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Programa de candidatura a diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro para o quadriénio 2019-2023 Marco Costa maio de 2019

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Programa de candidatura a diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro para o quadriénio 2019-2023

Marco Costa maio de 2019

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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Índice

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7 ENQUADRAMENTO .............................................................................................................. 7 MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................... 9 DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL .............................. 11

ENSINO E FORMAÇÃO ............................................................................................................ 11 CTeSP .............................................................................................................................. 11 Licenciaturas .................................................................................................................... 12 Mestrados ......................................................................................................................... 15 Caracterização dos novos estudantes de CTeSP e licenciatura ...................................... 16 Subsistema para a garantia da qualidade das unidades curriculares ............................ 18

LIGAÇÃO À SOCIEDADE ......................................................................................................... 19 INVESTIGAÇÃO ...................................................................................................................... 21 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E RECURSOS HUMANOS ........................................................ 23 ANÁLISE SWOT .................................................................................................................... 26

Ambiente interno .............................................................................................................. 26 Ambiente externo ............................................................................................................. 26

VISÃO ESTRATÉGICA ........................................................................................................ 27 LINHAS DE AÇÃO ................................................................................................................ 29

ENSINO E FORMAÇÃO ............................................................................................................ 29 Oferta formativa ............................................................................................................... 30 Metodologias de ensino e práticas pedagógicas ............................................................. 31 Organização pedagógica ................................................................................................. 32 Objetivos, medidas e ações – ensino e formação ............................................................ 33

COOPERAÇÃO COM A SOCIEDADE .......................................................................................... 33 Cooperação com o concelho de Águeda .......................................................................... 34 Cooperação com a região e o país .................................................................................. 35 Objetivos, medidas e ações – cooperação com a sociedade ........................................... 36

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 37 Objetivos, medidas e ações – investigação e desenvolvimento ....................................... 38

ESTRUTURA ORGANIZATIVA E FUNCIONAMENTO .................................................................. 38 Objetivos, medidas e ações – estrutura organizativa e funcionamento ........................... 39

RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................ 40 Objetivos, medidas e ações – recursos humanos ............................................................. 41

COMUNICAÇÃO E CULTURA INSTITUCIONAIS ........................................................................ 42 Objetivos, medidas e ações – comunicação e cultural institucionais .............................. 43

VIVÊNCIA NA ESTGA ........................................................................................................... 43 Objetivos, medidas e ações – vivência na ESTGA ........................................................... 44

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 45

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Índice de tabelas Tabela 1: Oferta formativa da ESTGA com novos estudantes no ano letivo 2018/19 ............. 11 Tabela 2: Indicadores sobre novos estudantes no mestrado em Gestão Comercial no ano letivo 2018/19 (entre parenteses está o n.º de candidatos) ................................................... 16 Tabela 3: Fatores mais relevantes, por ordem decrescente, no processo de tomada de decisão em escolher a ESTGA como instituição de ensino superior (estudo por questionário relativo a 2018/19) .................................................................................................................. 18 Tabela 4: Estrutura de recursos humanos docentes afetos à ESTGA no ano letivo 2018/19, em ETI por categoria e por ACN ..................................................................................................... 24 Tabela 5: Linhas gerais da visão estratégica ............................................................................ 27 Tabela 6: Linhas de ação do programa de ação ....................................................................... 29 Tabela 7: Objetivos, medidas e ações – ensino e formação .................................................... 33 Tabela 8: Objetivos, medidas e ações – cooperação com a sociedade ................................... 36 Tabela 9: Objetivos, medidas e ações – investigação e desenvolvimento .............................. 38 Tabela 10: Objetivos, medidas e ações – estrutura organizativa e funcionamento ................ 39 Tabela 11: Objetivos, medidas e ações – recursos humanos .................................................. 41 Tabela 12: Objetivos, medidas e ações – comunicação e cultural institucionais .................... 43 Tabela 13: Objetivos, medidas e ações – vivência na ESTGA ................................................... 44 Tabela 14: Número de estudantes inscritos ao curso pela 1ª vez por curso de licenciatura .. 46 Tabela 15: Número de estudantes inscritos ao curso de licenciatura de 2007/08 a 2018/19. 46

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Índice de figuras Figura 1: Missão e funções da ESTGA ........................................................................................ 8 Figura 2: Campus da UA na cidade de Águeda. ......................................................................... 9 Figura 3: Novos estudantes nos CTeSP nos anos letivos de 2014/15 a 2018/19 ..................... 12 Figura 4: Vagas disponíveis no Concurso Nacional de Acesso entre 2016/17 e 2018/19 ........ 12 Figura 5: Número de estudantes inscritos ao curso pela 1ª vez por curso de licenciatura de 2007/08 a 2018/19 (dados na Tabela 14, no anexo) ............................................................... 13 Figura 6: Percentagem de preenchimento das vagas (novos estudantes/vagas disponíveis no Concurso Nacional de Acesso) ................................................................................................. 13 Figura 7: Número de candidatos na 1.ª fase no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 2016/17 a 2018/19 ............................................................................................................. 14 Figura 8: Número de candidatos de 1.ª opção na 1.ª fase no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 2016/17 a 2018/19 .................................................................................... 14 Figura 9: Classificações mínimas, no global de todas as fases) dos colocados no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 0 a 200 pontos ........................................................... 15 Figura 10: Classificações médias dos colocados no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 0 a 200 pontos ......................................................................................................... 15 Figura 11: Percentagem de recém-diplomados do curso que em 2017 estão registados no IEFP como desempregados onde são considerados todos os alunos que se diplomaram no curso entre os anos letivos de 2012/13 e 2015/16 (não há este indicador disponível para EEL) ................................................................................................................................................. 15 Figura 12: Percurso académico no ensino secundário dos novos estudantes em % (estudo por questionário relativo a 2018/19) ............................................................................................. 17 Figura 13: Principais concelhos de residência dos novos estudantes inquiridos, em % (estudo por questionário relativo a 2018/19) ....................................................................................... 17 Figura 14: Forma habitual de deslocação para a ESTGA, em %, dos estudantes de 1.ª matrícula (estudo por questionário relativo a 2018/19) ......................................................... 17 Figura 15: Valor médio do indicador TTG desde 2014/15 até 2018/19 ................................... 18 Figura 16: Distribuição das médias do TTG do corpo docente da ESTGA desde 2014/15 (histograma com as frequências relativas e o diagrama em caixa de bigodes) ....................... 18 Figura 17: Parcerias estratégicas com empresas/organizações .............................................. 19 Figura 18: Acordos de estágios/projetos estabelecidos desde 2014/15 até 2017/18 (CET, CTeSP e licenciaturas) .............................................................................................................. 20 Figura 19: Centros e institutos de investigação da Universidade de Aveiro nos quais a maioria dos docentes da ESTGA desenvolvem a sua atividade de I&D ................................................ 21 Figura 20: Publicações por tipo, indexadas na SCOPUS em 2018 (esquerda); Número de publicações indexadas na SCOPUS de 2014 a 2018 (direita) ................................................... 22 Figura 21: Áreas científicas nucleares (ACN) da ESTGA ........................................................... 23 Figura 22: Docentes equivalentes a tempo integral afetos à ESTGA na DSD 2018/19 ............ 25 Figura 23: Distribuição das idades dos docentes e do PTAG (frequências absolutas) ............. 25 Figura 24: Eixos estratégicos para a oferta formativa ............................................................. 30 Figura 25: Metodologias de ensino versus competências transversais ................................... 31

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Siglas e acrónimos ACN Área Científica Nuclear AEA Associação Empresarial de Águeda AIDA Associação Industrial do Distrito de Aveiro CAE Comissão de Avaliação Externa CIRA Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro CMÁgueda Câmara Municipal de Águeda CTeSP/TESP Curso Técnico Superior Profissional ECPDESP Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico EEL Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica EGEO ACN de Engenharia Geográfica ELE ACN de Eletrotecnia EMEC ACN de Engenharia Mecânica ESTGA Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda G ACN de Gestão GC Licenciatura em Gestão Comercial GJM Grupo Jerónimo Martins GPA Licenciatura em Gestão Pública e Autárquica GPME CTeSP em Gestão de PME GQ Licenciatura em Gestão da Qualidade I ACN de Informática IEA CTeSP em Instalações Elétricas e Automação IEFP Instituto do Emprego e Formação Profissional L ACN de Línguas M ACN de Matemática MABP Modelo de Aprendizagem Baseado em Projetos MGC Licenciatura em Mestrado em Gestão Comercial MI CTeSP em Manutenção Industrial NAE-ESTGA-AAUAv Núcleo Associativo de Estudantes da ESTGA da Associação

Académica da UA PSI CTeSP em Programação de Sistemas de Informação PTAG/TAG Pessoal Técnico, Administrativo e de Gestão RJIES Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior RSI CTeSP em Redes e Sistemas Informáticos SASUA Serviços de Ação Social da UA SBIDM Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia da UA SCE Licenciatura/ACN em Secretariado e Comunicação Empresarial SCIRP Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da UA STGL Serviços de Gestão Técnica e Logística STIC Serviços de Tecnologias de Informação e de Comunicação da UA TESP/CTeSP Curso Técnico Superior Profissional TI Licenciatura em Tecnologias da Informação TM CTeSP em Tecnologia Mecânica TTG Nota média do grupo caracterização do docente UA Universidade de Aveiro UO Unidade Orgânica

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Introdução O programa proposto para o quadriénio 2019-2023 apresenta a visão estratégica no âmbito do processo de candidatura de Marco André da Silva Costa ao cargo de diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro (ESTGA) de acordo com a alínea b) dos requisitos e a alínea c) da formalização de candidatura previsto no Edital Ref.ª SD12 de 28 de março de 2019, como previsto na alínea c), do n.º 3, do artigo 7.º, do Regulamento para a Seleção dos Diretores dos Departamentos Universitários e Escolas Politécnicas da Universidade de Aveiro publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 205 — 21 de Outubro de 2010.

Enquadramento A ESTGA é uma unidade orgânica de ensino e investigação do subsistema de ensino politécnico inserida na estrutura orgânica da Universidade de Aveiro (UA) como sua unidade constitutiva. A ESTGA dispõe, no seu âmbito de atuação, de autonomia científica, pedagógica e cultural e goza de autonomia de gestão mitigada, nos termos dos Estatutos da Universidade e do Regulamento da ESTGA1.

Do ponto de vista estratégico, a UA dispõe de um Plano Estratégico para o quadriénio 2019-2022 no qual estão definidos os objetivos estratégicos e, dentro destes, as linhas estratégicas, para os quais a missão e a visão estratégica propostas para a ESTGA neste programa estão articuladas e alinhadas. Mais do que isso, o presente programa pretende contribuir de forma significativa para que a ESTGA constitua um agente estratégico dessa missão e que potencie os objetivos nela definidos.

Além do plano estratégico institucional da UA, o programa de ação 2018-2022 do atual Reitor, reafirma o papel de destaque das escolas politécnicas na política de ligação à região, o qual a ESTGA tem desempenhado de forma ativa na sua área de influência. Pela sua própria natureza e origem, a ESTGA sempre assumiu uma oferta formativa onde a interligação de saberes é uma imagem de marca identitária. Esta característica intrínseca da ESTGA está claramente alinhada com o objetivo preconizado no plano de ação do Reitor em afirmar a marca “UA interdisciplinar”.

A nível nacional, o programa de ação governativa Portugal 2030 do Governo português2 estabelece prioridades assentes em 8 eixos com objetivos horizontais e territoriais: inovação e conhecimento; qualificação, formação e emprego; sustentabilidade demográfica; energia e alterações climáticas; economia do mar; competitividade e coesão dos territórios do litoral; competitividade e coesão dos territórios do interior e agricultura/florestas.

O enquadramento nacional nomeadamente ao nível da estratégia governamental é um aspeto relevante para uma Escola que, tendo uma sustentação regional, tem impacto nacional em diversas vertentes da sua ação. Outro aspeto a salientar neste contexto está relacionado com a necessária identificação de potenciais prioridades governativas que privilegiam o financiamento de projetos e/ou cursos enquadrados em determinados objetivos estratégicos nacionais. A este nível, há um particular impacto das estratégias nacionais no financiamento dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) e dos programas de financiamento de projetos de investigação e de desenvolvimento tecnológico.

1 Regulamento n.º 629/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 142 — 23 de julho de 2010 2 http://www.portugal2030.pt/

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Do ponto de vista do enquadramento legal, há que salientar os seguintes diplomas:

• Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), publicado no Diário da República, 1.ª série—n.º 174, de 10 de setembro de 2007;

• Decreto-Lei n.º 65/2018 que altera o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior, publicado no Diário da República, 1.ª série—n.º 157—16 de agosto de 2018;

• Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP) na sua versão alterada através do Decreto-Lei n.º 207/2009. Publicado no Diário da República, 1.ª série—n.º 168 de31 de agosto de 2009.

Em suma, este programa de candidatura apresenta uma estratégia e um conjunto de linhas de ação enquadrados no plano estratégico da UA, no plano de ação do atual Reitor, devidamente alicerçado na estratégia nacional para os próximos anos e na legislação aplicável.

A missão politécnica identitária da ESTGA, assim como as suas funções, estão ancoradas em quatro vertentes: ensino e formação, ligação à sociedade, investigação e promoção e difusão da cultura (Figura 1). A missão, funções, atribuições e objetivos pedagógicos e científicos da ESTGA estão devidamente definidos nos artigos 3.º e 5.º do Regulamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Universidade de Aveiro publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 142 — 23 de julho de 2010.

Apesar do Regulamento da ESTGA estar datado de 2010, isto é, 13 anos após a inauguração da ESTGA a 6 de outubro de 1997, reflete a missão inicialmente traçada pelo Reitor Júlio Pedrosa no seu discurso de inauguração da ESTGA “... escola proporcionando sólida formação de base e cuidada preparação técnica e profissional, que habilite os diplomados a responder às necessidades concretas e específicas do tecido empresarial desta Região e do País.”3.

A missão e o futuro da ESTGA ficaram traçados desde muito cedo através da visão estratégica do seu primeiro diretor, o Professor Doutor Edmundo Fonseca, e dos diretores que lhe sucederam, consolidando um conjunto de premissas que a Comunidade ESTGA já interiorizou de modo a “... assegurar a relevância regional da formação ministrada e a rápida inserção profissional dos alunos, deveriam constituir um dos objectivos fundamentais da ESTGA. Além deste objectivo a implementação de cursos de características não regionais esteve também nos cuidados da Comissão [Comissão nomeada pela Reitoria de então com a finalidade de preparar um relatório sobre o programa de formação para a Escola]”4.

Prestes a completar 22 anos de atividade, a ESTGA preserva viva a sua missão original, apresentando, contudo, uma notável capacidade de adaptação aos novos desafios que ao longo dos anos que lhe têm sido colocados. Naturalmente que este dinamismo se deve, em grande medida, a todos os têm passado pela ESTGA e que constituem a alargada Comunidade ESTGA a começar, desde logo, pelos estudantes, sem esquecer os docentes e o pessoal técnico administrativo e de gestão (PTAG), e todos os parceiros que com a ESTGA têm colaborado.

As vertentes estratégicas convergem para a missão da ESTGA como uma escola do subsistema politécnico integrada numa região particularmente dinâmica e num país que necessita de agentes potenciadores do desenvolvimento económico, social e cultural. Contudo, o desenvolvimento e aprofundamento destas vertentes requerem uma estratégica com eixos estratégicos transversais que se cruzam entre si.

