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Projeto 1904/15 Manutenção do Centro de Artesanato do Cabo- Arquiteto Wilson Campos Júnior Relatório de realização de atividades Produtor Cultural Erimar José Dias e Cordeiro CPF nº 032.471.654-01 CPC nº 3693/13

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Projeto 1904/15 Manutenção do Centro de Artesanato do Cabo- Arquiteto

Wilson Campos Júnior

Relatório de realização de atividades

Produtor Cultural

Erimar José Dias e Cordeiro

CPF nº 032.471.654-01

CPC nº 3693/13

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Apresentação Este relatório apresenta à Fundarpe/Funcultura os resultados do projeto cultural Manutenção do

Centro de Artesanato do Cabo Arquiteto Wilson Campos Júnior, inscrito sob o número 1904/15, entre

os meses de maio de 2016 a abril de 2017.

Objetivo A proposta deste projeto cultural foi a manutenção do funcionamento da produção em cerâmica

artesanal do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior, localizado no município do Cabo

de Santo Agostinho – PE, para estimular a comunicação com a comunidade local e ampliar as

possibilidades de competitividade e sustentabilidade de seus artesãos ceramistas.

A ação visou garantir o funcionamento dos serviços essenciais com administração, produção e

comunicação do Centro de Artesanato, de modo a ampliar a visibilidade do Centro junto à comunidade

local e a sociedade em geral, contribuindo com a continuidade da organização do espaço e promoção

das vendas.

Equipe Técnica

Produtor Executivo

Erimar José Dias e Cordeiro

Supervisora Administrativa

Jozelma Maria Alexandre dos Santos

Supervisora de produção

Danyelle do Nascimento Marques

Captação de Imagens/Design Gráfico

Felipe Rodrigues Soares

Colaboradores do Laboratório O Imaginário

Ana Carolina dos Reis Silva

Ana Maria Queiroz de Andrade

Tibério César Macêdo Tabosa

Vinícius Simões Botelho

Assessoria de Comunicação

Trago Boa Notícia

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Local de Realização O Cabo de Santo Agostinho está localizado a 33 km da capital de Pernambuco e dispõe de recursos

naturais que se transformam em atrativos turísticos e de potencialidades econômicas que repercutem

no desenvolvimento de todo o estado, a exemplo do Complexo Portuário de Suape.

Figura 1 – Exterior do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior

Fonte: Acervo O Imaginário, 2014

O Centro de Artesanato se situa estrategicamente às margens da PE-60, importante via do turismo no

litoral sul de Pernambuco. Construído em 2007 através de uma parceria entre o Laboratório O

Imaginário da UFPE, a Prefeitura Municipal do Cabo e o Banco do Nordeste, o Centro de Artesanato

edifica o projeto coletivo dos ceramistas do Cabo de tornar a atividade cerâmica atual e competitiva no

mercado. O espaço também atua na conservação dos saberes tradicionais, através do repasse de

técnicas para os jovens da comunidade.

O Centro foi projetado como um espaço de produção, com áreas para beneficiamento da matéria-

prima, modelagem, secagem, queima, esmaltação e estoque de peças. O maquinário disponível hoje

conta com fornos elétricos e a gás, estufas, extrusora de argila, compressores, balanças e agitadores.

Desde seu início de operação, atua também como espaço de comercialização de peças prontas e

também de pedidos personalizados.

O grupo de artesãos envolvidos no Centro de Artesanato está comprometido com uma proposta de

manutenção sustentável da atividade artesanal no município. As peças são desenvolvidas por meio da

modelagem manual, barbotina (cerâmica líquida) ou torno de elevação. Cada artesão trabalha em suas

próprias peças e também no apoio mútuo no zelo pelo espaço e em atividades de uso comum, como o

processamento da argila, preparação de esmaltes e controle de queima das peças. Se mantém por

meio de parcerias com entes públicos e também com recursos provenientes da venda de peças.

Parceria para Realização O Laboratório de Pesquisa e Design O Imaginário é vinculado à Universidade Federal de Pernambuco,

através dos Departamentos de Design e de Cultura. É formado por professores, estudantes e técnicos

de diversas áreas do conhecimento, que atuam com foco no design como instrumento a serviço das

sustentabilidades ambiental, econômica e social. Quando direcionado à produção artesanal, as ações

do Laboratório visam contribuir para firmar a atividade artesanal enquanto meio de vida sustentável,

através de intervenções que respeitem os valores culturais das comunidades produtoras de artesanato.

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Atividades Realizadas As ações executadas no decorrer do projeto no Centro de Artesanato do Cabo, com base no incentivo

viabilizado pelo Funcultura, estão apresentadas a seguir em cinco principais eixos:

Gestão

Comunicação

Processos

Mercado

Produto

Gestão As ações deste eixo se referem à contratação de profissionais para o apoio administrativo das atividades do Centro, bem como às capacitações de gestão ofertadas ao grupo, visando a transparência das informações e empoderamento dos participantes.

