projeto +60: informações da fiocruz sobre o idoso no brasil
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Apresentação sobre o idoso no Brasil que leva em consideração saúde, condição sócio-econômica, papel na sociedade e outros aspectos do universo do idoso. Informações da Fundação Oswaldo Cruz.TRANSCRIPT
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Criada em 25 de maio de 1900 no Rio de Janeiro
Nasceu com a missão de combater os grandes problemas da saúde pública brasileira.
Centro de conhecimento da realidade do País e de valorização da medicina experimental, vinculada ao Ministério da Saúde.
Promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento cienAfico e tecnológico, ser um agente da cidadania.
Mais informações: hIp://www.fiocruz.br
FIOCRUZ (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ)
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Remédios e o idoso: • Idosos são importantes consumidores de medicamentos, sendo que 50% deles têm
renda pessoal menor que um salário-‐mínimo, e o gasto médio mensal com remédios compromete, aproximadamente, um quarto dessa renda (25%).
• Os medicamentos para o sistema nervoso central, analgésicos e anRinflamatórios são amplamente uRlizados revelando o desconforto que o ‘estar ansioso’ e as dores agudas causam nos idosos.
• O uso simultâneo de diversas especialidades farmacêuLcas (medicamentos) é uma práRca comum entre a terceira idade, na média, uRlizam diariamente pelo menos 3 medicamentos diferentes.
• Os idosos são, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado na sociedade, devido ao aumento da prevalência de doenças crônicas com a idade.
• Os medicamentos representam um dos itens mais importantes da atenção à saúde do idoso.
• As doenças cardiovasculares lideram as causa de morbi-‐mortalidade em indivíduos acima de 65 anos.
• As classes farmacológicas mais uRlizadas são os anL-‐hipertensivos, depois os diuréLcos, seguidos pelos medicamentos para circulação periférica, anRinflamatórios não-‐esteróides, anRanginosos, hipnóRcos e sedaRvos e anRulcerosos.
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Remédios e o idoso, APRENDIZADOS: • Idoso carrega e precisa tomar remédio ao longo do dia. Seria importante ajudá-‐los a
lembrar dos horários, dar tempo para eles tomarem, fornecer algo para portarem os remédios e para beberem água.
• Muitas vezes o mau humor, a impaciência e certos comportamentos estranhos do idoso podem decorrer das dores e da ansiedade que naturalmente aumentam com a idade e as doenças. Também, pode decorrer dos medicamentos que tomam e de seus efeitos colaterais.
• Ter alguém na BSP mais capacitado para entender este universo das doenças e remédios dos idosos, poderia ajudar a encaminhar para uma assitência profissional caso algum idoso apresente problemas na BSP.
• Idosos talvez precisem ir com maior frequencia ao banheiro, então, as aRvidades e equipamentos para os idosos poderiam ficar mais próximos do banheiro e poderiam considerar uma pausa para que eles pudessem ir.
• Como o idoso em geral ganha pouco e tem parte do seu rendimento gasto com remédios, oferecer aRvidade, ajuda ou serviço gratuitamente a ele ou que lhe ajudam a poupar, será importante.
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• A literatura cienAfica aponta os exercícios Osicos como grandes aliados na prevenção da fragilidade, uma vez que aumenta a força muscular e melhora o equilíbrio, sendo considerada uma estratégia importante, além de possuir baixo custo.
• No Brasil, apesar da alta prevalência, a artrite não está na pauta da saúde pública. Recomenda-‐se a sua inclusão nessa pauta para a melhora do seu diagnósRco e implementação de programas educacionais, enfaLzando o autocuidado para prevenção da incapacidade.
• Estudos têm mostrado que, entre idosos, o risco da incapacidade funcional dobra a cada década de vida.
• Mais de 15% dos idosos têm alguma incapacidade para aRvidades diárias (banhar-‐se, vesRr-‐se, ir ao banheiro, ser conRnente, alimentar-‐se e locomover-‐se).
• Segundo os estudiosos, a prevalência de incapacidades funcionais encontradas na população idosa é alta e indica uma grande demanda por aLvidades de reabilitação.
• Foi apontado uma relação entre incapacidade moderada e fatores como idade superior a 80 anos, histórico de hipertensão arterial e artrite.
• Quanto à incapacidade grave, foram observadas associações com idade superior a 80 anos, histórico de diabetes e de acidente vascular cerebral.
Incapacidade Funcional e o idoso:
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• A alta prevalência de doenças crônicas e a incapacidade de realizar tarefas diárias são dois dos principais moLvos da perda de independência e autonomia dos idosos.
• Entre os idosos com mais de 75 anos, 48,9% afirmaram ter dificuldade em uma ou mais tarefas, enquanto, para aqueles de 60 a 74 anos, o índice foi de 15,3%, segundo pesquisadores da USP.
• Os mais velhos sofrem mais com as doenças crônicas e a depressão. A depressão também é fator importante no aumento das dificuldades com tarefas diárias.
• Idosos não brancos apresentaram menos dificuldade com as aRvidades diárias • Ter maior renda, uma vez que níveis econômicos mais altos correspondem a uma
vida mais aRva no passado, influi na capacidade lidar com o coLdiano na terceira idade.
