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Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

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Page 1: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

Programa Nacional para as Alterações Climáticas

António Gonçalves Henriques

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• 154 Estados ratificaram a Convenção, que entrou em vigor em Março de 1994. Actualmente está ratificada por 192 Estados

• Estabelece como objectivo último a estabilização da concentração de GEE num nível que previna a interferência antropogénica perigosa no clima.

• Estabelece que esse nível seja atingido num prazo suficiente para permitir

• a adaptação dos ecossistemas às alterações climáticas,

• que a produção de alimentos não seja afectada e• que o desenvolvimento económico se processe de

forma sustentável.• Requer que se adoptem medidas preventivas e

adaptativas. Adopção do princípio da precaução.

» CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Rio de Janeiro, 1992

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• A Convenção estabelece um ponto de partida: Tomar em consideração os efeitos das alterações climáticas nas políticas agrícolas, de energia, transportes, recursos naturais e actividades nas zonas costeiras.

• Partilha de tecnologias e conhecimentos sobre as formas de redução das emissões de GEE: energia, transportes, indústria, agricultura, florestas e gestão de resíduos.

• A Convenção incentiva a investigação sobre as alterações climáticas: Recolha de dados meteorológicos, e investigação.Cria um organismo subsidiário para aconselhamento técnico e científico dos governos.Inventário das fontes e dos sumidouros.

» CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Rio de Janeiro, 1992

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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» CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Rio de Janeiro, 1992

• A Convenção responsabiliza os países mais desenvolvidos pelo combate às alterações climáticas: países da OCDE e 12 economias em transição - Europa Central e de Leste e Rússia. Manter as emissões em 2000 ao nível de 1990.

• Que medidas devem ser adoptadas? Protocolo de Quioto de 1997, cujas negociações se concluíram em Marraquexe em Outubro de 2001.

• Só a partir desta data é que o Protocolo pode ser ratificado pelas partes da Convenção.

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• Acrescenta novos compromissos, mais fortes e mais complexos do que os estabelecidos na Convenção.

• Estabelece objectivos legalmente vinculativos e prazos para a redução das emissões dos países mais desenvolvidos: reduzir as emissões de 5% relativamente a 1990 em 2010 (média de 2008 a 2012) - primeiro período de compromisso.Devem ser demonstrados progressos relevantes em 2005.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• O Protocolo abrange seis GEE: CO2, metano, óxido nitroso, HFC, PFC, SF6. O CO2 representa quatro quintos dos efeitos totais.Os efeitos são expressos em ton equivalentes de CO2.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

FACTORES DE CONVERSÃO EM CO2 EQUIVALENTEGWP/PAG – Global Warming Potential / Potencial de Aquecimento Global

CO2=1 CH4=21 N2O=310

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• O Protocolo entrou em vigor em Fevereiro de 2005, após ser ratificado por, pelo menos, 55 países que totalizam, pelo menos 55% das emissões dos países desenvolvidos (Anexo I) em 1990.

• Os objectivos podem ser alcançados por redução das emissões ou por aumento dos sumidouros, com base no método de cálculo acordado em Marraquexe.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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• Estabelece normas de monitorização das emissões e confirmação das reduções por forma a que os resultados apresentados pelos diferentes países sejam credíveis e comparáveis.

• Permite que os países que conseguirem reduções maiores do que as que se comprometeram possam obter créditos para os períodos seguintes de compromisso de redução.

• Aponta políticas internas e medidas para reduzir as emissões: políticas fiscais, eliminação de subsídios a actividades que geram emissões de GEE, comércio de emissões, programas voluntários, políticas de transportes, normas de construção.

• O Protocolo apela à cooperação internacional.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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• Compromissos diferenciados:- 8% para os países da UE, Suíça e da Europa Central e

Oriental.- 7% para EUA.- 6% para Canadá, Hungria, Japão e Polónia,0% para Nova Zelândia, Rússia e Ucrânia.1% para a Noruega,8% para a Austrália,10% para a Islândia.