3 ESTGA 20 anos: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, UA Editora, 2017 4 Documento sobre o futuro da ESTGA, Edmundo Fonseca, discutido pelo Conselho Consultivo em 1998, 30 de abril de 1998

Figura 1: Missão e funções da ESTGA

ensino e formação investgação

ligação à sociedade

promoção e difusão da

cultura

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Desde a sua criação, a ESTGA está vocacionada para a preparação de técnicos para o exercício de profissões qualificadas em áreas tecnológicas, administrativas e de gestão, sendo reconhecidas as suas competências nestas áreas de atuação, tanto ao nível da formação ou transferência para a sociedade do conhecimento e da tecnologia.

A ESTGA desenvolve atividades em áreas caracterizadoras da sua identidade como a eletrónica, instalações elétricas, engenharia mecânica, tecnologias e sistemas informáticos, telemática, sistemas de informação, gestão comercial, gestão da qualidade, gestão pública, secretariado e comunicação empresarial.

Dada a diversidade das áreas da sua atuação, a ESTGA forma profissionais e desenvolve conhecimento e investigação orientada para várias áreas da atividade económica da região e do país. Em particular, para a indústria transformadora e o comércio, para as indústrias em diversos setores tradicionais, designadamente a metalomecânica, ou setores industriais produtores de bens de forte componente tecnológica.

As atividades da ESTGA desenvolvem-se em 5 edifícios situados no campus da UA localizado no centro da cidade Águeda (Figura 2). Nestes edifícios funcionam as atividades letivas em ambiente de sala de aula ou ambiente laboratorial e oficinal. No edifício 5 estão localizadas as secretarias académica e administrativa.

O campus da UA em Águeda integra uma unidade alimentar a funcionar no Complexo de Refeitórios da ESTGA o qual integra uma sala de refeições, uma cafetaria e um restaurante, complexo este gerido pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro (SASUA).

A biblioteca da ESTGA funciona no edifício 4 sob a gestão dos Serviços de Biblioteca, Informação Documental e Museologia (SBIDM). Esta biblioteca integra a Rede de Bibliotecas da UA, sendo especializada nas áreas das tecnologias, administração e gestão. O seu espaço é composto por três salas: uma sala de leitura, uma sala para estudo em grupo e uma sala para estudo em grupo e realização de projetos.

Os Serviços de Tecnologias de Informação e de Comunicação da Universidade de Aveiro (STIC), os Serviços de Gestão Técnica e Logística (STGL) e os Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas (SCIRP) não dispõem de qualquer recurso humano adstrito em tempo integral ao Campus da UA em Águeda, havendo uma regular interação entre a ESTGA e estes serviços, como principal unidade orgânica utilizadora do campus.

No campus de Águeda o Núcleo Associativo de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda da Associação Académica da Universidade de Aveiro (NAE-ESTGA-AAUAv) dispõe de um espaço a partir do qual assume um papel importante no movimento associativo, dada a distância geográfica relativamente à UA e à Casa do Estudante.

Apesar da ESTGA ser a única unidade orgânica da UA localizada no campus da UA em Águeda, este é utilizado e frequentado diariamente por muitos membros da Comunidade da UA, desde estudantes, docentes, entre outros. No campus da UA em Águeda têm atividade regular mais de 800 estudantes, entre estudantes da ESTGA e de outras unidades orgânicas (UO), cerca de 100 docentes (entre docentes a tempo integral, convidados a tempo parcial e colaboradores de outras UO) e cerca de 18 colaboradores TAG.

Motivação A motivação para a apresentação desta candidatura surge na sequência da visão estratégica aqui apresentada e por estar convicto, em primeiro lugar, que reúno as competências pessoais e profissionais necessárias ao cargo de diretor da ESTGA.

Figura 2: Campus da UA na cidade

de Águeda. 3 – Eletromecânica

4 – Auditório e Biblioteca 5 – Central 6 –Oficinas

7 – Gabinetes de docentes E – Espaço polivalente

R – Refeitório/bar/restaurante N – Espaço do NAE-ESTGA

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Ingressei na ESTGA como equiparado a assistente do 1.º triénio em 1999 para abraçar um projeto de uma Escola a caminho do seu 3.º ano de atividade letiva, voltando à universidade na qual tinha concluído a licenciatura em Matemática Aplicada e Computação.

Nestes quase 20 anos de atividade docente contínua na ESTGA, participei de forma ativa em inúmeros processos pelos quais a ESTGA passou, tais como a reestruturação mais ou menos regular de planos curriculares ou a criação de novos ciclos de estudos, desde os bacharelatos até aos mestrados mais recentes. Têm sido 20 anos muito preenchidos, ao longo dos quais a ESTGA e a UA me têm acolhido e enriquecido. No entanto, considero que também contribuí de modo significativo para a evolução e crescimento da ESTGA e participei de forma ativa e empenhada em diversos órgãos colegiais da UA.

Uma vez que as principais atividades estão referidas no curriculum vitae, saliento os principais cargos e atribuições exercidos nos últimos anos tais como:

• diretor, em regime de substituição, da ESTGA desde outubro de 2018; • subdiretor da ESTGA de fevereiro de 2016 a outubro de 2018; • membro da comissão executiva da ESTGA entre abril de 2011 e março de 2013; • membro do conselho geral da UA desde junho de 2013 até outubro de 2018,

momento em que suspendi o mandato; • membro do conselho científico da UA entre outubro de 2009 a junho de 2013; • membro designado pelo Conselho da ESTGA nos comités de escolha do diretor da

ESTGA nos processos de seleção de 2015 e de 2016.

Além destes cargos nos últimos anos exerci outros cargos de nomeação da direção da Escola ou fui membro eleito de órgãos colegiais da ESTGA.

Apesar de uma significativa atividade de gestão académica nestes 20 anos, tive uma regular atividade de lecionação de unidades curriculares principalmente da área da Matemática em paralelo com atividades de investigação, em particular na especialidade de Probabilidades e Estatística.

Os desafios constantemente colocados a uma escola do subsistema politécnico deslocalizada do campus de Santiago, mas inserida numa região dinâmica e com um enorme potencial de desenvolvimento económico e social, são incentivos acrescidos para esta candidatura.

Apesar desta ser uma candidatura individual e só a mim me comprometer, estou convicto que o corpo docente e o pessoal técnico administrativo e de gestão da ESTGA contribuirão de forma ativa e construtiva na implementação das linhas gerais do programa de ação conducente à concretização da missão e visão estratégica aqui apresentadas.

Acresce que o ambiente institucional da ESTGA sempre esteve alicerçado na pluralidade de opiniões e no trabalho em equipa por objetivos comuns e coletivos, facto que dá garantias de um percurso coletivo coerente em torno da missão e visão estratégica.

Por fim, a minha disponibilidade para a necessária discussão alargada no seio da Comunidade ESTGA e, consequente, para os ajustamentos necessários a este programa, asseguram um comprometimento individual aliado a uma convicção de apropriação coletiva dos objetivos e da estratégia a implementar.

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Diagnóstico e caracterização da situação atual Neste capítulo apresenta-se um breve diagnóstico da situação atual das várias vertentes da missão da ESTGA. Neste contexto, optou-se por expor apenas os principais aspetos caracterizadores da ESTGA nas várias vertentes organizacionais que servem de suporte ao programa de candidatura e às ações nele propostas. Refira-se que o diagnóstico aqui apresentado é, em grande medida, baseado no Relatório de Atividades da ESTGA relativo ao ano civil de 20185, no qual são apresentados dados históricos recentes que permitem obter uma perceção alargada da situação da ESTGA.

Ensino e formação A oferta formativa da ESTGA tem sido atualizada ao longo dos anos decorrente dos enquadramentos legislativos6, das dinâmicas da atratividade dos cursos e das necessidades do mercado de trabalho. Desde os bacharelatos com que a ESTGA iniciou a sua atividade letiva (Engenharia Eletromecânica e Engenharia Geográfica) até ao último curso que entrou em funcionamento, o mestrado em Gestão Comercial, contam-se diversos cursos de vários níveis, alguns que resultaram de reestruturações de cursos precedentes.

É, neste contexto, que no ano letivo 2018/19, a ESTGA abriu vagas em 6 CTeSP, 6 cursos de licenciatura e 1 curso de mestrado (Tabela 1). No entanto, no presente ano letivo encontra-se 1 estudante inscrito no CTeSP de Comércio Internacional e 4 estudantes inscritos na unidade curricular de Dissertação / Estágio / Projeto do mestrado em Geoinformática uma vez que estes cursos foram descontinuados nos anos letivos anteriores.

A partir do ano letivo 2019/20, caso o Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) confirme a recomendação da Comissão de Avaliação Externa (CAE), a ESTGA irá ministrar ainda o mestrado em Informática Aplicada.

CTeSP Os CTeSP, cujo regime jurídico se encontra publicado no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2016, de 13 de setembro e pelo Decreto-Lei n.º 65/2018, de 16 de agosto, são cursos de ensino superior, não conferentes de grau académico e a sua conclusão, com aproveitamento, atribui o diploma de técnico superior profissional.

Pela sua própria génese, os CTeSP ministrados pela ESTGA são em áreas de formação articuladas com as necessidades de formação profissional, designadamente na região em que a Escola está inserida. É uma tipologia de cursos à qual podem aceder vários públicos, com particular ênfase para os titulares de cursos de formação profissional de nível secundário ou equivalente, os quais têm prioridade na ocupação de até 50% das vagas que sejam fixadas.

A estreita ligação entre as áreas de formação dos CTeSP e as necessidades do mercado do trabalho local e regional implica uma contínua análise da pertinência da oferta formativa e a necessária resposta em tempo útil. Acresce que, a sustentabilidade da oferta formativa ao nível dos CTeSP assenta no alinhamento dos cursos com as prioridades nacionais ou regionais da estratégia de investigação e inovação para a Especialização Inteligente (ENEI e RIS3 Centro2020).

5 Relatório de Atividades da ESTGA relativo a 2018 discutido e com parecer favorável, por unanimidade, do Conselho da ESTGA, na sua reunião de 27 de fevereiro de 2019, tendo sido enviado para apreciação pela Reitoria. 6 Por exemplo, o processo de Bolonha, a legislação sobre os CET e, posteriormente os CTeSP.

Tabela 1: Oferta formativa da ESTGA com novos estudantes no

ano letivo 2018/19

CTeSP•Manutenção Industrial (MI)•Programação de Sistemas de

Informação (PSI)•Redes e Sistemas Informátcos

(RSI)•Tecnologia Mecânica (TM)•Gestão de PME (GPME)•Instalações Elétricas e

Automação (IEA)

licenciaturas•Tecnologias da Informação (TI)•Gestão Pública e Autárquica

(GPA)•Gestão Comercial (GC)•Engenharia Eletrotécnica (ELE)•Gestão da Qualidade (GQ)•Secretariado e Comunicação

Empresarial (SCE)

mestrados•Gestão Comercial (MGC)

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A estrutura curricular dos CTeSP está balizada pelo seu enquadramento jurídico. No entanto, a ESTGA tem mostrado dinamismo e tem sido diligente na adaptação curricular, sempre que tal se considera oportuno. Por exemplo, este ano foram propostas alterações mais estruturais no plano curricular do CTeSP em Tecnologia Mecânica, já aprovadas pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES), na qual foram introduzidas melhorias na sequência da colaboração ativa com o Centro de Inovação e Tecnologia Nachimuthu Mahalingam (CITNM), centro que pretende fomentar a geração e disseminação de conhecimento, especialmente vocacionado para as indústrias da mobilidade e, em particular, do automóvel, fundição e metalurgia.

A Figura 3 apresenta o n.º de novos estudantes nos CTeSP desde 2014/15 até 2018/19.

Figura 3: Novos estudantes nos CTeSP nos anos letivos de 2014/15 a 2018/19

Do ponto de vista da captação de novos estudantes, os CTeSP têm tido uma taxa de preenchimento próxima dos 100% sobre as vagas colocadas a concurso, tendo sido de 95% no atual ano letivo de 2018/19. Os estudantes inscritos pela 1.ª vez em CTeSP em 2018/19 foram 148 para 155 vagas a concurso (em 2018/19 o CTeSP em GPME teve 30 vagas disponíveis e os restantes CTeSP tiveram 25 vagas).

Licenciaturas Os cursos de licenciatura da ESTGA atualmente ministrados traduzem a evolução dos seus 21 anos de atividade. Por um lado, os cursos em funcionamento refletem parte das necessidades atuais e futuras do mercado de trabalho regional e nacional e as competências instaladas na ESTGA, tanto das competências do corpo docente próprio como no conjunto de docentes convidados. Naturalmente que, também, a oferta formativa ao nível do 1.º ciclo tem de estar ligada às espectativas dos estudantes.

As vagas colocadas a concurso nos últimos anos letivos estão estabilizadas, sendo que, no atual ano letivo de 2018/19 duas licenciaturas tecnológicas viram as vagas aumentadas (Figura 4).

Figura 4: Vagas disponíveis no Concurso Nacional de Acesso entre 2016/17 e 2018/19

30

18

27

3230 30

25 25 24

20

35

262628

24

20

32

2320

2725

19

32

25

15

20

25

30

35

MI PSI RSI TM GPME IEA

2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19

20 20

30

2023 24

20 20

30

2023 2425

20

30 24 23 24

0

10

20

30

TI GPA GC EEL GQ SCE2016/17 2017/18 2018/19

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

13

Nos últimos 3 anos letivos, a ESTGA teve, respetivamente, 155, 175 e 178 novos estudantes nas licenciaturas da ESTGA, sendo que, nos últimos dois anos houve um conjunto de vagas extra autorizadas pelo ministério para os titulares de CTeSP.

A Figura 5 mostra a evolução de novos estudantes nas 6 licenciaturas desde 2007/08, sendo que 4 das 6 atuais licenciaturas são novos cursos ou reestruturações dos cursos registados aquando da transição do Processo de Bolonha em 2007/08. A Figura 6 representa as percentagens de preenchimento (novos estudantes/vagas disponíveis no Concurso Nacional de Acesso). Verificamos que nos últimos 3 anos letivos a generalidade dos 1.ºs ciclos têm taxas de preenchimento superiores a 100% (apenas EEL em 2016/17 preencheu 90% das vagas), salientando-se a licenciatura em Tecnologias da Informação com taxas superiores ou iguais a 140%.

Figura 5: Número de estudantes inscritos ao curso pela 1ª vez por curso de licenciatura de 2007/08 a 2018/19 (dados na Tabela 14, no anexo)

Figura 6: Percentagem de preenchimento das vagas (novos estudantes/vagas disponíveis no Concurso Nacional de Acesso)

Apesar dos resultados globais das licenciaturas serem muito positivos relativamente ao preenchimento de vagas, há que analisar outros indicadores que, pela sua natureza, permitem a comparabilidade entre cursos similares. Habitualmente a atratividade dos 1.ºs ciclos é analisada, também, a partir dos resultados decorrentes do concurso nacional de acesso, embora estes indicadores sejam mesmo isso – indicadores–, e, como tal, devem ser lidos com cautela.

