projecto de revisão constitucional do be

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  • 8/7/2019 Projecto de Reviso Constitucional do BE

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    Grupo Parlamentar

    PROJECTO DE LEI DE REVISO DA CONSTITUIO

    DA REPBLICA PORTUGUESA N ./XI

    Exposio de motivos

    Aberto o processo de reviso da Constituio da Repblica Portuguesa, em ciclo

    ordinrio, o Bloco de Esquerda no deixa de trazer o seu contributo ao desenho da Le

    Fundamental.

    Longe dos que pretendem, consecutivamente, desfigurar o sentido geral da Constituiolegada pelo 25 de Abril, e mediada pelos constituintes de 1975, as alteraes que s

    preconizam visam aperfeioar direitos ou produzir melhorias incontestveis na

    democracia poltica e na democracia econmica.

    Sabemos que a Constituio ainda uma trincheira que impede a aportao da carga

    ideolgica antisolidria e ultraliberal. Nunca acreditmos em constituies neutrais, a

    vinculao de cidadania que fazemos a da universalidade da oferta pblica e a da forprogressividade fiscal, a de um sector pblico estratego, a da inviolabilidade simultneados direitos pessoais e dos direitos laborais e sociais.

    Em consequncia destes considerandos, reforamos aspolticas pblicas, sustentandoque o servio nacional de sade deve ser gratuito, tal como a frequncia da universidade

    do Estado, clarificando ainda que a rede pblica de unidades de sade se compe

    integralmente de unidades pblicas de gesto pblica. Reforo de polticas pblicas,

    garantindo a afectao ao domnio pblico de portos e aeroportos, e da rede elctricanacional, por defesa estratgica do pas e do melhor custo para o servio de utilidade

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    geral. Tal como a se inscreve a constitucionalizao da denominao expressa de Caixa

    Geral de Depsitos, ncora do sistema financeiro a manterse exclusivamente pblica,

    um bem geral como se demonstrou abundantemente na crise dos mercados financeiros

    de 2008. Pedimos tambm s polticas pblicas que custeiem o consumo do mnimo vital

    de gua potvel e energia domstica, ou no acesso justia, garantindo o patrocnio

    judicirio por intermdio de um Defensor Pblico, inteiramente scut, sem custos para o

    utilizador de frgil condio econmica. Pedimos ainda s polticas pblicas para no

    abandonarem os desempregados.

    Alegamos tambm a favor do aumento daparticipao poltica: por isso quepropomos a capacidade eleitoral dos imigrantes, legalmente residentes h mais de

    quatro anos, podendo votar e ser eleitos para a Assembleia da Repblica, AssembleiasLegislativas das regies autnomas. Flexibilizando igualmente o regime de candidatura

    s autarquias locais. o sinal mais importante de integrao e de coeso social. Aatribuio de direitos polticos caminha a par do pagamento de impostos, contribuies

    e taxas diversas que estes estrangeiros realizam tal como os cidados nacionais. A

    xenofobia previnese pela ampliao de direitos e pela extenso da responsabilidade

    democrtica.

    Insistimos no direito ao sufrgio de maiores de 16 anos. incompreensvel que aos 16

    anos de idade se seja maior para o trabalho ou para o tribunal, mas no para uma urn

    de voto. Queremos permitir a iniciativa de cidados para propor o Provedor de Justia,

    requerer a inconstitucionalidade de norma vigente, e facilitar a iniciativa legislativa e o

    direito de petio s autarquias locais.

    No sendo os militares cidados diminudos propomos que possam recorrer ao

    Provedor de Justia e que no possam ser sujeitos a priso disciplinar, situaes nadaaceitveis em tempo de paz, por motivo decidadania plena.

    Batemonos por melhorias nosistema poltico. Desde logo, ajustando a caduca previsode crculos eleitorais uninominais, que tiveram contra si a precauo de todo o regime

    democrtico. Mas tambm adiantamos a incluso nos comandos constitucionais de um

    regime de incompatibilidades e impedimentos no exerccio de cargos polticos que possa

    ser comum a todos os rgos constitucionais eleitos, abrangendo tambm os rgos degoverno prprio das regies autnomas, erradicando a promiscuidade entre eleitos e

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    negcios com o Estado. Ainda no sistema poltico, conferimos a maior importncia

    inovadora competncia da Assembleia da Repblica para autorizar o envolvimento de

    contingentes militares e foras de segurana no estrangeiro, mesmo que de forma ultra

    expedita. Este um poder intrnseco dos parlamentos que no pode ser esvaziado

    quando misses militares preparadas para combate participam em conflitos que

    difusamente no se apresentam como guerras declaradas.

