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Produção Digital do Acervo ‘’Projeto ÁRIDAS’’ em CD REALIZAÇÃO Instituto Interamericano de Cooperação Para a Agricultura- IICA Representante do IICA no Brasil - Carlos Américo Basco Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica - Departamento de Aproveitamento Hidro Agrícola - MI/SIH Ministro de Estado - Geddel Quadros Vieira Lima Secretário de Infra-Estrutura Hídrica - João Reis Santana Diretor do Departamento de Aproveitamento Hídrico Agrícola - Ramon Flávio Gomes Rodrigues APOIO INSTITUCIONAL Ministério da Integração Nacional-MI - Secretaria de Infra Estrutura Hídrica/SRH; Ministério do Meio Ambiente-MMA - Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural SustentávelMMA/SEDRS; Ministra de Estado - Marina Silva Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - Egon Krakhecke Coordenador de Combate à Desertificação - José Roberto Lima Coordenador dos trabalhos de recuperação, recopilação e edição do acervo Projeto Áridas Gertjan B. Beekman – IICA Produção Técnica Romélia Moreira de Souza Edição Final Marcus Vinicius – IICA Arte e Diagramação Fabiane de Araújo Alves Barroso Patricia Porto Figuras da Caixa, Capa e Miolo do CD Permissão para a utilização das imagens concedida pelo Autor/Artista Silvio Jessé Projeto Áridas Memória e Acervo

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Page 1: Projeto Áridas

Produção Digital do Acervo ‘’Projeto ÁRIDAS’’ em CD

REALIZAÇÃOInstituto Interamericano de Cooperação Para a Agricultura- IICARepresentante do IICA no Brasil - Carlos Américo BascoMinistério da Integração Nacional - Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica - Departamento de Aproveitamento Hidro Agrícola - MI/SIH Ministro de Estado - Geddel Quadros Vieira LimaSecretário de Infra-Estrutura Hídrica - João Reis Santana Diretor do Departamento de Aproveitamento Hídrico Agrícola - Ramon Flávio Gomes Rodrigues

APOIO INSTITUCIONALMinistério da Integração Nacional-MI - Secretaria de Infra Estrutura Hídrica/SRH;Ministério do Meio Ambiente-MMA - Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural SustentávelMMA/SEDRS;Ministra de Estado - Marina SilvaSecretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável - Egon Krakhecke Coordenador de Combate à Desertificação - José Roberto Lima

Coordenador dos trabalhos de recuperação, recopilação e edição do acervo Projeto ÁridasGertjan B. Beekman – IICA

Produção TécnicaRomélia Moreira de Souza

Edição Final Marcus Vinicius – IICA

Arte e DiagramaçãoFabiane de Araújo Alves BarrosoPatricia Porto

Figuras da Caixa, Capa e Miolo do CD Permissão para a utilização das imagens concedida pelo Autor/ArtistaSilvio Jessé

Projeto ÁridasMemória e Acervo

Page 2: Projeto Áridas

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ia O Projeto ÁRIDAS, desde sua conceptualização inicial, teve como meta atingir um objetivo de amplo alcance: O de

contribuir para a concretização do desenvolvimento sustentável da Região Nordeste do Brasil, que se tem caracterizado pela predominância da insustentabilidade dos processos de ocupação, pela diversidade climática e seus fenômenos extremos e críticos distribuídos desigualmente em termos temporais e geográficos.

O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu a partir dos esforços feitos pelas Nações Unidas nos últimos anos. A idéia foi introduzida, no Nordeste, pela Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas (ICID), realizada em Fortaleza, em janeiro-fevereiro de 1992, e pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (RIO 92), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992.

Apesar do grande esforço representado pela execução de sucessivos programas de desenvolvimento regional, do conseqüente crescimento contínuo de seu PIB nos últimos anos e de importantes transformações em sua estrutura produtiva, o Nordeste continua sendo uma região subdesenvolvida. Abrigando quase 28% da população do País, produz menos de 13,1% do PIB e sua renda per capita são somente 47% da média nacional (IBGE, 2007). A resultante é desafiadora: mais de 46% da população brasileira em estado de pobreza absoluta estão concentrados no Nordeste (IPEA, 2006).

O quadro geral de pobreza se reflete no aumento das pressões sobre a base de recursos naturais caracterizando a força motriz das ações antrópicas que resulta nos processos de desertificação. A impossibilidade de manter a exploração continuada dos recursos naturais para a sustentação das expectativas socioeconômicas, a população pobre tende a migrar do campo para a cidade, aumentando a pressão sobre a periferia das áreas urbanas já saturadas. A pobreza rural transforma-se, assim, em pobreza urbana, tanto no próprio Nordeste, quanto em centros de atração de outras regiões dos

Page 3: Projeto Áridas

Pais, para onde se deslocavam as correntes migratórias com constituintes que presentemente caracterizariam os refugiados ambientais ou climáticos.

Neste contexto, o Projeto Áridas, executado no âmbito da Cooperação Internacional propiciado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura-IICA, representou um paradigma inovador, cujas premissas à época, já incorporavam os conceitos das Metas e Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A construção de cenários futuros relacionados ás mudanças climáticas, vis-à-vis as preocupações da atualidade relacionada ao aumento global da temperatura, também foram tratadas especificamente no escopo das atividades do Projeto Áridas, o que lhe confere adicionalmente o caráter visionário e de vanguarda.

