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PREFEITURA DE DIADEMA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 1 PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE DE DIADEMA 2010

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PREFEITURA DE DIADEMA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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PROGRAMAÇÃO

ANUAL

DE SAÚDE

DE DIADEMA

2010

PREFEITURA DE DIADEMA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE DE DIADEMA PARA 2010

I. INTRODUÇÃO

II. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS E DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

III. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA FORMA DE GESTÃO

IV. GESTÃO DO TRABALHO

V. GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA,

VI. PLANO DE AÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA;

VII. PLANO DE AÇÃO DO HM;

VIII. PLANO DE AÇÃO DOS SERVIÇOS 24 HORAS;

IX. PLANO DE AÇÃO DA REGULAÇÃO, AVALIAÇÃO, CONTROLE E AUDITORIA

X. PLANO DE AÇÃO DO QUARTEIRÃO DA SAÚDE;

XI. PLANO DE AÇÃO DA SAÚDE MENTAL

XII. PLANO DE AÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE;

XIII. PLANO DE AÇÃO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA

DIADEMA

ABRIL/2010

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I. INTRODUÇÃO

Os principais instrumentos de planejamento, gestão e avaliação do SUS são o Plano Municipal de Saúde, a Programação Anual e o Relatório de Gestão, pensados com o objetivo de orientar a tomada de decisão dos gestores e também para permitir aos demais atores do SUS a participação no planejamento e gestão, contribuindo assim para o aperfeiçoamento do controle social e da gestão participativa.

Em Diadema optamos por elaborar, discutir e aprovar o Plano Municipal de Saúde - PMS de 2009 a 2012, no primeiro ano da gestão do Governo Municipal, ou seja em 2009, e compatibilizar, do ponto de vista orçamentário, com o PPA de 2010 a 2013. O PMS foi discutido durante 9 meses e foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde – CMS em outubro de 2009.

Em relação à Programação Anual de 2010 optamos por recolocar o conjunto de objetivos estratégicos no que diz respeito à reorganização dos serviços e do sistema de saúde municipal ( modelo de atenção), bem como à forma de gestão ( modelo de gestão), em conformidade com o que está estabelecido no texto do Plano Municipal de Saúde. E complementamos a Programação Anual com a definição das estratégias e caminhos pensados para dar concretude a estes objetivos das diversas áreas de gestão do Sistema Municipal de Saúde de Diadema.

As ações da Programação Anual de 2010 foram elaboradas pelo Gabinete e pelas oito coordenações das áreas de saúde de Diadema: Atenção Básica, Serviços de Urgência e Emergência, Hospital Municipal, Quarteirão da Saúde, Saúde Mental, Assistência Farmacêutica, Vigilância em Saúde, Regulação e Escola de Saúde/Educação Permanente. A elaboração da Programação das áreas de Gestão do Trabalho, e Gestão Administrativa e Financeira ficaram sob a responsabilidade direta do Gabinete da Secretária de Saúde.

As áreas referidas elaboraram suas programações tendo como referência o PMS e cada produto foi denominado de Plano de Ação para 2010.

Inicialmente os Planos de Ação das áreas foram elaborados e discutidos internamente com os gestores e trabalhadores da área; em seguida todos estes Planos foram apresentados, discutidos e aperfeiçoados nas reuniões semanais do Colegiado Gestor. E cada um deles está sendo apresentado e discutido nas reuniões ordinárias do CMS. Até o presente momento – abril de 2010 já foram discutidos os Planos de Ação da Atenção Básica, Hospital Municipal, Plano de Ação da Vigilância em Saúde, que inclui as ações de Prevenção da Violência e Cultura da Paz, o Plano de Ação e Metas das DST/AIDS/Hepatite, além das ações próprias da Vigilância Sanitária e Epidemiológica e ações de Controle de Zoonoses, .

Além disso, entendemos que as Metas para 2010 do Pacto de Indicadores devem ser colocadas na Programação Anual de 2010, pois consideramos de fundamental importância articular e integrar os diferentes instrumentos de planejamento e avaliação do SUS.

Para contextualizar em que cenário está ocorrendo este processo de planejamento e programação, é importante referir que Diadema vem constuindo nas últimas décadas um sistema que conta com uma ampla rede de serviços de saúde.

O Sistema Municipal de Saúde de Diadema está estruturado da seguinte maneira:

19 Unidades Básicas de saúde – UBS com 67 equipes de Saúde da Família, 44 equipes de saúde bucal, e 6 Núcleos de Apoio em Saúde da Família – NASF;

03 Unidades de Pronto Atendimento- UPA;

Um Pronto Socorro Central, que funciona no prédio do Quarteirão da Saúde;

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Um Hospital Municipal de 206 leitos, com Pronto Socorro;

Serviço de Atendimento Móvel de Urgencia- SAMU

Quarteirão da Saúde, onde funcionam o Centro Médico de Especialidades ( CEMED), o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Laboratório Municipal de Análises Clínicas, Serviço de Fisioterapia e Reabilitação; Serviços de Apoio Diagnótico, Centro Cirúrgico;

Três Centros de Atenção Psicossocial – CAPS tipo III;

Um CAPS de Alcool e Drogas;

Um CAPS Infantil;

Centro de Referência em DST/AIDS e Hepatites;

Centro de Referência de Saúde do Trabalhador;

Vigilância à Saúde: Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica;

Centro de Controle de Zoonoses;

Setor de Transporte de Pacientes;

Central Municipal de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria.

O grande desafio do SUS de Diadema hoje é investir na melhoria da qualidade da atenção oferecida à população, aperfeiçoando o acolhimento dos usuários, aumentando a resolutividade em toda a rede de serviços, incentivando a responsabilização dos profissionais e equipes de saúde pelo cuidado dos pacientes, integrando os serviços por meio de linhas de cuidado e maior articulação entre os vários níveis do sistema local de saúde.

A consolidaçao da rede de serviços já existente em Diadema deve contribuir para a integralidade da atenção à saúde, o que pressupõe trabalho interdisciplinar das equipes, tanto da Atenção Básica como dos demais serviços de saúde; e participação mais ativa dos serviços de referencia regional na produção do cuidado integral voltado para população do município.

II. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS E DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

1. Implementar processos de gestão dos serviços e do sistema, e gestão do cuidado com vistas à integralidade;

2. Investir no processo de construção da centralidade da Atenção Básica no Sistema Municipal de Saúde, e no seu papel de ordenadora do sistema e de gestora do cuidado;

3. Implementar a integração e trabalho interdisciplinar das equipes, utilizando conhecimentos dos vários núcleos profissionais para construção compartilhada de projetos voltados para as necessidades individuais e coletivas da população, utilizando dispositivos que favoreçam a resolutividade, o acolhimento, o vínculo, a responsabilização, a autonomia das equipes e dos usuários;

4. Expandir a Estratégia de Saúde da Família e implantar 80 equipes até o final de 2010, sendo 67 com médicos generalistas e 13 equipes com pediatras, clínicos e ginecologistas, além da equipe de enfernagem e Agentes Comunitários de Saúde - ACS;

5. Implementar ações voltadas para transformar as Unidades Básicas de Saúde – UBS na principal porta de entrada do Sistema de Saúde e espaço efetivo de resolução de

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problemas de saúde, para que os serviços de urgência e emergência possam cumprir seu papel e atender prioritariamente os casos de maior gravidade.

6. Aperfeiçoar a integração do Hospital Municipal com outras áreas, tais como a Regulação, a Vigilância Sanitária e Epidemiológica e o Quarteirão da Saúde;

7. Qualificar a atenção às urgências e emergências por meio da integração dos Pronto Socorros Central, do HM e SAMU, bem com as unidades de Pronto Atendimento;

8. Incorporar a avaliação como rotina da gestão, por meio da analise dos indicadores de saúde, da produção dos serviços e a produtividade dos profissionais, bem como avaliações qualitativas baseadas no trabalho cotidianos dos gestores, gerentes e trabalhadores;

9. Aperfeiçoar a produção e analise de informações epidemiológicas e da área de Avaliação e Controle para qualificar a gestão e a produção do cuidado. Será necessário avançar na informatização da rede e no cadastro dos usuários, com vistas à utilização do Cartão SUS, voltados para garantir o acesso e facilitar o sistema de referência e contra referência. A informatização irá contribuir para melhorar a eficácia da gestão e do cuidado.

