projeto de lei 233/2010

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1 Prefeitura do Município de Londrina Estado do Paraná PROJETO DE LEI Nº 233/2010 Súmula: Institui o Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina. A CÂMARA MUNICIPAL DE LONDRINA, ESTADO DO PARANÁ, APROVOU E EU, PREFEITO DO MUNICÍPIO, SANCIONO A SEGUINTE L E I : Capítulo I Disposições Preliminares Art. 1° Fica instituído o Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina, instrumento permanente para proteção da qualidade ambiental, redução de consumo de energia e adaptação da cidade às mudanças climáticas, pelo planejamento, conservação, reposição, manejo e expansão da arborização e áreas verdes urbanas. Art. 2° Este Plano atende aos objetivos da Política Municipal do Meio Ambiente, instituída pela Lei Municipal n° 4.806 de 10 de outubro de 1991, em especial do inciso II do seu Art. 3°, por estabelecer novas técnicas e padrões de proteção para conservação e melhoria do meio ambiente. Capítulo II Dos Princípios Art. O Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina atenderá os seguintes princípios fundamentais:

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

PROJETO DE LEI Nº 233/2010

Súmula: Institui o Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina.

A CÂMARA MUNICIPAL DE

LONDRINA, ESTADO DO

PARANÁ, APROVOU E EU,

PREFEITO DO MUNICÍPIO,

SANCIONO A SEGUINTE

L E I :

Capítulo I

Disposições Preliminares

Art. 1° Fica instituído o Plano Diretor de Arborização do

Município de Londrina, instrumento permanente para proteção da qualidade ambiental,

redução de consumo de energia e adaptação da cidade às mudanças climáticas, pelo

planejamento, conservação, reposição, manejo e expansão da arborização e áreas verdes

urbanas.

Art. 2° Este Plano atende aos objetivos da Política

Municipal do Meio Ambiente, instituída pela Lei Municipal n° 4.806 de 10 de outubro

de 1991, em especial do inciso II do seu Art. 3°, por estabelecer novas técnicas e

padrões de proteção para conservação e melhoria do meio ambiente.

Capítulo II

Dos Princípios

Art. 3° O Plano Diretor de Arborização do Município de

Londrina atenderá os seguintes princípios fundamentais:

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

I – da precaução, pelo qual a ausência de certeza científica

não pode ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes na prevenção e

degradação ambiental, quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis;

II – da prevenção, que consiste na adoção de medidas e

políticas públicas capazes de mitigar impactos conhecidos no sistema climático;

III – do poluidor-pagador, visto que o causador do impacto

ambiental deve arcar com o custo decorrente do dano causado ao meio ambiente;

IV –da participação da sociedade civil nos processos

consultivos e deliberativos, com amplo acesso à informação;

V – do desenvolvimento sustentável, pelo qual a proteção

ambiental é parte integrante do processo produtivo, de modo a assegurar qualidade de

vida a todos os cidadãos e atender equitativamente as necessidades de gerações

presentes e futuras;

VI – da ação governamental, importante na manutenção do

equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser

necessariamente protegido;

VII -da ampla publicidade, para garantir absoluta

transparência no fornecimento de informações públicas sobre adensamento arbóreo na

cidade de Londrina, por bacias hidrográficas, e sua evolução como elemento de

mitigação e adaptação aos impactos das mudanças climáticas;

VIII – da educação ambiental, sobre capacitar a sociedade,

desde a escola fundamental, para construir atitudes adequadas ao bem comum e à

proteção dos recursos ambientais.

Capítulo III

Dos Objetivos

Art. 4° Constituem objetivos do Plano Diretor de

Arborização do Município de Londrina:

I – atingir e manter permanente densidade arbórea

máxima sobre vias e áreas urbanas do município de Londrina;

II – estabelecer, gerir e fiscalizar ações para

institucionalizar a infraestrutura urbana, a conservação permanente de árvores como

sumidouros de carbono e amortecedores climáticos, com vistas a reduzir emissões de

dióxido de carbono do município de Londrina e adaptá-la às mudanças climáticas,

respectivamente;

III – promover a arborização e áreas verdes urbanas,

também, como instrumentos de sustentabilidade ambiental e qualidade de vida para as

presentes e futuras gerações, por seu efeito de melhoria da paisagem, amortecimento

dos ventos, redução da poluição sonora e atmosférica, proteção dos recursos hídricos e

preservação da biodiversidade nativa;

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

IV – mensurar e atualizar dados, por bacia, da absorção de

dióxido de carbono, constituição de área permeável de águas, sombreamento de

superfície e redução de zonas de calor e de consumo de energia pela arborização e áreas

verdes de Londrina;

V – compatibilizar o desenvolvimento sócio- econômico

com a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, pela adequação do espaço

público à conservação, reposição, preservação e expansão da arborização e áreas verdes

urbanas, inclusive pela compensação de emissões;

VI – estabelecer programa de diagnóstico, ação e

acompanhamento da arborização e áreas verdes urbanas, com fins de seu planejamento,

avaliação, conservação, manejo, reposição, expansão, controle, fiscalização e

participação popular;

VII – incentivar a participação da população e entidades da

sociedade civil organizada, com vistas a conhecer e incrementar os benefícios

ambientais gerados pela arborização e áreas verdes urbanas.

Capítulo IV

Da Conceituação

Art. 5° Para os fins previstos nesta lei, são adotadas as

seguintes conceituações:

I – Acessibilidade: permitir a inclusão de pessoas com

deficiência nos espaços públicos;

II – Adaptação: iniciativas ou medidas capazes de reduzir a

vulnerabilidade da sociedade aos efeitos reais ou esperados das mudanças climáticas;

III – Arborização: cobertura vegetal de porte arbóreo;

IV – Área permeável: zona de absorção de água;

V –Área verde urbana: áreas na cidade com cobertura

vegetal e grande percentual de permeabilidade;

VI – Autóctone: espécies da flora que se formam ou ocorrem

no lugar considerado;

VII – Bacia hidrográfica: área geográfica cuja precipitação é

drenada para um único corpo d´ água;

VIII - Canteiro central: dispositivo físico instalado entre duas

vias paralelas ou convergentes;

IX – Canteiro permeável: área permeável em passeios;

X – Captura e armazenamento de carbono: processo de

aumento da concentração de carbono em outro reservatório que não seja a atmosfera;

XI – Dano à arborização: qualquer lesão a exemplar arbóreo,

causando sua degradação;

XII- Data: porção de terra com localização e configuração

definidas com pelo menos uma divisa lindeira à via de circulação, resultante de

processo regular de parcelamento do solo para fins urbanos;

XIII –Densidade arbórea: corresponde ao número de

exemplares arbóreos, por locais, disponíveis em logradouros públicos;

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XIV –Dióxido de carbono: principal gás causador do

aumento do efeito estufa;

XV – Epífitas: plantas que vivem sobre outras plantas, sem

causar-lhes prejuízo;

XVI- Espaço livre implantado: área em logradouro público

e sem circulação de veículos, apta a ser permeabilizada;

