projeto de lei nº 38/2014 - cmfi.pr.gov.br · da docência: direção ou administração escolar,...

31
PROJETO DE LEI Nº 38/2014 Dispõe sobre reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras, Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do Iguaçu. Autor: Prefeito Municipal Mensagem nº 018/2014. A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Aprova: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o Esta Lei dispõe sobre a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras, Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do Iguaçu. Art. 2 o Ficam alteradas as nomenclaturas dos seguintes cargos que passam a fazer parte deste Plano de Carreira: I - Educador Infantil: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil; e II - Atendente de Creche: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil Dois. Art. 3 o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: I - Rede Pública Municipal de Ensino: o conjunto de instituições educacionais e órgãos que realizam atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal da Educação do Município de Foz do Iguaçu; II - Instituições Educacionais: os estabelecimentos mantidos pelo Poder Público Municipal em que se desenvolvem atividades ligadas à Educação Infantil de 0 a 5 anos, ao Ensino Fundamental Anos Iniciais, Educação em Tempo Integral, Ensino no Campo e às modalidades de ensino, incluídas as de educação especial e educação de jovens e adultos; III - Secretaria Municipal da Educação: responsável pela gestão administrativa e pedagógica da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu; IV - Magistério Público Municipal: o conjunto de profissionais do magistério, titulares de cargos de docência e suporte pedagógico da Rede Pública Municipal de Ensino, com funções de magistério;

Upload: dangtram

Post on 24-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PROJETO DE LEI Nº 38/2014

Dispõe sobre reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras,

Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério

da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do

Iguaçu.

Autor: Prefeito Municipal – Mensagem nº 018/2014.

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Aprova:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1

o Esta Lei dispõe sobre a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras,

Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de

Ensino do Município de Foz do Iguaçu.

Art. 2o Ficam alteradas as nomenclaturas dos seguintes cargos que passam a fazer parte

deste Plano de Carreira:

I - Educador Infantil: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil; e

II - Atendente de Creche: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil Dois.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I - Rede Pública Municipal de Ensino: o conjunto de instituições educacionais e

órgãos que realizam atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal da

Educação do Município de Foz do Iguaçu;

II - Instituições Educacionais: os estabelecimentos mantidos pelo Poder Público

Municipal em que se desenvolvem atividades ligadas à Educação Infantil de 0 a 5 anos, ao

Ensino Fundamental Anos Iniciais, Educação em Tempo Integral, Ensino no Campo e às

modalidades de ensino, incluídas as de educação especial e educação de jovens e adultos;

III - Secretaria Municipal da Educação: responsável pela gestão administrativa e

pedagógica da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu;

IV - Magistério Público Municipal: o conjunto de profissionais do magistério, titulares

de cargos de docência e suporte pedagógico da Rede Pública Municipal de Ensino, com funções

de magistério;

V - Profissionais do Magistério: titulares dos cargos efetivos de que trata esta Lei, com

atividades de docência ou que desenvolvam funções de suporte pedagógico direto ao exercício

da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação

educacional e coordenação pedagógica;

VI - Funções de Magistério: as atividades de docência e de suporte pedagógico à

docência, incluídas as de direção, coordenação pedagógica, orientação, auxílio e suporte

pedagógico, exercidas nas instituições educacionais, na Secretaria Municipal da Educação do

Município e nas unidades a ela vinculadas;

VII - Docência: atividades de ensino desenvolvidas pelo profissional do magistério,

direcionadas ao aprendizado do aluno e consubstanciada na regência ou no auxílio à regência de

classe ou turma.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS E OBJETIVOS DO PLANO DE CARGOS,

CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL

Art. 4

o A Carreira do Magistério Público Municipal tem como princípios básicos:

I - profissionalização; que pressupõe qualificação e aperfeiçoamento profissional

continuado;

II - condições adequadas de trabalho;

III - remuneração condigna para todos os profissionais do magistério, com vencimento

inicial nunca inferior ao valor correspondente ao Piso Salarial Profissional Nacional, nos termos

da Lei Federal no 11.738, de 16 de julho de 2008 e do Plano Nacional de Educação vigente;

IV - desenvolvimento funcional baseado na habilitação ou titulação, no desempenho, na

qualificação, tempo de serviço no Município e efetivo exercício em funções do Magistério e

Docência, nos termos desta Lei;

V - garantia aos profissionais no exercício da docência, de período reservado a estudos,

planejamento e avaliação do trabalho didático, incluído em sua carga horária de trabalho;

VI - participação no planejamento, elaboração, execução e avaliação do Projeto Político

Pedagógico da Instituição Educacional e das políticas educacionais do Município;

VII - movimentação dos Profissionais entre as instituições educacionais, por meio de

critérios objetivos, tendo como base os interesses da aprendizagem dos educandos;

VIII - mobilidade que permite aos Profissionais do Magistério, nos limites legais

vigentes, a prestação de serviços educacionais de excelência;

IX - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber, dentro dos ideais da democracia;

X - garantia aos Profissionais do Magistério, dos meios necessários para o provimento de

conhecimentos, valores e habilidades compatíveis com a política institucional da Secretaria

Municipal da Educação;

XI - estímulo ao aperfeiçoamento, à especialização e à atualização, bem como à

melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados ao conjunto da população do

Município de Foz do Iguaçu;

XII - gestão democrática na Rede Pública Municipal de Ensino, com eleição direta para

a escolha da direção das instituições educacionais e participação dos Conselhos Escolares nos

encaminhamentos político-administrativos e pedagógicos nas respectivas instituições

educacionais;

XIII - formação e aperfeiçoamento profissional continuado, em serviço e/ou com

licenciamento periódico remunerado, ofertados pela Secretaria Municipal da Educação,

Universidades, Instituições de Ensino Superior e/ou Instituições Públicas.

Art. 5o O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal –

PCCR –, objetiva o aperfeiçoamento profissional contínuo e a valorização dos Profissionais do

Magistério através de remuneração condigna, bem como a melhoria de desempenho, de

produtividade e da qualidade dos serviços prestados à população do Município.

Art. 6o O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal

contempla também os seguintes objetivos específicos:

I - valorizar o Professor e a Educação Pública, reconhecendo a importância da carreira

pública e de seus agentes;

II - integrar o desenvolvimento profissional de seus professores ao desenvolvimento da

educação no Município, visando padrão de qualidade;

III - promover a educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo

para o exercício da cidadania;

IV - participar da gestão democrática do ensino público municipal;

V - assegurar um vencimento condigno para o Profissional do Magistério mediante

qualificação profissional e crescimento na carreira;

VI - estabelecer o Piso Vencimental Profissional, compatível com a profissão e a

tipicidade das funções.

VII - garantir ao Profissional do Magistério os meios necessários para o provimento de

conhecimentos, valores e habilidades compatíveis com a política institucional da Secretaria

Municipal da Educação;

VIII - estimular o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, bem como a

melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados ao conjunto da população do

Município;

IX - garantir o princípio da democracia, onde os Profissionais do Magistério tenham as

mesmas oportunidades, baseando-se em critérios único para todos; e

X - garantir o compromisso do Profissional do Magistério de propiciar ao educando uma

formação que possibilite compreender criticamente a realidade social, conscientizando-o de seus

direitos e responsabilidades, buscando o desenvolvimento de valores éticos e da participação

social.

CAPÍTULO III

DA ESTRUTURA DOS CARGOS E CARREIRA

Seção I

Do Quadro Próprio do Magistério Público Municipal

Art. 7o Fica criado o Quadro Próprio do Magistério Público Municipal, formado por

cargos de provimento efetivo, com atribuições de atividades de docência na Educação Infantil,

Ensino Fundamental de 1o ao 5

o ano, Educação de Jovens e Adultos.

Seção II

Da Estrutura de Cargos

Art. 8

o A estruturação do Quadro Próprio do Magistério Público Municipal compreende

os cargos efetivos de:

I - Professor;

II - Professor de Educação Física;

III - Professor de Educação Infantil;

IV - Professor de Educação Infantil Dois.

Art. 9o A quantidade de vagas, jornada de trabalho e atribuições dos cargos elencados

no art. 8o estão dispostos nos Anexos I e II desta Lei.

Seção III

Do Estágio Probatório

Art. 10. São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os ocupantes de cargo do

Magistério Público Municipal, nomeados em caráter efetivo, em virtude de concurso público de

provas e títulos.

