projeto de lei - licenÇa maternidadea parlamentares

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§ 2º – Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, além da pena correspondente à violência. § 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Casa de prostituição Art. 229 – Manter, por conta própria ou de tercei- ro, casa de prostituição ou lugar destinado a encon- tros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Rufianismo Art. 230 – Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazen- do-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º – Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1º do art. 227: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, além da multa. § 2º – Se há emprego de violência ou grave ameaça: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, além da multa e sem prejuízo da pena corresponden- te à violência. Tráfico de mulheres Art. 231 – Promover ou facilitar a entrada, no ter- ritório nacional, de mulher que nele venha exercer a prostituição, ou a saída de mulher que vá exercê-la no estrangeiro: Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. § 1º – Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1º do art. 227: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. § 2º – Se há emprego de violência, grave amea- ça ou fraude, a pena é de reclusão, de 5 (cinco) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à violên- cia. § 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Art. 232 – Nos crimes de que trata este Capítulo, é aplicável o disposto nos arts. 223 e 224. .................................................................................... (À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 104, DE 2003 (Nº 644/2003, na Casa de origem) Assegura o gozo de licença-mater- nidade e licença-paternidade aos parla- mentares e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica assegurada à parlamentar gestante e ao parlamentar que seja pai, no curso respectiva- mente, de 120 (cento e vinte) dias e de 5 (cinco) dias. Art. 2º Dentro de suas competências de mandato político no Poder Legislativo, uma licença, (sem prejuízo dos seus subsídios ou proventos, com a duração, legisla- tivas, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ado- tarão providências para inclusão nos seus sistemas jurí- dicos de norma, de igual conteúdo, protetiva ao gozo de licença – maternidade às suas parlamentares. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua pu- blicação. O Congresso Nacional, nos termos dos arts. 48 e 61 da Constituição Federal, decreta: Art. 1º Fica assegurado à gestante que exerça mandato político no Poder Legislativo federal uma li- cença, sem prejuízos dos seus subsídios ou proven- tos, com a duração de cento e vinte dias. Art. 2º Dentro de suas competências legislativas os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, adota- rão providências para inclusão nos seus sistemas ju- rídicos de norma de igual conteúdo, protetiva ao gozo de licença-maternidade às suas parlamentares. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua pu- blicação. Justificação A Constituição Federal, em seu Art. 7º, assegu- rou aos trabalhadores urbanos e rurais diversos direi- tos sociais, encontrando-se dentre eles a licença-ma- ternidade, descrita genericamente como “licença à gestante» no inciso XVIII. Muito embora não se possa estender a locução “empregado”, e muito menos a de “servidor público” aos agentes políticos, torna-se in- justo e discriminatório que somente as mulheres par- lamentares não gozem de proteção constitucional à maternidade. Afastadas do relevante serviço de legislar em prol do país, amargam elas, justamente no período de plena gestação e parição, da ingratidão e do preconce- ito do Estuário Normativo pátrio, Esta lei visa colocar – as mulheres funcionais – agentes ocupantes de ativi- dades públicas ou privadas – em igualdade de direitos; 40282 Segunda-feira 8 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2003

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Lei que da concessão de licença maternidade a parlamentares.

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Page 1: PROJETO DE LEI - LICENÇA MATERNIDADEA PARLAMENTARES

§ 2º – Se o crime, é cometido com emprego deviolência, grave ameaça ou fraude:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos,além da pena correspondente à violência.

§ 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro,aplica-se também multa.

Casa de prostituiçãoArt. 229 – Manter, por conta própria ou de tercei-

ro, casa de prostituição ou lugar destinado a encon-tros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucroou mediação direta do proprietário ou gerente:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, emulta.

RufianismoArt. 230 – Tirar proveito da prostituição alheia,

participando diretamente de seus lucros ou fazen-do-se sustentar, no todo ou em parte, por quem aexerça:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, emulta.

§ 1º – Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1ºdo art. 227:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos,além da multa.

§ 2º – Se há emprego de violência ou graveameaça:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos,além da multa e sem prejuízo da pena corresponden-te à violência.

Tráfico de mulheresArt. 231 – Promover ou facilitar a entrada, no ter-

ritório nacional, de mulher que nele venha exercer aprostituição, ou a saída de mulher que vá exercê-la noestrangeiro:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.§ 1º – Se ocorre qualquer das hipóteses do § 1º

do art. 227:Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.§ 2º – Se há emprego de violência, grave amea-

ça ou fraude, a pena é de reclusão, de 5 (cinco) a 12(doze) anos, além da pena correspondente à violên-cia.

§ 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro,aplica-se também multa.

Art. 232 – Nos crimes de que trata este Capítulo,é aplicável o disposto nos arts. 223 e 224.....................................................................................

(À Comissão de Constituição, Justiça eCidadania)

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 104, DE 2003(Nº 644/2003, na Casa de origem)

Assegura o gozo de licença-mater-nidade e licença-paternidade aos parla-mentares e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica assegurada à parlamentar gestante

e ao parlamentar que seja pai, no curso respectiva-mente, de 120 (cento e vinte) dias e de 5 (cinco) dias.