XVII – Espécie exótica invasora: planta de origem estranha

ao local, cuja propagação ameaça espécies locais;

XVIII – Espécie nativa brasileira: planta de origem brasileira;

XVIV – Estado fitossanitário: determinação da saúde de uma

planta;

XX – Faixa sanitária: área não edificável cujo uso está

vinculado à servidão de passagem, para elementos do sistema de saneamento ou demais

equipamentos de serviços públicos, com largura de 30,00m a partir da área de

preservação permanente do fundo de vale;

XXI – Fundo Municipal do Meio Ambiente: fundo público

para projetos ambientais;

XXII – Forquilha de compressão: má formação na divisão do

tronco em dois galhos;

XXIII – Fundo de vale: área constituída de Área de

Preservação Permanente de nascentes e corpos d’ água urbanos, podendo conter faixas

sanitárias e parques lineares destinados às atividades de recreação e lazer;

XXIV – Galho codominante: paralelo ao galho apical e que

confere deficiência à arquitetura da planta;

XXV – Galho senil: galho que perdeu sua função e foi

desvitalizado pela planta;

XXVI – Gema apical: galho vertical principal da planta;

XXVII - Instrumento de impacto: machado, facão ou foice;

XXVIII – Locais disponíveis: pontos geográficos aptos a

portar exemplar arbóreo em logradouro público;

XXIX – Logradouro público: espaço de propriedade pública e

de uso comum e/ou especial do povo destinado a vias de circulação e a espaços livres;

XXX – Lote: área de terras ainda não parceladas para fins

urbanos que compõem a gleba;

XXXI – Meiofio: arremate entre a calçada e a via de

circulação;

XXXIII – Mudanças climáticas: efeitos causados pelo aumento

de emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera;

XXXIV – Parques lineares: áreas verdes que acompanham os

cursos d’água e que apresentem um estudo/projeto específico que contemple o

zoneamento/usos de toda extensão da bacia hidrográfica inserida nos limites da área

urbana, com o objetivo da proteção hídrica e das matas nativas, recreação e lazer;

XXXV – Plantio prévio para substituição futura: plantio de

exemplar arbóreo próximo e antecipadamente ao corte pelo declínio do outro;

XXXVI – Poda: eliminação de partes da planta para

harmonizar com o espaço urbano;

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XXXVII – Recuo: distância medida perpendicularmente entre

a edificação e o alinhamento;

XXXVIII – Rede elétrica convencional: distribuição elétrica

aérea com uso de cabos expostos (nus);

XXXIX – Rede elétrica ecológica: distribuição elétrica aérea

com cabos isolados ou cobertos;

XXXIX – Topiaria: técnica de poda para dar formas estéticas

às plantas;

XL – Estacionamento: área para guarda de veículos, de uso

rotativo;

XLI – Vegetação arbórea: exemplares vegetais com mais de

4,00m de altura, quando adultos;

XLII – Vegetação natural: é toda vegetação constituída de

espécies autóctones, primárias ou que se encontra em diferentes estágios de

regeneração.

Capítulo V

Da Competência

Art. 6° Competem à Secretaria Municipal do Ambiente, a

implantação, fiscalização e execução permanente do Plano Diretor de Arborização do

Município de Londrina, inclusive instituir programa de inventário, diagnóstico e

monitoramento dos exemplares arbóreos.

Art. 7° Competem ao Conselho Municipal do Ambiente –

CONSEMMA -, no Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina:

I – estudar e propor mecanismos eficazes de fiscalização

para implantação e execução deste;

II – propor projetos ambientais para diagnóstico e expansão

da arborização e áreas verdes urbanas;

III– incentivar a participação popular de entidades da

sociedade civil no presente plano;

IV- servir como segunda instância administrativa na

apreciação de recurso sobre autorização de corte de vegetação arbórea e sobre multas e

penalidades aplicadas, em razão deste Plano;

V -propor, estabelecer normas e regulamentação ao

presente Plano.

Art. 8º A fiscalização e as vistorias em áreas verdes

deverão ser executadas por servidor municipal credenciado.

Parágrafo único. Compete ao Secretário Municipal do

Meio Ambiente, expedir credenciais aos fiscais.

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

Art. 9º Os laudos, parecer, autorizações e similares serão

emitidos por servidor municipal, portador de diploma universitário de uma das

seguintes áreas:

I – Agronomia;

II – Engenharia Florestal;

III – Biologia;

IV – Demais áreas de nível superior com especialização na

área florestal.

Parágrafo único. Poderão emitir os documentos previstos

no “caput” deste artigo, também, os servidores técnicos de nível médio, devidamente

habilitados perante o conselho de classe e/ou técnicos, com especialização na área

florestal.

Capítulo VI

Da Arborização e Áreas Verdes Urbanas.

Seção I

Das Diretrizes

Art. 10 As bacias hidrográficas são as unidades de gestão

do presente plano.

Art. 11 A arborização, áreas verdes urbanas e as demais

formas de vegetação natural, ou aquelas de reconhecido interesse para o município, são

bens de interesse comum a todos, cabendo, ao Poder Público e à sociedade, a

responsabilidade pela sua conservação.

Art. 12 Ficam declarados imunes ao corte, todos os

exemplares de vegetação arbórea existentes ou que venham a existir no município de

Londrina.

§1° O corte de exemplar de vegetação arbórea só poderá ser

realizado pela Secretaria Municipal do Ambiente, ou com autorização expressa desta e

nos limites e obrigações estabelecidos nesta lei.

§2° Além da multa pelo corte irregular, deverá o infrator

indenizar o dano com o plantio, às suas expensas, de número de árvores a ser

determinado por laudo técnico da Secretaria Municipal do Ambiente.

Art. 13. A arborização das praças, calçadões, dos passeios,

espaços livres e canteiros centrais das vias de Londrina definem-se como parte da sua

infraestrutura urbana e instrumento essencial para cumprir os princípios e objetivos

desta lei.

Seção II

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Dos Objetivos Específicos

Art. 14. É objetivo deste plano: o plantio, replantio e

conservação de um exemplar de vegetação arbórea em cada local disponível - definido

de acordo com as normas desta lei - em logradouros públicos da área urbana de

Londrina, quais sejam:

I – passeios de ruas e avenidas;

II – rua de pedestres (calçadão);

III – canteiros centrais das vias;

IV – praças; e

V – outros a critério da Secretaria Municipal do Ambiente.

Parágrafo único. Concorrem, para o objetivo do caput deste

artigo, o diagnóstico, implantação e aumento das áreas permeáveis nos logradouros

públicos da área urbana de Londrina.

Art. 15. Para assegurar a densidade arbórea máxima, é

obrigação do proprietário a existência e conservação de exemplares de vegetação

arbórea no passeio de cada data urbanizada, nos termos do disposto nos artigos 20 e 40

desta lei.