§ 1o A avaliação especial de desempenho será feita a cada 6 (seis) meses, considerando-

se em cada avaliação os fatores estabelecidos nesta Lei.

§ 2o Será considerado com desempenho insuficiente o Profissional do Magistério que

obtiver a nota inferior a 50% (cinquenta por cento) no processo de avaliação.

§ 3o Será considerado reprovado no estágio probatório o Profissional do Magistério que

apresentar desempenho insuficiente em duas avaliações.

§ 4o O estágio probatório ficará suspenso na hipótese das seguintes licenças:

I - por motivo de doença em pessoa na família;

II - para ocupar cargo público eletivo.

§ 5o O estágio probatório será retomado a partir do término das licenças especificadas

no § 4o .

§ 6o Durante o estágio probatório o ocupante do cargo do Magistério da Rede Pública

Municipal de Ensino será acompanhado pela equipe de suporte pedagógico, que proporcionará

meios para sua integração e favorecerá o desenvolvimento de suas potencialidades em relação

aos interesses da sociedade.

§ 7o Cabe à Secretaria Municipal da Educação garantir os meios necessários para

acompanhamento e avaliação especial do desempenho dos seus professores em estágio

probatório.

§ 8o Será exonerado após a conclusão do processo administrativo, com garantia ao

contraditório e ampla defesa, o profissional do magistério em estágio probatório, que apresentar

em duas avaliações consecutivas, nota inferior a 50 (cinquenta) pontos na avaliação de

desempenho.

Subseção I

Da Comissão de Avaliação Especial de Desempenho

Art. 11. Fica instituída a Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD – que

terá a competência de:

I - analisar e julgar as avaliações especiais de desempenho que requeiram revisão, em

grau único de recurso, ratificando ou retificando os resultados;

II - emitir parecer pela aprovação ou não do servidor no estágio probatório, com

fundamento nas informações constantes no processo de avaliação de desempenho, em

cumprimento ao disposto no art. 41, § 4o, da Constituição Federal;

III - atuar nos processos de dispensa por insuficiência de desempenho no que couber,

seja durante o estágio probatório ou após ter adquirido a estabilidade.

Art. 12. A Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD – será composta de

5 (cinco) membros titulares e 5 (cinco) suplentes para mandato de 2 (dois) anos, nomeados pelo

Prefeito Municipal, sendo:

I - um servidor da Procuradoria Geral do Município, com formação em Direito;

II - um servidor representante da Diretoria de Relações de Trabalho, Saúde Ocupacional,

Desenvolvimento e Capacitação Funcional;

III - dois professores representantes do Sindicato Representativo da Classe;

IV - um professor representante da Secretaria Municipal da Educação.

§ 1o O presidente será eleito entre os membros titulares da comissão.

§ 2o Será obrigatória a presença de no mínimo 3 (três) dos membros titulares em cada

reunião.

Art. 13. Ficam definidos os seguintes prazos para interposição de recurso junto à

Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD:

I - 5 (cinco) dias úteis para revisão da avaliação por iniciativa do professor, a contar da

data da ciência do processo pelo avaliado;

II - 15 (quinze) dias úteis para revisão da avaliação por iniciativa da Diretoria de

Relações de Trabalho, Saúde Ocupacional, Desenvolvimento e Capacitação Funcional, a contar

da data do recebimento da avaliação.

Art. 14. Fica estipulado o prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do

processo de avaliação especial de desempenho, para a apresentação das conclusões finais pela

Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD.

Seção IV

Do Desenvolvimento na Carreira

Art. 15. O Processo de Desenvolvimento na Carreira ocorrerá, conforme condições

oferecidas aos Profissionais do Magistério, mediante:

I - elaboração de Plano de Qualificação Profissional;

II - estruturação de um sistema de avaliação de desempenho anual;

III - estruturação de um sistema de acompanhamento de pessoal, que assessore

permanentemente os dirigentes na gestão de seus recursos humanos.

Art. 16. Os avanços e crescimento na carreira dar-se-ão através das promoções

horizontal e vertical.

§ 1o Define-se por promoção horizontal o avanço de uma ou mais classes salariais

dentro do mesmo nível de vencimento.

§ 2o Define-se por promoção vertical a passagem automática de um nível para outro na

carreira, de acordo com a habilitação apresentada.

Art. 17. É assegurada a oportunidade de promoção vertical e horizontal, de que trata

esta Lei ao Profissional do Magistério que, encontrando-se em efetivo exercício, não tenha seu

desempenho avaliado em virtude de estar afastado temporariamente do cargo efetivo para o

exercício de cargo em comissão lotado na Secretaria Municipal da Educação ou em

representação sindical da categoria profissional do magistério, bem como para aquele no

exercício das funções gratificadas previstas nesta Lei, excetuados os casos de avanço

exclusivamente em razão da docência.

Subseção I

Dos Níveis e Classes do PCCR

Art. 18. O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal

da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu – PCCR – tem na carreira os cargos

divididos em níveis conforme qualificação, assim estruturado:

I - Nível I: Professores com formação em Magistério na modalidade Normal Magistério;

II - Nível II: Professores com formação em Magistério na modalidade Normal

Magistério mais estudos adicionais;

III - Nível III: Professores com formação em Licenciatura Curta;

IV - Nível IV: Professores com formação em Magistério mais Licenciatura Plena na área

da Educação e/ou com Licenciatura Plena em Pedagogia;

V - Nível V: Professores com formação em curso de graduação, mais Especialização

lato sensu em área relacionada a sua atuação com carga horária mínima de 360 (trezentas e

sessenta) horas;

VI - Nível VI: Professores com formação em curso de Graduação, mais especialização

stricto sensu na área da educação.

§ 1o Para o ingresso ao cargo de Professor é exigida a formação mínima em habilitação

específica para atuação nos diferentes níveis e modalidades de ensino, obtida em Nível

Magistério e/ou licenciatura em graduação plena em Pedagogia em Educação Infantil e/ou

Ensino Fundamental Séries Iniciais.

§ 2o Para o ingresso ao cargo de Professor de Educação Física é exigida formação em

Licenciatura de Educação Física.

§ 3o Para o ingresso no cargo de Professor de Educação Infantil é exigida a formação

mínima em Magistério na modalidade Normal Superior ou Pedagogia com formação na

Educação Infantil.

Art. 19. O PCCR da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu tem na

carreira o cargo de Professor de Educação Infantil Dois em extinção, assim estruturado, vedada

a Transposição:

I - Professor de Educação Infantil Dois Nível I com formação em Magistério na

modalidade normal Magistério;

II - Professor de Educação Infantil Dois Nível II com formação em Magistério com

estudos adicionais na área da educação;

III - Professor de Educação Infantil Dois Nível III com formação em Licenciatura Curta;

IV - Professor de Educação Infantil Dois Nível IV com formação em Magistério mais

Licenciatura na área de Educação e/ou Licenciatura Plena em Pedagogia;

V - Professor de Educação Infantil Dois Nível V com formação em curso de graduação

mais Especialização lato sensu em área relacionada a sua atuação com carga horária mínima de

360 (trezentas e sessenta) horas;

V - Professor de Educação Infantil Dois Nível VI com formação em curso de Graduação,

mais pós-graduação stricto sensu na área da educação.

Art. 20. Os cargos de Professor, Professor de Educação Física, Professor de Educação

Infantil e Professor de Educação Infantil Dois serão distribuídos na Carreira em Níveis e

Classes:

I - o Grupo Ocupacional Magistério é composto por 6 (seis) Níveis, assim designados:

Nível I, II, III, IV, V e VI aos quais estão associados critérios de formação, habilitação e

titulação.

II - para a promoção entre os níveis obedecer-se-á a evolução de 3 (três) referências

entre um nível e outro, excetuando o acesso do Nível V ao Nível VI, que terá evolução de 4

(quatro) referências.

III - cada um dos Níveis descritos no inciso I deste artigo é composto de 17 (dezessete)

Classes designadas pelas letras A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P e Q, associadas a

critérios de avaliação de desempenho e a participação em programas de desenvolvimento para a

carreira.

IV - para a progressão entre as Classes em um mesmo Nível, será mantida a evolução de

1 (uma) Classe e a Classe seguinte, no percentual de 6% (seis por cento), conforme Tabela de

Vencimentos anexo desta Lei.

V - a Progressão para as Classes designadas pelas letras M, N, O, P e Q será possível

apenas em janeiro de 2015, cumpridos os requisitos anteriormente expostos para a referida

progressão, vedada a utilização de critérios passados na contagem de tempo e qualificação.

