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Meio AmbienteTRANSCRIPT
CURSO DE ARQUITETURA E ADMINISTRAÇÃO
DESTRUIÇÃO GRADATIVA DO MEIO AMBIENTE
Acadêmico (a): Arieli Schenkel, Daiane Pauli e Eduarda Rita Paludo Gehrke. Professor (a): Gilmar Maroso.
CARAZINHO
2014
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILULBRA CARAZINHO
COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULOReconhecida pela Portaria Ministerial nº 681, de 07/12/89 – DOU de 11/12/89
Projeto de Pesquisa
1.Tema
Destruição Gradativa do Meio Ambiente.
2. Justificativa do Tema
Até meados do século XX, os problemas ambientais urbanos estavam
praticamente restritos a um seleto grupo de países do planeta, pois neles se
concentrava a maior parte das grandes cidades e das indústrias, mas hoje já
vemos uma realidade distinta.
Nas últimas décadas parece que o mundo ficou menor e a população
mundial cresceu de forma vertiginosa, advindo daí um maior desgaste nos
recursos naturais e, ao mesmo tempo, uma consciência de que a natureza não
é infinita ou ilimitada. Assim, o grande problema que se coloca nos dias atuais
é o de se pensar num novo tipo de desenvolvimento, diferente daquela que
ocorreu até os anos 80, que foi baseado numa intensa utilização - e até
desperdício - de recursos naturais não renováveis. E esse problema não é
meramente nacional ou local e sim mundial ou planetário.
Podemos observar no contexto histórico atual que a maior parte da
população brasileira encontra-se nas cidades, constatamos uma crescente
degradação das condições de vida, refletindo uma crise ambiental. Isto nos
remete a uma necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de
pensar e agir em torno da questão ambiental numa perspectiva
contemporânea.
A sociedade como um todo acaba por sofrer as consequências de um
problema nascido de sua relação com o meio ambiente. Os grandes problemas
que emergem da relação da sociedade com o meio ambiente são densos,
complexos e altamente inter-relacionados e, portanto, para serem entendidos e
compreendidos nas proximidades de sua totalidade, precisam ser observados
numa ótica mais ampla.
Essa preocupante situação ambiental justifica nosso estudo, visamos de
maneira mais específica a relação das grandes aglomerações urbanas e os
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problemas que junto à elas surgiram e afetam diretamente o meio ambiente em
um todo, tem por princípio básico analisar e conscientizar a comunidade sobre
a necessidade de se construir uma prática social baseada na preservação, isto
é, ter consciência de que para estarmos no mundo é necessário que cuidemos
dele, não poluindo e criando formas de efetivar ações e atitudes de respeito e
preservação ao meio ambiente.
3. Formulação do Problema
Quais os impactos que a grande concentração urbana traz ao meio ambiente?
4. Objetivos
4.1 Objetivos Gerais
O objetivo deste estudo é identificar e analisar os problemas e suas causas,
considerando as mudanças que ocorreram a partir da industrialização e como
isso transformou a natureza e principalmente o espaço urbano.
4.2 Objetivos Específicos
1. Avaliar as mudanças ocorridas com o início da industrialização no século
XX.
2. Demostrar a situação atual e analisar quais são os impactos que a
grande concentração urbana está trazendo ao meio ambiente.
3. Apresentar trabalhos que estão sendo realizados nas grandes cidades
em prol do meio ambiente.
4. Identificar ações que visam melhorar a qualidade de vida nas cidades.
5. Hipóteses
O desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes
não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem
os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham
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as atividades da vida humana nesses locais. Esses problemas ambientais são
causados por diversos fatores antrópicos.
Nas grandes cidades, a retirada da vegetação, as construções, a
produção de calor e o lançamento de poluentes na atmosfera geram múltiplos
efeitos sobre todos os aspectos naturais do meio ambiente, como o clima, a
hidrologia, o relevo, a flora e a fauna.
6. Metodologia
Com o objetivo de demostrar os impactos que a urbanização causou ao meio
ambiente ao longo dos anos nosso referencial teórico é baseado na pesquisa
de livros e na internet. Nossa pesquisa é classificada como explicativa, porque
explica a razão, o porquê dos fenômenos, uma vez que aprofunda o
conhecimento da real situação do meio ambiente nos centros urbanos.
