre outros, a fim de aguçar o
potencial imaginativo e criativo das crianças. Afinal, brincar de sustentabilidade é
possível e educa para um futuro melhor!
Educação Ambiental na Educação Infantil: redução, reutilização e
reciclagem
O PROBLEMA
A população da Terra é, atualmente, avaliada em cerca de 5,4 bilhões de pessoas e
estima-se que atinja os 8,5 bilhões, até 2025. O mundo cresce à razão de 90 milhões
de pessoas - o equivalente a um novo país do tamanho do México - a cada ano. De
acordo com projeções, a população mundial poderá vir a se estabilizar em 11 bilhões
de pessoas, por volta de 2100. (Secretaria do meio ambiente, 1998) O consumo
mundial de água cresceu seis vezes, entre 1900 e 1995, o que representa mais do que
o dobro do crescimento populacional no período.
O dado preocupante é verificar que 97,5% do volume total de água na Terra são de
água salgada, formando os oceanos, e somente 2,5% são de água doce. E para piorar
o quadro de escassez, a maior parte dessa água doce (68,7%) está armazenada nas
calotas polares e geleiras, que ao descongelarem, como vem acontecendo nos últimos
anos, em sua maioria se mistura à água salgada dos mares, não servindo então para
consumo humano e do meio ambiente. A forma de armazenamento mais acessível ao
uso humano e de ecossistemas é a água doce contida em lagos e rios, o que
corresponde a apenas 0,27% do volume de água doce da Terra e cerca de 0,07% do
volume total de água (SETTI et al, 2002).
Quase a metade das fontes de recursos hídricos - precipitação (chuvas),
escoamento (rios) e fluxo de águas subterrâneas, que é recarregado através da
umidade do solo - se encontra na América do Sul, e desses, mais da metade está
no Brasil, daí a importância da nossa participação enquanto seres humanos e
cidadãos responsáveis.
O Brasil faz parte do maior aqüífero, reservatório de água doce, do mundo. Chamado
atualmente de Sistema Aqüífero Guarani, acumula um volume de água estimado em
45 mil quilômetros cúbicos. A extensão de tal aqüífero é da ordem de 1,2 milhões de
quilômetros quadrados, sendo 840 mil km2 no Brasil (70%), 225 mil km2 na Argentina
(19%), 71 mil km2 no Paraguai (6%) e 58 mil km2 no Uruguai (5%). Além da dimensão
gigantesca, contém águas que podem ser consumidas sem necessidade de
tratamento prévio, devido aos mecanismos de filtração e autodepuração
biogeoquímica que ocorrem no solo, (Guardia, 2002).
Porém, a utilização indiscriminada da água tem provocado o esgotamento das
reservas superficiais, com a conseqüente exploração dos aqüíferos subterrâneos. O
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homem tem consumido mais do que a natureza consegue repor e piora ainda mais a
situação quando polui com seu lixo o pouco que não consome.
CONSCIENTIZAÇÃO DO PROBLEMA
Além da população da Terra crescer descontroladamente, seu crescimento urbano é
desordenado trazendo problemas ambientais a nível global como a alta produção de lixo nas
cidades, aumentando a exposição inadequada dos seres humanos e do meio ambiente a
produtos tóxicos. Esta questão sobre o crescimento das toneladas diárias de lixo produzidas
pelos seres humanos está se tornando emergencial e as soluções precisam sair do campo
teórico governamental para serem urgentemente aplicadas com a participação de cada
comunidade consciente de sua responsabilidade.
Paralelo aos esforços demandados a nível governamental para a cura da Terra, um dos mais
consistentes caminhos para buscar a solução quanto ao lixo produzido pelo consumo humano,
é a educação da populaçãoquanto à conscientização ambiental no momento da compra dos
produtos a serem consumidos e também a conscientização da responsabilidade
de redução, reutilização e reciclagem do lixo resultante deste mesmo consumo.
Dar preferência por produtos orgânicos, biodegradáveis ou produzidos por empresas
consideradas responsáveis e amigas do meio ambiente demonstra a responsabilidade do
cidadão sobre os resultados de suas ações no mundo.
As escolas através da educação ambiental, as associações de moradores oferecendo sua
competência para mobilização da comunidade e, o apoio financeiro ou a capacidade de
arrecadação das organizações não governamentais, muito poderão contribuir
para multiplicarmos os processos que diminuem, e muitas vezes até conseguem eliminar, os
danos causados pelo lixo humano à natureza.
O primeiro passo é fazer com que cada ser humano conheça o meio ambiente em que vive e
crie vínculos emocionalmente positivos com a sobrevivência da Terra, pois somente
assim ele passará a se preocupar com o destino do lixo produzido por ele, assumindo a
responsabilidade pela redução, reutilização e reciclagem de seu próprio lixo, de sua residência,
seu local de trabalho, estudo ou lazer. Mesmo que isto signifique, em primeiro momento, um
maior investimento financeiro, de tempo ou de trabalho.
Objetivo dos educadores brasileiros deve ser o de transmutar as energias da relação Homem-
Meio Ambiente, de puro poder consumista para a energia construtiva da sustentabilidade, da
preservação e do crescimento conjunto, permitindo que a relação entre os seres humanos e a
natureza deixe de ser conflituosa e possibilite escolhas que preservem e valorizem a vida.
Tanto a família como a escola tem a responsabilidade hoje de participar da construção destes
valores básicos da consciência cidadã da criança, para que ela no futuro tenha hábitos éticos,
sadios e responsáveis quanto à preservação e desenvolvimento sustentável da Terra. O
melhor caminho a trilhar por nossa geração é FAZER DO LAR UM EXEMPLO E DA ESCOLA
UM CENTRO DE MUDANÇA DE VALORES, HÁBITOS E ATITUDES através da educação
ambiental como conceito transversal aos diálogos familiares e a todas as disciplinas escolares.
O CAMINHO A SEGUIR
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Após alcançarmos à conscientização do problema, nos tornarmos responsáveis na hora do
consumo, tomarmos a decisão de reutilizar, reduzir e reciclar o nosso lixo e, nos mobilizarmos
junto à comunidade para realizar as ações demandadas, o próximo passo é responder a
pergunta: O QUE FAZER COM O LIXO? Primeiramente temos que REDUZIR dentro do
possível e viável, a necessidade consumista do homem moderno e depois REUTILIZAR e
RECICLAR o seu lixo!
A reutilização do lixo é realizada de diferentes formas, por exemplo, a utilização dos sacos
plásticos de supermercado como saquinhos de lixo em casa. Também os artistas plásticos e as
escolas contribuem imensamente para a construção de brinquedos, peças de decoração e
artes diversas com embalagens descartáveis.
A reciclagem é outra forma importante de gerenciamento de resíduos, pois transforma o lixo
em insumos, com diversas vantagens ambientais. Dentre elas a economia dos recursos
naturais e o bem-estar da comunidade.
Para a realização da reciclagem e reutilização do lixo é necessária a separação dos
diferentes lixos desde sua "produção", ou seja, desde a lixeira de casa/trabalho precisa-se
separar o lixo "sujo e molhado", o chamado lixo orgânico, do lixo seco e limpo, ou seja, dos
plásticos, papéis e metais. Além da separação de outros lixos específicos como os vidros e os
óleos de cozinha.