10. Implantar ações da Política Nacional de Promoção da Saúde - PNPS do SUS, definida na Portaria nº 687, de março de 2006, que estabelece como objetivo geral: promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde, relacionados aos seus determinantes e condicionantes - modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais;

11. Fortalecer o trabalho intersetorial voltado para a construção de uma cidade potencialmente saudável por meio da implantação de ações de promoção da saúde.

12. Aperfeiçoar as ações de incentivo e estímulo a atividades físicas, através da capacitação dos profissionais da Atenção Básica para implantação de atividades de Lian Cong em todas as UBSs, como parte de projetos terapêuticos para os usuários,

13. Incentivar os usuários das UBSs a participarem de atividades já estruturadas como Mulheres em Movimento, Dança Circular, grupos de caminhadas, Academia da Cidade, entre outras;

14. Colocar na agenda política de discussão com os usuários, conselheiros, atores políticos em geral, a necessidade de alterações profundas na cultura do povo de Diadema no que diz respeito à forma de compreender e utilizar os serviços de saúde e enfrentar o desafio de debater e mudar a forma com se dá hoje o consumo dos serviços de saúde e a necessidade de repensar esta dependência, buscando construir cidadãos que tenham mais autonomia para enfrentarem seus processos de adoecimento, por meio de maior consciência sanitária e do auto cuidado

15. Utilizar todos os espaços de participação popular para debater este processo de mudança no campo das idéias e das práticas, utilizando a ferramenta da educação permanente;

16. Implementar o Pacto pela Saúde no município e participar de sua implementação na Região do ABCpor meio da participação efetiva no CGR e no COSEMS SP.

17. Formalizar a relação entre a gestão municipal e estadual, por meio da assinatura do Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos – PCEP, tendo em vista que o Hospital

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Estadual do Serraria está localizado em Diadema e continua sob gestão e gerência da SES/SP.

18. Buscar soluções regionais, solicitando apoio técnico e financeiro da SES/SP, para referências aos casos de traumatologia e neuro-trauma de Diadema e demais municípios da região, conforme prioridade definida no CGR;

19. Participar da mobilização nacional pela regulamentação da EC 29 e aumento de recursos federais para a Saúde Pública e o SUS;

20. Participar da discussão e mobilizar atores políticos pelo aumento de recursos da SES/ SP para custeio das ações e serviços de saúde nos municípios, inclusive Diadema.

21. Implementar as ações voltadas para redução da morbimortalidade por álcool e outras drogas, por meio de atuação conjunta da Coordenação da Saúde Mental, Núcleo de Prevenção da Violência da Vigilância à Saúde e pela AB, com ampliação do CAPS AD, para que ele seja de fato a unidade ordenadora das ações de saúde voltadas para a redução da morbimortalidade por álcool e drogas.Estas ações devem ser articuladas com Secretarias Municipais da Educação, Assistência Social e Cidadania, Defesa Social, Esporte e Cultura;

22. Fortalecer a rede de CAPS, aperfeiçoando as ações das equipes de Saúde Mental , mediante integração das equipes e dos serviços para atenção integral às pessoas com trantornos mentais;

23. Ampliar e fortalecer as ações desenvolvidas pela equipe do CAPS Infantil;

24. Implementar o Grupo Intersetorial de Promoção do Envelhecimento Saudável.

III. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA FORMA DE GESTÃO

1. Criar e fortalecer espaços permanentes de discussão e reflexão sobre o trabalho e a gestão, priorizando a organização de Colegiados de Gestão, como dispositivo para a democratização da gestão;

2. Utilizar a educação permanente como ferramenta estratégica para reorganizar os processos de trabalho, no sentido de possibilitar e favorecer a construção de relações mais solidárias entre as equipes e os usuários, que produzam qualidade de vida, autonomia e sentido para os ambos.

3. Fortalecer o Colegiado Gestor como ator político responsável pelo planejamento, gestão e avaliação do Sistema Municipal de Saúde de Diadema.

4. Aprimorar o funcioamento dos coletivos já existentes - Colegiado Gestor, Colegiado de Coordenação da Atenção Básica; de Gerentes das Unidades Básicas de Saúde – UBS; do Quarteirão da Saúde; da Vigilância em Saúde; de Saúde Mental; Colegiado Gestor das Urgências e Emergências;

5. Criar o Colegiado de Educação Permanente/ Escola de Saúde;

6. Criar dispositivo para qualificar o cuidado e abordagem do sofrimento mental, articulando representantes dos Colegiados da Atenção Básica, da Escola de Saúde, da Vigilância em Saúde e da Saúde Mental, e os trabalhadores da Atenção Básica, prioritariamente psicólogos e assistentes sociais;

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7. Dar continuidade ao Grupo de Trabalho – GT para planejar a articulação e implantar ações transversais que facilitem a integração da AB e Quarteirão da Saúde, com a participação da Regulação;

8. Implementar o Colegiado de Gestão do HMD;

9. Criar Grupo de Gestão da Informação e Informática; Grupo para Promoção do Uso Racional de Medicamentos;

10. Implementar as reuniões de equipe, enquanto espaço para discussão dos processos de trabalho em todos os locais de produção do cuidado;

11. Realizar e aperfeiçoar as Reuniões Ordinárias do Conselho Municipal de Saúde;

12. Aperfeiçoar a participação efetiva da população no planejamento e acompanhamento da execução das ações de saúde, incluindo o controle da utilização dos recursos financeiros do SUS, o que é realizado através das prestações de contas mensais do Fundo Municipal de Saúde aos conselheiros e Audiências Públicas na Câmara de Vereadores;

13. Realizar a VII Conferência Municipal de Saúde, com ampliação da participação popular e dos trabalhadores da Saúde, através da realização de 19 Pré Conferências em todas as regiões do município, 05 Pré Conferências nos maiores equipamentos de saúde municipais e em Conferências Temáticas.

IV. GESTÃO DO TRABALHO

O município de Diadema conta com 3.796 funcionários, sendo 2.908 efetivos, estatutarios e celetistas, 733 contratados por Organização Social de Saúde - OS, 80 temporários, 55 de Frente de Trabalho, 16 servidores da SES SP municipalizados e 4 estagiários.

Entre os 733 contratados pela OS, 434 são agentes comunitários de saúde, e 70 agentes de controle de zoonozes, o que representa 70% dos contratados.

A categoria mais numerosa da Saúde é o pessoal de enfermagem: são 355 auxiliares de enfermagem e 675 técnicos de enfermagem, totalizando 1030 funcionários.

Os profissionais de Nível Universitário, excluindo os médicos, são em número de 550 trabalhadores, e representam a categoria mais numerosa da Saúde. São 281 enfermeiros, 93 dentistas, e 176 profissionais de várias categorias: psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, bioquímicos, nutricionistas, fisioterapeutas, veterinários, entre outros.

A segunda categoria mais numerosa é a categoria dos médicos: são 543 médicos, com variadas jornadas de trabalho, sendo 185 lotados no HM; 149 na rede de UBS; 72 no Pronto Socorro Central; 64 no Quarteirão da Saúde; 21 no SAMU, e os demais estão distribuidos nos 5 CAPS, CR AIDS e Hepatite, CEREST, nos 3 PA e na Gestão. Cerca de 90% dos médicos estão no HM, AB, PSC, Quarteirão e SAMU.

Os administrativos somam 531 profissionais, e os operacionais e de apoio, que inclui motoristas, agentes de limpeza e outros somam 594 funcionários.

A SMS de Diadema propõe para 2010 fazer adequações no número de profissionais, usando como parâmetros as Recomendações, Políticas e Portarias do Ministério da Sáude e do SUS, e também

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analisando as informações locais, tanto em termos de dinâmica dos serviços e perfil da demanda, como a produtividade profissional.

Em linhas gerais nossa proposta é ampliar as equipes da Atenção Básica, e fazer as adequações nas demais áreas.

Para regularizar as contratações temporárias de médicos, e também fazer parte das reposições de demissões ocorridas em 2009, a Secretaria de Gestão de Pessoas vai realizar Concurso Público em 2010 para todas as áreas da Prefeitura, inclusive a Saúde.