Desta forma, o vasto acervo constituído ao longo da execução do Projeto Áridas, representa uma fonte inestimável de dados e informações para estudos e pesquisas como fundamento para Planos, Programas e Projetos de intervenção que visem à convivência e o bem estar das

comunidades e população da Região. Portanto, o resgate deste acervo e sua consolidação no presente CD, e sua disponibilização para a comunidade técnico-científica e acadêmica, representa um esforço considerável para a preservação da memória do Áridas que contou com o apoio inestimável dos seus autores originais, sejam especialistas individuais ou instituições.

O decisivo apoio atual para a materialização desta iniciativa foi propiciado pelo Ministério de Integração Nacional - Secretaria de Infra Estrutura Hídrica, e pelo Ministério de Meio Ambiente-Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, no âmbito dos respectivos Projetos de Cooperação Técnica-PCT´s mantidos em parceria com o IICA, respectivamente: “Desenvolvimento de Ações de Combate à Desertificação e Estímulo a Conservação, Preservação e Recuperação dos Recursos Naturais na Região Semi-Árida do Brasil” e “Apoio às Ações de Implementação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca-PAN-Brasil”.

Carlos Américo BascoRepresentante do IICA no Brasil

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PROJETO ÁRIDAS - DÉCADA DE 90 (Composição Original da Coordenação- Gênese)

COORDENAÇÃO, PARTICIPANTES E GRUPOS DE TRABALHOCOORDENAÇÃO GERAL: MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

Ministro José Serra (1995) Beni Veras (1994)Secretário Executivo Andrea Calabi (1995) Raul Jungmann (1994) Coordenador Geral Antônio Rocha Magalhães LimaCoordenador Técnico Ricardo Roberto de AraújoConselho SuperiorPresidente Secretário Executivo do MPOSecretário Coordenador Geral do Projeto Áridas

MembrosSecretários Executivos dos Ministérios do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal-MMA, da Educação e Desportos e da Saúde; Secretários de Planejamento e Avaliação-MPO; de Recursos Hídricos-MMA e de Planejamento-Ministério da Ciência e, Tecnologia; Superintendente da SUDENE; Presidentes do Banco do Nordeste, da Embrapa, do IPEA, do IBGE, do IBAMA e da CODEVASF; Diretor Geral do DNOCS; e Representante da Fundação Grupo Esquel Brasil.

Conselho RegionalSecretários de Planejamento dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia (Suplentes: Coordenadores das Unidades Técnicas do PAPP); Coordenador Geral do Projeto Áridas; Representantes do MPO, da SUDENE, do BNB, do IPEA, da Embrapa, da CODEVASF e da Secretaria de Recursos Hídricos-MMA.

Comitê TécnicoPresidente Coordenador Geral do Projeto ÁridasMembros Coordenadores dos Grupos de Trabalho Regionais e Estaduais; Representantes do

MPO, da SUDENE, da Embrapa, do IBGE, da CODEVASF, da Secretaria de Recursos Hídricos-MMA; do DNAEE, do DNOCS e do IICA.

Coordenação• Heitor Matallo Júnior: Recursos Naturais e Meio Ambiente• Vicente de Paulo P. Barbosa Vieira: Recursos Hídricos• Amenair Moreira Silva: Desenvolvimento Humano e Social

• Charles Curt Mueller: Organização do Espaço Regional• Antônio Nilson Craveiro Holanda: Economia, Ciência e Tecnologia• Sérgio Cavalcanti Buarque: Políticas de Desenvolvimento e Modelo de Gestão• Eduardo Bezerra Neto: Integração com a Sociedade • Carlos Luiz de Miranda: Cooperação Técnica lICA• Roberto Cavalcanti de Albuquerque: Estratégia Geral

Colaboração Especial• Paulo Roberto Haddad• Gustavo Maia Gomes• Jorge Jatobá• Jurgen Schmandt• Stahis Panagides • Anthony Hall• Larry Simpson

Assessoria da Coordenação Geral• Luís Eduardo Montenegro Castelo• Cristiano Dias Goyanna• Sandra Moreira

Coordenações Estaduais

MaranhãoSecretário de Planejamento Ricardo Laender Perez (1995) Gastão Dias Vieira (1994) Clovis de Jesus Savala (1994) Luciano Femades Moreira (1994) Coordenador Estadual Carlos Augusto Dias Vieira (1994)

PiauíSecretário de Planejamento Antônio José Guerra (1995) Elmano Ferrer de Almeida(1994) Coordenador Estadual Adolfo Martins de Moraes (1994)

Page 5: Projeto Áridas

CearáSecretário de Planejamento Antônio Cláudio Ferreira Lima.(1995) Hypérides Pereira de Macedo (1994)Coordenador Estadual Guilherme Lincoln A. Ellery (1994)

Rio Grande do NorteSecretário de Planejamento Adelírio Vasconcelos da Rocha (1995) Manoel Pereira dos Santos (1994) Eriberto Andrade (1994)Coordenador Estadual João Matos Filho (1994)