Seção V

Da Promoção Vertical

Art. 21. A promoção vertical será concedida ao profissional do magistério estável e

vigorará a partir do início do mês subsequente àquele em que o interessado apresentar protocolo,

através dos seguintes critérios:

I - atendimento aos requisitos estabelecidos para o nível pretendido, de acordo com a

habilitação profissional do Profissional do Magistério;

II - o requerimento de que trata o caput deste artigo deverá estar acompanhado dos

documentos comprobatórios da nova habilitação sendo o Certificado e/ou Certidão de

Conclusão de Curso acompanhado do histórico escolar ou Diploma reconhecido por órgão

competente.

Parágrafo único. O enquadramento no novo nível se dará na mesma classe

correspondente ao nível anterior, não podendo ser inferior.

Seção VI

Da Promoção Horizontal

Art. 22. O Profissional do Magistério estável, tem direito à promoção horizontal, a cada

ano a partir do mês subsequente ao mês que adquirir a estabilidade, de acordo com os seguintes

critérios:

I - avanço de uma classe salarial ao Profissional do Magistério que obtiver nota global de

desempenho – NGD, igual ou superior a 70 (setenta) pontos, no período da avaliação de

desempenho, considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos;

II - avanço de uma classe salarial adicional ao Profissional do Magistério que, durante

três períodos consecutivos de avaliação, tiver Nota Global de Desempenho – NGD, igual ou

superior a 80 (oitenta) pontos, considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos;

III - avanço de uma classe salarial adicionada a cada 2 (dois) anos, mediante a

participação de cursos de capacitação profissional específicos da área da educação.

IV - os certificados de cursos realizados durante o estágio probatório serão considerados

para efeito de avanço horizontal, após atingida a estabilidade.

§ 1o Para efeito do inciso II deste artigo, as avaliações utilizadas pela concessão de uma

classe salarial adicional não poderão ser reutilizadas para a mesma finalidade.

§ 2o Para efeito do inciso III deste artigo, considerar-se-á o mínimo de 200 (duzentas)

horas de treinamento e cursos na área de educação, com carga horária individual não inferior a 4

(quatro) horas, ministrados pela Secretaria Municipal da Educação ou outra entidade autorizada

pelo MEC e devidamente registrados no prontuário funcional, aplicando-se ambos os padrões

quando for o caso.

§ 3o Para efeito do § 2

o, as horas de treinamento realizadas, caso não sejam utilizadas,

prescrevem em 2 (dois) anos, contados da data de realização do treinamento, não ocorrendo à

prescrição quando se tratar de certificados de cursos.

§ 4o São válidos para o avanço previsto no inciso III deste artigo, os certificados de

cursos realizados nos últimos 5 (cinco) anos.

§ 5o É assegurado ao Profissional do Magistério o avanço de uma classe salarial, à época

da promoção horizontal, no caso de não ser avaliado seu desempenho dentro do prazo

estabelecido, por inércia da Administração.

§ 6o Os certificados utilizados para o benefício de que trata o inciso III e § 4

o, deste

artigo, não poderão ser reutilizados para a mesma finalidade.

Subseção I

Da Avaliação de Desempenho

Art. 23. O sistema de avaliação de desempenho é instituído como instrumento da

política de desenvolvimento de Recursos Humanos, onde serão considerados os seguintes

fatores:

§ 1o Aos Profissionais do Magistério:

I - participação na elaboração e execução de projetos na área pedagógica da escola;

II - gestão de classe com a participação dos alunos mantendo disciplina e

responsabilidade;

III - domínio dos conteúdos aplicados em sala de aula;

IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da escola com a comunidade;

V - relacionamento humano no trabalho;

VI - iniciativa e criatividade nas atividades curriculares que inovam o trabalho docente;

VII - autodesenvolvimento nas disciplinas pedagógicas;

VIII - comprometimento diário com a escola, quanto à assiduidade; e

IX - qualidade do trabalho.

§ 2o Aos Profissionais do Magistério exercendo a Função de Coordenação

Pedagógica:

I - coordenação, participação, elaboração e orientação para a execução do Projeto

Político Pedagógico – PPP das instituições de ensino;

II - gestão pedagógica com a participação do corpo docente;

III - domínio e aplicabilidade da Proposta adotada pela Rede Municipal de Ensino, bem

como do PPP da instituição de ensino;

IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da escola com a comunidade

escolar;

V - relacionamento humano no trabalho;

VI - iniciativa e criatividade nas atividades administrativas e pedagógicas que inovam o

trabalho na instituição de ensino;

VII - autodesenvolvimento, conhecimento teórico e prático; e

VIII - qualidade do trabalho, com responsabilidade e disciplina.

§ 3o Aos Profissionais do Magistério exercendo a Função de Direção:

I - participação na reestruturação do PPP, elaboração de metas, projetos e sua execução

na área Administrativa/Pedagógica da unidade escolar;

II - gestão colegiada envolvendo a comunidade escolar;

III - domínio e aplicabilidade da Proposta de Gestão adotada pela Rede Municipal de

Ensino;

IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da unidade de ensino com a

comunidade escolar;

V - relacionamento humano no trabalho;

VI - iniciativa e criatividade nas atividades administrativas e pedagógicas que inovam o

trabalho na unidade de ensino;

VII - autodesenvolvimento, conhecimento administrativo e pedagógico; e

VIII - qualidade do trabalho com responsabilidade e disciplina.

Art. 24. A avaliação de desempenho do Profissional do Magistério estável e/ou em

exercício de Função Gratificada obedecerá aos seguintes critérios:

I - o período de avaliação de desempenho será de 12 (doze) meses e iniciar-se-á sempre

no mês em que o professor houver completado ano de serviço;

II - o processo de avaliação de desempenho deverá ser concluído até 60 (sessenta) dias,

subsequentes ao término do período definido no inciso I;

III - o resultado da avaliação será definido pela Nota Global de Desempenho – NGD,

calculada em função da média ponderada da pontuação atribuída a cada um dos fatores de

avaliação, considerada a escala de 0 (zero) a 100% (cem por cento).

Parágrafo único. Se houver mudança de função, durante o período de avaliação, o

Profissional do Magistério será avaliado na função em que o mesmo permanecer por maior

tempo.

Art. 25. A avaliação de desempenho será realizada por uma comissão composta de no

mínimo três membros.

§ 1o A avaliação do Profissional do Magistério conforme caput deste artigo é de

responsabilidade da equipe administrativa e pedagógica da escola.

§ 2o A avaliação dos membros da equipe administrativa e pedagógica da escola, bem

como do coordenador pedagógico municipal é de responsabilidade da Secretaria Municipal da

Educação.

§ 3o A avaliação de desempenho dos Profissionais do Magistério lotados nas escolas

localizadas na zona rural que não possuem equipe administrativa e pedagógica ficará a critério

da Secretaria Municipal da Educação.

Art. 26. O Profissional do Magistério que obtiver Nota Global de Desempenho – NGD

inferior a 50 (cinquenta) pontos considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos, será

considerado com insuficiência de desempenho, devendo participar obrigatoriamente do

Programa de Recuperação de Desempenho, que estabelecerá os objetivos e metas para correção

do desempenho no período seguinte.

Art. 27. O Profissional do Magistério com insuficiência de desempenho ingressará

automaticamente no Programa de Recuperação de Desempenho, onde serão estabelecidos os

objetivos e metas a serem alcançados nos próximos 6 (seis) meses, sob a coordenação e

orientação da Secretaria Municipal da Educação.

Art. 28. O Profissional do Magistério que incorrer em insuficiência de desempenho em

2 (duas) avaliações consecutivas ou em 3 (três) avaliações interpoladas nos últimos 5 (cinco)

anos será submetido a processo administrativo que poderá concluir pela exoneração.

Art. 29. O Profissional do Magistério que incorrer no art. 26, não poderá utilizar os

cursos do Programa de Recuperação de Desempenho para a concessão do avanço previsto no

inciso III, do art. 22, desta Lei.

Art. 30. As demais normas de avaliação de desempenho terão regulamentação própria

definida pela equipe de avaliadores instituída pela Secretaria Municipal da Educação.

Art. 31. As avaliações de desempenho serão concluídas no primeiro quadrimestre do

ano, para que a progressão horizontal vigore a partir do mês de maio do mesmo ano.

