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PROJETO DE LEI Nº 38/2014
Dispõe sobre reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras,
Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério
da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do
Iguaçu.
Autor: Prefeito Municipal – Mensagem nº 018/2014.
A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Aprova:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1
o Esta Lei dispõe sobre a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras,
Remuneração e Valorização dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de
Ensino do Município de Foz do Iguaçu.
Art. 2o Ficam alteradas as nomenclaturas dos seguintes cargos que passam a fazer parte
deste Plano de Carreira:
I - Educador Infantil: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil; e
II - Atendente de Creche: passa a denominar-se Professor de Educação Infantil Dois.
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I - Rede Pública Municipal de Ensino: o conjunto de instituições educacionais e
órgãos que realizam atividades de educação sob a coordenação da Secretaria Municipal da
Educação do Município de Foz do Iguaçu;
II - Instituições Educacionais: os estabelecimentos mantidos pelo Poder Público
Municipal em que se desenvolvem atividades ligadas à Educação Infantil de 0 a 5 anos, ao
Ensino Fundamental Anos Iniciais, Educação em Tempo Integral, Ensino no Campo e às
modalidades de ensino, incluídas as de educação especial e educação de jovens e adultos;
III - Secretaria Municipal da Educação: responsável pela gestão administrativa e
pedagógica da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu;
IV - Magistério Público Municipal: o conjunto de profissionais do magistério, titulares
de cargos de docência e suporte pedagógico da Rede Pública Municipal de Ensino, com funções
de magistério;
V - Profissionais do Magistério: titulares dos cargos efetivos de que trata esta Lei, com
atividades de docência ou que desenvolvam funções de suporte pedagógico direto ao exercício
da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação
educacional e coordenação pedagógica;
VI - Funções de Magistério: as atividades de docência e de suporte pedagógico à
docência, incluídas as de direção, coordenação pedagógica, orientação, auxílio e suporte
pedagógico, exercidas nas instituições educacionais, na Secretaria Municipal da Educação do
Município e nas unidades a ela vinculadas;
VII - Docência: atividades de ensino desenvolvidas pelo profissional do magistério,
direcionadas ao aprendizado do aluno e consubstanciada na regência ou no auxílio à regência de
classe ou turma.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS E OBJETIVOS DO PLANO DE CARGOS,
CARREIRA E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL
Art. 4
o A Carreira do Magistério Público Municipal tem como princípios básicos:
I - profissionalização; que pressupõe qualificação e aperfeiçoamento profissional
continuado;
II - condições adequadas de trabalho;
III - remuneração condigna para todos os profissionais do magistério, com vencimento
inicial nunca inferior ao valor correspondente ao Piso Salarial Profissional Nacional, nos termos
da Lei Federal no 11.738, de 16 de julho de 2008 e do Plano Nacional de Educação vigente;
IV - desenvolvimento funcional baseado na habilitação ou titulação, no desempenho, na
qualificação, tempo de serviço no Município e efetivo exercício em funções do Magistério e
Docência, nos termos desta Lei;
V - garantia aos profissionais no exercício da docência, de período reservado a estudos,
planejamento e avaliação do trabalho didático, incluído em sua carga horária de trabalho;
VI - participação no planejamento, elaboração, execução e avaliação do Projeto Político
Pedagógico da Instituição Educacional e das políticas educacionais do Município;
VII - movimentação dos Profissionais entre as instituições educacionais, por meio de
critérios objetivos, tendo como base os interesses da aprendizagem dos educandos;
VIII - mobilidade que permite aos Profissionais do Magistério, nos limites legais
vigentes, a prestação de serviços educacionais de excelência;
IX - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e
o saber, dentro dos ideais da democracia;
X - garantia aos Profissionais do Magistério, dos meios necessários para o provimento de
conhecimentos, valores e habilidades compatíveis com a política institucional da Secretaria
Municipal da Educação;
XI - estímulo ao aperfeiçoamento, à especialização e à atualização, bem como à
melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados ao conjunto da população do
Município de Foz do Iguaçu;
XII - gestão democrática na Rede Pública Municipal de Ensino, com eleição direta para
a escolha da direção das instituições educacionais e participação dos Conselhos Escolares nos
encaminhamentos político-administrativos e pedagógicos nas respectivas instituições
educacionais;
XIII - formação e aperfeiçoamento profissional continuado, em serviço e/ou com
licenciamento periódico remunerado, ofertados pela Secretaria Municipal da Educação,
Universidades, Instituições de Ensino Superior e/ou Instituições Públicas.
Art. 5o O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal –
PCCR –, objetiva o aperfeiçoamento profissional contínuo e a valorização dos Profissionais do
Magistério através de remuneração condigna, bem como a melhoria de desempenho, de
produtividade e da qualidade dos serviços prestados à população do Município.
Art. 6o O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal
contempla também os seguintes objetivos específicos:
I - valorizar o Professor e a Educação Pública, reconhecendo a importância da carreira
pública e de seus agentes;
II - integrar o desenvolvimento profissional de seus professores ao desenvolvimento da
educação no Município, visando padrão de qualidade;
III - promover a educação visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo
para o exercício da cidadania;
IV - participar da gestão democrática do ensino público municipal;
V - assegurar um vencimento condigno para o Profissional do Magistério mediante
qualificação profissional e crescimento na carreira;
VI - estabelecer o Piso Vencimental Profissional, compatível com a profissão e a
tipicidade das funções.
VII - garantir ao Profissional do Magistério os meios necessários para o provimento de
conhecimentos, valores e habilidades compatíveis com a política institucional da Secretaria
Municipal da Educação;
VIII - estimular o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, bem como a
melhoria do desempenho e da qualidade dos serviços prestados ao conjunto da população do
Município;
IX - garantir o princípio da democracia, onde os Profissionais do Magistério tenham as
mesmas oportunidades, baseando-se em critérios único para todos; e
X - garantir o compromisso do Profissional do Magistério de propiciar ao educando uma
formação que possibilite compreender criticamente a realidade social, conscientizando-o de seus
direitos e responsabilidades, buscando o desenvolvimento de valores éticos e da participação
social.
CAPÍTULO III
DA ESTRUTURA DOS CARGOS E CARREIRA
Seção I
Do Quadro Próprio do Magistério Público Municipal
Art. 7o Fica criado o Quadro Próprio do Magistério Público Municipal, formado por
cargos de provimento efetivo, com atribuições de atividades de docência na Educação Infantil,
Ensino Fundamental de 1o ao 5
o ano, Educação de Jovens e Adultos.
Seção II
Da Estrutura de Cargos
Art. 8
o A estruturação do Quadro Próprio do Magistério Público Municipal compreende
os cargos efetivos de:
I - Professor;
II - Professor de Educação Física;
III - Professor de Educação Infantil;
IV - Professor de Educação Infantil Dois.
Art. 9o A quantidade de vagas, jornada de trabalho e atribuições dos cargos elencados
no art. 8o estão dispostos nos Anexos I e II desta Lei.
Seção III
Do Estágio Probatório
Art. 10. São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os ocupantes de cargo do
Magistério Público Municipal, nomeados em caráter efetivo, em virtude de concurso público de
provas e títulos.
§ 1o A avaliação especial de desempenho será feita a cada 6 (seis) meses, considerando-
se em cada avaliação os fatores estabelecidos nesta Lei.
§ 2o Será considerado com desempenho insuficiente o Profissional do Magistério que
obtiver a nota inferior a 50% (cinquenta por cento) no processo de avaliação.
§ 3o Será considerado reprovado no estágio probatório o Profissional do Magistério que
apresentar desempenho insuficiente em duas avaliações.
§ 4o O estágio probatório ficará suspenso na hipótese das seguintes licenças:
I - por motivo de doença em pessoa na família;
II - para ocupar cargo público eletivo.
§ 5o O estágio probatório será retomado a partir do término das licenças especificadas
no § 4o .
§ 6o Durante o estágio probatório o ocupante do cargo do Magistério da Rede Pública
Municipal de Ensino será acompanhado pela equipe de suporte pedagógico, que proporcionará
meios para sua integração e favorecerá o desenvolvimento de suas potencialidades em relação
aos interesses da sociedade.
§ 7o Cabe à Secretaria Municipal da Educação garantir os meios necessários para
acompanhamento e avaliação especial do desempenho dos seus professores em estágio
probatório.