Contratação de equipe Foram contratadas duas pessoas, para as funções de Supervisão Administrativa e Supervisão de Produção, pelo período do projeto, de 12 meses. Ademais das qualificações técnicas para as atribuições dos cargos, foi de importância inestimável que estas supervisoras tivessem a confiança do grupo para exercer as atividades. A supervisora administrativa, responsável pelo dia-a-dia do Centro, foi a artesã Jozelma Maria Alexandre dos Santos; ao passo que a supervisora de produção, foi a administradora Danyelle do Nascimento Marques. À elas coube registrar e transmitir as ações do Centro junto aos artesãos entre si e com o mercado e parceiros.

Figura 2 – Supervisoras contratadas: Jozelma (esq.) e Danyelle (dir.)

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Capacitações de gestão

Com a consciência de que a sustentabilidade do grupo e do Centro só pode ser alcançada com o engajamento de todos os participantes, foram realizados ciclos de capacitação com foco na gestão. Os conteúdos foram orientados a atividades iminentes para o grupo, como a gestão de produtos, transporte e vendas previamente a uma grande feira porvir, bem como a posterior avaliação desta participação. Esta modalidade facilitou a absorção dos conteúdos diante da necessidade de uso. As ações foram implementadas por colaboradores do Laboratório O Imaginário para os participantes.

Figura 3 – Encontro de gestão

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Figura 4 – Encontro de avaliação de resultados da Fenearte 2016

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Comunicação Os resultados de atividades realizadas neste eixo registram o fortalecimento da marca e referência do

grupo junto à mídia e a formadores de opinião, no mercado e no ambiente acadêmico.

P&D 2016

A 12ª edição do P&D Design - Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

aconteceu em Belo Horizonte, entre os dias 4 e 7 de outubro de 2016. Este é o maior evento científico

na área do Design no país e reúne pesquisadores de todos os estados, além de convidados

internacionais. O Congresso se constitui como um espaço qualificado para a difusão, trocas e debates

sobre investigação do campo do Design, envolvendo pós-graduação, iniciação científica, profissionais,

empresas e instituições.

Figura 5 – Ana Andrade apresentando a experiência do Imaginário com os ceramistas do Cabo

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Durante o evento, os pesquisadores Ana Andrade e Tibério Tabosa apresentaram os seguintes

trabalhos, que relatam as experiências da cerâmica do Cabo:

"Design e Artesanato: práticas sociais e tecnologias gerenciais na construção do modelo de gestão do

Centro de Artesanato Wilson Campos Jr, Cabo de Santo Agostinho - PE";

"Processos Culturais e Cadeia Produtiva dos Significados do Artesanato: uma análise sobre a Cerâmica

do Cabo de Santo Agostinho- PE".

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Globo Fenearte Por ocasião da abertura da 17ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a cobertura da repórter

Beatriz Castro entrevistou as coordenadoras do Laboratório O Imaginário, Ana Andrade e Virgínia

Cavalcanti, tomando a Cerâmica do Cabo como referência para a matéria sobre a relação entre design

e artesanato.

Figura 6 – Entrevista de Ana Andrade para a rede Globo

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

HAND/EYE Magazine A Hand/Eye é uma revista digital americana de reputação mundial dedicada à criatividade e à inovação

dentro das áreas temáticas: artefatos, têxteis, cultura e localidade.

Figura 7 – Página da matéria no site da publicação

Fonte: Site da Hand/EYE, 2016

“Open Dialog: Severino Antonio de Lima’s pottery” foi o título da matéria que a HAND/EYE

Magazine publicou sobre Mestre da Arte Popular de Pernambucano com Severino Antônio de Lima, o

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Nena e o Centro de Artesanato Cerâmico Arq. Wilson Campos Jr.

Jornal do Commércio – Edição de 3 de julho 2016 A reportagem na edição de domingo do JC, assinada pelo jornalista Bruno Albertim, trazia destaque à

produção cerâmica do Cabo. Intitulada "Mestre da vida e do barro do Cabo", a matéria evidenciava o

Mestre Nena, então um dos estreantes na Alameda dos Mestres da Fenearte.

Figura 8 – Matéria do JC sobre o mestre Nena

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Revista Continente A revista Continente é editada desde o ano 2000 pela Companhia Editora de Pernambuco. Definida

como uma revista pernambucana de cultura, que lança um olhar a partir do nosso estado para os

diversos temas e manifestações vinculados a esse universo.

Figura 9 – Foto da capa da matéria sobre a cerâmica do Cabo

Fonte: Revista Continente, 2016

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Em sua edição 191, de novembro de 2016, a publicação traz na seção Portfólio uma matéria sobre a

tradição e reinvenção da Cerâmica no Cabo de Santo Agostinho no texto de Erika Muniz e fotos de

Daniela Nader, apresentando as peças e pessoas que tornam esta cerâmica diferenciada.

SEBRAE TOP 100 O Prêmio SEBRAE TOP 100 de Artesanato é a mais importante premiação do artesanato nacional, que

tem por objetivo identificar e premiar as unidades produtoras mais competitivas do Brasil. Desde sua

primeira edição, realizada em 2006, o TOP 100 tem sido considerado uma iniciativa de sucesso do

Sebrae com um crescente número de inscritos a cada edição do prêmio. Em sua quarta edição, procura

premiar as unidades de produção artesanal não somente pela qualidade de seus produtos, mas

também por suas práticas de gestão.

Figura 10 – Participação do artesão Nena (camisa cinza, à direita da imagem) na entrega da premiação

Fonte: Sebrae, 2016

O grupo de ceramistas do Cabo foi selecionado e premiado novamente nesta edição, repetindo o feito

de 2009 e 2012. Com esta premiação, Nena foi ao Rio de Janeiro, representando do grupo do Centro,

para a solenidade de premiação (23 de novembro de 2016) e para uma rodada de negócios (24 e 25 de

novembro).

Pousada Barra Velha

Durante o período do carnaval, a Pousada Barra Velha, situada na Praia de Peroba, em Alagoas, convidou o Mestre Nena para ministrar uma oficina de modelagem em torno para os hóspedes mirins com o intuito de entretenimento e divulgação da cultura. A receptividade por parte dos participantes foi tão entusiasmada que já existe perspectiva de novas oficinas na pousada para as próximas férias escolares.

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Figura 11 – Captura de imagem da rede social da Pousada Barra Velha sobre a oficina realizada.

Fonte: www.instagram.com/p/BREc61OhNGm/

Mapeamento e Catalogação de Mestres em Cerâmica Em 15 de fevereiro de 2017, foi realizada no Centro de Artesanato, a apresentação de resultado da

pesquisa do projeto Mapeamento e Catalogação de Mestres em Cerâmica Artesanal do Espaço Mauriti

- Cabo de Santo Agostinho - PE, inscrito sob o número 1902/15, também apoiada pelo Funcultura.

Figura 12 – Exibição do resultado da pesquisa com mestres ceramistas

Fonte: Acervo O Imaginário, 2017

O trabalho foi conduzido pelo Laboratório O Imaginário e Novos Rumos Consultoria, resultando em um

relatório de pesquisa e um vídeo, ambos apresentados nesta oportunidade, contando com a presença

dos mestres envolvidos, dos artesãos do Centro, além de convidados e representantes de instituições

como Sebrae, Centro do Artesanato de Pernambuco, Governo do Estado, AD/Diper, além de diversos

secretários da prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho.

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Processos Este eixo registra o incremento da experiência dos artesãos que compõem o Centro de Artesanato.

Tanto pelos aprendizados construídos nas capacitações ofertadas aos artesãos, assim como

treinamentos e referências que os ceramistas tenham ofertado a outros artesãos.

Curso Aperfeiçoamento da Cerâmica Artesanal Entre os meses de julho e setembro de 2016, foi ofertado o curso de Aperfeiçoamento da Cerâmica

Artesanal, através do projeto 1905/15 do Funcultura. O curso foi ministrado pela ceramista paulista

Gisele Gandolfi, do Atelier Muriqui.

Figura 13 – Artesãos participantes com cartilhas e certificados

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Durante as 120 horas de curso, os artesãos experimentaram novas formas de elaborar as peças e

aperfeiçoaram as formulações dos esmaltes utilizados. Ao término do curso, os participantes

receberam a cartilha e o certificado de participação.

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Visita Ceart

A Ceart – Central de Artesanato do Ceará, coordenado pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, conta com cerca de 42 mil artesãos cadastrados, composto por grupos produtivos e entidades artesanais, além dos artesãos individuais de todo o Ceará. Com o intuito de fortalecer as entidades artesanais e colaborar para o avanço da política no Estado, são realizadas ações de capacitações de gestão empreendedora e tecnológica para o desenvolvimento de novos produtos, viabilização da participação dos artesãos em feiras e eventos; além do incremento na qualificação, organização da produção e comercialização do artesanato com foco na ampliação dos canais de comercialização, gerando assim o incremento da renda para o setor.

Figura 14 – Artesãos do Cabo e do Ceará

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Uma destas ações foi a visita técnica de uma representante da Central e três artesãs de grupos cerâmicos do Ceará ao Cabo, em 9 de novembro de 2016. Nesta oportunidade, houve a troca de experiências entre os artesãos, comparando semelhanças e diferenças entre os modos de preparar e usar o barro. As visitantes também puderam conhecer os maquinários e tecnologias de vitrificação disponíveis no Centro de Artesanato do Cabo. Os processos estabelecidos, como formas de cálculo de preços, segmentação de mercado e o apoio de profissionais de design também foram apresentados às artesãs visitantes.

