jornal da cidade - 233

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P A U M J ORNAL DE Q UALIDADE Escrevendo Escrevendo Escrevendo Escrevendo Escrevendo nossa história nossa história nossa história nossa história nossa história Escrevendo Escrevendo Escrevendo Escrevendo Escrevendo nossa história nossa história nossa história nossa história nossa história ARCOS-MG - N O 233- 2ª QUINZENA DE FEVEREIRO DE 2011 - CIRCULAÇÃO: ARCOS, LAGOA DA PRATA E JAPARAÍBA ORNAL DA CIDAD ORNAL DA CIDAD E J J E ANOS 17 ANOS 17 Lideranças políticas e comunidade arcoense dão último adeus a Dr. Maurício Andrade O saguão da Câma ra Municipal de Arcos ficou reple- to no sábado, 26.02, oca- sião em que Dr. Mauricio Andrade foi homenagea- do, em seu funeral, com honras de estadista. Clau- denir José de Melo “Bai- ano”, prefeito municipal, o presidente da Câmara Mu- nicipal, Wilmar Teixeira Arantes, vereadores e re- presentantes de vários segmentos da comunida- de, prestaram a última ho- menagem ao político e empresário Dr. José Mau- ricio de Andrade, que vi- veu por décadas na Fa- zenda São Miguel, em Calciolândia, município de Arcos. Dr. Mauricio morreu aos 97 anos no dia 12 de janeiro de 2011. . O corpo foi cremado em Itapecerica da Serra (SP), no cemitério Horto da Paz às 17h de quinta- feira, dia 13. Ele estava internado no Hospital Be- neficência Portuguesa, em São Paulo. Veja homenagens a Dr. Mauricio nas páginas in- ternas do JORNAL DA CI- DADE. Familiares de Dr. Maurício Andrade marcaram presença na Câmara Municipal de Arcos, em 26/02/2011, ocasião em que o executivo municipal, o legislativo, amigos de Dr. Maurí- cio representando todos os segmentos sociais da comunidade foram dar o último adeus ao político, que muito contribuiu com o crescimento do município de Arcos

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 11111

PA

UM JORNAL DE QUALIDADEE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d o

nossa histórianossa histórianossa histórianossa histórianossa históriaE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d oE s c r e v e n d o

nossa histórianossa histórianossa histórianossa histórianossa história

ARCOS-MG - NO 233- 2ª QUINZENA DE FEVEREIRO DE 2011 - CIRCULAÇÃO: ARCOS, LAGOA DA PRATA E JAPARAÍBA

ORNAL DA CIDADORNAL DA CIDADEJJ E ANOS17ANOS

17

Lideranças políticas ecomunidade arcoense dão último

adeus a Dr. Maurício Andrade

O saguão da Câmara Municipal deArcos ficou reple-

to no sábado, 26.02, oca-sião em que Dr. MauricioAndrade foi homenagea-do, em seu funeral, comhonras de estadista. Clau-denir José de Melo “Bai-ano”, prefeito municipal, opresidente da Câmara Mu-nicipal, Wilmar TeixeiraArantes, vereadores e re-presentantes de váriossegmentos da comunida-de, prestaram a última ho-menagem ao político eempresário Dr. José Mau-ricio de Andrade, que vi-veu por décadas na Fa-zenda São Miguel, emCalciolândia, município deArcos. Dr. Mauricio morreuaos 97 anos no dia 12 dejaneiro de 2011.

. O corpo foi cremadoem Itapecerica da Serra(SP), no cemitério Hortoda Paz às 17h de quinta-feira, dia 13. Ele estavainternado no Hospital Be-neficência Portuguesa,em São Paulo.

Veja homenagens a Dr.Mauricio nas páginas in-ternas do JORNAL DA CI-DADE.

Familiares de Dr. Maurício Andrade marcaram presença na Câmara Municipal de Arcos,em 26/02/2011, ocasião em que o executivo municipal, o legislativo, amigos de Dr. Maurí-cio representando todos os segmentos sociais da comunidade foram dar o último adeus ao

político, que muito contribuiu com o crescimento do município de Arcos

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22222 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade

CXXXV

Um arcoense naterra do Tio Sam

Este Jornal é uma publicação da SAMID Comunicações e Empreendi-

mentos - Publicação Quinzenal - C.G.C.: 64.486.756/0001-75

Diretor e editor: Dimas José Rodrigues

E-mail: [email protected]

Telefone: (37) 3351-7558

Colaboradores: Toninho Sampaio

Diagramação: Grafontes

Impressão: GRAFONTES - 3351-4724

(e-mail : [email protected] )

Professor de Matemática do 2º grau E. E. Berenice deMagalhães Pinto advogado. Editor do Jornal da Cidade.

O BonéO cronista ha. tempos de-

seja abordar este assunto, po-rém, na hora H “pinta” um motediferente. Neste domingo, ou-vindo o Programa Gaspar dosReis pela Vertical FM, resolvideixar o rádio do carro ligadona Vertical e vir para o compu-tador fazer esta crônica. Mui-tos me abordam e dizem paraeu continuar e se faltar assun-to, que eu invente. Isto o cro-nista jamais fará. Todos os as-suntos abordados neste mini-fúndio de papel, relacionadosao Tio Sam, são autênticos eda maior veracidade. Já exis-tem leitores dizendo estarcansados e cobrando o finalde “Tio Sam”. Mas o cronistaainda se sente lisonjeado paracom aqueles que reclamam,pelo fato de eles também le-rem a crônica.

Eu entreguei o JC 231 parao americano José de Olivei-ra, que está morando em Ar-cos e lecionando no CCAA.Ele, que tem este nome abra-sileirado por culpa do pai bra-sileiro e mãe americana. Elee o Paulinho CCAA foram ob-jetos de minha crônica – Umarcoense na terra do Tio Sam– do mencionado jornal. Como título little Rusty – enferru-jado- eu sei que muitos devocês leitores a leram. Dei-lhedois jornais (um para ele e ou-tro para o Paulinho CCAA) emostrei-lhe a crônica. Tudoisto no “Restaurante da Vovó”,que fica na Rua São Geraldo.Ele e mais uma multidão al-moçam lá e a comida é muitoboa.

Até agora você não faloudeste tal boné? Muitos de vo-cês leitores devem, neste mo-mento, estar pensando!

O cronista explica. Umacrônica geralmente tem ummote e para chegar nestemote (tema) pode-se florearà vontade. E é isto que o cro-nista está fazendo. Morce-gando. Até chegar ao objetivoprincipal, que é o boné.

Vamos, então, ao cronistapoético.

Estávamos saindo de Ma-dison, Capital do Wisconsin.Cidade modelo. Considerada,

em 1997, a cidade com me-lhor qualidade vida nos Esta-dos Unidos. O estado do Wis-consin fica no norte do país.Perto do Canadá. Em uma re-gião chamada de meio-oesteamericano. Vai saber por quê?!

Estávamos fazendo esta vi-agem de ônibus. Fica a umadistância Arcos-Belo Horizon-te o trecho Madison/Chicago.A cidade de Chicago fica noEstado do Illinois. A distânciaaté que não é longe. A alemãKátia, que estudava física nu-clear em Madison, trabalhavaem um hospital de Chicagoalguns dias da semana. Ela iade ônibus.

Fomos de ônibus e salvoengano (ou salvo a memóriado cronista, isto tem 14 anosatrás) íamos pegar um vôo paraNova Iorque. De lá viríamospara o Brasil.

Os ônibus americanos nãotêm a figura do trocador. Só temo motorista, que geralmente éum sujeito educado e de bemcom a vida. Este pelo menos oera. Um senhor louro, alto, quedescia com um sorriso largo eauxiliava senhoras com crian-ças a subirem no veículo coma maior presteza. Eu tenho cer-teza que ele sabia que éramosestrangeiros.

Chegamos, enfim, naguarita do aeroporto. O Chi-cago O´hara. O maior aero-porto dos Estados Unidos eum dos maiores do mundo.Cada cacete de avião! Des-culpe a gíria. Do ChicagoO´hara fazia-se conexão devôo para o mundo inteiro.

Na guarita, onde desce-mos e descansamos por al-guns minutos, alguém haviaesquecido, no banco, umboné da Nike, novinho em fo-lha. Parecia que ele estavaali por algum tempo. Eu subiao saguão do aeroporto, quemais parece uma cidade detão grande. Nosso vôo ia de-morar algumas horas. Tomeichope. Depois desci até a talguarita. E não é que o bonéainda estava lá!

É primeiro mundo. É outracoisa!

Toninho SampaioComenta

QUANDO O AMOR ACABAO poeta Fernando Pes-

soa, em uma de suas po-esias, demonstrou a suaperplexidade ante umaquestão vital: “Para ondevai o amor, quando o amoracaba?” Para onde vai oamor, quando o amor vaiembora? inúmeros outrospoetas tentaram em vãoresponder ao questiona-mento: para onde vai oamor, quando o amor aca-ba? Em sua maioria ospoetas falam do fim doamor; do fim do relaciona-mento amoroso, seja pelatraição, pela morte, pelaindiferença, pela distân-cia. Mas, se acabou, paraonde foi o amor? Esta é adúvida que os atormentae também a nós, pobresmortais.

O poeta maior da línguaportuguesa, Luiz Vaz deCamões, revela sua triste-za e solitude, com a mor-te de sua amada Diname-ne, no, talvez, mais impor-tante e famoso sonetoescrito em língua portu-guesa: “Alma minha gentilque te partiste/ Tão cedodesta vida descontente/Repousa lá no céu, eter-namente/ E viva eu cá naterra sempre triste”. Oamor foi embora. Paraonde?

Machado de Assis des-pede-se de sua amadaCarolina, em seu túmulo,

com um poema: “Querida,aos pés do leito derradei-ro/ Em que descansasdesta longa vida,/ Aquivenho e virei, pobre que-rida,/ Trazer-te o coraçãodo companheiro”. É o po-eta voltando ao túmulo daamada, à procura do amorque se foi.

Olavo Bilac, no soneto,Nel Mezzo Del Camin, vêexatamente o momentoem que o amor vai embo-ra e sofre com isso:“...Hoje segues de novo...Na partida/ Nem o prantoos teus olhos umedece,/Nem te comove a dor dadespedida.// E eu, solitá-rio, volto a face, e tremo/vendo teu vulto que desa-parece/ Na extrema curvado caminho extremo”.Mais uma vez o amor es-capa e o poeta não sabecomo segurá-lo.