§ 8o Será exonerado após a conclusão do processo administrativo, com garantia ao
contraditório e ampla defesa, o profissional do magistério em estágio probatório, que apresentar
em duas avaliações consecutivas, nota inferior a 50 (cinquenta) pontos na avaliação de
desempenho.
Subseção I
Da Comissão de Avaliação Especial de Desempenho
Art. 11. Fica instituída a Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD – que
terá a competência de:
I - analisar e julgar as avaliações especiais de desempenho que requeiram revisão, em
grau único de recurso, ratificando ou retificando os resultados;
II - emitir parecer pela aprovação ou não do servidor no estágio probatório, com
fundamento nas informações constantes no processo de avaliação de desempenho, em
cumprimento ao disposto no art. 41, § 4o, da Constituição Federal;
III - atuar nos processos de dispensa por insuficiência de desempenho no que couber,
seja durante o estágio probatório ou após ter adquirido a estabilidade.
Art. 12. A Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD – será composta de
5 (cinco) membros titulares e 5 (cinco) suplentes para mandato de 2 (dois) anos, nomeados pelo
Prefeito Municipal, sendo:
I - um servidor da Procuradoria Geral do Município, com formação em Direito;
II - um servidor representante da Diretoria de Relações de Trabalho, Saúde Ocupacional,
Desenvolvimento e Capacitação Funcional;
III - dois professores representantes do Sindicato Representativo da Classe;
IV - um professor representante da Secretaria Municipal da Educação.
§ 1o O presidente será eleito entre os membros titulares da comissão.
§ 2o Será obrigatória a presença de no mínimo 3 (três) dos membros titulares em cada
reunião.
Art. 13. Ficam definidos os seguintes prazos para interposição de recurso junto à
Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD:
I - 5 (cinco) dias úteis para revisão da avaliação por iniciativa do professor, a contar da
data da ciência do processo pelo avaliado;
II - 15 (quinze) dias úteis para revisão da avaliação por iniciativa da Diretoria de
Relações de Trabalho, Saúde Ocupacional, Desenvolvimento e Capacitação Funcional, a contar
da data do recebimento da avaliação.
Art. 14. Fica estipulado o prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento do
processo de avaliação especial de desempenho, para a apresentação das conclusões finais pela
Comissão de Avaliação Especial de Desempenho – CAD.
Seção IV
Do Desenvolvimento na Carreira
Art. 15. O Processo de Desenvolvimento na Carreira ocorrerá, conforme condições
oferecidas aos Profissionais do Magistério, mediante:
I - elaboração de Plano de Qualificação Profissional;
II - estruturação de um sistema de avaliação de desempenho anual;
III - estruturação de um sistema de acompanhamento de pessoal, que assessore
permanentemente os dirigentes na gestão de seus recursos humanos.
Art. 16. Os avanços e crescimento na carreira dar-se-ão através das promoções
horizontal e vertical.
§ 1o Define-se por promoção horizontal o avanço de uma ou mais classes salariais
dentro do mesmo nível de vencimento.
§ 2o Define-se por promoção vertical a passagem automática de um nível para outro na
carreira, de acordo com a habilitação apresentada.
Art. 17. É assegurada a oportunidade de promoção vertical e horizontal, de que trata
esta Lei ao Profissional do Magistério que, encontrando-se em efetivo exercício, não tenha seu
desempenho avaliado em virtude de estar afastado temporariamente do cargo efetivo para o
exercício de cargo em comissão lotado na Secretaria Municipal da Educação ou em
representação sindical da categoria profissional do magistério, bem como para aquele no
exercício das funções gratificadas previstas nesta Lei, excetuados os casos de avanço
exclusivamente em razão da docência.
Subseção I
Dos Níveis e Classes do PCCR
Art. 18. O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal
da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu – PCCR – tem na carreira os cargos
divididos em níveis conforme qualificação, assim estruturado:
I - Nível I: Professores com formação em Magistério na modalidade Normal Magistério;
II - Nível II: Professores com formação em Magistério na modalidade Normal
Magistério mais estudos adicionais;
III - Nível III: Professores com formação em Licenciatura Curta;
IV - Nível IV: Professores com formação em Magistério mais Licenciatura Plena na área
da Educação e/ou com Licenciatura Plena em Pedagogia;
V - Nível V: Professores com formação em curso de graduação, mais Especialização
lato sensu em área relacionada a sua atuação com carga horária mínima de 360 (trezentas e
sessenta) horas;
VI - Nível VI: Professores com formação em curso de Graduação, mais especialização
stricto sensu na área da educação.
§ 1o Para o ingresso ao cargo de Professor é exigida a formação mínima em habilitação
específica para atuação nos diferentes níveis e modalidades de ensino, obtida em Nível
Magistério e/ou licenciatura em graduação plena em Pedagogia em Educação Infantil e/ou
Ensino Fundamental Séries Iniciais.
§ 2o Para o ingresso ao cargo de Professor de Educação Física é exigida formação em
Licenciatura de Educação Física.
§ 3o Para o ingresso no cargo de Professor de Educação Infantil é exigida a formação
mínima em Magistério na modalidade Normal Superior ou Pedagogia com formação na
Educação Infantil.
Art. 19. O PCCR da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu tem na
carreira o cargo de Professor de Educação Infantil Dois em extinção, assim estruturado, vedada
a Transposição:
I - Professor de Educação Infantil Dois Nível I com formação em Magistério na
modalidade normal Magistério;
II - Professor de Educação Infantil Dois Nível II com formação em Magistério com
estudos adicionais na área da educação;
III - Professor de Educação Infantil Dois Nível III com formação em Licenciatura Curta;
IV - Professor de Educação Infantil Dois Nível IV com formação em Magistério mais
Licenciatura na área de Educação e/ou Licenciatura Plena em Pedagogia;
V - Professor de Educação Infantil Dois Nível V com formação em curso de graduação
mais Especialização lato sensu em área relacionada a sua atuação com carga horária mínima de
360 (trezentas e sessenta) horas;
V - Professor de Educação Infantil Dois Nível VI com formação em curso de Graduação,
mais pós-graduação stricto sensu na área da educação.
Art. 20. Os cargos de Professor, Professor de Educação Física, Professor de Educação
Infantil e Professor de Educação Infantil Dois serão distribuídos na Carreira em Níveis e
Classes:
I - o Grupo Ocupacional Magistério é composto por 6 (seis) Níveis, assim designados:
Nível I, II, III, IV, V e VI aos quais estão associados critérios de formação, habilitação e
titulação.
II - para a promoção entre os níveis obedecer-se-á a evolução de 3 (três) referências
entre um nível e outro, excetuando o acesso do Nível V ao Nível VI, que terá evolução de 4
(quatro) referências.
III - cada um dos Níveis descritos no inciso I deste artigo é composto de 17 (dezessete)
Classes designadas pelas letras A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P e Q, associadas a
critérios de avaliação de desempenho e a participação em programas de desenvolvimento para a
carreira.
IV - para a progressão entre as Classes em um mesmo Nível, será mantida a evolução de
1 (uma) Classe e a Classe seguinte, no percentual de 6% (seis por cento), conforme Tabela de
Vencimentos anexo desta Lei.
V - a Progressão para as Classes designadas pelas letras M, N, O, P e Q será possível
apenas em janeiro de 2015, cumpridos os requisitos anteriormente expostos para a referida
progressão, vedada a utilização de critérios passados na contagem de tempo e qualificação.
Seção V
Da Promoção Vertical
Art. 21. A promoção vertical será concedida ao profissional do magistério estável e
vigorará a partir do início do mês subsequente àquele em que o interessado apresentar protocolo,
através dos seguintes critérios:
I - atendimento aos requisitos estabelecidos para o nível pretendido, de acordo com a
habilitação profissional do Profissional do Magistério;
II - o requerimento de que trata o caput deste artigo deverá estar acompanhado dos
documentos comprobatórios da nova habilitação sendo o Certificado e/ou Certidão de
Conclusão de Curso acompanhado do histórico escolar ou Diploma reconhecido por órgão
competente.
Parágrafo único. O enquadramento no novo nível se dará na mesma classe
correspondente ao nível anterior, não podendo ser inferior.