Utilizamos o método de abordagem indutivo, pois partimos de fatos particulares
e comprovados para demostrar a situação atual de degradação ambiental. O
método de procedimento utilizado foi o método histórico, através dele
analisamos e entendemos muitos dos problemas contemporâneos.
7. Referências Teóricas
7.1 Meio Ambiente e as Cidades
“O ser humano está experimentando mudanças bruscas em seus valores
culturais e sérias alterações no seu ambiente natural, o que vem
comprometendo a qualidade de vida.” (DIAS, 2014, p.20).
Segundo Feris (2004, p.5), a proteção do meio ambiente e, em particular, a
luta contra a poluição exige uma adaptação e/ou transformação das técnicas e
processos industriais. A chama hierarquia do gerenciamento de resíduos
(minimização, recuperação, transformação e disposição ambientalmente
correta) tem sido adotada pela maioria dos países industrializados como forma
de desenvolvimento de novas estratégias para a gestão de resíduos sólidos.
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A ausência de vegetação e espaços permeáveis nas cidades traz
problemas e consequências não só relacionados à degradação
ambiental como o aumento do volume de águas pluviais através do
escoamento superficial podendo causar enchentes, inundações e
desencadear processos erosivos nas áreas com declividade menor
ou no entorno urbano. (LIMA, 2014).
Para Feris (2004, p.5), o destino dos resíduos gerados na indústria e nos
municípios consiste em preocupação crescente para os diferentes setores da
sociedade, em função dos problemas relativos à saúde pública e à qualidade
ambiental causados pela má disposição dos mesmos. Enquanto resíduos
industriais podem ser mais facilmente controlados, em termos de modificação
de processos e implementação de técnicas de tratamento e recuperação, a
minimização da geração de resíduos domiciliares consiste em uma tarefa mais
complexa, pois a taxa de resíduos produzidos varia significativamente com
fatores culturais, sociais e econômicos de cada localidade.
Feris (2004, p.5) destaca ainda que para alcançar uma maior eficiência
ambiental, muitas empresas têm adotado práticas para adequar suas
atividades ao conceito de produção mais limpa. Ou seja, a utilização contínua
de uma estrutura ambiental integrada, preventiva e aplicada com o objetivo de
aumento a eco eficiência e reduzir os riscos para os seres humanos e o meio
ambiente. Diferentes técnicas têm sido desenvolvidas e aplicadas objetivando
minimizar os impactos causados ao meio ambiente. Processos de tratamento
de efluentes líquidos, de reciclagem interna e medidas de minimização na
geração de resíduos líquidos, sólidos e gasosos constituem-se em importantes
ferramentas para atingir um menor grau de poluição industrial.
“A análise da qualidade ambiental se torna importante e se depara com
elementos que podem ser necessários para medidas que venham a ser
incorporadas no planejamento para diminuir os impactos ambientais.” (LIMA,
2014).
7.2 Crescimento Populacional e o Meio Ambiente
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“A partir da fixação do Homem à terra e o surgimento do conceito de
propriedade, os indivíduos passaram a utilizar os recursos naturais de acordo
com as suas necessidades de subsistência.” (ARAÚJO,2008, p.1).
Com o advento da industrialização, ocorrido na Inglaterra, no século XVIII,
novos processos produtivos foram descobertos, objetivando maiores
quantidades e melhor qualidade dos produtos, sempre visando maiores lucros.
Dadas as grandes extensões territoriais inexploradas dessa época, as
consequências da ação humana sobre o meio ambiente não foram claramente
percebidas pelos produtores. (ARAÚJO, 2008, p.1).
Conforme Araújo (2009, p.1) devido ao crescimento das populações e das
necessidades de consumo, as indústrias cresceram consideravelmente em
número, áreas de atuação e variedade de produtos. Entretanto, a disciplina e a
preocupação com o meio ambiente natural não se fizeram presentes durante
muitos anos, tendo como resultado problemas ambientais de grandes
dimensões.
Paiva (2003, p.9) comenta que os países do primeiro mundo, depois de
terem degradado praticamente todo o seu meio ambiente, iniciaram o processo
de conscientização da necessidade de controlar os processos de
industrialização, assim como de recuperar o meio ambiente degradado.
Passaram a desenvolver o controle sobre os processos produtivos e suas
emissões de resíduos.