Estava programado e já foi realizado Concurso Público para Médico Genelarista de SF, e estão sendo admitidos 08 novos profissionais. Como este número é insuficiente, nossa proposta é ter novo Concurso Público, juntamente com os demais já citados acima.

Estava programado e já foi realizado Processo Seletivo para Agentes Comunitários de Saúde, e estão sendo admitidos 68 novos profissionais para reposições e ampliações. A proposta é contar com 5 ACS por equipe.

V. FINANCIAMENTO DA SAÚDE EM DIADEMA

Em 2009 o orçamento executado da SMS foi de R$ 220.269.296,90, sendo R$ 158.924.609,19 de recursos do Tesouro Municipal e R$ 60.983.694,49 de repasse do Ministério da Saúde, incluindo os convênios. Segundo dados do SIOPS, em 2009, a PMD destinou 34,02% de seu orçamento próprio em saúde, representando mais que o dobro determinado pela Emenda Constitucional 29. Abaixo, segue quadro com a evolução alguns indicadores financeiros, nos anos de 2005 a 2009, demonstrando como União vem participando do financiamento municipal e como o município vem aplicando seus recursos em saúde.

Fonte:SIops

ORÇAMENTO DA SAÚDE DE 2010 (dados atualizados em 27 de abril/2010)

FONTE VALOR

TESOURO 160.806.140,00

MINISTERIO 63.144.673,94

ESTADO 2.791.941,88

CONVENIOS 4.113.710,23

Indicador 2005 2006 2007 2008 2009

Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de recursos transferidos para o Município 14,85 % 17,98 % 15,69 % 15,97 % 16,29%

Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no total de Transferências da União para o Município

49,03 % 56,66 % 51,03 % 47,27 % 51.98%

Despesa total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante

R$ 286,51

R$ 337,78

R$ 384,80

R$ 520,30

R$ 553,81

Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 3,39 % 1,95 % 2,02 % 2,29 % 0,17%

Participação da desp. com serviços de terceiros - pessoa jurídica na despesa total com Saúde 17,43 % 20,21 % 15,79 % 19,43 % 21,66%

Participação da despesa com investimentos na despesa total com Saúde 3,03 % 8,71 % 8,81 % 13,47 %

0,83%

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PMAT 1.200.000,00

TOTAL 232.056.466,05 Fonte: SMS/SMF

Os dois grandes desafios do SUS de Diadema em 2010 é otimizar a utilização dos recursos da Saúde e buscar aumentar a participação do Ministério da Saúde e SES SP no co financiamento dos serviços e ações de saúde do município, visto que os recursos do Tesouro Municipal destinados à Saúde já estão muito acima do percentual recomendado na EC 29 e em patamares muito elevados para as finanças do município.

Em relação à otimização dos gastos e a busca da eficiência, as medidas que serão implementadas em 2010 são:

Controle de gastos com as Contas Públicas ( energia eletrica, telefone, água);

Revisão de todos os contratos de serviços de terceiros, e redução onde for possível;

Revisão nos convênios e subvenções sociais e redução onde for possível;

Redução do número de veículos da frota terceirizada;

Redução e controle de Horas Extras dos funcionários da Saúde;

Redução e controle dos Plantões de Convocação Municipal - PCM;

Adequação do número de funcionários de enfermagem dos CAPS III;

Redução de 6 para 5 ACS por equipe de saúde da família;

Redução de gastos com a Folha de Pessoal, contratados pela SPDM;

Implantação do sistema de cotas para exames laboratoriais, tendo em vista o crescimento exagerado do número de exames solicitados em 2009;

Readequação do número de médicos plantonistas do Hospital Municipal;

Readequação do número de profissionais da Escola de Saúde;

Em relação ao aumento de recursos do Ministério da Saúde e da SES SP no co financiamento da Saúde em Diadema, as propostas para 2010 são:

Habilitação do CAPS Infantil junto ao Ministério da Saúde e recebimento de recursos para custeio;

Publicação pelo MS do credenciamento da UTI Neonatal do HMD e recebimento de recursos para custeio;

Cadastramento no CNES de 8 equipes de Saúde da Família e recebimento de recursos para custeio

Credenciamento e cadastramento de uma equipe de NASF na Atenção Básica junto ao DAB/MS e CNES para recebimento de recursos para custeio;

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Remanejamento de teto de MAC de Santo André e São Paulo para o teto de Diadema em função do atendimento oftalmológico no Quarteirão da Saúde de pacientes de Diadema;

Implantação de Projeto de Regulação e Informatização da rede municipal com recursos financeiros para aquisição de equipamentos de informática do Departamento de Regulação, Avaliação, e Controle da SAS/MS;

Elaboração de projeto para financiamento pelo MS de aquisição de mobiliário e equipamentos para o HM;

Elaboração de projeto para financiamento pelo MS da construção da Unidade de Pronto Atendimento UPA Paineiras;

Elaboração de projeto para co financiamento da construção da Unidade Básica de saúde do Campanário;

Solicitação à SES SP de criação de Pronto Socorro aberto às 24 horas no Hospital Estadual de Diadema para atendimento da demanda regional, priorizando casos de neuro-trauma e traumato-ortopedia;

Solicitação à SES SP de ampliação dos leitos de UTI Adulto para atendimento da demanda regional;

Solicitação à SES SP de recursos financeiros para co financiamento das 75 equipes de SF, através do repasse mensal, Fundo a Fundo, de 50% do Incentivo de SF do MS, ou seja, $ 3.200,00 por equipe num total de $240.000,00/mês e $ 2.880.000,00/ano. Inciativas semelhantes já estão implantadas pelas SES de MG e MS. Solicitação à SES SP

Com estas medidas de controle dos gastos e aumento do repasse, nossa expectativa é que as despesas da Saúde não apresentem aumento em 2010.

VI. PLANO DE AÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA

Objetivo Geral: Expandir a SF e qualificar o cuidado na AB, integrando suas ações com os serviços de Média e Alta complexidade e de Urgência e Emergência

Diretrizes:

1. Utilização do conceito de território como base para o planejamento local e para o enfrentamento dos principais problemas de saúde;

2. Utilização de Planos de Cuidados e de Projetos Terapêuticos Singulares como eixos para concretizar o conceito de clínica ampliada;

3. Responsabilização das equipes da atenção básica pelas diferentes necessidades dos usuários em suas famílias e coletivos como um dos mecanismos para garantir a continuidade e a integralidade na atenção à saúde;

4. Qualificação do acolhimento como dispositivo para a escuta qualificada;

5. Ampliação da oferta de cuidados pelas UBS, incorporando ferramentas e ações complementares ao atendimento individual;

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6. Adoção do apoio matricial como dispositivo para ampliação do conhecimento e qualificação das práticas das equipes da atenção básica;

7. Utilização da Educação Permanente como mecanismo para ampliação do conhecimento e transformação das práticas de saúde;

8. Ênfase no controle social como princípio estruturante para a democratização da gestão;

9. Estruturação de Equipes de Referência da Saúde da Família e Equipes de Apoio em todas as UBS, vinculando todos os profissionais da rede básica à Estratégia de Saúde da Família e garantindo sua expansão para todo o território de Diadema;

10. Desenvolvimento de ações intersetoriais, nos territórios das UBS, visando promover a saúde e a qualidade de vida na cidade;

11. Ampliação e melhoria da estrutura da rede básica através de construções e reformas de Unidades e de renovação de equipamentos e mobiliário;

12. Integração da atenção básica com os demais serviços como mecanismo para garantir a coordenação do cuidado e a integralidade na atenção à saúde;

Objetivos Específicos:

1. Qualificar o cuidado na Atenção Básica, integrando as atividades desenvolvidas pelas Equipes de Referência (Equipe de Referência = Equipe de Saúde da Família), Equipes de Saúde Bucal e Equipes de Apoio, assim como com os serviços especializados, e promovendo a ampliação da clínica para além dos núcleos específicos de cada formação profissional;

Operações

1.1. Promover o Acolhimento da população, inclusive da demanda espontânea, efetivando a AB como a principal porta de entrada do sistema e desenvolvendo sua responsabilidade pela coordenação do cuidado com a saúde dos usuários 1.2. Qualificar os Cuidados com portadores de sofrimento mental 1.3. Implantar Linhas de Cuidado para portadores de Diabetes Melittus e Hipertensão Arterial 1.4. Desenvolver ações preliminares para implantar Linha de Cuidado para crianças de 0-5 anos, para gestantes e para idosos 1.7. Coordenar o cuidado em Saúde Bucal por meio de estratégias que garantam a extensão da cobertura e promovam a equidade e integralidade das ações de Saúde Bucal 1.8. Implementar as ações da AB com a implantação de Apoio em Fisioterapia para as Equipes de Referência, considerando os recursos disponíveis 1.9. Desenvolver ações da área de DST/AIDS/Hepatites na AB definindo as atribuições e responsabilidades das equipes de saúde nos cuidados com o portador de DST/AIDS/Hepatite 1.10. Incorporar ações de Saúde do Trabalhador na AB estabelecendo as atribuições e responsabilidades das equipes de saúde nessa área 1.11. Qualificar as ações de Vigilância na AB, por meio do apoio matricial dos profissionais do DVS à reorganização dos processos de trabalho na rede básica de saúde; 1.12. Estimular os espaços de discussão e organização dos processos de trabalho em cada UBS, propiciando a participação dos trabalhadores e o desenvolvimento da atenção voltada para os usuários; 1.13. Promover a integração das Unidades Básicas de Saúde com o Quarteirão da Saúde e outros serviços especializados, com o HM, com os Serviços de Urgência e Emergência e com a

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Coordenação de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria, aproximando os profissionais e racionalizando processos de trabalho no sentido de qualificar os cuidados ofertados aos usuários da rede de saúde; 1.14. Promover a integração das Unidades Básicas de Saúde com o Quarteirão da Saúde e outros serviços especializados, com o HM, com os Serviços de Urgência e Emergência e com a Coordenação de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria, aproximando os profissionais e racionalizando processos de trabalho no sentido de qualificar os cuidados ofertados aos usuários da rede de saúde;

2. Expandir e consolidar a Estratégia de Saúde da Família em todo o território do município;

Operações

2.1. Complementar e adequar as Equipes de Referência/ Equipes de Saúde da Família e Equipes de Apoio conforme o número de famílias cadastradas e as necessidades de saúde de cada território; 2.2. Ampliar a Estratégia de Saúde da Família para todo o território das UBS Vila Nogueira, Parque Real, Serraria, Paineiras e Centro, com equipes de saúde da Família formadas por clínicos, pediatras, ginecologistas, equipe de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde - ACS ; 2.3. Ampliar a rede básica e adequar a estrutura física/equipamentos de Unidades para a expansão e consolidação da SF; 2.4. Qualificar os profissionais da Atenção Básica para a implantação e desenvolvimento da Estratégia da SF; 2.5. Desenvolver programas de estágio com instituições de ensino;

3. Desenvolver ações articuladas com outras Secretarias e serviços na perspectiva da promoção da saúde e da qualidade de vida nos territórios;

Operações

3.1. Desenvolver, em articulação com as Secretarias Municipais de Assistência Social e Cidadania, Esportes e Segurança Alimentar, Plano Intersetorial para promoção do envelhecimento saudável; 3.2. Promover ações para promoção de Alimentação Saudável, por meio da capacitação dos profissionais da Atenção Básica, priorizando em 2010 aspectos gerais da reeducação alimentar, o grupo de Idosos, em parceria com as Secretarias Municipais de Segurança Alimentar, Esporte, Assistência Social e Cidadania. 3.3. Desenvolver atividades corporais e práticas esportivas em todas as Áreas de Abrangência, articulando-as com as linhas de cuidado da SMS; 3.4. Desenvolver ações articuladas com outras Secretarias Municipais;

4. Aprimorar os mecanismos de controle social nas UBS, valorizando os espaços de discussão junto aos Conselhos Gestores e outras organizações das comunidades;

Operações

4.1. Priorizar, nas discussões com a população, a temática da mudança de modelo de atenção, com ênfase na promoção da saúde, prevenção de doenças, e qualificação do cuidado, com objetivo de modificar a cultura hegemônica de “consumir procedimentos e medicamentos”.

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5. Estimular e apoiar o planejamento e avaliação local das Unidades, incluindo a pactuação de missão, compromissos e metas e a elaboração de Planos Anuais de Gestão de cada UBS.

Operações

5.1. Implementar Núcleos de Vigilância e Informação nas UBS, construindo-os como espaços privilegiados para análise dos dados e informações e para sua utilização no planejamento das ações pelas Equipes de Saúde; 5.2. Qualificar a Gestão da AB; 5.3. Integrar a AB ao processo de planejamento e às ações das Coordenações e Áreas da SMS; 5.4. Implementar as ações de gestão, gerência e de apoio/supervisão técnica da AB; 5.5. Institucionalizar ações de monitoramento e avaliação, reestruturando os Sistemas Informatizados, definindo e pactuando indicadores de saúde e de desempenho;

VII. PLANO DE AÇÃO DO HMD

Objetivos:

1. Qualificar e democratizar a gestão do Hospital Municipal

Ações

1.1 Constituir as comissões de apoio para a melhoria da gestão do HMD 1.2. Dispor de índices e dados regulares do HMD que permitam a discussão, a tomada conjunta de decisões e a prestação de informações externas 1.3 Definir, organizar e divulgar um conjunto de indicadores padrão, para o monitoramento das atividades e do desempenho do HMD. 1.4. Concretizar e utilizar o plano anual como ferramenta de gerência do HM, monitorando os indicadores dos objetivos do plano, possibilitando as correções. 1.5. Conhecer a opinião dos trabalhadores, integrando suas expectativas na gestão, realizando pesquisa sobre a opinião dos trabalhadores 1.6 Implantar novo sistema de informática . 1.7 Elaborar os parâmetros básicos para um novo sistema de informatização, ampliando a comunicação interna para a democratização da gestão. 1.8 Editar boletins internos 1.9 Conhecer a satisfação dos usuários e utilizar os resultados nas tomadas de decisão, por meio de pesquisa.

2. Melhorar as instalações físicas do HM

Ações:

2.1. Reinstalar as áreas de Recepção, Central de Vagas, Internação, PABX e Diretoria, reformando as áreas e transferindo a internação, a central de vagas e pó PABX para o 1ºandar. 2.2. Adequar a estrutura física e instalações de áreas críticas, conforme o projeto de reforma:

Subsolo - ampliar o refeitório/vestiário, adequar área para armazenagem de produtos alimentícios, deslocamento da farmácia do 9º para o subsolo.

Área Externa - ocupação da atual área da manutenção pelo almoxarifado e construção de nova área física para a manutenção e reforma da lixeira.

Térreo - adequação da atual área da ""UTI-PS"" com instalação de 16 leitos-observação (maca com régua de gases). Reformar a área de observação, melhorando o acesso e o atendimento com privacidade na emergência.

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1º ANDAR - ampliação de área para 6 novos leitos de UTI adulto. Reforma para nova CME.

Adequação dos acessos e sanitários. 2.3. Adequar a CME, reformando o 1º andar - transferir e reinstalar a atual CME do 2º andar e integrar a área da atual da CME ao Centro Cirúrgico, adequando seus fluxos (projeto obras + equipe própria). 2.4. Instalar central e rotina operacional para o manejo dos equipamentos, incluindo gasoterapia, instalando sala para guarda de equipamentos com a reforma do 1º andar e definir rotinas para o manejo integrado dos equipamentos. 2.5. Adequar as unidades de internação e salas do CC e CO, dando continuidade às reformas graduais do 3º, 4º, 5º, CC e CO, com recursos e equipe próprios. 2.6. Adequar proteção com telas, instalando telas nas áreas: lactário, cozinha, refeitório, depósito de lixo. 2.7. Criar brigada de incêndio e estabelecer rota de fuga

3. Melhorar as condições de equipamentos e mobiliários do HM Ações: 3.1 Garantir manutenção preventiva dos equipamentos, implementando um programa de manutenção preventiva - ar condicionado (CC, CO, UTI, CME) e cabine primária. 3.2. Renovar mobiliários e equipamentos, por meio de projeto a ser encaminhado ao MS.

4.Contar com Plano de Gerenciamento de Resíduos

Ação: Elaborar e implantar Plano de Gerenciamento de Resíduos.