Seção VI
Da Promoção Horizontal
Art. 22. O Profissional do Magistério estável, tem direito à promoção horizontal, a cada
ano a partir do mês subsequente ao mês que adquirir a estabilidade, de acordo com os seguintes
critérios:
I - avanço de uma classe salarial ao Profissional do Magistério que obtiver nota global de
desempenho – NGD, igual ou superior a 70 (setenta) pontos, no período da avaliação de
desempenho, considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos;
II - avanço de uma classe salarial adicional ao Profissional do Magistério que, durante
três períodos consecutivos de avaliação, tiver Nota Global de Desempenho – NGD, igual ou
superior a 80 (oitenta) pontos, considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos;
III - avanço de uma classe salarial adicionada a cada 2 (dois) anos, mediante a
participação de cursos de capacitação profissional específicos da área da educação.
IV - os certificados de cursos realizados durante o estágio probatório serão considerados
para efeito de avanço horizontal, após atingida a estabilidade.
§ 1o Para efeito do inciso II deste artigo, as avaliações utilizadas pela concessão de uma
classe salarial adicional não poderão ser reutilizadas para a mesma finalidade.
§ 2o Para efeito do inciso III deste artigo, considerar-se-á o mínimo de 200 (duzentas)
horas de treinamento e cursos na área de educação, com carga horária individual não inferior a 4
(quatro) horas, ministrados pela Secretaria Municipal da Educação ou outra entidade autorizada
pelo MEC e devidamente registrados no prontuário funcional, aplicando-se ambos os padrões
quando for o caso.
§ 3o Para efeito do § 2
o, as horas de treinamento realizadas, caso não sejam utilizadas,
prescrevem em 2 (dois) anos, contados da data de realização do treinamento, não ocorrendo à
prescrição quando se tratar de certificados de cursos.
§ 4o São válidos para o avanço previsto no inciso III deste artigo, os certificados de
cursos realizados nos últimos 5 (cinco) anos.
§ 5o É assegurado ao Profissional do Magistério o avanço de uma classe salarial, à época
da promoção horizontal, no caso de não ser avaliado seu desempenho dentro do prazo
estabelecido, por inércia da Administração.
§ 6o Os certificados utilizados para o benefício de que trata o inciso III e § 4
o, deste
artigo, não poderão ser reutilizados para a mesma finalidade.
Subseção I
Da Avaliação de Desempenho
Art. 23. O sistema de avaliação de desempenho é instituído como instrumento da
política de desenvolvimento de Recursos Humanos, onde serão considerados os seguintes
fatores:
§ 1o Aos Profissionais do Magistério:
I - participação na elaboração e execução de projetos na área pedagógica da escola;
II - gestão de classe com a participação dos alunos mantendo disciplina e
responsabilidade;
III - domínio dos conteúdos aplicados em sala de aula;
IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da escola com a comunidade;
V - relacionamento humano no trabalho;
VI - iniciativa e criatividade nas atividades curriculares que inovam o trabalho docente;
VII - autodesenvolvimento nas disciplinas pedagógicas;
VIII - comprometimento diário com a escola, quanto à assiduidade; e
IX - qualidade do trabalho.
§ 2o Aos Profissionais do Magistério exercendo a Função de Coordenação
Pedagógica:
I - coordenação, participação, elaboração e orientação para a execução do Projeto
Político Pedagógico – PPP das instituições de ensino;
II - gestão pedagógica com a participação do corpo docente;
III - domínio e aplicabilidade da Proposta adotada pela Rede Municipal de Ensino, bem
como do PPP da instituição de ensino;
IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da escola com a comunidade
escolar;
V - relacionamento humano no trabalho;
VI - iniciativa e criatividade nas atividades administrativas e pedagógicas que inovam o
trabalho na instituição de ensino;
VII - autodesenvolvimento, conhecimento teórico e prático; e
VIII - qualidade do trabalho, com responsabilidade e disciplina.
§ 3o Aos Profissionais do Magistério exercendo a Função de Direção:
I - participação na reestruturação do PPP, elaboração de metas, projetos e sua execução
na área Administrativa/Pedagógica da unidade escolar;
II - gestão colegiada envolvendo a comunidade escolar;
III - domínio e aplicabilidade da Proposta de Gestão adotada pela Rede Municipal de
Ensino;
IV - interesse e cooperação nas atividades de articulação da unidade de ensino com a
comunidade escolar;
V - relacionamento humano no trabalho;
VI - iniciativa e criatividade nas atividades administrativas e pedagógicas que inovam o
trabalho na unidade de ensino;
VII - autodesenvolvimento, conhecimento administrativo e pedagógico; e
VIII - qualidade do trabalho com responsabilidade e disciplina.
Art. 24. A avaliação de desempenho do Profissional do Magistério estável e/ou em
exercício de Função Gratificada obedecerá aos seguintes critérios:
I - o período de avaliação de desempenho será de 12 (doze) meses e iniciar-se-á sempre
no mês em que o professor houver completado ano de serviço;
II - o processo de avaliação de desempenho deverá ser concluído até 60 (sessenta) dias,
subsequentes ao término do período definido no inciso I;
III - o resultado da avaliação será definido pela Nota Global de Desempenho – NGD,
calculada em função da média ponderada da pontuação atribuída a cada um dos fatores de
avaliação, considerada a escala de 0 (zero) a 100% (cem por cento).
Parágrafo único. Se houver mudança de função, durante o período de avaliação, o
Profissional do Magistério será avaliado na função em que o mesmo permanecer por maior
tempo.
Art. 25. A avaliação de desempenho será realizada por uma comissão composta de no
mínimo três membros.
§ 1o A avaliação do Profissional do Magistério conforme caput deste artigo é de
responsabilidade da equipe administrativa e pedagógica da escola.
§ 2o A avaliação dos membros da equipe administrativa e pedagógica da escola, bem
como do coordenador pedagógico municipal é de responsabilidade da Secretaria Municipal da
Educação.
§ 3o A avaliação de desempenho dos Profissionais do Magistério lotados nas escolas
localizadas na zona rural que não possuem equipe administrativa e pedagógica ficará a critério
da Secretaria Municipal da Educação.
Art. 26. O Profissional do Magistério que obtiver Nota Global de Desempenho – NGD
inferior a 50 (cinquenta) pontos considerada a nota máxima de 100 (cem) pontos, será
considerado com insuficiência de desempenho, devendo participar obrigatoriamente do
Programa de Recuperação de Desempenho, que estabelecerá os objetivos e metas para correção
do desempenho no período seguinte.
Art. 27. O Profissional do Magistério com insuficiência de desempenho ingressará
automaticamente no Programa de Recuperação de Desempenho, onde serão estabelecidos os
objetivos e metas a serem alcançados nos próximos 6 (seis) meses, sob a coordenação e
orientação da Secretaria Municipal da Educação.
Art. 28. O Profissional do Magistério que incorrer em insuficiência de desempenho em
2 (duas) avaliações consecutivas ou em 3 (três) avaliações interpoladas nos últimos 5 (cinco)
anos será submetido a processo administrativo que poderá concluir pela exoneração.
Art. 29. O Profissional do Magistério que incorrer no art. 26, não poderá utilizar os
cursos do Programa de Recuperação de Desempenho para a concessão do avanço previsto no
inciso III, do art. 22, desta Lei.
Art. 30. As demais normas de avaliação de desempenho terão regulamentação própria
definida pela equipe de avaliadores instituída pela Secretaria Municipal da Educação.
Art. 31. As avaliações de desempenho serão concluídas no primeiro quadrimestre do
ano, para que a progressão horizontal vigore a partir do mês de maio do mesmo ano.
CAPÍTULO IV
DO QUADRO DE FUNÇÕES GRATIFICADAS DO MAGISTÉRIO
Art. 32. Ficam instituídas as seguintes Funções Gratificadas, nas respectivas
denominações:
I - Diretor de Escola;
II - Coordenador Pedagógico de Escola;
III - Coordenador Pedagógico Municipal;
IV - Diretor do CMEI; e
V - Coordenador Pedagógico do CMEI.
Parágrafo único. Somente poderão exercer as funções gratificadas os Profissionais do
Magistério estáveis.
Art. 33. A função de Diretor, Coordenador Pedagógico das Escolas ou Centros de
Educação Infantil só poderá ser exercida por ocupantes do cargo de Profissional do Magistério,
portador de vaga fixa na escola, que forem eleitos pelos princípios da Gestão Democrática; ou
seja, aquela que se dá pela participação de toda a comunidade escolar: professores, funcionários
da unidade escolar, alunos, pais ou responsável do aluno, conforme regulamento próprio.