ParaíbaSecretário de Planejamento José Mariz (1995) Fernando Rodrigues Catão (1994) Coordenador Estadual Arimarcel Padilha de Castro (1994)

PernambucoSecretário de Planejamento João Joaquim Guimarães Recena (1995) Luís Alberto da Silva Miranda (1994) Coordenador Estadual Walmar Isaksson Jucá (1994)

AlagoasSecretário de Planejamento Jorge Toledo Florenço.(1995)

SergipeSecretário de Planejamento Marco Antonio de MeIo (1995) Antônio Carlos Borges Freire Coordenadora Estadual Suzana Andrade Gomes (1994)

BahiaSecretário de Planejamento Luiz Antônio Vasconcellos Carreira (1994/95) Waldeck Ornelas (1994)Coordenadora Estadual Maria das Graças Pinto Leite (1994) Coordenador Técnico Sebastião Roberto Bressan (1994)

Participação EspecialA relação a seguir inclui os participantes no processo de consulta à sociedade, no nível regional. Além destes, o Áridas contou com a colaboração de centenas de pessoas nos workshops estaduais de consulta à sociedade, bem como nos diversos seminários temáticos.

Rubens Vaz da Costa, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Tânia Bacelar, Walfrido Salmito Filho, Delille Guerra de Macedo, Luiz Otávio Cavalcanti, Clóvis Cavalcanti, Osmundo Rebouças, Lynaldo Cavalcanti, Dom Austragésilo de Mesquita, Dom Marcelo Cavalheira, Dom José Rodrigues, Armando Monteiro Neto, José Paulo Cavalcanti Filho, Blanchard Girão, Bento Moreira Lima Neto, Euclides Neto, Euclides Almeida do Nascimento, Alberto Carlos Pereira Filho, Ednilton Gomes Soares, Edmilson Machado de Almeida, Frei Enoque, Heraldo Pessoa, João Matos Filho, José Manoel de Macedo Costa, José Artur Padilha, José Gualberto, José Otávio Meira Lima, Lucilene Takahashi, Naide Teodósio, Nelson Saldanha, Odair da Silva Soares, Padre Manoel Lira Parente, Paulo Rosas, Pedral Sampaio, Robson Cavalcanti, Rosemiro Magno da Silva, Silke Weber, Severino Queiroz, Theodomiro Araújo, Vicente Madeira, Warwick Kerr, Jonas de Paiva Júnior, Adalva Alves Monteiro, Expedito Rufino de Araújo, Joaquim Santana, Maria Helena de Araújo, Ruy Belém de Araújo, Murilo Sérgio Drummond, José Tarcisio da Silva, Vânia Lourenço Sanches, Marcus Vinicius de Oliveira, Francisco das Chagas Trindade, Lourival Júnior de Holanda, João Emilio Lemos Pinheiro, Natália Pozzi Redko, Manoel Severino Ramos, Antônio Renato Aragão, Sandra Buarque, Ailton Pita Falcão, José Augusto Saraiva Peixoto, Sued de Castro e Silva.

Apoio Institucional

Governos dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia; Agência Brasileira de Cooperação-MRE; Ministério do Planejamento e Orçamento-MPO; Secretaria de Irrigação-MIR; Secretaria de Planejamento-MCT; SUDENE; BNB; CODEVASF; DNAEE; DNOCS; EMBRAPA; Fundação Joaquim Nabuco; IBAMA; IBGE; IPEA; Universidade Federal do Ceará; IlCA; Banco Mundial; Conselho Britânico; Unesco; Houston Advanced Research Center-HARC; Institute Resources for lhe Future-RFF; Massachusetts Institute of Technology-MIT; Fundação Esquel Brasil; INAE-Fórum Nacional.

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ção

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A presente edição eletrônica, que representa a recuperação do vasto

acervo correspondente, aos diversos textos técnicos e estudos

elaborados pelos muitos autores que contribuíram para o Projeto Áridas,

é fruto de um árduo trabalho de resgate das informações que foi iniciado

em 1995. Esta edição também representa o reconhecimento a todos

aqueles que contribuíram para sua materialização ao longo deste período,

seja a nível pessoal ou institucional. Em especial deve-se destacar o

apoio propiciado pelo Ministério da Integração Nacional no âmbito da

cooperação técnica com o Instituto Interamericano de Cooperação para

a Agricultura-IICA, que possibilitou a realização da presente obra.

___________________1 [email protected] – Coordenador do Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca na América do Sul - IICA/BID.

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tes A Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Sustentável-

ÁRIDAS 95, realizada no Recife-PE, teve como principal objetivo

aprofundar a discussão conceitual e propositiva da Estratégia de

Desenvolvimento Sustentável para o Nordeste Brasileiro, tomando

como referência o Projeto Áridas e a experiência de aplicação de sua

metodologia na elaboração dos Planos de Governo na maioria dos

Estados da Região.

Concebido a partir dos desdobramentos das discussões ocorridas

durante a ICID-Conferência Internacional sobre Impactos de Variações

Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas,

realizada em Fortaleza, em 1992, o Projeto Áridas propõe a mudança de

rumo do desenvolvimento, com vistas à redução da pobreza e a melhoria

da qualidade de vida da população, de uma perspectiva em que os

problemas da Região são considerados como questão nacional.

