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Page 1: Programa Joaquim Nabuco - STF€¦ · VISITA AO CENTRO DE MEDIAÇÃO DE PEDRAS BRANCAS, NOS ARREDORES DE MONTEVIDEU Uruguai, 15 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Programa Joaquim Nabuco 1

ProgramaJoaquim Nabuco

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Programa Joaquim Nabuco 3

PROGRAMA JOAQUIM NABUCO

- SERVIDORES 2º/2011 -

1 SUPERVISORA:

Nayse Hillesheim

Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência

E-mail: [email protected]

Interno: + 55 XX (61) 3217-4012

2 COORDENADOR:

Erismar Souza Freitas Filho

Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência

E-mail: [email protected]

Interno: + 55 XX (61) 3217-6505

3 SERVIDOR INTERCAMBISTA

Nome: Ana Claudia de Oliveira Abath

Nacionalidade: Brasileira

Tribunal de origem: Supremo Tribunal Federal

Período: 11 de setembro até 24 de setembro de 2011

E-mail: [email protected]

Alocação: Suprema Corte de Justicia do Uruguay

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Programa Joaquim Nabuco 4

ÍNDICE

CHEGADA A MONTEVIDÉU .............................................................................................................................................. 5

REUNIÃO COM DR. FERNANDO TOVAGLIARE .......................................................................................................... 6

REUNIÃO COM DR. RAÚL OXANDABARAT ................................................................................................................ 8

REUNIÃO COM O REPRESENTANTE DA CEJU – CENTRO DE ESTUDOS JUDICIAIS DO URUGUAI ......10

VISITA AO CENTRO DE MEDIAÇÃO DE PEDRAS BRANCAS, NOS ARREDORES DE MONTEVIDEU .....11

VISITA À PRÓ-SECRETARIA LETRADA ADMINISTRATIVA ....................................................................................13

VISITA À VARA DE FAMÍLIA .............................................................................................................................................15

VISITA GUIADA AO PALÁCIO LEGISLATIVO DO URUGUAI .................................................................................16

VISITA A UM CENTRO DE MEDIAÇÃO, NOS ARREDORES DE MONTEVIDÉU, PARA ASSISTIRMOS A UMA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO.............................................................................................................................17

REUNIÃO FINAL COM O DR. FERNANDO TOVAGLIARE ......................................................................................20

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Programa Joaquim Nabuco 5

CHEGADA A MONTEVIDÉU

Uruguai, 11 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Eu, Ana Cláudia de Oliveira Abath, e Patrícia Viana F. Silveira, servidoras do Supremo Tribunal Federal, fomos recepcionadas no aeroporto Carrasco, em Montevidéu, pela servidora do Departamento de Relações Públicas e Protocolo da Suprema Corte de Justiça do Uruguai, Senhora Ethel Mercadal.

Durante o percurso do aeroporto ao hotel, a Senhora Ethel Mercadal foi mostrando-nos os bairros de Montevidéu. Após ter nos deixado nos hotéis respectivos, tivemos o resto do dia livre.

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Programa Joaquim Nabuco 6

REUNIÃO COM DR. FERNANDO TOVAGLIARE

Uruguai, 12 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Às 14h, a servidora do Departamento de Relações Públicas e Protocolo da Suprema Corte de Justiça do Uruguai, Senhora Ethel Mercadal, veio nos buscar no Hotel Balmoral – este hotel situa-se a poucos metros da Suprema Corte de Justiça – para que tivéssemos nossa primeira reunião com o Secretário Letrado da Corte, o senhor Dr. Fernando Tovagliare.

O Dr. Tovagliare nos recebeu com muita atenção e fez-nos uma explanação sobre a competência da Suprema Corte de Justiça e sobre as funções da sua Secretaria.

Esclareceu-nos, o Dr. Tovagliare, que a Suprema Corte de Justiça do Uruguai é um órgão único e colegiado, integrado por cinco Ministros. A designação dos Ministros de dá em Assembléia Geral, em reunião das Câmaras do Parlamento.

Havendo vacância para o cargo de Ministro, a Assembléia Geral deve pronunciar-se dentro de 90 dias sobre quem preencherá o cargo. Caso não se pronuncie, tornar-se-á automaticamente Ministro da Suprema Corte o mais antigo dentre os Membros dos Tribunais de Apelação.

Falou-nos o Dr. Tovagliare sobre as competências da Suprema Corte de Justiça do Uruguai. Quanto às funções jurisdicionais, há dois tipos: competência derivada e competência originária e exclusiva.

A competência derivada refere-se a um processo iniciado perante um tribunal inferior. Quando as partes impugnam a sentença, o fazem através de recursos de cassação ou de revisão. O recurso de cassação é um recurso cuja finalidade é a obtenção de um novo exame da sentença de segunda instância que se considera incorreta do ponto de vista jurídico. O recurso de revisão tem como finalidade obter a revogação de uma sentença revestida da qualidade de coisa julgada.

A competência originária e exclusiva refere-se ao fato de a Corte ser o único órgão que pode, por exemplo, julgar os membros da Câmara de representantes e Senadores, o Presidente e Vice-Presidente da República, os Ministros de Estado, os membros da Suprema Corte de Justiça, dos Tribunais do Contencioso Administrativo, do Tribunal de Contas e da Corte Eleitoral por haver incorrido em violação à Constituição. Constitui, também, uma das competências de maior relevância a Suprema Corte analisar se uma lei contradiz o estabelecido na Constituição.

Para estabelecer a inconstitucionalidade de uma lei admitem-se três vias:

• Via da ação - que é aquela em que a pessoa que se considera lesada vai diretamente à Suprema Corte de Justiça solicitar declaração de inconstitucionalidade de uma lei. • Via de exceção - que é quando uma das partes aduz como defesa que uma lei, relacionada com o assunto de que se trata, é inconstitucional. O juiz deve suspender o procedimento e levá-lo à Corte para que decida, unicamente, sobre o pedido de inconstitucionalidade. • Via de ofício - que é quando um juiz, durante um processo, tem que aplicar uma lei que considera inconstitucional. Tem de levá-la à Suprema Corte para que essa se pronuncie a respeito.

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Programa Joaquim Nabuco 7

A diferença entre a via de exceção e de ofício é que na de ofício não há solicitação das partes, sendo o próprio juiz quem estabelece de ofício a questão da adequação de uma lei à Constituição.

Além dos assuntos abordados acima, o Dr. Tovagliare nos mostrou o organograma da Suprema Corte de Justiça do Uruguai, explicando-nos o seu funcionamento.

Em seguida o Dr. Tovagliare nos levou para conhecer as dependências da Suprema Corte de Justiça, que, hoje, tem sede no Palácio Píria, em pleno centro de Montevidéu.

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Programa Joaquim Nabuco 8

REUNIÃO COM DR. RAÚL OXANDABARAT

Uruguai, 13 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Às 14h, a servidora do Departamento de Relações Públicas e Protocolo da Suprema Corte de Justiça do Uruguai, Senhora Ethel Mercadal, veio nos buscar no hotel Balmoral para termos uma reunião com o Dr. Raúl Y. Oxandabarat.

O Dr. Raúl Y. Oxandabarat é o Diretor da Divisão de Comunicação Institucional da Suprema Corte de Justiça do Uruguai.

O Dr. Raúl nos disse que:

• Há na Suprema Corte de Justiça do Uruguai duas Secretarias Letradas e duas Secretarias Administrativas; • A Suprema Corte se reúne em Acordo – daí a reunião dos Ministros chamar-se “Acordo” - ordinário, em princípio três vezes por semana, e extraordinariamente, desde que a convoque um de seus Membros; • Da reunião dos Ministros, depois das deliberações necessárias, adotam-se as resoluções sejam administrativas ou jurisdicionais; • Consta do Regimento Interno da Suprema Corte de Justiça do Uruguai que a SCJ não poderá funcionar com menos de três Membros. Para ditar sentença interlocutória bastará a presença de três Membros com voto unânime; • Há uma Secretaria de Atas na qual se guardam as atas resumidas do Acordo ou da Audiência, conforme a instância em que ocorre. O artigo 102 do Código Geral de Processo uruguaio é que normatiza a ocorrência dessa Ata resumida. Não, sendo, portanto, necessário o registro detalhado do ocorrido dentro da reunião; • Na Suprema Corte há um sorteio da ordem em que os Ministros estudarão o processo e sempre quem redigirá o Acordo é o último Ministro da ordem sorteada; • Se de um lado as audiências de controle de constitucionalidade são públicas, no âmbito da Suprema Corte, por outro lado, os Acordos são privados.

Expliquei ao Dr. Raúl o procedimento adotado no âmbito da Seção de Transcrição e Revisão do Supremo Tribunal Federal quanto ao registro de cada julgamento de cada processo, dizendo-lhe que registramos em detalhes o que ocorre para cada processo: esclarecendo sobre a feitura dos votos orais, dos registros no protocolo e posterior envio eletrônico dos votos para os Gabinetes e envio eletrônico do histórico de cada processo para a Coordenadoria de Acórdãos.

AUDIÊNCIA NA 1ª INSTÂNCIA CIVIL DO 3º TURNO

Após a reunião com o Dr. Raúl, fomos assistir a uma audiência na 1ª Instância Civil do 3º Turno. O Juiz titular desta Vara é o Dr. Edgardo Ettlin.

Nesta audiência observei, pela primeira vez, no Uruguai, a atuação da figura do “receptor”, isto é, a pessoa para a qual o juiz vai ditando o que se passa na audiência e que tem por responsabilidade confeccionar a ata resumida da audiência.

Como sou Taquígrafa no âmbito do Supremo Tribunal Federal, interessei-me, desde o princípio de nosso intercâmbio no Uruguai, em como se dá o registro dos julgamentos, seja nas instâncias inferiores ou na Suprema Corte de Justiça. Disseram-me que há vezes em que o(a)

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Programa Joaquim Nabuco 9

Juiz(a) dita e o(a) receptor(a) digita, e, outras em que o(a) receptor(a), por estar em estreita ligação com o Juiz(a) e conhecer profundamente o modo em que se opera a Audiência, faz, a seu modo, o resumo.

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Programa Joaquim Nabuco 10

REUNIÃO COM O REPRESENTANTE DA CEJU – CENTRO DE ESTUDOS JUDICIAIS DO URUGUAI

Uruguai, 14 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

O Senhor representante da CEJU nos esclareceu que a CEJU é a “Escola Judicial” do País, isto é, é um centro educativo especializado na formação dos aspirantes a juízes e de capacitação dos juízes na carreira.

Disse-nos que a CEJU está incluída dentro da estrutura do Poder Judiciário e que depende diretamente da Suprema Corte de Justiça do Uruguai e que conta com autonomia técnica. Existe um grupo de profissionais, juízes, advogados, psicólogos, comunicadores, docentes da CEJU que assessoram a instituição nas atividades acadêmicas de investigação e consultoria.

A CEJU assume toda a tarefa de capacitação, cooperação e assessoramento que lhe encarrega a Suprema Corte de Justiça do Uruguai, sendo que o seu objetivo principal é a capacitação especial e específica dos advogados que aspiram ingressar na carreira judicial. Dita capacitação se realiza mediante um curso que tem duração de dois anos. A finalidade do curso de formação inicial é preparar o aspirante para o exercício da função que deverá cumprir em seu futuro como juiz.

Há um processo público de seleção dos aspirantes. Os requisitos formais para inscrição são: ser advogado, não haver sido reprovado em mais de três matérias durante o curso universitário e ter entre 25 e 45 anos de idade.

O processo de seleção dos aspirantes a realizar o curso de formação se desenvolve em diversas etapas, cada uma tem caráter eliminatório. Ao final do processo de seleção, há uma lista, com os trinta melhores classificados. E ao final do curso de formação, também é confeccionada uma lista com a classificação final que é remetida à Suprema Corte de Justiça.

Atualmente o Uruguai possui 424 juízes.

AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE JULGADO LETRADO NO CIVIL DO 3º TURNO

Após a reunião na CEJU, fomos assistir a uma audiência cuja Juíza era a Dra. Cláudia Kelland.

Novamente pude observar o trabalho de registro da audiência pelo receptor, com vistas à confecção da Ata de julgamento.

Após a Audiência, a Dra. Cláudia nos explanou sobre a dinâmica dos julgados da primeira instância até a chegada à Suprema Corte de Justiça do Uruguai e sobre o papel dos Juízes no âmbito da Justiça do Uruguai.

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Programa Joaquim Nabuco 11

VISITA AO CENTRO DE MEDIAÇÃO DE PEDRAS BRANCAS, NOS ARREDORES DE MONTEVIDEU

Uruguai, 15 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Às 9h da manhã nos encontramos com a Senhora Ethel Mercadal, servidora do Departamento de Relações Públicas e Protocolo da Suprema Corte de Justiça do Uruguai, e com a Dra. Cecilia Tejera, ex-Coordenadora dos Centros de Mediação do Poder Judiciário do Uruguai, para irmos a um centro de Mediação nos arredores de Montevidéu.

Lá, ficamos sabendo que, em fevereiro de 1996, a Suprema Corte de Justiça entendeu conveniente iniciar uma experiência piloto de mediação cuja finalidade maior é mediar os conflitos que, de forma voluntária, sejam postos pela partes à consideração dos mediadores. Os mediadores, por sua vez, devem promover a confiança na mediação como mecanismo de solução de conflitos.

Quando se tem um problema com outra pessoa, com um vizinho, na família, no trabalho, muitas vezes não se sabe como proceder. A Mediação é um caminho para buscar respostas e para solucionar amigavelmente um conflito, sem necessidade de se ir a juízo.

Mediante um procedimento flexível, com assessoramento de um mediador, pode-se abrir instâncias de diálogo e entendimento com vistas a resolver problemas. O mediador é um técnico capacitado para escutar e guiar as partes envolvidas no conflito, para que amigavelmente solucionem suas diferenças.

Atualmente os bairros de Piedras Brancas, Euskal-Erria, Cerro, Cerrito e Ciudad Vieja, contam com um Centro de Mediação.

Ao longo de onze anos de funcionamento, o programa tem tido uma aceitação muito favorável por parte dos usuários do Serviço. Resulta em uma via de acesso à Justiça, permitindo a resolução de conflitos, pois os princípios básicos que regem os Centros de Mediação são voluntariedade das partes, legalidade, gratuidade, confidencialidade, neutralidade, entre outros.

É importante destacar que os Centros de Mediação prestam um serviço de relevância a uma população constituída fundamentalmente por pessoas de escassos recursos, pois os cinco Centros de Mediação atendem a realidades sociais e culturais diferentes, todos situados em bairros populosos, com carências de recursos econômicos.

Este serviço de Mediação do Poder Judiciário é um processo que se realiza atualmente somente na Capital do Uruguai, Montevidéu.

REUNIÃO COM O DR. FERNANDO TOVAGLIARE.

Às 14h, a Senhora Ethel, como de costume, nos buscou no hotel para que fossemos nos reunir com o Dr. Fernando Tovagliare. Na reunião, ficou acordado que iríamos, naquela tarde, ao Departamento de Jurisprudência e que, depois, iríamos falar com o Senhor Carlos Alles, Secretário da SCJ.

REUNIÃO COM A DRA. PILAR BEÑAIZAN

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Programa Joaquim Nabuco 12

A Dra. Pilar é a responsável pelo Departamento de Jurisprudência da Suprema Corte de Justiça do Uruguai.

A Dra. Pilar nos disse que o Departamento de Jurisprudência compila toda a jurisprudência dos Tribunais do Uruguai.

A Dra. Pilar nos demonstrou, por computador, uma pesquisa na Base de Jurisprudência Nacional, explanando-nos a respeito do modo como tal pesquisa se processa: palavras-chaves, etc.

REUNIÃO COM O DR. CARLOS ALLES.

O Dr. Carlos Alles é responsável pela seção de liberdades penais.

A Suprema Corte de Justiça é o órgão competente para conceder o benefício da liberdade antecipada e da liberdade condicional. Quando há sentença condenatória e a pessoa encontra-se presa, pode ser outorgada pela Suprema Corte de Justiça a liberdade antecipada. Quando não é concedida a liberdade antecipada, somente recuperará a liberdade definitiva quando se cumprir a totalidade da pena.

Nos casos em que no momento da sentença o réu se encontra em liberdade provisória, envia-se um expediente à Corte Suprema que decide se a pessoa continua em liberdade, que se denomina condicional, ou se a reintegra ao cárcere.

Tanto a liberdade antecipada como a condicional estão sujeitas ao bom comportamento da pessoa e a existência de prognósticos criminais favoráveis.

A Suprema Corte de Justiça também tem a competência para extinguir a pena mediante o instituto da graça.

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Programa Joaquim Nabuco 13

VISITA À PRÓ-SECRETARIA LETRADA ADMINISTRATIVA

Uruguai, 19 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Reunimo-nos com o Dr. Tovagliare para definirmos a pauta que seguiríamos na segunda semana de intercâmbio na Suprema Corte de Justiça do Uruguai.

Ficou acertado que naquela tarde falaríamos com a Dra. Rosario Real, Pro-Secretária responsável pela seção que cuida do controle disciplinar dos juízes e pela seção de trâmite das extradições no âmbito da Justiça do Uruguai e que iríamos depois falar com Assessores de um Ministro. Falou-nos o Dr. Tovagliare que haveria uma palestra no final do dia, sobre a priorização da saúde e que se fosse do nosso interesse, poderíamos ir.

REUNIÃO COM ROSÁRIO REAL

A princípio, a Prosecretária Rosário Real falou-nos sobre a responsabilidade do seu setor no que tange à administração do controle disciplinar dos juízes. O órgão competente para aplicar sanções aos juízes é unicamente a Suprema Corte de Justiça. É necessário, no entanto, para a aplicação de qualquer sanção, que se realize previamente um procedimento administrativo para efeito de determinar-se a existência de responsabilidade.

Os processos disciplinares podem ocorrer por denúncia, isto é, qualquer pessoa pode formular a denúncia, devidamente fundamentada, com finalidade de que se inicie um processo administrativo disciplinar a determinado magistrado. Primeiramente, faz-se uma investigação administrativa para determinar se houve conduta indevida. Caso haja, se inicia o procedimento disciplinar. Faz-se então um expediente para que o magistrado se defenda. Após o exame do processo, a Corte determina se existe mérito para a aplicação de uma sanção, ou não. Se a investigação administrativa conclui que não houve falta cometida pelo magistrado, não há procedimento administrativo.

Fica a cargo também desta seção o controle das aposentadorias dos magistrados. Como o cargo de magistrado não é vitalício, sua aposentadoria pode se dar por:

• Limite de idade: todo membro do Poder Judiciário aposenta-se do cargo ao completar setenta anos de idade. Caso particular é o dos Ministros da Suprema Corte de Justiça que se aposentam também quando completam dez anos de exercício no cargo, se não completaram primeiro os setenta anos de idade. • Ato voluntário do magistrado, para exercer um cargo incompatível com o exercício da magistratura; • Por renúncia; • Por problemas de saúde também se dá a aposentadoria do magistrado.

Após conversarmos sobre os assuntos acima citados, a Dra. Rosário Real nos levou a seção que trata de extradições.

Nesta seção ficamos a par de um problema que lhes aflige. Como lidam diretamente com as extradições, queixaram-se de que não recebem, nos processos de extradição solicitados pelo Brasil, a carta rogatória. Sempre falta algum documento nos processos que o Brasil envia ao Uruguai, no que tange às extradições.

REUNIÃO COM AS DRAS. LAURA BARBIERI E MARIA DEL CARMEN GONZALEZ.

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Programa Joaquim Nabuco 14

As Dras. Laura Barbieri e Maria Del Carmen são assessoras de Ministro da Suprema Corte de Justiça do Uruguai.

Conversamos com as Dras. Laura e Maria Del Carmen a respeito dos procedimentos no que ser refere aos votos dos Ministros; quanto ao trâmite desses votos até que se chegue ao Acordo (reunião dos Ministros).

Disseram-nos que há um sorteio da ordem em que os Ministros irão estudar o assunto tratado em cada processo. Seus assessores elaboram o voto pertinente ao assunto tratado. Debatem a respeito do voto com os Ministros. Chega-se assim ao voto daquele Ministro. O assessor do primeiro Ministro, sorteado para estudar o processo, coloca o voto em uma pasta e envia esta pasta ao assessor do segundo Ministro que procede da mesma forma, elaborando o voto e enviando a pasta contendo o voto do primeiro e do segundo Ministros sorteados para o assessor do terceiro Ministro. Faz-se assim até chegar ao último Ministro. O último Ministro, depois da elaboração de seu voto, verifica se há desacordo entre os votos, pois se tiverem a mesma opinião, não haverá Acordo (reunião dos Ministros) para aquele caso. Só haverá Acordo se não houver unanimidade de votos. O último Ministro será o Relator do processo.

Na reunião dos Ministros não se registram os debates. Há uma Secretária de Atas, que elabora a Ata resumida da sessão.

PALESTRA SOBRE O TEMA: PRIORIZAÇÃO EM SAÚDE.

Às 18h30min fomos assistir à palestra sobre o tema: priorização em saúde.

Disse o palestrante que, nos sistemas de saúde, o médico quer aliviar a dor do paciente, mas que quando entra em jogo a figura do pagador, não importa mais a dor do paciente. O economista, por exemplo, está preocupado com a questão: vale a pena pagar por essa intervenção? E o estatístico, por sua vez, preocupa-se com o “funciona?”.

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Programa Joaquim Nabuco 15

VISITA À VARA DE FAMÍLIA

Uruguai, 20 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Fomos, com a Senhora Ethel, à Vara de Família.

Fomos recepcionadas por uma atuária que nos disse que nessa Vara há dois juízes e três atuários. Os atuários têm como função cuidar de toda a parte administrativa da Vara, além de controlar os expedientes e seus funcionamentos. Disse-nos que quando um juiz dita uma sentença, há 15 para se fazer a comunicação, a pessoa tem 30 dias para contestar. Quando esse prazo vence, vai para o juiz.

Fomos assistir a uma audiência que estava ocorrendo naquele momento lá. A Juíza era a Dra. Alice Alvares.

O que mais me chamou a atenção nessa audiência foi novamente a figura do receptor, que, à medida que vai transcorrendo a audiência vai registrando, com a finalidade de confeccionar a Ata resumida da audiência.

O aspecto inovador, nesta Vara, foi o fato de haver um monitor voltado para as parte e para dos advogados das partes. Neste monitor tudo o que o receptor vai digitando fica disponível para a leitura dos advogados e suas partes no momento em que está sendo digitado.

Mais tarde, conversando com a Juíza Alice Alvares, ela nos disse que esse sistema de haver um monitor voltado para as partes e seus advogados foi instituído pelo Colégio de Advogados, aumentando, assim, a transparência dos julgados.

Foi-nos ofertando um lanche, em que estiveram presentes vários funcionários da Vara, os dois receptores, os atuários, a juíza. Nesse lanche expliquei-lhes como funciona a Seção de Transcrição e Revisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil no que tange à confecção dos votos orais e posterior envio aos Gabinetes dos Ministros.

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Programa Joaquim Nabuco 16

VISITA GUIADA AO PALÁCIO LEGISLATIVO DO URUGUAI

Uruguai, 21 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Às 14h, fomos ao Palácio Legislativo. Ele é um monumento histórico nacional. Sua construção começou em 1908 e terminou em 1925. É considerado, pelo seu valor arquitetônico e pelos materiais utilizados em sua construção, o edifício mais importante do País. Foram utilizados, em seu interior e exterior, mármores, granitos, pórfiros e basaltos uruguaios.

Na entrada principal do Palácio está a primeira Constituição Nacional.

Dois grandes vitrais coroam as entradas das Antecâmaras de Senadores e Deputados, representando “A Justiça” e “O Trabalho”.

Um funcionário do Palácio Legislativo nos acompanhou durante todo o percurso da visita. Ele foi-nos guiando por todos os salões do Palácio e nos explanando a respeito das peculiaridades do Poder Legislativo uruguaio.

Disse-nos o funcionário que o Poder Legislativo está composto por duas Câmaras e é exercido pela Assembléia Geral, que é presidida pelo Vice-presidente da República. A Câmara dos Senadores é integrada por 30 Senadores e pelo Vice-presidente da República, que tem voz e voto e exerce sua presidência. A Câmara dos Representantes é composta por 99 Deputados que representam os 19 departamentos nos quais está dividido o País. Sua presidência é exercida anualmente por um Representante eleito entre eles.

Fomos também à Biblioteca do Poder Legislativo. Esta biblioteca é considerada a segunda biblioteca pública do País em importância, tem mais de 250.000 volumes que incluem todos os temas. Sua decoração e sue mobiliário são em diferentes madeiras de excelente qualidade, exibindo uma rica ornamentação com vitrais e bronzes.

Disse-nos o funcionário que no Uruguai vige a Lei de Depósito Legal, que dispõe que quem publica uma obra tem de doar um exemplar para a Biblioteca do Poder Legislativo e dois exemplares para a Biblioteca Nacional.

Chamou-me a atenção nessa visita o fato de haver Taquigrafia no Poder Legislativo do Uruguai. Questionando ao funcionário, este me disse que os concursos para taquígrafos legislativos exigem velocidade de cento e oitenta palavras por minuto e que são concorridos, mas que muitas vezes não preenche as vagas disponíveis, devido ao alto grau de especialização exigido dos candidatos. Por ser um cargo com alto grau de especialização, os taquígrafos do Poder Legislativo do Uruguai são muito bem remunerados.

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VISITA A UM CENTRO DE MEDIAÇÃO, NOS ARREDORES DE MONTEVIDÉU, PARA ASSISTIRMOS A UMA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO

Uruguai, 22 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Na companhia da Senhora Ethel fomos ao Cerro, bairro da periferia de Montevidéu, para assistir a uma audiência de mediação.

Fomos recepcionados por uma senhora que era a mediadora e também por outra senhora que exercia o papel de receptora nesse Centro de Mediação.

A mediadora nos disse que há cinco centros de mediação em Montevidéu e que normalmente eles se encontram em bairros em que vivem pessoas de baixo poder aquisitivo e onde há muitos conflitos, mas que, na verdade, não há jurisdição, pode vir pessoas de todo lugar a um dado centro de mediação.

Disse-nos que na Conciliação a presença das partes é facultativa, não se obriga o comparecimento. Faz-se uma notificação, mas, se não comparecem, não se pode obrigar.

Há um concurso para que alguém se torne mediador. Fazem um curso de mediadores para poder se submeter ao concurso.

A audiência prevista para esta manhã envolvia duas senhoras que viviam juntas em uma casa, uma, no andar de baixo e, a outra, no andar de cima. Havia um problema na divisão para se pagar as taxas de água. Uma, pagava, e, a outra, não. Como não houve pagamento, elas estavam sem água havia um mês.

Depois de muito debaterem, as partes chegaram a um acordo.

Na Mediação se faz uma ata resumida do ocorrido. Não são registrados os debates ocorridos. As partes assinam o Acordo e combinam que serão ouvidas daí a três meses para saber se estão cumprindo o acordado com a Mediadora.

À TARDE – VISITA AO PROFOSJU

A Senhora Ethel nos conduziu até o edifício onde se encontra estabelecida a equipe responsável pelo PROFOSJU.

Fomos recepcionadas pela Dra. Ivonne Carrión, Coordenadora do PROFOSJU – Programa de Fortalecimento do Sistema Judiciário Uruguaio.

A Dra Ivonne Carrión nos disse que, com o objetivo de melhorar os serviços judiciais, tornando-os mais transparentes para os jurisdicionados, a Suprema Corte de Justiça uruguaia assumiu a execução do Programa de Fortalecimento do Sistema Judiciário.

O PROFOSJU tem três objetivos principais: o primeiro é o Fortalecimento da Gestão Administrativa do Poder Judiciário; o segundo é o Fortalecimento da Gestão da Suprema Corte de Justiça e o terceiro é a Melhora dos Serviços em Tribunais e Juizados. Os dois primeiros objetivos já foram atingidos e atualmente o Poder Judiciário uruguaio está desenvolvendo o terceiro projeto.

Os principais aspectos definidos no novo modelo de gestão se baseiam nos seguintes aspectos: consultas eletrônicas, firma digital, comunicações eletrônicas e tramitação guiada.

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Programa Joaquim Nabuco 18

O módulo de gestão definido e aprovado pela Suprema Corte de Justiça assinalou que o expediente eletrônico seria um dos objetivos do novo modelo. Para isso promoveu iniciativas legislativa e obteve a sanção da Lei nº 18.237/2007, que autoriza o uso de expediente eletrônico, de documento eletrônico, de senhas eletrônicas, de firmas eletrônicas, de comunicações eletrônicas e de domicílio eletrônico constituído, em todos os processos judiciais e administrativos que tramitam ante o Poder Judiciário, com idêntica eficiência jurídica e valor probatório que seus equivalentes convencionais. Facultando-se à Suprema Corte de Justiça a regulamentação e a gradual implantação do disposto nesta lei.

Assim, coube ao PROFOSJU a definição do modelo de gestão. Tal modelo constitui-se de:

• IUE (possibilita a consulta, via WEB, do estado do processo) • Expediente e atuações eletrônicas • Firma digital • Comunicações Eletrônicas • Pré-ingresso de assuntos via WEB • Tramitação Guiada

A Dra. Ivonne Carrión nos levou até uma de suas assessoras, a Senhora Virgínia Traversa, para que ela pudesse nos explanar, em detalhes, a respeito das etapas do modelo de gestão, aprovado pela Suprema Corte de Justiça, e, atualmente, em desenvolvimento e implantação através do PROFOSJU.

A assessora nos disse que a primeira providência tomada foi a identificação única de julgados. Isto é, cada processo que ingressa, desde a primeira instância até a Suprema Corte de Justiça, recebe um número único que o acompanhará durante todo o seu trâmite pelas instâncias judiciais. Este número é composto pelo código do órgão de origem, seqüencial e ano. Ao mudar o ano, o seqüencial reinicia em 1.

Com o advento da identificação única de julgados, pôde-se desenvolver o módulo de consulta processual, via Web. Tal procedimento permite a consulta do histórico de um dado processo pelos jurisdicionados em todo o território uruguaio.

Ao adotar-se o sistema de comunicação eletrônica, e em conseqüência a realização ou envio de notificações e intimações a domicílios eletrônicos constituídos, foi criado um sistema de correio eletrônico especial para gerir estas comunicações, garantindo a entrega eficiente de ditas atuações. Realiza-se, atualmente, via e-mail, através de firma digital, pois são autoridades certificadoras, há um sistema de token, que permite a comunicação autêntica, pois funciona com um sistema de contra-senha.

A assessora da Dra. Ivonne Carrión, Virgínia Traversa, levou-nos até o gabinete da Dra. Helena Belonakis que nos explanou sobre o sistema de Comunicações Eletrônicas. A Dra. Helena, após demonstrar o funcionamento do sistema de comunicações eletrônicas, nos disse que o novo sistema de notificações eletrônicas reduziu o tempo e custos nos processos judiciais. Inicialmente a implantação desse sistema deu-se nos Julgados Letrados de Primeira Instância do Trabalho de Montevidéu, nos Tribunais de Apelação do Trabalho, nos expedientes em trâmite na Suprema Corte de Justiça, provenientes de ditas sedes. Atualmente, em quase todas as sedes do País está implantado e em efetivo uso o sistema de notificações eletrônicas.

A assessora da Dra. Ivonne Carrión, Virgínia Traversa, nos levou à sala onde se encontra a equipe que está desenvolvendo o Projeto nº 3, Melhoria do Serviço dos Tribunais e Juizados.

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Este projeto tem como objetivo principal melhorar os serviços que presta o Poder Judiciário e que dita melhoria seja percebida pelos usuários do sistema de justiça.

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REUNIÃO FINAL COM O DR. FERNANDO TOVAGLIARE

Uruguai, 23 de setembro de 2011 Ana Cláudia de Oliveira Abath

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

À tarde, eu e Patrícia nos reunimos pela última vez com o Dr. Tovagliare.

Fizemos um balanço final sobre nossa estadia em Montevidéu e sobre nosso intercâmbio na Suprema Corte de Justiça do Uruguai.

Consideramos altamente proveitosa e muito enriquecedora esta troca de experiência entre as duas Supremas Cortes de Justiça, a do Brasil e a do Uruguai.

Entregamos ao Dr. Tovagliare um pequeno presente e lhe agradecemos a amável acolhida, colocando-nos a sua disposição no Brasil.

ENTREGA DE ALGUMAS LEMBRANCINHAS E DESPEDIDAS.

Na companhia da Senhora Ethel, fomos nos despedir e entregar um presentinho para a Dra. Maria Del Carmo Gonzales, Assessora de um dos Ministros da Corte; para o Juiz Edgardo Ettlin; para a Juíza Cláudia Kelland e para a Dra. Cecilia Tejera, ex-Coordenadora dos Centros de Mediação do Poder Judiciário do Uruguai.