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Página 1 de 21 Projeto de Recuperação Final - Série (EM) GRAMÁTICA MATÉRIA A SER ESTUDADA Apostila/Volume: Capítulo: Páginas: Assunto: 3 8 02 - 07 Orações coordenadas sintéticas e assindéticas. 3 9 12 - 15 Orações subordinadas substantivas - Desenvolvidas e reduzidas. 3 10 16 - 23 Orações subordinadas adjetivas - Desenvolvidas e reduzidas. 4 12 02 - 13 Orações subordinadas adverbiais - Desenvolvidas e reduzidas. 5 15 2 - 7 Concordância Nominal - Classes gramaticais. 5 16 8 - 15 Concordância Nominal - Termos e expressões. 5 17 16 - 23 Concordância Verbal - Sujeito Simples. 5 18 24 - 31 Concordância Verbal - Sujeito Composto. 5 19 32 - 41 Concordância Verbal - Verbo ser e impessoais. LISTA DE EXERCÍCIOS Questão 1 Complete com a preposição adequada e, em seguida, classifique as orações subordinadas substantivas marcando: OI (Objetiva Indireta) CN (Completiva Nominal)

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Projeto de Recuperação Final - 2ª Série (EM)

GRAMÁTICA MATÉRIA A SER ESTUDADA

Apostila/Volume: Capítulo: Páginas: Assunto:

3 8

02 - 07 Orações coordenadas sintéticas e

assindéticas.

3 9 12 - 15 Orações subordinadas substantivas -

Desenvolvidas e reduzidas.

3 10 16 - 23

Orações subordinadas adjetivas -

Desenvolvidas e reduzidas.

4 12

02 - 13 Orações subordinadas adverbiais -

Desenvolvidas e reduzidas.

5 15 2 - 7 Concordância Nominal - Classes

gramaticais.

5 16 8 - 15 Concordância Nominal - Termos e

expressões.

5 17 16 - 23 Concordância Verbal - Sujeito Simples.

5 18 24 - 31 Concordância Verbal - Sujeito Composto.

5 19 32 - 41 Concordância Verbal - Verbo ser e

impessoais.

LISTA DE EXERCÍCIOS

Questão 1

Complete com a preposição adequada e, em seguida, classifique as orações subordinadas

substantivas marcando:

OI (Objetiva Indireta)

CN (Completiva Nominal)

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a) ( ) Não havia dúvida ____ que o livro era excelente.

b) ( ) Não queria lembrar-se ____ que o maltrataram.

c) ( ) O pai insistiu _____ que o filho estudasse.

d) ( ) Estou convencido ____ que ele é especial.

e) ( ) Não podíamos aspirar ___ que nos recebessem amigavelmente.

Questão 2

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

O ENCONTRO MARCADO

Eduardo e a vida sadia. Seu Marciano tornou-se sócio do clube, o filho praticava natação. – Por que você não joga basquete? – sugeria Letícia. – Natação é tão sem graça... – Porque natação não depende de ninguém, só de mim. Em seis meses era o melhor nadador de sua categoria, e ameaçava já o recorde dos

adultos. Uma espécie diferente de emoção – a de poder contar consigo mesmo, e de se saber,

numa competição, antecipadamente vencedor. Os entendidos sacudiam a cabeça, admirados: – Quem diria, esse menino... 1Era uma espécie de êxtase: fazer de simples prova de natação, a que ninguém o

obrigava, uma disputa em que parecia empenhar o destino, fazer da arrancada final uma luta contra o cansaço, em que a vida parecia querer prolongar-se além de si mesma.

Dia de competição. As luzes da piscina acesas, as arquibancadas cheias. Ambiente de expectativa, medo, alegria, excitação. Alto-falantes comandando ordens, convocando nadadores, apostas, previsões, torcida, gritaria. Nada da paz quase bucólica da piscina nos dias de treino – o rigor e a monotonia dos exercícios, de manhã e de tarde, o longo, lento e meticuloso esforço durante meses e meses, para ganhar décimos de segundo na luta contra o cronômetro. Refugiado no vestiário, enrolado em cobertor, Eduardo aguardava o momento de sua prova, ouvindo, lá fora, os aplausos da multidão. Logo chegaria a sua vez. Chico, o roupeiro, aparecia para dar-lhe a notícia da competição.

– Estamos ganhando. Daqui a pouco é você. (...)

2Sua emoção se traduzia em longos bocejos, o medo era quase náusea, a expectativa

era uma ilusória, persistente e irresistível vontade de urinar. A multidão voltava a aplaudir, lá fora. – “Daqui a pouco é você”. Nunca saía do vestiário antes da hora de nadar.

– Quanto está a água hoje? – perguntava ao roupeiro. Era o único nadador que não interrompia os treinos no inverno, sozinho, a água gelada, a

piscina fechada aos sócios. (...) Nadar era difícil, ficava cada vez mais difícil... Onde quer que surgisse um recordista, logo surgia outro para abaixar-lhe o recorde. (...)

– Marciano, a sua vez! – vinham lhe avisar. 3Nada a fazer. Ali estava ele, pronto para o sacrifício, convocado como um condenado

para a execução. Ia seguindo em direção à mesa dos juízes, para assinar a súmula, sem olhar para os lados. Sentia que todos os olhos o seguiam, ouvia vagamente os aplausos, procurava ignorar tudo, concentrar-se. Vontade de dormir, de desistir, fugir, sair correndo, esquecer aquele suplício. Medo. Os outros também se sentiriam assim, fragilizados pela emoção, sucumbidos pela espera? Munira-se de alguns minutos de descanso e solidão, curtidos em agonia no vestiário – era a sua reserva. Ali fora, os nervos se esbandalhariam ante o que o aguardava – que viesse imediatamente.

– Mostra a essa gente, Eduardo. – É pra valer! – Capricha, menino. – Está bem, está bem... Deslumbrado pela luz dos refletores, desprotegido e nu, ia caminhando para o sacrifício. Fernando Sabino O encontro marcado. Rio de Janeiro: Record, 2012.

Era uma espécie de êxtase: fazer de simples prova de natação, a que ninguém o obrigava, uma

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disputa em que parecia empenhar o destino, fazer da arrancada final uma luta contra o cansaço, em que a vida parecia querer prolongar-se além de si mesma. (ref. 1) a) Reescreva as duas orações subordinadas adjetivas sublinhadas, fazendo uso da expressão “a qual”, de acordo com a norma-padrão. b) Releia o trecho abaixo: “Sentia que todos os olhos o seguiam, ouvia vagamente os aplausos, procurava ignorar tudo, concentrar-se. Vontade de dormir, de desistir, fugir, sair correndo, esquecer aquele suplício. Medo.”

Como se classificam as orações destacadas?

Questão 3

LEIA OS TEXTOS A E B PARA RESPONDER À PRÓXIMA QUESTÃO:

TEXTO A:

A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.

Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá,

levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a

grande romaria desfilando pela Rua da Lapa e ao longo do cais serpejava nas faldas do outeiro e

apinhava-se em torno da poética ermida, cujo âmbito regurgitava com a multidão do povo.

Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de

gente que murava cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que

vinha do mar, contemplando o delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas

que também tinham chegado tarde e pareciam satisfeitas com a exibição de seus adornos.

Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha

tranquila e independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha e

resolvido a estabelecer ali o meu observatório. Para um provinciano lançado recém-lançado-

chegado à corte, que melhor festa do que ver passar-lhe pelos olhos, à doce luz da tarde, uma

parte da população desta grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas gradações?

Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições,

desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido;

todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da

sociedade brasileira, desde a arrogante nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim,

roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão, misturando os perfumes delicados às

impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do cigarro de palha.

ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Editora Ática, 1988, p. 12.

TEXTO B:

Quando a manhã chuvosa nasceu, as pessoas que passavam para o trabalho se

aproximavam dos corpos para ver se eram conhecidos, seguiam em frente. Lá pelas nove horas,

Cabeça de Nós Todo, que entrara de serviço às sete e trinta, foi ver o corpo do ladrão. Ao retirar o

lençol de cima do cadáver, concluiu: "É bandido". O defunto tinha duas tatuagens, a do braço

esquerdo era uma mulher de pernas abertas e olhos fechados, a do direito, são Jorge guerreiro. E,

ainda, calçava chinelo Charlote, vestia calça boquinha, camiseta de linha colorida confeccionada

por presidiários. Porém, quando apontou na extremidade direita da praça da Quadra Quinze, em

seu coração de policial, nos passos que lhe apresentavam a imagem do corpo de Francisco, um

nervosismo brando foi num crescente ininterrupto até virar desespero absoluto. O presunto era de

um trabalhador.

LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 55-56.

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3. a) Reescreva o período a seguir, pontuando-o corretamente.

É fato conhecido por muitos que Paulo Lins escritor carioca viveu na Cidade de Deus onde se

desenrola a trama de seu famoso livro.

b) Classifique sintaticamente os termos e a oração destacados no item A.

Questão 4

Construa períodos compostos por subordinação transformando as orações sublinhadas em

subordinadas adjetivas. Respeite o início indicado. Veja o exemplo:

EXEMPLO: AQUELA DEVOTA CHEGOU TARDE. A devota não conseguiu entrar na igreja.

Resposta: A devota que chegou tarde não conseguiu entrar na igreja.

a) ESTAVA SENTADA SOBRE UMA PEQUENA MURALHA. Converti a pequena muralha em meu

observatório.

Converti ...

b) A MORTE DAQUELE HOMEM MOBILIZOU A COMUNIDADE. Aquele homem era um

trabalhador honesto.

Aquele homem ...

Questão 5

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A Rodolfo Leite Ribeiro

(...) Noto nas poesias tuas, que o Vassourense tem publicado, muita naturalidade e cor local, além

da nitidez do estilo e correção da forma. Sentes e conheces o que cantas, são aprazivelmente

brasileiros os assuntos, que escolhes. Um pedaço de nossa bela natureza esplêndida palpita

sempre em cada estrofe tua, com todo o vigor das tintas que aproveitas. No "Samba" que me

dedicas, por exemplo, nenhuma particularidade falta dessa nossa dança macabra, movimento,

graça e verdade ressaltam de cada um dos quatorze versos, que constituem o soneto. / Como eu

invejo isso, eu devastado completamente pelos prejuízos dessa escola a que chamam parnasiana,

cujos produtos aleijados e raquíticos apresentam todos os sintomas da decadência e parecem

condenados, de nascença, à morte e ao olvido! Dessa literatura que importamos de Paris,

diretamente, ou com escala por Lisboa, literatura tão falsa, postiça e alheia da nossa índole, o que

breve resultará, pressinto-o, é uma triste e lamentável esterilidade. Eu sou talvez uma das vítimas

desse mal, que vai grassando entre nós. Não me atrevo, pois, a censurar ninguém; lastimo

profundamente a todos! / É preciso erguer-se mais o sentimento de nacionalidade artística e

literária, desdenhando-se menos o que é pátrio, nativo e nosso; e os poetas e escritores devem

cooperar nessa grande obra de restauração. Não achas? Canta um poeta, entre nós, um Partenon

de Atenas, que nunca viu; outro os costumes de um Japão a que nunca foi... Nenhum, porém, se

lembrara de cantar a Praia do Flamengo, como o fizeste, e qualquer julgaria indigno de um soneto

o Samba, que ecoa melancolicamente na solidão das nossas fazendas, à noite. / Entretanto, este

e outros assuntos vivem na tradição de nossos costumes, e é por desprezá-los assim que não

temos um poeta verdadeiramente nacional. / Qualquer assunto, por mais chilro e corriqueiro que

pareça ser, pode deixar de sê-lo, quando um raio do gênio o doure e inflame. / Tu me soubeste

dar uma prova desse asserto. Teus formosos versos é que hão de ficar, porque eles estão

alumiados pela imensa luz da verdade. Essa rota que me apontas é que eu deveria ter seguido, e

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que, infelizmente, deixei de seguir. O sol do futuro vai romper justamente da banda para onde

caminhas, e não da banda por onde nós outros temos errado até hoje. / Continua, meu Rodolfo.

Mais alguns sonetos no mesmo gênero; e terás um livro que, por si só, valerá mais que toda a

biblioteca de parnasianos. Onde, nestes, a pitoresca simplicidade, a saudável frescura, a

verdadeira poesia de teus versos?!

(Raimundo Correia. Correspondência. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar,

1961.)

Todos Cantam sua Terra...

(1929)

[...] Acha Tristão de Ataíde que a literatura brasileira moderna, apesar de tudo, enxergou qualquer

cousa às claras. Pois que deu fé que estava em erro. Que se esquecera do Brasil, que se

expressava numa língua que não era a fala do povo, que enveredara por terras de Europa e lá se

perdera, com o mundo do Velho Mundo. Trabalho deu a esse movimento literário atual, a que

chamam de moderno, trazer a literatura brasileira ao ritmo da nacionalidade, isto é, integrá-la com

as nossas realidades reais. Mais ou menos isso falou o grande crítico. Assim como falou do novo

erro em que caiu esta literatura atual criando um convencionalismo modernista, uma brasilidade

forçada, quase tão errada, quanto a sua imbrasilidade. Em tudo isso está certo Tristão.

Houve de fato ausência de Brasil nos antigos, hoje parece que há Brasil de propósito nos

modernos. Porque nós não poderíamos com sinceridade achar Brasil no índio que Alencar isolou

do negro, cedendo-lhe as qualidades lusas, batalhando por um abolicionismo literário do índio que

nos dá a impressão de que o escravo daqueles tempos não era o preto, era o autóctone. O

mesmo se deu com Gonçalves Dias em que o índio entrou com o vestuário de penas pequeno e

escasso demais para disfarçar o que havia de Herculano no escritor.

