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1 P P r r o o g g r r a a m m a a C C e e n n t t r r o o d d e e A A t t e e n n d d i i m m e e n n t t o o d d e e S S e e m m i i l l i i b b e e r r d d a a d d e e

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PPrrooggrraammaa

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GOVERNO DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS – SJDH

FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO DO RS – FASE

Joelza Mesquita Andrade Pires Presidente

Juliana de Oliveira Colombo Costa Diretora Socioeducativa

Marcelo Machado dos Santos Diretor Administrativo

Ledi de Oliveira Teixeira Diretora de Qualificação Profissional e Cidadania

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Grupo de Trabalho: Cintia Marques da Rosa (Assessora DSE- Assistente Social - Semiliberdade) José Renato Argiles (DSE - Grupo Fiscal Semiliberdade) Apoiadores: Jussandra Rigo (Assessora Jurídica - DSE) Giovana Foppa (Assessora Jurídica – DSE)

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“Os trabalhadores sociais produzem, em seus cotidianos, práticas e saberes que afetam vidas. Muitos já passaram, outros permanecem na luta, mas também passarão, pois a vida do sujeito é efêmera, mas o que ele constrói em sua trajetória não. O que fica é a história construída a mil mãos, ideias, ideais.” (PAICA-RUA)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 06 1 – MARCO REFERENCIAL.................................................................................................... 07 1.1. Medida Socioeducativa de Semiliberdade........................................................................ 07 1.2. Da prática socioeducativa de semiliberdade na FASE...................................................... 08 2 – Descrição do Ambiente....................................................................................................... 10 2.1. Programa da Unidade....................................................................................................10 3 – Acolhimento e Metodologia Semiliberdade.........................................................................12 3.1. Plano Individual de Atendimento e Processo metodológico...............................................14 3.2. Plano de Atendimento Coletivo......................................................................................18 3.3. Manual do Adolescente.................................................................................................18 3.4. Prevenção e Negociação de Conflitos................................................................................18 3.5. Procedimentos Administrativo Disciplinar.......................................................................19 3.6. Principais Diretrizes da execução da medida socioeducativa de semiliberdade ...............20 4 – RECURSOS HUMANOS......................................................................................................22 4.1 Equipe de trabalho................................................................................................................23 4.1.1. Trabalho Intervenção Técnica...........................................................................................26 5 – POLÍTICAS PÚBLICAS.........................................................................................................30 6 – SUPERVISÃO E GESTÃO DA SEMILIBERDADE................................................................31 6.1. Formação e Capacitação.....................................................................................................32 7 – RECURSOS FINANCEIROS................................................................................................33 7.1. Plano de Trabalho – Convênio.........................................................................................35 8 – MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.....................................................................................37 9 – ROTEIRO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO TÉCNICO.....................................................38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................41 ANEXO 1.....................................................................................................................................43 ANEXO 2.............................................................................................................................49

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INTRODUÇÃO

A Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (FASE) diretamente vinculado ao POD

Socioeducativo (Programa de Oportunidade e Direitos) da Secretaria de Justiça e Direitos

Humanos tem por objetivo atuar conjuntamente na construção da ressocialização de

socioeducandos em cumprimento de medida socioeducativa de Internação e Semiliberdade.

No que refere à medida de socioeducativa de Semiliberdade a mesma teve seu

atendimento reformulado, realizando-se não somente através da gestão pública, mas

também através do modelo de gestão público/privado (ação compartilhada Governo e

Sociedade Civil), na forma de conveniamento com organizações não governamentais.

Proposta esta em vigor desde 2002 com o primeiro conveniamento nestes moldes.

Cabe salientar que a medida socioeducativa de semiliberdade se caracteriza como

um “regime a ser determinado desde o início ou como forma de transição para o meio aberto possibilita a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial” (Art. 120 do ECA). Ou seja, é uma medida que tanto poderá ser

adequada para o socioeducando de primeiro ingresso, quanto para a progressão de medida,

ou ainda, poderá ser aplicada como regressão de uma medida anteriormente aplicada.

A execução da medida de Semiliberdade é operacionalizada através de

conveniamento com 07 entidades não governamentais e 03 Centros de Atendimento de

Semiliberdade próprios da FASE, totalizando 10 Centros de Atendimento de Semiliberdade

(CAS) sob supervisão e orientação da FASE. Os Centros de Atendimento de Semiliberdade

são distribuídos conforme as comarcas: Porto Alegre, Novo Hamburgo, Caxias do Sul,

Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana.

O objetivo do presente Programa dos Centros de Atendimentos de Semiliberdade é

de reconstruir o entendimento quanto a esta medida socioeducativa conforme preconiza o

Programa de Medida Socioeducativa de Internação e Semiliberdade (PEMSEIS) e também

estabelecer referências no que diz respeito a legislação em vigor (ECA, SINASE, SUAS,

SUS).

Importante enfatizar que assim como a internação a medida socioeducativa de

semiliberdade possui diretrizes de execução, questões estas que serão abordadas no

decorrer deste Programa.

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1 MARCO REFERENCIAL

Na perspectiva da garantia da Proteção Integral, estabelecido pelo Sistema

Constitucional de Garantia de Direitos regulamentado em 1988, avanços importantes

ocorreram na história no que se refere às políticas de atendimento à criança e adolescente

no Brasil. Estes avanços se deram a partir da Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 que implanta

o Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo este, um grande marco histórico na

reestruturação da garantia de direitos. Neste sentido o Estado do Rio Grande do Sul foi

pioneiro no projeto de reordenamento institucional, realizando a implantação da Fundação

de Atendimento Sócio-Educativo (FASE).

A necessidade de construir diretrizes norteadoras neste novo contexto histórico

social fez com que no ano de 2002 fosse pensado, e implantado o Programa de Execução

de Medidas Socioeducativas de Internação e Semiliberdade (PEMSEIS), com o objetivo de

atender as principais demandas no processo de intervenção institucional e operacional que

configuram o trabalho sócio-pedagógico bem como a Interface necessária para a garantia

do atendimento.

Sendo a FASE diretamente vinculada ao Eixo POD Socioeducativo (Programa de

Oportunidade e Direitos) da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos que tem por

objetivo atuar conjuntamente na construção da ressocialização dos socioeducandos em

privação de liberdade, importante contextualizar que a medida de internação é de

competência exclusiva da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo. No que refere à

medida socioeducativa de Semiliberdade a mesma se dá não somente através da gestão

pública (Estado), mas também, realizando-se através de modelo de gestão público/privado

(ação compartilhada Governo e Sociedade Civil), na forma de conveniamento com

organizações não governamentais. Proposta esta em vigor desde 2002 com o primeiro

conveniamento nestes moldes de gestão compartilhada com a finalidade de atender o que

estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (SINASE).

1.1 Medida Socioeducativa de Semiliberdade

Conforme prevê o Art. 120 do ECA, a medida socioeducativa de semiliberdade se

caracteriza como um “regime a ser determinado desde o início ou como forma de transição para o meio aberto possibilita a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial”. Ou seja, é uma medida que tanto poderá

ser adequada para o socioeducando de primeiro ingresso, quanto para a progressão de

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medida, ou ainda, poderá ser aplicada como regressão de uma medida anteriormente

aplicada.

Enquanto regime de atendimento a semiliberdade mostra-se relevante, pois

estrategicamente é a última alternativa antes da Internação (que é a medida mais gravosa,

visto ser privativa de liberdade), tendo em vista as medidas socioeducativas que podem ser

aplicadas conforme Art. 112. do ECA.

A execução da medida de Semiliberdade é de responsabilidade do Estado, a mesma

é realizada não somente através da gestão pública mas também mediante gestão

compartilhada. A mesma é operacionalizada através de conveniamento com 07 entidades

não governamentais e 03 Centros de Atendimento de Semiliberdade orgânica (da FASE)

sendo uma delas do sexo feminino, totalizando 10 Centros de Atendimentos de

Semiliberdade (CAS) que executam seu trabalho mediante supervisão e orientação da

FASE. Os Centros de Atendimento de Semiliberdade são distribuídos conforme as regionais:

Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santo Ângelo, Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul,

Uruguaiana, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul. Importante salientar que o Centro de

Atendimento de Semiliberdade feminina não é regionalizado existindo somente um CAS

para todo o Estado.

A medida socioeducativa de Semiliberdade deverá ser executada de forma articulada

com o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) da Regional, visando atuação

conjunta no atendimento aos socioeducandos, preservando a autonomia e dinâmica de cada

espaço institucional.

É importante salientar que os Centros de Atendimento de Semiliberdade são

compostos pelos seguintes profissionais: Coordenação, Advogado, Assistente Social,

Pedagogo, Psicólogo, Equipe de socioeducadores, Assistente Administrativo e Cozinheira

(quando do conveniamento a cozinheira fará parte do quadro funcional, sendo o CAS uma

unidade orgânica da FASE, a alimentação será terceirizada através de empresa licitada).

Para os demais atendimentos são utilizados os recursos da rede de atendimento

socioassistencial.

1.2 Da prática Socioeducativa de Semiliberdade na FASE

A medida socioeducativa de semiliberdade possui características distintas da

medida de internação, uma vez que o principal aspecto trabalhado é a potencialização

das atividades externas fora do Centro de Atendimento de Semiliberdade (CAS) bem

como a articulação com a rede socioassistencial do município, potencializando a

participação dos diferentes agentes sociais necessários para o atendimento integral

dos socioeducandos e suas famílias.

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Cada Centro de Atendimento de Semiliberdade possui um Programa de

Atendimento próprio, o mesmo baliza e norteia o trabalho desenvolvido no CAS no que

se referem à composição da equipe de execução, bem como normas / regras e

possíveis medidas disciplinares a serem aplicadas.

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2 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE

O Programa de Semiliberdade preconiza o atendimento em pequenos grupos,

(no máximo 20 socioeducandos). Importante salientar que o Centro de Atendimento

feminino terá a disponibilização neste momento de 12 (doze) vagas, este cálculo levou

em consideração a média de determinações de semiliberdade nos últimos anos, onde

até a presença ano não ultrapassou a média de 02 socioeducandas.

O Centro de Atendimento de Semiliberdade se caracteriza em uma estrutura

físico-espacial condizente com os parâmetros da Resolução do CONANDA de 2006,

qual seja: uma casa localizada em bairro residencial próximo aos recursos da

comunidade, facilitando o deslocamento para outros espaços da cidade e região e

sem identificação institucional.

No que se refere às dependências físicas do CAS devem ter espaços de

convivência em grupo, com sala, banheiros, dormitórios, refeitório, lavanderia, espaços

de lazer, espaço de atividades pedagógicas quando necessário. É importante que o

CAS tenha espaços próprios para atendimentos individuais e de grupos bem como

espaços próprios, definidos e privativos para o desenvolvimento do trabalho da equipe

técnica, coordenação e setor administrativo.

As atividades devem estar norteadas por regras, horários e tarefas construídas

e planejadas pela equipe de trabalho do CAS com a participação dos socioeducandos

e suas famílias ou responsáveis e em conformidade com o Programa de Atendimento

da casa.

Deverá o Centro de Atendimento de Semiliberdade articular-se com os demais

programas de atendimento socioeducativo (inclusive o Programa de Acompanhamento

de Egressos da FASE) visando, no caso de progressão ou extinção de medida as

articulações necessárias para continuidade do trabalho, bem como nos casos de

regressão de medida, assegurar os desdobramentos entre as equipes do CAS e

CASE.