Carlos Drummond deAndrade cobra do amigo,Manuel Bandeira, que sefoi (para a eternidade) semse despedir: “Tenho ra-zão de sentir saudade,/tenho razão de te acusar./Houve um pacto implícitoque rompeste,/ e semdespedires foste embo-ra.../ ...Nem deixaste se-quer o direito de indagar/por que o fizeste, por quete foste?.” Os amigos sãoassim, às vezes vão em-bora e não nos dão tem-

po de despedir.“Vou-me embora pra

pasárgada,/ Lá, sou ami-go do rei,/ lá tenho a mu-lher que quero,/ na camaque escolherei”. Assim oesperançoso poeta Manu-el Bandeira diz que vaipara a imaginária Pasárga-da. Terra de encantamen-to e alegria. No entanto, otaciturno poeta chora a au-sência do amor do filhoque não teve: “Gosto mui-to de criança:/ não tive fi-lho de meu./ Umfilho!...não foi de jeito.../Mas trago dentro do pei-to,/ Meu filho que não nas-ceu”.

Vinícius de Moraes ter-mina seu soneto mais im-portante e conhecido,Soneto da Fidelidade,com a quase certeza deque o amor acaba: “E as-sim, quando mais tardeme procure/ Quem sabe,a morte, angústia de quemvive/ Quem sabe a soli-dão, fim de quem ama,//Eu possa me dizer doamor (que tive)/ Que nãoseja imortal, posto que échama,/ Mas que seja in-finito, enquanto dure”. É aesperança de segurar oamor, depois que o amorse acaba.

O poeta gaucho MarioQuintana desdenha damulher amada, pelo fim doamor. Mesmo assim não

consegue esquecê-la: “Eagora – que desfecho!/ Jánem penso mais em ti.../Mas será que nunca dei-xo/ De lembrar que te es-queci?

Esses pensamentosvieram-me à noite, depoisde um passeio que fiz aum sítio de um amigo. Láencontrei pessoas queri-das e conheci outras. Den-tre essas uma me impres-sionou pelas lembrançasda pessoa amada. Mui-tos, muitos anos se pas-saram; talvez quarenta ea saudade e as lembran-ças permanecem vívidasem seu coração: “namo-ramos cinco anos, seismeses e nove dias”. Dis-se-me essa criatura. Oamor foi embora, paraonde, se ele permanecelímpido na contagem dotempo, na distância, e nasaudade? Faltou dizer-meapenas as horas que an-tecederam ao fim doamor.

Uma criança, vítima decâncer terminal, preocupa-da com a mãe que ficariasozinha disse-lhe: “A sau-dade é o amor que fica”.Não temo em dar esta re-posta ao poeta FernandoPessoa e, sem fazer tro-cadilho, a essa pessoaque conheci no sítio domeu amigo: A saudade éo amor que ficou.

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 33333

O executivo, legislativo e amigos, deram o seu último

adeus ao político e empre-sário, Dr. José Mauricio deAndrade, em seu funeral, nodia 26 de fevereiro, no sa-guão da Câmara Municipalde Arcos.

Doutor Mauricio Andrademorreu com 97 anos no dia12 de janeiro de 2011. Ocorpo foi cremado em Itape-cerica da Serra (SP), no ce-

Dr. Mauricio Andrade recebehomenagem de estadista em seu

último adeusmitério Horto da Paz às 17hde quinta-feira, dia 13. Eleestava internado no Hospi-tal Beneficência Portuguesa,em São Paulo.

No sábado, 26.02, coma presença dos filhos San-tuza Andrade, Dr. EduardoAndrade e Rita Andrade, oexecutivo municipal prefei-to Claudenir José de Meloe o presidente da Câmarade Vereadores, Wilmar Tei-xeira Arantes, representan-

do o legislativo, prestaramuma homenagem de verda-deiro estadista ao políticoMauricio Andrade, que foipor duas vezes deputadoestadual por Minas Gerais equatro vezes deputado fe-deral sendo, inclusive, Pre-sidente da Câmara Federal.

Diversos segmentosmarcaram presença no sa-guão da Câmara Municipal,a partir de 14h, momentoem que iniciou-se o ceri-monial. Vereadores, ami-gos representando os di-versos segmentos sociais,políticos e familiares, sen-sibilizaram-se com as ho-menagens prestadas aopolítico Mauricio Andrade,uma das poucas testemu-nhas vivas da história con-temporânea do país. Políti-co que viveu intensamentea evolução do país e cujaexperiência foi devotada àcidade de Arcos, ocasiãoem que sua esposa, HildaBorges de Andrade, gover-nou Arcos por dois manda-tos não consecutivos. Des-tes mandatos vieram aPUC-Arcos e as AvenidasSanitárias de Arcos. Duasdas mais importantes con-quistas do município.

As cinzas de MauricioAndrade foram conduzidas,em cortejo, por mais deuma centena de pessoas,até Calciolândia – municípiode Arcos – e depositadasno jazigo da família.

Dr. Eduardo Andrade

Prefeito Claudenir José de Melo “Baiano”Santuza, Rita, Dr. Eduardo e Aparecida

Professor Roulien Ribeiro Lima

Professor Fernando Antônio Guimarães de Faria

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JUNTO E MISTURADO foi uma maneira que osamigos Zé Carlos (Vidraçaria Arcos), Clésio (Açougueda Vila) e Maurinho (Mercearia do Mauro) e MarcosFrias (Arcos Calhas), encontraram para reunir os ami-gos e brincar o carnaval da cidade com total seguran-ça.

O bloco fará duas festas. Uma no sábado e outra nasegunda-feira de carnaval. Os interessados podem en-trar em contato com Elvira (Mercearia do Mauro) oupelo telefone: (37) 3351- 3372 ou na Vidraçaria Arcospelos telefones: (37) 9106-1269 ou (37) 3351-4187.Ar-cos terá esteano um novobloco de carna-val.

O abadá cus-tará R$ 40,00com direito aduas festas.

Arcos terá este ano um novo bloco de carnaval

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 55555

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O político e fazendei-ro José Mauricio de An-drade, deputado esta-dual por dois mandatos(1047- 1950 e 1951-1954)e federal por três legis-laturas (1955-1959,1960-1964 e 1965-1969),José Mauricio teve suatrajetória política associ-ada

à história de Jusceli-no Kubstcheck, que co-nheceu ainda no “front”entre mineiros e paulis-tas durante a RevoluçãoConsti tucional ista de1932.

O político nasceu emLavras em 22 de feve-reiro de 1913 (já que Ar-cos, município em quea família residia, nãohavia médico na épo-ca). Seu pai, Donato deAndrade, foi deputadoestadual em Minas de1919 a 1922, e sua mãe,Laura Sales Botelho deAndrade, era sobrinhado ex-governador deMinas Francisco Salles.José Maurício é irmãode Gabriel e RobertoAndrade (já falecido),donos da ConstrutoraAndrade Gutierrez. Em1947, elegeu-se deputa-

Político eFazendeiro

do à Assembléia Cons-tituinte de Minas Geraispelo PSD. Apoiou e tra-balhou para a eleiçãode JK como governa-dor de Minas Geraisem 1950 e se tornou lí-der do Executivo naAssembléia Legislati-va. Acompanhando atrajetória de Juscelino,elegeu-se deputado fe-deral quando JK che-gou à Presidência daRepública.

Depois de abando-nar a política federalapós o AI-5, participouativamente das duasgestões de sua espo-sa, Hi lda Borges deAndrade, à frente daprefei tura de Arcos(1989-1992 e 1997-2000). Filha do médicoEduardo Borges daCosta, fundador da Fa-culdade de Medicinada UFMG, Hilda sem-pre fez parte da alta so-ciedade de Belo Hori-zonte. Ela foi a prefeitamais idosa eleita noBrasil na época de suaeleição, com 82 anos.

Memória & Poder(ALMG)

Cerimônia do funeral em 26/02/2011 - Calciolândia

José Maurício de Andra-de (1913-2011)

Enquanto os dois ir-mãos optaram pela enge-nharia, José Maurício deAndrade cursou direito efoi ser político, seguindoo exemplo do pai.

Os irmãos, Gabriel eRoberto, criaram em 1948,com um sócio, a Andrade

Político apaixonadopelo campo

Gutierrez, para fazer pe-quenos serviços de urba-nização em Belo Horizon-te. Já Maurício filiou-se aoPSD e elegeu-se deputa-do estadual por duas ve-zes e federal por outrastrês.

Sua carreira como polí-tico foi marcada pela pro-ximidade com Juscelino

Kubitschek, mineiro comoele, mas de Diamantina.Maurício era natural da ci-dade de Lavras.

Nos anos 50, quandoJK comandou o Estadode Minas, Maurício, alémde ter trabalhado pelaeleição do amigo, foi líderdo governo na Assem-bléia Legislativa.

De 1955 a 1969, ele foideputado federal. Segun-do a família, o político foium dos que brigou paratrazer a fábrica da Merce-des-Benz ao Brasil, aindanos anos 50.

Suas duas grandes pai-xões na vida eram a polí-tica e a vida no campo.Depois de abandonar aprimeira, durante o gover-no militar, ele passou a sededicar à fazenda que ti-nha em Minas Gerais.

Num município próximo,chamado Arcos, hoje com36.582 habitantes, suamulher, Hilda, candidatou-se à prefeitura e se ele-geu duas vezes. Em 1997,no segundo mandato, elase tornou a prefeita eleitamais idosa do país —tinha,à época, 82 anos.

Levar a PUC para a ci-dade, em 1999, foi umaconquista de seu gover-no, diz a família.

Viúvo há pouco maisde dois anos, ele morreuna quinta, aos 97, apósuma parada cardíaca. Dei-xa três filhos, sete netose 12 bisnetos.

Matéria vinculada nafolha.com dia 18/01/2011,escrita por:

ESTÊVÃO BERTONI ‘

Cerimônia do funeral em 26/02/2011 - Calciolândia

Morre o ex-deputado José Maurício de Andra-

de, que legislou em Mi-nas Gerais por dois man-datos (1947-1950 e 1951-1954) e federal por trêslegislaturas (1955-1959,1960-1964 e 1965-1969),e teve sua trajetória polí-tica associada à históriade Juscelino Kubitschek,que conheceu ainda no“front” entre mineiros epaulistas durante a Revo-lução Constitucionalistade 1932, no setor do Tú-nel, na cidade de PassaQuatro.

