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PROJETO CURSO MASTER PROJETO CURSO MASTER DE CONTABILIDADE DE CONTABILIDADE PÚBLICA PÚBLICA Profa.Dra.Cristina Helena Pinto Profa.Dra.Cristina Helena Pinto de Mello de Mello [email protected] [email protected] Estado e Planejamento Econômico no Brasil Estado e Planejamento Econômico no Brasil

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PROJETO CURSO MASTER PROJETO CURSO MASTER DE CONTABILIDADE DE CONTABILIDADE PÚBLICAPÚBLICA

Profa.Dra.Cristina Helena Pinto de Profa.Dra.Cristina Helena Pinto de MelloMello

[email protected]@estadao.com.br

Estado e Planejamento Econômico no BrasilEstado e Planejamento Econômico no Brasil

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Parte IParte I

Funções, do setor público Funções, do setor público (fiscalizadora, reguladora, (fiscalizadora, reguladora, produtora, redistributiva, e produtora, redistributiva, e estabilizadora); estabilizadora);

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Funções Econômicas Funções Econômicas do Estadodo Estado Estabilização econômicaEstabilização econômica- Controle da demanda agregada (C+I+G+X-M) no curto prazo a fim de estabilizar a renda e Controle da demanda agregada (C+I+G+X-M) no curto prazo a fim de estabilizar a renda e

o desemprego, ou evitar a inflaçãoo desemprego, ou evitar a inflação

- O pleno emprego (yO pleno emprego (yPEPE) e a estabilidade de preços não ocorre de forma automática! ) e a estabilidade de preços não ocorre de forma automática!

Promoção do crescimento econômicoPromoção do crescimento econômico- Estímulo ao investimento privado, ao desenvolvimento tecnológico, etcEstímulo ao investimento privado, ao desenvolvimento tecnológico, etc

- Promoção do desenvolvimento econômicoPromoção do desenvolvimento econômico- Reduzir disparidades interpessoais e inter-regionais, etcReduzir disparidades interpessoais e inter-regionais, etc

- Prestação de serviços públicosPrestação de serviços públicos- Educação, saúde, previdência, segurança e justiça para a comunidadeEducação, saúde, previdência, segurança e justiça para a comunidade

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Função de Função de EstabilizaçãoEstabilização

A política fiscal keynesiana é estabilizadora:A política fiscal keynesiana é estabilizadora:

- Política fiscal - Política fiscal expansionistaexpansionista (visando aumentar a (visando aumentar a

demanda agregada, quando há hiato deflacionário)demanda agregada, quando há hiato deflacionário)

G e/ou G e/ou TT

- Política fiscal - Política fiscal contracionistacontracionista (visando reduzir a (visando reduzir a

demanda agregada, combater o hiato inflacionário)demanda agregada, combater o hiato inflacionário)

G e/ou G e/ou TT

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Promoção do Promoção do CrescimentoCrescimento

A política monetária promove o crescimento:A política monetária promove o crescimento:

- Política monetária - Política monetária expansionistaexpansionista (visando a (visando a

redução dos juros e o estímulo à aplicação de redução dos juros e o estímulo à aplicação de

recursos monetários na aquisição de bens de recursos monetários na aquisição de bens de

capital e meios de produção)capital e meios de produção)

i e/ou i e/ou M M

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Promoção do Promoção do DesenvolvimentoDesenvolvimento Política tributária (visando a Política tributária (visando a

realocação de recursos);realocação de recursos);

T e/ou T e/ou Subsídios – nas regiões ou para Subsídios – nas regiões ou para

grupos de indivíduos que pretende desenvolver;grupos de indivíduos que pretende desenvolver;

T e/ou T e/ou Subsídios – nas regiões ou para Subsídios – nas regiões ou para

grupos de indivíduos que podem financiar o grupos de indivíduos que podem financiar o

desenvolvimento;desenvolvimento;

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Prestação de Serviços Prestação de Serviços PúblicosPúblicos Política de Gastos (visando a oferta de Política de Gastos (visando a oferta de

serviços);serviços);

G orçamentários nos programas de G orçamentários nos programas de Educação, saúde, Educação, saúde,

previdência, segurança e justiça para a comunidadeprevidência, segurança e justiça para a comunidade

Convênios e parcerias buscando ampliar a rede de Convênios e parcerias buscando ampliar a rede de

oferta de serviços públicos: Hospitais Filantrópicos oferta de serviços públicos: Hospitais Filantrópicos

(SUS), Convênios com Universidades e Escolas Públicas (SUS), Convênios com Universidades e Escolas Públicas

ofertando bolsas de estudo, etc...ofertando bolsas de estudo, etc...

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Parte IIParte II

Objetivos do setor público Objetivos do setor público (emprego estabilidade, (emprego estabilidade, crescimento e distribuição de crescimento e distribuição de renda); renda);

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CrescimentoCrescimento

0

2

4

6

8

10

12

1947

1949

1951

1953

1955

1957

1959

1961

1963

1965

1967

1969

1971

1973

1975

1977

1979

1981

1983

1985

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

PIB (preços 1980) encadeado - Anual - R$ valor real PIB (preços 1980) encadeado - Anual - R$ valor real - 1 pt + apos 80

PIB (preços 1980) encadeado - Anual - R$ valor real - 3,5 apos 80

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Emprego e Emprego e EstabilidadeEstabilidade

Taxa de Desemprego Aberto

0

2

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8

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14

16

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Distribuição de RendaDistribuição de Renda

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Medida da Medida da DesigualdadeDesigualdade Quaisquer análises somente serão Quaisquer análises somente serão

possíveis se tivermos medidas possíveis se tivermos medidas aceitáveis de desigualdade. Um aceitáveis de desigualdade. Um método muito utilizado é o cálculo do método muito utilizado é o cálculo do coeficiente de Gini. Obtemos este coeficiente de Gini. Obtemos este indicador utilizando a Curva de Lorenz. indicador utilizando a Curva de Lorenz. Sua fórmula é:Sua fórmula é:

Coeficiente de GiniCoeficiente de Gini =  =  Área entre a Curva de Lorenz e a Bissetriz (linha de Área entre a Curva de Lorenz e a Bissetriz (linha de

45°) 45°) Área Total sob a BissetrizÁrea Total sob a Bissetriz

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Lorenz CurveLorenz Curve% of National Income

Percentage of Population

Esta linha representa uma situação de distribuição igualitária da renda. Os dez por cento mais pobres ganham dez por cento da renda nacional, os 30 por cento mais pobres ganham 30% da renda nacional.

10%

10%

30%

30%

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Lorenz CurveLorenz Curve% of National Income

Percentage of Population

The Lorenz Curve will show the extent to which equality exists. The greater the gap between the line of equality and the curve the greater the degree of inequality.

30%

20%

In this example, the poorest 30% of the population earn 20% of the national income.

7%

Neste segundo exemplo, a Curva de Lorenz está abaixo da linha igualitária. Agora os 30 por cento mais pobres ganham apenas 7 por cento da renda nacional.

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Gini CoefficientGini Coefficient

% of National Income

Percentage of Population

A área total sob a linha de igualdade.

A área entre a Curva de Lorenz e a Linha da Igualdade.

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Brasil – Coeficiente de GiniBrasil – Coeficiente de Gini

Renda - desigualdade - coeficiente de Gini - Anual

0,55

0,56

0,57

0,58

0,59

0,6

0,61

0,62

0,63

0,64

Renda - desigualdade - coeficiente de Gini -Anual - IPEA - Disoc_RDCG

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ProblemasProblemas

Os dados são subestimados.Os dados são subestimados. Não estão incluídas as informações Não estão incluídas as informações

sobre rendas de juros, compra e sobre rendas de juros, compra e venda de ações ou dividendos.venda de ações ou dividendos.

Também não estão considerados os Também não estão considerados os rendimentos não monetários (caso rendimentos não monetários (caso das famílias mais pobres).das famílias mais pobres).

