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Projeto de Pesquisa de Doutorado Semiótica Computacional, Comportamento e Aprendizagem aplicados em Agentes Paraconsistentes Valdemir Silva Souza Orientador: Ricardo Ribeiro Gudwin Resumo: O propósito deste trabalho é simular, por meio de agentes situados comunicativos, a emergência de linguagem com propriedades da matematização da sintática, semântica e semiótica utilizando a lógica paraconsistente, a partir de símbolos fundamentados (grounded) nas capacidades sensório-motoras destes agentes, e em suas interações com o ambiente e outros agentes. Para contemplar o propósito se fará uso da transdisciplinaridade para obter os fundamentos necessários no espaço de coesão dos saberes diferentes, correlacionados entre as ciências. O futuro aplicativo irá simular algumas funções do inconsciente humano, cujos objetivos são os estudos cognitivos nas áreas: da psicologia, psicanálise, pedagogia, matemática, física e computação. Antes de definir os processos auxiliares as áreas citadas são necessárias compreender os fundamentos do projeto, que se contextualiza a partir dos estudos e origens das emoções com Willian James onde é encontrado as emoções básicas até um conjunto de emoções definidas e atualizadas. Fazendo uso das tecnologias como a teoria dos conjuntos e da teoria de grupos foi possível obter os conjuntos fundamentais baseados nas classificações das emoções e encontrar suas categorias e grupos. Cada emoção tem seu oposto explícito ou não, dessa forma os critérios estabelecidos nas simetrias são respeitados. Para a utilização desses arranjos, é necessário buscar o conhecimento da psicanálise com as abordagens dos seminários e das clínicas de Jacques Lacan (1901- 1981), desde a compreensão das leis do inconsciente as suas partículas elementares que são os significantes até a construção dos matemas de Lacan. A partir desse contexto, foi possível a exposição do conceito de Arquétipo Dual Humano – ADH, formado por Arquétipos Humanos análogos as definições e classificações das emoções humanas. Lacan fez uso da matemática, lógica e lingüística para elaborar uma psicanálise freudiana contemporânea, criando topologias que representassem as ações do sujeito. A aplicação computacional dos matemas acontecerá com a exploração dos conceitos da semiótica computacional, sendo que sua componente lógica terá a aplicação da lógica paraconsistente, que tem a função de descrever cada um dos ADHs e seu matemas respectivo. O objetivo deste trabalho é a tomada de decisão dos agentes inteligentes através das três dimensões: sintática, semântica e pragmática, nas ações colaborativas entre entidades digitais funcionais diante da execução de determinadas tarefas, a priori simples, com recursos a futuras ações complexas. A proposta é o desenvolvimento de um framework teórico e formal, baseados em headsets, denominados headmatemas, baseado nos matemas, processados numa rede neural artificial paraconsistente: Fundamentadas na aquisição de conhecimento, aprendizagem e reconhecimento de padrões e práticas colaborativas, cujas funcionalidades sejam adquirir linguagem com significação própria, determinadas pelas interações sensórias, atuativas e colaborativas as tomadas de decisões com outros agentes em determinados ambientes. Palavras Chave: Agentes Autônomos, Comunicação, Linguagem, Matemas, Lógica Paraconsistente, Cognição Situada 1

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Projeto de Pesquisa de Doutorado

Semiótica Computacional, Comportamento e Aprendizagem aplicados em Agentes Paraconsistentes

Valdemir Silva Souza

Orientador: Ricardo Ribeiro Gudwin

Resumo: O propósito deste trabalho é simular, por meio de agentes situados comunicativos, a emergência de linguagem com propriedades da matematização da sintática, semântica e semiótica utilizando a lógica paraconsistente, a partir de símbolos fundamentados (grounded) nas capacidades sensório-motoras destes agentes, e em suas interações com o ambiente e outros agentes. Para contemplar o propósito se fará uso da transdisciplinaridade para obter os fundamentos necessários no espaço de coesão dos saberes diferentes, correlacionados entre as ciências. O futuro aplicativo irá simular algumas funções do inconsciente humano, cujos objetivos são os estudos cognitivos nas áreas: da psicologia, psicanálise, pedagogia, matemática, física e computação. Antes de definir os processos auxiliares as áreas citadas são necessárias compreender os fundamentos do projeto, que se contextualiza a partir dos estudos e origens das emoções com Willian James onde é encontrado as emoções básicas até um conjunto de emoções definidas e atualizadas. Fazendo uso das tecnologias como a teoria dos conjuntos e da teoria de grupos foi possível obter os conjuntos fundamentais baseados nas classificações das emoções e encontrar suas categorias e grupos. Cada emoção tem seu oposto explícito ou não, dessa forma os critérios estabelecidos nas simetrias são respeitados. Para a utilização desses arranjos, é necessário buscar o conhecimento da psicanálise com as abordagens dos seminários e das clínicas de Jacques Lacan (1901-1981), desde a compreensão das leis do inconsciente as suas partículas elementares que são os significantes até a construção dos matemas de Lacan. A partir desse contexto, foi possível a exposição do conceito de Arquétipo Dual Humano – ADH, formado por Arquétipos Humanos análogos as definições e classificações das emoções humanas. Lacan fez uso da matemática, lógica e lingüística para elaborar uma psicanálise freudiana contemporânea, criando topologias que representassem as ações do sujeito. A aplicação computacional dos matemas acontecerá com a exploração dos conceitos da semiótica computacional, sendo que sua componente lógica terá a aplicação da lógica paraconsistente, que tem a função de descrever cada um dos ADHs e seu matemas respectivo. O objetivo deste trabalho é a tomada de decisão dos agentes inteligentes através das três dimensões: sintática, semântica e pragmática, nas ações colaborativas entre entidades digitais funcionais diante da execução de determinadas tarefas, a priori simples, com recursos a futuras ações complexas. A proposta é o desenvolvimento de um framework teórico e formal, baseados em headsets, denominados headmatemas, baseado nos matemas, processados numa rede neural artificial paraconsistente: Fundamentadas na aquisição de conhecimento, aprendizagem e reconhecimento de padrões e práticas colaborativas, cujas funcionalidades sejam adquirir linguagem com significação própria, determinadas pelas interações sensórias, atuativas e colaborativas as tomadas de decisões com outros agentes em determinados ambientes.

Palavras Chave: Agentes Autônomos, Comunicação, Linguagem, Matemas, Lógica Paraconsistente, Cognição Situada

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1. Introdução

A proposta deste projeto é correlacionada as diversas iniciativas atuais de investigações recorrentes dos sistemas artificiais, referente a comunicação, linguagem e simulação das emoções humanas. As aplicações da Inteligência Artificial - IA a softwares, equipamentos e robótica já não fazem parte apenas de filmes ou livros de ficção científica como Isaac Asimov, ou domínios de pesquisadores teóricos, por exemplo, os físicos teóricos. Pois, em síntese os sistemas inteligentes computacionais envolvem o estudo de fenômenos naturais de inteligência, cognição e recentemente as emoções, com o intuito de simular, reproduzir ou inspirar-se nestes fenômenos para o desenvolvimento e aprimoramento de modelos e tecnologias computacionais.

