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  • 8/19/2019 Projeto de Amplificador Seguidor de Emissor

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    Relatório III - Amplificador Seguidor de Emissor

    Felipe Novaes, Raphael Napoli e Fernando GuilhermeTurma de quarta-feira.

    12 de Fevereiro de 2016

    Universidade Federal do Rio de JaneiroDEE - Departamento de Engenharia ElétricaLaboratório de Eletrônica I - 2015/02Professor: Bruno França

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    Sumário

    1 Introdução 3

    2 Projeto 3

    2.1 Cálculo de  I C , RE , V B  e  V E    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

    2.2 Cálculo de  R1, R2  e  β min   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    2.3 Cálculo de  C i  e  C 2   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

    3 Simulação 8

    3.1 Correção de  RE    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    3.2 Variação de  V 1  e  V 2   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    3.3 Variação de  C i  e  C 2   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    4 Execução 15

    5 Conclusão 17

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    Os valores de seus componentes devem ser projetados de modo que seu comportamento

    satisfaça os seguintes critérios de projeto:

    •   f smin  = 100Hz ;

    •  Amplitude de sinal na carga  >  4, 5V   de pico;

    •  Ganho de tensão  V L/V S  > 0.85

    •   RS  = RL = 1kΩ

    2.1 Cálculo de  I C ,  RE ,  V B   e  V E 

    Iniciando com a análise DC, aplica-se KVL na malha coletor-emissor, obtendo:

    V CE  = V CC  − I C RE 

    Como na reta de carga o ponto quiescente é definido pela tensão  V CE , para que tenhamos

    uma amplitude maior que 5V   (adicionou-se 0.5V além do critério para obter uma margemde segurança), é preciso que  V CE  seja maior que 5V , para que o sinal possa excursionar sem

    atingir o corte ou a saturação. Tem-se, portanto:

    V CC  − RC I C  > 5 ⇒ I C  < 15 − 5

    RE ⇒ I C  <

      10

    RE A   (1)

    Por outro lado, vê-se que a componente alternada de tensão na carga é dada por:

    V l  =  I cRE RL

    RE  + RL> 5V 

    Tem-se, portanto, para  RL = 1kΩ, a seguinte inequação para  I C :

    I C  > 5(RE  + RL)

    RE RL⇒ I C  >

      5

    RE + 10−3A   (2)

    Tem-se, então, duas expressões para  I c. A Figura 2 a seguir ilustra esta situação. A região

    hachurada entre as retas é a região em que ambas restrições são satisfeitas simultaneamente.

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    Deste modo, é preciso estabelecer uma corrente maior que a corrente do ponto de encontro

    das retas, denominada  I C min, e a partir dela encontrar os posśıveis valores de  RE . Nota-se

    que quanto maior o valor de corrente escolhido, maior o alcance de valores posśıveis para

    RE . Entretanto, deve-se levar em conta que o transistor a ser escolhido deverá suportar a

    corrente escolhida.

    Figura 2: Região para os posśıveis valores de  I C   e  RE .

    Igualando as expressões 1 e 2, podemos encontrar  RE  referente ao ponto de encontro das

    retas:10

    RE =

      5

    RE + 10−3 ⇒

    1

    RE =

     10−3

    5  ⇒ RE  = 5kΩ

    Para determinar  I C min, basta substituir  RE  na equação 1 ou 2, o que leva a:

    I C min = 2mA

    Escolhendo I C  = 10mA, tem-se  RE max  = 1000Ω e REmin = 550Ω.

    Escolhendo, então,  RE  = 750Ω, estabelecem-se os pontos de operação:   V E   = 15 − 10 ×

    0.75 = 7.5V   e  V B  = V E  + 0.7 = 8.2V .

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    2.2 Cálculo de  R1,  R2   e  β min

    Para determinar o valores dos resistores de polarização, iremos relacionar a impedância

    de entrada   Z i   com o ganho esperado   Av, e os resistores de polarização com o   β min, para

    polarização independente de iB.

    Neste circuito, pode-se ver que a impedância de entrada  Z i   é dada por:

    Z i = (R1//R2)//[(re + RE //RL)(β  + 1)] (3)

    Onde re

     é a resistência de emissor, dada por re

     =

      V  T 

    I E =

      25

    10  = 2, 5Ω, supondo que o componenteesteja a uma temperatura de 25◦C .

    Desenhando o modelo de pequenos sinais, pode-se observar, por divisor de tensão, que o

    ganho  Av  pode ser aproximado por:   Av  ≈  Z i

    Rs+Z i. Novamente, adicionando uma margem de

    segurança ao projeto, estabeleceremos  Av  > 0.9V  

    V   . Portanto, como  RS  = 1kΩ, temos que:

    Z i >  9kΩ (4)

    Observando o circuito de polarização, vê-se que a resistência de Thévenin  RBB   associada

    à base do transistor é dada pelo paralelo de  R1  e  R2. Deste modo, escolhendo os resistores

    de modo que RBB  seja muito menor que a resistência (β  + 1)RE  de emissor vista pela base,

    pode-se garantir uma corrente de base suficientemente pequena, e uma corrente de emissor

    insenśıvel à variações de temperatura e de valores de  β [1]. O Estabelecendo a proporção de

    0.1 entre  RBB  e (β  + 1)RE , e usando o valor previamente calculado para  RE , tem-se:

    R1//R2  ≤ kβRE  ⇒ R1//R2  ≤ 75β    (5)

    Pode-se ainda encontrar uma relação entre os resistores de polarização e V B  supondo que

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    a corrente de base seja nula. Para tanto, basta, dado que a corrente de base é mı́nima, supor

    que a corrente que percorre   R1   é igual à que percorre   R2, e então, encontrar a tensão de

    Thévenin  V B, dada por  V B  =  V  CC R2

    R1+R2 . Usando o valor de  V B  calculado na subseção anterior,

    tem-se:V BR2

    = V CC  − V B

    R1⇒

    8.2

    R2=

     6.8

    R1⇒ R2  = 1.2R1   (6)

    Através das equações 3, 4, 5 e 6, pode-se encontrar os valores de R1, R2, e  β . Para determinar

    o valor de β , basta substituir a equação 5 na equação 3, observando que RE //RL+re  ≈ 430Ω,

    obtendo:

    Z i = 75β//[(430(β  + 1))] = 75β × (430β  + 430)

    505β  + 430  =

     3224− β 2 + 32250β 

    505β  + 430

    Pela equação 4, sabe-se que  Z i  >  9kΩ. Portanto:

    3224 − β 2 + 32250β 

    505β  + 430  > 9000 ⇒ 32240β 2 + 32550β > 4545000β  + 3870000

    Dividindo pelo coeficiente do termo de maior grau, passando para o lado esquerdo, e trans-formando a desigualdade numa igualdade, obtêm-se a seguinte equação de segundo grau:

    β 2 − 140β − 120 = 0 ⇒ β 1  = 140; β 2 = −0.5

    Portanto, ignorando o valor negativo, tem-se que o beta mı́nimo é dado por:   β min = 140.

    Substituindo a equação 6 em 5, obtêm-se:

    R1R2R1 + R2

    = 1.2R212.2R1

    = 0.6R1 = 75β  ⇒

    Substituindo o β min  calculado, chega-se a:

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    0.6R1 = 75 × 140 = 10500 ⇒ R1 = 10500

    0.6  = 17.5kΩ

    E, finalmente, pela equação 6:

    R2  = 1.2R1  = 21kΩ

    2.3 Cálculo de  C i   e  C 2

    Para dimensionar corretamente os capacitores, encontra-se a impedância de Thevénin dos

    terminais em que o capacitor é adicionado, e então, pela relação entre capacitância e im-

    pedância, quantifica-se uma capacitância tal que sua impedância seja a própria impedância

    de Thevénin. Deste modo, garante-se que a inserção do capacitor não altera a impedância

    vista naquele ponto. A impedância de Thévenin dos terminais de  C i   é dada por:   Z Thi   =

    Rs +  Z i  = 1000 + 9000 = 9kΩ. Já para  C 2, tem -se:   Z Th2   =  RL +  Z Out  = 1000 + RE   =

    1000 + 750 = 1.75kΩ. Portanto, as capacitâncias mı́nimas são dadas por:

    C i >  1

    2πf minZT hi=

      1

    2π100 × 10000 = 0.15µF 

    C 2  >  1

    2πf minZT h2=

      1

    2π100 × 1750 = 1µF 

    3 Simulação

    Uma vez calculados os valores de todos os componentes do circuito, utilizou-se o software

    MULTISIM 12.0 para efetuar a simulação.

    A Figura 3 a seguir mostra a forma de onda da tensão na carga.

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    Figura 3: Forma de onda da tensão na carga.

    Observa-se clara distorção no pico inferior da senóide. Para investigar o por quê disto,

    vê-se que o pico superior de tensão na carga corresponde ao pico de tensão inferior de  V CE ,

    e vice-versa. Portanto, se o pico superior da forma de onda de  V CE  deve estar saturado. A

    figura 4 mostra a tensão  V CE  e a corrente  I C , nos canais A e B, respectivamente.

    Figura 4: Forma de onda da tensão na carga.

    Está ńıtido que   I C   está distorcida em seu pico inferior, e portanto, atingindo o corte.Aumentando a resolução é possı́vel ver que  I C  realmente a zero. Portanto, a conclui-se que

    a polarização não foi eficaz, pois o ponto de operação está levando ao corte.

    A Figura 5 mostra a tensão  V BE .

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    Figura 5: Forma de onda da tensão  V BE .

    Observa-se oscilação entre 0.7V   e  −0.2V , o que confirma a operação em corte.

    3.1 Correção de  RE 

    Para sair da região de corte, é necessário diminuir a tensão V E , para que a junção BE não fique

    reversamente polarizada. Isto pode ser feito diminuindo o valor de  RE . Heuristicamente,

    observou-se um valor mı́nimo de  RE  = 500Ω para que o transistor não entrasse em corte.

    As figuras 6, 7, 8 ilustram as formas de onda da tens ão na carga, em   V CE    e em   V BE ,

    respectivamente.

    Figura 6: Forma de onda da tensão na carga, após correção de  RE .

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    Observa-se que a o pico de tensão atinge 4.7V , o que satisfaz os requisitos do projeto,

    porém, fica abaixo de 5.0V , valor para o qual foi realmente projeto. Isto mostra a importância

    de se garantir uma margem de segurança.

    Figura 7: Forma de onda de  V CE   e  I C , após correção de  RE .

    A ponta de prova de corrente do canal B do osciloscópio na Figura 7 acima está configurada

    em 1V /1mA, portanto, nota-se que  I C  atingiu um valor mı́nimo de 1.7mA, suficiente para

    que não entre em corte. Também nota-se a forma de onda senoidal de  V BE , oscilando entre

    3 e 13V . A Figura 8 a seguir mostra a tensão  V BE 

    .

    Figura 8: Forma de onda de  V BE , após correção de RE .

    Conforme esperado, nota-se que  V BE   não atinge mais valores negativos, como anterior-

    mente, e que oscila entre 0.6 e 0.7V , o que caracteriza uma boa polarização.

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    A fim de investigar o valor mı́nimo posśıvel para  RE , seu valor foi diminúıdo até obter

    novamente a entrada do transistor em corte. Observou-se que a partir de 70Ω, o pico inferior

    da tensão na carga ficou distorcido, porém, desta vez, no limiar do valor de  RE  que indica

    ińıcio de corte, a junção  BE   não ficou reversamente polarizada, o que mostra que o corte

    se deu devido ao fato de que ao diminuir  RE , a tensão  V E  se aproxima de 0, e portanto, a

    tensão  V CE  se aproxima de  V CC , o que desloca o ponto de operação para a região de corte.

    Portanto, conclui-se que um valor alto de de  RE   leva ao corte devido à polarização reversa

    da junção  B E , e um valor baixo de  RE  leva ao corte devido ao aumento de  V CE .

    Esta simulação mostrou que mesmo tendo feito todas as contas com acurácia, uma si-

    mulação é sempre necessária, pois, como no presente caso, pode mostrar que o projeto não

    está se comportando como desejado.

    3.2 Variação de  V 1   e  V 2

    Para apurar o entendimento de como se dá a polarização de base através dos resistores  R1

    e  R2, seus valores serão variados de modo a alterar a região de operação.

    Inicialmente, o valor de R1 foi alterado para 500Ω. Ao diminuir drasticamente este resistor

    que se encontra entre base e emissor, ocorre uma aproximação entre a tensão de base  V B   e

    V CC , o que, por sua vez, promove uma menor queda na tens ão V CE , o que faz a reta de carga

    entrar na região de saturação. A Figura 9 a seguir mostra as formas de onda das tensões e

    correntes de interesse para esta análise. Os valores numéricos foram omitidos para permitir

    uma melhor visualização gráfica das grandezas sob a mesma abcissa temporal.

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    Figura 9: Formas de onda evidenciando saturação.

    Nota-se, conforme esperado, a presença de saturação no pico superior da tensão V L. Neste

    momento, a tensão V CE  se aproxima de zero, há deformação na forma de onda de  I C  devido

    à perda de linearidade. Como   V B   possui tensão próxima de   V CC    e   V E    está próximo de

    terra, a junção  BE  se mantém praticamente constante em 0.7V . Embora não mostrado na

    figura, a tensão  V BB  manteve-se em torno de  V CC   = 15V .   É interessante notar o aumento

    que ocorre em   I B   no instante após a saturação. De forma especulativa, os autores deste

    trabalho acreditam que isto possa ser explicado da seguinte forma: no momento da saturação,

    V CE   é aproximadamente zero. Após a saturação,  V CE  tende a crescer, porém,  V C   está fixo

    em   V CC , de modo que a única maneira de isto ocorrer é abaixando   V E . Como   V BB   está

    praticamente constante em   V CC , a tensão   V BE    aumenta, aumentando a corrente de base.

    Pode ser observado que durante o aumento de   I B, há ligeiro aumento de   V BE . Como a

    inclinação da curva   I B   x   V BE   é alta, este pequeno aumento em   V BE   produz considerável

    aumento em I B.

    Por outro lado, ao manter  R1  em seu valor previamente estabelecido, e diminuindo  R2,

    há, como no caso anterior, diminuição da resistência equivalente de base, porém, o efeito

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    esperado é outro. Desta vez, a tensão V BB  se aproxima de zero, pois R2 está aterrado. Deste

    modo, a polarização da junção BE   é afetada, possivelmente ficando reversamente polarizada

    no segundo semi-ciclo da fonte alternada. A figura 10 a seguir traz as formas de onda de

    tensão e correntes do circuito:

    Figura 10: Formas de onda evidenciando corte.

    Observa-se, conforme esperado, que no primeiro semi-ciclo,  V BE  > 0, e portanto, a junção

    BE  está diretamente polarizada, e o amplificador funciona normalmente, embora entregando

    baixo ganho à carga. No segundo semi-ciclo, a junção  BE  fica reversamente polarizada, o

    que anula I E  e I C . Neste momento,  V CE  possui seu valor máximo, como é de se esperar pela

    reta de carga de  I C   x V CE .

    Chega-se, portanto, numa conclusão interessante: para  V BB , aumentar  R1   é equivalente

    a abaixar  R2, e vice versa. Aumentar R1  ou abaixar  R2   aproxima  V BB   a  V CC , o que leva à

    saturação, por aproximar  V CE  de zero. Aumentar  R2  ou abaixar  R1   aproxima  V BB  de zero,o que leva ao corte, por aproximar  V BE  de zero.

    Por outro lado, elevar ou abaixar os dois resistores ocasiona efeitos diferente, embora,

    desde que mantida a mesma proporção de   R1   para   R2, o valor de   V BB   se mantenha o

    mesmo. Elevando bruscamente os dois resistores, obtém-se corte. Abaixando os dois resis-

    14

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    tores, obtêm-se região ativa para todo o ciclo, porém, o ganho de tensão fica comprometido,

    aumenta-se a corrente drenada da fonte, diminuindo a impedância de entrada, o que invia-

    biliza a utilização do amplificador como   voltage buffer .

    3.3 Variação de  C i   e  C 2

    Para testar a resposta em frequência, as capacitâncias foram diminúıdas abaixo do valor

    mı́nimo de projeto, e foi observada diminuição quase total no ganho de tensão, devido à

    perda de tensão nos capacitores. O mesmo efeito foi encontrado ao manter-se os valores

    projetados, porém diminuir-se a frequência para um valores abaixo de 100Hz , valor para

    acima do qual as capacitâncias foram projetadas.