José Maurício Andradenasceu em Lavras, em 22de fevereiro de 1913.Seu pai, Donato de Andra-

Morre o ex-deputado lavrenseJosé Maurício de Andrade

de, foi deputado estadu-al em Minas de 1919 a1922, e sua mãe, LauraSales Botelho de Andra-de, era lavrense e sobri-nha do ex-governador deMinas Francisco Salles,que também nasceu emLavras.

José Maurício era irmãode Gabriel e Roberto An-drade (já falecido), donosda Construtora AndradeGutierrez. Em 1947, ele-geu-se deputado à Assem-bléia Constituinte de MinasGerais pelo PSD. Apoiou etrabalhou para a eleição deJuscelino Kubitschekcomo governador de MinasGerais em 1950, e se tor-nou líder do Executivo naAssembléia Legislativa.

Acompanhando a trajetóriade Juscelino, elegeu-sedeputado federal quandoJK chegou à Presidênciada República.

Depois de abandonara política federal após oAI-5, participou ativamen-te das duas gestões desua esposa, Hilda Bor-ges de Andrade, à frenteda prefeitura de Arcos(1989-1992 e 1997-2000).Filha do médico EduardoBorges da Costa, funda-dor da Faculdade deMedicina da Universida-de Federal de Minas Ge-rais (UFMG), Hilda sem-pre fez parte da alta so-ciedade de Belo Hori-zonte. Ela foi a prefeitamais idosa eleita no Bra-

sil na época de sua elei-ção, com 82 anos.

O corpo de José Maurí-cio de Andrade foi crema-do em Itapecerica da Ser-ra (SP), no cemitério Hortoda Paz às 17h de quinta-feira, dia 13. Ele estava in-ternado no Hospital Bene-ficência Portuguesa, emSão Paulo. Segundo fun-cionário da Fazenda Cal-ciolândia, José Maurícioprecisou passar por umacirurgia e não resistiu. Deacordo com a assessoriada Andrade Gutierrez, ain-da não foi repassado paraa empresa o motivo damorte de José Maurício deAndrade.

Matéria publicada noJornal de Lavras

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66666 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 77777

Existem dois tipos dehomenagens: antes e de-pois da morte. Muitos da-queles que morrem, trans-cendem. Tornam-se mitos.Daí surge o mito. Este trans-cende o seu tempo e seperpetua. Nós temos o co-nhecimento de vários mitos.Tanto no campo da ciência,quanto no campo esportivo,político, musical, artístico.Muitos cientistas, desportis-tas, políticos, cantores po-pulares, músicos clássicos,grandes pintores e esculto-res, transcenderam o seutempo com sua genialida-de e tornaram-se mitos.Todo mito é um gênio.

Eu disse tudo isto pelofato de muitos não transcen-derem o seu tempo e nãouniversalizarem-se. E aque-les que enxergam ou enxer-garam além do horizonte?Aqueles cuja inteligência econhecimento estavamalém do momento?

Estes são os que enxer-gavam além do horizonte.E neste grupo eu coloco Dr.José Mauricio de Andrade.

Primeiro o político Mau-ricio Andrade: duas vezesdeputado estadual ocupan-do a Assembléia Legislati-va de Minas Gerais. Quatrovezes deputado federal por

Além do horizonteMinas Gerais, sendo Pre-sidente do Congresso Na-cional. Amigo do presiden-te Juscelino Kubstcheckde Oliveira, idealizador econstrutor de Brasília, capi-tal federal. Dr. Mauricioacompanhou, com o ami-go Juscelino, toda a cons-trução de Brasília e foi ali oseu secretário particular.

O produtor rural MauricioAndrade, cuja fazenda, emCalciolândia, município deArcos, detém uma das me-lhores terras do país. Suavisão de horizonte fez comque ele se tornasse umprodutor rural que extrapo-lou os limites do próprioEstado de Minas Gerais.Tornou-se ímpar como pro-dutor de cavalos e bovinosde raça. Foi produtor ruralem toda a sua essência.

O empresário MauricioAndrade: um dos precur-sores da Construtora An-drade Gutierrez, cuja tec-nologia de ponta no se-tor de asfalto ganhou omundo. O poliglota Mau-ricio Andrade, que estu-dou o curso fundamentalnos Estados Unidos,quando morou lá com afamília, e falava o inglêse o francês fluentemente.Ele lia os escritores fran-ceses na língua original.Fez o curso médio emLavras quando a família alise aportou e o curso dedireito na UniversidadeFederal de Minas Gerais.Era piloto de avião breve-tado. Foi, junto de D. Hil-da Andrade, sua esposa,- que foi prefeita de Arcospor duas vezes – os ide-alizadores das AvenidasSanitárias de Arcos. Con-

siderada hoje, em Arcos,ao lado da PUC – queeles também trouxerampara Arcos – a obra doséculo.

Doutor Mauricio poderiaviver em Belo Horizonte,principalmente depois damorte de D. Hilda Borgesde Andrade, sua esposa.Mas preferiu viver em Ar-cos. Na Fazenda São Mi-guel, em Calciolândia. Queele tanto amava. De tantosfatos históricos. Que rece-beu políticos graduados,milionários, empresáriosdos diversos ramos de ati-vidades e os seus amigossimples como professorRoulien Ribeiro Lima, oeditor do JC Dimas Rodri-gues, a cabeleireira MariaFrancisca, Brandinho Aze-vedo, Dr. Rezende e ou-tros.

Dr. José Mauricio de An-drade morreu na madruga-da de quinta-feira, 13 de ja-neiro de 2011, no Hospitalda Beneficiência Portugue-sa, em São Paulo, quandosua saúde piorou, na Fa-zenda Calciolândia, a me-nos de um mês. Sua filhaSantuza, moradora em SãoPaulo, o havia levado parainternar-se lá.

Dr. José Mauricio deAndrade, que cerca deum ano vinha exercendoa sua vasta cultura na Rá-dio Vertical FM, de Arcos,nos programas “Momen-to Cultural” – que ia ao arsábados à tarde – e o lí-der de audiência Cara-a-Cara aos domingos.

Dr. José Mauricio deAndrade não fo i ummito. Mas enxergoualém do horizonte.

Encerra-se, hoje, 13/01/2011, quinta feira, às 5:00horas da manhã no Hospi-tal da Beneficência Portu-guesa, uma história de vidamarcada por atos da maiorimportância para Arcos, Mi-nas Gerais e o Brasil.

Maurício Andrade mar-cou como personagem etestemunha dos maiores emais decisivos momentospolíticos das decisões doGoverno brasileiro.

Silencia para sempre umdos homens mais culto,mais atuante, inteligente,preparado para enfrentarfronteiras sem limites.

Dr. José Maurício de An-drade viveu a crise políticade 1932, quando São Pau-lo levantou-se contra a dita-dura de Getúlio Vargas, exi-gindo o restabelecimentoda democracia através deeleições regidas pela Car-ta Magna.

No apogeu conturbadodo governo de Getúlio Var-gas no Rio, seguido de sui-

Grande homem, grande político, grande inteli-gência, humano e de grande conhecimento.

Grande líder como Deputado estadual e federal.

Homenagem inmemoriam

cídio no Palácio do Catete,Maurício Andrade estava láao lado de Tancredo, impe-dindo acontecesse um der-ramamento de sangue en-tre o povo do Brasil. A sen-satez de Maurício Andradesuperou a crise e a todosconvenceu e J.k. tomouposse em 1955 conformepreceituava a constituiçãobrasileira.

Com a fundação e cria-ção de Brasília pelo Presi-dente Juscelino Kubstche-ck de Oliveira, Maurício An-drade estava lá para orien-tar, apoiar, ministrar atritospolíticos que perturbassema continuação da grandeobra da nova capital do |Bra-sil até a inauguração em 21/04/1960, Mais um vez Mau-rício estava presente comsua sensatez na conduçãoda política.

Em 1964,com o golpedos militares que tomaramo poder a base da baione-ta, Maurício estava lá comotestemunha fidedigna dosatos dos atos como AI-05 etantos outros revolucionári-os que minavam os direitosindividuais do cidadão bra-sileiro.

Descontente com a polí-tica dos militares e sem açãodentro do congresso naci-onal, retorna a Arcos e foi

dedicar-se ao trabalho deprodutor rural e pecuaristaem sua fazenda São Miguelem Calciolândia, cuja dedi-cação o levou a grandesprêmios nas exposiçõespelo Brasil.

Em 1970, convocadopelas lideranças locais dapolítica disse “não”

ao convite para candida-tar-se a prefeito de Arcos.Mas, aí apontou sua espo-sa Hilda Borges de Andra-de.

Em 1997, depois demuita luta e trabalhos paraconvencer sua esposa aaceitar a candidatura, Arcosconseguiu eleger HildaBorges de Andrade pordois mandatos, tendo rece-bido votação absoluta e Ar-cos avançou na qualidadede vida do povo arcoense,cujo Município conheceu osavanços do progresso e asmarcas de um bom gover-no municipal se eternizouaqui para sempre.

O cabeça pensante deArcos, Dr.José Maurício deAndrade,deixou a vida,hoje, 13/01/2011, as 05:00horas da manhã para entrarna eternidade de Deus,onde viverá para sempre.

Arcos está de luto pelofilho atuante que perdeu.

Dr. Mauricio Andrade,Prof. Roulien e Dona

Hilda Andrade

Dr, José Mauricio de An-drade foi um homem impor-tante para a vida política eadministrativa de Arcos, deMinas e do Brasil. Deputa-do Estadual, Federal, Líderdo Governo, do PresidenteJuscelino Kubitschek, na Câ-mara Federal. Usufruiu dopoder por muitos anos sen-do um homem de uma vi-

MESTRE POLÍTICOsão futura impressionante.Amigo de minha família elefoi o responsável pela en-trada de meu pai, EdgardFaria, na vida pública. Ami-go e companheiro fiel, tra-balhou incansavelmentepara Arcos.

Na juventude foi goleirodo America Mineiro, ondese destacou também noesporte. Jovem, ainda, in-gressou-se na política, sen-do um grande orador.Aprendi muito com ele a fa-zer as jogadas políticas in-teligentes, na hora certa;era, por excelência, umgrande administrador e pro-va disto, nos oito anos dogoverno Hilda Andrade,onde ele a acompanhava

com orientações positivas eum espírito público invejá-vel. Para falar do grandemestre gastaria dias e me-ses e tudo isto é pequenopara falar sobre sua vida edo que ele foi. Pretendo,em breve, escrever sobreDr. Mauricio e mostrar aosarcoenses a sua trajetóriapública. Neste momento eudeixo o meu espírito alçarvôo mais alto que um Con-dor, mais célere que um raioe penetrar na Augusta Casade Deus, onde se encontrao mestre na pousada eter-na dos justos.