Na Figura 7 está representado o n.º de candidatos na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) nos últimos 3 anos letivos. Salienta-se um desempenho muito bom da licenciatura em Gestão Comercial, apresentando uma tendência crescente e ultrapassando

10

20

30

40

50

60

2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19

TI GPA GC EEL GQ SCE

145%

117%

90%

117%108%

140%

110%

127%

160%

122% 121%

152%

120%

104%

135%

108%

80%

100%

120%

140%

160%

TI GPA GC EEL GQ SCE

2016/17 2017/18 2018/19

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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os 200 candidatos em 2018/19, sendo que a licenciatura em Secretariado e Comunicação Empresarial evidencia um aumento significativo nos 2 últimos anos ascendendo a quase 170 candidatos. As licenciaturas em Engenharia Eletrotécnica, em Tecnologias da Informação e em Gestão Pública e Autárquica apresentam o menor n.º de candidatos.

Figura 7: Número de candidatos na 1.ª fase no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 2016/17 a 2018/19

Se analisarmos o n.º destes candidatos que concorreram em 1.ª opção a cada curso verificamos que as licenciaturas em GC e em SCE mantêm-se com o melhor desempenho com 1.ª opções próximas das vagas a concurso, enquanto que, pela negativa, se mantêm, também as licenciaturas em EEL, GPA e TI (Figura 8).

Figura 8: Número de candidatos de 1.ª opção na 1.ª fase no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 2016/17 a 2018/19

Outros indicadores7 relativamente ao desempenho dos 1.º ciclos considerados usualmente são as notas mínima e média de acesso a cada curso e um indicador da empregabilidade, neste caso, o indicador de ex-estudantes inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Do ponto de vista das classificações mínima verificamos que a licenciatura em Gestão Comercial apresenta o melhor desempenho, destacando-se dos restantes cursos, enquanto que as licenciaturas em TI e GPA apresentam as notas mínimas mais baixas de uma forma consistente. Relativamente às classificações médias dos colocados as diferenças entre cursos, estas esbatem-se um pouco, sendo que, neste indicador GPA apresenta as médias mais baixas nos últimos 4 anos letivos (Figura 9 e Figura 10).

7 http://infocursos.mec.pt

40 45

149

42

84 8863 67

194

43

97

167

5378

210

43

105

166

0

50

100

150

200

250

TI GPA GC EEL GQ SCE

2016/17 2017/18 2018/19

37

21

58

23

72

23

1

1622

711

30

0

13

25

0

10

20

30

TI GPA GC EEL GQ SCE

2016/17 2017/18 2018/19

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Figura 9: Classificações mínimas, no global de todas as fases) dos colocados no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 0 a 200 pontos

Figura 10: Classificações médias dos colocados no Concurso Nacional de Acesso (Regime Geral) de 0 a 200 pontos

Analisando o indicador de empregabilidade calculado pelo IEFP (Figura 11), verificamos que a licenciatura em GPA apresenta um indicador de desemprego significativamente superior ao valor de referência da área de formação, sendo superior em 6,9 pontos percentuais. As licenciaturas em GQ e em SCE apresentam indicadores superiores aos de referências, mas com diferenças poucos significativas. Pela positiva, as licenciaturas em TI e em GC têm níveis de empregabilidade superiores uma vez que apresentam indicadores de inscrições no IEFP inferiores ao valor de referência. Quanto à licenciatura em EEL não está disponível informação oficial.

Figura 11: Percentagem de recém-diplomados do curso que em 2017 estão registados no IEFP como desempregados onde são considerados todos os alunos que se diplomaram no curso entre os anos letivos de 2012/13 e 2015/16 (não há este indicador disponível para EEL)

Mestrados A ESTGA nos seus quase 22 anos de atividade teve uma oferta de cursos de 2.º ciclo muito reduzida. Nestes anos apenas teve em funcionamento 2 cursos de mestrado: o mestrado em Geoinformática a partir de 2013/14, e o mestrado em Gestão Comercial desde 2017/18.

105

105,

4

122,

4

111,

9 118,

9

104,

5

107

125,

1

112,

4

114,

3

124

109,

5

103,

5

128,

9

115 11

9,3

128,

9

106,

1 111,

7

129,

7

115,

4 121,

7

112,

8

100

110

120

130

TI GPA GC EEL GQ SCE2015/16 mínimo 2016/17 mínimo 2017/18 mínimo 2018/19 mínimo

122,

6

119,

6

134,

1

120,

3 125,

1133,

5

121,

1 132,

5

128,

2

122,

7 137,

1

127,

8

121,

6 134,

8

128,

4

126,

7

137,

1

124

122,

3 139,

1

127,

4

130,

7

135,

5

100

110

120

130

140

TI GPA GC EEL GQ SCE2015/16 média 2016/17 média 2017/18 média 2018/19 média

2,8%

12,5

%

5,4%

9,0%

8,9%

3,8% 5,

6%

5,7%

5,6% 7,

3%

0%

5%

10%

15%

TI GPA GC GQ SCE EEL% curso % na área de formação (público)

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Atendendo à reduzida atratividade do mestrado em Geoinformática, a ESTGA decidiu descontinuar este curso, não admitindo novos estudantes nos últimos 2 anos letivos. O mestrado em Geoinformática tem 4 estudantes inscritos no ano letivo 2018/19 na unidade curricular de dissertação/estágio/projeto, esperando-se que estes concluam o curso com sucesso.

Desde a sua 1ª edição em 2017/18, o mestrado em Gestão Comercial tem tido um total de 30 vagas a concurso nas várias fases. No atual ano letivo de 2018/19, o curso teve um número de candidatos que superou várias vezes o número de vagas a concurso em cada uma das 3 fases, tendo sido colocados estudantes em número igual ou superior às vagas a concurso, em cada fase. Contudo, e apesar da atratividade demonstrada, verifica-se uma percentagem de efetivação de matrícula dos estudantes colocados relativamente baixa. Este cenário é comum a outros cursos de mestrado da UA, pelo que ter-se-á de tomar medidas para que a taxa de efetivação de matrícula aumente. O mestrado em Gestão Comercial teve 29 estudantes inscritos pela 1.ª vez com referência a 31/12/2018.

Tabela 2: Indicadores sobre novos estudantes no mestrado em Gestão Comercial no ano letivo 2018/19 (entre parenteses está o n.º de candidatos)

Colocados na 1.ª fase

% de efetiv. da matrícula

Colocados na 2.ª fase

% de efetiv. da matrícula

Colocados na 3.ª fase

% de efetiv. da matrícula

Estudantes 1.ª vez ativos

% de preench. (ativos /

vagas 16 (65) 81% 20 (112) 60% 6 (34) 67% 29 97%

No ano letivo 2019/20 entrará em funcionamento o mestrado em Informática Aplicada, cujo processo de acreditação na A3ES está na fase final de acreditação. A aposta da ESTGA nesta área de formação decorre das interações com parceiros estratégicos nos quais se inclui a INOVA RIA. Este é um 2.º ciclo direcionado para o desenvolvimento de aplicações em cima de infraestrutura IoT ou Indústria 4.0, ou similares, com o objetivo de tirar partido de grandes quantidades de informação disponíveis atualmente.

Caracterização dos novos estudantes de CTeSP e licenciatura De modo a caracterizar-se os novos estudantes da ESTGA de CTeSP e de licenciatura, a ESTGA tem realizado, após as várias fases de acesso, um questionário no início de cada ano letivo. Os dados obtidos relativamente aos novos estudantes em 2018/19, com base nas respostas de 168 estudantes (98 de licenciatura e 70 de CTeSP), permitem caracterizar algumas variáveis e características dos estudantes, facilitando o estabelecimento e ajustamento das estratégias a adotar em termos da captação de estudantes, da estratégica de comunicação externa, etc. Este tipo de questionário permite obter dados não disponíveis na plataforma de indicadores da UA.

Do ponto de vista do percurso académico dos novos estudantes, há claramente padrões diferenciados entre os novos estudantes de cursos TESP e de licenciatura (Figura 12). De facto, enquanto que nos cursos TESP cerca de 68,6% dos novos estudantes responderam que frequentaram um curso profissional e 25,7% um curso científico-humanístico (sendo os restantes percursos residuais), estas proporções invertem-se no caso dos estudantes que ingressaram num 1.º ciclo, sendo de 22,4% e 69,4%.

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Figura 12: Percurso académico no ensino secundário dos novos estudantes em % (estudo por questionário relativo a 2018/19)

Relativamente ao concelho de origem/residência habitual, cerca de 60,1% dos novos estudantes inquiridos são provenientes de 5 concelhos da região: Aveiro, Águeda, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Estarreja, de acordo com a Figura 13. Os restantes 39,9% distribuem-se maioritariamente por concelhos das regiões centro e norte do país.

Figura 13: Principais concelhos de residência dos novos estudantes inquiridos, em % (estudo por questionário relativo a 2018/19)

A Figura 14 evidencia que apenas 18,5% dos inquiridos dizem deslocar-se para a ESTGA a pé, sendo que os restantes utilizam um meio de transporte. Adicionalmente, cerca de 32,7% dos inquiridos dizem residir em Águeda em tempo de aulas.

Figura 14: Forma habitual de deslocação para a ESTGA, em %, dos estudantes de 1.ª matrícula (estudo por questionário relativo a 2018/19)

Relativamente aos fatores que os inquiridos referiram como os mais relevantes no seu processo de tomada de decisão em escolher a ESTGA como instituição para frequentar um curso superior foram os indicados na Tabela 3, por ordem decrescente de relevância.

2,4 3,0 3,6 3,6 4,2 6,0 7,1 9,513,1

24,4

05

10152025

Santa Maria da Feira

Vila Nova de Gaia

AnadiaOvar Albergaria-a-Velha

EstarrejaOliveira do Bairro

ÍlhavoÁgueda

Aveiro

18,5

4,2

20,2

36,3

20,2

,60

10

20

30

40

a pé de autocarro de comboio de viaturaparticular(utilizaçãoindividual)

de viaturaparticular(utilizaçãopartilhada)

outra

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Tabela 3: Fatores mais relevantes, por ordem decrescente, no processo de tomada de decisão em escolher a ESTGA como instituição de ensino superior (estudo por questionário relativo a 2018/19)

CTeSP licenciatura A empregabilidade A empregabilidade O prestígio do curso em que ingressou O prestígio da UA A existência de estágios curriculares As parcerias com empresas As parcerias com empresas A existência de estágios curriculares

Por um lado, estes resultados indicam que a estratégia da ESTGA de inclusão de estágios nos planos curriculares nos cursos, as parcerias com empresas/organizações e a empregabilidade dos cursos, constitui uma estratégia potenciadora de atratividade. Por outro lado, no caso dos CTeSP, o prestígio do curso prevalece em comparação com o prestígio da UA, enquanto que, no caso das licenciaturas, estes fatores invertem-se.

Subsistema para a garantia da qualidade das unidades curriculares A avaliação do desempenho do corpo docente refletida através dos inquéritos pedagógicos no âmbito do Subsistema para a Garantia da Qualidade das Unidades Curriculares tem sido consistentemente positiva comparativamente com a média da UA. Na Figura 15 estão representadas a média do TTG (nota média do grupo caracterização do docente) do conjunto do corpo docente afeto à ESTGA desde o 1.º semestre de 2014/15 até ao 1.º semestre de 2018/19. Os dados do último ano disponível na página do Conselho Pedagógico são relativos ao ano letivo de 2016/17, nomeadamente a média global do TTG nos 1.º e 2.º semestres 2016/17 foi de 6,48 e 6,44, respetivamente.

Figura 15: Valor médio do indicador TTG desde 2014/15 até 2018/19

Analisando a distribuição das médias do TTG no conjunto de todos os docentes afetos à ESTGA entre 2014/15 e o 1.º semestre de 2018/19 verificamos que esta é assimétrica à direita, como desejável (ver Figura 16).

Figura 16: Distribuição das médias do TTG do corpo docente da ESTGA desde 2014/15 (histograma com as frequências relativas e o diagrama em caixa de bigodes)

7,016,98

7,047,09

7,147,11 7,13

7,037,05

6,856,906,957,007,057,107,157,20

1º Semestre| 2014-15

2º Semestre| 2014-15

1º Semestre| 2015-16

2º Semestre| 2015-16

1º Semestre| 2016-17

2º Semestre| 2016-17

1º Semestre| 2017-18

2º Semestre| 2017-18

1º Semestre| 2018-19

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Ligação à sociedade A vertente da ligação à sociedade é fulcral na missão e nas funções da ESTGA e é essencialmente uma vertente transversal ao ensino e formação e à investigação, e tem vindo a assumir diversos formatos.

Uma estratégia que tem sido consolidada traduz-se em parcerias estratégicas já protocoladas com empresas e/ou associações sob o princípio de 1 entidade para 1 curso de licenciatura. Nomeadamente, a ESTGA estabeleceu parcerias com empresas e organizações que com a ESTGA colaboram no âmbito de protocolos de cooperação, os quais incluem programas de tutoria, em 4 licenciaturas, designadamente (ver Figura 17):

• GJM – Grupo Jerónimo Martins, no âmbito da licenciatura em Gestão Comercial; • CIRA – Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, no âmbito da licenciatura em

Gestão Pública e Autárquica; • AEA – Associação Empresarial de Águeda, no âmbito da licenciatura em Secretariado

e Comunicação Empresarial; • AIDA – Associação Industrial do Distrito de Aveiro, no âmbito da licenciatura em

Gestão da Qualidade.

Saliente-se que os programas de tutoria das licenciaturas de base não tecnológica da ESTGA assentam na afetação de um tutor externo à academia com atividade profissional no parceiro estratégico da respetiva licenciatura numa base de 1 para 1, que se pretende que acompanhe o tutorando desde o 1.º ano curricular até ao fim do seu percurso académico na licenciatura. Estas parcerias potenciam, também, o envolvimento e a interação com os cursos no contexto de aulas abertas, visitas de estudo, etc. Nos cursos de licenciatura de base tecnológica, estando estes organizados de acordo com o Modelo de Aprendizagem Baseado em Projetos (MABP), a ligação ao mundo do trabalho é regular através da participação de profissionais em atividades de índole pedagógica ou técnico-científica, como aulas abertas, workshops, etc., bem como na proposta de problemas a resolver no âmbito dos projetos temáticos (PT), e na participação nos júris das provas públicas dos referidos projetos ou estágios.

Deve salientar-se que a parceria com o GJM no âmbito do mestrado em Gestão Comercial engloba a participação ativa deste grupo na dinamização de atividades como aulas abertas, na participação ativa nas UC de seminário I e II, bem como em outras atividades que aproximam os estudantes ao mercado do trabalho. Refere-se, por exemplo, a atividade designada de Bootcamp que ocorreu em 25 e 26 de maio de 2018 e que envolveu visitas e atividades nas instalações do GJM em Lisboa sendo que, este ano, está prevista a realização do Open Day JM em 24 de maio. O acordo de cooperação com o GJM contempla, também, um programa de bolsas Jerónimo Martins, através do qual os estudantes poderão usufruir de bolsas equivalentes ao valor da propina dos dois anos letivos do mestrado.

As parcerias com empresas/organizações são consubstanciadas, também, através de um conjunto de prémios escolares que entidades parceiras atribuem aos melhores estudantes dos vários cursos de licenciatura. Estes prémios e organizações associadas podem ser consultados em http://www.ua.pt/estga/page/8710.

Um eixo essencial da vertente de ligação da ESTGA com a sociedade é a oferta de estágios. No ano 2017/18, ocorreram 224 estágios (de CTeSP e de licenciatura) em 144 organizações, havendo 488 organizações e empresas protocoladas para este fim, estimando-se que em 2018/19 ocorram 270 estágios.