2.1 Programa da Unidade

Cada Centro de Atendimento de Semiliberdade deverá possuir o seu

Programa específico, o qual deve explicitar a organização e o funcionamento da

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unidade de atendimento, especificando, entre outras coisas, métodos e técnicas

pedagógicas, bem como as atividades coletivas, levando em consideração a realidade

local.

Deve prever, ainda, a estrutura de material e recursos humanos, bem

como as estratégias de segurança, normas gerais para a proposta e realização do

PIA, atribuições e responsabilidades dos dirigentes, equipes técnicas e agentes

socioeducadores, medidas disciplinares e devidos procedimentos e acompanhamento

de egressos.

O Programa da Unidade, bem como suas alterações, deverá estar

inscrito no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente- CEDICA,

conforme previsão do art.9º da Lei 12.594/12.

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3 ACOLHIMENTO E METODOLOGIA DA SEMILIBERDADE

A recepção é o momento inicial que propicia ao socioeducando o conhecimento

e esclarecimento da medida socioeducativa de semiliberdade que deverá cumprir,

assumindo o compromisso com a sua reintegração social. Este trabalho de

aproximação do socioeducando com a semiliberdade se dá no processo de construção

de vínculo e participação da família e/ou família extensa que é fundamental na adesão

da medida socioeducativa

Na recepção inicia-se o processo de orientação sobre a organização interna da

casa, objetivo e metodologia de atendimento, procedimentos disciplinares, normas,

direitos e deveres, bem como conhecimento do ambiente da casa e aqueles com os

quais irá conviver.

É no contato inicial do socioeducando com a equipe de trabalho que começa o

estabelecimento do vínculo e demais combinações importantes para o

desenvolvimento do atendimento. É importante também a realização do trabalho de

acolhimento com as referências familiares, pois as mesmas são fundamentais na

adesão da medida socioeducativa.

O acolhimento baseia-se no primeiro contato do socioeducando com a

dinâmica institucional e familiarização com o espaço que cumprirá a medida

socioeducativa de semiliberdade. Neste aspecto, é importante que todos os

funcionários atentem para este acolhimento inicial de aproximação da equipe com o

socioeducando, para isso é fundamental estabelecer as seguintes questões:

- Quando o socioeducando for oriundo de progressão de medida ou internação

provisória, é de responsabilidade do Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) o

processo de transição do socioeducando para a semiliberdade. É importante a

interlocução neste processo de continuidade da medida socioeducativa que se dá

através das discussões de caso entre as equipes.

Neste processo de transição e construção é imprescindível que se realize o

Círculo de Adesão à Semiliberdade. É neste espaço que as equipes trabalham com os

socioeducandos família e ou família extensa a importância da medida socioeducativa

de semiliberdade, suas expectativas bem como todo o processo de continuidade da

medida.

Importante salientar que de responsabilidade do CASE o encaminhamento do

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prontuário social e de saúde, bem como os encaminhamentos da escolarização.

- O socioeducando deverá ser recebido pelo profissional de plantão com a

devida ordem (guia de transferência) de encaminhamento à semiliberdade. Importante

destacar que o Centro de Atendimento de Semiliberdade tem seu funcionamento 24

horas, ou seja, deve funcionar integralmente tendo socioeducadores disponíveis para

o acolhimento ao socioeducando;

- deverá o socioeducando ser tratado pelo nome;

-repassar ao socioeducando e suas famílias todas as informações necessárias

no que se refere ao Centro de Atendimento Socioeducativo de Semiliberdade,

esclarecendo dúvidas sobre a dinâmica institucional quando necessário;

- é fundamental a utilização de linguagem clara no repasse das informações,

lembrando que a equipe de trabalho é referência e presença educativa em todos os

momentos, até na forma de comunicar-se.

- não emitir na presença do socioeducando conceito de valor sobre o ato

infracional, ou outros constrangimentos pejorativos;

- no momento do acolhimento oferecer-lhe vestuário, alimentação ou

medicamento caso haja prescrição médica;

- é no acolhimento que se inicia os primeiros registros de informações

repassadas pelo socioeducando específico para coleta de dados iniciais;

- no acolhimento técnico, se inicia o entendimento da história do

socioeducando e referências familiares que virão a compor os primeiros

encaminhamentos sociais bem como contribuirão na elaboração do Plano Individual

de Atendimento (PIA);

- caberá no momento do acolhimento, realizar a revista dos pertences do

socioeducando e os objetos recolhidos deverão ser colocados em local próprio

(armário) conforme organização da casa, relacionados em fichas construídas pelo

Centro de Atendimento de Semiliberdade, assinado pelo socioeducando, garantindo a

preservação de seus pertences e a segurança da Unidade de Semiliberdade.

No Centro de Atendimento de semiliberdade os socioeducandos realizam

visitas familiares nos finais de semana, tendo como base a dinâmica institucional. Todo

o processo de encaminhamento do socioeducando para as visitas familiares deverá

ser avaliado pela equipe técnica, este procedimento tem como objetivo verificar com

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a família e/ou família extensa onde deverá ser realizada a visita familiar e demais

combinações.

Tendo em vista a metodologia de trabalho da semiliberdade que tem como

principal objetivo o retorno ao convívio familiar bem como a inserção na convivência

familiar e comunitária mais saudável fica esta medida socioeducativa voltada para a

realização de atividades externa sendo a mesma orientada pela a equipe de trabalho.

O trabalho de acompanhamento do socioeducando na semiliberdade é

norteado por instrumentos avaliativos próprios, que são trabalhados em todo o período

de cumprimento da medida que são fundamentais em todo processo de atendimento.

Segue abaixo, o processo metodológico da medida socioeducativa de semiliberdade.

3.1 Plano Individual de Atendimento e processo metodológico

O Plano de Individual de Atendimento (PIA) é um instrumento de intervenção

dinâmico, estando sempre em processo de avaliação e mudança, e acompanha o

socioeducando desde o seu primeiro ingresso.

Quando o socioeducando for oriundo de progressão de medida ou internação

provisória, é de responsabilidade do CASE o processo de transição do socioeducando

para a semiliberdade. É importante que ocorra a interlocução entre as equipes,

planejando o momento da realização do círculo de adesão à semiliberdade.

Para o ingresso do socioeducando na semiliberdade é necessário que se

realize o círculo de adesão à semiliberdade que se caracteriza como sendo o

primeiro momento de acolhimento, pois é nesta intervenção que o socioeducando

passa a compreender como funciona o Centro de Atendimento de Semiliberdade. Esta

intervenção é realizada conjuntamente pelas equipes técnicas (CASE e CAS), este

momento é fundamental neste processo de continuidade da medida socioeducativa,

pois possibilita a aproximação do socioeducando e sua família com a equipe de

trabalho da semiliberdade bem como possibilita o estabelecimento de um momento

reflexivo preparando o socioeducando para esta medida socioeducativa,

estabelecendo a continuidade de seu Plano Individual de Atendimento (PIA),

pontuando aspectos importantes a serem alcançados nesta nova etapa.

Com base neste processo contínuo de intervenção, a equipe do CAS dará

continuidade ao trabalho de avaliação e mudança junto com socioeducando e sua

família, com o enfoque sempre na convivência familiar e comunitária.

É importante salientar que os CAS são compostos pelos seguintes

profissionais: Coordenação, Assistente Social, Pedagogo, Psicólogo, Advogado,

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Equipe de socioeducadores, Assistente Administrativo e Cozinheira (quando o CAS for

orgânico da FASE não terá profissional da cozinha, pois a alimentação será fornecida

através de empresa terceirizada licitada pela Fundação). Para os demais

atendimentos ao socioeducando serão utilizados os recursos da rede de atendimento

socioassistencial.

No que se refere à construção do PIA o mesmo ainda deve contemplar os

seguintes aspectos:

- Escolarização – inserir informações referentes ao nível de escolarização,

metas e expectativas do socioeducando no processo de ensino, sendo esta prioridade

absoluta no cumprimento da medida socioeducativa. A ação do Técnico de Educação

(Pedagogo) junto ao processo de escolarização e profissionalização é fundamental.

Considerando as dificuldades que a rede escolar ainda encontra para entender a

especificidade do público alvo, o profissional será o elo da garantia do acesso. Nesse

sentido, o encaminhamento de alternativas à rede escolar de ensino pode melhorar a

eficiência e a qualidade do atendimento quando observados entraves nestes

encaminhamentos.

Além da inserção no espaço escolar, cabe ao pedagogo planejar-se para

oportunizar aos socioeducandos momentos de reflexão bem como fortalecimento

quanto ao seu processo de escolarização e profissionalização. Sendo este o principal

objetivo a ser trabalhado para ampliação do campo de conhecimento do

socioeducando e fortalecendo não somente a ação pedagógica, mas também a

construção de projetos de vida.

- Profissionalização – A mesma deve estar fundamentada respeitando idade e

escolaridade do socioeducando, conforme preconiza o ECA em seu artigo 60 a 69 que

se referem à garantia do desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecendo

o aspecto educativo, tendo como objetivo principal contribuir para a construção de um

projeto de vida, que faça uma aproximação ao mundo do trabalho, com suas leis,

lógicas e contradições, que tenha como ferramenta a aprendizagem específica de

determinada técnica. Mas também, que priorize a aprendizagem de conhecimentos

básicos que permitam elevar os níveis de participação dos socioeducandos, onde a

ação pedagógica se constitua na perspectiva da inclusão a partir da construção da

cidadania.

Trata-se de um tipo específico de relação laboral, que, sem excluir a

possibilidade de produção de bens ou serviços, subordina essa dimensão ao

imperativo do caráter formativo da atividade, reconhecendo como sua finalidade

principal o desenvolvimento pessoal e social do socioeducando.

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Nesse contexto, a remuneração recebida pelo socioeducando, bem como a sua

participação, em dinheiro ou espécie, no produto do seu trabalho, longe de desfigurar,

vem, ao contrário, reforçar o caráter educativo, uma vez que o introduz na gestão

efetiva e prática do resultado da sua atividade laboral sendo também um espaço

propício para a equipe de trabalho incidir sua intervenção no que diz respeito à

tolerância, responsabilidade, comprometimento e administração do recurso recebido

nas atividades de aprendizagem e trabalho.

Conforme documento do Ministério do Trabalho que definem o Trabalho

Educativo do Adolescente: fundamentos e conceitos definem-se como trabalho

educativo aquele centrado no trinômio educação (formação humana), trabalho e

geração de renda, de modo a garantir ao socioeducando, paralelamente ao exercício

da atividade produtiva, a obtenção da escolaridade mínima e o acesso à alternativa de

prosseguimento de estudos acadêmicos e/ou profissionalizantes.

Cabe salientar que, para os socioeducandos que cumprem medida de

semiliberdade, tendo como referência o Plano Individual de Atendimento, buscar-se-ão

parcerias para ações de profissionalização na comunidade.

As atividades de trabalho educativo devem envolver todos os socioeducandos,

contribuindo no seu processo de socialização e organização, incluindo ações

diversificadas que possibilitem o exercício de potencialidades individuais bem como

identificação com as atividades propostas.

