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Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013

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Page 1: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

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Programa Operacional

Factores deCompetitividade 2007 > 2013

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FICHA TÉCNICA

TÍTULO

Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013

EDIÇÃO

Observatório do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional

Ed. Parque Expo - Av. D. João II, Lote 1.07.2.1 • 1998-014 Lisboa

Tel.: (+351) 210 437 300 • Fax: (+351) 210 437 399

http://www.observatorio.pt/

DATA DE EDIÇÃO

Novembro de 2008

TIRAGEM

500 exemplares

ISBN

978-989-96035-1-6

DEPÓSITO LEGAL

000000/08

DESIGN

UP - Agência de Publicidade

PRODUÇÃO GRÁFICA

Estrelas de Papel, Lda.

A edição, o design e a produção gráfica da presente colecção foram financiados pela União Europeia (Programa Operacional de Assistência Técnica ao QCAIII)

O conteúdo da presente publicação corresponde, salvo erro tipográfico, à versão do Programa Operacional Factores de Competitividade que consta no site www.qren.pt.

capas AF_V03nvfundos.indd 18 19-11-2008 12:11:45

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Índice 1 Enquadramento 22 Os Factores de Competitividade na Economia Portuguesa 7 Diagnóstico dos Factores de Competitividade da Economia Portuguesa 83 Análise SWOT 21 Oportunidades e Ameaças - Factores Exógeneos Condicionantes 22 Forças e Fraquezas - Dotações Existentes ou Dinâmicas em Curso 234 Lições do QCA III para o Actual Período de Programação 275 Estratégia para a Melhoria da Competitividade da Economia Portuguesa 33 Prioridades da Agenda Operacional Factores de Competitividade 34 O Desafio da Eficiente Utilização de Recursos Públicos Escassos: Concentração e Selectividade 34 Articulação entre Programas Operacionais do QREN 36 Articulação entre as Agendas Temáticas Factores de Competitividade e Potencial Humano 37 Articulação com o FEADER e o FEP 39 O Programa Operacional no Contexto da Agenda Temática Factores de Competitividade 39 Tipologias de Instrumentos 416 Eixos Prioritários do Programa Operacional Factores de Competitividade 47 Eixo Prioritário I - Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico 49 Eixo Prioritário II - Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Modelo de Especialização 52 Eixo Prioritário III - Financiamento e Partilha de Risco da Inovação 55 Eixo Prioritário IV - Uma Administração Pública Eficiente e de Qualidade 58 Eixo Prioritário V - Redes e Acções Colectivas de Desenvolvimento Empresarial 62 Eixo Prioritário VI - Assistência Técnica 637 Programação Financeira 67 Programação Plurianual e por Eixos Prioritários 69 Repartição Indicativa da Contribuição Comunitária por Categoria de Despesa 708 Modelo de Governação 75 Arquitectura Geral 76 Direcção Política do Programa Operacional 77 Gestão do Programa Operacional 77 Auditoria do Programa Operacional 81 Certificação das Despesas do Programa Operacional 83 Acompanhamento do Programa Operacional 83 Monitorização e Avaliação do Programa Operacional 84 Circuitos Financeiros 89 Intercâmbio Electrónico de Informação com a Comissão Europeia 90 Informação e Comunicação do Programa Operacional 91 Adjudicação de Contratos Públicos 92 Auxílios de Estado às Empresas 92 Compatibilidade com as Políticas de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 92 Contributo do Programa Operacional em Matéria de Controlo e Redução de Emissões

de Gases com Efeito de Estufa e de Promoção da Eficiência Energética 93 Igualdade de Oportunidades entre Homens e Mulheres no Processo de Concepção

e Execução do Programa Operacional 949 Síntese da Avaliação Ex-ante do Programa Operacional 99 Avaliação Ex-ante do Programa Operacional Factores de Competitividade (Sumário Executivo) 102 1. A Agenda de Competitividade da Economia Portuguesa no Horizonte 2015: Desafios,

Prioridades e Instrumentos de Política 103 2. O Programa Operacional Factores de Competitividade 112 3. As Recomendações da Avaliação Ex-ante: A Incorporação de Conhecimento e de Lições

da Experiência na Programação Estrutural da Agenda de Competitividade 11410 Anexos 121 Anexo I - Agrupamentos por Ramos de Actividade 122 Anexo II - Regras para Determinação da Elegibilidade das Despesas em Função da Localização,

da Quantificação dos Efeitos de Difusão (Spill-over Effects) 123 Anexo III - Lista Indicativa de Grandes Projectos 127

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1. EnquadramentoReflectindo as Agendas de Lisboa e Gotemburgo, o próximo período de programação dos fundos estru-

turais (2007-2013) assume uma política comunitária de coesão ambiciosa e centrada num número limi-

tado de prioridades, com o objectivo de potenciar um maior efeito de alavanca e um valor acrescentado

mais significativo dos recursos financeiros comunitários e nacionais envolvidos.

As prioridades para a política de coesão 2007-2013 têm por base um maior alinhamento da política de

coesão com os objectivos estratégicos identificados no âmbito da Estratégia de Lisboa renovada e, por-

tanto, centradas na promoção do crescimento sustentável, na competitividade e no emprego (cf. COM

(2006) 386 final de 13 de Julho de 2006):

• ReforçaraatractividadedosEstados-membros,dasregiõesedascidades,melhorandoaacessi-

bilidade, assegurando serviços de qualidade e níveis adequados e preservando o ambiente;

• Desenvolveremelhorarasinfra-estruturasdetransportes;

• Reforçarassinergiasentreaprotecçãoambientaleocrescimento;

• AbordaraquestãodautilizaçãointensivadasfontesdeenergiatradicionaispelaEuropa;

• Incentivarainovação,oespíritoempresarialeocrescimentodaeconomiabaseadanoconheci-

mento, promovendo as capacidades de investigação e inovação, incluindo as novas Tecnologias de

InformaçãoeComunicação(TIC);

• ReforçaremelhoraroinvestimentoemIDT;

• Facilitarainovaçãoepromoveroespíritoempresarial;

• Promoverasociedadedainformaçãoparatodos;

• Melhoraroacessoaofinanciamento;

• Criarmaisemelhoremprego,atraindomaispessoasparaomercadodetrabalhoouparaaac-

tividade empresarial, melhorando a adaptabilidade dos trabalhadores e das empresas e aumen-

tando os investimentos no capital humano;

• Atrairemanterummaiornúmerodepessoasnomercadodetrabalhoemodernizarossistemas

de protecção social;

• Melhoraraadaptabilidadedostrabalhadoreseaflexibilidadedomercadodetrabalho;

• Aumentaroinvestimentonocapitalhumanoatravésdamelhoriadaeducaçãoedascompetências;

• Reforçaracapacidadeadministrativa;

• Contribuirparamanterumapopulaçãoactivasaudável.

AmaterializaçãodosobjectivosemmatériadeEstratégiadeLisboarenovada traduz-seemtermos

nacionaisnoPNACE(ProgramaNacionaldeAcçãoparaoCrescimentoeEmprego2005-2008),enqua-

dramento estratégico que não poderia deixar de determinar de forma decisiva o Quadro de Referência

EstratégicoNacional(QREN)eopresenteProgramaOperacional(PO)FactoresdeCompetitividade.No

domíniomaisespecíficodacompetitividadeedainovação,oPlanoTecnológico,nasuatriplavertentede

Conhecimento,InovaçãoeTecnologia,constituioreferencialnacionalfundamentalparaaintervenção

doQRENemmatériadaPrioridadeTemáticaFactoresdeCompetitividade.

OPOFactoresdeCompetitividade,queseexplicitaaolongodospróximoscapítulos,inscreve-senoâm-

bitodoobjectivoConvergência,cujasorientaçõescomunitáriasvãonosentidodeestimularopotencial

de crescimento sustentado da economia portuguesa, no quadro das seguintes prioridades:

• Centrarnosinvestimentosenosserviçoscolectivosnecessáriosparaaumentaracompetitivida-

de a longo prazo e a criação de emprego e para assegurar o desenvolvimento sustentável;

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• Incrementaroesforçoparaaumentar o investimento no capital humano, promover o acesso ao empre-

go,reforçarainclusãosocialeintroduzireexecutarreformasnossistemasdeeducaçãoeformação;

• Modernizarereestruturaracapacidadedeproduçãodasregiões, através da prestação de ser-

viçosàsempresas,emespecialàsPME,damelhoriadoacessoaofinanciamento,dapromoçãode

I&DTedainovação,dodesenvolvimentodosrecursoshumanosedacriaçãodecondiçõesparaa

penetração,divulgaçãoeadopçãodasTIC;

• Reforçarascapacidadesinstitucionaisparaconcebereexecutarpolíticaseficazes.

Anívelnacional,asorientaçõescomvistaaoplaneamentoeàprogramaçãodaintervençãoestrutural

comunitáriaemPortugalnoperíodo2007-2013encontram-seinscritasnoQREN.

Nestequadrodereferência,assumecomodesígnioestratégicoglobal:

“Qualificarosportugueseseasportuguesas,valorizandooconhecimento, a ciência, a tecnologia e

a inovação, bem como promover níveis elevados e sustentados de desenvolvimento económico e só-

cio-cultural e de qualificação territorial numquadrodevalorizaçãodaigualdadedeoportunidades

e, bem assim, aumentar a eficiência e qualidadedasinstituiçõespúblicas, através da superação dos

principais constrangimentos que se revestem de dimensão e características estruturais, e criar as

condiçõespropíciasaocrescimentoeaoemprego.”

E, como prioridades estratégicas nacionais:

a) Promover a qualificação dos portugueses e das portuguesas, desenvolvendo e estimulando o

conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação como principal garantia do desenvolvimento

doPaísedoaumentodasuacompetitividade;

b) Promover o crescimento sustentado através, especialmente, dos objectivos do aumento da

competitividade dos territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto,

incluindo os da administração da justiça, da qualificação do emprego e da melhoria da produti-

vidade e da atracção e estímulo ao investimento empresarial qualificante;

c) Garantir a coesão social actuando, em particular, nos objectivos do aumento do emprego e do

reforço da empregabilidade e do empreendedorismo, da melhoria da qualificação escolar e pro-

fissional e assegurando a inclusão social, nomeadamente desenvolvendo o carácter inclusivo do

mercado de trabalho, promovendo a igualdade de género e a igualdade de oportunidades para

todos e para todas, bem como a reabilitação e reinserção social, a conciliação entre a vida social e

profissional,eavalorizaçãodasaúdecomofactordeprodutividadeemedidadeinclusãosocial;

d) Assegurar a qualificação do território e das cidadestraduzida,emespecial,nosobjectivosde

assegurar ganhos ambientais, promover um melhor ordenamento do território, prevenir ris-

cos e, ainda, melhorar a conectividade do território e consolidar o reforço do sistema urbano,

tendopresenteavontadedereduzirassimetriasregionaisdedesenvolvimento;

e) Aumentar a eficiência da governaçãoprivilegiando,atravésdeintervençõestransversaisnos

diversosPOrelevantes,osobjectivosdemodernizarasinstituiçõespúblicas,melhoraraefici-

ência e qualidade dos grandes sistemas sociais e colectivos, com reforço da sociedade civil e

melhoria da regulação.

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OQuadrodeReferênciaEstratégicoNacional(QREN)consagraprincípiosdeorganizaçãotemáticana

estruturaçãodosProgramasOperacionais (PO), traduzindo-senumadiminuiçãosignificativadoseu

número,quandocomparadocomaestruturadoQCAIII:trêsProgramasTemáticos(FactoresdeCom-

petitividade,ValorizaçãodoTerritórioePotencialHumano)enoveProgramasRegionais.

Osprogramastemáticos(deaplicaçãomulti-territorial)sãocomplementados,seguindoumalógicade

coerênciadeintervenções,pelosPORegionaisdoContinenteosquaissãoestruturadostematicamente,

assegurando-se, assim, a prossecução à escala regional (de acordo com as especificidades, constran-

gimentosepotencialidadesdecadaregião)dasprioridadestemáticasrelativasaosFactoresdaCompe-

titividadeeàValorizaçãoTerritorial.

Emconsequênciadedeterminaçõesregulamentarescomunitárias(programaçãomono-fundoe,ten-

dencialmente,porobjectivodapolíticadecoesão)edealgumasopçõesnacionais,oPOFactoresde

Competitividade,co-financiadopeloFEDER,seráaplicadoàsRegiõesConvergênciadoContinente(ex-

cluindo a região em phasing-outdoAlgarve),ouseja,Norte,CentroeAlentejo.

NoquedizrespeitoaoTemaFactoresdeCompetitividade,oQRENestabeleceuasseguintesprio-

ridades:

“Factores de Competitividade que visam a eficiênciaeaqualidadedasinstituiçõespúblicas, per-

mitindo a redução dos custos públicos de contexto, incluindo os da administração da justiça, bem

como a provisão de estímulos à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, incentivos à

modernização e internacionalização empresariais, incentivos ao investimento directo estrangeiro

qualificante, apoio à investigação e desenvolvimento e promoçãodasociedadedainformaçãoedo

conhecimento.”

Aumníveloperacional,oQRENidentificoucomoprincípioschaveparaoexercíciodeprogramação:

• Concentraçãodoapoioemactividadesqueproduzamresultadoseefeitoseconómicos,sócio-cul-

turais e de qualificação territorial;

• Selectividadenosinvestimentoseacçõesdedesenvolvimentoafinanciar,comvistaàsatisfação

de metas de eficiência na produção de resultados completada com a satisfação de objectivos de

eficácianarealizaçãofísicaefinanceira;

• Viabilidadeeconómicaesustentabilidadefinanceiradasactuações.

Aos quais acrescem, por particularmente relevantes:

• Fomentodeparceriaspúblico-privadas;

• Estímulodacooperaçãoefuncionamentoemrede.

A concepçãodoProgramaOperacionalFactoresdeCompetitividade tevepor baseospressupostos

orientadoreseregulamentaresnacionaisecomunitários,anteriormentesintetizados,moduladospelas

liçõesdeexperiêncianaimplementaçãodeanterioresperíodosdeprogramaçãodefundosestruturais,

numa lógica de programação de forte concentração, selectividade e sustentabilidade, a par da insti-

tuição de princípios de simplificação e eficiência nos procedimentos administrativos e de reforço da

qualidadedagestãoeacompanhamentodoPrograma.

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OconteúdodoProgramareflecte,ainda,acolaboraçãodeváriosactoreseconómicosepolíticoscom

potencial influênciana implementaçãodoTemaFactoresdeCompetitividadeanívelnacional. Igual-

mente, se releva a importância do modelo interactivo de elaboração da Avaliação Ex-ante para a melho-

ria da coerência, relevância, pertinência e utilidade do presente exercício de programação.

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Os Factores de Competitividade na Economia Portuguesa

Diagnóstico dos Factores de Competitividade da Economia Portuguesa 8 Domínios Transversais 8 Tecido Empresarial, Internacionalização e Empreendedorismo 8 I&D, Inovação e Sociedade da Informação 11 Envolvente de Apoio à Competitividade Empresarial 12 Custos Públicos de Contexto 13 Principais Dimensões Sectoriais 16 Indústria 16 Comércio e Serviços 17 Turismo 18 Energia 18

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OdiagnósticodotemaFactoresdeCompetitividadeéorganizadoemquatrograndesdomíniostransver-

sais:“Otecidoempresarial,internacionalizaçãoeempreendedorismo”,“AI&D,inovaçãoesociedadeda

informação”,“Aenvolventedeapoioàcompetitividadeempresarial”e“Oscustospúblicosdecontexto”.

Em complemento, são apresentadas breves sínteses sectoriais sobre o diagnóstico da situação actual

deactividadeseconómicasconsideradascentraisnaestratégiadecompetitividadedoQREN–Indústria,

Energia,TurismoeComércioeServiços.

Asíntesedestediagnósticotraduz-senaapresentaçãodeumaanáliseSWOTqueidentificaasprincipais

forçasefragilidadesdePortugalnestatemáticaeasprincipaisoportunidadeseameaçascomquese

defronta o desejado processo de desenvolvimento sustentado e competitivo da economia portuguesa.

Diagnóstico dos Factores de Competitividade da Economia PortuguesaDomínios Transversais

OspróximospontosexplicitamodiagnósticodotemaFactoresdeCompetitividadeorganizadoemqua-

troprincipaisdomíniostransversais:(i)tecidoempresarial,internacionalizaçãoeempreendedorismo,

(ii)I&D,inovaçãoesociedadedainformação,(iii)envolventedeapoioàcompetitividadeempresariale

(iv) custos públicos de contexto.

Tecido Empresarial, Internacionalização e Empreendedorismo

A economia portuguesa vem observando dificuldades em se posicionar competitivamente num mercado in-

ternacionalcrescentementeconcorrencialeglobalizadoedeendogeneizar(traduziremvalor)asalterações

denaturezaestruturalquesevêmefectuandonosúltimosanos,nomeadamente,asresultantesdosinvesti-

mentos apoiados no âmbito da coesão e da competitividade (designadamente via fundos estruturais).

Peseemboraaexistênciadeempresasportuguesasdinâmicasemmuitossectorescomfortepotencial

de crescimento, o tecido empresarial é, ainda, predominantemente dominado por empresas de pequena

dimensão, essencialmente orientadas para o mercado interno e para actividades não transaccionáveis

e não mercantis, com uma carteira de produtos e serviços pouco intensivos em tecnologia e conheci-

mento, com dificuldades acrescidas de sobrevivência face ao aumento da concorrência (agravada com

o alargamento a Leste da UE e com a agressividade comercial de países terceiros) e com visíveis fra-

gilidadesaoníveldagestão,daestratégiaedaqualificaçãodosactivos.Poroutrolado,otecidoem-

presarial nacional evidencia um problema de produtividade, não tendo conseguido nos últimos 6 anos

enoperíododeimplementaçãodo3.ºQuadroComunitáriodeApoioaPortugal,manteratrajectória

observada no período anterior de convergência da produtividade com a média europeia.

Nãoobstanteapresençacrescentedenovospólosdeespecializaçãoprodutiva,asactividadesemque

Portugalrevelamaioresvantagenscomparativasinscrevem-senosdenominadossectorestradicionais

(têxteis e vestuário, couro e calçado, obras de madeira, bebidas e cerâmica), assumindo como factor-

-chave de competitividade o custo do trabalho ou a disponibilidade de recursos naturais.

Osúltimosanosvêmindiciandoalgumasmodificações,traduzidasnumatendênciaparaoreforçodo

pesodossectoresassociadosàexploraçãodeeconomiasdeescalaeàvalorizaçãodosrecursosnatu-

rais e uma diminuição do peso dos sectores cuja competitividade assenta nos baixos custos de trabalho1.

1 DeacordocomaclassificaçãodaOCDEporfactores-chavedecompetitividade:

Grupos Factor de Competitividade SectoresForteintensidadede recursos naturais Acesso a recursos naturais Produtosalimentares,bebidas,tabaco,couro,madeira,papel,refinaçãode

petróleo, cimento e argila.Forteintensidadeem mão-de-obra Custodofactortrabalho Têxteis, vestuário, calçado, mobiliário, metais não ferrosos, obras em metal.

Forteseconomiasde escala Extensão da série de produção Impressão,produtosquímicosindustriais,borrachaeplástico,cerâmicaevidro,

siderurgia, material ferroviário, construção naval, automóveis e outros transportes.

Diferenciaçãodeproduto

Adaptação dos produtos às características diversificadas da procura

Máquinasnãoeléctricascomexcepçãodeequipamentoinformático,máquinaseléctricasexcluindomaterialdetelecomunicaçõesesemicondutores.

ForteintensidadedeI&D

Aplicação rápida do progresso científico

Produtosfarmacêuticos,informática,materialdetelecomunicaçõesesemicondutores, construção aeronáutica, instrumentos científicos e outros produtos químicos.

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OssectoresmaiscentradosnadiferenciaçãodoprodutoenaI&Dmantêmumapresençareduzidano

perfildeespecialização,comligeiradescidanopesodossectoresdebaixaintensidadetecnológica.

Asexportaçõesportuguesastêmvindoacresceraumritmoinferioraocrescimentodaprocuraexter-

na,traduzindo-seemperdasconsecutivasdequotademercado,comcontracçãodasmargensdelucro

dosexportadores.Estarealidadereforçaanecessidadedeumaduplaintervençãoquealieavaloriza-

ção de alguns sectores estratégicos nacionais e que têm vindo a perder quota de mercado (ex. têxtil e

vestuário),comumaintervençãoaoníveldaalteraçãodoperfildeespecializaçãotecnológica.Defacto,

asexportaçõesporintensidadetecnológicacontinuamaindaaevidenciarumfortepesodosprodutosde

média e baixa intensidade tecnológica.

Poroutrolado,asexportaçõesdenotamumaconcentraçãoexcessivanaUE15queabsorvequase80%,

acentuadapelafortíssimaexpansãodocomércioibéricoentrePortugaleEspanha.Constata-seuma

dificuldade de aproveitar as oportunidades decorrentes do crescimento de mercados emergentes, no-

meadamentedealgunspaísesamericanos,asiáticosedaEuropaCentraledeLeste.

Osresultadosrecentesparecemindiciarqueaeconomiaportuguesacomeçaasusteratendênciade

degradaçãodasuabaseprodutivatransaccionávelinternacionalmente.Osresultadosactuaiseospre-

visíveisparaospróximosanosdeaumentodasexportaçõesataxasmaioresdoqueaprocurainter-

nacionaltraduzem-senaprogressivarecuperaçãodequotasdemercadosperdidasnosúltimosanos.

Umamaiororientaçãodasexportaçõesparapaísesterceiroséigualmenteindiciadoradoiníciodopro-

cesso de diversificação de mercados.

Muitasdasnovasactividadesemexpansãoencontram-seassociadasaInvestimentoDirectoEstrangei-

ro(IDE),cujaimportâncianadécadade90foireforçadacomváriosinvestimentosestruturantes,nome-

adamenteosrealizadosnafileiraautomóvel,tendoinduzidoaemergênciadenovossectoresdemédia

tecnologia e o desenvolvimento de novos tipos de serviços, designadamente em sectores de maior in-

tensidade cognitiva. Assim, além do contributo para o aumento do conteúdo tecnológico dos produtos

exportados e para a indução de ganhos de produtividade, destaque-se o seu efeito de arrastamento não

só em termos de quantidade, mas também, em termos da qualidade dos serviços prestados (insere as

empresas num ambiente mais competitivo e sofisticado, estimulando a adopção de tecnologias e pro-

cessos mais eficientes e competitivos).

PortugalrevelounopassadorecentealgumasinsuficiênciasnaatracçãodoInvestimentoDirectoEs-

trangeiro em termos de sectores transaccionáveis, face à concorrência dos novos Estados-membros

da UE, essencialmente devido à posição geográfica periférica, à deficiente qualificação da população

activa,elevadoscustospúblicosdecontextoereduçãodosníveismáximosdeapoiopúblico.Noperíodo

1995-2003,predominouo IDEemsectoresnão transaccionáveis,nomeadamente telecomunicações,

actividades financeiras, serviços de consultoria jurídicos e de contabilidade e outros serviços prestados

àsempresas.OimpulsodoIDE,recentementereiniciado,denotasinaisdemaiorcapacidadedeatrac-

ção,numcontextodefortealteraçãodosfactoresdecompetitividadedePortugal–recursoshumanos

qualificadosacustosrazoáveis, forteapostapolíticanareduçãodoscustosdecontextoecondições

concorrenciais em matéria de apoios e ajudas públicos.

Relativamenteaosrecursoshumanos,aevoluçãoaoníveldashabilitaçõesequalificaçõesprofissionais

dosactivos,emborapositiva,temvindoamostrar-selenta,comcercade71%dosempregadosapos-

suíremcomohabilitaçõesmáximaso9.ºanodeescolaridade,contrastandocomos24,4%damédiaco-

munitária.Poroutrolado,oinvestimentoemformaçãoprofissionaldosactivos,nãoobstanteosapoios

públicos existentes, continua a registar uma fraca dinâmica e a concentrar-se nas empresas de maior

dimensão(apenas3,2%dapopulaçãoentreos25-64anosfrequentoucursosdeformação,contrastan-

docomos9,2%naUE15).

Esta desadequação, em termos de qualificação de recursos humanos, é particularmente limitativa (fa-

lhas estruturais das competências profissionais dos desempregados e de parte significativa dos acti-

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vos)paraeconomiascomoaportuguesa,emqueseverificaumafortenecessidadedemodernização

do tecido empresarial. Tal reforça a pertinência da continuação da adopção de medidas de política fo-

calizadaseselectivasqueaceleremaadopçãodepráticasempresariaismaiseficazeseeficientese,

ao mesmo tempo, estimuladoras do surgimento de novos modelos de negócio mais intensivos em tec-

nologia e conhecimento (exortando a necessidade de coerência e articulação entre os investimentos a

nívelFEDEReFSE).

Destaforma,continuaaserimprescindíveloprosseguimentodeumtrabalhodeproximidadeeparceria

com os principais agentes dos ramos de actividade económica que tradicionalmente assumem um peso

relevante na estrutura empresarial portuguesa, no sentido da aposta em novos factores competitivos,

assentes na introdução de elementos distintivos e competitivos à escala nacional e internacional. A

introdução de novas tecnologias e o reforço do investimento imaterial é imprescindível nos sectores de

bens transaccionáveis e classificados de média e baixa intensidade tecnológica, a par do investimento

em actividades de maior intensidade tecnológica e que envolve maior risco.

Outroaspectochavenodiagnósticodoespíritoempresarial reportaà faltadecooperaçãono tecido

empresarialportuguês,aspectoquefragilizaodesenvolvimentoinovadoreopotencialdedesenvolvi-

mentoecrescimento,principalmente,daspequenasemédiasunidadesempresariais.OsdadosdoOb-

servatóriodasPMEEuropeiasconfirmamestafragilidadeestruturaldaculturaempresarialnacional,

assumindoamenorexpressividadenoquadrodospaísesdaUE15(cooperaçãoformalenãoformal).

Acooperaçãodeveassimservistacomoumconjuntoderelaçõesprivilegiadasentreempresas,com

consistência sistémica e sistemática, visando a obtenção de vantagens recíprocas, no sentido de ultra-

passarem algumas das suas debilidades competitivas.

Poroutro lado,comumacultura igualmenteavessaaorisco, váriosdadosestatísticosconstatama

dificuldade nacional em explorar o potencial em matéria de espírito empresarial.

NãoobstantePortugalencontrar-seentreospaísescommaiortaxadecriaçãodeempresas,verifica-

-sequerumaelevadataxademortalidade(nãosobrevivênciaduranteatravessiado“valedamorte”),

quer uma dificuldade na qualificação das empresas criadas (essencialmente comércio e serviços de

proximidade–empreendedorismodenecessidadeoudesobrevivência).Osconstrangimentosidentifi-

cados são de nível intrínseco (insuficiência de capitais próprios, dificuldade de quantificação e aversão

aorisco,dificuldadedemobilizaçãoderecursos)eextrínseco(dificuldadedeacessoaocapitalderisco,

bem como à informação dos instrumentos disponíveis, morosidade e complexidade dos processos de

licenciamento, custos elevados associados à certificação).

Destaque-se,contudo,positivamente,aemergênciarecentedeumpequenonúcleodeempresasfortemen-

teligadosàC&Tnasáreasdabiotecnologia,ciênciasbiomédicasedasaúde,tecnologiasdeinformaçãoe

comunicação e novos media, constituindo exemplos de novo tipo de empreendedorismo de elevado potencial

decrescimentoecomcapacidadeparacompetiranívelglobal.Estasnovasempresasutilizamrecursoshu-

manos altamente qualificados como principal factor produtivo, estabelecendo igualmente parcerias e redes

decolaboraçãocomempresasestrangeiras,universidadeseinstituiçõesdeI&D.

Relativamenteàtemáticadoambiente,eco-eficiênciaeenergia,Portugal,nãoobstanteosavançosre-

gistados,continuaaobservarumafortedependênciaexternadaproduçãodeenergia(85%em2003;

52%naUE15), fortedependênciada importaçãodepetróleocomparativamentea fontesrenováveis,

consumosenergéticosempercentagemdoPIBelevados(entre1990e2004oconsumodeenergiadu-

plicou),impactesambientaisporunidadedeproduçãotambémsuperioresàmédiadaUE15eemissões

degasesdeefeitoestufacomaumentosacimadoestabelecidoaoabrigodoProtocolodeQuioto(37%

faceaosacordados27%).Nodomíniodasenergiasrenováveis,registe-seumprogressonotávelem

domínios como o do aproveitamento da energia eólica, fortemente estimulado por políticas públicas,

nasquaissedestacaaapostasignificativadosrecursosdoPRIMEnoapoioaoinvestimentoempresarial

privado neste sector.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1310

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I&D,InovaçãoeSociedadedaInformação

CombasenoEuropean Innovation Scoreboard (EIS)2005,pode-seconstatarquePortugalintegra,con-

juntamentecompaísescomoaRepúblicaCheca,HungriaeGrécia,ogrupodaseconomiasemcatching-

-up (evolução positiva e a ritmos mais elevados do que a média europeia) em matéria de perfomance

inovadora.

SendobastanterelevanteoforteesforçodeinvestimentoemTICempercentagemdoPIB,amaioria

dosinvestimentosrealizadoscentra-se,noentanto,nacomponentederenovaçãoemodernizaçãode

equipamentos, sem a necessária correspondência efectiva em termos de investimentos imateriais de

organização,inovaçãooudedesenvolvimentodocapitalhumano.

Comefeito,ostockdeconstrangimentosestruturaisfazcomquePortugalaindamantenhaumadis-

tânciaconsideráveldospadrõeseuropeusemmatériadeinovaçãoepresençanaeconomiadoconhe-

cimento.

A evolução positiva, iniciada na segunda metade da década de noventa, necessita de ganhar um novo

impulso que origine uma convergência a uma velocidade muito maior do que a registada. As limitadas

competências internas constituem a principal barreira à inovação, condicionando não só o drive inova-

dordasempresas,mastambémaintensidadeeonívelcognitivodasrelaçõesestabelecidascomoutros

actoresdoSistemaNacionaldeInovação.

Em2003,ovolumeglobaldasdespesasemI&D(DI&D)decresceu,traduzindo-senumaDI&Dempercen-

tagemdoPIBde0,78%(0,51%em1990e0,85%em2001),claramenteinferioraosníveisdamédiacomuni-

tária(1,9%).Estaevoluçãotraduzumritmodecrescimentoinferioraodosrestantesparceiroseuropeus,

aomesmotempoquereflecteumasociedademenossensibilizadaparaorisco,umtecidoempresarial

pouco favorável à inovação e à criação de novos produtos e serviços intensivos em conhecimento.

OsdadosmaisrecentesrelativosàdespesaemactividadesdeI&Dfinanciadaspelasempresasconti-

nuamaevidenciarumadimensãomuitoreduzidafaceàmédiadaUE.Asempresasfinanciamapenas

cercade1/3dasdespesasemI&D,enquantoquenaUEessepesoatingeos60%(ametadaUEpara

2010édeatingir2/3dasdespesasemI&Dfinanciadasporempresas).SenaUEoEstadoéresponsável

pelofinanciamentodecercade35%dadespesatotalemI&D,emPortugalesteassumeumaposição

privilegiadanodesenvolvimentodeactividadesdeI&D(60%).

Adicionalmente, o peso determinante dos financiamentos públicos, tradicionalmente direccionados

paraoapoioaI&Ddesenvolvidoporentidadespúblicas,seporumladotemreveladoumainsuficiente

orientação destas actividades para as necessidades do tecido produtivo, reflecte também, por outro

lado, a deficiente percepção, por parte das empresas, do aproveitamento das potencialidades de inte-

racção com fornecedores, clientes e com infra-estruturas e serviços de suporte tecnológico.

Poroutrolado,nãoobstanteosprogressosverificados,concretizadosnassignificativastaxasdecres-

cimentodonúmerodeinvestigadoresverificadasapartirdemeadosdadécadade90,apenascerca

de20%dosinvestigadoresestãoatrabalharemcontextoempresarial(50%eminstituiçõesdoEnsino

Superior),situaçãoclaramenteopostaàverificadanocontextodosnossosparceiroseuropeus(53%no

subsectorEmpresase34%nosubsectorEnsinoSuperior).

Asempresasdaindústriatransformadoraconcentram45%dadespesaemI&DdasEmpresas,enquantoo

sectorServiçosapresentaumesforçode53%(note-sequenaUEosectordosServiçosrepresentaapenas

cercade15%).AsPMEsãoresponsáveispelaexecuçãode40%dasDI&Dtotais,enquantoqueasgrandes

empresas(16%dototaldeempresasquedeclaramdesenvolveractividadesdeI&D)executaram60%.

MaisdemetadedoesforçodeI&DdasempresasestáconcentradonaregiãodeLisboa(54%),25%na

regiãoNorte,16%naregiãoCentroe4%naregiãoAlentejo.Deformasimilar,éaregiãodeLisboaque

concentraamaiorintensidadedepessoalemI&D(49%)einvestigadores(55%);oNorteeoCentroem-

pregam,respectivamente24%e17%dosinvestigadoresnosectorEmpresas.

EmcoerênciacomofraconíveldedesenvolvimentodoSNI,aparticipaçãoportuguesanoPrograma

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QuadrodeIDTémuitopoucoexpressiva,nãotendosidoinstituídosmecanismosque,deformaeficaz,

promovamainternacionalizaçãodasequipascientíficasportuguesaseasuaparticipaçãonacriaçãode

novos conhecimentos a uma escala europeia.

Deformacomplementar,refira-seaevoluçãopositivaqueaBalançaTecnológicatemvindoaverificar

desde2000(-415,2milhõesdeeurosdesaldoem2000para-282,0milhõesdeeurosem2005),parao

qualnãopodedeixardeserrelevanteoesforçodoQCAIIIdestinadoaapoiaractividadesnodomíniodo

conhecimento, tecnologia e inovação.

Poroutrolado,opagamentodosdireitosdeaquisiçãoeutilizaçãodepatentes,marcasedireitossimi-

laresassumeafatiasignificativadodéficedabalançatecnológica(-200,1milhõesdeeurosdeumsaldo

globalem2005de282,0milhõesdeeuros).

AoníveldaSociedadedaInformação,oforteinvestimentotraduzidoemprioridadegovernativa,asso-

ciada à Estratégia de Lisboa, tem permitido evidenciar níveis de evolução muito positivos e com ritmos

a alguns níveis superiores ao verificado na média da UE.

SegundodadosdoInstitutoNacionaldeEstatística,em2006,100%dasgrandesempresas,98%das

médiasempresase78%daspequenasempresaspossuíamligaçõesàInternet,sendoqueautilização

daInternetoudeoutrasredeselectrónicasparaefectuare/oureceberencomendasdebenseserviços

erapraticadapor48%dasgrandesempresasnacionais,31%dasmédiasempresase25%daspequenas

empresas,sendoquemaisdemetadedasempresasqueutilizavamestesprocedimentosefectuavam

igualmentepagamentosdeformaelectrónica.42%dapopulaçãoportuguesautilizavacomputadore

36%utilizavaregularmenteInternet.OacessoàInternetatravésdeligaçõesdebandalarganosagre-

gadosfamiliarespassoude8%,em2003,para24%,em2006(oquecorrespondeaumataxamédiade

crescimentoanualde47%nosúltimos3anos).

Contudo,somente3,3%doempregodasempresaseraemactividadesTICemaisdemetadedapopula-

çãoportuguesanãopossuíaquaisquerconhecimentosrelacionadoscomainformáticaecomautiliza-

çãodecomputadores(54%faceaos37%naUE25).

Assim, não obstante a evolução positiva verificada, estes são claramente domínios que encerram ainda

grandes espaços de melhoria, com vista a promoção de uma verdadeira sociedade da informação e

economia do conhecimento.

Envolvente de Apoio à Competitividade Empresarial

Ao nível da envolvente, destacam-se as estruturas associativas empresariais, as infra-estruturas cien-

tíficas e tecnológicas e o sistema financeiro de suporte ao investimento, especialmente o que envolve

maior risco.

Numcontextodeelevadaatomizaçãodotecidoempresarial,asassociaçõesempresariaistêmvindoa

desempenharumpapelderelevonamobilizaçãodasempresasparaosdesafiosemtornodeacçõesde

melhoria da sua competitividade. Embora se reconheça a necessidade de dimensão crítica das estrutu-

rasassociativasempresariais,destaca-seaactividadenadinamizaçãodeprojectosdemodernizaçãoe

deinternacionalizaçãodasPME.

Noquediz respeitoàs infra-estruturascientíficase tecnológicas, identifica-seumconjuntodeele-

mentosdediagnósticonoqueserefereaosLaboratóriosdoEstado,àsUnidadesdeInvestigaçãoeàs

Infra-estruturasTecnológicas.

Relativamente aos Laboratórios do Estado, encontra-se em curso um processo de reformulação (as-

sente numa avaliação internacional) e de reforço do seu papel na promoção da competitividade nacio-

nal.Comumquadrodepessoalenvelhecidoecomalgumasdificuldadesdemanterníveisaceitáveis

de autonomia económico-financeira, estas estruturas, não obstante representarem, nalguns casos,

exemplos de sucesso, têm contribuído de forma pouco relevante para os desafios competitivos do país,

interagindo de forma débil com o tecido económico e com as redes internacionais de conhecimento.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1312

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Poroutrolado,éigualmenteassinaladaaexistênciadeumelevadonúmerodeUnidadesdeInvestigação,

muitasdelasdereconhecidoméritocientíficoetecnológicoe,algumas,jáemfasedeinternacionalização.

Persistem,noentanto,sinaisdeumacontinuadadeficiênciadearticulação,querentresi,quercomo

tecidoeconómicoempresarial.EstasunidadesreflectemadinâmicadosestabelecimentosdeEnsinoSu-

periorrevelando,muitasvezes,competênciasincompletas,nomeadamenteaoníveldagestãodeprojecto,

paraalémdeumaenvolventeprofissionalquenãovalorizaotrabalhoemcontextoempresarial.

Aoníveldasinfra-estruturastecnológicas,observa-seumarazoáveldistribuiçãoregionalededotação

de recursos humanos e técnicos e, regra geral, têm representado um instrumento valioso de apoio ao

desenvolvimentotecnológicoemPME,sobretudo,asdossectores industriaismaistradicionais.Não

obstante a introdução de uma abordagem de apoio às infra-estruturas via intensidade da procura, os si-

nais de continuação de forte dependência de recursos públicos e de deficiente inserção nos respectivos

mercados alvo são notórios. Verifica-se, também a este nível, a necessidade de mapeamento das infra-

-estruturaseasuaorganizaçãoemrede(lógicadeeficiência)ededefiniçãodoquadrodequalificações

e competências mínimas (eficácia), com vista o seu real contributo para a melhoria da competitividade

das empresas.

AoníveldofinanciamentodasPME,osistemafinanceiroportuguêsrevela,ainda,tantonaofertade

crédito,como,fundamentalmente,decapital,limitaçõesemdeterminadossegmentosondeocompor-

tamento conservador na abordagem ao risco não permite estimular, tão fortemente como o desejado,

o surgimento de novas empresas de base tecnológica ou o apoio a investimento associado a estratégias

demudançaorganizacionaloudeexpansãointernacional.Algunssinaisclarosdemudançatêmsurgido,

mas essencialmente ancorados na actuação de players públicos, que importa continuar a estimular e

promoverasuadisseminação.Opapeldosinstrumentosdegarantiaedeoutrosmecanismosdefacili-

taçãodofinanciamentoàsPME,nomeadamenteemoperaçõesdemicrofinanciamento,poderãoobviar

este constrangimento no acesso a financiamento para projectos de inovação empresarial.

Nosúltimosanos,omercadodecapitalderiscotemevoluídopositivamente,comumcrescimentosig-

nificativodonúmerodeoperadores.Opesodosinvestimentosemcapitalderisco,emrelaçãoaoPIB,

encontra-se,nas"fasesdecrescimento",noslimiaresmédiosdaUE,masbastanteabaixonoquediz

respeitoaosinvestimentosnas“fasesiniciais”(0,04%doPIBpara0,12%naUE).Analisandooperfildo

investimento em capital de risco, confirma-se a sua menor apetência para o financiamento de projectos

tecnologicamente mais avançados, como por exemplo a saúde, biotecnologia, electrónica, informática,

comunicações,energiasrenováveis(representavam,em2005,apenas10,5%dasoperaçõesfinancia-

das), embora dados mais recentes apontem para uma certa inflexão no sentido de uma maior intensida-

detecnológicanasoperaçõesfinanciadas.

CustosPúblicosdeContexto

A redução dos custos públicos de contexto constitui, actualmente, uma das principais prioridades em maté-

riadeopçõesestratégicasanívelnacional(PNACE,PlanoTecnológicoeSIMPLEX),enquantofactor-chave

para a criação de uma envolvente favorável à competitividade da economia nacional, na qual a moderni-

zação,qualificaçãoeeficiênciadaAdministraçãoPúblicaassumeumpapelcentral,emarticulaçãocoma

própriareorganizaçãodosectorpúblicoe,emespecial,daAdministraçãoCentraldoEstado(PRACE).

Nosúltimosanos,circunstânciasdeváriaordem,comespecialênfaseparaaemergênciadoconheci-

mentocomoocentrodegravidadedaeconomiaeparaavalorizaçãodocapitalhumanocomooprinci-

palactivodasorganizações,públicaseprivadas,alteraramaformadeolharaAdministraçãoPública.

IniciativascomoasLojasdoCidadão,osCentrosdeFormalidadesdasEmpresaseoPortaldoCidadão

representaram passos muito importantes de adaptação a este novo ambiente.

Noentanto,dodiagnósticoefectuado,enãoobstanteossignificativosprogressosalcançados,sobressai

aindaumaAdministraçãoPúblicacomumaestruturapoucoarticulada,muitohierarquizadaeburocrá-

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tica,comalgumassobreposiçõesfuncionais,aindapoucoorientadaparaocidadãoeparaasempresas,

com alguns défices ao nível da qualidade do serviço e atendimento, com arquitecturas e sistemas pro-

cessuais complexos e com recursos humanos envelhecidos e com baixos níveis de qualificação.

Emtermosdeorientaçãoparaacompetitividade,questõescomoosistemadelicençasepermissões,a

simplificação de regras e procedimentos, os encargos administrativos e outro tipo de barreiras legais,

constituem,ainda,importantescustosdecontextoamerecerumaactuaçãoconcertada.Noutrodomínio,

o sistema de justiça apresenta níveis de performance baixos, constituindo um importante custo de contex-

to(oscustoseduraçõesmédiasatéaojulgamentodeprimeirainstânciasãodosmaisaltosdaEuropa).

Nosentidodecolmataressaslacunas,foilançado,em2006,oprogramaSIMPLEXquedefine333medi-

das-chave para a simplificação administrativa e legislativa em áreas tão diversas como a eliminação de

certidões,desmaterialização,desburocratização,desregulamentação,facilitaçãodeacessoaosservi-

çospúblicoseharmonizaçãoeconsolidaçãodosregimesjurídicos.

Comefeito,nabasedasgrandesmudançasnaAdministraçãoPúblicaestáanecessidadedereavaliar

os próprios processos e procedimentos administrativos, construir redes de apoio às iniciativas de mo-

dernização,partilharoconhecimentoe juntá-loàsnovastecnologias,àsimplificaçãodosambientes

regulatórioseàdesburocratizaçãodaspráticasadministrativas.

OsnovosdesafiosquesecolocamàsAdministraçõesPúblicas,nospróximosanos,comportamgrandes

alteraçõesnorespeitaàracionalizaçãodosmodelosdeorganizaçãoegestãoenaqualificaçãodosseus

recursos.

A sociedade da informação e do conhecimento é, neste enquadramento, encarada como uma oportuni-

dadeparareinventaraorganizaçãodoEstado,orientando-oparaoscidadãoseparareforçaracompe-

titividade económica.

A forte aposta no e-governmentenasimplificaçãoadministrativatemvindoatraduzir-seemresulta-

dos positivos significativos em termos de relacionamento do Estado com as empresas e particulares,

nomeadamente:

• EmPortugal,todososníveisdaAdministraçãoPública–local,regionalecentral–têmvindoa

informatizarosseusserviçoseainvestirnareengenhariadeprocessos,comoclarosentidode

desmaterializar,agilizaresimplificarorelacionamentoentreosorganismose,principalmente,

entreoEstadoeocidadão,bemcomoentreoEstadoeosectorempresarial.Deacordocomos

resultadosdivulgadospeloObservatóriodaSociedadedaInformaçãoedoConhecimento,pra-

ticamentetodososorganismosdaAdministraçãoPública–local,regionalecentral–dispõem

deestruturasinformatizadasecomligaçãoàInternet.Adicionalmente,88%dosorganismosda

AdministraçãoPúblicaCentralpossuiwebpagee27%efectuaencomendasporviaelectrónica.

Maisde95%dasCâmarasMunicipaistêmsítioInternet,sendoque36%outilizamparaconduzir

processosdeconsultapúblicaaoscidadãos.Noentanto,persistemaindaalgunsproblemasna

disponibilizaçãodoacessoàInternet à totalidade dos trabalhadores, justificados pela desadequa-

çãodecertasfunçõese,sobretudo,pelafaltadecompetênciasparaasuautilização;

• SegundodadosdaComissãoEuropeia,disponibilizadosemJunhode2006,relativosàúltimaava-

liaçãodadisponibilizaçãoon-linedosserviçospúblicosbásicos,Portugaldeuumsaltoqualitativo,

especialmentenoindicadordedisponibilizaçãocompletadeserviçoson-line.OsvaloresdePor-

tugal nos dois indicadores são agora superiores à média dos países em todos os grupos conside-

rados.AsubidadePortugalfoi,nosdoisindicadores,a5.ªmaiordos28países;

• Aoníveldareduçãodoscustospúblicosdecontextoé,ainda,dedestacarumconjuntodeprojectos

reconhecidosinternacionalmenteenquantomelhorespráticasdesimplificaçãoemodernização

administrativa:

• OPortaldoCidadão(www.portaldocidadao.pt),iniciadoem2003,nestemomentooprincipalmeio

decontactoentreaAdministraçãoPúblicaeocidadãonoqueserefereaosserviçospúblicos

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1314

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electrónicos,commaisde2,5milhõesdepage viewsmensaisecercade120.000utilizadores

registadosactivos.Nesteesforçodedesmaterialização,importareferiraindaosváriosserviços

públicos transpostos para a sua versão on-line (impostos, registos e notariado, segurança social,

entremuitosoutros),tendoalgunsdelespassadomesmoasópoderserrealizadosnaInternet.

Em2006,foramentreguesmaisde10milhõesdedeclaraçõesfiscaispelaInternet, um cresci-

mentoexponencialtendoemcontaque,em2002,ovalorfoidecercade800.000.Emtermosde

crescimento,destaca-seoaumentode50%dosserviçoson-line fornecidos com recurso a infor-

mação e funcionalidades residentes em bases de dados de outros organismos;

• AEmpresanaHora(cercade15.000empresascriadasem16meses)e,maisrecentemente,a

criação de Empresa On-line (133 empresas em 6 meses), sendo este um processo inteiramente

desmaterializadoeintegrado,oqueotornaumcasoúniconomundo;

• AprimeirafasededesenvolvimentodoCartãodoCidadão,queentraráemfasepilotonaRegião

AutónomadosAçoresemfinaisdeJaneirode2007,alargando-seposteriormente,deformase-

quencialeacelerada,àsrestantesregiõesdoPaís.Aopromoveraidentificaçãoelectrónica,espe-

ra-sequeoCartãodeCidadãoconstituaumfactordedesenvolvimentopotenciando,anívelnacio-

nal,adisponibilizaçãoon-line de um maior número de serviços públicos e privados com recurso

a identificação electrónica segura e mudando radicalmente, no sentido da sua simplificação, a

formaderelaçãodocidadãoe,indirectamente,dasempresascomaAdministraçãoPública.

Nestecontexto,acomponentetecnológica,podendonãoseroprincipaldesafiodamodernizaçãodosector

público,écrucialnoquerespeitaàcriaçãodecondiçõesparaageneralizaçãodoacessoaosserviçospú-

blicos,tantoporpartedoCidadãoedasEmpresas,comotambém,daprópriaAdministraçãoPública.

Àsemelhançadosseuscongénereseuropeus,Portugaltemfeitoalgunsavançosnaáreadagestãodas

tecnologias concretamente através:

• Daadopçãodeummodelodegovernaçãoqueconcentranumaentidadeúnicaadefiniçãodepolí-

ticas transversais e regras, com carácter vinculativo, em matéria de tecnologias de informação e

comunicaçãonaAdministraçãoPública,assimcomoacoordenaçãodasuaexecução;

• Dadefiniçãodenormasemecanismosdeinteroperabilidadequeacomunicaçãoentreosváriossis-

temaseaplicaçõesdosváriosagentesenvolvidosnautilizaçãoeprestaçãodosserviçospúblicos;

• DaimplementaçãodaprimeirafasedaPlataformadeInteroperabilidadeparaaAdministração

Pública-sistemaquefacilitaainteroperaçãodediferentessistemasdeinformação,tendopor

base princípios de interoperabilidade e segurança, permitindo sinergias e redução das neces-

sidades de desenvolvimento, pois visa integrar os diferentes sistemas de informação existentes

sem exigir desenvolvimentos significativos de novo softwareoureconfiguraçõesespecíficasde

hardware.

Continua,noentanto,asernecessáriogarantiracontinuidadedoinvestimentonestaáreadeformaa

poder desenvolver projectos complexos, assegurando a existência de redes eficientes e seguras que

suportem serviços públicos interactivos, criação e manutenção de mecanismos de autenticação, arqui-

tecturas tecnológicas comuns de suporte a serviços partilhados, entre outros, tanto ao nível nacional

como internacional.

Noentanto,a introduçãodastecnologiasdeinformaçãoecomunicaçãoearapidezdaevoluçãotec-

nológicareflecte-senasexigênciasemmatériadequalificaçõesprofissionais.Torna-senecessárioa

criaçãodecondiçõesparaoacompanhamentoefectivodasnovasrealidadesquesetraduzeminves-

timentos na qualificação e na procura de novas competências. A acrescer às competências básicas do

utilizador,ainformatizaçãodosserviçoseback-offices torna urgente a necessidade de adquirir compe-

tências específicas.

Poroutrolado,ofornecimentodeserviçosdeformatradicional,presencialmente,continuaaseromeio

maisutilizadopeloscidadãose,mesmopelamaioriadasempresas,peloque,aparcomoatendimento

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presencial da responsabilidade de cada organismo público (finanças, segurança social, emprego) foram

dados passos significativos numa visão integrada de fornecimento de serviços públicos com a disponibi-

lizaçãodeoitoLojasdoCidadão,maisde75PostosdeAtendimentoaoCidadão(PAC)existentesemtodo

opaíse9CentrosdeFormalidadesdeEmpresas.

Emperspectivaenosentidoderacionalizarcustoserecursos,pretende-secontinuarainvestirnuma

política de proximidade e de agregação dos serviços públicos em centros integrados de atendimento se-

jamelespresenciais(Lojasdocidadãode2.ªGeração),Internet(PortaldoCidadãoePortaldaEmpresa)

outelefone(centroúnicodecontactotelefónicodaAdministraçãoPública),reforçandoaqualidadede

serviço e atendimento.

PrincipaisDimensõesSectoriais

Noquadrodastendênciashorizontaisevidenciadasnospontosanteriores,apresenta-se,deseguida,

umconjuntodetraçosdistintivosinerentesaalgumasdimensõessectoriais.

Indústria

Sãoperceptíveistraçosdeevoluçãopositivanaindústriaportuguesadecorrentesdeumaestruturação

em rede e sustentados na integração de novas valências, designadamente, nas tecnologias de informa-

ção e comunicação e nas actividades de marketing,distribuiçãoelogísticaecomercialização.Atradição

industrial, o know-howeascompetênciasacumuladasemalgunssectoresdeespecializaçãotradicio-

nal portuguesa, como sejam, o têxtil, vestuário e calçado, o vidro e cristalaria, a madeira e cortiça, a

consolidação de competências em sectores como as químicas, electrónica e cluster automóvel, a emer-

gência de um novo conjunto de actividades com dinâmicas de futuro, acompanhado de um esforço de

reequipamento e infra-estruturação encetado ao longo dos últimos anos nas empresas e na envolvente

empresarial, o esforço promovido em matéria de qualidade, ambiente e segurança, culminado nas cer-

tificaçõessegundoasnormasISO,traduzemumquadrodemodificaçõesbemsucedidasemcadeias

devalorassentesemnegóciosdemaiorvaloracrescentado.Igualmente,assiste-se,cadavezmais,ao

esbater das fronteiras sectoriais, com uma indústria que integra de forma crescente, numa lógica de

maximizaçãodacadeiadevalor,actividadescomplementaresassociadasaserviços,àlogísticaeredes

decomercializaçãoaconsumidoresfinais.

Pesememboraestessinaispositivos,constata-sequeaindústriaportuguesasecaracterizaporuma

polarizaçãoaindarelevanteemindústriasorganizadasnoquadrodecadeiasdevalorpoucoconsolida-

das e qualificadas e muito centradas nas actividades de subcontratação de baixo valor acrescentado,

paraalémdeainda,emalgunscasos,organizadasemtornodobaixocustodofactortrabalhoedoaces-

so a recursos naturais abundantes.

Em concomitância, observa-se um ainda limitado domínio dos factores dinâmicos de competitividade

associadosàinovação,àinternacionalização,àorganizaçãoempresarial,àracionalizaçãoenergética,

ao ambiente e à formação contínua de recursos humanos. Em paralelo, persiste uma insuficiente dispo-

nibilidade para a cooperação empresarial e com as infra-estruturas de suporte, que pudesse ser poten-

ciadoradaescaladasoperações,dapartilhaderiscos,dacomplementaridadedeactivoseexperiências

edeumamaiorsensibilizaçãoparaaevoluçãodosmercados,tecnologiaseoportunidadesdenegócio.

Poroutrolado,vem-seassistindoaumaperdaprogressiva,nosúltimosanos,deposiçõesnosmerca-

dosdomésticoeinternacionaisparaconcorrentescomoaChina,Índia,EuropaCentraledeLeste,Bacia

doMediterrâneoemesmoparaosnossosprincipaisconcorrentes/parceirosnoseiodaUE15,comoseja

o caso de Espanha.

Osinvestimentostangíveiscontinuamadominaraspreocupaçõesdosempresáriosindustriais,patente

naimportânciarelativadasiniciativasdemodernizaçãotecnológica,deaquisiçãodenovosequipamen-

tos,dereorganizaçãodosprocessosprodutivosedeexpansãodaactividade,emdetrimentodeuma

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1316

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aposta estratégica nos aspectos mais intangíveis de sustentação de vantagens competitivas de médio e

longoprazo,peloquesetornaestratégicooreforçodeacçõespró-activasnodomíniodapromoçãoda

I&Deinovaçãoempresarial,daqualidade,ambienteesegurança,dadiferenciaçãodagamadeprodutos

e serviços e da diversificação das actividades.

Há,assim,quecontinuaraactuarnosentidodaintegraçãoefectivadasactividadesprodutorasdebens

e serviços transaccionáveis em redes de negócios de elevado valor acrescentado, enquadradas em ca-

deias de valor alargadas e qualificadas de resposta aos mercados internacionais, e, por outro lado,

apostar na entrada em novas actividades e no empreendedorismo qualificado, consolidando e poten-

ciando novas unidades empresariais mais intensivas em conhecimento e em domínios de forte cresci-

mento internacional.

Comércio e Serviços

Oenvelhecimentodapopulação,aperdadepesorelativodosjovenseadiminuiçãodadimensãomédia

do agregado familiar marcam uma alteração profunda do perfil demográfico, com reflexos importantes

naestruturadasdespesasdeconsumoemPortugaledascondiçõesdeoperaçãodasactividadesdo

comércio.Aalteraçãodospadrõesdeconsumoedoshábitosdecompradaspopulaçõesconduziuaum

estreitamentodasligaçõesentreaactividadedecompraeolazereemqueosconsumidoresconside-

ram o tempo e a comodidade como novas variáveis orçamentais.

Estadinâmicadaprocuraveiocolocardesafiosecriarnovasoportunidadesdenegócio, induzindoo

desenvolvimentodenovos formatosdecomercialização, visíveisnasalteraçõesdasestruturasem-

presariais,cujosaspectosmaissalientestraduzem-senumaprogressivaintegraçãodefunçõeseno

aumento dos movimentos de concentração, responsável pelo aparecimento de lojas de grandes dimen-

sõesouagrupamentosdepontosdevendaemcentroscomerciais.

Destemodo,aactividadecomercialsofreuumaprofundareestruturaçãoeconómicaeespacialaolongo

daúltimadécada,comimplicações,porumlado,emtermosdoperfildosoperadores,dastécnicase

métodosdevenda,dosformatosdosestabelecimentos,dasrelaçõesentreosprodutoreseosdistribui-

dores e, por outro lado, em termos da alteração da relação de forças e o poder económico dos princi-

pais agentes económicos intervenientes. Em consequência, constata-se a redução sensível da quota de

mercado dos estabelecimentos de pequena dimensão, em especial no retalho alimentar, em paralelo

com a afirmação dos vários formatos associados ao conceito de grandes superfícies.

OsectordoComércioevidenciaumadualidadedeníveisdedesenvolvimentoestratégico,entreumne-

gócio de sobrevivência e familiar e os modelos de negócio de grandes empresas fortemente competi-

tivos, inovadores e inseridos em cadeias nacionais e internacionais de comércio por grosso e a retalho

(integrando frequentemente produção e logística).

OsempresáriosdosectordoComérciotêmcentradoassuasopçõesdeinvestimentonamodernização

tecnológica,naaquisiçãodeequipamentosenaactualizaçãodosistemadeinformação,tendorelegado

paraumplanomenoraspectosrelacionadoscoma inovaçãoorganizacional,areduçãodecustos,a

reorganizaçãodoprocessoprodutivo,aexpansãodasinstalações,adiferenciaçãodosprodutos/ser-

viços,ainovaçãonoprocesso,adiversificaçãoeaespecializaçãodaoferta.Areduzidaintegraçãodos

projectos em estratégias de cooperação em rede apostadas em criar elementos distintivos de afirma-

çãoperanteumaconcorrêncianacionaleinternacionalcadavezmaisagressiva,traduziu-senapouca

importância atribuída à actuação assente na cooperação empresarial.

RelativamenteaosectordosServiços,estetemvindoaganharimportânciacrescenteemtermosde

contributoparaoVABeemprego,destacando-seopapeldosserviçosavançadosàsempresas,dado

o papel fundamental desempenhado por este sector enquanto suporte estratégico à envolvente com-

petitivadasempresas.Alémdasactividadesmaistradicionaisorganizadasemtornodasatisfaçãode

necessidades de consumo de particulares e empresas, detecta-se um grupo de actividades emergen-

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tes, que, apesar de assumirem uma importância em termos de emprego ainda pouco significativa, evi-

denciamelevadastaxasmédiasdecrescimento,comoéocasodosserviçosassociadosàutilizaçãodas

TICede“serviçospartilhados”comorientaçãoglobal,nomeadamente,osorganizadospelasempresas

multinacionais (serviços administrativos, financeiros, helpdesk técnicos, etc.).

Dodiagnósticoefectuadoéperceptívelanecessidadedeseprivilegiar,crescentemente,lógicasdeinte-

gração em redes intersectoriais, que se destinem a potenciar a criação de elementos distintivos de afir-

maçãocompetitiva,peranteumaconcorrênciainternacionalcadavezmaisagressiva,equeapostem

em argumentos de qualidade do serviço e de diferenciação do produto, advindas da inovação regular de

processosemétodosorganizacionaisededistribuição.

Turismo

No interiordo territórioeuropeu,Portugalocupao13.º lugarentreos49paísesconsideradospela

OrganizaçãoMundialdeTurismo,com2,7%daquotademercadodechegadasinternacionaisem2004.

Quandoanalisadodopontodevistadasreceitas,aposiçãorelativadePortugalsobeparao12.ºlugar,

masconcretizandoapenas2,4%daquotademercadodaEuropa.Daquidecorrequearendibilizaçãoda

quota de mercado física está ainda aquém da proporção directa das chegadas, demonstrando proble-

mas de eficiência económica e valor acrescentado do sector face à eficácia demonstrada na atracção de

turistas internacionais.

Paraalémdaimportânciaepotencialidadedosrecursosnaturaisepatrimónionatural,culturalepa-

trimonial, a qualidade do alojamento em áreas de resort e na hotelaria tradicional tem vindo a merecer

avaliação positiva e reconhecimento internacional. Quanto aos pontos fracos do sector, estes, entre ou-

trosaspectos,apontamparaaexcessivasazonalidadeeconcentraçãodemercadosemissores.Tendo

porreferênciaofinaldoanode2005,verifica-seque,osmesesdeJulho,AgostoeSetembroconcentra-

ram36,8%daprocuraanualdedormidasnosmeiosdealojamentoclassificados,característicaquese

acentuanasregiõesfortementedependentesdoturismodesolepraia,comoéocasodoAlgarve.

Aconcentraçãodaprocuraemalgunsmercadosdeorigeméoutrofactoapontadocomofraqueza.Salien-

ta-seoagregadoformadopeloReinoUnido,AlemanhaeEspanha,osquaisjuntosrepresentaram40,9%

dasdormidastotaisem1999emestabelecimentoshoteleiros,aldeamentoseapartamentosturísticos.

Em2005,estevalorreduziu-seligeiramente,comos3paísesaformarem39,5%daprocuratotal.

Nãoobstanteumapartejárelevantedosempresáriosdosectorapostaremnumaestratégiadediversi-

ficação, como demonstra o investimento em campos de golfe, marinas e portos de recreio, turismo de

naturezaecity break,entreoutros,partesignificativadosectoroptaporestratégiasdeespecialização

assentesnaprocuradenovosmercadoscombasenamesmamatrizdeespecialização.Emresulta-

do,comodemonstra,porexemplo,ocomportamentodasazonalidade,osectorpermanececarentede

maior diversificação sobre produtos e serviços de superior valor acrescentado no espaço e no tempo.

Assim, dever-se-á reforçar a política de integração no quadro das prioridades de desenvolvimento

sustentado da economia portuguesa (potenciando as diferentes estratégias territoriais), fomentando

o aproveitamento equilibrado do património natural, cultural e patrimonial do país, actuando sobre as

característicasinternasdasempresas,valorizandoasestratégiasdiferenciadoraseinovadoraseos

investimentos em factores imateriais da competitividade, incluindo uma forte aposta na qualidade do

serviço e dos recursos humanos, diversificando pela via da criação de novos destinos, da consolidação

de novos/ melhorados produtos turísticos assentes num correcto modelo de desenvolvimento, e agindo

de forma integrada em termos de cluster.

Energia

Portugaléumpaísfortementedependentederecursosenergéticosimportadosedenaturezafóssil(cer-

cade85%daenergiaprimária),atingindovaloresclaramentesuperioresàmédianaUE.Afacturaener-

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géticadoscombustíveisimportadostemvindoasofrerumcrescimentosignificativo,traduzindo,quero

aumento do consumo, quer o aumento dos preços das matérias-primas e das taxas de câmbio nos mer-

cados internacionais, tendo-se repercutido num desequilíbrio crescente na balança de pagamentos.

OconsumodaenergiaemPortugaltemregistadoumcrescimentoelevadoaolongodaúltimadécadae

aritmossuperioresaoPIB,emcorrespondênciacomoprogressoeconómicoesocial,mastambémem

resultadodeumaelevadaineficiênciaenergéticainduzidapelocrescimentodominantedeconsumos

nos sectores doméstico, dos serviços e dos transportes, em contracorrente com a tendência verificada

na generalidade dos Estados-membros.

Autilizaçãodecombustíveisfósseiséumadasprincipaiscausasdeemissõesparaaatmosferadedió-

xidodecarbono(CO2),omaissignificativodosgasescomefeitodeestufa(GEE).ComaadesãoaoProto-

colodeQuioto,Portugalassumiu,nocontextodaco-responsabilidadenoseiodaUE,umacontençãono

crescimentodassuasemissõesparaoperíodode2008-2012deummáximodemais27%relativamente

a1990.Oacréscimodessasemissõesultrapassasignificativamenteestelimiar,oqueimplicaumesfor-

ço acrescido na redução da intensidade carbónica da economia portuguesa.

Nosúltimos10anos,Portugalassistiuàintroduçãodogásnaturalcomonovovectorenergético,em

paralelo com um forte apoio à produção de energias renováveis (aumento significativo mas ainda insufi-

ciente–em2003representavam16,5%doconsumototaldeenergia)2, tendo-se assumido o compromis-

sodeproduzir,em2010,39%daelectricidadefinalcomorigememfontesrenováveisdeenergia.

Nestequadrodediagnóstico,aintervençãopolíticaaoníveldosectorEnergiareveste-sedeimportân-

cia estratégica para o crescimento sustentado e para a competitividade da economia portuguesa, pela

suacapacidadeemcriarcondiçõesconcorrenciais favoráveisaodesenvolvimentodeempresasmo-

dernas, eficientes e bem dimensionadas, pelo seu efeito potencial na redução do preço dos factores e,

também, pela sua capacidade em gerar novo investimento em áreas com uma elevada componente tec-

nológica.AestratégiaprosseguidaporPortugalnaúltimadécadaprivilegiouareduçãodadependência

energética face ao exterior, o aumento da capacidade de produção endógena (aumento do investimento

nasenergiasrenováveis),oaumentodaeficiênciaenergéticaeareduçãodasemissõesdeCO2(dimi-

nuição do peso dos combustíveis fósseis nas fontes primárias de energia e incentivo à adopção de novas

tecnologias e metodologias de produção que promovam eficiência energética), e a redução do custo da

energia e o aumento da qualidade de serviço (aumento da concorrência nos segmentos da produção e

comercializaçãodosectoreléctrico,daregulaçãoedaantecipaçãodocalendáriodeliberalizaçãodo

sector do gás natural).

Destemodo,apromoçãodaeficiênciaenergéticaedasenergiasrenováveisassumeumanaturezaes-

tratégica (privilegiando formas de produção com riscos tecnológicos e de mercado), a par do estímulo à

inovaçãoeaodesenvolvimentotecnológicoaplicadosàenergia,porpartedosCentrosdeI&Dnacionais.

2 Refira-seofortecrescimentodaproduçãodeenergiaeléctricaproduzidaapartirderecursoeólico.

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Análise SWOT

Oportunidades e Ameaças – Factores Exógenos Condicionantes 22Forças e Fraquezas – Dotações Existentes ou Dinâmicas em Curso 23

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Nosquadrosqueseseguem,sistematiza-se,combasenodiagnósticoanteriormenterealizado,asprin-

cipais forçase fragilidades comquesedeparaasdiferentes temáticasassociadasaosFactoresde

Competitividade. Identifica-se,ainda,noquadrodos factoresexógenoscondicionantes,asprincipais

oportunidades e ameaças com que se defronta o processo de desenvolvimento económico sustentável

e competitivo da economia portuguesa.

Oportunidades e Ameaças – Factores Exógenos CondicionantesOPORtunIDaDeS aMeaçaS

GlObalIzaçãOeInteGRaçãOeuROPeIa

Globalizaçãoeaprofundamentoealargamentodaintegraçãoeuropeia (potencial de mercado)

Globalizaçãoeaprofundamentoealargamentodaintegraçãoeuropeia (concorrência alargada a Leste)

RelaçõesprivilegiadascommercadoscomooBrasilePALOPeaproximaçãoapaísesasiáticoscomligaçãohistóricaaPortugal

MaioraberturadosmercadosdaUEaospaísesasiáticos

POtenCIaleCOnóMICOeCOMPetItIvO

Potencialgeo-estratégicodePortugalnocontextodasregiõesatlânticas

Degradaçãodaconjunturaeconómicainternacionaledificuldade da UE em assumir ritmos sustentados de crescimento económico

PotenciaçãodosfluxosdeIDEnadisseminaçãodetecnologias e processos mais sofisticados e competitivos junto do tecido empresarial nacional

DificuldadedeatracçãodeIDEqualificantecomaentradade novos Estados-membros na UE e com a crescente integração internacional das economias emergentes asiáticas

AtracçãodeIDEqualificantequeassumaimportantepesonacomponentedeinvestimentoemI&D

Reforço da afirmação económica de Espanha com potenciais efeitos ao nível do comércio luso-espanhol

Alargamento do mercado interno a espaços de proximidade geográfica e cultural com forte crescimento (Espanha)

Deficientecapacidadeestratégicaempresarialparaassumir os desafios da economia do conhecimento e as oportunidades do processo de integração europeu

Intensificaçãoeaprofundamentodosprocessosdeinternacionalizaçãoereorganizaçãodosgruposempresariais nacionais

Processosdedeslocalizaçãoindustrialcomimpactesnegativos territorialmente concentrados

Elevados níveis de crescimento em segmentos da procura turísticaparaosquaisPortugaldispõederecursosadequados (ex. golfe, city breaks, turismo de negócios)

Fortedependênciaexternanaproduçãodeenergiaedecombustíveisfósseis(pressõessobreomercadopetrolíferoe impacte no preço do barril de crude)

Bompotencialdedesenvolvimentodeenergiasrenováveis(eólica, solar e biomassa); desenvolvimento de novas fontes –hidrogénio,ondas,etc.