CAPÍTULO IV

DO QUADRO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MAGISTÉRIO

Art. 32. Ficam instituídas as seguintes Funções Gratificadas, nas respectivas

denominações:

I - Diretor de Escola;

II - Coordenador Pedagógico de Escola;

III - Coordenador Pedagógico Municipal;

IV - Diretor do CMEI; e

V - Coordenador Pedagógico do CMEI.

Parágrafo único. Somente poderão exercer as funções gratificadas os Profissionais do

Magistério estáveis.

Art. 33. A função de Diretor, Coordenador Pedagógico das Escolas ou Centros de

Educação Infantil só poderá ser exercida por ocupantes do cargo de Profissional do Magistério,

portador de vaga fixa na escola, que forem eleitos pelos princípios da Gestão Democrática; ou

seja, aquela que se dá pela participação de toda a comunidade escolar: professores, funcionários

da unidade escolar, alunos, pais ou responsável do aluno, conforme regulamento próprio.

§ 1o Para a eleição que dispõe o caput deste artigo, os votos dos Profissionais do

Magistério e Funcionários lotados na Instituição de Ensino em que se der a eleição terá peso de

50% (cinquenta por cento) e os votos de Pais e Alunos maiores que 16 (dezesseis) anos terá peso

de 50% (cinquenta por cento).

§ 2o O candidato poderá ser reconduzido a um único mandato de 3 (três) anos.

§ 3o Poderá candidatar-se para as funções descritas nos incisos II e III do art. 32, o

Profissional do Magistério que tiver cargo efetivo de 20 ou 40 horas no Município.

Art. 34. Cada Unidade Escolar terá obrigatoriamente em seu quadro funcional um

Diretor e um Coordenador Pedagógico, podendo ser eleito mais de um Coordenador Pedagógico

para as Escolas e CMEI’s de médio e grande porte, de acordo com regulamento próprio definido

pela Secretaria Municipal da Educação com a participação do Sindicato representativo da

categoria.

Art. 35. Ao Diretor compete coordenar e supervisionar as atividades escolares,

desempenhando funções de natureza pedagógica e administrativa, promovendo a articulação

escola-comunidade e demais atribuições definidas no Regimento Escolar.

Parágrafo único. O candidato à Função gratificada deverá ter no mínimo 3 (três) anos

de efetivo exercício na docência e de 2 (dois) anos na Instituição de Ensino que deseja

concorrer.

Art. 36. A Função de Coordenação Pedagógica nas unidades de Ensino da Rede

Municipal e na Secretaria Municipal da Educação será ocupada preferencialmente por

Profissional do Magistério com formação em Nível Superior em Pedagogia ou Nível Superior na

área da educação mais especialização lato sensu.

Parágrafo único. Os critérios para a escolha da Equipe Pedagógica com função

gratificada, quando existirem mais de 1 (um) interessado serão a formação, o tempo de serviço

na escola, o tempo de serviço na Rede Municipal e finalmente a idade.

Art. 37. Em caso de não haver na Instituição de Ensino candidato ou eleição para as

funções gratificadas de que trata o art. 32, compete ao titular da Secretaria Municipal da

Educação, em conformidade com a unidade escolar e norma que regulamentar a matéria, indicar

o Profissional do Magistério para exercer função gratificada, cuja designação da função e o local

do exercício serão efetivados por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal.

Parágrafo único. A nomeação dos Coordenadores Pedagógico Municipal será de livre

designação do titular da Secretaria Municipal da Educação.

CAPÍTULO V

DA ESTRUTURA REMUNERATÓRIA

Seção I

Dos Vencimentos

Art. 38. A estrutura de vencimentos do Quadro do Pessoal Permanente do Magistério

Público Municipal compõe o Anexo IV desta Lei, Tabela de Vencimentos.

Art. 39. O cálculo do vencimento do Quadro de Pessoal do Grupo Ocupacional do

Magistério Municipal, far-se-á com base na jornada de trabalho legalmente atribuída, sendo de

20 (vinte) horas para o cargo de Professor e Professor de Educação Física e de 40 (quarenta)

horas para o cargo de Professor de Educação Infantil e Professor de Educação Infantil Dois.

Art. 40. O Poder Executivo atualizará os valores constantes da Tabela de Vencimentos

dos Profissionais do Magistério sempre que houver majoração dos recursos destinados a

Educação, na forma estabelecida na presente Lei.

Art. 41. O valor do vencimento inicial dos Profissionais do Magistério qualificado em

nível de Magistério, não poderá ser inferior ao que estabelece a Lei Federal no 11.738/2008 –

Lei do Piso Salarial Profissional Nacional – devendo o repasse ocorrer no mesmo percentual

para os demais níveis na carreira, nos termos do art. 5o da referida Lei.

Seção II

Dos Adicionais

Art. 42. O Profissional do Magistério receberá adicional por tempo de serviço, no

equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o vencimento base a cada 5 (cinco) anos de serviços

prestados ao Município de Foz do Iguaçu.

§ 1o Será concedido o referido adicional na data do período aquisitivo do cargo ativo do

servidor e o mesmo se incorporará para fins de aposentadoria.

§ 2o Para fins de aplicação do disposto no caput deste artigo, iniciar-se-á a contagem a

partir da publicação desta Lei, ficando garantido o período parcial para o percebimento do

adicional por tempo de serviço de que trata este artigo, de no máximo 4 (quatro) anos, período

não computado para o benefício do abono permanência.

Art. 43. A partir dos 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, prestados no Município

de Foz do Iguaçu, o Profissional do Magistério lotado na Secretaria Municipal da Educação,

receberá o equivalente a 1% (um por cento) por ano excedente, calculado sobre o vencimento.

Art. 44. Fica garantido o adicional de regente de classe na Educação Especial, na

proporção de 25% (vinte e cinco por cento) incidente sobre o vencimento base devido ao

Professor que atuar em regência de classe na Educação Especial que esteja habilitado.

§ 1o Será considerado habilitado para a docência no ensino especial com formação de

graduação e/ou pós-graduação lato sensu com carga horária mínima de 360 (trezentas e

sessenta) horas e/ou estudos adicionais com carga horária mínima de 990 (novecentas e noventa)

horas na área de educação especial, não sendo computado para os fins previstos no inciso III, do

art. 22, desta Lei.

§ 2o O adicional a que se refere o caput deste artigo será concedido ao professor que

atuar em turma com no mínimo 8 (oito) alunos matriculados e frequentando regularmente turma

de Educação Especial, exceto para as Escolas Especiais com autonomia própria em que o

Profissional do Magistério esteja cedido.

§ 3o O adicional a que se refere o caput deste artigo, será devido apenas no período de

regência em Classe Especial, não sendo incorporável para fins de aposentadoria ou outras

vantagens.

Seção III

Das Funções Gratificadas

Art. 45. Para o exercício das funções gratificadas previstas no art. 32, desta Lei, os

Profissionais do Magistério receberão Gratificação de Função incidente sobre o vencimento

base, nos seguintes percentuais:

I - 25% (vinte e cinco por cento) ao Diretor de Escola ou CMEI com até 300 (trezentos)

alunos matriculados. Na escola que superar o número de alunos, terá direito ao acréscimo de 1%

(um por cento) a cada 50 (cinquenta) alunos, não sendo cumulativo;

II - 25% (vinte e cinco por cento) ao Coordenador Pedagógico Municipal;

III - 20% (vinte por cento) ao Coordenador Pedagógico de Escola;

IV - 20% (vinte por cento) ao Coordenador Pedagógico de CMEI’s.

§ 1o A Gratificação de Função de que trata o caput deste artigo, não se incorpora ao

vencimento e é devida somente durante o período de efetivo exercício da correspondente Função

Gratificada, não sendo computável para outras vantagens.

§ 2o O Profissional do Magistério que assumir Função Gratificada não terá direito ao

recebimento de horas extraordinárias.

CAPÍTULO VI

DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 46. A qualificação profissional ocorrerá com base no levantamento prévio das

necessidades e prioridades da Instituição, visando a:

I - valorização do professor e melhoria da qualidade do serviço;

II - formação ou complementação para obtenção da habilitação necessária às

atividades do cargo;

III - identificar as carências dos profissionais do Magistério Público Municipal para

executar tarefas necessárias ao alcance dos objetivos da Instituição, assim como as

potencialidades dos mesmos que deverão ser desenvolvidas;

IV - aperfeiçoar e/ou complementar valores, conhecimentos e habilidades necessários ao

cargo;

V - utilização de metodologias diversificadas, incluindo as que empregam recursos da

educação à distância, desde que assistidas e acompanhadas pelas equipes avaliadoras;

VI - incorporação de novos conhecimentos e habilidades, decorrentes de inovações

científicas, tecnológicas ou alterações de legislação.