Art. 16. É atribuição exclusiva da Secretaria Municipal do

Ambiente, a arborização dos locais definidos nos incisos I a V do Art. 14, salvo

exigência ou solicitação a terceiros pela Secretaria Municipal do Ambiente, inclusive

para atender o Art. 15 desta lei.

§ 1º Excetuam-se das disposições deste artigo as previsões

referentes a loteamentos, condomínios e conjuntos habitacionais contidos no Código

Ambiental do Município.

§ 2° O plantio, replantio e conservação de exemplar de

vegetação arbórea urbana devem atentar às normas desta lei.

§ 3° A arborização e áreas verdes urbanas, atendo-se à

dinâmica do município, serão integradas aos novos projetos de expansão urbana e da

infraestrutura de serviços públicos, compatibilizando-os, antes de sua execução.

Seção III

Das Bacias

Art. 17. As bacias hidrográficas são consideradas unidades de

gestão, no compartilhamento do território urbano, para aspectos de diagnóstico e

acompanhamento da:

I – densidade arbórea;

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II – biodiversidade;

III – permeabilidade;

IV – locais disponíveis à arborização;

V – outros aspectos a critério da Secretaria Municipal do

Ambiente.

Seção IV

Do Bem Público e Privado

Art. 18. É proibida a prática de qualquer ação que destruir,

danificar, maltratar ou lesionar exemplar de vegetação arbórea situado em bem público

ou em terreno particular alheio, comprometendo seu desenvolvimento natural, exceto

nos casos autorizados pela Secretaria Municipal do Ambiente – SEMA.

Art. 19. Cabe aos proprietários de imóveis urbanos, situados

no âmbito do município, exterminar os focos de insetos nocivos neles constatados, seja

em edificações, árvores ou solo.

Parágrafo único. São de responsabilidade da Administração

Municipal, a prevenção e a exterminação dos focos de insetos nocivos constatados nos

prédios públicos municipais, em exemplares da vegetação arbórea e no solo das vias,

das praças e dos logradouros públicos.

Seção V

Dos Locais Disponíveis

Art. 20. Para determinação de local disponível ao plantio

permanente de um exemplar de vegetação arbórea nas vias públicas, este se limitará à:

I – distância mínima de 2,00m das caixas de inspeção;

II – distância mínima de 2,00m das boca de lobo;

III – distância mínima de 3,00m de hidrante;

IV – distância mínima de 0,40m da canaleta gramada em

Núcleos Residenciais de Recreio;

V – distância mínima de 1,00m da guia rebaixada em

consonância com a legislação;

VI – distância mínima de 4,00m de poste com rede elétrica;

VII – distância mínima de 1,00m da tubulação pluvial e

galerias;

VIII – distância mínima de 1,00m de dutos subterrâneos;

IX – distância mínima de 2,00m de telefone, cabine, banca,

ou guarita;

X – proibição de plantar em calçadas com largura inferior

a 2,00m, salvo possibilidade de adequação proposta pelo Art. 35;

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XI – não plantar em canteiros centrais com largura inferior

a 2,00m em projeção, ou com declividade superior a quarenta e cinco graus;

XII – distância mínima de 6,00m da intercessão da linha

de meiofio da esquina de passeios e canteiros centrais;

XIII – distância mínima de 8,00m da intercessão da linha

de meiofio da esquina com semáforo, de passeios e canteiros centrais;

XIV – distância mínima de 5,00m entre exemplares de

vegetação arbórea de pequeno porte;

XV – distância mínima de 7,00m entre exemplares de

vegetação arbórea de médio porte, exceto quando de plantio prévio para substituição

futura;

XVI – distância mínima de 10,00m entre exemplares de

vegetação arbórea de grande porte, exceto quando de plantio prévio para substituição

futura;

XVII – distância que, entre espécies de porte diferentes, é a

média aritmética, exceto quando de plantio prévio para substituição futura;

XVIII – ao local de tocos, quando este contemplar as

exigências deste artigo;

XIX – substituição exata de árvores com corte

realizado/autorizado pela Secretaria Municipal do Ambiente, quando o local destas

contemplarem as exigências deste artigo;

XX – substituição exata de mudas recém- plantadas que

sofreram quebra, quando o local destas contemplarem as exigências deste artigo;

XXI – outros locais a critério da Secretaria Municipal do

Ambiente.

Parágrafo único. Nas áreas com alta verticalização das

datas, as distâncias preconizadas nos incisos XIV a XVII deste artigo serão

consideradas pelo dobro.

Seção VI

Das Mudas e Plantio

Art. 21. A muda a ser utilizada na arborização urbana,

produzida no Viveiro Municipal ou por terceiros, obrigatoriamente, terá para plantio:

I – altura mínima de 2,20m;

II – diâmetro do tronco à altura do peito (DAP) de 0,03m a

uma altura de 1,30m;

III – tronco único e livre de ramos até a altura mínima de

1,80m;

IV – ramos da copa dispostos de modo equilibrado;

V – isenta de pragas e doenças;

VI – sistema radicular bem formado e consolidado.

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

Art. 22. Os plantios serão realizados durante o ano todo, nos

locais disponíveis conforme Art. 20, obedecendo aos seguintes parâmetros:

I – abrir o berço com dimensões mínimas de 0,60m de

largura, comprimento e profundidade;

II – retirar a terra existente que, sendo de boa qualidade,

poderá ser misturada na proporção de 1:1 com composto orgânico para preenchimento

da cova; sendo de má qualidade, deverá ser substituída integralmente por terra orgânica;

III – posicionar o centro da muda a 0,40m do lado interno do

meiofio, em calçadas com largura de 2,00 a 2,49m;

IV – posicionar o centro da muda a 0,50m do lado interno do

meiofio, em calçadas com largura de 2,50 a 2,99m;

V – posicionar o centro da muda a 0,90m do lado interno do

meiofio, em calçadas com largura acima de 3,00m;

VI – o tutor apontado em uma das extremidades deverá ser

cravado no fundo da cova, afastado da muda, sendo fixado com uso de marreta;

VII – o colo da muda deve ser posicionado e mantido à altura

do solo, abaixo do nível da calçada;

VIII - após o completo preenchimento da cova com o

substrato, deverá o mesmo ser comprimido por ação mecânica, sugerindo-se um

pisotear suave para não danificar a muda;

IX – fazer amarração em “x” da muda ao tutor, evitando a

queda da planta por ação do vento;

X – a abertura obrigatória de canteiro permeável na calçada,

em torno da muda, deve seguir as especificações do Art. 40;

XI – a instalação de gradil pode ser feita, desde que permita a

retirada de brotações laterais abaixo de 1,80m;

XII – a muda deve ser regada a cada dois dias, se não chover,

durante os primeiros dois meses, após o plantio.

Art. 23. Caberá à Administração Municipal, dentre outras

atribuições:

I – produzir, adquirir, incentivar e exigir o plantio de

mudas, visando atingir os padrões mínimos estabelecidos para arborização urbana, de

acordo com o Art. 21;

II – identificar e cadastrar árvores matrizes, para a

produção de mudas e sementes;

III – implantar um banco de sementes;

IV – testar espécies, com predominância de nativas não-

usuais, com o objetivo de introduzi-las na arborização urbana;

V – difundir e perpetuar as espécies vegetais nativas,

utilizando técnicas que permitam a variabilidade genética;

VI – promover o intercâmbio de sementes e mudas;

VII – conhecer a fenologia das diferentes espécies arbóreas

cadastradas.