As relações entre meio ambiente e crescimento populacional
abrangem uma diversidade de conceitos. No desenrolar das
discussões sobre meio ambiente, as conferências ‘ambientalistas’ das
décadas de 70, 80, 90 marcaram uma época de novas orientações e
definições conceituais. Nesse contexto, meio ambiente pode ser
compreendido como um conjunto de componentes naturais e sociais
e suas interações e um espaço e em um tempo determinado. (FERIS,
2004, p. 7).
Leff (2001, p.191) fala sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e
complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma
mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos
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comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no
aspecto econômico do desenvolvimento.
7.3 Recursos Naturais
No entendimento de Feris (2004, p.11) os recursos naturais correspondem
ao conjunto de fatores disponíveis na natureza, que podem ser transformados
em riquezas para suprir as necessidades ou aspirações de consumo de uma
sociedade. Entre esses recursos destacam – se os minerais, o solo a água e o
ar. Recursos naturais renováveis são aqueles que, depois de utilizados, ficam
disponíveis novamente graças aos ciclos naturais. Ex.: Água. Recursos
naturais não-renováveis são aqueles que, uma vez aproveitados, não podem
ser reutilizados. Ex.: Combustível fóssil.
7.4 Relações entre Crescimento Populacional, Recursos Naturais e
Poluição
O crescimento populacional, segundo FERIS (2004, p.12), impulsiona o
consumo de recursos naturais, uma vez que quanto maior o número de
habitantes no mundo, maior a demanda por materiais para a produção
industrial, energética e de alimentos. Como consequência do desenvolvimento
industrial e do consumo de recursos sem priorizar os cuidados com o meio
ambiente surge a poluição.
“Dessa forma é importante que o desenvolvimento tecnológico e industrial
deve continuar, mas de forma compatível com as condições ambientais, para
que não sejamos prejudicados pelo uso inadequado dos recursos naturais.”
(FERIS, 2004, p.12).
7.5 Centros Urbanos e os Problemas Ambientais
Conforme disponível em Uol Educação (2007) a partir da revolução
industrial os problemas ambientais começaram a agravar-se cada vez mais,
primeiro nos atuais países desenvolvidos e depois no mundo todo. Nas últimas
décadas, os problemas ambientais se avolumaram ainda mais, em decorrência
da expansão das atividades econômicas que se concentram nas cidades.
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Para Decicino (2007), essa concentração acarreta problemas de
poluição do ar e da água, gerando situações de graves riscos para a saúde da
população. Os problemas são maiores sobretudo para um grande número de
famílias mais pobres que residem exatamente nos lugares mais poluídos,
porque são desvalorizados. De um modo geral, os problemas ecológicos são
mais intensos nas grandes cidades do que nas pequenas ou no meio rural.
A questão ambiental é uma consequência da modernidade, que ao
mesmo tempo em que amplia a qualidade de vida, também ocasiona
uma série de impactos ambientais negativos: poluição atmosférica
que leva à formação de chuva ácida, efeito estufa, inversão térmica,
ilhas de calor, poluição sonora e visual, poluição no trânsito
frequentemente congestionado pelo predomínio do automóvel
particular, carência de áreas verdes, acúmulo de lixo em locais não
apropriados, falta de esgotos e falta do reaproveitamento ou
reciclagem do lixo, entre outros. (DECICINO, 2007).
Francisco (2014) diz que, a compactação do solo e o asfaltamento,
muito comuns nas cidades, dificultam a infiltração da água, visto que o solo
está impermeabilizado. Sendo assim, o abastecimento do lençol freático fica
prejudicado, reduzindo a quantidade de água subterrânea. Outro fator
agravante dessa medida é o aumento do escoamento superficial, podendo
gerar grandes alagamentos nas áreas mais baixas.
De acordo com o site Mundo Educação (2007) o déficit nos serviços de
saneamento básico contribui para o cenário de degradação ambiental. A
quantidade de esgoto doméstico e industrial lançado nos rios sem o devido
tratamento é imensa. Esse fenômeno reduz a qualidade das águas, gerando a
mortandade de espécies aquáticas e a redução do uso dessa água para o
consumo humano.
Decicino (2007), fala que as cidades crescem, se modificam, não são
planejadas, unem povos e servem de palco para várias ocasiões. Para viver
nas cidades o homem deverá aprender a seguir regras e respeitar o espaço
público. Atualmente o grande desafio é encontrar soluções para problemas
ambientais urbanos que têm se agravado a cada dia. Enquanto os homens se
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reúnem para condenar ou orientar o que outros homens fazem, a natureza
espera.
