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Vamos mudar de atitude! PROJETO BULLYING

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  • Vamos mudar de atitude!

    PROJETO

    BULLYING“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio”.

    (Martin Luther King)

    Sowilo Editora Distribuidora de Livros Ltda.Av. Casa Verde, 2515 – 1º andar – Casa VerdeCEP 02519-200 – São Paulo/SPFones: (11) 3868-4922 e (11) [email protected]

  • Vamos mudar de atitude!

    PROJETO

    BULLYING

  • Sowilo Editora Distribuidora de Livros Ltda.Av. Casa Verde, 2515 – 1º andar – Casa VerdeCEP 02519-200 – São Paulo/SPFones: (11) 3868-4922 e (11) [email protected]

  • “A primeira coisa que um ser humano deveria aprender é a dife-rença entre o bem e o mal, e jamais confundir o primeiro com a inércia e a passividade.”

    (Maria Montessori)

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    LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015

    A referida Lei, em seu Artigo 1º, instituiu o Pro-grama de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional.

    § 1º - No contexto e para os fins desta Lei, con-sidera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, in-tencional e repetitivo que ocorre sem motiva-ção evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angús-tia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.§ 2º - Programa instituído no caput poderá fun-damentar as ações do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Edu-cação, bem como de outros órgãos, aos quais a matéria diz respeito.

    Art. 2º - Caracteriza-se a intimidação sistemáti-ca (bullying) quando há violência física ou psi-cológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e, ainda:I - ataques físicos;II - insultos pessoais;

    III - comentários sistemáticos e apelidos pejo-rativos;IV - ameaças por quaisquer meios;V - grafites depreciativos;VI - expressões preconceituosas;VII - isolamento social consciente e premedita-do;VIII - pilhérias.

    Parágrafo único: Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para depreciar, incitar a violência, adul-terar fotos e dados pessoais com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial.

    Art. 3º - A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as ações prati-cadas, como:I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativa-mente;II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;IV - social: ignorar, isolar e excluir;V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrori-

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    zar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;VI - físico: socar, chutar, bater;VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intru-sivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimen-to psicológico e social.

    Art. 4º - Constituem objetivos do Programa re-ferido no caput do art. 1º:I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a sociedade;II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e informação;IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores;V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e forma de preveni-lo e combatê-lo;VII - promover a cidadania, a capacidade empá-

    tica e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva responsabilização e a mudança de com-portamento hostil;IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de vio-lência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou cons-trangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais inte-grantes de escola e de comunidade escolar.

    Art. 5º - É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas asse-gurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying).

    Art. 6º - Serão produzidos e publicados relató-rios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para planejamento das ações.

    Art. 7º - Os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a imple-mentação e a correta execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei.

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    Na atualidade, um dos temas que vem desper-tando cada vez mais o interesse de profissio-nais das áreas de Educação e Saúde em todo o mundo é, sem dúvida, o bullying escolar.

    O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa con-fundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos.

    As comunidades escolares necessitam bus-car formas de prevenir e combater a prática do bullying nas escolas, capacitando os docentes e a equipe pedagógica para inclusão de ações de conscientização e prevenção à problemática.

    Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), na página 219:

    “Construção de valores: vincula-se aos conhe-cimentos originados em discussões e vivências no contexto da tematização das práticas corpo-rais, que possibilitam a aprendizagem de valores

    e normas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma sociedade democrática. A produção e partilha de atitudes, normas e valores (positivos e negativos) são inerentes a qualquer processo de socialização. No entanto, essa dimensão está dire-tamente associada ao ato intencional de ensino e de aprendizagem e, portanto, demanda interven-ção pedagógica orientada para tal fim. Por esse motivo, a BNCC se concentra mais especificamen-te na construção de valores relativos ao respeito às diferenças e no combate aos preconceitos de qualquer natureza. Ainda assim, não se pretende propor o tratamento apenas desses valores, ou fa-zê-lo só em determinadas etapas do componente, mas assegurar a superação de estereótipos e pre-conceitos expressos nas práticas corporais”.

    Portanto, baseado nas competências do BNCC e na importância de se enfrentar a pro-blemática gerada pelo bullying, esse projeto possibilita aos envolvidos nessas ações (agres-sor e vítima) se tornarem aptos ao convívio em uma sociedade pautada pelo respeito, igualda-de, liberdade, justiça e solidariedade.

    CONSIDERAÇÕES

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    ALERTAS E ATITUDES A SEREM OBSERVADAS

    • trabalhar a autoestima;

    • conscientizar sobre a gravidade do bullying;

    • aprender a conviver com as diferenças e respeitá-las;

    • aprimorar sua conduta, colocando-se no lugar do outro na situação de conflito;

    • reconhecer valores individuais em terceiros, fortalecendo, assim, laços de amizade;

    • valorizar cada segundo da vida, como se fosse o último.

    Imagem do livro: Bullying – Vamos sair dessa?