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Seção VII

Das Espécies e Porte

Art. 24. Para garantir a preservação da genética local, a

biodiversidade e a adequação urbana, as espécies vegetais, empregadas nas mudas de

árvores urbanas, obedecerão:

I – quanto à origem, serão no mínimo 70% nativas (30%

autóctones e 40% nativas brasileiras) e, no máximo ,de 30% exóticas não invasoras

adaptadas (não relacionadas na Portaria IAP n°95/07 e suas atualizações);

II – quanto à diversidade, serão no máximo 10% da mesma

espécie, 20% do mesmo gênero e 30% da mesma família botânica;

III – quanto ao estágio sucessional, se dará preferência às

espécies pioneiras e secundárias;

IV – quanto ao sistema radicular, serão não-superficiais;

V – quanto ao sistema foliar serão dadas preferências às de

folhas pequenas ou médias, e persistentes;

VI – quanto ao porte, a preferência recairá espécies de

grande porte;

VII – quanto às interações microclimáticas, o alvo

preferencial são as preferência às que portem copas com bloqueio da irradiação solar

acima de 60%, e de alta capacidade de absorção de dióxido de carbono;

VIII – quanto à adequação urbana, exclusivamente na

arborização de vias públicas, não devem apresentar frutos grandes, galhos quebradiços,

espinhos ou acúleos, ou partes tóxicas.

Parágrafo único. Para fins de diagnóstico e

acompanhamento, estes padrões serão aplicados por bacia, que é a unidade territorial de

gestão deste plano.

Art. 25. É proibido o plantio de exemplar da espécie Ficus

benjamina ou Ficus microcarpa em passeios, canteiros centrais e espaços livres

implantados em logradouros públicos.

Art. 26 É proibido, no município de Londrina, o plantio de

exemplar de vegetação arbórea de espécie exótica invasora, listada na Resolução IAP

95/2007 e suas atualizações, ou listada por órgão oficial.

Art. 27 Para os passeios das vias que margeiam os fundos

de vale, serão adotadas exclusivamente mudas que, quanto à origem, sejam no mínimo

40% autóctone e no máximo 60% de espécie nativa brasileira.

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

Art. 28. Em especial às praças, a Secretaria Municipal do

Ambiente poderá utilizar espécies que, quanto à floração, permitam sucessão de flores

no verão e inverno.

Art. 29. Pelo porte, a vegetação arbórea é definida por:

I – pequeno porte – espécies arbóreas de 4,00m até 5,00m

de altura, quando adultas;

II – médio porte – espécies arbóreas de 5,00 a 10,00m de

altura, quando adultas;

III – grande porte – espécies arbóreas acima de 10,00m de

altura, quando adultas.

Art. 30. As mudas de espécies de pequeno porte serão

exclusivamente plantadas em calçadas com largura entre 2,00 e 2,99m, sem recuo de

edificações com dois ou mais pavimentos.

Art. 31. As mudas de espécies de médio porte serão

plantadas:

I – em calçadas com largura entre 2,00 e 2,99m, sem recuo

de edificações térreas;

II – em calçadas com largura de 2,00 a 2,99m, com recuo

das edificações;

Art. 32. As mudas de espécies de grande porte serão

plantadas:

I – em calçadas com largura com 3,00m ou mais;

II – em espaços livres implantados como definido pelo Art.

35;

III – em canteiros centrais com largura acima de 2,00m em

projeção.

Art. 33. Nos passeios de vias de corredores de transporte

coletivo, quando não houver possibilidade de plantio de grande porte, devem ser

utilizadas espécies de médio porte com copa colunar.

Art. 34. A Secretaria Municipal do Ambiente e o

CONSEMMA elaborarão e disponibilizarão lista de espécies indicadas para cada local

disponível destinadas ao plantio na área urbana, revisando e atualizando

periodicamente esta lista.

Parágrafo único. A Secretaria Municipal do Ambiente

poderá estabelecer cooperação técnica com institutos de pesquisa e entidades públicas

ou privadas, para estudos de novas espécies da flora nativa adequadas ao espaço urbano.

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

Seção VIII

Das adequações

Art. 35. Em calçadas com largura inferior a 2,00m, ou

inferior a 3,00m e sem recuo de edificações com dois ou mais pavimentos, e que tenha

faixa de estacionamento regulamentada, a Administração Municipal implantará espaço

livre com 2,00m de largura em formato trapezoidal que permita, na face com a faixa de

rolamento, uma testada de 2,00m e 4,00m com o meiofio original.

§1° A localização do espaço livre implantado permitirá duas

vagas de estacionamento regulamentar de cada lado, adjacentes ou não ao espaço livre

implantado.

§2° O espaço livre implantado deve ser ocupado por árvore

de grande porte.

Art. 36. Em face de interferências entre equipamentos

públicos e a arborização urbana, deverá preliminarmente ser ponderada a possibilidade

de readequação desses equipamentos, ao invés da adoção precipitada de serviços de

poda ou remoção, em detrimento da vegetação arbórea.

Art. 37. Para execução deste plano, as empresas responsáveis

pela implantação do sistema de água e esgoto, dutos subterrâneos e redes aéreas devem

enviar à Secretaria Municipal do Ambiente plantas das atuais instalações, não as

desobrigando da prestação de outras informações com à administração municipal.

Parágrafo único. Para projetos de expansão, as empresas

devem enviar à Secretaria Municipal do Ambiente os projetos de implantação, para

indicação de readequação à arborização, se necessário.

Art. 38. A Administração Municipal, principalmente em

locais de adensamento da arborização urbana, procederá à adequação dos bueiros,

rebaixamento da iluminação pública e incremento do serviço de limpeza pública.

Art. 39. Para execução deste plano, a Administração

Municipal, a Secretaria Municipal do Ambiente e o CONSEMMA estabelecerão, com a

concessionária do serviço de distribuição elétrica na cidade de Londrina, convênio com

os seguintes requisitos:

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

I – que a concessionária apenas aceite dos empreendedores

os novos empreendimentos construídos ao menos com redes ecológicas, em rede

compacta, para alta tensão e rede isolada de baixa tensão;

II – que as novas redes de distribuição da concessionária

sejam construídas ao menos em rede compacta para alta tensão e rede isolada de baixa

tensão; e

III – que a concessionária se comprometa a estabelecer e

cumprir cronograma de até 15 anos para modernização da rede de distribuição elétrica

na área urbana do município, com a substituição das redes convencionais, ao menos,

para rede compacta, para alta tensão e rede isolada de baixa tensão.

Parágrafo único. A prioridade do cronograma de

modernização da rede seguirá dos locais com maior adensamento da arborização urbana

para os menos adensados.

Seção IX

Das Áreas Permeáveis

Art. 40. Os proprietários de imóveis na área urbana devem

construir e manter canteiros permeáveis gramados nas respectivas calçadas, como

segue:

I – o canteiro permeável abrangerá uma faixa paralela à

guia não rebaixada da calçada, incluindo nela a arborização urbana;

II – a largura máxima desta faixa se estenderá do lado

interno do meiofio até o ponto na calçada que permita, em seguida, uma faixa paralela

mínima de 1,20m de largura para circulação e acessibilidade, como atenta a NBR

9050/94;

III – o canteiro não deve possuir mureta que o impeça de

receber água da calçada;

IV – a faixa permeável deve ser coberta e mantida com

gramínea que evite a recompactação do solo.

Art. 41. Os imóveis, em áreas de alto fluxo de pedestres,

como na área central e ruas comerciais, podem utilizar, no lugar da cobertura com

gramínea, pavimento drenante apropriado.

Art. 42. Os canteiros centrais, rotatórias e outros espaços

livres nas vias devem manter-se gramados pela Administração Municipal.

Seção X

Dos Incentivos

Art. 43. A Administração Municipal poderá estabelecer

incentivos que permitam atingir os objetivos desta lei.

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Prefeitura do Município de LondrinaEstado do Paraná

Seção XI

Da Conservação

Art. 44. A conservação da arborização e áreas verdes

urbanas é dever da Administração Municipal e da sociedade.

Art. 45. Os cuidados de conservação da arborização e

áreas verdes urbanas dar-se-ão prioritariamente na prevenção de problemas

fitossanitários, de segurança, de permeabilidade e para adequação recíproca do ambiente

urbano, a fim de estender o tempo de vida de cada exemplar e sua contribuição em

benefícios ambientais para a cidade.

Parágrafo único. São ações de conservação da arborização

e áreas verdes urbanas:

I – poda de condução que retire brotações do tronco a baixa

altura, de modo a evitar futuras podas em galhos grossos de difícil cicatrização;

II – poda de condução que evite forquilhas de compressão e

futura queda de galho;

III – poda de condução que conduza a copa acima das redes

elétricas;

IV – poda de condução que eleve a copa acima de 2,50m

sobre o passeio e 4,50m sobre a faixa de rolamento;

V – poda de limpeza que retire do exemplar galhos senis,

mortos, danificados ou codominantes;

VI – poda de limpeza que retire as folhas mortas das

palmeiras;

VII – plantio intercalado em momentos distintos, permitindo

que as substituições não ocorram ao mesmo tempo;

VIII – plantio intercalado de espécies distintas, evitando

dispersão de pragas;

IX – plantio adjacente e prévio de novo exemplar para

substituição futura por outro exemplar;

X – replantio em substituição de muda que sofreu quebra,

no espaço máximo de doze meses;

XI – diagnóstico precoce e combate a pragas nos exemplares

e no solo;

XII – adubação no caso de solo pobre;

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XIII – colocação de epífitas e trepadeiras apropriadas em

troncos de exemplares clímaces - como a peroba-rosa - para redução da temperatura do

tronco;

XIV – retirada de objetos fixados;

XV – definir, incentivar e aplicar técnicas de recuperação

fitossanitária;

XVI – instalação pelo proprietário de canteiros permeáveis

nos exemplares em frente à sua data urbanizada;

XVII – fiscalizar o cumprimento de termo de compromisso

ambiental para replantio;

XVIII – divulgar à população boas práticas com a arborização;

XIX – substituição de superfícies impermeáveis por

gramíneas nas áreas verdes urbanas, como espaços livres;

XX – manutenção das áreas verdes urbanas com gramíneas

para evitar compactação do solo; e

XXI – outras ações definidas pela Secretaria Municipal do

Ambiente e CONSEMMA.

Art. 46. É proibida a fixação de faixas, placas, cartazes,

holofotes, lâmpadas, objetos e qualquer tipo de pintura em exemplares de vegetação

arbórea.

Parágrafo único. Poderá ser emitida autorização da

Secretaria Municipal do Ambiente, para a colocação de enfeites natalinos na

arborização pública.

Seção XII

Das Podas e Substituições

Art. 47. A poda de exemplares da vegetação arbórea poderá

ser executada por terceiros, pessoa física ou jurídica, se credenciados e autorizados pela

Secretaria Municipal do Ambiente e obedecidos os princípios técnicos pertinentes.

Parágrafo único. O credenciamento será obtido mediante a

participação em cursos e treinamentos promovidos pela Secretaria Municipal do

Ambiente, com a expedição da respectiva habilitação.

Art. 48. A execução de poda por pessoas não credenciadas

ou a não-observância de princípios técnicos e das normas desta lei constituem infração

passível de multa.

Art. 49. Os tipos de poda adotados no município são:

I – poda de condução pela eliminação de brotações junto ao

tronco, para que o exemplar adulto forme a copa em altura superior a 2,50m do passeio

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e 4,50m da faixa de rolamento, evitando interferências de pedestres, veículos, placas

sinalizadoras e semáforos;

II – poda de limpeza que elimina galhos senis, mortos,

danificados ou codominantes;

III –poda de emergência realizada em situações

emergenciais que envolvam segurança pública; dispensa-se a autorização referida no

Art. 47 do Corpo de Bombeiros e das concessionárias de serviços públicos de energia

elétrica, telecomunicações e saneamento.

Parágrafo único. A poda de condução por eliminação de

brotações laterais junto ao tronco, sem auxílio de escadas e com uso de, no máximo,

pequena tesoura de poda, pode ser realizada sem necessidade de autorização da

Secretaria Municipal do Ambiente.

Art. 50. É proibida a utilização de instrumentos de impacto

para a realização de podas.

Art. 51. É proibida a poda de raízes em árvores

da arborização urbana.

Parágrafo único. Em caso de necessidade, o interessado

solicitará à Secretaria Municipal do Ambiente a avaliação local e o atendimento

necessário.

Art. 52. É proibida a poda de topiaria.

Art. 53. É vedada a poda excessiva ou drástica

da arborização pública, ou das árvores de propriedades particulares que afete

significativamente o desenvolvimento da copa.

Parágrafo único. Entende-se por poda excessiva ou

drástica:

I – o corte de mais de 50% do total da massa verde da copa;

II – o corte de parte superior da copa, eliminando a gema

apical;

III – o corte de somente um lado da copa, ocasionando o

desequilíbrio estrutural da árvore;

IV – poda em U ou V.

Art. 54. Os casos em que houver comprovada necessidade

técnica de poda drástica, deverão ser previamente autorizados pela SEMA.

Art. 55. O corte ou transplante de qualquer exemplar da

vegetação arbórea somente serão admitidos, com prévia autorização da Secretaria

Municipal do Ambiente, mediante laudo técnico, nos seguintes casos:

I – quando o estado fitossanitário do exemplar o justificar;

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II – quando o exemplar, ou parte estrutural dele, apresentar

risco de queda;

III – quando o exemplar constituir risco à segurança nas

edificações, ou estiver causando dano comprovado ao patrimônio público ou privado,

sem que haja outra solução para o problema;

IV – quando o exemplar alcançar o terço final do tempo de

vida específico da espécie;

V – quando o plantio irregular ou a propagação espontânea

de espécies impossibilitarem o desenvolvimento adequado de exemplares vizinhos;

VI – quando se tratar de espécie tóxica ou inadequada com

propagação prejudicial comprovada;

VII –quando, na implantação de empreendimentos, reformas

ou benfeitorias, públicos ou privados, comprovadamente, não existir solução técnica

que evite a necessidade do corte;

VIII –quando o seu crescimento natural impedir a

acessibilidade mínima ao passeio público.

Art. 56. Independente de solicitações, a Secretaria Municipal

do Ambiente, continuadamente deverá proceder ao corte e à substituição de exemplares

da arborização urbana que se enquadrem nos incisos do Art. 55.

Art. 57. No caso de corte, em razão de exemplar de

vegetação arbórea de espécie exótica invasora listada na Portaria IAP n° 95/2007 e suas

atualizações, ou listada por órgão oficial, ou de exemplar de espécie considerada

inadequada, ou ainda nos casos de exemplar plantado fora das normas desta lei, esta

será autorizada/efetuada, se:

I – tratar-se de muda; ou

II – quando enquadrada no inciso I, II, III, IV, ou VIII do

Art. 55.

Parágrafo único - Não estando o exemplar apontado no

caput deste artigo, enquadrado no inciso I ou II deste artigo, a Secretaria Municipal do

Ambiente adotará medidas para substituição gradual, como o plantio prévio para

substituição futura.

Art. 58. Toda autorização de corte expedida pela Secretaria

Municipal do Ambiente com os respectivos requerimento e laudo serão disponibilizados

para vistas do CONSEMMA.

Art. 59. O requerimento de autorização de corte de

exemplar de vegetação arbórea, em área particular, deverá ser dirigido à Secretaria

Municipal do Ambiente, em formulário próprio, pelo proprietário do imóvel ou seu

representante legal, devidamente comprovado por título de propriedade, documentos

pessoais ou procuração do(s) titular(es), quando for o caso, e croqui indicando as

árvores que se pretende abater.

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Parágrafo único. Os pedidos para corte de árvore deverão

ser assinados:

I –Pelo proprietário do imóvel ou seu representante legal;

II – Pelos proprietários dos imóveis envolvidos ou seus

representantes legais, no caso de árvore localizada na divisa de imóveis;

III – Pelo síndico, com a apresentação da ata de sua eleição e

da assembleia que deliberou sobre o assunto, contendo a concordância da maioria

absoluta dos condôminos, ou abaixo-assinado, também com a maioria absoluta dos

condôminos concordando com o corte solicitado, no caso de árvores localizadas em

condomínios;

IV –Por todos os proprietários ou seus representantes legais,

no caso de árvores localizadas em imóvel pertencente a mais de um proprietário.

Art. 60. Será rejeitada solicitação de corte que alegue falta

de visualização de placa publicitária ou fachada comercial.

Art. 61. Na autorização para corte de exemplar de vegetação

arbórea a que se refere a Art. 55, o solicitante firmará com a Secretaria Municipal do

Ambiente Termo de Compromisso Ambiental com o seguinte teor:

I – assumir custo do corte;

II – retirar resíduos e os tocos, com correta destinação;

III – reposição de número de árvores definido pela Secretaria

Municipal do Ambiente;

IV – indicação dos locais disponíveis para os plantios;

V – indicação das espécies para os plantios;

VI – obrigação de implantação de canteiros ao redor das

árvores;

VII – obrigação de cuidar das mudas por 12 meses;

VIII – prazo para cumprimento do Termo;

IX – valor da multa por inadimplemento;

X – outras obrigações a critério da Secretaria Municipal do

Ambiente.

§1° O Termo de Compromisso Ambiental é de cumprimento

obrigatório e sua inobservância constitui infração sujeita a multa e, dependendo do caso,

embargo da obra ou do empreendimento.

§2° A Secretaria Municipal do Ambiente deve fiscalizar o

cumprimento do Termo de Compromisso Ambiental, de forma a garantir a reposição e

expansão da arborização urbana, inclusive realizando o plantio em caso de

inadimplência.

§3° No caso de vegetação arbórea, dentro de propriedade

particular, a forma de compensação será definida pela Secretaria Municipal do

Ambiente.

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Art. 62. O corte de exemplar de vegetação arbórea, sem

autorização, constitui infração passível de multa, independentemente da aplicação das

demais sanções cabíveis.

Art. 63. Em situações emergenciais que envolvam segurança

pública e exijam o corte, dispensa-se a autorização, referida no Art. 55, do Corpo de

Bombeiros e das concessionárias de serviços públicos de energia elétrica,

telecomunicações e saneamento.

§1° Os órgãos referidos no caput deste artigo deverão

justificar por escrito à Secretaria Municipal do Ambiente, em até três dias úteis, a

intervenção efetuada.

§2° No caso de corte efetuado pelo Corpo de Bombeiros, o

replantio será efetuado pela Secretaria Municipal do Ambiente.

§3° As concessionárias de serviços públicos ficam obrigadas,

por Termo de Compromisso Ambiental, ao plantio de reposição dos exemplares

cortados em razão deste artigo.

Art. 64. As despesas decorrentes da reposição de exemplares

suprimidos irregularmente, reposição de exemplares de Termo de Compromisso

Ambiental não cumprido e as decorrentes de acidentes, correrão por conta do

responsável pela infração, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

Seção XIII

Da Captura e Armazenamento de Carbono

Art. 65. Para evitar a emissão imediata do carbono

armazenado nos exemplares cortados da arborização urbana, a Administração Municipal

destinará o tronco e galhos principais de exemplares cortados, em razão desta lei, para

beneficiamento, a fim de que a madeira seja armazenada por longo prazo, na forma de

móveis ou insumos permanentes para construção civil.

Parágrafo único. Os resíduos de poda e a biomassa

restantes de exemplares cortados deverão ser destinados, pelos responsáveis, a locais

devidamente licenciados para a recepção.

Seção XIV

Das Praças

Art. 66. São diretrizes para as praças:

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I – Alocar os postes ao calçamento oposto ao da praça;

II –Em grandes áreas, criar pequenos

bosques/arboretos/maciços para proporcionar a melhoria do clima;

III – Garantir extensa área permeável;

IV – Outras diretrizes a critério da Secretaria Municipal do

Ambiente.

Art. 67. O uso de logradouro público ajardinado, como

praças e parques, por particulares, para colocação de barracas ou para festividades,

promoções e outras atividades está condicionado à licença prévia da Administração

Municipal, com condicionantes que visem preservar a qualidade ambiental do local, e

sujeito a aplicações de penalidades previstas em leis.