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Curso Vitarella Entre os meses de agosto e outubro de 2016, seis artesãos do grupo Cerâmica do Cabo ofertaram o curso de modelagem manual na fábrica de massas Vitarella, também no Cabo de Santo Agostinho. O intuito era proporcionar atividades de terapia ocupacional para os funcionários da fábrica durante os intervalos de trabalho. Os artesãos instrutores se organizaram em duplas, cada um repassando suas técnicas, e os participantes reproduziam peças já definidas. Uma vez atingido a habilidade da reprodução, os participantes poderiam produzir outras peças de seus interesses com a ajuda dos instrutores. Próximo ao término do curso, as peças já desenvolvidas foram levadas para queimar no Centro de Artesanato e entregues aos participantes no final da atividade.

Figura 15 – De Melo e Dinho no encerramento do curso

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Padronização Durante o Curso de Aperfeiçoamento da Cerâmica Artesanal, a instrutora Gisele Gandolfi apresentou algumas peças de sua linha de produtos e comparou com as peças do Cabo com o propósito de analisar a queima de esmaltes em alta temperatura. Esse tipo de queima, conferiu outra aparência à cerâmica do Cabo, além de retrair as dimensões das peças e tornar o resultado mais vítreo. A instrutora testou algumas formulações de esmaltes mais adequadas às temperaturas de queima disponíveis nos fornos do Centro de Artesanato e experimentou diferentes formas de aplicação do esmalte. Também foram experimentadas algumas misturas de óxidos e corantes à massa cerâmica, visando obter uma cerâmica colorida sem esmalte e, ademais, efeitos de acabamento aplicados ao contornos e bordas de peças.

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Figura 16 – Experimentos de formulações de esmaltes e aplicação de efeitos.

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Mercado As atividades relatadas neste eixo são relativas às ações de acesso a mercados, segmentação de nichos

e oportunidades de divulgação dos produtos com ênfase nas vendas imediatas ou por meio de

pedidos.

XVII Fenearte A 17ª Edição da Fenearte, com o tema “Artesanato, a arte brincante” e homenageando o Mestre

artesão Manuel Eudócio e o percussionista Naná Vasconcelos, foi realizada no período de 07 a 17 de

julho de 2016, no Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco. Considerada a maior feira de

artesanato da América Latina, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato vem se superando

anualmente, em volume de negócios e em público visitante.

Figura 17 – Estande da Cerâmica do Cabo na 17ª Fenearte

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Desde 2006, os ceramistas do Centro de Artesanato do Cabo participam desta Feira com estande

próprio. Neste ano de 2016, estiveram presentes com um estande duplo (estandes 221 e 222), ao

passo que o artesão Nena foi homenageado como Mestre na Alameda, no estande número 3. No

decorrer dos onze dias de feira, os artesãos expuseram suas peças no ambiente, com apoio da equipe

do Laboratório O Imaginário. Além das novas peças expostas, o espaço também contava com um

artesão fazendo demonstração em torno de elevação, atraindo os olhares dos visitantes.

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Figura 18 – Artesão Guel demonstrando o torno cerâmico durante a Feira

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Esta participação gerou bons resultados de vendas e divulgação, ultrapassado os valores de vendas

diretas e pedidos dos anos anteriores e gerando renda para todos os artesãos envolvidos no grupo.

Figura 19 – Evolução das vendas da Cerâmica do Cabo nas edições da Fenearte

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Feira Brasil Original SP Feira Brasil Original é resultado da parceria entre a Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa,

por meio do Programa do Artesanato Brasileiro e o SEBRAE. A Feira visa promover o artesanato

brasileiro, com foco na comercialização de produtos artesanais e de vocações e culturas regionais,

ampliando as condições de sustentabilidade e dinamização da cadeia produtiva do artesanato

brasileiro. Com entrada franca, o evento contou com 18 mil m² do Centro de Exposições Anhembi, na

cidade de São Paulo, entre os dias 20 e 23 de outubro de 2016 e o público foi estimado em cerca de 20

mil pessoas.

R$-

R$10.000,00

R$20.000,00

R$30.000,00

R$40.000,00

R$50.000,00

R$60.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Figura 20 – Estande do Centro de Artesanato do Cabo na Feira Brasil Original

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Com parceria do Sebrae Pernambuco, os artesãos do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos

Júnior enviaram peças para esta primeira edição da Feira Brasil Original, como um dos doze

representantes da cultura pernambucana para este evento nacional.

Mestre Nena A Alameda dos Mestres é a entrada da Fenearte, recebendo os milhares de visitantes com o tapete

vermelho, apresentando as peças dos artesãos mais emblemáticos do Estado. Em 2016, esta área foi

representada por 63 artesãos e artesãs com as mais variadas linguagens e matérias-primas.

Figura 21 – Nena em frente a seu estande, em entrevista à repórter Beatriz Castro

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Neste ano de 2016, o artesão Severino Antônio de Lima, o Mestre Nena, herdeiro das tradições do

barro do município do Cabo de Santo Agostinho, foi convidado para integrar a Alameda dos Mestres. O

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estande do Mestre Nena representou a tradição cerâmica do Cabo e a todos os colegas do Centro de

Artesanato Arquiteto Wilson Campos.