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Desenvolvida com base na metodologia Áridas, a estratégia tem como

elementos centrais a visão de longo prazo, a descentralização das ações,

a participação da sociedade, a não dissociação dos aspectos sociais e

econômicos e a preocupação com a sustentabilidade do desenvolvimento

em suas quatro dimensões: econômica, social, ambiental e política.

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura-IICA participou

da formulação do Projeto Áridas. Tratou-se de uma iniciativa proposta pela

Fundação Grupo ESQUEL patrocinada conjuntamente pelo Ministério do

Planejamento e Orçamento (à época SEPLAN-PR), pelos governos do Estado

do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e pelo Banco Mundial, contando

com a cooperação técnica do IICA.

Teve por objetivo formular uma estratégia de desenvolvimento

sustentável para o Nordeste brasileiro, utilizando uma metodologia

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inovadora, na medida em que abandonava os enfoques clássicos de

planejamento por setores e passava a considerar as distintas dimensões da

sustentabilidade em âmbito espacial, com um amplo processo de consulta

social.

O Projeto Áridas desenvolveu um conceito de desenvolvimento sustentável

ampliado para atender as especificidades do Nordeste, desde a preservação

de seus frágeis ecossistemas, até a inclusão de questões relacionadas à

pobreza, à debilidade institucional e à descontinuidade das políticas públicas

de desenvolvimento.

Esse trabalho envolveu organizações públicas e privadas de todos os Estados

do Nordeste, mobilizando, aproximadamente, uma centena de especialistas

nacionais e internacionais. Além de documento conceitual, com

estratégias e programas, os grupos de trabalho do Projeto Áridas

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produziram ainda 46 estudos temáticos, destacando-se os relacionados à

recursos hídricos, meio ambiente, economia, tecnologia, saúde, educação,

emprego, demografia e avaliação das políticas públicas.

Dentre esses estudos, foi realizada uma avaliação do sistema municipal

de governo no Nordeste compreendendo dois tipos de abordagem. Uma

mais horizontal analisou o conjunto do sistema em seus aspectos políticos,

institucionais, financeiros e de gestão; outra avaliou experiências de gestão

municipal bem sucedidas, selecionadas em cada um dos Estados do

Nordeste, mediante a realização de doze estudos de caso.

É de relevância destacar que a participação, a transparência, a mobilização da

sociedade local em torno de objetivos comuns e a probidade administrativa,

estiveram presentes como fatores de êxito em todos os casos

estudados.

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Esta avaliação, em particular, ofereceu ao IICA os elementos conceituais

e metodológicos para evoluir de uma atuação marcadamente local para o

âmbito municipal.

Do ponto de vista técnico, os estudos ofereceram ainda elementos para

que o IICA elaborasse os seguintes trabalhos: A Sustentabilidade do

Desenvolvimento Local – desafios de um processo em construção, por

Carlos Julio Jara, e a Metodologia de Planejamento do Desenvolvimento

Local e Municipal Sustentável, por Sérgio C. Buarque.

O IICA iniciou também trabalho de cooperação técnica, no âmbito dos

PCPRs, com visão municipal, destacando-se o apoio à formulação de cerca

de 250 planos de desenvolvimento municipal sustentável, à formação de

cerca de 700 conselhos e fóruns municipais e à promoção de capital

humano e capital social, traduzida na capacitação de 1,3 mil técnicos

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locais e quase 20 mil dirigentes de associações comunitárias.

Os trabalhos de âmbito municipal foram realizados em nove Estados

brasileiros, quais sejam: Acre, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,

Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais.

Seguidas avaliações dos resultados até então alcançados mostraram que,

embora de indiscutível importância e obtendo relevantes contribuições

para solucionar problemas locais, a escala comunitária e municipal não

conseguem realizar transformações econômicas mais profundas e apenas

produzem “pobres com dignidade”, não sendo este de per se um atributo

desejável do desenvolvimento. O grande desafio passou a ser, então, a

ampliação da atuação para uma escala geográfica maior, sem abandonar o

trabalho anterior.

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Para alcançar este propósito, estrategicamente, aproveitou-se do fato de

a metodologia do Projeto Áridas ter uma aplicação em áreas geográficas

mais abrangentes. O Projeto desempenhou, então, papel decisivo na

retomada, pelos Estados, do planejamento como instrumento estratégico e

programático de gestão pública. À época, os princípios neoliberais passaram

a presidir e orientar a ação pública e privada, salientando-se as leis de

mercado e a necessidade de encolhimento do Estado como balizadores

gerenciais obrigatórios, o que acabou por relegar o planejamento a um plano

secundário.

O Projeto Áridas recoloca, no plano regional, a retomada do planejamento em

novas bases conceituais e metodológicas, em que as organizações da sociedade

são protagonistas das ações. Esta foi uma contribuição de ordem política que,

do ponto de vista estratégico, superou, provavelmente, o substancioso

conteúdo dos estudos realizados e dos resultados obtidos.