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    CLASSIFICAÇÃO DO BULLYING

    Alguns comportamento parecem mas não são considerados bullying, outros são como os relacionados abaixo:

    • Sexual: assediar, induzir e/ou abusar.• Exclusão social: ignorar, isolar, excluir.• Psicológica/física: perseguir, amedrontar, olhar

    ameaçadoramente, não aceitar opiniões, impor sua vontade, aterrorizar, intimidar, dominar, in-fernizar, tiranizar, chantagear, manipular, bater, colocar apelidos.

    • As intimidações também podem ter cará-ter homofóbico ou racial/étnico.Também podemos classificar o bullying como direto ou indireto, ou seja, com a presença da vítima ou não – casos de isolamento, por exem-plo. Há ainda a situação denominada cyber-bullying, que é a utilização da Internet, por meio de redes sociais, ou o celular (fotos, men-sagens) para fazer as agressões.

    QUANTO À ATITUDE

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    Ainda que a gravidade esteja diretamente relacionada com o sofrimento causado, já que a reação às agressões dependerá da individua-lidade dos alvos, ela pode ser classificada con-forme segue:

    Vale ressaltar que o bullying se configu-ra nessas ações desde que elas aconteçam de forma intencional e repetida. Há várias causas para o surgimento do bullying e dentre as exis-tentes é importante saber que existe o fato do agressor já ter sido vítima. Por isso é preciso que estejamos atentos aos primeiros sinais, para que o problema não tome uma proporção descontrolada.

    Leve: apelidar, “zoar”, “encarnar”, ofen-der, “encarar”.

    Média: excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, dominar.

    Grave: empurrar, agredir, roubar/quebrar, ofender parentes, discriminar.

    QUANTO À GRAVIDADE

    Imagens do livro: Bullying – Vamos sair dessa?

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    INDÍCIOS DE SITUAÇÕES DE BULLYING

    Os principais indícios de que seu filho/alu-no pode estar sendo alvo de bullying são os se-guintes:

    • baixo rendimento escolar;• não querer ir a aula, simular doenças, apre-

    sentar medo, pedir para trocar de escola;• pedir para sempre ser levado à escola;• voltar para casa machucado ou com per-

    tences rasgados;

    • mudança de comportamento, comporta-mento fechado, depressão, baixa autoestima;

    • “perder” dinheiro;• evitar falar sobre o assunto;• pesadelos e sono conturbado.

    Caso se confirme que o jovem está sendo ví-tima de bullying, não o culpe. Faça elogios pela coragem de contar e busque ajuda na escola. Não peça a ele o que ele não é capaz de fazer.

    Imagem do livro: Bullying – Vamos sair dessa?

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    Imagem do livro: Bullying – Vamos mudar de atitude!

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    BULLYING NA ESCOLA: COMO EVITAR

    O ambiente educacional, nos últimos tem-pos, passa por intensas transformações no que se refere à violência moral e física entre os es-tudantes.

    Os atos de violência têm por objetivo inti-midar e/ou agredir o outro ou um grupo, inca-paz de se defender.

    A maioria dos alunos xinga, agride fisica-mente ou isola um colega, além de colocar ape-lidos grosseiros.

    Tais atitudes não devem ser ignoradas pelo professor, diretor e demais servidores, pois es-tes veem tal atitude como uma simples brinca-deira de aluno, porém o problema é mais sério

    do que se imagina. Trata-se de bullying — des-crito como ato de violência física ou psicoló-gica, caracterizando-se como comportamento agressivo e negativo, se executado repetida-mente. O bullying ocorre não só na escola, mas também na Universidade, nos locais de traba-lho, na política, entre vizinhos etc.

    Os atos de bullying são impulsionados, muitas vezes, pela falta de conhecimento, pelo preconceito e até mesmo pela falta de respeito ao próximo, configurando-se, portanto, como ato ilícito, por desrespeitar os princípios cons-titucionais que tratam da dignidade da pessoa humana.

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    Imagem do livro: Bullying – Vamos mudar de atitude!

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    AÇÕES PREVENTIVAS

    • identificar, no cotidiano escolar, as atitudes que representem ações relacionadas a agres-sões e ao bullying;

    • elaborar um planejamento interno com me-todologias específicas para uma busca de solu-ções que enfrentem a problemática;

    • difundir na comunidade escolar e especial-mente entre os professores o significado do termo bullying, que é reconhecido como violên-cia específica;

    • adaptar as atividades pedagógicas da escola ao tema bullying, promovendo ações positivas de respeito e valorização das diferenças, pro-moção da cultura da paz e dos princípios uni-

    versais do respeito à igualdade e à dignidade humana;

    • utilizar, como base de suas ações, os materiais disponíveis, tais como: mídia, literatura, depoi-mentos, pesquisas, bem como os conceitos ne-les constantes, sem prejuízo aos demais conhe-cimentos de que os profissionais envolvidos dispuserem;

    • participar os resultados de ações para conhe-cimento da comunidade escolar e externa (pais, amigos, outras escolas, associações etc.);

    • empreender-se na divulgação do endereço virtual do projeto que concentra todas as ações e serve como conexão com a sociedade.