Deve ser priorizado o protagonismo do socioeducando1 através do

fortalecimento do processo de participação e incentivo à autonomia, incidência no

planejamento, execução e avaliação das atividades desenvolvidas, bem como

apropriação dos resultados (produtos do seu trabalho). Nessa perspectiva, a

profissionalização traduzir-se-á em uma proposta com atividades de trabalho

educativo que tenham o compromisso com a formação humana e emancipação dos

sujeitos e não com a ocupação de tempo ou com o ganho temporário. Ao mesmo

tempo, deve oportunizar a geração de renda, a vivência da obtenção de recursos

financeiros a partir do próprio trabalho e do trabalho em grupo.

Os Centros de Atendimento de Semiliberdade devem desenvolver parcerias

com entidades de ensino profissional, empresas prestadoras de serviços, indústrias,

comércio em geral, Programa Jovem Aprendiz, no sentido de oportunizar aos

1 Protagonismo juvenil - designa a participação de adolescentes no enfrentamento de situações reais na escola, na comunidade e na vida social mais ampla, atuando como parte da solução e não do problema.

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socioeducandos a iniciação, finalização profissional, geração de renda e/ou colocação

no mercado de trabalho em geral. Respeitando as características individuais do

público alvo, prescritas no PIA, a equipe dos Centros de Atendimento de

Semiliberdade deve:

- Quando do encaminhamento do socioeducando a cursos profissionalizantes,

levar em conta a demanda do mercado de trabalho no município de origem, a oferta

de cursos profissionalizantes conforme a escolaridade no município onde o programa

está sendo desenvolvido, o interesse e a habilidade do socioeducando.

As atividades realizadas fora do Centro de Atendimento de semiliberdade são a

essência da ação socioeducativa e não podem ser retiradas ou suprimidas. Esta

medida requer um monitoramento sistemático da equipe ao socioeducando na

comunidade e na realização de suas atividades bem como fortalecidas com a família.

- Relações familiares e sociais - serão analisadas as relações do

socioeducando com sua família e/ ou família extensa, pontuando os aspectos

necessários à intervenção, articulada com a rede local como preconiza o Sistema

Único de Assistência Social (SUAS), política esta fundamental para o estabelecimento

da garantia de direitos. Trabalhando o estabelecimento / fortalecimento dos vínculos

familiares como ponto fundamental do acompanhamento técnico, tendo em vista ser

este um importante alicerce para a continuidade das intervenções com o

socioeducando.

- Cultura, lazer, esporte e espiritualidade - esses recursos serão utilizados

pelo socioeducando de preferência na sua comunidade de origem, aos finais de

semana, durante sua visita à família. O Centro de Atendimento de Semiliberdade

deverá proporcionar momento de atividades lúdicas de cultura, lazer, esportes e

espiritualidade e formação humana dentro do seu Plano Coletivo de Atendimento.

Cabe salientar que por ser a medida de semiliberdade constituída por inserção social

na comunidade a busca de articulação fora do espaço institucional é fundamental para

o socioeducando vivenciar outras experiências na construção do processo de

ressocialização.

- Saúde– utilizam-se exclusivamente os recursos da comunidade em geral

como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), PSF (Posto de Saúde da família), Centro

de Atendimento Psicossocial (CAPS), conforme baliza a Lei Nº 8.080 de 19 de

setembro de 1990 - Sistema Único de Saúde (SUS) que garante a promoção, proteção

e recuperação da saúde como acesso a todo cidadão. Cabe salientar que o Centro de

Atendimento de Semiliberdade não utilizará as unidades de internação da FASE como

retaguarda nas situações de saúde, tendo em vista que todas as ações pensadas para

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a garantia da saúde do socioeducando deverá ser articulada na rede pública de saúde.

O trabalho de inserção e cuidados com a saúde também faz parte do processo

socioeducativo, entendendo que esta construção é fundamental no trabalho de

autonomia e protagonismo dos socioeducandos nos centros de referência à saúde,

esta inserção e acompanhamento será realizada pela a equipe técnica de atendimento

da semiliberdade.

- Jurídico O atendimento jurídico visa orientar o socioeducando e sua família/

e ou família extensa sobre a situação processual do adolescente/jovem adulto,

explicando as etapas do cumprimento da medida socioeducativa, os relatórios

avaliativos, as audiências, como também, verificar, subsidiar e realizar o fluxo de

informações entre o CAS e as autoridades judiciárias. Este profissional compõe a

equipe interdisciplinar contribuindo nas discussões de caso e avaliações do processo

socioeducativo.

3.2 Plano de Atendimento Coletivo

No Plano Coletivo conterá o planejamento geral das rotinas do Programa de

Atendimento, com descrição das atividades cotidianas de participação obrigatória ou

facultativa, definição de local e horário das refeições e visitas familiares, tipo e

frequência dos atendimentos técnicos, mapeamento de escala de limpeza,

organização da movimentação interna em razão das atividades escolares, de

profissionalização, recreação, lazer, espiritualidade, de atendimentos de saúde em

geral. Conterão também as normas de segurança estrutural, as normas disciplinares e

da revista, das estratégias de prevenção e das situações de conflito, entre outros.

3.3 Manual do Adolescente

O manual será entregue a todos os socioeducandos no momento de seu

acolhimento, mediante protocolo, consistindo no documento que contém informações

e orientações acerca de seus direitos e deveres, bem como dos procedimentos e

medidas disciplinares em caso de faltas cometidas durante o cumprimento da medida.

O manual assegura que todos os socioeducandos possuirão o mesmo grau de

informações, permitindo que estas sejam revistas sempre que desejado,

possibilitando, assim, a sua reflexão sobre as normas de conduta e convívio na

Unidade. Este documento também será entregue e trabalhado com as famílias dos

socioeducandos que por fazerem parte deste processo de adesão e acompanhamento

da medida socioeducativa de semiliberdade.

3.4 Prevenção e Negociação de Conflitos

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É importante desenvolver ações preventivas na resolução das situações de intercorrências e conflitos.

Partindo da premissa de que o CAS, assim como as demais medidas

socioeducativas norteia-se por normas e regras disciplinares pautadas numa proposta

de ação socioeducativa dirigida ao socioeducando que atende. É fundamental as

mesmas serem de conhecimento dos socioeducandos, de suas famílias e de todos os

membros da equipe de trabalho. Uma vez o trabalho sendo de conhecimento público e

vindo a ser de domínio e da prática da equipe de trabalho do CAS têm-se a

responsabilidade de atuar na perspectiva preventiva de conflitos, realizando os

atendimentos, fazendo os registros que se fizerem necessária bem como informando

ao Poder Judiciário qualquer intercorrência que se apresentar.

Deste modo, observada a situação de conflito à equipe de trabalho estará em

condições de realizar intervenção pautada na resolução do problema bem como re-

contratar os combinados trabalhados no acolhimento inicial.

Os casos de situações disciplinares devem ser apurados através da

instauração da respectiva Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD) conforme previsto

no SINASE – Capítulo VII, bem como, de acordo com a tipificação, sanção e tempo de

duração a serem aplicadas a cada situação, estabelecidas nos Programas específicos

dos CAS.

3.5 Procedimento Administrativo Disciplinar

É a instância interna, constituída com a finalidade de apurar fato

disciplinar de qualquer natureza, suas causas e consequências em que se envolva o

socioeducando, devendo a conduta estar definida como falta disciplinar em

conformidade com o disposto no capítulo VII – (Dos Regimes Disciplinares), da Lei nº

12.594/2012.

Tem como objetivo a garantia do convívio harmônico na Unidade,

buscando a responsabilização do socioeducando sobre seus atos, resguardando o

direito à participação coletiva, oferecendo atenção específica ao socioeducando nas

suas necessidades momentâneas, observando-se os seguintes princípios:

a) Todo o procedimento disciplinar observará os princípios da

legalidade, da proporcionalidade, da razoabilidade, da igualdade, da ponderação e da

excepcionalidade, respeitando a ampla defesa e o contraditório, vedada a aplicação de

mais de uma medida disciplinar pelo mesmo fato;

b) Independente da medida disciplinar aplicada poderá ser

encaminhado a ocorrência para círculo restaurativo, principalmente quando ocorrerem

confronto entre os socioeducandos ou deste com trabalhadores da medida

20

socioeducativa;

c) A tipificação das faltas disciplinares leves, médias e graves, bem

como as medidas disciplinares aplicáveis em cada caso, será definida no Programa de

Atendimento de cada Unidade;

d) Proibição de medida disciplinar que implique tratamento cruel,

desumano e degradante;

e) Garantia da observância da razoabilidade e da proporcionalidade

entre a natureza da falta e a aplicação da medida disciplinar;

f) As medidas disciplinares somente serão impostas pelo colegiado,

através da instituição de comissão, composta, por no mínimo três integrantes, sendo

um técnico; vedada a participação de socioeducandos na aplicação ou execução.

3.6 Principais diretrizes da execução da Medida de Semiliberdade

Alguns pressupostos básicos devem estar contemplados em sua execução:

- a articulação da transição da medida de privação de liberdade para a

semiliberdade entre as equipes técnicas do CASE e CAS e o Poder Judiciário;

- o princípio da incompletude institucional, efetivado por meio da articulação

entre os serviços e programas sociais executado pelas respectivas políticas públicas,

fundamentais no processo de reorganização do socioeducando;

- a garantia da escolarização com órgãos responsáveis pelo fornecimento da

educação formal (em todos os níveis), bem como a discussão conjunta de outras

formas de educação, buscando a garantia do direito a educação;

- fortalecimento das relações familiares de referência, dando-lhe condições de

exercer sua cidadania, comprometendo-o como partícipe do processo jurídico social;

- a oferta de uma alternativa com vistas à progressão de medida e/ ou

desligamento institucional;

A medida socioeducativa de semiliberdade deve propiciar aos socioeducandos

a superação de sua condição, bem como a formação de valores positivos de

participação na vida social. Sua operacionalização deve prioritariamente, envolver a

família e a comunidade, com atividades que respeitem o princípio da não

discriminação e não estigmatização, evitando rótulos e situações excludentes,

trabalhando a tomada de consciência crítica para a construção de um projeto de vida

propositivo.

21

O principal objetivo da semiliberdade é proporcionar ao socioeducando

espaços de desenvolvimento da autonomia responsável e a reflexão crítica de ações e

circunstâncias cotidianas apresentadas, tanto no que se refere ao ato infracional,

quanto pelas situações vivenciadas nos espaços de inserção na sociedade (escola,

trabalho, família, comunidade) construindo com isso a formação humana.

22

4 RECURSOS HUMANOS

A equipe de intervenção da semiliberdade é composta conforme prevê a

Resolução do CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do

Adolescente) pelos seguintes profissionais: 01 Diretor - Coordenador (a), 01 Assistente

Social, 01 Advogado, 01 Psicólogo, 01 Pedagogo, 01 Assistente Administrativo, 01

socioeducador para cada 05 socioeducandos, quando o Centro de Atendimento de

Semiliberdade for Conveniado terá 01 cozinheira. Importante destacar que os Centros

de Atendimento de Semiliberdade orgânicas da FASE têm sua alimentação através de

Empresa terceirizada.

A equipe de trabalho tem como pressuposto fundamental executar sua

intervenção de forma interdisciplinar, ou seja, entender o processo de trabalho de

forma continuada inter-relacionada com as diversas áreas do saber. Importante

destacar que a equipe de trabalho, incluindo todos os profissionais deverá ter

conhecimento e clareza do Programa de Atendimento de Semiliberdade para que a

proposta de intervenção seja coesa e tenha maior êxito em sua execução.