Risco de incumprimento dos compromissos assumidos no âmbitodoProtocolodeQuioto

Potencialdemelhoriadacompetitividadedaeconomiaporvia do incremento da eficiência energética dos produtos e processosedamaiorutilizaçãodosrecursosenergéticosendógenos com redução da dependência energética externa

I&DeInOvaçãO

PrioridadepolíticaatribuídaàI&DnaEstratégiadeLisboarenovada

FortespressõesdeeficiênciaeconcentraçãodosesforçoscomunitáriosdeI&Dnaseconomiasmaiscompetitivas

ForteempenhopolíticonacionalnadimensãoI&DeInovação(nomeadamente,PNACEePlanoTecnológico)

Insuficientearticulaçãodapolíticadaciênciacomapolíticada inovação e de empresa

7.ºProgramaQuadrodeIDTmaisalinhadocomasprioridades da Estratégia de Lisboa renovada

Dificuldadesdotecidoempresarialecientíficonarespostaàs oportunidades de cooperação e participação no Espaço EuropeudeInvestigação

NovoProgramaComunitárioCompetitividadeeInovação Menoradequaçãodaactualrededeinfra-estruturasde ciência e tecnologia às necessidades da inovação empresarial

InserçãodecentrosdeI&Dnacionaisemredesglobaisdeexcelência científica

Dificuldadedemanternopaísjovenscientistas(doutoradosnoexteriore“fugadecérebros”)

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Dinamismorecentedenovasempresasdebasetecnológica

ReforçodoesforçodeI&Demalgunssectorestradicionaisda estrutura empresarial nacional

POlíTICAS PúblICAS

OrganizaçãotemáticadoQRENpermitindoaintegraçãoentrepolíticaseaarticulaçãoentreasdimensõesnacionale territorial

Restriçõesfinanceirasdecorrentesdaconsolidaçãoorçamental

PrioridadepolíticaàdimensãodeI&DeinovaçãoatravésdoPlanoTecnológicoePNACE

Dificuldadedetrabalhoemcooperaçãoearticulaçãoentreinstituiçõespúblicas

PrioridadepolíticanamodernizaçãodaAdministraçãoPúblicaediminuiçãodoscustospúblicosdecontexto(PRACE,SIMPLEX)

Dificuldadedeobtençãomaisrápidaderesultados,considerando os constrangimentos orçamentais e o desfasamento entre as actuais competências dos recursos afectosàAdministraçãoPúblicaeascompetênciasnecessárias para permitir atingir os objectivos de modernização

Forças e Fraquezas – Dotações Existentes ou Dinâmicas em CursoFORçaS FRaquezaS

ReCuRSOSnaCIOnaIS

Existência de recursos naturais, históricos, culturais e arquitectónicos de elevada valia e potencial económico, nomeadamente ao nível do Turismo

Insuficienteprotecçãoevalorizaçãodopatrimónionaturale cultural

Potencialelevadonaproduçãodeenergiasrenováveis(importantes investimentos recentes neste domínio)

Fortedependênciaenergéticadoexterior

teCIDOeMPReSaRIal,InteRnaCIOnalIzaçãOeeMPReenDeDORISMO

Emergência de novos pólos com dinâmica económica e demográfica fora das grandes áreas metropolitanas

Fracaprodutividadedasempresas

Desenvolvimentodealgunspóloscentradosemactividadescommaiorintensidadetecnológica,induzidosporIDEecomefeitos positivos sobre redes de fornecedores

Deficiênciasorganizativasedegestão,apardeumainsuficiente inserção em redes de cooperação e de conhecimento

Maiorsensibilizaçãodosempresáriosdesectorestradicionais e expostos à concorrência internacional para a modernizaçãodosmodelosdenegócio

Investimentoempresarialfortementecentradonocapitalfísico(equipamentos) em detrimento do investimento em domínios imateriais(organização,marketing,TIC,eco-eficiência,qualidade, formação, etc.)

Aumentodosprocessosdeinternacionalizaçãodeempresasportuguesas

Baixashabilitaçõesequalificaçõesdapopulaçãoempregadae percepção insuficiente por parte das empresas da importância estratégica da formação profissional

Resposta positiva do tecido empresarial às medidas de e-government

PMEcomcarteiradeprodutoseserviçospoucointensivosem tecnologia e conhecimento e em sectores de procura fraca e forte concorrência pelo custo

Desafiosparaamanutençãodecompetitividadedasempresas exportadoras em sectores tradicionais

Forteconcentraçãodasexportaçõesnomercadoeuropeu(UE)

Diminuiçãodopotencialdeatracçãodeinvestimentointernacional qualificado (ramos de maior valor acrescentado e mais dinâmica procura internacional)

I&DeInOvaçãO

Emergência de um conjunto de empresas inovadoras e internacionalmente competitivas em ramos com elevado potencial de crescimento

SistemaNacionaldeInovaçãocomdeficiênciasemmatériade recursos (humanos e financeiros) face aos parceiros europeus

ExistênciadeprojectosdeconsórciocomentidadesdoSCTNcom resultados muito positivos

Incapacidadedeatrairosjovenscientistasapósodoutoramento no estrangeiro

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Existência de iniciativas de empresários em torno da inovação(ex.COTEC)

Insuficientearticulaçãoetrabalhoconjuntoentreossubsectores do sistema científico e tecnológico

InternacionalizaçãodoSCTNtraduzidonoaumentodaspublicaçõesemrevistasdereferênciaenomaiorrelacionamento com entidades congéneres a nível internacional

BaixoníveldedespesasemI&DerecursoshumanosemI&Dno sector Empresas

Existência de equipas de investigação científica de excelência reconhecidas a nível mundial e inseridas em redes de conhecimento internacionais

Deficientecapacidadenacionalemincorporarnotecidoeconómico(traduziremvalor)osresultadosdaI&D

AumentodautilizaçãodeTICnasociedadeenotecidoeconómico

Insuficientecapacidadedegeraçãodeempreendedorismode qualidade e de potenciar as oportunidades de negócio mais dinâmicas e em domínios de inovação

Elevado peso relativo de indivíduos sem conhecimentos no domíniodasTIC

ForteassimetriaregionaldosrecursosfinanceirosehumanosafectosàI&D(macrocefaliadaregiãodeLisboa)

envOlventeDeaPOIOàCOMPetItIvIDaDeeMPReSaRIal

Boacoberturanacionalemmatériadezonasdeacolhimentoempresarial e de infra-estruturas de apoio às empresas

Pulverizaçãodeentidadesassociativasfrequentementesemmassacrítica,assimcomodeUnidadesdeInvestigação

CapacidaderelevantedealgunsCentrosTecnológicos(emtermos técnicos e humanos) na divulgação de informação e novos conhecimentos à indústria

Inexistênciademapeamentofuncionaleestratégicodarede de infra-estruturas de apoio à envolvente empresarial, nomeadamente infra-estruturas científicas e tecnológicas

Boainfra-estruturação,dentrodosníveismédiosdaUE,emtermosdeequipamentosTIC,conectividadeeconteúdos(educação e saúde)

DependênciafinanceiradoEstadoeinsuficienterelacionamento com o tecido económico por parte das infra- -estruturas científicas e tecnológicas

Ofertadecursostecnológicosadaptadosàsnecessidadesdenível intermédio do tecido empresarial

Débilcapacidadeorganizativa,degestãoempresarialedesustentabilidade financeira da maioria das infra-estruturas de acolhimento empresarial

Dinâmicarecentedosoperadoresdecapitalderisco MercadofinanceiroconservadorapoiandodeformarestritaofinanciamentoparainovaçãoeexpansãodePME(capitalde risco, capital-semente, financiamento bancário, etc.)

DinâmicarecentedereformanaAdministraçãoPública,bemsucedidanasimplificaçãodeprocedimentos,organizaçãodebalcõesúnicosereduçãodecustosdecontextoparaasempresas

Burocracia,faltadetransparência,ineficiênciadegestão,morosidade processual, falta de enfoque no consumidor, insuficiente qualificação e envelhecimento dos recursos humanosesobreposiçõesfuncionaisnaAdministraçãoPública

ExperiênciaacumuladanasAssociaçõesEmpresariaisnoapoioàsPME

Insuficiênciadeculturaemmatériadeavaliação(accountability) de agentes e políticas

CuStOSPúblICOSDeCOntextO

EvoluçãopositivadoprocessodemodernizaçãodoEstadoedasinstituiçõespúblicas,quecolocaaperformancenacional neste domínio acima da média europeia, num claro movimento de convergência

Dificuldadedeobtençãomaisrápidaderesultados,considerando os constrangimentos orçamentais e o desfasamento entre as actuais competências dos recursos afectosàAdministraçãoPúblicaeascompetênciasnecessárias para permitir atingir os objectivos prioritários demodernização

Concretizaçãodealgumasreformasestruturais,enquadradas num esforço comum a nível da União Europeia, que lhe confere maior base consensual interna

Fortesectorialização,hierarquizaçãoerigidezorganizacionaldaAdministraçãoPúblicanacional,claramente inibidoras da sua adequação à lógica emergente de abordagem matricial da acção pública

Dinâmicaesucessodeexperiênciasdeadministraçãoelectrónica e uma visão política clara quanto à necessidade de serem estendidas

Excessivo número de cidadãos e pequenas empresas que ainda não usam regularmente a Internet para a interacção com serviços públicos

Dinâmicaesucessodeexperiênciasdesimplificaçãoadministrativa e legislativa e uma visão política clara quanto à necessidade de ser prosseguida

FaltadeculturadesimplificaçãonaAdministraçãoedeexperiência de avaliação do custo-benefício e análise de risco em matéria de regulação

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Dinâmicaesucessodeexperiênciasdemodernizaçãodadistribuição de serviços públicos, tanto no que se refere à organizaçãoemfunçãodasnecessidadesdosutentes,comoàsuaracionalizaçãoterritorial,eumavisãopolíticaclaraquantoànecessidadedegeneralizarasexperiênciasdesucesso

ExcessivaverticalizaçãoefaltadeculturadecolaboraçãodentrodaAdministraçãoPública;rigidezdecarreirasedéfice de mobilidade de recursos humanos;défice de instâncias e instrumentos de nível regional intermédio que assegurem, de forma efectiva e continuada, a coerência e a articulação entre os vários níveis de intervenção do Estado no território

DisponibilidadedecompetênciasnosectorprivadoparaodesenvolvimentodePPPouparaacontratualizaçãodeserviços

Incertezaseinsuficiênciasdecapacidadetécnicadegestãoe acompanhamento de projectos públicos em regime decontratualização;excessivamorosidadeefaltadeflexibilidade do regime de contratação pública; custodecontratualizaçãoexternaemgeralmuitoelevado relativamente às disponibilidades financeiras da AdministraçãoPública

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Lições do QCA III para o Actual Período de Programação 4

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OsexercíciosdeavaliaçãodosProgramasOperacionaissectoriaiseregionaisdoanteriorQuadroCo-

munitáriodeApoio(QCAIII2000-2006)maisespecificamenteorientadosparaosfactoresdecompe-

titividade, permitem concluir que se registou um aumento do nível de investimento público e privado

nesta área de intervenção com reflexos globais bastante positivos na competitividade da economia por-

tuguesa,nãoapenasaoníveldamodernizaçãoempresarial,masigualmenteaoníveldamelhoriadas

infra-estruturas e serviços de suporte à competitividade, designadamente, dos serviços prestados pelo

sistema público.

Noentanto,odéficedeprocuraqualificada,apulverizaçãoe,emalgunscasos,adesadequaçãodos

instrumentos operacionais, originaram impactes sistémicos menos conseguidos, especialmente em

domíniosdenaturezamaisimaterialdacompetitividade,comoainovaçãoeavalorizaçãodosrecursos

humanos.

Assim,tendoporbaseasavaliaçõesrealizadasnoQCAIIIreferentesaotemaFactoresdeCompetitivi-

dade, destacam-se os seguintes aspectos relevantes para o actual exercício de programação:

• Aexcessivacompartimentaçãoentreincentivosdirigidosaotecidoempresarialeincentivosdi-

rigidosaosistemacientíficodificultouacooperaçãoeodesenvolvimentodeacçõesintegradas

denaturezatransversalemáreas-chaveparaacompetitividade(ex.I&Daplicada),tendoainda

contribuído para limitar os spill over effectspotenciaisdasváriasiniciativasrealizadas;

• Aprogramaçãodirigidaàáreacientíficafoiconcebidanosentidodesemoldaràprocuraquelheé

dirigida, ou seja, não obstante os seus impactes positivos, a constituição de massas críticas surge

semqualquerpredefiniçãodeáreastemáticasaprivilegiaresemarticulaçãocompreocupações

estratégicas de desenvolvimento socioeconómico;

• Aprocuraaosprincipaissistemasdeincentivosàsempresascentrou-senamodernizaçãotec-

nológicaeorganizacionalenaexpansãodaactividade,privilegiando lógicasmais tangíveisde

investimento, em detrimento de uma presença mais expressiva de estratégias empresariais mais

dinâmicasdepromoçãodainovação,I&D,internacionalização,diversificaçãoediferenciação,so-

bretudo em áreas intensivas em conhecimento;

• Aprocuraempresarial caracterizou-se, ainda, porumaexcessivapolarizaçãonasactividades

organizadasemtornodosfactorescompetitivosmenosavançadosemaisvulneráveisemtermos

de concorrência internacional, explorando o acesso favorável a recursos naturais ou o baixo custo

do trabalho com níveis tecnológicos menos exigentes;

• Registou-sepoucaexpressãodosprojectosoriginadospeloempreendedorismodebasetecno-

lógica, fundamentalmente devido a insuficiência de procura à maior parte das iniciativas dinami-

zadascomesteenfoqueealacunasemmatériadearticulaçãoactivaentreosváriosagentesdo

SistemaNacionaldeInovação;

• NãoobstanteocarácterpositivoeinovadordainclusãonoQCAIIIdeumaintervençãooperacio-

nalexclusivamenteorientadaparaodesenvolvimentodaSociedadedaInformaçãoemPortugal,

acapacidadeeadinâmicadeabsorçãodasacçõesinovadorasneleprevistasforamfortemente

condicionadaspelatipologiadeentidadesbeneficiárias–essencialmenteentidadespúblicas,na

sua maioria sem experiência anterior neste tipo de intervenção;

• Verificou-seumimportantecontributodeprojectosco-financiadosparaoaumentodovolumee

diversidadedeserviçosdaAdministraçãoPúblicadisponíveison-line para cidadãos e empresas,

bem como para a melhoria dos índices de eficiência interna e externa no funcionamento dos orga-

nismosdaAdministraçãoPública,paraaqualcontribuiu,desde2003,aopçãodeassociarinicia-

tivasdeadministraçãoelectrónicaaprojectosconcretosemaisabrangentesdemodernizaçãoe

reorganizaçãodeserviçospúblicos;

• Aexistênciadeestruturasresponsáveispeloenquadramentoestratégicodosprojectosco-finan-

ciados, pela captação e capacitação da procura, pela articulação dos actores relevantes, bem

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como, pela produção de conhecimento técnico de suporte e apoio à implementação de projectos,

constituiuumamelhorpráticacomfortepotencialdeensinamentoparaprogramaçõesfuturas

em áreas inovadoras;

• A desmaterialização de candidaturas, designadamente através da sua recepção pela Internet,

constituiuumasignificativamelhoriaemtermosderapidez,eficiênciadeprocessoefiabilidade

da informação. Adicionalmente, os sistemas de informação demonstraram ser um instrumento

imprescindívelpara fazer faceàsnecessidadesdegestãoeacompanhamentodosProgramas

Operacionais,nomeadamentenoqueserefereaodesenvolvimentodotrabalhoemredeentreas

várias entidades envolvidas.

Nosdiferentesexercíciosdeavaliaçãoforam,ainda,identificadassugestõesestratégicaseoperacio-

naisaaplicarnoQREN:

articularacompetitividadeeacoesãonaprogramaçãodoqRen:

• Dever-se-ãocontemplarnovoscaminhosdearticulaçãoentrecompetitividadeecoesão,quepas-

sampelautilizaçãodacoesãocomocondiçãoefactordecompetitividadeedacompetitividade

como suporte da consolidação da coesão;

• Privilegiarumquadromaisflexívelemenosburocratizantederelacionamentodasestruturasde

gestãocomospromotores,optimizando-seresultadoseimpactos;

• GarantirqueamaiordescentralizaçãodatemáticaFactoresdeCompetitividadenãovenhaacor-

responderafragmentaçãodoquadroinstitucionaledasintervenções;

• Reforçarasustentabilidadedasintervenções,apostandonacapacitaçãodepromotoresebenefi-

ciários,noencadeamentosequencialdeváriasgeraçõesdeequipamentoseserviçosnasatisfa-

ção de procuras sociais mais avançadas e na exploração intensiva das economias de rede.

Garantirummaiorníveldeconcentraçãoeselectividadedosincentivos:

• Adoptarumaprogramaçãoorientadapelaconcentraçãoderecursosnoapoioaodesenvolvimento

competitivo das actividades de bens e serviços transaccionáveis;

• Redireccionarosapoiosparaprojectosinovadoreseestruturantescomefeitosdemonstráveisde

arrastamentosobreoutrasorganizaçõeseactividades;

• Privilegiar intervenções integradas inseridas em estratégias pré-definidas, em detrimento de

apoiosaprojectosisolados.Àsintervençõesdeverãoestarassociadasáreasprioritárias,emli-

nhacomosobjectivosestratégicosdoPaís,devendo,noentanto,garantir-seumamargemparao

apoioaoutrasáreas,queapresentempotencialdesucessonoPaís;

• Privilegiarpolíticaspúblicasmaisselectivas,nãotãoabertasedifusas,orientadasparaapoiosespe-

cíficos e, sempre que aplicável, estruturadas em torno de concursos, envolvendo a abertura faseada

dos sistemas com recepção de candidaturas em períodos pré-determinados e respectiva seriação.

Definircritérioscoerentesparaatipologiadeinstrumentosautilizar:

• Os incentivosreembolsáveisdeverãoserutilizadosparaanteciparprojectosderedimensiona-

mentooudereorganização,induzidosporinvestimentoemfactorestangíveis(relevânciadeum

critério de rendibilidade nos critérios de selectividade);

• Osincentivosnãoreembolsáveisjustificam-sesemprequeataxaderetornosocialsejaclara-

mentesuperioràtaxaderetornoprivadadeuminvestimento–porexemplo,nodomíniodaI&D(os

critériosdeselectividadedevemteravercomaoperacionalizaçãododesvioentreretornosocial

e retorno privado, não com a rendibilidade privada do projecto);

• Autilizaçãodocapitalderiscoteráquecorresponderaalgomaisdoqueummeiodefinancia-

mentoalternativoaoutrosdisponíveisnomercado–devevisarsupressãodefalhasdemercado

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ao nível dos mercados financeiros; igualmente deverá suprir a quase nula expressão da oferta

decapitalsementeea insuficiênciademeiosdisponíveisparafinanciamentodeoperaçõesde

desenvolvimento empresarial de alguma dimensão (critérios associados à inovação e uma lógica

de gestão de um porta-fólio);

• OsinstrumentosdotipoParceriasouConsórciosserãoparticularmenterelevantessempreque

os objectivos definidos impliquem a superação de falhas de coordenação. A taxa de retorno social

é, igualmente, um factor essencial.

Promoverumsistemanacionaldeinovaçãointegrado,centradonasempresas:

• DirigiraofertadeCiênciaeTecnologiaparaosobjectivosestratégicosdoPaísecentrarassuas

intervençõesnasprioridadescientíficasetecnológicasdosectorempresarial,valorizandoasló-

gicas de rede;

• Relevância,nocasodePME,doapoioàempresaemalternativaaoapoioaoprojecto(justificado

nanaturezaintemporaldosresultadosdeI&Denasassimetriasdeinformação).

Intervirsobreoupgradingourequalificaçãodaofertadefunçãoempresarial:

• Aspolíticaseiniciativasdepromoçãodestart-ups inovadoras ou de base tecnológica devem ser es-

trategicamente orientadas, em função de uma avaliação sobre oportunidades e recursos, e supor-

tadasnumquadroinstitucionalmaisdescentralizadoqueintegreinstituiçõesdesuportecomuma

maior pool de competências (universidades, infra-estruturas tecnológicas e associativas, etc.) e um

conjunto de instrumentos de apoio (capital de risco e financiamento, serviços de apoio à gestão, etc.).

Promoveracaptação/expansãodeIDeestruturanteeainternacionalizaçãodasempresasportuguesas:

• OsesforçosdeatracçãodeIDEdevemserestrategicamenteorientadosparaasprioridadesde

competitividade pré-definidas envolvendo a promoção de redes e de clusters,adinamizaçãode

cadeiasnacionaisdeabastecimentoeoapoioaconsórcioseaunidadesdeI&D;

• Promover,deformamaiseficaz,ainternacionalizaçãodasempresas,apoiandoacçõesmaisam-

biciosaseequilibradasedevidamentearticuladascomasintervençõesprogramáticasaoníveldo

fomentodaI&Deinovação.

apostarnacapacitaçãoemodernizaçãodaadministraçãoPúblicacomoformadereduçãodoscustos

públicosdecontexto:

• DarcontinuidadeaosesforçosencetadosnoQCAIIIdemodernizaçãoadministrativa,comrecurso

àsTIC,reforçandoaexpansãodalógicade“front-office”paraumalógicamaisprofundadeback-

-officeenvolvendoreorganizaçãoereestruturaçãodeprocessos;

• Associaràsiniciativasdemodernizaçãoadministrativa,umacomponentedecapacitaçãodosre-

cursos humanos envolvidos (formação, reconversão) que dê resposta à dimensão das apostas

realizadasnascomponentesmaismateriais;

• Assegurarmecanismoseficazesecontinuadosdecooperaçãoentrepromotoresealinhamento

entreprojectos,sejaaníveldeMinistérioseserviços tutelados,sejaaníveldaAdministração

PúblicaLocal.

ImpulsionariniciativasnoâmbitodaSociedadedaInformaçãoeConhecimento(SIC)aoserviçoda

competitividade:

• Colocar,aoserviçodacompetitividade,asinfra-estruturaseequipamentosTIC,dandoaindacon-

tinuidade à aposta na melhoria da dotação infra-estrutural e da conectividade em áreas estraté-

gicas,comoformadevalorizaçãocompetitivadaeconomiaeterritórionacionais;

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1330

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• Reforçaroapoioàincorporaçãotecnológicaeàcapacitaçãoempresarialeinstitucionalemfer-

ramentasTIC,emestreitaarticulaçãocomasorientaçõesdepolíticacientíficaetecnológicaede

política de inovação e respectivas iniciativas;

• ContinuaraapostarestrategicamentenamassificaçãodasTIC,comocondiçãonecessáriaparaa

capacitaçãoglobaldoPaísemtermosdeacessoàSociedadedeInformaçãoedoConhecimento.

valorizarcontinuamenteasestruturasderecursoshumanos:

• Apostarnamelhoriaefectivadaqualidadedocapitalhumanocomoaprincipalalavancadesus-

tentabilidade e garantia de continuidade dos projectos e iniciativas desenvolvidos;

• Asseguraroalinhamentoentreintervençõesdeíndolematerialeintervençõesmaisintangíveis

na área da capacitação de recursos humanos;

• Fomentaraimplementaçãodemecanismoseficazesdetransferênciaedisseminaçãodeknow-

-how entre entidades e recursos humanos envolvidos em projectos co-financiados;

• Valorizaropotencialdecriaçãodeempregoqualificadonaatribuiçãodeincentivos.

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33P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Estratégia para a Melhoria da Competitividade da Economia

PortuguesaPrioridades da Agenda Operacional Factores de Competitividade 34O Desafio da Eficiente Utilização de Recursos Públicos Escassos: Concentração e Selectividade 34Articulação entre Programas Operacionais do QREN 36Articulação entre as Agendas Temáticas Factores de Competitividade e Potencial Humano 37Articulação com o FEADER e o FEP 39O Programa Operacional no Contexto da Agenda Temática Factores de Competitividade 39Tipologias de Instrumentos 41

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Prioridades da Agenda Operacional Factores de CompetitividadeOsdesafioseosconstrangimentoscomquesedeparaaeconomiaportuguesanoprocessodecresci-

mento sustentado e competitivo a nível internacional, indutor de valor acrescentado, qualificação terri-

torial e mais e melhor emprego, exige a adopção de uma estratégia mais ofensiva que entenda a compe-

titividade como uma realidade sistémica, em que o Estado se assume como um actor dinâmico e indutor

deatitudesecomportamentosempresariaismaisvalorizadoresdainovaçãoeconhecimento.

AAgendaOperacionalFactoresdeCompetitividadedoQRENassumecomoseuobjectivocentral-ten-

dopresenteodiagnósticoefectuadoeasliçõesdeexperiência,bemcomoasorientaçõesnacionaise

comunitárias em matéria de política de coesão para 2007-2013 - acontribuiçãoparaapromoçãode

níveis de crescimento económico que assegurem a retoma sustentada da trajectória de convergência

real da economia portuguesa com a uniãoeuropeia, baseadanacompetitividadedopaísedassuas

regiões,dasempresasedosterritórios.

Estatrajectóriadecrescimentoeconómico,noqualseassegura,deformahorizontal,acoerênciacom

a sustentabilidade e eco-eficiência e com os objectivos de coesão social, implica a adopção de uma

perspectivadeacçãopúblicamultifacetada,abrangendointervençõessectoriaisdiversas,masestrate-

gicamente alinhada em torno dos seguintes objectivos:

• Qualificação do tecido produtivo, por via do upgradingdoperfildeespecializaçãoedosmodelos

empresariais;

• Maiororientaçãoparaosmercadosinternacionaisdoconjuntodaeconomiaportuguesa,porvia

do incremento da produção transaccionável ou internacionável3;

• QualificaçãodaAdministraçãoPúblicaedaeficiênciadaacçãodoEstado,porviadamodernização

daAdministraçãoPúblicaedapromoçãodeumaculturadeserviçopúblicocentradonocidadãoe

nas empresas;

• Promoçãodeumaeconomiabaseadanoconhecimentoenainovação,porviadoestímuloaode-

senvolvimento científico e tecnológico e do fomento do empreendedorismo.

Comosedepreendepeladimensãododesafioque representao objectivode retomasustentadada

trajectóriadeconvergênciareal,oQRENconstituiapenasumdos instrumentosmobilizáveisparaa

suaconcretização.Importasalientarque,paraalémdoQREN,outrosinstrumentosdapolíticadede-

senvolvimentonão co-financiadospelosFundosEstruturais e tambéma intervençãodoEstadonos

domínios da regulação e da regulamentação fornecerão estímulos essenciais para o desenvolvimento

da competitividade nacional.

Pormaioriaderazão,acontribuiçãodoQRENparaessedesígnionãoseesgotanaAgendaOperacional

FactoresdeCompetitividade,jáqueasrestantesduas-PotencialHumanoeValorizaçãodoTerritório

–estabelecemcomestarelaçõesdecomplementaridadeesinergiaevidentes,incidindonosdomínios

da qualificação das pessoas e da qualificação dos territórios.

O Desafio da Eficiente Utilização de Recursos Públicos Escassos: Concentração e SelectividadeA obtenção de resultados visíveis nos domínios visados, num contexto económico globalmente muito com-

plexo e numa conjuntura financeira nacional particularmente exigente, requer uma atenção especial à

problemáticadaeficienteutilizaçãodosrecursosfinanceirosdisponíveis.Aorientaçãogeralestabelecida

paraoQREN,depromoverumaforteconcentraçãodosrecursosnasáreasdeintervençãoconsideradas

prioritárias e de estabelecer uma forte selectividade na apreciação de candidaturas a co-financiamento,

de modo a privilegiar as que demonstrem maior relevância face aos resultados que se pretendem obter,

terá,nodomíniodaAgendaOperacionalFactoresdeCompetitividade,asnecessáriasrepercussões.

3 Vd.AnexoI-tabelaindicativadeagrupamentosporramosdeactividade.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1334

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Querissodizerqueapenasdeverãoserfinanciadosprojectosquecontribuamdeformaclarae,sempre

quepossível,mensurável,paraaconcretizaçãodasprioridadesestabelecidasdepromoçãodaprodu-

tividade e da competitividade das empresas e dos territórios. Esta forma de abordagem representará

rupturascomalgumasdaspráticasatéagoraassumidasemanterioresProgramas,tantoosdireccio-

nados para o apoio à melhoria da competitividade empresarial (designadamente, no que se refere à

aplicação tendencialmente universalista de sectores e tipologias de investimentos elegíveis), como os

direccionados para o estímulo à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico (designadamen-

te,noqueserefereàsuamenorfocalizaçãonaempresa).

Aapostanaconcentraçãoenaselectividadeimpõeumaescolhadeumnúmeroreduzidodeprioridades

deintervenção.Nestaperspectiva,oQRENestabeleceasseguintesvertentesdeintervençãonaAgenda

OperacionalFactoresdeCompetitividade:

• Estímulosàproduçãodoconhecimentoedesenvolvimentotecnológico;

• Incentivosàinovaçãoeàrenovaçãodomodeloempresarialedopadrãodeespecialização;

• Instrumentosdeengenhariafinanceiraparaofinanciamentoepartilhaderiscodainovação;

• Intervençõesintegradasparaareduçãodoscustospúblicosdecontexto;

• Acçõescolectivasdedesenvolvimentoempresarial;

• EstímulosaodesenvolvimentodaSociedadedeInformação;

• Redeseinfra-estruturasdeapoioàcompetitividaderegionalepromoçãodeacçõesintegradasde

valorizaçãoeconómicadosterritóriosmenoscompetitivos;

• Acçõesinovadoras.

Particularmenterelevantessãoasmodificaçõesestruturaisaintroduzirnumaáreatradicionalmentefor-

tementeconsumidoraderecursosfinanceirosemProgramasdosQCAanteriores–ossistemasdeincen-

tivosdirectosaoinvestimentonasempresas.Comoseráadiantedetalhado,ossistemasdeincentivosao

investimentoempresarialserãoobjectodeumafocalizaçãoacentuadaparaosobjectivoseprioridades

definidasnumalinhamentocomasopçõesdapolíticacomunitáriade“menosemelhoresajudas”,desig-

nadamente, nos seguintes aspectos: (i) esbatimento da importância e expressão orçamental dos sistemas

deincentivosereduçãodasintensidadesdeapoionocontextodaprioridadeFactoresdeCompetitividade,

privilegiandoinstrumentosalternativos,como“engenhariafinanceira”e“acçõescolectivas”dedesen-

volvimentoempresarial;(ii)orientaçãoefocalizaçãodossistemasdeincentivosemáreasmaisimateriais

dacompetitividade,reduzindofortementeaextensãodaintervenção,queremtermosdonúmerototalde

projectos a apoiar, quer, sobretudo, quanto à tipologia dos investimentos elegíveis. A escolha será efectua-

da, regra geral, por via de concursos com objectivos desenhados de acordo com as prioridades definidas.

A selectividade e a elevação do nível de exigência da qualidade dos projectos irá potencialmente provocar

menoresníveisdeprocurainicialporpartedasempresasedasorganizaçõesquecompõemasuaenvolven-

te-asliçõesextraídasdaexperiênciaanteriordemonstramqueasiniciativasoumedidasmaiscentradas

na inovação e nos factores imateriais suscitaram, genericamente, menor adesão por parte das empresas.

AestratégiadeimplementaçãodeumPOcomobjectivosdeselectividadeedeexigêncianãopodedeixarde

teremconsideraçãoestarealidadesócio-empresarialemPortugal,impondo-se,assim,aabsolutaneces-

sidadedemobilizarequalificaraprocuradosinstrumentosdepromoçãodacompetitividade.

Esteprocessodequalificaçãodaprocuraempresarial,mobilizando-aparaosfactoresmaisimateriais

dacompetitividade,seráassenteemváriassoluções: (i) emprimeiro lugar,devemserdinamizadas

acçõescolectivasdesensibilizaçãoededisseminaçãodeboaspráticas,preferencialmente,préviasà

aplicaçãodesistemasdeincentivos;(ii)sensibilizaremotivarparaasprioridadesos“prescritores”de

soluçõesjuntodasempresas–instituiçõespúblicas,associaçõesempresariais,infra-estruturastec-

nológicaseconsultores;(iii)promoverainserçãonasPMEdeagentesdemudança,designadamente,

de técnicos qualificados previamente formados e motivados; e (iv) assistir e apoiar os empresários nas

fases prévias de formulação das suas estratégias e projectos.

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Articulação entre Programas Operacionais do QRENAspectocrucialaterpresentenodesenhodosProgramasOperacionaisdizrespeitoaofactodeosPO

regionaisdoContinenteseremestruturadostematicamenteeporformaaasseguraraprossecução,à

escala regional e de acordo com as especificidades e potencialidades de cada região, das prioridades

temáticasrelativasaosFactoresdeCompetitividadeeValorizaçãoTerritorial(RCMn.º25/2006).Con-

sequentemente,anovafilosofiatemáticadosPO,implicaumgrauacrescidodearticulaçãoecoordena-

çãoanívelestratégicoeoperacional,nãosóentreoNacionaleoRegional,mastambémnacoerência

inter-regional da mesma tipologia de intervenção, face a um leque mais alargado de actores públicos

envolvidosnagestãoeacompanhamentodaprioridadetemáticaFactoresdeCompetitividade.

OsobjectivosdenaturezaestratégicaserãoprosseguidosnãosópeloPOFactoresdeCompetitividade,

mastambémporoutrosPOtemáticose,comrelevoespecial,atravésdaintervençãodosdiversosPO

Regionais.AtendendoaestaopçãodearquitecturadoQREN,assume-se,assim,aexistênciadeuma

“agendaestratégica”únicaecomumemmatériade“FactoresdeCompetitividade”,queseráoperacio-

nalizada,querpelopresentePOTemático,querpelosPORegionais.

Esta agenda única deverá estar suportada na instituição de mecanismos de articulação em rede, de

partilha eficiente de informação (sistema de informação, canais electrónicos de comunicação), e, em

casosadefinir,deco-decisãoentreagestãodoPOFactoresdeCompetitividadeeosPORegionaisdo

Continente(deformaparticular,dasregiõesconvergência).

SãoosseguintesoscritériosbásicosparaarepartiçãodeatribuiçõesemmatériadeFactoresdeCom-

petitividadeentreoPOTemáticoeosPORegionais:(i)asintervençõesquebeneficiamdeumagestão

mais próxima dos beneficiários ou as que decorrem de lógicas regionais, locais ou urbanas foram atri-

buídasaosPORegionais;(ii)asintervençõesqueexigemlimiarescríticos,asqueexigemcoordenação

oudecorremdeestratégiasnacionaisforamintegradasnoPOTemático;(iii)asredesdeinfra-estrutu-

ras,querdenaturezacientíficaetecnológica,querasdeacolhimentoempresarial,sãointegradasnos

POregionais;(iv)finalmente,ossistemasdeincentivosaoinvestimentonasempresasforamdistribuí-

dos de acordo com a seguinte chave de distribuição: os projectos de médias e grandes empresas serão

enquadradosnoPOTemático;osprojectosdaspequenasemicroempresasserão inscritosnosPO

Regionais.Estadivisãoporescalõesdimensionaisdeempresaspromotoraséumaproxy da aplicação

doprincípiodesubsidiariedade,nostermosdosquais,asintervençõesdeverãoserrealizadasaonível

queformaiseficientefazê-lo.