5.Melhorar as condições dos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico do HM

Ações:

5.1 Realizar exames imuno-hematológicos, formalizando convênio com a Colsan/Unifesp. 5.2 Estabelecer mecanismos para desenvolver o uso adequado de exames de ultra-som, atualizando e implantando protocolos. 5.3 Implantar planilha informativa sobre HD, tipos de exames solicitados normais e alterados.

6.Melhorar a atuação do laboratório do Hospital:

Ações:

6.1.Melhorar a coleta de exames, definindo e capacitando um técnico exclusivo para a coleta. 6.2. Definir o papel do Laboratório do HMD como exclusivo para os exames internos, rediscutindo seu papel no sistema de saúde

7..Qualificar a assistência farmacêutica hospitalar

Ações:

7.1 Instituir ao funcionamento 24hs da farmácia, sem estoques paralelos e com distribuição individualizada. 7.2 Reestruturar escala de trabalho da equipe atual, para funcionamento 24hs e com distribuição individualizada.

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7.3 Promover a adesão a Remume e o uso racional de medicamentos. 7.4 Atualizar e divulgar a REMUME e sua importância. 7.5 Implantar protocolos para o uso de alguns medicamentos. 7.6 Rever a grade do hospital em trabalho conjunto com a Assist. farm.da SMS.

8. Humanizar e qualificar o atendimento do PS, realizando avaliação de risco, priorizando e ordenando o fluxo do atendimento.

Ações:

8.1.Implantar a avaliação de risco no PS. 8.2. Padronizar os procedimentos clínicos em benefício da qualidade da assistência, participando da atualização dos protocolos assistenciais de urgência e emergência. 8.3. Informar adequadamente o usuário sobre a utilização dos serviços, implantando a orientação na dispensa do paciente (pós-consulta).

9. Melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente internado.

Ações: 9.1 Padronizar os procedimentos clínicos, atualizando os protocolos assistenciais dos pacientes em regime de internação e das unidades de tratamento intensivo. 9.2 Adotar métodos que garantam a continuidade da conduta diagnóstica e terapêutica, minimizando ações desnecessárias. 9.3 Gerenciar o contrato da terceirizada exigindo o cumprimento dos dispositivos técnicos para a qualidade da assistência.

10. Conquistar o título de Hospital Amigo da Criança.

Ação: Concluir capacitação e agendar visita de avaliação.

11.Intensificar a integração do HM com os demais serviços da rede

Ações:

11.1 Apoiar a renegociação da grade e dos critérios de acesso aos serviços de referência. 11.2 Melhorar o sistema de referência disponibilizando informações e integrando esforços, por meio de reuniões periódicas para análise conjunta dos dados do sistema de referência. 11.3 Otimizar a distribuição dos casos de urgência e emergência e o acesso dos pacientes internados aos serviços especializados, participando e apoiando a criação da central de vagas de urgência e emergência única municipal, coordenada pelo SAMU. 11.4. Melhorar a comunicação e a logística para agilizar as transferências, implantando rádio de comunicação entre HMD e SAMU-base. 11.5 Melhorar a articulação e avaliação do sistema de referência HMD-Quarteirão, por meio de reuniões periódicas para análise conjunta dos dados e acompanhamento do sistema de referência. 11.6 Rever e rearticular as funções e a organização do PS do HMD e PS-Quarteirão. 11.7 Garantir fluxo de informação às UBS, quando da alta dos pacientes, elaborando POP e implantando sistemática de alta orientada.

12.Garantir atenção integral aos pacientes que passsam pelo HM

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Ações:

12.1 Participar da elaboração e implantação da linha de cuidado de pacientes portadores de HAS e Diabetes. 12.2 Implantar formalmente, fluxo de encaminhamento das gestantes ao HMD e posterior consulta ambulatorial referenciada, pós-alta hospitalar, para puérperas e RN. 12.3 Implantar visita diária a pacientes psiquiátricos internados, propondo a redistribuição de horas psiquiátricas existentes no município. 12.4 Protocolar ação conjunta HMD, Mental e VE para o atendimento continuado dos pacientes vítimas de tentativa de suicídio. 12.5 Articular ações intersetoriais para abrigar pacientes convalescentes em situação de alta hospitalar destituídos de família, reestruturando o modelo atual do SID e desvinculando o SID e a Oxigenoterapia do HM.

13.Contar com serviço de segurança, específico para o HMD.

Ação: Definir parâmetros e contratar serviço de segurança.

VIII. PLANO DE AÇÃO DOS SERVIÇOS 24 HORAS

Objetivos 1. Melhorar a qualidade do atendimento nos serviços de urgência/emergência, tanto do ponto de vista da resolutividade e capacidade técnica dos profissionais, como do ponto de vista da humanização do atendimento em consonância com a Política Nacional de Humanização

Ações: 1.1 Implantar/aprimorar o acolhimento com classificação de risco nos serviços 24 horas, mediante a implantação de protocolos de avaliação de risco e discussão dos processos de trabalho entre as diferentes categorias profissionais. 1.2 Implantar a pós-consulta, qualificando o referenciamento na rede municipal de saúde, a partir de critérios definidos pela SMS; 1.3 Elaborar estratégia informacional, por meio de painéis, vídeos informativos, banners, entre outros que esclareçam aos usuários a lógica de atendimento dos Prontos Socorros baseada na Classificação de Risco; 1.4 Criar mecanismo de apoio e supervisão nos plantões noturnos e de finais de semana, dos serviços 24 horas para que a população tenha seu atendimento garantido e com qualidade; 1.5 Elaborar, revisar e atualizar protocolos clínicos compondo linhas de cuidado por ciclo de vida 1.6 Aprimorar o atendimento às urgências e emergências com foco na humanização, incluindo processo de integração para novos profissionais admitidos nos serviços de urgência e emergência; 1.7 Realizar periodicamente capacitações técnicas específicas para os profissionais dos serviços 24 horas;

2. Qualificar o atendimento nos serviços de saúde por meio da integração/participação das equipes dos serviços 24 horas nas atividades do Sistema Municipal de Saúde

Ações:

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2.1 Garantir fluxo de aviso de alta dos serviços 24 horas diretamente para as Unidades Básicas de Saúde. 2.2 Integrar a urgência e emergência à atenção básica e especialidades, visando condições de acolher os pacientes com indicação de internação e garantir o seguimento ambulatorial dos pacientes após alta hospitalar, fortalecendo a linha de cuidado; 2.3 Vincular a alta hospitalar ao agendamento de consulta na UBS ou com especialista, com produção de impacto na redução dos índices de reinternação hospitalar;

3. Qualificar a gestão nos serviços de urgência/emergência para garantir o atendimento das necessidades de saúde da população

Ações: 3.1 Implantar avaliação permanente dos indicadores de morbi-mortalidade nos atendimentos de urgência e emergência, avaliação dos serviços por meio da coleta, divulgação e discussão de dados de produção, e envolvimento de todos os profissionais; 3.2 Criar sinalização por cores para orientação dos usuários de como chegar aos diversos setores do prédio do PSC, entre eles RX, ECG, sala de medicação etc; 3.3 Reestruturar os serviços de Pronto Atendimento - PA existentes (Eldorado e Paineiras), credenciando-os como Unidade de Pronto Atendimento - UPA tipo II; 3.4 Melhorar a estrutura da Base do SAMU com ampliação da mesma seguindo os padrões da portaria do Ministério da Saúde e adequando ao crescimento do serviço; 3.5 Aumentar o numero de ambulância com mais uma USA (Unidade de Suporte Avançado) e duas USB (Unidade de Suporte Básico); 3.6 Adequar os equipamentos das USB (Unidade de Suporte Básico) de acordo com normas técnicas do Ministério da Saúde; 3.7 Garantir sustentabilidade e eficácia do contrato de manutenção preventiva e corretiva para as ambulâncias do SAMU; 3.5 Ampliar o SAMU assumindo a responsabilidade e administração do Serviço de Transporte de pacientes do Município; 3.9 Redimensionar o PA Nações; 3.10 Implantar a regulação municipal de leitos hospitalares; 3.11 Integrar o SAMU à Central Municipal de Regulação, com sistema de informação on-line sobre os leitos operacionais e sua ocupação e aprimorar os critérios de regulação médica em conformidade com as diretrizes de regulação da SMS; 3.12 Integrar os serviços do Hospital Estadual Serraria (HES) à Rede Municipal, por meio da assinatura de novo Termo de Cooperação de Entes Públicos - TCEP, conforme previsto no Pacto de Gestão; 3.13 Desenvolver esforços junto ao Ministério da Saúde (MS) para implantar um Núcleo de Educação às Urgências (NEU);

IX. PLANO DE AÇÃO DA REGULAÇÃO, AVALIAÇÃO, CONTROLE E AUDITORIA

Objetivos

1.Ampliar o escopo de ação regulatória do acesso para 100% da rede assistencial ambulatorial

Ações

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1.1 Realizar diagnóstico, avaliação e revisão dos Protocolos de Regulação do Acesso baseados em evidência vigentes in loco nas Unidades de Produção Assistenciais . 1.2 Elaborar os Protocolos de Regulação do Acesso - exames de apoio diagnóstico - vol.1. baseados em evidência.