Considerando o período de implementação da execução da medida

socioeducativa de semiliberdade observa-se a necessidade de ampliação da equipe

de socioeducadores tendo em vista a dinâmica institucional bem como os

desdobramentos diários do trabalho. Entendendo que no processo de trabalho da

socioeducação a participação do socioeducador como presença de aproximação e

vinculação é pressuposto fundamental no que se refere ao ambiente continente e

construção de referenciais positivos que contribuam na ressocialização e na busca de

sua identidade.

Desta forma entende-se que deverá existir proporcionalidade para composição

da equipe de socioeducadores no atendimento para até vinte socioeducandos

conforme a demanda de trabalho. Com isso, cada equipe poderá compor o grupo de

socioeducadores da seguinte forma: até cinco socioeducandos dois educadores. De

05 e 12 adolescentes, 03 socioeducadores por plantão. De 13 a 20 adolescentes, 04

socioeducadores por plantão. Abaixo segue quadro demonstrativo para composição

do grupo de socioeducadores.

23

Nº. Socioeducandos

Nº Socioeducadores por Plantão

Nº. de Plantões Total por Plantão

Até 5 02 04 08

De 6 a 12 03 04 12

De 13 a 20 04 04 16

A equipe descrita tem como objetivo atender e dar todo o suporte de

acompanhamento continuado ao socioeducando bem como suas famílias. Articulando

o trabalho com os demais serviços da rede de apoio do município para a garantia e

inclusão nas políticas públicas.

4.1 Equipe de Trabalho

Direção – Coordenação

Este profissional tem como objetivo geral de suas atribuições, coordenar o

processo educativo que será conduzido por sua equipe de trabalho.

Para o desempenho de suas atribuições, deve exercer papel de liderança junto

ao grupo de profissionais bem como ser a figura norteadora para a execução do

trabalho de acompanhamento. É fundamental que o diretor tenha conhecimento da

legislação bem como dos parâmetros e diretrizes norteadoras do sistema

socioeducativo.

Este profissional tem como finalidade ser responsável junto com o grupo de

trabalho pela construção do Plano Coletivo assim garantindo a realização das rotinas

diárias e metodologia de trabalho, propiciando a construção de estratégias e meios

para a efetivação do trabalho.

A sintonia entre Direção e demais membros da equipe de trabalho é

fundamental para a continuidade e fortalecimento das propostas de atendimento, bem

como por imprimir uma linguagem única e coerente no CAS. Segue abaixo demais

24

atribuições da direção para norteamento do trabalho da semiliberdade:

a) responder pelo programa frente à autoridade judiciária; Ministério Público,

Conselho Tutelar, Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e

demais órgãos;

b) representar o CAS frente à Fundação de Atendimento Socio Educativo;

c) responder pelo cumprimento das disposições da sentença ou das demais

determinações judiciais, comunicando à Direção Geral da FASE de eventual

impossibilidade de cumprimento bem como possíveis intercorrências;

d) responder pela observância das obrigações legais do Programa de

Atendimento e dos direitos individuais dos socioeducandos;

e) responsabilizar-se pela integridade física e psicológica dos socioeducandos

conjuntamente com a família;

f) responder pelo planejamento, execução e avaliação das atividades do

Programa de Atendimento, tanto no aspecto administrativo como no técnico-

operacional;

g) responsabilizar-se pelo cumprimento, através dos profissionais competentes,

avaliações, relatórios, atendimentos bem como todo registro do processo de

acompanhamento ao socioeducando em cumprimento de medida

socioeducativa de semiliberdade;

h) realizar o acompanhamento do processo de trabalho da equipe a modo a

avaliar o seu andamento e possíveis mudanças necessárias para a sua

execução;

i) comunicar à FASE qualquer situação de intercorrência que possa ocorrer no

Centro de Atendimento de Semiliberdade;

Socioeducadores

É nas atividades diárias do socioeducador que se evidencia a expressão mais

constante do papel e da presença educativa, uma vez que o Centro de Atendimento de

Semiliberdade na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) se

caracteriza por um serviço de alta complexidade. Por se tratar de atenção integral ao

socioeducando em cumprimento de medida socioeducativa, a proposta de

atendimento se manifesta de forma contínua, propositiva e de interlocução com a

equipe técnica. Desta forma, há necessidade do socioeducador ser referência positiva

no atendimento ao público alvo e suas atitudes e ações precisam ser referência ao

25

socioeducando mostrando que há outras possibilidades e visões de homem e de

mundo.

Nesta troca constante de orientações, observações e diálogos (fala e escuta) é

que se da à construção e o fortalecimento do vínculo qualificado para a transformação

da realidade. A escuta qualificada garante uma intervenção pautada em possibilidade

de construções diferentes dentro do processo socioeducativo proposto ao

socioeducando e sua família, como tomada de consciência crítica quanto ao ato

infracional bem como re-significação da vida.

Cabe ao Socioeducador:

a) Executar as atividades construídas conjuntamente com a equipe de trabalho,

acompanhando e orientando os socioeducandos nas atividades previstas nas

rotinas diárias;

b) Registrar e relatar no livro de ocorrências todas as rotinas, fatos disciplinares

e informações relevantes, ocorridas em cada plantão; Esse profissional é

responsável por realizar o registro de todo o processo de trabalho realizado,

bem como providências necessárias para resolução dos problemas, conflitos;

c) Participar de reuniões de trabalho trazendo sugestões que melhorem a

eficiência das ações socioeducativas;

d) O socioeducador deve ser “exigente” conduzindo seu trabalho de forma a

orientar o socioeducando mantendo postura de diálogo e argumentação

quanto às situações. Não deve nunca, porém, colocar a exigência antes da

compreensão;

e) O socioeducador deve criar no cotidiano do trabalho dirigido ao

socioeducando; oportunidades concretas, acontecimentos que evidenciem a

importância das normas e limites para o bem de cada um e de todos.

f) Desenvolver tarefas relativas à preservação da integridade física, psicológica

dos (as) socioeducandos;

g) Executar as atividades do Plano Coletivo e do Plano Individual de

Atendimento (reforçar socialização), sendo estes os norteadores de todo o

trabalho de acompanhamento;

h) Acompanhar e participar das atividades diárias;

26

i) Agir de acordo com as diretrizes técnicas e procedimentos adotados pelo

Programa de Atendimento referente às situações-limite, negociação,

manutenção da paz e do clima de entendimento, entre outros,

desconstituindo condutas desleais, vingativas, rancorosas, provocativas,

antipedagógicas, vexatórias, degradantes ou aterrorizantes entre servidores,

servidores e adolescentes e entre socioeducandos;

j) Cabe ao socioeducador exercer presença educativa e exemplaridade, estar

com o adolescente em todos os ambientes, acompanhando-o. Para isto sua

postura deve ser de: exigência, compreensão, continência, afetividade e

autoridade competente que é diferente de autoritarismo. Nunca “bater boca”

com o adolescente;

k) Compete também subsidiar com informações à equipe de trabalho no que se

refere ao comportamento, conduta e participação do socioeducando no

convívio diário;

l) Sugerir, organizar em conjunto com os demais membros da equipe

socioeducativa- e participar de atividades educativas, culturais, esportivas,

espirituais e de lazer com os socioeducandos; servir como modelo positivo

de identidade funcional para os socioeducandos no cumprimento de seus

deveres e obrigações;

4.1.1 Intervenção Técnica

A equipe técnica é composta por 01 Advogado, 01 Assistente Social, 01

Pedagogo, 01 Psicólogo, que têm por diretrizes gerais atuar junto aos socioeducandos

suas famílias.

Assistente Social – realiza sua intervenção junto ao socioeducando, às

famílias e a rede socioassistencial, sendo membro da Equipe Interdisciplinar,

participando de todo o processo de intervenção técnica. Potencializando a intervenção

familiar na perspectiva do fortalecimento bem como resgate dos vínculos familiares

como possibilidades positivas da construção de projeto de vida e reinserção social.

Fortalecendo também o trabalho articulado com a rede socioassistencial na

perspectiva de continuidade das intervenções técnicas.

Advogado - Atender e oferecer à equipe, ao adolescente e a família as informações

sobre a situação jurídico-processual acerca do ato infracional.

Psicólogo - O psicólogo realiza sua intervenção promovendo espaços de

reflexão com o socioeducando, família e família extensa quanto ao ato infracional,

27

trajetória de vida e sua implicação como sujeito, bem como estimular projetos de vida

pautado pelo saudável. Sua intervenção é pautada no estabelecimento das relações

interpessoais positivas objetivando com isso a integração social.

Pedagogo - Além da inserção no espaço escolar, cabe ao pedagogo planejar-

se para oportunizar aos socioeducandos momentos de reflexão bem como

fortalecimento quanto ao seu processo de escolarização, profissionalização e inserção

no mercado de trabalho. Sendo este o principal objetivo a ser trabalhado para

ampliação do campo de conhecimento do socioeducando e fortalecendo não somente

a ação pedagógica, mas também a construção de projetos de vida. Estas ações

devem ser pensadas e desenvolvidas em uma perspectiva interdisciplinar e articulada

não somente com os demais membros da equipe técnica, mas também trabalhadas

dentro do Plano Individual de Atendimento tanto com os socioeducandos, mas

também com suas famílias.

A equipe técnica deve primar pela aproximação e interação com o trabalho

desenvolvido no âmbito das medidas socioeducativas e rede de apoio externa a fim de

posterior cumprimento da medida socioeducativa de semiliberdade se possa dar

continuidade ao acompanhamento técnico junto aos serviços socioassistenciais

existentes no município.

Cabe a equipe técnica em geral:

a) Elaborar e participar da execução do Plano Coletivo do CAS;

b) Subsidiar junto com a Coordenação a elaboração dos Relatórios quanti-

qualitativo que serão encaminhados à supervisão da Semiliberdade.

c) Propor e participar da elaboração e execução do Plano Individual de

Atendimento (PIA), após estudo social;

d) Articular-se com as demais entidades e/ou programas existentes na

comunidade, fortalecendo relações e as redes sociais e comunitárias, visando

agilidade nos procedimentos e melhor encaminhamento aos (as) adolescentes;

e) Acompanhar e oferecer subsídios técnicos às atividades dos

socioeducadores;

f) Oferecer ao (a) adolescente /jovem adulto as informações sobre a situação

jurídico-processual;

g) Proceder à avaliação de cada socioeducando em todo o processo de

cumprimento da medida socioeducativa;

h) Atender e orientar individualmente o (a) socioeducando, nos termos do

28

respectivo Plano Individual de Atendimento;

i) Atender, acompanhar e orientar os familiares do socioeducando,

objetivando o restabelecimento e / ou a preservação dos vínculos familiares e da

reinserção social e comunitária, tornando-os co-partícipes do processo

socioeducativo pedagógico;

j) Inserir o socioeducando na rede escolar e acompanhar seu

aproveitamento;

k) Identificar potencialidades do socioeducando e encaminhá-lo para cursos

de profissionalização, proporcionando-lhes desenvolvimento de competências,

habilidades básicas, atitudes e de gestão consoantes com o mundo e o mercado

de trabalho conforme sua idade e escolaridade, inclusive conhecimento sobre

legislação trabalhista, previdência social, entre outros;

l) Comprometer-se com a criação de ambiente institucional saudável, através

da promoção e manutenção, do diálogo, da paz e do clima de entendimento,

trabalhando com o objetivo de romper com condutas desleais, vingativas,

rancorosas, provocativas, antipedagógicas, vexatórias, degradantes ou

aterrorizantes nas relações interpessoais do CAS.

m) Desempenhar o papel de assessoria à Coordenação e equipe do CAS em

assuntos relacionados ao manejo dos adolescentes e a execução do Programa

de Semiliberdade.

n) Entre as suas atribuições principais, figuram: Atendimentos individuais,

atendimentos em grupos; leitura diária do livro de registros do CAS;

o) Realizar visitas domiciliares; participação em audiências; articulação,

discussões e encaminhamentos para a rede de atendimento aos familiares;

p) Sensibilizar as Regionais para a medida socioeducativa de semiliberdade;

q) Acima de tudo, a equipe técnica Interdisciplinar deverá manter sempre

acesa a discussão acerca das diretrizes metodológicas do processo educativo,

procurando estimular a reflexão a respeito dos acontecimentos do cotidiano e do

papel exercido por todos os educadores sociais envolvidos no programa, visando

oxigenar a proposta educativa e adequá-la à realidade. É no processo de

acompanhamento que se dará o entendimento quanto ao ato infracional bem

como a responsabilização e reparação do dano cometido conforme baliza a

Justiça Restaurativa.