§ 1o Para a eleição que dispõe o caput deste artigo, os votos dos Profissionais do
Magistério e Funcionários lotados na Instituição de Ensino em que se der a eleição terá peso de
50% (cinquenta por cento) e os votos de Pais e Alunos maiores que 16 (dezesseis) anos terá peso
de 50% (cinquenta por cento).
§ 2o O candidato poderá ser reconduzido a um único mandato de 3 (três) anos.
§ 3o Poderá candidatar-se para as funções descritas nos incisos II e III do art. 32, o
Profissional do Magistério que tiver cargo efetivo de 20 ou 40 horas no Município.
Art. 34. Cada Unidade Escolar terá obrigatoriamente em seu quadro funcional um
Diretor e um Coordenador Pedagógico, podendo ser eleito mais de um Coordenador Pedagógico
para as Escolas e CMEI’s de médio e grande porte, de acordo com regulamento próprio definido
pela Secretaria Municipal da Educação com a participação do Sindicato representativo da
categoria.
Art. 35. Ao Diretor compete coordenar e supervisionar as atividades escolares,
desempenhando funções de natureza pedagógica e administrativa, promovendo a articulação
escola-comunidade e demais atribuições definidas no Regimento Escolar.
Parágrafo único. O candidato à Função gratificada deverá ter no mínimo 3 (três) anos
de efetivo exercício na docência e de 2 (dois) anos na Instituição de Ensino que deseja
concorrer.
Art. 36. A Função de Coordenação Pedagógica nas unidades de Ensino da Rede
Municipal e na Secretaria Municipal da Educação será ocupada preferencialmente por
Profissional do Magistério com formação em Nível Superior em Pedagogia ou Nível Superior na
área da educação mais especialização lato sensu.
Parágrafo único. Os critérios para a escolha da Equipe Pedagógica com função
gratificada, quando existirem mais de 1 (um) interessado serão a formação, o tempo de serviço
na escola, o tempo de serviço na Rede Municipal e finalmente a idade.
Art. 37. Em caso de não haver na Instituição de Ensino candidato ou eleição para as
funções gratificadas de que trata o art. 32, compete ao titular da Secretaria Municipal da
Educação, em conformidade com a unidade escolar e norma que regulamentar a matéria, indicar
o Profissional do Magistério para exercer função gratificada, cuja designação da função e o local
do exercício serão efetivados por ato do Chefe do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo único. A nomeação dos Coordenadores Pedagógico Municipal será de livre
designação do titular da Secretaria Municipal da Educação.
CAPÍTULO V
DA ESTRUTURA REMUNERATÓRIA
Seção I
Dos Vencimentos
Art. 38. A estrutura de vencimentos do Quadro do Pessoal Permanente do Magistério
Público Municipal compõe o Anexo IV desta Lei, Tabela de Vencimentos.
Art. 39. O cálculo do vencimento do Quadro de Pessoal do Grupo Ocupacional do
Magistério Municipal, far-se-á com base na jornada de trabalho legalmente atribuída, sendo de
20 (vinte) horas para o cargo de Professor e Professor de Educação Física e de 40 (quarenta)
horas para o cargo de Professor de Educação Infantil e Professor de Educação Infantil Dois.
Art. 40. O Poder Executivo atualizará os valores constantes da Tabela de Vencimentos
dos Profissionais do Magistério sempre que houver majoração dos recursos destinados a
Educação, na forma estabelecida na presente Lei.
Art. 41. O valor do vencimento inicial dos Profissionais do Magistério qualificado em
nível de Magistério, não poderá ser inferior ao que estabelece a Lei Federal no 11.738/2008 –
Lei do Piso Salarial Profissional Nacional – devendo o repasse ocorrer no mesmo percentual
para os demais níveis na carreira, nos termos do art. 5o da referida Lei.
Seção II
Dos Adicionais
Art. 42. O Profissional do Magistério receberá adicional por tempo de serviço, no
equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o vencimento base a cada 5 (cinco) anos de serviços
prestados ao Município de Foz do Iguaçu.
§ 1o Será concedido o referido adicional na data do período aquisitivo do cargo ativo do
servidor e o mesmo se incorporará para fins de aposentadoria.
§ 2o Para fins de aplicação do disposto no caput deste artigo, iniciar-se-á a contagem a
partir da publicação desta Lei, ficando garantido o período parcial para o percebimento do
adicional por tempo de serviço de que trata este artigo, de no máximo 4 (quatro) anos, período
não computado para o benefício do abono permanência.
Art. 43. A partir dos 25 (vinte e cinco) anos de serviço público, prestados no Município
de Foz do Iguaçu, o Profissional do Magistério lotado na Secretaria Municipal da Educação,
receberá o equivalente a 1% (um por cento) por ano excedente, calculado sobre o vencimento.
Art. 44. Fica garantido o adicional de regente de classe na Educação Especial, na
proporção de 25% (vinte e cinco por cento) incidente sobre o vencimento base devido ao
Professor que atuar em regência de classe na Educação Especial que esteja habilitado.
§ 1o Será considerado habilitado para a docência no ensino especial com formação de
graduação e/ou pós-graduação lato sensu com carga horária mínima de 360 (trezentas e
sessenta) horas e/ou estudos adicionais com carga horária mínima de 990 (novecentas e noventa)
horas na área de educação especial, não sendo computado para os fins previstos no inciso III, do
art. 22, desta Lei.
§ 2o O adicional a que se refere o caput deste artigo será concedido ao professor que
atuar em turma com no mínimo 8 (oito) alunos matriculados e frequentando regularmente turma
de Educação Especial, exceto para as Escolas Especiais com autonomia própria em que o
Profissional do Magistério esteja cedido.
§ 3o O adicional a que se refere o caput deste artigo, será devido apenas no período de
regência em Classe Especial, não sendo incorporável para fins de aposentadoria ou outras
vantagens.
Seção III
Das Funções Gratificadas
Art. 45. Para o exercício das funções gratificadas previstas no art. 32, desta Lei, os
Profissionais do Magistério receberão Gratificação de Função incidente sobre o vencimento
base, nos seguintes percentuais:
I - 25% (vinte e cinco por cento) ao Diretor de Escola ou CMEI com até 300 (trezentos)
alunos matriculados. Na escola que superar o número de alunos, terá direito ao acréscimo de 1%
(um por cento) a cada 50 (cinquenta) alunos, não sendo cumulativo;
II - 25% (vinte e cinco por cento) ao Coordenador Pedagógico Municipal;
III - 20% (vinte por cento) ao Coordenador Pedagógico de Escola;
IV - 20% (vinte por cento) ao Coordenador Pedagógico de CMEI’s.
§ 1o A Gratificação de Função de que trata o caput deste artigo, não se incorpora ao
vencimento e é devida somente durante o período de efetivo exercício da correspondente Função
Gratificada, não sendo computável para outras vantagens.
§ 2o O Profissional do Magistério que assumir Função Gratificada não terá direito ao
recebimento de horas extraordinárias.
CAPÍTULO VI
DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 46. A qualificação profissional ocorrerá com base no levantamento prévio das
necessidades e prioridades da Instituição, visando a:
I - valorização do professor e melhoria da qualidade do serviço;
II - formação ou complementação para obtenção da habilitação necessária às
atividades do cargo;
III - identificar as carências dos profissionais do Magistério Público Municipal para
executar tarefas necessárias ao alcance dos objetivos da Instituição, assim como as
potencialidades dos mesmos que deverão ser desenvolvidas;
IV - aperfeiçoar e/ou complementar valores, conhecimentos e habilidades necessários ao
cargo;
V - utilização de metodologias diversificadas, incluindo as que empregam recursos da
educação à distância, desde que assistidas e acompanhadas pelas equipes avaliadoras;
VI - incorporação de novos conhecimentos e habilidades, decorrentes de inovações
científicas, tecnológicas ou alterações de legislação.
