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Projeto e Destino Autor: Giulio Carlo Argan Isabela Mattos Samuel Otaviano

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Projeto e DestinoAutor: Giulio Carlo Argan

Isabela Mattos

Samuel Otaviano

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Biografia

Giulio Carlo Argan (Turim, 1909 - Roma, 1992)

Crítico de arte italiano ligado a arte e arquitetura moderna.

Em 1930, ele trabalhou para O Diretório de Antiguidades e Artes deTurin, depois de Modena e de Roma. Em Roma, ele colaborou com acriação do Instituto Central de Restauro, além de dirigir a revista Le Arti 

.

Em 1938, ele publicou um manual de artes para escolas de ensino

médio. Na década de 1940, ele colaborou com a revista Primato, detendência fascista.

Após a segunda guerra mundial, Argan lecionou nas universidades dePalermo e Roma (1959-1979).

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Foi co-fundador da publicação Il Saggiatore,membro do Conselho superiorde Antiguidades e Artes. Em 1968, ele publicou A História da Arte

Italiana. Em 1973, fundou ISIA, a mais antiga instituição no campo doDesenho Industrial.

 Argan atingiu destaque na política ao ser o primeiro prefeito comunista de Roma, entre 1976 e 1979. Posteriormente, foi senador do parlamento

italiano de 1983 a 1992.

Os trabalhos de Karl Marx e de Antonio Gramsci o influenciaram

sobremaneira em sua atuação política e em seus textos sobre arte.

Os textos dele sobre arte, tratam desde a arquitetura romanesca do séculoXI até a arte minimalista do final dos anos 60. Há um importante trabalhosobre o arquiteto barroco italiano Francesco Borromini, além de trabalhos

sobre Walter Gropius e Marcel Breuer .Nos anos 60 teve um papel influente no debate sobre as correntes Pós-modernas como arte Gestáltica e Pop-Art. Nesse momento o autor sinalizapara a morte da arte, representada pela crise do seu sistema de técnicastradicionais em face ao desenvolvimento da sociedade industrial e

capitalista.

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Contextualização do texto

O texto é de 1965. Nessa época, estavam em ascensão no campo daarte, os movimentos de arte minimalista e Pop-art, que tinham comomaiores expoentes:

Minimalista - Donald Judd, Richard Serra e Robert Morris.Pop-art - Andy Warhol, Lichtenstein e Rauschenberg.

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Minimalismo

Donald Judd

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Richard Serra

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http://slidepdf.com/reader/full/projeto-e-destino 7/48Robert Morris

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Pop-art

Andy Warhol

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http://slidepdf.com/reader/full/projeto-e-destino 9/48Lichtenstein

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Rauschenberg

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A crise da arte

 A partir da noção de crise da arte, o autor se propõe a tratar a relaçãoentre técnicas artísticas e a tecnologia do mundo moderno de modohistórico.

●  A crise da arte considerando seu significado e função em suacondição atual.

● O conceito de crise movido por Husserl.●  A artisticidade da arte.● Tem como ponto inicial o surgimento do expressionismo.● Perda de referências.

 Até pg 8

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A noção de tempo e o utopista

"Numa tal sociedade sem tempo nem espaço, o artista (e, em geral, ohomem moderno) tenta desesperadamente fixar um presente no qualquer agir e continuamente lhe escapa"

Ver E. Husserl - A crise das ciências européias

Utopia (simulacro da sociedade possível) X Ideologia (Ideia-força,projeto de ação).

O progresso técnico ou mecânico é igual ao pensamento utópico,cresce sob si mesmo.

O progresso técnico vem então com a ameaça das máquinas, o quecoloca em questão a vivência humana e se tudo que houve até aqui foiprojeto ou destino.

 Até pg 12

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A fenomenologia de Husserl

Dá grande importância à subjetividade e o modo do homem de estarno mundo.

redução fenomenológica / époche

"o plano é a forma específica à intencionalidade, no sentido preciso,husserliano do termo: pode-se dizer também que o planejar é umaredução fenomenológica, uma époche, uma suspensão de juízo ou umpor entre parênteses tudo aquilo que comumente se aceita, um atorigoroso da consciência como relação do noese e noema" (p.51)

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A fase histórica e a autonomia da

arte

 A arte é a atividade humana "mais irredutível ao destino, mais livre,mais desinteressada, mais consciente do valor autônomo do fazer".

 Ainda assim a arte não é algo sagrado, imune.

Haverá produção artística em uma sociedade em que se realiza a

utopia tecnológica?

O autor busca responder essa questão como historiador, pois, na fasehistórica "a vivência humana se apresentará como vivênciatecnológica" e a tecnologia hoje se coloca como autoridade (anti-história).

 A arte torna-se importante por sua função de designar modelos devalor e de comportamento operativo.

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A fase histórica e a autonomia da

arte (cont.)

 A fase histórica é "um ciclo ou uma espiral, não tem formas constantes,antes é distinguida pelo fato de que nenhum evento repete exatamenteoutro ou é mecanicamente produzido pelo precedente".

