projeto de estÁgio proposta de implantaÇÃo de …siaibib01.univali.br/pdf/deise regis de miranda...

78
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU Biguaçu 2009

Upload: nguyendiep

Post on 03-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS

PROJETO DE ESTÁGIO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE

NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU

Biguaçu

2009

Page 2: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS

PROJETO DE ESTÁGIO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE

NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de

Administração do Centro de Educação da UNIVALI –

Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel

em Administração.

Professor(a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira

Biguaçu

2009

Page 3: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

DEISE RÉGIS DE MIRANDA KONS

PROJETO DE ESTÁGIO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE

NA EMPRESA METALÚRGICA BIGUAÇU

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de

Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale

do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Administração de Materiais

Biguaçu, 24 de junho de 2009.

Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientador

Prof. Dr. Jairo Cezar Ramos Vieira UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. MSc. João Carlos D. Carneiro UNIVALI - CE de Biguaçu

Page 4: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a meus pais, meu

esposo Élcio Kiliano Kons que me inspirou e ajudou a concluir

este trabalho, meus filhos Douglas e Amanda que tiveram a

paciência em me esperar todas as noites que tive ausente, meus

familiares e meu irmão Valter Paulo e funcionários da Metalúrgica

Biguaçu.

Page 5: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por poder proporcionar a oportunidade de serem

alcançados os meus objetivos.

À Universidade do Vale do Itajaí.

Ao orientador Profº. Rosalbo Ferreira, pelo seu acompanhamento e competência a qual

me orientou em todos os passos para a conclusão deste trabalho.

A todos os professores que me ensinaram como ser uma administradora, com seus

conhecimentos e incentivos nas horas difíceis.

Aos colegas de turma que de uma forma em geral demonstraram companheirismo

durante todo o curso.

Page 6: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

A humildade e a simplicidade são os instrumentos que o sábio se utiliza para transmitir uma idéia.

Acácio Moraes Garcia

Page 7: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

RESUMO

KONS, Deise Régis de Miranda. Proposta de Implantação de um Sistema de Controle de Estoque na Empresa Metalúrgica Biguaçu . 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.

A administração de materiais dentro de uma empresa é fundamental para o seu desenvolvimento, desse modo, o trabalho teve o objetivo de apontar os pontos fracos e posteriormente sugerir melhorias na empresa Metalúrgica Biguaçu ME. Os pontos fracos foram levantados a partir de dados primários coletados junto aos colaboradores da empresa, dessa forma, buscaram-se pesquisas bibliográficas e documentais a fim de encontrar técnicas práticas e objetivas para solucionar os problemas encontrados em seu controle de estoque. Técnicas de controle de estoque como: codificação, classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários com produtos inertes, prejuízos por vendas não efetuado por falta de produto e mau utilização do espaço físico destinado ao armazenamento. Nesse sentido, trazer benefícios futuros quanto à agilidade na produção, rapidez no manuseio, entrega das encomendas no prazo e conseqüentemente satisfazer os clientes. Através da utilização das sugestões expostas poderá facilitar o trabalho do gestor e o desenvolvimento da empresa.

Palavra-chave: controle; nível adequado; gerenciamento.

Page 8: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

ABSTRACT

KONS, Deise Régis de Miranda. Proposta de Implantação de um Sistema de Controle de Estoque na Empresa Metalúrgica Biguaçu . 2009. 78 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.

The administration of materials in a company is fundamental to its development, so, this work had the objective of painting out the weak aspects in order to suggest improvements at Metalurgica Biguaçu ME. The co-workers helped to find solutions through bibliographic research and documents, to the stock control. Some techniques such as codification, classification which can avoid unecessary wastes with some useless products, sales losses and misure of the place to keep those products. In this way, bring future benefits in production, speed in handling, delivery on time and as a result make clients more pleased. Throgh the use of the suggestions above could facilitate the work of manager and the developing business.

Key-words: control; appropriate level; management.

Page 9: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados do exemplo .......................................................................................43 Tabela 2: Cálculo das bases do exemplo...................................................................43

Page 10: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”. ...............25 Figura 2 - Sistema americano federal de codificação ...............................................32 Figura 3: Modelo...........................................................................................................37 Figura 4: Gráfico da curva ABC ..................................................................................41 Figura 5: Gráfico do exemplo da curva ABC .............................................................44 Figura 6: Metalúrgica Biguaçu ....................................................................................50 Figura 7– Organograma da empresa Metalúrgica Biguaçu ......................................51 Figura 8 – Área principal de atuação da Metalúrgica Biguaçu.................................52 Figura 9 - Processo de produção da Metalúrgica Biguaçu.......................................53 Figura 10 – Programa de controle de estoque...........................................................58 Figura 11 - Exemplo utilizado p/ codificação. ...........................................................60 Figura 12 – Gráfico da classificação dos itens em estoque. ....................................61 Figura 13 – Gráfico da classificação do investimento em estoque. ........................62 Figura 14– Curva ABC .................................................................................................63 Figura 15 – Exemplo Nível de estoque .......................................................................64 Figura 16 – Prateleiras com gavetas ..........................................................................65 Figura 17 – Layout do almoxarifado. ..........................................................................66

Quadro 1: Modelo para a confecção da curva ABC ..................................................40 Quadro 2 – Exemplo da tabela de classificação e codificação dos itens. ..............60

Page 11: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................13

1.1 OBJETIVOS..........................................................................................................14 1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................14 1.1.2 Objetivo específico.........................................................................................14

1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................16

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ......................................................................16 2.2 ESTOQUE ............................................................................................................18

2.2.1 Gestão de Estoque.........................................................................................20 2.3 REPOSIÇÃO DE ESTOQUE.................................................................................22

2.3.1 Sistema de duas gavetas ...............................................................................22 2.3.2 Sistema dos Máximos - Mínimos....................................................................23 2.3.3 Sistema de revisões periódicas......................................................................25 2.3.4 Níveis de Estoque ..........................................................................................27 2.3.5 Estoque de Segurança...................................................................................28

2.4 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS .................................................................................30 2.4.1 Identificação ou Especificação .......................................................................33 2.4.2 Codificação ....................................................................................................34 2.4.3 Classificação ABC de Materiais .....................................................................37

2.5 ARMAZENAMENTO .............................................................................................44

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ........................................................................47

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................49

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA ..................................................................................49 4.1.1 Organograma da Empresa.............................................................................50 4.1.2 Atividades Desenvolvidas ..............................................................................51 4.1.3 Processo de Produção ...................................................................................52 4.1.4 Principais Clientes..........................................................................................54 4.1.5 Principais Fornecedores................................................................................54

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS .............................................................................55 4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque...........................................................55 4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais .....................................................55

4.2.3 Classificação ABC...........................................................................................56 4.2.4 Armazenagem................................................................................................56

5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO .....................................................................57

5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE............................................................57 5.2 CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO DOS MATERIAIS .......................................................59 5.3 CLASSIFICAÇÃO ABC DE MATERIAIS .........................................................................60 5.4 ESTABELECER OS NÍVEIS DO ESTOQUE .....................................................................63 5.5 ARMAZENAGEM .......................................................................................................65

Page 12: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................67

REFERÊNCIAS..............................................................................................................68

ANEXO A-(ARTIGOS EM METAIS PARA CEMITÉRIO). .............................................70

ANEXO B-(MATERIAL PRODUZIDO PELA METALÚRGICA).....................................71

Page 13: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

13

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho abrange a área de administração de materiais, focando

especificamente o controle na área de administração de estoques. Na administração de

materiais a organização do estoque serve para poder controlá-lo da melhor forma

possível, tendo a finalidade de assegurar os abastecimentos dos produtos dentro da

organização com seu controle, bem como diminuir os custos operacionais.

É fundamental para a organização prover controle administrativo de estoques e

identificar os processos de captura das informações e análise de resultados dentro de

critérios previamente estabelecidos, tais como, organização no controle de estoque,

cadastros e catalogação de produtos, localização de materiais, dentro do estoque e tipo

de classificação.

No presente trabalho, a proposta de controle de estoque na Metalúrgica

Biguaçu, especializada em letras de alumínio, bronze, cromados e peças fundidas em

geral, tem o objetivo de propor melhorias no sistema de controle de estoque. Ao deter o

controle de seus processos, provavelmente se diferenciará, procurando sempre atender

da melhor forma às necessidades e desejos de seus clientes.

A empresa Metalúrgica Biguaçu acumula prejuízos ao longo do tempo

decorrente da desorganização de seu estoque de materiais. Na administração de

materiais a organização do estoque precisa identificar as informações, formalizando

sugestões, decisões e atividades a serem desenvolvidas. Ao organizar o estoque na

Metalúrgica Biguaçu, pretende-se propor melhorias para que a empresa almeje novos

desafios e favoreça o atendimento de seus clientes com agilidade.

Considerando os fatos citados anteriormente, cabe formular o seguinte

questionamento: Qual a forma mais apropriada de gerir o estoque na Metalúrgica

Biguaçu?

Page 14: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

14

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor a implantação de melhoria no sistema de controle de estoques para a

empresa Metalúrgica Biguaçu no período de março de 2008 a junho de 2009.

1.1.2 Objetivo Específico

• Identificar o atual sistema de estoques na empresa;

• Estabelecer a melhor forma de controle de estoque, visando à obtenção dos

níveis adequados;

• Classificar os itens do estoque da empresa;

• Elaborar o cadastro e classificar os produtos;

• Propor a implantação de um sistema de controle de estoque informatizado;

• Identificar melhor forma de armazenamento e respectivo layout.

1.2 JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste trabalho gera uma oportunidade de ganho recíproco:

para a acadêmica, conhecimento, e para a empresa, melhorias no desempenho de

suas atividades, pois o gerenciamento de estoque depende muito de uma boa

contribuição científica, pois falta a empresa o conhecimento necessário para melhorar

seu estoque. E esta é uma possibilidade de rever a organização em estudo o atual

processo e implementar modificações que venham proporcionar o correto e eficaz

desempenho do mesmo.

A empresa Metalúrgica Biguaçu tem se preocupado com seus processos

operacionais e administrativos de forma que os torne mais eficazes e dinâmicos,

deixando de lado retrabalhos e desorganização. Nesse sentido, a análise de processos

visa propor melhorias para a sua gestão de estoque, sendo o momento oportuno para o

desenvolvimento em estudo e realização.

Page 15: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

15

O estudo é viável, pois em um ano de estágio a acadêmica teve a possibilidade

de aplicar o conhecimento que para analisar e propor melhorias dos processos da

empresa em relação ao gerenciamento de estoques.

No período de um ano foram realizadas análises no estoque da empresa em

estudo visando à melhoria do mesmo, sendo que a organização se colocou em inteira

disposição para repassar à acadêmica as informações que esta necessita para a

realização deste trabalho.

Page 16: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem como objetivo dar embasamento teórico para empresa em

estudo com os principais temas: administração de materiais, gestão de estoque e

armazenamento.

2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Arnold (1999, p. 26) sustenta que a Administração de Materiais é a

departamentalização do fluxo de materiais, organizado desde o fornecimento até a

entrega ao consumidor final.

O autor (1999, p.26) ainda afirma que “Administração de Materiais é uma função

coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais”.

Em perspectiva similar, Viana (2000, p. 41) enfatiza que Administração de

Materiais é o planejamento, coordenação, direção e controle de todas funções

relacionadas à aquisição de materiais para formação de estoques, desde o momento de

sua concepção até seu consumo final.

Na mesma linha, Chiavenato (1991, p. 35) sustenta que a Administração de

Materiais abrange a totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a

programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado,

movimentação de materiais, transporte interno e armazenamento no depósito de

produtos acabados.

Araújo (1980, p. 28) sustenta que nenhuma empresa vingará ou poderá progredir

seu padrão de produtividade se não tiver totalmente organizada a sua Administração de

Materiais, que tem como finalidade precípua cuidar de todos os problemas que tenham

relação com os suprimentos e tudo mais que possa representar investimentos de capital

de uma organização.

Em perspectiva similar, Pozo (2007, p. 39) menciona que “a boa Administração

de Materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de

produção”.

Page 17: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

17

Na mesma perspectiva, Arnold (1999, p. 26) sugere que mesmo que muitas

empresas tenham adotado esse tipo de organização, há ainda diversas que não o

fizeram. Se as empresas desejam minimizar seus custos totais nessa área e prever

melhor nível de serviços ao cliente, devem agir desse modo.