Art. 47. O processo de Qualificação Profissional ocorrerá por iniciativa da Secretaria
Municipal da Educação, mediante convênio, ou por iniciativa do próprio Professor, cabendo ao
Município atender prioritariamente:
I - Programa de Integração à Administração Pública: aplicado a todos os professores
nomeados e integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal, para informar sobre a
estrutura e organização da Administração Pública da Secretaria Municipal da Educação, dos
direitos e deveres definidos na Legislação Municipal e sobre o Plano Municipal, Plano Estadual
e Plano Nacional de Educação;
II - Programas de Complementação de Formação: aplicados aos professores integrantes
do Quadro Suplementar, para obtenção da habilitação mínima necessária às atividades do cargo
no Quadro Permanente;
III - Programa de Capacitação: aplicado aos professores para incorporação de novos
conhecimentos e habilidades, decorrentes de inovações científicas e tecnológicas ou de alteração
da legislação, normas e procedimentos específicos ao desempenho do seu cargo ou função;
IV - Programa de Desenvolvimento: destinado à incorporação de conhecimentos e
habilidades técnicas inerentes ao cargo, através de cursos regulares oferecidos pela Instituição;
V - Programa de Aperfeiçoamento ofertado pela Secretaria Municipal da Educação de no
mínimo 80 (oitenta) horas por ano, aplicado aos profissionais do Magistério com a finalidade de
incorporação de conhecimentos complementares, de natureza especializada, relacionados ao
exercício ou desempenho do cargo ou função, podendo constar de cursos regulares, seminários,
palestras, simpósios, congressos e outros eventos similares.
Art. 48. Os afastamentos para Qualificação Profissional do Magistério serão
estabelecidos e regulamentados pela Secretaria Municipal da Educação, sem prejuízo funcional
e remuneratório.
§ 1o A Secretaria Municipal da Educação deverá assegurar, anualmente o afastamento
de até dois anos para professores da Rede Municipal de Ensino sem prejuízos em seus
vencimentos, na quantidade de 1% (um por cento) do total de padrões de professores estáveis
para a qualificação profissional de que trata o caput deste artigo, sendo 5% (cinco por cento)
deste percentual, para formação em Mestrado na área de educação em curso reconhecido.
§ 2o No prazo de 6 (seis) meses a partir da publicação desta Lei constituir-se-á uma
comissão paritária formada por representantes do Sindicato representativo da categoria, da
Secretaria Municipal da Educação e da Secretaria Municipal da Administração e Gestão de
Pessoas, que estabelecerá critérios para preenchimento das vagas em questão.
§ 3o Os profissionais do Magistério em licença remunerada, para formação em mestrado
e/ ou em curso reconhecido na área de educação deverão permanecer na Rede Municipal de
Ensino pelo dobro do período em que transcorreu sua licença, contados a partir da data do seu
retorno.
§ 4o Se o servidor não cumprir o tempo concedido no § 3
o deverá reembolsar à
Administração Pública o valor da remuneração que recebeu durante o período de licenciamento,
devidamente corrigido pelos mesmos índices de reajustes, reposições ou atualizações salariais
concedidas aos servidores públicos municipais durante o período de afastamento.
§ 5o Ao professor estável que completar 5/6 (cinco sextos) do tempo de contribuição
para sua aposentadoria é vedado o afastamento por período superior a 12 meses.
§ 6o Fica assegurado ao Profissional do Magistério, afastamento de suas atribuições sem
prejuízo de seus vencimentos e vantagens de caráter permanente, para participar de estágio
curricular supervisionado obrigatório, na área de educação, quando houver incompatibilidade de
horário de trabalho e estágio, vedado o pagamento de horas extras nos referidos casos.
CAPITULO VII
DO REGIME SUPLEMENTAR DE TRABALHO, FÉRIAS E LICENÇAS
Seção I
Da Hora Atividade
Art. 49. Fica garantido aos Profissionais do Magistério regentes o direito à hora
atividade na proporção de 1/3 (um terço) do total da jornada de trabalho semanal.
§ 1o Para o cômputo da hora-atividade serão considerados:
I - estudos individuais e grupos de estudo;
II - preparação e avaliação do trabalho pedagógico;
III - articulação com a comunidade;
IV - seminários e cursos de aperfeiçoamento profissional.
§ 2o As atividades identificadas no § 1
o deste artigo devem ser cumpridas de
acordo com o planejamento pedagógico das Instituições de Ensino.
§ 3o As atividades identificadas nos incisos I e II, deste artigo, devem ser cumpridas em
unidade escolar.
§ 4o As atividades indicadas no inciso IV, deste artigo, devem ser cumpridas fora da
unidade escolar, com autorização superior.
Seção II
Do Regime Suplementar de Trabalho
Art. 50. O titular do cargo de Professor, que não esteja em acúmulo de cargo ou função
pública, poderá ser convocado para prestar serviço em regime suplementar, para substituição
temporária de professores, em seus impedimentos legais e nos casos de designação para
exercício de outras funções do Magistério, de forma não concomitante com a docência.
Seção III
Das Férias
Art. 51. Os Profissionais do Magistério em regência de classe em Instituições de Ensino
farão jus a 45 (quarenta e cinco) dias de férias anuais que serão parcelados em duas etapas,
sendo 30 (trinta) dias após o término do ano letivo, e 15 (quinze) dias após o término do 1o
semestre escolar.
§ 1o O Profissional do Magistério que não se encontre em regência de classe em
estabelecimento de ensino fará jus apenas, a 30 (trinta) dias de férias anuais, conforme escala.
§ 2o Não ingressará em férias o Profissional do Magistério que estiver em licença para
tratamento de saúde e licença maternidade, devendo usufruí-la posteriormente.
Art. 52. Independentemente de solicitação, será pago ao ocupante de cargo do
Magistério Público Municipal, por ocasião das férias, um adicional de 1/3 (um terço) sobre o
período de férias, a calcular sobre a remuneração de acordo com o que estabelece a Constituição
Federal.
§ 1o No caso do Profissional do Magistério exercer Função de Direção, Chefia ou
Assessoramento ou ocupar Cargo em Comissão, a respectiva vantagem será considerada no
cálculo do adicional de que trata este artigo.
§ 2o Os efeitos financeiros serão computados a partir da publicação desta Lei.
Art. 53. O Profissional do Magistério exonerado do cargo efetivo ou em comissão
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 14
(quatorze) dias.
Parágrafo único. A indenização será calculada com base na remuneração do mês em
que for publicado o ato de exoneração.
Seção IV
Das Licenças, Remoção e Permuta
Art. 54. O Profissional do Magistério estável que, durante o período de 5 (cinco) anos
consecutivos não se afastar do exercício de suas funções, é assegurado o direto à licença
especial de 3 (três) meses por quinquênio, com vencimento ou remuneração e demais vantagens.
§ 1o A fruição da licença especial deve ser gozada em 3 (três) meses consecutivos ou
fracionada a critério do Profissional do Magistério e no interesse da Administração.
§ 2o Não se inclui no prazo de fruição de licença especial o período de férias
regulamentares.
Art. 55. Será concedida aos Profissionais do Magistério, licença sem vencimentos para
tratar de assuntos particulares com duração de até 2 (dois) anos.
Parágrafo único. O Profissional do Magistério poderá voltar as suas atividades a
qualquer tempo e só poderá usufruir de outra Licença da mesma natureza após transcorridos 2
(dois) anos do término da primeira.
Art. 56. É assegurado ao ocupante de cargo do Magistério Público Municipal o direito à
licença para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de
âmbito nacional, estadual ou municipal, sindicato representativo da categoria a que pertence em
função do cargo ou emprego ocupado, sem prejuízo de sua remuneração e direitos.
§ 1o A licença terá duração igual ao mandato, devendo ser prorrogada no caso de
reeleição.
§ 2o Serão licenciados, de acordo com o que estabelece o caput deste artigo, 4 (quatro)
professores eleitos em assembleia da categoria para desempenhar atividades sindical vinculadas
ao Sindicato representativo da categoria.
Art. 57. A concessão de remoção ou permuta de uma para outra unidade escolar ou
órgão de ensino municipal, a pedido dos Profissionais do Magistério, quando da existência de
vaga, compete ao Secretário Municipal da Educação, cuja decisão atenderá prioritariamente aos
interesses do ensino e da educação, observando o princípio da equidade e os critérios
estabelecidos nesta Lei.
§ 1o Os pedidos de remoção e de permuta serão feitos até o mês de novembro.
§ 2o São critérios de prioridade, na existência de dois ou mais candidatos, para concurso
de remoção referente a mesma vaga, a seguinte ordem:
I - Profissional do Magistério com maior tempo de serviço no Município;
II - maior titulação;
III - maior tempo de efetiva regência; e
IV - maior idade.