Saudades e muito obri-gado por mim, pela minhafamília e por Arcos.

Fernando Faria

É com grande pesar que o Governo de Arcos comunica o falecimento do ex-deputado estadual e federal, Dr. José Maurício de Andrade, ocorrido na madru-gada desta quinta-feira, 13, em São Paulo.

O Executivo Municipal lamenta profundamente a perda de um dos mais bri-lhantes políticos de nosso país. Um homem visionário e a frente de seu tempo.

Incansável batalhador pela melhoria de Arcos e com grandes serviços presta-dos no desenvolvimento de nosso Estado e do Brasil. Manifestamos os votosde pesar para com os familiares e amigos.

Pelo grande trabalho desenvolvido em prol deArcos, o Governo Municipal declara luto oficial detrês dias.

Com pesar;

Claudenir José de MeloPrefeito de Arcos

Prefeito Homenageia

Prof. Roulien, Prof.Dimas, Dr. Resende eDr. Mauricio sentado

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88888 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade

FRASES DO MÊS

Eu dou a bambuzada na horacerta.

AGUIDA DOSSANTOS LAGE.

[email protected]

Serviço Social

Rita Andrade, referindo-se à Marli Cunha motorista eamiga da família.

Hideraldo José da Silva, presidente do PT deArcos

Sábado eu falei direto de Araxácom o Alberto e o Danilo de

Castro através da Rádio Cidade.

Aurélio Tadeu Nunes de Sousa, manda-chuva da Radio Cidade 1290 AM, referindo-seao vice-governador Alberto Pinto Coelho e o Secretário Danilo de Castro, ocasião emque aconteceu um festão de casamento da filha do ex-prefeito Plácido Ribeiro Vaz. Ohappening aconteceu no Grande Hotel de Araxá e o jornalista Tadeu, amigo pessoal

do político e empresário Plácido Ribeiro Vaz, marcou presença.

A nossa escola está umchuchu. Está muito boa. Nossa

equipe pedagógica estátrabalhando direitinho.

Diretora Sonia Maria Zuquim Vilela, referindo-se àEscola Estadual Berenice de Magalhães Pinto.

Você já deve ter sido convidado, porém, voureforçar o convite. Vá ao aniversário de

Japaraiba no dia 28. O Governador estará lá.Engenheiro Fabio Miranda, sobrinho do prefeito de Japaraiba, para o editor do

JC, Dimas Rodrigues, após a cerimônia de funeral do Doutor Mauricio naCâmara de Vereadores de Arcos.

Quando chegamos a Paris os últimos flocos deneve estavam indo embora.

Doutor Deoniron Camilo, para o editor do JC, Dimas Rodrigues. Dr. Deoniron e aesposa Kelly deram uma esticada até Paris no fim de 2010.

A Marli cozinha muito bem. Elaé que cozinha lá em casa.

A esperança por ummundo melhor e mais hu-mano está cada vez maisse diluindo, sendo poucoa pouco destruída. Os no-ticiários que nos chegampela TV entristecem e en-vergonham pessoas debom senso.

Os apelos desespera-dos das famílias por teremperdido um ente querido,por terem perdido a mora-dia, por terem perdido ascondições mínimas de vi-ver com dignidade...

E a política então? Apolítica que não é senão abusca insana de poder ede conquistar crescimen-to financeiro pessoal. Cla-ro que há exceções, mas,no geral, muito se fala epouco se faz em favor dopaís... Por que não dizerdo mundo?... Este mundoque está cada vez maissofrendo as consequênci-as da falta de respeito eda omissão da responsa-bilidade dos poderosos,como também os resulta-

APELOEstamos vivendo em um tempo em que

muitos são os APELOSdos das ações inconse-quentes do homem...

Depois das tragédiasnunca se viram tantas cam-panhas para recomporprejuízos, reconstruir des-truições. Mas vale lem-brar que a prevenção ain-da é o melhor remédio.

A criminalidade vemcrescendo a cada dia den-tro das famílias e em qual-quer lugar.

E as leis? Quando fun-cionam são tão lentas, quese tem tempo até de es-quecer... e aí começa tudode novo,sem falar nas pro-pinas... Famílias perdendoo controle, famílias se autodestruindo. As criançasadquirem tantas informa-ções precoces, que mui-tos pais têm dificuldade deacompanhar seus conhe-cimentos e é por isso quemuitos se perdem. A tele-visão, o computador eseus recursos estão to-mando o lugar dos educa-dores. E, assim, os paisperdem a razão...

Vale ponderar que éimportante acompanhar aevolução da tecnologia,mas o seu uso desordena-do pode ser prejudicial, li-mite é a maior aliada dasfamílias para que elas nãose percam.

O mundo está carentede amor e união. Se o de-sespero está tomandoconta das mentes, antestranquilas, nós temos quesorrir e fingir que está tudobem? Ou será que se cadaum de nós fizéssemos umpouco poderíamos mudaro rumo desta história? Nãosabemos aonde vai dar,mas sem luta e esperançanão se vence uma batalha.“BATALHA” esta que estácada dia mais aguerrida eem que nos sentimos en-fraquecidos pela falta debons soldados...

“TODOS FECHAM OSOLHOS QUANDO MOR-REM, MAS NEM TODOSENXERGAM QUANDO ES-TÃO VIVOS” (A. CURY).

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 99999

O ex-deputado José Mau-rício de Andrade morreunesta quinta-feira (13/1/11),aos 97 anos. Ele estavainternado no Hospital Be-neficência Portuguesa,em São Paulo, onde so-freu uma parada cardíaca.Seu corpo foi cremado natarde desta quinta (13) emItapecerica da Serra (SP).

Nascido em Lavras(Sul de Minas), José Mau-rício de Andrade teve suatrajetória política associa-da à história de JuscelinoKubitschek, que conhe-ceu no embate entre mi-neiros e paulistas durantea Revolução Constitucio-nalista de 1932.

Em 1947, elegeu-se de-putado à Assembléia Consti-tuinte de Minas Gerais pelo

Morre o ex-deputadoestadual José Maurício

de Andrade

Santuza Andrade, Rita Andrade, Eduardo Andrade e a esposa Aparecida na cerimônia dofuneral de Dr. Mauricio Andrade, acontecida na Câmara de Vereadores no dia 26/02/2011

Presidente da Câmara de Vereadores prestahomenagem a Dr. Maurício

Boa tarde a todos !Estamos aqui reuni-

dos no Palácio do Legis-lativo para prestar uma últi-ma homenagem ao ex-de-putado estadual e federale ex-secretário de gover-no de Arcos, José Maurí-cio de Andrade, cuja traje-tória social e política seentrelaça com a históriadeste município que eletanto amou e se dedicouao longo de décadas.

Hoje, senhoras e se-

nhores, todos nós...... ami-gos, familiares e admirado-res de Dr. Maurício celebra-mos solenemente a vidade um grande homem, res-saltando que a ausência fí-sica se transforma em pre-sença espiritual em nossalembrança, já que a amiza-de torna-se mais viva queo esquecimento.

A razão, meus amigos,para esta celebração, é pre-cisamente a certeza de quea memória alimenta a cultu-

ra de um povo, nutre a es-perança e faz o ser huma-no imortal. Afinal, como dis-se certa vez o poeta:“aqueles a quem aprende-mos a admirar nunca mor-rem, apenas partem antesde nós”.

Neste momento marcan-te na história desta cidade,rendamos nosso tributoàquele que certamente vi-veu à frente de seu tempoe jamais teve receio detransformar em realidade os

projetos e aspirações quedefendia com obstinação.

E é justamente compar-tilhando esta filosofia, se-nhoras e senhores, quepodemos afirmar com ab-soluta convicção: JoséMaurício de Andrade, ago-ra junto ao Pai, viverá parasempre nas mentes e noscorações daqueles queum dia desfrutaram o privi-légio da sua convivência.

Que Deus o tenha aoseu lado !

Wilmar Teixeira ArantesPresidente da Câmara de

Vereadores de Arcos

PSD. Apoiou a eleição de JKcomo governador do Esta-do em 1950 e, em seu se-gundo mandato como depu-tado (1951-55), foi líder doExecutivo na ALMG. Tam-bém foi presidente da Comis-são de Finanças, Orçamen-to e Tomada de Contas.

Acompanhando a trajetó-ria de Juscelino, elegeu-sedeputado federal quando JKchegou à Presidência daRepública (1955). Na Câma-ra dos Deputados, perma-neceu por quatro mandatos(1955-1969) e fez parte dochamado Bloco Mudancis-ta, que apoiou a transferên-cia da capital para Brasília.

Depois de abandonar apolítica nacional após o AI-5, participou ativamentedas duas gestões (1989-

1992 e 1997-2000) de suaesposa, Hilda Borges deAndrade, à frente da pre-feitura de Arcos (Centro-Oeste do Estado).

José Maurício era filho deDonato de Andrade, quetambém foi deputado esta-dual (1919-1922). Sua mãe,Laura Sales Botelho de An-drade, era sobrinha do ex-governador de Minas Fran-cisco Sales. Seus irmãosGabriel e Roberto Andradesão os fundadores da cons-trutora Andrade Gutierrez.Também atuaram na políticaseu tio Gabriel de Andradee seu primo Orlando de An-drade.

Extraído de: Assem-bléia Legislativa do Esta-do de Minas Gerais - 13de Janeiro de 2011

Discurso proferido pelo Presidente Wilmar Arantes no dia 26/02/2011

Morre o homem, nasceo mito. Abre-se uma lacu-na no cenário político bra-sileiro. Mas evidencia-se aimagem da expressãomáxima, daquele que foimestre em política. Nãotenho medo da expressão“demagogia”, caso hajaquem a mim assim se diri-ja. Isso não tem um senti-do maior. Se a História doBrasil tem registro da exis-tência de Teotônio Vilela,como o Menestrel dasAlagoas, é porque aque-le foi um homem apaixo-nado pelo povo brasileiro.

Minas também tem ummenestrel em cada cantodas Gerais. Aqui em Arcosnão é diferente. A FamíliaAndrade veio e aqui criousuas novas raízes, numaprojeção que o tempo nãopoderá jamais apagar deseus anais. O grande eimportante empreendedor,Dr. Donato Andrade e suaesposa D. Laura criaram

O MITOMAURÍCIO DE

ANDRADEaqui seus filhos Roberto,Gabriel e José Maurício.Todos, homens bem suce-didos. E José Maurício sem-pre político, percorreu o Bra-sil afora, representando Mi-nas pela Assembléia, e opróprio Brasil, pela CâmaraFederal, com histórico inve-jável pela proximidade aoestadista Juscelino Kubits-chek.