ArepartiçãoentreoPOTemáticoeosPORegionaisdasatribuiçõesdaAgendaOperacionalFactoresde

CompetitividadedoQRENésintetizadanoquadroseguinte.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1336

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RePaRtIçãODaSatRIbuIçõeSentRePOteMátICOePOReGIOnaIS

NaturezadoPOPOTemático PORegionais

AgendaOperacional

1.ConhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico

ProgramaseProjectosdeI&DT RedesdeInstalaçõeseEquipamentosCientíficose TecnológicosIncentivosaoInvestimentodasmicroepequenasempresasemI&DT

IncentivosaoInvestimentodasgrandesemédiasempresasemI&DTEstímulosparaoacessoaoProgramaQuadrodeI&DeoutrosProgramasComunitários

2.InovaçãoeRenovação do ModeloEmpresarialedoPadrãodeEspecialização

IncentivosaoInvestimentodasgrandesemédiasempresasemInovação(novosbens e serviços transaccionáveis, novos processostecnológicosouorganizacionais,expansão de capacidades em actividades com procura dinâmica)

IncentivosaoInvestimentodasmicroepequenasempresasemInovação(novosbenseserviçostransaccionáveis, novos processos tecnológicos ouorganizacionais,expansãodecapacidadesemactividades com procura dinâmica)

IncentivosàQualificaçãodePME(médiasempresas)

IncentivosàQualificaçãodePME(microepequenas empresas)

ProjectostransitadosdoQCAIII

3.FinanciamentoePartilhadeRiscodaInovação

FundodeFinanciamentodaInovaçãoeInternacionalização;microfinanciamentocompetitivo

FundodeFinanciamentodaInovaçãoeInternacionalização(LisboaeAlgarve);microfinanciamento competitivo (Lisboa e Algarve)

4.ReduçãodosCustosPúblicosdeContexto

Simplificação,ReengenhariaeDesmaterializaçãodeProcessosnaAdministraçãoPública

Administração em Rede Administração Regional e Local em Rede

QualificaçãodoAtendimentonosServiçosPúblicos

QualificaçãodoAtendimentonosServiçosPúblicosRegionaiseLocais

Capacidadeinstitucionalparaamonitorizaçãoegestãodoterritório

5.AcçõesColectivasdeDesenvolvimentoEmpresarial

EstratégiasdeEficiênciaeInovaçãoColectivadeâmbitonacional:PólosdeCompetitividadeeTecnologiaeClusters

EstratégiasdeEficiênciaeInovaçãoColectivadeâmbito regional ou urbano

DinamizaçãodeAcçõesInovadoras Acçõescolectivasdeinternacionalizaçãodeâmbito regional

6.Estímulo ao DesenvolvimentodaSociedadedaInformação

PromoçãodeNovosConteúdoseServiçoson-line (designadamenteRegiõesDigitais)

GeneralizaçãodaUtilizaçãodaInternet (designadamenteProjectosIntegrados)

7.RedeseInfra- -estruturas de Apoio àCompetitividadeRegional

RedesUrbanasparaaCompetitividadeeInovação

Acçõesintegradasdevalorizaçãoeconómicadosterritórios menos competitivos

Áreas de acolhimento para a inovação empresarial(ALE,ParquesTecnológicos,Incubadoras,ParquesCiênciaeTecnologia,etc.)

Redes logísticas regionais

Infra-estruturasdeBandaLarga(redesacadémico-científicas e redes de acesso universal em áreas remotas ou desfavorecidas)

8.Assistência Técnica

AssistênciaTécnicaaoPOFactoresdeCompetitividade

Articulação entre as Agendas Temáticas Factores de Competitividade e Potencial HumanoEmbora as duas Agendas possuam objectivos centrais diversos mas complementares (a Agenda Te-

máticaFactoresdeCompetitividadecentraasuaintervençãonoapoioàmelhoriadacompetitividade

empresarial;aAgendaTemáticaPotencialHumano,centraasuaintervençãonoapoioàqualificaçãoda

populaçãoportuguesa),oPOPH,enquantoúnicoPOfinanciadopeloFSE,integradeterminadasmedi-

das que contribuem, de forma directa ou indirecta, para a competitividade das empresas.

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Clarificação e Articulação

Linhas de Natureza Específica:

i) Formaçãonoâmbitodeprojectosdecompetitividadeeinovação:

a) AAgendaTemáticaFactoresdeCompetitividadeapoiaráaformaçãoincluídaemprojectosin-

tegrados(InvestimentoeFormação),inseridosnosEixos1,2e5doPOFactoresdeCompeti-

tividadeenoseixosdosPORegionaisqueseintegramnestaAgendaTemática(margem10%

FEDER);

b) AAgendaTemáticaPotencialHumanopodeigualmenteapoiaraformaçãoparaacompetitividade

e inovação nas empresas, sem que esteja integrada em projectos de investimento apoiados;

ii) Formação-Acçãonoâmbitodeprojectosdecompetitividadeeinovação:

a) A Formação-Acção será apoiada no âmbito da Agenda Temática Potencial Humano e está

orientadaparaaformaçãoassociadaaoapoioaodesenvolvimentoorganizacionaldemicro,

pequenas e médias empresas e outras entidades;

iii)Inserçãoecontrataçãodetrabalhadoresaltamentequalificadosnasempresas:

a) AAgendaTemáticaFactoresdeCompetitividadeapoiaráacontrataçãoderecursoshumanos

altamentequalificadosnasempresas,quandoincluídaemprojectosintegrados(Investimento

eFormação),quevisamacriaçãodeestruturasdereforçodeI&Depromoçãodainovaçãonas

empresas;

b) AAgendaTemáticaPotencialHumanoapoiaa inserçãoecontrataçãode trabalhadores, in-

cluindoaderecursoshumanosaltamentequalificadosnasempresaseinstituiçõesdeI&D,no

âmbito de objectivos que visam o emprego científico;

iv) Empreendedorismo:

a) AAgendaTemáticaFactoresdeCompetitividadeapoiaráoempreendedorismoqualificadode

naturezacompetitiva,visandoamudançadoperfildeespecializaçãoeoapoioaprojectosde

start-ups debasetecnológicae/ouemsectorescomforteintensidadecognitiva.Oapoioserá

dado através de incentivos ao investimento e/ou mecanismos de financiamento (capital de ris-

co, garantias, etc.);

b) AAgendaTemáticaPotencialHumanoapoiaoempreendedorismodenecessidadeatravésde

iniciativas de base local e em domínios de inovação social, visando a criação de emprego, in-

clusiveacriaçãodopróprioempregoeadiminuiçãododesemprego.Oapoioserádadoatravés

de incentivos à criação de emprego, incentivos à contratação e mecanismos de microcrédito;

v) FormaçãoparaagestãoeinovaçãonaAdministraçãoPública:

a) AAgendaTemáticaFactoresdeCompetitividadeapoiaráaformaçãoincluídaemprojectosin-

tegrados(InvestimentoeFormação)demodernizaçãodaAdministraçãoPública,inseridosno

EixoIVdoPOFactoresdeCompetitividade;

b) AsoperaçõesautónomasdecapacitaçãodaAdministraçãoPúblicaatravésdaformaçãorea-

lizadaviaPOPotencialHumanosãoessencialmentedirigidasaacçõesdemodernizaçãodos

serviços públicos, articulando o esforço de formação com estratégias consideradas instru-

mentais,devendo,porisso,serarticuladascomprocessosdemodernizaçãodesenvolvidosno

âmbitodoPOFactoresdeCompetitividadeoudosPORegionais;

vi)Formação associada a “estratégias de eficiência colectiva”4 da Agenda Temática Factores de

Competitividade:

Nestetipodeestratégiapodeviraserconsideradacríticaapromoçãodeofertadeformação

especializada,nomeadamentenoâmbitodeclusters e pólos de competitividade e outras estra-

tégias territoriais.

4 "Estratégiasdeeficiênciacolectiva"sãoinstrumentosdelineadospelaspolíticaspúblicas,designadamentenoEixoIIIeIVdoPOFC,comoobjectivodeobtereconomiasdeproximidadeedeaglomeraçãoaosdiversosníveisdeabordagem–nacional,sectorial,regional,localouurbano.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1338

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OsinstrumentosemcausaqueestãoprevistosnoPOPHsão,designadamente:

• Eixo1–Desenvolvimentodecursosdeespecializaçãotecnológicaeofertadeformaçãode

dupla certificação;

• Eixo2–Reconhecimento,validaçãoecertificaçãodecompetências;

• Eixo3–Formação-acção,formaçãoparaainovaçãoegestão;

• Eixo4–Formaçãoavançada,inserçãodemestresedoutoresnasempresas.

Noâmbitodas“estratégiasdeeficiênciacolectiva”,aarticulaçãoentreaAgendaTemáticaFacto-

resdeCompetitividadeeaAgendaTemáticaPotencialHumano,coloca-seaoníveldacomplemen-

taridade.OvérticedaformaçãotemelegibilidadegarantidanoPOPHnoseixosidentificados.

Linhas de Natureza Geral:

i) AplicaçãoaníveldetodososPOdoQRENderegrascomunsnodomíniodaformação,independen-

tementedoFundofinanciador;

ii) Aprovaçãocruzadadaregulamentaçãoespecíficanacional;

iii)ArticulaçãoregularentreosórgãosdegestãodosPOdasduasAgendasTemáticascomvistaà

trocadeinformaçãorelevanteeàracionalizaçãodoprocessodeanálise,acompanhamentoede-

cisão dos projectos com desígnios comuns entre as duas Agendas.

Articulação com o FEADER e o FEPOProgramaOperacionalassumeasorientaçõesemmatériaderepartiçãoderesponsabilidadesentre

oFEDER,oFEADEReoFEP,estabelecidasnoCapítuloV.12doQREN.

AAutoridadedeGestãodoProgramaOperacionalestabeleceráprotocoloscomasAutoridadesdeGes-

tãodoProgramadeDesenvolvimentoRuraldoContinenteedoProgramaOperacionaldasPescas,com

vistaaregular,deformaespecífica,essasorientações.

O Programa Operacional no Contexto da Agenda Temática Factores de CompetitividadeEm consonância com os objectivos e prioridades e numa lógica de enfoque temático, identificam-se seis

EixosdeIntervençãooperacionaldoPO:

I. ConhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico;

II. InovaçãoeRenovaçãodoModeloEmpresarialedoPadrãodeEspecialização;

III. FinanciamentoePartilhadeRiscodaInovação;

Iv. AdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidade;

v. RedeseAcçõesColectivasdeDesenvolvimentoEmpresarial;

vI. Assistência Técnica.

CadaumdestesEixosserádesenvolvidonoCapítulo5, interessandonestafasedestacaranatureza

matricialda intervenção,queraoníveldos instrumentosqueaoperacionalizam,querdastemáticas

envolvidas,aspectoessencialparaaconcretizaçãodeobjectivosdenaturezaestratégica.

Amatrizqueseapresentapretende,assim,retrataranaturezasistémicadaestratégiapreconizadano

POFactoresdeCompetitividade,centrando-senocontributodecadaumdosEixosdeIntervençãopara

aconcretizaçãodealgunsobjectivosdenaturezaestratégicaaqueoProgramadeveestarvinculado.

Deumaformasumariada,épossívelconstataraimportânciasignificativadosEixosI,IIeIIIparaacon-

cretizaçãodoobjectivodenaturezaestratégica“DesenvolverumaEconomiaBaseadanoConhecimento

enaInovação”,traduzidonoapoioàconsolidaçãoedesenvolvimentodoSistemadeInovaçãonacional,

no desenvolvimento e intensificação de uma sociedade de informação, no apoio directo às empresas no

sentido de promover a inovação através do incremento da produção transaccionável em novos bens e

serviços ou na expansão de actividades de elevado valor acrescentado, no desenvolvimento de "estra-

tégias de eficiência colectiva" (pólos de competitividade e tecnologia e clusters), e na oferta de mecanis-

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mos de financiamento e de partilha do risco no processo de inovação e de criação de novas empresas

qualificadas.

Paraaconcretizaçãodoobjectivodenaturezaestratégica“IncrementaraProduçãoTransaccionável

eoseuPesoRelativonoConjuntodaEconomia”,concorrem,deformamaisintensa,naturalmenteos

EixosII,IIIeV,traduzindoosrespectivosenfoquesnoincentivoàinovaçãonasempresaserenovaçãodo

padrãodeespecialização,napromoçãoderedeseacçõescolectivasdedesenvolvimentoempresarial

(numa lógica de disseminação de resultados e de difusão de boas práticas, e de estímulo ao suporte a

redesdeinovaçãoecompetitividadeempresarial)e,naturalmente,adisponibilizaçãodelinhasdefinan-

ciamentoparaainovaçãoeinternacionalização.

IntenSIDaDeDOSCOntRIbutOSDOSeIxOSPRIORItáRIOSPaRaaCOnCRetIzaçãODOSObjeCtIvOSeStRatéGICOSPaRaOReFORçODaCOMPetItIvIDaDe

Objectivos de Natureza Estratégica Desenvolver

uma Economia Baseada no Conhecimento e na Inovação

Incrementar a Produção Transaccionável e o seu Peso Relativo no Conjunto da Economia

Alterar o Perfil de Especialização Produtiva

Renovar e Qualificar o Modelo Empresarial, em particular, nas PME

Incrementar a Eficiência e a Qualidade da Administração Pública

Melhorar a Regulação e Funcionamento dos MercadosEixos Operacionais

de Intervenção do PO

I.ConhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico

••• •• •• •• • •

II.InovaçãoeRenovação do ModeloEmpresarialedoPadrãodeEspecialização

••• ••• ••• ••• •

III.FinanciamentoePartilhadeRiscodaInovação

••• ••• •• ••• •••

IV.AdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidade

• •• ••• •• ••• •••

V.RedeseAcçõesColectivasdeDesenvolvimentoEmpresarial

•• ••• ••• ••• •

VI.AssistênciaTécnica •• •• • •• • •

•••-Contributomuitoforte ••-Contributoforte •-Contributocomalgumsignificado

Oterceiroobjectivodenaturezaestratégica“AlteraroPerfildeEspecializaçãoProdutiva”,assumeuma

dimensãomuitoimportantefaceaodesígnioestratégicodoQRENdepromoçãodeníveissuperiores

decrescimento,exigindoaalteraçãodaconfiguraçãodopadrãodeespecializaçãoportuguêsparara-

mos de actividade de maior valor acrescentado e que internacionalmente assumam maior vantagens

eposiçãocompetitiva.Destaque-sepelamaiorintensidadedosefeitospotenciais,osEixosIIeVactu-

ando directamente no desenvolvimento de estratégias de criação/desenvolvimento de novos pólos de

crescimento, orientando o enfoque do apoio para estratégias empresariais inovadoras e direccionadas

para a produção transaccionável e de novos bens e serviços ou significativamente melhorados, e para

odesenvolvimentodeacçõescolectivasorientadasespecificamenteparaesteobjectivo.OEixoIVtem

vindo a assumir grande relevância em matéria de atracção de investimento de grande mobilidade inter-

nacional,dadoquelidacomascondiçõesinstitucionaisdeoperaçãodestasempresas,nomeadamente

asassociadasàsuarelaçãocomaAdministraçãoPúblicaeaofuncionamentodosgrandesserviçosdo

Estado,emparticularaAdministraçãodaJustiça.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1340

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“RenovareQualificaroModeloEmpresarial,emparticular,nasPME”assume,igualmente,umadimen-

sãoestratégicanoPrograma,concorrendoparaasuaconcretizaçãotodososEixos,comespecialrelevo

osEixosII,IIIeV.Assim,intervém-seatravésdesistemasdeincentivosfocalizadosparaoapoioàinova-

ção, para o desenvolvimento do modelo empresarial inserido em estratégias de eficiência colectiva, de

acçõescolectivasdedesenvolvimentoempresarial,doapoioaredesdesuporteeestímuloàinovação

e competitividade empresarial (oferta de serviços às empresas e capacitando as entidades do sistema

científicoetecnológiconacionalparaasnecessidadesdasPME),eapoiandoeestimulandoumamaior

integração das empresas na economia digital.

Oobjectivo“IncrementaraEficiênciaeaQualidadedaAdministraçãoPública”,dimensãoparticular-

mentesensíveldascondiçõesgeraisdecompetitividadedopaísedassuasregiões,éparticularmente

tributáriodoEixoIV,especificamentedirigidoàmodernização,simplificaçãoeracionalizaçãodaAdmi-

nistraçãoPública,numarenovadaperspectivadeserviçoaoscidadãoseàsempresas.

Finalmente,paraoobjectivo“MelhoraraRegulaçãoeFuncionamentodosMercados”concorrem,de

formamaisdirecta,osEixosIIIeIVdoPrograma,oprimeironumaópticadesuperaçãodemercadosfi-

nanceiros incompletos e o segundo essencialmente numa óptica de reforço da capacidade de regulação

porpartedoEstadoedasinstituiçõespúblicas.

Tipologias de InstrumentosAAgendaTemáticaOperacionaleoProgramaOperacionalFactoresdeCompetitividadeutilizamdiver-

sostiposdeinstrumentosparaaconcretizaçãodaestratégiaedasprioridadesnodomíniodapromoção

da competitividade da economia que são de seguida tipificados:

• Sistemasdeincentivosaoinvestimentodasempresas–apoiosfinanceirosdirectosàrealização

deinvestimentosprodutivoseimateriais,equivalentesaoconceitojurídicode“ajudasdeEstado”

e, como tal, abrangidos pelos normativos comunitários e nacionais estabelecidos. Este tipo de

instrumentotemvindoaassumirexpressãodominanteemProgramasdeapoiodestinadosàpro-

moçãodacompetitividadeedainovaçãoeutilizamecanismosfinanceirosnãoreembolsáveisou

reembolsáveiseassociados(ounão)aprémiosderealização;

• Mecanismosdeengenhariafinanceira–promoçãodesoluçõesdefinanciamento(normalmente

complementares relativamente aos sistemas de incentivos) dos investimentos empresariais a ní-

vel de capitais próprios (capital de risco) ou capitais alheios (financiamento, bonificação de juros,

garantias,etc.).EstesapoiosnãosãonormalmenteconsideradospelaComissãoEuropeiacomo

“ajudasdeEstado”porquesãoatribuídosporentidades(normalmentesociedadesprivadas)que

decidememfunçãode“critériosdemercado”,etêmvindoaserreconhecidoscomoimprescindí-

veis para a promoção da inovação e do empreendedorismo;

• apoiosaacçõescolectivas–outrotipodeapoiosindirectosàcompetitividadedaeconomiaque

nãosão,igualmente,associáveisaoconceitode“ajudasdeEstado”,sãoconstituídosporprojec-

tosdepromoçãodefactoresdecompetitividadedenaturezacolectiva.Paraseremconsiderados

como“acçõescolectivas”devemserobservadasdeterminadascondições:(i)serempromovidas

porinstituiçõespúblicasouporentidadesprivadassemfinalidadelucrativa(ex:associaçõesem-

presariais);(ii)quandoasacçõesenvolvamempresascomoalvodaacção,estasdevemserem

número significativo e independentes entre elas e não beneficiarem de nenhum apoio financeiro

directo; (iii) os resultados da acção não poderão ser objecto de apropriação privada, devendo, ao

contrário, serem os mesmos obrigatoriamente alvo de divulgação, disseminação ou demonstra-

ção pública, garantindo-se o acesso universal;

• apoiosaacçõespúblicas–apoiosaprojectospromovidospororganismosdaAdministraçãoPú-

blica,noâmbitodosprocessosdequalificaçãoereforçodaeficiênciadaA.P.,eporentidades

públicas (ou privadas, prosseguindo fins públicos) com responsabilidades específicas no domínio

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da dotação infra-estrutural do território para a competitividade e na oferta de bens e serviços

tecnológicosapropriáveispelaeconomia.Traduzem-seeminvestimentosnaenvolventedasem-

presas, pelo que se podem considerar como apoios indirectos às empresas, através dos serviços

ououtrotipodecooperaçãodenaturezacientífica,tecnológica,qualidade,formação,informação,

inteligênciademercados,etc.dequevieremabeneficiar.Nestacategoriainstrumental,oapoio

édirectamentecanalizadoparaacapacitaçãoemmeioshumanosemateriaisdasprópriasinfra-

-estruturas ou apoiando programas ou projectos.

OsobjectivosdoPOFactoresdeCompetitividadesãoconcretizadosatravésdorecursoaummix inte-

grado e coerente das categorias de instrumentos atrás identificadas, modulado em cada um dos Eixos

deIntervençãoOperacionalemrespostaàsprioridadesidentificadas.

ReformadoSistemadeIncentivosaoInvestimentodasempresas

Areformadossistemasdeincentivosàsempresasprosseguida,noâmbitodoQREN,tomaemconsideraçãoosenquadra-mentos comunitários sobre a matéria, quer no sentido de os objectivar enquanto instrumentos de apoio financeiro directo ao investimento empresarial, com o objectivo de promover a sua competitividade sustentada num contexto de mercado global,quernoquerespeitaàadopçãodoprincípiogeral“menosajudas,melhoresajudas”queconduzàreduçãodastaxasmáximaspermitidasediminuiçãodasregiõeselegíveisparaajudasregionais,àassunçãodeumaatitudemaisfavorável face aos investimentos associados à Estratégia de Lisboa e, bem assim, à simplificação de procedimentos.Consequentemente,oMapadeAuxíliosRegionaisparaoperíodo2007-2013nãocobriráatotalidadedoterritórionacional(deixandodeforapartedaRegiãoNUTSIILisboa)eageneralidadedastaxasmáximas(expressasemESB),atéagorapermitidasparaempresasNão-PME,sofrerãoreduçõesentre15e29pontospercentuais.Assinala-se,poroutrolado,queaavaliaçãoderesultadosdossistemasdeincentivosaplicadosemPortugalnoQCAIIIaconselhaareduçãodaextensãoeintensidadedosauxíliosaconcedere,emsimultâneo,asuafocalizaçãoemprioridadesfixadas em função dos objectivos da competitividade sustentada e do estímulo de uma economia baseada no conhecimento.Porém,ageneralidadedasregiõesportuguesas,emparticularasdoObjectivoConvergência,confrontam-se,ainda,comumconjuntodecondiçõesqueimpõemcustosdecontextoedeoperaçãoqueafectamnegativamenteacapacidadedasempresasqueoperamnessesterritóriosparacompetiremmercadosabertoseconcorrenciais.Porissomesmo,epor-que a política comunitária assim o permite, continua a justificar-se a atribuição de auxílios de Estado ao investimento em-presarialduranteopróximoperíododeprogramação–com,todavia,umareorientaçãosubstancialdosseusobjectivoseo significativo reforço da sua selectividade.

Assumem-se,assim,cincograndesopçõesestratégicas:•EsbatimentodaimportânciaeexpressãoorçamentaldossistemasdeincentivosnocontextodaprioridadeFactores

deCompetitividade,atravésdeumaestratégiadeapoiopreferencialmentebaseadanoutrosinstrumentos,designa-damente,engenhariafinanceiraedesenvolvimentodeacçõescolectivas;

•Reduçãodeintensidadesdeauxíliosregionais,emconformidadecomasregrascomunitárias;•Orientaçãoefocalizaçãodossistemasdeincentivos,reduzindofortementeaextensãodaintervenção,queremter-

mos do número total de projectos a apoiar, quer limitando a tipologia de investimentos apoiados aos que justificam financiamento público;

•PrivilégioaoapoioàsPME,queconstituirãooalvoprioritáriodossistemasdeincentivos,semtodaviadescurarare-levância da função de atracção de investimento estruturante (estrangeiro ou nacional), indispensável para o reforço da base de conhecimento e de inovação;

•Simplificaçãodomodelodegestão,comvistaaumaumentodaceleridadeedaqualidadedecisional,quernafasedaanálise, quer também no período de acompanhamento da execução e da avaliação dos resultados dos investimentos.

Emcoerênciacomestasopçõesestratégicas,ossistemasdeincentivosaoinvestimentoempresarialprivilegiarãooin-vestimento destinado a reforçar a base produtiva transaccionável da economia portuguesa, sendo definidas duas grandes tipologias de prioridades:• Aque incluiasprioridadeshorizontais relacionadascomos factorescríticosdecompetitividadenumcontextode

umaeconomiabaseadanoconhecimentoenainovação,queintegra:(i)odesenvolvimentodeactividadesdeI&DTnasempresas,estimulandoacooperaçãoemconsórciocominstituiçõesdosistemacientíficoetecnológicoecomoutras empresas e entidades europeias; (ii) o investimento de inovação (produção de novos bens e serviços no país ou up-gradingsignificativodaproduçãoactualatravésdatransferênciaeaplicaçãodeconhecimentooudeinovaçõesorganizacionais,expansãodecapacidadesdeproduçãoemsectoresdeconteúdotecnológicooucomprocurasinter-nacionais dinâmicas e investimentos estruturantes de maior dimensão e com mobilidade internacional); (iii) fomento do empreendedorismo qualificado, como instrumento inovador e regenerador de tecidos económicos sectoriais, re-gionais ou urbanos; (iv) ainda num contexto de incremento do empreendedorismo, apoio ao empreendedorismo das mulheres como elemento estruturante para a sua participação na vida económica activa, bem como das iniciativas, comrelevânciaeconómica,propíciasàconcretizaçãoda igualdadeentrehomensemulheres;e, (v) favorecimentodautilizaçãoporPMEdefactoresdecompetitividadedenaturezamaisimaterial(organizaçãoegestão,concepção,desenvolvimento e engenharia de produtos e processos, presença na economia digital, eficiência energética, certi-ficaçãodesistemasdequalidade,ambiente,segurança,saúde,responsabilidadesocialevalorizaçãodaconciliaçãoentre a vida profissional, familiar e pessoal, moda e design,internacionalizaçãoeinserçãoequalificaçãoderecursoshumanos);

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• A que resulta do aproveitamento das sinergias decorrentes de “estratégias de eficiência colectiva”, delineadaspelas políticas públicas, com o objectivo de obter economias de proximidade e de aglomeração aos níveis nacional, sectorial,regional,localouurbano,quecompreende:(i)promoçãodePólosdeCompetitividadeeTecnologia(apoioaoinvestimentoempresariallocalizado/inseridoemestratégiasdedesenvolvimentooudeafirmaçãointernacionaldeáreas de actividades económicas com potencialidades de crescimento); (ii) desenvolvimento de outras lógicas sectoriais oudeactividadesrelacionadaseorganizadasemclusters ou de outras estratégias que permitam potenciar economias de aglomeração; (iii) criação de dinâmicas regionais geradoras de novos pólos de desenvolvimento, nomeadamente, em tornodeprojectosâncoraouderequalificação/reestruturaçãodeactividadeseconómicasexistentese(iv)dinamizaçãodarenovaçãoeconómicaurbanaatravésdarelocalização/reordenamentodeactividadeseconómicaserevitalizaçãoda actividade económica em centros urbanos.

Reflectindoapreocupaçãodeintroduzirumaforteselectividadedossistemasdeincentivosassentenaprioridadeatribuídaao desenvolvimento de uma economia baseada no conhecimento e na inovação, serão criados três grandes sistemas de incentivosdeaplicaçãohorizontal:SI Investigação&Desenvolvimento (empresas),SI Inovação (investimentoprodutivoempresarial)eSIQualificaçãoPME(factoresdinâmicosemPME).OcritériobásicoparaaatribuiçãoderesponsabilidadesentreoPOTemáticoFactoresdeCompetitividadeeosPORegionaisdoContinentecorrespondeànaturezadapolíticasubjacenteacadalinhadeintervenção:politicascomnecessidadesdecoordenaçãonacionaloucompolíticascomunitáriasdevemsertendencialmenteincluídasnoPOTemático;políticascomimpactesdominantesnasregiõesounascidadesdevemserpreferencialmenteinseridasnosPORegionais.Aoperacionalizaçãodesteprincípioéasseguradapeloenquadramentofinanceirodos incentivosdirigidosàsgrandesemédiasempresasnoPOTemáticoFactoresdeCompetitividade,sendoosconsagradosàspequenasemicroempresasdaresponsabilidadedosPORegionaisdoContinente–semprejuízodarecepçãocentralizadadecandidaturasnumguichet electrónico único e da atribuição de responsabilidades técnicas pela análise e elaboração das propostas de decisão para as AutoridadesdeGestãoàsinstituiçõespertinentesdoMinistériodaEconomiaedaInovaçãoedoMinistériodoAmbiente,doOrdenamentodoTerritórioedoDesenvolvimentoRegional.Noqueserefereàsestratégiasdeeficiênciacolectiva,arepartiçãoderesponsabilidadesdeterminaque:(i)asestratégiasdeafirmaçãonacionalouinternacionaldenovospólosdedesenvolvimentosãoenquadradaspeloPOTemático;(ii)osapoiosa clustersouaoutrosagregadossectoriaisserãoconcedidospeloPOTemático(deformaarticuladacomosPOdasregiõesonde os mesmos tenham uma presença significativa); (iii) os estímulos a estratégias de desenvolvimento e requalificação regionalouurbanacompetemaorespectivoPOregional.AsRegiõesAutónomasdosAçoresedaMadeiradesenvolverãoeassegurarãoaoperacionalizaçãodesistemasespecíficosde incentivo e apoio ao investimento empresarial.Fonte: Texto do QREN.

Pólos de Competitividade e Tecnologia

OsPólosdeCompetitividadeeTecnologia,decorrentesdeumprocessodeconcertaçãointerministerialdinamizadopeloGabinetedeCoordenaçãodoPlanoTecnológico,sãouminstrumentodeincentivoàcriaçãoderedesdeinovaçãoetecnolo-giaeinserem-senosobjectivosmaisgeraisdaEstratégiadeLisboa,doPNACEedoPlanoTecnológico,nomeadamentenoque respeita aos apoios ao crescimento económico e à criação de emprego pela via do aumento da competitividade.Visam promover parcerias, com vocação internacional, que podem ter uma concentração territorial com um ou mais focos deconcentração,entreentidadesprivadaseasinstituiçõespúblicasincluindo,obrigatoriamente,empresas,universidadeseoutroscentrosdeI&DTeestabelecimentosdeeducaçãoeformação.OsPólosdeCompetitividadeeTecnologiaconstituem,assim,plataformasdecolaboraçãoparaodesenvolvimentodenegó-cios inovadores, onde se articulam capacidades empresariais com o conhecimento científico e tecnológico. UmPólodeCompetitividadeé,consequentemente,umespaçoprivilegiadodeparceriaentreactorespúblicoseprivadospara a promoção de projectos e actividades que, escolhidos e estruturados pelos parceiros, serão objecto de apreciação e aceitaçãopeloSistemaNacionaldeInovação.Osseusobjectivossãoorganizadosemdomíniosdecompetitividade,baseadosemáreaseconómicasoucadeiasdevalorque concorram para mercados finais comuns, com ligação e suporte em áreas de conhecimento alinhadas com as suas finalidades concretas, nomeadamente: •MelhoraracompetitividadedaeconomiaPortuguesaatravésdatecnologiaedainovação;•Afirmarasactividadeseconómicascompotencialinovadoranívelinternacional;•AumentaravisibilidadeeaatractividadedePortugalcomodestinodeinvestimentodirectoestrangeiro,comconteúdo tecnológico e inovador; •Promoverocrescimentoeconómicoeoempregoqualificado.

Promovidoseanimadospelosparceiros,aselectividadedaavaliaçãodascandidaturasaoestatutode“PólodeCompetiti-vidadeeTecnologia”–indispensávelparasatisfazerosrequisitosdeadmissibilidadeparafinanciamentopelosProgramasOperacionaisdoQREN-serábaseadaemindicadoresqueobjectivemaaferiçãodasfinalidadesdecompetitividadeeex-celência,deformaarticulada,comosparceirosdinamizadoresemobilizadosecomosprojectoseactividadespropostas,compreendendo designadamente: melhoria de posicionamento das empresas em cadeias internacionais de elevado valor acrescentado,nomeadamenteatravésdoaumentodasexportaçõesedoaumentodoValorAcrescentadoBrutonasem-presasassociadasaopólo;atracçãoinduzidadeInvestimentoDirectoEstrangeiro,nomeadamentedeempresas-âncora;despesaprivadaemI&Dempresarial;novosDoutorescontratadosporanopelasempresasepelas instituiçõesde I&Dassociadasaopólo,assimcomodenovosinvestigadoresinseridosemnúcleosdeI&Dnasempresas;participaçãoanualemprojectosdoProgramaQuadrodeI&DTedoProgramaInovaçãoeCompetitividadedaUniãoEuropeiaenovosinvestigado-resinseridosemnúcleosdeI&Dnasempresas.Fonte: Texto do QREN.

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Amatrizqueseexplicitadeseguidatraduz,atítuloindicativo,amaterializaçãodomix de instrumentos

associadosaalgunsobjectivosdenaturezaestratégica.

Noâmbitoda“Promoçãodaeconomiabaseadanoconhecimentoena inovação”,paraalémdossis-

temasdeincentivosprevistosnoEixoI(ConhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico),destinadosa

apoiarefomentarodesenvolvimentodeactividadesdeI&DTnasempresas(emconsórcio,deforma

colectivaouindividual),concorremosapoiosaprogramaseprojectosdeI&DTpromovidosnoâmbito

doSistemaCientíficoeTecnológicoNacional(acçõespúblicas)eossistemasdeincentivosprevistosno

EixoII(InovaçãoeRenovaçãodoModeloEmpresarialedoPadrãodeEspecialização),quernoquediz

respeito ao apoio à produção de novos bens e serviços, quer do estímulo ao empreendedorismo qualifi-

cado, nomeadamente o empreendedorismo feminino. Em reforço ao apoio directo às empresas, serão

accionados, em resposta a um mercado incompleto, mecanismos específicos de capital de risco e de fi-

nanciamentoemcondiçõesparticularesdeprojectosdemaiorriscotecnológico(projectosdenatureza

privadae/ouemresultadosdeprojectosdeI&DdesenvolvidosporinstituiçõesdoSistemaCientíficoe

TecnológicoNacional).Emcomplementaridade,serãodesenvolvidasacçõescolectivasquepromovam

adisseminaçãoeaendogeneizaçãojuntodasempresas,deformaparticularnasPME,denovosconhe-

cimentos e boas práticas em domínios que estimulem a inovação. Encerra o ciclo matricial dos apoios,

aqualificaçãodasinfra-estruturascientíficasetecnológicasedemaisinstituiçõesdeestímuloàpro-

dução de novos conhecimentos e incubação de novos projectos empresariais inovadores (numa ligação

entre ciência e economia que se pretende mais estreita e qualificante).

Noquedizrespeitoaoobjectivoestratégico“Incrementodaproduçãotransaccionável”,serãoacciona-

dos sistemas de incentivos direccionados para o apoio a empresas inovadoras de bens transaccionáveis

e projectos estruturantes, ao qual concorrem em complemento, instrumentos de capital de risco direc-

cionadosparaoestímuloàinternacionalização,assimcomoacçõescolectivaseacçõesconducentesao

conhecimento e vigilância de mercados internacionais.

Oobjectivoestratégico “Alteraçãodoperfildeespecialização”, seráprosseguido, quer via sistemas

deincentivos,jáanteriormentereferenciados,querviaestratégiasdeeficiênciacolectiva,traduzidas

nacriaçãoedinamizaçãodepólosdecompetitividadeetecnologia,eclusters.Paratal,serãocriados

instrumentosespecíficosdefinanciamento,incluindonumadimensãomaisterritorial,Fundosdereno-

vaçãourbana,eapoiadasacçõescolectivasquetraduzamlógicasderede.Importa,ainda,referiroim-

portantecontributoqueamodernizaçãodaAdministraçãoPública,enquantofactorcrucialderedução

dos custos públicos de contexto e de reforço da atractividade do país ao investimento externo, pode dar

para este objectivo.

A“Renovaçãoequalificaçãodomodeloempresarial”faráapelo,igualmente,aummix dos quatro ins-

trumentos, no qual se destaca, para além do sistema de incentivos e instrumento financeiro específicos

paraestatipologiadeprojectos,acçõescolectivasquepromovamademonstraçãodeboaspráticasde

gestãoeorganizaçãoeacçõesdebenchmarking.Umavezqueesteobjectivotemessencialmentepor

baseumaactuaçãojuntodePME,serãoaindaapoiadasedinamizadasredesassociativasdesuporte

técnicoetecnológicoàsPMEeinfra-estruturasquepromovamoacolhimentoedesenvolvimentoem-

presarial.

Oobjectivo“EficiênciaeQualidadedaAdministraçãoPública”énaturalmentetributáriodoinstrumento

acçõespúblicasassociadosàmodernização,simplificaçãoeracionalizaçãodosserviços,àdesmateria-

lizaçãoequalificaçãodosserviçosedoatendimento.

Porúltimo,oobjectivo“Melhorararegulaçãoefuncionamentodosmercados”faráapelo,essencial-

mente,aoinstrumentoacçõespúblicas,noqualsedestacam,acçõesdebenchmarking e divulgação e de

melhoriadeserviçosnaAdministraçãoPública.

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MatRIzObjeCtIvOSeStRatéGICOSDOteMaFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe/InStRuMentOS(IluStRaçãODeCaRáCteRMeRaMenteInDICatIvO)

ObjectivosEstratégicosdoTemaFactoresdeCompetitividade

InStRuMentOS

SistemasdeIncentivosMecanismos

de Engenharia Financeira

ApoioaAcçõesColectivas ApoioaAcçõesPúblicas

Promoçãodaeconomia baseada no conhecimento e na inovação

I&DTnasempresas Capitalderisco Difusãodeboaspráticas de inovação

ProjectoseProgramasdeI&DTemconsórcioounoSCT

Inovaçãoprodutiva(novos bens e serviços)

Financiamentodeprojectos de maior risco tecnológico

Valorizaçãodoespíritoempresarial

Infra-estruturascientíficas e tecnológicas

EmpreendedorismoParquesdeCiênciaeTecnologia,CentrosdeIncubação,etc.

Incrementoda produção transaccionável

Inovaçãoembenstransaccionáveis

Capitalderiscoparaainternacionalização

Acçõescolectivasdeinternacionalização

Acçõescolectivasdeinternacionalização

Projectosestruturantes

Acçõesdeconhecimento e vigilância de mercados

Acçõesdeconhecimento e vigilância de mercados

Alteração do perfil deespecialização

Estratégias de Eficiência Colectiva-PólosdeCompetitividadeeTecnologia, clusters, etc.

Instrumentosespecíficos de financiamento de novos pólos de desenvolvimento

Projectoscooperativosdinamizadosemlógicas de redes

ÁreasdeLocalizaçãoEmpresarial (ALE)

Estratégias de renovação local e urbana

Fundosderenovaçãourbana

Renovação e qualificação do modelo empresarial

FactoresdinâmicosemPME

Novasformasdefinanciamento de PME

Demonstraçãodeboaspráticas de gestão e reorganização

Infra-estruturasde acolhimento empresarial

Acçõesdebenchmarking

Rede associativa de suporteàsPME

Incrementaraeficiênciae a qualidade da AdministraçãoPública

Acçõescolectivasde divulgação de melhoria de serviços na Administração Pública

Apoioàmodernizaçãoda Administração Pública

Melhorararegulaçãoe funcionamento dos mercados

Financiamentodeprojectos de maior risco tecnológico

Acçõesdebenchmarking

Apoioàmodernizaçãoda Administração Pública

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47P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Eixos Prioritários do Programa Operacional Factores de Competitividade

Eixo Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico 49Eixo Prioritário II – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de Especialização 52Eixo Prioritário III – Financiamento e Partilha de Risco da Inovação 55Eixo Prioritário IV – Uma Administração Pública Eficiente e de Qualidade 58Eixo Prioritário V – Redes e Acções Colectivas de Desenvolvimento Empresarial 62Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica 63

6

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Em consonância com o exposto no capítulo anterior e numa lógica de enfoque temático, identificam-se

seisEixosPrioritáriosdoPOFactoresdeCompetitividade:

Eixo Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico

eixoPrioritárioII–InovaçãoeRenovaçãodoModeloempresarialedoPadrãodeespecialização

eixoPrioritárioIII–FinanciamentoePartilhadeRiscodaInovação

eixoPrioritárioIv–umaadministraçãoPúblicaeficienteedequalidade

eixoPrioritáriov–RedeseacçõesColectivasdeDesenvolvimentoempresarial

eixovI–assistênciatécnica

ConstituemorientaçõesgeraisaplicáveisatodososEixosPrioritários:

• NocasodeapoiopelosFundosEstruturaisaumagrandeempresa,aAutoridadedeGestãocom-

promete-seasolicitarumagarantia,àempresaemcausa,queesseapoionãoseráutilizadono

financiamentode investimentosquerespeitemàrelocalizaçãodosseusequipamentosdepro-

duçãooudeserviçosdeoutroEstado-MembrodaUniãoEuropeia.Estecompromissotomaem

consideraçãoodispostonoArtigo57.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006,aplicando-seconse-

quentementeatodososEstados-Membros;

• A Autoridade de Gestão compromete-se a contribuir para o objectivo de assegurar que uma parte

substancialdosapoiosdirectosàsempresasrespeiteaPME.Estecompromissoéassumidono

enquadramentoregulamentardaalíneaa)donúmero2doArtigo3.ºdoRegulamento(CE)n.º

1080/2006,aplicando-seconsequentementeatodososEstados-Membros.Tendoemcontaque

oProgramaOperacionalFactoresdeCompetitividadeeosProgramasOperacionaisRegionais

doContinente integramapoiosdirectosaempresasnoperíododeprogramação2007-2013,a

Autoridade de Gestão incluirá, nos relatórios anuais e no relatório final de execução, informação

sobreatotalidadedosapoiosdirectosconcedidosaempresas,explicitandoosrelativosaPME,

tendoporbasedadosdoPOFactoresdeCompetitividadeedadostransmitidosatempadamente

pelasAutoridadesdeGestãodosProgramasOperacionaisRegionaisdoContinente.Oobjectivo

deconcentrarosapoiosdirectosaempresasnasPMEéindicativamentequantificadoem,pelo

menos,60%dosapoiostotaisconcedidos,noperíododeprogramação2007-2013,pelosProgra-

masOperacionaisreferidos.Nestecontexto,serãoconsideradoscomoapoiosàsempresasquer

os sistemas de incentivos, quer os instrumentos de financiamento e partilha de risco da inovação.

AAutoridadedeGestãoadoptará,emarticulaçãocomasAutoridadesdeGestãodosPORegio-

naisdoContinente,asmedidasdegestãonecessáriasaoacompanhamentodametaindicativa

atrásexplicitada.OobjectivoreferidonãoseaplicaaosapoiosdirectosàInvestigaçãoeDesen-

volvimento Tecnológico;

• Deveráassinalar-sequeaincidênciaterritorialdoProgramaOperacionalTemáticoFactoresde

CompetitividadecorrespondeàsregiõesdoContinenteenquadradaspeloObjectivoConvergên-

cia:Norte,CentroeAlentejo;

• Adeterminaçãodaelegibilidadedasdespesasemfunçãodalocalizaçãoencontra-sereguladano

AnexoII.Deacordocomosprincípiosneleexpressos,esclarece-seque,nocasodeprojectospro-

movidosporinstituiçõespúblicasouprivadascomvocaçãoreconhecidadeintermediaçãoepres-

taçãodeserviçosaPME(ex:institutospúblicos,associaçõesempresariaisecentrostecnológicos)

equesetraduzamemintervençõesnumconjuntodeempresas,a localizaçãodo investimento

poderá ser determinada pela região de implantação das empresas ou dos seus estabelecimentos

alvo da intervenção no âmbito do projecto, de acordo com a metodologia descrita no ponto A.1.1.

doAnexoII.Asempresasalvodeintervençãonoâmbitodecadaprojectoserãocaracterizadase

identificadasemtermosdasualocalização.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1348

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Explicitam-se, de seguida, os objectivos específicos e os princípios de orientação estratégica e opera-

cional,associadosacadaumdosEixosPrioritáriosdoPO.

Nofinaldecadaumdospontos,identificam-seosindicadoresderesultadoserespectivasmetasno

horizontede2010e2013.

Eixo Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento TecnológicoSendoempiricamenteconsensualaimportânciadainovaçãoedasactividadescientíficasetécnicas(no

qual se incluem as despesas em actividades de investigação e desenvolvimento experimental) para a

geração de melhores níveis de produtividade e para o crescimento económico, também é consensual

que são processos complexos e não lineares, envolvendo uma multiplicidade de variáveis e de actores

com estratégias e posicionamentos muito diferenciados.

TalcomonoutroscasosdesucessodecrescimentosustentadonaEuropa,tambémPortugal,paracres-

cermaisemelhor,temdesustentarasuaestratégianoconhecimentoenainovação.Dodiagnóstico

efectuado, a par de um conjunto de estudos empíricos acerca dos casos de sucesso, surge claramente

referenciada a necessidade de intervenção nos seguintes domínios:

• Valorizarereforçara interacçãoentre instituiçõesdeensinosuperioreas instituiçõesde I&D

(públicas ou privadas) e o sector empresarial (cooperação, redes, mobilidade de investigadores,

spin-off e investigação em consórcio);

• IncentivopúblicoàcooperaçãoempresarialeaodesenvolvimentodeprojectosdeI&DTcolectivos

(estimularorelacionamentocomasinstituiçõesdeI&DT,comosclientesecomosfornecedores);

• Estimularacriaçãoe/oureforçodacapacidadedasempresasemendogeneizareexploraros

resultados científicos, técnicos e tecnológicos desenvolvidos a nível nacional e internacional;

• ReforçaroestímuloaodesenvolvimentodeactividadesdeI&DTporpartedosectorempresarial;

• Estimularaqualificaçãodaofertacientífica,técnicaetecnológica,incluindoapromoçãodapro-

tecção industrial e o incentivo ao licenciamento (patentes, marcas e desenhos);

• Utilizarafiguradeacçõescolectivasmobilizadoras,nodesenvolvimentodeprojectoseiniciativas

conducentesaumamaioremelhorvalorizaçãodosresultadosdeI&DT,assimcomodeestímulo

ao espírito empresarial e reforço competitivo;

• Potenciaradisponibilidadedestock de pessoal qualificado e altamente qualificado e uma política

activa de apoio e estímulo à formação ao longo da vida, muito em particular em associação aos

projectos de investimento.

ObjectivosePrioridades

OprimeiroEixodeintervençãodoPOFactoresdeCompetitividade-“ConhecimentoeDesenvolvimento

Tecnológico”-pretendeactuardeformaintegrada,envolvendodiferentesinstrumentosdeacção,sobre

oSistemaCientíficoeTecnológicoNacional5,especialmentenoquedizrespeitoaoreforçoedesenvol-

vimento das suas capacidades intrínsecas e de difusão do conhecimento e da inovação na globalidade

da economia e sociedade.

Constituemprincipaisobjectivosespecíficos:

• IntensificaroesforçodeI&Deacriaçãodenovosconhecimentoscomvistaaodesenvolvimentodo

Paíseaoaumentodasuacompetitividade;

• IntensificaroesforçodeI&DTempresarialeaarticulaçãoentreempresasecentrosdesaber,

acelerandoadifusão, transferênciaeutilizaçãode tecnologias, conhecimentoe resultadosde

I&DTporpartedasempresas.

5 Define-secomooconjuntodosrecursos científicos e tecnológicos (humanos, financeiros, institucionais e de informação) e das actividades organizadascomvistaàdescoberta,invenção,transferênciaefomentodaaplicaçãodeconhecimentosnovos,afimdesealcançaremosobjectivosdodesenvolvimentoeconómicoesocial.DopontodevistafuncionaloSCTéconstituídoporunidadesagrupadasemquatrosectores:Estado,EnsinoSuperior,EmpresaseInstituiçõesPrivadassemFinsLucrativos(InstitutosdeI&D,CentrosdeTransferênciadeTecnologia,etc.).

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Relativamente ao primeiro objectivo específico, pretende-se estimular a criação de novos conhecimen-

toseoesforçodeI&Dprotagonizadoporinstituiçõescientíficasetecnológicas,numquadrodemaior

focalizaçãofaceàsprioridadesnacionaiseeuropeias,actuandodirectamentenoreforçodassuasca-

pacidades científicas e tecnológicas e visibilidade internacional. Este esforço insere-se, igualmente, no

quadrodareformadosLaboratóriosdoEstadoedoEnsinoSuperior(rejuvenescimentodosrecursos

humanos, incrementar a capacidade de resposta às necessidades da economia, avaliação, internacio-

nalização),apardoesforçodemapeamentodosrecursosexistentesedelhesdarcorpo(massacrítica)

ecoerênciaestratégicanoseiodoSistemaCientíficoeTecnológicoNacional.

Anecessidadedereforçarasinteracçõesentreaciênciaeossistemasdeinovação,constituialvode

particular relevo, instituindo o segundo objectivo específico: intensificar de forma significativa o esforço

deI&DTempresarialeaarticulaçãoentreempresasecentrosdesaber.Aestenível,mereceparticular

atençãoaofertadesoluçõesdeapoioeincentivoàsmédiasempresas,noqual,apardeesquemasdein-

vestigaçãocolectivaeemconsórcio,interessareforçarosmecanismosdemobilização,demonstração,

disseminação e de transferência de tecnologia (universidades, infra-estruturas de ciência e tecnologia).

ParaalémdoapoioaosprojectosdeI&DT(própriosouemconsórcio),pretende-sedinamizaraprocura

tecnológica(utilizando,nomeadamente,aflexibilidadeintroduzidanonovoregimedeAuxíliosàI&De

Inovação)eaconstituiçãodenúcleosdeinvestigaçãoedesenvolvimento.

Assume-se,também,comolinhadeacção,apromoçãodoacessodeinstituiçõesportuguesas(privadas

epúblicas)ao7.ºProgramaQuadrodeI&DTeaoProgramaCompetitividadeeInovação,actuandonuma

dupla lógica de incentivo à fase preparatória das candidaturas e actuando em complementaridade ao

co-financiamento comunitário.

Paraaconcretizaçãodosobjectivosespecíficosidentificadosecomorespostaaumdosprincipaiscons-

trangimentos em matéria de política de estímulo à investigação e desenvolvimento e inovação, integra-

-se, de forma sistémica, a política de ciência com a política de empresa, atribuindo-se maior enfoque à

vertenteprocuraeàsdimensõesdedisseminação,demonstraçãoecooperação/colaboração(nacional

e internacional).

Noquadrodosobjectivosexpostos,constituemprincipaisprioridades:

• Apoiaroreforçodascompetênciasdasinstituiçõescientíficasetecnológicas,nomeadamenteos

seusprogramaseprojectosdeI&D,privilegiandoacooperaçãoeainternacionalização;

• ApoiarprojectosdeI&DTnasempresasouemconsórcio,privilegiandoassituaçõesdecoopera-

ção e liderança empresarial;

• Estimularodesenvolvimentodeprojectosdeinvestigaçãocolectiva;

• Apoiarademonstração,experimentaçãotecnológica,adisseminaçãoeatransferênciadetecno-

logia para o sector empresarial;

• ApoiaracriaçãodenúcleosdeI&DTnasempresas;

• Dinamizaraprocuratecnológica;

• Estimularousodapropriedadeindustrial;

• Estimularoacessoepromoverosucessodaparticipaçãodeinstituiçõesportuguesasemprojec-

tosdo7.ºProgramaQuadrodeI&DTedeoutrosprogramascomunitários(ex.ProgramaCompe-

titividadeeInovação).

Tipologias de IntervençãoAumníveloperacional,interessa,combasenasliçõesdeexperiênciadeanterioresperíodosdeprogra-

mação,introduzirimportantesmecanismosdesimplificaçãoedemelhoriadeeficáciadaintervenção,

nomeadamente apostando na qualificação da procura e no alargamento dos actores envolvidos, no tra-

balhoemparceriaenaaproximaçãoentreaciênciaeotecidoempresarial,namaiorresponsabilização

eselectividadecombasenosresultadoseefeitosaproduzireainduzirpelosprojectosapoiados(rele-

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1350

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vânciaesustentabilidadedosresultados),profissionalizandoaanálisedascandidaturas,reforçandoa

fase de acompanhamento dos projectos e privilegiando a disseminação, demonstração e a transferên-

cia de novos conhecimentos.

Serãoaccionadas,nesteEixo,duasprincipaistipologiasdeintervenção:

Sistemas de Incentivos a Empresas

• DesenvolvimentodeprojectosdeI&DTporempresas,deformaindividual,colectivaouemcon-

sórciocomoutrasentidadesdoSCTN;

• CriaçãodenúcleosdeI&DT;

• Projectoseactividadesdedemonstraçãotecnológica;

• ParticipaçãoemprogramaseuropeusdeI&DT.

linhasdeapoioàsentidadesdoSistemaCientíficoetecnológiconacional

• DesenvolvimentodeprojectosdeI&DTporentidadesdoEnsinoSuperior,EstadoeIPSFL,nodo-

mínio da ciência e tecnologia, de forma individual ou em cooperação, em domínios prioritários

para o desenvolvimento económico e competitivo do país;

• ParticipaçãoemprogramaseuropeusdeI&DT;

• Projectoseactividadesdedisseminaçãoedifusãodenovosconhecimentos.

Omodelodeimplementaçãoassentanumsistemadecandidaturasemcontínuo,compossibilidadede

lançamento de concursos com programas temáticos ou associados a estratégias de eficiência colectiva,

designadamente no âmbito de clustersouPólosdeCompetitividadeeTecnologia(emarticulaçãocomo

EixoII).Numalógicademaiorresponsabilizaçãodospromotoreseco-promotores,oacompanhamento

técnicodosprojectosévalorizado,assimcomo,ocumprimentodosresultadoseefeitosprevistosem

sede de candidatura.

Osapoiosterãoumaintensidadedeapoiocrescentecomograudevalorizaçãoeconómicaesocialdo

esforçodeI&Decomosobjectivosnacionaisemmatériadecompetitividadeecrescimento(nomea-

damente decorrente de estratégias de eficiência colectiva), ou seja, com uma gradação em função dos

níveis superiores de taxa de retorno social face à taxa de retorno privada.

Paraalémdastipologiasdeintervençãoreferidas,podem-seaccionarapoiosnoâmbitodeintervenção

doFSE,numalógicadecomplementaridadeedemelhoriadaeficáciadasoperaçõesfinanciadas,ao

abrigoenoestritocumprimentodoponto2doartigo34.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006doCon-

selho,de11deJulhode2006.

ContribuemparaaconcretizaçãodosobjectivosespecíficosdoEixo,asacçõesempreendidasaonível

dosEixosII,emmatériadePólosdecompetitividadeetecnologiaeclusters;EixoIII,apoiandoinves-

timentosqueenvolvammaiorriscotecnológico;EixoIV,promovendoaqualificaçãodaadministração

públicaeapromoçãodemelhoresemaiseficazespolíticaspúblicaseEixoV,noquerespeitaàsacções

colectivasquepromovamumambientefavorávelàI&Deinovação.

Destinatários

ConstituemdestinatáriosdeintervençãodesteEixo:

- Empresas de média e grande dimensão6;

- EntidadesdoEnsinoSuperioredoSistemaCientíficoeTecnológico;

- Laboratórios do Estado e Laboratórios Associados;

- Entidades de interface e assistência tecnológica empresarial.

6 Asempresasdepequenadimensãoserãoapoiadas,noquadrodatemáticaFactoresdeCompetitividade,pelosPORegionais.

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IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOIDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

RelevânciadoI&Dempresarial(InvestimentodeI&Dempresarial/InvestimentototalemI&D)

DespesasdeI&DdeempresasnototaldedespesasdeI&D(2003)–OCES,InquéritoaoPotencialCientíficoeTecnológicoNacional

33,2% 35% 40%

RelevânciadasactividadesdeI&Demconsórcio(InvestimentodeI&Demcooperação/InvestimentototalemI&D)

ProjectosdeI&DdeempresashomologadosnoPRIME(2000-2006) 7,1% 12% 15%

ApoioaprojectoseactividadesdevalorizaçãoderesultadosdeI&DT(Investimentoemactividades de demonstração tecnológica/InvestimentototalemI&D)

PesodeprojectosDEMTECapoiadosnototaldeI&DempresarialnoPRIME(2000-2006) 13,5% 15% 25%

IncentivoàparticipaçãodeinstituiçõesportuguesasemprojectoscomunitáriosdeI&DT (N.ºdeentidadesparticipantesemprojectoscomunitários)

Contratoscomentidadesportuguesasapoiadosnoâmbitodo6.ºProgramaQuadro(2002-2006) 295 150 400

Nota:Nosdadosdereferênciautilizou-seinformaçãocontidanoRelatóriodeExecuçãodoPRIMEde2006,relativaaouniversopotencialdoPOFactoresdeCompetitividade(MédiaseGrandesEmpresas,nasRegiõesNorte,CentroeAlentejo).

Eixo Prioritário II – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de EspecializaçãoAgeneralidadedas regiõesportuguesas, emparticularas classificadasnoObjectivoConvergência,

defronta-seaindacomumconjuntodecondiçõesqueimpõemcustosdecontextoedeoperaçãoque

afectam negativamente a capacidade das empresas que operam nesses territórios para competir em

mercadosabertoseconcorrenciais.Porissomesmoeatéporqueapolíticacomunitáriaassimopermi-

te, atribuem-se auxílios de Estado ao investimento empresarial, fomentando a inovação e a renovação

dopadrãodeespecializaçãoemdirecçãoaactividadesde fortecrescimentoepotencialcompetitivo

internacional.

ObjectivosePrioridades

OsegundoEixoPrioritárioconcentraafatiaprincipaldesistemasdeincentivosàsempresas,atribuin-

do-seumclaroenfoqueàviabilizaçãodeumvastoconjuntodeajustamentosdenaturezaestruturalnas

empresas onde a qualificação, diferenciação, diversificação e inovação na produção de bens e serviços

transaccionáveis, no quadro de fileiras produtivas e de cadeias de valor mais alargadas e geradoras de

maior valor acrescentado, se assume como estratégico.

ConstituemobjectivosespecíficosdoEixo:

• Promoverainovaçãonotecidoempresarialatravésdoincrementodaproduçãotransaccionávele

dos serviços que suportam a sua progressão na cadeia de valor;

• Reforçaraorientaçãodasempresasportuguesasparamercadosinternacionais,reposicionando-

-as nos segmentos mais competitivos e diferenciados;

• Incentivaroempreendedorismoqualificado,nomeadamenteoempreendedorismofeminino;

• Incentivaroinvestimentoestruturantedegrandedimensãoemnovasáreascompotencialcresci-

mento;

• PromoveraprodutividadeatravésdaqualificaçãodasPME,reforçandoaintensidadedousode

factores dinâmicos de competitividade;

• Amaiororientaçãoparaoexterior,pretendidaparaasempresaseparaoconjuntodaeconomia

portuguesaseráconseguidaatravésdeumaacçãobalizadapelasseguintesorientações:

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1352

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• Aumentodoprodutopotencialdaeconomiaportuguesa,desenvolvendoabaseprodutivatran-

saccionávelouinternacionalizável;

• Estímuloaosserviços, incluindoosdedistribuição internacional,quepermitam integraras

cadeias a valor a jusante relativas aos sectores transaccionáveis;

• Consideraçãodoapoioaactividadesdeproximidadeapenasquandoinseridasemlógicasde

desenvolvimento regional ou urbano;

• Impedimentodeacessoaossistemasdeincentivosdirectosporpartedeoperadoresdemer-

cados regulados ou substancialmente protegidos da concorrência internacional.

OssistemasdeincentivopresentesnesteEixo,atravésdecritériostransparentesde“politicaindustrial”

associados às prioridades earmarkingdaEstratégiadeLisboa,cruzamlógicashorizontaisdegestãode

procura com lógicas mais verticais e de enquadramento em estratégias de eficiência colectiva, para as-

segurar,noquadrodecoesãoeespecializaçãoterritorial,condiçõesdeatractividadedeinvestimentos

fortementedinamizadoresdacompetitividadeinternacional.

Sãodefinidasduasgrandestipologiasdeprioridadesaadoptarnoquadrodagestãodesistemasde

incentivos às empresas: a primeira categoria inclui as prioridadeshorizontais relacionadas comos

factores críticos de competitividade, num contexto de uma economia baseada no conhecimento e na

inovação; a segunda categoria de prioridades resulta do aproveitamento das sinergias decorrentes de

“estratégiasdeeficiênciacolectiva”,delineadaspelaspolíticaspúblicas(designadamentenoEixoIIIeIV,

com o objectivo de obter economias de proximidade e de aglomeração aos diversos níveis de abordagem

–nacional,sectorial,regional,localouurbano.

Aprimeiracategoriadeprioridadesdenaturezahorizontalerelacionadacomofortalecimentodeuma

economia baseada no conhecimento e na inovação será aplicável a todos os agregados sectoriais ou

regionais considerados elegíveis. Esta categoria incluirá as seguintes prioridades:

• Incentivosaoinvestimentodeinovaçãoqueincluirá:produçãodenovosbenseserviçosnopaísou

up-grading significativo da produção actual através da transferência e aplicação de conhecimento

oudeinovaçõesorganizacionais,bemcomoaexpansãodecapacidadesdeproduçãoemsectores

de conteúdo tecnológico ou com procuras internacionais dinâmicas; os investimentos estruturan-

tes de maior dimensão e com mobilidade internacional terão tratamento específico em função do

relevo especial da sua contribuição para os objectivos inerentes à esta prioridade;

• Umenfoqueprivilegiadonoincentivoaprojectosdeinvestimentocomforteintensidadeinovadora

edenaturezaestruturante(comefeitodedemonstraçãoearrastamentonotecidoeconómico);

• Fomentodoempreendedorismoqualificado,nomeadamenteoempreendedorismofeminino,como

instrumento inovador e regenerador de tecidos económicos sectoriais, regionais ou urbanos;

• FavorecimentodautilizaçãoporPMEdefactoresdecompetitividadedenaturezamaisimaterial

–organizaçãoegestão,concepção,desenvolvimentoeengenhariademarcas,produtosepro-

cessos, presença na economia digital, eficiência energética de produtos e processos, certificação

desistemasdequalidade,ambiente(adesãodasempresasaSGA,certificaçãoISO14001,registo

noEMAS,eco-inovação,utilizaçãodetecnologiasdeprevençãodapoluição),segurança,saúdee

responsabilidade social, moda e design,acçõesdecooperaçãoeintegraçãoempresarial,interna-

cionalizaçãoeinserçãoequalificaçãoderecursoshumanos.

Asegundacategoriadeprioridadessustenta-senanecessidadedautilizaçãodossistemasdeincenti-

voscomoinstrumentosdeconcretizaçãodosseguintestiposdeestratégiasdedesenvolvimentooude

requalificação, sustentadas em lógicas de eficiência colectiva:

• PromoçãododesenvolvimentoanívelnacionalouterritorialdePólosdeCompetitividadeeTec-

nologia–apoioaoinvestimentoempresariallocalizado/inseridoemestratégiasdedesenvolvi-

mento ou de afirmação internacional de áreas de actividades económicas com potencialidades

de crescimento;

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• Desenvolvimentodeoutraslógicassectoriaisoudeactividadesrelacionadaseorganizadasem

clusters ou de outras estratégias que permitam potenciar economias de aglomeração;

• Criaçãodedinâmicasregionaisdenovospólosdedesenvolvimento,nomeadamente,emtornode

projectos âncora ou de requalificação/reestruturação de actividades económicas já existentes;

• Dinamizaçãodarenovaçãoeconómicaurbanaatravésdarelocalização/reordenamentodeactivi-

dadeseconómicaserevitalizaçãodaactividadeeconómicaemcentrosurbanos.

Tipologias de Intervenção

Ao abrigo da primeira categoria de prioridades apenas serão apoiáveis as tipologias de projectos de

investimentoquedelasdecorrem–investimentoprodutivodeinovação(incluindooinvestimentoes-

truturante),empreendedorismoqualificadoeutilizaçãodefactoresimateriaisdacompetitividade.Em

consequência, não serão apoiados, ao abrigo desta categoria, investimentos de mera expansão, de mo-

dernizaçãooudecriaçãoemactividadessempotencialdecrescimentosustentado.

Ao abrigo da segunda categoria de prioridades sustentadas em estratégias de eficiência colectiva, pode-

rão ser apoiadas, eventualmente com incentivos majorados, as tipologias de projectos correspondentes

àsprioridadeshorizontais.Estessistemasdeincentivoshorizontaispoderãoser“instrumentalizados”

pelas estratégias nacionais, sectoriais, regionais ou urbanas definidas, em conformidade com os seus

objectivos próprios, através do ajuste de critérios de elegibilidade e de selecção, âmbitos de aplicação,

despesaselegíveisedotaçõesorçamentaispróprias.Osobjectivoseanaturezaprópriadecadaestra-

tégiapoderão,nolimite,originarainclusãodeprojectosnãoelegíveisnasprioridadeshorizontais,como

porexemploaconsideraçãodeprojectosdeinvestimentosdemodernizaçãoouderequalificaçãoouaté

de reestruturação (exemplos: estratégias de reestruturação ou requalificação sectorial ou estratégias

de renovação urbana).

Sãoaindaelegíveis,noâmbitodesteEixoPrioritário,osprojectosaprovadosaoabrigodossistemasde

incentivoemvigornoQCAIIIequecumpremoscritériosdeelegibilidadededespesasdoQRENedeste

PO,constantesdoAnexoIII.

Paraalémdastipologiasdeintervençãoreferidas,podem-seaccionarapoiosnoâmbitodeintervenção

doFSE,numalógicadecomplementaridadeedemelhoriadaeficáciadasoperaçõesfinanciadas,ao

abrigoenoestritocumprimentodoponto2doartigo34.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006doCon-

selho,de11deJulhode2006.

Destinatários

ConstituemdestinatáriosdeintervençãodesteEixo:

- Empresas de média e grande dimensão;

- Entidades de interface e assistência técnica empresarial.

IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1354

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InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOIIDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

Incentivoàinovaçãoprodutiva(Investimentototaldeprojectosinovadores/Investimentototaldeempresas)

Empresas com actividades de inovação,emPortugal(2002-2004)–INE,AnuárioEstatísticodePortugal2005

40,9% 55% 67%

Incrementonacadeiadevaloremsectoresmaduros(Investimentototaldeprojectosinovadoresemsectoresdemédia-baixaebaixatecnologia/Investimentototalemsectores de média-baixa e baixa tecnologia)

n.d. 50% 60%

Qualidadedoempregocriado(Postosdetrabalhocriadosaltamente qualificados/Total de postos de trabalho criados)

Populaçãoactivacomqualificaçõespós-secundário(2005)–Eurostat 12,8% 15% 15%

ContributoparaocrescimentodoProduto(AumentodoVAB/Investimentototal)

ProjectosSIMEencerradosnoPRIME(2000-2006) 0,5 0,5 0,6

VABgeradonossectorescompotencialdecrescimento(VABgeradonossectoresintensivosemconhecimentoemédia-altaealtatecnologia/VABtotalgerado)

n.d. 15% 20%

Orientaçãoparaaproduçãotransaccionáveleinternacionalizável(Investimentoemsectoresdeproduçãotransaccionáveleinternacionalizável/Investimentototaldeempresas)

ProjectosdeempresashomologadosnoPRIME(2000-2006)(*)

75,5% 80% 80%

Orientaçãoparamercadosinternacionais(Variação%dasExportações/Variação%dasVendas) n.d. 1,5 1,5

Emprego criado em sectores com potencial de crescimento (Postosdetrabalhocriadosemsectoresintensivosemconhecimento e média-alta e alta tecnologia/Total de postos de trabalho criados)

%doempregoemindústriasde alta e média-alta tecnologia e em serviços intensivos em conhecimento(2005)–Eurostat

25,5% 30% 30%

Índicedesobrevivênciadeprojectosdeempresascriadas(Empresas criadas que sobreviveram ao fim de 2 anos/Total de empresas criadas)

n.d. 60% 60%

Incentivoaoempreendedorismo(N.ºdeempresascriadas/N.ºdeempresasapoiadas)

ProjectosdeempresashomologadosnoPRIME(2000-2006) 2,7% 20% 20%

Empresas criadas nos sectores com potencial de crescimento(Investimentoemempresascriadasemsectores intensivos em conhecimento e média-alta e alta tecnologia/Investimentototalemempresascriadas)

ProjectosdeempresashomologadosnoPRIME(2000-2006)

33% 50% 50%

Apoio a projectos estruturantes em sectores com potencial decrescimento(Investimentoestruturantederaizemsectores intensivos em conhecimento e média-alta e alta tecnologia/Investimentototaldeprojectosestruturantesapoiados)

ProjectosdeempresashomologadosnoPRIME(2000-2006)

11% 15% 20%

Nota:Nosdadosdereferênciautilizou-seinformaçãocontidanoRelatóriodeExecuçãodoPRIMEde2006,relativaaouniversopotencialdoPOFactoresdeCompetitividade(MédiaseGrandesEmpresas,nasRegiõesNorte,CentroeAlentejo).(*)ValoresglobaisPRIME.

Eixo Prioritário III – Financiamento e Partilha de Risco da InovaçãoOfinanciamentodepequenasemédiasempresase,particularmente,deprojectosde investimentos

inovadores,éumdosdomíniosondeanecessidadedeintervençãodaspolíticaspúblicassefazsentir

commaioracuidade.Nãoobstanteosmercadosfinanceirosterematingido,nageneralidadedospaíses

desenvolvidos, um grau de sofisticação considerável, os projectos que visam fases iniciais do ciclo de

vidadasempresasedosprodutos,comfortecarizdeinovação,continuamaenfrentargrandesobstácu-

los na obtenção dos meios de financiamento necessários e adequados ao seu desenvolvimento.

Comefeito,osmecanismostradicionaisdeavaliação,tendentesàconcessãodefinanciamentobancário

a projectos inovadores, revelam-se, na generalidade dos casos, inibidores da obtenção dos fundos pe-

losempreendedores,ouconduzemàsuadisponibilizaçãoemcondiçõesqueserevelamdesadequadas

ao perfil de desenvolvimento desses projectos. Também o financiamento das actividades de interna-

cionalizaçãodasempresaséconfrontadocomdificuldadesespecíficas,justificando-seaintervenção

pública no sentido de adequar a percepção de risco elevado que o mercado associa a este tipo de inves-

timentos.

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55P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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Porúltimo,jáfoisalientadoqueoinvestimentodemodernizaçãodasempresasdeixariadeserapoiado

noquadrodossistemasdeincentivos.Nestecontextofuturo,espera-sequemecanismosdeapoiono

quadrodainovaçãofinanceiraconstituamalternativasquepossaminduzirumfinanciamentodequali-

dade para os projectos de empresas de menor dimensão.

ObjectivosePrioridades

É neste contexto que urge impulsionar a disseminação de instrumentos alternativos de financiamento,

dequeéexemploocapitalderisco,que,melhordotadosparaminimizarasassimetriasdeinformação

característicasdeprojectoscomumfortecarizdeinovação,poderãoassegurarcommaiseficáciao

seu financiamento.

ÉigualmenteimprescindívelintervirnavertentedafacilitaçãodoacessoaocréditoporpartedasPME,

nomeadamente as geridas por mulheres, desiderato que ganha premência acrescida no momento em

que é expectável prever políticas mais restritivas por parte do sistema bancário, dirigidas às empresas

de menor dimensão, na sequência da implementação das regras de determinação de capitais próprios

mínimosparaasinstituiçõesfinanceiras,previstasnoacordodeBasileiaII.

Refira-se que os constrangimentos são habitualmente acrescidos para pequenas e médias empresas

geridas por mulheres, visto que, habitualmente, o sistema bancário lhes exige ainda mais garantias.

Paragarantirosucessodestasiniciativas,aintervençãopúblicadeverápautar-seporumaestratégia

decentralizaçãoecoordenaçãodeesforços,consubstanciadanacriaçãodeuminstrumentoqueinter-

virá nas diferentes vertentes de apoio ao financiamento de projectos e empresas, com vista a reforçar

asolidez,acompetitividadeeopotencialinovadordotecidoempresarial,necessáriosparavenceros

desafiosdaglobalizaçãoeconómica.

AopçãopelaconcentraçãodefundoseacooperaçãoquevieraseracordadacomoFEInoâmbitodaini-

ciativaJEREMIE,tememvistacriarinstrumentoscommassacríticaparatercapacidadedeinfluência

nosmercadosfinanceirosemPortugal.

OpresenteEixoprioritáriopretende,pois, contribuirparaqueasempresasdesenvolvamassuas

estratégiasdecrescimento, consolidaçãoe internacionalização,numquadroemqueaenvolvente

financeira, longe de constituir um obstáculo natural, potencie o desenvolvimento dessas mesmas

estratégias.

OsobjectivosespecíficosdesteEixosãoosseguintes:

• Estimularaintervençãodocapitalderisconacriaçãoedesenvolvimentodeempresas;

• Consolidarosistemadegarantiamútuaealargaroespectrodeintervençãodomecanismode

concessão de garantias;

• Dinamizarautilizaçãodenovosinstrumentos,nomeadamenteomicrocrédito,destinadosapo-

tenciarofinanciamentoaPME;

• Apoiarofinanciamentodainovaçãonumaperspectivaintegrada(capitaledívida);

• Incentivaroempreendedorismo,garantindoocapitaleascapacidadesdegestãorequeridasem

iniciativas de maior risco;

• Incrementaroempreendedorismofemininocomoelementodemobilizaçãodasmulheresparaa

vida económica activa, bem como apoios às iniciativas empresariais, particularmente propícias à

promoção dos factores da igualdade entre homens e mulheres.

Tipologias de Intervenção

Tendoemcontaasexperiênciasanteriores,asintervençõesnesteEixoserãocentralizadasnuminstru-

mentopúblico-oFundodeApoioaoFinanciamentoàInovação-queasseguraráacoordenaçãodetodas

as iniciativas neste domínio, garantindo assim que os recursos disponíveis têm a dimensão necessária

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1356

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paraintervireficazmentenosmercadosfinanceirosequesãoutilizadosdeformaeficienteeselectiva,

comvistaaatingirosobjectivospreconizadosnoPrograma.

Aselecçãodaentidadequeseráresponsávelpelaconstituição,operaçãoegestãodoFundodeApoioao

FinanciamentoàInovaçãoseráefectuadaatravésdeumadastrêsmodalidadesprevistasnoArtigo44.º

doRegulamento(CE)nº1083/2006,doConselho,de11deJulhode2006.

Osinstrumentospúblicosexistentes(FundodeSindicaçãodeCapitaldeRisco,FundodeGarantiade

TitularizaçãodeCréditos,FundodeContragarantiaMútuaeFundodeTurismo-SGFII)serãoobjectode

racionalizaçãoeconcentração,organizando-seemfunçãodasprioridadesestratégicasdoPOFactores

deCompetitividade.Outramotivaçãoparaareorganizaçãodosistema(incluindoassociedadesgesto-

rasdefundodenaturezapública)seráadareduçãodoscustosedostemposdeintermediação.

Noâmbitodaintervençãonavertentedecapitalderisco,preconizadanoprimeiroobjectivoespecífico

desteEixo,oenfoqueprincipalvisarápropiciarumacadavezmaiordisponibilidadedocapitalderisco

para o investimento em projectos inovadores, e para o apoio às fases iniciais do ciclo de vida das pequenas

e médias empresas, áreas onde se considera haver uma insuficiência notória de oferta de financiamento.

As lógicas de apoio ao reforço de clusters estratégicos e do desenvolvimento regional, serão igualmente

objectodeintervenção,articuladacomoutrosinstrumentosdoPrograma,nodomíniodocapitalderisco.

Paratal,osinstrumentospúblicosdecapitalderiscoactuarãodeparceriacomosagentesprivados

- sociedades de capital de risco, fundos de capital de risco, business angels –numaperspectivadeparti-

lha de riscos e de conjugação da óptica privada de avaliação da viabilidade e rendibilidade dos projectos,

comaperspectivapúblicadefomentodainovaçãoeaumentodacompetitividadedasPME.

NodomíniodafacilitaçãodoacessoaocréditoporpartedasPME,oinstrumentodasgarantiasdesempenha

umpapelfundamental,razãopelaqualosegundoobjectivoespecíficoprevistonesteEixopreconizaorefor-

ço do sistema de garantia mútua, promovendo o alargamento da sua intervenção às empresas e projectos,

que,peloseucarizemergenteouinovador,maioresdificuldadestêmemobterfinanciamentobancário.

Estalinhadeactuação,quetemsidodesenvolvidacomrecursoàcapitalizaçãodoFundodeContraga-

rantiaMútua,basedetodoosistema,eaoreforçodocapitaldassociedadesdegarantiamútua,deverá,

noâmbitodopresenteEixo,sercomplementadacomacontratualização,juntodosistemafinanceiro,

delinhasdecréditogarantidas,comvistaaaumentarsignificativamenteaescaladeutilizaçãodeste

instrumentodeapoioaofinanciamento,porpartedasPME.

Apesar do desenvolvimento crescente dos mercados financeiros e das tentativas de criação de um seg-

mentodedicadoàsPMEnoâmbitodestesmercados,ocréditobancáriocontinuaaseromeiodefi-

nanciamentoporexcelênciadestasempresas.Faceaestarealidadeeaproveitandotantoacrescente

sofisticação dos produtos financeiros, como o interesse que neles têm demonstrado os investidores,

nesteEixo,promover-se-áarealizaçãodeoperaçõesdegarantiadeprogramasdetitularizaçãodecré-

ditosaPME,realizadaspelasinstituiçõesfinanceiras,comvistaaincentivaroaumentodopesodaquele

segmentodecrédito,nascarteirasdasinstituiçõesdecrédito.

Ainda no âmbito do terceiro objectivo específico e reconhecendo que as características do investimento

emalgunssectoresdeactividadedesencorajamasiniciativasencetadasporPME,dadooesforçofinan-

ceiro exigido pela construção das unidades produtivas, pretende-se apoiar veículos de investimento imo-

biliáriocomoobjectivode,separandoapropriedadedagestão,promoveradisponibilizaçãodeactivosfi-

xosessenciaisaodesenvolvimentodeprojectosprodutivosporPME.Pretende-sequeestetipodefundos

deinvestimentoimobiliárioconstituamuminstrumentodefacilitaçãodeoperaçõesde(re)localização

de unidades produtivas, em espaços mais vocacionados e estruturados de acolhimento empresarial,

em consequência de políticas de reordenamento territorial ou de estratégias de renovação urbana que

impliquematransferênciadeactividadesempresariais.Nestescasos,osfundospoderãoadquiriropa-

trimónioimobiliáriodaempresaatransferir,disponibilizando-lheliquidezdemeiosfinanceirosquelhe

permitamrealizaroinvestimentoemnovasinstalações,emlocalizaçõesmaisapropriadas.

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57P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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Tendo em conta as especificidades dos projectos de inovação, tanto no que respeita ao binómio risco/

rendibilidade como ao perfil temporal de geração de cash-flows,opresenteEixodoProgramaprivilegia-

rá, junto dos operadores do mercado, uma abordagem integrada de financiamento daqueles projectos

que combine capital e dívida de forma adequada ao seu ciclo de desenvolvimento.

Comvistaaassegurarasiniciativasdasustentaçãodapromoçãodaigualdadedegénero,procurar-se-á

estabelecersoluçõesinovadorasnosincentivosenoincrementodoacessoaosinstrumentosdeapoio

financeiro à actividade das empresas que prossigam aquele objectivo.

Destinatários

ConstituemdestinatáriosdeintervençãodesteEixo:

- InstituiçõesPúblicasparticipantesnoFundodeApoioaoFinanciamentoàInovação.

IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOIIIDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

Qualidadedocapitalderisco(Investimentorealizadoemcapitalsemente/Investimentototalrealizadonoâmbitodo capital de risco)

Pesodocapitalsementeestart-ups nas actividades de capital de risco (2005)–APCRI

12,7% 33% 33%

Financiamentoorientadoparasectorescompotencialdecrescimento(Investimentoemempresasemsectoresintensivos em conhecimento e média-alta e alta tecnologia/InvestimentototalrealizadonoâmbitodaInovaçãoFinanceira)

Pesodasactividadestecnológicasnasactividadesdecapitalderisco(2005)-APCRI

11,5% 30% 30%

GarantiasprestadasàsPME GarantiasprestadasàsPMEnoâmbitodoPRIME(2000-2006) 4.269 1.500 5.000

Custosdegestão(Comissõesdegestão/Capitalrealizado) 2,5% 2,5%

Nota:OvalordereferênciadasgarantiasprestadasnoâmbitodoPRIMEincluioutrasregiões,designadamenteLisboaeAlgarve,quenãosãoelegíveisnoâmbitodoPOFactoresdeCompetitividade.

Eixo Prioritário IV – Uma Administração Pública Eficiente e de Qualidade

ObjectivosePrioridades

OprocessodereformaemodernizaçãodaAdministraçãoPública(AP)emcursoassentanummodelo

de serviço público centrado nos cidadãos e nas empresas, com áreas de actuação transversal de sim-

plificaçãolegislativaeadministrativa,normalização,promoçãodaadministraçãoemredeeraciona-

lizaçãodomodelodedistribuiçãodeserviçospúblicos,apoiadaspelousointensivodetecnologiasde

informação.Pretende-se,comesteprocesso,caminharparaumaAdministraçãoPúblicamaiseficiente

eeficaz,comvantagensparaoscidadãoseagenteseconómicos.

Comonovomodelodeserviçopúblico,pretende-seatingirtrêsgrandesobjectivos:

• Melhoraraqualidadedevidadoscidadãos;

• ReforçaraconfiançadoscidadãosnoEstado;

• Aumentaratransparênciadaacçãoadministrativaparaoscidadãoseparaasempresas.

Paraodesenvolvimentodestemodelodeserviçopúblico,assumem-secomoprincipaisobjectivoses-

pecíficosdoEixoIV-“AdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidade”:

• Aumentaraeficáciaeaeficiênciadaactividadeadministrativa,comreflexonascondiçõeseno

desempenhodefunçõesdeinteracçãodoEstadocomoscidadãosecomosagenteseconómicos;

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1358

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• Reduziros“custospúblicosdecontexto”querepresentamconstrangimentosàcriaçãodeempre-

sas e ao desenvolvimento da sua actividade;

• Promoverousointensivodastecnologiasdeinformaçãoecomunicação,promovendoumaadmi-

nistração em rede;

• Qualificaraprestaçãodoserviçopúblico,comimpactenosfuncionáriosqueprestamdirectamen-

te o serviço aos cidadãos e às empresas, bem como naqueles que os apoiam.

AnecessidadedemelhorarainteracçãoentreaAdministraçãoPúblicaeosseusdestinatários(cida-

dãos e empresas) constitui-se como elemento central para a competitividade nacional, instituindo o

primeiro objectivo específico.

A este nível, merece particular atenção a oferta de um novo modelo de distribuição de serviços públi-

cos, qualificando o atendimento aos cidadãos e às empresas e melhorando o acesso, por parte destes,

a esses mesmos serviços.

Relativamenteaosegundoobjectivoespecífico,pretendeestimular-se,porumlado,aracionalização

daorganizaçãoadministrativae,poroutro,aprevisibilidade,transparênciaesimplificaçãodoprocesso

legislativo e dos processos administrativos, de modo a potenciar a prestação de um serviço público de

qualidade aos cidadãos e às empresas.

Paraqueosserviçospúblicospossamatingirumbomníveldeexecuçãodassuascapacidadesecom-

petências, torna-seessencialautilização intensivadasTIC, representandoesteo terceiroobjectivo

específico deste Eixo.

Poressarazão,oprocessodemodernizaçãodaAdministraçãoPúblicadevetambémassentarname-

lhoriadaeficiência,naracionalizaçãoereduçãodoscustosrelativosàinfra-estruturatecnológica,de

comunicaçõesedesistemasdeinformações.

Finalmente,oquartoobjectivoespecíficoassentanapromoçãodeformaçãoeespecializaçãodosfun-

cionáriosdaAdministraçãoPública,integradosnoprocessodemodernizaçãodaAdministraçãoPública

Central,considerandoquesãoelementosessenciaisparaosucessodomesmo.Deformaagarantira

sustentabilidade e continuidade deste processo, merece, então, particular ênfase a qualificação das

competências profissionais de todos os que estão envolvidos em projectos de mudança.

Paraalcançarosobjectivosagorafixados,estabelecem-sequatrograndescategoriasdeprioridadesa

adoptarnoquadrodagestãodoEixoIV:

• Aproveitamentodassinergiasentreosserviçospúblicosparaaqualificaçãoesimplificaçãodo

atendimento aos cidadãos e às empresas, através de uma lógica de proximidade conjugada com

critériosdeforteracionalizaçãodeestruturas;

• RacionalizaçãodosmodelosdeorganizaçãoegestãodaAdministraçãoPúblicaeasimplificação,

reengenhariaedesmaterializaçãodeprocessos,comincidênciaparaaquelescomimpactena

vida dos cidadãos e empresas;

• Criaçãodeumainfra-estruturatecnológica,decomunicaçõesedesistemasdeinformaçãona

AdministraçãoPúblicaCentral,comoobjectivoderacionalizarereduziroscustosfixoseperma-

nentes com impacte na prestação do serviço público, para os cidadãos e para as empresas;

• DesenvolvimentodaformaçãodosfuncionáriosdaAdministraçãoPúblicaCentralemáreasespe-

cíficasassociadasaprojectosintegradosdemodernização,garantindoascompetênciasnecessá-

rias à prossecução e continuidade dos mesmos.

A primeira categoria inclui as seguintes prioridades:

• Supressãodeprocedimentosdesnecessárioseorganizaçãotransversaldosserviçosadministra-

tivosemfunçãodasnecessidadesdoscidadãosedasempresas,demodoaquesejadisponibiliza-

da uma resposta única aos momentos mais relevantes para estes;

• UtilizaçãodetodososcanaisdecomunicaçãodentrodaAdministraçãoPúblicaeentreaAdminis-

traçãoPúblicaeoscidadãoseasempresas;

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59P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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• Prestaçãodeserviçosorientadosparaasatisfaçãodasnecessidadesdoscidadãosedasempresas;

• Promoçãodaavaliaçãodosníveisdeserviçoalcançadoseintroduçãodepráticasdemonitoriza-

çãodepadrõescomparáveisorientadosparaoscidadãoseempresas.

A segunda categoria inclui as seguintes prioridades:

• Definiçãoedesenvolvimentodeumplanodereengenhariaedesmaterializaçãodeprocessosda

AdministraçãoPública;

• PromoçãodainovaçãoorganizacionalnaAdministraçãoPública;

• Reduçãodoscustosdeorganizaçãoefuncionamentodosserviçospúblicos;

• Promoçãodaadministraçãoemrede,incluindoanecessáriaqualificaçãodosfuncionáriospúbli-

cosenvolvidosemTIC.

A terceira categoria inclui as seguintes prioridades:

• Definiçãoedesenvolvimentodeumaestratégiaglobalparaa infra-estrutura tecnológicaede

comunicaçõesdaAdministraçãoPública;

• Desenvolvimentodeumainfra-estruturacomumdecomunicaçõesqueassegureaconectividade

entre os serviços públicos, com base em mecanismos de segurança adequados;

• Definiçãodosmecanismosnecessáriosparaassegurarainteroperabilidadeentreossistemasde

informação da Administração;

• Desenvolvimentodomodelodecriaçãoderedesformaiseinformaisderelaçãoepartilhadeco-

nhecimentonaAdministraçãoPública;

• Desenvolvimentodemecanismosdeparticipaçãoeo reforçodaadministraçãoelectrónicano

exercício de cidadania.

A quarta categoria inclui as seguintes prioridades:

• Desenvolvimentodeumaestruturabásicadecompetências,essenciaisparaefeitosdequalifica-

çãoeformaçãoespecializadadosfuncionáriosenvolvidosemprojectosintegradosdemoderniza-

ção administrativa;

• Criaçãoderedesdeformaçãoemsistemadee-learningnaAdministraçãoPública.

ImportasalientarqueesteEixoPrioritário,dirigidoaaumentaraeficiênciaeaqualidadedaAdminis-

traçãoPúblicanoquadrodacompetitividadedaeconomiaportuguesa,acolheaprioridadequevisa

melhoraracapacidadedasinstituiçõespúblicasparaamonitorizaçãoegestãodoterritório,dasinfra-

-estruturas e dos equipamentos colectivos.

Esta prioridade prossegue os objectivos de criação e aumento da qualidade dos instrumentos funda-

mentaisparaconheceremonitorizaroterritórioeasdinâmicasterritoriais,bemcomoparaaumentar

aeficiênciadautilizaçãodasinfra-estruturasedosequipamentoseasuaadequaçãoàsnecessidades

das empresas e das pessoas.

Tipologias de Intervenção

Nestestermos,podemcandidatar-se,aopresenteEixo,projectosquevisemaconcretizaçãodosseus

objectivos, designadamente:

• Simplificaçãoprocessual/organizacional,nomeadamenteosprojectosquevisemareformulação

de processos de interacção entre a Administração e os respectivos utentes (cidadãos e empre-

sas), sempre que se mostre adequado, com integração transversal de serviços;

• Reformulaçãoeavaliaçãodomodelodedistribuiçãodeserviçospúblicos,nosentidodasuaracio-

nalizaçãoedamelhoriadaqualidadedoserviçoprestado;

• Expansão de balcões integrados e especializados de atendimento aos cidadãos e empresas,

abrangendo todo o território nacional, designadamente com articulação com os sistemas de aten-

dimentoemvozerede;

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1360

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• Aplicaçõesdetecnologiaquevisemacriaçãodesistemasdeinformaçãointegrados,comdisponi-

bilizaçãodeserviçospartilhados,recorrendo,paratal,aferramentasWebemodelosASP.Nesta

componente, incluem-se ainda sistemas partilhados de Disaster/Recover, bem como sistemas de

suporteàdecisão,quepermitamumamaisrápida,eficienteeeficazgestãoderecursos(huma-

nos, financeiros, materiais e de informação);

• AplicaçõesinovadorasdetecnologianaAdministraçãoPública,quevisem,nomeadamente,dis-

ponibilizarserviçosouprodutosdaAdministraçãoaosrespectivosutentes(cidadãoseempresas)

por meios não presenciais, em particular com recurso à Internet;

• Instrumentosdegestãoemonitorizaçãodoterritório,dasinfra-estruturasedosequipamentos

colectivos.

Paraalémdastipologiasdeintervençãoreferidas,podemaccionar-seapoiosnoâmbitodeintervenção

doFSE,numalógicadecomplementaridadeedemelhoriadaeficáciadasoperaçõesfinanciadas,ao

abrigoenoestritocumprimentodoponto2doartigo34.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006doCon-

selho,de11deJulhode2006.

Destinatários

SãodestinatáriosdesteEixoasentidadesdaAdministraçãoPúblicaCentral.

IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOIvDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

Proximidade-Criaçãodecentrosmultiserviços(N.ºdecentrosdeatendimentomultiserviços abertos em território nacional) n.d. 60 200

Simplificação-Criaçãodepontosúnicosdecontacto(N.ºdepontosúnicosdecontacto criados - Internet, presencial ou telefónico) n.d. 10 20

Rapidez-Reduçãodetemposmédiosdeespera((Tempomédiodeesperaemfila- valor final após conclusão da intervenção apoiada/Tempo médio de espera em fila -valorbaseanterioraoiníciodaintervençãoapoiada)–1)

n.d. 30% 50%

Universalidade - Grau de acessibilidade dos serviços públicos on-line a cidadãos comnecessidadesespeciais(N.ºdeserviçospúblicosdisponíveison-line a cumprir pelomenosonívelAAdasregrasdeacessibilidade(W3C))/(N.ºdeserviçospúblicos disponíveis on-line)

n.d. 80% 100%

Simplificação-Reduçãodonúmerodecontactosnecessáriosentreocidadãoe/ouasempresaseaAPemprocessosadministrativos((N.ºmédiodeinteracçõesentreocidadãoe/ouasempresaseaAPemprocessosadministrativos-valorfinalapósconclusãodeintervençãoapoiada)/(N.ºmédiodeinteracçõesentreocidadãoe/ouasempresaseaAPemprocessosadministrativos-valorbaseanteriorainíciodeintervençãoapoiada)–1)

n.d. 30% 50%

Desmaterialização-Aumentodoníveldeutilizaçãodeprocessosadministrativosnãopresenciais((N.ºdecidadãose/ouempresasutilizadoresdeserviçospúblicosnos canais Internet e telefone - valor final após conclusão da intervenção apoiada/N.ºdecidadãose/ouempresasutilizadoresdeserviçospúblicosnoscanaisInternet etelefone-valorbaseanteriorainíciodeintervençãoapoiada)–1)

n.d. 30% 50%

Utilizaçãodefacturaelectrónica(N.ºdeorganismospúblicosutilizadoresdefacturaelectrónica)/(N.ºdeorganismospúblicos) n.d. 80% 100%

Reduçãonoscustosdecomunicações((CustosdecomunicaçõesnaAP-valorfinalapósconclusãodeintervençãoapoiada)/(CustosdecomunicaçõesnaAP-valorbaseanteriorainíciodeintervençãoapoiada)–1)

n.d. 25% 50%

NíveldeinteroperabilidadeentresistemasdeinformaçãonaAP(N.ºdesistemasdeinformaçãointeroperáveisnaAP)/(N.ºdesistemasdeinformaçãonaAP)* n.d. 30% 80%

Funcionáriosformadosnoâmbitodasintervençõesapoiadas(N.ºdefuncionáriosformadosemcompetênciasespecificas:atendimento,TIC,gestãodeconhecimento/ N.ºtotaldosfuncionáriosenvolvidosnasintervençõesapoiadas)

n.d. 25%

*Universo:Intervençõesapoiadas.Legenda: n.d. - não disponível.

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61P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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Eixo Prioritário V – Redes e Acções Colectivas de Desenvolvimento EmpresarialOEixoPrioritárioRedeseAcçõesdeDesenvolvimentoEmpresarialcongregaumconjuntodeinstru-

mentosdeapoioindirecto,materializadosemintervençõesdecarácterestruturanteesustentado.Es-

tas iniciativas envolvem diversos protagonistas na promoção de procuras qualificadas, em áreas de in-

tervenção com falhas de mercado e de coordenação, apoiando-se em dinâmicas e no potencial existente

nomeioempresarial,gerandonovasoportunidadesdenegócioparaasPME,noquadrodasprioridades

estratégicas da temática da competitividade.

Integra,igualmente,odesenvolvimentodeprojectos-pilotoqueconstituamacçõesinovadorasemma-

tériadepolíticapública,constituindoespaçosdeaprendizagemedetesteanovasabordagensquecon-

duzamaumamelhorconcretizaçãodosobjectivosdoPrograma.

ObjectivosePrioridades

Este tipo de apoios indirectos à competitividade da economia, não associável ao conceito de “ajudas de

Estado”,éconstituídoporacçõesdepromoçãodefactoresdecompetitividadedefinalidadecolectiva.

Paraseremconsideradascomo“acçõescolectivas”,devemserobservadasdeterminadascondições:

• Serempromovidasporinstituiçõespúblicasouporentidadesprivadassemfinalidadelucrativa,

nomeadamenteasreferentesaoempreendedorismofeminino(ex:associaçõesempresariais);

• Quandoasacçõesenvolvamempresascomoalvo,estasdevemseremn.ºsignificativoeindepen-

dentes entre elas e não beneficiar de nenhum apoio financeiro directo;

• Osresultadosdaacçãonãopoderãoserobjectodeapropriaçãoprivada,devendo,aocontrário,

ser obrigatoriamente alvo de divulgação, disseminação ou demonstração pública, garantindo-se

o acesso universal.

Noactualcontextodedesafioscrescentesimpostospelaglobalizaçãodosmercadosedoconheci-

mento, estes mecanismos constituem exemplos de instrumentos de política económica muito re-

levantes para a promoção da competitividade da economia portuguesa e da eficiência empresarial

colectiva, revestindo-se, assim, de importância estratégica para o cumprimento dos objectivos do

Programa.

Nestequadro,constituemobjectivosespecíficosassociadosaesteEixo:

• Favorecereaceleraraalteraçãodoperfildeespecializaçãodaeconomia,desenvolvendoestraté-

gias de criação de novos pólos de crescimento;

• Reforçaraofertadeserviçosàsempresas,reforçandoecapacitandoasinfra-estruturaseorien-

tandoassuasactividadesparaasnecessidadesdasPME;

• Promoveraformaçãoderedesedeoutrasformasdeparceriasecooperação,comoinstrumento

privilegiado do benefício de economias de aglomeração;

• Promoverodesenvolvimentodeacçõesinovadorasdetesteanovasabordagensdepolíticapúbli-

ca, nos domínios de estímulo ao desenvolvimento empresarial e da inovação.

Tipologias de Intervenção

Numaópticadereduçãodas falhasdemercadoedegovernação,asAcçõesColectivasvisamobter

ganhos sociais e externalidades positivas nos seguintes domínios:

• A nível da divulgação de conhecimentos (reduzindo o défice existente entre desenvolvimento

tecnológicoeorganizativoedegestãonasempresas,potenciandooespíritoempresarialeuma

maiorarticulaçãoentreuniversidades,infra-estruturasdesuporteàsempresasePME;

• Aníveldereduçãodainformaçãoimperfeita(potenciandooacessoàinformaçãoeaoconheci-

mentodemercadosporpartedasPME);

• Aníveldacoordenação(estimulandoacooperaçãoefomentandoofuncionamentoemredeanível

empresarial).

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1362

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AoníveldasAcçõesInovadoras,constituemlinhasdeacção:

• Actividadesdebenchmarking;

• Projectos-pilotodeexperimentaçãodenovasmetodologiasdeimplementaçãoemáreascríticas

doPrograma.

Paraalémdastipologiasdeintervençãoreferidas,podem-seaccionarapoiosnoâmbitodeintervenção

doFSE,numalógicadecomplementaridadeedemelhoriadaeficáciadasoperaçõesfinanciadas,ao

abrigoenoestritocumprimentodoponto2doartigo34.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006doCon-

selho,de11deJulhode2006.

Destinatários

ConstituemdestinatáriosdeintervençãodesteEixo:

- EntidadesPúblicasesectorempresariallocal;

- EntidadesPrivadassemFinsLucrativos(AssociaçõesEmpresariaiseEntidadesdoSistemaCien-

tífico e Tecnológico), nomeadamente as referentes ao empreendedorismo feminino.

Osdestinatáriosdalinhadeintervenção“DinamizaçãodeAcçõesInovadoras”são,paraalémdosór-

gãosdegestãodoPrograma, as entidades semfins lucrativos, privadasoupúblicas, envolvidasde

forma directa ou indirecta na implementação do mesmo.

IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOvDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

Reforço do investimento em economias de eficiência colectiva (Investimentoapoiadoemeconomiasdeeficiênciacolectiva/Investimentototalapoiado)

n.d. 15% 25%

PromoçãodaparticipaçãodasPMEemAcçõesColectivas(n.ºdePMEenvolvidasemAcçõesColectivas) n.d. 10.000 15.000

PromoçãodacooperaçãodePME(n.ºdePMEenvolvidasemprojectosde cooperação) n.d. 2.000 5.000

Réplicasdosprojectosdeacçõesinovadoras(em%don.ºdeprojectosconcluídos) n.d. 300% 350%

Legenda: n.d. - não disponível.

Eixo Prioritário VI – Assistência Técnica

ObjectivosePrioridades

EsteEixoenquadraaAssistênciaTécnica(AT)aoPrograma,destinadaaofinanciamentodasactividades

de preparação, de gestão, de controlo, de acompanhamento, de avaliação, de informação e de dissemi-

nação, bem como, das actividades destinadas a reforçar a capacidade administrativa e técnica para a

sua execução.

Osobjectivosespecíficosassociadossão:

• Dinamizar,gerireimplementar,deformaeficazeeficiente,oPrograma.

Tipologia de Intervenção

AoníveldaAssistênciaTécnica,destacam-seasseguintesacções:

• Criaçãoefuncionamentodeestruturasdeapoiotécnicoerespectivoapoiologístico;

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63P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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• Informação,divulgaçãoepublicitaçãodoProgramaedosseusinstrumentos;

• Auditoriaseacçõesdecontrolo;

• AcompanhamentodaexecuçãodoProgramaedosprojectosaprovados;

• Desenvolvimentoactualizaçãoemanutençãodeumsistemadeinformação;

• Estudosdeavaliaçãoglobaiseespecíficos;

• EstudosdeanálisedaimplementaçãodoPrograma.

Paraalémdastipologiasdeintervençãoreferidas,podemaccionar-seapoiosnoâmbitodeintervenção

doFSE,numalógicadecomplementaridadeedemelhoriadaeficáciadasoperaçõesfinanciadas,ao

abrigoenoestritocumprimentodoponto2doartigo34.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006doCon-

selho,de11deJulhode2006.

Destinatários

OsdestinatáriosdalinhadeintervençãodeAssistênciaTécnicasãoosórgãosdegovernaçãodoPro-

grama.

IndicadoresdeRealizaçãoeResultado

Os indicadoresderealizaçãoeresultado,seleccionadosnoquadrodopresenteEixoPrioritário,são

apresentados na tabela seguinte.

InDICaDOReSDeRealIzaçãOeReSultaDODOeIxOvIDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe

InDICaDORvalORDeReFeRênCIa MetaS

anOPeRíODO valOR 2010 2015

TaxadeexecuçãodaDespesaFundo(em%daDespesaFundoProgramadaparaoanon+3oun+2,conforme os casos)

NA 100% 100%

N.ºdevisitasaosítioInternet MédiaanualdevisitasaosítiodoPRIME(2000-2006)

113 mil visitas/ano

450milvisitas

1.350milvisitas

Níveldefollow up dasrecomendaçõesdeavaliação(recomendaçõesconsideradas/recomendaçõestotais)

n.d. 90% 90%

Níveldedesmaterializaçãodeprocessosassociadosa fluxos financeiros (certificação de despesa e pagamentos)

n.d. 100% 100%

Níveldedesmaterializaçãodeprocessosassociadosa programação e acompanhamento (documentos de programação, notificação de grandes projectos, relatórios de execução, convocatórias e circulação de informação de acompanhamento) (*)

n.d. 80% 100%

(*)Valoresapuradosreferentesaoanode2010e2015,respectivamente.Legenda: n.d. - não disponível

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1364

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65P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

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P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1366

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2

67P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Programação Financeira

Programação Plurianual e por Eixos Prioritários 69Repartição Indicativa da Contribuição Comunitária por Categoria de Despesa 70

7

Page 70: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

O montante global de FEDER do Programa Operacional Factores de Competitividade ascende a

3.103.789.011Euros,aquecorresponde,nostermosdaprogramaçãoelaborada,omontantededespesa

públicade685.552.410Euroseuminvestimentototalde5.510.641.421Euros.

AosfinanciamentoscomunitáriosdosFundosEstruturaispodemadicionar-se,ainda,apoiosaconceder

peloBEIeporoutrosinstrumentosfinanceirosnecessáriosàconcretizaçãodaestratégiadedesenvol-

vimento estabelecida.

ArepartiçãoorçamentaldoFEDERporEixoPrioritário(EP)éaseguinte:(i)16,11%paraoEPI–Co-

nhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico;(ii)39,3%paraoEPII–InovaçãoeRenovaçãodoModelo

EmpresarialedoPadrãodeEspecialização;(iii)11,6%paraoEPIII–FinanciamentoePartilhadeRisco

daInovação;(iv)22,07%paraoEPIV–UmaAdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidadee8,38%para

oEPV–RedeseAcçõesColectivasdeDesenvolvimentoEmpresarial.

OmontanteprogramadoparaAssistênciaTécnicadoPOcorrespondea78.789.011Eurosdofinancia-

mentocomunitáriodoProgramaOperacionaleestáinscritonoEPVI–AssistênciaTécnica.