29

As práticas restaurativas são fundamentais dentro da metodologia de trabalho da

socioeducação, como pressupostos essenciais para trabalhar com os

socioeducandos e suas famílias como método a ser cada vez mais

potencializados pelas equipes de atendimento.

Fazem parte ainda da equipe de trabalho do Centro de Atendimento da

Semiliberdade:

Assistente Administrativo – Este profissional trata de todos os assuntos

administrativos e financeiros que dêem suporte a execução do programa de

semiliberdade.

Atribuições:

- Elaborar a prestação de contas; confeccionar folha de pagamento, efetivação

de contratação e rescisão dos funcionários; Controlar a aplicação dos recursos;

Realizar as compras do CAS e demais competências que a direção entender que

seja de competência deste profissional dentro de suas atribuições

administrativas.

Cozinheira e/ou Empresa de alimentação terceirizada - Administrar o consumo, armazenamento e preparo dos alimentos;

- Organizar e limpar o ambiente de trabalho;

- Orientar as tarefas pertinentes a este setor, interagindo com os adolescentes e

demais membros da equipe;

- Participar de reuniões pertinentes; possuir uma atenção especial com os

equipamentos de risco.

O trabalho interdisciplinar é condição imprescindível no processo de

acompanhamento da medida socioeducativa de semiliberdade, pois garante não

somente a troca de conhecimento, mas também proporciona a interlocução dos

diferentes setores que compõem o trabalho.

30

5 POLÍTICAS PÚBLICAS

O constante avanço na compreensão e na execução das políticas públicas nos

reforça a ideia de que cada vez mais há necessidade dessa articulação intersetorial,

sendo a mesma o alicerce estratégico para o trabalho das equipes. Não se trabalha

socioeducação de forma isolada, é fundamental pensarmos a mesma como rede

integrada e de ação continuada na intervenção com os socioeducandos e suas

famílias.

Esta articulação tem que ser ágil entre os serviços que compõe a retaguarda

imediata e a rede de atendimento descentralizada que compõem o trabalho dos

serviços socioassistenciais dos municípios (escola, saúde, assistência social, cultura,

profissionalização etc), para que a proposta metodológica da semiliberdade tenha

efetividade e alcance social. É fundamental as equipes de trabalho da semiliberdade

terem como principal diretriz de intervenção esta interface com as diferentes políticas

públicas pois, possibilita além da inclusão social a continuidade do processo de

ressocialização dos socioeducandos e suas famílias de forma integral.

Este trabalho de articulação com as políticas públicas se dá desde a entrada do

socioeducando na semiliberdade e deve ser potencializado e estendido à suas famílias

e/ou cuidadores como garantia de acesso às políticas públicas de atenção básica,

média ou de alta complexidade como preconiza o (SUAS).

31

6 SUPERVISÃO E GESTÃO DA SEMILIBERDADE

Cabe à FASE garantir a todos os Centros de Atendimento de Semiliberdade a

supervisão continuada do trabalho das equipes bem como a fiscalização da gestão

compartilhada.

A supervisão técnica tem como objetivo geral:

Avaliar, monitorar, supervisionar e fiscalizar, acompanhar e orientar a execução

do Programa de Semiliberdade do Estado. Tendo como diretrizes gerais:

- Elaborar instrumentos de execução e monitoramento do trabalho realizado na

semiliberdade. A supervisão avaliará mensalmente o relatório quanti-qualitativo

(conforme modelo em anexo), este instrumento é um importante documento de

registro da execução do trabalho das equipes sendo fundamental para a reflexão

metodológica da medida socioeducativa de semiliberdade bem como manter

atualizada a Listagem Geral de socioeducandos.

- Realizar em parceria com o Centro de Formação Profissional da FASE a

efetivação de formação e treinamento para os profissionais das equipes de trabalho da

Semiliberdade.

GESTÃO:

Cabe à FASE realizar a fiscalização da gestão compartilhada, tendo como

principal objetivo:

Avaliar, monitorar e fiscalizar os recursos financeiros repassados pela FASE

para execução do Programa de Semiliberdade do Estado. Tendo como diretrizes

gerais:

- Elaborar instrumentos de gerenciamento dos recursos financeiros

repassados;

- Analisar contabilmente os processos de Prestações de Contas encaminhados

pelas Entidades Conveniadas dos recursos alocados ao convênio, com vistas a

aprovação das respectivas contas, conforme disposto Instrução Normativa n.º 01/2006

32

CAGE - Analisar administrativamente a utilização dos recursos mensais repassados

pela FASE;

- Emitir parecer sobre a regularidade das contas e da execução do convênio.

5.1 Formação e Capacitação

O processo de capacitação continuada da Semiliberdade se dará das seguintes

formas:

a) A FASE realizará encontros de capacitação continuada que possam trabalhar

todos os temas que dizem respeito a socioeducação;

b) O processo de capacitação dos profissionais não se dará somente nos

momentos de formação construídos pela FASE, o mesmo se operacionaliza

através do processo continuado das equipes de trabalho na busca de melhor

qualificação no que se refere ao trabalho intersetorial, e as diferentes temáticas

que compõem o trabalho da socioeducação, (mediação de conflitos, práticas

restaurativas, família, comunidade, redes de apoio entre outros). Por este

processo ser continuado, entendemos que cabe também as equipes do CAS

fomentar, incentivar e preparar os seus funcionários no que diz respeito a

formação continuada pois, é o mesmo, que re-significa a compreensão da

medida socioeducativa de semiliberdade.

33

7 RECURSOS FINANCEIROS

São obrigações essenciais dos partícipes quando houver conveniamento com Entidades para execução da medida de semiliberdade;

I – do concedente ( FASE );

a) transferir os recursos financeiros, para conta bancária vinculada, de acordo

com o cronograma de desembolso;

b) fiscalizar a execução do convênio, com a prerrogativa de orientar e

administrar os atos cujos desvios tenham ocasionado, ou possam vir a

ocasionar, prejuízos aos objetivos e metas estabelecidos

c) prorrogar os prazos de início e/ou de conclusão do objeto do convênio, na

mesma proporção do atraso dos repasses das transferências financeiras,

desde que a entidade partícipe não haja contribuído para esse atraso;

d) exigir as prestações de contas na forma e nos prazos fixados no

instrumento;

e) emitir parecer sobre a regularidade das contas e da execução do convênio;

f) receber o objeto do convênio, quando concluído, nos termos avençados,

atestando sua efetiva execução;

g) no caso de inadimplência ou de paralisação parcial ou total injustificadas,

assumir o controle, inclusive dos bens e materiais, e a execução do

convênio, podendo transferir a responsabilidade a outro interessado, sem

prejuízo das providências legais cabíveis;

II - do Convenente: (Conveniada)

a) executar o objeto conforme o estabelecido no termo de convênio;

b) manter e movimentar os recursos financeiros recebidos em conta bancária

individualizada e vinculados, identificados pelo nome e número do convênio,

em estabelecimento bancário oficial do Estado ou, na falta deste, em outro

banco, dando se preferência aos da União;

c) aplicar os saldos do convênio, enquanto não utilizados, em poupança ou

modalidade de aplicação financeira lastreada em títulos da dívida pública;

34

d) aplicar os rendimentos da aplicação financeira referida na alínea anterior

exclusivamente no objeto do convênio, devendo os mesmos ser,

obrigatoriamente, destacados no relatório e demonstrativos da prestação de

contas;

e) contribuir com a contrapartida mínima exigível;

f) realizar pesquisas de preços no mercado, através da coleta de preços entre,

no mínimo, três fornecedores do mesmo ramo de atividade, comprovadas por

orçamentos levantados na localidade ou região, para as compras ou serviços

necessários à execução do convênio, quando a entidade partícipe não estiver

sujeita às disposições da Lei Federal nº. 8.666/93;

g) manter registros contábeis individualizados das receitas e das despesas do

convênio, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade;

h) incluir as receitas e as despesas do convênio no respectivo orçamento,

quando a entidade partícipe estiver sujeita às disposições da Lei Federal nº.

4.320, de 17 de março de 1964;

i) devolver os saldos do convênio e dos rendimentos das aplicações financeiras

na data da conclusão do objeto ou na extinção do convênio;

j) devolver os valores transferidos, atualizados monetariamente, desde a data

do recebimento, na forma do Decreto nº. 40.542, de 27 de dezembro de 2000,

acrescidos dos rendimentos das aplicações financeiras, no caso de extinção

antecipada do convênio;

k) acompanhar e fiscalizar os contratos com terceiros para a execução dos

objetivos do convênio, responsabilizando-se pelos recebimentos provisórios

definitivos, relativos a obras e/ou serviços de engenharia;

l) atestar o recebimento de materiais e a prestação de serviços nos

documentos comprobatórios das despesas;

m) no caso de entidade de direito privado, os documentos serão atestados por

dois empregados, identificados através dos registros da Cédula de Identidade

e do Cadastro de Pessoas Físicas, do Ministério da Fazenda, CPF-MF;

n) designar responsável técnico e providenciar a Anotação de

Responsabilidade Técnica - ART relativo às obras e/ou serviços de

engenharia;

35

o) prestar contas dos recursos recebidos, obedecidas às disposições desta

Instrução Normativa;

p) quando a liberação dos recursos ocorrer em mais de uma parcela será

exigida a apresentação do Relatório de Execução Físico-Financeira,

demonstrando o cumprimento de etapa ou fase anterior, conforme o período e

condições determinadas no Termo de Convênio;

q) responsabilizar-se pelos encargos fiscais, comerciais, trabalhistas e

previdenciários, ou outros de qualquer natureza, resultantes da execução do

convênio;

r) comunicar, tempestivamente, os fatos que poderão ou estão a afetar a

execução normal do convênio para permitir a adoção de providências

imediatas pelo órgão ou entidade estadual;

s) comprometer-se a concluir o objeto conveniado, se os recursos previstos no

convênio forem insuficientes para a sua conclusão, sob pena de

ressarcimento do prejuízo causado aos cofres públicos.