Art. 47. O processo de Qualificação Profissional ocorrerá por iniciativa da Secretaria

Municipal da Educação, mediante convênio, ou por iniciativa do próprio Professor, cabendo ao

Município atender prioritariamente:

I - Programa de Integração à Administração Pública: aplicado a todos os professores

nomeados e integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal, para informar sobre a

estrutura e organização da Administração Pública da Secretaria Municipal da Educação, dos

direitos e deveres definidos na Legislação Municipal e sobre o Plano Municipal, Plano Estadual

e Plano Nacional de Educação;

II - Programas de Complementação de Formação: aplicados aos professores integrantes

do Quadro Suplementar, para obtenção da habilitação mínima necessária às atividades do cargo

no Quadro Permanente;

III - Programa de Capacitação: aplicado aos professores para incorporação de novos

conhecimentos e habilidades, decorrentes de inovações científicas e tecnológicas ou de alteração

da legislação, normas e procedimentos específicos ao desempenho do seu cargo ou função;

IV - Programa de Desenvolvimento: destinado à incorporação de conhecimentos e

habilidades técnicas inerentes ao cargo, através de cursos regulares oferecidos pela Instituição;

V - Programa de Aperfeiçoamento ofertado pela Secretaria Municipal da Educação de no

mínimo 80 (oitenta) horas por ano, aplicado aos profissionais do Magistério com a finalidade de

incorporação de conhecimentos complementares, de natureza especializada, relacionados ao

exercício ou desempenho do cargo ou função, podendo constar de cursos regulares, seminários,

palestras, simpósios, congressos e outros eventos similares.

Art. 48. Os afastamentos para Qualificação Profissional do Magistério serão

estabelecidos e regulamentados pela Secretaria Municipal da Educação, sem prejuízo funcional

e remuneratório.

§ 1o A Secretaria Municipal da Educação deverá assegurar, anualmente o afastamento

de até dois anos para professores da Rede Municipal de Ensino sem prejuízos em seus

vencimentos, na quantidade de 1% (um por cento) do total de padrões de professores estáveis

para a qualificação profissional de que trata o caput deste artigo, sendo 5% (cinco por cento)

deste percentual, para formação em Mestrado na área de educação em curso reconhecido.

§ 2o No prazo de 6 (seis) meses a partir da publicação desta Lei constituir-se-á uma

comissão paritária formada por representantes do Sindicato representativo da categoria, da

Secretaria Municipal da Educação e da Secretaria Municipal da Administração e Gestão de

Pessoas, que estabelecerá critérios para preenchimento das vagas em questão.

§ 3o Os profissionais do Magistério em licença remunerada, para formação em mestrado

e/ ou em curso reconhecido na área de educação deverão permanecer na Rede Municipal de

Ensino pelo dobro do período em que transcorreu sua licença, contados a partir da data do seu

retorno.

§ 4o Se o servidor não cumprir o tempo concedido no § 3

o deverá reembolsar à

Administração Pública o valor da remuneração que recebeu durante o período de licenciamento,

devidamente corrigido pelos mesmos índices de reajustes, reposições ou atualizações salariais

concedidas aos servidores públicos municipais durante o período de afastamento.

§ 5o Ao professor estável que completar 5/6 (cinco sextos) do tempo de contribuição

para sua aposentadoria é vedado o afastamento por período superior a 12 meses.

§ 6o Fica assegurado ao Profissional do Magistério, afastamento de suas atribuições sem

prejuízo de seus vencimentos e vantagens de caráter permanente, para participar de estágio

curricular supervisionado obrigatório, na área de educação, quando houver incompatibilidade de

horário de trabalho e estágio, vedado o pagamento de horas extras nos referidos casos.

CAPITULO VII

DO REGIME SUPLEMENTAR DE TRABALHO, FÉRIAS E LICENÇAS

Seção I

Da Hora Atividade

Art. 49. Fica garantido aos Profissionais do Magistério regentes o direito à hora

atividade na proporção de 1/3 (um terço) do total da jornada de trabalho semanal.

§ 1o Para o cômputo da hora-atividade serão considerados:

I - estudos individuais e grupos de estudo;

II - preparação e avaliação do trabalho pedagógico;

III - articulação com a comunidade;

IV - seminários e cursos de aperfeiçoamento profissional.

§ 2o As atividades identificadas no § 1

o deste artigo devem ser cumpridas de

acordo com o planejamento pedagógico das Instituições de Ensino.

§ 3o As atividades identificadas nos incisos I e II, deste artigo, devem ser cumpridas em

unidade escolar.

§ 4o As atividades indicadas no inciso IV, deste artigo, devem ser cumpridas fora da

unidade escolar, com autorização superior.

Seção II

Do Regime Suplementar de Trabalho

Art. 50. O titular do cargo de Professor, que não esteja em acúmulo de cargo ou função

pública, poderá ser convocado para prestar serviço em regime suplementar, para substituição

temporária de professores, em seus impedimentos legais e nos casos de designação para

exercício de outras funções do Magistério, de forma não concomitante com a docência.

Seção III

Das Férias

Art. 51. Os Profissionais do Magistério em regência de classe em Instituições de Ensino

farão jus a 45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais que serão parcelados em duas etapas,

sendo 30 (trinta) dias após o término do ano letivo, e 15 (quinze) dias após o término do 1o

semestre escolar.

§ 1o O Profissional do Magistério que não se encontre em regência de classe em

estabelecimento de ensino fará jus apenas, a 30 (trinta) dias de férias anuais, conforme escala.

§ 2o Não ingressará em férias o Profissional do Magistério que estiver em licença para

tratamento de saúde e licença maternidade, devendo usufruí-la posteriormente.

Art. 52. Independentemente de solicitação, será pago ao ocupante de cargo do

Magistério Público Municipal, por ocasião das férias, um adicional de 1/3 (um terço) sobre o

período de férias, a calcular sobre a remuneração de acordo com o que estabelece a Constituição

Federal.

§ 1o No caso do Profissional do Magistério exercer Função de Direção, Chefia ou

Assessoramento ou ocupar Cargo em Comissão, a respectiva vantagem será considerada no

cálculo do adicional de que trata este artigo.

§ 2o Os efeitos financeiros serão computados a partir da publicação desta Lei.

Art. 53. O Profissional do Magistério exonerado do cargo efetivo ou em comissão

perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na

proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 14

(quatorze) dias.

Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em

que for publicado o ato de exoneração.

Seção IV

Das Licenças, Remoção e Permuta

Art. 54. O Profissional do Magistério estável que, durante o período de 5 (cinco) anos

consecutivos não se afastar do exercício de suas funções, é assegurado o direto à licença

especial de 3 (três) meses por quinquênio, com vencimento ou remuneração e demais vantagens.

§ 1o A fruição da licença especial deve ser gozada em 3 (três) meses consecutivos ou

fracionada a critério do Profissional do Magistério e no interesse da Administração.

§ 2o Não se inclui no prazo de fruição de licença especial o período de férias

regulamentares.

Art. 55. Será concedida aos Profissionais do Magistério, licença sem vencimentos para

tratar de assuntos particulares com duração de até 2 (dois) anos.

Parágrafo único. O Profissional do Magistério poderá voltar as suas atividades a

qualquer tempo e só poderá usufruir de outra Licença da mesma natureza após transcorridos 2

(dois) anos do término da primeira.

Art. 56. É assegurado ao ocupante de cargo do Magistério Público Municipal o direito à

licença para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de

âmbito nacional, estadual ou municipal, sindicato representativo da categoria a que pertence em

função do cargo ou emprego ocupado, sem prejuízo de sua remuneração e direitos.

§ 1o A licença terá duração igual ao mandato, devendo ser prorrogada no caso de

reeleição.

§ 2o Serão licenciados, de acordo com o que estabelece o caput deste artigo, 4 (quatro)

professores eleitos em assembleia da categoria para desempenhar atividades sindical vinculadas

ao Sindicato representativo da categoria.

Art. 57. A concessão de remoção ou permuta de uma para outra unidade escolar ou

órgão de ensino municipal, a pedido dos Profissionais do Magistério, quando da existência de

vaga, compete ao Secretário Municipal da Educação, cuja decisão atenderá prioritariamente aos

interesses do ensino e da educação, observando o princípio da equidade e os critérios

estabelecidos nesta Lei.