Casa Cor Pernambuco 2016 A Casa Cor é a maior mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, presente em

dezenove estados brasileiros e cinco mostras internacionais (Estados Unidos, Peru, Chile, Equador e

Bolívia). A 19ª edição da Casa Cor Pernambuco ocorreu de 23 de setembro a 6 de novembro de 2016

em um sobrado no bairro das Graças, contando com 42 ambientes, num espaço de 900 m².

Figura 22 – Armazém Sebrae na CASA COR Pernambuco 2016

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Além das tendências em arquitetura e decoração, o espaço também contou com a curadoria das

arquitetas Adriana Porto e Luciana Neves para compor o espaço Armazém Sebrae, dedicado à

exposição e venda de peças artesanais. Neste seleto ambiente também estavam expostos os trabalhos

dos artesãos do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior, como luminárias, pinhas, vasos,

entre outras peças.

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Alameda Decor Em novembro e dezembro de 2016, os produtos da Cerâmica do Cabo foram expostos e

comercializados na loja de decoração Alameda Decor, durante a Mostra de Artesanato de

Pernambuco, em parceria com o Sebrae Pernambuco e curadoria da arquiteta Roberta Borsoi. Foram

20 espaços ambientados, cada um com um conjunto de peças de artesãos selecionados.

Figura 23 – Pinhas esmaltadas na Alameda Decor

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Figura 24 – Algumas peças de decoração expostas na Alameda Decor

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Cinco Sentidos Formado por restaurantes da zona Norte do Recife, o grupo Os Cinco busca a excelência na

gastronomia. Como primeira ação pública, entre 24 de novembro a 18 de dezembro de 2016

realizaram um roteiro gastronômico que compreende as casas participantes: Nez Bistrô, Cucina De

Carli, La Pecora Nera, Buca Trattoria, Dali Cocina e Oma Patisserie Bistrô. Para o festival, cada

restaurante criou um menu com entrada, duas opções de prato principal e sobremesa, onde cada

prato ressaltava um dos sentidos humanos.

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Figura 25 – Conjunto de Panelas

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Figura 26 – Conjunto de Panelas

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Como lembrança da experiência para os clientes, um brinde foi idealizado pelo Laboratório O

Imaginário e produzido pela Cerâmica do Cabo: uma panela de cerâmica em miniatura, símbolo

escolhido pelo grupo para representar o amor pela gastronomia. Cada restaurante foi representado

por uma cor na panela. Para todo o evento, foram produzidas 450 panelas.

Seleção para Fenearte 2017

O Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior novamente estará presente na Fenearte em

julho de 2017. Após o processo de inscrição e curadoria da Feira, foi anunciado em 18 de novembro de

2016 que os artesãos do grupo Diego, Ailton e Aparecida irão representar o grupo nesta 18ª edição da

Fenearte. A seleção dos mestres para a Alameda, novamente conta com a participação de Nena.

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Figura 27 – Banner do site da Fenearte

Fonte: Divulgação Fenearte, 2016

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Produto As ações apontadas no eixo de Produto registram o incremento do portfólio de peças produzidas no

Centro de Artesanato. Estão registradas as visitas técnicas de aumento de repertório e referências,

bem como as coleções de produtos temáticos desenvolvidas.

Visita à Oficina Brennand A Oficina Cerâmica Francisco Brennand é um museu de arte brasileiro, criada em 1971 pelo artista

plástico pernambucano que dá nome ao conjunto arquitetônico. O espaço surgiu nas ruínas de uma

olaria do início do século XX, fundada pelo pai de Francisco Brennand, e reúne museu e ateliê com

variadas obras do artista.

Figura 28 – Artesãos do Cabo na Oficina Brennand

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Os artesãos do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior realizaram uma visita técnica à

Oficina em 21 de março de 2016 reconhecendo estilos e técnicas de produção, tanto pelo aspecto

estético-formal quanto pela parte de procedimentos técnicos da cerâmica.

Coleção Natal 2016 O Centro de Artesanato do Cabo desenvolveu uma coleção de peças que podem ser usadas no período

de decorações, festas e trocas de presentes. Os produtos apresentados foram divididos nas temáticas

pendurar (enfeites para decorar a árvore de natal), decorar (na mesa da ceia, na estante da sala ou

mesmo na bancada de trabalho) e presépios (comumente associado às festividades natalinas e de

referência cristã), e vendidos por encomendas através dos contatos do Centro.

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Figura 29 – Ilustração do site para a Coleção Natal 2016

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Mãos O artesão Ailton de Melo, resolveu enfrentar um grande desafio para qualquer escultor: modelar

mãos. O fez com a representação, na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, a palavra “barro”.