• Os países em desenvolvimento devem tomar medidas específicas e apresentar essas medidas.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Partilha de responsabilidades na UE

BélgicaDinamarcaAlemanha

GréciaEspanha

FrançaIrlanda

ItáliaLuxemburgo

Países BaixosÁustria

PortugalFinlândia

SuéciaReino Unido

92,5%79%79%125%115%100%113%93,5%72%94%87%127%100%104%87,5%

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• Todos os países devem adoptar medidas para:• reduzir as emissões,• de adaptação aos impactes das alterações

climáticas,• submeter informação sobre os programas

nacionais e os níveis de emissões,• facilitar a transferência de tecnologia,• cooperar na investigação científica e

tecnológica,• promover acções de formação e educação.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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• Medidas para reduzir as emissões :• regulamentares (p.e. limites de emissão de GEE, eficiência

energética, códigos de construção de edifícios),• incentivos económicos (p.e. promoção de energias

renováveis, incentivo dos transportes públicos, incentivo do transporte ferroviário ou marítimo-fluvial),

• fiscais (p.e. taxas diferenciadas em função das emissões de GEE),

• acções de formação e educação (redução dos consumos energéticos).

• Vantagens económicas: empresas mais competitivas, melhoria da saúde pública e do ambiente urbano.

• Os países em desenvolvimento podem adoptar tecnologias mais evoluídas.

»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997

• Mecanismos complementares (suplementaridade) :• comércio de emissões,• implementação conjunta,• Mecanismos de desenvolvimento limpo (apoio

aos países em desenvolvimento) créditos de emissão.

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Principais emissões de GEE, por sector de actividade

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Emissão de GEE, per capita, em 2007 Emissão de GEE, por unidade de PIB em PPC,

em 2007Fonte: EEA, 2009; Eurostat, 2008

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»PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Cenário de Referência)

Designação Meta 2010

MRe1- Programa E4, E-FRE Produção eólica: 4500 MW -2010, (REN Junho 2005)

MRe2- Plano de expansão do sistema electroprodutor

MRe3- Eficiência Energética nos Edifícios

Adopção dos novos regulamentos RCCTE e RSECE, com um aumento da eficiência térmica dos novos edifícios em 40%.Efeito a partir de 2007.

MRe4- Programa Água Quente Solar para Portugal

i) 2005 e 2006: 13000 m2/anoii) 2007-2020: instalação de 100.000 m2/ano, com o efeito da entrada em vigor plena em 2006 de nova legislação sobre edifícios.

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Cenário de Referência)

Designação Meta 2010

MRt1- Programa Auto-Oil: Acordo voluntário com as associações de fabricantes de automóveis

Redução do factor de emissão médio do parque de veículos novos vendidos: 2010: 120 gCO2e/vkm

MRt2- Expansão do Metropolitano de Lisboa (ML) (Extensão das linhas Amarela, Azul, e Vermelha)

Linha Azul: transferência modal para o ML - 2010: 94.538.447 pkmLinha Amarela: transferência modal para o ML – 2010: 181.032.000 pkm Linha Azul: transferência modal para o ML – 2010: 122.458.000 pkm

MRt3- Construção do Metro Sul do Tejo (MST) Transferência modal para o MST – 2010: 115.500.000 pkm

MRt4- Construção do Metro do Porto (MP) Transferência modal para o MP - 2010: 570.279.594 pkm

MRt5 – Metro Ligeiro do Mondego (MLM) Transferência modal para o MLM - 2010: 51.564.663 pkm

MRt6 – Alterações da Oferta da CP Lisboa-Porto – 2010: 852.031.000 pkmLisboa-Algarve – 2010: 177.900.000 pkmLisboa-Castelo Branco – 2010: 70.000.000 pkm

Redução dos tempos de viagem

MRt7- Ampliação da frota de Veículos a Gás Natural na CARRIS e nos STCP

Substituição de veículos diesel por veículos a GN: 50 na CARRIS e 270 nos STCP

MRt8- Incentivo ao abate de veículos em fim de vida Abate de 4 200 veículos, com mais de 10 anos, anualmente a partir de 2005.

MRt9- Redução das Velocidades Praticadas em AE interurbanas

Redução da velocidade média de circulação em AE, para 118 km/h.

Introdução de biocombustíveis no modo rodoviário - 2010: 5,75%

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Oferta de energia

MAe1 – Melhoria da eficiência energética do sector electroprodutor

Taxa de 8,6%, de perdas no transporte e distribuição de energia emitida na rede

146

MAe2 – Melhoria da eficiência energética nos sistemas de oferta de energia, tendo em vista a geração de electricidade a partir de cogeração

Electricidade gerada a partir de sistemas de cogeração: meta de 2.000 MW de capacidade instalada em 2010 (em vez de 1600 MW em 2010 no cenário de referência)

200

MAe3 – Melhoria da eficiência energética ao nível da procura de electricidade

Redução de 1020 GWh no consumo de electricidade 795

MAe4 – Promoção da electricidade produzida a partir de fontes renováveis de energia.