Este trabalho trata de dois aspectos: software e robótica - primeiramente, a parte de software é relacionada aos dispositivos existentes de mineração de dados ou texto (SOUZA, CHEN, FAYYAD, 2009, 2001, 1996), reconhecimento de padrões (DA SILVA FILHO, RUSSEL e NORVIG, HAYKIN, FAUSETT, 2008, 2004, 2002, 1994), linguagem natural (ALLEN, CHOMSKY, 1995, 1985), computação afetiva (MIT, PICARD, ELLIOT, 2001, 1998, 1997 ), lógica paraconsistente (DA COSTA , ABE, 1999, 1992-1993, ), semântica (TALMY, HANNE, 2000, 1992) , rede neural artificial, estudos do tempo (SEATT e MASSEY, 1965) (físico e mental), ciência cognitiva (PARTEE, SEARLE, 1999, 1970), aprendizagem de máquina e semiótica (SANTAELLA, MORRIS, PIERCE, 1997, 1971, 1958). A priori, será aplicado em agentes inteligentes numa criatura digital (LOULA, 2004ª, 2004b, 2004c, 2004d), com ênfase na utilização do software como recurso de comunicação e interação homem máquina, por exemplo, no auxílio de especialistas na área de estudos do comportamento e aprendizagem originados por um conjunto de emoções humanas. A parte da robótica ( STEELS, BROOKS, 1995, 1991-1990-1986) e dos agentes inteligentes (ECAGENTS, 2004) está relacionada com a aplicação do software, como descrito numa criatura digital em sua percepção e na tomada de decisão colaborativa entre os agentes diante de uma determinada situação, por exemplo, uma criatura digital após tentativas de mover um objeto pode enviar um comando de ajuda e, ao receber o sinal através de agentes, outra criatura percebe o ambiente e toma a decisão de colaborar e resolver o problema. Outra situação seria uma criatura perceber que deve colaborar com a outra, sem que essa tenha enviado o sinal de pedido de colaboração.

Os avanços na área de tecnologia robótica e IA estão em plena conquistas, pode ser citada como exemplo o robô-criança chamado iCub que possui um metro de altura, que tem como projeto o ITALK (Integration and Transfer of Action na Language Knowledge in Robots), cujo objetivo é ensinar o robô a falar empregando os mesmos métodos que os pais utilizam para ensinar as crianças. Sendo, os experimentos que permitirão que o robô converse com os humanos são coordenados pelos professores Chrystopher Nehamis e Kevstin Dautenhahn, da Universidade de Hertfordshire, Inglaterra.

Questões éticas e filosóficas são necessárias para fundamentar tais avanços tecnológicos, essas discussões irão avançar na direção de garantir no futuro que os robôs e humanos possam conviver pacificamente, preocupações que são descritas no livro (Moral Machines: Teaching robots right from wrong) de Wendell Wallach e Colin Allen. As tentativas de preservar e manter o domínio sobre os robôs, eles criam seis estratégias para a construção de robôs seguros, para evitar que os robôs transformem-se de ajudantes em riscos ambulantes:

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1. Mantenha os robôs em situações de baixo risco, nunca permitindo que eles tomem decisões cujas conseqüências não possam ser previstas de antemão;

2. Submeta os robôs a regras, como as três leis da robótica, de Asimov, que são adequadas, mas insuficientes. Há várias situações em que um robô não poderá decidir adequadamente como seguir as regras. Por exemplo, como um robô cirurgião julgará que um médico está ajudando um paciente e não tentando matá-lo? Ou então, como um robô decidirá qual ordem seguir se dois seres humanos lhe derem ordens conflitantes?

3. Não dê armas aos robôs - um alerta que vem um pouco tarde, uma vez que os Estados Unidos já utilizam ativamente robôs em conflitos armados, dando-lhes inclusive a capacidade de decidir quanto atirar em alguém;

4. Incorpore princípios éticos na programação dos robôs, do tipo, "Trate os outros como você gostaria de ser tratado".

5. Eduque os robôs como se educa as crianças.

6. Ensine os robôs a lidar com as emoções, tornando-os capazes de obter informações não-verbais dos humanos com que eles interajam.

Esse relato é importante, para situar que embora haja a necessidade de robôs inteligentes, que possuam emoções, ou possam enganar e fraudar outros robôs, tudo vem de encontro a minimização dos riscos e esforços humanos, que inclui até explorações de territórios que atualmente estejam impossibilitados de suas descobertas, colonização ou contatos, mesmo assim, a comunidade científica deve tomar certos cuidados. Neste trabalho haverá estudos sistematizados das emoções humanas interpretadas através dos matemas de Lacan transformados em algoritmos computacionais, devem obter melhores resultados no processo de aprendizagem, reconhecimento de padrões, aquisição de conhecimento e tomada de decisão. Relacionados aos fundamentos dos processos e dispositivos de comunicação, interpretação, significação e adaptação tratadas num framework de procesos cognitivos situados e incorporadas.

Para isso, é essencial que os requisitos teóricos sobre os processos de significação, representação, comunicação, percepção e a semiótica (MORRIS, 1971) sejam considerados evitando uma abordagem ingênua. Com este conjunto de requisitos teóricos, juntamente com a aplicação de princípios de sistemas complexos, auto-organização e processos de emergência, propomos estudar e apresentar modelos computacionais mais completos para o processo de emergência de linguagem estruturada em agentes autônomos comunicativos e colaborativos, através de uma lógica trivalente denominada lógica paraconsistente.

2. Contextualização

No contexto deste trabalho, tem-se o estudo das emoções humanas que devem serem simuladas em computação e robótica nas áreas de pesquisas da IA. Foi no final da década de 1980, movimento conhecido como Nova Robótica ou “Nouvelle AI”, que surgiu no laboratório de IA do MIT, a partir dos trabalhos de Rodney Brooks, cujo, trabalho mais ambicioso é o desenvolvimento do robô humanóide COG, que deverá simular pensamentos e emoções humanas (TEIXEIRA, 1998).

Conceituar a emoção em psicologia é bastante difícil, dada as divergências quanto a sua definição. E ainda, demasiadamente as emoções são muitos difíceis de classificar, embora sempre envolvam três componentes (BARLOW, 2008):

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• Emoção e Comportamento são padrões básicos do comportamento emocional, por exemplo, imobilização, fuga, aproximação, ataque que se diferenciam em formas fundamentais de seus aspectos, o comportamento emocional como um meio de comunicação, por exemplo, gestos, olhares, e demais ações físicas, sendo os atos motores característicos de cada emoção;

• Aspectos cognitivos da emoção são avaliações, atribuições e outras maneiras de processar o mundo ao nosso redor e são fundamentais para a experiência emocional, sendo que um sentimento pode ser positivo ou negativo;

• Fisiologia da Emoção é uma função do cérebro que envolve (geralmente) as áreas mais primitivas do cérebro, uma conexão direta entre essas áreas e os olhos pode permitir ao processo emocional ignorar os processos cognitivos mais elevados, devido aos ajustes fisiológicos correspondentes.

Por uma indefinição relacionada ao tema emoção (DAMASIO, 1994), será adotado o termo sentimento correlacionado e indicando emoção e ainda, será limitado o estudo dos itens: comportamento; e aspectos cognitivos da emoção, devido ser convenientemente adequados à computação. Segundo o psicólogo Willian James (1842-1910) e o fisiologista Carl Lange (1843-1900), ambos numa mesma época definiram a teoria que ficou conhecida como “James-Lange”, onde um de seus aspectos foi que a emoção era causada por estímulos de longa duração, Prazer e Desprazer (GAZZANIGA, LENT, 2006, 2004), que são as emoções positivas e negativas. Essas duas origens são denominadas como Pré-emoções no contexto deste trabalho, são as emoções que surgem no indivíduo no momento de seu nascimento e estão intrínsecas as suas satisfações e insatisfações no processo de desenvolvimento e evolução cognitiva. Posteriormente, surge um vasto número de emoções atualmente descobertas, divididas em tipos de emoções positivas e negativas, para toda emoção com valor positivo há uma oposta com valor negativo que se contrapõem as suas ações. Embora os opostos das emoções não sejam triviais, subjetivamente o seu oposto existe em qualquer um dos dois casos.

Para facilitar o entendimento e a utilização computacional, será necessário obter em alguns casos alterar algumas definições evasivas sobre determinadas emoções, em função as suas classificações que são atribuídas a certos conjuntos e seus respectivos grupos definidos e relacionados por suas características e similaridades. Nesse contexto as emoções devem possuir similaridades nas ações comportamentais, suas origens devem possuir as mesmas bases e em determinados casos as influências em outras emoções que devem ocorrer também em outros grupos. Para cada emoção positiva há o seu oposto, denominado de emoção negativa e, mesmo que uma ou outra emoção seja indeterminada devido a falta de definições, esta receberá um nome determinado pelas regras e critérios aplicados neste trabalho. Esse arranjo de dualidade e simetrias das emoções recebe a definição de Arquétipo Dual Humano – ADH, formados por protótipos de Arquétipos Humanos - AH positivos e negativos. Esta formatação está de acordo com o objetivo computacional proposto neste trabalho, que é a construção de um singular Inconsciente Virtual. As informações que submetem as teorias dos conjuntos e as relações com os grupos dos ADHs causam um entendimento em diferenciar o tempo físico do tempo mental (teórico) - as mudanças de estados de um ADH para outro ocorrem instantaneamente, devido à aplicação da teoria de grupos e os critérios de simetrias. Em seguida será necessário buscar pela compreensão das idéias de Jacques Lacan, quanto as “Leis do Inconsciente”, o contexto da aplicação dos termos significantes e significados. Sabe-se que Lacan recorreu aos estudos do lingüista

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Saussure (ARRIVÉ, 2001), para em sua compreensão definir e fortalecer os termos utilizados, sendo que, em alguns casos houve alterações convenientes no âmbito da psicanálise. Na Figura 2.1 ilustra um modelo de topologia (LAFONT, 1990) utilizado na classificação dos ADHs.

Figura 2.1 – Classificação dos Arquétipos Duais Humanos

Lacan foi um freudiano, que aprimorou os conceitos de Freud, talvez, ele pensou na transdisciplinaridade (NICOLESCU, GUSDORF, 1999, 1990) e aplicações da psicanálise juntamente com outras ciências, visto a matemática e a lógica. Assim, ele propôs mudanças na história da psicanálise, criando novas estruturas as definidas por Freud, sendo este, definiram estruturas e termos para os estudiosos da medicina e psicologia e Lacan os interpretou para termos mais compreensíveis às outras ciências. Ele criou os matemas (MILLER, 1996, 2003), que são formulações matemáticas (SANTANA e STEFANI, 1987) e lógicas (SAMPAIO, 2000, 2001), que devem representar um conjunto de ações descritas, como por exemplo, os significantes, os significados, os símbolos, os objetos, o sujeito e o Outro. Esses combinados devem demonstrar estados com o qual de acordo com as experiências, ambiente e adequação representam determinados estados do sujeito. Então, Lacan passa a aplicar os matemas e as topologias em suas clinicas e seminários.

A partícula mais elementar do inconsciente para Lacan é o significante (KAUFMANN, 1996) que traz a palavra, ou sua imagem acústica, sem se preocupar com o objeto ao qual se refere. Para Lacan, o inconsciente se interessa muito mais pelo significante e o conjunto de significantes formam uma cadeia de significantes. Em Saussure (QUINET, 2008), os significantes são articulados entre si com seus significados correspondentes. Para cada uma das duas leis do inconsciente, Metáfora e Metonímia, Lacan criou os seus respectivos matemas, seminário 27 de Lacan. Com essas informações, será possível a criação de um matemas para cada ADH e para cada grupo ao qual pertença. Os algoritmos descritos na criação dos matemas são baseados na lógica paraconsistente, aplicados numa rede neural artificial paraconsistente, cada matemas está associado a uma cadeia de significantes, que por sua vez possui também uma cadeia de ações, dado por, seus significados, abordados nos conceitos da semiótica (MORRIS, 1997).

A proposta fundamental da pesquisa neste trabalho está no estudo de representações e processos de significação segundo um framework teórico e formal, dado por headmatemas semelhante aos headsets que possa servir como subsídio teórico, base e requisitos para elaboração de experimentos computacionais. Uma fonte de requisitos e modelos para processos de significação, representação e comunicação, será utilizada a semiótica de C. Morris (1901-1979) que é baseada na semiótica de C.S. Peirce (1931-1958). Sua teoria e modelos lógico-formais para processos sígnicos têm sido utilizados

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como base para experimentos computacionais assim como aplicados em diversas outras áreas de pesquisa, como ciências cognitivas, neurociências, filosofia, computação e psicologia, num processo interdisciplinar. A proposta básica dos experimentos em simulação da aquisição e evolução de linguagem é identificar os mecanismos e restrições que podem ter gerado, ou subsidiado, a emergência e evolução da linguagem, segundo suas diferentes características, como aspectos fonológicos, lexicais, morfológicos e sintáticos.. Relacionados com a composição das expressões estão os experimentos que tratam da emergência de aspectos sintáticos e composicionais da linguagem (BATALI, KIRBY, KIRBY e HURFORD, 2001, 1999, 1998). Enquanto a sintaxe envolve as relações combinatórias entre expressões de uma sentença, a composicionalidade (KRIFKA, 1999) refere-se propriedade do significado de uma expressão ser determinado pela sua estrutura e pelo significado de seus constituintes (SZABÓ, 2004). Os dispositivos computacionais para a composicionalidade e a sintaxe, têm seus aspectos como relações formais e independentes dos aspectos cognitivos como o sensoriamento ou atuação, relacionando somente as expressões, ou então com um domínio predefinido de entidades simbólicas com uma semântica formal. Desta forma é ignorado o problema de fundamentação do símbolo: como conectar símbolos a entidades não-simbólicas. Acredita-se que um primeiro passa para o desenvolvimento de agentes que possam adquirir linguagem estruturada com significado próprio para estes agentes é tratar da aquisição de símbolos fundamentados. Neste trabalho, propõe-se a aplicação sempre mediante a estrutura básica das Leis do Inconsciente (QUINET, 2008), que sofrem as intervenções e definições da psicanálise, no que se refere aos matemas e as emoções humanas, neste caso, os Arquétipos Duais Humanos

2.1 Arquétipo Dual Humano - ADH

Baseados nos estudos das emoções humanas (DARWIN, 2002) obtêm-se os ADHs, cujas suas características são análogas - com o pensamento computacional, a dualidade dos ADHs é necessária para a aplicação dos grupos e simetrias. Para isso, um ADH é formado por um Arquétipo Humano – AH (+) e um AH (-), mesmo que não se conheça o oposto de um AH, será criado sua identificação mediante regras estabelecidas no projeto.