2.Promover através da regulação do acesso maior resolutividade da Atenção Básica em sua capacidade de ordenar os demais níveis da rede assistencial

Ações 2.1. Criar dispositivos para que as equipes da AB se responsabilizem pela gestão das vagas de consultas médicas especializadas e exames de apoio diagnóstico. 2.2. Implantar o apoio matricial em regulação e de especialidades médicas às equipes da AB. 2.3. Avaliar e monitorar as ações regulatórias no nível central

3.Aprimorar os mecanismos de agendamento, reagendamento e cancelamento de consultas e exames de especialidades buscando mecanismos que permitam a utilização plena das vagas oferecidas, combatendo assim o absenteísmo, por meio de ações conjuntas com a Atenção Básica e Quarteirão da Saúde

Ações

3.1. Implementação das ações de cadastramento e baixa de guias SADT (nova versão do RegulaDIA) 3.2. Reestruturação do impresso SADT (Serviços Auxiliares de Diagnose e Terapia) 3.3. Elaboração de estratégias para gestão das solicitações de reagendamento de consultas/exames recebidos pela DRAAC 3.4.Implantação de rotina de produção de informações/indicadores de agendamento

4. Estimular e apoiar a implantação dos Complexos Reguladores Municipais, Regionais e Estadual, conforme Plano Estadual de Saúde Vigente.

Ações 4.1. Viabilizar o reconhecimento da estrutura do Complexo Regulador no organograma da SMS. 4.2. Conferir aos profissionais de saúde reguladores o papel de autoridades sanitárias do município 4.3. Organizar o 1º Seminário Regional de Regulação, Avaliação e Controle

5. Promover ações de produção da informação através da co-gestão de ações de avaliação e controle para aumento da qualidade assim como estimular o uso na gestão in loco da informação produzida.

Ações

5.1. Elaborar diagnóstico in loco dos processos de trabalho dos profissionais da rede assistencial envolvidos na coleta e consolidação dos dados de produção dos sistemas de informação oficiais e promover capacitação técnica em cogestão com as áreas de produção assistencial.

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5.2. Disponibilizar dados e informações consolidados (feedback) para todos os níveis do sistema de saúde, por meio de relatórios de produção assistencial e do cadastro dos serviços de maneira periódica e uniformizada a partir de fluxos, prazos e meios pactuados entre as áreas envolvidas. 5.3. Implantar, gerenciar e monitorar em co-gestão as rotinas de controle e avaliação dos dados de produção assistencial consolidadas co as unidades produtoras de serviços em saúde. 5.4.Capacitar gerentes e trabalhadores da rede assistencial para a utilização da informação como instrumento da gerência em todos os níveis de gestão. 5.5. Aprimorar as ações de avaliação e controle mediante a educação permanente dos profissionais da área em parceria com a Escola de Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde e Ministério da Saúde. 5.6. Monitorar o repasse mensal dos recursos financeiros do MS para a Secretaria Municipal de Saúde através do repasse Fundo a Fundo, verificando se o recebimento por Blocos está compatível com a produção assistencial e com as Habilitações, objetivando subsidiar o planejamento e a gestão local. 5.7. Estimular e integrar grupo de trabalho para a implantação de Centrais de Gestão de Custos nas unidades produtoras de serviços de saúde, principalmente no Hospital Municipal de Diadema e no Quarteirão da Saúde.

6. Implantar serviços de auditoria em saúde nas unidades de produção de serviços em saúde da SMS

Ações

6.1. Implantar serviços de auditoria em saúde nas unidades de produção em saúde da SMS

X. PLANO DE AÇÃO DO QUARTEIRÃO DA SAÚDE;

Objetivos

1. Implantação da gestão da qualidade com vistas à obtenção de certificação

Ações

1.1 Constituir a Comissão de Qualidade do QS 1.2 Selecionar a metodologia para gestão da qualidade 1.3 Implantar a Gestão da Qualidade

2. Implantação do controle da utilização dos recursos do Quarteirão da Saúde com vistas a integração entre os níveis de assistência – (Hospital, Pronto Socorro, PA e Unidades Básicas de Saúde e outros serviços de saúde do município) e eficiência dos serviços ofertados

Ações 2.1 Implantar controle de custo do laboratório de análises clínicas 2.2 Avaliar a demanda encaminhada ao CEMED sob o ponto de vista dos especialistas e gestores do QS para identificar as questões a serem apresentadas à regulação e aos profissionais da rede básica 2.3 Reduzir o tempo de permanência dos pacientes em seguimento no CEMED 2.4 Melhorar a qualidade de preenchimento das guias de contra-referência a partir da especialidade para a Atenção Básica

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2.5 Realizar reuniões com os profissionais das UBS (diretores, médicos, enfermeiros e demais profissionais) para proporcionar integração com a rede básica e informar sobre as atividades do QS, dos relatórios das reuniões com os especialistas e apresentação das situações com problemas nos encaminhamentos e sobre a necessidade de reduzir a demanda excessiva de encaminhamentos para especialistas e exames complementares

3. Ampliação da carteira de serviços do QS

Ações 3.1 Implantar o ambulatório de Hematologia 3.2 Aumentar a oferta de consultas de Gastroenterologia 3.3 Implantar atendimento psicológico para o atendimento de pacientes crônicos 3.4 Implantar o atendimento odontológico especial em Ortodontia interceptiva e tratamento da dor orofacial 3.5 Ampliar o horário de atendimento da endoscopia 3.6 Ampliar o horário de atendimento do centro cirúrgico ambulatorial com ampliação do número de cirurgias eletivas

4. Envolver o Quarteirão da Saúde em medidas de preservação do meio ambiente

Ações 4.1 Sensibilizar os colaboradores sobre temas de preservação ambiental 4.2 Controlar o consumo de água, luz e telefone no QS 4.3 Reduzir a utilização de materiais de consumo 4.4 Separar material reutilizável

5. Garantir o funcionamento contínuo dos equipamentos do Quarteirão da Saúde

Ação: Realizar contratos de manutenção preventiva e corretiva dos diferentes equipamentos

6. Melhorar a captação e abastecimento de sangue e hemoderivados no município

Ação: Estabelecer parcerias com Bancos de Sangue para implantação de posto avançado de coleta no QS e garantia de abastecimento de hemoderivados para o município

7. Garantir a equidade no acesso aos serviços do QS

Ação: Divulgar o fluxo de acesso aos serviços realizados no QS

XI. PLANO DE AÇÃO DA SAÚDE MENTAL

Objetivo Geral: Qualificar a atenção em saúde mental, dentro dos princípios da reforma psiquiátrica, integrando a rede de CAPS com a atenção básica e com os demais serviços especializados do município.

Diretrizes:

1.Diminuição progressiva e significativa do número de internações/mês em hospitais psiquiátricos da Região;

2.Utilização de Projetos Terapêuticos Singulares como eixos para concretizar o conceito de clínica ampliada;

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3.Responsabilização de equipes de referência pelas diferentes necessidades dos usuários em suas famílias como um dos mecanismos para garantir a atenção aos usuários;

4.Qualificação do acolhimento como dispositivo para a escuta qualificada;

5.Adoção do apoio matricial como dispositivo para ampliação do conhecimento e das práticas em saúde mental;

6.Utilização da Educação Permanente como mecanismo para ampliação do conhecimento;

7.Ênfase no controle social como princípio estruturante para a democratização da gestão;

8.Desenvolvimento de ações intersetoriais visando aumentar o poder contratual dos portadores de sofrimento mental;

9.Integração da rede de CAPS com a atenção básica e os demais serviços como mecanismo para garantir a integralidade na atenção à saúde;

10.Utilização do conceito de território como base para a inclusão e o aumento do poder contratual dos portadores de sofrimento mental.