[...]

Da mesma forma que os nossos primeiros literatos cantaram a terra, os nossos poetas e

escritores de hoje querem expressar o Brasil numa campanha literária de "custe o que custar".

Surgiram no começo verdadeiros manifestos, verdadeiras paródias ao Casimiro e ao Gonçalves

Dias: "Todos dizem a sua terra, também vou dizer a minha". E do Norte, do Sul, do sertão, do

brejo, de todo o país brotaram grupos, programas, proclamações modernistas brasileiras, umas

ridículas à beça. Ninguém melhor compreendeu, adivinhou mesmo, previu o que se ia dar,

botando o preto no branco, num estudo apenso ao meu primeiro livro de poesia em 1927, do que o

meu amigo José Lins do Rego. (...)

Dois anos depois é o mesmo protesto de Tristão de Ataíde: "esse modernismo intencional não

vale nada!" Entretanto nós precisamos achar a nossa expressão que é o mesmo que nos

acharmos.

E parece que o primeiro passo para o achamento é procurar trazer o homem brasileiro à sua

realidade étnica, política e religiosa.

[...] No seio deste Modernismo já se opera uma reação anti-ANTISINTAXE, anti-

ANTIGRAMATICAL em oposição ao desleixo que surgiu em alguns escritos, no começo. Nós não

temos um passado literário comprido (como têm os italianos, para citar só um povo), que nos

endosse qualquer mudança no presente, pela volta a ele, renascimento dele, pela volta de sua

expressão estilística ou substancial. A nossa tradição estilística, de galho deu, na terra boa em

que se plantando dá tudo, apenas garranchos.

(Jorge de Lima. Ensaios. In: Poesias completas - v. 4. Rio de Janeiro: José Aguilar/MEC, 1974.)

As orações subordinadas adjetivas se identificam por se referirem, como os adjetivos, a um

substantivo antecedente, integrando-se, desse modo, ao sintagma nominal de que tal substantivo

constitui o núcleo. De posse desta informação:

a) Indique as duas orações adjetivas que aparecem no período seguinte retirado do texto de

Raimundo Correia e identifique o sintagma nominal a que se integram:

"Canta um poeta, entre nós, um Partenon de Atenas, que nunca viu; outro os costumes de

um Japão a que nunca foi."

b) Aponte dois termos de orações desse período que estejam ocultos, isto é, não expressos na

superfície da oração, embora implícitos em sua estrutura.

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Questão 6

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A literatura da era digit@l A internet tem sido um veículo de extrema importância para a divulgação dos escritores das novas gerações,

4assim como dos autores de épocas em que os únicos meios de acesso à

leitura eram o livro e os jornais. Hoje, com todo o advento da tecnologia, os leitores de diversas faixas etárias e de qualquer parte do mundo podem acessar e fazer o download gratuito de uma infinidade de livros, usando o site de buscas Google.

13Pesquisas recentes indicam que o número

de obras literárias de poesia e ficção tem crescido consideravelmente dentro do espaço cibernético nos últimos anos.

9Vários escritores têm preferido publicar seus textos ou livros

virtualmente a ter que enfrentar os critérios e a seleção, muitas vezes injusta, das editoras. 12

Portanto, a internet tem se tornado um espaço facilitador que acaba por redimensionar a literatura em todo o mundo. O espaço cibernético proporcionou também a aproximação do escritor com seu leitor.

10Há

menos de quinze anos, o escritor era um completo desconhecido. Comprávamos um livro e o líamos sem grandes possibilidades de contato com o autor. Hoje, ao lermos um livro impresso ou digitalizado, podemos encontrar sites e blogs que trazem mais informações sobre o autor e seus processos de escrita, entrevistas, curiosidades sobre personagens e todo tipo de informação que puder advir da obra em questão. Vários desses endereços virtuais disponibilizam

3até mesmo o e-

mail do autor, de forma que seus leitores podem estabelecer contato com ele através de mensagens que muitas vezes são respondidas num tom cordial. O escritor atual está mais próximo de seu leitor. A geração literária brasileira que vem se destacando no mercado editorial da última década, como Luís Ruffato, Cíntia Moscovich, Marcelino Freire, Santiago Nazarian, Daniel Galera, Simone Campos, Nélson de Oliveira, e muitos outros, tem permitido que o leitor possa ingressar no “mundo do autor” e conhecer o dia a dia do escritor através de seus blogs e sites.

5Além disso, há sites e portais especializados em literatura,

como o Portal Literal, Literatura e Arte, Cronópios, Rascunho, Releituras e outros, repletos de informações sobre literatura e entrevistas com uma ampla variedade de autores.

6Nos dias atuais, não basta publicar a obra, é preciso também publicar o autor. E grande

parte dessa acessibilidade à figura do escritor tem sido proporcionada pela internet. (...) Muitos questionamentos acerca da resistência dos livros em relação à internet são constantemente elaborados, tanto por leitores comuns quanto por especialistas de várias áreas. O que já sabemos é que

1mesmo com o desaparecimento do livro sendo alardeado há muitos anos,

desde que obras digitalizadas começaram a aparecer na internet, as obras impressas não sumiram das editoras nem das livrarias.

11Pelo contrário, o número de editoras tem crescido

consideravelmente no Brasil. As vantagens que o advento da internet ofereceu ao ressurgimento dos livros nessa era de tecnologia e modernização não são poucas. Contudo, não podemos afirmar que se lê menos hoje do que há décadas. É possível que se leia de forma diferente. Agora há mais informações, textos mais diversificados, o leitor pode escolher e selecionar o que realmente quer ler. Claro que há aqueles que não dispensam os livros, as páginas, o cheiro, a história no papel impresso.

8Não

podemos negar que é excitante possuir um livro nas mãos e lê-lo. 7Mas também,

2por outro lado,

não podemos duvidar que a internet nos possibilita a leitura de livros que não poderiam chegar às nossas mãos a não ser por ela. (Revista Conhecimento Prático. Março/2010.p.24-28.) Leia com atenção o fragmento a seguir retirado do texto acima: “Pesquisas recentes indicam que o número de obras literárias de poesia e ficção tem crescido consideravelmente dentro do espaço cibernético nos últimos anos.” (ref. 13) Sobre esse fragmento, só não se pode afirmar que: a) há duas orações e uma frase. b) ocorrem três circunstâncias adverbiais. c) trata-se de um período composto por coordenação e subordinação. d) há uma conjunção integrante.

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Questão 7

Observe, nos seguintes períodos, as orações que contêm verbo no gerúndio:

a) Estando as meninas em Araxá, foi Ronaldo ter com elas.

b) Sendo o aluno um jovem estudioso, deverá facilmente obter aprovação.

c) Sendo brasileiro o advogado, poderei atendê-lo; caso contrário, não.