Meta de 4700 MW em 2010 e 5100 MW de potência eólica instalada até 2012.

370

MAe5 – Introdução do Gás Natural na Região Autónoma da Madeira

- 5

Sub-total Aplicação conjunta de todas as medidas da oferta de energia 990

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Residencial e Serviços

MAr1 – Aumento da carga fiscal sobre o gasóleo de aquecimento (sector residencial)

Harmonização fiscal entre o gasóleo de aquecimento e o gasóleo rodoviário (harmonização progressiva atingindo o pleno em 2014)

14

MAs1 – Aumento da carga fiscal sobre o gasóleo de aquecimento (sector dos serviços)

Harmonização fiscal entre o gasóleo de aquecimento e o gasóleo rodoviário (harmonização progressiva atingindo o pleno em 2014)

59

Sub-total 73

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Indústria

MAi1 – Aumento da carga fiscal sobre os combustíveis industriais

Alteração do ISP sobre combustíveis industriais, estabelecendo um mecanismo de incentivos à redução das emissões de GEE

78

MAi2 – Revisão do RGCE Definição de um novo RGCE que fomente a eficiência energética no sector industrial através de acordos voluntários.

32

MAi3 – Incentivo à substituição da cogeração a fuelóleo por cogeração a gás natural

Redução ou abandono progressivo da tarifa para as cogerações utilizando fuelóleo

189

Sub-total 300

Total Oferta e Procura de Energia Aplicação conjunta de todas as medidas da procura e da oferta de energia

1350

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Oferta de energia

1. Energias renováveis: Aumentar a meta de geração de electricidade a partir de fontes renováveis de energia (E-FRE) de 39% do consumo bruto de electricidade em 2010 para 45%.

Para atingir este objectivo estão previstos novas metas para a energia eólica, hídrica, biomassa (incluindo a substituição de carvão nas centrais de Sines e do Pego, como explicitado na medida seguinte), solar, energia das ondas e para a micro-geração.

No documento PNAC2006, o total de energias renováveis para produção de electricidade, considerando o cenário de medidas adicionais, contabilizava uma contribuição de cerca de 42% do consumo bruto de electricidade em 2010.De notar o aumento considerado para a produção eólica (medida MAe4), e a redução do consumo de electricidade (medidas MAe1 e MAe3).

460

Co-combustão de biomassa:Introduzir biomassa equivalente a 5% a 10% do consumo total de combustível (equivalência energética) em substituição do carvão para queima nas centrais de Sines e Pego a partir de 2010.

Medida não contemplada em PNAC 2006. Esta medida reforça a contribuição da E-FRE para a nova meta dos 45% em 2010.

380761

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Oferta de energia

2. Entrada em funcionamento de novas centrais de ciclo combinado a gás natural (CCGN):Aumentar a meta de 2160 MW em 2006 para 5360 MW até 2010.

Esta medida vem acelerar a entrada em funcionamento de novos grupos de CCGN em relação ao previsto em PNAC2006 (2160 MW em 2010).

220-99

Encerramento das centrais a fuelóleo:Até 2008 – 2 grupos da antiga central do Carregado;Durante 2008 – Grupos 3 e 4 da Central de TunesA partir de 2010 – Encerramento das restantes centrais a fuelóleo

Esta medida vem acelerar o encerramento previsto no PNAC2006 das centrais a fuelóleo em simultâneo com a entrada em funcionamento de novas CCGN.

901

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010Pot de

reduçãoGg CO2e

Procura de energia

3. Eficiência energética: Implementar até 2015 medidas de eficiência energética equivalentes a 10% do consumo de energético.

O PNAC2006 já incluía medidas de eficiência energética do lado da oferta de energia (medidas MAe1 e MAe2) e do lado da procura (medida MAe3 relativa ao consumo de electricidade) representando 1020 GWh em 2010.

4. Lâmpadas de baixo consumo: Introduzir uma diferenciação fiscal, que se traduz numa taxa sobre as lâmpadas incandescentes.

A medida conducente à substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo consumo já estava prevista no PNAC2006 (incluída na medida adicional MAe3). Não se tratando de uma medida nova, mas tão-somente da especificação do instrumento fiscal que a promoverá.

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AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010 Pot redução Gg CO2e

MAt1 – Redução dos dias de serviço dos táxis

Máximo de 6 dias de serviço por semana 3,9

MAt2 – Ampliação da frota de veículos a gás natural nos táxis

Alteração em 200 veículos 0,2

MAt3 - Aumento da eficiência energética do novo parque automóvel: Revisão do regime actual da tributação sobre os veículos particulares, em sede de Imposto Automóvel (IA).