Objetivos Específicos:

1.Democratizar a gestão, por meio de espaços de discussão e reflexão sobre o trabalho, a gestão e a política de saúde mental

Operações

1.1 - Implantar rodas de educação permanente sobre temas e conceitos estruturantes do processo de desinstitucionalização, com a participação de trabalhadores, usuários, familiares, gestores, conselheiros de saúde, estudantes e outras pessoas da comunidade; 1.2 - Ampliar a inserção e a adesão das famílias aos trabalhos da Rede de Atenção Psicossocial, inclusive no que tange às ações de formulação de Políticas Públicas e Advocacy da Reforma Psiquiátrica;

2.Fortalecer o Controle Social na Rede de Atenção Psicossocial;

Operações

2.1 - Implantar Conselhos Gestores nos serviços de saúde mental

3. Fortalecer a capacidade de gestão da rede de SM;

Operações

3.1 - Melhorar a captação de dados e a geração de informação sobre o trabalho desenvolvido na Rede de Atenção Psicossocial, possibilitando conseqüente melhoria nos processos de avaliação e planejamento; 3.2 - Aperfeiçoar a estrutura dos serviços da SM

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4. Qualificar a atenção prestada pela rede de CAPS diminuindo as internações hospitalares e aumentando o poder contratual de usuários portadores de sofrimento mental;

Operações: 4.1 - Qualificar o trabalho das equipes dos CAPS para construção coletiva de respostas eficazes às necessidades das pessoas com transtornos mentais em seus contatos de vida; 4.2 - Melhorar a qualidade e a otimização do processo de trabalho no CAPS AD, buscando ampliar o impacto da ação deste junto à população referenciada;

5. Ampliar e fortalecer ações de Saúde Mental na rede de Atenção Básica de Saúde

Operações:

5.1 - Qualificar o matriciamento realizado pela saúde mental com as equipes de saúde das unidades básicas; 5.2 - Estruturar a participação dos profissionais de saúde mental alocados nas UBS, para realizarem o apoio às equipes de saúde da família em casos de sofrimento mental; 5.3 - Estruturar grupo multiprofissional para apoiar as equipes da atenção básica a incorporar o sofrimento mental no cuidado; 5.4 - Fortalecer a responsabilidade compartilhada entre os serviços da SM e da AB no atendimento de casos individuais e no território, por meio de ações multiprofissionais e interdisciplinares; 5.5 - Ampliar a oferta de ações em saúde mental

6. Ampliar a articulação intersetorial, por meio da ativação de maior número de recursos territoriais, investindo no trabalho dos profissionais do CAPS como facilitadores da criação de projetos de inserção no trabalho, projetos culturais e de formas associativas de organização de usuários e familiares;

Operações:

6.1 - Propor / pactuar ações sistemáticas e a estruturação de equipamentos que respondam às demandas de suporte social, abrigamento e proteção da clientela referenciada, definindo e implementando ações e responsabilidades sociais

XII. PLANO DE AÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE;

Objetivo Geral: adotar ou recomendar medidas de prevenção e controle das doenças e agravos à saúde por meio de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva;

Propostas:

1.Implementar ações de Educação Permanente em Vigilância Epidemiológica para as equipes da rede municipal de saúde

Ações: 1.1. Implementar ações de educação permanente em Epidemiologia para a equipe da ECD e demais serviços da Vigilância à Saúde, aprimorando a capacidade técnica nessa área. 1.2 Instrumentalizar a Rede Básica para o raciocínio epidemiológico

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2. Apoiar os núcleos de Vigilância e Informação das Unidades Básicas de Saúde, por meio de matriciamento, e disponibilizando periodicamente informações epidemiológicas do território, visando o fortalecimento das ações coletivas e a colaboração na qualificação do cuidado.

Ações: 2.1 Realizar o matriciamento para o desenvolvimento de ações de vigilância epidemiológica 2.2 Realizar supervisão nas salas de vacina

3.Fornecer subsídios para o gestor municipal por meio da produção de informações precisas, bem como análise e divulgação periódica.

Ação Disponibilizar, trimestralmente, informações epidemiológicas e, semestralmente, produzir análises de tendências

4. Apoiar as equipes da Atenção Básica no desenvolvimento de suas ações

Ação Disponibilizar, periodicamente, informações por território

5. Implementar a notificação compulsória de agravos não transmissíveis na rede de atenção (Violência, Tentativa de Suicídio, Intoxicação Exógena, Agravos Relacionados ao Trabalho).

Ações: 5.1 Priorizar as Unidades 24 horas para início da notificação (conforme atendimento já realizado) 5.2 Realizar projeto de implantação da notificação em 3 Unidades Básicas

6. Assegurar as ações epidemiológicas de vigilância ambiental em saúde.

Objetivo Geral: assegurar condições adequadas de qualidade na produção, comercialização e consumo de bens e serviços de interesse à saúde, bem como assegurar condições adequadas para prestação de serviços de saúde;

Propostas: 1. Desenvolver ações de Vigilância Sanitária com foco prioritário aos setores regulados que apresentam maior grau de risco sanitário.

Ação: Desenvolver ações junto às Unidades Básicas de Saúde, de modo a colaborar com as equipes de saúde da família no reconhecimento de riscos sanitários do território e desenvolvimento de ações preventivas.

2.Rever o processo de trabalho da equipe, organizando ações programadas a partir de mapeamento dos riscos sanitários.

Ação: Mapear atividades de risco sanitário

3.Estabelecer metodologias de avaliação, controle e monitoramento de riscos saitários.

4. Desenvolver ações intra e intersetoriais de Vigilância Ambiental, visando análise de riscos e instituindo medidas de controle e prevenção.

5. Dar continuidade ao programa de controle da qualidade da água para consumo humano (Pró-Água).

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6. Implementar ações que permitam que a VISA trabalhe de forma integrada com os demais setores e secretarias do município, de forma a unificar a linguagem processual, tornando-a rápida e eficiente possibilitando resposta transparente, ágil e com redução de conflito de decisões.

Ações:

6.1 Garantir que todos os processo de alteração na estrutura física de prédios públicos da S.Saúde, sejam devidamente aprovados pela VISA 6.2 Trabalhar de forma compartilhada com a Secretaria de Obras

7. Implementar a comunicação de risco, com criação de meios permanentes de divulgação (como espaço da Vigilância Sanitária no sitio da PMD).

Objetivo Geral: Assegurar ações de controle de vetores ou reservatórios de zoonoses emergentes e prevalentes no município

Propostas

1.Intensificar as ações desenvolvidas pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses

Ações:

1.1. Intensificar as atividades de prevenção e controle da dengue, tendo como objetivo diminuir os índices de infestação predial pelo vetor para níveis inferiores a 1%. 1.2. Aprimorar as ações de acompanhamento e supervisão dos trabalhos dos Agentes de Vigilância e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). 1.3. Desenvolver, junto com a Atenção Básica, ações educativas para prevenção de vetores ou reservatórios de zoonoses emergentes e prevalentes no município. 1.4 Implementar o trabalho conjunto das equipes do CCZ e das equipes da AB no controle da dengue, inclusive colocando agentes de vigilância nas UBS 1.5 Manter o município como área de raiva controlada, por meio de cobertura vacina animal adequada, encaminhamento para análise laboratorial de animais suspeitos e investigação das agressões. 1.6. Desenvolver ações interinstitucionais e com diversos setores da sociedade, col6aborando para uma consciência de responsabilização sanitária quanto a criação de animais. 1.7. Realizar ações programáticas periódicas de controle da população murina (roedores), envolvendo diferentes setores da municipalidade e comunidade.

2. Capacitar a equipe do CCZ e ACSs para que suas ações sejam norteadas segundo a concepção de critérios de controle de riscos à saúde.

4. Equipar com mobiliário e realizar pequena reforma no CCZ, para garantir melhores condições de trabalho e segurança predial.