Essas orações são subordinadas adverbiais. Assinale a alternativa que indique respectivamente a

circunstância de cada uma. Em seguida, reescreva as orações acima desenvolvendo-as, para

isso introduza uma conjunção subordinativa adverbial que dê o sentido da frase. Faça as

adaptações necessárias.

a) Causa, causa, consequência. b) Tempo, causa, finalidade. c) Consequência, concessão, finalidade. d) Tempo, causa, condição. e) Condição, finalidade, tempo.

1º: A: 2º: B: 3º: C:

Questão 8

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Os cinco sentidos

Os sentidos são dispositivos para a interação com o mundo externo que têm por função

receber informação necessária à sobrevivência. É necessário ver o que há em volta para poder

evitar perigos. O tato ajuda a obter conhecimentos sobre como são os objetos. O olfato e o

paladar ajudam a catalogar elementos que podem servir ou não como alimento. O movimento dos

objetos gera ondas na atmosfera que são sentidas como sons.

As informações, baseadas em diferentes fenômenos físicos e químicos, apresentam-se na

natureza de formas muito diversas. Os sentidos são sensores cujo desígnio é perceber, de modo

preciso, cada tipo distinto de informação. A luz é parte da radiação magnética de que estamos

rodeados. Essa radiação é percebida através dos olhos. O tato e o ouvido baseiam-se em

fenômenos que dependem de deformações mecânicas. O ouvido registra ondas sonoras que se

formam por variações na densidade do ar, variações que podem ser captadas pelas deformações

que produzem em certas membranas. Ouvido e tato são sentidos mecânicos. Outro tipo de

informação nos chega por meio de moléculas químicas distintas que se desprendem das

substâncias. Elas são captadas por meio dos sentidos químicos, o paladar e o olfato. Esses se

constituem nos tradicionais cinco sentidos que foram estabelecidos já por Aristóteles.

(SANTAELLA, Lucia. Matrizes da Linguagem e Pensamento. São Paulo: Iluminuras, 2001).

a) O segundo parágrafo do texto, tendo em vista sua organização sintática, constitui-se

basicamente de orações complexas, isto é, principais, seguidas por orações:

a) substantivas e adverbiais. b) adjetivas e adverbiais. c) adverbiais. d) adjetivas. e) substantivas. b) Como se classificam as palavras destacadas no texto?

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Questão 9

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia a seguir alguns trechos do capítulo 36, da obra SÃO BERNARDO, de Graciliano Ramos, e

responda às questões.

"Foi aí que me surgiu a ideia esquisita de, com o auxílio de mais entendidas que eu,

compor esta história. A ideia gorou, o que já declarei. Há cerca de quatro meses, porém, enquanto

escrevia a certo sujeito de Minas, recusando um negócio confuso de porcos e gado zebu, ouvi um

grito de coruja e sobressaltei-me."

(...)

De repente voltou-me a ideia de construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e,

depois de vacilar um instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo.

Desde então procuro descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando

cachimbo e bebendo café, à hora em que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tinge

de preto.

(...)

Anteontem e ontem, por exemplo, foram dias perdidos: Tentei de balde canalizar para

termo razoável esta prosa que se derrama como a chuva da serra, e o que me apareceu foi um

grande desgosto. Desgosto e a vaga compreensão de muitas coisas que sinto.

Leia com atenção as afirmações a seguir:

I. Em "Há cerca de quatro meses...", se empregássemos o verbo HAVER por FAZER, teríamos:

"Fazem cerca de quatro meses".

II. Em "fumando cachimbo e bebendo café", há paralelismo sintático e ambas as orações são

subordinadas adverbiais temporais, reduzidas de gerúndio.

III. A oração "que me apareceu" é subordinada adjetiva, iniciada pejo conectivo "que", pronome

relativo, cuja função sintática é sujeito.

Podemos considerar corretas as informações:

a) I e II apenas; b) II e III apenas; c) I e III apenas; d) todas; e) nenhuma.

Questão 10

DOIS VERSOS PARA GRETA GARBO

O teu sorriso é imemorial como as Pirâmides

e puro como a flor que abriu na manhã de hoje.

(Mário Quintana)

Assinale a alternativa correta sobre o texto:

a) O poeta descreveu o sorriso por meio de duas orações subordinadas adverbiais comparativas e uma oração subordinada adjetiva restritiva.

b) A flor com a qual se compara o sorriso da mulher é toda flor de toda manhã da vida do poeta. c) O poeta fala da mulher, musa inspiradora, mas não a posiciona como sua interlocutora.

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d) Os termos que têm a função sintática de predicativo do sujeito insinuam figuras de um leve erotismo na descrição do sorriso da mulher.

e) A oração subordinada adjetiva explicativa, que abriu na manhã de hoje, expande o conceito de flor, a que é comparado o sorriso.

Questão 11

Leia a charge:

Na fala da personagem, a concordância verbal está em desacordo com a norma-padrão da língua portuguesa. a) Explique por que a concordância na frase está em desacordo com a norma-padrão,

esclarecendo o que pode levar os falantes a adotá-la. b) Escreva duas versões da frase da charge: na primeira, substitua a expressão “a gente” por

“Nosso clube é um dos que”; na segunda, substitua o verbo “ter” pela locução “deve haver” e passe para o plural a expressão “uma proposta irrecusável”.

Questão 12

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: VAGABUNDO

Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, Fumando meu cigarro vaporoso; Nas noites de verão namoro estrelas; Sou pobre, sou mendigo e sou

1ditoso!

Ando roto, sem bolsos nem dinheiro Mas tenho na viola uma riqueza: Canto à lua de noite serenatas, E quem vive de amor não tem pobreza. (...) Oito dias lá vão que ando cismado Na donzela que ali defronte mora. Ela ao ver-me sorri tão docemente! Desconfio que a moça me namora!... Tenho por meu palácio as longas ruas; Passeio a gosto e durmo sem temores; Quando bebo, sou rei como um poeta, E o vinho faz sonhar com os amores. O degrau das igrejas é meu trono, Minha pátria é o vento que respiro, Minha mãe é a lua macilenta,

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E a preguiça a mulher por quem suspiro. Escrevo na parede as minhas rimas, De painéis a carvão adorno a rua; Como as aves do céu e as flores puras Abro meu peito ao sol e durmo à lua. (...) Ora, se por aí alguma bela Bem doirada e amante da preguiça Quiser a

2nívea mão unir à minha,

Há de achar-me na Sé, domingo, à Missa. Álvares de Azevedo Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. 1ditoso − feliz

2nívea − branca

a) Na frase: Oito dias lá vão que ando cismado (v. 9) Justifique a flexão do verbo na terceira pessoa do plural. Em seguida, reescreva o verso, de acordo com a norma-padrão, substituindo o verbo “ir” pelo verbo “fazer”. b) Como se classificam as orações destacadas abaixo retiradas do poema:

I. “Mas tenho na viola uma riqueza”:

II. “Na donzela que ali defronte mora.”:

III. “Desconfio que a moça me namora!... ”:

IV. “Passeio a gosto e durmo sem temores; ”:

V. “Quando bebo, sou rei como um poeta, ”:

VI. “Minha pátria é o vento que respiro, ”:

VII. “Como as aves do céu e as flores puras”:

Questão 13

Leia o texto abaixo:

A imaginação A imaginação é provavelmente a maior força a atuar sobre os nossos sentimentos – maior e mais constante do que influências exteriores, como ruídos e visões amedrontadores (relâmpagos e trovões, um caminhão em disparada, um tigre furioso), ou prazer sensual direto, inclusive mesmo os intensos prazeres da excitação sexual. O que esteja realmente acontecendo é, para um ser humano, apenas uma pequena parte da realidade; a maior parte é o que ele imagina em conexão com as vistas e sons do momento.

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A imaginação constitui o seu mundo. O que não quer dizer que seu mundo seja uma fantasia, sua vida um sonho, nem qualquer outra coisa assim, poética e pseudofilosófica. Isso significa que o seu “mundo” é maior do que os estímulos que o cercam; e a medida deste, o alcance de sua imaginação coerente e equilibrada. O ambiente de um animal consiste das coisas que lhe atuam sobre os sentidos. Coisas ausentes, que ele deseje ou tema, provavelmente não têm substitutos em sua consciência, como as imagens de tais coisas na nossa, mas aparecem, quando por fim o fazem, como satisfações de necessidades imperiosas, ou como crises em seu espreitar e reagir mais ou menos constante. [...] No centro da experiência humana, portanto, existe sempre a atividade de imaginar a realidade, concebendo-lhe a estrutura através de palavras, imagens ou outros símbolos, e assimilando-lhe percepções reais à medida que surgem – isto é, interpretando-as à luz das ideias gerais, usualmente tácitas. Esse processo de interpretação é tão natural e constante que sua maior parte decorre de modo inconsciente. LANGER, Suzanne K. Ensaios filosóficos. São Paulo: Cultrix, 1971. p.132-133; 135-136. Apud ARANHA, M. L. de Arruda & MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2003. p. 367. a) Segundo o texto, quais são os dois componentes usados pelas pessoas para interpretar o

mundo? b) Há dois desvios gramaticais no período abaixo. Reescreva-o, fazendo as devidas correções.

Coisas ausentes não interferem no comportamento dos animais, onde eles só temem o que lhes despertam os sentidos.

Questão 14

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

São Paulo 10 de Novembro, 1924

Meu caro Carlos Drummond

(...) Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é

indiferente. Eu tanto aprecio uma boa caminhada a pé até o alto da Lapa como uma tocata de

Bach e ponho tanto entusiasmo e carinho no escrever um dístico que vai figurar nas paredes dum

bailarico e morrer no lixo depois como um romance a que darei a impassível eternidade da

impressão. Eu acho, Drummond, pensando bem, que o que falta pra certos moços de tendência

modernista brasileiros é isso: gostarem de verdade da vida. Como não atinaram com o verdadeiro

jeito de gostar da vida, cansam-se, ficam tristes ou então fingem alegria o que ainda é mais idiota

do que ser sinceramente triste. Eu não posso compreender um homem de gabinete e vocês todos,

do Rio, de Minas, do Norte me parecem um pouco de gabinete demais. Meu Deus! se eu

estivesse nessas terras admiráveis em que vocês vivem, com que gosto, com que religião eu

caminharia sempre pelo mesmo caminho (não há mesmo caminho pros amantes da Terra) em

longas caminhadas! Que diabo! estudar é bom e eu também estudo. Mas depois do estudo do

livro e do gozo do livro, ou antes vem o estudo e gozo da ação corporal. (...) E então parar e puxar

conversa com gente chamada baixa e ignorante! Como é gostoso! Fique sabendo duma coisa, se

não sabe ainda: é com essa gente que se aprende a sentir e não com a inteligência e a erudição

livresca. Eles é que conservam o espírito religioso da vida e fazem tudo sublimemente num ritual

esclarecido de religião. Eu conto no meu "Carnaval carioca" um fato a que assisti em plena

Avenida Rio Branco. Uns negros dançando o samba. Mas havia uma negra moça que dançava

melhor que os outros. Os jeitos eram os mesmos, mesma habilidade, mesma sensualidade mas

ela era melhor. Só porque os outros faziam aquilo um pouco decorado, maquinizado, olhando o

povo em volta deles, um automóvel que passava. Ela, não. Dançava com religião. Não olhava pra

lado nenhum. Vivia a dança. E era sublime. Este é um caso em que tenho pensado muitas vezes.

Aquela negra me ensinou o que milhões, milhões é exagero, muitos livros não me ensinaram. Ela

me ensinou a felicidade.

ANDRADE, Mário de. A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de

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Andrade. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, pp. 3-5.

"Inúmeros são os casos de troca de correspondência entre artistas, escritores, músicos, cineastas,

teatrólogos e homens comuns em nossa tradição literária. Mário de Andrade, por exemplo, foi

talvez o maior de nossos missivistas. Escreveu e recebeu cartas de Manuel Bandeira, Carlos

Drummond de Andrade, Tarsila do Amaral, Câmara Cascudo, Pedro Nava, Fernando Sabino, só

para citar alguns. O conjunto de sua correspondência não só nos ajuda a conhecer o seu

pensamento, seus valores e sua própria vida, como também entender boa parte da história e da

cultura brasileira do século XX."

DINIZ, Júlio. "Cartas: narrativas do eu e do mundo" In: Leituras compartilhadas - cartas. Fascículo

especial 2, ano 4. Rio de Janeiro: Leia Brasil / Petrobras, 2004, p.10.

A partir da leitura do trecho da carta de Mário a Drummond e do comentário anterior, responda

aos seguintes itens:

a) Segundo o autor, do fato de certas pessoas não terem gosto verdadeiro pela vida decorrem

algumas consequências. Quais são elas?

b) Observando a concordância nominal empregada em cada um dos enunciados a seguir, aponte

as diferenças de significado existentes entre eles.

A - moços de tendência modernista brasileiros;

B - moços de tendência modernista brasileira.

Questão 15

a) Explique por que as frases de cada par seguinte têm "comportamento" diferentes quanto a

concordância nominal:

I. Comida é bom.

Uma comida sem gordura é boa à saúde.

II. É proibido entrada.

É proibida a entrada de estranhos.

b) Verifique a concordância nominal das frases abaixo e use o código “C ” para as alternativas

corretas e “I ” para as incorretas, em seguida, corrija as frases incorretas.

a) ( ) Percorria bosques e montanhas nevados.

b) ( ) Nas noites frias, usávamos meias e casacos grossos.

c) ( ) Víamos, ao longe, os carneiros e o roseiral floridos.

d) ( ) O juiz declarou inocente o réu e a sua cúmplice.

e) ( ) Que assim mereça eterno nome e glória.

f) ( ) Ofereci-lhe perfumados rosas e lírios.

g) ( ) Os alunos mesmo pediram repetição da aula.

h) ( ) Foi necessário termos bastante cuidados na viagem.

i) ( ) Os crimes de lesos-patriotismos não são definidos em lei.

j) ( ) Aos vinte anos, já estava quite de suas obrigações militares.

k) ( ) Admiro-os: são rapazes que se fizeram por si só.

l) ( ) Anexas à carta, seguirão as listas de preço.

Questão 16

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Na Bélgica, presidenta destaca diversidade cultural brasileira

Na abertura do Festival 1Europalia, em Bruxelas, a presidenta Dilma Rousseff fez uma

homenagem à diversidade cultural do Brasil, que estará presente em manifestações artísticas e culturais na capital da Bélgica. Segundo ela, são exposições desde a pré-colonização até a “vanguarda mais experimental em mais de 400 atividades envolvendo as mais variadas linguagens artísticas e manifestações regionais do país”.

Para a presidenta Dilma, a cultura é a expressão maior da alma de uma sociedade e, no momento em que o mundo precisa reaprender a importância do diálogo, o Brasil e a América do Sul têm a oferecer a capacidade de conviver em paz nessa diversidade.

“A diversidade cultural do Brasil integra nossas raízes históricas. 2Somos um país mestiço,

no qual migrantes de todas as regiões do mundo somam-se às três matrizes onde surgiram o povo brasileiro: a indígena, a europeia e a africana. Eis uma mistura que nos orgulha e define.

3Os

brasileiros orgulham-se muito de seu patrimônio cultural e de suas tradições populares, mas também ousam reinventá-los e reinterpretá-los. Mostraremos aqui, na Europalia,

4um pouco dessa

cultura viva em movimento permanente.” 5A presidenta avaliou ainda que o Festival Europalia poderá contribuir para que a Europa

supere “os percalços do momento”. Além disso, acrescentou, “é mais um passo no aprofundamento do conhecimento mútuo, fundamental para a construção do mundo mais democrático, aberto e plural que todos queremos”. (Disponível em blog.planalto.gov.br. Acesso: terça-feira, 4 de outubro de 2011.) 1 Europalia: Festival Internacional de Cultura da Europa, que homenageia, este ano, o Brasil.

No terceiro parágrafo do texto, observa-se o uso de uma concordância verbal que não obedece à linguagem formal. a) Transcreva o trecho em que ocorre esse uso. b) Reescreva o trecho transcrito no item anterior de forma que a concordância fique adequada a

um contexto formal.

LITERATURA

MATÉRIA A SER ESTUDADA

VOLUME CAPÍTULO ASSUNTO

1 3 VANGUARDAS EUROPEIAS - Futurismo e Cubismo

2 6 HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA - Alberto Caeiro e R.

Reis

2 7 HETERÔNIMOS DE FERNANDO PESSOA - Álvaro de Campos

3 8 MODERNISMO NO BRASIL - Semana de 22

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3 9 MÁRIO DE ANDRADE E OSWALD DE ANDRADE

3 11 GERAÇÃO DE 30 - José Lins do Rego e Rachel de Queiroz

4 12 PROSA: Jorge Amado e Erico Verissimo

4 13 PROSA: Graciliano Ramos

5 16 POESIA: Carlos Drummond de Andrade

5 17 PROSA: Clarice Lispector

5 18 PROSA: Guimarães Rosa

5 19 POESIA: João Cabral de Melo Neto

Leituras obrigatórias:

- A hora e vez de Augusto Matraga, de João Guimarães Rosa.

- Caminhos cruzados, de Erico Verissimo.

- Terra sonâmbula, de Mia Couto.

LISTA DE EXERCÍCIOS

OBS.: Os exercícios de múltipla escolha deverão ser justificados.

1. A visão de Guernica é a visão da morte em ação; o pintor não assiste ao fato com terror e piedade, mas está dentro do fato, não celebra nem se compadece das vítimas, mas está entre as vítimas. Com ele morre a arte, a civilização ‘clássica’, a arte e a civilização cuja meta era o conhecimento, a compreensão plena da natureza e da história. (...) Com Les Demoiselles d’Avignon, Picasso detonava, desintegrava a linguagem tradicional da pintura; com Guernica, detonava a linguagem cubista. Comente essa afirmação do crítico e historiador da arte Giulio Carlo Argan, comparando Guernica, realizada em 1937, com o trabalho anterior de Pablo Picasso. Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo.... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,

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Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. (PESSOA, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1983. p.142.)

2. Explique, por meio do conhecimento de Fernando Pessoa e sua obra: a) O conceito de “heteronímia”. b) A importância de Alberto Caeiro em relação aos demais heterônimos. c) A partir do poema acima, explique as características da poesia de Caeiro, considerando

também a história de vida desse heterônimo. Saudação a Walt Whitman Que nenhum filho da... se me atravesse no caminho! O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim! Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo É comigo, com Deus, com o sentido-eu da palavra Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja de Infinito... Pra frente! Meto esporas! Porque eu, por minha vontade de me consubstanciar com Deus, Posso ser tudo, ou ser nada, ou qualquer coisa, Conforme me der na gana... Ninguém tem nada com isso... Loucura furiosa! Vontade de ganir, de saltar, De urrar, zurrar, dar pulos, pinotes, gritos com o corpo, De me cramponner* às rodas dos veículos e meter por baixo, De me meter adiante no giro do chicote que vai bater, De ser a cadela de todos os cães e eles não bastam * incorporar

3. Comparado aos outros heterônimos, Álvaro de Campos revela, no conjunto, um aspecto absolutamente inovador, relacionado ao pensamento moderno e ao início do século XX. Considerando o fragmento anterior, localize esse aspecto na poesia do heterônimo.

4. “A ambição do grupo [modernista] era grande: educar o Brasil, curá-Io do analfabetismo letrado,

e, sobretudo, pesquisar uma maneira nova de expressão, compatível com o tempo do cinema, do telégrafo sem fio, das travessias aéreas intercontinentais".

(Boaventura, M. E. A Semana de Arte Moderna e a Crítica Contemporânea: vanguarda e modernidade nas artes brasileiras. Conferência - IEL-Unicamp, 2005, p.5-6. Fonte: http://www.iar.unicamp.br/dap/vanguarda/artigos.html).

Conforme o trecho acima e os conhecimentos sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 e o modernismo brasileiro subsequente, é correto afirmar a. A Semana de 1922 marcou o modernismo inspirado em vanguardas europeias, buscando uma nova arte com uma identidade brasileira experimental, miscigenada, antropofágica e cosmopolita. O movimento ceIebrava o progresso da nação, simbolizado pelo desenvolvimento da cidade de São Paulo. b. A Semana foi o grande marco da arte moderna brasileira, caracterizando-se pela busca por uma imitação do surrealismo e do cubismo, realizada por acadêmicos em constante contato com os artistas europeus. c. A Semana de 1922 somou-se ao regionalismo nordestino para mostrar as raízes da cultura brasileira, recusando qualquer interferência da arte estrangeira. Os modernistas fizeram, com isso, uma forte crítica à modernização e a alfabetização brasileira.