Figura 2.2 – Classificação dos Arquétipos Humanos

Assim, os ADHs no contexto deste trabalho apresentam um conceito de retas na geometria delineadas por dois valores extremos {-1, 1} dados para uma representação gráfica, sendo que suas variações acontecem com discriminações de valores discretos. Na Figura 2.2 ilustra as componentes dos ADHs, visto que sua formação não está estática somente aos AHs do mesmo conjunto.

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Como descrito anteriormente, uma definição de emoção no contexto da escrita não é algo trivial, inclusive a sua representação gráfica também se torna mais difícil. Mas, é necessário definir um espaço discreto para o intervalo aberto {-1, 1}, que são os limites extremos de um ADH. Essa possível representação é apenas para uma determinada compreensão do intervalo aberto {0, 1}, que se obtêm as representações dos valores do AH positivo e no intervalo aberto {-1, 0} que se obtêm as representações dos valores do AH negativo. Observa-se que para todo AH há seu inverso, assim, haverá permanência dos critérios de simetrias. Confirmando como base teórica, que a transição entre um AH e outros quaisquer, não seja nulo nos estados que tendem aos valores extremos de início e fim. O intervalo aberto {-1, 1} tem o objetivo de demonstrar visualmente os seus opostos e as suas variações, que contribuem diretamente para as mudanças dos estados, obedecendo aos critérios de simetrias.

As representações das emoções no intervalo aberto {-1, 1}, que compõe as suas partições nos intervalos abertos {0, 1}, {-1, 0} referentes a cada um dos tipos dos AHs, positivo ou negativo. A normalização da soma de todos os AHs positivos resulta no AHPrazer análogo a emoção definida como Prazer e a normalização da soma de todas dos AHs negativos resulta no AHDesprazer análogo a emoção definida como Desprazer, ambos juntos formam o ADHPrazer-Desprazer.

Na figura 2.2, está representado os ADHs no intervalo aberto {-1,1}, definido explicitamente, estes são os ADHs conhecidos com seus devidos opostos.

Figura 2.2 – Arquétipos Duais Humanos conhecidos

Na Figura 2.3, é apresentado um exemplo relacionado a Figura 2.1, os valores estipulados são meramente ilustrativos representando as variações dos ADHs nos fatores dos AHs. Os resultados são calculado da divisão da soma dos valores mensurados nas variações dos fatores pela quantidade de AHs que compõe determinado grupo, no exemplo abaixo são apenas 3 ADHs que resultam no ADHPrazer-Desprazer.

Figura 2.3 - Mensuração dos ADHs conhecidas

Na figura 2.4, está representado os ADHs que não possuem os AHs de forma explícita ao seu oposto. Portanto, é criado o Ah sem definição, pois, é necessária a sua existência para que haja o balanceamento e equilíbrio. Ainda assim, o somatório dos AHs é o ADHPrazer-Desprazer. Os opostos desconhecidos obedecem às regras e padrões de codificações e identificações de acordo com documentação elaborada na Engenharia de Software do projeto.

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Figura 2.4 - ADHs não conhecidas com seus opostos

Neste trabalho, como representado na figura 2.4, nota-se que os AHs e negativas estão conectados de forma que não exista uma hierarquia ou regra estática de conexões. Os AHs que estejam em grupos diferentes, também se conectam, com isso os critérios de simetrias serão obedecidos entre ou elementos e grupos. Nesse processo, a existência de um emaranhado de conexões denominado de “nuvem de conexões das partículas elementares.“ é eminente.

Figura 2.5 - ADHs e seus limites

Ao analisar a Figura 2.5, nota-se que o AHAmor pode estar conectado com outros AHs, isso ocorre, fazendo-se uso dos conceitos da teoria dos conjuntos, obtendo todos os pares ordenados (x, y).

Os ADHs que se conectam formam uma nuvem de conexões das partículas elementares, os pares (x, y) ≠ (y, x), caso as mudanças de estados entre as emoções ocorram com variações diferentes. Com essas interpretações, será possível o desenvolvimento de um conjunto de células dos ADHs, representados pelos matemas, que irão resultar nas ações necessárias às variações e dinamismos dos fatores dos AHs, esses matemas serão definidos com os conceitos da lógica paraconsistente. Os AHs positivos têm uma maior dificuldade de exposição do que os AHs negativos, ambos convivem em opostos {-1, 1} e são definidas como: ADHAmor-Ódio; ADHAmor-Raiva; ADHCoragem-Medo; ADHAlegria-Tristeza e ainda há as de difíceis opostos e suas características de fator do AH existem e é positivo no intervalo aberto {0, 1} ou negativo no intervalo aberto {-1, 0}, tais como: AHEncantamento, AHArrependimento, AHAgonia, AHPânico, AHInveja e outros.

Na Figura 2.5 os seguintes limites descrevem:

• O limite máximo que se pode mensurar numa variação do valor numérico ou sua representação discreta da componente positiva do ADH é x tendendo ao valor do módulo |+1|;

• O limite mínimo que se pode mensurar numa variação do valore numérico ou sua representação discreta da componente positiva ou negativa é x tendendo ao valor 0 (zero);

• O limite máximo que se pode mensurar numa variação do valore numérico ou sua representação discreta da componente negativa do ADH é x tendendo ao valor do módulo |-1|.

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Para o sistema computacional é interessante obter somente a coerência dos casos e aplicações desses fatores, adotando os valores representativos dos fatores dos AHs ou de AHs que interessam. Assim, é possível simular os objetos com funções coerentes e ações desejadas na solução de determinados problemas. Sem o risco de obter valores que sejam possivelmente análogos aos desequilíbrios emocionais, não afetando assim, a confiabilidade das ações dos futuros agentes. Além da proposta para fundamentação do símbolo baseada em requisitos teóricos e cognitivos, apresenta-se um mecanismo computacional de aprendizado paraconsistente para aquisição de símbolos através de interações comunicativas e colaborativas autônomas. Neste processo, cada agente controla suas ações independentemente, ao contrário das abordagens que envolvem algum tipo de controle central, ou um script fixo que regule as seqüências de passos a serem realizados, alternadamente, por dois agentes, em um evento de comunicação (STEELS, HUTCHINS et al, SMITH, CANGELOSI et al, VOGT, 1999, 1995, 2001, 2002, 2002). Neste experimento, os agentes podem ser simultaneamente, falantes e ouvintes, vocalizando, ouvindo e aprendendo, com diversos outros agentes, em situações que não estão pré-definidas.