Figura 17: Parcerias estratégicas

com empresas/organizações

•AEA•GJM

•AIDA•CIRA

GPA GQ

SCELGC

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Figura 18: Acordos de estágios/projetos estabelecidos desde 2014/15 até 2017/18 (CET, CTeSP e licenciaturas)

Pelo número de estágios e importância que estes têm para a missão da ESTGA e como fator de atratividade de estudantes, foi constituído o Gabinete de Estágios e Emprego (G2E) o qual integra um elemento da comissão executiva, docentes e um elemento da secretaria administrativa, com o propósito de proximidade e coordenação com as direções de curso.

Em 2018, iniciaram-se os primeiros estágios e projetos da unidade curricular (UC) de Dissertação/Estágio/ Projeto do mestrado em Gestão Comercial / Retail Management. Dos 20 estudantes com inscrição ativa nesta UC, em 16 de fevereiro de 2019, 7 estão a realizar estágio (3 no GJM, 2 na PRIO, 1 na Revigrés e 1 no Grupo Auchan), 8 estão a desenvolver um projeto (7 com o GJM e 1 com a PRIO) e os restantes 5 a desenvolver dissertações académicas.

A ESTGA tem já uma longa tradição na organização de um conjunto vasto de eventos no âmbito dos quais se interage com parceiros institucionais e empresariais, escolas e público em geral. Estes eventos têm como principal objetivo dar a conhecer a oferta formativa e os modelos de aprendizagem da ESTGA, bem como potenciar a interligação da academia e, em particular, os estudantes com profissionais com reconhecido mérito.

Destes, e a título de exemplo salientam-se os seguintes:

• Sessões de lançamento dos programas de tutoria – com os parceiros estratégicos de cada licenciatura de base não tecnológica;

• Torneio Estudantil de Computação multilinguagem de Aveiro - TECLA; • Dia Aberto da ESTGA no qual se desenvolvem várias atividades que permitem dar a

conhecer a oferta formativa da ESTGA e as atividades de investigação e desenvolvimento;

• Jornadas de Secretariado e Assessoria.

As atividades organizadas na ESTGA englobam outros eventos de diversas tipologias, cujos cartazes podem ser consultados no sítio web da Escola.

Um eixo na ação da ESTGA com a região traduz-se nas prestações de serviço. Atualmente estão ativas na ESTGA três prestações de serviços. As três prestações de serviços ativas atualmente com um valor global de 102 311,79 €, são:

• (2018-2019), “GasVendingMachine” – ENEVEDRA-TECH; • (2016-2019), “Peritagem externa do Projeto TEIP do Agrupamento de Escolas de

Valongo do Vouga”, Agrupamento de Escolas de Valongo do Vouga”; • (2019-2019), “Utilização de modelo de aprendizagem baseado em projetos nos

cursos técnicos superiores profissionais”, INESCTEC

0

50100

150200

250300

2004 -2005 2005 -2006 2006 -2007 2007 -2008 2008 -2009 2009 -2010 2010 -2011 2011 -2012 2012 -2013 2013 -2014 2014 -2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018

CET EST(lic) CTeSP PROJ(lic)

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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Recentemente a ESTGA teve outras prestações de serviços no valor global de 79 637,79€, nomeadamente:

• (2017-2018) - PARALAB; • (2015-2017) - Vivian Regina; • (2015-2017) - Acordo Cooperação com Sérvia; • (2016-2017) - INESCTEC; • (2016-2017) - Agrupamento de Escolas de Valongo do Vouga; • (2016, última edição) - Instituto Superior Politécnico de Benguela.

Investigação Como escola do subsistema politécnico, a ESTGA tem na sua missão o desenvolvimento de atividades de investigação orientada e de desenvolvimento experimental. Acresce que, sendo uma unidade orgânica da UA, tem um posicionamento privilegiado uma vez que, os seus docentes doutorados têm a possibilidade de integrarem os centros e institutos de investigação associados à UA, uma vez que a ESTGA não dispõe de unidades de investigação associadas.

Figura 19: Centros e institutos de investigação da Universidade de Aveiro nos quais a maioria dos docentes da ESTGA desenvolvem a sua atividade de I&D

Neste contexto, as atividades de investigação e de desenvolvimento dos docentes da ESTGA decorrem numa estrutura matricial e em rede, baseada em interações com diversas estruturas do universo científico da UA e de outras instituições similares (Figura 19). A UA não dispõe de instalações no campus de Águeda exclusivamente direcionadas para as atividades de I&D. Atualmente algumas das atividades de I&D desenvolvidas por docentes que necessitam de recursos físicos e/ou laboratoriais decorrem nos espaços geridos pela ESTGA, através da utilização de pequenos espaços polivalentes e dos laboratórios existentes em paralelo e em articulação com as atividades letivas.

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

22

Atualmente, a ESTGA tem a seu cargo a gestão de alguns projetos de I&D, sendo que alguns docentes integram equipas de outros projetos que estão sediados noutras UO ou em centros ou institutos de investigação da UA.

Os projetos atualmente ativos e afetos à ESTGA ou cuja participação da UA é coordenada por docentes da ESTGA são:

• (2017-2019), “Vietnamese-European Knowledge and Technology Transfer Education Consortium (VETEC)”, E+ KA2 CBHE, EAC/A04/2015 - 573788-EPP-1-2016-1-BE-EPPKA2-CBHE-JP, centro de custos ESTGA /orçamento 712 000 €;

• (2017-2019), “FFAS- Sistema de Previsão e Alerta de Inundações para a zona urbana de Águeda”, com referência CENTRO-01-0145-FEDER-023566. Orçamento: 85 851,51 euros;

• (2017-2019). “SmartWalk: Smartcities for Active Seniors”, CENTRO 2020, CENTRO-01-0145-FEDER-024293, ESTGA / 81 211,86 €;

• (2018-2020). “LLMCP LisPan: Living Lab para Conteúdos e Plataformas de Media”, Portugal2020, LISBOA-01-0145-FEDER-023937, ESTGA / 7000,00 €;

• (2018-2021), “The Optimal Challenges in Irrigation”, POCI-01-0145-FEDER-028247;

• (2018-2020), “SmAC: Smart Advanced Cistern”, ESTGA; • (2018-2021), “Fostering Accessible Study Technologies (FAST): Accessible Learning

Management System in Humanities and Social Sciences”, com referência ERASMUS+ KA2 2018-1-MK01-KA203-047104. ESTGA/57 657,00 €.

Do ponto de vista da produção científica, a ESTGA tem evidenciado uma tendência positiva pela análise do n.º de publicações8 na SCOPUS, sendo que em 2018 os artigos em revista e os artigos de conferências corresponderam a 50% e 40%, respetivamente (Figura 20). Nos últimos 5 anos, tem-se verificado uma consistente tendência crescente quanto ao número de publicações indexadas na SCOPUS, em parte como consequência da estabilidade e consolidação do corpo docente.

Figura 20: Publicações por tipo, indexadas na SCOPUS em 2018 (esquerda); Número de publicações indexadas na SCOPUS de 2014 a 2018 (direita)

Contudo, um indício de que o indicador do n.º de publicações SCOPUS com afiliação “ESTGA” ou “Águeda” subavalia a produção científica do corpo docente da ESTGA é o número total de artigos indexados indicado pelos docentes nos relatórios das áreas científicas nucleares (ACN) de 2018 que é superior a três dezenas. Dos mesmos relatórios, concluímos que foram publicados mais de 70 trabalhos em atas de conferências, além de 16 outras publicações técnico-científicas.

8 AFFILORG (estga OR águeda) AND (LIMIT-TO (PUBYEAR, 2018) OR LIMIT-TO (PUBYEAR, 2017) OR LIMIT-TO (PUBYEAR, 2016) OR LIMIT-TO (PUBYEAR, 2015) OR LIMIT-TO (PUBYEAR, 2014))

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Estrutura organizacional e recursos humanos A estrutura organizacional da ESTGA está definida pelo seu Regulamento e dispõe de três órgãos:

• o Diretor; • a Comissão Executiva; • o Conselho de Escola.

O Conselho da ESTGA, no âmbito das suas competências, constituiu a Comissão Científica do Conselho da ESTGA, sendo esta comissão uma sua forma restrita constituída pelos docentes que o compõem. Em todos os mandatos, o Conselho da ESTGA integrou sempre dois elementos cooptados, de acordo com o regulamento da ESTGA, os quais têm enriquecido significativamente, pela sua experiência profissional ou pessoal, as várias constituições do conselho.

São ainda órgãos de gestão dos cursos de primeiro e segundos ciclos, com competência na área pedagógica, as Comissões de Curso, ao abrigo da alínea b) do n.º 1 do artigo 8.º do Regulamento de Estudos da Universidade de Aveiro.

A coordenação pedagógica e técnico científica das 8 áreas científicas nucleares (ACN) aprovadas pelo Conselho da ESTGA, cabe a um coordenador nomeado pelo Diretor, sob proposta da ACN, por um período de 3 anos, sendo que os mandatos atuais terminam em setembro de 2020. Os docentes da ESTGA estão agrupados nas 8 ACN de acordo com a Figura 21. Estas áreas contribuem para um alargado conjunto de áreas de intervenção e competências técnico-científicas, algumas destas multidisciplinares.

A identificação de áreas científicas nucleares e o estabelecimento de uma coordenação técnico-científica a cada uma delas pretende, por um lado, mitigar os eventuais constrangimentos a uma estrutura orgânica unitária e, por outro lado, potenciar as competências instaladas através da agregação de docentes e das respetivas áreas de atuação.

As ACN enquadram-se numa estratégica adotada em 2017 pela direção da ESTGA em descentralizar a coordenação pedagógica e técnico-científica, nomeadamente através:

• da monitorização dos indicadores de desempenho pedagógico e científico no âmbito da respetiva ACN;

• na participação na distribuição de serviço docente (DSD), coadjuvando a Comissão Executiva;

• na participação na seleção e recrutamento de docentes da respetiva ACN.

Adicionalmente, os coordenadores das ACN participam na identificação das necessidades de recursos pedagógicos, tecnológicos ou técnicos, para a melhor prossecução das atividades pedagógicas ou atividades de investigação científica e desenvolvimento experimental no âmbito da respetiva ACN.

A ESTGA dispõe de estruturas organizativas de suporte às funções, nomeadamente:

• Serviços administrativos; • Apoio técnico às atividades formativas; • Outras estruturas de apoio.

Os serviços administrativos da ESTGA englobam a Secretaria Académica, direcionada principalmente para o atendimento aos estudantes, e a Secretaria Administrativa vocacionada para o atendimento aos docentes e para o trabalho administrativo de back office e para o apoio administrativo e de assessoria à Direção. Nos últimos anos, devido às

Figura 21: Áreas científicas nucleares (ACN) da ESTGA

ELE•eletrotecnia

EMEC•engenharia mecância

G•gestão

L•línguas

I•informátca

SCE•secretariado e comunicação

empresarial

M•matemátca

EGEO•engenharia geográfica

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crescentes necessidades no âmbito administrativo associado aos CTeSP e no apoio à realização de diversos eventos pedagógicos e/ou técnico-científicos, os colegas da secretaria académica têm tido, também, atribuições nestes domínios.

Relativamente ao apoio técnico às atividades formativas, a ESTGA dispõe de um técnico superior adstrito às oficinas e um assistente técnico no apoio aos laboratórios de eletrotecnia. Adicionalmente, estes técnicos assumem a interação, enquanto pivôs, com os STGL e pequenas reparações nos edifícios afetos à ESTGA.

A ESTGA dispõe atualmente de dois gabinetes como estruturas de apoio à Direção: o Gabinete de Estágios e Emprego (G2E) e o Gabinete de Comunicação e Relações Públicas. O G2E foi criado com a missão de apoiar a realização dos estágios curriculares dos estudantes e promover a inserção profissional qualificada dos diplomados da ESTGA. O Gabinete de Comunicação e Relações Públicas tem como missão atuar no âmbito dos assuntos relacionados com a promoção e difusão cultural da ESTGA, em particular nos domínios do protocolo, comunicação, divulgação e imagem da Escola. Ambos os gabinetes integram elementos da Comissão Executiva, outros docentes e elementos das secretarias académica e administrativa.

No ano letivo 2018/19, a ESTGA dispõe de 59,2 docentes equivalentes a tempo integral, sendo que destes, 41 estavam a tempo integral.

No final 2018 foi aberto o concurso para um lugar de professor coordenador em Gestão, de acordo com o programa de recursos humanos apresentado ao Reitor em setembro de 2018, que ainda está a decorrer.

A estrutura de recursos humanos docentes afetos à ESTGA atendendo à distribuição de serviço docente 2018/19 por ACN encontra-se na Tabela 4 por categoria e vínculo na Tabela 4. No final do ano letivo de 2018/19 a ESTGA dispõe de 41 professores de carreira (4 professores coordenadores e 37 professores adjuntos) e 38 docentes convidados, para além das colaborações interdepartamentais. Dentre os professores adjuntos, 11 estão em período experimental. As diferenças destes valores para os apresentados na Tabela 4 deve-se apenas ao facto de, no início do 2.º semestre de 2018/19 duas professoras convidadas a tempo parcial passaram para a carreira uma vez que ganharam dois concursos de pessoal.

Tabela 4: Estrutura de recursos humanos docentes afetos à ESTGA no ano letivo 2018/19, em ETI por categoria e por ACN

Categoria/ACN EGG ELE EMEC G I L M O SCE Total

Assistente Convidado 1,1 0,5 1,1 1,2 0,9 0,3 0,8 5,9

Equiparado a Assistente do 2.º Triénio 0,3 0,3

Equiparado a Professor Adjunto 0,6 0,6

Professor Adjunto convidado 2,2 0,8 4,1 1,4 0,8 0,3 1,0 10,6

Equiparado a Professor Coordenador s/ Agregação 0,6 0,6

Professor Coordenador Convidado s/ Agregação 0,3 0,3

Estudante de PhD 0,3 0,3

Professor Adjunto 2,0 3,8 3,0 9,8 9,0 3,0 3,0 3,0 36,6

Professor Coordenador s/ Agregação 1,0 1,0 1,0 1,0 4,0

Total 3,3 8,7 4,9 15,3 12,6 4,7 3,3 2,4 4,0 59,2

Verifica-se que 31% dos docentes ETI da ESTGA correspondem a docentes convidados bem acima do mínimo de 20% previsto no ECPDESP, enquanto que a percentagem de professores de carreira está ligeiramente abaixo dos 70% previstos no mesmo estatuto. Contudo, os professores coordenadores de carreira representam apenas 6,8% do corpo docente da

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ESTGA, muito abaixo do limite máximo previsto de 50% no ECPDESP, não existindo qualquer professor coordenador principal.

Atualmente a ESTGA dispõe de 5,5 docentes ETI com o título de especialista correspondendo a 9,3% do corpo docente, muito inferior ao limite mínimo de 35% previsto no RJIES.

Figura 22: Docentes equivalentes a tempo integral afetos à ESTGA na DSD 2018/19

Os dados disponibilizados pela Reitoria relativos a 2018 indicam que a ESTGA tem um rácio de 13,32 ATI/docente (ETI), sendo o rácio padrão para estimado em 18,83 ATI/docente (ETI). Esta diferença deve-se a vários fatores. Por um lado, a diversidade científica que caracteriza a oferta formativa e o corpo docente da ESTGA, associada ao facto do numerus clausus dos cursos relativamente baixo implica um número reduzido de estudantes por unidade curricular. Por outro lado, a oferta de cursos em regime pós-laboral como alguns dos CTeSP, diminui a possibilidade da redução de número de turmas por unidade curricular. No entanto, este facto tem impacto reduzido ou nulo do ponto de vista financeiro uma vez que estes cursos têm financiamento próprio.