§ 3o O titular da Secretaria Municipal da Educação publicará no início do ano letivo o
resultado dos pedidos de remoção e de permuta.
§ 4o Os profissionais do Magistério serão lotados em uma das unidades escolares e sua
movimentação será efetivada através de remoção ou permuta, seguindo os critérios
estabelecidos nesta Lei.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS e TRANSITÓRIAS
Seção I
Do Enquadramento
Art. 58. O Enquadramento dos Profissionais do Magistério Municipal dar-se-á
conforme critérios de habilitação e de tempo de exercício no cargo de funções do Magistério,
em níveis e classes de vencimentos iguais ou superiores aos que já ocupam no momento da
implantação do Novo Plano, observando-se ainda, a jornada de trabalho, limitada à Classe L,
ficando garantida a irredutibilidade de vencimentos.
Parágrafo único. Os Profissionais do Magistério que na data da publicação desta Lei
tiverem completado 27 (vinte e sete) anos ou mais de tempo de serviço serão enquadrados na
Classe M.
Art. 59. O enquadramento será de acordo com o tempo de serviço no cargo efetivo no
Município, Anexo III desta Lei, considerando ainda a formação descrita no art. 20, desta Lei.
Art. 60. Os ocupantes do cargo de Instrutor de Ensino serão enquadrados no cargo de
Professor de Educação Infantil Dois, vedada a Transposição.
Art. 61. Os atuais integrantes do Quadro do Magistério Público Municipal, com cargo
de Professor; Professor de Educação Física; Professor de Educação Infantil e Professor de
Educação Infantil Dois, estes dois últimos denominado anteriormente de Educador Infantil e
Atendente de Creche, estáveis serão transferidos para o Novo Plano de Cargos Carreira e
Remuneração, mediante enquadramento, no prazo de 60 (sessenta) dias após a publicação desta
Lei.
Art. 62. Estão também abrangidos por esta Lei os Profissionais do Magistério, cedidos
fora da Rede Municipal de Ensino que comprovadamente estejam em regência de classe na
Educação Infantil, no Ensino Fundamental – anos iniciais e suas modalidades, que estejam
exercendo as funções do Magistério e com formação específica, sendo aplicados os efeitos
quando da data do retorno dos mesmos.
Art. 63. Os Profissionais do Magistério que se encontrem à época de implantação do
Novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração em licença para trato de interesse particular,
serão enquadrados por ocasião da reassunção.
Art. 64. Os Profissionais do Magistério, contemplados pela presente Lei, deverão
permanecer em atividade por no mínimo 30 (trinta) meses, para fins de enquadramento
previdenciário no novo formato, aplicáveis as disposições constitucionais para o caso.
Art. 65. Os Profissionais do Magistério do Quadro de Pessoal do Magistério Público
Municipal, que se encontram à disposição de outros órgãos, com ou sem ônus, não serão
enquadrados nos termos desta Lei, salvo retorno para o efetivo exercício das suas funções.
Art. 66. O Profissional do Magistério em desvio de função, exercendo outras atividades
diferentes daquelas referentes ao seu cargo atual, só se enquadrará quando do retorno às
atividades inerentes ao cargo.
Parágrafo único. Os Professores que estão liberados para mandato sindical serão
reenquadrados na data prevista nesta Lei.
Art. 67. O Profissional do Magistério que, ao ser enquadrado, sentir-se prejudicado
poderá requerer reavaliação junto à Comissão de Reenquadramento dentro de um prazo de 60
(sessenta) dias da publicação daquele ato.
Seção II
Das Disposições Finais
Art. 68. Fica assegurado o mês de janeiro de cada ano para a reposição do repasse do
percentual do aumento do Piso Nacional conforme art. 5o, da Lei Federal n
o 11.738/2008,
mantendo a Data Base da Categoria para o mês de maio, obedecendo aos critérios estabelecidos
na legislação vigente.
Art. 69. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a conceder Abono Especial, ao
final de cada exercício financeiro, aos Profissionais do Magistério, de que trata esta Lei que
estejam em efetivo exercício na Educação Básica Pública, sempre que o dispêndio com
vencimento, gratificações e encargos sociais, não atingirem a aplicação mínima obrigatória de
60% (sessenta por cento) dos recursos destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
de Educação Básica e de Valorização dos Profissionais do Magistério – FUNDEB – preconizado
na Lei Federal no 11.494, de 20 de junho de 2007.
Art. 70. Não serão realizadas quaisquer alterações pecuniárias na Tabela de
Vencimentos ou demais vantagens aos Profissionais do Magistério decorrentes desta Lei no
decorrer do ano de sua publicação.
Parágrafo único. Aos Profissionais do Magistério de que trata esta Lei não será
aplicado o índice de reajuste a ser definido aos demais servidores públicos municipais no
exercício de 2014.
Art. 71. Aos Profissionais do Magistério são assegurados, nos termos da Constituição
Federal, além do direito à livre associação sindical os seguintes direitos, dentre outros dela
decorrentes:
I - ser representado pelo sindicato, inclusive como substitutivo processual;
II - inamovibilidade do dirigente sindical, até 1 (um) ano após o final do mandato,
exceto se a pedido;
III - descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for associado, o valor
das mensalidades e contribuições definidas em Assembleia Geral da categoria.
Art. 72. É assegurado ao Profissional do Magistério liberação, para representação
sindical da categoria, bem como a remuneração dos vencimentos que tenha percebido no último
mês anterior a sua posse, excetuadas as vantagens exclusivas do exercício de função.
Art. 73. Fica assegurado ao Profissional do Magistério em disponibilidade funcional
para desempenho de mandato sindical todos os direitos e benefícios desta Lei.
Art. 74. O dia 15 de outubro, Dia Nacional do Professor, será considerado recesso
escolar para o Professor da Rede Pública Municipal de Ensino de Foz do Iguaçu.
Art. 75. Não haverá qualquer prejuízo ao Profissional do Magistério que submetido a
laudo médico, indicando o afastamento de suas atividades normais, permaneça em restrição
funcional dentro das unidades escolares, exceto as decorrentes exclusivamente de funções de
docência.
Art. 76. Os atuais ocupantes do cargo de Atendente de Creche, em caso de inatividade,
e após a extinção do cargo de Professor de Educação Infantil Dois, deverão ser reenquadrados
pelo Instituto de Previdência na mesma tabela do Professor de Educação Infantil e terão todos os
direitos e benefícios previstos nesta Lei, no caso da aposentadoria com opção da paridade.
Art. 77. Para garantir os direitos previstos nesta Lei, cuja eficácia dependa de
regulamentação ou de disciplina legal, aplicam-se as normas regulamentares vigentes, e de
forma supletiva no que couber, as disposições contidas na Lei Complementar no 17, de 30 de
agosto de 1993 e Lei no 1.997, de 13 de março de 1996.
Art. 78. A implementação dos benefícios constantes na presente Lei, fica condicionada
à comprovação da disponibilidade orçamentária e financeira e às disposições da Lei
Complementar Federal no 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 79. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 80. Ficam revogadas as disposições em contrário e as demais que conflitem com as
disposições desta Lei.
ANEXO I
DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS
TABELA “A”
ATRIBUIÇÕES DO CARGO
PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 20 HORAS
CARGO: PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 20 HORAS
Atribuições:
- Ministrar aulas de forma a cumprir com o programa de conteúdos das disciplinas ou séries sob sua
responsabilidade
- Participar da elaboração e/ou realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de acordo com a
proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.
- Participar da elaboração, execução e avaliação do planejamento de ensino, em consonância com o PPP
da escola e com a proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.
- Participar na elaboração dos planos de recuperação de estudos/conteúdos a serem trabalhados com os
alunos.
- Informar à equipe pedagógica os problemas que interferem no trabalho de sala de aula.
- Planejar, executar e avaliar atividades pedagógicas que visem cumprir os objetivos do processo ensino
aprendizagem.
- Participar de reuniões e eventos da unidade escolar.
- Propor, executar e avaliar alternativas que visem à melhoria do processo educativo.
- Acompanhar e avaliar o desenvolvimento do aluno, proporcionando meios para seu melhor
desenvolvimento.
- Acompanhar e subsidiar o trabalho pedagógico visando o avanço do aluno no processo ensino
aprendizagem, de forma que ele se aproprie dos conteúdos da série em que se encontra.