Nosquadrosseguintes,apresenta-seoplanodefinanciamentodoProgramaOperacionalFactoresde

Competitividade,nosmoldesdefinidosnoAnexoXVI–PlanosdeFinanciamentodoProgramaOperacio-

naldoRegulamento(CE)nº1828/2006daComissão,de8deDezembrode2006.

Estesquadrosdeprogramaçãofinanceirareferem-se,porumlado,àcontribuiçãodoFEDERporAno

e,poroutrolado,àquantificação,porEixoPrioritáriodoPO,doFinanciamentoComunitário,daContra-

partidaNacional(distinguindoFinanciamentoPúblicoNacionaleFinanciamentoPrivadoNacional),do

FinanciamentoTotaledaTaxadeCo-financiamento.

Importasalientar,queaTaxadeCo-financiamentofoiprogramadapeloPOemfunçãodadespesatotal

elegível,nostermosdaalíneaa)don.º1doartigo53.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006,doConselho,

de11deJulho.

AsTaxasdeCo-financiamento,apresentadasnosquadrosseguintes, correspondema taxasmédias

programadasporEixoPrioritáriodoPOenãoprejudicam,naturalmente,odispostonoAnexo IIIdo

referidoRegulamentoquedefine,comolimitemáximoaplicávelaPortugal,daparticipaçãodosFundos

aoníveldosProgramasOperacionais,ataxade85%.

Aprogramaçãodastaxasmédiasdeco-financiamentoporEixoPrioritáriotomouemconsideraçãoas

tipologias previsíveis de investimentos, designadamente no que respeita a incentivos a empresas, a

investimentos geradores de receitas e a investimentos não geradores de receitas.

Osquadrosseguintesapresentam,igualmente,nostermosdon.º3doartigo9.ºdomesmoRegulamen-

to,arepartiçãoindicativadasdespesasprogramadaspeloPO,deacordocomascategoriasdedespesa

definidasnorespectivoAnexoIV,nosmoldesreferidosnosQuadros1,2e3doAnexoIIdoRegulamento

(CE)n.º1828/2006daComissão,de8deDezembrode2006.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1368

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Programação Plurianual e por Eixos Prioritários

PlanOFInanCeIROPluRIanualDOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDe(euROS,PReçOSCORRenteS)

Financiamento Estrutural (FEDER)

2007

Regiõessemapoiotransitório 417.496.731

Regiõescomapoiotransitório 0

Total 2007 417.496.731

2008

Regiõessemapoiotransitório 425.846.666

Regiõescomapoiotransitório 0

Total2008 425.846.666

2009

Regiõessemapoiotransitório 434.363.599

Regiõescomapoiotransitório 0

Total2009 434.363.599

2010

Regiõessemapoiotransitório 443.050.871

Regiõescomapoiotransitório 0

Total 2010 443.050.871

2011

Regiõessemapoiotransitório 451.911.888

Regiõescomapoiotransitório 0

Total 2011 451.911.888

2012

Regiõessemapoiotransitório 460.950.126

Regiõescomapoiotransitório 0

Total 2012 460.950.126

2013

Regiõessemapoiotransitório 470.169.130

Regiõescomapoiotransitório 0

Total 2013 470.169.130

TotalRegiõessemapoiotransitório(2007-2013) 3.103.789.011

TotalRegiõescomapoiotransitório(2007-2013) 0

Total Geral 2007-2013 3.103.789.011

PlanOFInanCeIRODOPOFaCtOReSDeCOMPetItIvIDaDePOReIxOSPRIORItáRIOSeFOnteSDeFInanCIaMentO(euROS,PReçOSCORRenteS)

Financiamento comunitário

Contrapartida nacional

Repartiçãoindicativadacontrapartida nacional Financiamento

totalTaxa de co-

-financiamento

Parainformação

Financiamento públiconacional

Financiamento privado nacional

Contribuiçõesdo bEI

Outros financiamentos

(a) (b)=(c)+(d) (c) (d) (e)=(a)+(b) (f) = (a) / (e)

Eixo Prioritário 1FEDER* 500.000.000 273.800.000 150.000.000 123.800.000 773.800.000 64,6% 0 0

Eixo Prioritário 2FEDER* 1.220.000.000 1.540.000.000 0 1.540.000.000 2.760.000.000 44,2% 0 0

Eixo Prioritário 3FEDER* 360.000.000 154.285.712 154.285.712 0 514.285.712 70,0% 150.000.000 0

Eixo Prioritário 4FEDER* 685.000.000 293.571.429 293.571.429 0 978.571.429 70,0% 0 0

Eixo Prioritário 5FEDER* 260.000.000 111.428.550 53.928.550 57.500.000 371.428.550 70,0% 0 0

Eixo Prioritário 6 FEDER* 78.789.011 33.766.719 33.766.719 0 112.555.730 70,0% 0 0

Total 3.103.789.011 2.406.852.410 685.552.410 1.721.300.000 5.510.641.421 56,5% 150.000.000 0

*Base:Custototal.

7

Pro

gram

ação

Fin

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69P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Page 72: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

Repartição Indicativa da Contribuição Comunitária por Categoria de Despesa

RePaRtIçãOPORteMaPRIORItáRIO

50 0

51 0

52 0

53 0

54 0

Turismo

55 0

56 0

57 0

ActividadesCulturais

58 0

59 0

60 0

Reabilitação Urbana e Rural

61 0

Aumentar a Adaptabilidade dos Trabalhadores, das Empresas e dos Empresários

62 0

63 0

64 0

MelhoraroAcessoaoEmpregoeaSustentabilidade

65 0

66 0

67 0

68 0

69 0

70 0

MelhoraraInclusãoSocialdosMaisDesfavorecidos

71 0

MelhoraroCapitalHumano

72 0

73 0

74 0

InvestimentoemInfra-EstruturasSociais

75 0

76 0

77 0

78 0

79 0

MobilizaçãoparaasReformasnosDomíniosdoEmpregoeInclusão

80 0

ReforçodasCapacidadesInstitucionaisaosNíveisNacional,RegionaleLocal

81 296.250.000

ReduçãodosSobrecustosqueentravamoDesenvolvimentodasRegiõesUltraperiféricas

82 0

83 0

84 0

Assistência Técnica

85 55.150.000

86 23.639.011

TOTAl 3.103.789.011

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

InvestigaçãoeDesenvolvimentoTecnológico(I&DT),InovaçãoeEmpreendedorismo

1 215.000.000

2 85.000.000

3 141.000.000

4 120.000.000

5 300.000.000

6 35.000.000

7 720.000.000

8 500.000.000

9 200.000.000

SociedadedaInformação10 0

11 200.000.000

12 0

13 165.000.000

14 0

15 8.000.000

Transportes16 0

17 0

18 0

19 0

20 0

21 0

22 0

23 0

24 0

25 0

26 0

27 0

28 0

29 0

30 0

31 0

32 0

Energia

33 0

34 0

35 0

36 0

37 0

38 0

39 0

40 0

41 3.500.000

42 3.500.000

43 32.750.000

ProtecçãodoAmbienteePrevençãodeRiscos

44 0

45 0

46 0

47 0

48 0

49 0

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

ProtecçãodoAmbienteePrevençãodeRiscos

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1370

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RePaRtIçãOPORFORMaDeFInanCIaMentO

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

1 Ajuda não reembolsável 1.907.289.011

2 Ajuda(Empréstimo,BonificaçãodeJuros,Garantia) 944.500.000

3 CapitaldeRisco(Participação,FundodeCapitaldeRisco) 252.000.000

4 OutrasFormasdeFinanciamento 0

TOTAl 3.103.789.011

RePaRtIçãOPORDIMenSãOteRRItORIal

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

1 Aglomeração Urbana 0

2 ZonadeMontanha 0

3 Ilhas 0

4 ZonasdeFracaeMuitoFracaDensidadePopulacional 0

5 ZonasRurais(quenãoMontanhas,IlhasouZonasdeFracaeMuitoFracaDensidadePopulacional) 0

6 AntigasFronteirasExternasdaUE(após30.4.2004) 0

7 Região Ultraperiférica 0

8 ZonadeCooperaçãoTransfronteiriça 0

9 ZonadeCooperaçãoTransnacional 0

10 ZonadeCooperaçãoInterregional 0

0 Nãoseaplica 3.103.789.011

TOTAl 3.103.789.011

RePaRtIçãOPORteMaPRIORItáRIO(earmarking)PaRaaeStRatéGIaDelISbOa

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

InvestigaçãoeDesenvolvimentoTecnológico(I&DT),InovaçãoeEmpreendedorismo

1 215.000.000

2 85.000.000

3 141.000.000

4 120.000.000

5 300.000.000

6 35.000.000

7 720.000.000

8 500.000.000

9 200.000.000

SociedadedaInformação

10 0

11 200.000.000

12 0

13 165.000.000

14 0

15 8.000.000

Transportes

16 0

17 0

20 0

21 0

26 0

27 0

28 0

29 0

30 0

32 0

Energia

34 0

36 0

38 0

39 0

40 0

41 3.500.000

42 3.500.000

43 32.750.000

ProtecçãodoAmbienteePrevençãodeRiscos

44 0

45 0

46 0

52 0

53 0

Reabilitação Urbana e Rural

61 0

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

Transportes

7

Pro

gram

ação

Fin

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ira

71P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Page 74: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

62 0

63 0

64 0

MelhoraroAcessoaoEmpregoeaSustentabilidade

65 0

66 0

67 0

68 0

69 0

70 0

MelhoraraInclusãoSocialdosMaisDesfavorecidos

71 0

MelhoraroCapitalHumano

72 0

73 0

74 0

InvestimentoemInfra-EstruturasSociais

75 0

TOTAl earmarking 2.728.750.000 87,9%

TOTAl PO 3.103.789.011 100%

CóDIGO MOntante(euROS,PReçOSCORRenteS)

Aumentar a Adaptabilidade dos Trabalhadores, das Empresas e dos Empresários

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1372

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75P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13

Modelo de Governação

Arquitectura Geral 76 Direcção Política do Programa Operacional 77 Gestão do Programa Operacional 77 Auditoria do Programa Operacional 81 Certificação das Despesas do Programa Operacional 83 Acompanhamento do Programa Operacional 83 Monitorização e Avaliação do Programa Operacional 84 Circuitos Financeiros 89 Intercâmbio Electrónico de Informação com a Comissão Europeia 90 Informação e Comunicação do Programa Operacional 91 Adjudicação de Contratos Públicos 92 Auxílios de Estado às Empresas 92 Compatibilidade com as Políticas de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 92 Contributo do Programa Operacional em Matéria de Controlo e Redução de Emissões de Gases

com Efeito de Estufa e de Promoção da Eficiência Energética 93 Igualdade de Oportunidades entre Homens e Mulheres no Processo de Concepção e Execução

do Programa Operacional 94

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DisposiçõesdeImplementação

Oquadro institucionaldeaplicaçãodoProgramaOperacionalTemáticoFactoresdeCompetitividade

obedeceàsdisposiçõesrelevantesdoRegulamento(CE)n.º1083/2006,doConselho,de11deJulhoe

doRegulamento(CE)n.º1080/2006,doParlamentoEuropeuedoConselho,de5deJulho,bemcomoàs

orientaçõesnacionaisque,namatéria,foramestabelecidaspeloQuadrodeReferênciaEstratégicoNa-

cional,semprejuízodedemaislegislaçãocomunitáriaenacionalsobreamesma,ououtroseventuais

documentoscomplementaresdeimplementaçãodoPrograma.

Arquitectura GeralAarquitecturadomodelodegovernaçãodoQRENedosProgramasOperacionais2007-2013,definida

pelaResoluçãodoConselhodeMinistrosn.º25/2006,de10deMarço,edesenvolvidanoQREN,estabe-

lecequeagovernaçãodosProgramasOperacionaisTemáticoscompreendetrêstiposdeÓrgãos:

• Dedirecçãopolítica,quecorrespondeaumaComissãoMinisterialdeCoordenação,constituí-

dapelosMinistroscomresponsabilidadesgovernativasmaisrelevantesnoâmbitodoPrograma

Operacionalecoordenadaporumdeles;

• Degestão,é a Autoridade de Gestão, que assegurará o exercício de competências definidas pe-

los regulamentos comunitários para as Autoridades de Gestão; a Autoridade de Gestão receberá

orientaçãopolíticadoórgãodedirecçãopolíticadoPO eprestaráasinformaçõesrelevantese

pertinentessobreaexecuçãodoPO,designadamentenoquerespeitaarealizações,resultadose

impactes,aosórgãostécnicosdecoordenaçãoemonitorizaçãoestratégica,operacionalefinan-

ceiradoQREN(ObservatóriodoQRENeInstitutoFinanceiroparaoDesenvolvimentoRegional),

deauditoriaecontrolo(Inspecção-GeraldeFinanças)edecertificação(InstitutoFinanceiropara

oDesenvolvimentoRegional);

• De acompanhamento, que corresponde à Comissão de Acompanhamento do PO, responsável

peloexercíciodascompetênciasdefinidasnosregulamentoscomunitáriosparaasComissõesde

Acompanhamento e que desempenha a missão essencial de assegurar a participação dos muni-

cípios, dos parceiros económicos e sociais e das entidades institucionais.

Porsuavez,observandooRegulamento(CE)n.º1083/2006,de11deJulho,queestabelecedisposi-

çõesgeraissobreosFundosedeterminaquesejamdesignadas,paracadaProgramaOperacional,

três autoridades, para além dos organismos competentes para receber os pagamentos efectuados pela

Comissãoeoorganismoouosorganismosresponsáveispelospagamentosaosbeneficiários,foiainda

estabelecido,nomodelodegovernaçãoglobal,quecadaProgramaOperacionalterá:

• Uma Autoridade de Gestão, que assume a responsabilidade pelo exercício de competências de

gestão, definidas pelos regulamentos comunitários e pela legislação nacional, para a globalidade

doPrograma;

• Uma Autoridade de Certificação, responsávelpela certificaçãodasdeclaraçõesdedespesase

dospedidosdepagamentoantesdosmesmosseremenviadosàComissãoEuropeia,competente

parareceberospagamentosefectuadospelaComissão.Estasfunçõesencontram-seatribuídas,

deformasegregada,aoInstitutoFinanceiroparaoDesenvolvimentoRegional(IFDR)paraoFEDER

eFundodeCoesãoeao InstitutodeGestãodoFundoSocialEuropeu (IGFSE)paraoFSE,que

assumemestaresponsabilidadepara todososProgramasOperacionais, tendoestesmesmos

organismosaindaporfunçãoassegurarosfluxosfinanceiroscomComissãoEuropeia;

• Uma Autoridade de Auditoria, que atesta a conformidade dos sistemas de gestão e de controlo

detodososProgramasOperacionais,sendoaindaresponsávelpelaemissãodeopiniãosobreos

sistemasdegestãoecontroloprevistosnaregulamentaçãocomunitária.Estasfunçõesserãoas-

sumidaspelaInspecção-GeraldeFinanças(IGF),designadacomoAutoridadedeAuditoriaúnica

doQRENparatodososProgramasOperacionais.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1376

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Direcção Política do Programa OperacionalOórgãodeDirecçãoPolíticaéaComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoPO,constituídapeloMinistro

daEconomiaedaInovação,quecoordena,peloMinistrodaJustiça,peloMinistrodaPresidênciaepelo

MinistrodaCiência,daTecnologiaedoEnsinoSuperior.

SerãochamadosaparticiparnasreuniõesdaComissãoMinisterialdeCoordenaçãooutrosMinistros

relevantesemrazãodasmatérias.

AComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoPOtemporfunções,nomeadamente:

a) AcoordenaçãopolíticaglobaldaexecuçãodosPOrespectivos;

b) Apromoçãodaparticipaçãoeconómica,socialeinstitucionalnoacompanhamentodosPOres-

pectivos;

c) AaprovaçãodosregulamentosespecíficosdosPOrespectivos;

d) OestabelecimentodeorientaçõespolíticasespecíficassobreagestãodosPOrespectivos;

e) Adefiniçãodastipologiasdeinvestimentoedeacçõesque,pelasuadimensãofinanceiraoupela

especial relevância dos seus objectivos, resultados ou efeitos, são objecto de confirmação da de-

cisãodefinanciamentopelaComissãoMinisterialdeCoordenação;

f) Adefinição,sobpropostadoGestor,dastipologiasdeinvestimentoedeacçõescujascandidaturas

afinanciamentopeloPOsãoobjectodeapreciaçãodeméritocomrecursoaentidadesexternas;

g) A aprovação dos contratos celebrados entre as Autoridades de Gestão e organismos intermédios

relativosàexecuçãodoPO;

h) AapreciaçãodaspropostasdosrelatóriosanuaisedorelatóriofinaldeexecuçãodoPO;

i) AapreciaçãoeaprovaçãodapropostadeplanodeavaliaçãodoPO;

j) AapreciaçãodosrelatóriosfinaisdeavaliaçãooperacionaldoPO;

l) AapreciaçãodaspropostasderevisãoedereprogramaçãodoPOedoQREN,semprejuízoda

competência,atribuídanestamatéria,àComissãodeAcompanhamentodoPO.

Gestão do Programa OperacionalOÓrgãodeGestãodoProgramaOperacionaléaAutoridadedeGestãoqueasseguraasresponsabilida-

desecompetênciasestabelecidaspeloartigo60.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006.

AAutoridadedeGestãodoPOécompostapelaComissãoDirectiva–constituídaporumGestor,que

preside,epordoisvogaisexecutivos-eporumSecretariadoTécnico.AAutoridadedeGestãodoPOé

responsávelpeloexercíciodecompetênciasdegestãoprofissionalparaoProgramaOperacional.

A Autoridade de Gestão, designada nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 60.º do Regulamento

(CE)n.º1083/2006,érepresentadapeloGestor,comaseguinteidentificação:

GestordoPOFactoresdeCompetitividade

RuaRodriguesSampaio,n.º13

1169-028Lisboa

SendodaresponsabilidadedaAutoridadedeGestãodoPOasseguraragestãoeaqualidadedaexecu-

çãodoProgramaOperacionaldeacordocomosprincípiosdeboagestãofinanceira,aAutoridadede

GestãodoPOéespecialmenteresponsávelpeloexercíciodasseguintescompetências:

a) ProporàComissãoMinisterialdeCoordenação,noâmbitodecadatipologiadeinvestimentossus-

ceptíveldefinanciamentopeloPO,regulamentoseaprovarorientaçõestécnicas,administrativas

efinanceirasrelativasàscandidaturasafinanciamentopeloPO,aoprocessodeapreciaçãodas

candidaturaseaoacompanhamentodaexecuçãodasoperaçõesfinanciadas;

b)ProporàComissãoMinisterialdeCoordenaçãoastipologiasdeinvestimentooudeacçãocujas

candidaturasafinanciamentopeloPOsãoobjectodeapreciaçãodemérito;

c) ApreciaraaceitabilidadeeoméritodascandidaturasafinanciamentopeloPO,assegurando,designa-

damente,queasoperaçõessãoseleccionadasemconformidadecomoscritériosaplicáveisaoPO;

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d) Assegurar-sedequesãocumpridasascondiçõesnecessáriasdecoberturaorçamentaldasope-

rações;

e) Assegurar a organização dos processos de candidaturas de operações ao financiamento pelo

PO;

f) Garantir o cumprimento dos normativos aplicáveis, designadamente nos domínios da concorrên-

cia, da contratação pública, do ambiente e da igualdade de oportunidades;

g) Assegurar a conformidade dos contratos de financiamento e dos termos de aceitação das ope-

raçõesapoiadascomadecisãode concessãodofinanciamentoeo respeitopelosnormativos

aplicáveis;

h) Verificar que foram fornecidos os produtos e os serviços financiados;

i) Verificar a elegibilidade das despesas;

j) Assegurarqueasdespesasdeclaradaspelosbeneficiáriosparaasoperaçõesforamefectuadas

nocumprimentodasregrascomunitáriasenacionais,podendopromoverarealizaçãodeveri-

ficaçõesdeoperaçõesporamostragem,deacordocomasregrascomunitáriasenacionaisde

execução;

l) Assegurarqueosbeneficiárioseoutrosorganismosabrangidospelaexecuçãodasoperações

mantêm um sistema contabilístico separado ou um código contabilístico adequado para todas as

transacçõesrelacionadascomaoperação,semprejuízodasnormascontabilísticasnacionais;

m)Asseguraracriaçãoeofuncionamentodeumsistemainformatizadoderecolhaetratamentodos

registoscontabilísticosdecadaoperaçãofinanciadapeloPO,bemcomoumarecolhadosdadossobre

aexecuçãonecessáriosparaagestãofinanceira,oacompanhamento,asverificações,asauditoriase

aavaliação,bemcomoparaamonitorizaçãoestratégica,operacionalefinanceiradoQREN;

n) Criaregarantirofuncionamentodeumsistemaadequadoefiáveldevalidaçãodasdespesase

assegurarqueaAutoridadedeCertificaçãorecebetodasasinformaçõesnecessáriassobreos

procedimentoseverificaçõeslevadosacaboemrelaçãoàsdespesascomvistaàcertificação;

o) Assegurar o exercício das actividades necessárias no âmbito das candidaturas e execução dos

projectos apoiados por programas de iniciativa comunitária ou por linhas orçamentais específicas

doorçamentocomunitário,designadamentenassituaçõesemqueseverifiquemcomplementari-

dadesentreosreferidosprojectoseosquesãofinanciadospelosrespectivosPO;

p) Fornecer,aoInstitutoFinanceiroparaoDesenvolvimentoRegional,asinformaçõesquelheper-

mitam,emnomedoEstado-membro, apreciar e transmitir àComissãoEuropeia, nos termos

regulamentarescomunitários,aspropostasrelativasagrandesprojectos.EstafunçãodoIFDR

será desempenhada por um serviço funcionalmente independente dos serviços de auditoria e de

certificação;

q) ElaborareasseguraraexecuçãodoplanodecomunicaçãodoPOegarantirocumprimentodos

requisitos em matéria de informação e publicidade estabelecidos nos normativos comunitários e

nacionais;

r) ParticiparnaelaboraçãodoplanoglobaldeavaliaçãodoQRENedosPOeelaboraroplanode

avaliaçãodoPO;

s) AssegurarqueasavaliaçõesoperacionaisdoPOsãorealizadasemconformidadecomasdispo-

siçõescomunitáriasecomasorientaçõesnacionaisaplicáveis;

t) SubmeteràapreciaçãodaComissãoTécnicadeCoordenaçãodoQRENpropostasderevisãoede

reprogramaçãodoPO,eventualmenteenvolvendoreprogramaçõesnoutrosPO;

u) Assegurar a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução

para a elaboração dos indicadores de acompanhamento e para os estudos de avaliação estratégi-

ca e operacional;

v) Assegurar a criação e o funcionamento de um sistema de controlo interno que previna e detecte as

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situaçõesdeirregularidadeepermitaaadopçãodasmedidascorrectivasoportunaseadequadas;

x) Elaborare,apósapreciaçãopelaComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoPOeaprovaçãopela

ComissãodeAcompanhamentodoPO,apresentaràComissãoEuropeiaosrelatóriosanuaise

finaldeexecuçãodoPO;

z) ElaboraradescriçãodosistemadegestãoecontrolointernodoPO;

aa) Aprovarouproporaaprovação,pelaComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoPO,dascandidatu-

rasafinanciamentopeloPOque,reunindocondiçõesdeaceitabilidade,tenhamméritoadequado

parareceberapoiofinanceiro,bemcomoconfirmarasdecisõesdeaprovaçãodosorganismos

intermédios;

ab) Celebrarcontratosdefinanciamentoeassinartermosdeaceitaçãorelativosàsoperaçõesapro-

vadaseacompanhararealizaçãodosinvestimentosouaexecuçãodasacções;

ac) TransmitirosrelatóriosdeexecuçãodoPO,apósaprovação,àAssembleiadaRepúblicaeaoCon-

selhoEconómicoeSocial.

PodemserdelegadascompetênciasnoGestor,quepresideàComissãoDirectiva.

OexercíciodascompetênciasdaAutoridadedeGestãoéapoiadoporumSecretariadoTécnico.

OSecretariado Técnico do PO tempormissãoapoiartecnicamenteoGestoreaComissãoDirectiva

noexercíciodassuascompetências.OsresponsáveispeloSecretariadoTécnicopodemparticiparnas

reuniõesdaComissãoDirectiva,semdireitoavoto.

OapoiotécnicodeentidadesexternasàAutoridadedeGestão,naapreciaçãodeméritodecandidaturas,

temnaturezaconsultiva.

AorganizaçãoeofuncionamentodaAutoridadedeGestãodoPOasseguramaprevençãodeeventuais

conflitosdeinteresse,tendoespecialmenteemcontaasdisposiçõesconstantesdosartigos24.ºe44.º

doCódigodeProcedimentoAdministrativo(Decreto-Lein.º442/91,de15deNovembro,alteradopelo

Decreto-Lein.º6/96,de31deJaneiro).

OsbeneficiáriosdoPOnãoparticiparãonascorrespondentesdecisõesdefinanciamento,salvaguarda-

da a especificidade da Assistência Técnica.

Gestão de Sistemas de Incentivos

Critériogeraldedistribuição: os projectos promovidos por micro e pequenas empresas e candidatos a

qualquerumdosSistemasdeIncentivosserãoco-financiadospelosPORegionais.Complementarmen-

te,oPOFactoresdeCompetitividadeco-financiaráosprojectosdasmédiasedasgrandesempresas.

TendoemcontaqueasintervençõesFEDERnasregiõesdeLisboaedoAlgarveseconcentramapenas

nosrespectivosPORegionais,serãoapoiados,poressesdoisPORegionais,osprojectospromovidos,

quer por micro e pequenas empresas, quer por médias e grandes empresas.

Todas as candidaturas serão sujeitas às seguintes regras comuns de processamento:

a) AspropostasdecandidaturaafinanciamentopelosPOreferidossãoapresentadaspelos res-

pectivosbeneficiáriosnoportaldesistemasde incentivosao investimentoprodutivodoQREN,

através de formulários electrónicos;

b) Odesenvolvimentoeamanutençãodoportaldesistemasdeincentivosaoinvestimentoprodutivo

doQRENsãodaresponsabilidadedaAutoridadedeGestãodoPOFactoresdeCompetitividade;

c) AspropostasdecandidaturaafinanciamentopelosPOreferidossãodistribuídas,deformaauto-

máticaeporviaelectrónica,àsAutoridadesdeGestãodoPOpertinente,bemcomoàsentidades

públicas de âmbito nacional e regional responsáveis pela verificação ou confirmação das condi-

çõesdeaceitabilidade;

d) AsAutoridadesdeGestãodosPOasseguramaapreciaçãodoméritodaspropostasdecandidatura;

e) AsAutoridadesdeGestãodosPOapresentamàComissãodeSelecçãodosSistemasdeIncentivos

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aoInvestimentoProdutivodoQREN,atravésdosrespectivosGestores,aspropostasdecandida-

turaquereúnamcondiçõesdeaceitabilidade,emconjuntocomoscorrespondentespareceresde

apreciação de mérito;

f) AComissão deSelecção, emsessão presidida peloGestor doPOpotencialmente financiador,

aprecia as propostas apresentadas e aprova uma proposta de decisão de financiamento;

g) AAutoridadedeGestãodoPOfinanciadoraprovaoupropõeaaprovação,pelaComissãoMiniste-

rialdeCoordenaçãorespectiva,dadecisãodefinanciamentodapropostadecandidatura,tendo

em conta a proposta de decisão de financiamento referida na alínea anterior;

h) A decisão de financiamento, a que se refere a alínea anterior, é transmitida às entidades públicas

competentes, para efeitos de celebração do contrato de financiamento com o beneficiário.

As despesas respeitantes à criação e manutenção do sistema de informação, bem como as despesas

respeitantesaosmeiosdecomunicaçãoquevenhamaserutilizadospelaComissãodeSelecção,são

suportadaspeloPOAssistênciaTécnicaFEDER.

SínteSeDOMODelODeGeStãODeSISteMaSDeInCentIvOS

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Delegação de Competências de Gestão

Tendoemcontaodispostononúmero2doartigo59.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006eemconso-

nânciacomasdisposiçõesdosartigos42.ºe43.ºdomesmoRegulamento,poderáserdelegado,em

organismosintermédios,oexercíciodefunçõesdaAutoridadedeGestão.

A referida delegação, resultante de acordo formal entre a Autoridade de Gestão e o organismo intermé-

dio, terá de observar designadamente o seguinte:

a) Todasasformasdedelegaçãodefunçõesemorganismosintermédiosserãoobjectodeumcon-

trato escrito entre as partes, especificando as responsabilidades dos contratantes;

b) Qualquerformadedelegaçãodefunçõesemorganismosintermédios implicaráoprévioesta-

belecimentodatipologiadasoperaçõescujaexecuçãoéobjectodedelegação,daestratégiade

desenvolvimento inerente e que justifica essa modalidade de gestão, dos objectivos quantifica-

dos a alcançar e a especificação das consequências de eventuais incumprimentos e, bem assim,

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das responsabilidades formalmente assumidas pelas entidades contraentes no cumprimento das

normasedisposiçõesnacionaisecomunitáriasaplicáveis;

c) Oconteúdodecadadelegaçãodefunçõesemorganismos intermédiosrespeitaráaoperações

incluídasnumúnicoProgramaOperacionaleaprestaçãodeinformaçõessobreoexercíciodas

funçõesdelegadas,designadamenteosRelatóriosdeExecuçãodasentidadesintermédias,será

estruturadadeacordocomoscorrespondentesEixosPrioritários;

d) As competências das Autoridades de Gestão, que sejam objecto de delegação em organismos

intermédiosatravésdesubvençõesglobais,nãosãosusceptíveisdesub-delegação;

e) Nãosãosusceptíveisdedelegaçãoemorganismosintermédios,nemdeintegraçãoemsubven-

çõesglobais,ascompetênciasrelativasacertificação,auditoriaecontrolo,semprejuízodapres-

tação de serviços de auditoria e controlo por entidades públicas ou privadas, incluindo auditores

externos;

f) Oexercíciodefunçõesquesejamdelegadasemorganismosintermédiosrespeitaosregulamen-

tos,asorientaçõestécnicas,administrativasefinanceiraseasdisposiçõessobreapreciaçãode

méritoaplicáveisaoPO;

g) Adelegaçãodefunçõesemorganismosintermédiosnãoprejudicaaresponsabilidadefinanceira

das Autoridades de Gestão e do Estado.

SistemadeInformação

OsistemadegestãodoPOintegraoSistemadeInformação, que compreende todas as actividades que

permitamrecolher,validar,tratar,transmitireutilizarinformaçãoaolongodociclodevidadasopera-

ções,visandoapoiaragestão,oacompanhamentoeaavaliaçãodoPOepromoverasuadivulgação.

Nestecontexto,oSistemadeInformaçãocompreendedoisníveisdeacesso:odesuporteàsactividades

de gestão, acompanhamento, avaliação e controlo e o de informação para divulgação, acessível a todos

ospotenciaisinteressados,comoobjectivodeasseguraramaioruniversalizaçãodopúblico-alvousan-

do, designadamente, a Internet.

Oacessoàinformaçãoteráemcontadiferentesníveisdeperfisdeutilização,privilegiando-seautiliza-

ção de tecnologias de informação intuitivas e amigáveis.

CaberáaoGestordoPOadefiniçãodorespectivoSistemadeInformaçãoeàAutoridadedecertifi-

caçãodoFEDER/FCestabelecerosprocedimentoserequisitosparaasuaaceitação,inicialeconti-

nuada.

OSistemade Informação,emrede,doProgramaOperacional integra,paraefeitosdossistemasde

incentivos,asestruturasdegestãodetodososProgramasRegionaisdoContinente,parapromovera

coerência no apoio às empresas através de sistemas de incentivos e para cumprimento da tramitação

do ciclo de vida das candidaturas.

OSistemadeInformaçãocomportaráosdadosrelativosaoFundoqueintervémnoPrograma,tendoem

consideração as suas características próprias, sendo asseguradas a compatibilidade e a transferência

automáticadedadosparaoSistemadeInformaçãodeGestãoeAuditoriadoQREN(SIGA).

Auditoria do Programa OperacionalAs responsabilidades de auditoria serão exercidas como se explicita em seguida.

A Autoridade de Auditoria,noquadrododispostonoartigo62.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006,

seráexercidapelaInspecção-GeraldeFinanças(IGF),aqualéespecialmenteresponsávelpeloexercí-

cio das seguintes competências:

a) Assegurarquesãorealizadasauditoriasafimdeverificarofuncionamentodosistemadegestão

e de controlo do programa operacional;

b) Assegurarquesãoefectuadasauditoriasecontrolossobreoperaçõescombaseemamostragens

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adequadas que permitam verificar as despesas declaradas, nos termos definidos no âmbito do

sistemadeauditoriaecontrolodoQREN;

c) ApresentaràComissãoEuropeia,numprazodenovemesesapósaaprovaçãodoPrograma,uma

estratégiadeauditoriaque incluaosorganismosque irão realizarasauditorias referidasnos

doispontosanteriores,ométodoautilizar,ométododeamostragemparaasauditoriasdasope-

raçõeseaplanificaçãoindicativadasauditorias,afimdegarantirqueosprincipaisorganismos

são controlados e que as auditorias são repartidas uniformemente ao longo de todo o período de

programação;

d) Até31deDezembrodecadaano,duranteoperíodode2008a2015:

- ApresentaràComissãoEuropeiaumRelatórioAnualdeControloqueindiqueosresultadosdas

auditoriaslevadasacaboduranteoanteriorperíodode12mesesqueterminouem30deJu-

nhodoanoemcausa,emconformidadecomaestratégiadeauditoriadoPrograma,eprestar

informaçõessobreeventuaisproblemasencontradosnosSistemasdeGestãoeControlodo

Programa.OprimeiroRelatório,aserapresentadoaté31deDezembrode2008,deveabranger

operíodode1deJaneirode2007a30deJunhode2008.Asinformaçõesrelativasàsaudito-

riasrealizadasapós1deJulhode2015devemserincluídasnoRelatóriodeControlofinalque

acompanha a declaração de encerramento;

- Emitir um parecer, com base nos controlos e auditorias efectuados sob a sua responsabilidade,

sobreseosistemadegestãoecontrolofuncionadeformaeficaz,demodoadargarantiasra-

zoáveisdequeasdeclaraçõesdedespesasapresentadasàComissãoEuropeiasãocorrectas

e,consequentemente,dargarantiasrazoáveisdequeastransacçõessubjacentesrespeitama

legalidade e a regularidade;

- Apresentar,senecessário,nostermosdoartigo88.º,umadeclaraçãodeencerramentoparcial

que avalie a legalidade e a regularidade das despesas em causa;

e) ApresentaràComissãoEuropeia,até31deMarçode2017,umadeclaraçãodeencerramentoque

avalie a validade do pedido de pagamento do saldo final e a legalidade e regularidade das transac-

çõessubjacentesabrangidaspeladeclaraçãofinaldedespesas,acompanhadadeumrelatóriode

controlo final.