§ 1o Os pedidos de remoção e de permuta serão feitos até o mês de novembro.

§ 2o São critérios de prioridade, na existência de dois ou mais candidatos, para concurso

de remoção referente a mesma vaga, a seguinte ordem:

I - Profissional do Magistério com maior tempo de serviço no Município;

II - maior titulação;

III - maior tempo de efetiva regência; e

IV - maior idade.

§ 3o O titular da Secretaria Municipal da Educação publicará no início do ano letivo o

resultado dos pedidos de remoção e de permuta.

§ 4o Os profissionais do Magistério serão lotados em uma das unidades escolares e sua

movimentação será efetivada através de remoção ou permuta, seguindo os critérios

estabelecidos nesta Lei.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS e TRANSITÓRIAS

Seção I

Do Enquadramento

Art. 58. O Enquadramento dos Profissionais do Magistério Municipal dar-se-á

conforme critérios de habilitação e de tempo de exercício no cargo de funções do Magistério,

em níveis e classes de vencimentos iguais ou superiores aos que já ocupam no momento da

implantação do Novo Plano, observando-se ainda, a jornada de trabalho, limitada à Classe L,

ficando garantida a irredutibilidade de vencimentos.

Parágrafo único. Os Profissionais do Magistério que na data da publicação desta Lei

tiverem completado 27 (vinte e sete) anos ou mais de tempo de serviço serão enquadrados na

Classe M.

Art. 59. O enquadramento será de acordo com o tempo de serviço no cargo efetivo no

Município, Anexo III desta Lei, considerando ainda a formação descrita no art. 20, desta Lei.

Art. 60. Os ocupantes do cargo de Instrutor de Ensino serão enquadrados no cargo de

Professor de Educação Infantil Dois, vedada a Transposição.

Art. 61. Os atuais integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal, com cargo

de Professor; Professor de Educação Física; Professor de Educação Infantil e Professor de

Educação Infantil Dois, estes dois últimos denominado anteriormente de Educador Infantil e

Atendente de Creche, estáveis serão transferidos para o Novo Plano de Cargos Carreira e

Remuneração, mediante enquadramento, no prazo de 60 (sessenta) dias após a publicação desta

Lei.

Art. 62. Estão também abrangidos por esta Lei os Profissionais do Magistério, cedidos

fora da Rede Municipal de Ensino que comprovadamente estejam em regência de classe na

Educação Infantil, no Ensino Fundamental – anos iniciais e suas modalidades, que estejam

exercendo as funções do Magistério e com formação específica, sendo aplicados os efeitos

quando da data do retorno dos mesmos.

Art. 63. Os Profissionais do Magistério que se encontrem à época de implantação do

Novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração em licença para trato de interesse particular,

serão enquadrados por ocasião da reassunção.

Art. 64. Os Profissionais do Magistério, contemplados pela presente Lei, deverão

permanecer em atividade por no mínimo 30 (trinta) meses, para fins de enquadramento

previdenciário no novo formato, aplicáveis as disposições constitucionais para o caso.

Art. 65. Os Profissionais do Magistério do Quadro de Pessoal do Magistério Público

Municipal, que se encontram à disposição de outros órgãos, com ou sem ônus, não serão

enquadrados nos termos desta Lei, salvo retorno para o efetivo exercício das suas funções.

Art. 66. O Profissional do Magistério em desvio de função, exercendo outras atividades

diferentes daquelas referentes ao seu cargo atual, só se enquadrará quando do retorno às

atividades inerentes ao cargo.

Parágrafo único. Os Professores que estão liberados para mandato sindical serão

reenquadrados na data prevista nesta Lei.

Art. 67. O Profissional do Magistério que, ao ser enquadrado, sentir-se prejudicado

poderá requerer reavaliação junto à Comissão de Reenquadramento dentro de um prazo de 60

(sessenta) dias da publicação daquele ato.

Seção II

Das Disposições Finais

Art. 68. Fica assegurado o mês de janeiro de cada ano para a reposição do repasse do

percentual do aumento do Piso Nacional conforme art. 5o, da Lei Federal n

o 11.738/2008,

mantendo a Data Base da Categoria para o mês de maio, obedecendo aos critérios estabelecidos

na legislação vigente.

Art. 69. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a conceder Abono Especial, ao

final de cada exercício financeiro, aos Profissionais do Magistério, de que trata esta Lei que

estejam em efetivo exercício na Educação Básica Pública, sempre que o dispêndio com

vencimento, gratificações e encargos sociais, não atingirem a aplicação mínima obrigatória de

60% (sessenta por cento) dos recursos destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

de Educação Básica e de Valorização dos Profissionais do Magistério – FUNDEB – preconizado

na Lei Federal no 11.494, de 20 de junho de 2007.

Art. 70. Não serão realizadas quaisquer alterações pecuniárias na Tabela de

Vencimentos ou demais vantagens aos Profissionais do Magistério decorrentes desta Lei no

decorrer do ano de sua publicação.

Parágrafo único. Aos Profissionais do Magistério de que trata esta Lei não será

aplicado o índice de reajuste a ser definido aos demais servidores públicos municipais no

exercício de 2014.

Art. 71. Aos Profissionais do Magistério são assegurados, nos termos da Constituição

Federal, além do direito à livre associação sindical os seguintes direitos, dentre outros dela

decorrentes:

I - ser representado pelo sindicato, inclusive como substitutivo processual;

II - inamovibilidade do dirigente sindical, até 1 (um) ano após o final do mandato,

exceto se a pedido;

III - descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for associado, o valor

das mensalidades e contribuições definidas em Assembleia Geral da categoria.

Art. 72. É assegurado ao Profissional do Magistério liberação, para representação

sindical da categoria, bem como a remuneração dos vencimentos que tenha percebido no último

mês anterior a sua posse, excetuadas as vantagens exclusivas do exercício de função.

Art. 73. Fica assegurado ao Profissional do Magistério em disponibilidade funcional

para desempenho de mandato sindical todos os direitos e benefícios desta Lei.

Art. 74. O dia 15 de outubro, Dia Nacional do Professor, será considerado recesso

escolar para o Professor da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu.

Art. 75. Não haverá qualquer prejuízo ao Profissional do Magistério que submetido a

laudo médico, indicando o afastamento de suas atividades normais, permaneça em restrição

funcional dentro das unidades escolares, exceto as decorrentes exclusivamente de funções de

docência.

Art. 76. Os atuais ocupantes do cargo de Atendente de Creche, em caso de inatividade,

e após a extinção do cargo de Professor de Educação Infantil Dois, deverão ser reenquadrados

pelo Instituto de Previdência na mesma tabela do Professor de Educação Infantil e terão todos os

direitos e benefícios previstos nesta Lei, no caso da aposentadoria com opção da paridade.

Art. 77. Para garantir os direitos previstos nesta Lei, cuja eficácia dependa de

regulamentação ou de disciplina legal, aplicam-se as normas regulamentares vigentes, e de

forma supletiva no que couber, as disposições contidas na Lei Complementar no 17, de 30 de

agosto de 1993 e Lei no 1.997, de 13 de março de 1996.

Art. 78. A implementação dos benefícios constantes na presente Lei, fica condicionada

à comprovação da disponibilidade orçamentária e financeira e às disposições da Lei

Complementar Federal no 101, de 4 de maio de 2000.

Art. 79. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 80. Ficam revogadas as disposições em contrário e as demais que conflitem com as

disposições desta Lei.

ANEXO I

DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS

TABELA “A”

ATRIBUIÇÕES DO CARGO

PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 20 HORAS

CARGO: PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 20 HORAS

Atribuições:

- Ministrar aulas de forma a cumprir com o programa de conteúdos das disciplinas ou séries sob sua

responsabilidade

- Participar da elaboração e/ou realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de acordo com a

proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.

- Participar da elaboração, execução e avaliação do planejamento de ensino, em consonância com o PPP

da escola e com a proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.

- Participar na elaboração dos planos de recuperação de estudos/conteúdos a serem trabalhados com os

alunos.

- Informar à equipe pedagógica os problemas que interferem no trabalho de sala de aula.

- Planejar, executar e avaliar atividades pedagógicas que visem cumprir os objetivos do processo ensino

aprendizagem.

- Participar de reuniões e eventos da unidade escolar.