De forma mais abrangente, Viana (2000, p. 40) destaca que administrar com

eficiência e exatidão o momento de entradas e saídas dos materiais é indispensável à

empresa procedimentos fundamentais de Administração de Materiais, o quê, quanto,

quando e como comprar não é tarefa simples.

Pozo (2007, p. 39) menciona a importância da correta Administração de

Materiais, que pode ser facilmente compreendida quando os bens necessários não

estão disponíveis no momento exato para atender as necessidades do mercado.

Na mesma linha, Viana (2000, p. 41) aborda que todos nós somos

Administradores de Materiais, embora não percebamos. O abastecimento na própria

casa é uma tarefa bastante semelhante a essa, só que em proporção menor.

Conclui-se, a partir daí, que a Administração de Materiais se refere à totalidade

das funções relacionadas com os materiais, seja com sua programação, aquisição,

estocagem, distribuição etc., ou seja, desde sua chegada à empresa até o consumidor

final, afirma CHIAVENATO (1991, p. 35).

A boa Administração de Materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de produção. Isso significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimentos logístico de modo de obter vantagem da contra posição da curva de custo, ou seja, o objetivo maior da Administração de Materiais é prover o material certo, no local de produção certo, no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimos para a plena satisfação dos clientes e acionistas (POZO, 2007, p. 39).

Na mesma concepção, Arnold (1999, p. 28) sustenta que a Administração de

Materiais pode diminuir custos pela certeza de que os materiais certos, estão no local

certo, no tempo certo e de que os recursos da empresa são utilizados apropriadamente.

Page 18: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

18

2.2 ESTOQUE

Viana (2000, p. 109) enfatiza que a expressão estoque é muito elástica, pois

tradicionalmente podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas,

produtos semi-acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos

acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.

Na mesma linha, Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 381) afirmam que,

“estoque é definido como acumulação armazenada de recursos materiais em um

sistema de transformação”.

Segundo Ballou (2006, p. 274) parte do estoque constantemente deteriora-se,

fica ultrapassado ou acaba sendo perdida / roubada durante longo tempo de

armazenagem, dessa forma, chamado estoques obsoletos, mortos ou evaporado. Em

outra perspectiva ao manusear estoques de alto valor, perecíveis ou fáceis de roubar, é

necessário tomar medidas que previna minimizar seu volume.

Pozo (2007, p. 137) aborda que, estoque encobre os problemas e dá aos

produtores meios de conviver com eles, assim eles não precisam resolvê-los e

transformou-se num modo de vida institucionalizado para as empresas tradicionais.

De forma mais abrangente Viana (2000, p. 144) sustenta que os estoques são

recursos ociosos que desempenham valor econômico, os quais significam um

investimento destinado a aumentar as atividades de produção e ser útil aos clientes.

Na mesma linha Bertaglia (2003, p. 327) afirma que, os estoques desempenham

papel essencial e possuem funções distintas comparadas às demandas de mercado, às

características do produto e sua movimentação e a interferência da situação

econômica.

Convém enfatizar que a função de planejar e controlar estoque são fatores

determinantes essencial numa boa gestão do processo produtivo. (POZO, 2007, p.40)

A seguir, uma lista usual e simplificada dos objetivos do planejamento e controle

de estoque.

• Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material

auxiliar, peças e insumos ao processo de fabricação; • Manter o estoque mais baixo possível para atendimento compatível

às necessidades vendidas;

Page 19: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

19

• Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;

• Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas;

• Prevenir-se contra perdas, danos, extrativos ou mau uso; • Manter as quantidades em relação as necessidades e aos

registros;

Arnold (1999, p. 268) menciona as funções dos estoques na produção por lotes.

Dessa forma, o propósito básico do estoque é separar o suprimento da demanda,

porém o estoque serve como um armazenamento intermediário entre:

• Oferta e demanda. • Demanda dos clientes e produtos acabados. • Produtos acabados e a disponibilidade dos componentes. • Existência de uma operação e resultado da operação anterior. • Peças e materiais necessários ao início da produção e fornecedores

de materiais.

Conclui-se a partir daí que existe estoque, porque a formação do estoque está

ligada à falta de estabilidade existente entre a demanda e o fornecimento. Desse modo,

“quando o ritmo de fornecimento é maior que a demanda, o estoque aumenta. Quando

o ritmo da demanda supera o fornecimento, o estoque diminui, podendo faltar material

ou produto” BERTAGLIA (2003, p. 319, 320)

Martins e Alt (2000, p. 185) sugerem que toda empresa deve determinar o

modelo de gerir seus estoques, não só pelos lucros sucedidos da empresa. Como

também da exigência da implantação dos sistemas informatizados hoje existente em

quase todas as organizações.

De forma mais abrangente Chuing (2006, p. 29) Afirma que existem muitas

razões para se manter estoque em uma empresa, entre elas estão: custo associado ao

estoque; objetivo do estoque e previsão de incertezas, que são comuns a todos os

problemas de controle de estoque, não importando se são matérias-primas, material em

processo ou produtos acabados.

Cabe evidenciar que toda organização deve determinar e manter uma estratégia

apropriada para administra o estoque, uma estratégia bem aplicada não só assegurará

a ação adequada dos diferentes processos e funções empresariais, como ainda poderá

minimizar os custos BERTAGLIA (2003, p. 314).

Page 20: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

20

2.2.1 Gestão de Estoque

Pozo (2007, p. 37) afirma que Administração de estoque individualmente uma

das mais fundamentais funções da Administração de Materiais, porém está ligada com

o controle de níveis de estoques.

Na mesma linha, Arnold (1999, p. 265) afirma que a Administração de estoque é

responsável pelo planejamento e controle de estoque, desde o estágio da matéria-

prima até o produto acabado para o consumidor final.

Na mesma perspectiva, Martins e Alt (2000, p. 133) sustentam que devido à

concorrência acirrada no mercado atual, as empresas vêm se adequando na

organização e administração de seus estoques, com o objetivo de superar seus

concorrentes e melhor atender os clientes.

Convém enfatizar que a Administração de estoques apresenta alguns aspectos

financeiros vinculados com a área de finanças, porém Administração de Materiais está

voltada para auxiliar o fluxo físico dos materiais e abastecimento adequado à produção

da empresa (CHIAVENATO, 1991, p. 67).

Martins e Alt (2000, p. 138) ressaltam a importância que há na administração de

estoque dentro de uma empresa, a maioria delas vem criando setores responsáveis

pela gerência de materiais e estoques para que não venham acarretar prejuízos

durante o processo.

Na mesma concepção, Pozo (2007, p. 37) observa que todas as organizações

de transformação devem preocupar-se com o controle de estoques, visto que estes

desempenhos afetam de modo bem definido o resultado da empresa.

Dias (1995, p. 25) aponta que existem alguns princípios básicos para obter

qualidade adequada no controle de estoque, que são as seguintes:

• determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens; • determinar “quando” se devem reabastecer os estoques.

Periodicidade; • determinar “quanto” de estoque será necessário para um período

predeterminado; quantidade de compra; • acionar o Departamento de Compras para executar aquisição de

estoque (compra); • receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo

com as necessidades;

Page 21: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

21

• controlar os estoques em termos de qualidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque;

• manter inventários periódicos para avaliação das qualidades e estados dos materiais estocados; e

• identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

Na mesma linha, o mesmo autor (1995, p. 19) menciona que em uma empresa

devemos destacar a importância da gestão de estoque, pois é através dela que a

empresa tem seu desenvolvimento. Na compra de matéria-prima, produção e venda, ou

seja, todas as etapas estão relacionadas com a gestão e controle de estoque.

Em termos lucrativos, a administração de estoques é fundamental para a

empresa de manufatura, pois à medida que os estoques são movimentados os lucros

aumentam. Convém enfatizar que um estoque inerte pode produzir enorme prejuízo

para empresa, pois envolve um capital, espaço físico e custos operacionais (ARNOLD,

1999, p. 265).

De forma mais abrangente, Pozo (2007, p. 38) aborda que a principal função da

Administração de estoques é maximizar os usos dos recursos envolvidos na área

logística da empresa e com enorme conseqüência dentro dos estoques, o administrador

irá encontre-se com um temido dilema que é o motivo da inapropriada gestão de

materiais.

Arnold (1999, p. 265) afirma, nesse sentido, que os estoque são materiais de

suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou fornecer

insumos ou suprimentos para o processo de produção. Todas as empresas precisam

manter estoques freqüentemente, porém o estoque compõe uma parte fundamental dos

ativos totais.

Na mesma perspectiva, Dias (1995, p. 20) afirma que administração de estoque

de uma empresa é o elo entre os demais departamentos. Deve-se conhecer todo o

processo desde a aquisição da matéria-prima até o fornecimento do produto acabado.

Pozo (2007, p. 49) sustenta que a avaliação da gestão de estoques por meio da

rotatividade é muito vantajosa e rápida, auxiliando a análise da situação operacional da

empresa. Quanto maior for o número de rotatividade, melhores serão as administrações

logísticas da empresa, menores serão os custos e maior será a competitividade.

Page 22: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

22

Dias (1995, p. 21) conclui que a gestão de estoque não se preocupa somente

com a movimentação diária, mas em como a organização deve planejar o fluxo através

de dados sólidos do histórico da empresa.

Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 380) abordam que o gerenciamento de

estoque ideal pode ser definido como um recurso de materiais armazenado para suprir

as necessidades de consumo ou fornecimento sem ocasionar prejuízos por conta da

má administração.

2.3 REPOSIÇÃO DE ESTOQUE

2.3.1 Sistema de duas gavetas

Segundo Tubino (2000, p. 125) é chamado de sistema de duas gavetas quando

“a separação do estoque é feita apenas nos registros, porém algumas empresas, para

facilitar a identificação do ponto pedido, separam também fisicamente o estoque em

duas partes”.

Para Arnold (1999, p. 334) cabe evidenciar que o sistema duas gavetas é uma

forma fácil de manter o controle dos itens do grupo C. Embora esses itens sejam de

pequeno valor, é melhor despender a mínima quantidade de tempo e dinheiro em seu

controle, ainda que, necessário que esses itens tenham um controle quando o estoque

de reserva é atingido, além do mais quando há um esvaziamento no estoque, os itens

do grupo C tornam-se do grupo A.

O sistema duas gavetas podemos considerar o método mais simples para

controlar os estoques. É recomendável na utilização para as peças classe C. O estoque

que inicia o processo é armazenado nessas duas caixas ou gavetas. A caixa A tem

uma quantidade de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de

reposição, mais o estoque de segurança. Embora a caixa B possui um estoque

equivalente ao consumo previsto no período. As requisições do material chegam a o

almoxarifado e são atendidas pelo estoque da caixa B, nesse sentido quando o estoque

da caixa B zerar, isso quer dizer que deverá ser pedido a reposição de material a

Page 23: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

23

comprar. Para não suspender os atendimentos utiliza-se o estoque da caixa A

(DIAS,1995).

2.3.2 Sistema dos Máximos - Mínimos

Dias (1995, p. 128) Sustenta que pelas dificuldades para determinação do

consumo e pelas variações do tempo de reposição é que usamos o sistema máximo e

mínimo, basicamente o sistema consiste em seguintes fases:

• determinação dos consumos previstos para o item desejado; • fixação do período do consumo previsto em a; • cálculo do ponto de pedido em função do tempo de reposição do

item pelo fornecedor; • cálculos dos estoques mínimos e máximos; e • cálculos dos lotes de compra.

Viana (2000, p. 149) aborda que estoque máximo é a quantidade máxima

permitida para o material. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual,

quando da emissão de pedido de compra. O objetivo principal do estoque máximo é

indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual.

Também denominado nível-alvo ou nível máximo de estoque “a quantidade igual

à demanda durante o lead time, somada a demanda durante de revisão, mais o estoque

de segurança” (ARNOLD, 1999, p. 337).

T = D(R+L)+ES Em que: T = nível-alvo ou nível máximo de estoque D = demanda por unidade de tempo L = duração do lead time R = duração do período de revisão SS = estoque de segurança A quantidade do período é igual ao nível máximo de estoque menos a quantidade disponível no período de revisão: Q = T – E Q = quantidade do pedido

Page 24: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

24

E = estoque disponível

Na mesma linha Pozo (2007, p. 65) sustenta o nível máximo de estoque é

normalmente definido de forma que seu volume exceda a somatória da quantidade do

estoque de segurança, com o lote em um valor que seja suficiente para agüentar

variações normais de estoque em face de dinâmica de mercado, nesse sentido que o

nível máximo de estoque não cresça sobrecarregando os custos de manutenção de

estoque.