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d. Monteiro Lobato e Mário de Andrade lideraram a Semana de 1922, que teve o intuito de aliar as produções mais recentes no campo da música, literatura e artes plásticas futuristas com as obras tradicionalistas da arte brasileira. e. Os modernistas passaram a se organizar, depois da Semana de 1922, para efetivar uma arte revolucionária nos moldes do realismo soviético, pois acreditavam na conscientização da população para uma mudança no poder.

5. A partir das frases abaixo, extraídas do Manifesto Pau-Brasil, de autoria de Oswald de Andrade, explique quais eram as características da primeira fase modernista (1922-1930) I. “A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos”. II. “A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos”. III. “Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres”. IV. “O contrapeso da originalidade nativa para inutilizar a adesão acadêmica”. Leia o poema abaixo, de Oswald de Andrade e responda à próxima questão: erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português 6. A partir da leitura do poema erro de português, indique características literárias de Oswald de Andrade, relacionando-as à primeira fase modernista. Texto para a questão 6, referente à obra Macunaíma, de Mário de Andrade. Ci, mãe do mato O herói vivia sossegado. Passava os dias marupiara1 na rede matando formigas taioca2, chupitando golinhos estalados de pajuari3 e quando agarrava cantando acompanhado pelos sons gotejantes do cotcho4, os matos reboavam com doçura adormecendo as cobras os carrapatos os mosquitos as formigas e os deuses ruins. De-noite Ci chegava rescendendo resina de pau, sangrando das brigas e trepava na rede que ela mesmo tecera com fios do cabelo. Os dois brincavam e depois ficavam rindo um pro outro. Ficavam rindo longo tempo, bem juntos. Ci aromava tanto que Macunaíma tinha tonteiras de moleza. – Puxa! como você cheira, benzinho! que ele murmuriava gozado. E escancarava as narinas mais. Vinha uma tonteira tão macota5 que o sono principiava pingando das pálpebras dele. Porém a Mãe do Mato inda não estava satisfeita não e com um jeito de rede que enlaçava os dois convidava o companheiro pra mais brinquedo. Morto de soneira, infernizado, Macunaíma brincava pra não desmentir a fama só, porém quando Ci queria rir com ele de satisfação: – Ai! que preguiça!... que o herói suspirava enfarado. E dando as costas pra ela adormecia bem. Mas Ci queria brincar inda mais... Convidava convidava... O herói ferrado no sono. Então a Mãe do Mato pegava na txara6 e cotucava o companheiro. Macunaíma se acordava dando grandes gargalhadas estorcegando de cócegas.

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– Faz isso não, oferecida! – Faço! – Deixa a gente dormir, seu bem... – Vamos brincar. – Ai! que preguiça!... E brincavam mais outra vez. 7. Com base no conhecimento de Macunaíma, infere-se que (assinale V para verdadeiro ou F para falso . Em seguida, explique as alternativas falsas): ( ) Seu enredo pode ser assim resumido: partindo do interior da selva amazônica rumo a São Paulo para recuperar o amuleto que ganhara de Ci, Macunaíma participa de várias façanhas com seus irmãos, até resgatar a muiraquitã das mãos do gigante Piaimã. Enganado pela Uiara, o “herói” vê- -se novamente sem a muiraquitã. Desiludido e sozinho, Macunaíma resolve subir ao céu, […] para a constelação da Ursa Maior. ( ) O escritor pretendeu focalizar os vários aspectos da religiosidade e das crenças do povo brasileiro. ( ) Foi chamada de rapsódia, porque, na construção da narrativa, são utilizadas lendas e mitos indígenas, anedotas populares e outros elementos que compõem o imaginário cultural nacional, lembrando a rapsódia musical, elaborada com temas de origem popular ou tradicional. ( ) A obra tem como suporte mitológico único as tradições míticas dos índios tupis. ( ) Seu subtítulo é „herói sem nenhum caráter‟, pois o personagem não tinha caráter definido: era preguiçoso, esperto, irreverente, simpático, valente e covarde. ( ) Foi classificada pelo autor como rapsódia, por sua natureza eminentemente épica. Representa a identificação do autor com o nacionalismo primitivista. 8. Em relação à primeira fase modernista, quais as modificações que a segunda fase modernista

(1930-1945) apresenta? Cite autores e obras que comprovem sua resposta. LEGENDA DO QUADRO: Tarsila do Amaral: Operários. Óleo sobre tela, 150 x 205 cm, Palácio Boa Vista. 9. Que relação pode ser estabelecida entre a obra Operários (1933), de Tarsila do Amaral, e a segunda fase modernista (1930-1945). Leia o trecho abaixo, pertencente à obra Capitães da Areia, de Jorge Amado e responda:

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Sr. Redator:

Desculpe os erros e a letra pois não sou costumeira nestas coisas de escrever (...) Vi no reformatório que eu escrevo estas mal traçadas linhas. Eu queria que seu jornal mandasse uma pessoa ver o tal do reformatório para ver como são tratados os filhos dos pobres que têm a desgraça de cair nas mãos daqueles guardas sem alma. (...) O menos que acontece pros filhos da gente é apanhar duas e três vezes por dia. O diretor de lá vive caindo de bêbedo e gosta de ver o chicote cantar nas costas dos filhos dos pobres. Eu vi isso muitas vezes porque eles não ligam pra gente e diziam que era para dar exemplo. Foi por isso que tirei meu filho de lá. Se o jornal do senhor mandar uma pessoa lá, secreta, há de ver que comida eles comem, o trabalho de escravo que têm, que nem um homem forte aguenta, e as surras que tomam. Mas é preciso que vá secreto senão se eles souberem vira um céu aberto. Vá de repente e há de ver quem tem razão. É Eu prefiro ver meu filho no meio deles que no tal reformatório.

(AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das letras, 2009; p. 16.)

10. A partir do trecho acima, explicite a indignação do emissor da carta. Em seguida, explique por que, de acordo com a ideologia de Jorge Amado, a obra Capitães da Areia é significativa na produção da prosa da segunda fase modernista. Leia os dois textos abaixo para responder às questões 11 e 12. Texto I Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. (...) Tinha aqueles cambões pendurados ao pescoço. De- veria continuar a arrastá-los? Sinhá Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo.

(Graciliano Ramos. Vidas Secas. São Paulo: Martins. 23-a ed., 1969. p. 75.)

Texto II Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro, enigmático, impermeável. Não há solução fácil para uma tentativa de incorporação dessa figura no campo da ficção. É lidando com o impasse, ao invés de fáceis soluções, que Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituição de narrador em que narrador e criaturas se tocam, mas não se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda é visto como um ser humano de segunda categoria, simples de- mais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente com- plexos. O que Vidas Secas faz é, com pretenso não envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plena- mente capazes.

(Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São Paulo: USP, n-o 2, 2001. p. 254.)

11. A partir do trecho de Vidas Secas (texto I) e das informações do texto II, relativas às concepções artísticas do romance social de 1930, avalie as seguintes afirmativas. I. O pobre, antes tratado de forma exótica e folclórica pelo regionalismo pitoresco, transforma-se em protagonista privilegiado do romance social de 30. II. A incorporação do pobre e de outros marginalizados indica a tendência da ficção brasileira da década de 30 de tentar superar a grande distância entre o intelectual e as camadas populares. III. Graciliano Ramos e os demais autores da década de 30 conseguiram, com suas obras, modificar a posição social do sertanejo na realidade nacional. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II.

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c) III. d) I e II. e) II e III. 12. No texto II, verifica-se que o autor utiliza a) linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composição de Vidas Secas, a relação entre o escritor e o personagem popular.

b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.

c) linguagem coloquial, para narrar coerente- mente uma história que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca.

d) linguagem formal com recursos retóricos próprios do texto literário em prosa, para analisar determinado momento da literatura brasileira.

e) linguagem regionalista, para transmitir informações sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o entendimento do texto.

Leia o trecho a seguir, pertencente ao livro A hora da estrela, de Clarice Lispector:

Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe: — E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear? — Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de idéia. — E, se me permite, qual é mesmo a sua graça? — Macabéa. — Maca — o quê? — Bea, foi ela obrigada a completar. — Me desculpe mas até parece doença, doença de pele. — Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é... — Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra. Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado: — Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor? Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.

13. Neste excerto, as falas de Olímpico e Macabéa:

a) aproximam-se do cômico, mas, no âmbito do livro, evidenciam a oposição cultural entre a mulher nordestina e o homem do sul do País.

b) demonstram a incapacidade de expressão verbal das personagens, reflexo da privação econômica de que são vítimas.

beiram às vezes o absurdo, mas, no contexto da obra, adquirem um sentido de humor e sátira social.

d) registram, com sentimentalismo, o eterno conflito que opõe os princípios antagônicos do Bem e do Mal.

e) suprimem, por seu caráter ridículo, a percepção do desamparo social e existencial das personagens.

Leia o texto pertencente à obra de Guimarães Rosa e responda às questões 14 e 15:

o o n o t r us o us istin o, tu o á sp r n s pr u il gr poss v l, o un o s r solv s, s n o t us, á- g nt p r i os no v i-v , vi urr o aberto perigo das grandes e pequ n s or s, n o se podendo facilitar — to os contr os

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c sos n o us, nos gr v s scui r u pouquin o, pois, no i á c rto s, s n o t us, nt o, g nt n o t lic n de coisa nenhuma! Porque existe dor. E a vida do homem stá presa encantoada — rr ru o, á l i s co o ss s, os ninos s

p rn s r os uimarães Rosa, Grande rt o:

Veredas.)

14. ma das principais características da obra de uimarães osa é sua linguagem artificiosamente inventada, barroca até certo ponto, mas instrumento adequado para sua narração, na qual o sertão acaba universalizado. Transcreva um trecho do texto apresentado, onde esse tipo de “invenção” ocorre.

15. Transcreva um trecho em que a sintaxe utilizada por osa configura uma variação ling ística que contraria o registro prescrito pela língua padrão. Em seguida, explique, considerando as características da obra de Guimarães, a escolha por esse tipo de registro.

16. Sobre a obra de João Cabral de Melo Neto, assinale a alternativa incorreta. a) Em parte de sua obra, há poesia de protesto social, de comunicação mais fácil e para ser lida

em voz alta. Própria, portanto, para a encenação ou leitura em auditório, como Morte e vida severina. b) Escreve poesia sobre poesia (metalinguística), preocupada com a investigação crítica do ato

criativo e mais elaborada formalmente, destinada a leitura (ou releitura) solitária. c) No princípio, sua poesia apresentou influências do Surrealismo, do Futurismo e do

Expressionismo. d) Criou um estilo considerado seco e antilírico, com uso de rimas toantes. e) Empenhou-se em construir textos sem sentimentalidades nem conteúdos emotivos óbvios.

Essa particularidade estilística pode ser observada tanto nos poemas de orientação metalinguística

quanto nos poemas de denúncia social, dentre os quais o mais popular é Morte e vida severina. 17. Sobre a obra Caminhos Cruzados, de Erico Verissimo, e seu contexto de escrita, pode-se dizer que está incorreto: a) Nesse período os autores passaram a inserir, literariamente, posturas ideológicas. Erico Verissimo foi um desses autores e, ao lançar Caminhos Cruzados, foi considerado comunista. b) Focaliza problemas que ainda hoje podem ser considerados relevantes ao expor a realidade das desigualdades materiais e as diferenças de objetivos e interesses. c) Caminhos Cruzados é um romance urbano e psicológico. O livro faz uma análise crítica da realidade da época. d) Como o próprio título diz, Caminhos Cruzados é na verdade um livro que traz diversos núcleos de personagens diferentes, diversas família diferentes. A história se passa em Porto Alegre e as desigualdades sociais marcantes entre as famílias ricas e moralistas são mostradas da mesma forma que as das famílias pobres e sofredoras. e) A história se passa em seis dias, começa num sábado e termina uma quinta-feira. Os capítulos são curtos, as histórias são intercaladas. O narrador é onisciente e o protagonista é o professor Clarimundo, que desejava escrever um romance a partir da observação de uma estrela, Sírio. 18. Sobre a obra Caminhos Cruzados, pode-se dizer que há relação direta entre os seguintes personagens: a) Clarimundo - Chinita - Salu - João Benévolo. b) Zé Maria - Madruga - Vera - Armênio. c) Cacilda - Salu - Chinita - Vera. d) Eudóxia - Cacilda - Noel - Madruga. e) Pedrinho - Angélica - Luísa - Laurentina. Texto para a próxima questão: Considere os seguintes versos, que fazem parte de um poema em que Carlos Drummond de Andrade fala de Guimarães Rosa e de sua obra: (...) ou ele mesmo [Guimarães Rosa] era a parte de gente

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servindo de ponte entre o sub e o sobre' que se arcabuzeiam de antes do princípio, que se entrelaçam para melhor guerra, para maior festa? Nota: arcabuzeiam = lutam com arcabuzes, espingardas) 19. A luta entre Augusto Matraga e Joãozinho Bem-Bem (do conto "A hora e vez de Augusto Matraga") apresenta, conjugados, os aspectos de guerra e de festa referidos nos versos de Drummond. Explique, com base na leitura do conto, essa afirmação. 20. No livro Terra sonâmbula, tanto Kindzu quanto Muidinga buscam, no presente, algo que se relaciona a seus passados e a suas andanças. O que cada um deles procura exatamente no momento em que se cruzam? Como ocorre o cruzamento desses dois destinos?