Materializou-se, assim, a transcendência através do inusitado e da significação, tornando tênues as

fronteiras do artesanato e da arte popular.

Figura 30 – Artesão Dimelo e suas peças “mãos”

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Peças desenvolvidas As peças desenvolvidas pelos artesãos do Centro de Artesanato neste período foram apresentadas ao

mercado, em sua maioria, através de eventos como Casa Cor e Alameda Decor, com a sugestão de uso

e num ambiente que valoriza os diferenciais destas peças.

Figura 31 – Escultura “Serena” de Diego; e Vasos Pinha de Guel

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Figura 32 – Bolas Spike, de Nena Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Figura 33 – Panelinha e fruteira Folha, produzidas coletivamente

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Relação dos participantes A projeto atendeu diretamente os artesãos ceramistas que produzem no Centro de Artesanato

Arquiteto Wilson Campos Júnior:

Ailton Sena de Melo Filho

Diego José Gomes

Geisson Martins do Nascimento

Gueumarino Lopes da Silva

Hélio Ferreira de Paula

José Antoniel da Conceição

Jozelma Maria Alexandre dos Santos

Laudemir Horário de Lima

Maria Aparecida Brito Aciole

Maria Cristina da Silva

Mariza Henrique da Silva

Severino Antônio de Lima

Sônia Maria Mota

Suely Maria de Santana

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Material Gráfico produzido Em todas as oportunidades de veiculação, as marcas de patrocínio/incentivo do Funcultura e da

Fundarpe foram utilizadas nos materiais gráficos produzidos, tanto com recurso financeiro deste

projeto, como de outros apoiadores.

Banner Para divulgação e acompanhamento do projeto, foi afixado um banner informativo no local de

execução durante toda a vigência do projeto cultural.

Figura 34 – Banner de divulgação Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Folders A mais recente tiragem de folders do Centro de Artesanato foi produzida sob a vigência deste projeto e

contém as marcas do incentivo.

Figura 35 – Frente e verso do folder produzido

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Cartilha O curso apoiado pelo projeto 1905/15 foi realizado na vigência do projeto cultural ora relatado, nas

dependências do Centro de Artesanato. Desta forma, está aqui apresentada a veiculação das marcas

de incentivo também na cartilha deste curso.

Figura 36 – Cartilha do projeto de Aperfeiçoamento em Cerâmica Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Projeto Mestres A pesquisa sobre mestres em cerâmica do Mautiri, apoiada pelo projeto 1902/15, teve um site de

divulgação e a exibição de um curto documentário veiculados também com as marcas de incentivo. A

primeira exibição pública do vídeo ocorreu no Centro de Artesanato, que contou com a presença dos

mestres artesãos, equipe de artesãos do Centro de Artesanato Arq. Wilson Campos Júnior e de

representantes de instituições parceiras, como Sebrae, Centro do Artesanato de Pernambuco, Governo

do Estado, AD/Diper, além de diversos secretários da prefeitura Municipal do Cabo de Santo

Agostinho. Esta pesquisa está disponível através do site:

http://www.oimaginario.com.br/novo/projetos/mestres/mestres.html

Figura 37. Página inicial do site sobre a pesquisa

Fonte: Acervo O Imaginário, 2017

Divulgação Como parte da divulgação das ações empreendidas, as atividades realizadas foram divulgadas na

grande mídia (clipagem em anexo) e veiculadas também nas redes sociais do Laboratório O Imaginário,

Cerâmica do Cabo. As publicações nos perfis do Twitter, Facebook, Youtube e Instagram foram

associadas aos marcadores de artesanato, design, cerâmica, economia criativa, além da informação do

incentivo Funcultura e marcação do perfil Cultura PE.

Figura 38 – Páginas do Facebook da Cerâmica do Cabo e do Laboratório O Imaginário

Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

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Análise do Resultado do Projeto Uma atividade de análise e avaliação das ações e resultados do projeto ocorreu ao término da vigência

do projeto cultural, na forma de uma mesa redonda com a presença da supervisora de produção, um

representante do Laboratório O Imaginário e pelo produtor executivo do projeto.

Figura 39 – Análise dos resultados Fonte: Acervo O Imaginário, 2016

Para a discussão dos resultados obtidos no decorrer do projeto, o grupo realizou a avaliação através do

levantamento das ações implementadas nas cinco áreas: Gestão, Processos, Mercado, Comunicação e

Produto. Na estratégia de análise, em cada uma destas áreas foram levantados os pontos importantes

registrados como Lições Aprendidas, que apontavam para a identificação de oportunidades de

melhorias para uso em projetos futuros, alimentando o processo de aperfeiçoamento contínuo dos

envolvidos com o Centro. Durante a avaliação foram sugeridas algumas Diretrizes para o Futuro, de

modo a promover o aumento na qualidade dos produtos e serviços, a expansão nas vendas, e o

fortalecimento dos artesãos enquanto grupo.