Conforme Dias (1995, p. 128), o sistema de máximos – mínimos da mesma

forma é chamado de sistemas de ponto de pedido para reposição do estoque.

O ponto de pedido “é a quantidade de peças que temos em estoque e que

garante o processo produtivo para que não sofra problemas de continuidade, enquanto

aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de reposição” Pozo (2007,

p.64).

Na mesma perspectiva Bertaglia (2003, p. 334) ressalta que o sistema de ponto

pedido, também é chamado de sistema de pedidos com quantidade fixa. Sendo

baseado na avaliação de quantidades sempre que acontece um consumo ou retirada

do estoque, assim, identificado se é o momento de fazer a reposição do item.

De forma mais abrangente, Martins e Alt (2000, p.101) mencionam que o sistema

do ponto de pedido ou lote padrão é mais popular método aproveitado nas fábricas e

consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de certo item chegar a

um nível previamente determinado.”O ponto de pedido é calculado em função do

consumo médio e do prazo de atendimento”.

“O ponto de pedido é representado pelo saldo do item em estoque, quantidade

de reposição até a entrada de um novo ressuprimento no almoxarifado” (DIAS, 1995,

p.59), e pode ser calculado da seguinte maneira:

PP = C x TR + E.Mn,

Onde: PP = Ponto de Pedido

C = Consumo médio Mensal

TR = Tempo de Reposição

E.Mn= Estoque Mínimo

Page 25: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

25

Todavia que o ponto de pedido atingir um número determinado, emite-se um novo

pedido de compras, dessa forma em uma quantidade preestabelecida.

A representação do controle de estoque por ponto de pedido consiste em

determinar uma quantidade de itens em estoque, chamada de reposição, que quando

atingida, dá a partida ao processo de reposição Tubino (2000, p. 125). Dessa forma,

podemos observar o exemplo da figura 1.

O gráfico a seguir representa o tempo de reposição.

Figura 1: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”.

Fonte: Dias (1995, p.58).

Na mesma linha Dias (1995, p. 58) enfatiza que o ponto pedido, uma das

informações básicas de que se exige para calcular o estoque mínimo é o tempo de

reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o estoque precisa ser

reposto até a chegada permanente do material no almoxarifado da empresa.

2.3.3 Sistema de revisões periódicas

Gonçalves (2004, p. 124) sustenta que para administrar o sistema de revisão

periódica do estoque, há dois parâmetros básicos que precisam ser decididos. Primeiro

EM

TR

E.Mx

PP

1 2 3

1. Emissão do pedido

2. Preparação do pedido

3. Transporte

Page 26: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

26

definir a periodicidade em que as revisões serão realizadas; segundo determinar qual o

nível de estoque máximo teórico deverá ser projetado.

Portanto Bertaglia (2003, p. 333) afirma que na revisão periódica os itens

prioritários podem ser revisados mais repetitivamente por possuir um nível de estoque

inferior. Mas referindo-se nos itens mais baratos podem sofrer avaliações com

periodicidade mais longa.

Cabe evidenciar que as maneiras de controlar os itens em estoque são

chamadas através do sistema de revisões periódicas, que compõe na reposição do

material periodicamente em ciclo de tempos iguais, chamados período de revisão. A

qualidade pedida será a necessidade da demanda do próximo período. A análise

deverá ser feita considerando o estoque físico existente, o consumo no período, o

tempo de reposição e o saldo de pedido no fornecedor do item DIAS (1995, p.129).

O controle de revisão periódica impõe um estoque rapidamente maior, dessa

forma os custos complementares de manutenção mais do que compensado pela

redução dos custos administrativos, menores preços ou custos reduzidos de aquisição

Conclui Ballou (2006, p. 292).

Para Martins e Alt (2000, p.100), convém enfatizar que no sistema de reposição

periódica depois de decorrido um intervalo de tempo predeterminado, um novo pedido

de compra para um certo item em estoque é emitido. Dessa forma, deve definir o

quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, averiguar-se a quantidade

ainda disponível em estoque, desse modo, comprar o que falta para obter um estoque

máximo, também previamente determinado.

Na mesma concepção, Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 399) afirmam que,

a chamada de revisão periódica, ou seja, pedir quando um nível de estoque

predeterminado é atingido, a abordagem periódica propõe pedidos a intervalos de

tempo regulares e fixos.

Arnold (1999, p. 336) sustenta que, “no sistema de revisão periódica a

quantidade disponível de um item é determinada a intervalos de tempo especificados e

fixos e assim o pedido é emitido”.

Dias (1995, p. 130) conclui que uma periodicidade pequena entre as revisões

acarreta um estoque médio alto e como conseqüência um aumento no custo de

Page 27: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

27

estocagem e, uma periodicidade alta entre as revisões acarreta baixo estoque médio e

como conseqüência um aumento no custo de pedido e risco de ruptura.

Conforme Arnold (1999, p. 337), “o sistema de revisão periódica é útil nas

seguintes situações”:

• Quando há muitas liberações pequenas de estoque e a atualização das transações no registro de estoque torna-se muito cara.Supermercados e varejistas encontram-se nessa categoria.

• Quando os custos com pedidos são pequenos. Isso ocorre quando muitos itens diferentes são pedidos de uma única fonte.Um centro de distribuição regional pode pedir todo o seu estoque ou a maioria dele para um depósito central.

• Quando muitos itens são pedidos em conjunto para perfazer uma operação de produção ou encher a carga de um caminhão. Um bom exemplo é o centro de distribuição regional pede uma carga uma vez por semana para o depósito central.

Para minimizar os riscos é preciso definir o volume dos materiais a comprar;

listar os itens de uso comum para serem processados simultaneamente; executar uma

compra única; e realizar compras e entregas programadas, optando pela determinação

das periodicidades mais convenientes das necessidades. (DIAS, 1995, p.130).

Na mesma concepção Tubino (2000, p.127) menciona que o modelo de

revisão periódico trabalha no eixo dos tempos, determinando datas nas quais serão

analisadas a demanda e as demais condições dos estoques, para decidir pela

reposição dos mesmos.

2.3.4 Níveis de Estoque

Viana (2000, p. 145) aponta que os conceitos logísticos são fundamentais para a

gestão da medida do nível de estoque, não é apenas o armazenamento e sim o

processo relativo da gestão do fluxo de materiais e informações entre o fornecedor e

seu cliente, desde a compra da matéria-prima até a entrega do produto acabado para o

consumidor final.

Na avaliação dos níveis de estoque um problema importante é a determinação

do nível de estoque mais econômico para a empresa, pois os custos de estoque são

Page 28: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

28

influenciados por vários fatores, ou seja, volume, disponibilidade, movimentação, mão-

de-obra e os próprios recursos financeiros envolvido, uma das técnicas utilizadas para

manutenção de níveis de estoque adequado é o sistema máximo-mínimo afirma POZO

(2007, p. 63).

Em complemento a esta posição Bertaglia (2003, p. 327) sustenta que os

estoques desempenham papel importante e possuem funções claras comparando às

demandas de mercado, De acordo com as características, ou seja, levar os lideres

empresariais a tomar devidas providências relacionada ao ecossistema organizacional,

comprometendo, desse modo, harmonia entre a demanda e a necessidade de manter

os níveis perfeitos do estoque.

Tubino (2000, p. 124) destaca que, os modelos de controles de estoque por

ponto de pedido e por revisões periódicas são sistemas de fácil operacionalização,

dessa forma, aconselhando para os itens poucos significativos que fazem parte da

classe C, assim eles estão sujeitos a exercer um controle mais fraco dos níveis de

estoques.

2.3.5 Estoque de Segurança

Gonçalves (2004, p. 82) afirma no estoque de segurança o excesso de estoque

gera custo financeiro ou de capital de custo de armazenagem, por outro lado, a falta

desse estoque poderá resultar em perdas de vendas, paralisação do processo

produtivo, podendo resultar na insatisfação do cliente ou consumidor.

Segundo Ballou (2006, p. 274) “o tamanho do estoque de segurança a ser

mantido depende da extensão da variabilidade e do nível de disponibilidade de estoque

proporcionado”.

Viana (2000, p. 150) aponta que a quantidade mínima possível capaz de

suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um consumo

desproporcional ao ser atingido pelo estoque em decadência, indica a condição crítica

do material.

Convém enfatizar que estoque mínimo ou também chamado de estoque de

segurança, é a quantidade mínima que deve estar em estoque, que se destina a cobrir

Page 29: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

29

eventuais atrasos no ressuprimento, com a finalidade de garantir o funcionamento

ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem risco de faltas (DIAS, 1995, p.63).

Entre as causas que ocasionam estas faltas, Dias (1995) destaca:

• Oscilação no consumo; • Oscilação nas épocas de aquisição (atraso no tempo de reposição); • Variação na qualidade, quando o Controle de Qualidade rejeita um

lote; • Remessas por parte do fornecedor, divergentes do solicitado; • Diferenças de inventário.

Para Martins e Alt (2000, p.201), cabe evidenciar que é necessária uma certa

quantidade de itens que fiquem em estoques para casos como aumento da demanda

ou atrasos de pedidos já efetuados, desse modo, os estoques de segurança diminuem

os riscos de não-atendimento dos pedidos de clientes externos ou internos.

Na mesma concepção Pozo (2007, p. 66) menciona que a finalidade do estoque

de segurança não é afligir o processo produtivo e principalmente não ocasionar

decepção aos clientes por falta de material e, conseqüentemente, atrasar a entrega de

nosso produto ao mercado.

O autor (2007, p. 67) ainda aponta que a solução “é determinar um estoque de

segurança onde possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos

envolvidos”. Dessa forma, obtemos um estoque de segurança que irá servir a fatos

previsíveis dentro de seu plano global de produção e sua política de atendimento.

Em perspectiva similar Bertaglia (2003, p. 339) afirma que a quantidade de

estoque de segurança que deve ser mantida. Quando existem variações na demanda e

no tempo de entrega, a possibilidade de interrupção de estoque é grande.

Desigualmente das demanda e dos prazos constantes, ainda que, o estoque de

segurança é indispensável tem que ser mantido para atender às necessidades de

materiais durante o período de entrega, sem que haja parado a produção ou

desabastecimento.

O estoque de segurança é planejado para absolver as variações na demanda no

período de ressuprimento, desse modo, durante este período o estoque pode acabar

causando problemas na produção TUBINO (2000, P. 139).

Page 30: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

30

2.4 Classificação de Materiais

Segundo Gonçalves (2004, p. 258), “a classificação de materiais tem por objetivo

estabelecer um processo de identificação, codificação, cadastramentos e catalogação

dos materiais de uma empresa”.

Viana (2000, p. 51) sustenta que a classificação de materiais é o processo de

aglutinação de materiais por características similares. A maior parte do gerenciamento

de estoque depende essencialmente de bem classificar os materiais da empresa.

A classificação não deve gerar confusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo este semelhante.A classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local (DIAS, 1995, p.177).

Na mesma linha, Gonçalves (2004, p. 258) menciona que a classificação de

materiais tem por finalidade agrupar segundo determinado critério como: forma,

dimensões, peso, tipo, uso etc, com base na classificação é possível preparar uma

catalogação de todos os materiais utilizados na empresa, criando por resultado uma

especificação e uma padronização que vão tornar mais fácil os procedimentos de

armazenagem.

Em perspectiva similar, Dias (1995, p.176) aborda que “o objetivo da

classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação,

normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do

estoque da empresa”.

Para Dias (1995, p.178) o sistema decimal é o mais utilizado pelas empresas,

pois é de fácil compreensão ou interpretação e com possibilidades de itens em estoque

e informações incomensuráveis.

Dessa forma o mesmo autor (1995, p.178) suponha a seguinte classificação para

especificar os diversos tipos de materiais em estoque:

01 - matéria-prima

02 - óleos, combustíveis e lubrificantes.

03 - produtos em processo

04 - produtos acabados

Page 31: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

31

05 – materiais de escritório

06 - materiais de limpeza

Nesse sentido conforme Dias (1995, p.178) todos os materiais estão

classificados sob títulos gerais, de acordo com suas características. Sendo assim,

suponhamos que o material de escritório tenha a seguinte divisão:

05 – Materiais de Escritório

01 – Lápis

02 – caneta esferográfica

03 – blocos pautados

04 – papel-carta

“Devido ao fato de um escritório ter diversos tipos de materiais, esta

classificação torna-se necessária e chama-se classificação individualizada” DIAS (1995,

p.178).

O autor (1995, p.178) ainda destaca que esta codificação ”individualizadora” não

é suficiente, por faltar uma definição dos diferentes tipos de materiais. Por exemplo 02 –

caneta esferográficas pode ser classificada da seguinte maneira:

02 – Caneta esferográfica

01 – marca alfa, escrita fina, cor azul

02 – marca gama, escrita fina cor preta

Desse modo o mesmo autor (1995, p.179) menciona que esta classificação é

chamada definidora, quando tornar necessário qualquer material, ou seja, “basta que

informemos os números das três classificações que obedecem a seguinte ordem”:

• Número da classificação geral 05

• Número da classificação individualizadora 02

• Número da classificação definidora 03

Page 32: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

32

Portanto este exemplo (1995, p. 179) refere-se a “caneta esferográfica marca

alfa, cor vermelha, escrita fina”.

O sistema numérico pode ter uma extensão enorme e com variações muito

grande, sendo assim, segue o exemplo na figura 2, o sistema americano Federal

Supply classification DIAS (1995, p.179).

Figura 2 - Sistema americano federal de codificação.

Fonte: Dias (1995, p.179).

Assim mesmo, ele pode ser subdividido em subgrupos e subclasses de acordo com a necessidade da empresa e do volume de informações que se deseja obter de um sistema de codificação. Para comparação com o exemplo anterior, a classificação geral seria o grupo, o subgrupo, a classificação individualizadora, e a classe, a classificação definidora, e os quatros dígitos faltantes do código de identificação serviriam para qualquer informação que se deseja acrescentar DIAS (1995, p.179).

Segundo Viana (2000, p. 51) existe intensidade de formas de classificação, mas,

uma boa classificação deve observar alguns atributos, assim, convém enfatizar algumas

condições que tornará possíveis adaptações do alicerce de cada empresa.

Pode-se observar alguns atributos, a seguir um exemplo de Viana (2000, p.52),

abrangência: “deve tratar de uma gama de características em vez de reunir apenas

materiais para serem classificados”, flexibilidade: “deve permitir interfaces entre os

diversos tipos de classificação, de modo que se obtenha ampla visão do gerenciamento

de estoques”, praticidade: “a classificação deve ser direta e simples”.

Gonçalves (2004, p. 260) enfatiza que a última fase do processo de

classificação de material é a catalogação propondo à consolidação de todos os dados

Page 33: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

33

cadastrais de material em um acervo conhecido como banco de dados de materiais

que, nesse sentido:

• Permite a consulta de todos os usuários para se certifica do material de que necessita ou esclarecer eventuais dúvidas sobre as características do material solicitado.

• Facilita os processos de licitação, uma vez que todas as características do material licitado estão disponíveis no banco de dados.

• Evita a duplicidade de inclusão de itens no catálogo e, por conseqüência, no banco de dados.

• Permite a conferência dos dados cadastrais com os documentos de identificação dos materiais da empresa.

Para Viana (2000, p. 52) existem vários tipos de classificação, porém, devem ser

analisadas no todo, para atender às necessidades de cada empresa é essencial uma

divisão que oriente as várias formas de classificação favorecendo nas decisões e

resultados que atribuam para diminuir o risco de falta.

2.4.1 Identificação ou Especificação

Para Viana (2000, p.74) a definição de especificação é a “descrição das

características de um material, com a finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus

similares” ou seja:

• é a representação sucinta de um conjunto de requisitos a serem satisfeitos por um produto, um material ou um processo, indicado-se, sempre que for apropriado, o procedimento por meio do qual se possa determinar se os requisitos estabelecidos são atendidos;

• é a definição dos requisitos globais como mínimos, que devem obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e segurança deles;

• é o tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para aceitação e/ ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados etc.

O mesmo autor (2000, p.74) ainda afirma que uma das inúmeras vantagens é a

eliminação de dúvidas que porventura se apresentem na identificação de um material,

nunca podendo ser confundidas com um ou mais similares.

Page 34: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

34

Na mesma linha Gonçalves (2004, p.258) aborda que é a identificação, que da

fundamentação na análise e no registro dos principais dados que caracterizam e

individualizam cada item de material em particular.

Convém enfatizar que a identificação do cadastro que significa o registro do item

com todas as sua características em um sistema em banco de dados. Uma vez que os

dados de cada item do material são registrados no sistema, o catálogo vai se formando

e, se o sistema for acessado por todos os usuários, o catálogo da mesma forma vai

esta disponível para consulta pelos interessados. Desse modo as três operações

básicas são: a inclusão de um item de material no cadastro de materiais; eventuais

modificações quando algum item de material tem alguma características alterada; e a

exclusão, quando um item de material não haver mais nos materiais utilizados na

empresa assim conclui GONÇALVES (2004, p. 260).

2.4.2 Codificação

Codificar um item é criar uma identidade para que este seja únicos, distintos,

facilitando assim sua identificação e localização no estoque.

Gonçalves (2004, p. 259) sustenta que a codificação baseia-se em atribuir uma

série de números ou letras e números para cada material, onde esse conjunto numérico

ou alfanumérico possa representar, por meio de um único símbolo, as características de

cada material em particular.

Existem três sistemas de codificação de materiais utilizados com maior

freqüência (GONÇALVES, 2004)

• Sistema alfabético: constituído unicamente por um conjunto de letras, em sua maioria estruturada de forma mnemônica mediante associação das letras que permite identificar cada material.

• Sistema alfanumérico: è um método de codificação que mescla números e letras para representar cada material esse sistema de codificação é muito utilizado na industria de auto peças, por exemplo.

• Sistema numérico: consiste em atribuir uma composição lógica de números para identificar cada material. Este sistema de codificação teve origem na classificação Decimal Universal, criada

Page 35: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

35

por Melwille Louis Komoth Dewey, que foi aplicada originalmente na organização de bibliotecas.

Viana (2000, p.94) destaca que a codificação alicerça-se embase técnicas, a

partir de um estudo dos materiais da empresa, e tem por objetivos propiciar aos

envolvidos a solicitação de materiais por seu código, em lugar do nome habitual, e

possibilitar a fazer uso de sistemas automatizados de controle, ter como finalidade:

• Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a

materiais e compras; • Evitar a duplicidade de itens no estoque; • Permitir a padronização de materiais; • Facilitar o controle contábil dos estoques;

Para Dias (1995, p.177), codificação representa todas informações necessárias

suficientes e desejadas por meio de números e/ letras com base em toda classificação

adquirida nos materiais.

O autor (1995, p.177) ainda aborda que os sistemas de codificação

habitualmente usados são: o alfabético, alfanumérico e numérico, também chamado

decimal, Porém:

No sistema alfabético o material é codificado segundo uma letra, sendo utilizado um conjunto de letras suficientes para preencher toda a identificação do material; pelo seu limite em termos de qualidade de itens e uma difícil memorização, este sistema esta caindo em desuso.

Pozo (2007, p.198), destaca que “na codificação dos materiais e bens, poderemos

usar dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”.

O mesmo autor (2007, p. 199) observa que o sistema numérico também é

chamado decimal, é o melhor e mais utilizado método de codificar os materiais e bens

patrimoniais, em razão de sua simplicidade e de sua infinita possibilidade de

informações.

Na mesma linha, Viana (2000) enfatiza que, “da combinação codificação e

especificação obtém-se o catálogo de materiais da empresa”, desse modo, Os planos

de codificação dividem os materiais em grupos e classes, ou seja:

a. grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99;

Page 36: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

36

b. classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando-os de 01 a 99; c. número identificador: qualquer que seja o sistema, há necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para numeração correspondente de identificação; d. dígito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa.

O sistema de codificação selecionado deve possuir as seguintes características

(VIANA, 2000):

a. expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção de novos itens e para a ampliação de determinada classificação; b. preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada material; c. conciso: o sistema deve possuir o número possível de dígitos para definição dos códigos; d. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de fácil aplicação; e. simples: o sistema deve ser de fácil utilização:

Para Martins e Alt (2000, p. 220), codificação nas gestões das maiorias das

empresas geralmente recebe o nome de controle do ativo fixo imobilizado. “Sua função

é registrar, controlar e codificar os bens considerados como imobilizados e, portanto,

passíveis de depreciação”.

Os autores ainda (2000) concluem que na codificação do bem imobilizado da

mesma forma existem diversos critérios que podem ser utilizados, sendo os

estruturados os mais indicados, como mostra a figura 3.

Page 37: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

37

Figura 3: Modelo.

Fonte: Martins e Alt (2000, p. 221).

Em outra perspectiva para Gonçalves (2004, p. 260/261) a codificação de

materiais com a implantação do código de barras que significa novas tecnologias que

permite o reconhecimento ótico de caracteres, assim, substituindo à digitação de código

dos itens, ou seja, cada código ou operação realizada envolve a digitação de vários

números, o que demandava uma grande quantidade de pessoas para realizar esse

trabalho e também grande possibilidade de cometer erros de digitação. Isto é: “O

código de barras veio revolucionar e simplificar as operações. Entre as vantagens da

sua utilização podemos citar”:

• Fácil utilização. • Grande capacidade de captura dos dados via reconhecimento ótico

das barras. • Baixo custo operacional. • Implantação relativamente simples. • Uso de equipamentos compactos nas leituras dos dados.

2.4.3 Classificação ABC de Materiais

Viana (2000, p. 64) menciona que Vilfredo Pareto, economista, sociólogo e

engenheiro, ao realizar um estudo sobre a distribuição de renda, observou que a

distribuição da riqueza estava dividida em proporções diferentes para as diversas

classes sociais. Sendo assim, esta técnica poderia ser utilizada em outras áreas para

organização e classificação de materiais.

Desse modo, o mesmo autor (2000, p. 64) aborda que com a necessidade, o

princípio de Pareto foi sendo adaptado ao universo dos materiais, particularmente a

administração de estoques, com a denominação e classificação ABC, que é uma

ferramenta que auxilia a gestão do controle de estoque.

Na mesma linha, Arnold (1999, p. 284) afirma que o princípio ABC considera que

a observação de um número reduzido de itens pode ser insuficiente para controlar

qualquer situação.

O autor ainda (1999, p. 284) em relação à administração de estoque, nota-se

uma ligação entre porcentagem de itens e valor monetários empregados anualmente.

Page 38: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

38

Sendo que 20% dos itens em estoque correspondem a 80% do valor monetário, 30%

dos itens a 15% e 50% dos itens, somente 5% valor do valor do estoque gasto durante

o ano.

Na área administrativa, a curva ABC tem grande aplicação com casos que

necessitam de decisões urgentes e que envolvem grandes volumes de dados. A curva

ABC pode ser aplicada em distintas áreas, entretanto, a primeira empresa a utilizar na

organização de estoque foi a General Electric, através de F. Dixie. A partir desta data,

tem sido uma ferramenta muito utilizada pela sua facilidade, eficácia e principalmente

pelo baixo custo de implantação (POZO, 2007, p. 92).

A análise ABC é uma das formas mais usuais de se examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo, do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoques, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância (MARTINS e ALT, 2000, p. 162).

Essa forma de classificação vem sendo utilizada na gestão de estoques para

determinar as políticas de vendas, programação da distribuição e planejamento para

uma série de problemas, como localização do produto, reposição do estoque e outros

materiais. Pois essa classificação possibilita obter condições e mostrar o tratamento

adequado dos itens, verificando dessa forma a essencial quantia no estoque.

Na mesma linha Dias (1995), afirma que, “após os itens terem sido ordenados

pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes

maneiras”:

• Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração.

• Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.

• Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração.

Desse modo, Dias (1995, p. 85) aborda que obtendo a ordem dos itens e sua

classificação ABC, ainda que definindo a utilização das técnicas de gestão

administrativa de acordo com a importância dos itens, a curva ABC é utilizada na

administração de estoques para determinar a política de vendas, estabelecer

Page 39: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

39

prioridades de programação da produção e outros eventuais problemas que podem

surgir na empresa.

O mesmo autor (1995, p. 87) ainda destaca que os diferentes esquemas

utilizados nas construções da curva ABC podem ser resumidos sob a forma de um

diagrama de bloco, conforme se vê na tabela 1. Esta apresentação pretende facilitar a

preparação da curva ABC, ao mesmo tempo que todos os aspectos sejam devidamente

considerados.

Page 40: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

40

QUADRO. Modelo para a confecção da curva ABC.

Quadro 1: Modelo para a confecção da curva ABC.

Fonte: Dias (1995, p.87).

De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 402), o sistema ABC pode

ordenar a prioridade do estoque observando vários aspectos. Alguns itens podem ser

classificados por sua grande utilização dentro de um processo produtivo, de modo que,

se faltassem, muitos clientes ficariam desapontados. Outros pelo seu alto custo, pois

um estoque inerte significa um capital desvalorizando. Entretanto, devemos ressaltar a

demanda de mercado, assim podemos nos prevenir da falta de oferta do produto.

Quanto maior o valor dos itens em estoques, maior deverá ser o cuidado, enquanto que

os itens menos expressivos não precisam de muita atenção. Concluímos que a

importância do material em estoque não é apenas pelo seu custo, mas também pelo

prejuízo que ele poderá provocar.

Arnold (1999, p. 283) observa que a maior parte das organizações, para manter

seus estoques, tem que ter o custo razoável e com controle, classificando os itens de

acordo com sua importância.

Necessidade da Curva ABC

Discussão Preliminar 1 Definição dos Objetivos

Verificação das Técnicas para Análise

Tratamento de Dados 2 Cálculo Manual, Mecanizado ou Eletrônico

Obtenção da Classificação: Classe A

Classe B e Classe C sobre a Ordenação Efetuada 3 Tabelas Explicativas e Traçado do Gráfico ABC

4 Análise e Conclusões

5 Providências e Decisões

Page 41: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

41

De forma mais abrangente a metodologia de cálculo da curva ABC, é essencial

aplicar de acordo com o nível de prioridade que venha apresentar dentro do processo.

Conforme a curva ABC, as tarefas devem ser separadas em três níveis distintos,

ressaltando a sua importância (VIANA, 2000, p. 64).

Em outra perspectiva Bertaglia (2003, p. 336) revela que “algumas organizações

classificam-nos em quatro categorias, adicionando a classe D.” Mas referindo-se a

grande maioria das empresas utiliza o conceito ABC também conhecido como o

principio de administração por exceção.

Martins e Alt (2000, p.164) demonstram “pela curva ABC, 20% dos itens (classe

A) representam 60% dos gastos, 26,67% dos itens (classe B) correspondem a 25% dos

gastos, e 53,33% dos itens (classe C) resultam em apenas 15% dos gastos”. A curva

ABC é uma das formas mais simples de visualizar a evolução dos estoques. Seus itens

são classificados em ordem decrescente de importância.

O gráfico a seguir, apresenta um exemplo de curva ABC.

Figura 4: Gráfico da curva ABC.

Fonte: Viana (2000, p. 79).

Page 42: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

42

Gonçalves (2004, p. 82) aborda que, o principal objetivo da análise ABC é

identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles praticar uma administração

bem mais apurada exclusivamente porque representam altos valores de investimentos

e seu controle mais apurado vai permitir grandes reduções nos custos do estoque.

Pela constatação de que uma pequena parcela dos itens em estoque abrange a maioria dos recursos investidos, devemos dar atenção especial a estes itens, executando um controle mais rígido, que apesar de mais caro recai sobre a quantidade pequena de itens. Esta atenção especial deve abranger a determinação exata dos custos envolvidos no sistema de armazenagem e reposição, uma atualização constante dos dados, inventários periódicos para conciliação dos registros, apuros nos modelos de determinação de demanda e dos estoques de segurança, etc. De outro modo na classe C, como temos muitos itens de pouca significação, não é vantajosa a aplicação de um controle acurado, pois o custo do controle não compensa o beneficio das economias obtidas. Desta forma, procura-se controlar estes itens de maneira mais simples possível, por exemplo, empregando um sistema ponto pedido para reposição, estoque de segurança aproximado, baixa freqüência de atualização dos dados etc. Na calasse B, usamos um meio termo entre os controles dos itens A e C, assim enfatiza TUBINO ( 2000, p. 109).

Nesse sentido o autor ( 2000, p. 109) ainda põe em ordem a classificação ABC

por demanda valorizada:

• Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-

se o valor da demanda pelo custo unitário do item.

• Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de

demanda valorizada.

• Calcula-se a demanda valorizada total dos itens.

• Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de

cada item em relação a demanda valorizada total, podendo-se

calcular também as percentagem acumuladas.

• Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as

classes A, B e C (ou quantas quisermos).

Page 43: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

43

Pode-se observar nas tabelas a seguir um exemplo de Tubino (2000, p. 110),

uma relação de 10 itens contendo o consumo por ano e o custo por unidade, o custo

total de cada item, o valor do consumo e o grau (ordem de importância)

Tabela 1: Dados do exemplo

Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 Demanda Atual 9.000 4.625 1.075 15.000 59.500 16.000 10.000 4.250 13.500 1.000 Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17

Fonte: Tubino (2000, p. 110).

Os itens ordenados seguindo os dados da tabela 2 estão apresentados na

próxima tabela, conforme Tubino (2000, p. 110), assim podemos notar que os dois

primeiros itens X5 e X8 significam 60% do volume financeiro movimentado pelos itens,

dessa forma, individualmente movimentam acima de 20%, em breve serão escolhido

para classe A; já os itens X1, X3 E X6 significam 31,1% do volume financeiro

movimentado e estão individualmente na faixa de 10% cada, em breve serão

considerados itens intermediários da classe B; os restantes correspondem a 50% do

total de itens significam apenas 9,9% do valor financeiro total, e serão considerados

como itens da casse C.

Tabela 2: Cálculo das bases do exemplo

Tabela

Ordem Item Demanda Valorizada

% Individual

Demanda Valorizada Acumulada

% Acomulado

Classe

1 X5 297.500 35,0 297.500 35,0 A 2 X8 212.500 25,0 510.000 60,0 A 3 X1 90.000 10,6 600.000 70,6 B 4 X3 86.000 10,1 686.000 80,7 B 5 X6 80.000 9,4 766.000 90,1 B 6 X7 20.000 2,4 786.000 92,5 C 7 X2 18.500 2,1 804.000 94,6 C 8 X10 17.000 2,0 821.500 96,6 C 9 X4 15.000 1,8 836.500 98,4 C 10 X9 13.500 1,6 850.000 100,0 C

Fonte: Tubino (2000, p. 110).

Page 44: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

44

Na mesma linha Bertaglia (2003, p. 337,338) conclui que na classificação AB ou

C, a ação de organizar os itens devem ser de forma decrescente de valor, assim, os

analistas de materiais geralmente atribuem cerca de 20% dos itens à classe A, 30% à

classe B e 50% à classe C.

Após o cálculo dos itens podemos observa a classificação ABC:

Figura 5: Gráfico do exemplo da curva ABC.

Fonte: Tubino (2000, p. 111).

2.5 ARMAZENAMENTO

Viana (2000, p. 278) aborda que no armazenamento, a melhor forma de guardar

é aquela que maximiza o espaço disponíveis nas três dimensões: comprimento, largura

e altura da armazenagem e para conservação exige conhecimentos gerais sobre

comprimento de cada material, seu peso, tipos, formas físicas.

A armazenagem compreende seis fases,

• 1ª fase verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem.

• 2ª fase identificação dos materiais. • 3ª fase guarda na localização adequada. • 4ª fase informação da localização física de guarda ao controle • 5ª fase de verificação periódica das condições de proteção e

armazenamento. • 6ª fase separação para distribuição.

Page 45: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

45

O mesmo autor ainda (2000) conclui que, “as instalações do armazém devem

proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a

expedição”. Dessa forma, algumas precações devem haver como:

• determinação do local, em recinto coberto ou não; • definição adequada do layout; • definição de uma política de preservação, como embalagens

plenamente convenientes aos materiais; • ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; • segurança patrimonial, contra furtos, incêndios etc.

Ao se otimizar a armazenagem obtém-se:

• máxima utilização do espaço (ocupação do espaço); • efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra e

equipamentos); • pronto acesso a todos os itens (seletividade). • máxima proteção aos itens estocados; • boa organização; • satisfação nas necessidades dos clientes.

Para Gonçalves (2004, p. 251) convém enfatizar que há uma estreita ligação

entre equipamentos de movimentação e os de armazenamento de materiais, porém, os

equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro de um planejamento

global que envolve os grupos de materiais, suas formas de acondicionamento

embalagem e fluxo geral dos materiais armazenados.

Portanto, a concretização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem

depende muito da existência de um bom layout, que determina, tipicamente, o grau de

acesso ao material, os modelos de fluxos de material, os locais de áreas interrompidas,

a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém VIANA (2000, p.

309).

Desse modo Dias (1995) afirma que, “os problemas e as características de um

sistema de almoxarifado estão relacionados com a natureza do material movimentado e

armazenado”.

Assim o mesmo autor (1995) aborda que, a eficácia de um sistema para

estocagem de cargas e o capital essencial depende da escolha adequada do sistema.

Page 46: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

46

Não existe para isso, uma fórmula pré-definida: o sistema de almoxarifado deve ser

adaptado às condições especificas da armazenagem e da organização.

É certo que só um estudo cauteloso e detalhado poderá indicar o tipo apropriado

para cada caso. Mas podemos compreender que a boa armazenagem dos materiais ou

produtos propicia um maior aproveitamento do local.

Page 47: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

47

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Nesta parte do projeto serão destacadas as etapas para a realização de controle

de estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu.

Cervo e Bervian (1996, p. 21) mencionam que o método científico quer

reconhecer os fatos, encontrar hipóteses e idéias. O método não se inventa, depende

de pesquisa. Para chegar ao resultado esperado é necessário colher informações

durante o processo. Somente a inteligência e a reflexão identificam o que os fatos

realmente são.

O estágio foi realizado em uma empresa metalúrgica, localizada em Biguaçu,

cujo nome fantasia é Fundição Biguaçu e a razão social é Valter Paulo de Miranda ME.

A empresa está situada na Rua: Manuel Justino Simas, nº 294, Bairro Fundos, Biguaçu.

O estudo compreende o período de agosto de 2008 a junho de 2009.

A empresa estudada é composta por uma população de 10 funcionários. A

primeira etapa deste trabalho foi à realização de entrevista aberta com proprietário

Valter Paulo de Miranda, devido ao seu conhecimento na área de metalurgia, e por ser

responsável pelo controle de compras de materiais, estocagem, fornecedores além do

seu conhecimento da demanda dos produtos existentes no mercado ao qual a empresa

está inserida e por possuir informações relacionadas aos clientes. A fim, de levantar

todas as informações necessárias no desenvolvimento do trabalho.

Os dados primários também foram coletados através da utilização da técnica

de observação, a fim de cadastrar todos os produtos disponíveis na metalúrgica em

uma ficha de identificação de material. Foram coletados os dados secundários através

da pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.

Nesse sentido, Oliveira (2001, p. 119) afirma que, o objetivo da pesquisa

bibliográfica é conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizam

sobre determinado assunto ou fenômeno.

Cervo e Bervian (1996, p. 50) sustentam que a pesquisa documental é a

investigação dos documentos a fim de poder descrever e comparar usos e costumes,

tendências, diferenças e outras características que estudam a realidade presente e não

o passado.

Page 48: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

48

Todas as informações obtidas durante o levantamento de dados serviram para

propor uma análise e padronização do controle de estoque.

Convém enfatizar que não podemos separar os estudos qualitativos e

quantitativos ou entre ponto de vista estatístico e não estatístico, pela razão de que não

existe importância com relação à precisão das medidas, uma vez que o que é medido

continua a ser uma qualidade, OLIVEIRA (2001, p. 116).

Foi feita uma análise de todos os dados que serviram de base para o

diagnóstico completo englobando a catalogação, codificação dos itens permitindo a

identificação e classificação ABC.

Assim utilizou-se “o estudo descritivo que possibilita o desenvolvimento de um

nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas e fenômenos, sua

ordenação e classificação” OLIVEIRA (2001, p. 114).

A partir deste levantamento foi realizada uma proposição de um plano para a

solução de problemas existentes no desenvolvimento do trabalho realizado dentro do

estoque da empresa Metalúrgica.

Neste caso o objetivo final é uma maior flexibilidade no controle de estoque da

empresa e não burocratizá-lo, conforme destaca ROESCH (1996, p. 68).

Page 49: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

49

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA

A empresa em estudo denomina-se Metalúrgica Biguaçu (Fundição Biguaçu

nome fantasia) e a razão social é Valter Paulo de Miranda ME. Fundada em maio de

1990 na Rua: Acácio Reitz, Bairro: Jardim São Nicolau, Biguaçu, onde permaneceu até

meados de 1996 e posteriormente mudou-se para a Rua: Manuel Justino Simas, nº

294, Bairro Fundos, do mesmo município onde permanece localizada até a presente

data.

No início a Fundição Biguaçu chamava-se de fundição V.P.M. começou fazendo

peças para roçadeira, acoplador, cinzeiros, panelas, formas de alumínio, aplique de

móveis antigos. Depois começou a receber pedidos da empresa Xexéu, peças de

motores marítimos como hélices, flanges, ancoras, forquetas de bronze e carretel de

alumínio para guinchos de grandes embarcações.

A Fundição V.P.M. contava com apenas dois funcionários que era Sr. Valter e o

seu sócio, na época as peças marítimas eram os principais produtos da empresa. Mas

com o aumento das vendas de peças marítimas a empresa Xexéu montou sua própria

Fundição e não comprou mais da fundição V.P.M., mais outros clientes como Olsen,

Metalúrgica Domonik e Forma nova móveis conseguiram manter a empresa. Depois

surgiu então a Macedo Koerich S/A que trabalhava com abate de frango e duas vezes

por ano faziam pedidos de peças que utilizavam na manutenção de suas máquinas, foi

o maior cliente durante 16 anos. Mas como as encomendas da Macedo ocupavam

somente dois meses por ano a produção da Fundição V.P.M. a empresa sentiu a

necessidade de partir para a fabricação de novos produtos. Dessa forma a empresa

começou a confeccionar uma linha de produtos para jazigos como: manuscritos, letras,

cruzes, moldura em latão cromados, além de outros. Estes são os principais produtos

da Metalúrgica Biguaçu até a data atual.

Entre os principais concorrentes da Metalúrgica Biguaçu estão a Fundição de

metal Neto (Lages), Fundição Silva (Timbó) e Metalúrgica Carvalho (Porto Alegre). Para

Page 50: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

50

concorrer com estas empresas a Metalúrgica Biguaçu precisa crescer para aumentar

sua produção e assim reduzir os preços de seus produtos mantendo a qualidade.

A Metalúrgica Biguaçu procurar absorver boas idéias de empresas bem

sucedidas para que sirva de exemplo e esperança e com um diferencial que seja

aproveitada nas gerações futuras. Com isso a empresa pretende fabricar produtos de

qualidade, entregando os pedidos dentro dos prazos pré-estabelecidos, aumentando

seu capital, gerando empregos e satisfazendo seus clientes.

Figura 6: Metalúrgica Biguaçu.

Fonte: Dados Primários.

4.1.1 Organograma da Empresa

O organograma possibilita que seja visualizada a estrutura hierárquica da

organização, tendo a gerência à função de cuidar dos procedimentos administrativos,

supervisão do setor de produção e do setor comercial.

A estrutura organizacional, conforme organograma a seguir, compreende.

Page 51: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

51

Figura 7– Organograma da empresa Metalúrgica Biguaçu.

Fonte: Empresa.

O organograma da empresa demonstra que a empresa comanda os outros

setores, inclusive os estoques, mas não aparece no organograma, pois não existe um

departamento específico para este setor. A área administrativa e comercial são

compostas por dois empregados com auxilio do diretor executivo são responsáveis pelo

departamento pessoal, atendimento ao cliente, pedidos de produção e compras de

suprimentos. O setor de produção atualmente dispõe de oito empregados, na qual

estão distribuídas em diversas funções, entre elas, a fundição, modelagem, retífica,

polimento e outras.

4.1.2 Atividades Desenvolvidas

A Metalúrgica Biguaçu é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de

fundição na qual é especializada na confecção de peças e acessórios para cemitério

como: manuscritos, porta-retratos, crucifixos, e outros. Porém sob encomenda ela

produz peças de decoração, nomes para edifícios e assinaturas.

Entre as principais ligas de metal utilizadas para a produção está o alumínio,

bronze, cobre e zinco. Além do mais a maioria das peças recebe um banho de cromo,

que é feito por empresas terceirizadas.

Page 52: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

52

Atualmente, conta com 10 (dez) colaboradores em seu quadro funcional, os

quais estão separados por setor administrativo, produção e comercial.

Os principais clientes da Metalúrgica Biguaçu são às marmorarias, motivo pelo

qual elas estão diretamente ligadas à confecção de jazigos.

A metalúrgica Biguaçu atende clientes em toda região sul do Brasil, mais o seu

principal foco está direcionado para região da grande Florianópolis e Vale do Itajaí.

Figura 8 – Área principal de atuação da Metalúrgica Biguaçu.

Fonte: /www.sul-sc.com.br.

4.1.3 Processo de Produção

Atualmente o processo de produção da empresa Metalúrgica Biguaçu é iniciado

após encomendas realizadas.

A empresa Metalúrgica Biguaçu é especializada na produção de artefatos e

letras fundidas em metal, alumínio e bronze. Desse modo, são utilizadas para

modelagem das peças, caixas de madeira de vários tamanhos, areia especial licopódio

de sódio (talco) e molduras. Logo após vem o processo de fundição, onde o metal é

Page 53: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

53

aquecido em um forno até alcançar o ponto de fundição. Terminado a fundição vem o

processo de acabamento das peças onde são retirados as rebarbas e o seu canal, são

limadas e posteriormente polidas. A última parte do processo de produção é a

cromagem. Esta parte é executada por empresas terceirizadas, pois a Metalúrgica

Biguaçu não disponibiliza desse processo.

Figura 9 - Processo de produção da Metalúrgica Biguaçu.

Fonte: Dados Primários.

Page 54: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

54

4.1.4 Principais Clientes

Pela principal atividade da empresa está voltado para produção de artefatos para

cemitério, seu principal cliente são marmorarias, entre elas podemos citar:

• Cestari Artefatos de Mármores Ltda Brusque SC.

• Marmoraria J.C Ltda Brusque SC.

• Marmoraria Darós Ltda Nova Trento SC.

• Marmoraria Santa Rosa São João Batista SC.

• Marmoraria Moser Ltda Itajaí SC.

• Artes fotográficas -AFA Apucarana PR.

• Marmoraria Granicar Ltda Me Laurentino SC.

• R S Mármores e Granitos Ltda Lontras SC.

• Marmoraria Pedro Scharf Atalanta SC.

• Marmoraria Porto Belo Porto Belo SC.

• Entre outros.

4.1.5 Principais Fornecedores

Os fornecedores da Metalúrgica Biguaçu são responsáveis pelo abastecimento

de ferramentas e matéria prima para o processo de produção, entre as principais estão:

• Dominik Metalúrgica Ltda.

• AP Oxigênio Comercial Ltda Me.

• Acre Continental Comércio de Abrasivos Ltda.

• Ferramentas Gerais.

• Smell Abrasivos.

• Irmãos Galliaz.

• Representações AlKamar Ltda.

• Comércio de sucatas carvalho

Page 55: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

55

• Entre outros.

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque

Atualmente a empresa Metalúrgica Biguaçu dispõe de um estoque

desorganizado, onde o controle é feito pelos próprios empregados. Desse modo, o

estoque fica com um controle obsoleto, pois não existe uma pessoa responsável pela

organização. Quanto à necessidade de acrescentar produtos ao estoque, é feita através

de um controle visual ou conforme o fluxo de encomendas recebido pela empresa.

A Metalúrgica Biguaçu em determinados períodos do ano tem sua venda

aumentada em até três vezes à média mensal. Pelo motivo de a empresa não possuir

um estoque que possa atender esses períodos, acaba gerando gastos desnecessários,

como pagamento de horas extras de funcionários e perda de clientes.

Dessa forma, a empresa Metalúrgica Biguaçu tem a necessidade de implantar

um novo sistema de controle de estoque, para futuramente atender seus clientes a

pronta entrega.

4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais

Os produtos da Metalúrgica Biguaçu não possuem códigos adequados para cada

grupo, cada produto cadastrado no sistema gera um código na seqüência existente

sendo que desta maneira os produtos ficam todos misturados. Sendo que grande parte

de produtos por ela confeccionada, ferramentas, material de consumo e as matérias-

primas não disponibilizam de códigos.

Não há um funcionário responsável pela classificação dos produtos estocados, o

que gera perda tempo na localização de alguns produtos.

Os clientes identificam os produtos com auxílio de um catálogo fornecido pela

empresa. Este catálogo apresenta a relação dos produtos mais vendidos com a

descrição e seu respectivo código,conforme anexo A.

Page 56: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

56

4.2.3 Classificação ABC

Durante a pesquisa no estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu, observou-se à

falta de uma classificação ABC de materiais.

A falta de uma classificação ABC representa perdas com ralação ao

aproveitamento dos recursos financeiros destinados ao estoque, pois a manutenção de

um estoque de maneira errada representa uma má liquidez e acumulo de recursos

parados.

Quanto à classificação ABC, ela é feita de forma visual, sendo acionada apenas

quando a falta do produto é percebida, ou seja, não existe uma classificação

fundamentada em informações proveniente do comportamento dos produtos.

Os produtos que representam um maior nível de investimento para empresa não

são realmente conhecidos e nunca sofreram um estudo mais aprofundado.

4.2.4 Armazenagem

Na pesquisa efetuada observou-se que a empresa Metalúrgica Biguaçu não

possui um sistema de armazenamento totalmente funcional, onde a falta de um layout

bem estruturado e a codificação dos materiais provocam problemas com relação à

armazenagem e localização dos produtos estocados.

Pelo motivo das peças produzidas e comercializadas pela empresa Metalúrgica

Biguaçu serem de pequeno porte, utilizam-se caixas plásticas para armazenagem dos

produtos.

As ferramentas de uso contínuo são estocadas em um ambiente restrito com

auxílio de prateleiras.

Para fundição das peças na maioria das vezes a empresa utiliza matéria prima

reciclada como alumínio, cobre, zinco e bronze. Estes materiais por ocuparem um

grande volume, são armazenados em compartimentos localizado no piso da

metalúrgica.

Page 57: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

57

5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO

Neste capitulo foram apresentadas propostas visando resolver os problemas

existentes encontrados durante a pesquisa realizada no setor de estoque da empresa

Metalúrgica Biguaçu.

Atualmente com a concorrência no mercado, cabem as empresas estabelecerem

estratégias organizacionais para diferenciarem das demais.

Uma empresa moderna tem que estar preparada para todas as situações seja

ela, oportunidades, concorrências ou crises no setor que ela atua.

Para uma empresa crescer é fundamental que haja planejamentos e que

estabeleça metas. Através do planejamento é que podemos traçar o melhor caminho

para crescer de uma forma organizada, pois somente as empresas que se prepararem

sobreviverão.

5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE

Em uma empresa, para que ela não perca oportunidade de negócio, tem que

estar preparada. Este é o motivo pelo qual sugiro uma reformulação no controle de

estoque da empresa Metalúrgica Biguaçu. Na qual proponho alguns sistemas como:

codificação, classificação ABC e controle dos níveis de estoque, assim, estabelecendo

a melhor forma de controle de estoque, visando à obtenção de níveis adequados.

Inicialmente foram relacionados todos materiais que existem na empresa, em

seguida propus a separação em grupos para uma posterior codificação.

Quanto à classificação foi sugerido a utilização da técnica ABC, que dividirá os

materiais em três classes distintas conforme a sua importância. Classe A, este grupo

representa os materiais de maior valor e menor número, que requer um gerenciamento

com especial atenção. Classe B, representa o grupo de situação intermediária entre as

classes A e B. Classe C, este grupo é representado pelo maior número de itens e

menor valor de consumo, sendo assim itens de menos importância.

O controle dos níveis de estoque poderá ser gerenciado com auxílio de um

software, (à ser criado), conforme figura 10, criado para atender as necessidades da

Page 58: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

58

Metalúrgica Biguaçu. Trabalhando assim, com níveis confiáveis utilizando o sistema de

máximo e mínimo.

O novo modelo de gestão de estoque permitirá a administração e a captação de

um maior número de informações dos produtos estocados. Estas informações

contribuem para o planejamento dos processos que fazem parte da empresa.

Este controle permitira que a empresa tenha informações necessárias para sua

demanda, evitando atrasos na produção, podendo assim, oferecer aos clientes

produtos à pronta-entrega.

Figura 10 – Programa de controle de estoque.

Fonte: Polyvan.

Page 59: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

59

5.2 Classificação e Codificação dos Materiais

Através da nova classificação de materiais, propus realizar um levantamento dos

produtos do estoque, onde deve separá-los de acordo com suas características,

facilitando a identificação e gerando um plano de codificação.

A codificação dos produtos foi baseada no sistema numérico, onde os itens

receberam seis dígitos, sendo que os dois primeiros representaram o grupo de

materiais, na seqüência a classe e os dois últimos o código de identificação, podendo

variar de 01 a 99, de acordo com o anexo B.

Com a nova codificação a metalúrgica Biguaçu terá organização e agilidade, pois

os produtos receberam juntamente com seu código, suas características que ajudaram

a organizá-lo com outros produtos do mesmo grupo.

Os materiais foram classificados em três grupos:

01 – Materiais produzido pela empresa

02 – Matéria prima e ferramentas utilizadas na produção

03 – Material de consumo

Os itens devem ser divididos em 55 classes, entre elas cito algumas:

01- Letra solta 4 cm

02- Letra solta 3 cm

03- Letra manuscrita 2 cm

04- Letra manuscrita 3 cm

05- Letra no filete 3 cm

06- Pino botão

07- Moldura

08- Anjo

09- Cruz de filete s/ cristo

10- Cruz de filete c/ cristo.

Page 60: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

60

Dessa forma, seguindo o critério conforme as figuras 11 e tabela 4 facilitou a

identificação e o armazenamento do produto.

Figura 11 - Exemplo utilizado p/ codificação.

Fonte: Dados Primários.

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.10.01 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 30 cm

01.10.02 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 40 cm

01.10.03 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 15 cm 50 cm

01.10.04 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 18 cm 50 cm

01.10.05 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 60 cm Quadro 2 – Exemplo da tabela de classificação e codificação dos itens.

Fonte: Dados Primários.

5.3 Classificação ABC de Materiais

O sistema sugerido para classificar os materiais em estoque na Metalúrgica

Biguaçu é a classificação A, B e C, desse modo, podemos determinar em ordem

decrescente de importância de cada item relacionado.

A classificação tem o objetivo de melhorar o aproveitamento dos recursos

financeiros disponíveis, nesse sentido, eliminando gastos desnecessários com materiais

de custo elevados e pouca movimentação.

Page 61: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

61

Com dados levantados junto à empresa Metalúrgica Biguaçu, foram analisados

os itens durante o período de um ano. Dessa forma, foi constatada a rotatividade dos

produtos em estoque e assim chegar ao valor agregado a cada item. Com estas

informações foi possível confeccionar a curva ABC.

Analisando graficamente, de acordo com a figura 12, foi avaliado um total de 237

itens conforme anexo B. Sendo que 26 deles foram classificados como classe A, 46

classe B e 165 como classe C.

ITENS CLASSIFICADOS

CLASSE B

4619,41%

CLASSE A

2610,97%

CLASSE C

16569,62%

Figura 12 – Gráfico da classificação dos itens em estoque.

Fonte: Dados Primários

Com este sistema de classificação os itens de maior valor agregado foram

tratados com uma maior representatividade junto à gestão de estoque, conforme figura

13. Estes materiais correspondem a 62,96% do investimento financeiro e 10,97% dos

itens catalogados, neste sentido, foram classificados como classe A. Ex: metal limpo,

placa com palma três nomes, cruz de filete com cristo 30cm.

Quanto aos materiais que tem uma representatividade intermediária dentro do

processo de classificação foram considerados de classe B. Estes materiais ocupam por

volta de 22,52% do valor empregado no estoque e correspondem a 19,41% dos itens

Page 62: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

62

relacionados. Ex: cruz lisa com cristo 15cm, moldura 3x18cm, placa pergaminho

20x10cm.

Os itens de menor importância foram classificados como classe C. Estes

materiais correspondem ao menor investimento que é de 14,52% e maior número de

itens classificados, em um total de 69,62%. Ex: argola boca de sino, letra solta, anjo.

CLASSE CR$ 9.672,00

14,52%

CLASSE BR$ 14.994,50

22,52%CLASSE AR$ 41.930,00

62,96%

INVESTIMENTO EM ESTOQUE

Figura 13 – Gráfico da classificação do investimento em estoque.

Fonte: Dados Primários.

Com a utilização do sistema de classificação A, B e C, a organização terá

informações comportamentais que dará mais eficiência quanto ao investimento

direcionado à manutenção do estoque. Evitando assim, acúmulos desnecessários e

falta excessiva de material em estoque.

Page 63: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

63

Figura 14 – Curva ABC.

Fonte: Dados primários.

5.4 Estabelecer os Níveis do Estoque

Um ponto importante dentro da administração de estoque é determinar seu nível

adequado, pois somente desta forma é possível evitarem faltas ou excessos de

produtos dentro da organização. Como a Metalurgia Biguaçu trabalha com produtos de

demanda irregular, foi importante analisar cada item separadamente determinando

assim um nível adequado. A proposta para estabelecer os níveis de estoque é a

utilização do sistema de máximos e mínimos ou ponto de pedido como também é

chamado. Pois estes sistemas determinam a quantidade segura para cada item do

estoque.

Para obtenção do nível adequado é necessário que haja conhecimento do

consumo exato do produto durante um período predeterminado. Analisando a

expressão a seguir leva-se em consideração que a venda mensal de cruz de filete com

cristo 30 centímetros, classificado como item de classe A, é de 50 peças, onde se

mantém um estoque máximo de 100 peças e mínimo de 20. O tempo de reposição é de

2 semanas, dessa forma, conclui-se que o ponto de pedido é 45 peças. Assim, estima-

se que durante o tempo de reposição do estoque a empresa venderá 25 peças, desse

Page 64: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

64

modo, terá tempo suficiente para repor a quantidade de peças antes que atinja o

estoque mínimo, como mostra a figura 15.

PP = C x TR + E.Mn,

Onde: PP = Ponto de Pedido

C = Consumo médio Mensal (50 peças)

TR = Tempo de Reposição (14 dias)

E.Mn= Estoque Mínimo (20 peças)

PP = 50 x 14 + 20 = 43,33

30

Desse modo, podendo arredondar o ponto de pedido para 45 peças.

Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido

Figura 15 – Exemplo Nível de estoque.

Fonte: Dados primários. Quanto à reposição de estoque, sugeriu-se a utilização sistema de revisão

periódica. Desse modo, após a obtenção dos níveis adequados deve ser feito à revisão

do estoque com uma periodicidade quinzenal. Assim é possível chegar a um equilíbrio

dos custos de reposição e estoque adquirido.

Page 65: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

65

5.5 Armazenagem

A proposta para armazenagem do material da empresa Metalúrgica Biguaçu é a

criação de um layout que tende a melhorar a utilização do espaço físico disponível.

Devido a grande quantidade de itens e a maioria deles ter porte médio ou pequeno,

torna-se fundamental a utilização de um layout adequado.

A sugestão para armazenamento dos itens de pequeno porte seria a confecção

de prateleiras com compartimentos que seja possível separá-los de acordo com suas

classes, conforme figura 16. Desse modo, cada item terá uma placa de identificação

com seu respectivo código. O item quando cadastrado terá seu endereço de

armazenagem, assim, ficará fácil e rápida a localização.

Figura 16 – Prateleiras com gavetas.

Fonte: Dados Primários.

Os itens de porte médio ficarão armazenados em prateleiras abertas, seguindo a

mesma ordem de identificação.

Page 66: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

66

Quanto aos itens de grande porte, que se resumem principalmente aos materiais

utilizados como matéria prima para produção, será necessário confeccionar

compartimentos para armazenagem de grandes volumes. Estes compartimentos seriam

armazenados próximo do forno de fundição no piso térreo, dessa forma, tratando-se de

materiais pesados e de grande volume facilitará o manuseio.

A localização do espaço físico disponível para implantação do almoxarifado fica

no piso superior do prédio da empresa. Dessa forma, o layout proposto segue o

exemplo da figura 17.

Figura 17 – Layout do almoxarifado.

Fonte: Dados Primários.

Page 67: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

67

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como principal objetivo apontar os gargalos existentes dentro

da organização. Desse modo, sugerir melhorias baseada em técnicas de gestão de

estoque para atender da melhor forma seus clientes.

Com base nos estudos realizados junto à empresa Metalúrgica Biguaçu,

constatou-se a necessidade de aprimorar a identificação, classificação e codificação

dos itens, que dizem respeito a seu estoque. Nesse sentido, determinar os níveis

adequados de acordo com a demanda da empresa. Conseqüentemente verificou-se a

necessidade de melhorar seu processo de armazenagem, fazendo-se indispensável à

reformulação de seu layout.

A analise aprofundada do estoque serviu para avaliar a importância de cada

item. Assim evitar gastos desnecessários com produtos que ficam inertes, atraso de

produção, atrasos das encomendas e perda de clientes.

As ferramentas utilizadas nesta pesquisa atendem o objetivo de mostrar o quanto

é importante à gestão de estoque dentro de uma empresa. As oportunidades aparecem

para as empresas que estão preparadas. Dessa forma, podendo tratar administração

de estoque como investimento e não como gastos, transformando prejuízos em

oportunidade.

A implantação das ferramentas de controle de estoque na empresa somente será

possível com a utilização das propostas citadas neste trabalho e com a participação de

todos os colaboradores da empresa, sobre tudo o gestor.

Page 68: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

68

REFERÊNCIAS

ARÁUJO, Jorge Sequeira. Administração de Materiais. 5.ed. São Paulo, 1980. ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. CERVO, Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração de Materiais. São Paulo: Makron, McGraw-hill, 1991. CHING, Hong Yuh. Gestão de estoque na cadeia de logística integrada – supply chain. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. Obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. OLIVEIRA, Silvo Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio do Curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Adminiistração da Prdução: Tradução Maria Teresa Corrêa de Oliveira, Fábio Alher. 2.ed. 7. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007.

Page 69: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

69

TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas, 2000. VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.

Page 70: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

70

ANEXO A-(ARTIGOS EM METAIS PARA CEMITÉRIO).

Page 71: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

71

ANEXO B. MATERIAL PRODUZIDO PELA METALÚRGICA

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.01.01 LETRA SOLTA A 4 cm 01.01.02 LETRA SOLTA B 4 cm 01.01.03 LETRA SOLTA C 4 cm 01.01.04 LETRA SOLTA D 4 cm 01.01.05 LETRA SOLTA E 4 cm 01.01.06 LETRA SOLTA F 4 cm 01.01.07 LETRA SOLTA G 4 cm 01.01.08 LETRA SOLTA H 4 cm 01.01.09 LETRA SOLTA I 4 cm 01.01.10 LETRA SOLTA J 4 cm 01.01.11 LETRA SOLTA K 4 cm 01.01.12 LETRA SOLTA L 4 cm 01.01.13 LETRA SOLTA M 4 cm 01.01.14 LETRA SOLTA N 4 cm 01.01.15 LETRA SOLTA O 4 cm 01.01.16 LETRA SOLTA P 4 cm 01.01.17 LETRA SOLTA Q 4 cm 01.01.18 LETRA SOLTA R 4 cm 01.01.19 LETRA SOLTA S 4 cm 01.01.20 LETRA SOLTA T 4 cm 01.01.21 LETRA SOLTA U 4 cm 01.01.22 LETRA SOLTA V 4 cm 01.01.23 LETRA SOLTA W 4 cm 01.01.24 LETRA SOLTA X 4 cm 01.01.25 LETRA SOLTA Y 4 cm 01.01.26 LETRA SOLTA Z 4 cm 01.01.27 LETRA SOLTA 0 4 cm 01.01.28 LETRA SOLTA 1 4 cm 01.01.29 LETRA SOLTA 2 4 cm 01.01.30 LETRA SOLTA 3 4 cm 01.01.31 LETRA SOLTA 4 4 cm 01.01.32 LETRA SOLTA 5 4 cm 01.01.33 LETRA SOLTA 6 4 cm 01.01.34 LETRA SOLTA 7 4 cm 01.01.35 LETRA SOLTA 8 4 cm 01.01.36 LETRA SOLTA 9 4 cm 01.01.37 LETRA SOLTA / 4 cm 01.01.38 LETRA SOLTA * 4 cm 01.01.39 LETRA SOLTA † 4 cm

Page 72: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

72

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.02.01 LETRA SOLTA A 3 cm 01.02.02 LETRA SOLTA B 3 cm 01.02.03 LETRA SOLTA C 3 cm 01.02.04 LETRA SOLTA D 3 cm 01.02.05 LETRA SOLTA E 3 cm 01.02.06 LETRA SOLTA F 3 cm 01.02.07 LETRA SOLTA G 3 cm 01.02.08 LETRA SOLTA H 3 cm 01.02.09 LETRA SOLTA I 3 cm 01.02.10 LETRA SOLTA J 3 cm 01.02.11 LETRA SOLTA K 3 cm 01.02.12 LETRA SOLTA L 3 cm 01.02.13 LETRA SOLTA M 3 cm 01.02.14 LETRA SOLTA N 3 cm 01.02.15 LETRA SOLTA O 3 cm 01.02.16 LETRA SOLTA P 3 cm 01.02.17 LETRA SOLTA Q 3 cm 01.02.18 LETRA SOLTA R 3 cm 01.02.19 LETRA SOLTA S 3 cm 01.02.20 LETRA SOLTA T 3 cm 01.02.21 LETRA SOLTA U 3 cm 01.02.22 LETRA SOLTA V 3 cm 01.02.23 LETRA SOLTA W 3 cm 01.02.24 LETRA SOLTA X 3 cm 01.02.25 LETRA SOLTA Y 3 cm 01.02.26 LETRA SOLTA Z 3 cm 01.02.27 LETRA SOLTA 0 3 cm 01.02.28 LETRA SOLTA 1 3 cm 01.02.29 LETRA SOLTA 2 3 cm 01.02.30 LETRA SOLTA 3 3 cm 01.02.31 LETRA SOLTA 4 3 cm 01.02.32 LETRA SOLTA 5 3 cm 01.02.33 LETRA SOLTA 6 3 cm 01.02.34 LETRA SOLTA 7 3 cm 01.02.35 LETRA SOLTA 8 3 cm 01.02.36 LETRA SOLTA 9 3 cm 01.02.37 LETRA SOLTA / 3 cm 01.01.38 LETRA SOLTA * 3 cm 01.01.39 LETRA SOLTA † 3 cm

01.03.01 LETRA MANUSCRITA Todas 2 cm 01.04.01 LETRA MANUSCRITA Todas 3 cm

01.05.01 LETRA NO FILETE Todas 3 cm 01.05.02 LETRA NO FILETE Todas 4 cm

Page 73: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

73

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.06.01 PINO BOTÃO SIMPLES 01.06.02 PINO BOTÃO SEXTAVADO 01.07.01 MOLDURA 6 x 8 cm 01.07.02 MOLDURA 7 x 9 cm 01.07.03 MOLDURA 8 x 10 cm

01.07.04 MOLDURA 9 x 12 cm

01.07.05 MOLDURA 11 x 14 cm

01.07.06 MOLDURA 13 x 18 cm

01.08.01 ANJO 9 x 5 cm

01.08.02 ANJO 13 x 6 cm

01.08.03 ANJO 20 x 12 cm

01.09.01 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 30 cm

01.09.02 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 40 cm

01.09.03 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 50 cm

01.09.04 CRUZ DE FILETE S/ CRISTO 60 cm

01.10.01 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 30 cm

01.10.02 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 40 cm

01.10.03 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 15 cm 50 cm

01.10.04 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 18 cm 50 cm

01.10.05 CRUZ DE FILETE C/ CRISTO 60 cm

01.11.01 CRUZ LISA COM CRISTO 15 cm

01.11.02 CRUZ LISA COM CRISTO 25 cm

01.11.03 CRUZ LISA COM CRISTO 30 cm

01.11.04 CRUZ LISA COM CRISTO 35 cm

01.12.01 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 20 cm

01.12.02 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 25 cm

01.12.03 CRUZ TRABALHADA C/ CRISTO 37 cm

01.13.01 CORPO DE CRISTO 15 cm

01.13.02 CORPO DE CRISTO 18 cm

01.13.03 CORPO DE CRISTO 25 cm

01.13.04 CORPO DE CRISTO 30 cm

01.13.05 CORPO DE CRISTO 40 cm

01.14.01 LETRA P/ EDIFÍCIO ≤ 15 cm

01.15.01 SAGRADO CORAÇÃO

Page 74: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

74

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 01.16.01 ROSTO DE CRISTO 23 cm 01.17.01 PLACA 25 x 8 cm 01.17.02 PLACA 25 x 12 cm 01.17.03 PLACA 28 x 10 cm 01.17.04 PLACA 29 x 14 cm 01.17.05 PLACA 30 x 27 cm 01.17.06 PLACA 32 x 20 cm 01.17.07 PLACA 32 x 26 cm

01.18.01 PLACA C/ MOLDURA (6 x 8) 27 x 9 cm 01.18.02 PLACA C/ MOLDURA (7 x 9) 32 x 12 cm 01.18.03 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 32 x 12 cm 01.18.04 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 32 x 12 cm 01.18.05 PLACA C/ MOLDURA (7 x 9) 30 x 14 cm 01.18.06 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 30 x 14 cm 01.18.07 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 32 x 18 cm 01.18.08 PlACA C/ MOLDURA (9 x 12) 37 x 32 cm 01.18.09 PLACA C/ MOLDURA (8 x 10) 40 x 28 cm 01.18.10 PLACA C/ MOLDURA (9 x 12) 40 x 28 cm

01.19.01 PLACA C/ PALMA UM NOME 24 x 13 cm 01.19.02 PLACA C/ PALMA DOIS NOMES 35 x 18 cm 01.19.03 PLACA C/ PALMA TRÊS NOMES 39 x 24 cm

01.20.01 PLACA P/ UM NOME 30 x 12 cm 01.20.02 PLACA P/ DOIS NOMES 32 x 19 cm

01.21.01 PLACA PERGAMINHO 20 x 10 cm 01.21.02 PLACA PERGAMINHO 27 x 12 cm 01.21.03 PLACA PERGAMINHO 40 x 18 cm 01.21.04 PLACA PERGAMINHO 40 x 23 cm 01.21.05 PLACA PERGAMINHO CRUZ PALMA 28 x 20 cm

01.22.01 ARGOLA BOCA DE SINO 01.22.02 ARGOLA REDONDA 01.22.03 ARGOLA SIMPLES

01.23.01 BÍBLIA 30 x 20 cm 01.23.02 BÍBLIA 30 x 26 cm

01.24.01 ASSINATURA Até 40 cm

01.25.01 VASO LÍRIO

Page 75: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

75

MATÉRIA PRIMA E FERRAMENTAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 02.01.01 METAL LIMPO KG 02.01.02 METAL SUJO KG 02.01.03 BRONZE KG 02.01.04 ALUMÍNIO KG 02.01.05 FIO DE COBRE ROLO KG

02.02.01 GAS GLP BOTIJÃO 02.02.02 ÓLEO DIESEL LT 02.02.03 GASOLINA LT

02.03.01 DISCO POLICORTE 30 cm 02.03.02 DISCO FELTRO 20 cm 02.03.03 DISCO CIZAL 20 cm 02.03.04 DISCO PANO 20 cm

02.04.01 LIXA GRÃO 80 FOLHA 02.04.02 LIXA GRÃO 400 FOLHA

02.05.01 LIMA CHATA 02.05.02 LIMA RETANGULAR

02.06.01 ESCOVA DE AÇO ROTATIVA 02.06.02 ESCOVA DE AÇO MANUAL

02.07.01 PONTA DE RETÍFICA 02.07.02 PEDRA DE RETÍFICA ROSA

02.08.01 BROCA AÇO RÁPIDO 2,5 mm² 02.08.02 BROCA AÇO RÁPIDO 3,0 mm² 02.08.03 BROCA AÇO RÁPIDO 3,5 mm² 02.08.04 BROCA AÇO RÁPIDO 4,0 mm² 02.08.05 BROCA AÇO RÁPIDO 4,5 mm² 02.08.06 BROCA AÇO RÁPIDO 5,0 mm² 02.08.07 BROCA AÇO RÁPIDO 6,0 mm² 02.08.08 BROCA AÇO RÁPIDO 7,0 mm² 02.08.09 BROCA AÇO RÁPIDO 8,0 mm² 02.08.10 BROCA AÇO RÁPIDO 9,0 mm² 02.08.11 BROCA AÇO RÁPIDO 10,0 mm² 02.09.01 MASSA AZUL BRILHO POTE 02.09.02 MASSA MARROM POLIMENTO POTE

02.10.01 CEBO BRANCO KG

Page 76: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

76

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 02.11.01 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM PEQUENA 02.11.02 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM MÉDIA 02.11.03 CAIXA DE PAPELÃO EMBALAGEM GRANDE

02.12.01 PINCEL 3/4 POLEGADA 02.12.02 PINCEL 1 POLEGADA 02.12.03 PINCEL 1/2 POLEGADA 02.12.04 PINCEL 2 POLEGADA

02.13.01 ARREBITE 2,5 mm² 02.13.02 ARREBITE 3,0 mm²

02.14.01 LUVA RASPA GRANDE 02.14.02 LUVA RASPA MÉDIA 02.14.03 LUVA BORRACHA GRANDE 02.14.04 LUVA BORRACHA MÉDIA

02.15.01 MÁSCARA PROTEÇÃO GÁSES ÚNICO 02.15.02 MÁSCARA PROTEÇÃO RESÍDUOS ÚNICO

02.16.01 ÓCULOS PROTEÇÃO ÚNICO

02.17.01 AVENTAL PROTEÇÃO ÚNICO

02.18.01 PROTETOR AURÍCULAR CONCHA 02.18.02 PROTETOR AURÍCULAR PLUG

Page 77: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

77

MATERIAL DE CONSUMO

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 03.01.01 FITA ADESIVA BRANCA 5 cm 03.01.02 FITA ADESIVA INCOLOR 1,5 cm 03.01.03 FITA ADESIVA INCOLOR 5 cm

03.02.01 BLOCO PEDIDO 03.02.02 BLOCO ORÇAMENTO 03.02.03 BLOCO DE NOTA FISCAL 4 VIAS 03.02.04 BLOCO DE NOTA FISCAL 3 VIAS

03.03.01 PAPEL A4 BLOCO 03.03.02 PAPEL FAX ROLO 03.03.03 PAPEL HIGIÊNICO ROLO 03.03.04 PAPEL TOALHA PACOTE

03.04.01 TINTA P/ IMPRESSORA PRETA CARTUCHO 03.04.02 TINTA P/ IMPRESSORA COLORIDA CARTUCHO

03.05.01 CADERNO PAUTADO GRANDE

03.06.01 PASTA ARQUIVO UNID.

03.07.01 CARTÃO DE VISITA UNID.

03.08.01 FOLDER

03.09.01 CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL 03.09.02 CANETA ESFEROGRÁFICA PRETA 03.09.03 CANETA ESFEROGRÁFICA VERMELHA

03.10.01 CLIPS CAIXA 03.10.02 GRAMPO P/ GRAMPEADOR CAIXA 03.10.03 COLA BRANCA UNID.

03.11.01 SACO DE LIXO 15 LT 03.11.02 SACO DE LIXO 30 LT 03.11.03 SACO DE LIXO 50 LT

03.12.01 FILTRO P/ CAFÉ 03.12.02 PÓ DE CAFÉ 03.12.03 AÇUCAR 03.12.04 MARGARINA 03.12.05 COPO DESCARTÁVEL 150 ml 03.12.06 COPO DESCARTÁVEL 50 ml

Page 78: PROJETO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Deise Regis de Miranda Kons.pdf · classificação e níveis de estoque que possam evitar gastos desnecessários

78

CÓDIGO DESCRIÇÃO TIPO TAMANHO 03.13.01 SABONETE UNID. 03.13.02 PASTA CRISTAL POTE 03.13.03 DESINFETANTE UNID.