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Parte IIIParte III

Principais planos econômicos desde a Principais planos econômicos desde a década de 1940; instrumentos de década de 1940; instrumentos de política econômica (política fiscal, política econômica (política fiscal, política monetária, política cambial, política monetária, política cambial, comercial e política de rendas);comercial e política de rendas);

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PLANO DE METASPLANO DE METAS

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Plano de MetasPlano de Metas

Juscelino foi o primeiro político a formular Juscelino foi o primeiro político a formular estratégias de desenvolvimento para o país estratégias de desenvolvimento para o país antes de ser eleito. antes de ser eleito.

Seu governo caracterizou-se pelo integral Seu governo caracterizou-se pelo integral comprometimento do setor público com uma comprometimento do setor público com uma política de desenvolvimento.política de desenvolvimento.

Embora se dividisse em várias metas, o Embora se dividisse em várias metas, o plano tinha como alvo alguns poucos setores plano tinha como alvo alguns poucos setores da economia: energia, transporte, indústria da economia: energia, transporte, indústria (siderurgia, cimento, papel...), indústrias (siderurgia, cimento, papel...), indústrias produtoras de equipamentos produtoras de equipamentos (automobilística, naval e bens de capital) e a (automobilística, naval e bens de capital) e a construção de Brasília.  construção de Brasília.  

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Objetivos e resultadosObjetivos e resultados

emprego emprego estabilidadeestabilidade crescimento crescimento distribuição de rendadistribuição de renda

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ResultadosResultados

Pontos de estrangulamento: Aumentou Pontos de estrangulamento: Aumentou a produção de aço, petróleo, cimento e a produção de aço, petróleo, cimento e papel (veja quadro nesta página). papel (veja quadro nesta página).

No final dos anos JK, a presença do No final dos anos JK, a presença do estado na taxa de investimento fixo estado na taxa de investimento fixo havia saltado de 27,5% do PIB para havia saltado de 27,5% do PIB para 37,1%. 37,1%.

Mais de 400 multinacionais se Mais de 400 multinacionais se instalaram no Brasil. instalaram no Brasil.

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ResultadosResultados

Anos JK 1956 1961

Energia elétrica - MW 3.000 5.000 Produção de petróleo - barris/dia 6.800 75.500 Produção de carvão mineral - t 2.000.000 3.000.000 Produção siderúgica - t 1.000.000 2.000.000

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MeiosMeios

Como o Brasil não tinha poupança Como o Brasil não tinha poupança interna que sustentasse esses interna que sustentasse esses investimentos, o Plano de Metas foi investimentos, o Plano de Metas foi feito com inflação e endividamento feito com inflação e endividamento externo. externo.

Para atrair o capital externo, Juscelino Para atrair o capital externo, Juscelino concedeu estímulos à importação, concedeu estímulos à importação, reformou o sistema cambial e modificou reformou o sistema cambial e modificou a política de comércio exterior. Durante a política de comércio exterior. Durante o governo JK, entraram no país US$ 2 o governo JK, entraram no país US$ 2 bilhões em capitais estrangeiros. bilhões em capitais estrangeiros.

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ConseqüênciasConseqüências

A estabilidade monetária e o A estabilidade monetária e o controle da inflação foram controle da inflação foram colocados em segundo plano. Ao colocados em segundo plano. Ao fim de seu mandato, o Brasil fim de seu mandato, o Brasil convivia com uma inflação anual convivia com uma inflação anual de quase 40%. E a dívida externa de quase 40%. E a dívida externa tornou-se um problema crônico tornou-se um problema crônico do país. do país.

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PAEGPAEG

O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), elaborado na gestão do general Castelo Branco elaborado na gestão do general Castelo Branco (1964-1967), era voltado para as correções da (1964-1967), era voltado para as correções da política econômica. O PAEG reduziu a inflação política econômica. O PAEG reduziu a inflação de 91,8% ao ano, em 1964, para 22% ao ano, de 91,8% ao ano, em 1964, para 22% ao ano, em 1968, mas não conseguiu alcançar as metas em 1968, mas não conseguiu alcançar as metas de crescimento programadas. de crescimento programadas.

O PAEG também implementou um amplo O PAEG também implementou um amplo programa de reformas institucionais nos planos programa de reformas institucionais nos planos fiscal, monetário-financeiro, trabalhista, fiscal, monetário-financeiro, trabalhista, habitacional e de comércio exterior.habitacional e de comércio exterior.

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AçõesAções

Abriu-se a economia ao capital estrangeiro, Abriu-se a economia ao capital estrangeiro, instituiu-se a correção monetária, e instituiu-se a correção monetária, e estabeleceu-se o arrocho salarial para as estabeleceu-se o arrocho salarial para as classes menos favorecidas. Foi criado o Banco classes menos favorecidas. Foi criado o Banco Central e realizou reforma no sistema financeiro Central e realizou reforma no sistema financeiro nacional. nacional.

Em troca da estabilidade a que os trabalhadores Em troca da estabilidade a que os trabalhadores tinham direito (após dez anos, não podiam ser tinham direito (após dez anos, não podiam ser demitidos), foi implementado o FGTS (Fundo de demitidos), foi implementado o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Com o dinheiro Garantia por Tempo de Serviço). Com o dinheiro do Fundo, surgiu o BNH (Banco Nacional de do Fundo, surgiu o BNH (Banco Nacional de Habitação), que servia para financiar Habitação), que servia para financiar construções de residências. construções de residências.

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InflaçãoInflação

O diagnóstico sobre a inflação, que havia O diagnóstico sobre a inflação, que havia subido para 83,2% a.a. em 1963, centrava-se subido para 83,2% a.a. em 1963, centrava-se no excesso de demanda. Este era explicado no excesso de demanda. Este era explicado em função da tendência ao déficit público, da em função da tendência ao déficit público, da elevada propensão a consumir (decorrente da elevada propensão a consumir (decorrente da política salarial frouxa dos períodos anteriores política salarial frouxa dos períodos anteriores - os chamados “arroubos populistas”) e - os chamados “arroubos populistas”) e também da falta de controle sobre a expansão também da falta de controle sobre a expansão do crédito. Estas pressões inflacionárias do crédito. Estas pressões inflacionárias propagavam-se com a expansão monetária, propagavam-se com a expansão monetária, que era o veículo para sua perpetuação.   que era o veículo para sua perpetuação.  

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Metas do PAEGMetas do PAEG

Redução do déficit público mediante a redução dos Redução do déficit público mediante a redução dos gastos e da ampliação das receitas através da reforma gastos e da ampliação das receitas através da reforma tributária e do aumento das tarifas públicas (a chamada tributária e do aumento das tarifas públicas (a chamada inflação corretiva). Com isso, o déficit público reduziu-inflação corretiva). Com isso, o déficit público reduziu-se de 4,2% do PIB em 1963 para 1,1% em 1966;   se de 4,2% do PIB em 1963 para 1,1% em 1966;  

Restrição do crédito e aperto monetário. Houve Restrição do crédito e aperto monetário. Houve aumento das taxas de juros reais e conseqüentemente aumento das taxas de juros reais e conseqüentemente do passivo das empresas. Este fato levou a uma grande do passivo das empresas. Este fato levou a uma grande onda de falências, concordatas, fusões e incorporações, onda de falências, concordatas, fusões e incorporações, processo este que atingiu principalmente as pequenas processo este que atingiu principalmente as pequenas e médias empresas dos setores de vestuário, alimentos e médias empresas dos setores de vestuário, alimentos e construção civil. Esta “limpeza de terreno” e e construção civil. Esta “limpeza de terreno” e conseqüente geração de capacidade ociosa foi um conseqüente geração de capacidade ociosa foi um importante fator para a futura retomada do importante fator para a futura retomada do crescimento econômico; crescimento econômico;

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Política SalarialPolítica Salarial

Um elemento da política de contenção da Um elemento da política de contenção da demanda foi a política salarial, em que se demanda foi a política salarial, em que se supunha a existência de uma taxa de supunha a existência de uma taxa de desemprego relativamente baixa, o que levava desemprego relativamente baixa, o que levava a elevados salários reais e inflação crescente. a elevados salários reais e inflação crescente. Para romper esta dinâmica, o governo passou Para romper esta dinâmica, o governo passou a determinar os reajustes salariais, via política a determinar os reajustes salariais, via política salarial, objetivando romper as expectativas e salarial, objetivando romper as expectativas e conter as reivindicações. A fórmula de conter as reivindicações. A fórmula de reajustes decidida pela política salarial reajustes decidida pela política salarial (circular 10 de 1965) teve por conseqüência (circular 10 de 1965) teve por conseqüência uma grande redução do salário real. uma grande redução do salário real.