Do ponto de vista do pessoal técnico administrativo e de gestão, a 31 de dezembro de 2018, a ESTGA dispunha de 9 colaboradores, 5 técnicos superiores e 4 assistentes técnicos. Na secretaria académica estão 2 assistentes técnicos, na secretaria académica e assessoria à direção estão afetos 4 técnicos superiores e 1 assistente técnico. Há um assistente técnico afeto ao apoio nos laboratórios de eletromecânica e 1 técnico superior nas oficinas. Não existindo neste momento qualquer técnico no apoio às atividades letivas da área de informática.

A ESTGA dispõe de um corpo docente e pessoal técnico administrativo e de gestão com idades médias de 47,2 e 47,5 anos, respetivamente, cujas idades têm a distribuição global que é apresentada na Figura 23. Estes dados mostram que os recursos humanos da ESTGA não estão envelhecidos, principalmente se compararmos com outras UO da UA.

Figura 23: Distribuição das idades dos docentes e do PTAG (frequências absolutas)

0,35,9

0,30,6

10,60,60,3

36,64,0

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Estudante de PhDAssistente Convidado

Equiparado a Assistente do 2º TriénioEquiparado a Professor Adjunto

Professor Adjunto convidadoEquiparado a Professor Coordenador s/ Agregação

Professor Coordenador Convidado s/ AgregaçãoProfessor Adjunto

Professor Coordenador s/ Agregação

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Análise SWOT Após a descrição e a análise exploratória do enquadramento e da situação presente da ESTGA, será apresentada uma breve análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) como um meio de diagnóstico estratégico facilitador nos processos de melhoria contínua. A análise apresentada está dividida quanto ao ambiente interno (pontos fortes e pontos fracos) e quando ao ambiente externo (oportunidades e ameaças).

Ambiente interno Ambiente interno Pontos fortes • Corpo docente qualificado, com doutoramentos recentes na sua maioria • Recursos humanos docentes e PTAG relativamente jovem • Multidisciplinaridade do corpo docente • Adoção de metodologias e práticas pedagógicas centradas no estudante e

potenciadoras do desenvolvimento de competências transversais • Orientação prática dos cursos e direcionados para o mercado de trabalho • Parcerias estratégicas com organizações • Estratégia de oferta de estágios • Atividade de investigação com tendência crescente Pontos fracos • Corpo docente com reduzido número de especialistas • Menor atividade de transferência de conhecimento • Corpo docente consolidado em apenas algumas áreas científicas • Assimetria na atividade de investigação entre docentes e áreas científicas • Instalações reduzidas para a atividade de ensino e de I&D • Localização fora do campus de Santiago e a sua limitação no acesso aos serviços da

UA • Inexistência de residências universitárias e resposta reduzida da cidade de Águeda na

oferta de alojamento

Ambiente externo Ambiente externo Oportunidades • Dinamismo económico e social da região • Financiamento dos CTeSP ao nível da formação e de equipamentos • Cultura multidisciplinar da UA • Necessidades crescentes de formações e aprendizagens ao longo da vida • Várias potenciais fontes de financiamento de I&D • Internacionalização do ensino superior em Portugal Ameaças • Limitações normativas quanto à abertura de novos ciclos de estudo • Investimento reduzido na manutenção do edificado e a inexistência de planos para

novos espaços • Dinâmica demográfica com redução previsível do universo de candidatos ao ensino

superior • Dificuldade na perceção da diferenciação entre a oferta formativa politécnica e

universitária • Região pouco atrativa para os jovens • Acessibilidade e mobilidade débil na região

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Visão estratégica Para o próximo quadriénio, a ESTGA deve consolidar o legado do seu passado, numa perspetiva de continuidade com os quase 22 anos de atividade, potenciando as boas-práticas e os seus pontos fortes e as linhas de ação que no passado se mostraram frutuosas. Antecipar o futuro, partindo do presente, deverá ser uma estratégia coletiva e partilhada por todos os membros da Comunidade ESTGA.

A definição de (novos) objetivos e o delineamento das estratégias que permitirão atingir esses mesmos objetivos de uma forma integrada e participativa é o que se propõe neste plano de ação estratégico.

A busca de consenso informado e participado em vez de unanimismos aparentes baseados no alheamento deve ser uma prática quotidiana dos que, em cada momento, assumem cargos de coordenação. Só desta forma é que todos podemos contribuir ativamente para uma estratégica coletiva, mesmo que alguns aspetos dessa estratégia possam não ser abraçados por todos. Todos e cada um dos membros da Comunidade ESTGA deve rever-se em vários aspetos da estratégia porque, só assim, é possível fomentar uma identidade coletiva potenciadora de bons resultados organizacionais.

O sucesso da implementação de qualquer estratégia para a ESTGA resulta da dedicação e empenho individual de cada membro da Comunidade ESTGA nas suas áreas de intervenção da missão e, naturalmente, das condições organizacionais que os órgãos executivos e de coordenação conseguirem proporcionar.

No entanto, a implementação de qualquer estratégia está, em grande medida, condicionada pela autonomia mitigada da ESTGA (e das restantes unidades orgânicas) decorrente dos estatutos da UA e da necessária articulação com o seu plano estratégico e políticas executivas dos órgãos de governo e de coordenação científica e pedagógica.

As linhas gerais da visão estratégica que se propõe são as referidas na Tabela 5.

Tabela 5: Linhas gerais da visão estratégica Linhas gerais da visão estratégica LG1 – (Re)afirmar a ESTGA como uma Escola de referência (Re)afirmação da ESTGA como uma escola politécnica de referência ao nível da pertinência e atualidade da oferta formativa, metodologias de ensino e investigação orientada e do desenvolvimento experimental LG2 – Fortalecer a identidade da ESTGA – a Comunidade ESTGA Reforçar a identidade da ESTGA assente na sua genética geográfica e áreas de formação, aprofundando a ligação ao concelho de Águeda e à região na qual está inserida, e no sentido de comunidade LG3 – Promoção da qualidade de formação Promover elevados níveis de qualidade de formação através de competências técnicas e pessoais necessárias para o bom e capaz exercício profissional LG4 – Promoção da responsabilidade social Criar condições para o estímulo à responsabilidade social e empreendedorismo LG5 - Contribuição ativa para os desafios societais Atualização contínua da oferta formativa da ESTGA de modo a garantir a necessária contribuição para os desafios societais LG6 - Promoção da divulgação cultural e da atividade desportiva Fomentar dinâmicas que privilegiem a participação em atividades culturais, desportivas e humanistas em estreita relação com a cidade e com a região

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LG7 - Comunicação e partilha de informação Promover, de forma contínua, uma cultura de comunicação e partilha de informação internas LG8 - Valorização dos recursos humanos Promover a valorização do empenho e comprometimento institucional de docentes e do pessoal técnico administrativo e de gestão LG9 - Promoção da sustentabilidade Promover a sustentabilidade nas suas diversas vertentes: edificado, ambiental, energético, etc.

Desde logo, a ESTGA deve continuar a assumir como parte da sua missão a oferta de formações vocacionais, de formações técnicas avançadas, orientadas profissionalmente com o objetivo do seu reconhecimento externos, tanto pelos seus parceiros institucionais como pela comunidade em geral.

A afirmação da identidade da ESTGA deve assentar na exaltação dos valores e princípios subjacentes à sua criação no seio da Universidade de Aveiro e na sua genética geográfica, aprofundando a ligação à cidade de Águeda, à região e com as comunidades na qual está inserida.

A formação técnica e científica dos estudantes deve continuar a garantir elevados níveis de qualidade de formação e, concomitantemente, a adequação às competências técnicas e pessoais necessárias ao bom e capaz exercício profissional e as necessárias para a capacitação de cidadãos atentos e informados, no presente e as que se perspetivam necessárias num futuro próximo, com particular relevo para as associadas às atividades económicas e industriais dominantes na região na qual a ESTGA está inserida.

Hoje e amanhã, tal como no passado, a formação de cada estudante deve potenciar o seu desenvolvimento como cidadão completo, deve promover a educação integral através do estímulo à responsabilidade social e empreendedorismo, capacitando-o para um mundo em enorme transformação, e para o papel ativo que as sociedades contemporâneas impõem aos seus cidadãos.

A atualização contínua da oferta formativa da ESTGA, a identificação das áreas de formação e das respetivas competências técnicas e pessoais adequadas ao mercado de trabalho e às economias regional e nacional, incluindo as tipologias e níveis da oferta formativa, só pode desenvolver-se no âmbito de diversas e diferenciadas plataformas com parceiros institucionais, organizacionais e empresariais.

Neste sentido, a relação institucional da ESTGA e dos membros que compõem a Comunidade ESTGA com a região e o país, através dos seus decisores políticos e tecido empresarial, deve continuar a ser intensificada, promovendo, desta forma, a sua identidade e diferenciação.

A ESTGA do futuro deve promover a dinamização de atividades culturais, desportivas e humanistas, as quais, cada vez mais devem ocorrer em articulação com as organizações e entidades locais e reginais em prol e estreita interação com a comunidade envolvente, como está plasmado no seu Regulamento.

As organizações evoluem e desenvolvem-se assentes nas pessoas que as compõem e com a participação ativa e informada destas. Neste sentido, as estratégias de atuação nas várias vertentes da missão da ESTGA devem continuar a ser pensadas e implementadas baseadas na comunicação interna e partilha de informação.

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Só com o sentido de pertença a um coletivo e o reconhecimento institucional dos membros da Comunidade ESTGA como elementos ativos e atuantes é que é possível a concretização da missão da ESTGA.

A concretização da visão estratégica será operacionalizada através da caracterização das linhas de ação para o próximo quadriénio. As linhas de ação e medidas aqui propostas contribuem de um modo transversal para a prossecução das várias linhas estratégicas gerais.

Linhas de ação Após a identificação da missão da ESTGA e do diagnóstico atual nas suas vertentes da missão, apresentam-se as linhas de ação e, para cada uma, estabelecem-se os objetivos a alcançar através de um conjunto de medidas e ações operacionais que, em conjunto, permitam a concretização do programa de ação proposto. As linhas de ação que se preconiza neste programa estratégico são:

Tabela 6: Linhas de ação do programa de ação Linhas de ação EF - Ensino e formação CS - Cooperação com a sociedade ID - Investigação e desenvolvimento EO – Estrutura organizativa e funcionamento RH – Recursos humanos CC – Comunicação e cultura institucionais VE – Vivência na ESTGA

As linhas de ação aqui propostas associadas aos objetivos definidos e às medidas e às ações definidas em cada uma, permitirão implementar uma estratégia integrada e coerente de modo a potenciar o sucesso de cada uma das linhas gerais da visão estratégica deste programa de ação. O programa de ação aqui plasmado pretende ser um plano com fronteiras e linhas de ação dinâmicas de modo a que os vários intervenientes na vivência institucional da ESTGA possam contribuir ativa e eficazmente para a estratégia coletiva a implementar.

Ensino e formação Sendo a ESTGA uma escola do subsistema politécnico está, naturalmente, muito vocacionada para ter um papel particularmente relevante no âmbito do ensino e da formação, tanto dos jovens como da população ativa. Os desafios das sociedades contemporâneas e a imprevisibilidade futura do mercado de trabalho implicam uma permanente monitorização e análise da oferta formativa com o objetivo desta estar adequada a três eixos: mercado de trabalho presente e futuro, as competências técnico-científicas da ESTGA, em particular do seu corpo docente, e a atratividade dessa oferta junto dos diversos públicos a que se dirige.

O progresso tecnológico e a automação estão a moldar os mercados de trabalho, propiciando novas oportunidades às regiões e aos países, aumentando a produtividade e a criação de condições de trabalho flexíveis. Contudo, colocam em risco muitos postos de trabalho em alguns setores de atividade potenciando um futuro acentuar das desigualdades

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geográficas9. É, neste contexto, que a ESTGA deve continuar a ministrar uma oferta formativa que contribua para o desenvolvimento tecnológico da indústria e das organizações, com formações de base tecnológica atualizadas, sem descurar as formações que contribuam para a capacitação de profissionais para áreas de intervenção na economia baseadas nas ciências sociais, gestão e de comunicação.

Oferta formativa A análise e atualização da oferta formativa da ESTGA deve assentar num compromisso entre três eixos estratégicos: as necessidades do mercado de trabalho relativamente a formações profissionalizantes, as competências técnico-científicas e especialização do corpo docente (particularmente o corpo docente próprio), e a atratividade em termos da procura pelos estudantes (Figura 24). Quando o mercado de trabalho tem necessidades de curto prazo e localmente circunscritas, estas devem ser colmatadas privilegiando-se formações de menor duração uma vez que têm um caráter mais dinâmico. Neste âmbito, os CTeSP e cursos de curta duração e/ou formações em articulação com a UNAVE são as tipologias a privilegiar.

Há diversas áreas de formação emergentes que se têm mostrado mais pertinentes nas quais a ESTGA dispõe de competências técnico-científicas reconhecidas e que devem ser aprofundadas, tanto no eixo do ensino como da investigação orientada e desenvolvimento experimental, tais como: a gestão de recursos humanos e comportamento organizacional, gestão e sistemas de qualidade, robótica e automação industrial, assessoria e comunicação, gestão e sistemas de informação, etc. São áreas cada vez mais identificadas como estratégicas pelos empresários e gestores, às quais a ESTGA não pode ficar alheia e, na medida do possível, deve dar resposta. Neste sentido, a ESTGA deve identificar, sempre que necessário, outras unidades orgânicas, preferencialmente do subsistema politécnico, para a oferta de ciclos de estudos conjuntos, em particular cursos de mestrado.

A formação mais estruturante que pretende capacitar futuros profissionais para uma área de especialização profissional deve ser de curto e médio prazos, tendo uma base regional mais alargada. Esta formação, em regra, decorre de necessidades estruturais das empresas e da indústria da região e do país, devendo-se privilegiar os cursos de duração média e de níveis adequados à especialização e competências desejadas como os cursos de licenciatura e de mestrado. Neste âmbito, a ESTGA tem de estar atenta às necessidades do tecido empresarial de cursos de 2.º ciclo com forte orientação profissionalizante, mas mais curtos, nomeadamente com 60 ECTS, enquadrados pelo Decreto-Lei n.º 65/2018.

As competências e especialização do corpo docente são determinadas por duas dinâmicas na formação dos recursos humanos docentes: docentes a tempo integral de carreira e os docentes convidados. Se, por um lado, o corpo docente próprio é estável pela sua natureza e, neste caso, as competências técnico-científicas próprias são caraterizadoras da ESTGA como escola de formação superior, o conjunto de docentes convidados é dinâmico pelo seu próprio enquadramento jurídico, sendo uma mais-valia a vários níveis, como será referido mais à frente.

O eixo da atratividade é transversal aos outros eixos. De facto, não há uma Escola vocacionada para a formação sem estudantes. Por um lado, a atratividade dos cursos é um eixo fulcral porque sem estudantes não há futuros profissionais capacitados nas áreas de formação identificadas pelos empregadores e, por outro lado, a atividade docente só faz sentido com estudantes empenhados.