Art. 68. A aprovação de projetos de revitalização de praças

estará condicionada pela Administração Municipal, à existência de um mínimo de 70%

de área permeável com cobertura vegetal e, no restante da área, uso de piso drenante

eficiente.

Parágrafo único. Qualquer projeto que não obedeça ao

caput deste artigo deverá ser apreciado pelo IPPUL, Secretária Municipal do Ambiente

e CONSEMMA.

Seção XV

Dos Loteamentos e Construções

Art. 69. Todos os projetos de loteamentos, condomínios,

conjuntos habitacionais de interesse social, distritos industriais e arruamentos deverão

incluir o projeto de arborização urbana e o tratamento paisagístico das áreas verdes e de

lazer, a ser submetido à aprovação da Secretaria Municipal do Ambiente.

Parágrafo único. O projeto de arborização urbana e

tratamento paisagístico das áreas verdes e de lazer deverá conter o georreferenciamento

e a indicação das espécies vegetais a serem plantadas no empreendimento.

Art. 70 Os empreendimentos deverão ser entregues com a

arborização das calçadas de ruas e avenidas e respectivos canteiros gramados e praças

em áreas verdes e de lazer de acordo com as normas desta lei.

Parágrafo único. São atribuições dos responsáveis por

novos empreendimentos, o plantio e manutenção da arborização no período de 24

meses, prorrogável por mais 12 meses, concomitantemente, com a execução do mesmo.

Art. 71. As diretrizes constantes no artigo Art. 70 também

serão aplicadas aos Núcleos Residenciais de Recreio e aos loteamentos fechados,

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ficando, no entanto, toda a área permanentemente sob a responsabilidade da iniciativa

privada, proprietária do empreendimento.

Art. 72. Nos projetos de edificações, reformas e ampliações

residenciais, comerciais ou industriais a serem analisadas pelo órgão competente da

Prefeitura do Município de Londrina, será obrigatória a indicação da localização das

árvores existentes.

Parágrafo único. O proprietário do imóvel ou o

empreendedor ficará responsável pela proteção das árvores ali já existentes.

Art. 73. O Habite-se será expedido pela Prefeitura, somente

depois de plantada a arborização urbana pelo proprietário, incorporador ou quem de

direito, atendidos os artigos 20 e 21 desta lei.

Art. 74. O parcelamento de solo deverá preservar as áreas de

bosque formado de matas nativas primárias ou secundárias, representativas de

ecossistemas naturais, com potencial para serem transformadas em unidades de proteção

ambiental ou de conservação.

Seção XVI

Dos Fundos de Vale

Art. 75. Os fundos de vale serão considerados como áreas

verdes, inedificáveis e destinadas ao melhoramento paisagístico e de urbanidade e

repassados ao domínio do município, por ocasião do parcelamento do restante do lote e

incluem as áreas de preservação permanente e sanitárias.

Art. 76. Os fundos de vale, ressalvadas as áreas de

preservação permanente, deverão atender, prioritariamente, à implantação de parques

lineares destinados às atividades de recreação e lazer.

Art. 77. Nas áreas urbanas não consolidadas, deverá ser

implantada área de amortecimento ou faixa sanitária, de 30,00m, entre as áreas de

preservação permanente e as ruas ou avenidas, e poderá ser computada como parte da

área institucional.

Art. 78. Competirá à Secretaria Municipal do Ambiente, em

relação aos fundos de vale:

I – autorizar expressamente qualquer utilização da área;

II – propor normas para regulamentação do uso adequado dos

fundos de vale.

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Art. 79. Em cada margem, a faixa de preservação permanente

deverá conservar a arborização e, se esta não mais existir, deverá ser reflorestada,

seguindo orientação do órgão competente.

§1° O disposto no caput deste artigo abrange áreas do

perímetro urbano, de expansão urbana e rural.

§2° O ônus do reflorestamento recairá sobre o proprietário do

imóvel.

Seção XVII

Do Setor Especial de Áreas Verdes

Art. 80. Fica o Poder Executivo autorizado a criar estímulos

para a preservação de áreas verdes no Município de Londrina.

Art. 81. Integram o Setor Especial de Áreas Verdes, os

terrenos cadastrados na Secretaria Municipal do Ambiente que contenham áreas verdes

denominadas Bosque de Preservação Permanente.

Art. 82. Consideram-se áreas verdes, os bosques de mata

nativa representativos da flora do Município de Londrina, que visem à preservação de

águas existentes, do "habitat" da fauna, da estabilidade dos solos, da proteção

paisagística e da manutenção da distribuição equilibrada dos maciços vegetais.

Art. 83. É vedado o abate de árvore em terreno situado no

Setor Especial de Áreas Verdes, sem autorização da Secretaria Municipal do Ambiente,

ficando os infratores sujeitos às penalidades previstas nesta lei.

Art. 84. É vedada a roçada nos bosques de qualquer terreno

situado no Setor Especial de Áreas Verdes, ficando os infratores sujeitos às penalidades

previstas em lei.

Art. 85. Para a poda ou corte de árvores, nas formações

vegetais de que trata este título, deverão ser obedecidas as determinações da Seção XII

desta lei.

Art. 86. As áreas verdes, situadas em terrenos integrantes do

Setor Especial de Áreas Verdes, não perderão mais a sua destinação específica, devendo

ser recuperadas, em caso de depredação total ou parcial.

§ 1º Em caso de depredação, além das penalidades previstas

nesta lei, a recuperação da área será de responsabilidade do proprietário do terreno,

quando este der causa ao evento por ação ou omissão.

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§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o proprietário ou

possuidor manterá isolada e interditada a área, até que esta seja considerada refeita

mediante laudo técnico da Secretaria Municipal do Ambiente.

§ 3º O não-cumprimento do disposto neste artigo faculta à

Secretaria Municipal do Ambiente fazê-lo e cobrar o custo do proprietário ou possuidor.

Art. 87. A título de estímulo, os proprietários ou possuidores

de terrenos integrantes do Setor Especial de Áreas Verdes gozarão de isenção ou

redução do imposto imobiliário, proporcionalmente à taxa de cobertura florestal do

terreno, de acordo com a tabela abaixo:

coberturas

florestadas

% de

redução

71% acima 100

51% a 70% 80

31% a 50% 50

21% a 30% 30

11% a 20% 20

até 10% 10

Parágrafo único. Cessarão a isenção ou a redução do imposto

imobiliário, para os proprietários ou possuidores que infringirem o disposto nesta lei, e

somente após a recuperação da área, constatada mediante laudo técnico da Secretaria

Municipal do Ambiente, poderá o interessado solicitar novamente o benefício.

Art. 88. A ocupação dos terrenos situados no Setor Especial

de Áreas Verdes será estimulada mediante o estabelecimento de condições especiais de

aproveitamento, aprovadas pelo Chefe do Executivo, ouvidos a Secretaria Municipal do

Ambiente e o Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Londrina - IPPUL.

Art. 89. Para a aprovação de projeto de construção, nas áreas

arroladas no Setor Especial de Áreas Verdes, deverá o solicitante apresentar planta

planialtimétrica com a locação das árvores com diâmetro superior a quinze centímetros

da bordadura do bosque, estudo ou projeto definitivo.