Art. 2º Dentro de suas competências de mandatopolítico no Poder Legislativo, uma licença, (sem prejuízodos seus subsídios ou proventos, com a duração, legisla-tivas, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ado-tarão providências para inclusão nos seus sistemas jurí-dicos de norma, de igual conteúdo, protetiva ao gozo delicença – maternidade às suas parlamentares.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

O Congresso Nacional, nos termos dos arts. 48e 61 da Constituição Federal, decreta:

Art. 1º Fica assegurado à gestante que exerçamandato político no Poder Legislativo federal uma li-cença, sem prejuízos dos seus subsídios ou proven-tos, com a duração de cento e vinte dias.

Art. 2º Dentro de suas competências legislativasos Estados, o Distrito Federal e os Municípios, adota-rão providências para inclusão nos seus sistemas ju-rídicos de norma de igual conteúdo, protetiva ao gozode licença-maternidade às suas parlamentares.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

Justificação

A Constituição Federal, em seu Art. 7º, assegu-rou aos trabalhadores urbanos e rurais diversos direi-tos sociais, encontrando-se dentre eles a licença-ma-ternidade, descrita genericamente como “licença àgestante» no inciso XVIII. Muito embora não se possaestender a locução “empregado”, e muito menos a de“servidor público” aos agentes políticos, torna-se in-justo e discriminatório que somente as mulheres par-lamentares não gozem de proteção constitucional àmaternidade.

Afastadas do relevante serviço de legislar emprol do país, amargam elas, justamente no período deplena gestação e parição, da ingratidão e do preconce-ito do Estuário Normativo pátrio, Esta lei visa colocar –as mulheres funcionais – agentes ocupantes de ativi-dades públicas ou privadas – em igualdade de direitos;

40282 Segunda-feira 8 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Dezembro de 2003

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e no mesmo patamar constitucional de valorização damaternidade.

Sala das Sessões, 3 de Abril de 2003. – SandraRosado, Deputada Federal, Francisca Trindade,Deputada Federal.

(Ás Comissão de Constituição, Justiçae Cidadania e Assuntos Sociais)

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 105, DE 2003(Nº 335, de 1995, na casa de Origem)

Dá nova redação ao art. 89 da Lei nº7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei deExecução Penal, que trata das peniten-ciárias de mulheres.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Acrescente-se o seguinte § 3º ao art. 14

da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Exe-cução Penal:

“Art. 14. ...............................................................................................................§ 3º Será assegurado acompanha-

mento médico à mulher, principalmente nopré-natal e no pós-parto, extensivo ao re-cém-nascido.” (NR)

Art. 2º O § 2º do art. 83 e o art. 89 da Lei nº7.210, de 11 de julho de 1984, passam a vigorarcom a seguinte redação:

“Art. 83.. ..............................................................................................................§ 2º Os estabelecimentos penais

destinados a mulheres serão dotados deberçário, onde as condenadas possamcuidar de seus filhos, inclusive amamen-tá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses deidade.” (NR)

“Art. 89. Além dos requisitos referi-dos no art. 88, a penitenciária de mulheresserá dotada de seção para gestante e par-turiente e de creche para abrigar criançasmaiores de 6 (seis) meses e menores de 7(sete) anos, com a finalidade de assistir acriança desamparada cuja responsável es-tiver presa.

Parágrafo único. São requisitos básicos da se-ção e da creche referidas neste artigo:

I – atendimento por pessoal qualificado, deacordo com as diretrizes adotadas pela legislaçãoeducacional e em unidades autônomas; e

II – horário de funcionamento que garanta a me-lhor assistência à criança e à sua responsável.” (NR)

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

PROJETO DE LEI ORIGINAL Nº 335, DE 1995

Dá nova redação ao art. 89 da Lei nº7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Exe-cução Penal), que trata das penitenciári-as de mulheres.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O art. 89 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de

1984, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 89. Além dos requisitos referidosno artigo ante+rior, a penitenciária de mu-lheres será dotada de seção para gestantee parturiente e de creche com a finalidadede assistir ao menor desamparado cuja res-ponsável esteja presa.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrá-rio.

Justificação

O objetivo do presente projeto de lei é adequaro art. 89 da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210, de11 de julho de 1984) com o art. 5º, L, da ConstituiçãoFederal.

Com efeito, a Lei de Execução Penal preocu-pou-se com as condições específicas da presidiáriano tocante ao parto e à amamentação. No entanto, oart. 89 da Lei de Execução Penal não obriga a exis-tência de seções para gestantes e parturientes pre-sas e de creches para os filhos das presidiárias, ape-nas faculta a sua instalação.

A Constituição Federal de 1988 foi mais longe etornou obrigatória a existência de instalações a fim deque as presidiárias possam amamentar seus filhos edar-lhes assistência.

Tendo em vista o alto grau humanitário desteprojeto de lei, tanto para a mulher presidiária quantopara seus filhos, contamos com o endosso de nossosilustres Pares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, 18 de maio de 1995. – Depu-tada Fátima Pelaes.

Dezembro de 2003 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Segunda-feira 8 40283