7.1 Plano de Trabalho - Convênio

O plano de trabalho é um instrumento formal obrigatório nas propostas de convênios, previsto nos artigos 116, § 1º, da Lei Federal nº 8.666/93 e 6º da IN CAGE nº 01/06, devendo ser elaborado e apresentado pelo convenente habilitado (conforme formulário anexo à IN CAGE nº 01/06). Esse plano deverá conter

especificações completas do objeto a ser executado e o cronograma de execução,

com a descrição das etapas, ou fases, de execução do projeto, qualificadas por

unidades de medidas e com a quantificação física. Deverá nele constar, ainda, a

indicação da previsão de início e fim da execução do objeto, o tipo de gasto

(discriminado por elemento de despesa), o cronograma de desembolso dos recursos

financeiros a ser repassado pela concedente e pelo convenente, este quanto à sua

contrapartida, e o projeto básico, se for o caso.

No contexto de um Plano de Trabalho elaborado para a celebração de um

convênio, consideram-se metas as parcelas passíveis de quantificação do objeto

conveniado. E, por outro lado, as etapas correspondem às fases que deverão ser

cumpridas para a conclusão de uma meta.

36

Quando do conveniamento, o mesmo será formalizado por meio de um

instrumento denominado Termo de Convênio, cujas cláusulas, condições, estrutura e

cujo conteúdo deverão observar as disposições constantes do artigo 9º da IN CAGE nº

01/06.

A contrapartida é a parcela referente à colaboração do convenente, com

recursos próprios, para a execução do objeto do convênio, podendo ser em valores

monetários, bens ou serviços. No estado do RS, os percentuais mínimos de

contrapartida, quando exigidos, são fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.

37

8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento e a avaliação serão executados a partir de indicadores de

dados quantitativos e qualitativos, listagem geral de socioeducandos, prestações de

contas mensais encaminhadas pelos CAS, avaliação das planilhas de atendimento,

relatórios de atividades e o fluxo de atendimento de socioeducando, além da

supervisão sistemática realizada pela FASE, nas áreas administrativa, jurídica, de

recursos humanos exigidos conforme SINASE e execução do programa de

atendimento socioeducativo de semiliberdade. Esse conjunto de ações visa introduzir

parâmetros de avaliação do programa executado, bem como produzir informações

(dados) para a sua melhoria, análise da eficácia do programa desenvolvido, facilitando

ajustes oportunos e a publicização de dados levantados e seus resultados.

38

9 ROTEIRO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO TÉCNICO (QUANDO DO CONVENIAMENTO)

A. Identificação

Inclui elementos essenciais para identificar o Projeto e situá-lo em relação à entidade sancionadora e à equipe responsável.

Nome (Sigla) da entidade executora do projeto e do programa a que este se vincula.

Nome do projeto: deve dar ideia precisa da natureza da situação enfocada, deve ser coerente com o seu conteúdo e apontar para os objetivos pretendidos.

Nome do Técnico (ou dos membros da equipe técnica) responsável pela elaboração e pela execução do projeto: especificando qualificação e função do projeto.

B. Sumário da proposta

Resumo claro e eficiente do projeto. Deve conter as informações – chaves para uma apreciação preliminar da proposta por aqueles que irão decidir sobre a sua realização.

C. Considerações Gerais

Natureza da instituição: finalidade, responsabilidade e recursos da entidade. Histórico da entidade, composição da diretoria; suporte legal e administrativo; parcerias; trabalhos já realizados; resultados já conseguidos; principais fontes de recursos.

Relação do projeto com os planos e programas da instituição. Relação com os planos setoriais e regionais dos diferentes níveis de governo.

D. Justificativa

A justificativa deve ser esclarecedora quanto à necessidade da realização do projeto. Deve iniciar explicitando os antecedentes do projeto, os critérios adotados para a escolha de prioridades e para a seleção de alternativas.

Análise do contexto: descrever a região e as características da população local, suas possibilidades e seus limites. As iniciativas já desenvolvidas na região.

Natureza do problema: apresentação dos principais aspectos da questão, definição do (s) público (s) – alvo; definição do problema de maneira clara,

39

dando ênfase a aspectos quantitativos e qualitativos, as implicações imediatas, mediatas e em longo prazo e à medida que já foram tomadas e/ ou sugeridas em relação aos mesmos e seus resultados.

Evidenciar a viabilidade da proposta enfatizando as parcerias existentes e as parcerias possíveis.

E. Objetivos Gerais

Definição dos objetivos gerais, específicos e operacionais do projeto. O objetivo deve ser definido com precisão sempre de forma operacionalizável. Deve ser exeqüível e satisfatório em face dos problemas abordados e das condições oferecidas para a intervenção.

Onde se refere aos objetivos específicos, os mesmos devem ser mensuráveis; atingíveis e relacionado às necessidades do público-alvo e interligado com o objetivo geral.

F. Metodologia

No que se refere à metodologia, esta deve descrever as formas e técnicas que serão utilizadas para executar as atividades previstas, devendo explicar passo a passo a realização de cada atividade e não apenas repetir de forma descritiva as atividades que já constam no programa geral da semiliberdade. Deve levar em conta que as atividades têm início, meio e fim, detalhando o plano de trabalho. A metodologia deve responder às seguintes questões: a) Como o projeto vai atingir seus objetivos, b) Como começarão as atividades, c) Como serão coordenadas e gerenciadas as atividades, d) Como e em que momentos haverá a participação e envolvimento direto do grupo social a ser atingido, e) Quais as tarefas que cabem à instituição, f) Como, quando e por quem serão feitas as avaliações intermediárias sobre o andamento do projeto, g) Como e em que momentos haverá a participação e o envolvimento direto do grupo social, h) Quais as tarefas que cabem à instituição e ao grupo social, i) Na disposição dos resultados, o que será objeto de divulgação, os tipos de atividades, a abrangência e o público alvo.

G. Requisitos Técnicos (Recursos Humanos)

Disponibilidade de elementos indispensáveis para a realização do projeto, em termos de recursos humanos, materiais e administrativo (institucionais).

Recursos Humanos necessário, especificando as funções e o grupo de trabalho para a execução do projeto.

H. Materiais

Material de consumo.

Material permanente.

I. Orçamento e Recursos Financeiros

40

A previsão dos recursos monetários que serão necessários para a efetivação do projeto constitui o orçamento. No orçamento são previstas todas as despesas (gastos) e receitas (entradas de dinheiro) que deverão ocorrer nos diferentes momentos do projeto bem como a contrapartida da Entidade que deseja conveniar.

J. Monitoramento e Avaliação

Esta é uma prática imprescindível para avaliar o quanto do proposto vem sendo alcançado. Pode indicar a necessidade de alteração de algumas das metas ou atividades programadas. Para que a monitoramento e avaliação possam alcançar seus objetivos é necessário que se estabeleçam previamente alguns indicadores quantitativos e qualitativos. Estes indicadores devem permitir, de uma maneira geral, avaliar de que forma o projeto pretende: a) Obter a participação da comunidade, b) Documentar a experiência em todas as suas etapas, c) Divulgar, difundir os procedimentos, acertos e erros do projeto, d) Acompanhar a realização dos resultados e da aplicação dos recursos financeiros, e) Avaliar permanentemente o projeto, envolvendo equipe de trabalho e comunidade e realizando os ajustes que se façam necessários. Os indicadores de resultado permitem aferir/averiguar o avanço de cada atividade em relação aos objetivos do projeto em tese, se todas as atividades estão sendo realizadas.

K. Programa de Atendimento Interno Semiliberdade

A entidade deverá inscrever o Programa de Atendimento Interno da Semiliberdade conforme prevê o Art. 9º e 11º da Lei 12.594 – SINASE. O mesmo consiste na exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com especificação das atividades de natureza coletiva. Cada Centro de Atendimento de Semiliberdade deverá manter o seu Programa, o qual, segundo o SINASE, deve explicitar a organização e o funcionamento da unidade de atendimento, especificando, entre outras coisas, bem como o regime de atendimento. Deve prever, ainda, a estrutura de material e recursos humanos, bem como as estratégias de segurança, normas gerais para a proposta e realização do PIA, atribuições e responsabilidades dos dirigentes, equipes técnicas e equipe de socioeducadores, medidas disciplinares e devidos procedimentos bem como acompanhamento de egressos.

41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Legislação consultada

Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – (Lei Federal 8.069/1990)

Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS - (Lei Federal 8.742/1993)

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº

9.394/1996)

Programa de Medidas Socioeducativas de Internação e Semiliberdade -

RS – PEMSEIS; 2002

Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças

e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária – SEDH – Brasília/DF:

CONANDA, 2006;

Consulta Internet: Site Ministério do Trabalho – SEFOR

http://portal.mte.gov.br/codefat/qualificacao-social-e-profissional.htm

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE/SEDH –

Brasília-DF: CONANDA, 2006.

Sistema Único de Assistência Social – SUAS/MDS – Brasília–DF:

Secretaria Nacional de Assistência Social, 2005.

Resoluções

CFESS. Res 273/93: Código Ética Profissão dos Assistentes Sociais

CFESS. Res 557 e 559/2009

CFP. Res 17/2002: Código Ética Profissional de Psicologia

CONFEF. Conselho Federal de Educação Física (estatuto)

Obras consultadas

BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento Social: Intencionalidade e

instrumentação. São Paulo 2º: Veras Editora, 2010.

CAIRES, Maria Adelaide de Freitas. Psicologia Jurídica – Implicações

42

conceituais e aplicações práticas. São Paulo 9: Vetor Editora, 2003.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. As Bases Éticas da Ação

Socioeducativa – Referenciais Normativos e Princípios Norteadores. Brasília:

Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2006.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Tempo de Servir – O protagonismo

Juvenil Passo a Passo. Belo Horizonte, Editora Universidade, 2001.

_______. Socioeducação – Estrutura e Funcionamento da Comunidade

Educativa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2006.

_______. Por uma Política de Execução das Medidas Socioeducativas –

Conceitos e Princípios Norteadores. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos

Humanos, 2006.

_______. Parâmetros para a Formação do Socioeducador – Uma

Proposta Inicial para Reflexão e Debate. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos

Humanos, 2006.

_______. Os Regimes de Atendimento no Estatuto da Criança e do

Adolescente – Perspectivas e Desafios. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos

Humanos, 2006.

COUTO, Berenice Rojas e PERUZZO, Juliane Felix. Questão Social e

Processo de Trabalho em Serviço Social in Capacitação Profissional em Serviço

Social. CRESS 10ª Região, 1999.

GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do Processo de Trabalho e

Serviço Social In Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez, 2000.

IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade:

Trabalho e formação Profissional. São Paulo: Cortez, 2001.