7.5.1 Principais problemas ambientais urbanos
a. Poluição do ar
“A contaminação por resíduos tóxicos, derivados tanto da atividade
industrial como do uso intenso de veículos, tornou-se um grave problema para
a saúde e o bem-estar da população nos grandes centros urbanos.”
(DECICINO, 2007).
Um indivíduo absorve em média, por dia, 1,5 kg de alimento, cerca de
2 litros de água e aproximadamente 15 kg de ar atmosférico. Respirar
em locais onde o ar é excessivamente poluído afeta sensivelmente a
saúde. Há dias em que respirar no centro da cidade de São Paulo,
por exemplo, equivale a fumar cerca de 40 cigarros de uma só vez.
Entre as principais substâncias poluentes da atmosfera das grandes
cidades, destacam-se o dióxido de enxofre, o monóxido e o dióxido
de carbono, os óxidos de nitrogênio e os hidrocarbonetos gasosos.
(DECICINO, 2007).
Conforme o site Sua Pesquisa (2014), esta poluição tem gerado diversos
problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo,
é a mais afetada com a poluição, causando doenças respiratórias e outros
problemas de saúde. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o
patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida
mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. O
clima também é afetado, o fenômeno do efeito estufa está aumentando a
temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases
poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a
dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera,
provocando mudanças climáticas.
b. Acúmulo de lixo e de esgotos
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Segundo Simão (2004, p.45) o lixo gerado diariamente no Brasil gira em
torno de 250 mil toneladas e deste total, 90 mil toneladas ao lixo correspondem
ao lixo domiciliar, o restante refere-se ao lixo hospitalar, radioativo e industrial.
“O lixo domiciliar é basicamente formado por resíduos como o papel, o
metal, o vidro, o plástico e a maior parte dele é composto por lixo orgânico. De
5 a 15% dos resíduos secos domésticos são recicláveis.” (SIMÃO, 2004, p.45).
Todo esse material pode ter quatro destinos diferentes: depósitos a
céu aberto (lixões), aterros sanitários, incineração ou reciclagem. Os
lixões são os mais utilizados. Causam problemas de poluição das
águas subterrâneas e, além disso, esgotos e resíduos industriais são
despejados em rios, que normalmente "morrem", tornando-se
imundos e malcheirosos. O acúmulo de lixo urbano é responsável por
altos índices de doenças, além da poluição do ar, do solo e das águas
que abastecem a cidade. (DECICINO, 2007).
No entendimento de Decicino (2007), quanto ao lixo no mundo, os
números são assustadores. Entre lixo domiciliar e comercial são produzidas,
por dia 2 milhões de toneladas, o que equivale a 700g por habitante de áreas
urbanas. O Brasil é responsável por 6,5% da produção de lixo no mundo.
Diante desse problema reciclar é importante, economizar energia,
poupar recursos naturais, e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado
fora.
c. Carência de áreas verdes
Decicino (2007) comenta que a falta de reservas florestais, parques e
praças com muitas árvores agrava a poluição atmosférica, já que as plantas
contribuem para a renovação do oxigênio do ar. A falta de áreas verdes
também diminui as opções de lazer da população. Foi estabelecido
internacionalmente que são necessários 16 m2 de área verde por habitante.
Em São Paulo, por exemplo, existem apenas 4,5 m2 por habitante.
d. Chuva ácida
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Conforme disponível em Uol Educação (2007), a combinação da água
das chuvas com um grande número de substâncias poluentes criadas pela
queima de combustíveis fósseis provoca a precipitação de ácido sulfúrico e
ácido nítrico diluídos, a chamada chuva ácida. Essas substâncias matam
peixes e destroem florestas e plantações. Além disso, a chuva ácida tem efeito
corrosivo para monumentos, paredes de casas e edifícios, estátuas, veículos,
turbinas hidrelétricas etc.
e. Inversão térmica
Decicino (2007) afirma que a inversão térmica em si não é um problema,
mas apenas um fenômeno da natureza. O problema aparece quando o homem
produz poluentes cuja dispersão impede a inversão térmica. Nas grandes
metrópoles, consiste num processo cujo ar situado próximo à superfície, que
em condições normais é mais quente do que o ar que está mais alto, torna-se
mais frio que o ar das camadas térmicas elevadas. Como o ar frio é mais
pesado que o ar quente, ele impede que o ar mais quente desça e com isso os
resíduos poluidores não se dissipam e vão ficando retidos perto da superfície,
agravando os efeitos da poluição, tal como irritação nos olhos e doenças
respiratórias.