2.2 Aquisição dos Símbolos e Linguagem

Jacques Lacan foi um freudiano, que com uma percepção transdisciplinar alterou, contribui e modificou a estrutura em termos para uma nova e moderna psicanálise, para isso, utilizou de conceitos matemáticos, como a lógica, teoria dos conjuntos, álgebra, aritmética e as topologias para representar os estados de construção do inconsciente. Onde, utilizou tais conceitos em seus seminários, terapias e suas ações clínicas, criando assim uma matemática do sujeito, definida nos matemas. Na visão de Lacan o inconsciente possui duas leis básicas dada por metáfora e metonímia (QUINET, 2008, 2009), que se definem por:

Metáfora, sendo uma representação análoga ao termo que se define, ou seja, é uma superposição de significantes, é uma substituição de um significante por outro significante. Dado o exemplo, “uma mulher é uma rosa”, onde se deseja que as características da rosa sejam atributos da mulher tem se: f(S’/S)S ≈ S(+)s, onde a (/) é o recalque do significante recalcado mulher (S), que passa a obter as características do significante rosa (S’) congruente (≈) ao significante mulher que passa a possuir com o sinal (+) a emergência da significação (s);

Metonímia, sendo uma representação dada por uma parte por um todo, ou seja, é uma articulação de um significante ao outro por deslizamento (conexões). Dado o exemplo, “trinta velas despontam n horizonte”, onde se deseja que as características uma parte as velas se referem ao todo barco, mas não a definem totalmente, ao desejo: f(S’..S)S ≈ S(-)s, onde (..) é a conexão do significante barco (S), que passa a ser direcionado aos significantes velas (S’) congruente (≈) ao significante barco que passa a possuir com o sinal de (-) uma resistência a significação (s).

Para uma construção interdisciplinar (GUSDORF, 1990), Lacan busca na lingüística as devidas definições e termos epistemológicos da linguagem como em Saussure (ARRIVÉ, 2001), dessa forma, surgem alguns novos termos utilizados em sua psicanálise. Numa perspectiva da física, em Lacan, é notado que a partícula elementar ao qual o inconsciente mais se interessa é o significante, que define por ser a palavra, como se diz, a sua imagem acústica, sem a preocupação com o som que o pronuncia. Um conjunto de significantes faz sentido numa cadeia de significantes, análoga a estrutura do cérebro humano, que é composto por neurônios e suas diversas conexões sinápticas. “Pouco importa a forma das letras onde se inscreve a sua cadeia simbólica,

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pois, por pouco clara que ela seja isso basta para que algumas relações se manifestem”, Lacan refere-se a um discurso vago.

As propriedades dos significantes são utilizadas no contexto deste trabalho, de acordo com as necessidades e abordagens na exploração das funções de cada emoção e seus respectivos grupos, onde será elaborado um matemas que os representa. Para a aplicação da matemática do significante, Lacan criou os matemas, que segundo ele são os conjuntos de escritas de aspectos algébricos, explicando conceitos-chave da teoria psicanalítica. Os matemas não são simples abreviaturas, ou uma inscrição estenográfica, é uma ambição se denotar uma estrutura realmente em causa das leis e no discurso psicanalítico, e, a partir disso, nos demais discursos. A cada leitura um matemas pode possui uma interpretação variada, relacionada com ao meio, ou seja, ao ambiente contextualizado. Os matemas possuem suas fórmulas que implicam no momento, ou seja, o instante em que determinadas ações ocorrem, e dessa forma, simbolizam o presente das ações, embora haja uma memória em cada ação.

Na Figura 2.6 e 2.7, o AHAlegria pertence ao conjunto dos ADHs Primários e o AHTristeza pertence ao conjunto dos ADHs Secundário, nota-se que os pares ordenados dos AHs, não são estáticos para se formarem apenas com elementos do próprio conjunto, nessa definição as representações dos ADHs, tornam-se mais próximo das emoções humanas, favorecendo os critérios de simetrias e a física teórica do tempo mental, devido a necessidade e existência de alta conectividade.

Figura 2.6 - Representa a parte do ADH (+) de uma cadeia de significantes

Figura 2.7 - Representa a parte do ADH (-) de uma cadeia de significantes

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Lê-se: S1..S6 = Cadeia de significantes de 1 a 6; s1..s6 = Cadeia de significados de 1 a 6 como no máximo 1..3 significados; PS1..6 = Cadeia de propriedades dos significantes de 1 a 6.

2.3 Projetos relacionados

O projeto proposto fará uso de uma criatura simples executando uma ação colaborativa, diferentemente do projeto do robô NAO, mas funcionalmente tem características semelhantes, em se tratando dos estudos das emoções em robótica. O protótipo, batizado de NAO, foi programado para se comportar como uma criança de 2 anos, os cientistas europeus estão aperfeiçoando-o para ser capaz de "aprender" emoções ao interagir com seres humanos. Segundo a equipe de cientistas responsável pelo andróide, o que distingue o NAO de outros robôs em desenvolvimento no mundo é sua capacidade de aprender emoções, expressá-las e, interpretando sinais, perceber emoções nas pessoas. Um dos objetivos do projeto é desenvolver o protótipo até um ponto em que ele possa ser usado para fazer companhia para crianças diabéticas em hospitais.

O robô NAO foi programado para aprender a interagir e responder aos humanos da mesma forma que uma criança. Ele incorpora os mesmos códigos de comportamento e de expressão que os bebês aprendem em suas interações sociais e emocionais com outras pessoas. Por exemplo, quando está triste, Nao abaixa a cabeça e contrai os ombros. Quando está alegre, ergue os braços e levanta a cabeça para pedir um abraço. O protótipo foi criado a partir da observação de como bebês chimpanzés e humanos, e os adultos que cuidam deles, formam laços afetivos.

Assim como os bebês dessas duas espécies, NAO também é capaz de desenvolver uma preferência por uma das pessoas que cuidam dele. Ele foi programado para se adaptar às ações e estados de humor dos humanos que cuidam dele e se torna mais ligado ao indivíduo que interage com ele de maneira particularmente apropriada ao seu tipo de personalidade e necessidades de aprendizado. À medida que aumenta o número de interações, a quantidade de respostas adequadas ao temperamento de NAO e a dedicação do humano ao robô, mais forte se torna o vínculo entre a máquina e o indivíduo e também o nível de aprendizado do robô.

As pesquisas com o protótipo integram o projeto europeu Feelix Growing (anagrama formado, entre outras, pelas palavras inglesas Feel, Interact e Express. O trabalho é liderado pela especialista em computação Lola Cañamero, da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, em colaboração com universidades e empresas de robótica européias. O robô é capaz de expressar raiva, medo, tristeza, felicidade, excitação e orgulho. Ele fica visivelmente perturbado se a pessoa responsável por ele deixa de confortá-lo quando ele enfrenta uma situação estressante. "Este comportamento é baseado no que uma criança pequena faz. Também é muito semelhante à forma como chimpanzés e outros primatas não humanos desenvolvem vínculos com os adultos responsáveis por eles", Cañamero.