43

ANEXO 1 RELATÓRIO QUANTI-QUALITATIVO

44

SECRETARIA DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO MENSAL QUANTI-QUALITATIVO SEMILIBERDADE Relatório mês de:

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 1.1 Nome da Entidade Conveniada: 1.2 Nome do Centro de Atendimento de Semiliberdade: 1.3 Endereço: 1.4 Membros da Equipe: (Colocar os nomes dos membros da equipe). Coordenador / Diretor: Advogado (a): Assistente Social Pedagogo (a): Psicólogo (a): Enfermeiro (quando tiver) Administrativo:

Socioeducadores Diurnos:

I) II) II) IV)

Socioeducadores Noturnos:

V) VI) VII) VIII)

2. DADOS ADOLESCENTES / JOVENS

Raça/Etnia

Adolescente Masculino (12 a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos Masculino (18 a 21 anos incompletos)

Adolescente Feminino

(12 a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos Feminino (18 a 21 anos incompletos)

Total

Branca Negra Parda Total Geral

45

2.2. ATO INFRACIONAL – Faixa etária x Ato Infracional

Ato Infracional (especificar)

Adolescente Masculino

(12 anos a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos

Masculino (18 anos a 21 anos

incompletos)

Adolescente Feminino

(12 anos a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos

Feminino (18 anos a 21 anos

incompletos)

Total

3. ACOMPANHAMENTO (Acompanhamento: entendido como toda e qualquer intervenção individual ou grupal, mas que envolve continuidade no processo). 3.1 FAMILIARES EM ACOMPANHAMENTO - Faixa etária x Gênero x Etnia (Quantificar todos os membros da família atendidos pela equipe)

Criança (até 11 anos)

Adolescente (12 a 17 anos incompletos)

Adultos Total

Raça/Etnia M F M F M F Branca Negra Parda Sub-Total Total Total Geral

3.2 NÚMERO TOTAL DE FAMÍLIAS EM ACOMPANHAMENTO (Quantificar o número de famílias que estão sendo acompanhadas pela equipe como o desdobramentos dos atendimentos do adolescente).

2.1. PÚBLICO ATENDIDO – Gênero x Faixa etária x Região de Origem (Especificar o município do adolescente e/ ou/ Jovem Adulto, bem como especificar se é adolescente ou jovem adulto).

Município de Origem

Adolescente Masculino (12 a 17 anos incompletos)

Jovem Adulto Masculino (18 a 21 anos incompletos)

Adolescente

Feminino (12 a 17 anos incompletos)

Jovem Adulto

Feminino (18 a 21 anos incompletos)

Total

Exemplo: Porto Alegre 05 02 0 0 07 Total Geral

46

Total Geral

4. NÚMERO DE ATENDIMENTOS REALIZADOS (Quantificar todos os atendimentos realizados pela equipe técnica, Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo,advogado, no mês, ao socioeducando e famílias, este dado trata-se dos atendimento realizados no CAS).

Total geral

5. NÚMERO DE VISITAS DOMICILIARES REALIZADAS NO MÊS (Este item vai especificar o número de visitas domiciliares realizadas no mês e CONFORME SUGESTÃO EM REUNIÃO GERAL DOS CAS, INSERIR CIDADE DA VD E QUILOMETRAGEM).

CIDADE DA VISITA DOMICILIAR QUILOMETRAGEM TOTAL MÊS 6. CÍRCULOS REALIZADOS (Quantificar todos os círculos realizados anteriores à medida de semiliberdade e durante a mesma, caso não tenha ocorrido círculos deixar este item sem preenchimento).

Círculos

Adolescente Masculino (12 a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos Masculino (18 a 21 anos incompletos)

Adolescente Feminino (12 a 17 anos incompletos)

Jovens Adultos Feminino

(18 a 21 anos incompletos)

Total

Círculos de Adesão Círculos Familiares Círculos de Compromisso Total Geral

7. ENCAMINHAMENTOS REALIZADOS Nº DE ENCAMINHAMENTOS E INSERÇÕES NA REDE SOCIOASSISTENCIAL EDUCAÇÃO Encaminhados Inseridos Ensino Fundamental Ensino Médio EJA NEJA PROFISSIONALIZAÇÃO Cursos Profissionalizantes Estágio Inserção no mundo do trabalho Emissão de documentação ASSISTÊNCIA SOCIAL SASE / ASEMA (TURNO INVERSO ESCOLA) Trabalho Educativo Programa Família/ Bolsa Família Abrigagem PEMSE CRAS/CREAS SAÚDE PSF CAPS- I - Atenção em Saúde Mental (Psiquiatria)

Tratamento para Drogadição

47

CAPS AD ATIVIDADES CULTURAIS OUTROS ENCAMINHAMENTOS (Especificar) 8. NÚMERO DE RELATÓRIOS REALIZADOS

RELATÓRIO NÚMERO PIA (Contextualização) PIA (Plano de Ação) Relatório Pós Fuga PIA Relatório Avaliativo Participações em Audiências Audiências de esclarecimentos Outros (especificar)

9. AÇÕES DA EQUIPE REUNIÕES REALIZADAS NÚMERO Rede socioassistencial Rede da educação Rede da Saúde Conselho Tutelar Outros (especificar) TOTAL MENSAL

10. REUNIÕES INTERNAS (incluir todas as reuniões de discussões) REUNIÕES NÚMERO Reuniões internas (coordenação com equipe) Reuniões com a equipe de Supervisão e Gestão da Semiliberdade Reuniões com o Juizado da Infância Reunião de Plantão Reunião de Micro Equipe (Coordenação, técnicos, educadores ou mais por plantão).

Reunião de Estudo de caso (Técnicos e Coordenação) Reunião Técnica Administrativa Outros (Especificar) TOTAL

11. AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO TRABALHO: (Neste item a equipe deve abordar todas as situações referentes ao trabalho, avanços, desafios, dificuldades encontradas na operacionalização do trabalho, dificuldades encontradas na inserção na rede de serviços, Juizado, Defensoria Pública, sugestões, usem o espaço que acharem necessário para as reflexões e produções da equipe). Não esquecendo que o que baliza este desenvolvimento é o Projeto Técnico apresentado pela instituição quando do início ou renovação do contrato com a Entidade. 12. PLANILHA GERAL NOMINAL DE ADOLESCENTES E JOVENS DA SEMILIBERDADE: (Este material será uma planilha padrão geral - Excel de todos os adolescentes que atualmente estão cumprindo Medida Socioeducativa de Semiliberdade, este material será encaminhado em anexo).

48

Ingresso na FASE

DecisãoJudicial

AcolhimentoDesligamento

SituaçãoJurídica

IP Sentença

Internaçãoou

Semiliberdade

PIA

AcompanhamentoSociopedagógico

Relatório Avaliativo

AudiênciaRevisional

DecisãoJudicial

Desligamentoe/ou

Programa de Egresso

Manutençãoda

Medida Socioeducativa

49

ANEXO 2

INSTRUMENTOS PIA

50

COMUNICAÇÃO DE INGRESSO SEMILIBERDADE

Processo n.º:

Nome:

Data de nascimento:

Filiação:

Data de Ingresso:

Comarca de Origem:

Medida:

OBS.:

Data:

Assinatura e Carimbo Coordenador e/ou Socioeducador Referência

51

PLANO DE PROGRESSÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO PARA SEMILIBERDADE

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:__________________________________________________________

Nº do Processo: __________________ Unidade:________________________

Data de Nascimento:___ /___/______

Filiação:

Mãe___________________________________________________________

Pai____________________________________________________________

Endereço: Rua________________________________________Nº_________

Bairro:_________________________Cidade:______________________CEP_______________

Referência familiar:_____________________________Fone:______________

SITUAÇÃO APRESENTADA NA TRANSFERÊNCIA DA MEDIDA

j) Houve encaminhamento escolar? Sim ( ) Não ( ) Escola:___________________________________________

Matriculado: ( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite

2. Já frequenta algum curso? Sim ( ) Não ( ) Qual:____________________

3. Qual a área profissional de sua preferência? _____________________

4. Já faz estágio? Sim ( ) Não ( ) Onde:______________________________

Turno: Manhã ( ) Tarde ( )

5. Já está trabalhando? Sim ( ) Não ( )

Local:________________________

Turno: Manhã ( ) Tarde ( )

6. Tem preferência por alguma modalidade esportiva e/ou cultural?

Qual (is)_____________________________________________

52

7. Saúde

Requer encaminhamentos? Sim ( ) Não ( )

Qual (is)_____________________________________________

8. Situação familiar:

Possui referência? Sim ( ) Não ( ) Quem:_____________

Descreva:__________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

53

TERMO DE COMPROMISSO DE ADESÃO

Eu,_____________________________,socioeducando da FASE, juntamente

com____________________________________________(Nome do familiar) Grau de

parentesco. Comprometemo-nos a aderir e realizar o Plano de Atendimento da Medida

Socioeducativa de Semiliberdade, acordado nesta reunião.

Assinaturas:

Socioeducando: ___________________________

Familiar: ______________________________

Equipe:

Nome:_______________________________________Função:___________

Nome:_______________________________________Função:___________

Nome:_______________________________________Função:___________

Nome:_______________________________________Função:___________

Nome:_______________________________________Função____________

Nome:_______________________________________Função____________

Data:

54

ESPAÇO A SER PREENCHIDO PELO SOCIOEDUCANDO

Manifeste o que você espera da medida de semiliberdade:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

55

PIA

1ª Etapa – Contextualização

1. Dados de Identificação:

Nome:

Certidão de nascimento:

RG:

CPF:

Outros documentos:

Filiação: Mãe: Endereço: Fone:

Pai:

Responsável: Endereço: Fone:

Ingresso:

2. Aspectos Jurídicos:

Processo:

Ato infracional:

MSE:

Período de internação provisória:

Antecedentes infracionais:

Documentação:

3. Contexto das relações familiares:

4. Desenvolvimento educativo:

5. Saúde:

6. Aspectos do comportamento e avaliação:

7. Necessidades iniciais:

56

8. Justiça restaurativa ( ) sim ( ) não

9. Indicação de unidade para transferência

Assinaturas:

Data:

57

PIA PLANO DE AÇÃO 2ª Etapa

PROPOSTA DE ATENDIMENTO (modelo explicativo)

1 - IDENTIFICAÇÃO Unidade de Execução:

Ingresso na Unidade:

Nome:

DN: MSE: Processo:

Filiação:

Pai:

Endereço/fone:

Mãe:

Endereço/fone:

Responsável:

Endereço/fone:

Documentação:

Tipo de Documento Nº Registro de Nascimento CPF Carteira de Identidade Carteira de Trabalho Título de Eleitor Alistamento Militar

2- CONTEXTUALIZAÇÃO a) Aspectos jurídicos: registrar informações referentes aos dados conhecidos sobre a situação jurídica do adolescente, quanto ao processo, ato infracional, MSE, período de internação provisória e antecedentes infracionais.

b) Contexto das relações familiares: especificar a composição sócio-econômica-familiar, resgatar as relações com família, colaterais e grupos sociais, historiando a vida pregressa do adolescente, vínculos e conflitos significativos, apontando as questões importantes a serem trabalhadas. Indicar membros da família mais significativos e que devem ser inseridos no processo de acompanhamento social.

c) Desenvolvimento Educativo e Profissionalizante: historiar a vida escolar e experiências profissionalizantes e/ou trabalho, bem como suas expectativas para tal.

d) Saúde: historiar e registrar os aspectos de saúde física e mental que interfiram no desenvolvimento do adolescente.