- Propor, executar e avaliar alternativas que visem à melhoria do processo educativo.

- Acompanhar e avaliar o desenvolvimento do aluno, proporcionando meios para seu melhor

desenvolvimento.

- Acompanhar e subsidiar o trabalho pedagógico visando o avanço do aluno no processo ensino

aprendizagem, de forma que ele se aproprie dos conteúdos da série em que se encontra.

- Recuperar o aluno com defasagem de conteúdos que esteja sob sua responsabilidade, dando atendimento

individualizado.

- Buscar o aprimoramento de seu desempenho profissional, através da participação em grupos de estudos,

cursos e eventos educacionais. Se for dentro da jornada de trabalho, deve haver concordância com a

direção da escola e com a secretaria de educação.

- Proceder todos os registros das atividades pedagógicas, tais como: registro de frequência de alunos,

registros de conteúdos desenvolvidos, planejamento escolar e relatório das atividades desenvolvidas em

sala de aula.

- Desenvolver nos momentos das horas atividades o estabelecido no art. 49, §§ 1o, 2

o e 3

o.

- Promover a integração entre escola, família e comunidade, colaborando para o melhor atendimento do

educando.

- Manter os pais informados do rendimento escolar dos filhos.

- Organizar o plano de aula, garantindo maior direcionamento ao seu trabalho. No caso da necessidade de

ser substituído, informar os conteúdos a serem trabalhados com a turma para que haja sequência

pedagógica.

- Participar das atividades do Colegiado da Unidade Escolar.

- Manter a pontualidade e assiduidade diária, comprometendo-se com a administração e coordenação

pedagógica da escola quanto às obrigações do cargo e as normas do regimento interno da unidade.

- Outras atividades inerentes ao cargo.

TABELA “B”

ATRIBUIÇÕES DO CARGO

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL DOIS – 40 HORAS

CARGO: PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO

INFANTIL DOIS – 40 HORAS

Atribuições: - Regência de classe e participar da elaboração, efetivação e realimentação da Proposta Pedagógica do

Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e de seu Regimento, em consonância com as diretrizes da

Secretaria Municipal da Educação;

- planejar, organizar, executar e avaliar as atividades relativas às funções do Educador Infantil e cuidar, de

acordo com as Diretrizes Curriculares da Secretaria Municipal da Educação e a proposta Pedagógica do

CMEI, respeitando o estágio de desenvolvimento das crianças, com o objetivo de contribuir para a sua

formação integral;

- observar, acompanhar e promover práticas educativas, individual e coletivamente, de forma que

contribua com o desenvolvimento físico, psíquico, afetivo e social da criança, considerando seus limites,

interesses e valores, a partir do fortalecimento das relações de afeto e respeito às diferenças;

- recepcionar e/ou entregar as crianças aos responsáveis, observando estritamente os procedimentos

preestabelecidos pelo Centro Municipal de Educação Infantil;

- promover a segurança das crianças sob sua responsabilidade, intervindo em situações que ofereçam

riscos;

- registrar e controlar a frequência e a pontualidade das crianças, comunicando ao coordenador ou à

Secretaria Municipal da Educação, os casos de faltas e atrasos em excesso;

- proceder ao registro da avaliação do processo de desenvolvimento da criança, em documentação

apropriada, conforme rotinas preestabelecidas na instituição e o disposto no regimento;

- participar de capacitação, atualização, planejamento e elaboração de material didático pedagógico

proporcionados pela Administração Municipal;

- participar de encontros, cursos, debates e trocas de experiências, visando ao aprimoramento profissional,

de acordo com os critérios preestabelecidos;

- orientar e acompanhar as crianças em suas dificuldades, encaminhando-as ao coordenador, ou à

Secretaria Municipal da Educação sempre que as soluções estejam fora de sua área de competência;

- manter os pais permanentemente atualizados sobre os avanços da criança, atendendo encaminhamentos

definidos, em conjunto com o suporte técnico-pedagógico;

- realizar diferentes atividades pautando-se no respeito à dignidade, aos direitos e às especificidades da

criança em suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, sem

discriminação alguma de modo a garantir a integração/inclusão de todas as crianças;

- orientar e acompanhar as crianças nas atividades referentes à refeição, higiene pessoal e organização do

ambiente, incentivando a aquisição de hábitos saudáveis e autonomia;

- participar e acompanhar as crianças nas atividades externas, zelando pela segurança dos mesmos e o

bom aproveitamento da programação trabalhada; e

- garantir a organização e a manutenção dos materiais utilizados nas atividades educativas.

TABELA “C”

ATRIBUIÇÕES DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO GRATIFICADA

FUNÇÃO: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE ESCOLA E CMEI

Atribuições: - Coordenar o processo de elaboração e/ou realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de

acordo com a proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.

- Planejar, coordenar, orientar e avaliar o projeto pedagógico em conjunto com o corpo docente da

unidade escolar.

- Coordenar os pré-conselhos e Conselhos de Classe, bem como os grupos de estudos desenvolvidos na

unidade escolar.

- Assessorar com subsídios pedagógicos o professor na realização da recuperação dos alunos com

defasagem de conteúdo.

- Orientar o corpo docente (professores) e técnico (instrutor de informática, auxiliar de biblioteca, monitor

de saúde) no desenvolvimento do projeto político pedagógico (elaboração, efetivação e avaliação).

- Participar e envolver todos os setores da unidade, na avaliação do processo ensino aprendizagem.

- Desenvolver estudos e pesquisas para dar suporte técnico e pedagógico para os profissionais da

educação que fazem parte da unidade escolar.

- Compor com os demais elementos da equipe administrativa a Comissão de Avaliação de Desempenho.

- Acompanhar e encaminhar os alunos com dificuldades na aprendizagem à equipe psicopedagógica da

SMED para a realização da avaliação psicoeducacional.

- Promover a integração entre escola, família e comunidade, colaborando para melhor atendimento ao

educando.

- Participar das atividades do Colegiado da Unidade Escolar.

- Manter a pontualidade e assiduidade diária, comprometendo-se com as obrigações do cargo e as normas

do regimento interno da unidade escolar.

- Fazer o levantamento dos aspectos sócio-econômico-cultural da comunidade escolar.

- Acompanhar o processo de avaliação da aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.

- Assessorar o processo de seleção de livros didáticos a serem adotados pela escola e/ou pela rede

municipal de ensino.

- Participar de reuniões e cursos convocados pela SMED e direção da escola.

- Assessorar o corpo docente e técnico com subsídios pedagógicos em diferentes momentos: na hora

atividade, sala de aula, pré-conselho, dentre outros.

- Outras atividades inerentes ao cargo.

FUNÇÃO: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MUNICIPAL

Atribuições:

- Assessorar Escolas e CMEI’s quanto à proposta curricular adotada pela Rede Pública Municipal de

Ensino.

- Propor e desenvolver trabalho a partir da analise de dados coletados no cotidiano escolar em conjunto

com a equipe administrativo-pedagógica das escolas e CMEIs visando a melhoria do ensino-

aprendizagem da Rede Pública Municipal de Ensino.

- Assessorar a equipe administrativo-pedagógica das escolas e CMEIs no processo de elaboração,

reelaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico.

- Elaborar e desenvolver projetos de formação continuada aos professores, monitores e monitores

educacionais da Rede Pública Municipal de Ensino.

- Assessorar na elaboração de projetos de formação continuada dos demais profissionais de educação que

atuam na escola e CMEI’s.

- Propor, planejar e atuar em eventos (fóruns, seminários, encontros de educação e outros) a serem

desenvolvidos no decorrer do ano letivo.

- Participar do processo de avaliação de desempenho do diretor e do coordenador pedagógico escolar

juntamente com os representantes dos demais setores da SMED.

- Representar a SMED junto a outras entidades/instituições.

- Participar em conjunto com os demais setores da SMED na elaboração e execução de projetos

desenvolvidos em parceria com outras instituições que estejam em consonância com a proposta curricular

da rede.

- Orientar, conduzir as discussões referentes ao processo de seleção dos livros didáticos a serem adotados

pela escola e/ou pela rede pública municipal de ensino.

- Assessorar e coordenar as discussões referentes ao processo de seleção dos livros didáticos a serem

adotados pela rede pública municipal de ensino.

- Opinar e emitir parecer sobre projetos propostos por outras entidades e instituições.

- Participar ativamente do planejamento das ações da SMED.

- Participar de reuniões, cursos e eventos programados pela escola e CMEI.