Contribuição de 60% do factor de emissão do CO2 no IA (a partir de 2008).

7,7

MAt4 – Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa

Transferência modal de 5% (pkm/pkm) 245,4

MAt5 - Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto

Transferência modal de 5% (pkm/pkm) 101,5

MAt6 – Programa de incentivo ao abate de veículos em fim de vida

Aumento de 500 veículos abatidos anualmente 0,4

Page 31: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

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PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional – PNAC 2006

(Medidas adicionais)

Designação Meta 2010 Pot redução Gg CO2e

MAt7 – Regulamento de Gestão Energia no Sector dos Transportes

Redução de 5% do factor de consumo no transporte de mercadorias

18,1

MAt8 – Ligação ferroviária ao Porto de Aveiro

Transferência para o modo marítimo de 1 553 kt de mercadorias, anualmente, a partir de 2007

40,0

MAt9 – Auto estradas do Mar Transferência de 20% do tráfego rodoviário internacional de mercadorias para o modo marítimo

150,0

MAt10 – Plataformas Logísticas - Em avaliação

MAt11 – Reestruturação da Oferta da CP Captação de 261 tkm (x 106) ao modo rodoviário 44,4

Total Transportes 608

Biocombustíveis – alteração da meta de 5.75% para 10% em 2010 1014

Imposto automóvel – reforço da ponderação ambiental em função da eficiência energética dos veículos (30% Julho 2007; 60% Janeiro 2008)

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Meta Quioto: 76,39 Mt CO2e/ano

Défice:8,22 MtCO2e/ano

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Com as Medidas Adicionais PNAC 2006 espera-se uma redução de 3,69 MtCO2e/ano

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Com as Medidas Adicionais PNAC 2006 espera-se uma redução de 3,69 MtCO2e/ano

Meta Quioto: 76,39 Mt CO2e/ano

Défice:4,52 MtCO2e/ano

Page 36: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Com as Medidas Adicionais PNAC 2006 espera-se uma redução de 3,69 MtCO2e/ano

Com as novas metas para 2007 espera-se uma redução adicional de 1,56 MtCO2e/ano

Page 37: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Com as Medidas Adicionais PNAC 2006 espera-se uma redução de 3,69 MtCO2e/ano

Meta Quioto: 76,39 Mt CO2e/ano

Défice:2,96 MtCO2e/ano

Com as novas metas para 2007 espera-se uma redução adicional de 1,56 MtCO2e/ano

Page 38: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

Projecção das emissões nacionais em 2010: 87,96 Mt CO2e/anoAlterações do uso do solo e florestas: -3,36 Mt CO2e/ano

Com as Medidas Adicionais PNAC 2006 espera-se uma redução de 3,69 MtCO2e/ano

Com as novas metas para 2007 espera-se uma redução adicional de 1,56 MtCO2e/ano

Licenças de emissão das actividades CELE:Instalações existentes: 30,50 MtCO2e/ano

Reserva para novas instalações: 4,30 MtCO2e/ano

Meta Quioto: 77,19 Mt CO2e/ano

Défice:0,72 MtCO2e/ano

Meta Quioto: 76,39 Mt CO2e/ano

Défice:8,22 MtCO2e/ano

Page 39: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

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» PROTOCOLO DE QUIOTO 1997Aplicação a nível nacional

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» NEGOCIAÇÕES PÓS-QUIOTO

COP10 Buenos Aires 2004

Iniciadas as discussões sobre um novo instrumento de direito internacional que sucedesse ao Protocolo de Quioto.

COP11/CMP1 Montreal 2005

Primeira Conferência das Partes da Convenção após a entrada em vigor do Protocolo de Quioto. Realiza-se logo a seguir a Reunião das Partes do Protocolo de Quioto, em que os Estados que não ratificaram o Protocolo são observadores, sem direito a voto. Discussão sobre a sucessão do Protocolo de Quioto.

COP12/CMP2 Nairobi 2006

Definidas as etapas de negociação do protocolo pós-Quioto.

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» NEGOCIAÇÕES PÓS-QUIOTO

COP13/CMP 3 Bali 2007Importantes passos para as negociações do protocolo pós-Quioto:1. reconhecimento do relatório do IPCC que conclui que as

influências antropogénicas nas alterações climáticas são evidentes.