Uma das ações bem organizadas hoje é a Coleta seletiva, porém para que seja realmente
válido o esforço da comunidade, devemos buscar parceria com as autoridades locais para a
reciclagem de todo o lixo produzido e previamente separado. A coleta dos lixos reutilizáveis e
recicláveis deve ser realizada em caminhões próprios e, direcionadas para lugares diferentes
do lixão orgânico, o que exige uma logística própria do serviço público concessionário.
O trabalho de reciclagem de alguns tipos de lixo está bem estruturado no Brasil com apoio de
Ongs e empresas privadas no treinamento e capacitação de associações de coleta. Hoje já
somos líderes mundiais no processo de reciclagem do papelão e das latinhas de alumínio,
porém ainda faltam pesquisas e incentivos financeiros para o trabalho com outros resíduos do
lixo. Também devemos nos preocupar em melhorar a divulgação dos resultados das pesquisas
já realizadas e como as comunidades podem e devem fazer quanto as diferentes "partes" de
seu lixo.
Por exemplo, a reciclagem completa das caixinhas tetraplak está em estudo, pois ainda não se
consegue separar as quatro folhas de diferentes produtos que a formam, o plástico, o alumínio
e dois tipos de papelão, por isso acabam algumas das partes sendo reciclada e outras, indo
diretamente para o lixão. Já existem pesquisas avançadas aqui mesmo no Brasil, mas não está
em escala industrial a produção deste maquinário.
Outro "lixo" produzido pelo homem que deve nos preocupar por ser de difícil degradação no
meio ambiente, são asgorduras, como azeite, óleo, banha, que não se dissolvem e nem se
misturam à água, formando uma camada na superfície que impede a oxigenação, se tornando
um problema para rios, lagos e aqüíferos, além da vedação dos estômatos das plantas e
órgãos respiratórios dos animais, a impermeabilização das raízes de plantas e a sua ação
tóxica para os seres aquáticos. Um restaurante com duas fritadeiras troca o óleo, em média, a
cada 15 dias, gerando mensalmente cerca de 100 litros de óleo saturado e despejam o óleo de
forma alternativa na pia ou no vaso sanitário. As gorduras também interferem negativamente
no tratamento de esgotos, sendo comum o entupimento de tubulações, acabando por forçá-los
a se infiltrarem no solo, contaminando o lençol freático, ou atingindo a superfície. Para retirar o
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
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óleo e desentupir as tubulações, o homem utiliza produtos químicos altamente tóxicos, o que
acaba criando uma cadeia perniciosa. Além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente,
constitui uma prática ilegal punível por lei.
Hoje, existem empresas que reutilizam estes óleos de cozinha como matéria prima para a
produção de sabão e outros materiais de limpeza, porém ainda não em quantidade suficiente
capaz de coletar o volume total de óleos saturados produzidos nas grandes cidades brasileiras.
Descobrimos então as vantagens da redução, reciclagem e reutilização das diferentes partes
do lixo produzido pelos homens, para o meio ambiente e para a sobrevivência mais saudável
do homem na Terra e, principalmente percebemos os primeiros passos.
UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EDUCAÇÃO INFANTIL
OBJETIVOS GERAIS:
Preservar o meio ambiente, aumentando o ciclo de vida do nosso habitat;
Melhorar a eficiência das Estações de Tratamento de Esgoto das grandes cidades;
Promover a educação ambiental nas escolas e comunidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conscientizar e motivar os empresários da comunidade inclusa no projeto, a se envolverem
maciçamente na separação das diferentes partes de seu lixo;
Promover a criação e desenvolvimento de novas empresas e associações de coleta,
reciclagem e reutilização das diferentes partes do lixo produzido pela comunidade em questão;
Envolver as escolas na conscientização das crianças, pais e educadores quanto à importância
da atenção na hora da compra para incentivar as empresas conscientes e responsáveis, e seu
papel fiscalizador e multiplicador em casa e em todos os locais que freqüenta para a separação
do lixo produzido;
Valorizar todos os profissionais, organizações, associações e empresas participantes através
da divulgação de seu envolvimento no projeto.
METODOLOGIA A SER EMPREGADA
Para que o projeto se desenvolva com tranqüilidade e competência alcançando seus objetivos,
deve-se prever acontratação de um profissionalde educação ambiental, para assumir a
coordenação das ações externas à escola previstas no projeto. ou estagiário de engenharia
sanitária e ambiental ou, um professor
O primeiro passo para a implantação do projeto de EA nas escolas de educação infantil deverá
ser a realização deparcerias com empresas privadas e públicas, visando estruturar a coleta e
o direcionamento para empresas de reciclagem, das diferentes partes do lixo a serem
separados pelas crianças. (Caso uma escola queira iniciar o projeto em âmbito interno sem
estar associada ao projeto maior da comunidade, deve selecionar previamente empresas que
realizam estas etapas de coleta e reciclagem).
Escolhida a escola multiplicadora das ações de educação ambiental na comunidade,
iniciaremos o trabalho junto a estas crianças de conscientização da problemática do excesso
de lixo produzido pelo homem, como segue:
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1. As crianças tomarão consciência do real tamanho do problema visualizando a absurda
quantidade de lixo que sua cidade produz a partir da visita pedagógica ao lixão e outra visita a
Companhia de água e esgoto de sua cidade.
2. Discute-se e apresentam-se as diferentes partes do lixo produzido na cidade através de
diferentes atividades pedagógicas. O que tem no seu lixo em casa? O que a sua família joga
no lixo depois do almoço, jantar e do lanche? E a faxineira da escola, o que ela joga no lixo
após a faxina, vamos descobrir?
3. A professora recorta figuras de todas as partes do lixo encontradas na escola e na casa das
crianças e, em sala de aula realiza uma atividade com a turma de separação de todas estas
partes em grupos diferentes... Plástico, papel, metal, óleo, orgânico.
4. Tentar descobrir com as crianças o que fazer com cada "grupo de lixo separado". Apresentar
produtos reciclados e Montar uma exposição com eles.
5. Passeio pedagógico a empresas de reciclagem de lixo, podendo ser qualquer uma que
trabalhe com papelão, alumínio, óleo ou plástico.
6. Montando NOSSA SEPARAÇÃO DO LIXO, criação de latas de lixo de coleta seletiva na
escola, apresentando que cada cor de lata recebe um tipo de lixo.
A importância da Educação Ambiental nas escolas
1. INTRODUÇÃO
O mundo está chegando num ponto cada vez mais critico o aumento do consumo e
exploração incontrolável de produtos e recursos naturais do planeta só agravam a vida
na terra, deixando em dúvida o futuro.
Para reverter essas situações, precisamos pensar na educação ambiental, frisando a
sustentabilidade ambiental, envolvendo todos os setores a sociedade: econômica,
política, saúde, etc.
E se for exercida a educação ambiental frisando sustentabilidade Ambiental,
proporcionando qualidade de vida, atendendo as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade de gerações futuras.
Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas ações, estabelecer
limites de consumo, e isso envolve não só os consumidores, mas também as
empresas que devem desenvolver produtos ecologicamente corretas e com materiais
que não agridem o meio ambiente.