Em Arcos foi marcante asua militância e participaçãoefetiva na política, ao pontode envolver a população naimportante tarefa de elegersua própria esposa, HildaAndrade, como prefeita pordois mandatos. Ele, o cére-bro da Administração de D.Hilda, implantou grandesprojetos sociais no municí-pio, o que rendeu à ela, otítulo de “Prefeita dos Po-bres”.

A PUC e o arrojado pro-jeto das Avenidas Sanitá-rias, entre outros projetos,não seriam realidade hoje,se não tivessem sido con-cebidos através da inteli-gência de Dr. Maurício, opai biológico de obras tãorelevantes para o desen-volvimento de Arcos. Ago-ra neste dia vinte e seis defevereiro, quatro dias apóssua data natalícia, justamen-te em Calciolândia, o ber-ço de tudo, o jazigo per-pétuo de Donato Andrade,recebe num cerimonial osrestos mortais do homemJosé Maurício de Andrade.

Sim, porque, está escri-to “tu és pó e ao pó volta-rás.” (Gênesis 3:19). Maso mito Dr. Maurício, estávivo.

Ismeraldino Beirigo

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EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

A cidade de Arcosvai caminhando a pas-sos largos. Arcos estácomo um elo da cor-rente do próprio país.O Brasil já é a oitavaeconomia do mundo ecaminhando para oquinto lugar. Imagine adimensão de tudo isto.Um orçamento anualde trilhões. Já não sefala em arrecadaçãode menos de milhõesem cidades com o por-te de Arcos. E Arcos éprivi legiada pelas ri-quezas naturais, pelasindústrias, pelas esco-las, públicas e priva-das. Pela qualidade devida.

Prefeito Baiano vaibem. Caminhando empassos largos junto dahistória. Com o mesmofôlego desde quandocomeçou. Buscandorecursos. Agora maismaduro e com maior“cacoete” no cargo de

Em céu de brigadeiroexecutivo, noterceiro ano demandato. Umprefeito jovem,i n t e l i g e n t e ,educado, astu-to e que temconduzido ocargo comoum navio emáguas tranqui-las. O prefeito,agora, está emcéu de briga-deiro. O surto de den-gue está controladodesde o ano passado.E a atual administraçãoestá trazendo o aedysaegipty com rédeascurtas. Está igual be-que, daqueles pre-guentos, marcando emcima. Não dando chan-ces ao mosquito – amosquita é que causatoda esta celeuma-nem de voar. Fumacênos “carinhas”, campa-nha de conscientizaçãojunto à população, a

galera da epidemiolo-gia visitando residênci-as e fiscalizando emcima. O mosquito, emArcos, está dominado.Só não pode dar bo-beira.

Assim caminha obom prefeito ClaudenirJosé de Melo “Baiano”,que brevemente esta-rá transformando a ci-dade de

Arcos em um cantei-ro de obras. É para onosso bem!

Dimas JoséRodrigues

Dr. José Teixeira deRezende

Meu pai, Plácido, erapedreiro e trabalhou pormuitos anos na FazendaSão Miguel, ainda dodoutor Donato Andrade.

Desde tenra idade eujá fazia algum “servici-nho” na fazenda e ajuda-va à D. Laura – esposado doutor Donato Andra-de- a carregar as malasquando ela ia viajar.

Ali eu capinei roça,

Convivência desdea tenra idade

ajudei a esgotar brejo,pintei árvores, trabalheide marceneiro. Depoisde alguns anos fui traba-lhar no Armazém MauricioAndrade-pertencente aoDoutor Mauricio- e lá eucheguei a ser vice–ge-rente. Eu fazia a contabi-lidade.

Tornei-me conhecido eamigo da família até então.Eu convivi muito com dou-tor Mauricio, homem dinâ-mico, culto, tinha visão de

empresário e de grandeadministrador. Um gran-de político e que a his-tória provou através defatos já expostos nestaedição de jornal.

Ultimamente fazíamosjuntos o “Momento Cul-tural” e o Cara-a-Cara naVertical FM do professorRoulien Ribeiro Lima,grande amigo do doutorMauricio Andrade e oprecursor da comunica-ção falada em Arcos.

Rita Andrade (d), Dr. Maurício (sentado), Dr. Rezende, Dr. Roulien, Dr. Eduardo e Adilson

E-mail do leitorEnviado por: [email protected]

1. A pressa é inimiga da conexão.2. Amigos, amigos, senhas à parte.3. A arquivo dado não se olha o formato.4. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.5. Para bom provedor uma senha basta.6. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.7. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.8. Hacker que ladra, não morde.9. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.10. Mouse sujo se limpa em casa.11. Melhor prevenir do que formatar.12. Quando um não quer, dois não teclam.13. Quem clica seus males multiplica.14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer...16. Quem não tem banda larga, caça com modem.17. Quem semeia e-mails, colhe spams.18. Quem tem dedo vai a Roma.com19. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.20. Diga-me que computador tens e direi quem és.21. Uma impressora disse para outra: - Essa folha é

sua ou é impressão minha.22. Aluno de informática não cola, faz backup.23. Na informática nada se perde nada se cria. Tudo

se copia... E depois se cola.

Era DigitEra DigitEra DigitEra DigitEra DigitalalalalalEra DigitEra DigitEra DigitEra DigitEra DigitalalalalalComo estamos na "Era Digital", foinecessário rever os velhos ditados

existentes e adaptá-los à nova realidade.

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 1111111111

Homenagem

Leandro Miranda e Dr. Mauricio Andrade

José Miranda (e), Leandro Miranda, Dr. Mauricio Andrade e Professor Roulien

Inicio a minha homenagem a Dr. José Maurício de Andrade citan-

do o dramaturgo francêsPierre Corneille: “Os va-lorosos são valorososdesde o princípio.”

Conheci Dr. Maurícioainda criança, quando vi-sitava sua fazenda commeu avô para ver seuscavalos. Recordo-me desua postura ereta, da en-tonação firme de sua voze também de sua formaafável que lhe é caracte-rística. Tempos mais tarde,já inserido no universopolítico, em 1996, a con-vite do prof. Roulien Lima,um grupo de jovens doqual fazia parte, encon-trou-se com Dr. Maurícioem seu escritório, que naépoca se localizava na av.Governador Valadares,para conversarmos sobrea atuação da juventude napolítica arcoense. Sempreme interessei muito pelahistória política dos po-vos, principalmente pelahistória política brasileira emineira e vi diante de mimum profundo conhecedore formador desta história.Fiquei admirado com suasabedoria, com seu co-nhecimento técnico e comsuas experiências vividasno mundo político. Naque-le dia, foi fundada a ForçaJovem, que atuou ativa-mente na campanha de D.Hilda Borges de Andradeno mesmo ano. Ao longodeste tempo sempre tiveem Dr. Maurício o meu re-ferencial e exemplo depessoa visionária e reali-zadora de seus objetivos.

Já em Belo Horizonte,

no ano de 2007, quandoDr. Maurício residia lá, fuivisitá-lo e lembro-me queele ficou muito feliz por-que se sentia muito sozi-nho. Então passei a visi-tá-lo com frequência. Emnossos encontros elesempre me perguntavapelo povo de Arcos,como estava a administra-ção municipal da época,se a PUC havia levadooutros cursos para a ci-dade. Neste sentido, Dr.Maurício enfocava muitoa necessidade da implan-tação de um curso de en-genharia e administraçãopública e me dizia queos jovens de Arcos de-veriam se interessar maispela política, pois segun-do ele, só através damesma poderíamos mu-dar os destinos de nos-so município. Nossasconversas me proporcio-naram conhecer um pou-co mais da intimidade deDr. Maurício, propiciaram-me conhecer o ser huma-no que ele é. Pude co-nhecer seu acervo deLPs, que são enormes –ele citava muito SérgioReis. Ele apresentou-mesua coleção de fotos efalava muito de seu amorpor D. Hilda e das via-gens que faziam - referia-se com admiração aNova Iorque e fazia ques-tão de mostrar as fotos delá.

Certa vez, narrou-meque quando morava e es-tudava Direito em BeloHorizonte, as famílias tra-dicionais da capital mora-vam na Rua da Bahia eque, através de um ami-

go ou primo de D. Hilda,foi apresentado a ela. Dis-se-me que Dona Hildasempre teve tino para onegócio e que quando eracriança, suas irmãs eramprendadas para seremdonas de casa, todavia,ela vendia no consultóriode seu pai variadas qui-tandas e sempre teve seudinheirinho. Dr. Maurícionunca deixou de me dizerque D. Hilda sempre es-teve ao seu lado e em to-dos os momentos.

Para aqueles que nãosabem, o pai de Dona Hil-da, o famoso médico Dr.Borges da Costa, foi ofundador da faculdade deMedicina em BH, que de-pois se incorporou àUFMG e dedicou sua vidaaos pobres e menos fa-vorecidos materialmente,sendo um dos fundado-res da Associação Médi-ca de Minas Gerais.

Certa vez, contou-mede sua amizade com Jus-celino Kubitschek, que ul-trapassava os limites po-líticos; lembrou -se deque apenas ele e DonaHilda desfilaram com omesmo pelas ruas deBelo Horizonte, em seucarro, quando JK se ele-geu presidente do Brasil.

Com relação a sua aju-da para região, relatava-me sobre a BR 354, so-bre a construção do Giná-sio Estadual (que foi umapromessa não cumpridapor Magalhães Pinto, masa pedido do Prof. Rouli-en, o caso foi soluciona-do), sobre o asfaltamentoda MG 170 (foi um pedidofeito a Tancredo e cumpri-

do por Hélio Garcia), den-tre vários outros fatos.

Dr. Maurício me disseque desistiu da políticanacional porque na Ditadu-ra Militar o deputado eraapenas um espantalho,não tinha como ajudar nin-guém. Por isso, resolveuvoltar pra Arcos e cuidarda Fazenda São Miguel,confessando-me que afazenda era um grandeamor. Alertava-me tam-bém para a necessidadede mesclarmos o antigocom o novo, por acreditarque somente com a sabe-doria alcançada com aexperiência de vida e asideias inovadoras da ju-ventude se chega a umequilíbrio.

Albert Eistein escreveuque “Nada realmente va-loroso surge da ambiçãoou do mero sentimento deobrigação; surge particu-larmente do amor e devo-ção dirigidos aos homense a coisas objetivas”, es-tas palavras representamperfeitamente Dr. Maurícioe sua prática de vida.