    Do mesmo modo, no se afigura realizvel a regionalizao administrativa do continente

    sem devolver a plenitude dos poderes de deciso ao parlamento, evitando um

    referendoarmadilha que s existe para prolongar a omisso da instituio das regies.

    No de menor interesse que se adiante o empenho no combate s alteraes climticase disposio para receber, em sede de direito de asilo, estrangeiros sujeitos a graves

    condies humanitrias, como elementos integrantes nas relaes internacionais do

    Estado Portugus.

    Esperamos que o confronto argumentativo do debate da lei de reviso possa trazer a

    validade das propostas s maiorias requeridas.

    Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicveis, as Deputadas e os Deputados

    do Bloco de Esquerda, apresentam o seguinte Projecto de Lei de Reviso da Constituio da

    Repblica Portuguesa:

    Artigo I

    As normas dos artigos 7., 9., 13., 15., 20., 23., 27., 39., 49., 52., 59., 64., 65

    66., 74., 77., 80., 81., 84., 93., 101., 118., 149., 161., 167., 169., 179., 180.218., 220., 231., 235., 238., 241., 242., 276., 281., passam a ter a seguinte

    redaco:

    Artigo 7.

    (Relaes internacionais)

    1. ()

    2. ()

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    3. ()

    4. ()

    5. ()

    6. ()

    7. ()

    8. Portugal compromete-se a unir esforos no contexto internacional para protegere melhorar o ambiente do planeta, no combate poluio e ao uso insustentvelde recursos.

    Artigo 9.

    (Tarefas fundamentais do Estado)

    So tarefas fundamentais do Estado:

    a) ()

    b) ()

    c) ()d) ()

    e) ()

    f) ()

    g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o territrio nacional, tendo em conta,

    designadamente, o carcter ultraperifrico dos arquiplagos dos Aores e da Madeira,e

    o menor desenvolvimento do interior do continente;

    h) ()

    Artigo 13.

    (Princpio da igualdade)

    1. ()

    2. Ningum pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ouisento de qualquer dever em razo de ascendncia, sexo,gnero, etnia, lngua, territrio

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    de origem, religio, convices polticas ou ideolgicas, instruo, situao econmica,

    condio social,estado de sade ou orientao sexual.

    Artigo 15.

    (Estrangeiros, aptridas, cidados europeus)

    1. ()

    2. Exceptuam-se do disposto no nmero anterior os direitos e deveres reservadospela Constituio e pela lei exclusivamente aos cidados portugueses,designadamente o acesso aos cargos de Presidente da Repblica, Presidente da

    Assembleia da Repblica, PrimeiroMinistro, Presidentes dos Tribunais Supremos e oservio nas Foras Armadas e na carreira diplomtica.

    3. A lei pode atribuir a estrangeiros residentes no territrio nacional, h pelo menosquatro anos, capacidade eleitoral activa e passiva para a eleio dos titulares da Assembleia da Repblica e das Assembleias Legislativas das regies autnomas. Operodo mnimo de residncia pode ser menor para os rgos de autarquiaslocais, na plena capacidade eleitoral activa e passiva, caso a lei o determine ou

    seja aplicada disposio nesse sentido prevista em acordo entre estados.

    4. (actual n. 5)

    Artigo 20.

    (Acesso ao direito e tutela jurisdicional efectiva)

    1. ()

    2. ()

    3. Se o arguido em processo penal no constituir advogado, o seu patrocniojudicirio garantido pela interveno do Defensor Pblico.

    4. (actual n. 3)

    5. (actual n. 4)

    6. (actual n. 5)

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    Artigo 23.

    (Provedor de Justia)

    1. ()

    2. ()

    3. O Provedor de Justia um rgo independente, sendo o seu titular designado pela

    Assembleia da Repblica. A lei determina e garante a propositura ao cargo querpelos Deputados Assembleia da Repblica, quer por um mnimo de quatro milcidados eleitores .

    4. Os rgos e agentes da Administrao Pblicaesto obrigados a cooperar com o

    Provedor de Justia na realizao da sua misso.

    5. Os militares podem recorrer directamente ao Provedor de Justia.

    Artigo 27.

    (Direito liberdade e segurana)

    1. ()

    2. ()

    3. ()

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) (Eliminado)

    e) ()

    f) ()

    g) ()

    h) ()

    4. ()

    5. ()

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    Artigo 39.

    (Regulao da comunicao social)

    1. ()

    2. A lei define a composio, as competncias, a organizao e o funcionamento da

    entidade referida no nmero anterior, bem como o estatuto dos respectivos membros,

    designados exclusivamente pela Assembleia da Repblica.