Enfim, as mudanças aconteceram conseqüentemente depois que a sociedade
(consumidora) terá que se adequar às novas necessidades. Pois a necessidades de
agora garantirão o futuro do planeta para o presente e futuras gerações.
Portanto, à hora de realizar uma estratégica de desenvolvimento adotado é agora,
novas habilidades e capacidade de domínio deve ser renovada sobre a natureza.
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
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Assim, o objetivo principal deste artigo é implantar um sistema de educação ambiental
baseado em dinâmicas lúdicas e bate papos onde “eles” poderão espor suas duvidas
e idéias. Oferecendo meios aos jovens de vivenciarem experiências de aprendizagem
fora das salas de aula. Através de visitas à empresas e projetos comunitários.
Com a perspectiva de que haja mudança de valores, assim como preconiza os
fundamentos da Educação Ambiental, para que os alunos tenham a oportunidade de
contribuir com a sociedade ao mesmo tempo em que adquirem este conhecimento útil
e habilidade técnicas.
Atrelados ao objetivo principal deste artigo estão: a programação de eventos de
conscientização para as comunidades; demonstrar como fazer uso dos recursos
naturais sem gerar impacto ao ambiente; estimular a formação de grupos de
conscientização para trabalhar a questão do impacto gerado pelos resíduos
domiciliares a partir dos “3 R’s”; planejar atividades de educação ambiental a partir
recursos renováveis; estimular a formação de grupos de discussão para o debate dos
problemas ambientais locais; formar multiplicadores ambientais, sejam eles
professores, alunos ou membros da comunidade.
Isso é possível porque o papel da educação ambiental é fundamental para efetivar
mudanças e atitudes, comportamentos e procedimentos para jovens, crianças e
comunidades.
De acordo com Sato (2004) o aprendizado ambiental é um componente vital, pois
oferece motivos que levam os alunos se reconhecerem como parte integrante do meio
em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos problemas ambientais e
ajudar a manter os recursos para as futuras gerações.
A idéia de trabalhar o tema promovendo uma reflexão sobre papel de cada um da
sociedade, deixando claro que as pessoas não são seres isolados, mas que
dependem uns dos outros para viver. Com esse pensamento, também estudados os
tipos de danos causados ao meio ambiente e as possíveis soluções para os
problemas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO.
A Educação Ambiental, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um
componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente
em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal.
Por seu caráter humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a Educação
Ambiental pode contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a
permanente avaliação crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o
envolvimento dos educando em ações concretas de transformação desta realidade.
Metodologia dos 3 r’s: CITAÇÕES
Reduzir: consiste em tentarmos reduzir a quantidade que produzimos de lixo, como
por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade
no mercado.
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Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de uma
vez – como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades para
as que você não precisa mais.
Reciclar: o mais conhecido dos 3 R’s; consiste em transformar um produto-resíduo em
outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza. (Futuro
Professor-2010)
A Educação Ambiental (EA) é um tema cada vez mais tratado nas escolas brasileiras.
Em algumas delas, há até certa carga horária destinada à conscientização ambiental
dos alunos.Um dos enfoques desse tipo de educação deveria se pautar na Política ou
Pedagogia dos 3 R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), porém, nem sempre esses três
assuntos são tratados de maneira igualitária. Na enciclopédia:
“sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos
aspectos econômico, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Podemos
dizer que na pratica esse conceito representa promover a exploração de áreas ou de
uso de recursos planetário (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o
equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e todas as biosferas que
dele dependem para existir.
Algumas Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental
Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover
simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades
necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como
laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela
escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região,
o país, o continente e o planeta. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade
estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno
e professor.
Estratégia
Ocasião para Uso
Vantagens / Desvantagens
Discussão em classe (grande grupo)
Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de
determinado problema.
Ajuda o estudante a compreender as questões, Desenvolve autoconfiança e
expressão oral, Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão.
Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor).
Quando assuntos tratados polêmicos são tratados.
Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores.
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Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5 – 10 estudantes para
apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões
são apontadas. Tempo limite de 10 a 15 min.).
Deve ser usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de
certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-
las.
Estímulo à criatividade, liberdade. Dificuldade em evitar avaliações ou julgamentos
prematuros e em obter idéias originais.
Debate: requer a particpação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de
pontos de vista opostos.
Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas
diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar
a apresentação de fatos e idéias. Requer muito tempo de reparação
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a
ser submetido a um determinado público.
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação
à dada questão.
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados.Demanda muito
tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que
cubram as afirmações requeridas.
Reflexão: o oposto de mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que
sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico.
Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema.
Tempo recomendado de 10 a 15 min.
Envolvimento de todos. Não pode ser avaliado diretamente.
Imitação: estimulam os estudantes a própria visão dos jornais, dos programas de rádio
e Tv.
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e leva-las para outros grupos.
Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos
na escola, aos pais e à comunidade.
Forma efetiva de aprendizagem e ação social.
Projeto: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um
projeto sobre um tema específico.
Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados em longo prazo, com
envolvimento da comunidade.
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As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar
falhas nos mesmos.
Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais
próximo para estudos, observações, caminhadas etc.
Compreensão do metabolismo local, ou seja, complexa dos processos ambientais a
sua volta.
Agradabilidade na execução, Grande participação de pessoas envolvidas.,Vivência de
situações concretas.,Requer planejamento minucioso.
Noções Básicas em Educação Ambiental
Sistemas de vida
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos
diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as
similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades
locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.
Há três níveis ou sistemas distintos de existência:
Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que
seguem as leis da física e da química;
Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física,
química, biologia e ecologia;
Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e
economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da
biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.
Ciclos
O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa
através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade
para os seres vivos. O ser humano está apenas começando a planejar uma economia
industrial complexa, moderna e de alta produtividade que assegura a necessidade de
reciclagem no planeta. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem
promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos
biogeoquímicos.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi desenvolvido em uma escola na cidade de Limeira/SP, o
desenvolvimento das atividades foi em horário paralelo a aulas incluindo meu trabalho
para as crianças participantes da escola da família.
Um dos materiais utilizados na escola a abordagem do tema “Cidadão conscientes”, o
tema foi conscientizar as crianças ali presente, os jovens e pais.
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Que envolveu leitura de textos sobre o respeito com natureza, apresentação de filmes
sobre o aquecimento global, elaboração de peças teatral, plantio de arvores,
confecções de cartazes sobre o tema.
A atividade do projeto trouxe efeitos muito positivos para os cidadãos, trazendo a
conscientização dentro de casa com as mudanças comportamentais que são visíveis
por todos os lados.
A abordagem da Autora Michele Sato, mostrou o desenvolvimento da consciência
ambiental em nível temático como atividades artísticas, experiências praticas,
atividades fora de sala de aula, produção de materiais locais, projetos ou qualquer
outra atividades que conduza os cidadãos a serem reconhecidos como agentes
ambientalistas.
Podemos dar as pessoas com a educação ambiental, meios e métodos para todos
criarem um plano de ação em prol do planeta, com o conhecimento adquirido e
praticas responsável, podemos criar a partir deste trabalho, novas pessoas engajadas
nas questões de preservação em vários métodos de gestão ambiental.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho demonstrou a necessidade real da educação ambiental não
somente para as crianças, mas para a população em geral.
O contexto abordado representou para as crianças e jovens, o entendimento das
questões ambientais, mas também como controvérsia a dificuldade de implantar esses
“conhecimentos” adquiridos na vida”real”, sendo que a pratica de educação ambiental
visou não somente o planeta em seu todo, mas métodos simples de economia de
recursos naturais em casa.
Os participantes como já foi frisado, demonstraram um grande estimulo no plantio das
arvores, no desenvolvimento de ações e praticas lúdica, mas também informaram a
grande dificuldade em implantar esses conhecimentos em suas vidas, seja no trabalho
ou na própria residência.
Resumidamente o resultado atingiu uma media esperada de entendimento dos alunos,
e o comprometimento de buscarem sempre alternativas para a sustentabilidade
ambiental do planeta.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto na escola foi um conjunto de expectativas futuras de grande sucesso,
presente nos cotidianos cidadãos de todas as idades.
A prática da Educação Ambiental requer caminho bastante complexo, pois é preciso
parar agora com a degradação do nosso planeta, assumindo que a função não é impor
a ideologia da classe dominante nem negar seu papel na transformação social, mas
sim seu papel na sociedade de morador do planeta.
A prática de educação ambiental mostra o caminho para o alcance da sustentabilidade
de um povo.
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Trabalhando o ideal ambiental nas crianças formará uma nova “remessa” de adultos
prontos para restabelecer o equilíbrio do planeta.
Alimentaça o e Nutriça o
A escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha papel
fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da
alimentação. Proporcionar um ambiente favorável à vivência de saberes e sabores
favorece a construção de uma relação saudável da criança com o alimento.
A promoção de uma alimentação saudável no espaço escolar pressupõe a integração
de ações em três campos: (a) ações de estímulo à adoção de hábitos alimentares
saudáveis, por meio de atividades educativas que informem e motivem escolhas
individuais; (b) ações de apoio à adoção de práticas saudáveis, por meio da oferta de
alimentação nutricionalmente equilibrada no ambiente escolar e (c) ações de proteção
à alimentação saudável, por meio de medidas que evitem a exposição da comunidade
escolar a práticas alimentares inadequadas.
Sugestões de atividades para abordar o tema “Frutas, legumes e
verduras” na escola A seguir, estão apresentadas algumas sugestões de atividades para desenvolvi-
mento do tema com os alunos.
Lembre-se: crianças e adolescentes aceitam melhor frutas do que legumes e verduras.
Por isso, busque prover atividades que valorizem e aproximem os alunos dos
alimentos menos aceitos.
Promova formas de integração das atividades desenvolvidas em cada segmento de
ensino.
Educação Infantil: 1. Construir charadas sobre FLV que misturem informações sobre a forma, a cor, o
tamanho e o modo usual de consumo. Por exemplo:
É costume comê-la em rodelas, amassada ou inteira e tem casca amarela (banana)
É redonda, grande, verde por fora e vermelha por dentro (melancia)
2. Colocar em uma caixa algumas frutas, legumes, verduras e temperos. Vendar os
olhos do participante da vez. Solicitar então que escolha algo da caixa e, através do
olfato e do tato, descobrir o que tem nas mãos. Os benefícios dos alimentos podem
ser discutidos com as crianças.
3. Mostrar obras de pintores (ex. Salvador Dalí, Tarsila do Amaral, Cézanne),
conversando com as crianças sobre os estilos, as cores, as formas. Apresentar o
pintor Archiboldo Giuseppe que utilizou frutas, legumes, verduras e flores na
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construção de suas obras. Disponibilizar frutas, legumes e verduras para que as
crianças as manipulem livremente. Distribuir argila para as crianças modelarem os
alimentos apresentados.
4. Realizar uma oficina de culinária para elaboração de uma salada de frutas. Colocar
sobre uma tábua as frutas, previamente higienizadas, para que as crianças cortem em
pedaços pequenos utilizando utensílios plásticos. Arrumar as frutas picadas numa
tigela e espremer o suco da laranja ou de outra fruta e servir.
Atividade semelhante pode ser feita com salada crua de legumes e verduras.
5. Construir um jogo da memória a partir de imagens de alimentos em revistas e
encartes de supermercados. Dar preferência às frutas, legumes e verduras.
6. Contar a história: “A cesta de Dona Maricota” - autora: Tatiana Belink, editora:
Paulinas e, numa oficina de culinária, fazer as receitas sugeridas.
7. Utilizar a música: “O que que tem na sopa do neném” - Paulo Tati, para resgatar a
alimentação de quando as crianças eram bebês. Destacar na discussão a sopa de
legumes.
8. Identificar atividades de construção de raciocínio matemático que possam trabalhar
com FLV.
1º segmento do Ensino Fundamental: 1. Solicitar que cada aluno traga de casa uma fruta que nunca provou. Conversar com
a turma sobre as preferências, promover a degustação dos alimentos e pedir para eles
que descrevam o sabor e a textura dos alimentos degustados.
2. Solicitar que os alunos tragam figuras de alimentos. Dividir os alunos em grupos e
solicitar que construam um prato que represente uma alimentação saudável.
Conversar com os alunos sobre suas impressões em relação à alimentação saudável,
sabor, prazer etc.
3. Nas escolas onde existe horta/pomar, trabalhar com as crianças na plantação das
hortaliças de rápido crescimento, mostrar seu uso na alimentação diária, suas
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propriedades (de acordo com a faixa etária, vai se aumentando o grau de informação)
e identificar e confeccionar receitas onde esses alimentos estão presentes.
4. Visitar uma feira livre para conhecer as diversas frutas, legumes e verduras.
Conversar com o feirante sobre sua rotina de trabalho, aquisição dos alimentos,
preços, safra. O professor pode promover outras visitas temáticas: supermercados,
lojas de hortifruti, sítios de produtos orgânicos.
5. Organizar um livro de receitas que possuam como ingredientes frutas, legumes e
verduras. Estimular a identificação de receitas mais saudáveis. Privilegiar aquelas que
utilizam temperos naturais, óleo ao invés de margarina, ingredientes “in natura”. Evitar
receitas que levem grandes quantidades de: manteiga, margarina, maionese, creme
de leite, gordura hidrogenada, sal e açúcar. Preferir preparações cruas, cozidas,
assadas, refogadas, ensopadas ou grelhadas, evitando preparações fritas.
6. Solicitar que o aluno registre, durante uma semana, seu consumo de frutas,
legumes e verduras (tipo, quantidade, em que refeição ingeriu o alimento, como estava
preparado).
7. Promover a organização de uma festa na sala de aula que valorize o tema “Frutas,
legumes e verduras - 5 ao Dia”. Dividir a turma em grupos e delegar para cada grupo
uma tarefa na organização: decoração do local, os alimentos e preparações a serem
trazidos, as músicas, as brincadeiras etc
2º segmento do Ensino Fundamental: 1. Dividir os alunos em grupos e selecionar algumas frutas, legumes e verduras para
cada grupo. Solicitar que os alunos pesquisem sobre cada um desses alimentos
(como é plantado, em que época do ano e em que região do Brasil é mais comum
encontrá-los, benefícios do seu consumo para a saúde, exemplos de receitas
tradicionais com esses alimentos etc.). Montar uma feira de ciências dos alimentos
para que eles possam explicar para os outros alunos o que eles aprenderam sobre
esses alimentos.
2. Reunir os alunos em grupos e solicitar que conversem sobre o que gostam de
comer. Quais os alimentos preferidos? Quando costumam comê-los? O que não
gostam de comer? Por que não gostam? A partir das respostas, conversar com a
turma sobre diferentes hábitos, tabus, preconceitos, crenças sobre alimentação.
3. Criação de blog.
4. Promover uma pesquisa na Internet e em outras fontes de informação com o
seguintes itens:
Quais as frutas, legumes e verduras mais consumidas?
Qual a importância do clima, do solo no cultivo das frutas, legumes e verduras?
Fazer um levantamento de receitas que levem frutas, legumes e verduras na sua
preparação.
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5. Discutir a influência da mídia na busca do corpo “ideal” e na promoção do consumo
de alimentos industrializados. Buscar exemplos de atletas, artistas, ídolos e seu tipo
de alimentação.
6. Promover concursos de lanches saudáveis (sanduíches e sucos), utilizando os
critérios de valor nutricional, apresentação e paladar.
7. Promover um festival de histórias em quadrinhos abordando o tema “Frutas,
legumes e verduras”.
8. A partir de uma frase alusiva ao tema da Semana, propor a elaboração de redação
sobre o assunto.
Consumo, alimentação e saúde Quem nunca se sentiu tentado a comprar um vestido ou um sapato que não precisa,
mas que é a última moda? E o que dizer daquele modelo super moderno de celular
que todos os seus amigos cobiçam? Do mesmo modo, como é difícil resistir àquela
porção dupla de batata frita que custa apenas alguns centavos a mais do que o
tamanho convencional.
O consumo tem se transformado em ícone da vida moderna e a propaganda torna-se
o principal meio de divulgação de novos produtos, criando desejos e necessidades e
atrelando a compra destes bens a vida e bens simbólicos como status, sucesso e
modernidade. Nosso cotidiano está repleto de mensagens publicitárias incentivado a
compra de certos produtos sejam eles alimentos, roupas, brinquedos e até formas de
lazer. Associado a isto, há uma idéia de bens descartáveis que rapidamente
transforma o produto adquirido em algo obsoleto, gerando frustração e o desejo de
consumir algo mais moderno. Em que medida tudo que se compra é realmente
necessário?
O cotidiano dos grandes centros urbanos tem moldado e caracterizado o estilo de vida
das sociedades industrializadas, o que, por conseqüência, determina também seu
estado de saúde. No caso específi co da alimentação, o homem, um ser social, “se
alimenta de acordo com a sociedade a que pertence.
Sua cultura defi ne as opções sobre o que é comestível e as proibições alimentares
que eventualmente o distinguem de outros grupos humanos” (Igor de Garine).
Em tempos de avanços tecnológicos, a exposição a diferentes culturas alimentares se
dá também, cotidianamente, por meio da mídia. Se por um lado a globalização é
benéfi ca, por outro, o que se observa, é a adoção de novos corportamentos
alimentares em detrimento de costumes tradicionais, por vezes mais saudáveis, e a
descaracterização da identidade regional alimentar. Um hábito pouco saudável
adquirido pela população é a substituição do almoço ou do jantar por lanches como
batata frita, sanduíches, tortas, sorvetes, pizzas e outros que são altamente calóricos e
não fornecem todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo.
Assim como em outros âmbitos da vida moderna, a falta de tempo tem marcado a
relação das pessoas com a alimentação e o prazer em alimentar-se tem sido um
prazer cada vez mais fast, de consumo imediato, difi cultando até a atuação do
SRE - CAXAMBU | Anjaly Lopes
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mecanismo de saciedade e permitindo que a pessoa coma quantidades exageradas
de alimentos altamente calóricos. As crianças têm sido expostas cada vez mais cedo a
este tipo de alimentação por diversos fatores como o aumento na jornada de trabalho
dos pais, o bombardeio de propagandas que estimulam o hábito de comer “petiscos”
entre as refeições, etc.
Propaganda de alimentos direcionada ao público infanto-juvenil A propaganda de alimentos para crianças e adolescentes tem sido motivo de
preocupação mundial e alvo de discussões em diversos setores, incluindo o poder
público. Pode-se dizer que atualmente, a propaganda de alimentos vem contribuindo
para um “ambiente obesogênico”, isto é, valoriza alimentos altamente calóricos, difi
cultando as escolhas mais saudáveis.
Estudos recentes sobre propagandas de alimentos exibidas durante a programação
infantil na televisão, constataram que a maioria dos anúncios, ultrapassando até as
propagandas de brinquedos, é de produtos alimentícios direcionados ao público
infanto-juvenil. Predominantemente, são doces, biscoitos e frituras – alimentos pobres
em vitaminas, sais minerais e fi bras e açucarados, com alto teor de sódio e de
gordura. Vale ressaltar que a obesidade, nesta faixa etária, cresce de forma
assustadora, sobretudo devido ao consumo destes alimentos. Neste mesmo estudo,
destacou-se que a veiculação de propaganda de frutas e vegetais praticamente
inexiste. Outra pesquisa revela que apenas trinta segundos de exposição a comerciais
é o bastante para infl uenciar as escolhas alimentares na infância e na adolescência.
Não é difícil observarmos pais e fi lhos transformarem uma ida ao supermercado,
aparentemente uma atividade prazerosa, em uma luta na qual as crianças defendem
ativa e obstinadamente seus desejos, quase sempre saindo vencedoras.
Frente à polêmica sobre crianças e adolescentes serem alvos de anúncios
publicitários, alguns países europeus proibiram todos os tipos de propaganda voltada
para esse público. Especialistas explicam que a iniciativa se deve ao fato de crianças
e adolescentes não possuírem o senso crítico necessário para
compreensão da publicidade e seus objetivos ocultos. Frequentemente, as crianças
confundem o programa de televisão com a mensagem publicitária.
Este fato é agravado com a utilização de marcas ou personagens nos produtos
comercializados, como por exemplo, mochilas de super-heróis, shampoo de
personagens de desenhos animados ou os biscoitos de ídolos da televisão.
No Canadá, a publicidade de alimentos para crianças tem sólida regulamentação e
restrições quanto à utilização de artifícios/técnicas subliminares e comerciais que
declaradamente induzam a criança a adquirir determinado produto.
No Brasil, o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR)
publicou, recentemente, as Normas Éticas para a publicidade de produtos designados
a crianças e adolescentes.
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Segundo esta norma, o público em questão apresenta “personalidade ainda em
formação, presumivelmente inapta para responder de forma madura aos apelos de
consumo”, porém estas normas são restritas a alguns alimentos e a indústria decide
se irá ou não aderir.
Considerando a relevância do tema frente ao cenário de transição nutricional que
vivemos (aumento das taxas de obesidade e queda dos casos de desnutrição), no fi
nal de 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) colocou em consulta
pública proposta de Regulamento Técnico sobre oferta, propaganda, publicidade,
informação e outras práticas correlatas cujo objeto seja a divulgação ou promoção de
alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura trans, de sódio e de
bebidas com baixo teor nutricional.
Tal resolução tem como objetivo principal frear ou mesmo diminuir, particularmente no
público infantil, o avanço da obesidade e de doenças crônicas não-transmissíveis
(DCNT) - hipertensão, diabetes, doença cardiovascular, câncer, entre outras.
Entende-se que esta ação configura-se como medida de proteção ao direito do
consumidor. Alguns grupos defendem que as condições nutricionais são fruto de
escolhas individuais, porém essas escolhas acontecem face às opções disponíveis e
acessíveis. Assim, cabe ao Estado garantir ambientes mais saudáveis facilitando estas
escolhas. A obrigação de proteger justifica-se também porque os governos não
conseguem investir tanto tempo e recursos para divulgar uma alimentação mais
saudável quanto a indústria de alimentos investe para vender seus produtos. Segundo
o Ministério da Saúde, em 2005, a indústria de alimentos investiu cerca de 1 bilhão de
reais em publicidade no Brasil. Para cada dólar gasto pela Organização Mundial de
Saúde em promoção de alimentação saudável, a indústria gastou 500 dólares na
propaganda de alimentos. A regulamentação contribui para que pais, escolas, grupos
de consumidores, entre outros, tenham maior poder de voz e influência.
Grandes indústrias de alimentos investiram pesado em publicidade e, principalmente a
partir dos anos 90, voltaram-se para as escolas, seguindo o princípio de vender a
qualquer custo. Entretanto, o ambiente escolar é um espaço diferenciado, pois
desempenha um papel fundamental na vida das pessoas como veículo de informações
e de promoção da saúde. As crianças tendem a acreditar que os professores e os
funcionários da escola sabem o que é bom para elas e agem de maneira a zelar pelo
seu bem-estar. Em alguns casos, porém, verifica-se uma incoerência de informações
na medida em que nas salas de aula é ensinado a respeito da boa nutrição e o valor
das escolhas alimentares saudáveis e, ao mesmo tempo, os alunos são expostos a
máquinas de venda, lanchonetes e ofertas à la carte de opções com baixo valor
nutritivo.
Nestes casos, as crianças podem crer que esses produtos, anunciados e vendidos na
escola, são bons para elas. Neste sentido, a regulamentação das propagandas, assim
como de cantinas escolares, visa diminuir o acesso dos escolares à alimentação
inadequada e favorecer escolhas alimentares mais saudáveis, reforçando a função da
escola como espaço fundamental para a formação de hábitos e valores para a
promoção da saúde de alunos, professores, familiares e comunidade.
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Estratégias mais comuns veiculadas nas propagandas infantis Dentre os meios de comunicação, a televisão tem sido apontada como o mais
importante veículo de informação. Os desejos infantis são altamente motivados pelos
comerciais de televisão. Muitas são as estratégias usadas pelo marketing publicitário
para atrair o público infantil, que podem aparecer de forma isolada ou combinadas
entre si. Abaixo estão descritas algumas estratégias mais comumente utilizadas.
Presença de personagens Em geral, utiliza animais (ex.: crocodilo, coelho, tigre, dragão...), figuras imaginárias
(ex.: gênio), formas indefinidas ou o próprio alimento humanizado, que ocupam o
espaço de amigo ou companheiro da criança em atividades cotidianas e,
principalmente, em momentos de alegria, diversão, lazer ou aconchego. Exploram
negativamente a confiança especial que as crianças depositam em seus pais,
educadores ou irmãos em benefício destes personagens que são admirados,
encorajando-as direta ou indiretamente a persuadir seus pais e/ou outros a adquirir ou
consumir os mesmos.
Apelo emocional Recorre à expressão de sentimentos como carinho, amor, dedicação, proteção e
cumplicidade, envolvendo amigos e principalmente a família em um ambiente
harmonioso e feliz. Algumas vezes sugere que a pessoa ao adquirir para a criança os
alimentos ou bebidas de baixo valor nutricional e alto valor calórico, é mais atenciosa,
amorosa ou de qualquer outra forma melhor do que aquela que não o faz, bem como
apresenta a pessoa que não adquire com aspectos ou características negativas.
Oferta de brindes Possui grande potencial de persuasão infantil e, portanto, capacidade de maximizar o
efeito da propaganda. Apresenta diferentes formatos como brindes colecionáveis,
cupons promocionais, troca por rótulos dos alimentos, entre outros. Os brindes
estimulam o consumo frequente, desempenham um papel de recompensa e acabam
por desviar a atenção da criança sobre as características do produto.
Apelo à saúde Enfoca as qualidades nutricionais do produto. Em geral, refere-se a alimentos
enriquecidos artificialmente com vitaminas e minerais ou ditos nutricionalmente
completos. Muitas vezes, a qualidade nutricional apontada é relativa, em função da
quantidade utilizada e do momento em que é consumido.
Desperta grande interesse dos responsáveis pela alimentação das crianças que,
preocupados em garantir-lhes a saúde, acreditam estar adquirindo um produto
altamente saudável. Também se tem observado a utilização de depoimentos de
profissionais de saúde, transmitindo confiança ao consumidor.
Estímulo aos sentidos Valoriza as sensações provocadas pela cor, forma, cheiro, aparência e o paladar dos
alimentos. Mostra pessoas degustando e se deliciando com o produto, despertando no
público o desejo quase que imediato de consumo. Reflete uma “mensagem saborosa”.
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Utilização de jingles Visa facilitar ao consumidor a associação entre a melodia e o produto ou a marca. As
crianças, em especial, possuem grande capacidade de memorização, retendo
facilmente a mensagem anunciada.
Preços promocionais Utiliza a vantagem financeira como apelo concreto, isto é, o desejo de pagar menos e
levar mais. Transmite a ideia do “consumo esperto/inteligente”.
Participação de celebridades Aposta no prestígio representado por personalidades do esporte, das artes ou outros
profissionais bem-sucedidos como influência na tomada de decisão dos consumidores.
Esta influência advém da confiança no depoimento daquela pessoa e da busca por
status ao consumir o mesmo produto.
Rotulagem nutricional Sabe-se que a embalagem dos alimentos industrializados é a primeira forma de
propaganda utilizada pelas indústrias. Muitos estudos de design são realizados
tentando tornar as embalagens mais atraentes ao consumidor. Frequentemente,
observa-se mudanças de cores, tamanhos, formatos e rótulos. Em 1998, a ANVISA
definiu que tipo de informação deveria constar no rótulo dos alimentos industrializados,
em especial quanto a sua composição nutricional.
Desde então, é comum observar rótulos com frases do tipo “enriquecido com...”, “rico
em...”, “livre de...”. Muitas vezes, estas frases acabam por convencer o consumidor a
comprar um produto de baixo valor nutricional. Um exemplo bem atual diz respeito a
obrigatoriedade de informar a quantidade de gordura trans dos alimentos. Agora as
embalagens anunciam “0% de gordura trans” e tem sido comum observar pessoas
comprando estes produtos por acreditarem que o mesmo não possui nenhum tipo de
gordura. Interpretar os rótulos pode ser uma ferramenta para desmascarar estas
mensagens ambíguas.
APRENDENDO A LER O RÓTULO A rotulagem nutricional informa a composição nutricional do alimento, isto é, informa a
quantidade de calorias e de nutrientes que compõem uma porção daquele alimento.
Porção é a quantidade que “normalmente” uma pessoa sadia, maior de 3 anos,
consome por vez. A especificação por porção facilita saber o quanto estamos
consumindo de nutrientes em cada alimento.
Para saber o quanto de nutrientes devemos consumir existe dentro do rótulo o VALOR
DIÁRIO DE REFERÊNCIA (VD). O VD é a quantidade de cada nutriente que a
população brasileira deveria consumir ou o limite máximo a ser consumido para
compor uma alimentação saudável. Cada nutriente tem um VD diferente. Os VD nos
rótulos estão expressos em forma de porcentagem.
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Percentual de VD é o quanto (em percentual) a porção daquele alimento contribui para
atingir todos os valores diários. Este valor varia de zero a cem por cento.
Os rótulos também devem informar os ingredientes utilizados na fabricação dos
alimentos. A lista dos ingredientes é a relação mais detalhada do que um produto
contém, item por item e, embora não forneça as quantidades exatas de cada
ingrediente, relaciona-os em ordem decrescente por peso. No início da lista está o
ingrediente principal ou predominante. Por exemplo: se ao examinar um rótulo de
suco, os dois primeiros ingredientes forem água e xarope de milho com alto teor de
frutose, e no final da lista um suco de fruta como o de uva ou maçã, fica-se sabendo
que a bebida contém principalmente água e açúcar com uma quantidade mínima de
suco de fruta.
Sugestões de atividades As mídias mais comuns para transmitir mensagens de propaganda incluem noticiários,
comunicações oficiais, revistas, comerciais, livros, folhetos, rádio, televisão, outdoor,
entre outros, que divulgam as características e os benefícios do produto/serviço
oferecido. No caso da divulgação de uma ideia ou conceito o meio utilizado deve
corresponder ao público-alvo da campanha e acompanhar a linha de pensamento do
seu criador, a fim de instigar no público o interesse e a aderência à idéia/conceito.
Abaixo, apresenta-se as sugestões de atividades por tipo de mídia. Vale ressaltar que
algumas atividades podem ser utilizadas para diferentes veículos de comunicação.
Rádio • Incentivar as rádios escolares a divulgar o tema da Semana de Alimentação Escolar
por meio de programas, debates, notícias, entrevistas...
• Ouvir as propagandas de alimentos veiculadas na estação de rádio de sua
preferência durante uma semana. Registrar as mensagens e a maneira como foram
abordadas. Em sala de aula, analisar os dados coletados fazendo uma reflexão crítica.
• Divulgar os spots de rádio sobre Alimentação Saudável produzidos pelo Ministério da
Saúde (Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição) disponíveis em
http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/micronutrientes.php#spots
• Criar uma propaganda sobre alimentação saudável a ser divulgada na rádio escolar,
utilizando algumas estratégias de marketing conhecidas.
• Montar e divulgar um programa de entrevistas em que os convidados poderão ser
pediatras, nutricionistas, professores de educação física ou outros profissionais da
área da saúde/educação. O programa poderá ser gravado e ouvido depois por outras
turmas, funcionários, escolas... Durante a divulgação do programa, os alunos serão
estimulados a encaminhar perguntas aos debatedores. Os temas podem ser
propaganda de alimentos, obesidade, rotulagem nutricional, atividade física, auto-
imagem...
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Televisão • Pesquisar nas propagandas de alimentos anunciados na TV: o público-alvo
(crianças, adolescentes, mulheres, idosos...); a duração dos comerciais; o tipo de
alimento; as estratégias de marketing mais utilizadas. Criar um mural apresentando os
resultados da pesquisa.
• Criar uma propaganda educativa que informe à comunidade escolar as vantagens do
consumo de 5 porções diárias de frutas, legumes e verduras.
• Montar um tele-jornal abordando questões sobre a relação entre propaganda, hábitos
alimentares e saúde. Apresentar aos outros alunos da escola.
• Simular programas de televisão que abordem questões polêmicas com debates
interativos (obesidade e magreza; beleza e estética; saúde e nutrição).
• Dramatizar cenas do cotidiano relativas à alimentação na vida moderna (comer com
pressa, comer vendo televisão, comer sozinho, substituir refeição por lanche etc).
Mídias impressas • Criar slogan, cartazes, frases e logotipo para representar a idéia: propaganda,
alimentação e saúde.
• Promover um debate entre a comunidade escolar sobre a influência da propaganda
na formação de hábitos alimentares. Os alunos podem produzir o convite com
“ingredientes” bem especiais que motivem todas as pessoas a participar.
• Discutir as manchetes e/ou reportagens de revistas sobre alimentação direcionadas
ao público infanto-juvenil.
• Analisar as mudanças dos hábitos alimentares nos últimos vinte anos em função do
avanço tecnológico de eletrodomésticos (da geladeira ao freezer, do fogão à lenha ao
microondas...) e da indústria alimentícia (da macarronada ao macarrão instantâneo, da
sopa da vovó à sopa desidratada...). Utilizar gravuras ou desenhos que posteriormente
poderão ser organizados em mural.
• Criar propagandas sobre alimentos cujo consumo seja importante para nossa saúde,
utilizando as mesmas estratégias do marketing. Apresentar ou distribuir em
comemorações da escola.
• Analisar rótulos de produtos: verificar a data de validade, os ingredientes, os usos
possíveis etc.. segundo o roteiro apresentado no texto. Classificar os alimentos de
acordo com o teor de açúcar, de gorduras totais, de gordura trans e de sódio.
• Construir um diário da alimentação com recortes dos rótulos de produtos consumidos
pela criança. Refletir com os responsáveis sobre o uso desses alimentos.
• Criar murais interativos que propiciem a discussão sobre hábitos alimentares
saudáveis, utilizando enquetes, pesquisas de opinião, produções dos alunos sobre
determinados temas (redações, charges, caricaturas, poesias...).
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Web Os alunos poderão criar BLOGS, construindo um canal no qual discutam temas como:
• influência da propaganda no comportamento alimentar de crianças e jovens;
• análise crítica de dietas da moda: riscos para a manutenção da saúde;
• relação entre culinária, saúde e prazer.
Mídias combinadas • Produzir uma campanha publicitária sobre o Programa de Alimentação Escolar,
valorizando suas qualidades (ex.: presença no cardápio de feijão diariamente, legumes
frescos e frutas de sobremesa, refeição produzida na hora...).
• Discutir o marketing utilizado para vender determinados alimentos. Será que é
verídico o que os anúncios dizem?
• Listar alguns jingles conhecidos. Propor que cada grupo da turma crie um produto,
seu rótulo e um jingle para vendê-lo.
• Pesquisar propagandas de jornais, revistas, gibis, televisão e rádio sobre alimentos,
analisando com senso crítico quais foram as estratégias adotadas para atrair o
consumidor.
EDUCAÇA O CIENTI FICA
Por que uma boa educação científica é tão importante para todas as crianças, não
apenas para aquelas que podem seguir uma carreira científica ou técnica? Porque a
ciência está em todos os lugares e porque entender como ela é parte de nossas vidas
cotidianas pode dar aos alunos uma grande base para o sucesso na vida.
A noção que ciência é necessária apenas para cientistas e engenheiros está
desatualizada no mundo tecnológico de hoje. Uma educação científica sólida é
essencial para estudantes com qualquer tipo de experiência, talentos, interesses e
habilidades. Todas as crianças necessitam do conhecimento e das habilidades que
formam o que chamamos de "alfabetização científica" - a habilidade de fazer sentido
no mundo ao seu redor. Ajudando as crianças a aprender como observar, coletar
evidências e chegar a conclusões, a ciência ajuda os estudantes a aprimorar seus
pensamentos sobre as idéias e eventos encontrados na vida cotidiana.
Uma grande parte do público geral pode não perceber a função significativa que a
ciência possui em nossas vidas cotidianas. Outros podem pensar que a ciência não é
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para eles. Mas a ciência é, realmente, para todo mundo, independente de gênero, raça
ou nível de habilidade e as oportunidades existem para todos, incluindo estudantes
com deficiências.
OBJETIVOS; COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PRIORITÁRIAS PARA
O ENSINO DE CIÊNCIAS
Participar e usufruir das oportunidades, das responsabilidades e dos desafios
inerentes à uma sociedade influenciada pela C&T
Base sólida de noções, idéias, habilidades, conceitos e princípios científicos.
Identificar a analisar processos tecnológicos implementados pela humanidade,
nesse mundo natural.
Compreender e respeitar as dinâmicas dos ambientes naturais
Construir representações simbólicas sobre a natureza e seus fenômenos.
Estabelecer relações e conexões argumentativas que sustentem decisões
baseadas em princípios e conceitos.
Utilizar os conhecimentos escolares para se posicionar e participar das
transformações socioculturais.
Expressar-se e comunicar-se utilizando diferentes linguagens para expor seus
julgamentos de valor.
Conviver no ambiente escolar, respeitando direitos, deveres e oportunidades
inerentes a uma sociedade pluralista.
Reconhecer a saúde como um bem individual e coletivo.
Composição e utilidade do acervo de ciências
• Materiais de baixo custo para montar objetos e realizar experimentos.
• Atividades fora da escola, para observar relações entre plantas e animais, com
atividades de registro.
Temas
I. Ciclo de vida e sentidos
• Noções sobre meio ambiente, ciclo de vida e corpo humano, possibilitando uma maior
compreensão da criança sobre o mundo que a cerca sobre si mesma.
II. Animais mamíferos e terrestres
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• Noção de respeito da diversidade de seres vivos e sua importância para os ambientes
naturais.
• Desenvolver critérios que possibilitem agrupar e distinguir grupos de seres vivos a partir da
observação e da comparação das características desses seres vivos.
III. Outros animais vertebrados
• Perceber semelhanças e diferenças entre animais, valorizando-os e refletindo sobre a relação
entre eles.
IV. Corpo humano
• Desenvolvimento de noções básicas de saúde e cuidados com o corpo, trabalhando a
observação de partes do corpo, identificando seus pormenores e a importância que tem para a
sobrevivência e expressão humana.
V. Meio ambiente
• Noções e idéias que permitam o desenvolvimento de uma postura de respeito em relação ao
meio ambiente.
• Realizar interpretação de informações por através do estabelecimento de relações,
semelhanças e diferenças e de seqüências de fatos que promovam a comparação de
diferentes ambientes naturais e construídos.
SITES INTERESSANTES Estação Ciência. Universidade de São Paulo.
http://www.eciencia.usp.br/
Experimentos que podem ser feitos em sala de aula e sugestões de softwares
educacionais.
Projetos de 5ª a 8ª séries
http://www.feiradeciencias.com.br/sala02/index2.asp
Traz textos de iniciação científica e um arquivo de experiências ilustradas sobre
ar, água, sistema solar, forças e movimentos, calor, som, luz, eletricidade,
Química e Biologia.
Arquivo de Experiências. Programa X-Tudo da TV Cultura.
http://www.tvcultura.com.br/x-tudo/arquivo/listadeexperiencias.htm
Lista de experiências científicas que podem ser desenvolvidas em sala de aula.
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Programa Alô Escola da TV Cultura.
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/index.htm
Aborda os seguintes temas: biologia marinha, astronomia, animais da Mata
Atlântica, recursos hídricos, entre outros.
Educação Ambiental através da visão integral de Bacia Hidrográfica -
Programa Educar
http://educar.sc.usp.br/biologia/principal.html
Por meio das diversas bacias hidrográficas brasileiras, este site traz
informações sobre ocupações de áreas protegidas, escassez de áreas verdes,
problemas locais como lixo, esgoto, poluição, entre outros temas. Clicando em
Centros Participantes, surge o mapa do Brasil com indicação das regiões
estudadas e das escolas envolvidas neste programa. Em Material de Apoio,
encontram-se textos descrevendo atividades para serem aplicadas a alunos do
Ensino Fundamental.
Sabesp
http://www.sabesp.com.br/
Apresenta a história e as ações da empresa, assim como legislação voltada ao
meio ambiente, água e saneamento, seus projetos atuais (Tietê, Viverista,
Reservatórios Culturais, entre outros) e um espaço para alunos e professores
do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (Sabesp Ensina), onde há
sugestões de atividades que podem ser realizadas em aula.
Saúde. Você Sabia?
http://www.canalkids.com.br/mapa/saude.htm
Traz informações sobre a história da medicina; o corpo humano (circulação,
respiração, ossos, músculos, sistema digestivo, sistema imunológico); os cinco
sentidos; hábitos saudáveis; cuidados com a dengue.
A Lua
http://www.mamutemidia.com.br/alua/default.asp
Informações sobre o satélite natural da Terra e os componentes do Universo.
Traz aulas virtuais, sugestões de experiências científicas, planos de aula,
avaliação, entre outros recursos de ensino.
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Grupo de ensino de ciências & tecnologia
http://darwin.futuro.usp.br/
Estão disponibilizados projetos de ensino de Ciências com o uso de
tecnologias em escolas públicas e particulares. Alguns dos projetos são: Aves,
Dália (clone), Dandelions, Ecologia das Águas, Finlay (dengue), Frogs, Frutas,
Sky.
Astronomia no Zênite
http://www.zenite.nu/
Traz artigos sobre colisão de galáxias, novo sistema solar, entre outros. Utiliza
uma linguagem clara e cotidiana. Oferece download de arquivo sobre todos os
eclipses já ocorridos e um teste para você verificar os seus conhecimentos.
Comissão Nacional de Energia Nuclear
http://www.cnen.gov.br/
Na seção CNEN Educar, encontramos informações sobre as diversas
aplicações da energia nuclear (na agricultura, na indústria, na medicina e no
meio ambiente), apostilas educativas e jogo de perguntas e respostas sobre
energia nuclear.
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ciencias
http://educacao.uol.com.br/ciencias
http://www.clubedoprofessor.com.br/feiradeciencias
Um projeto de pesquisa para uma feira de ciências.
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/index.asp
http://www.portaldeensino.com.br/
http://www.eciencia.usp.br/
http://revistagalileu.globo.com/
http://www.lixo.com.br/
http://www.eduk.com.br/
http://www.moderna.com.br/moderna
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