Parágrafo único. Após a aprovação do alvará de construção,

deverá o solicitante retornar à Secretaria Municipal do Ambiente munido do referido

alvará, a fim de obter a autorização para o corte das árvores relacionadas no parecer

técnico.

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Art. 90. Para fins de parcelamento dos terrenos integrantes

do Setor Especial de Áreas Verdes, o lote mínimo indivisível será de 2.000,00m².

Parágrafo único. A aprovação do parcelamento dar-se-á com

a avaliação da Secretaria Municipal do Ambiente, obedecidas as normas pertinentes.

Art. 91. Em caso de parcelamento, os espaços livres de

cobertura vegetal considerados Áreas Verdes deverão ser distribuídos na formação das

datas, de forma a possibilitar futura ocupação, evitando constituir área maciça de

bosque, sem espaço para construções.

Parágrafo único. Para as demais áreas livres de vegetação, o

parcelamento se dará conforme a legislação vigente.

Art. 92. Passam a ser indivisíveis, seja qual for sua área total,

os terrenos integrantes do Setor Especial de Áreas Verdes, em que se tenha licenciado

ocupação com condições especiais de aproveitamento, ficando vedados novos

licenciamentos ao mesmo terreno.

Parágrafo único. Excetua-se do disposto neste artigo, a

subdivisão de área destinada à doação do Município.

Art. 93. A Administração Municipal poderá firmar convênios

de cooperação técnica e parcerias com instituições de pesquisa e entidades públicas e

privadas para a consecução dos objetivos desta lei.

Capítulo VII

Das Infrações, Notificações e Penalidades

Art. 94. Além das penalidades previstas nas legislações

federal e estadual, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil, as pessoas físicas e

jurídicas, que infringirem as disposições desta lei, ficam sujeitas às seguintes sanções:

I – multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) por

exemplar de vegetação arbórea cortado sem autorização ou em desacordo com a

autorização concedida, nos termos do Art. 55;

II – multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) por

exemplar de vegetação arbórea com dano que comprometa seu desenvolvimento, nos

termos do Art. 18;

III – multa no valor de R$1.000,00 (mil reais) por intervenção

ou uso de área verde sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida,

nos termos do Art. 68;

IV – multa no valor de R$100,00 (cem reais) a R$1.000,00

(mil reais) por exemplar de vegetação arbórea inexistente em calçada de data

urbanizada, nos termos do Art. 15;

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V – multa de R$500,00 (quinhentos reais) por propriedade,

pela falta de extermínio de foco de insetos nocivos em edifício, árvore, nos termos do

Art. 19;

VI – multa de R$100,00 (cem reais) por muda plantada de

Ficus bejamina ou Ficus microcarpa, ou de espécie exótica invasora, nos termos dos

artigos 25 e 26;

VII – multa de R$100,00 (cem reais) por exemplar de

vegetação arbórea utilizado para colocação de faixas, cartazes, holofotes, lâmpadas,

objetos ou com tronco pintado, nos termos do Art. 46;

VIII – multa de R$100,00 (cem reais) por exemplar de

vegetação arbórea podado por agente não credenciado, nos termos do Art. 47;

IX – multa de R$100,00 (cem reais) por exemplar de

vegetação arbórea podado com uso de instrumento de impacto, nos termos do Art. 50;

X – multa de R$100,00 (cem reais) por exemplar de

vegetação arbórea, com poda de raiz, sem avaliação da Secretaria Municipal do

Ambiente, nos termos do Art. 51;

XI – multa de R$100,00 (cem reais) por exemplar de

vegetação arbórea podado em topiaria, nos termos do Art. 52;

XII – multa de R$100,00 (cem reais) a R$1.000,00 (mil

reais) por exemplar de vegetação arbórea com poda excessiva ou drástica, nos termos

do Art. 53;

XIII – multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) por

exemplar de vegetação arbórea cortado em bosque de preservação permanente sem

autorização ou em desacordo com a autorização concedida, nos termos do Art. 84;

XIV – multa no valor de R$500,00 (quinhentos reais) a

R$15.000,00 (quinze mil reais) por roçada de terreno integrante do Setor Especial de

Áreas verdes, nos termos do Art. 84.

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos IV a VII, o

infrator será previamente notificado para que cumpra a obrigação de fazer ou desfazer.

Art. 95. A multa será agravada até o décuplo, se o dano, o

corte ou a derrubada:

I – objetivar visualização de placa publicitária ou fachada

comercial;

II – atingir vegetação protegida por legislação específica;

ou

III – atingir vegetação pertencente às unidades de

conservação do município;

IV – atingir árvores bem desenvolvidas;

V – for o autuado reincidente;

VI – for realizado por motivo vil ou torpe ou por interesse

econômico.

Art. 96. As multas de que trata o Art. 95 terão seus valores

corrigidos anualmente pelo mesmo índice oficial adotado pelo Município de Londrina.

27

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Art. 97. O auto de infração, com as informações das

irregularidades constatadas, deverá ser lavrado pelo servidor público competente.

Parágrafo único. Caso o infrator recuse o recebimento do

auto de infração, o fiscal constará expressamente tal recusa.

Art. 98. Respondem solidariamente pela infração às normas

desta lei:

I – seu autor material;

II – demais partícipes;

III – o proprietário ou responsável pela data em cuja calçada

houve o dano à árvore, quando não comprovada outra autoria, com atenuação da metade

da multa neste caso.

Art. 99. Reverterão ao Fundo Municipal do Meio Ambiente,

os valores arrecadados em pagamento de multas aplicadas em razão desta lei.

Capítulo VIII

Dos Recursos

Art. 100. Os recursos necessários à implantação e execução

do Plano Diretor de Arborização do Município de Londrina serão garantidos com base

nas seguintes fontes:

I – dotação orçamentária do Município;

II – valor das multas por infrações a esta lei;

III – recursos de programas federal e estadual;

IV – fundos públicos;

V – outras fontes.

Capítulo IX

Das Disposições Gerais

Art. 101. A Secretaria Municipal do Ambiente deverá

promover a capacitação permanente da mão de obra para execução deste Plano.

Parágrafo único. Quando se tratar de mão de obra

terceirizada, a Secretaria Municipal do Ambiente exigirá comprovação da capacitação.

Art. 102. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário, em especial as Leis Municipais n° 4.538 de 25

de setembro de 1990, 4.970 de 14 de abril de 1992, 5.127 de 22 de julho de 1992, 5.290

de 22 de dezembro de 1992, 6.858 de 18 de novembro de 1996, 8.256 de 5 de outubro

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de 2000, 8.414 de 31 de maio de 2001, 8.563 de 5 de outubro de 2001,7.215 de 06 de

novembro de 1997, 7.358 de 14 de abril de 1998, 8.473 de 23 de julho de 2001, 10.478

de 28 de maio de 2008, 10.578 de 02 de dezembro de 2008 .

.

Londrina,