2. adopção do Plano de Acção de Bali que estabelece o calendário das negociações até à COP 15, em Copenhaga, onde deverá ser adoptado o novo protocolo, e estabelece cinco vectores estratégicos de negociação: visão partilhada para a cooperação a longo prazo; reforço da redução das emissões de gases com efeito de

estufa; adaptação às alterações climáticas; transferência de tecnologia e desenvolvimento; financiamento.

Page 42: Programa Nacional para as Alterações Climáticas António Gonçalves Henriques

AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, António Gonçalves Henriques

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» NEGOCIAÇÕES PÓS-QUIOTO

COP14/CMP4 Poznam 2008Continuação dos trabalhos para um novo acordo global do clima com a expectativa de que a mudança de poder em Washington se traduzisse por uma mudança de atitude do novo Governo americano.As partes chegam a acordo sobre o programa de trabalhos e a agenda da Conferência de Copenhaga e adoptam um novo fundo que apoiará medidas concretas da adaptação nos países menos desenvolvidos.

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EMISSÕES DE GEE

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» CONDIÇÕES A LONGO PRAZO

Meta Global: limitar o aquecimento global a 2ºC acima da temperatura média global antes do desenvolvimento industrial (equivalente a 1,2 ºC acima da temperatura global actual).• Acima deste limiar o risco de mudanças globais irreversíveis e

catastróficas do ambiente é muito elevado.• Para manter a temperatura global média abaixo do limite de 2ºC,

o máximo do valor global das emissões deve ocorrer antes de 2020, e o valor global das emissões tem de ser reduzido a metade do valor de 1990 em 2050.

• Estas metas são viáveis técnica e economicamente se os principais responsáveis pelas emissões agirem imediatamente.

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» ANÁLISE ECONÓMICA A LONGO PRAZO

• Os benefícios esperados são muito superiores aos custos das medidas a tomar.

• O relatório Stern 2006 estima que o custo das alterações climáticas corresponde a uma redução do PIB mundial de 5% a 20% por ano, afectando mais os países menos desenvolvidos. A estratégia de combate às alterações climáticas é pró desenvolvimento económico.

• O IPCC estima que o custo das medidas para controlar as emissões de gases de efeito de estufa para limitar o aumento da temperatura em 2ºC é inferior a 0,12% do PIB, anualmente, até 2050.

• A Comissão Europeia estima que os custos do investimento necessário para uma economia de baixo carbono são da ordem de 0,5% do PIB mundial entre 2013 e 2030.

• Na análise não estão incluídos os custos da segurança energética nem os benefícios da melhoria da qualidade do ar.

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» ANÁLISE ECONÓMICA A LONGO PRAZO

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» CONDIÇÕES A LONGO PRAZO

O 4º relatório do IPCC mostra que:• Mantendo a tendência actual de aumento das emissões

de gee, o limiar de 2ºC de aumento da temperatura global média é atingido em 2050.

• Para que o limite seja respeitado, as emissões dos países desenvolvidos têm de ser reduzidas em 2020 em 25% a 40% das emissões em 1990 e em 2050 de 80% a 95 %.

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» POSIÇÃO NEGOCIAL DA UE

• Em 2020, reduzir as emissões de gee de 20%, relativamente aos valores de 1990, ou

• Em 2020, reduzir as emissões de gee de 30%, relativamente aos valores de 1990, no contexto de um acordo global de redução, se os países desenvolvidos assumirem compromissos comparáveis, e os países em desenvolvimento assumirem também o compromisso de controlar as emissões.

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» ESTRATÉGIA DA EU – PACOTE ENERGIA-CLIMA

• Comércio de emissões – reforço e extensão a partir de 2013 (abrange a produção de energia, indústrias com forte consumo de energia e a aviação, cerca de 66% da redução das emissões globais). O número de licenças de emissão é reduzido em 21% em 2020, relativamente a 2005.

• Outros sectores – transportes, edifícios de serviços e de habitação, agricultura e resíduos – redução das emissões em 10% em 2020, relativamente a 2005 (reduções de 20% para a Dinamarca, Irlanda e Luxemburgo e aumentos até 20% para a Bulgária). Redução das emissões dos veículos ligeiros novos para o limite de 120g/km em 2012 a 2015 e 95g/km em 2020.

• Energias renováveis – valor global de 20% em 2020 (49% para a Suécia e 10% para Malta).

• Combustíveis renováveis (biodiesel, etanol, etc.) – valor global de 10%, com condições para serem elegíveis.

• Promoção da captura e armazenamento de carbono – financiamento de projectos de demonstração de 300 M€.