- Assessorar as escolas e os CMEI’s.

- Coordenar a área específica de atuação de acordo com o nível e modalidade de ensino, conforme

organograma da SMED.

- Coordenar as áreas do conhecimento.

- Entrevistar, avaliar e emitir parecer sobre candidatos que pretendam exercer a função de coordenador

pedagógico escolar e de coordenador administrativo-pedagógico do CMEI.

FUNÇÃO: DIRETOR DE ESCOLA E CMEI’S

Atribuições: - Conduzir a construção e realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de acordo com a

proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino, fazendo as articulações necessárias para a

participação democrática de todos os segmentos da comunidade escolar, garantindo sua efetivação.

- Dirigir o Conselho Escolar.

- Cumprir com as determinações do Conselho Escolar.

- Administrar a Unidade Escolar nos aspectos administrativos e pedagógicos.

- Promover a integração entre escola, família e comunidade, criando condições propícias para melhor

atendimento ao educando.

- Participar das atividades do Conselho da Unidade Escolar.

- Enviar à SMED os relatórios e demais documentações formais, rotineiras, exigidas pelo Sistema.

- Manter o controle da documentação e registros rotineiros das atividades da Unidade Escolar.

- Analisar e avaliar constantemente e coletivamente a proposta da escola, detectando as dificuldades e

propondo encaminhamentos para a resolução dos problemas.

- Oportunizar aos pais o conhecimento da proposta pedagógica da Escola e CMEI’s.

- Participar efetivamente dos cursos, reuniões administrativas e pedagógicas, seminários, grupos de

estudo organizados pela SMED.

- Conduzir, em conjunto com o coordenador pedagógico, o conselho de classe, grupos de estudo, reuniões

pedagógicas.

- Comunicar à SMED as irregularidades verificadas na escola e CMEI’s, aplicando as medidas cabíveis á

sua competência.

- Acompanhar e orientar o trabalho de todos os profissionais da escola.

- Participar das discussões pedagógicas com o coordenador e o professor (pré-conselho, reuniões com

pais, dentre outras) visando o desenvolvimento do processo educativo – efetivação do projeto político

pedagógico.

- Solicitar orientações à SMED sempre que houver necessidade.

.

ANEXO II

CARGOS DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

TABELA “A”

QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO

CARGOS NÚMERO DE

VAGAS

JORNADA SEMANAL DE

TRABALHO

Professor 1.830 20

Professor de Educação Física 60 20

Professor de Educação Infantil 300 40

Professor de Educação Infantil Dois 185 40

ANEXO III

TABELA DE TEMPO DE SERVIÇO PARA EFEITO DE ENQUADRAMENTO

CLASSE TEMPO DE SERVIÇO

A 00 a 03 anos

B 03 anos e 1 dia a 05 anos

C 05 anos e 1 dia a 07 anos

D 07 anos e 1 dia a 09 anos

E 09 anos e 1 dia a 11 anos

F 11 anos e 1 dia a 13 anos

G 13 anos e 1 dia a 15 anos

H 15 anos e 1 dia a 17 anos

I 17 anos e 1 dia a 19 anos

J 19 anos e 1 dia a 21 anos

K 21 anos e 1 dia a 23 anos

L 23 anos e 1 dia a 26 anos e 12 meses

M 27 anos ou mais

ANEXO IV

VENCIMENTOS DO MAGISTÉRIO

TABELA “A”– 20 HORAS – ENSINO FUNDAMENTAL

NÍVEL DE VENCIMENTO Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Classe F Classe G Classe H Classe I Classe J Classe K Classe L Classe M Classe N Classe O Classe P Classe Q

MAGISTÉRIO - I 1.086,44 1.152,58 1.222,83 1.297,30 1.376,27 1.460,05 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.206,18 2.338,55 2.478,86 2.627,59 2.785,25

MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II 1.187,17 1.259,46 1.336,15 1.417,55 1.503,88 1.595,50 1.692,64 1.795,75 1.905,18 2.021,12 2.144,27 2.274,84 2.411,32 2.555,99 2.709,35 2.871,90 3.044,21

LICENCIATURA CURTA - III 1.297,30 1.376,27 1.460,05 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.634,95 2.793,05 2.960,62 3.212,27 3.405,01

LICENCIATURA PLENA - IV 1.417,55 1.503,88 1.595,50 1.692,64 1.795,75 1.905,18 2.021,12 2.144,57 2.274,84 2.343,10 2.485,81 2.637,19 2.795,41 2.963,13 3.140,92 3.329,37 3.529,13

ESPECIALIZAÇÃO - V 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.637,19 .797,84 2.968,20 3.146,29 .335,06 3.535,15 3.747,26 3.972,10

MESTRADO - VI 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.637,19 2.797,84 2.968,20 3.149,02 3.340,78 3.541,22 3.753,68 3.978,90 4.217,63 4.470,69

TABELA DE EQUIVALÊNCIA REF. INICIAL CARGO

MAGISTÉRIO - I 32

MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II 35

LICENCIATURA CURTA - III 38

LICENCIATURA PLENA - IV 41

ESPECIALIZAÇÃO - V 44

MESTRADO - VI 48

TABELA “B”– 40 HORAS – EDUCAÇÃO INFANTIL

NÍVEL DE VENCIMENTO Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Classe F Classe G Classe H Classe I Classe J Classe K Classe L Classe M Classe N Classe O Classe P Classe Q

MAGISTÉRIO - I

2.172,88 2.305,16 2.445,66 2.594,60 2.752,54 2.920,10 3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.412,36 4.677,10 4.957,72

5.255,18 5.570,50

MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II

2.374,34 2.518,92 2.672,30 2.835,10 3.007,76 3.191,00 3.385,28 3.591,50 3.810,36 4.042,24 4.288,54 .549,68 4.822,64 5.111,98 5.418,70 5.743,80 6.088,42

LICENCIATURA CURTA - III

2.594,60 2.752,54 2.920,10 3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.269,90 5.586,10 5.921,24 6.424,54 6.810,02

LICENCIATURA PLENA - IV

2.835,10 3.007,76 3.191,00 3.385,28 3.591,50 3.810,36 4.042,24 4.289,14 4.549,68 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.590,82

5.926,26 6.281,84 6.658,74 7.058,26

ESPECIALIZAÇÃO - V

3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.595,68 5.936,40 6.292,58

6.670,12 7.070,30 7.494,52 7.944,20

MESTRADO - VI

3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.595,68 5.936,40 6.298,04 6.681,56 7.082,44 7.507,36 7.957,80 8.435,26 8.941,38

J U S T I F I C A T I V A

MENSAGEM No 018/2014

Encaminhamos para apreciação dessa Casa de Leis o Projeto de Lei que “Dispõe sobre

reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras, Remuneração e Valorização dos

Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do

Iguaçu”.

A Resolução no 3, de 10 de outubro de 1997, do Conselho Nacional de Educação

estabelecia critérios para aprovação de Plano de Cargos para o Magistério Público

Municipal, aliado ao estabelecido na Emenda Constitucional no 14/96 e na Lei Federal n

o

9.424/96 (Lei que instituía e regulamentava o FUNDEF – Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério).

Após esta data, várias leis e regulamentações surgiram e atingem diretamente os

profissionais do Magistério, tais como: a Emenda Constitucional no 53/2006, que alterou a

redação do art. 60, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, substituindo o

FUNDEF pelo FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica

e de Valorização dos Profissionais do Magistério; a Lei no 11.494/2007, de 20 de junho de

2007, regulamentando o FUNDEB; a Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, instituindo o

Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério da educação básica;

a Resolução no 2, de 28 de maio de 2009, do Conselho Nacional de Educação,

revogando a Resolução no 3/97, estabelecendo as novas diretrizes para a reformulação e

adequação dos planos de carreira do Magistério.

Esta nova legislação e normas federais aprovadas obrigam as administrações públicas a

aprovarem e/ou realizarem as alterações e adequações dos planos de carreira do magistério,

em especial a introdução dos profissionais do magistério da educação infantil na carreira.

Todavia, houve uma preocupação em garantir, e até mesmo ampliar, neste plano, os

direitos já conquistados pelos profissionais do magistério da rede municipal de ensino do

Município.

Assim, com este Projeto de Lei se pretende instituir o Plano de Carreira próprio dos

Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz.

Desta forma, encaminhamos è essa egrégia Casa, o presente Projeto de Lei para apreciação

e aprovação dos senhores Vereadores.

LJ/