José Maurício de An-drade era um leitor voraz,por isso sempre lhe pre-senteava com livros. Nofinal de 2010, fui visitarprof. Roulien (tambémmeu grande amigo e deminha família) e me depa-rei com a notícia da inter-nação de Dr. Maurício emSão Paulo. Na mesmahora prof. Roulien ligoupara o enfermeiro Adílsone me colocou na linhacom o Dr. Maurício. Eleestava com a voz ótima,escutando perfeitamentee me disse que ficariabem. Contei-lhe que ha-via escrito um cartão para

ele e que havia compra-do o livro 1822 e que ti-nha-lhe escrito um cartão.Coincidência ou não, na-quele mesmo dia, o en-fermeiro Sebastião (umapessoa admirável, quetinha amor por Dr. Maurí-cio e onde enxergo suasgrandes qualidades: sim-plicidade e humildade)iria para São Paulo cuidardele. Sabendo disto,prof. Roulien, Adriana,minha noiva, Leonara,minhas irmã, fomos en-contrá-lo e pedi que le-vasse e entregasse o li-vro e o cartão a Dr. Mau-rício.

Eu estava de fériasem Itacaré-BA, quandorecebi uma ligação meavisando do falecimentode Dr. Maurício. Perdi ochão e fiquei mudo poralguns instantes... Ligueipara Alex, secretário doDr. Eduardo (filho de Dr.Maurício) e fiquei saben-do que o mesmo seriacremado no crematórioHorto da Paz em Itape-cerica da Serra, a 40Kmda capital São Paulo.Peguei um táxi correndo,fui com a roupa que es-tava no corpo e fomospra Ilhéus. Para a minhasorte, havia um voo vin-do de Salvador e quepousaria em Ilhéus em 50minutos. Despedi de mi-nha noiva e fui para SP.Chorei muito durante ovoo, relembrando váriassituações vividas aolado dele.

Tenho orgulho de tersido juntamente com Pe-dro Berto os únicos re-presentantes de Arcos ase deslocar até São Pau-lo e nos juntarmos ao en-

fermeiro Sebastião quejá estava lá e que tam-bém é arcoense paranos despedirmos de umamigo tão querido e deuma personalidade tãoimportante. Houve ummomento no velório mui-to marcante para mim,quando o Sebastião,sentado ao meu lado jun-tamente com o marido daSantuza (também filha deDr. Maurício), contou-meque eu havia feito o Dr.Maurício se emocionar echorar. De acordo com oSebastião, ele entregouo presente e o cartão aDr. Maurício que o leu,porém pediu para queseu enfermeiro o lesseem voz alta do lado deSantuza, momento esteem que ele se emocio-nou.

Finalizo esta simpleshomenagem, cujas pala-vras são insuficientes paradescrever sua grandeza eafirmando que sempre te-rei Dr. Maurício comigo,que guardarei seus ensi-namentos de pessoa pú-blica e principalmente deser humano. Serei sem-pre grato por ter me aco-lhido e por ter podido tero privilégio de ser seuamigo.

Dr. José Maurício deAndrade será semprelembrado, pois faz parteda memória viva de Ar-cos.

“Não é a intensidadedos sentimentos elevadosque faz os homens supe-riores, mas a sua dura-ção.” (Friedrich Nietzsche)

Leandro MirandaAmigo e executivo da

Construtora Andrade Gu-tierrez

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Notas do Pejora

Notas do Pejora

Dimas [email protected]

Lojas CemA primeira vez em que

eu entrei na “Lojas Cem”,recém-inaugurada em Ar-cos, parecia estar emcasa, tal a recepção amá-vel dos funcionários e fun-cionárias. A maioria é deArcos. Na segunda vezpude constatar a atençãoe o jeito carinhoso dasvendedoras e vendedo-res desta importante lojade móveis, eletrodomés-ticos e eletroeletrônicosde Arcos. Eu pude sentir,naquela atmosfera boa,que ali existem produtosde qualidade e preçosmelhores ainda. Pareceque a Lojas Cem veio paraficar. A localização, então,fica no centro nevrálgico,no coração de Arcos. RuaJarbas Ferreira Pires, pou-co abaixo do Banco Itaú.É uma loja grande, confor-tável, tem bom atendimen-

to. Falei isto com o geren-te Marcos Antonio, muitosimpático. O jovem geren-te é casado, mora em Ar-cos com esposa Danielae a filha Beatriz. Sejambem vindos e sucesso.

A cidade de Arcos temtudo que se necessita emse tratando de bens durá-veis. Nem os produtospara construção civil pre-cisa-se buscar fora. Aquitem de tudo. Devemosprestigiar o comércio lo-cal, que está cheio deopções. É só procurar. AsLojas Cem eu recomendopelo bom atendimento –isto é para todo mundo –e no elo da corrente dequalidade atende a todos,indistintamente, com amesma presteza.

Educação nota 10Estive com a Secretá-

ria de Educação Municipalde Arcos, professora Aul-senia Nogueira Leão Vi-dal, no saguão da Prefei-tura Municipal. Ela, comosempre, muito elegante,sempre sensata, inteligen-te, simpática, acompanha-da da especialista de en-sino Matilde Maria deMoura, da Edvânia Figuei-redo e do talentoso pro-fessor de inglês e portu-guês, Erasmo Dias de

Carvalho, que auxilia aSecretária de Educaçãono SEMED – SecretariaMunicipal de Educação –devotando-lhe toda a ex-periência, adquirida háanos no setor.

Grande verdade IÉ na união da tribo que

o leão morre de fome.

Aniversário seaproximando

O vice-prefeito de Ar-cos por três vezes, Anto-nio Luís Cardoso, soprarávelinhas no dia 10 de mar-ço. Ano passado eu deibobeira. Esperei ele meconvidar. Recebi um tele-fone, quase 11 horas danoite, reclamando minhapresença por lá. Era osimpático vice-prefeito daatual administração, CDJoão Julio Cardoso, filhodo Antônio Cardoso. Eunão fui, é claro. Já estavadormindo. Sabe quemestava lá! Professor Rou-lien Lima, Tadeu Nunes,dizem que o Dr. RobertoDias, Clovis Veloso e Ma-ria, Dalvo Cardoso e So-lange, doutor Bakana eCleusa e mais uma multi-dão de amigos do inoxi-dável Antonio Cardoso.Parabéns adiantado ao

simpático Antonio Cardo-so.

PêsamesFlorinda Nogueira, es-

posa do farmacêutico emúsico Pedro Rocha, foisepultada no dia 1ª demarço. Florinda era tam-bém irmã do Secretário daEscola Estadual Berenicede Magalhães Pinto, An-tonio Fernandes Noguei-ra, e sogra do ex-craquedo Ypiranga, o Lão.

Ao senhor Pedro Ro-cha e família os sentimen-tos da coluna

Grande verdade IINão se ache horrível

pela manhã: acorde aomeio dia!!!

Prefeito BaianoEste é um político nato.

Apesar de que o governa-dor Anastasia tenha cance-lado sua vinda a Arcos eesteve no dia 28 em Japa-raíba, no aniversário da ci-dade, prefeito Baiano foi atéJaparaiba – que fica cercade quinze quilômetros deArcos – cumprimentar o go-vernador. Dizem que tinhaprefeito lá para matar a pau.Veio prefeito de longe. OBaiano estava lá, numa boa,

fotografando ao lado do go-vernador. Prefeito Baianoteve um grande mestre:doutor Mauricio Andrade.

Dizem que o FernandoFaria, o cientista políticode Arcos, também estevelá e passou pelo protoco-lo numa boa. Dizem queneste lugar só entrava pre-feito.

PossanteCarnaval chegandoBrincar com responsabi-

lidadeMuita alegria

PejorativoCarnaval com violênciaCarnaval com acidenteCarnaval sem granaO jornalista Tadeu Nu-

nesTambém esteve em Ja-

paraíba por ocasião da idado governador, no dia 28 defevereiro. Esperto como éele deu flash ao vivo para asua Rádio Cidade AM 1290,em Arcos. Fez isto pelo ce-lular. E não foi somente emJaparaiba, que o Tadeu fezisto. No sábado, 26 de fe-vereiro, ele foi a um festãode casamento no GrandeHotel de Araxá. Neste dia ca-sava a única filha do ex-pre-feito de Arcos, Plácido Ri-beiro Vaz, e o Tadeu era

convidado. De lá ele deuflash, ao vivo, para a RádioCidade. Entrevistou nadamenos do que o vice-gover-nador Alberto Pinto Coelhoe o Secretário Danilo deCastro.

Grande verdade IIICrie filhos em vez de

herdeiros.

Vai dar certoO novo local preparado

para o carnaval arcoense.Pela primeira vez será naPraça de Eventos locali-zada nas Avenidas Sani-tárias II. Aquele local já foipalco da Festa do Traba-lhador e a festa bombou.Tem tudo para dar certo eque os foliões arcoenses,adultos e mirins, brinquemà vontade. Mas em paz ecom disciplina. Bom carnaval a todos.

Grupo Além do SambaEsta rapaziada leva jei-

to e o seu talento começaa aparecer. Domingo, 27de fevereiro, eles apresen-taram, mais uma vez, aovivo, no Programa Cara-a-Cara, da Vertical FM. Foium sucesso. Vale a penasonhar e acreditar no so-nho. Sucesso, rapaziada!

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Você não precisa fazer um esforço sobre-humano para aprender as mudanças da novaortografia. Basta entender que SOBRE-HUMA-NO tem hífen porque há um prefixo seguidode palavra começada por H. O mesmo acon-tece em ANTI-HIGIÊNICO, MINI-HOTEL, MA-CRO-HITÓRIA, ULTRA-HUMANO E SUPER-HOMEM. Viu? Não precisa nenhum super-homem ou super- heroína para entender.

ATENÇÃO: como toda regra tem exceção,em SUBUMANO a palavra perde o

H e não tem hífen.

USO DO HÍFEN

HÍFEN EM PREFIXOS COMPALAVRAS INICIADAS POR H

Mineirim chega no bar e pergunta:- Cê pode me vendê uma pinga fiada?O dono do bar responde:- Tá vendo aquele cara bem forte e alto?É o seguinte:de tanto ele malhar seu pescoço parece que ficou pequeno.E quem chama ele de pescocinho leva uma baita surra.Se você tiver coragem de chamar ele de pescocinho,eu te vendo fiado por um ano!Mineirim chega até a mesa e dá uma batida nas costas do cara e diz baixinho:- Meu amigu, cê tá bão?- Mas eu nem te conheço.- Uai! A gente pescô junto!- Não pescamos não!Aí o minerim diz bem alto:- PESCÔ SIM! ...

O Minerim Corajosoe esperto

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 1313131313

O secretário de Esta-do de Transportes eObras Públicas (SETOP),deputado federal CarlosMelles (DEM) anunciouem audiência nesta quar-ta-feira, 23, que o municí-pio de Arcos receberá R$1 milhão para obras de in-fraestrutura, fruto de umconvênio assinado noano passado e da cons-trução de duas pontes,

Governo Anastasia anuncia liberação deR$ 1 milhão para o município de Arcos

Ficou acertado também a construção de duas pontes

que para se tornar reali-dade é necessária a ela-boração dos projetos porparte da administraçãomunicipal. O anúncio foirealizado em audiênciaagendada pelo deputadoestadual Antônio CarlosArantes (PSC) e que tevetambém a presença doprefeito da cidade Clau-denir José de Melo (PR),o “Baiano”, a secretária

de Governo Magda Fon-tes e o presidente daCâmara dos VereadoresWilmar Arantes (DEM).

Conforme foi acertadaem reunião, a primeiraparcela de R$ 500 mil éprevista para ser liberadanos próximos dias. O de-putado Antônio Carloselogiou a sensibilidadede Melles: “Não é surpre-sa para nós chegarmos

com uma solicitação im-portante para o municípiode Arcos e o secretárioMelles se mostrar solíci-to à demanda da cidade,quem ganha com isto éo povo que terá obras im-portantes”, revelou. Aran-tes exaltou também o go-vernador: “Quem possuium gestor como Anasta-sia só pode esperar be-nefícios significativos eArcos ganhará com isto”,salientou.

O prefeito adiantou queparte do recurso será in-vestido no asfaltamentodo bairro Calcita, em re-capeamentos de aveni-das importantes como aGovernador Valadares eLaura Andrade. As ruasManoel Fernandes No-gueira no bairro São Ju-das; a avenida Progres-so no bairro Olaria e a ruaProfessor Francisco Fer-nandes no bairro Cruzei-ro também serão benefi-ciadas. Baiano destacoua nova parceria políticarealizada com o deputa-do Antônio Carlos. “Esta-

mos fazendo com o de-putado uma boa parceria,ele já foi votado nas últi-mas eleições aqui na ci-dade, ele está começan-do um trabalho junto coma gente, estamos abrindoas portas para ele, por-que também contamoscom as suas ações paracanalizar recursos paraArcos e a Setop foi a pri-meira investida”, resumiu.

A secretária de Gover-no lembrou que Arantessempre foi atencioso comações voltadas para a áreade Saúde e que agora,andando de mãos dadascom a prefeitura, a proba-bilidade de a cidade ga-nhar será muito maior.

O presidente da Câma-ra, por sua vez, comentouque o resultado da audi-ência com Carlos Mellesfoi ótima. “Foi muita váli-da, a parceria entre o se-cretário Melles e o depu-tado Arantes é muito im-portante para todos nós,ficamos muito satisfeitoscom o que vimos e fomosmuito bem recebidos”,

disse. Wilmar expôs ain-da que a cidade será fa-vorecida com a parceriapolítica desenvolvida en-tre o deputado AntônioCarlos e a prefeitura. “Omunicípio irá levar vanta-gens, pois não possuíaaté então deputado elei-to, se trabalhar em parce-ria com o Arantes, a po-pulação e a cidade vãocolher frutos”, encerrou.

Arantes já tem traba-lhado para Arcos

O deputado AntônioCarlos já tem trabalhadopelo município de Arcos.Ele conseguiu a implanta-ção de uma Academia aoAr Livre, que atende aosbairros Olaria, Nova Mora-da e Alvorada. O parlamen-tar conquistou também vá-rios aparelhos auditivos ecirurgias a cidadãos de Ar-cos, fez doações de mate-rial esportivo, além de terrepassado R$ 10 mil parao Cesec do município.

Arantes, Melles, o prefeito de Arcos "Baiano", o presidente da Câmara de Arcos Wilmare o também prefeito de São Roque de Minas Nilzo de Faria.

Ricardo GandraAssessoria de Imprensa

Deputado Antônio CarlosArantes

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A PREFEITURA MUNICIPAL DE ARCOSsolidariza-se com a Família Andrade, San-tuza, Dr. Eduardo e Rita, por ocasião da Ce-rimônia ocorrida no sábado, 26.02.2011,data em que foi homenageado o PatriarcaDr. José Mauricio de Andrade, falecido nodia doze de janeiro de dois mil e onze.Doutor Maurício recebeu, neste dia, merecidas

honras e homenagens, somente dedicadas aosgrandes políticos e que sobremaneira contribuí-ram com nosso Município, o Estado e o País.Aproveitamos a ocasião para agradecer a to-

dos os segmentos sociais, que se fizeram pre-sentes à solenidade e que acompanharam osrestos mortais de Dr. Mauricio Andrade até o ja-zigo da família em Calciolândia.

Claudenir José de MeloPrefeito Municipal

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Jornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da CidadeJornal da Cidade 2ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 20112ª quinzena de fevereiro de 2011 1515151515

Guardião da VidaNascido em 22.02.1913 na

casa de sua avó materna naCidade de Lavras-MG, paraonde foi sua mãe Laura Andra-de da Fazenda São Miguel emCalciolândia, Município de Ar-cos, para o trabalho de parto.

Nasceu o menino robustoe bem de saúde. Teria umavida pela frente, onde fatos deimportância aconteceriam nasua trajetória vertiginosa rumoao sucesso.

A inteligência era patente jáali naquele início de vida, da-quele que nascia de uma fa-mília de gente de importânciado meio social e político deMinas Gerais.

Filho de Dr. Donato de An-drade, engenheiro com espe-cialidade nos Estados Unidosda América e da Senhora DonaLaura Botelho de Andrade, cujasenhora deu nome à AvenidaLaura Andrade do Bairro Jar-dim Bela Vista de real impor-tância para a entrada e saídadas riquezas de Arcos.

Dr. Donato chegou a ocu-par o cargo de Deputado porMinas nos anos de 1920 a1922, por influência do Gover-nador do Estado, seu sogro.Mas, renunciou logo o man-dato para cuidar de sua fazen-da em Calciolândia da qualgostava muito.

O recém-nascido era netode Francisco Sales, Governa-dos de Minas Gerais no inícioda nova república do Brasil eda Senhora Elvira Sales Bote-lho, ambos de Lavras.

Este menino de Arcos, cria-do na Fazenda São Miguel, emCalciolândia, registrado noCartório de Lavras, era mesmoaquele que seria, um dia, ocabeça pensante da lideran-ça política de Arcos e do Brasil.

Ainda muito cedo, acompa-nhava o pai Donato Andradenas viagens à Belo Horizontepara tratar de negócios. Eraarteiro e inquieto. Nos Hotéisde luxo era comum a instala-ção nos corredores das cha-madas escarradeiras. Maurí-cio, como era menino de fa-zenda, se armava de pequenacorda, tipo laço de boi e brin-cava de laçá-las a todas comose estivesse laçando bezerros.Seu pai passava aperto comas brincadeiras de seu filhoMaurício.

Na fazenda estudou na Es-cola rural, fundada e mantidapor sua mãe Dona Laura, osquatro anos primeiros e depois,com muito pesar, foi estudarem Lavras no Colégio Gamode orientação americana.

Neste Colégio foi logo des-taque no estudo e no esporte,principalmente, futebol, onde

se consagrou goleiro denome do Sparta Futebol Clu-be de Lavras.

Logo ganhou um apelidopor rixas de torcida de fute-bol, sendo que dois dos tor-cedores o pegaram desper-cebido para lhe aplicar umasurra. Mas, Maurício se liber-tou dos dois e os venceu naluta deixando-os abatidos edesapontados perante osque se encontravam presen-tes.

Imediatamente, ganhou aadmiração das pessoas queà luta assistiram por ter sidoMaurício um lutador impla-cável e de muita força a pon-to de ter vencido a luta. Daí oapelido de marruco por serforte como um marruás dasfazendas.

De Lavras, Maurício foipara Belo Horizonte estudarna UFMG, onde se formouBacharel em Direito. Aindacomo estudante, tornou-seadepto das lições políticaspregadas em Minas peloClube dos Tenentes, osquais formaram o “Grupodos Militantes” chefiado porJuraci Magalhães e, em SãoPaulo, pelo Governador Ar-mando Sales de Oliveira, queeram contra a Ditadura deGetúlio Vargas.

Partiu o Grupo dos Militan-tes Mineiros para a Cidadede Extrema, na Serra daMantiqueira na divisa de SãoPaulo com Minas e do outrolado as forças paulistanas,que exigiam de Getúlio a ou-torga da Constituição votadae aprovada pelo CongressoNacional.

Nesta luta, teve a partici-pação de Juscelino Kubs-tcheck de Oliveira, que atuoucomo médico capelão dosmilitantes, o qual, mais tarde,teria Maurício Andrade comoo seu grande companheirona militância política de Mi-nas até à Presidência do Bra-sil na construção de Brasíliade onde emanariam as de-cisões maiores da NaçãoBrasileira. Do coração doBrasil sairiam as forças vitaisda Nação.

Daí para frente José Mau-rício de Andrade foi Deputa-do Estadual de grande lide-rança e Deputado Federal,onde foi líder de Governo deJ.K Presidente.

Como Deputado Estadu-al, foi o articulador junto doGovernador Benedito Valada-res para elevar Arcos à cate-goria de Cidade em 17 de De-zembro de 1938 e Comarcade Arcos em 1950.

Arcos e região tiveram re-

presentante político no Congres-so enquanto Maurício lá esteveaté o ano de 1972, quando nãomais se candidatou porque, en-tendeu ele, que deputado nãotinha mais mensagem algumapara o povo em vista da Ditadu-ra dos Militares, que tomaram opoder no Brasil em 1964.

Maurício, então, retornou aArcos e foi dedicar-se à sua fa-zenda em Calciolândia, ondeconseguiu ser campeão brasi-leiro no aproveitamento da pro-dução por área plantada. Tor-nou sua fazenda “modelo” deprodução e de criação de bovi-no e eqüino de todo o País.

Exigida a sua participaçãoefetiva na política de Arcos pelaliderança do PSD chefiada porMoacir Dias de Carvalho, nãomais como Deputado, mas,como integrante da administra-ção municipal, Maurício recu-sou ser candidato, preferindoindicar o nome de sua esposaHilda Borges de Andrade.