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    PAIS - ESCOLA - COMUNIDADE

    A parceria pais-escola-comunidade é fundamental para o trabalho de prevenção ocorrer de forma eficaz. Os pais devem ob-servar seus filhos, para que possam perceber qualquer alteração de comportamento. É im-portante sempre manter diálogos com seus filhos, o mais informais possível, para não inibi-los. Eles devem se sentir amparados e confortáveis para conseguirem falar sobre o assunto.

    O diálogo, o acompanhamento e a preven-ção fazem com que os casos existentes possam ser solucionados em tempo, evitando transtor-nos de longo prazo.

    Os pais e educadores devem ter a consciên-cia do seu papel, procurando ajuda especializa-da, se for o caso.

    Atitudes descompassadas não podem ser toleradas, mas sim coibidas de forma respon-sável e comprometida.

    Imagem do livro: Bullying – Vamos mudar de atitude!

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    Imagem do livro: Bullying – Vamos mudar de atitude!

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    ESTRATÉGIAS PARA O COMBATE AO BULLYING

    O bullying está presente em todas as esco-las, sem exceções, em todo o nosso País e, pos-sivelmente, em todo o mundo, independente de cultura e níveis sociais.

    É fruto, entre outros fatores, de modelos educativos falhos a que foram submetidos às crianças no seio familiar, no que destacamos:

    • ausência de limites e de valores;• punições físicas;• exposição a ambientes violentos;• modelo autoritário e repressor na família,

    que usa de agressividade e explosão para a so-lução de conflitos;

    • falta de regras de convivência e falta de afetividade;

    • supervisão deficitária dos pais.

    Os fatores que levam ao bullying são diver-sos. Os aspectos sociais e culturais são funda-mentais para sua solução. Nesse sentido, não há fórmulas prontas para a elaboração e exe-cução de um programa antibullying. Mesmo as-sim, algumas premissas básicas, provenientes de experiências bem-sucedidas, devem ser le-vadas em conta:

    • ampla divulgação do conceito bullying;• nomeação de guardiões ou tutores de tur-

    mas – professores responsáveis pela implantação e acompanhamento em cada uma das turmas;

    • criação de equipes de alunos solidários que darão suporte aos professores;

    • investigações e serviços para que as víti-mas possam encontrar apoio e narrarem seus sofrimentos.

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    A escola deve ser encarada como um ambiente saudável, onde a criança possa estudar, aprender e fazer amigos.O bullying prejudica esse ambiente.

    Na periferia e nos bairros de classe média, o bullying cresce como uma praga. Uns são

    marginalizados por serem mais inteligentes, outros por serem mais fracos, mais gordos,

    mais magros, mais ricos, mais pobres.A cada momento surge uma motivação para

    a prática do bullying.

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    Considerando que o envolvimento nesta te-mática implica em reunir todos os segmentos, palestras e oficinas poderão ser realizadas para todos os que direta ou indiretamente estejam ligados à comunidade escolar, sob consulta a

    ESCOLA SEM BULLYING: RESSIGNIFICANDO AS RELAÇÕES HUMANAS

    Sowilo Editora, atendendo assim às exigências da atual legislação.

    Observação: Os autores dos livros apresen-tados poderão ser convidados para realizar en-contros com educadores e educandos.

  • BIBLIOGRAFIA E DICAS DE LEITURA

    BEAUDOIN, Marie; Nathalie, TAYLOR, Maureen. Bullying e desrespeito: como acabar com essa cultura na escola. Tradução de Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006.

    CALHAU, Lélio Braga. Bullying: o que você precisa saber. Rio de Janeiro, Impetus, 2010.

    CNJ – Cartilha sobre Bullying na escola.

    COSTANTINI, A. Bullying: como combatê-lo? São Paulo: 2004. Itália Nova.

    CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

    FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas: Verus Editora, 2005.

    GALDINO, JEFFERSON. Bullying - vamos mudar de atitude! São Paulo: Sowilo Editora, 2017.

    PORTELA, MIRIAM. Bullying - vamos sair dessa? São Paulo: Sowilo Editora, 2017.

    TIBA, Içami. Quem ama, educa! São Paulo: Gente, 2002.

    VEIGA, Aida. Sutil e cruel agressão. Revista Época. Maio, 2004.

    Pesquisas sobre o assunto (atualizada) na Internet, jornais e revistas.

  • Vamos mudar de atitude!

    PROJETO

    BULLYING“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio”.

    (Martin Luther King)

    Sowilo Editora Distribuidora de Livros Ltda.Av. Casa Verde, 2515 – 1º andar – Casa VerdeCEP 02519-200 – São Paulo/SPFones: (11) 3868-4922 e (11) [email protected]