- Recuperar o aluno com defasagem de conteúdos que esteja sob sua responsabilidade, dando atendimento
individualizado.
- Buscar o aprimoramento de seu desempenho profissional, através da participação em grupos de estudos,
cursos e eventos educacionais. Se for dentro da jornada de trabalho, deve haver concordância com a
direção da escola e com a secretaria de educação.
- Proceder todos os registros das atividades pedagógicas, tais como: registro de frequência de alunos,
registros de conteúdos desenvolvidos, planejamento escolar e relatório das atividades desenvolvidas em
sala de aula.
- Desenvolver nos momentos das horas atividades o estabelecido no art. 49, §§ 1o, 2
o e 3
o.
- Promover a integração entre escola, família e comunidade, colaborando para o melhor atendimento do
educando.
- Manter os pais informados do rendimento escolar dos filhos.
- Organizar o plano de aula, garantindo maior direcionamento ao seu trabalho. No caso da necessidade de
ser substituído, informar os conteúdos a serem trabalhados com a turma para que haja sequência
pedagógica.
- Participar das atividades do Colegiado da Unidade Escolar.
- Manter a pontualidade e assiduidade diária, comprometendo-se com a administração e coordenação
pedagógica da escola quanto às obrigações do cargo e as normas do regimento interno da unidade.
- Outras atividades inerentes ao cargo.
TABELA “B”
ATRIBUIÇÕES DO CARGO
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL DOIS – 40 HORAS
CARGO: PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL DOIS – 40 HORAS
Atribuições: - Regência de classe e participar da elaboração, efetivação e realimentação da Proposta Pedagógica do
Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e de seu Regimento, em consonância com as diretrizes da
Secretaria Municipal da Educação;
- planejar, organizar, executar e avaliar as atividades relativas às funções do Educador Infantil e cuidar, de
acordo com as Diretrizes Curriculares da Secretaria Municipal da Educação e a proposta Pedagógica do
CMEI, respeitando o estágio de desenvolvimento das crianças, com o objetivo de contribuir para a sua
formação integral;
- observar, acompanhar e promover práticas educativas, individual e coletivamente, de forma que
contribua com o desenvolvimento físico, psíquico, afetivo e social da criança, considerando seus limites,
interesses e valores, a partir do fortalecimento das relações de afeto e respeito às diferenças;
- recepcionar e/ou entregar as crianças aos responsáveis, observando estritamente os procedimentos
preestabelecidos pelo Centro Municipal de Educação Infantil;
- promover a segurança das crianças sob sua responsabilidade, intervindo em situações que ofereçam
riscos;
- registrar e controlar a frequência e a pontualidade das crianças, comunicando ao coordenador ou à
Secretaria Municipal da Educação, os casos de faltas e atrasos em excesso;
- proceder ao registro da avaliação do processo de desenvolvimento da criança, em documentação
apropriada, conforme rotinas preestabelecidas na instituição e o disposto no regimento;
- participar de capacitação, atualização, planejamento e elaboração de material didático pedagógico
proporcionados pela Administração Municipal;
- participar de encontros, cursos, debates e trocas de experiências, visando ao aprimoramento profissional,
de acordo com os critérios preestabelecidos;
- orientar e acompanhar as crianças em suas dificuldades, encaminhando-as ao coordenador, ou à
Secretaria Municipal da Educação sempre que as soluções estejam fora de sua área de competência;
- manter os pais permanentemente atualizados sobre os avanços da criança, atendendo encaminhamentos
definidos, em conjunto com o suporte técnico-pedagógico;
- realizar diferentes atividades pautando-se no respeito à dignidade, aos direitos e às especificidades da
criança em suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, sem
discriminação alguma de modo a garantir a integração/inclusão de todas as crianças;
- orientar e acompanhar as crianças nas atividades referentes à refeição, higiene pessoal e organização do
ambiente, incentivando a aquisição de hábitos saudáveis e autonomia;
- participar e acompanhar as crianças nas atividades externas, zelando pela segurança dos mesmos e o
bom aproveitamento da programação trabalhada; e
- garantir a organização e a manutenção dos materiais utilizados nas atividades educativas.
TABELA “C”
ATRIBUIÇÕES DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO GRATIFICADA
FUNÇÃO: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE ESCOLA E CMEI
Atribuições: - Coordenar o processo de elaboração e/ou realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de
acordo com a proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino.
- Planejar, coordenar, orientar e avaliar o projeto pedagógico em conjunto com o corpo docente da
unidade escolar.
- Coordenar os pré-conselhos e Conselhos de Classe, bem como os grupos de estudos desenvolvidos na
unidade escolar.
- Assessorar com subsídios pedagógicos o professor na realização da recuperação dos alunos com
defasagem de conteúdo.
- Orientar o corpo docente (professores) e técnico (instrutor de informática, auxiliar de biblioteca, monitor
de saúde) no desenvolvimento do projeto político pedagógico (elaboração, efetivação e avaliação).
- Participar e envolver todos os setores da unidade, na avaliação do processo ensino aprendizagem.
- Desenvolver estudos e pesquisas para dar suporte técnico e pedagógico para os profissionais da
educação que fazem parte da unidade escolar.
- Compor com os demais elementos da equipe administrativa a Comissão de Avaliação de Desempenho.
- Acompanhar e encaminhar os alunos com dificuldades na aprendizagem à equipe psicopedagógica da
SMED para a realização da avaliação psicoeducacional.
- Promover a integração entre escola, família e comunidade, colaborando para melhor atendimento ao
educando.
- Participar das atividades do Colegiado da Unidade Escolar.
- Manter a pontualidade e assiduidade diária, comprometendo-se com as obrigações do cargo e as normas
do regimento interno da unidade escolar.
- Fazer o levantamento dos aspectos sócio-econômico-cultural da comunidade escolar.
- Acompanhar o processo de avaliação da aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.
- Assessorar o processo de seleção de livros didáticos a serem adotados pela escola e/ou pela rede
municipal de ensino.
- Participar de reuniões e cursos convocados pela SMED e direção da escola.
- Assessorar o corpo docente e técnico com subsídios pedagógicos em diferentes momentos: na hora
atividade, sala de aula, pré-conselho, dentre outros.
- Outras atividades inerentes ao cargo.
FUNÇÃO: COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA MUNICIPAL
Atribuições:
- Assessorar Escolas e CMEI’s quanto à proposta curricular adotada pela Rede Pública Municipal de
Ensino.
- Propor e desenvolver trabalho a partir da analise de dados coletados no cotidiano escolar em conjunto
com a equipe administrativo-pedagógica das escolas e CMEIs visando a melhoria do ensino-
aprendizagem da Rede Pública Municipal de Ensino.
- Assessorar a equipe administrativo-pedagógica das escolas e CMEIs no processo de elaboração,
reelaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico.
- Elaborar e desenvolver projetos de formação continuada aos professores, monitores e monitores
educacionais da Rede Pública Municipal de Ensino.
- Assessorar na elaboração de projetos de formação continuada dos demais profissionais de educação que
atuam na escola e CMEI’s.
- Propor, planejar e atuar em eventos (fóruns, seminários, encontros de educação e outros) a serem
desenvolvidos no decorrer do ano letivo.
- Participar do processo de avaliação de desempenho do diretor e do coordenador pedagógico escolar
juntamente com os representantes dos demais setores da SMED.
- Representar a SMED junto a outras entidades/instituições.
- Participar em conjunto com os demais setores da SMED na elaboração e execução de projetos
desenvolvidos em parceria com outras instituições que estejam em consonância com a proposta curricular
da rede.
- Orientar, conduzir as discussões referentes ao processo de seleção dos livros didáticos a serem adotados
pela escola e/ou pela rede pública municipal de ensino.
- Assessorar e coordenar as discussões referentes ao processo de seleção dos livros didáticos a serem
adotados pela rede pública municipal de ensino.
- Opinar e emitir parecer sobre projetos propostos por outras entidades e instituições.
- Participar ativamente do planejamento das ações da SMED.
- Participar de reuniões, cursos e eventos programados pela escola e CMEI.
- Assessorar as escolas e os CMEI’s.
- Coordenar a área específica de atuação de acordo com o nível e modalidade de ensino, conforme
organograma da SMED.
- Coordenar as áreas do conhecimento.
- Entrevistar, avaliar e emitir parecer sobre candidatos que pretendam exercer a função de coordenador
pedagógico escolar e de coordenador administrativo-pedagógico do CMEI.