 Aproxima-se assim do "tempo histórico", mobilizado por Gumbretchcomo cronótopo historicamente específico. Este é visto então comoagente absoluto de mudança, a partir do séc. XIX, onde os fenômenosestão sempre sujeitos a inovação e "não podem ser comparados porquaisquer padrões de qualidade meta-histórica."

 Até pg 15

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Tempo e Espaço

"O homem não se adapta ao meio ambiente mas adapta o meio

ambiente a si; por isso a sua marca na terra não deixa marcas causais,mas signos que têm valor de mensagens e com os quais podemosreconstruir a sua história".

"A constituição de uma coisa qualquer pressupõe uma duplaperspectiva temporal, sobre o passado e o futuro".

Todo objeto é um ponto, um lugar no espaço; mas é também umamediação entre mim e o outro.

 A obra de arte, como produto supremo do fazer humano, é justamenteo objeto perfeito, aquele cujos contornos coincidem idealmente comohorizonte do cognoscível e que equivale, em termos de valor, ànatureza.

pgs 16 e 17

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O ambiente social

 A relação do homem com o meio social é diferente da sua relação coma natureza.

 A relação com os outros não é de contemplação, mas de interação einteresse. É nesta condição que sente-se a necessidade maior doprojeto, ou seja, "de se garantir a si e aos outros em relação a umdestino que não é mais providência".

pg 19

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O artesanato e a indústria

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No artesanato o valor está na peça única enquanto que a indústria temseu valor na serialização.

Essa mudança de valores na esfera da produção gera uma mudançade valores na ordem social: massificação.

 A arte é o centro da tecnologia artesanal, onde a qualidade ocupa ovértice de uma pirâmide em cuja base encontra-se a quantidade. Noinício da produção industrial a qualidade era o projeto do qual iriam seroriginados os objetos em série.

"Por essa trilha se moveu o desenho industrial, na esperança de poderfornecer ao novo aparato tecnológico os impulsos inventivos que a artetinha fornecido ao antigo".

 Até a pág 22

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a tecnocracia

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"De que modo o progresso tecnológico veio a comprometer odesenvolvimento histórico, do qual a arte foi um componente essencial, ea instaurar, depois da era histórica, uma era tecnológica ou, como se diz,

a tecnocracia?"

 Autonomia da tecnologia / divórcio da ciência (bomba atômica -destruição)

O mundo moderno é o mundo da práxis

[arte e ciência = intelectuais e liberais X tecnologia (mecânica e prática)]

Marxismo - constituído pelo tecnicismo industrial

Weltanschauung X  Weltvernichtung (visão de mundo) (destruição de mundo)

 Até a 25

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A tecnologia e a lógica do destino

"O desenho de uma civilização tecnológica não se apresenta aosnossos olhos como o desenho de uma civilização histórica."

 A aceleração da produção da indústria vai necessitar do consumo emmassa e, na sua supremacia da qualidade tecnológica os objetos

produzidos pelas máquinas tornam-se imagens. (cultura de massa)

"Não há consumo mais rápido que a destruição" - É preciso então areposição com a maior frequência possível.

 Até a pg 28

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O mito do produto

O desenho industrial contribuiu para a construção do mito (efêmero) do

produto, e não só este, como também o mito da função.

 A publicidade também se encarrega de impulsionar a produção criandoprodutos de desejo onde a escolha se baseia em motivos irracionais.

Dissociação entre coisa e significado.

Recorre-se a imagem pela força dominante da atividade da percepção

sobre o ser humano e assim espera-se influenciar o inconsciente.

pg 32

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Técnicas artísticasneoconstrutivismo e pop-art

Técnicas artísticas são, em última instância, técnicas de ideação e,dada a crise da arte, as duas correntes mais significartivas são aneoconstrutivista ou gestáltica e a de réportage social, até a Pop-Art.

Neoconstrutivismo: abstrata, seletiva

Pop-Art: não seletiva, não programada

Estas duas poéticas são radicalmente o postas e, semânticamente, seafastam do conceito de poética do Informal (ilimitadamente aberto), porserem mais restritas.

pg 33

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George Mathieu

Arte Informal ou Informalismo

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Jean Dubuffet

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Jackson Pollock

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A corrente gestáltica

É o racionalismo com o emprego de formas geométricas que têm um

valor em si mesmo (signo) com intuito de considerar a percepção comoprocesso.

"A psicologia da forma explica que, diante de um conjunto de signos oudata, o percipiente os organiza segundo certos esquemas, atribuindo-

lhes, assim, um certo significado."

Vão associar-se a técnica industrial, descende da Bauhaus (MoholyNagy)

Dimensão teórica da técnica industrial, como fenômeno cultural versusa superestrutura que a governa, o capitalismo.

pg 37

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Críticas a corrente gestáltica

 À imaterialidade (no tempo e no espaço) da coisa industrial a arte

responde com o Informal.

 A Gestalt se opõe ao Informal mas ainda assim pressupõe um"Inconsciente racional", como gesto do Informal.

"Como convite à austeridade no carnaval dos mitos efêmeros e dasimagens instáveis, a Gestalt é moralista."