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Pontificaram na região Nordeste, os estados da Bahia, de Pernambuco, do

Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e do Maranhão, os quais, com o

apoio técnico do IICA, tomaram a iniciativa de estabelecerem estratégias

estaduais de desenvolvimento sustentável, inspiradas na abordagem do

Projeto Áridas. Além disso, na maioria deles, foram elaborados planos sub-

regionais de desenvolvimento sustentável, quais sejam: Zona da Mata e

Sertão em Pernambuco, Vale do Piranhas, Agreste e Brejo na Paraíba, Semi-

Árido na Bahia, Seridó e Litoral Norte no Rio Grande do Norte e territórios das

comunidades Quilombolas no Maranhão.

Registre-se, ainda, que no Centro-Oeste do Brasil e no Distrito Federal e

entorno, foram elaborados planos utilizando a lógica do Projeto Áridas, todos

eles, no âmbito de projetos de cooperação técnica, mantidos entre o IICA e

o Ministério da Integração Nacional.

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iva Após detalhado levantamento documental constatou-se que os

produtos técnicos gerados durante o Projeto Áridas encontram-se

parte em meio digital e sem padrão editorial, parte em meio físico e

quando existente em meio digital, em versões diferentes ao documento

físico. A documentação eletrônica encontra-se em diversos softwares

de edição e sem padrões de formatação, uma vez que foram gerados

ao longo de um extenso período de tempo e por diversos autores, o que

ocasionou tal disparidade entre os editores de textos utilizados na época

e suas respectivas formatações.

Em função da riqueza técnica da informação disponível, e das constantes

solicitações de terceiros, estudiosos, pesquisadores e de projetos de

cooperação técnica que buscam acesso ao acervo gerado pelo

Projeto Áridas, julgou-se imperativo consolidar e preservar esta

autêntica base de informações e conhecimentos da região do

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semi-árido do Nordeste do Brasil. Para o atendimento à esta demanda e

o compromisso assumido por ocasião da reunião da CCD +10 realizado

em Fortaleza, houve um forte empenho para avaliar a situação da base

de dados documental e da necessidade para a sua recuperação integral,

o que requereu um vasto trabalho de digitalização, padronização editorial

e revisão gramatical dos documentos.

Para desenvolver os serviços pertinentes, foram contactadas empresas

especializadas de editoração gráfica que tiveram a oportunidade de

avaliar a magnitude dos trabalhos, tendo sido contratada finalmente para

a execução dos trabalhos a empresa Focalize Produção Gráfica.

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os O Projeto Áridas teve como objetivo elaborar uma nova estratégia

para o desenvolvimento sustentável do Nordeste e elaborar

modelos de planejamento e de gestão para o desenvolvimento

sustentável em níveis regional, estadual e municipal. Representa

um esforço em colaboração de instituições do Governo Federal, dos

Governos Estaduais, de universidades e instituições de pesquisa

nacionais e estrangeiras, de instituições de financiamento e de

organizações não-governamentais.

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s No início de 1992, realizou-se, em Fortaleza, a ICID - Conferência

Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e

Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas. Preparatória

para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento (CNUMAD), a ICID contou com a participação

de cientistas, policy makers e representantes da sociedade civil,

oriundos de 45 países. A ICID foi patrocinada pelo Governo do Ceará

e outras instituições nacionais e estrangeiras, tendo sido organizada

pela Fundação Esquel Brasil, uma organização não-governamental. A

Declaração de Fortaleza, aprovada ao final da ICID, recomendou que o

“Desenvolvimento Econômico, Social e Ambientalmente Sustentável,

das Regiões Semi-Áridas deve ser perseguido como aspiração maior”.

Posteriormente, essa recomendação foi reafirmada pelo relatório

da Comissão Mista do Senado sobre o Desequilíbrio Econômico

Inter-Regional Brasileiro (Relatório Beni Veras, 1993).

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Logo após a ICID, em fevereiro de 1992, um grupo interdisciplinar de

cientistas, pesquisadores, técnicos governamentais e representantes de

ONG’s, reuniu-se em Fortaleza para discutir as implicações da ICID para

o Nordeste. Deste grupo inicial participaram representantes do Governo

do Ceará, do Banco do Nordeste do Brasil, da Universidade Federal do

Ceará, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA, e

da SUDENE, sob a liderança da Fundação Esquel. Participaram também

representantes de organizações estrangeiras de pesquisa: do Instituto

Recursos para o Futuro (RFF), de Washington, e do Centro de Estudos

Avançados de Houston (HARC). Posteriormente, em novos encontros,

seminários, workshops e equipes de trabalho, juntaram-se novas

instituições: os Governos da Bahia e de Pernambuco, que foram seguidos

pelos do Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Piauí e Maranhão;

o CNPq, o DNOCS, a CODEVASF, a Secretaria de Planejamento do

Ministério da Ciência e Tecnologia, a Universidade de Texas A & M, o

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Departamento de Estudos Urbanos e Planejamento do MIT, o IBGE, o IPEA,

o Banco Mundial, a Fundação. Joaquim Nabuco, e o Instituto Nacional de

Altos Estudos (INAE).

Ao final, o Projeto contou com a participação de oito Estados do Nordeste,

tendo a sua coordenação assumida pela então Secretaria de Planejamento

da Presidência da República. Para a elaboração dos estudos básicos,

contou-se com o apoio do Banco Mundial, através do PAPP - Programa de

Apoio ao Pequeno Produtor -, tendo a cooperação técnica ficado a cargo

do IICA-Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura. Durante

dois anos realizou-se o trabalho de desenvolvimento metodológico e de

articulação interinstitucional, visando viabilizar a elaboração da estratégia

Áridas.

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Concluído o trabalho inicial, de formulação metodológica e de articulação

para as adesões institucionais, iniciou-se, em maio de 1994, o processo

de desenvolvimento dos estudos básicos. Ao todo, foram elaborados,

no curto espaço de seis meses, quase 50 trabalhos (relação constante

deste documento), bem como a estratégia geral. Mais do que o trabalho

técnico interinstitucional, destaca-se o amplo processo de consulta à

sociedade nordestina, através de inúmeros seminários, workshops,

reuniões de trabalho e questionários dirigidos.

A relação das instituições participantes na fase final de elaboração da

estratégia, consta na lista de representantes do Conselho Superior, do

Conselho Regional e do Comitê Técnico do Projeto Áridas, apresentada

neste documento.

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o Desde o Relatório das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e

Meio Ambiente (Nosso Futuro Comum, Comissão Brundtland),

o desenvolvimento sustentável tem sido recomendado como a

solução apropriada para os problemas do atraso econômico e social,

bem como da depredação do meio ambiente. Contudo, nenhuma

metodologia foi desenvolvida para traduzir, em nível do planejamento

real, o conceito do desenvolvimento sustentável em uma estratégia

operacional.

A primeira tarefa do Projeto Áridas foi, portanto, trazer a idéia de

sustentabilidade para o nível do instrumental de planejamento.

Desenvolvimento sustentável foi redefinido como desenvolvimento

durável, o que tem capacidade de permanência ao longo do tempo.

Coerente com as propostas do Nosso Futuro Comum e da CNUMAD,

o conceito foi expandido, em vez de apenas ambiental, mas também

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Page 23: Projeto Áridas

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econômico, social e político. Os princípios de visão de longo prazo,

participação e parceria da sociedade e descentralização, no contexto de

uma economia aberta, integrada ao resto do País e do mundo, tornaram-

se necessários para adaptar o planejamento ao contexto dos processos

econômicos, sociais e políticos do fim de século.

O quadro metodológico para a elaboração de todos os estudos deveria

compreender as seguintes tarefas: a) Construção de um diagnóstico

da sustentabilidade atual do desenvolvimento regional, com base em

indicadores de desenvolvimento sustentável, nas suas várias dimensões;

para elaborar este diagnóstico foi necessário organizar uma base de dados,

que deverá ser aproveitada na montagem de um Sistema de Informações

Geográficas, cujo projeto é também um dos produtos desta fase do

Áridas; b) Construção de cenários tendências da sustentabilidade

para os anos 2000, 2010 e 2020, com base em projeções estatísticas

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Page 24: Projeto Áridas

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e na experiência e conhecimento dos pesquisadores sobre possíveis

mudanças nas tendências; c) Construção de cenários desejados-possíveis,

com base em processo organizado de consulta à sociedade; d) Análise de

vulnerabilidade da situação atual e dos cenários tendências e desejados em

relação aos problemas ambientais-climáticos, em particular às secas; e)

Análise das lições de sucesso e de insucesso das experiências de políticas

regionais, estaduais e locais de desenvolvimento; e f) Construção de uma

nova estratégia de desenvolvimento regional sustentável, incorporando os

conhecimentos decorrentes das fases anteriores.

Desde o início, o trabalho de desenvolvimento dos estudos deveria realizar-

se de forma a legitimá-Ios perante a sociedade nordestina e brasileira. Sob

a coordenação geral do Ministério do Planejamento, foram criados

sete grupos de trabalho, cobrindo todas as áreas de interesse para

o desenvolvimento: recursos naturais e meio ambiente, recursos

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hídricos, recursos humanos, economia, ciência e tecnologia, ordenamento

do espaço, avaliação das políticas e participação da sociedade. Cada grupo,

de formação interdisciplinar, contou com representantes de diferentes

instituições, bem como de especialistas contratados. Incumbiu-se cada

um de conjunto de estudos básicos, seguindo as tarefas sugeridas pelo

quadro metodológico geral.

Os trabalhos foram previstos em cinco fases: A primeira, de realização dos

estudos básicos; A segunda, de redação dos relatórios consolidados dos

grupos e do relatório final; A terceira, de elaboração da estratégia geral;

Uma quarta fase corresponderia à construção, de forma descentralizada,

pelas instituições federais e pelos Estados, de suas respectivas estratégias

setoriais e estaduais. A quinta fase seria de implementação (inclusive

acompanhamento, avaliação e retro alimentação) das estratégias

setoriais e Estaduais.

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Page 26: Projeto Áridas

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O processo de consulta à sociedade, além de ter sido recomendado como

estratégia às equipes setoriais específicas, foi organizado por temas e grupos

de trabalho. Compreendeu a realização de seminários nos diversos Estados,

com adoção de metodologia especial (Metaplan), com a representação

dos diferentes segmentos da sociedade de cada Unidade da Federação.

Um seminário final foi realizado com representantes de toda a região.

Adicionalmente, foi utilizado o processo Delfos Político, com questionários

submetidos a cem personalidades do Nordeste, representativa dos diversos

segmentos sociais. Como resultado desse trabalho, foi possível desenvolver

o cenário desejado pelos nordestinos para o desenvolvimento regional, e

testá-Io sobre sua viabilidade. O cenário desejado não é uma utopia, na

medida em que é confrontado com os meios necessários à sua realização.

Da comparação entre o diagnóstico atual, o cenário tendencial (caminho

tendencial) e o cenário desejado, foi possível elaborar a proposta de

estratégia de desenvolvimento sustentável (caminho desejável).

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Page 27: Projeto Áridas

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Vários Estados decidiram, paralelamente, montar equipes Áridas para

replicar ou adaptar, em nível estadual, os trabalhos da equipe regional. Os

estudos estaduais seguiram, em geral, a mesma metodologia do Projeto

Áridas. Em decorrência, inúmeros estudos foram produzidos por vários

Estados. Esses estudos estão servindo de base para a definição dos planos

estaduais de desenvolvimento dos novos governos estaduais.

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Page 28: Projeto Áridas

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s Dos trabalhos realizados até agora resultaram este documento

de Estratégia Geral e estudos específicos. Uma relação de

estudos e respectivas equipes consta deste documento. Deve-se

adicionar a esses os vários outros estudos realizados nos Estados.

Concluída a fase de elaboração e proposição, as novas fases passam

pela internalização da metodologia de planejamento Áridas junto

às diversas instituições de planejamento e de desenvolvimento,

do Governo Federal e dos Estados. Assim, como durante a fase

de elaboração, a fase de implementação também depende de livre

adesão das instituições envolvidas. Este processo já se iniciou,

contudo, em nível de alguns Estados, onde a estratégia Áridas serve

de base para elaboração de Planos Estaduais de Desenvolvimento

Sustentável, com perspectiva de longo prazo.

Silv

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Page 29: Projeto Áridas

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No nível Acadêmico, diversos trabalhos de monografias e teses foram

desenvolvidos, que serão objeto de um futuro trabalho de adensamento

do acervo Áridas, assim como, a obtenção e registro das citações em

obras e programas diversos que utilizaram o paradigma como base

referencial.

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Silv

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Page 30: Projeto Áridas

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Grupos de Trabalho/Estudos Temáticos Regionais

Coordenação Geral

- DOCUMENTO BÁSICO - Antônio Rocha Magalhães, Eduardo Bezerra Neto e Sthais Panaguides

- NORDESTE: UMA ESTRATÉGIA PARA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA Ricardo R. A. Lima

- MAKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT HAPPEN: A MODEL POLICY PROCESS FOR ACTION AT THE REGIONAL LEVEL - Jürgen Schmandt

GT I - Recursos Naturais e Meio Ambiente

1.1. CLIMA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO NORDESTE - Paulo Nobre

1.2. CONDIÇÕES DO USO E PERSPECTIVA DE USO SUSTENTÁVEL DOS GEOAMBIENTES DO SEMI-ÁRIDO (EMBRAPA)

Fernando Barreto Rodrigues e Silva, Iêdo Bezerra de Sá, Mateus Rosas Ribeiro, Antônio Cabral Cavalcanti, Jean Claude Leprun, Laurindo Ferreira Guimarães Júnior, Jurandir Gondim Reis, José Coelho de Araújo Filho, Nestor Corbiano de Sousa Neto, José Carlos Pereira dos Santos, Manuel Batista de Oliveira Neto, Roberto da Boa Viagem Pharayba, Giles Robert Riché, Georges André Fotius, Aldo Pereira Leite, David Ferreira Gomes.

1.3. CONDIÇÕES DE USO ATUAL, CONSERVAÇÃO E PERSPECTIVA DE UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DA VEGETAÇÃO NO SEMI-ÁRIDOAgostinho Fernandes Bezerra, Carlos Monteiro Villa Verde, Francisco Barreto Campelo, Leonardo Alves Ferreira

1.4. USO E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO SEMI-ÁRIDO Benedito Vasconcelos Mendes

1.5. IMPACTOS AMBIENTAIS DAS ATIVIDADES HUMANAS SOBRE A BASE DE RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS NO SEMI-ÁRIDORonaldo Ramos Vasconcelos, Wilson Torres Filho

1.6. USO ATUAL E PERSPECTIVA DO USO POTENCIAL SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS DO NORDESTE Eduardo Mendoza Torrico

1.7. RECURSOS NATURAIS NÃO RENOVÁVEIS (SUDENE)Carlos Almiro Aloreira Pinto

GT II - Recursos Hídricos

2.1. RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE SEMI-ÁRlDOWalter Martins Ferreira Filho, Valdenor Nilo de Carvalho Júnior , Henrique Jorge Sousa da Mota

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2.2. SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO DO SEMI-ÁRlDO SOB O PONTO DE VISTA DOS RECURSOS HÍDRICOSJoaquim Guedes C. Gondim Filho

2.3. VULNERABILIDADE DO SEMI-ÁRIDO ÀS SECAS, SOB O PONTO DE VISTA DOS RECURSOS HÍDRICOSJosé Nilson Beserra Campos

2.4. POLÍTICAS DE RECURSOS HÍDRICOS PARA O SEMI-ÁRIDO NORDESTINO Manoel Sylvio Carneiro Campello Netto, Antônio Ermano Interaminense

2.5. QUALIDADE E CONSERVAÇÃO DA ÁGUA, COM VISTAS AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO Raimundo Oliveira de Sousa, Francisco Suetônio Mota

2.6. ÁGUA SUBTERRÂNEA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRlDO NORDESTINO

Waldir Duarte Costa

2.7. ESTUDO SOBRE PROPOSTAS DE TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCOPaulo José Poggi da Silva Pereira

GT III - Desenvolvimento Humano e Social

3 1. EDUCAÇÃOJacobo Waiselfiss

3.2. SAÚDE Adauto Castelo Filho, Antônio Carlile H. Lavor, Carlos Alberto P. Nedel, Ennio Svitone, Maria Elizabeth Barros

3.3. DEMOGRAFIAGeorge Martine, Laura R. Wong

3.4. POBREZA E EXCLUSÃO SOCIALLeonardo Guimarães Neto

3.5. EMPREGO João Policarpo Rodrigues Lima

GT IV - Organização do Espaço Regional

4.1. GLOBALIZAÇÃO DO ESPAÇO NORDESTINO (IBGE)Manuel Lamartin Montes, Helge Henriette Sokolonski, Antônio Lúcio Bentes da Fonseca, Enéas Gois da Fonseca, Eugênio Antônio de Lima, Loriza Azevedo, Regina Coeli Ribeiro da Costa, Vânia Márcia Almeida Vera Lúcia de Souza Ramos.

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Page 32: Projeto Áridas

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4.2. ORGANIZAÇÃO E ORDENAMENTO DO ESPAÇO URBANO Speridião Faissol

4.3. AGRICULTURA IRRIGADAHermino Ramos de Sousa

4.4. AGRICULTURA DE SEQUEIRO, PECUÁRIA E PESCA INTERIOR Caetano Ernesto Pereira de Araújo, Mauro Márcio Oliveira

4.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO REGIONAL E INDÚSTRIAMaurício Romão, Girley Brazileiro

4.6. A QUESTÃO FUNDIÁRIA NO NORDESTE FRENTE A UMA PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO José Garcia Gasques

4.7. SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SUDENE) Osvaldo Ari Abib

GT V - Economia, Ciência e Tecnologia

5.1. DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO Paulo Haddad

5.2. MACROECONOMIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE: OS ANOS 1960-1994 E OS CENÁRIOS PARA AS PRÓXIMAS DÉCADAS Gustavo Maia Gomes, José Raimundo Oliveirta Vergolino

5.3. ENERGIA Francisco das Chagas Pereira, Alencar Soares de Freitas

5.4. TRANSPORTESErickson Luiz Dias Pereira

5.5. FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTOClonilo Sindeaux, Walter Queiroz, Éverton Chaves Correia e Cinthya Diógenes(colaboradora}

5.6. SEGURANÇA ALIMENTAR Antônio Claúdio Ferreira Lima e Alfreda Lopes Filho

5.7. CIÊNCIA E TECNOLOGIALynaldo Cavalcante, Ivonilso Correia, Ivan Rocha Neto, Almir Silveira Menelau, José Francisco de Araújo, Márcia Roberto Duarte Watts

5.8. SANEAMENTO BÁSICO (IPEA) Paulo Pitanga do Amparo, Evandro Nascimento, Ysnard Machado Ennes

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GT VI - Políticas de Desenvolvimento e Modelo de Gestão

6.1. AVALIAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE GOVERNO Paulo Pereira Gusmão

6.2 AVALIAÇÃO DAS EXPERlÊNCIAS EXITOSAS DE MUNICIPALIZAÇÃO Paulo Pereira Gusmão

6.3. AVALIAÇÃO DE PROJETOS COMUNITÁRIOSMargarida Maria Matos

6.4. AVALIAÇÃO DAS INICIATIVAS NÃO-GOVERNAMENTAIS Margarida Maria Matos

6.5. AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONALJosé Otamar de Carvalho

6.6. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELEster Aguiar de Sousa

6.7. METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELReynaldo R. Ferreira

6.8. BASES REFERENCIAIS PARA UM MODELO DE GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO NORDESTEAécio Gomes de Matos

6.9. PROJETO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL SUSTENTÁVEL Sérgio C. Buarque, Lucila Bezerra e a colaboração especial de Carlos Jará e Cláudio Marinho

GT VII - Integração com a Sociedade

7.1. CENÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELSérgio Cavalcanti Buarque e Eduardo Bezerra Neto

7.2. DELFOS POLÍTICO Sérgio Cavalcanti Buarque, Ester Maria Aguiar de Sousa, Iracema Rodriguez, Rosa Figueredo, Jürgen Schmandt, Sean McKaughan, Eduardo Bezerra Neto.

7.3. PARTICIPAÇÃO E CIDADANIA Horácio Martins de Carvalho

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