Depois, de muita luta paraconvencer D. Hilda a aceitar,esta chegou, enfim, a confirmarque seria candidata, depois quehouve uma peregrinação de1.500 pessoas de Arcos à suacasa para pedir a ela que acei-tasse a candidatura de Prefeitade Arcos. Os adeptos de suacandidatura chegaram à suaFazenda gritando vivas, D. Hil-da, D. Hilda e foram adentrandopela sala de recepção da casa.

Esta, assustada com tantagente eufórica só se calou, quan-do a voz do orador intérpretemanifestava a intenção do gru-po de pessoas ali presente.

O Professor Roulien RibeiroLima, para conseguir êxito emsua fala, trouxe à lembrança aação de seu saudoso Pai, oMédico Dr. Eduardo Borges daCosta, fundador do Hospital docâncer em Belo Horizonte, aoqual dedicou toda a sua vida nacura de tal enfermidade que ar-rasava multidões. Nesta hora dainvocação do Pai, ProfessorEmérito da UFMG, D. Hilda dei-xou escapar uma lágrima dosolhos e não teve duvida: “Já quevocês querem aceito ser candi-data e quero trabalhar para me-lhorar a qualidade de vida dopovo de Arcos.”.

E o povo naquela alegria,saiu satisfeito.

D. Hilda parte para a campa-nha de Prefeito, mas, não pediavoto e muito pouco compareciaaos palanques de campanha.Era uma candidata a “sui gene-ris.”.

Eleita com a maioria absolu-ta dos votos do povo arcoense,tomou posse. Do seu Gabinetede Prefeita de Arcos, fez dele umaltar donde emanavam as mai-

ores decisões administrativascoordenadas pela cabeçapensante do Dr. José Maurício,que projetava tudo para, de-pois, ser convertido em obrasimportantes para Arcos. Obrasestas não cogitadas, ainda, emadministrações anteriores,como as Avenidas Sanitárias,Trincheira e PUC.

Arcos saiu da inércia admi-nistrativa e alcançou o palcodas grandes decisões do País,onde empresários, políticos earticuladores do progressobrasileiro tomaram conhe-cimento da existência de umapequena cidade do CentroOeste de Minas de 40 mil ha-bitantes.

De lá para cá, tudo ficoumais fácil para as novas con-quistas a favor de Arcos, por-que aqui tinha liderança capaz.

Hoje, Arcos é administrável,porque a liderança da políticaarcoense ficou em evidênciapela projeção dada a este íco-ne por Maurício de Andrade,que conseguiu fazer com queas indústrias de mineração pa-gassem seus impostos devi-dos e de conformidade com alei. O que não faziam até en-tão.

De lá para cá a Prefeiturade Arcos é bem dotada de bomorçamento que permite a Ad-ministração Municipal execu-tar muitas obras exigidas pelapopulação.

Arcos de hoje é cidade deprogresso e de luta, porqueMaurício Andrade criou aqui oespírito de luta, de progressopara a qualidade de vida do seupovo.

Aqui em Arcos, não há quemnão conheça os seus deverese direitos e como tal exige evo-lução e qualidade de vida nasruas, bairros e em toda a cida-de.

Sem Maurício Andrade, Ar-cos perdeu seu brilho e suaestrela de cidade iluminadapara desaparecer na conste-lação das outras cidadescomo Pains, que vem surgin-do como nova força e brilho nocéu do progresso da RegiãoCentro Oeste de Minas.

Dois mandatos de D. Hilda,sob a orientação de José Mau-rício de Andrade, foram fecun-dos e de progresso para Arcos.Que digam as obras sociaiscomo as Creches, a Padaria,o Lactário, a Fumusa, as uni-dades médicas implantadasnos bairros, as assistências so-ciais como as cestas de ali-mentos para as pessoas maiscarentes sem diferença de cre-do ou de facção política. ParaDona Hilda e Maurício Andra-de, todos eram arcoenses e,

como tais, não mereciam dis-criminação por parte da Admi-nistração da Prefeitura, sob oseu comando.

José Maurício Andrade, ho-mem de coração magnânimo,inteligência lúcida, prendadopor boa memória, habilidosopolítico, homem educado efino, orador invejável, dono deum timbre de voz agradável, foio homem que lutou por Arcos,chegando a trabalhar comoChefe de Gabinete da Prefei-tura no 1º. Mandato de D. Hildasem ganhar um só centavo. De1977 a 2000, Maurício traba-lhou, gratuitamente, para o Mu-nicípio de Arcos como Secre-tário de Gabinete, deixandoseus afazeres na Fazenda deCalciolândia aos cuidados defuncionários, como José Ma-cedo, Abel Veloso, Daniel Cos-ta, Antônio do Trajano e outros.

Maurício Andrade foi sem-pre muito paciente, tolerante,mas não entendia quando sedeparava com companheirosindignos, mentirosos e capa-zes de atitudes indesejáveis nomeio da gente.

Quando isto acontecia, fi-cava bravo. E, no auge do seuestado nervoso, dizia apenas:

- Este camarada é um CRE-TINO”. Era o nome mais forteque conseguia proferir.

Hoje, quem é capaz de tra-balhar gratuitamente para oMunicípio de Arcos com tantadedicação, a ponto de nadareceber para si?

Em 2005, Dr. José Maurí-cio de Andrade, homem de tan-ta ação na comunidade de Ar-cos, teve que afastar-se de tudoem face da enfermidade desua esposa, a ex-Prefeita deArcos para cuidar dela. Levou-a para Belo Horizonte para fi-car perto da assistência médi-ca especializada no tratamen-to do esquecimento da memó-ria. E junto partiu com ela paraassisti-la como companheiroe esposo nesta fase tão difícilda vida de D.Hilda, que nãomais conhece ninguém, nemo marido e nem filhos.

No apartamento 1 123 daAvenida Raja Gabaglia do Bair-ro Gutierrez em Belo Horizon-te, bem em frente do HospitalSanta Tereza, de propriedadede seu filho Dr. Eduardo Bor-ges da Costa, está Dr. JoséMaurício de Andrade em as-sistência permanente à enfer-ma esposa Hilda Borges deAndrade. É ali mesmo queMaurício Andrade passa osdias ao lado da esposa, semabandoná-la por um só mo-mento com a maior dedica-ção.

Pratica ginástica três vezes

por semana em uma das pis-cinas especializadas de BeloHorizonte para agüentar firmeesta administração da doençade sua esposa D. Hilda. E elevem administrando com efici-ência a doença, pois é estudi-oso do assunto e, com isto,auxilia os médicos no trata-mento. A doença, pelo menos,está paralisada e Dona Hildaconseguiu até uns quilos amais.

Recebe com alegria imen-sa as pessoas de Arcos na suasala-escritório para um papodescontraído e fica agradeci-do por demais. Quer saber tudode Arcos e como vai a admi-nistração da Prefeitura. Preo-cupa-se com Arcos e fica porcompreender porque o Par-que Aquático, o Hospital deOtorrinolaringologia não estãoem pleno funcionamento, as-sim como a prioridade das Ave-nidas Sanitárias para a quali-dade de vida do povo. Pensaaté que é por ter sido obras ini-ciadas por D. Hilda e por istoficam de lado.

Na comunidade, não deveexistir tais polêmicas, diz Mau-rício Andrade, porque o queestá em foco é a qualidade devida do povo e, isto, deve estarem primeiro lugar para os olhosda Administração Municipal.Na Administração da Prefeitu-ra não deve haver lugar paravaidades inócuas no sentidode querer aparecer como au-tor desta ou daquela obra sópara ter seu nome badaladopela imprensa oral e escrita emais ainda, por ter seu nomefundido em letras garrafais nometal das placas de inaugura-ção.

Tudo isto acaba. Só nãoacaba a dignidade e o méritopor uma Administração volta-da para o povo e, em seu be-nefício, fazer as obras essenci-ais para o povo.

O Guardião de Obras deArcos a tudo deixou para ser oGuardião da Vida de sua es-posa Dona Hilda em Belo Ho-rizonte.

Por tudo que você represen-tou e fez por Arcos, Dr. JoséMaurício Andrade, receba openhor de gratidão e reconhe-cimento eterno da gente sim-ples desta terra de Arcos.

Seu nome está gravado nosanais da história do coraçãoarcoense.

A você, o OBRIGADO dopovo de Arcos.

Roulien Ribeiro Lima

Dr.José Maurício deAndrade-Nascimento:22/02/1913- Falecimen-

to: 12/01/2011

Homenagem○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Dimas RodriguesPretoAzul Irão chamar o cronis

ta de atleticano. Eele o é. De uma coi-

sa, porém, não pode-rão alcunhar este cro-nista, que admira ascores preta e branca doAtlético. Jamais pode-rão chamá-lo de incoe-rente ou parc ia l . Nojogo entre Galo e Ra-posa, este último, emque o cronista dizia, naocasião, que o Atléticoestava (ou está?) emmelhor momento doque o Cruzeiro. E o cro-nista tinha razão. Tantoé que o time de Tardeligoleou de quatro o seu

mais temível adversá-rio. O Cruzeiro do bomgoleiro Fábio e quenão resistiu à fúria deDiego Tardeli naquelaocasião.

Agora, vocês leito-res, que acompanhameste cronista atravésdeste mini fúndio depapel, irão reconhecer

nele (neste cronista), alisura e o reconhecimen-to de um comentário res-ponsável. No domingopassado, 27.02, em queo América derrotou oAtlético por 2 a 1, o timedo centro avante FabioJúnior mereceu a vitória.Uma equipe coesa, comuma boa defesa, umbom meio campo e umataque mortal. Mortalporque o centro avanteveterano Fabio Júnior,de 40 anos, e que já jo-gou no Cruzeiro e noAtlético, conhece o ca-minho do gol. O bomgoleiro Flavio foi tam-

bém responsável pelavitória do Coelho.

Este Flavio é outroquarentão, que fechouo gol e provou estarcom uma elasticidadede um Renan Riberio –goleiro do Atlético – eque tem somente vinteanos.

Então o América me-receu ganhar o jogo emerece a l iderança?Muitos de vocês de-vem, neste momento,estarem pensando.

O cronista afirma quesim e que se continuarassim, o time do Coe-lho irá papar o Cruzei-ro e se não for contidolevará o “Mineiro” paracasa.

Imagine o AméricaMineiro campeão esta-dual e partindo com amaior moral para enca-rar o Brasileirão?

Tudo pode aconte-cer. Até isto!