Objetivo Geral: Aprimorar a atenção às pessoas com HIV/Aids, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Hepatites virais, oferecendo assistência integral, por meio do atendimento especializado por equipe multidisciplinar no Centro de Referência, de forma integrada com as unidades de atenção básica

Propostas

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1. Implementar ações de educação permanente para a equipe do CR e rede municipal de saúde, de modo a garantir a atualização técnica dos profissionais e a melhoria da organização dos processos de trabalho para garantia da qualidade do cuidado com os pacientes

Ações:

1.1 Sensibilizar e capacitar a rede Básica em sexualidade, prevenção e sexo seguro, instituindo o processo de apoio matricial em DST/Aids e Hepatites 1.2 Matriciar as ações de prevenção e assistência, contextualizando-as nos diferentes territórios,

2. Promover atendimento integral e de qualidade aos usuários do Centro de Referência em DST/Aids e Hepatites

Ações:

2.1 Intensificar o diagnóstico precoce das DST, Aids e hepatites virais, destacando-se a sífilis em gestante e congênita. 2.2 Aprimorar a identificação de co-infecções, como HIV e tuberculose, com vistas a reduzir a mortalidade. 2.3 Aumentar adesão em relação à retirada de medicamentos da TARV e reduzir a taxa de faltas às coletas dos exames

3. Desenvolver o programa municipal de hepatites virais, com estabelecimento de fluxos de atendimento, de exames e procedimentos, buscando garantir as referências necessárias ao CR na rede SUS regional e referência psiquiátrica para pacientes com hepatite C.

4. Buscar aprimorar fluxos de referência e contra-referência, na rede SUS regional, para exames e procedimentos de alta complexidade necessários para garantir a atenção integral.

5. Ampliar as ações educativas e de prevenção, de forma intersetorial, com realização de testes e aconselhamento para HIV, DST e Hepatites virais, para a população em geral, destacando-se a feminização da epidemia de HIV/Aids, e ações focadas em grupos com maior vulnerabilidade: profissionais do sexo; jovens; população encarcerada; idosos; gays e outros HSH; usuários de álcool e outras drogas.

Ações:

5.1 Realizar ações com pelo menos 3 instituições/Organizações parceiras – Casa Beth Lobo, ACER e Mulheres em Movimento - objetivando o empoderamento das mulheres nas relações de gênero 5.2 Aprimorar atendimento a usuários de álcool e outras drogas 5.3 Estabelecer parceria com pelo menos 3 instituições em Diadema - Rede Cultural Beija-Flor, ACER e Casa do Hip-Hop - para realizar atividades de prevenção com adolescentes 5.4 Realizar 5 ações relacionadas à atenção aos idosos 5.5 Ampliar o número de casas de prostituição em Diadema que recebem abordagem em prevenção às DST/Aids e saúde integral

6. Dar continuidade às ações de assistência no domicílio aos pacientes que não podem se locomover ao serviço, bem como capacitar seus cuidadores.

Ação: Reestruturar o Atendimento Domiciliar Terapêutico – ADT do CR DST/Aids/Hepatites

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7. Ampliar as ações da Rede de Atenção a Violência Sexual (RAVIS), garantindo o atendimento de forma integral.

8. Implementar ações de cuidados aos trabalhadores do CR.

Ação:Sensibilizar profissionais do CR para identificação e atendimento às situações de violência física, psicológica, negligência e outras, intra e extra institucional

Objetivo Geral: Ampliar as ações de assistência em Saúde do Trabalhador realizadas pelo Cerest - serviço de referência especializada para agravos relacionados ao trabalho, reorganizando o serviço internamente e na sua relação com a rede municipal de saúde, visando garantir a atenção integral de qualidade.

Propostas

1. Implantar a assistência em Saúde do Trabalhador na rede municipal de Atenção Básica, com apoio matricial da equipe do Cerest.

Ações:

1.1 Sensibilizar as equipes da Atenção Básica na identificação e assistência ao agravo 1.2. Garantir o acolhimento adequado ao usuário com agravo relacionado ao trabalho na rede de saúde do município. 1.3 Realizar diagnóstico dos atendimentos possivelmente relacionados ao trabalho

2. Garantir o acolhimento adequado ao usuário com agravo relacionado ao trabalho na rede de saúde do município.

3. Dar continuidade às ações educativas desenvolvidas pelo Cerest, organizando-as com programação a partir de prioridades eleitas por situação epidemiológica, eventos Msentinela, demanda sindical, gravidade do risco e/ou outros.

Ação Realizar ações educativas por ocasião da passagem do projeto pé na rua pelas áreas das unidades, com as equipes locais

4. Realizar um grande evento anual, no mínimo, visando estimular o debate público de temas relevantes da Saúde do Trabalhador.

5. Realizar palestras e oficinas para dirigentes sindicais, cipeiros e outros grupos.

6. Implementar ações de educação permanente em Saúde do Trabalhador para a equipe do Cerest e demais serviços da Vigilância à Saúde, aprimorando a capacidade técnica nessa área.

7. Implantar ações de educação permanente em Saúde do Trabalhador para a rede municipal de saúde.

8. Desenvolver ações intersetoriais com outros órgãos públicos municipais, estaduais e federal, e com entidades de representação da comunidade.

XII. PLANO DE AÇÃO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA

Diretrizes

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1.Garantir o acesso aos medicamentos essenciais

2.Promover o Uso Racional de Medicamentos – URM

Objetivos

1. Dispor de infra estrutura adequada

Ações

1.1 Dispor de espaço físico suficiente para garantir condições adequadas de armazenamento e transporte 1.2 Dispor de equipamentos e materiais em quantidade e qualidade apropriadas para o adequado funcionamento do Almoxarifado da Saúde 1.3 Dispor de equipamentos e materiais em quantidade e qualidade apropriadas para o adequado funcionamento das farmácias 1.4 Dispor de um sistema informatizado eficiente, com uma base referencial de informação e comunicação integrada 1.5. Dispor de funcionários qualificados e em número suficiente e adequar o número de farmacêuticos às necessidades dos serviços, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros da SMS

2. Melhorar os processos de trabalho

Ações: 2.1. Planejar, coordenar, executar, acompanhar , avaliar e monitorar as ações da Assistência Farmacêutica 2.2. Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde e áreas interfaces 2.3. Assegurar a programação, aquisição e distribuição de medicamentos da REMUME em quantidade e tempo oportunos 2.4. Aperfeiçoar a Assistência Farmacêutica voltada para promoção do uso racional de medicamentos, e maior a efeciência e eficácia da área, por meio da implantação do Sistema HORUS, em parceria com o Ministério da Saúde – MS 2.4. Prestar suporte técnico às Unidades de Saúde 2.5. Realizar supervisão técnica das farmácias das Unidades Básicas de Saúde 2.6. Assegurar participação dos Farmacêuticos nos Grupos das Unidades de Saúde 2.7. Fazer dispensação especializada nas UBS, CAPS, CR, Farmácia Central e FPB 2.8- Proporcionar condições para melhorar o gerenciamento das farmácias Central, do CAPS Centro, do CR, do HM e do QS 2.9. Constituir referência técnica na área de farmácia para apoiar as equipes do HM e QS 2.10. Assegurar participação dos farmacêuticos nas comissões do HM e QS 2.11. Viabilizar o gerenciamento da FPB por parte do farmacêutico

3. Adotar estratégias para promoção do URM

Ações: 3.1. Tornar a Comissão de Farmácia e Terapêutica ativa 3.2. Revisar e atualizar a REMUME 3.3. Divulgar a REMUME constantemente 3.4. Elaborar protocolos para dispensação de medicamentos de médio custo 3.5. Promover a adesão dos prescritores à REMUME 3.6. Promover a qualidade das prescrições por meio da educação permanente

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3.7. Qualificar os farmacêuticos para dispensação especializada e participação nos grupos das Unidades de Saúde 3.8. Qualificar os funcionários da farmácia para atuar na dispensação de medicamentos 3.9. Elaborar Boletins Informativos sobre Medicamentos 3.10. Implantar Sistema de Farmacovigilância Municipal 3.11. Instrumentalizar os ACS para auxiliarem na promoção do URM; 3.12. Estabelecer parceria com Secretaria de Educação e UNIFESP para Promoção do URM em escolas e universidades 3.13. Institucionalizar e monitorar proibição de visitas de propagandistas aos prescritores e distribuição de amostra grátis 3.14. Estabelecer interface com o Judiciário para minimizar impacto das ações judiciais

Fim