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ResultadosResultados

Com estas medidas, a inflação Com estas medidas, a inflação reduziu-se, entre os anos de 1964 reduziu-se, entre os anos de 1964 e 1967, da casa dos 90% a.a. e 1967, da casa dos 90% a.a. para os 20% a.a. Este resultado para os 20% a.a. Este resultado se deve em grande parte a uma se deve em grande parte a uma retração nas taxas de retração nas taxas de crescimento econômico. crescimento econômico.

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REFORMAS REFORMAS INSTITUCIONAIS DO PAEGINSTITUCIONAIS DO PAEG

    CORREÇÃO MONETÁRIA  CORREÇÃO MONETÁRIA  A inflação, conjugada à lei da usura (que impedia A inflação, conjugada à lei da usura (que impedia

juros nominais superiores a 12% a.a.), desestimulava juros nominais superiores a 12% a.a.), desestimulava a canalização de poupança para o sistema financeiro; a canalização de poupança para o sistema financeiro;

Desordem tributária, pois a ausência de correção Desordem tributária, pois a ausência de correção monetária, no caso dos débitos fiscais, estimulava o monetária, no caso dos débitos fiscais, estimulava o atraso de pagamentos e, no caso dos ativos e do atraso de pagamentos e, no caso dos ativos e do patrimônio das empresas, levava à tributação de patrimônio das empresas, levava à tributação de lucros ilusórios. lucros ilusórios.

As principais reformas instituídas pelo PAEG foram: a As principais reformas instituídas pelo PAEG foram: a reforma tributária, a reforma monetária e financeira e reforma tributária, a reforma monetária e financeira e a reforma do setor externo. Vejamos estas reformas a reforma do setor externo. Vejamos estas reformas mais detidamente. mais detidamente.

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PRINCIPAIS REFORMASPRINCIPAIS REFORMAS

A REFORMA TRIBUTÁRIA :A REFORMA TRIBUTÁRIA : Correção Monetária;Correção Monetária; Transformaram-se os impostos tipo Transformaram-se os impostos tipo

cascata (que incidem a cada cascata (que incidem a cada transação sobre o valor total), em transação sobre o valor total), em impostos tipo valor adicionado. impostos tipo valor adicionado. Criou-se o IPI (imposto sobre Criou-se o IPI (imposto sobre produtos industrializados), o ICM produtos industrializados), o ICM (imposto sobre circulação de (imposto sobre circulação de mercadorias) e o ISS (imposto sobre mercadorias) e o ISS (imposto sobre serviços).serviços).

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Política TributáriaPolítica Tributária

A redefinição do espaço tributário entre as diversas A redefinição do espaço tributário entre as diversas esferas do governo. A união ficou com o IPI, o Imposto esferas do governo. A união ficou com o IPI, o Imposto de Renda, os Impostos Únicos, os Impostos de de Renda, os Impostos Únicos, os Impostos de Comércio Exterior, o Imposto Territorial Rural (ITR). Os Comércio Exterior, o Imposto Territorial Rural (ITR). Os estados ficaram com o ICM e os municípios, com o ISS estados ficaram com o ICM e os municípios, com o ISS e o IPTU (imposto sobre propriedade territorial e o IPTU (imposto sobre propriedade territorial urbana). Além disso, foram criados os fundos de urbana). Além disso, foram criados os fundos de transferência inter-governamentais: o fundo de transferência inter-governamentais: o fundo de participação dos estados e dos municípios, que se participação dos estados e dos municípios, que se baseavam em parcelas de arrecadação do IPI, do IR e baseavam em parcelas de arrecadação do IPI, do IR e do ICMS. Os critérios de distribuição dos recursos do ICMS. Os critérios de distribuição dos recursos baseavam-se na área geográfica, na população e no baseavam-se na área geográfica, na população e no inverso da renda inverso da renda per capitaper capita, com vistas a favorecer , com vistas a favorecer estados mais pobres. Houve importante centralização estados mais pobres. Houve importante centralização das decisões sobre a legislação tributária, inclusive das decisões sobre a legislação tributária, inclusive definindo as alíquotas dos impostos das demais definindo as alíquotas dos impostos das demais esferas, procurando eliminar a “guerra fiscal”. esferas, procurando eliminar a “guerra fiscal”.

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REFORMA MONETÁRIAREFORMA MONETÁRIA

A instituição da correção monetária e A instituição da correção monetária e criação da ORTN (Obrigação criação da ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional). Reajustável do Tesouro Nacional).

A Lei n.º 4.595 - criação do CMN A Lei n.º 4.595 - criação do CMN (Conselho Monetário Nacional) e do (Conselho Monetário Nacional) e do BACEN (Banco Central do Brasil). BACEN (Banco Central do Brasil).

A Lei n.º 4.320 - criação do SFH A Lei n.º 4.320 - criação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e do (Sistema Financeiro da Habitação) e do BNH (Banco Nacional da Habitação). BNH (Banco Nacional da Habitação).

A Lei n.º 4.728 - Reforma do Mercado A Lei n.º 4.728 - Reforma do Mercado de Capitais. de Capitais.

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REFORMA DO SETOR REFORMA DO SETOR EXTERNOEXTERNO Exportações :isenções fiscais - IPI, ICM, IR - Exportações :isenções fiscais - IPI, ICM, IR -

crédito-prêmio do IPI etc. e modernização crédito-prêmio do IPI etc. e modernização e dinamização dos órgãos públicos ligados e dinamização dos órgãos públicos ligados ao comércio internacional (CACEX e CPA). ao comércio internacional (CACEX e CPA).

Importações: eliminar os limites Importações: eliminar os limites quantitativos e utilizar apenas a política quantitativos e utilizar apenas a política tarifária como forma de controle. tarifária como forma de controle.

A principal medida adotada na área do A principal medida adotada na área do comércio externo foi a simplificação e comércio externo foi a simplificação e unificação do sistema cambial:sistema de unificação do sistema cambial:sistema de minidesvalorizações a partir de 1968. minidesvalorizações a partir de 1968.

Page 37: PROJETO CURSO MASTER DE CONTABILIDADE PÚBLICA Profa.Dra.Cristina Helena Pinto de Mello chpm@estadao.com.br Estado e Planejamento Econômico no Brasil

O MILAGRE O MILAGRE ECONÔMICO ECONÔMICO INVESTIMENTOSINVESTIMENTOS SETOR EXTERNOSETOR EXTERNO

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II PNDII PND

As metas do II PND eram manter As metas do II PND eram manter o crescimento econômico em o crescimento econômico em torno de 10% a.a., com torno de 10% a.a., com crescimento industrial em torno crescimento industrial em torno de 12% a.a. de 12% a.a.

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CrescimentoCrescimento

O crescimento notado no período foi O crescimento notado no período foi acompanhado pela evolução da dívida:acompanhado pela evolução da dívida:

Dívida Externa Cresceu US$ 10 bilhões Dívida Externa Cresceu US$ 10 bilhões entre 1974 e 1977.entre 1974 e 1977.