f. Ilhas de calor
De acordo com Uol Educação (2007) nos espaços urbanos é comum a
diferença de temperatura entre a região central, mais quente, e a periferia, com
menor temperatura. Essa diferença é provocada especialmente na parte central
das cidades, onde os enormes edifícios que surgem limitam a ação dos ventos,
além do grande volume de poluentes que são lançados por automóveis e
indústrias e também pela rápida absorção de calor pelo asfalto e concreto,
provocando verdadeiras "ilhas de calor". Estudos mostram que a área de "ilha
de calor" na região metropolitana de São Paulo é uma das maiores do mundo,
com diferença de até 10 graus centígrados entre as temperaturas do centro e
da periferia.
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g. Efeito Estufa
Conforme o site Sua Pesquisa (2014) o efeito Estufa é um mecanismo
natural do planeta Terra para possibilitar a manutenção da temperatura numa
média de 15ºC, ideal para o equilíbrio de grande parte das formas de vida em
nosso planeta. Sem o efeito estufa natural, o planeta Terra poderia ficar muito
frio, inviabilizando o desenvolvimento de grande parte das espécies animais e
vegetais. Isso ocorreria, pois a radiação solar refletida pela Terra se perderia
totalmente.
O efeito estufa potencializado pela queima de combustíveis fósseis
tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas
últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o
mais quente dos últimos 500 anos. Pesquisadores do clima afirmam
que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo
efeito estufa poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o
aumento do nível dos mares. Como consequência, muitas cidades
litorâneas poderão desaparecer do mapa. (SUA PESQUISA, 2014).
O site Sua Pesquisa (2014) afirma ainda que o aumento do efeito estufa
é gerado pela derrubada de florestas e pela queimada das mesmas, pois são
elas que regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em diversas
regiões. Como as florestas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre
tem aumentado na mesma proporção. Um outro fator que está aumentando o
efeito estufa é o lançamento de gases poluentes na atmosfera, principalmente
os que resultam da queima de combustíveis fósseis. A queima do óleo diesel e
da gasolina nos grandes centros urbanos tem colaborado para o efeito estufa.
O dióxido de carbono (gás carbônico) e o monóxido de carbono ficam
concentrados em determinadas regiões da atmosfera formando uma camada
que bloqueia a dissipação do calor. Outros gases que contribuem para este
processo são: gás metano, óxido nitroso e óxidos de nitrogênio. Esta camada
de poluentes, tão visível nas grandes cidades, funciona como um isolante
térmico do planeta Terra. O calor fica retido nas camadas mais baixas da
atmosfera trazendo graves problemas ao planeta.
Conforme disponível também em Sua Pesquisa (2014), pesquisadores
do meio ambiente já estão prevendo os problemas futuros que poderão atingir
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nosso planeta caso esta situação persista. Muitos ecossistemas poderão ser
atingidos e espécies vegetais e animais poderão ser extintos. Derretimento de
geleiras e alagamento de ilhas e regiões litorâneas. Tufões, furacões,
maremotos e enchentes poderão ocorrer com mais intensidade. Estas
alterações climáticas poderão influenciar negativamente na produção agrícola
de vários países, reduzindo a quantidade de alimentos em nosso planeta. A
elevação da temperatura nos mares poderia ocasionar o desvio de curso de
correntes marítimas, ocasionando a extinção de vários animais marinhos e
diminuir a quantidade de peixes nos mares.
h. Degradação da Camada de Ozônio
De acordo com o site Camada de Ozônio (2014) o homem vem
produzindo substâncias que destroem a camada de ozônio, tornando-a fina, em
alguns lugares do mundo, principalmente sobre as regiões próximas ao Polo
Sul e Polo Norte. Das substâncias prejudiciais se encontram o grupo:
Gases clorofluorcarbonos (CFCs) - os mais perigosos;
Dos óxidos nítricos e nitrosos - expelidos pelos exaustores dos veículos;
Dióxido de Carbono (CO²), produzido pela queima de combustíveis
fósseis (como o carvão e o petróleo).