    Artigo 49.

    (Direito de sufrgio)

    1. Tm direito de sufrgio todos os cidados maiores dedezasseis anos, ressalvadas asincapacidades previstas na lei geral.

    2. ()

    Artigo 52.

    (Direito de petio e direito de aco popular)1. Todos os cidados tm o direito de apresentar, individual ou colectivamente, aos rgos

    de soberania, aos rgos de governo prprio das regies autnomas,aos rgos dasautarquias locais ou a quaisquer autoridades peties, representaes, reclamaes ouqueixas para defesa dos seus direitos, da Constituio, das leis ou do interesse geral e

    bem assim, o direito de serem informados, em prazo razovel, sobre o resultado da

    respectiva apreciao.

    2. ()

    3. conferido a todos, pessoalmente ou atravs de associaes de defesa dos interesses em

    causa, o direito de aco popular nos casos e termos previstos na lei, incluindo o direit

    de requerer para o lesado ou lesados a correspondente indemnizao, nomeadamente

    para:

    a) Promover a preveno, a cessao ou a perseguio judicial das infraces contra a

    sade pblica, os direitos dos consumidores, a qualidade de vida,a legalidadeurbanstica e a preservao do ambiente e do patrimnio cultural;

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    b) Assegurar a defesa dos bens do Estado, das regies autnomas,das autarquias locais edos bens comunitrios.

    Artigo 59.(Direitos dos trabalhadores)

    1. Todos os trabalhadores, sem distino de idade, sexo,gnero, etnia, cidadania,territrio de origem, religio, convices polticas ou ideolgicas, tm direito:

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) assistncia material,obrigatria e universal, quando involuntariamente seencontrem em situao de desemprego.

    f) ()

    2. ()

    3. ()

    Artigo 64.

    (Sade)

    1. ()

    2. O direito proteco da sade realizado:

    a) Atravs de um servio nacional de sade universal e geral, de acesso igual egratuito para os seus beneficirios e cujo financiamento assegurado pelooramento do estado;

    b) ()

    3. Para assegurar o direito proteco da sade, incumbe prioritariamente ao Estado:

    a) Garantir o acesso de todos os cidados, independentemente da sua condio econmica,aos cuidadosde sadepreventivos, curativos, de reabilitao e paliativos;

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    b) Garantir uma racional,equitativa e eficiente cobertura de todo o pas em recursoshumanos eunidades de sadepblicas e de gesto pblica;

    c) ()

    d) Regulamentar e fiscalizar as instituies prestadoras de cuidados de sadepblicas e particulares com ou sem fins lucrativos, por forma a asseguraradequados padres de eficincia e de qualidade;

    e) ()

    f) ()

    4. ()

    Artigo 65.

    (Habitao e urbanismo)

    1. ()

    2. Para assegurar o direito habitao, incumbe ao Estado:

    a)

    Programar e executar uma poltica de habitao inserida em planos de ordenamentogeral do territrio e apoiada em planos de urbanizao que garantam a existncia de

    uma rede adequada deservio pblicos essenciais, transportes, equipamentossociais e culturais, espaos verdes e a qualidade do ambiente urbano;

    b) ()

    c) Estimular a reabilitao urbana, o acesso habitao prpria ou arrendada a

    preos no especulativos;

    d) ()

    3. ()

    4. ()

    5. ()

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    Artigo 66.

    (Ambiente e qualidade de vida)

    1. ()

    2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentvel,

    incumbe ao Estado, por meio de organismos prprios e com o envolvimento e a

    participao dos cidados:

    a) Prevenir e controlar a poluio, como as emisses atmosfricas, os efluenteshdricos e a produo de resduos, os seus efeitos e as formas prejudiciais de eroso,competindo ao poluidor a reparao dos danos consumados;

    b) ()

    c) ()

    d) Promover o aproveitamento racional dos recursos naturais, salvaguardando a sua

    capacidade de renovao e a estabilidade ecolgicae a partilha equitativa dos seusbenefcios , com respeito pelo princpio da solidariedade entre geraes;

    e) ()

    f) ()

    g) ()

    h) ()

    i) Aplicar o princpio da precauo como garantia contra os riscos potenciais dedanos srios ou irreversveis para o ambiente, patrimnio cultural ou sadepblica que, mesmo na ausncia de certeza cientfica formal, requerem a

    implementao de medidas que possam prevenir esse dano;j) Desenvolver uma economia no dependente dos combustveis fsseis e neutra em

    carbono, assegurando polticas para prevenir o aquecimento global e mitigar asalteraes climticas .