• Idosos tendem a fazer mais exercícios gsicos se não apresentam outros problemas ligados às aLvidades do dia-‐a-‐dia
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• Mais da metade dos idosos são sedentários. Os estudiosos consideraram que 150 minutos de aRvidades ou menos por semana atribuíam ao indivíduo a classificação de sedentário.
• Baixa renda familiar consLtuiu fator de risco para o sedentarismo. • Escolaridade foi observada como aspecto determinante para o sedentarismo
(menos escolaridade, maior a tendência ao sedentarismo). • Embora as pessoas tenham consciência da importância de fazer exercícios com
regularidade, a prescrição de aRvidades gsicas em unidades básicas de saúde ainda é insuficiente para promover mudanças comportamentais ligadas à práLca.
Incapacidade Funcional e o idoso:
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Incapacidade Funcional e o idoso, APRENDIZADOS: • Propor aRvidades que esRmulem o idoso a uRlizar o corpo para aprender. • É importante considerar que o idoso possa ter dificuldades naturais de executar
aRvidades diárias e que por isso leve mais tempo e até evite certas aRvidades. • Deve-‐se evitar julgamentos do Rpo “ele é preguiçoso, mimado” ou “está exagerando
para ter atenção” e “ele faz assim pra ter favores”. • IncenRvar o não sedentarismo, ou seja, esRmular exercícios gsicos apropriados ao
idosos, sem pressioná-‐los ou constragê-‐los. • Devemos entender suas limitações gsicas, mas não poupá-‐los desnecessariamente de
se movimentar e se exercitar, principalmente quando eles desejam fazer algo.
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Vida Social e o idoso: • Pesquisa realizada pela Fiocruz em 2008 mostra que os Grupos de Convivência de
Idosos colaboram na promoção do envelhecimento aLvo, com o objeRvo de preservar as capacidades e o potencial de desenvolvimento do indivíduo idoso.
• Salientam que os grupos de convivência de idosos poderiam desenvolver aRvidades de caráter intergeracional e envolver as famílias nos programas, buscando melhor adaptação do idoso à família e mais informações gerontológicas
• Os grupos de convivência de idosos podem ser importantes veículos para que as ações de saúde aRnjam um número significaRvo de idosos e também para oferecer outros serviços a eles.
• Segundo os pesquisadores, a interação entre as relações sociais e a saúde é bidirecional: a piora no estado de saúde induz a uma restrição da rede social.
• O apoio social externo se mostrou menor entre idosos com incapacidade grave, o cuidado a estes idosos é prestado de forma quase exclusiva pela família.
• Segundo o pesquisador José Miguel Guzmán, coordenador do Ponto Focal sobre Envelhecimento das Nações Unidas, envolver os idosos em redes sociais de apoio destaca-‐se entre os desafios para o futuro.
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Vida Social e o idoso, APRENDIZADOS: • Criar espaços, aRvidades e oportunidades para que os idosos possam construir suas
comunidades e grupos sociais. • É importante envolver a família do idoso sempre que possível e desejado por eles. • Pensar em aRvidades que possam ser executadas nas casas dos idosos com
incapacidade grave, pelas suas famílias e cuidadores. • Seria de grande relevância oferecer informações gerontológicas para os idosos e seus
familiares. • Criar serviços e fazer parcerias que dêem suporte ao idoso e o ajudem a criar suas
redes de apoio.
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Violência e o idoso: • Formas mais comuns de violência contra o idoso são os abusos financeiros,
psicológicos e o abandono familiar. • Também encontraram muitos casos de uma violência que chamada de InsLtucional,
que ocorre devido aos problemas de transporte, previdência, assistência e na saúde.
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Renda e o idoso: • Para Guzmán, os problemas enfrentados pelos idosos na América LaRna não estão
relacionados apenas à idade: é a pobreza que determina a deterioração de sua saúde e de sua qualidade de vida.
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Contribuições e o idoso: • Para Guzmán, o discurso segundo o qual a população idosa deve ser respeitada pelos
conhecimentos que acumulou no passado já não convence. “Os idosos são tratados como se fossem invisíveis. Por isso, temos que trazer à tona suas contribuições emocionais e econômicas, no presente, tanto para a família como para a comunidade”.
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PolíEcas Públicas e o idoso: • A falta de conLnuidade é uma das maiores dificuldades dos programas
governamentais voltados para a terceira idade. “Os governos mudam e querem sempre inovar. Interrompem os programas já existentes, em vez de aperfeiçoá-‐los, e começam outros do zero”, diz Guzmán.
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4 temas acima e o idoso, APRENDIZADOS: • Muitas vezes a agressividade, o medo e certos comportamentos estranhos do idoso
podem decorrer de traumas por violência que sofrem ou sofreram. • A aRtude de reclamar com frequência, ser pessimista e incrédulo das InsRtuições
Públicas, como a BSP, pode decorrer de experiência passadas e negaRvas, que Rveram ao longo da vida, com outras InsRtuições e Governos.
• É importante saber que interromper (deixar de oferecer) serviços e programas que os idosos julgam posiRvamente, pode gerar impactos emocionais bem negaRvos para eles. Por isso, qualquer interrupção deve ser feita com ponderação, cuidado e transparência.
• Fundamental ajudar o idoso a usar e potencializar as suas capacidades, como as que são próprias da experiência acumulada, principalmente aquelas de podem trazer ganhos emocionais e financeiros para a sociedade de hoje.
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www.tellus.org.br
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