FUNÇÃO: DIRETOR DE ESCOLA E CMEI’S
Atribuições: - Conduzir a construção e realimentação do Projeto Político Pedagógico da escola, de acordo com a
proposta curricular adotada pela rede municipal de ensino, fazendo as articulações necessárias para a
participação democrática de todos os segmentos da comunidade escolar, garantindo sua efetivação.
- Dirigir o Conselho Escolar.
- Cumprir com as determinações do Conselho Escolar.
- Administrar a Unidade Escolar nos aspectos administrativos e pedagógicos.
- Promover a integração entre escola, família e comunidade, criando condições propícias para melhor
atendimento ao educando.
- Participar das atividades do Conselho da Unidade Escolar.
- Enviar à SMED os relatórios e demais documentações formais, rotineiras, exigidas pelo Sistema.
- Manter o controle da documentação e registros rotineiros das atividades da Unidade Escolar.
- Analisar e avaliar constantemente e coletivamente a proposta da escola, detectando as dificuldades e
propondo encaminhamentos para a resolução dos problemas.
- Oportunizar aos pais o conhecimento da proposta pedagógica da Escola e CMEI’s.
- Participar efetivamente dos cursos, reuniões administrativas e pedagógicas, seminários, grupos de
estudo organizados pela SMED.
- Conduzir, em conjunto com o coordenador pedagógico, o conselho de classe, grupos de estudo, reuniões
pedagógicas.
- Comunicar à SMED as irregularidades verificadas na escola e CMEI’s, aplicando as medidas cabíveis á
sua competência.
- Acompanhar e orientar o trabalho de todos os profissionais da escola.
- Participar das discussões pedagógicas com o coordenador e o professor (pré-conselho, reuniões com
pais, dentre outras) visando o desenvolvimento do processo educativo – efetivação do projeto político
pedagógico.
- Solicitar orientações à SMED sempre que houver necessidade.
.
ANEXO II
CARGOS DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
TABELA “A”
QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO
CARGOS NÚMERO DE
VAGAS
JORNADA SEMANAL DE
TRABALHO
Professor 1.830 20
Professor de Educação Física 60 20
Professor de Educação Infantil 300 40
Professor de Educação Infantil Dois 185 40
ANEXO III
TABELA DE TEMPO DE SERVIÇO PARA EFEITO DE ENQUADRAMENTO
CLASSE TEMPO DE SERVIÇO
A 00 a 03 anos
B 03 anos e 1 dia a 05 anos
C 05 anos e 1 dia a 07 anos
D 07 anos e 1 dia a 09 anos
E 09 anos e 1 dia a 11 anos
F 11 anos e 1 dia a 13 anos
G 13 anos e 1 dia a 15 anos
H 15 anos e 1 dia a 17 anos
I 17 anos e 1 dia a 19 anos
J 19 anos e 1 dia a 21 anos
K 21 anos e 1 dia a 23 anos
L 23 anos e 1 dia a 26 anos e 12 meses
M 27 anos ou mais
ANEXO IV
VENCIMENTOS DO MAGISTÉRIO
TABELA “A”– 20 HORAS – ENSINO FUNDAMENTAL
NÍVEL DE VENCIMENTO Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Classe F Classe G Classe H Classe I Classe J Classe K Classe L Classe M Classe N Classe O Classe P Classe Q
MAGISTÉRIO - I 1.086,44 1.152,58 1.222,83 1.297,30 1.376,27 1.460,05 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.206,18 2.338,55 2.478,86 2.627,59 2.785,25
MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II 1.187,17 1.259,46 1.336,15 1.417,55 1.503,88 1.595,50 1.692,64 1.795,75 1.905,18 2.021,12 2.144,27 2.274,84 2.411,32 2.555,99 2.709,35 2.871,90 3.044,21
LICENCIATURA CURTA - III 1.297,30 1.376,27 1.460,05 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.634,95 2.793,05 2.960,62 3.212,27 3.405,01
LICENCIATURA PLENA - IV 1.417,55 1.503,88 1.595,50 1.692,64 1.795,75 1.905,18 2.021,12 2.144,57 2.274,84 2.343,10 2.485,81 2.637,19 2.795,41 2.963,13 3.140,92 3.329,37 3.529,13
ESPECIALIZAÇÃO - V 1.549,02 1.643,39 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.637,19 .797,84 2.968,20 3.146,29 .335,06 3.535,15 3.747,26 3.972,10
MESTRADO - VI 1.743,52 1.849,64 1.962,29 2.081,31 2.208,62 2.343,10 2.485,81 2.637,19 2.797,84 2.968,20 3.149,02 3.340,78 3.541,22 3.753,68 3.978,90 4.217,63 4.470,69
TABELA DE EQUIVALÊNCIA REF. INICIAL CARGO
MAGISTÉRIO - I 32
MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II 35
LICENCIATURA CURTA - III 38
LICENCIATURA PLENA - IV 41
ESPECIALIZAÇÃO - V 44
MESTRADO - VI 48
TABELA “B”– 40 HORAS – EDUCAÇÃO INFANTIL
NÍVEL DE VENCIMENTO Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Classe F Classe G Classe H Classe I Classe J Classe K Classe L Classe M Classe N Classe O Classe P Classe Q
MAGISTÉRIO - I
2.172,88 2.305,16 2.445,66 2.594,60 2.752,54 2.920,10 3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.412,36 4.677,10 4.957,72
5.255,18 5.570,50
MAGISTÉRIO/ESPECIALIZAÇÃO - II
2.374,34 2.518,92 2.672,30 2.835,10 3.007,76 3.191,00 3.385,28 3.591,50 3.810,36 4.042,24 4.288,54 .549,68 4.822,64 5.111,98 5.418,70 5.743,80 6.088,42
LICENCIATURA CURTA - III
2.594,60 2.752,54 2.920,10 3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.269,90 5.586,10 5.921,24 6.424,54 6.810,02
LICENCIATURA PLENA - IV
2.835,10 3.007,76 3.191,00 3.385,28 3.591,50 3.810,36 4.042,24 4.289,14 4.549,68 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.590,82
5.926,26 6.281,84 6.658,74 7.058,26
ESPECIALIZAÇÃO - V
3.098,04 3.286,78 3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.595,68 5.936,40 6.292,58
6.670,12 7.070,30 7.494,52 7.944,20
MESTRADO - VI
3.487,04 3.699,28 3.924,58 4.162,62 4.417,24 4.686,20 4.971,62 5.274,38 5.595,68 5.936,40 6.298,04 6.681,56 7.082,44 7.507,36 7.957,80 8.435,26 8.941,38
J U S T I F I C A T I V A
MENSAGEM No 018/2014
Encaminhamos para apreciação dessa Casa de Leis o Projeto de Lei que “Dispõe sobre
reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras, Remuneração e Valorização dos
Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz do
Iguaçu”.
A Resolução no 3, de 10 de outubro de 1997, do Conselho Nacional de Educação
estabelecia critérios para aprovação de Plano de Cargos para o Magistério Público
Municipal, aliado ao estabelecido na Emenda Constitucional no 14/96 e na Lei Federal n
o
9.424/96 (Lei que instituía e regulamentava o FUNDEF – Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério).
Após esta data, várias leis e regulamentações surgiram e atingem diretamente os
profissionais do Magistério, tais como: a Emenda Constitucional no 53/2006, que alterou a
redação do art. 60, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, substituindo o
FUNDEF pelo FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais do Magistério; a Lei no 11.494/2007, de 20 de junho de
2007, regulamentando o FUNDEB; a Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, instituindo o
Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério da educação básica;
a Resolução no 2, de 28 de maio de 2009, do Conselho Nacional de Educação,
revogando a Resolução no 3/97, estabelecendo as novas diretrizes para a reformulação e
adequação dos planos de carreira do Magistério.
Esta nova legislação e normas federais aprovadas obrigam as administrações públicas a
aprovarem e/ou realizarem as alterações e adequações dos planos de carreira do magistério,
em especial a introdução dos profissionais do magistério da educação infantil na carreira.
Todavia, houve uma preocupação em garantir, e até mesmo ampliar, neste plano, os
direitos já conquistados pelos profissionais do magistério da rede municipal de ensino do
Município.
Assim, com este Projeto de Lei se pretende instituir o Plano de Carreira próprio dos
Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de Ensino do Município de Foz.