9 OECD (2018), Job Creation and Local Economic Development 2018: Preparing for the Future of Work, OECD Publishing, Paris, https://doi.org/10.1787/9789264305342-en

Figura 24: Eixos estratégicos para a oferta formativa

mercado de trabalho

corpo docente

atratividade/estudantes

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A atratividade da oferta formativa está diretamente relacionada com a diversidade de regimes de acesso ao ensino superior. Neste âmbito, a ESTGA, pela sua natureza e missão, tem captado diversos públicos desde o regime geral de acesso ao ensino superior, os concursos especiais e contingentes especiais. Contudo, perspetivam-se alterações a curto e médio prazos nomeadamente no acesso ao ensino superior dos titulares de ensino profissional.

A ESTGA tem de estar atenta às novas oportunidades de captação de novos públicos, nomeadamente aos oriundos do ensino profissional que poderão entrar nos 1.ºs ciclos em número superior. Certamente que este novo cenário colocará novos desafios em termos de estratégias de integração e acompanhamento destes novos públicos. A oferta formativa da ESTGA deve, também, ser atrativa para estudantes internacionais, em particular para a comunidade lusófona, como instrumento de diversificação de públicos. Neste âmbito, a estratégia de internacionalização da ESTGA, que é necessário aprofundar-se com objetivos diferenciados para as várias áreas de formação, deve estar devidamente articulada com a estratégica global de internacionalização da UA atendendo à sua oferta formativa e missão.

Metodologias de ensino e práticas pedagógicas A ESTGA caracteriza-se como uma escola de ensino de proximidade professor-estudante, em que as atividades letivas decorrem num ambiente propício ao desenvolvimento de competências técnicas e transversais. Esta característica identitária deve manter-se e, até, ser reforçada.

Do ponto de vista das metodologias de ensino, a ESTGA deve aprofundar o ensino baseado no Modelo de Aprendizagem Baseado em Projetos (MABP) nos 1.ºs ciclos de estudos de cariz tecnológico. Nos ciclos de estudos em que o MABP não seja adotado, deve continuar-se a implementar metodologias centradas no estudante, potenciando a análise crítica e a capacidade de pesquisa autónoma. Sendo tradição na ESTGA as aulas de cariz teórico-prático ou laboratorial, deve-se potenciar esta estrutura curricular com práticas pedagógicas que privilegiem, sempre que possível, os estudos de caso, trabalhos de projeto, a elaboração de relatórios, apresentações, etc. A estratégia pedagógica da ESTGA deve consolidar a característica identitária da ESTGA, acautelando a diversificação de práticas pedagógicas e metodologias de ensino de acordo com os diversos públicos, cursos e áreas de formação.

Paralelamente, a missão de ensino e formação da ESTGA deve reforçar o desenvolvimento de competências transversais, de liderança, cognitivas, de comunicação, ou na área da tecnologia digital cada vez mais identificadas como potenciadoras da empregabilidade e do sucesso profissional, facilitando a transição do estudante para o mercado do trabalho. O desenvolvimento destas competências deve ser propiciado pelos diversos ambientes de ensino-aprendizagem e das metodologias de ensino centradas no estudante (ver Figura 25), bem como pela integração de UC opcionais focadas no desenvolvimento destas competências.

A continuação e reforço da estratégia da diferenciação dos ambientes de aprendizagem para além do contexto de aula através de visitas de estudos, a participação dos estudantes em palestras e aulas abertas com profissionais de empresas ou organizações ou em workshops dedicados a uma temática técnico-científica, irá contribuir tanto para a motivação dos estudantes como para a aproximação dos temas e conteúdos científicos às práticas profissionais.

Outra característica que se deve manter e continuar a motivar é a existência de estágios curriculares em quase todos os cursos de formação da ESTGA. Neste ano letivo, apenas a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica não contempla estágio curricular nos planos de

Figura 25: Metodologias de ensino versus competências transversais

• Motivac ̧ão• Iniciativa• Compromisso

e ́tico estudos de caso

• liderança• gestão de conflitos• Influência/persuasão

trabalho de equipa

• Comunicac ̧ão escrita

• Tolerância ao Stress

• Recolha e tratamento de informac ̧a ̃o

elaboração de relatórios

• Assertividade• comunicação oral• Autoconfianc ̧a

apresentações

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estudos, sendo que, todos os restantes cursos CTeSP, licenciaturas e mestrado têm pelo menos um estágio curricular. Se, por um lado, a existência de estágios curriculares potencia a empregabilidade10, por outro, promove a atratividade dos cursos, como os questionários aos novos estudantes de 1.º ano, nos últimos anos em que foram aplicados, têm evidenciado. Outro aspeto não menos relevante, como analisado à frente, é que os estágios são instrumentos de aproximação da academia à sociedade e às organizações, nomeadamente colocando o corpo docente em permanente contacto com o mercado de trabalho.

Complementarmente, a adoção de metodologias de ensino centradas no estudante associadas a práticas pedagógicas diversificadas potencia a redução do abandono escolar e o aumento da eficiência pedagógica.

Do ponto de vista da monitorização da qualidade dos processos de ensino-aprendizagem, o SubGQ_UC - Subsistema para a Garantia da Qualidade das Unidades Curriculares e o SubGQ_curso - Subsistema para a Garantia da Qualidade dos Cursos são instrumentos privilegiados na monitorização da qualidade do ensino ao nível das unidades curriculares e dos cursos, propiciando diversos momentos para a análise e a proposta de ações de melhoria.

Organização pedagógica A ESTGA tem-se caracterizado pela convivência de diversas organizações curriculares no âmbito dos modelos pedagógicos que adota na sua oferta formativa, nomeadamente no âmbito das licenciaturas tecnológicas que adotam o MABP, e das licenciaturas que, não adotando este modelo, têm uma estrutura de horário modular por subperíodos letivos, além dos CTeSP que têm um calendário escolar próprio e dos mestrados que têm adotado, em regra, um modelo misto com horário modular semanal.

Com a reestruturação curricular decorrente do Processo de Bolonha, ocorrido no ano letivo 2007/08, a ESTGA tem adotado um calendário escolar com uma estrutura própria aplicável às licenciaturas e, mais recentemente, aos mestrados, o qual traduz as especificidades plasmadas no Regulamento de Estudos da ESTGA, subsidiário ao consagrado no Regulamento de Estudos da Universidade de Aveiro 11.

Contudo, tem-se verificado que a estrutura de calendário escolar assente na divisão pré-determinada dos semestres letivos em 3 subperíodos letivos e aplicável a todos os 1.º ciclos e mestrados, embora vantajosa nos cursos que adotam o MABP e para os anos curriculares com estágios, por vezes levanta alguns constrangimentos a outros cursos.

A ESTGA deve adotar uma organização pedagógica que permita manter a coesão institucional e organizacional, garantindo a diversidade de modelos pedagógicos pertinentes a cada tipo e nível de formação ministrada.

Neste sentido, entende-se que é necessária a promoção de uma discussão interna sobre a organização curricular, devendo-se adotar o calendário escolar da UA para as licenciaturas e mestrados, ou um calendário escolar próprio devidamente harmonizado com o calendário escolar da UA, garantindo-se os mecanismos internos e a flexibilidade de organização pedagógica adequadas a cada ciclo de estudos.

10 Silva, P; Lopes, B; Costa, M; Seabra, D; Melo, AI; Brito, E; Dias, GP. 2016. "Stairway to employment? Internships in Higher Education", Higher Education 72, 6: 703 - 721. 11 http://www.ua.pt/estga/PageText.aspx?id=4888

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Objetivos, medidas e ações – ensino e formação Tabela 7: Objetivos, medidas e ações – ensino e formação

Objetivos EF1 - Oferta formativa atualizada e atrativa nas várias tipologias de formação EF2 - Melhorar os indicadores de atratividade EF3 - Captação de estudantes com melhores classificações EF4 - Aumentar a captação de novos estudantes em novos públicos e regimes de acesso EF5 – Desenvolver uma estratégia de internacionalização da ESTGA, com objetivos diferenciados para as várias áreas da formação EF6 - Redução do abandono escolar EF7 - Aumento da eficiência pedagógica e a redução do insucesso escolar EF8 - Desenvolvimento de competências transversais EF9 - Organização pedagógica que potencie a coesão interna e a diversidade de modelos Pedagógicos Medidas e ações • Adotar um processo colaborativo de melhoria contínua que monitorize o nível de

adequação e ajustamento da oferta formativa, em particular relativamente às áreas estratégicas emergentes

• Avaliar e ponderar a oportunidade da criação de cursos de mestrado com 60 ECTS, ao abrigo do ponto 2, art.º 18 do Decreto-Lei n.º 65/2018

• Identificar e analisar regularmente eventuais novas formações ou áreas de formação de modo a otimizar a oferta formativa nos três eixos estratégicos

• Fomentar estratégias para a integração de novos públicos centradas nas comissões de curso e nas áreas científicas nucleares

• Promover o desenvolvimento de uma estratégia de internacionalização diferenciada por área de formação, mas articulada com a estratégia global da UA

• Monitorização e acompanhamento ativo dos processos de garantia de qualidade, nomeadamente em articulação com a Comissão de Análise e as direções de curso

• Potenciar o desenvolvimento de estratégias de monitorização do abandono escolar, em particular nos 1º anos curriculares, nomeadamente através do programa FICA

• Aperfeiçoar os modelos dos programas de tutoria nas licenciaturas e melhorar o modelo adotado nos CTeSP

• Promover seminários com apresentações dos trabalhos dos mestrandos durante e após dissertação/projeto/estágio dos 2.ºs anos curriculares

• Apoiar institucionalmente as atividades que promovam a ligação ao mercado de trabalho e o desenvolvimento de competências transversais, como visitas de estudos, workshops, concursos de ideias, etc.

• Potenciar o desenvolvimento de competências transversais no âmbito da estratégia da UA com a criação de UC vocacionadas para estas áreas

• Promover a discussão interna sobre a organização pedagógica dos ciclos de estudo • Promover uma discussão sobre o calendário escolar a adotar

Cooperação com a sociedade A linha de ação da cooperação com a sociedade engloba em si mesma diversas sublinhas de ação como a cooperação com a região e os seus atores institucionais, a cooperação com o tecido económico e social da região e do país, a cooperação para o desenvolvimento, ou a cooperação com os antigos alunos, entre outras. No entanto, pela sua própria natureza e enquadramento estatutário, a ESTGA dispõe de autonomia mitigada a vários níveis o que implica diferentes níveis de atuações nesta área.

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Contudo, no âmbito da sua missão, a cooperação com o concelho, a região e com os seus atores institucionais e a cooperação com o tecido económico e social assumem posições cimeiras e estratégicas.

Cooperação com o concelho de Águeda A localização geográfica da ESTGA não é um acaso. O concelho de Águeda e a região que a envolve caracterizam-se por uma significativa dinâmica económica e social assumindo-se com um dos principais focos do desenvolvimento económico do distrito de Aveiro e da região centro. É neste contexto que as entidades públicas da região e as organizações empresariais e instituições particulares de solidariedade social têm sido, e continuarão a ser, pilares estratégicos da consolidação e do desenvolvimento da ESTGA.

Desde logo, a Câmara Municipal de Águeda (CMÁgueda), como órgão executivo municipal, tem constituído um dos principais alicerces institucionais da ESTGA pela sua regular participação nas atividades da ESTGA, bem como pelo seu papel de interlocutor e facilitador entre a ESTGA e diversos atores da região e pela sua colaboração ativa e permanente. A ligação da ESTGA com a CMÁgueda deve ser alvo de um reforço e aprofundamento constantes, potenciando os efeitos sociais e económicos da localização privilegiada da ESTGA no centro geográfico da cidade de Águeda e no epicentro de uma região economicamente dinâmica. A linha de ação da cooperação com a CMÁgueda deve continuar a assentar no diálogo contínuo e regular dos seus interlocutores, estreitando as relações entre ambas as instituições, potenciando, desta forma, os resultados almejados por ambas.

Neste programa preconiza-se que a ESTGA como instituição agregadora e os seus membros (estudantes, docentes e pessoal técnico administrativo e de gestão) interajam de uma forma mais ativa e efetiva nas dinâmicas locais, nomeadamente com as diversas organizações locais e sendo utentes e utilizadores regulares dos serviços e meios disponíveis. Assim, pretende-se promover ações que potenciem uma maior integração da Comunidade ESTGA nas várias vertentes da vida concelhia e da região. Neste âmbito, a ESTGA e os seus membros deverão potenciar as suas atividades de formação, desenvolvimento experimental, culturais e/ou desportivas, através de uma estreita ligação com as estruturas que o concelho e a região já dispõem.

Devem adotar-se estratégias que potenciem a participação ativa da Comunidade ESTGA no Águeda Living Lab (ALL)12 tirando partido de um espaço tecnológico aberto à comunidade para o encontro de ideias, conhecimento, criatividade e inovação, no âmbito de atividades pedagógicas ou de desenvolvimento experimental. No âmbito da promoção do empreendedorismo e da inovação, a Comunidade ESTGA tem de ser incentivada a usufruir das condições existentes na Incubadora de Empresas de Águeda.

Ao nível pedagógico, a ESTGA deve aproveitar melhor a proximidade geográfica à Biblioteca Municipal Manuel Alegre situada a pouco metros do campus da ESTGA. Neste âmbito, há um grande potencial de aumentar as sinergias quanto à utilização de recursos bibliográficos e físicos. Ainda nesta linha, deve continuar-se a divulgar amplamente os Programa de Bolsas de Estudo para o Ensino Superior e o Programa de Apoio para Pagamento de Propinas da CMÁgueda para 10 estudantes matriculados na ESTGA e, se necessário reforçar estes programas.

A ligação à sociedade local deve alargar-se a outras instituições promovendo-se visitas formais às fundações do concelho de Águeda, e outras, para encetar uma estratégia de comunicação sistemática e de cooperação interinstitucional.

12 https://www.cm-agueda.pt/pages/609

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Cooperação com a região e o país A cooperação da ESTGA com a sociedade estende-se a colaborações com diversos parceiros institucionais e económicos no âmbito das suas atividades e da sua missão. Ao nível da missão de formação e ensino, a ESTGA deve intensificar as parcerias existentes que incidem, principalmente, ao nível dos programas de tutoria, de protocolos de estágios curriculares e, em particular, o programa de cooperação com o Grupo Jerónimo Martins ao nível da Gestão Comercial. Por um lado, estas parcerias têm resultado em claras mais-valias principalmente para os estudantes, nomeadamente numa melhor transição para o mercado de trabalho e, desta forma, potenciando a empregabilidade. Por outro lado, estas parcerias têm sido fundamentais na atualização e reestruturação contínuas da oferta formativa da ESTGA.

Contudo, neste plano de ação preconiza-se que estas parcerias sejam potenciadas para outras vertentes da missão da ESTGA. Em particular, deve-se adotar estratégias de participação ativa de profissionais com atividade empresarial e/ou organizacional que potenciem o trabalho conjunto ao nível da investigação orientada e do desenvolvimento experimental, bem como que fomentem a transferência de conhecimento e tecnologia através de prestações de serviço com a ESTGA ou outras unidades orgânicas e/ou de investigação, com a participação, sempre que adequada, de docentes e investigadores da ESTGA.

Neste contexto, a estrutura organizacional da ESTGA que cruza linhas de formação com áreas científicas nucleares, aliada a cursos que privilegiam a multidisciplinaridade, potencia uma maior cooperação com os parceiros, extrapolando-se as excelentes parcerias existentes para além da área do ensino e da formação. Têm particular relevância as parcerias existentes com associações locais e regionais como com a AIDA, a CIRA e a AEA, sendo estas âncoras da ligação da ESTGA à região. Estas interações têm de ser intensificadas e promovidas, nomeadamente através da participação mais ativa destes parceiros além dos programas de tutoria.

A parceria de cooperação de há alguns anos entre a ESTGA/UA e o Grupo Jerónimo Martins tem mostrado uma enorme dinâmica desde o seu início, culminado com a abertura do mestrado em Gestão Comercial no ano letivo 2017/18. Neste contexto, propõe-se a contínua monitorização deste ambicioso projeto de cooperação identificando novas oportunidades de trabalho conjunto e consolidando os projetos em curso. A ESTGA deve avançar para a consolidação do programa de prémios escolares que deve ser alargado também aos CTeSP, devendo-se encontrar parceiros que pretendam associar-se.

Uma linha de ação a incrementar é a ligação entre o corpo docente e os parceiros empresariais e, em particular, da indústria. Apesar de existir uma intensa e regular participação de empresas e organizações em diversas atividades da ESTGA, tanto ao nível pedagógico como de divulgação, é necessário intensificar-se a transferência de conhecimento e de tecnologia potenciando, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de investigação orientada.

De uma forma articulada, propõe-se consolidar um vasto plano de atividades que promovem a ligação ESTGA – empresas/instituições aos vários níveis. Por um lado, através de palestras, aulas abertas e seminários proferidos por técnicos e profissionais a operar nos parceiros organizacionais; por outro, através do apoio a atividades que promovam o contacto dos estudantes e docentes com o ambiente organizacional, tais como visitas de estudo, estudo de campo ou atividades de recolha de dados.

O aprofundamento da ligação da ESTGA com os vários atores económicos da região, além de aproximar a academia ao mercado de trabalho, é extremamente importante para a

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necessária adequação da oferta formativa às necessidades das empresas e instituições. Em particular, deve-se aprofundar uma cultura de consulta e integração de contributos dos parceiros no desenho e desenvolvimento de novos ciclos de estudos ou reestruturação dos existentes. Por outro lado, uma maior proximidade permitirá identificar necessidades de cursos de formação mais curtos e especializados que, em articulação com a UNAVE, a ESTGA possa contribuir para a sua implementação.

Outra linha de ação que é necessária aprofundar é a ligação da ESTGA, através nomeadamente dos seus docentes, às associações ou ordens profissionais e académicas; por exemplo, através do apoio institucional a eventos científicos, de divulgação ou formação, em áreas estratégicas para a ESTGA.

Objetivos, medidas e ações – cooperação com a sociedade Tabela 8: Objetivos, medidas e ações – cooperação com a sociedade

Objetivos CS1 – Reforçar a ligação da ESTGA com a cidade e com o concelho de Águeda CS2 – Fomentar o empreendedorismo e a inovação CS3 – Fomentar a utilização de recursos disponibilizados pela CMÁgueda e pelo concelho CS4 – Aumentar a participação conjunta da ESTGA e da CMÁgueda em projetos e em prestações de serviços CS5 – Potenciar as parcerias estratégias nas vertentes da transferência do conhecimento e da tecnologia CS6 – Reforçar as interações de parceiros empresariais/organizacionais do desenho de ofertas formativas Medidas e ações • Fomentar o diálogo contínuo e regular entre a ESTGA e a CMÁgueda, estreitando as

relações de cooperação entre ambas as instituições • Promover a participação em eventos como o Poliempreende e a divulgação da

Incubadora de Empresas da Região de Aveiro (IERA) e os seus polos, em particular a UA Incubator e a Incubadora de Empresas de Águeda

• Incentivar a participação dos membros da Comunidade ESTGA nas atividades de culturais e/ou desportivas, através de uma estreita ligação com as estruturas existentes no concelho

• Promover a utilização regular pelos membros da Comunidade ESTGA das estruturas municipais existentes como o Águeda Living Lab, Incubadora de Empresas de Águeda e a Biblioteca Municipal Manuel Alegre, identificando projetos e atividades adequadas

• Dinamizar e apoiar financeiramente projetos no âmbito das unidades curriculares de estágio/projeto das licenciaturas em estreita relação com a incubadora local

• Identificar os pivôs da ESTGA junto da CMÁgueda para as áreas consideradas estratégicas de interação

• Incentivar a participação de profissionais de empresas/organizações no âmbito das atividades letivas, nos júris de projetos e/ou estágios

• Promover o alargamento do programa de prémios escolares aos CTeSP • Apoiar e fomentar a realização de eventos técnicos realizados em parceria com

indústrias e outras organizações • Reforçar a estratégia que tem sido seguida de consulta e participação ativa dos

parceiros organizacionais no desenho e desenvolvimento de novos ciclos de estudos ou na reestruturação dos existentes, em particular a oferta de CTeSP

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• Identificar junto dos parceiros eventuais necessidades de cursos de formação especializados que, em articulação com a UNAVE, a ESTGA possa contribuir para a sua lecionação

• Reforçar a relação individual de docentes e institucional a associações ou ordens profissionais e académicas, nomeadamente através do apoio institucional a eventos científicos, de divulgação ou formação em áreas estratégicas para a ESTGA

Investigação e desenvolvimento Este programa de ação preconiza que esta vertente da missão da ESTGA deve estar intimamente ligada à vertente da cooperação com a sociedade e, em particular, na cooperação com o tecido económico e social da região e do país. É, com esta premissa, que se entende que a vertente da I&D se deve desenvolver, em grande medida, alavancada pelos contactos e parcerias existentes ou a estabelecer, de acordo com as diversas áreas de formação. Este é, de facto, um desígnio que deve ser aprofundado para uma melhor concretização da missão global na ESTGA. Naturalmente que, pela sua génese, a I&D deve estar, preferencialmente, orientada para as necessidades identificadas pela indústria e organizações parceiras, como na identificação de melhoria em processos e/ou serviços que carateriza o ensino superior politécnico.

Como já foi referido, a ESTGA deve potenciar a sua posição estratégica como escola politécnica simultaneamente próxima do tecido empresarial da região e dos centros e institutos de investigação da UA, criando valor acrescentado às relações entre as empresas/instituições e a academia. É, neste contexto, que a ESTGA deve reforçar o seu papel de charneira entre o tecido empresarial e organizacional e os centros e institutos de investigação da UA, potenciando também, desta forma, a transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade.

Uma vez que o corpo docente da ESTGA a tempo integral está consolidado quanto à sua formação pós-graduada, devem criar-se as condições para aumentar o número de docentes que integram os centros e os institutos de investigação da UA como membros integrados. A participação ativa e em plenitude dos docentes nos centros de I&D da UA, além de permitir o acesso a meios de financiamento das respetivas atividades de I&D (deslocações e a participação em conferências e congressos, etc.), promove o contacto direto com um universo de investigadores superior e, por conseguinte, permite a sua integração em grupos com maior massa crítica.

Do ponto de vista institucional, e respeitando a autonomia técnico-científica de cada docente ao nível da sua atividade de I&D, a ESTGA deve continuar a considerar prioritárias as atividades de I&D no âmbito das suas ACN, através de apoios de vários tipos: organizacionais, financeiros, etc. Contudo, a ESTGA e a sua direção devem estar atentas a áreas de formação emergentes e multidisciplinares dentro dos contornos da sua atuação que, pela sua contemporaneidade ou pelo seu reduzido desenvolvimento nos centros e institutos de I&D da UA, merecem particular apoio. Indica-se, a título de exemplo, áreas em domínios como a automatização e robotização do fabrico e da produção massificando-se a personalização na linha de produção; ou, a utilização de Big Data na Indústria 4.0 entre outros domínios da gestão de informação.

Não existindo espaços diretamente dedicados à I&D no campus da UA em Águeda, a ESTGA deve continuar a disponibilizar os recursos possíveis (espaços para bolseiros, etc.) e a utilização dos seus laboratórios para estas atividades e, encetar as diligências para que no campus da UA em Águeda sejam proporcionadas melhores condições para o desenvolvimento de atividades de I&D.

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Objetivos, medidas e ações – investigação e desenvolvimento Tabela 9: Objetivos, medidas e ações – investigação e desenvolvimento

Objetivos ID1 – Reforçar o papel da ESTGA entre o tecido empresarial e os centros e institutos de investigação da UA ID2 – Aumentar o número de docentes como membros integrados em centros de I&D da UA ID3 – Estabelecer dinâmicas ao nível da I&D a partir das parcerias de âmbito pedagógico ID4 – Melhorar as condições para as atividades de I&D no campus da UA em Águeda ID5 – Apoiar atividades de I&D em áreas de formação não cobertas pelos centros e institutos de I&D da UA, em particular áreas multidisciplinares emergentes Medidas e ações • Incentivar e apoiar os coordenadores das ACN para dinamizarem atividades de

divulgação e promoção de I&D de interesse para as respetivas ACN (ciclos de conferências, seminários e palestras)

• Promover a realização de atividades paralelas de networking agregadas a eventos de natureza pedagógica que ocorram com parceiros empresariais e/ou organizacionais

• Apoiar institucional e financeiramente a realização de eventos técnico-científicos na ESTGA ou dinamizados por docentes da escola

• Promover encontros entre a direção da ESTGA e os coordenadores das ACN com os dirigentes dos centros e institutos de I&D da UA pertinentes

• Reforçar as relações institucionais entre a ESTGA e os centros e institutos de I&D da UA

• Identificar espaços disponíveis para as atividades de I&D e sensibilizar os dirigentes da UA para a necessidade da criação de espaços no campus de Águeda para estas atividades

• Promover as relações e a comunicação dos docentes e ACN com as estruturas da UA dedicadas à difusão e acompanhamento da I&D, nomeadamente com o Gabinete de Apoio à Investigação (GAI)

Estrutura organizativa e funcionamento A estrutura organizativa da ESTGA e, nomeadamente, os seus órgãos, são definidos pelos Estatutos da UA e pelo seu regulamento. Contudo, a ESTGA e os seus membros devem participar em todos os processos que venham a ocorrer no âmbito da avaliação institucional da Universidade de Aveiro, processo que ainda não terminou, ou noutros que ocorram por iniciativa de órgãos de governo da Universidade. Contudo, e independentemente das dinâmicas que venham a surgir naqueles âmbitos, este programa de ação preconiza que a ESTGA deve adotar uma estrutura organizativa que alargue a participação regular de interlocutores da Câmara Municipal de Águeda, do meio empresarial e/ou institucional, associação empresariais, IPSS, etc., através de um conselho de cooperação e de estratégia, de natureza consultiva.

Do ponto de vista do funcionamento interno, preconiza-se uma continuada avaliação sobre a estrutura das áreas ACN de modo a que o conjunto destas áreas melhor correspondam à oferta formativa e ao corpo docente, sendo que, alterações nesta estrutura devem ser incrementais.

Adicionalmente, entende-se que se deve analisar a oportunidade e as vantagens da formalização de órgãos que têm reunido sem enquadramento regulamentar, como o

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conselho de coordenadores de ACN e o conselho de diretores de curso, nomeadamente a clarificação das suas competências e âmbitos de atuação, mesmo como órgãos consultivos.

Os serviços administrativos e de apoio técnico da ESTGA têm-se constituído verdadeiros alicerces das diversas atividades da ESTGA desde a sua criação. Apesar do seu subdimensionamento para as atuais funções, o PTAG em estreita articulação com os docentes tem levado a bom-porto o regular funcionamento da Escola. Contudo, verificam-se duas dificuldades que importa mitigar: o reduzido ou inexistente apoio às atividades formativas em horário pós-laboral, e a inexistência deste tipo de apoio aos laboratórios de informática e nas atividades desta área de formação (no ano 2019/20 com 1 curso de mestrado, 1 licenciatura e 2 CTeSP) e em todas as unidades curriculares da área, ministradas nos restantes cursos, que utilizam os laboratórios de informática.

Como já foi referido, apenas os SASUA e os SBIDM têm recursos humanos afetos em permanência ao campus da UA em Águeda. Este facto tem condicionado as atividades da ESTGA enquanto única unidade orgânica a funcionar neste campus. Neste sentido, entende-se que há a necessidade de sensibilizar em particular, os STIC para o necessário acompanhamento e monitorização do campus da UA em Águeda, tanto quanto às infraestruturas como na resolução de problemas do dia-a-dia.

Sendo a ESTGA uma UO da UA a funcionar em edifícios localizados fora do campus de Santiago em Aveiro, tem-se vindo a verificar a necessidade da existência de um espaço físico, mesmo que reduzido (gabinete com 2 a 3 secretárias), localizado no campus em Aveiro mais afeto à ESTGA. A disponibilização de um espaço deste tipo facilitará e promoverá melhores condições para os docentes ou o PTAG da ESTGA quando estes estão fisicamente em Aveiro, quer para reuniões (nos órgãos comuns da UA, no exercício de cargos de gestão ou coordenação, etc.), quer para as suas atividades de I&D que impliquem uma proximidade física de laboratórios ou outros meios apenas disponíveis no campus de Santiago (bibliografia, etc.).

Objetivos, medidas e ações – estrutura organizativa e funcionamento Tabela 10: Objetivos, medidas e ações – estrutura organizativa e funcionamento

Objetivos EO1 – Alargar a participação de representantes de instituições públicas e privadas, empresariais e/ou organizacionais na definição de políticas em matéria de cooperação entre a ESTGA e a região EO2 – Ajustar a estrutura organizativa à missão e funções da ESTGA EO3 – Melhorar o apoio às atividades formativas no horário pós-laboral EO4 – Promover a disponibilidade de apoio às atividades formativas da área de informática EO5 – Melhorar a intervenção dos serviços da UA no campus da UA em Águeda EO6 – Promover a melhoria das condições de permanência no campus de Santiago para os docentes e o PTAG quando se encontram em serviço em Aveiro Medidas e ações • Propor aos órgãos competentes a criação do Conselho de Cooperação e Estratégia, de

carácter consultivo • Promover a discussão interna conducente à apreciação da criação formal do Conselho

de Coordenadores de ACN e do Conselho de Diretores de Curso, ou outros órgãos e comissões

• Analisar a possibilidade de se flexibilizar os horários dos técnicos de apoio à oficina e aos laboratórios de eletrotecnia

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• Promover processos de melhoria contínua que permitam ajustar a atribuição de funções e competências ao PTAG, fomentando a sua motivação e a eficiência dos serviços

• Propor a adoção de medidas para a existência de apoio às atividades formativas da área de informática através da contratação de um técnico de informática ou a utilização de estudantes da bolsa de mérito

• Sensibilizar os dirigentes dos serviços para a necessidade da melhoria da sua intervenção no campus da UA em Águeda e, se possível, com a presença permanente de recursos humanos

• Diligenciar junto da Reitoria para a disponibilização de um espaço ESTGA no campus de Santiago

Recursos humanos As pessoas são os motores do sucesso de qualquer organização, ainda mais numa instituição vocacionada para a formação de jovens, na sua maioria, como a ESTGA, e cuja força motriz da sua missão são os docentes e o PTAG.

A direção da ESTGA deverá estar atenta às necessidades eventuais de ajustamento nas competências do PTAG, alinhando com as necessidades de serviço e vocação de cada elemento. Além disso, é imprescindível incentivar o PTAG para a sua qualificação e a frequência de formação, de modo a garantir o apoio técnico e administrativo adequado à missão e desafios da ESTGA.