    Artigo 74.

    (Ensino)

    1. ()

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    11

    2. Na realizao da poltica de ensino incumbe ao Estado:

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) Estabelecer a gratuitidade de todos os graus de ensino.

    f) ()

    g) ()

    h) ()i) ()

    j) ()

    Artigo 77.

    (Participao democrtica no ensino)

    1. Os professores e alunos tm o direito de participar na gesto democrtica das escolas

    pblicas, privadas e cooperativas, nos termos da lei.

    2. ()

    Artigo 80.

    (Princpios fundamentais)

    A organizao econmicosocial assenta nos seguintes princpios:

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) Propriedade e gesto pblica dos recursos naturais e de meios de produo, de acordo

    com o interesse colectivo;

    e) ()

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    f) ()

    g) ()

    Artigo 81.

    (Incumbncias prioritrias do Estado)

    Incumbe prioritariamente ao estado no mbito econmico e social:

    a) ()

    b) ()

    c) ()d) ()

    e) ()

    f) ()

    g) ()

    h) ()

    i) ()

    j) ()

    l) ()

    m) Adoptar uma poltica nacional de energia, com preservao dos recursos naturais e do

    equilbrio ecolgico, promovendo, neste domnio,a segurana no abastecimento apreos acessveis aos utilizadores, o baixo consumo e elevada eficinciaenergtica da economia, as fontes de energia renovvel e com reduzidas emisses

    carbnicas ;

    n) ()

    Artigo 84.

    (Domnio pblico)

    1. Pertencem ao domnio pblico:

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    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) ()

    f) Os portos e aeroportos;

    g) A rede elctrica nacional;

    h) (actual f)

    2. ()

    Artigo 93.

    (Objectivos da poltica agrcola)

    1. So objectivos da poltica agrcola:

    a) Aumentar a produo e a produtividade da agricultura, dotandoa das infraestruturas e

    dos meios humanos, tcnicos e financeiros adequados, tendentes ao reforo dacompetitividade e a assegurar a qualidade dos produtos, a sua eficaz comercializaoapreos justos para os produtores e consumidores, o melhor abastecimento do pasea reduo da dependncia agro-alimentar ao exterior;

    b) ()

    c) ()

    d)

    ()e) ()

    2. ()

    Artigo 101.

    (Sistema financeiro)

    O sistema financeiro estruturado por lei, de modo a garantir a formao, a captao esegurana das poupanas, bem como a aplicao dos meios financeiros necessrios ao

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    desenvolvimento, garantindo o carcter exclusivamente pblico da Caixa Geral deDepsitos .

    Artigo 118.

    (Princpio da renovao)

    1. ()

    2. A lei pode determinar limites renovao sucessiva de mandatos dos titulares de cargos

    polticos executivos, designadamente Primeiro-Ministro, Presidente de GovernoRegional, Presidente de Cmara Municipal, entre outros.

    Artigo 149.

    (Crculos eleitorais)

    1. Os Deputados so eleitos por crculos plurinominais, geograficamente definidosna lei, por forma a assegurar o sistema de representao proporcional. A leiestipula o mtodo de converso dos votos em nmero de mandatos.

    2. ()

    Artigo 161.

    (Competncia poltica e legislativa)

    Compete Assembleia da Repblica:

    a)

    ()b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) ()

    f) ()

    g) ()

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    h) ()

    i) ()

    j) ()

    l) ()

    m) ()

    n) Autorizao, nos termos expeditos que a lei determine, do envolvimento decontingentes militares e de foras de segurana no estrangeiro;

    o) (actual n)

    p) (actual o)

    Artigo 167.

    (Iniciativa da lei e do referendo)

    1. ()

    2.

    O direito iniciativa legislativa de cidados exercido atravs da apresentao Assembleia da Repblica de projectos de lei subscritos por um mnimo de 4.000cidados eleitores .

    3. (actual n. 2)

    4. (actual n. 3)

    5. (actual n. 4)

    6.

    (actual n. 5)7. (actual n. 6)

    8. (actual n. 7)

    9. (actual n. 8)

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    Artigo 169.

    (Apreciao parlamentar de actos legislativos)

    1. Os decretoslei, salvo os aprovados no exerccio da competncia legislativa exclusiva do

    Governo, podem ser submetidos a apreciao da Assembleia da Repblica, para efeitosda cessao de vigncia ou de alterao, a requerimento de dez Deputadosou de umgrupo parlamentar , nos trinta dias subsequentes publicao, descontados osperodos de suspenso do funcionamento da Assembleia da Repblica.