Gestão Lições aprendidas

O processamento de pedidos/encomendas recebidos foi um desafio para os setores de

administração e produção. Apesar da existência de um fluxo de procedimentos no atendimento a

clientes e registro de novos pedidos, as informações de produção não eram repassadas de forma

ordenada aos artesãos. A instalação de painel para controle e acompanhamento de pedidos na

área produtiva do Centro, com fácil acesso a todos os artesãos, melhorou a visualização de status

dos pedidos recebidos. Com o painel, foi possível identificar informações como prazo de entrega,

artesãos responsáveis, materiais a serem utilizados, etc. Os artesãos agora conseguem visualizar a

quantidade de pedidos recebidos, elencar prioridades, montar equipes de trabalho, além de

diminuir atrasos das entregas.

O atendimento a clientes, que antes era realizado por qualquer artesão, passou a ser realizado

por uma equipe específica que fica encarregada de recepcionar clientes, apresentar o portfólio de

produtos e realizar registro de vendas efetivadas e das encomendas; também fica responsável

pelo controle diário de vendas.

30

A utilização de planilhas de controle das movimentações financeiras, de comercialização de

produtos interno e externo ao Centro facilitou a organização e a transparência no repasse de

informações a todos os artesãos. Possibilitou também a realização de simulações de pedidos, para

facilitar o controle de estoque de matéria-prima, além da elaboração de estatística de

comercialização por tipo de peças, categoria, valor do produto, artesão produtor, etc.

Identificou-se então a necessidade de realizar o armazenamento de dados em nuvem, a fim de

garantir a segurança e o acesso de arquivos não apenas em um computador, além da mobilidade

que este tipo de armazenamento proporciona e a possibilidade de compartilhamento de arquivos

com outras pessoas, como as imagens dos produtos com os clientes, por exemplo.

O grupo conseguiu durante o último ano aumentar o contato com o poder público,

principalmente o municipal. O apoio recebido pela prefeitura auxiliou na melhoria na segurança

do espaço físico do Centro, além do auxílio no transporte de peças para participação do grupo na

última Fenearte, por exemplo.

Diretrizes para o futuro

Aprimorar o processo de gestão e controle de estoque de matérias primas. Apesar do setor

administrativo e de produção possuírem fichas de controle de aquisição e uso de materiais, ainda

não foi possível sistematizar estas informações, causando inconsistências.

A compra de algumas matérias-primas não é realizada pelo centro de forma totalmente

autônoma. O grupo precisa de auxílio no processo por insegurança na realização de compras que

são realizadas pela internet, por exemplo. Foi identificada a necessidade de capacitação de um

membro do setor de produção ou administrativo para cadastro junto aos fornecedores e

realização de compras online.

Apesar da equipe de vendas possuir conhecimento sobre o manejo de planilhas de controle e

máquinas de cartão de crédito (para realização de vendas), existe a necessidade de capacitar mais

artesãos para realização deste tipo de equipamento, visto a crescente participação do Centro em

feiras e exposições. Quanto mais artesãos capacitados para atendimento e vendas o Centro

possuir, melhor será o atendimento a clientes e maior será a comercialização de produtos.

Aperfeiçoar o controle de visitação do Centro, incluindo registro fotográfico e elaboração de

breves relatórios emitidos pelo responsável do acompanhamento de visitantes.

Divulgar junto ao poder público e iniciativa privada a potencialidade do Centro já comprovada na

capacitação de jovens, visando a geração de renda ou no manuseio da argila como prática de

terapia ocupacional para um público em geral.

Processos Lições aprendidas

Durante a produção dos brindes produzidos para o roteiro gastronômico Os Cinco Sentidos, o

grupo pode constatar a importância da realização do bom beneficiamento da massa cerâmica,

principalmente para produtos destinados ao uso de mesa. A produção de uma boa massa

cerâmica é essencial para obter um produto de alta qualidade, além de reduzir perdas e melhorar

o desempenho do processo.

O envolvimento de todo o grupo para atendimento de um pedido grande proporcionou ao grupo

o entendimento da importância do trabalho em equipe para alcance de um objetivo comum.

Também foi percebido o fortalecimento dos artesãos enquanto grupo e o reforço da imagem do

Centro, com entrega de produtos de qualidade e dentro do prazo contratado, com a distribuição

da renda gerada e benefício ao grupo de forma coletiva.

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Com a realização da oficina de técnicas cerâmicas promovidas pelo Ateliê Muriqui, algumas

técnicas no processo produtivo foram aprimoradas. Um exemplo é a preocupação na secagem

pré-queima. Os artesãos puderam compreender que variações na temperatura e incidência de

vento podem ocasionar rachaduras nas peças durante a retração da secagem. Deste modo uma

área do Centro foi reservada como local específico para secagem de peças, minimizando estes

fatores ambientais que podem comprometer o resultado.

Diretrizes para o futuro

Dar continuidade aos testes e aplicações de técnicas aprendidas durante a oficina de técnicas

cerâmicas, já que o ritmo de produção e eventos impossibilitou a aplicação em escala de todo o

aprendizado construído.

Aprimorar o processo de beneficiamento das massas.

Aperfeiçoar a organização dos artesãos a fim de promover a produção conjunta de peças,

principalmente para atendimento de encomendas em grande escala.

Mercado Lições aprendidas

A participação em eventos como feiras e exposições é de fundamental importância para

divulgação do Centro e realização de novas parcerias, além da captação de novos clientes.

A produção de peças personalizadas – como as panelinhas projetadas e produzidas especialmente

para os restaurantes, possibilita a ampliação de áreas de atuação do Centro. Esta área de

utilitários para gastronomia, por exemplo, proporcionou um grande aumento no número de

pedidos registrados pelo Centro nos últimos meses.

A exposição adequada de produtos em estandes de feiras pode aumentar significativamente a

comercialização de produtos não só durante a feira, mas durante todo o ano seguinte a ela.

A participação dos produtos no Centro de Artesanato de Pernambuco – Unidade Recife é uma

importante área de oportunidade para vendas e divulgação.

Diretrizes para o futuro

Fazer reservas financeiras e realizar planejamento específico para a participação do grupo em

feiras dentro e fora do Estado.

Realizar pesquisa de mercado para avaliar a performance dos produtos dos artesãos, bem como

identificar tendências e novos nichos de mercado.

Comunicação Lições Aprendidas

A divulgação das ações do Centro em redes sociais como Facebook e Instagram proporcionou a

ampliação da carteira de clientes, aumento de visitas realizadas no espaço produtivo e

crescimento das vendas de produtos e serviços. As publicações facilitaram a comunicação e

aproximaram artesãos e clientes, fortalecendo essa relação estratégica.

A promoção e divulgação de produtos nas redes sociais são importantes, visto a proximidade que

se obtém dos clientes – principalmente do público jovem; contudo, demanda também a

necessidade do acompanhamento periódico das redes para responder às mensagens e

comentários, atividade ainda não totalmente assimilada na realidade prática dos artesãos.

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Diretrizes para o futuro

O planejamento das ações de comunicação do Centro já vem sendo praticado parcialmente pelos

artesãos. Existe a necessidade de formar uma equipe especificamente para planejamento e

implementação de ações de divulgação e comunicação do Centro. O intuito é realizar publicações

semanais de assuntos relacionados ao Centro, seus artesãos e também sobre temas que

envolvem artesanato e cerâmica de um modo geral.

Foi identificada a dificuldade dos artesãos em fotografar os produtos para fazer a divulgação,

principalmente nas redes sociais. Uma capacitação na área fotográfica pode proporcionar a estes

artesãos maior autonomia no processo de divulgação e comercialização de seus produtos.

Produto Lições aprendidas

Produtos personalizados estão sendo bastante solicitados pelo mercado e o Centro tem a

capacidade de atender esta demanda. Nos últimos meses, os artesãos receberam pedidos de

peças utilitárias de mesa como as panelinhas produzidas para o roteiro Cinco Sentidos e pratos

para sushis e cumbucas para o restaurante japonês Yunika. As peças produzidas foram um

sucesso, gerando novos pedidos por parte dos clientes.

A produção de mãos representando a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS proporcionou ao Centro

o alcance de um novo público. O desafio da modelagem deste tipo de peça foi compensado com

um sucesso de vendas.

Produtos produzidos pelo grupo foram selecionados por arquitetos para exposição e venda nos

eventos Casa Cor e Alameda Decor. As peças decorativas foram as mais comercializadas nos

eventos, permitindo aos artesãos investir na produção de novas peças nesta categoria.

Diretrizes para o futuro

Investir no desenvolvimento e produção de peças utilitárias de mesa personalizadas, realizar

contato com restaurantes da Região Metropolitana do Recife para comercialização.

Aumentar a quantidade de peças produzidas em regime de parcerias entre artesãos.

Criar novos produtos de pequeno porte para utilização como brindes promocionais corporativos.

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Conclusões O incentivo do Governo do Estado, através do Funcultura, foi uma importante contribuição para a

manutenção do Centro de Artesanato Arquiteto Wilson Campos Júnior como espaço de manutenção

de saberes tradicionais da cerâmica do Cabo de Santo Agostinho, com uma produção diferenciada e

competitiva no mercado de artesanato, local e nacional, além de uma comunicação focada nos

públicos-alvo de cada ação. Através deste aporte, foram viabilizadas ações estruturadoras de presença

em eventos estratégicos, capacitação da equipe de artesãos e, igualmente importante, geração de

renda para os ceramistas, que se sentem mais motivados para continuidade da tradição e inspirados à

inovação.

Com o término da vigência do projeto cultural e o incentivo do Funcultura, os desafios para o futuro

são a continuidade das ações para alcançar resultados significativos e transformadores.

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ANEXO - Clipagem