Segundo a equipe, esta é a primeira vez que modelos de formação de vínculos observados em primatas humanos e não humanos são usados para programar robôs que desenvolvem emoções a partir de interação com humanos. "Estamos trabalhando em códigos de linguagem não verbal, e as emoções são reveladas por meio de posturas físicas, gestos e movimentos do corpo em vez de expressões faciais e verbais", Cañamero.

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A idéia, no entanto, é que os robôs que servirão de acompanhantes para as crianças diabéticas nos hospitais sejam capazes de combinar comunicação verbal e não verbal para interagir com elas, tornando-se cada vez mais adaptados ao seu perfil individual. O objetivo da equipe é que o robô não apenas auxilie no tratamento como também contribua para o bem-estar emocional e social da criança.

3. Objetivos

O projeto deverá num futuro próximo conter estudos nos itens da gramática e retórica especulativas da semiótica (PEIRCE, 1958), nas subseções abaixo, está descrito uma abordagem de desenvolvimento do projeto que tem uma base de conhecimento mapeada com o CMAPTools que é um software que capacita os usuários a construir, navegar, compartilhar e criticar os modelos de conhecimentos representados como mapas de conceito, do Institute for Human and Machine Cognitive – IHMC da University Afiliated Research Institute, ilustrado na Figura 3.1. A representação do mapa do conhecimento vem de encontro com a não-linearidade da formação mental (FIORI, GAZZANIGA, LENT, 2008, 2006, 2004), relacionada com a elaboração e finalização de determinadas etapas do projeto. Neste trabalho, recorre-se ao tempo mental que não sofre interações como no tempo físico, pois, no tempo mental não necessariamente deve haver correlação entre o planejamento, ordem das etapas e suas possíveis sazonalidades.

Na Figura 3.1, apresenta um mapa de conceito (CMAPTOOLS, 2009) elaborado que justifique a descrição do projeto, cada uma das fases será justificada no decorrer desta seção, indicando a não-linearidade de suas tarefas e etapas, sendo que o foco principal é a possibilidade de desenvolvimento em paralelo coincidente ou distribuído.

Figura 3.1 – Representação do mapa de conceito elaborado no CMAPTools

O estudo interdisciplinar subdivide-se em módulos de forma que possa ocorrer um desenvolvimento em paralelo de cada etapa, a finalização de todas as etapas com a possibilidade de obter, além de um aplicativo de apoio a outras ciências como: a pedagogia, psicologia, medicina e engenharia sejam possíveis a proximidade da criação de um objeto de desejo declarado a um agente inteligente, por exemplo, um software que possa identificar semelhanças nas ações do comportamento e aprendizagem

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originadas através de definições e observações dos ADHs. No mapa de contexto apresentado, a seqüência não seja importante para haver uma explanação ou desenvolvimento do projeto, mas, por uma questão de discernimento e praticidade, adotou-se uma postura com as definições e estratégias lineares como dispostas no sequencial das etapas 1, 2, 3, 4. Finalizando as 4 etapas, o projeto estará em fase de implantação e assim, um aplicativo piloto poderá ser exposto a testes.

Na Fase I - Está descrito as definições da psicologia às emoções e uma associação as suas representações no contexto deste trabalho. Todas as informações contidas nessa fase são teóricas e exprimem uma tendência fictícia das informações necessárias para contextualizar a vontade e a motivação do empenho para este projeto. As definições de células elementares são devido as representações dos neurônios artificiais, que serão acionados com o envio de informações por uma rede de análise paraconsistente. Os matemas são discutidos e um modelo será adotado de acordo com os critérios e estruturas adotadas por Jacques Lacan, esses irão definir as aplicações e criações das células neurais artificiais paraconsistentes, que representarão cada um dos ADHs e/ou seu conjunto, essas, surgem para representar simbolicamente as ações e abstrações discutidas como as funções das Células Glias. Em razão do objetivo deste trabalho para os estudos que definem o inconsciente, será adotada uma possível ação a um futuro agente inteligente que possa adquirir criatividade (neste caso, substitui o instinto). A rede de análise paraconsistente surge para enviar os sinais do consciente computacional ao inconsciente virtual.

Na Fase II – A utilização da semiótica computacional é abordada no contexto da aplicação de um agente/sistema inteligente, que será fundamentado com as tecnologias de Inteligência Artificial, onde será descrito o reconhecimento dos símbolos e seus fenômenos de significação através da cognição e comunicação, a priori, relacionadas com a identificação dos comportamentos existente e a serem predito. Nesta fase, há uma conexão com as descrições das possíveis lógicas a serem utilizadas, sendo sua finalidade, executar através de modelos lógicos o aprendizado, reconhecimento dos signos, percepção e aquisição de conhecimento.

Na Fase III - Observa-se que ações de determinados comportamentos são definidos por várias lógicas com altos valores de certezas e incertezas, onde se devem expressar suas aplicações nas lógicas clássicas e não-clássicas. A convivência mútua dessas lógicas é direcionada as tomadas de decisões através das interpretações dos signos (Fase II) e nas ações humanas. Essas devem identificar as origens emocionais direcionadas às ações comportamentais que serão simuladas e mensuradas nos ADHs por fatores matemáticos denominados: fator de AHEmocional e fator de AHComportamento. A lógica não-clássica utilizada é a lógica paraconsistente, que irá interpretar as ações concretas e abstratas dos sinais que são tratados no consciente e inconsciente, neste caso dito, computacionalmente através do matemas. No primeiro caso, os algoritmos que irão mapear as ações desses comportamentos para a simulação externa a criatura digital, por exemplo, um Robô. No segundo caso é a linha do pensamento e do conhecimento cognitivo, análogo aos neurônios e as células Glias existentes no cérebro.

Na Fase IV – As definições do projeto encontram-se nesta etapa, onde são apresentados os algoritmos juntamente com a lógica utilizada, a descrição e criação dos matemas dos ADHs, do comportamento e aprendizagem associados aos seus fatores de AHEmoção e das redes de análises das redes neurais artificiais descrevendo os comportamentos associados com seus fatores de AHComportamento, sendo ambos com variações discretas, inclusive dados as interferências diretas em ambos os processos de

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comportamento e aprendizagem. As definições dos ADHs análogos as emoções humanas no contexto deste trabalho seguem os princípios estabelecidos na antropologia das emoções e dos estudos psicopatológicos, seguidos sempre do par ordenado AHComportamento e AHAprendizagem. O projeto tem como fundamento a utilização das redes neurais artificiais, pois é uma técnica adaptativa as alterações existentes no desenvolvimento e função de sua aplicabilidade e ambiente. O processo de interpretação e reconhecimento dos signos através das técnicas de processamento digital dos signos e linguagem verbal e não-verbal. Os conceitos de aprendizagem, memorização, identificação e reconhecimento de padrões são abordados e utilizados, pois o objetivo deste projeto é obter agentes inteligentes possam auxiliar na tomada de decisão de outros agentes comunicativos de forma colaborativa.