    2. ()

    3. ()

    4. ()

    5. ()

    6. ()

    Artigo 179.

    (Comisso Permanente)

    1. ()

    2. ()

    3. Compete Comisso Permanente:

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) ()

    f) ()

    g) Autorizar o envolvimento de contingentes militares e de foras de segurana noestrangeiro .

    4. Nos casos das alneas f) e g), a Comisso Permanente promover a convocao daAssembleia no prazo mais curto possvel.

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    17

    Artigo 180.

    (Grupos parlamentares)

    1. ()

    2. Constituem direitos de cada grupo parlamentar:

    a) ()

    b) ()

    c) ()

    d) ()

    e) ()f) ()

    g) ()

    h) ()

    i) ()

    j) ()

    l) Requerer a apreciao parlamentar dos decretos-lei.

    3. ()

    4. ()

    Artigo 218.

    (Conselho Superior da Magistratura)1. O Conselho Superior da Magistratura presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal

    de Justia e composto pelos seguintes vogais:

    a) ()

    b) Cinco eleitos pela Assembleia da Repblica;

    c) Cinco juzes eleitos pelos seus pares, de harmonia com o princpio da representao

    proporcional.

    2. ()

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    18

    3. ()

    4. As deliberaes do Conselho, e a sua respectiva fundamentao, obedecem regrade publicidade.

    Artigo 220.

    (Procuradoria-Geral da Repblica)

    1. ()

    2. A ProcuradoriaGeral da Repblica presidida pelo ProcuradorGeral da Repblica e

    compreende o Conselho Superior do Ministrio Pblico, que inclui membros eleitos pela

    Assembleia da Repblica,em exclusividade de funes, e membros de entre si eleitospelos magistrados do Ministrio Pblico.

    3. ()

    Artigo 231.

    (rgos de governo prprio das regies autnomas)1. ()

    2. ()

    3. ()

    4. ()

    5. ()

    6.

    ()7. Salvo no que a lei fixar como incompatibilidades e impedimentos no exerccio de

    funes , o estatuto dos titulares dos rgos de governo prprio das regies autnomas definido nos respectivos estatutos polticoadministrativos.

    Artigo 235.

    (Autarquias locais)1. ()

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    19

    2. ()

    3. As autarquias promovero a participao dos cidados na deciso das suasprincipais opes polticas, ambientais, de investimento e planeamento.

    Artigo 238.

    (Patrimnio e finanas locais)

    1. ()

    2. ()

    3. ()

    4. ()

    5. As autarquias promovero a participao das populaes na elaborao dosdocumentos previsionais, designadamente do oramento, atravs de mecanismosde consulta pblica.

    Artigo 241.(Poder regulamentar)

    1. ()

    2. Os regulamentos das autarquias locais so sujeitos a consulta pblicapreviamente sua aprovao.

    3. conferido aos cidados eleitores recenseados na rea da autarquia, bem como s

    colectividades sem fins lucrativos com sede na rea da autarquia local, o direitode impugnarem os regulamentos da autarquia, por recurso aco popular.

    Artigo 242.

    (Tutela administrativa)

    1. ()

    2. ()

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    d) ()

    e) ()

    f) ()

    g) ()

    h) Quatro mil cidados eleitores.

    3. ()

    Artigo II

    So revogados os artigos 256. e 291..

    Artigo 256.

    (Instituio em concreto)

    (eliminado)

    Artigo 291.

    (Distritos)

    (eliminado)

    Artigo III

    aditado o artigo 62. A, includo no captulo II, Direitos e deveres sociais.

    Artigo 62. A

    (Acesso a servios sociais)

    A todos garantido o acesso a gua potvel e a energia para fins domsticos, nopodendo ser denegado por insuficincia de meios econmicos.

  • 8/7/2019 Projecto de Reviso Constitucional do BE

    22/22

    Artigo IV

    aditado ao Ttulo V, Tribunais, um novo captulo V e um novo artigo 221. A.

    CAPTULO V

    Defensor Pblico

    Artigo 221. A

    (Funes e estatuto)

    1. Ao Defensor Pblico compete o patrocnio judicirio dos arguidos em processo

    penal que no tenham constitudo advogado.2. Os agentes do Defensor Pblico gozam de estatuto prprio e de autonomia, nos

    termos da lei.

    3. A lei determina os requisitos e regras de recrutamento dos agentes do DefensorPblico.

    4. Os agentes do Defensor Pblico esto subordinados a uma hierarquia e no

    podem ser transferidos, suspensos, aposentados ou demitidos seno nos termosda lei.

    Assembleia da Repblica, 13 Outubro de 2010.

    As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda,