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8/4/2019 projeto arborização a http://slidepdf.com/reader/full/projeto-arborizacao-a 1/9 Instituto Federal Norte de Minas – Campus Januária Bacharelado em Administração – 7º Período Gestão Ambiental Prof.: Wallisson da S. Freitas Projeto: Arborização da Cidade de Januária Trabalho apresentado ao professor Wallisson como parte das exigências de avaliação da disciplina Gestão Ambiental, do 7º período do curso de Bacharelado em Administração. Antonio Vidal Junior / Francisco P. Matos / Fábio P. Correa

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Instituto Federal Norte de Minas – Campus Januária

Bacharelado em Administração – 7º Período

Gestão Ambiental

Prof.: Wallisson da S. Freitas

Projeto: Arborização da Cidade de Januária

Trabalho apresentado ao professor Wallisson como parte das exigênciasde avaliação da disciplina GestãoAmbiental, do 7º período do curso deBacharelado em Administração.

Antonio Vidal Junior / Francisco P. Matos / Fábio P. Correa

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Januária, Outubro 2010

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 03

2. DESENVOLVIMENTO 03

3. INTRODUÇÃO 04

4. OBJETIVO 05

5. METODOLOGIA 05

6. DIRETRIZES E RECOMENDAÇÕES 07

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 07

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 09

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1. APRESENTAÇÃO

Todos os povos do planeta vivem hoje em maior ou menor grau o inesgotáveldilema relativo a duas preocupações vitais: a escassez de energia e de

recursos naturais.

Com o avanço do conhecimento científico acerca dos sistemas naturais, e oadvento de movimentos sociais e da utilização de meios de comunicação emmassa voltados para uma conscientização geral, tem sido gradativamentederrubado o “mito” de uma natureza infinita e da moderna tecnologia comosolução para todos os problemas, o que ao longo do tempo fundamentou umaeconomia linear contrária à complexidade dos ciclos naturais.

Desse modo, a sociedade humana encontra-se “encurralada” entre a

necessidade de avançar no progresso, e fazer com que os recursos do planetaresistam e forneçam subsistência a esse progresso, tornando-se aindadisponíveis às gerações futuras.

Apesar de verídica, essa realidade mostra-se ainda distante. Os caminhosalternativos que permitem conjugar desenvolvimento socioeconômicoambientalmente sustentável já são percebidos por muitos, mas executados por poucos. E nesse contexto, a sociedade inicia um processo de reflexão sobre asquestões ambientais a partir de suas percepções sobre as alterações noambiente, e consequentemente em sua qualidade de vida. Assim, os que

habitam a cidade se conscientizam da importância da gestão ambiental atravésda ocorrência de momentos desagradáveis como a falta de água e de energia,o calor excessivo, e a inexistência de espaços de lazer.

2. DESENVOLVIMENTO

O projeto tem por finalidade, diagnosticar a situação atual da arborização viáriado município, dotando Januária de diretrizes que possibilitem a gestão e o

gerenciamento da arborização urbana. Neste sentido, será realizado olevantamento de dados quali-quantitativos das árvores localizadas na áreaurbana, que acompanham o sistema viário da cidade.

O projeto será estruturado em quatro partes. Na primeira, intitulada introdução,será contextualizado o conhecimento sobre arborização viária e serãoapresentados dados relevantes do município de Januária.

Na segunda parte serão apresentadas as metodologias utilizadas para odesenvolvimento das atividades de campo.

O Inventário da arborização de Januária será apresentado na terceira parte.

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Por fim serão apresentadas as Diretrizes e Recomendações para a arborizaçãoda cidade.

3. INTRODUÇÃO

Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pelo meio urbano. Ascidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida edesordenada, sem um planejamento adequado de ocupação, provocandovários problemas que interferem na qualidade de vida do homem que vive nacidade.

Atualmente, a maioria da população humana vive no meio urbanonecessitando, cada vez mais, de condições que possam melhorar aconvivência dentro de um ambiente muitas vezes adverso.

Cerca de 87% da população brasileira vive em cidades que se montam emestruturas como asfaltos, edificações, pisos de concreto, telhas de cerâmica,amianto, vidros e estruturas metálicas, elementos com alta capacidaderefletora, que geram micro climas quentes denominados ilhas de calor, além decompactação e impermeabilização do solo. Uma possível solução para essesproblemas seria a implementação de estruturas arbóreas em vias públicas,praças e áreas de preservação (SILVA FILHO, 2005).

A vegetação, pelos vários benefícios que pode proporcionar ao meio urbano,

tem um papel muito importante no restabelecimento da relação entre o homeme o meio natural, garantindo melhor qualidade de vida.

Segundo Lombardo (1990), os benefícios da arborização podem ser resumidostal como apresentado no Quadro 1.

Composiçãoatmosférica

- Ação purificadora por fixação de poeiras e materiais residuais;- Ação purificadora por depuração bacteriana e de outros microorganismos;- Ação purificadora por reciclagem de gases através de mecanismosfotossintéticos;- Ação purificadora por fixação de gases tóxicos.

Equilíbrio

solo – climavegetação

- Luminosidade e temperatura: a vegetação ao filtrar a radiação solar suaviza

as temperaturas extremas;- Umidade e temperatura: a vegetação contribui para conservar a umidade dossolos, atenuando sua temperatura;- Redução na velocidade dos ventos;- Mantém as propriedades do solo: permeabilidade e fertilidade;- Influência no balanço hídrico.

Níveis deruído

- Amortecimento dos ruídos de fundo sonoro contínuo e descontinuo de caráter estridente, ocorrente nas grandes cidades.

Estético - Quebra da monotonia da paisagem das cidades, causada pelos grandescomplexos de edificações;- Valorização visual e ornamental do espaço urbano;- Caracterização e sinalização de espaços, constituindo-se em um elemento deinteração entre as atividades humanas e o ambiente.

Quadro 1.: Benéficos da arborização

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Como se pode observar são muitas as vantagens da arborização, porémpoucas cidades brasileiras possuem um planejamento nesse sentido, o quepode ocasionar problemas como o plantio de espécies em locais inadequados,que podem ao invés de trazer benefícios à população, gerar transtornos edesconfortos. Nas áreas urbanas, construções e demolições de edificações e

plantio e corte de árvores são constantes, dificultando ainda mais um planoestratégico de gestão pública que vise manter e ampliar a qualidade daarborização urbana dessas cidades (SILVA FILHO E BORTOLETO, 2005).

4. OBJETIVO

Planejar e executar de forma participativa projetos de arborização urbana,identificando pontos de plantio potencial e manejo da vegetação existente,visando o aumento da cobertura vegetal e os seus benefícios à sociedade. O

presente projeto visa também planejar harmoniosamente e concomitantementea arborização e as intervenções urbanas, programar o atendimentopermanente das suas necessidades e assegurar as condições essenciais àconcretização dos programas de arborização, que serão descritos maisadiante.

5. METODOLOGIA

5.1. Levantamento topográfico da zona urbana;

Realização de levantamento georreferenciado ou não, por amostragem oucenso para a caracterização da arborização urbana (espécie, porte, localizaçãoetc.) da área do projeto.

5.2. Locação da Rede Elétrica;

Efetuar parceria com a CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerias,visando a utilização de software que contempla a locação de toda a rede dedistribuição urbana de energia.

5.3. Inventários;

5.3.1 Árvores existentes:

É preciso conhecer a arborização urbana da cidade para potencializar as suasqualidades e corrigir os seus aspectos negativos. Essa avaliação pode ser feitasob diferentes pontos de vistas, que se complementarão. Será necessário umcadastro com informações objetivas das árvores existentes e suas condiçõesgerais, assim como uma identificação das necessidades presentes, levando emconta não só os aspectos técnicos, mas a percepção da comunidade.

5.3.2 Espaços Públicos:

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A referida atividade consiste em analisar de forma quantitativa e qualitativa aarborização dos espaços públicos de Januária, levantando superficialmente aquantidade das espécies existentes e as condições fitossanitárias destas.Identificar e definir, através de mapas recentes e de pesquisas de campo, asáreas urbanas e urbanizáveis da cidade. Os espaços públicos propícios à

arborização e/ou revitalização das espécies existentes como praças, parques,escolas municipais, ruas, áreas verdes e qualquer outro espaço que possaacolher o projeto serão visitados pela equipe técnica.

5.4. Classificação das árvores apropriadas para arborização;

Contratar profissional da área para indicação de espécies apropriadas para anossa cidade.

5.5. Divisão da cidade em zonas;

Dividir a cidade em dez setores para viabilizar alocação de recursos edesenvolvimento das mudas para a implantação do projeto.

5.6. Espécies a serem plantadas;

5.6.1 Avaliação

Será elaborada uma avaliação da arborização urbana e uma discussão dosseus resultados com grupos interessados, que deverão identificar asprioridades de ação, além de analisar as demandas e as potencialidades doslocais, indicando a categoria de arborização mais eficaz para cada ambiente.

5.6.2 Categorias

As categorias de arborização (arborização de calçadas, canteiros de viaspúblicas, de praças, de jardins e de outras áreas verdes) se complementam,mas uma não substitui as outras. Cada uma exige um nível de manejo diferentee também proporciona benefícios distintos. Algumas vezes, o diagnóstico podeapontar a impossibilidade de se implantar a arborização em calçadas, por serem muito estreitas, com construção sem recuo e fiação aérea muito baixa.Nessas condições, árvores em calçadas seriam um problema e não uma

solução. A alternativa, em casos como esses, é priorizar a arborização depraças já existentes ou criação de novas praças.

5.7. Quantificação por espécie e por zona;

Definidos os locais mais carentes de arborização, novas análises deverão ser feitas em campo. A equipe técnica deverá ir aos locais e observar:

a) Atividades mais comuns (comércio, residências, lazer, indústrias e serviços);

b) Largura das ruas e dos passeios;

c) Existência de pavimentação nas ruas e calçamento nos passeios;

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d) Iluminação pública e redes elétricas (altura e lado da fiação, espaçamentoentre postes, tipo e altura da iluminação);

e) Redes subterrâneas de água, esgoto, energia e telecomunicações(localização e profundidade);

f) Tipo e intensidade de tráfego;

g) Recuo das construções;

h) Fatores ambientais (clima e solo do local);

i) Aspectos socioeconômicos e histórico-culturais da comunidade;

 j) Preservação e utilização das praças pela população.

Todos esses elementos e mais algumas conversas com os moradores ouusuários poderão ajudar a escolher a espécie adequada e definir os cuidadosnecessários ao desenvolvimento das árvores. O plantio em praças e jardins deescolas certamente serão mais simples, pois não se encontram tantosempecilhos ao desenvolvimento das árvores como nas calçadas. No entanto, éimportante observar a frequência do local (se há muitas crianças, por exemplo,ou prática de exercícios físicos e esportes).

5.8. Estabelecimento de parcerias (IEF, EMATER, IFNMG, PMJ, Policia Militar,Escolas, Ministério Público e Conselho Municipal de Meio Ambiente);

5.9. Definição do cronograma de implantação;

5.10. Elaboração planilha de custos por etapas e total;

6. DIRETRIZES E RECOMENDAÇÕES

O planejamento da arborização e sua realização em conformidade com normase diretrizes racionaliza a ocupação do espaço e diminui ações de manejonecessárias para manutenção da árvore ao longo de sua existência.

As espécies a serem utilizadas e seus locais específicos de instalação devem

ser pormenorizadas em projeto executivo com a localização exata de plantio, oporte das mudas assim como o tamanho das covas de plantio, a maneiracorreta de preparo e a forma do canteiro definitivo.

Devem se observadas as exigências específicas, tais como condições declima, umidade e solo. Lembrando que para cada local existe uma espécieadequada, não é possível generalizar propostas de soluções, sem o risco decometer erros graves.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Embora sejam inúmeros os benefícios proporcionados pelas árvores, oreconhecimento histórico destes pela população brasileira tem deixado adesejar.

Mesmo atualmente, as árvores das ruas e avenidas continuam sendodanificadas, mutiladas, ou mesmo eliminadas, quando se trata de reformas

urbanas como alargamento de vias, conserto de encanamentos, manutençãoda rede elétrica, construção e reforma de edificações residenciais, comerciais emesmo institucionais.

As árvores podadas têm seu aspecto original alterado e jamais satisfarão asexigências impostas pela estética e ciência, embora possam satisfazer àsexigências que lhes são feitas pela salubridade pública. Portanto, é bom quetenhamos árvores com seu porte natural, e para tê-las, é necessário que lhesproporcionemos o espaço correspondente à sua natureza e um trabalhoconstante de educação para sensibilização da população quanto a suaimportância.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LOMBARDO, M.A. Vegetação e clima. In: Encontro Nacional de ArborizaçãoUrbana. Resumos.FUPEF, Curitiba. 1990. p.1-13.

SILVA FILHO, D.F. Indicadores de floresta urbana a partir de imagens aéreasmultiespectrais de alta resolução. Scientia Forestalis n. 67, p.88-100, abr. 2005.Disponível em: <URL: http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr67/cap09.pdf>.Acessado em 23/08/2009.

SILVA FILHO, D. F. ; BORTOLETO, S. Uso de indicadores de diversidade nadefinição de plano de manejo de arborização viária de Águas de São Pedro-SP. R. Árvore, Viçosa-MG, v.29, n.6, p.973-982, 2005.

Projeto de arborização urbana – Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães – Bahia- Setembro de 2009. http://www.luiseduardomagalhaes.ba.gov.br/.../projeto-arborizacao-de-lem.pdf 

Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande, MS – 2010 -http://www.capital.ms.gov.br/meioambiente/canaisTexto?id_can=3998