4. Justificativa e Relevância

Pesquisas e avanços destinados a experimentos e sistemas computacionais na crescente e dinâmica área da Inteligência Artificial vêm acontecendo desde 1970, com destaques principalmente a partir da década de 1980 (PERFORS, COLE et al., STEELS, BRILL e MOONEY, PEREIRA, JONES, BARR, WINOGRAD, 2002, 1998, 1997-1999, 1997, 1996, 1994, 1980). Estes avanços de inovação tecnológica disseminaram para diversas áreas, em muitos casos resolvendo problemas através de simulações das ações de comportamentos e aprendizagem, isso inclui observações que responsabilizam as emoções humanas como originais destes atos. È possível destacar as aplicações de processamento de linguagem natural busca e recuperação de textos, interfaces homem-máquina, jogos de entretenimento e cooperação entre agentes computacionais. Além de contribuições tecnológicas, modelos e experimentos computacionais envolvendo linguagem também apresentam contribuições científicas para outras áreas interessadas na compreensão do fenômeno da linguagem, como lingüística, psicologia e ciência cognitiva. Neste caso, a abordagem computacional permite a elaboração de experimentos sintéticos para testes de teorias e hipóteses, funcionando como um laboratório experimental e permitindo formalizar teorias segundo programas computacionais (PARISI, CANGELOSI e PARISI, BEDAU, DENNETT, 2001, 2001b, 1998, 1998).

Este trabalho tendo como base a transdisciplinaridade (NICOLESCU, 1999) envolve as ciências da computação, psicanálise, matemática, lingüística, robótica, ciência cognitiva, física teórica e especificamente a área de pesquisa sobre as emoções humanas. Sendo assim, são considerados os processos destinados a compreensão e aplicação dos símbolos, contextualizada nas condições de interpretações dos significados no próprio sistema (ZIEMKE e SHARKEY, CLANCEY, HARNAD, 2001, 1994, 1990). Através dos processos cognitivos, os símbolos estão fundamentados e envolvendo sensoriamento e interações descreverão as atividades dos agentes, esse processo será utilizado nas descrições dos headmatemas baseados em lógica paraconsistente, para formar uma linguagem complexa (composicional e estruturada) que deve ter significação para o agente inteligente. Desta forma, será possível obter uma linguagem de comunicação entre os agentes, cujas, ações serão refletidas no comportamento e aprendizagem de uma criatura digital, direcionada a tomada de decisão colaborativa entre os agentes. Com isso, não apenas aspectos sintáticos estão em questão, mas semânticos e pragmáticos, o que parece essencial para que o sistema seja capaz de aprender, interpretar e utilizar linguagem de maneira flexível e robusta. Características relevantes estão relacionadas à autonomia, a aprendizagem e a adaptabilidade do sistema. Para o sistema operar de forma aberta em situações imprevisíveis, e para que ele seja continuamente capaz de se adaptar a contextos

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dinâmicos e imprevisíveis, sem a imposição externa de regras e símbolos, ele deve aprender permanentemente coordenando suas próprias ações.

Acredita-se que o desenvolvimento de mecanismos para aquisição e estruturas simbólicos complexos fundamentados nos Arquétipo Duais Humanos pode contribuir aos modelos mais completos de eficiência no processamento, manipulação, tradução, interpretação e comunicação por uma linguagem natural. Estes modelos de aprendizado autônomo de linguagem, desenvolve além da capacidade sintática, uma semântica e pragmática emergente na interpretação e significação real da linguagem. Isto teria grande utilidade em aplicações que necessitam de flexibilidade e abertura a novas informações, com aprendizado contínuo e apoio aos diversos especialistas de estudos da mente, comportamento e aprendizagem humana, baseados nas emoções humanas, sendo quês estes podem ser, psicólogos, psicanalistas, psiquiatras, pedagogos e engenheiros, por exemplo. Em se tratando dos estudos da mente este trabalho pode contribuir para a prevenção das conhecidas doenças da alma, ou as psicossomáticas - além do sistema computacional, usando a linguagem natural, seria capaz de aprender e interagir com o usuário e seu ambiente; jogos de computador e agentes robóticos de entretenimento.

5. Metodologia e material

A lógica paraconsistente (DA COSTA, 1999) será executada através das redes de análises paraconsistentes que irão acionar os neurônios artificiais paraconsistentes, através das redes neurais artificiais paraconsistentes (DA SILVA FILHO, 2008), no contexto lógico da semiótica (LOULA, GUDWIN, MORRIS, PEIRCE, 2004, 2002, 1971, 1967) e das formulações dos signos, sendo as emoções e suas ações formalizadas pelos significantes, descrito no Seminário – Livro 5: As formações do inconsciente (LACAN, 1999), definidos nos matemas (MILLER, 2003, 1996), identificados neste trabalho como matemas de Lacan. Com isso, pretende-se identificar as estruturas objetivas e lógicas dos significantes, que ao contrário de (SAMPAIO, 2001) que utiliza da lógica da diferença para descrever os significantes, neste trabalho, será utilizado a lógica paraconsistente aplicadas nos matemas - para posteriormente na evolução do projeto ser base para as seguintes estruturas, dada como: Real, Simbólico e Imaginário; são esses elementos que dão consistência e existência ao psiquismo, ao qual, formam uma estrutura única composta pelo Real e pelos registros, do Simbólico e do Imaginário, que se configuram em torno do furo inicial, causado pelo Real, que é o impossível, a falta do objeto, o desejo, descrito no Seminário – Livro 4: A relação de objeto (LACAN, 1995).

Na Figura 5.1, é representado o processo básico de desenvolvimento descrito neste projeto, que se compreendem nas manifestações dos ADHs que estão relacionados com as seguintes ações:

• Afetam diretamente o comportamento dos agentes e conseqüentemente influenciam nos avanços dos processos de aprendizagem;

• Após classificar e identificar os ADHs latentes, tais comportamentos dos agentes relacionados podem ser tratados diretamente, sem a intervenção da avaliação da aprendizagem no próximo passo;

• Em função da identificação dos transtornos na aprendizagem definidos como doenças psíquicas, esses podem ser tratados diretamente com as técnicas de aprendizagem a partir dos ADHs.

O contexto deste trabalho será a composição dos itens anteriores, para executar as ações do comportamento e aprendizagem, assim, há avanços além da prática atual dos

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especialistas comportamentais, pois, se busca suas origens nos ADHs. Com isso, as avaliações devem ocorrer através de um possível equilíbrio ou balanceamento dos ADHs durante o processo, neste caso, comunicativo e colaborativo entre os agentes. Ofertando um avanço para as implementações das técnicas de comportamento e aprendizagem, evitando possivelmente colapsos e transtornos psíquicos.