    4 Execução

    Para executar o projeto, foi escolhido o transistor   BC 547B, pois é um componente que

    atende aos requisitos de   β   mı́nimo, suporta as correntes e tensões necessárias, é barato e

    amplamente comercializado. Utilizou-se um resistor  RE  de 390Ω, para obter coerência com a

    simulação, e todos os outros componentes de valores próximos aos teóricos. A fonte alternada

    foi ajustada em 5.5V , valor para o qual um ganho de tensão de 90% dá aproximadamente

    5.0V , requisito, com margem de segurança, do projeto. A montagem sucedeu-se conforme

    esperado, com valores de ganho, tensão, corrente e impedância bem próximos dos simulados.

    A tabela I a seguir reúne todas as medidas:

    15

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    Tabela 1: Valores téoricos, simulados e experimentais.

    Simulados Experimentais Teóricos

    V CE    8.1V 7.9V 7.5V

    V BE    0.71V 0.66V 0.7V

    I C    17.6mA 17mA 10mA

    I E    17.6mA 17mA 10mA

    V S PP    10.6V 11,0V 10.6V

    V LPP    9.36V 9.7V 9.54V

    V R2(AC) 3.55V 3.56V -

    V Rs(AC) 0.38V 0.36V -

    I BB   0.36mA 0.38mA -

    Z i   9.8kΩ 9.3kΩ 9kΩ

    Av   0.883V /V    0.881V /V    0.9V /V 

    Nota-se, desde já, pelos valores medidos de V CE  e V BE , que o transistor está operando na

    região ativa. Além disso, todas as correntes de coletor e emissor concordam com erro menorque 3% com os valores simulados. Há discrepância em relação aos valores teóricos devido à de

    alteração do valor de RE , conforme discutido na seção anterior. Os valores de tensão de pico

    a pico permitem calcular o ganho Av, que ficou satisfatoriamente próximo do valor simulado

    e teórico. Os valores de tensão RMS no resistor 2,  V R2, de tensão RMS no resistor da fonte,

    V Rs   foram tomados para efetuar o cálculo da corrente de malha da fonte CA  I BB , que foi

    calculada para encontrar a impedância de entrada. Estes valores não foram calculados na

    parte teórica pois a impedância de entrada teórica foi calculada de outra maneira. Segue-seo cálculo da impedância de entrada experimental e simulada:

    I BB  = V Rs

    Rs=

     0.38

    103  = 0.38mA

    16

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    A impedância de entrada medida é então dada por:

    Z i =  V R2I BB

    =  3.56

    0.38 × 10−3 ≈ 9.3kΩ

    Procede-se de maneira análoga para encontrar a impedância de entrada simulada, cujo valor

    consta na tabela I.

    Finalmente, variou-se a frequência até valores abaixo da frequência de canto para a qual

    os capacitores foram projetados, e observou-se a perda de ganho, devido ao surgimento da

    impedância capacitiva.

    A Figura 11 a seguir mostra as tensões de entrada e sáıda na tela do osciloscópio:

    Figura 11: Tensões de entrada e sáıda.

    5 Conclusão

    Neste projeto do Laboratório de Eletrônica I, um amplificador seguidor de emissor foi proje-

    tado, implementado e executado. Tratou-se de uma excelente ocasião para que os alunos se

    familiarizassem com a prática de projetar um circuito, desde o dimensionamento de seus com-

    ponentes, baseado na descrição matemática de seu comportamento, passando pela simulação,

    17

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    até a execução efetiva em bancada e tomada das grandezas para posterior análise. A etapa

    de simulação mostrou-se fundamental, pois mesmo após o sistemático tratamento teórico,

    ainda havia valores a serem ajustados. Após a simulação, o circuito foi executado com êxito,

    e seu comportamento e todas as grandezas medidas concordaram satisfatoriamente com os

    valores esperados.

    Referências

    [1] A. Sedra and K. Smith, ”Microelectronic Circuits: Third Edition”, Oxford University

    Press, 1991.

    18