Do ponto de vista do corpo docente, e uma vez que se encontra consolidado em termos da sua qualificação, há que promover outras vertentes da atividade docente como a cooperação com a sociedade, nomeadamente incentivando às prestações de serviço, e na vertente da investigação orientada e desenvolvimento experimental. A conjugação de um conjunto de fatores como o corpo docente relativamente jovem, recentemente qualificado, e a existência de relações estreitas e estratégicas com atores relevantes da economia e do tecido empresarial regional e nacional, torna muito verosímil e previsível o desenvolvimento a curto e a médio prazos destas vertentes.

A direção da ESTGA deverá potenciar esta conjuntura apoiando os docentes e criando um clima favorável ao seu desenvolvimento. Este apoio poderá assumir diversas formas no âmbito do serviço docente, licenças sabáticas e financiamento de ações em áreas de formação estratégicas para a acreditação de cursos.

Do ponto de vista da estrutura de recursos humanos docentes, a ESTGA, como as outras escolas politécnicas, tem um grande desafio nos próximos anos que é o de aumentar o número de especialistas, cujo limite mínimo no RJIES é de 35%. Como não é previsível um aumento significativo do número de docentes ETI nos próximos anos, e a estrutura atual comporta 31% de docentes convidados e 69% de docentes de carreira, o aumento dos atuais 9,3% de especialistas terá de ser conseguido através de duas ações:

• incentivar atuais docentes convidados que reúnam as condições para se submeterem a provas públicas;

• implementar uma estratégia de recrutamento de docentes convidados que privilegie especialistas ou profissionais com potencial de obterem o título a curto prazo;

• redução gradual das colaborações interdepartamentais, atualmente em cerca de 2,9 docentes ETI, substituindo-as por convidados especialistas, ou privilegiando-se as colaborações com as outras escolas politécnicas.

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Outro aspeto relevante a melhorar na estrutura do corpo docente é a distribuição por categoria. Atualmente, a ESTGA dispõe apenas de 4 professores coordenadores (e um concurso para professor coordenador em Gestão que está a decorrer) e de nenhum professor coordenador principal. Esta estrutura tem de ser gradualmente alterada no sentido da construção de uma pirâmide organizacional que tenda a dar resposta, por um lado, às recomendações da A3ES no âmbito dos processos de acreditação de cursos e, por outro lado, às naturais expetativas de promoção de docentes de carreira, bem como ao eventual recrutamento de novos docentes que se constituam uma mais-valia em áreas estruturantes.

Atendendo à diversidade de áreas de formação dos cursos e das unidades curriculares e, por conseguinte, também do corpo docente, ao que acresce uma significativa mobilidade e versatilidade de muitos docentes em termos científicos, deverá promover-se um exercício que consista na obtenção de uma distribuição de serviço docente de “base zero”. Na construção da DSD de base zero deve ter-se em consideração as preferências dos docentes relativamente às unidades curriculares nas quais se consideram qualificados a ministrar e têm interesse em fazê-lo, priorizando-se através de critérios baseados na avaliação de desempenho do RADUA e das avaliações no âmbito do SGQ.

A internacionalização de uma instituição encerra em si várias vertentes. Desde logo, deve-se promover a mobilidade internacional de docentes e de estudantes, aproveitando os programas e financiamento existentes, de modo a potenciar a internacionalização da investigação, o estabelecimento de redes de contactos com outros docentes e investigadores, assim como a partilha e o desenvolvimento de competências.

Objetivos, medidas e ações – recursos humanos Tabela 11: Objetivos, medidas e ações – recursos humanos

Objetivos RH1 – Fomentar a motivação dos docentes e PTAG RH2 – Organizar e melhor capacitar o PTAG para melhor contribuir para a missão da ESTGA RH3 – Promover a identificação de cada membro da Comunidade ESTGA em torno do projeto coletivo RH4 – Convergir a percentagem de especialistas para o limite mínimo de 35% previsto no RJIES RH5 – Evoluir para uma pirâmide de categorias mais ajustada ao RJIES e ao ECPDESP RH6 – Promover a mobilidade internacional de docentes e estudantes Medidas e ações • Incentivar e apoiar as atividades de I&D nas áreas estratégicas para a acreditação dos

cursos • Promover uma distribuição de serviço docente de “base zero” • Incentivar atuais docentes convidados à obtenção do título de especialista • Adotar uma estratégia de recrutamento que potencie a contratação de atuais

especialistas ou profissionais com um percurso suscetível de o obterem • Promover a qualificação e a formação contínua do PTAG • Promover a abertura gradual de lugares de professor coordenador e de professor

coordenador principal • Incentivar a mobilidade internacional de estudantes e do corpo docente, no âmbito

dos vários programas de intercâmbio existentes, reforçando as parcerias existentes e criando, quando relevante, novas parcerias

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Comunicação e cultura institucionais A adoção de uma estratégia integrada para a comunicação interna e externa associada à promoção da cultura e identidade institucionais, é fulcral em qualquer organização que tem subjacente uma missão e objetivos claros e ambiciosos.

Nos últimos anos, e devido à visão estratégica das direções precedentes, principalmente a comunicação externa, na qual se integram a divulgação e relações públicas, tem sido uma grande aposta, tanto em termos de investimento financeiro como em recursos humanos na promoção e realização de eventos e ações de divulgação.

Esta estratégia tem de ser continuada e aprofundada. Em particular ter dinâmicas e estratégias adaptadas aos vários meios de comunicação disponíveis, em particular aos novos meios como as comunidades digitais e redes sociais.

A capacidade e eficiência na comunicação para a sociedade do que fazemos e do que pretendemos vir a fazer, têm de ser continuamente melhoradas. Sendo a região de Aveiro e o norte litoral as principais áreas de captação de novos estudantes, devemos continuar a privilegiar as ações de divulgação e promoção com incidência nestas áreas. Em particular, manter a participação da ESTGA nas atividades para as quais é regulamente convidada a estar presente.

Outras ações a fomentar são as atividades em que a ESTGA se assume como promotora, com particular incidência naquelas que fomentam as interações entre a Comunidade ESTGA e empresas e/ou organizações, como por exemplo o Águeda Hub, o Dia Aberto da ESTGA ou formatos similares ou mistos.

Consideramos que os parceiros organizacionais da ESTGA devem ter um papel de destaque nas nossas ações, quando adequado, promovendo as sinergias entre ambas as organizações e fortalecendo as relações e a cooperação mútua.

A estratégia da comunicação nas suas várias vertentes deve assentar em algumas premissas:

• cada membro da Comunidade ESTGA alargada, estudante, docente e PTAG, atual e antigo, é um embaixador da ESTGA;

• na apropriação da missão da ESTGA como uma missão coletiva e individual de cada um dos seus membros.

A ligação aos antigos alunos deve ser alvo de uma maior atenção, nomeadamente tirando partido da informação disponível no SIGAAA - Sistema Integrado de Gestão de Acompanhamento de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro e fomentando a participação do NAE-ESTGA-AAUAv em atividades para eles direcionadas.

Para mais e melhores resultados coletivos e institucionais é necessário manter e aprofundar a cultura de partilha de informação interna com os membros da Comunidade ESTGA com interesse e intervenção potencial nas áreas da informação a divulgar, sempre numa perspetiva de grande abrangência, potenciando o espírito de grupo.

Os membros da Comunidade ESTGA devem estar devidamente informados de modo a melhor enquadrarem as decisões, mesmo que destas discordem ou preconizem outras alternativas. Desta forma será possível aprofundar a cultura identitária da ESTGA como comunidade educativa e científica.

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Objetivos, medidas e ações – comunicação e cultural institucionais Tabela 12: Objetivos, medidas e ações – comunicação e cultural institucionais

Objetivos CC1 – Promover a marca ESTGA CC2 – Aprofundar a estratégia de comunicação externa CC3 – Melhorar a comunicação e partilha de informação internas CC4 – Aprofundar e consolidar a ligação aos antigos alunos Medidas e ações • Promover a divulgação das atividades da ESTGA através de várias plataformas, sejam

institucionais ou informais • Dinamizar a organização de eventos de diversas índoles, com particular ênfase

naqueles que promovem a interação entre a Comunidade ESTGA e os parceiros organizacionais/empresariais

• Estabelecer uma dinâmica de partilha de informação relevante, nomeadamente entre órgãos colegiais da ESTGA e a Comunidade ESTGA

• Promover a participação dos antigos alunos em eventos e atividades como protagonistas ou em atividades a eles direcionadas

• Promover as comemorações do aniversário da ESTGA

Vivência na ESTGA Viver na ESTGA – estudar, trabalhar, conviver, crescer enquanto cidadão responsável – implica uma vivência plena que engloba espaços bem equipados, atuais, acolhedores, confortáveis e potenciadores de uma pertença em comunidade e dinâmicas culturais e desportivas, tirando partido dos meios que a UA oferece e, em particular, das condições do campus da UA em Águeda.

Neste sentido, é necessário intensificar-se as intervenções de requalificação do edificado adstrito à ESTGA, bem como dos restantes espaços do campus da UA em Águeda. Em particular, entende-se que seria muito profícua a adoção de uma política de abertura física do campus à cidade.

A direção da ESTGA deve diligenciar no sentido de sensibilizar a Reitoria para o facto de os edifícios atualmente destinados às atividades da ESTGA terem ocupações, sendo os espaços dedicados aos estudantes para o estudo individual, em grupo ou em projeto, insuficientes dada a dimensão e as atividades existentes. Neste sentido, é premente iniciar-se o planeamento de um novo edifício, tendencialmente polivalente, que acomode salas de estudo, miniauditório, espaços polivalentes, gabinetes para docentes entre outros espaços adequados e pensados à missão da ESTGA.

Esta vivência deve estar assente na visão de que o campus da UA em Águeda constitui ele próprio uma extensão física do campus de Santiago, bem como de todos os serviços e os meios disponibilizados pela UA. Assim, de modo a potenciar uma integração e usufruto em plenitude dos recursos da UA pelos docentes e PTAG, é importante que estes disponham de um local no campus de Santiago que possa ser usado nas suas deslocações oficiais a este campus.

As atividades não letivas devem ser incentivadas, nomeadamente as atividades desportivas e de bem-estar com a utilização mais regular do parque desportivo da ESTGA e de outras instalações desportivas municipais e da região. Adicionalmente deve promover a integração dos estudantes nos clubes e associações concelhias e regionais.

A plena vivência na ESTGA não pode deixar de incluir o acesso regular a atividades culturais, ora realizadas no campus, na cidade ou na região, com particular ênfase para o potencial

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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existente em Águeda, nomeadamente através dos equipamentos culturais existentes e da sua programação.

O quotidiano na ESTGA não pode estar dissociado de preocupações de sustentabilidade e de desenvolvimento sustentável. Estes aspetos devem estar presentes em todas as suas ações, letivas, de divulgação ou promoção, entre outras.

Associado aos valores de responsabilidade social e de cidadania, deve promover-se junto da Comunidade ESTGA uma conduta com uma postura positiva e ativa de envolvimento na promoção da missão da instituição e o cumprimento do Regulamento Disciplinar dos Estudantes da Universidade de Aveiro e os demais Códigos de Conduta e ou de Boas Práticas.

Naturalmente que o NAE-ESTGA-AAUAv é, e terá de ser, um parceiro fundamental da direção da ESTGA na prossecução destes objetivos, através um papel ativo, central e agregador dos estudantes.

Objetivos, medidas e ações – vivência na ESTGA Tabela 13: Objetivos, medidas e ações – vivência na ESTGA

Objetivos VESTGA1 – Promover o campus da UA em Águeda como uma extensão do campus de Santiago VESTGA2 – Melhorar as condições de conforto e de trabalho no edificado e no campus de Águeda VESTGA3 – Planear o aumento do espaço destinado à ESTGA VESTGA5 – Promover integração dos estudantes nos clubes e associações desportivas e c/ou culturais VESTGA6 – Promover uma cultura de cidadania ativa e responsável de todos os membros da Comunidade ESTGA Medidas e ações • Encetar diligências junto da Reitoria para a disponibilização de um espaço ESTGA no

campus de Santiago • Sensibilizar a Reitoria para a necessidade da reabilitação de espaços e a criação de

melhores condições de conforto • Sensibilizar a Reitoria para a necessidade do planeamento de um novo edifício

polivalente, eventualmente com a contribuição de mecenas regionais • Intensificar as relações com a CMÁgueda e as associações locais no sentido de uma

maior participação dos estudantes nas atividades desportivas e culturais • Promover e apoiar ações levas a cabo por IPSS ou outras potenciando a participação

ativa dos membros da ESTGA • Diligenciar junto dos vários membros da Comunidade ESTGA pelo cumprimento do

Regulamento Disciplinar dos Estudantes da UA e os demais Códigos de Conduta e ou de Boas Práticas

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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Conclusão O programa de candidatura aqui apresentado encerra em si a visão pessoal do candidato mas, certamente, está embebido de um acumulado de vários anos da vivência ativa na ESTGA. Contudo, é um programa no qual está plasmada uma visão estratégica que só ao candidato responsabiliza.

Como em qualquer organização, uma qualquer estratégia só será implementável e proporcionará os resultados desejáveis se for interiorizada e dela se apropriarem todos os que participarem na sua operacionalização ou sejam alvo de ações que dela decorrem. Assim, será imprescindível que, caso o candidato seja selecionado, o programa aqui preconizado seja alvo de discussão e ajustamentos na sequência de uma participação ativa de todos e, em particular, dos órgãos da ESTGA, e de atualizações decorrentes de alterações legislativas ou organizacionais.

Ciente de que este é um programa ambicioso, estou convicto que a ESTGA se agregará a um sentimento de pertença que potenciará a implementação desta estratégia.

Águeda, 7 de maio de 2019

(Marco André da Silva Costa)

programa de candidatura a diretor da ESTGA de Marco Costa, maio de 2019

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Anexos

Tabela 14: Número de estudantes inscritos ao curso pela 1ª vez por curso de licenciatura

curso

2007/08

2008/09

2009/10

2010/11

2011/12

2012/13

2013/14

2014/15

2015/16

2016/17

2017/18

2018/19

TI 53 50 47 31 33 34 15 19 34 29 28 38

GPA 45 46 43 30 16 14 10 17 20 22 22 22

GC -- -- -- -- -- -- 32 31 33 35 38 36

EEL -- -- -- -- -- -- 25 23 25 18 32 25

GQ -- -- -- -- -- -- -- -- 29 27 28 31

SCE -- -- -- -- -- -- -- -- -- 26 29 26

Total 98 96 90 61 49 48 82 90 141 155 175 178

Tabela 15: Número de estudantes inscritos ao curso de licenciatura de 2007/08 a 2018/19.

curso

2007/08

2008/09

2009/10

2010/11

2011/12

2012/13

2013/14

2014/15

2015/16

2016/17

2017/18

2018/19

TI 78 109 138 133 126 110 94 77 85 98 105 106

GPA 201 166 157 131 98 73 55 51 59 66 70 75

GC -- -- -- -- -- -- 104 108 114 118 119 113

EEL -- -- -- -- -- -- 142 103 98 91 95 95

GQ -- -- -- -- -- -- -- -- 82 86 89 90

SCE -- -- -- -- -- -- -- -- -- 83 82 76

Total 279 275 295 263 224 183 394 339 435 539 556 555