Quando os CFCs começaram a ser utilizados, houve um marco na
história da indústria, e supostamente, achavam que eles não
interagiam com outras substâncias, ou seja, eram inertes. Mas, na
década de 80, descobriu-se que ele era inerte apenas na superfície, e
ao chegar na alta atmosfera, tinha um efeito devastador. A partir
desse momento, diversos estudos foram feitos com base nos satélites
e descobriu-se que os efeitos eram imediatos e as consequências
gravíssimas para o planeta terra. (Camada de Ozônio, 2014).
O site Camada de Ozônio (2014) destaque que no Brasil, a camada de
ozônio ainda não chegou a perder nem 5% do seu tamanho original, pois a
produção de CFCs sempre foi muito baixa, diferentemente dos países da
Europa, os maiores produtores. Os EUA, Europa, norte da China e Japão, já
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perderam 6% da proteção do ozônio. Desde 1 de janeiro de 2010, foi proibida a
produção dos CFCs no mundo.
7.6 Desenvolvimento Sustentável
Para Feris (2004, p.17) as práticas de engenharia nem sempre foram as
mais adequadas do ponto de vista ambiental. Nesse contexto, o desafio atual
consiste em utilizar as tecnologias disponíveis e desenvolver outras novas,
compatibilizando-as com a minimização dos impactos negativos ao meio
ambiente. Trata-se de encontrar o ponto de equilíbrio.
“A materialização das soluções de engenharia não depende somente de
dinheiro e decisões, mas também de conhecimento e negociações com setores
de controle ambiental.” (FERIS, 2004, p.17).
“Não é possível desvincular o estabelecimento de padrões e metas
ambientais dos padrões pretendidos para a sociedade humana.” (FERIS, 2004,
p.17).
Segundo Feris (2004, p.17), é fundamental considerar sempre o conceito de desenvolvimento sustentável: utilização racional dos recursos naturais / matérias primas para que as gerações futuras possam usufruir desses recursos no futuro.
De acordo com Rodrigues (apud MELO, 2007), é necessário compreendermos o meio ambiente a partir de uma visão biocêntrica, que considere o homem como um ser integrado ao meio ambiente e não de modo externo ao mesmo, conferindo a ele o dever de preservar os recursos naturais.
7.6.1 Cidades Sustentáveis
De acordo com o site Wikipédia (2014) o mundo está se urbanizando rapidamente. Atualmente, mais de metade da população mundial vive em cidades. A percentagem da população urbana aumentou de 41% em 1950 para 80% em 2010.Dois em cada três pessoas que vivem em cidades são pobres. Além disso o crescente impacto das cidades sobre o meio ambiente e alta vulnerabilidade das cidades em relação às mudanças climáticas e desastres naturais, exigem uma reflexão sobre o conceito de sustentabilidade no desenvolvimento urbano. Uma cidade sustentável é uma cidade projetada considerando os impactos socioambientais. O modelo e a dinâmica de desenvolvimento, além dos padrões de consumo, respeitam e cuidam dos recursos naturais e das gerações futuras.
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Conforme TheCityFixBrasil (2014) a ecologia é essencial para o desenvolvimento sustentável, e o papel das cidades nesse quadro de relações é fundamental: é necessário que haja equilíbrio entre os sistemas e, para haver equilíbrio, é preciso preservá-lo.
O objetivo principal do Planejamento Ambiental é atingir o Desenvolvimento Sustentável da espécie humana e seus artefatos, ou seja dos agro ecossistemas e dos ecossistemas urbanos (as cidade e redes urbanas), minimizando os gastos das fontes de energia quem os sustentam e os riscos e impactos ambientais, sem prejudicar ou suprimir outros seres da cadeia ecológica da qual o homem faz parte, ou, em outras palavras, procurando manter a biodiversidade dos ecossistemas. (FRANCO, 2000, p.32).
Abaixo As principais práticas de uma cidade sustentável de acordo com o site Sua Pesquisa (2014):
Ações voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa Planejamento dos serviços de transporte público de qualidade Ações que visam à mobilidade urbana de qualidade Alto nível de mobilidade acessível para pessoas com deficiência Destinam corretamente seus lixos Aplicação de programas para o desenvolvimento sustentável Educação Ambiental levada a sério Medidas de conscientização dos recursos naturais Melhorias nos serviços de saúde Favorecimento da economia local Práticas de consumo consciente Criação de espaços verdes e ruas arborizadas.