58

e) Aspectos do comportamento e avaliação: breve panorama das características e funcionamento do adolescente com relação ao grupo familiar / grupo social e vivências institucionais.

f) Justiça Restaurativa ( )sim ( ) não

g) Indicação de Unidade

3 - PROPOSTA DE ATENDIMENTO

PROPOSTA

DETALHAMENTO (conforme necessidade deste(a)

adolescente) 1. Educação 1.1 Escola matriculado ( )sim ( )não frequentando ( )sim ( )não série :...........( ensino fundamental) ............( ensino médio)

Educação

Ações visando a escolarização, profissionalização, desenvolvimento pessoal e outras habilidades profissionais, intelectuais, sociais, esportivas, lazer, cultural e espiritual, (com o nome e nº de atividades por turnos, se fora ou dentro da unidade, local, entidade, necessidade acompanhamento ou não...)

1.2 Oficinas ( ) frequentando ( ) inscrito

1.3 Curso Profissionalizante ( ) frequentando ( ) inscrito

1.4 Estágio ( ) sim ( ) não

1.5 Trabalho ( ) sim ( ) não

1.6 Atividades ( ) recreativas ( ) espirituais ( ) culturais

2. Cidadania ( ) documentação ( ) outros

Cidadania

Ações relativas a regularização do registro civil, investigação de paternidade para si e se tiver filhos, registro dos filhos, documentação pessoal, título de eleitor, alistamento militar, carteira profissional, pensões alimentícias, direitos

59

PROPOSTA

DETALHAMENTO (conforme necessidade deste(a)

adolescente) previdenciários e outros direitos.

3. Família 3.1 Contato com a Família ( ) fone ( ) entrevista ( ) visita na unidade ( ) visita domiciliar

Família/Assistência

Ações a abordar quanto as relações parentais, aos vínculos afetivos e referenciamentos comunitários, bem como ações relativas às condições assistenciais a serem prestadas para amparo/reforço/suporte à rede familiar via rede comunitária, programas de apoio etc.

3.2 Inclusão da família em políticas públicas ( ) programa assistencial ( ) programa de saúde ( ) outros

3.3 Participação da família na mse ( ) sim ( ) não

Especificar como se dá a participação da família, se é presente, se busca informações e orientações ou não se mostra motivada.

Ações propostas pela equipe a participação, na MSE.

4. Saúde do adolescente ( ) bucal ( ) física ( ) mental

Saúde Ações relativas à saúde bucal, física, psicológica, psiquiátrica, neurológica, drogadição (proposta de atendimento, se na FASE, rede pública ou outra instituição, se atendimento ou tratamento, frequência/turno, se acompanhado ou não....)

5. Segurança ( ) envolvimento em gangue ( ) risco de agressão e/ou morte ( ) risco na visita familiar (adolescente) ( ) risco na custódia ( ) risco na visita domiciliar (técnico)

Segurança Ambiente de origem, gangues, guerras e rivalidades, considerando também os reflexos dentro da Unidade, visitas domiciliares e custódia do jovem.

6. Atendimento individual ( ) área(s)

Ações específicas dentro e fora da Unidade, conforme PEMSEIS.

7. atendimento em grupo ( ) operativo ( ) terapêutico ( ) familiar

Ações específicas em grupo dentro e fora da Unidade, acompanhado ao não, conforme PEMSEIS.

8. Comportamento ( ) com intercorrência(s)

Comportamento Normatização, convivência com regras e limites, disciplina, relacionamentos

60

PROPOSTA

DETALHAMENTO (conforme necessidade deste(a)

adolescente) ( ) sem intercorrência(s) institucionais, convivência social e grupal.

Destacar advertências, CAD e elogios. 9. Responsabilização

( ) antecedentes ( ) medidas anteriores ( ) processos em andamento

Responsabilização Visão do adolescente quanto a sua participação no ato infracional e sua respectiva responsabilidade, bem como capacidade de juízo crítico e possibilidade de inclusão na Justiça Restaurativa.

OBSERVAÇÃO: incluir aqui alguma informação ou combinação que não tenha sido contemplada acima.

DATA:

ASSINATURA EQUIPE TÉCNICA E DIREÇÃO:

61

PIA RELATÓRIO AVALIATIVO

3ª Etapa UNIDADE DE EXECUÇÃO:

NOME:

DN: MSE: PROCESSO:

FILIAÇÃO:

PAI:

ENDEREÇO/FONE:

MÃE:

ENDEREÇO/FONE:

RESPONSÁVEL:

ENDEREÇO/FONE:

DOCUMENTAÇÃO:

Tipo de Documento Nº Registro de Nascimento CPF Carteira de Identidade Carteira de Trabalho Título de Eleitor Alistamento Militar

*Descrever com detalhes o que foi contratado com o adolescente por ocasião do Plano de Atendimento e como estas propostas se desenvolveram ao longo do período. Destacando os progressos e as dificuldades. Também realinhar a proposta conforme as necessidades do caso no decorrer da internação.

1. ESCOLA:

2. CIDADANIA:

3. FAMÍLIA/ASSISTÊNCIA:

:

4. SAÚDE DO ADOLESCENTE:

62

5. SEGURANÇA:

6. ATENDIMENTO INDIVIDUAL:

7.ATENDIMENTO EM GRUPO:

8. COMPORTAMENTO:

9. RESPONSABILIZAÇÃO:

10. PROPOSTA DE ATENDIMENTO: (síntese com as condições favoráveis ou não para progressão, desligamento e inclusão no Programa de Egresso, bem como as providências e encaminhamentos realizados)

DATA:

ASSINATURA EQUIPE TÉCNICA E DIREÇÃO:

63

COMUNICAÇÃO DE FUGA

AO JUÍZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

Nome Completo: Data de Nascimento: Comarca: Filiação: Mãe: Pai: Nº Processo: Data de ingresso na Semiliberdade: Data da fuga:

Relato

Assinatura Equipe Técnica

64

RELATÓRIO PÓS-FUGA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO NOME:

DATA DE NASCIMENTO:

FILIAÇÃO: ENDEREÇO:

PROCESSO:

Responsável:

INFORMAÇÕES:

A) Duração do período de evasão:

B) Local onde esteve residindo:

C) Motivo e justificativa para evasão:

D) Circunstância da apreensão:

E) Envolvimento em novo Ato Infracional:

F) Unidade em que já esteve recolhido: G) Parecer: DATA:

Assinatura equipe técnica:

65

CADASTRAMENTO DE ADOLESCENTE DA FASE NO PROGRAMA DE EGRESSOS

1 - SITUAÇÃO PROCESSUAL

MSE__________Unidade Executora______________Cidade/JIJ____________________

Nº do Processo:___________________________________________________________

1º Ingresso em:___________Desligado em:_______ Progressão para _________

2º Ingresso em:___________Desligado em:_______ Progressão para

3º Ingresso em:___________Desligado em:_______ Progressão para

2 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:______________________________________________________________

Sexo:______________ Data de Nascimento:___________Escolaridade:__________

Filiação:____________________________________________________________

RG:_______________CPF:___________CTPS:______ Título de Eleitor:________

Alistamento Militar: Cartão SUS ____

Endereço:___________________________________________________________

Bairro:_______________________________Cidade:________________________

Referência familiar:____________________ Fone:__________________

3 - ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR NA SEMILIBERDADE

(adolescente e/ou família)

3.1 - Área Educativa

3.1.1 - Escolar (série, defasagem, aproveitamento...)

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

66

3.1.2 - Profissionalização (cursos, oficinas, estágios, aptidões,trabalho) _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________

3.2 - Área da Saúde

3.2.1. Saúde Física (pontuar as áreas que necessitam manter o acompanhamento ou providenciar novos; atentar para o uso de medicação continuada) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.2.2. Saúde Mental (pontuar as áreas que necessitam manter o acompanhamento, verificar a indicação de uso de medicação psicotrópica) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.2.3. Drogadição (especificar se participa de atendimento e/ou necessita de encaminhamento para tratamento especializado)

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.3 - Área Social (constelação familiar, inclusão e participação nas políticas públicas)

67

3.4. Área de Segurança

(registrar envolvimento em gangs rivais na FASE, risco de agressão e/ou morte, risco no convívio familiar ou comunitário...)

__________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.5. Nível de Participação no Programa

(indicar a possibilidade de inserção do adolescente e/ou familiares. Apontar a necessidade de inclusão no APOIO FINANCEIRO e se o beneficiário deverá ser o

adolescente ou algum familiar)

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 – REDE DE REFERÊNCIA

4.1. Entidades Anteriores: ______________________________________________

___________________________________________________________________

4.2 -Programa de Meio Aberto: __________________________________________

___________________________________________________________________

4.3 Programa de Meio Aberto em POACR_________________________________

___________________________________________________________________

OBSERVAÇÃO :

Data: ______/____/_____

EQUIPE TÉCNICA: _____________________

68

NÚCLEO DE ACOMPANHAMENTO DOS ADOLESCENTES EGRESSOS DA FASE ROTEIRO DE PRÉ-CÍRCULO PARA EGRESSO

Nome:............................................................................................................................ Data de Nascimento:......../........./............. Número do Processo:....................................... Tipo de Procedimento Restaurativo:.Preparação e encaminhamento para o ingresso no RS-Egressos......................................................................... Instituição:.....FASE.........................................Unidade executora:............................ Fato:..........................................................................Data do Fato:...................................... Encerramento do Procedimento no pré-círculo – motivo:.............................................. ........................................................................................................................................ Descrição do Pré-círculo Restaurativo: Etapas da descrição do Pré-círculo: 1º Reunir-se com o adolescente para:

escutá-lo e registrar sobre o ato cometido; perceber e registrar sobre a crítica do adolescente em relação ao ato cometido, bem

como de sua responsabilização; 2º Explicar o foco a ser abordado no Círculo de Compromisso;

o adolescente é informado de que será abordado o ato infracional e as consequências do mesmo, no Círculo de Compromisso;

3° Informar:

os princípios e valores da Justiça Restaurativa; os passos do círculo (mapa do procedimento)

4º Explicar: o Programa Socioeducativo (POD Socioeducativo) - Acompanhamento de adolescentes Egressos da Fase; o que é JR, o motivo do círculo, o que é o círculo, como funciona, de quem se trata. 5º Definir os demais participantes: Informar sobre o foco do Círculo de Compromisso (preparar o adolescente e sua família para a possibilidade de progressão de MSE; o retorno do adolescente) Nome Data Fone Participação Família............ Ongs.............. CAPS............ CREAS ( programas ).. Saúde (Município)…................... Educação.(Estadual / Municipal )................. Campo de Estágio ( representantes e ou orientadores ) Outros:.... Coordenador:.....(técnicos do adolescente).. Assinaturas:................................................................................................................... Data:......./......./............

69

NÚCLEO DE ACOMPANHAMENTO DE ADOLESCENTES EGRESSOS DA FASE PRÉ-CÍRCULO PARA EGRESSO

Nome:.................................................................................................................................... Data de Nascimento:......../........./............. Número do Proc.:....................................... Tipo de Procedimento Restaurativo:.Preparação e encaminhamento para o ingresso no Programa de Egressos......................................................................... Instituição:.....FASE.........................................Unidade executora:............................ Fato:..........................................................................Data do Fato:...................................... Encerramento do Procedimento no pré-círculo – motivo:..................................................... .............................................................................................................................................. Descrição do Pré-círculo Restaurativo: Coordenador:............................................................................................................... Técnicos do adolescente.............................................................................................. Assinaturas:................................................................................................................... Data:......./......./............

70

71