Mas também a Gestalt cria o conceito de "hipótese formal", necessárioa condição de problematicidade do homem moderno.

pg 39

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A réportage social

Fruto do dinamismo da sociedade industrial onde a reação das

pessoas é sempre instantânea e efêmera.

Mesmo o que é descartado tem seu valor como imagem o que inverteo processo da arte de juízo de valor e o transforma em um processo debanalização.

Pólo oposto a gestalt, embora sejam estes interdependentes: "De umlado, o projeto que não faz coisas; do outro coisas feitas sem projeto"

pg 42

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Despolitização

"A política não é mais atual: o operador industrial não faz política por

que tem o álibi da técnica, o oposto da ideologia; o consumidor não fazpolítica por que a pletora de informações paralisa a capacidade deescolha ideológica"

"Gestalt e Pop-Art são dois modos de arte não ideológica"

"...nenhuma das duas correntes se coloca como uma verdadeirapoética, isto é, implica numa concepção global de arte..."

pg 43

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A arquitetura

3 direções: planejamento urbanístico, instrumentalismo técnico e

pesquisa estilística ou formalista.

O estrutulalismo se apresenta como técnica pura.

 A estrutura do edifício é a estrutura da função (Le Corbusier) e insere-ocomo utensílio do contexto urbano em contraposição a pesquisaestilística ou formalista (Wright e Gaudí).

O racionalismo na arquitetura projeta o espaço para a vida socialenquanto que arquitetos como Gaudí vão ter como fim social aexaltação coletiva.

 Até a pg 47

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Maison Savoye, de Le Corbusier, 1928

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Falling water house, de Frank Lloyd Wright, 1935

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Casa BatllIgreja da Sagrada Familia, 1884 - 1926

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Herb Green. Casa Prairie, 1960

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John Chamberlain. Zaar, 1959

O j t

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O projeto

"Se não souber avaliar imagens, o mundo não saberá avaliar-se,existirá sem ter consciência de existir."

O projeto, na cultura de massa, é uma "obra aberta" (Humberto Eco)

 Arte = objeto absoluto (relacional) / ciclo coisa-objeto

Operação Industrial = objeto imagem (alienante) / anula o ciclo coisa-objeto e o decompõe em coisa e imagem (dado e projeto)

 A arquitetura torna-se urbanismo enquanto plano (imagem), projeto,mas "o plano não prefigura nem prejulga o futuro, sem uma ideia defuturo não pode haver plano.

 Até a pg 50

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Tony Garnier. La Cité Industrielle, 1917

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Plano piloto de Brasília.

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O projeto como estrutura

O plano é a ação no presente segundo um projeto, tem seu próprio

sistema de signos (Finnegan's wake).

Este projeto é estruturalista e "exprime em primeiro lugar a virtualidadeda condição presente".

 A análise estruturalista é a busca pela essência dos fenômenos(Husserl) onde encontra-se a intencionalidade.

"A experiência demonstra que o projetista, que empreendeu esta

escolha [o plano] segundo sua própria consciência de especialista eobservou com assídua coerência a própria linha metodológica[intencionalidade], realizou uma obra também esteticamente válida..."

 Até a pg 53

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Esquema desenvolvido por Moholy-Nagy

(professor da Bauhaus) para entendimento

do livro de Joyce, Finnegan's wake.Livro Finnegan's wake, de

James Joyce, considerado

por Argan como um

exemplo de obra aberta.

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Ideologia do projeto

"Não se projeta nunca para mas sempre contra alguém ou alguma

coisa..."

Toda metodologia tem um impulso ideológico.

 As poéticas artísticas podem ser colocadas como metodologiasintencionadas como no Renascimento foi o desenho (técnica deideação)?

Esta questão leva a uma reavaliação da posição da arte na sociedade

industrial, equiparando-a com o projeto. Porém, na arte o componentecrítico está sempre presente e operante, diferente do objeto industrial,que o anula.

 Até a pg 55

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A crise do objeto

Dois modos de projetação:

tecnológico/mercadológico e histórico/crítico

"Se esta crise é a crise do objeto e da sua forma paradigmática, a obrade arte, ela se produziu a partir de causas internas..."

 A arte segue de um modelo de realidade acabada para um modelo derealidade existencial (problematicidade). (Mallarmé, Klee, Joyce)

 Arte não acabada é arte em projeto (de existência).

 Até a pg 53

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Poema retirado do livro "Un Coup de Des", de Marllamé

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Paul Klee

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Paul Kle

O j t tí ti

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O projetar artístico

"Há no projetar da arte um sentido, um interesse, uma paixão pela vida

que não encontramos na lógica irreprensível da projetaçãotecnológica..."

"A intervenção crítica no processo-projeto da arte, o criticismo profundodaquele projetar ao qual a arte devia dar o modelo consistem na

verificação, passo a passo, dos atos intencionados e de suasucessão."

"Se a obra de arte não vale mais por que acabada ou perfeita mas porque não acabada, é preciso também se perguntar o que ela prepara etraz em si, qual o problema que coloca para o futuro."