Figura 5.1 - Diagrama do processo de evolução do PROJETO

Um ADH pertence a um determinado grupo e conseqüentemente a um subgrupo, que deve obedecer aos critérios de simetrias, possuindo significantes, significados e fazendo-se uso das propriedades dos significantes. As ações dos agentes relacionadas às informações das palavras e comandos que possam despertar no singular inconsciente virtual, as técnicas elaboradas e/ou aplicadas devem estar contidas em sua base de conhecimento. O projeto não visa à simulação das emoções humanas na integra, mas a identificação e significação dos ADHs nos comportamentos dos agentes que afetam a aprendizagem. Com isso, será possível mapear as influências diretas dos ADHs na capacidade de gerenciar os atos e ações das criaturas digitais, a subjetividade dos ADHs no inconsciente virtual devem ser discretizados - evitando ações caóticas (PRIGOGINE, 2002), que se refere: “Uma pequena ação ou alteração num determinado processo pode causar um grande mudança em algum lugar.” Para isso, buscaram-se em Lacan as definições das leis do inconsciente e suas “partículas elementares”, que são descritos nos significantes e suas propriedades.

Na Figura 5.2, têm-se as seguintes interpretações do quadrado modal utilizado por Lacan (KAUFMANN, 1996) e o reticulado de Hesse de 4 (quatro) posições, utilizado na representação da lógica paraconsistente:

• O impossível tende ao possível e vice-versa;

• O contingente tende ao necessário e vice-versa;

Figura 5.2 - Quadrado Modal e Reticulado de Hesse

Na Tabela 5.1, a coluna 1 contém a representação dos símbolos simples que constituem os signos a serem interpretados e associados aos significantes, sendo que cada um é descrito no âmbito computacional como: célula neural artificial paraconsistente (CNAP) como definido no escopo deste trabalho. Na coluna 2, símbolos complexos são os signos, formando um matemas, que devido à subjetividade e origem, inclusive ambiente, pode possuir determinado significado.

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Tabela 5.1 Símbolos e Matemas

Símbolos simples Símbolos Complexos

Na Figura 5.3, nota-se as possíveis mudanças de estados e suas simetrias, uma criatura poderá mudar de estado intermediário, mas não por seus extremos.

Figura 5.3 - Representação da estrutura de comunicação do ADH

A ação de AHAmar e a ação de AHTristeza, essas mudanças ocorrerão constantemente em um ambiente de relações e evolução dos agentes, ou seja, das experiências adquiridas ao longo do tempo, como dizia Lacan referindo-se aos matemas. Tendo o meio ambiente os agentes inteligentes através do ADH devem tomar decisões através troca de comunicação informações entre o inconsciente virtual e o consciente, numa descrição computacional, a razão neste caso, é uma ação colaborativa, que tem origem no envio de envio de sinais e pedido de ajuda ou nas melhores das hipóteses, da percepção da colaboração por outro agente. Os matemas serão descritos como células neurais paraconsistentes para a comunicação através da linguagem do inconsciente e ao consciente será através das redes de análises paraconsistentes (DA SILVA FILHO, 2008), que definem as propriedades dos significantes, sendo o conjunto de significantes, denominados de cadeia de significantes que formarão as unidades neurais artificiais, a cada um dos ADHs.Pensando na arquitetura cognitiva dos agentes, essa será inspirada no princípio de simplicidade (relativa) das partes de um sistema auto-organizado e em tendências da cognição situada e incorporada de buscar na atividade, e não na arquitetura, a explicação para fenômenos cognitivos diversos, em oposição à determinação prévia e raciocínio deliberativo sobre as ações. Desta forma, os agentes serão controlados por mecanismos de seleção (FRANKLIN, MAES, 1997, 1991) e percepção (GERARD et al. 2005), das ações dos ADHs análogas as emoções humanas (DAMASIO, 1994) que desenvolveu a hipótese do Marcador Somático; onde as emoções desempenham papel preponderante nas tomadas de decisões influenciando até mesmo de forma inconsciente. Essas componentes irão permitirem a escolha dentre as diferentes ações possíveis dados o estado interno do agente e o estado do ambiente.

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Uma das abordagens para isto é a baseada em comportamentos, utilizada principalmente na robótica, onde ações são agrupadas em módulos ativados em diferentes momentos dependendo do estado do ambiente e do estado interno do agente (ARKIN, MATARIC, BROOKS, STEELS e BROOKS, 1998, 1998, 1994-1990-1986, 1994). Observa-se o avanço com a abordagem de planejamento, por ser normalmente reativa, com respostas imediatas, ao invés de deliberativa, com planos de longo prazo - a diferença está na maneira como o sistema é decomposto: nos sistemas de planejamento, o sistema é decomposto em módulos funcionais, definindo diferentes camadas seqüenciais como percepção, modelagem, planejamento e execução; nos sistemas baseados em comportamentos se decompõem em comportamentos para execução completa de tarefas simples e distintas, o que provê o sistema com módulos de controle paralelos como vagar, desviar de obstáculos e explorar o ambiente (BROOKS, 1986); outras capacidades que podem ser agregadas são percepção, associada a habilidades de categorização e conceitualização do mundo perceptivo e fornecendo affordances (GIBSON, 1979); memória de trabalho e associativa, para permitir armazenamento temporário ou permanente de estímulos sensoriais percebidos, mecanismos de aprendizado, para permitir aquisição e ajuste de regras de associação entre estímulos e ainda mecanismos de controle de atenção. Na Figura 5.4 (FRANKLIN, 1997) apresenta os agentes autônomos, mas que deixa em aberto detalhes sobre como modelar e implementar os diversos módulos.

Seleção de Ação

Comportamento 3

Comportamento 2

Comportamento 1

Pe

rcep

ção

Sen

sore

s

Efe

tore

s

Memória de Trabalho

Memória Associativa

Aprendizado

Figura 2: Arquitetura cognitiva geral dos agentes autônomos comunicativos.

O desenvolvimento do sistema para os agentes comunicativos e colaborativos com capacidades lingüísticas será por experimentos sintéticos que envolverão uma população de agentes em interação. Esses experimentos serão desenvolvidos de da seguinte forma: primeiramente serão utilizados simulações computacionais, descrevendo as ações dos agentes em um ambiente virtual simulados para avaliação da arquitetura de aprendizado e controle dos agentes; em seguida, a experimentação com agentes robóticos situados fisicamente no meio ambiente que apresente situações colaborativas entre os agentes, nesse ambiente menos controlado, aberto e dinâmico é verificado as influências as suas capacidades lingüísticas, para a tentativa de obter uma linguagem mais estruturada e complexa.

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6. Cronograma

AtividadeSemestres

1 2 3 4 5 6

FASE I- Revisão bibliográfica relevante X X

FASE I- Estabelecimento de requisitos e motivações relevantes

X X X

FASE II- Levantamento de modelos de aquisição de linguagem composicional

X X

FASE II- Levantamento de modelos para percepção e demais processos cognitivos relevantes

X X

FASE II- Elaboração de modelo próprio para agentes comunicativos

X X

FASE III- Avaliação e ajustes no modelo proposto X X

FASE III- Elaboração de experimento computacional X X

FASE III- Experimentação com agentes virtuais X

FASE IV- Avaliação dos requisitos/limitações para agentes robóticos

X

FASE IV- Experimentação com agentes robóticos X X

FASE IV- Publicação de modelos, discussões e resultados X X X X

Elaboração da tese de doutorado X X

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