A manutenção da taxa de A manutenção da taxa de investimento em 25% do PIB permitiu investimento em 25% do PIB permitiu ao país crescer 6,8% em média de ao país crescer 6,8% em média de 1974 a 1979.1974 a 1979.

O preço? A conta de juros líquidos O preço? A conta de juros líquidos subiu de US$ 2,7 bi para 4,2 bi no subiu de US$ 2,7 bi para 4,2 bi no primeiro ano do Governo Figueiredo.primeiro ano do Governo Figueiredo.

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PLANO CRUZADOPLANO CRUZADO

No primeiro ano do governo Sarney a No primeiro ano do governo Sarney a inflação chega a 255,16%. inflação chega a 255,16%.

Em 1º de março de 1986 o ministro da Em 1º de março de 1986 o ministro da Fazenda, Dilson Funaro, lança o Plano Fazenda, Dilson Funaro, lança o Plano Cruzado. Cruzado.

O plano faz uma reforma monetária: O plano faz uma reforma monetária: corta três zeros do cruzeiro e o substitui corta três zeros do cruzeiro e o substitui por uma nova moeda, o cruzado. por uma nova moeda, o cruzado. Congela os preços por um ano e Congela os preços por um ano e também os salários, pelo valor médio também os salários, pelo valor médio dos últimos seis meses acrescido de um dos últimos seis meses acrescido de um abono de 8%. abono de 8%.

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PLANO BRESSERPLANO BRESSER

Luís Carlos Bresser Pereira assume o Luís Carlos Bresser Pereira assume o Ministério da Fazenda em 29 de abril de Ministério da Fazenda em 29 de abril de 1987. 1987.

Não tinha como meta a “inflação zero”. Não tinha como meta a “inflação zero”. Não tencionava eliminar a indexação.Não tencionava eliminar a indexação.

Pretendia promover um choque Pretendia promover um choque deflacionário com a supressão da escala deflacionário com a supressão da escala móvel salarial e sustentar taxas mais móvel salarial e sustentar taxas mais baixas de inflação reduzindo o déficit baixas de inflação reduzindo o déficit público.público.

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Plano BresserPlano Bresser

Tentou incorporar os acertos do Plano Tentou incorporar os acertos do Plano Cruzado e procurou evitar todos os defeitos. Cruzado e procurou evitar todos os defeitos. O Plano foi dividido em três fases:O Plano foi dividido em três fases:

a) uma fase curta de congelamento total;a) uma fase curta de congelamento total;

b) uma fase de flexibilidade de preços b) uma fase de flexibilidade de preços acompanhados pela liberalização dos preços acompanhados pela liberalização dos preços competitivos;competitivos;

e) uma fase de preços livres.e) uma fase de preços livres.

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Plano BresserPlano Bresser

Anunciou políticas monetária e fiscal Anunciou políticas monetária e fiscal ativas. ativas.

Para conter o déficit público, elimina o Para conter o déficit público, elimina o subsídio ao trigo e adia grandes obras subsídio ao trigo e adia grandes obras públicas já planejadas, como a ferrovia públicas já planejadas, como a ferrovia Norte-sul, o pólo petroquímico do Rio de Norte-sul, o pólo petroquímico do Rio de Janeiro e o trem-bala entre São Paulo e Janeiro e o trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

Não obtém resultados e, no final do ano, Não obtém resultados e, no final do ano, a inflação chega a 366%. Em 6 de janeiro a inflação chega a 366%. Em 6 de janeiro de 1988 o ministro Bresser Pereira é de 1988 o ministro Bresser Pereira é substituído por Maílson da Nóbrega.substituído por Maílson da Nóbrega.

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PLANO COLLORPLANO COLLOR

A inflação acumulada entre março de 1989 e março de A inflação acumulada entre março de 1989 e março de 1990 foi de 4.853%. 1990 foi de 4.853%.

Collor reintroduz o cruzeiro em substituição ao cruzado Collor reintroduz o cruzeiro em substituição ao cruzado novo, bloqueia por 18 meses os saldos das contas novo, bloqueia por 18 meses os saldos das contas correntes, cadernetas de poupança e demais correntes, cadernetas de poupança e demais investimentos superiores a Cr$ 50.000,00. investimentos superiores a Cr$ 50.000,00.

Os preços são tabelados e gradualmente liberados. Os Os preços são tabelados e gradualmente liberados. Os salários são pré-fixados e depois negociados entre salários são pré-fixados e depois negociados entre patrões e empregados. Aumenta impostos e tarifas, cria patrões e empregados. Aumenta impostos e tarifas, cria novos tributos e suspende incentivos fiscais não novos tributos e suspende incentivos fiscais não garantidos pela Constituição. Anuncia corte nos gastos garantidos pela Constituição. Anuncia corte nos gastos públicos e redução da máquina do Estado pela demissão públicos e redução da máquina do Estado pela demissão de funcionários e privatização de empresas estatais. de funcionários e privatização de empresas estatais.

O plano também prevê a abertura do mercado interno, O plano também prevê a abertura do mercado interno, com a redução gradativa das alíquotas de importação.com a redução gradativa das alíquotas de importação.

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ResultadosResultados

RECESSÃORECESSÃO – O Plano Collor mergulha o país – O Plano Collor mergulha o país em um processo recessivo. O nível de em um processo recessivo. O nível de produção cai drasticamente e, em abril de produção cai drasticamente e, em abril de 1990, já é 26% inferior ao de abril de 1989. 1990, já é 26% inferior ao de abril de 1989.

PRIVATIZAÇÕESPRIVATIZAÇÕES – O Programa Nacional de – O Programa Nacional de Desestatização previsto no Plano Collor é Desestatização previsto no Plano Collor é regulamentado em 16 de agosto de 1990. regulamentado em 16 de agosto de 1990. Até o final de 1993, já no governo de Itamar Até o final de 1993, já no governo de Itamar Franco, 25 estatais estão privatizadas, com Franco, 25 estatais estão privatizadas, com transferências patrimoniais consideráveis do transferências patrimoniais consideráveis do setor público para o setor privado.setor público para o setor privado.

ABERTURA FINANCEIRAABERTURA FINANCEIRA

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Plano Collor 2Plano Collor 2

A inflação volta a subir em meados de 1990. Em A inflação volta a subir em meados de 1990. Em dezembro o índice mensal é de 19,39% e a inflação dezembro o índice mensal é de 19,39% e a inflação acumulada durante o ano chega a 1.198%. Em 31 de acumulada durante o ano chega a 1.198%. Em 31 de janeiro de 1991 é decretado o Plano Collor 2. Para janeiro de 1991 é decretado o Plano Collor 2. Para controlar a ciranda financeira, acaba com as operações controlar a ciranda financeira, acaba com as operações de overnight e cria o Fundo de Aplicações Financeiras de overnight e cria o Fundo de Aplicações Financeiras (FAF) para centralizar todas as operações de curto prazo; (FAF) para centralizar todas as operações de curto prazo; extingue o BTNf (Bônus do Tesouro Nacional fiscal), extingue o BTNf (Bônus do Tesouro Nacional fiscal), usado pelo mercado para indexar preços, adota a TRD usado pelo mercado para indexar preços, adota a TRD (Taxa Referencial Diária) com juros prefixados e aumenta (Taxa Referencial Diária) com juros prefixados e aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Adota uma o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Adota uma política de juros altos e tenta desindexar a economia política de juros altos e tenta desindexar a economia com novo congelamento de salários e preços. Cria com novo congelamento de salários e preços. Cria também um deflator para contratos com vencimento também um deflator para contratos com vencimento após 1º de fevereiro. Para incentivar a concorrência no após 1º de fevereiro. Para incentivar a concorrência no setor industrial, dá início ao cronograma de redução das setor industrial, dá início ao cronograma de redução das tarifas de importação. A inflação de 1991 baixa para tarifas de importação. A inflação de 1991 baixa para 481%.481%.

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Plano RealPlano Real

É o mais bem-sucedido de todos os É o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação para combater casos de inflação crônica. crônica.

Organizado em etapas, o plano Organizado em etapas, o plano resultou no fim de quase três décadas resultou no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994. de primeiro de julho de 1994.

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Plano RealPlano Real

Uso da moeda indexada: URV.Uso da moeda indexada: URV. Elevadas taxas de juros ajudaram Elevadas taxas de juros ajudaram

a elevar as reservas a elevar as reservas internacionais.internacionais.

Câmbio valorizado.Câmbio valorizado. Criação da nova moeda: Real.Criação da nova moeda: Real.

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Mudanças CambiaisMudanças Cambiais

3,43

2,77

2,27

0,801,00

1,201,40

1,601,80

2,002,20

2,402,60

2,803,00

3,203,40

3,603,80

4,00

jul/94

jan/9

5

jul/95

jan/9

6

jul/96

jan/9

7

jul/97

jan/9

8

jul/98

jan/9

9

jul/99

jan/0

0

jul/00

jan/0

1

jul/01

jan/0

2

jul/02

jan/0

3

jul/03

sobrevalorização

regime de bandas

mudança de regime

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Parte IVParte IV

Componentes da política fiscal (política Componentes da política fiscal (política Tributaria e política de gastos); aspectos Tributaria e política de gastos); aspectos teóricos da tributação;centralização e teóricos da tributação;centralização e descentralização fiscal (receita e despesa) descentralização fiscal (receita e despesa) responsabilidade fiscal, políticas públicas e responsabilidade fiscal, políticas públicas e desenvolvimento econômico no contexto da desenvolvimento econômico no contexto da globalização globalização

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Componentes da Componentes da Política FiscalPolítica Fiscal

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Processo OrçamentárioProcesso Orçamentário

Plano Plurianual (PPA)Plano Plurianual (PPA) Regionalizado, define diretrizes, objetivos e programas do GovernoRegionalizado, define diretrizes, objetivos e programas do Governo

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Estabelece as prioridades e objetivos para o exercício seguinte Estabelece as prioridades e objetivos para o exercício seguinte

http://www.planejamento.gov.br/arquivos_down/legislacao/Lei4320_ultimaatulhttp://www.planejamento.gov.br/arquivos_down/legislacao/Lei4320_ultimaatul_22_01_02.PDF_22_01_02.PDF

Orçamento Geral da União (OGU)Orçamento Geral da União (OGU) Principal instrumento de política fiscal do paísPrincipal instrumento de política fiscal do país Estima a receita, aloca recursos e fixa as despesas em consonância Estima a receita, aloca recursos e fixa as despesas em consonância

com o PPA e com a LDO.com o PPA e com a LDO. Elaboração: Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO)Elaboração: Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) Análise e aprovação pelo Congresso NacionalAnálise e aprovação pelo Congresso Nacional

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Receitas PúblicasReceitas Públicas

Receita tributária – base de toda a receitaReceita tributária – base de toda a receita

Receita patrimonialReceita patrimonial

Operações de crédito Operações de crédito

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Execução Financeira do Execução Financeira do Tesouro Nacional – jan/05Tesouro Nacional – jan/05

I. RECEITAS I. RECEITAS I.1 - Recolhimento Bruto I.1 - Recolhimento Bruto I.2 - (-) Incentivos Fiscais I.2 - (-) Incentivos Fiscais I.3 - Outras Operações I.3 - Outras Operações

Oficiais de Crédito Oficiais de Crédito I.4 - Receita das Operações I.4 - Receita das Operações

de Crédito de Crédito I.5 - Receita do Salário I.5 - Receita do Salário

Educação Educação I.6 - Arrecadação Líquida da I.6 - Arrecadação Líquida da

Previdência Social Previdência Social I.6 - Remuneração de I.6 - Remuneração de

Disponibilidades - BB Disponibilidades - BB

33.269,833.269,822.199,222.199,2

0,00,0

1.550,71.550,7

249,7249,7

171,3171,3

9.081,99.081,9

17,017,0

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Política tributáriaPolítica tributária

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Critérios ideais para Critérios ideais para tributaçãotributação Critério da adequação –Critério da adequação – os 3 níveis de governo devem ser contemplados com receitas os 3 níveis de governo devem ser contemplados com receitas

compatíveis com suas atribuiçõescompatíveis com suas atribuições Critério da adaptabilidade –Critério da adaptabilidade – flexibilidade do sistema para reajustar as receitas de acordo flexibilidade do sistema para reajustar as receitas de acordo

com as necessidades da política de estabilizaçãocom as necessidades da política de estabilização Critério da universalidade –Critério da universalidade – todos devem ser tributados, sem exceção ou discriminação, todos devem ser tributados, sem exceção ou discriminação,

quando se enquadrem em um tributoquando se enquadrem em um tributo Critério da neutralidade –Critério da neutralidade – a tributação não deve distorcer os mecanismos de a tributação não deve distorcer os mecanismos de

funcionamento e alocação de recursosfuncionamento e alocação de recursos Critério da eqüidade –Critério da eqüidade – tributar de acordo com a capacidade contributiva de cada cidadão, tributar de acordo com a capacidade contributiva de cada cidadão,

no caso do financiamento do governo; e de acordo com o benefício em serviços públicos no caso do financiamento do governo; e de acordo com o benefício em serviços públicos

personalizadospersonalizados Critério da justiça social –Critério da justiça social – usar a tributação para corrigir as disparidades interpessoais e usar a tributação para corrigir as disparidades interpessoais e

inter-regionais de renda e riquezainter-regionais de renda e riqueza

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Classificação dos Classificação dos tributostributos DIRETOSDIRETOS Ônus de pagamento recai sobre o próprio contribuinteÔnus de pagamento recai sobre o próprio contribuinte Ex: impostos sobre a renda e o patrimônioEx: impostos sobre a renda e o patrimônio

INDIRETOSINDIRETOS Ônus de pagamento é transferido do contribuinte para terceiros, por Ônus de pagamento é transferido do contribuinte para terceiros, por

meio do aumento do preço da transação sobre a qual incide um impostomeio do aumento do preço da transação sobre a qual incide um imposto Ex: impostos sobre produção, circulação, serviços, vendas, operações Ex: impostos sobre produção, circulação, serviços, vendas, operações

financeiras, importação e exportaçãofinanceiras, importação e exportação

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Progressividade do IR Progressividade do IR no Brasilno Brasil

FAIXASFAIXAS MÍNIMAMÍNIMA MÁXIMAMÁXIMA

1971-19771971-1977 1515 4%4% 50%50%

1978-19821978-1982 1111 5%5% 55%55%

1983-19851983-1985 1212 5%5% 60%60%

1986-19871986-1987 1010 5%5% 50%50%

19881988 8 8 10%10% 45%45%

1989-19981989-1998 2 2 10%10% 25%25%

ATUALATUAL 2 2 15%15% 27,5%27,5%

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TiposTipos

ImpostoImposto Tributo que tem como fato gerador uma atividade econômica sem Tributo que tem como fato gerador uma atividade econômica sem

vinculação com qualquer serviço governamentalvinculação com qualquer serviço governamental Destina-se ao financiamento das funções governamentais de forma Destina-se ao financiamento das funções governamentais de forma

irrestrita. Ex: ICMS, IPI, IRirrestrita. Ex: ICMS, IPI, IR TaxaTaxa Tributo que tem como fato gerador o exercício pelo governo do poder de Tributo que tem como fato gerador o exercício pelo governo do poder de

polícia e de fiscalização, ou o custeio de determinado serviço público posto polícia e de fiscalização, ou o custeio de determinado serviço público posto à disposição da comunidade de modo geralà disposição da comunidade de modo geral

Ex: Taxa de Iluminação Pública, TRSD (taxa do lixo), etcEx: Taxa de Iluminação Pública, TRSD (taxa do lixo), etc Contribuição Contribuição Tributos destinados a custear serviços públicos recebidos diretamente pelo Tributos destinados a custear serviços públicos recebidos diretamente pelo

contribuinte. Ex: contribuição de melhoriacontribuinte. Ex: contribuição de melhoria

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Política Fiscal no BrasilPolítica Fiscal no Brasil

A política fiscal keynesiana tem natureza anticíclica. A política fiscal keynesiana tem natureza anticíclica.

No entanto, quando a dívida pública é elevada, nem sempre é possível No entanto, quando a dívida pública é elevada, nem sempre é possível

utilizar o orçamento público para reverter o ciclo econômico.utilizar o orçamento público para reverter o ciclo econômico.

Assim, o manejo do orçamento público (portanto do nível de déficit Assim, o manejo do orçamento público (portanto do nível de déficit

público) no Brasil está mais relacionado à questão da público) no Brasil está mais relacionado à questão da solvência da solvência da

dívidadívida que à estabilização da atividade econômica. Esta é uma que à estabilização da atividade econômica. Esta é uma

peculiaridade da política fiscal brasileira nos anos recentes.peculiaridade da política fiscal brasileira nos anos recentes.

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Evolução da Evolução da ReceitaReceita

Evolução das Receitas do Governo Federal( % PIB )

16,116,7

16,116,315,616,3

15,114,214,0

12,411,6

5,45,65,85,35,25,35,35,15,15,05,1

2,22,72,62,52,42,52,42,22,72,81,9

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 PLO 2005 Lei 2005 Reest 2005

I.1 Receita Administrada I.2. Arrec. Líquida INSS I.3. Rec. Não-Adm. pela SRF

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Política de GastosPolítica de Gastos

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Despesa PúblicaDespesa Pública

Reparem que no Brasil a carreira de fiscal Reparem que no Brasil a carreira de fiscal (receita) é definida e valorizada. Não há (receita) é definida e valorizada. Não há carreira para quem realiza a despesa de carreira para quem realiza a despesa de forma equivalente. forma equivalente.

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Transferências a Estados e Municípios

16%

Pessoal e Encargos Sociais

20%Leju + MPU1%

Outras Obrigatórias8%

Resultado Primário9%

Discricionárias15%

Benefícios Previdenciários

31%

Composição da Composição da DespesaDespesa

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Custeio e InvestimentoCusteio e Investimento

SaúdeR$ 32,8 BI (45%)

EducaçãoR$ 7,2 BI (10%)

C&T e Pesq. AgropecuáriaR$ 3,5 BI (5%)

Combate à FomeR$ 6,2 BI (9%)

Demais DiscricionáriasR$ 21,9 BI (31%)

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Déficit e DívidaDéficit e Dívida

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Déficit e DívidaDéficit e Dívida

DÉFICIT PÚBLICO = FLUXODÉFICIT PÚBLICO = FLUXO

DÍVIDA PÚBLICA = ESTOQUEDÍVIDA PÚBLICA = ESTOQUE

O déficit é o fluxo que aumenta o estoque da O déficit é o fluxo que aumenta o estoque da

dívida. No caso de um superávit, esse estoque dívida. No caso de um superávit, esse estoque

se reduzse reduz

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Déficit do Setor PúblicoDéficit do Setor Público

Déficit primário:Déficit primário: Resultado Primário = receita – despesa não-financeiraResultado Primário = receita – despesa não-financeira

(um aumento do superávit primário é uma medida contracionista!)(um aumento do superávit primário é uma medida contracionista!)

Déficit total ou nominalDéficit total ou nominal Resultado nominal = DP + juros sobre a dívida públicaResultado nominal = DP + juros sobre a dívida pública

(um aumento do déficit nominal é uma medida expansionista!)(um aumento do déficit nominal é uma medida expansionista!)

Page 69: PROJETO CURSO MASTER DE CONTABILIDADE PÚBLICA Profa.Dra.Cristina Helena Pinto de Mello chpm@estadao.com.br Estado e Planejamento Econômico no Brasil

Resultado Financeiro e Resultado Financeiro e NFSPNFSP III. RESULTADO FINANCEIRO DO TESOURO (I - II) III. RESULTADO FINANCEIRO DO TESOURO (I - II) -2.630,2-2.630,2

FLUXO DE FINANCIAMENTO FLUXO DE FINANCIAMENTO   

IV. RECEITAS IV. RECEITAS 64.756,364.756,3

IV.1 - Emissão de Títulos - Mercado IV.1 - Emissão de Títulos - Mercado 63.495,563.495,5

IV.2 - Outras Operações de Crédito IV.2 - Outras Operações de Crédito 1.260,81.260,8

V. DESPESAS V. DESPESAS 37.336,137.336,1

V.1 - Amortização da Dívida Interna V.1 - Amortização da Dívida Interna 35.771,735.771,7

V.1.1 - Resgate de Títulos - Mercado V.1.1 - Resgate de Títulos - Mercado 35.680,035.680,0

V.1.2 - Dívida Contratual V.1.2 - Dívida Contratual 91,791,7

V.2 - Amortização da Dívida Externa V.2 - Amortização da Dívida Externa 1.564,41.564,4

V.3 - Aquisição de Garantias/Outras Liberações V.3 - Aquisição de Garantias/Outras Liberações 0,00,0

VI. ENDIVIDAMENTO MOBILIÁRIO INTERNO LÍQUIDO (IV.1 - V.1) VI. ENDIVIDAMENTO MOBILIÁRIO INTERNO LÍQUIDO (IV.1 - V.1) 27.815,527.815,5

VII. RESULTADO RELACIONAMENTO TESOURO/BACEN VII. RESULTADO RELACIONAMENTO TESOURO/BACEN -1.018,6-1.018,6

VIII. FLUXO DE CAIXA TOTAL (III + IV + V + VII) VIII. FLUXO DE CAIXA TOTAL (III + IV + V + VII) 23.771,523.771,5

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Composição do Composição do Resultado PrimárioResultado Primário

Receita total

R$ 41,4 bi

R$ 7,4 bi

Transferências a Estados e Municípios

Despesa totalR$ 25,6 bi

Resultado Primário R$ 8,3 bi

- =R$ 10,8 bi Tesouro

- (R$ 17,3 mi ) Bacen

-(2,5 bi) Previdência

R$ 34,0 bi

Receita Líquida

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Composição Déficit Composição Déficit NominalNominal

R$ 8,3 bi

Superávit primário Despesa Juros

-(R$ 13,2 bi)*

Resultado nominal

-(R$ 2,4 bi)* = 0,5%

Dados de fevereiro de 2005 (mensais)

*Estimativa

-(R$ 7,3 bi)

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Comparação Comparação InternacionalInternacional

108,7

101,6

71,9 69,1

64,8 60,3 59,5

55,6 52,5

71,3

132,8

Japão Itália Canadá ZONA DOEURO

BRASIL Espanha França Alemanha EUA Portugal Inglaterra

Dívida pública bruta, % do PIB, 2001

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Política Fiscal e Política Fiscal e MonetáriaMonetária

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Financiamento da DívidaFinanciamento da Dívida

• Existem duas formas de financiar o déficit público:Existem duas formas de financiar o déficit público:

• 1. Emissão monetária: imprimir dinheiro!1. Emissão monetária: imprimir dinheiro!

• Conseqüência: inflaçãoConseqüência: inflação

• 2. Emissão de títulos da dívida pública.2. Emissão de títulos da dívida pública.

• Conseqüência: eleva a dívida pública; pressiona as Conseqüência: eleva a dívida pública; pressiona as taxas de jurostaxas de juros

• Emissão líquida de R$ 1,8 bilhão em títulos em fevereiro Emissão líquida de R$ 1,8 bilhão em títulos em fevereiro de 2005!de 2005!

• http://www.stn.fazenda.gov.br/hp/http://www.stn.fazenda.gov.br/hp/downloads/divida_publica/relatorio_fev05.pdfdownloads/divida_publica/relatorio_fev05.pdf

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Voltando à Política Voltando à Política Fiscal:Fiscal:

A Matemática dos Déficits e da DívidaA Matemática dos Déficits e da Dívida

– O déficit orçamentário no ano O déficit orçamentário no ano tt é igual a: é igual a:defic it rB G Tt t t t 1

é a dívida do governo no final do anoé a dívida do governo no final do ano tt-1.-1.

Em palavras: o déficit orçamentário é igual aos gastos, Em palavras: o déficit orçamentário é igual aos gastos, inclusive os pagamentos de juros sobre a dívida, menos inclusive os pagamentos de juros sobre a dívida, menos os impostos líquidos de transferências.os impostos líquidos de transferências.

rB t 1

são os gastos do governo no ano são os gastos do governo no ano tt..G t

são os impostos menos as transferências no anosão os impostos menos as transferências no ano tt..Tt

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Restrição Orçamentária do Restrição Orçamentária do Governo Governo

A A restrição orçamentária do governorestrição orçamentária do governo afirma que a afirma que a variação da variação da dívida pública dívida pública durante o anodurante o ano t t é igual ao déficit durante o é igual ao déficit durante o anoano t t::B B B Tt t t t t 1 1 r G

Variação da dívida Pagamentos de juros

Déficit primário

A dívida no final do ano A dívida no final do ano tt é igual a: é igual a:

B r B G Tt t t t ( )1 1

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Políticas públicas e Políticas públicas e desenvolvimento desenvolvimento econômicoeconômico

Contexto: globalizaçãoContexto: globalização

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Controle InflacionárioControle Inflacionário

DECRETO Nº 3.088, DE 21 DE JUNHO DE 1999DECRETO Nº 3.088, DE 21 DE JUNHO DE 1999 Art. 1º Fica estabelecida, como diretriz para fixação do Art. 1º Fica estabelecida, como diretriz para fixação do

regime de política monetária, a sistemática de "metas para regime de política monetária, a sistemática de "metas para a inflação". a inflação".

§ 1o As metas são representadas por variações anuais de § 1o As metas são representadas por variações anuais de índice de preços de ampla divulgação.índice de preços de ampla divulgação.

Art. 2º Ao Banco Central do Brasil compete executar as Art. 2º Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas necessárias para cumprimento das metas fixadas. políticas necessárias para cumprimento das metas fixadas.

Art. 3º O índice de preços a ser adotado para os fins Art. 3º O índice de preços a ser adotado para os fins previstos neste Decreto será escolhido pelo CMN, mediante previstos neste Decreto será escolhido pelo CMN, mediante proposta do Ministro de Estado da Fazenda. proposta do Ministro de Estado da Fazenda.

Art. 4º Considera-se que a meta foi cumprida quando a Art. 4º Considera-se que a meta foi cumprida quando a variação acumulada da inflação - medida pelo índice de variação acumulada da inflação - medida pelo índice de preços referido no artigo anterior, relativa ao período de preços referido no artigo anterior, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário - situar-se na janeiro a dezembro de cada ano calendário - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.

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Como funciona?Como funciona?

Como é a taxa de juros que afeta Como é a taxa de juros que afeta diretamente os gastos, o banco central diretamente os gastos, o banco central deveria escolher uma taxa de juros em deveria escolher uma taxa de juros em vez de uma taxa de crescimento da vez de uma taxa de crescimento da moeda nominal.moeda nominal.

juros -> operações de mercado aberto -juros -> operações de mercado aberto -> menor quantidade de moeda em > menor quantidade de moeda em circulação -> menor capacidade de circulação -> menor capacidade de gastar -> para vender os produtos gastar -> para vender os produtos produzidos é necessário não aumentar produzidos é necessário não aumentar os preços.os preços.

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Quais os problemas?Quais os problemas?

Aumentos na taxa de juros elevam a Aumentos na taxa de juros elevam a dívida pública e impõem a necessidade dívida pública e impõem a necessidade de metas para o superávit primário;de metas para o superávit primário;

Em função do depósito compulsório, as Em função do depósito compulsório, as taxas de juros finais são bem mais taxas de juros finais são bem mais elevadas que a taxa básica.elevadas que a taxa básica.

Taxas de juros elevadas atraem capitais Taxas de juros elevadas atraem capitais externos valorizando nossa moeda.externos valorizando nossa moeda.

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Diferencial entre taxas Diferencial entre taxas de juros (captação e de juros (captação e repasse)repasse) EMPRÉSTIMOSEMPRÉSTIMOS

Pode emprestar R$ Pode emprestar R$ 600,00 (valor 600,00 (valor captado menos os captado menos os depósitos depósitos compulsórios)compulsórios)

Precisa ganhar R$ Precisa ganhar R$ 100,00100,00

Precisa cobrar pelo Precisa cobrar pelo empréstimo R$ empréstimo R$ 100,00 sobre R$ 100,00 sobre R$ 600,00: 16,66%600,00: 16,66%

CAPTAÇÃOCAPTAÇÃO

R$ 1.000,00R$ 1.000,00 Recolhe R$ 400,00 Recolhe R$ 400,00

de depósito de depósito compulsório (40%)compulsório (40%)

Taxa de 10% a.a.Taxa de 10% a.a. Paga ao final do Paga ao final do

período R$ 100,00período R$ 100,00

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Juros e CâmbioJuros e Câmbio

A taxa de juros interna deve ser igual à A taxa de juros interna deve ser igual à taxa de juros externa mais a taxa de taxa de juros externa mais a taxa de depreciação esperada da moeda depreciação esperada da moeda nacional.nacional.

E no Brasil? Um aumento da taxa de E no Brasil? Um aumento da taxa de juros brasileira, está associada a uma juros brasileira, está associada a uma contração monetária e a um aumento na contração monetária e a um aumento na demanda por títulos da dívida do Brasil. demanda por títulos da dívida do Brasil. À medida que os investidores trocam À medida que os investidores trocam moeda estrangeira por reais, há uma moeda estrangeira por reais, há uma apreciação do real.apreciação do real.

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Entenda o Risco-PaísEntenda o Risco-País

Este risco é expresso em pontos ou em taxa ao Este risco é expresso em pontos ou em taxa ao ano, dado pela diferença entre o que se recebe ano, dado pela diferença entre o que se recebe para investir no Brasil (através de seus para investir no Brasil (através de seus diversos títulos) em relação aos títulos do diversos títulos) em relação aos títulos do tesouro dos EUA, considerados os ativos mais tesouro dos EUA, considerados os ativos mais seguros do mundo. seguros do mundo.

O C-Bond é o título da dívida externa brasileira O C-Bond é o título da dívida externa brasileira mais negociado no exterior, de maior liquidez. mais negociado no exterior, de maior liquidez. Ele paga juros em US$. Quando os investidores Ele paga juros em US$. Quando os investidores acreditam que as perspectivas da economia acreditam que as perspectivas da economia brasileira são boas, pagamos juros menores. brasileira são boas, pagamos juros menores. Quando são ruins, pagamos juros maiores. Por Quando são ruins, pagamos juros maiores. Por isso, os juros pagos pelo C-Bond são uma boa isso, os juros pagos pelo C-Bond são uma boa medida de risco país. medida de risco país.

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PLANO REALPLANO REAL

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Mas, como avaliar se Mas, como avaliar se os juros são altos ou os juros são altos ou baixos?baixos? O mercado compara a taxa paga pelo C-O mercado compara a taxa paga pelo C-

Bond com a taxa que remunera os títulos Bond com a taxa que remunera os títulos da dívida pública dos Estados Unidos, ou da dívida pública dos Estados Unidos, ou Treasuries, consideradas livre de risco. Treasuries, consideradas livre de risco.

Dessa forma, o Spread Over Treasury do Dessa forma, o Spread Over Treasury do C-Bond é a diferença entre os juros C-Bond é a diferença entre os juros pagos por ele e os juros pagos pela pagos por ele e os juros pagos pela Treasury de mesmo prazo. Quanto maior Treasury de mesmo prazo. Quanto maior a diferença (ou spread) maior o risco a diferença (ou spread) maior o risco Brasil. Esse spread é medido em pontos Brasil. Esse spread é medido em pontos básicos. 100 pontos básicos = 1% básicos. 100 pontos básicos = 1%

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GlobalizaçãoGlobalização

A maior integração dos mercados têm como A maior integração dos mercados têm como conseqüências:conseqüências:

Preços internos em dólares próximos aos Preços internos em dólares próximos aos preços externos (Preço no Brasil = {Preço no preços externos (Preço no Brasil = {Preço no mercado externo + tarifas + custo do mercado externo + tarifas + custo do transporte} * Câmbio);transporte} * Câmbio);

Taxa de juros brasileira em dólares tende a Taxa de juros brasileira em dólares tende a ser igual à taxa americana mais o risco Brasil ser igual à taxa americana mais o risco Brasil (i = i*+risco).(i = i*+risco).

A taxa de juros brasileira em reais tende a A taxa de juros brasileira em reais tende a ser igual à taxa brasileira em dólares ser igual à taxa brasileira em dólares multiplicada pelo câmbio futuro e dividida multiplicada pelo câmbio futuro e dividida pelo câmbio corrente.pelo câmbio corrente.

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Câmbio nominal e realCâmbio nominal e real

A taxa real de cambio é a taxa nominal A taxa real de cambio é a taxa nominal de cambio multiplicada pela razão de cambio multiplicada pela razão entre preços externos e preços entre preços externos e preços domésticos.domésticos.

ee = E x P*/P = E x P*/P e e é a taxa real de câmbio; E é a taxa é a taxa real de câmbio; E é a taxa

nominal de câmbio, P* é o nível de nominal de câmbio, P* é o nível de preços externo e P o nível de preços preços externo e P o nível de preços domésticosdomésticos

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Câmbio e JurosCâmbio e Juros

O aumento da taxa de câmbio, leva a um O aumento da taxa de câmbio, leva a um aumento dos preços domésticos, aumentando aumento dos preços domésticos, aumentando a demanda por moeda.a demanda por moeda.

Se a taxa de câmbio é flutuante, o Governo Se a taxa de câmbio é flutuante, o Governo escolhe a taxa de juros que controla a inflação escolhe a taxa de juros que controla a inflação e conseqüentemente a oferta monetária M (i e e conseqüentemente a oferta monetária M (i e M são as variáveis instrumentais de política M são as variáveis instrumentais de política econômica) e a taxa de câmbio é uma econômica) e a taxa de câmbio é uma conseqüência desta escolha! (E é a variável conseqüência desta escolha! (E é a variável endógena ao modelo definido).endógena ao modelo definido).

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Políticas públicasPolíticas públicas

Começamos o curso falando Começamos o curso falando sobre as funções do Estado e os sobre as funções do Estado e os objetivos do Setor Público!objetivos do Setor Público!

Funções:fiscalizadora, reguladora, Funções:fiscalizadora, reguladora, produtora, redistributiva, e produtora, redistributiva, e estabilizadora estabilizadora

Objetivos:emprego, estabilidade, Objetivos:emprego, estabilidade, crescimento e distribuição de crescimento e distribuição de renda!renda!

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Políticas públicasPolíticas públicas

A política de metas atua no sentido de A política de metas atua no sentido de combater a inflação e combater a inflação e diminuir a diminuir a concentração da rendaconcentração da renda!!

Mas, juros elevados constituem Mas, juros elevados constituem mecanismo de transferência e mecanismo de transferência e concentração de renda!concentração de renda!

Ainda, tendem a apreciar e valorizar Ainda, tendem a apreciar e valorizar nossa moeda inibindo exportações e nossa moeda inibindo exportações e estimulando importações!estimulando importações!

As conseqüências sobre o endividamento As conseqüências sobre o endividamento público levam à necessidade de elevados público levam à necessidade de elevados superávits primários!superávits primários!

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Políticas públicasPolíticas públicas

A necessidade de superávits impõe A necessidade de superávits impõe metas para a arrecadação e o controle metas para a arrecadação e o controle dos gastos públicos!dos gastos públicos!

Como vimos, não há escolhas entre Como vimos, não há escolhas entre desemprego e inflação! Assim, desemprego e inflação! Assim, o o controle inflacionário não diminui as controle inflacionário não diminui as taxas de desemprego!taxas de desemprego!

Ainda, o controle dos gastos do governo Ainda, o controle dos gastos do governo e as metas de arrecadação e as metas de arrecadação desestimulam as despesas agregadas e desestimulam as despesas agregadas e conseqüentemente o crescimento conseqüentemente o crescimento econômicoeconômico!!

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Políticas públicasPolíticas públicas

Sem diminuir a taxa de desemprego, Sem diminuir a taxa de desemprego, sem alcançar taxas de crescimento do sem alcançar taxas de crescimento do produto maiores, produto maiores,

A melhora na distribuição da renda A melhora na distribuição da renda obtida no início do processo de obtida no início do processo de estabilização da inflação está estabilização da inflação está comprometida diante do mecanismo comprometida diante do mecanismo de transferência de renda via juros da de transferência de renda via juros da dívida pública!dívida pública!

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E ainda:E ainda:

Tornou-se necessário atribuir Tornou-se necessário atribuir despesas e funções a Estados e despesas e funções a Estados e Municípios!Municípios!

Tornou-se necessário evitar o Tornou-se necessário evitar o endividamento dos mesmos!endividamento dos mesmos!

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AvaliaçãoAvaliação

Em grupos de três.Em grupos de três. Ao final do curso exige-se a entrega de um trabalho.Ao final do curso exige-se a entrega de um trabalho. O trabalho final deverá ter a extensão mínima de O trabalho final deverá ter a extensão mínima de

cinco páginas (excluídos os anexos e a bibliografia), cinco páginas (excluídos os anexos e a bibliografia), 30 linhas de 70 toques cheios, espaço 1,5, Times New 30 linhas de 70 toques cheios, espaço 1,5, Times New Roman, corpo 12. O formato de apresentação quanto Roman, corpo 12. O formato de apresentação quanto a citações, notas de rodapé e referências a citações, notas de rodapé e referências bibliográficas deverá observar as normas indicadas no bibliográficas deverá observar as normas indicadas no capítulo 5 de “SEVERINO, A. J. – capítulo 5 de “SEVERINO, A. J. – Metodologia do Metodologia do Trabalho CientíficoTrabalho Científico, 22 a. Edição, São Paulo, Cortez, , 22 a. Edição, São Paulo, Cortez, 2001”.2001”.

O trabalho necessariamente deve versar sobre temas O trabalho necessariamente deve versar sobre temas tratados no programa e utilizar a bibliografia indicada tratados no programa e utilizar a bibliografia indicada pelo professor. Entrega na secretaria da Coordenação, pelo professor. Entrega na secretaria da Coordenação, em 2 vias, até 3 semanas após o término da em 2 vias, até 3 semanas após o término da disciplina.disciplina.

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BibliografiaBibliografia

http://www.bndes.gov.br/conhecihttp://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro/plametas.pdfmento/livro/plametas.pdf

http://www.fazenda.gov.br/portughttp://www.fazenda.gov.br/portugues/real/planreal.aspues/real/planreal.asp

A ordem do progresso: cem anos A ordem do progresso: cem anos de política econômica de política econômica republicana; Marcelo Paiva republicana; Marcelo Paiva Abreu(org.), Ed.Campus.Abreu(org.), Ed.Campus.