Conforme o site Cidades Sustentáveis (2014) estão disponíveis abaixo as cidades destaques no quesito de sustentabilidade:
Vancouver (Canadá)A cidade que em 2010 foi sede das Olimpíadas de Inverno adotou a
sustentabilidade como lema e levou a ideia a sério: as medalhas entregues aos atletas foram feitas de restos de metal jogados fora. Mas não é só isso. O conceito de sustentabilidade está presente em Vancouver há bastante tempo – 90% da energia da cidade é produzida por meio de ondas, vento, painéis solares e hidrelétricas.
Malmo (Suécia)Malmo não é famosa apenas pelos inúmeros jardins e parques que se
espalham pela cidade. O desenvolvimento urbano sustentável também é uma característica marcante. Apesar de ser uma das maiores cidades da Suécia, quase não há congestionamentos: são 425 km de ciclovias.
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Curitiba (Brasil)A representante nacional é conhecida como a capital ecológica do Brasil.
As áreas de cobertura vegetal passaram de 18% para 26% nos últimos dez anos, e o índice de área verde da cidade, 64,5 m² por pessoa, é um dos mais altos entre as capitais brasileiras. Além disso, a capital paranaense é exemplo em soluções de urbanismo e tecnologia de transporte urbano.
Portland (Estados Unidos)O modelo das cidades estadunidenses normalmente traz avenidas
largas, com amplo espaço para os carros. Portland, porém, investe em alternativas mais sustentáveis, como ciclovias e ferrovias. A cidade também se comprometeu a reduzir a emissão de gases poluentes e passou a utilizar apenas materiais sustentáveis em suas construções.
Reykjavík (Islândia)Primeira da lista, a capital da Islândia é considerada a cidade mais
sustentável do mundo. A energia é produzida por hidrelétricas e usinas geotermais. O sistema de transporte coletivo opera com ônibus “verdes” que utilizam hidrogênio como combustível. E o ar por lá é considerado tão puro que atrai turistas de diversas partes interessados em conhecer o sistema de sustentabilidade da cidade.
8. Cronograma
Atividades Outubro Novembro Dezembro
Justificativa X
Problema Pesquisa X
Objetivos X
Revisão Bibliográfica X X
Metodologia X
Apresentação X X
9. Orçamento
Quantidade Itens P. Unitário Valor
3 Multas Periódicos 3,00 9,00
4 Impressão 1ª part. Trab. 0,15 0,60
17 Impressão Trab. Compl. 0,15 2,55
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40 Grupo pesquisador 35,00 1,400
Custo Total do Projeto de Pesquisa = 1412,00
Referências
ALONSO, Suelen. Problemas ambientais nos centros urbanos. Disponível em < http://www.brasilescola.com/geografia/problemas-ambientais-dos-grandes-centros.htm > Acesso em 11 Out. 2014.
ARAÚJO, Aline de Farias. O Processo de Industrialização e seus Impactos no Meio Ambiente Urbano. 2008. Disponível em < www.ceap.br/material/MAT2004201302831.pdf > Acesso em 26 Nov.2014.
DECICINO, Ronaldo. Poluição nas cidades: Problemas ambientais urbanos aumentam no Brasil. 2007. Disponível em <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/poluicao-nas-cidades-problemas-ambientais-urbanos-aumentam-no-brasil.htm > Acesso em 25 Out.2014.
DIAS, G. F. Populações Marginais em Ecossistemas Urbanos. Brasília: IBAMA,1994.
FRANCO, M. A. R. Planejamento ambiental para a cidade sustentável. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2000.
FERIS, Liliana Amaral. Introdução à Engenharia Ambiental. Canos: Ed Ulbra, 2004.
FRANCISCO, Wagner. Os problemas ambientais urbanos. Disponível em < http://www.mundoeducacao.com/geografia/os-problemas-ambientais-urbanos.htm > Acesso em 11 Out. 2014.
LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
LIMA, Valéria. Análise de indicadores para avaliação de qualidade ambiental urbana. 2014. Disponível em < www.dpi.inpe.br/geocxnets/wiki/lib/exe/fetch.php?media=wikippt > Acesso em 19 de Nov. 2014.
Luciana. Confira cinco cidades que são exemplos de sustentabilidade. 2013. Disponível em < http://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/confira-cinco-cidades-que-sao-exemplos-de-sustentabilidade > Acesso em 15 de Nov. 2014.
MELO, Noerci da Silva. Os limites imanentes ao conceito de meio ambiente como bem de uso comum do povo. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, 2007.
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