A Estrutura de Auditoria SegregadadoIFDR,IP(FEDEReFC)executará,directamenteouatravésde

contratação com entidades externas, tomando em consideração as competências da Autoridade de Au-

ditoria,asauditoriasemoperações,designadamentenoquerespeitaa:

a) Elaboraçãodapropostadeplanosanuaisdeauditoriaaoperações,incluindoaelaboraçãodas

respectivas amostras, a apresentar à Autoridade de Auditoria;

b) Realizaçãodeauditoriasaoperações,commeiosprópriosoucomrecursoaauditoresexternos;

c) Realizaçãodeacçõesdecontrolocruzadojuntodeoutrasentidadesenvolvidas,afimdeteraces-

soàsinformaçõesconsideradasnecessáriasaoesclarecimentodosfactosobjectodaauditoria.

Esta estrutura segregada é independente de todas as restantes unidades do respectivo organismo e

opera segundo linhas de reporte próprias.

A Comissão Técnica de Auditoria,compostapelaIGF,quecoordena,epelasEstruturasdeAuditoria

SegregadasdoIFDR,IPedoIGFSE,IPque,semprejuízodascompetênciasespecíficasdaAutoridade

de Auditoria, tem por objectivo:

a) ProporàAutoridadedeAuditoriaoprocessodeplaneamentoanualdasauditoriasemoperações,

em conformidade com a estratégia de auditoria;

b) Identificarosrequisitosdosistemadeinformaçãoparaasauditoriasemoperações,permitindoa

monitorizaçãopelaComissãoTécnicadeAuditoriadetodaarespectivaactividade;

c) Elaborarapropostadeorientaçõessistematizadorasparaasentidadesqueexercemresponsabi-

lidades de auditoria, a apresentar à Autoridade de Auditoria;

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d) PromoverarealizaçãoperiódicadeencontrosdeinformaçãocomasAutoridadesdeGestão.

Oexercíciodasresponsabilidadesdeauditoriatemaindaemconta:

a) Legislação nacional e comunitária aplicável;

b) Manuaisdeauditoria;

c) ManuaisdeprocedimentosdasAutoridadesdeCertificaçãoeAutoridadesdeGestão.

Certificação das Despesas do Programa OperacionalA Autoridade de Certificação,naacepçãodoartigo61.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006,seráexer-

cidapeloInstitutoFinanceiroparaoDesenvolvimentoRegional(IFDR,IP)noquerespeitaaoFEDERe

FC,queserádesignadamenteresponsávelpor:

a) ElaborareapresentaràComissãoEuropeiadeclaraçõesdedespesascertificadasepedidosde

pagamento,combaseeminformaçõesdisponibilizadaspelaAutoridadedeGestão;

b) Certificarque:

- A declaração de despesas é exacta, resulta de sistemas de contabilidade fiáveis e se baseia em

documentos justificativos verificáveis,

- As despesas declaradas estão em conformidade com as regras comunitárias e nacionais apli-

cáveiseforamincorridasemrelaçãoaoperaçõesseleccionadasparafinanciamento,emcon-

formidadecomoscritériosaplicáveisaoProgramaecomasregrasnacionaisecomunitárias;

c) Assegurar,paraefeitosdecertificação,querecebeu informaçõesadequadasdaAutoridadede

Gestãosobreosprocedimentoseverificaçõeslevadosacaboemrelaçãoàsdespesasconstantes

dasdeclaraçõesdedespesas;

d) Ter em conta, para efeitos de certificação, os resultados de todas as auditorias efectuadas pela

AutoridadedeAuditoriaoupelaestruturadeauditoriasegregadadoIFDR,IP;

e) AssegurarosfluxosfinanceiroscomaComissãoEuropeia;

f) Desenvolverosprocedimentosnecessáriosparagarantiracompatibilizaçãoentreossistemasde

informaçãodasAutoridadesdeGestãoeosistemadeinformaçãodaAutoridadedeCertificação;

g) ManterregistoscontabilísticosinformatizadoseactualizadosdasdespesasdeclaradasàComis-

são Europeia;

h) Manteroregistodosmontantesarecuperaredosmontantesretiradosnasequênciadaanulação,

na totalidade ou em parte, da participação numa operação, tendo em conta que os montantes re-

cuperadosdevemserrestituídosaoOrçamentoGeraldaUniãoEuropeiaantesdoencerramento

dosPO,mediantededuçãoàdeclaraçãodedespesasseguinte;

i) EmitirnormaseorientaçõestécnicasqueapoiemoadequadoexercíciodasfunçõesdaAutoridade

deGestãoequefavoreçamobomexercíciodasfunçõesatribuídasàAutoridadedeCertificação.

OIFDR,IPasseguraoestabelecimentoeofuncionamentoeficazdesistemasdeinformação,noâmbito

dassuasatribuiçõesespecíficas,eotratamentodedadosfísicosefinanceirossobreaexecuçãodoQREN,

cujacoerênciaearticulaçãofuncionaléasseguradapelaComissãoTécnicadeCoordenaçãodoQREN.

AsfunçõesdaAutoridadedeCertificaçãonãosãodelegáveis.

Acompanhamento do Programa OperacionalOacompanhamentodoProgramaOperacionalseráefectuadopelaComissãodeAcompanhamentodo

Programa,queserácriadano prazo de três meses a contar da data de notificação da decisão que apro-

vaoPO.

AComissão de Acompanhamento é presidida peloGestor doPO e composta ainda pelos seguintes

membros:

a) UmrepresentantedecadamembrodaComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoPO;

b) OsrestantesmembrosdaComissãoDirectiva;

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c) Um representante de cada organismo intermédio com o qual a Autoridade de Gestão tenha esta-

belecido um contrato de delegação de competências;

d) UmrepresentantedaAutoridadedeCertificaçãodoFEDEReFC;

e) UmrepresentantedaANMP;

f) QuatrorepresentantesdosparceiroseconómicosesociaisnomeadospeloCES,incluindoumre-

presentantedeOrganizaçõesnãoGovernamentaisdaáreadoAmbiente;

g) Um representante da área da igualdade de género.

AComissãodeAcompanhamentointegrarepresentantesdaComissãoEuropeiaatítuloconsultivo.

AComissãodeAcompanhamentopodeintegrarrepresentantesdoBancoEuropeudeInvestimentoedo

FundoEuropeudeInvestimento,atítuloconsultivo.

OObservatóriodoQREN,oCoordenadorNacionaldaEstratégiadeLisboaedoPlanoTecnológico,a

AutoridadedeAuditoria,oDepartamentodeProspectivaePlaneamento,aAutoridadedeCertificação

doFSE,asAutoridadesdeGestãodosoutrosPOTemáticosedosPORegionaispodemparticiparnas

reuniõesdaComissãodeAcompanhamento,naqualidadedeobservadores.

Osmembrosobservadoresdevemserinformadosdasrespectivasagendasemsimultâneocomosres-

tantes membros.

AComissãodeAcompanhamentodesempenhaassuasatribuiçõesemconformidadecomoartigo65.º

doRegulamento(CE)n.º1083/2006,competindo-lhedesignadamente:

a) Analisareaprovaroscritériosdeselecçãodasoperaçõesfinanciáveiseaprovarrevisõesoualte-

raçõesdessescritérios;

b) ExaminarperiodicamenteosprogressosrealizadosnaprossecuçãodosobjectivosdoPO,desig-

nadamentenoquerespeitaàrealizaçãodosobjectivosespecíficosfixadosparacadaumdosEixos

Prioritários;

c) AnalisareaprovarosrelatóriosanuaisdeexecuçãoeorelatóriofinaldeexecuçãodoPO;

d) AnalisarosresultadosdasavaliaçõesestratégicaseoperacionaisrelevantesparaoPOeapre-

sentaràAutoridadedeGestãopropostasderealizaçãodeavaliações,designadamentequandoos

desviosentreosprogressosverificadoseosobjectivosfixados,emcadaEixoPrioritário,forem

considerados quantitativa ou qualitativamente significativos;

e) Receberinformaçãoeanalisarasconclusõesdorelatóriodecontroloanualoudapartedore-

latórioqueserefereaoPO,bemcomosobreeventuaisobservaçõespertinentesexpressaspela

ComissãoEuropeiaapósarespectivaanálise;

f) ApresentaràAutoridadedeGestãopropostasderevisãoouprocederaanálisesdoPOsusceptí-

veisdecontribuirparaarealizaçãodosobjectivosdosFundosComunitáriosreferidosnaregula-

mentaçãoeuropeiaoudemelhoraragestãodoPO,nomeadamenteasuagestãofinanceira;

g) ExaminareaprovareventuaispropostasdealteraçãodoconteúdodadecisãodaComissãoEuro-

peiarelativaàparticipaçãodosFundosComunitários.

Monitorização e Avaliação do Programa OperacionalAfimdepromoverumagestãoinformadaeeficientedaaplicaçãodosFundos,serádadaparticularim-

portânciaàfunçãodemonitorizaçãodoPO,paraaqualcontribuirão,deformaarticulada,ossistemasde

indicadoresdeacompanhamentoedesempenhoeasavaliaçõesdecarácterestratégicoouoperacional.

Autilizaçãodosindicadoresdeacompanhamentoededesempenho–financeiros,deimplementação,de

realizaçãofísicaoudeproduçãoderesultados–deveráproporcionar,aosistemadegestãoeacompa-

nhamentodoPrograma,umainformaçãoregularsobreoestadodarespectivaexecução.

Arealizaçãodeavaliações,aolongodoperíododeprogramação,permitiráobterinformação,numabase

derelativacontinuidade,sobreaconcretizaçãodosobjectivosdoProgramaOperacionalnasuarelação

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’1384

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comocontextosocioeconómicoexternoedoseucontributoparaasprioridadesestratégicasdoQREN,

constituindo, assim, um mecanismo essencial de apoio ao processo de decisão e à orientação política do

POe,emparticular,paraidentificareventuaisnecessidadesdealteraçãoameiodepercurso.

Sistema de Indicadores do Programa Operacional

OsistemadeindicadoresdoProgramaOperacionalcompreendeumconjuntoalargadodeindicadores

destinadoafornecer,comcaráctersistemático,informaçãosobreaevoluçãodasoperações,estando

localizado,porregra,comomóduloautónomodoSistemadeInformaçãodoPO.

ÀAutoridadedeGestãodoPOcompetemanteractualizadasasbasesdedadosnecessáriasàalimenta-

çãodosindicadorese,bemassim,observarefazerobservarasregrasadequadasderecolhaeproces-

samento de dados, com vista a garantir a sua disponibilidade, actualidade, fiabilidade e credibilidade.

Osindicadoresderealizaçãoederesultado,definidosaoníveldecadaEixoPrioritário,correspondem

aonúcleocentraldoSistemade Indicadores, sendoparticularmente relevantesparaaferir, comoé

determinadopeloartigo37.ºdoRegulamento1083/2006,odesempenhodoPOnaconcretizaçãodos

objectivosespecíficosdosEixosPrioritárioseosprogressosalcançadosemrelaçãoàsituaçãodere-

ferência diagnosticada.

OSistemadeIndicadoresdoPOincluiráosindicadorescomunitárioscomuns,incluídosnatabelaseguin-

te.Tendoemconsideraçãoasuafunçãoprimordialdepermitirrecolheresistematizarinformaçãocom-

parável e agregável à escala comunitária, as metodologias de cálculo destes indicadores serão objecto de

documentometodológicocomumatodososPOfinanciadospeloFEDERoupeloFundodeCoesão,aser

elaboradoemconjuntopeloObservatóriodoQREN,peloIFDR,IPepelasAutoridadesdeGestão.

tabela–InDICaDOReSCOMunSCe

InDICaDOReSCOMunS(Ce)PaRaOFeDeReOFunDODeCOeSãO eIxOSRelevanteS

Emprego criado

1. Empregos criados (empregos directos criados, em equivalente tempo inteiro) TotaldoPO

2. dos quais: homens TotaldoPO

3. dos quais: mulheres TotaldoPO

Áreas Temáticas

InvestigaçãoeDesenvolvimento

Tecnológico

4.N.ºdeprojectosdeI&DT TotaldoPO

5.N.ºdeprojectosdecooperaçãoempresas-instituiçõesdeinvestigação 1

6. Empregos na investigação criados 1

Ajudas directas ao investimento

nasPME

7.N.ºdeprojectos 2 e 3

8.dosquais:n.ºdestart-ups apoiadas (empresas com menos de dois anos) 2 e 3

9.Empregoscriados(emequivalentetempointeiro) 2 e 3

10.Investimentototalinduzido(emmilhõesdeeuros) 2 e 3

SociedadedeInformação

11.N.ºdeprojectos TotaldoPO

12. Acréscimo de população com acesso à banda larga NãoAplicável

Transportes

13.N.ºdeprojectos NãoAplicável

14.N.ºdeKmdenovasestradas NãoAplicável

15.dasquais:RTE NãoAplicável

16.N.ºdeKmdeestradasreconstruídasouremodeladas NãoAplicável

17.N.ºdeKmdenovasferrovias NãoAplicável

18.dasquais:RTE NãoAplicável

19.N.ºdeKmdeferroviasreconstruídasouqualificadas NãoAplicável

20. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de estradas (mercadorias e passageiros) NãoAplicável

21. Valor (em euros/ano) dos ganhos nos tempos de percurso, gerado pelos projectos de construção e reconstrução de ferrovias (mercadorias e passageiros) NãoAplicável

22.Acréscimodepopulaçãoservidaporintervençõesdeexpansãodesistemasde transporte urbanos NãoAplicável

Energias Renováveis

23.N.ºdeprojectos TotaldoPO

24.Capacidadesuplementardeproduçãodeenergiaapartirdefontesrenováveis(emMWh) TotaldoPO

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Ambiente

25.Acréscimodepopulaçãoservidanossistemasdeabastecimentodeáguaintervencionados NãoAplicável

26. Acréscimo de população servida nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais intervencionados NãoAplicável

27.N.ºdeprojectosderesíduossólidos NãoAplicável

28.N.ºdeprojectosvisandoamelhoriadaqualidadedoar NãoAplicável

29.Áreareabilitada(emkm2)noâmbitodeintervençõesderecuperaçãodepassivosambientais (áreas degradadas e contaminadas) NãoAplicável

AlteraçõesClimáticas 30.Reduçãodeemissõesdegasescomefeitodeestufa(CO2equivalentes,kt) 2

PrevençãodeRiscos

31.N.ºdeprojectos NãoAplicável

32.Populaçãoquebeneficiademedidasdeprotecçãocontracheiaseinundações NãoAplicável

33.Populaçãoquebeneficiademedidasdeprotecçãocontraincêndioseoutrosriscosnaturaisetecnológicos(exceptocheiaseinundações) NãoAplicável

Turismo34.N.ºdeprojectos TotaldoPO

35.N.ºdeempregoscriados(emequivalentetempointeiro) TotaldoPO

Educação36.N.ºdeprojectos NãoAplicável

37.N.ºdealunosquebeneficiamdasintervenções NãoAplicável

Saúde 38.N.ºdeprojectos TotaldoPO

Reabilitação Urbana

39.N.ºdeprojectosqueasseguramasustentabilidadeemelhoramaatractividadedas cidades TotaldoPO

CompetitividadedasCidades

40.N.ºdeprojectosquevisamestimularaactividadeempresarial,oempreendedorismoeautilizaçãodasnovastecnologias TotaldoPO

InclusãoSocial 41.N.ºdeprojectosdirigidosaosjovenseàsminorias,quevisampromoveraofertade serviços para a igualdade de oportunidades e a inclusão social NãoAplicável

Outrosindicadores,referentesàexecuçãoorçamentalouàqualidadedosmecanismosdeimplemen-

tação,àsrealizaçõesapoiadaspeloPOouaosresultadosquedelasdecorrem,poderãoserincluídos

noSistemadeInformação,aindaquenãodirectamenteassociadosàaferiçãododesempenhodoPOe

nãotendometaspreviamenteestabelecidas.ÀAutoridadedeGestãodoPOcompetearticularasneces-

sidadesdeinformaçãodestanatureza,designadamenteaquedecorredasfunçõesdemonitorização

estratégicaeoperacionaldoQREN.

Avaliação On going

ORegulamentoGeraldosFundosEstruturaisedeCoesão(Regulamenton.º1083/2006)define,como

objectivogeraldaavaliaçãonoâmbitodaPolíticadeCoesão,ode“melhoraraqualidade,eficáciaea

coerênciadaintervençãodosFundoseaestratégiaeexecuçãodosprogramasoperacionais,noque

respeitaaosproblemasestruturaisespecíficosqueafectamosEstados-Membroseasregiõesemcau-

sa, tendo em conta o objectivo do desenvolvimento sustentável e a legislação comunitária pertinente em

matériadeimpactoambientaledeavaliaçãoambientalestratégica”.

Opróximoperíododeprogramaçãoexperimentaráumainovaçãomuitosignificativaemmatériadecon-

cepção geral da avaliação, marcada sobretudo por uma perspectiva mais flexível do que no passado.

Assim, em alternativa a um processo de avaliação, no essencial, definido a priori–consubstanciado,no

período2000-2006,numexercíciomuitoabrangenteecomplexo,relativamenteestandardizadodeava-

liaçãointercalardetodososProgramasOperacionais–oRegulamentoapontaparaumaabordagemda

avaliação“àmedidadasnecessidades”doprocessodedecisãopolíticaedeumagestãomaiseficiente

dos recursos disponíveis.

Nessesentido,oQRENestabelece,deacordocomasdisposiçõesregulamentaresaplicáveis,osprin-

cípios que devem orientar a actividade de avaliação a desenvolver, por iniciativa das autoridades nacio-

nais,duranteoperíododeexecuçãodasintervençõesco-financiadaspelosFundosEstruturais.

Sublinha,emparticular,queseráelaboradoumplanodeavaliaçãoenglobandoasavaliaçõesdenature-

zaestratégicaeoperacional,arealizartantoaoníveldoQRENcomodosProgramasOperacionais,cuja

aprovaçãocompeteàComissãoMinisterialdeCoordenação,sobpropostadoObservatóriodoQREN.

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Esta perspectiva integrada da avaliação on going implica um adequado enquadramento institucional e

um exigente processo de planeamento da avaliação.

A avaliação on goingdoProgramaOperacionalasseguraocumprimentododispostodon.º3doartigo

48.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006.

AComissãodeAcompanhamentoapresenta,àAutoridadedeGestão,propostasderealizaçãodeavalia-

ções,nomeadamentequandoosdesviosentreosprogressosverificadoseosobjectivosfixadosemcada

EixoPrioritárioforemconsiderados,quantitativaouqualitativamente,significativos,éinformadasobre

osresultadosdasavaliaçõesrealizadasduranteaexecuçãodoProgramaeexaminaperiodicamenteos

progressosrealizadosnaprossecuçãodosobjectivosdoPO,designadamentenoquerespeitaàrealiza-

çãodosobjectivosespecíficosfixadosparacadaumdosEixosPrioritários.

Quadro Institucional para o Planeamento e Operacionalização da Avaliação

OplaneamentoeaoperacionalizaçãodaavaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionaisterãocomo

suporteoseguintequadroorganizativo:

- RededeavaliaçãodoqRen2007-2013,compostapeloObservatóriodoQREN,quecoordena,por

representantesdosCentrosdeRacionalidadeTemáticaedosCentrosdeObservaçãodasDinâmi-

casRegionais,porrepresentantesdasAutoridadesdeCertificaçãoedasAutoridadesdeGestão

dosProgramasOperacionais;

- unidadesdeavaliação, entendidas como órgãos tecnicamente competentes para, ao nível de

cadaProgramaOperacional,apoiaragestãonoplaneamento, lançamentoeacompanhamento

dosexercíciosdeavaliaçãoarealizarnoperíodo2007-2013,tantodenaturezaoperacionalcomo

denaturezaestratégica.

ARededeAvaliaçãodoQRENtemcomofunçõesprincipaiscontribuirparaapreparaçãoeacompanhar

aexecuçãodoPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionais2007-2013,sistematizandoa

informaçãoeaspropostasdeexercíciosdeavaliaçãoarealizarporiniciativadasdiferentesentidades

representadas,nosentidodasuaharmonizaçãoearticulação.

ARededeAvaliaçãodoQRENassumeumaparticularresponsabilidadenofomentodavalorizaçãodos

exercícios de avaliação, assegurando a prossecução dos princípios da independência, da parceria e da

transparência da avaliação.

Oprincípiodaindependênciatraduz-senarealizaçãodeexercíciosdeavaliaçãoporentidades,internas

ouexternasàAdministraçãoPública,masfuncionalmenteindependentesdasAutoridadesdeGestão

edasentidadescomresponsabilidadesnaMonitorizaçãoEstratégicaouOperacionaldoQRENedos

ProgramasOperacionais.

Oprincípiodaparceriatraduz-senoestímuloàparticipaçãodosagentesrelevantesaolongodoprocessode

planeamentoeoperacionalizaçãodasavaliações,bemcomodedivulgaçãoeanálisedosseusresultados.

Oprincípiodatransparênciatraduz-senadivulgaçãodosresultadosrelevantesdasavaliações,bem

comonasuautilizaçãocomorecursoparaaqualificaçãododebatepúblico.

Follow Up dasRecomendações

Éadoptadooprincípiodarespostaobrigatóriaàsrecomendaçõesdaavaliação,comoobjectivodevalo-

rizaropapeldaavaliaçãoeasuaorientaçãoparaaacção.

Competeàsentidadesresponsáveispelarealizaçãodaavaliaçãoeaquemsedestinamasrecomen-

dações(AutoridadesdeGestão,ÓrgãosdeMonitorizaçãoEstratégicaouOperacionais)pronunciar-se

sobreasrecomendaçõesefectuadas,aceitando-asoujustificandoasuarejeição.

IncumbeaoObservatóriodoQREN,aoIFDR,IPeaoIGFSE,IParesponsabilidadepelacoordenaçãodo

processo de follow updasrecomendaçõesdasavaliações,nasmatériasdenaturezaestratégicaenas

matériasdenaturezaoperacionaldoFEDERedoFSE,respectivamente.

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Asconclusõesdasavaliaçõese,emespecial,dasdecarácterestratégicodevemserapresentadase

sujeitasaanálisepelasentidadescomresponsabilidadesespecíficasnoacompanhamentodosPro-

gramasOperacionais–ComissõesdeAcompanhamentoeÓrgãosdeAconselhamentoEstratégicodos

ProgramasOperacionaisRegionaisdoContinente.

Plano de Avaliação

OPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionais2007-2013ésujeitoaactualizaçãoanual

com vista à sua adaptação às necessidades de orientação política e/ou de gestão.

ParaaelaboraçãodapropostadePlanoasersubmetidaàComissãoMinisterialdeCoordenaçãodo

QRENcontribuemtodasasentidadesrepresentadasnaRededeAvaliaçãodoQREN,namedidadoseu

âmbitodecompetênciaseatribuições.

OPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionaisincluiumalistaindicativadosexercícios

deavaliaçãoprevistose,paracadaumdessesexercícios,osseguinteselementos:asuanatureza(es-

tratégicaouoperacional),asuaincidênciaprogramática(QREN,Fundo,ProgramaOperacionaloucon-

juntodePO),âmbitotemáticoouterritorial,calendárioprevisível,tipodeprocedimentoadministrativo

aadoptarefontedefinanciamento(AssistênciaTécnicaQRENouPO).

OPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionaisadoptaoprincípiodaproporcionalidade,

talcomoexplicitadonoartigo13.ºdoRegulamento(CE)n.º1083/2006.

OPlanoinclui,ainda,umadescriçãodosmecanismosdecoordenaçãoedearticulaçãoentreosdiversos

níveisdeavaliação,entreosexercíciosdeavaliaçãoeosistemademonitorizaçãoestratégica,financeira

eoperacionaldoQREN,dosFundosedosProgramasOperacionais.

Semprejuízodaspropostasdeoutrosintervenientes,competeemespecialaoObservatóriodoQREN,

emarticulaçãocomasAutoridadesdeGestãodosProgramasRegionaisdasRegiõesAutónomas,com

osCentrosdeRacionalidadeTemáticaecomosCentrosdeObservaçãodasDinâmicasRegionais,tomar

ainiciativaemmatériadeavaliaçãodenaturezaestratégicadeâmbitoglobalaoQRENouemdomínios

transversaisadiversasintervençõesoperacionais.

De igual forma, incumbeespecialmenteao IFDR, IPe ao IGFSE, IP, noâmbitodas suasatribuições

específicasdemonitorizaçãooperacionalefinanceiradoQREN,nasmatériasrelativasàsoperações

co-financiadaspeloFEDER/FCepeloFSE,respectivamente,ainiciativaemmatériadeavaliaçãodena-

turezaoperacionalefinanceiradeâmbitoglobalourelativaamaisdoqueumProgramaOperacional.

AiniciativaearesponsabilidadepelaexecuçãodeavaliaçõesnoâmbitodecadaProgramaOperacional,tan-

todenaturezaestratégicacomodenaturezaoperacional,incumbemàrespectivaAutoridadedeGestão.

AsAutoridadesdeGestãodecadaProgramaOperacionalincluirão,nassuaspropostas,asrecomen-

daçõesespecíficasquevieremaseraprovadaspelasrespectivasComissõesdeAcompanhamentoou

pelosÓrgãosdeAconselhamentoEstratégico(nocasodosProgramasOperacionaisRegionaisdoCon-

tinente) e, em especial, as que decorram da identificação, designadamente, com base nos indicadores

de desempenho, de desvios relevantes entre os progressos verificados e os objectivos fixados ao nível

decadaEixoPrioritário.

AprimeiraversãodoPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionaisseráapresentadaà

ComissãoMinisterialdeCoordenaçãodoQRENatéaofinalde2007.

ApósasuaaprovaçãopelaComissãoMinisterialdeCoordenação,oPlanodeAvaliaçãodoQRENedos

ProgramasOperacionaisserácomunicadoaosserviçosdaComissãoEuropeia.

MarcosIndicativosparaoPlanodeavaliaçãodoqRenedosProgramasOperacionais2007-2013

Osseguintesexercíciosdeavaliação–correspondendoaexercíciosdeavaliaçãodecarácterglobaleestratégi-

co–constituemasreferênciasessenciaisparaoPlanodeAvaliaçãodoQRENedosProgramasOperacionais:

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• avaliaçãoGlobaldaexecuçãodoqRennoperíodo2007-2008

Arealizarno1.ºsemestrede2009,tendocomoobjectivoespecíficocontribuirparaoRelatórioEs-

tratégicoNacional(aentregaràComissãoEuropeiaatéaofinaldoanode2009)sobreocontributo

dosProgramasco-financiadospelosFundos,osobjectivosdaPolíticadeCoesãoeasOrientações

EstratégicasComunitárias.

• avaliaçõestemáticasGlobais

Arealizarduranteaanode2011,tendocomoobjectivoespecíficoavaliarocontributodasvárias

intervençõesoperacionaisparaosobjectivosgeraisdoQREN.Asáreastemáticasaabrangerpor

estesexercíciosserão,entreoutrasadefinir,asseguintes:“Níveldequalificaçõesdapopulação”,

“Valorizaçãodopatrimónioedosrecursosambientais”,“Inovaçãoempresarial”,“Custospúblicos

decontexto”e“Assimetriasregionaisdedesenvolvimento”.

• avaliaçãoameiopercursodoImpacteMacroeconómicodoqRen

Arealizarno2.ºsemestrede2010,tendocomoobjectivoespecíficoestimaroimpactemacroeco-

nómicodadespesaexecutadanos3primeirosanosdeexecuçãodoQREN(2007-2009).

• Avaliação a meio percurso dos Programas Operacionais

Arealizaremmeadosde2011,tendocomoobjectivoespecíficoavaliarodesempenhoglobaldos

ProgramasOperacionaisnaconcretizaçãodosrespectivosobjectivosedoseucontributoparaos

objectivosgeraisdoQRENedaPolíticadeCoesão.

• avaliaçãoGlobaldaexecuçãodoqRennoperíodo2007-2011

Arealizarno1.ºsemestrede2012,tendocomoobjectivoespecíficocontribuirparaoRelatório

EstratégicoNacional(aentregaràComissãoEuropeiaatéaofinaldoanode2012)sobreocontri-

butodosProgramasco-financiadospelosFundosparaosobjectivosdaPolíticadeCoesãoeas

OrientaçõesEstratégicasComunitárias.

FinanciamentodoPlanodeavaliaçãodoqRenedosProgramasOperacionais

OfinanciamentodaavaliaçãoéasseguradopeloPOdeAssistênciaTécnicaFEDERdoQRENepelas

dotaçõesparaassistênciatécnicadosProgramasOperacionais.

AsavaliaçõesdeâmbitoglobalaoQRENouemdomíniostransversaisadiversasintervençõesopera-

cionais,tantodenaturezaestratégicacomodenaturezaoperacional,serãofinanciadaspeloPrograma

OperacionaldeAssistênciaTécnicaFEDERdoQREN.

AsavaliaçõesdeâmbitoespecíficodoProgramaOperacional,tantodenaturezaestratégicacomode

naturezaoperacional,serãofinanciadaspelasdotaçõesparaaAssistênciaTécnicadoPO.

Circuitos FinanceirosAscontribuiçõescomunitáriasrelativasacadaumdosFundos,concedidasatítulodoPO,sãocredi-

tadaspelosserviçosdaComissãoEuropeiadirectamenteemcontabancáriaespecífica,acriarparao

efeitopeloIFDR,IPjuntodoInstitutodeGestãodoCréditoPúblico.

CompeteaoIFDR,IP:

a) Efectuar transferências directas para os beneficiários, em regime de adiantamento ou de reem-

bolso,executandoautorizaçõesdepagamentoemitidaspelaAutoridadedeGestãodoPO,àqual

compete proceder à validação da despesa e do pedido de pagamento do beneficiário;

b) Recuperar, junto dos beneficiários, os montantes que tenham sido indevidamente pagos, com juros

de mora se for caso disso, sendo ainda responsável pelo reembolso dos financiamentos perdidos,

sempre que os montantes indevidamente pagos a um beneficiário não possam ser recuperados;

c) Manteroregistocontabilísticodasoperaçõesrealizadasatítulodepagamentoouderecuperação

relativas a cada beneficiário, bem como de todas as transferências efectuadas para os organis-

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mos intermédios, incluindo ainda os montantes devolvidos por estes organismos, nos casos em

que tal ocorra;

d) DarconhecimentoàsAutoridadesdeGestãodospagamentosefectuadosedosmontantesrecu-

perados,noâmbitodorespectivoPO;

e) OrganizaremanteractualoregistodedívidasaosPO.

OIFDR,IPéresponsável,noâmbitodoFEDEReFC,peloreembolsoaoOrçamentoGeraldaUniãoEu-

ropeia:

a) Dosmontantesrecuperadosabeneficiários;

b) Dosmontantesquenãopossamserrecuperadosjuntodobeneficiário,desdequeseprovequeo

prejuízosofridoresultoudeerroounegligênciadaAutoridadedeGestãoe/oudeCertificação.

CompeteàAutoridadedeGestão,noâmbitodoscircuitosfinanceiros:

a) Verificar a elegibilidade das despesas apresentadas pelos beneficiários, de acordo com as regras

geraisdeelegibilidade,osregulamentosespecíficosdoPOeascondiçõesespecíficasdecada

operação;

b) Validardespesaeemitirautorizaçõesdepagamentoaosbeneficiáriosedeterminarosmontantes

a recuperar, mantendo os respectivos registos contabilísticos;

c) Asseguraroregisto,nosistemadeinformaçãodoPO,dosdadosreferentesàvalidaçãodades-

pesa, aos pagamentos e aos montantes a recuperar, devendo salvaguardar a compatibilidade e a

transferênciaautomáticadedadosparaosistemadeinformaçãodaAutoridadedeCertificação;

CompeteconjuntamenteàsAutoridadesdeCertificaçãoedeGestãoassegurarqueosbeneficiários

recebemosmontantesdefinanciamentopúblicoaquetêmdireitonomaiscurtoprazopossível,não

podendo ser aplicada nenhuma dedução, retenção ou encargo ulterior específico que tenha por efeito

reduziressesmontantes,semprejuízodecompensaçãodecréditosedasnormascomunitáriasena-

cionais relativas à elegibilidade.

Poderáserexercida,pororganismosintermédiosresponsáveisporsubvençõesglobaisouorganismos

responsáveis pela gestão de sistemas de incentivos às empresas ou de mecanismos de engenharia fi-

nanceira, a função de transferência directa para os beneficiários, devendo tal ser previsto nos contratos

aestabelecercomaasAutoridadesdeGestãoqueregulamtodasasfunçõesporestascometidasaos

organismos antes referidos.

OsbeneficiáriosapresentamosseuspedidosdepagamentoàAutoridadedeGestãodoPO,noâmbitodo

qualascorrespondentesoperaçõesforamaprovadas.

Intercâmbio Electrónico de Informação com a Comissão EuropeiaOSistemadeInformaçãodaComissãoEuropeia–SFC2007–operanabasedacomunicaçãoelectrónica

deinformação.Estesistemadeinformaçãoestáacessívelàs instituiçõesdosEstados-Membrospor

duas vias:

a) Via página Web, com aplicação Web;

b) Directamente,atravésdeumaligaçãoelectrónicacomoEstado-Membro,serviçoWeb.

OSistemadeInformaçãodaComissãoEuropeiapodeseracedidoporqualquerumadestasduasvias,ou

pelacombinaçãodasduas.AinformaçãoindicadacomoobrigatórianoRegulamento(CE)n.º1828/2006,

relativoàsdisposiçõesdeexecuçãodosFundosEstruturais,temdeserobjectodetransmissãoperió-

dicaàComissãoEuropeiaatravésdosistema.

OsistemadeinformaçãoaimplementarpelagestãodoProgramaOperacionalrespeitaráodispostono

referidoRegulamento,asregrastécnicasdefinidasparaoSFC2007easregrasdefinidasnacionalmen-

tepelosórgãosdemonitorizaçãoestratégica,operacionalefinanceiradoQREN,garantindoacoerência

eintegridadeentretodosossistemasdeinformaçãodasintervençõesestruturaisdoQREN.

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Informação e Comunicação do Programa OperacionalSemprejuízodocumprimentodoprevistonoRegulamentodeAplicação (CE)n.º1828/2006,de8de

Dezembro,nomeadamenteodispostonon.º2,doartigo2.º,noqualsãodefinidososelementosque

integramoPlanodeComunicação,importasublinharque,àComunicaçãoeInformação,éreconhecido

umpapelrelevanteeabsolutamentedeterminantenociclodevidadoProgramaOperacional.

AexistênciaeimplementaçãodeumPlanodeComunicaçãoaoníveldoProgramaOperacionalconsti-

tuirão um instrumento de gestão, cuja implementação deverá permitir:

• Planificar:Deformacontínuaesistemática,definirpreviamenteasváriasformasdeactuaçãode

modo a alcançar os objectivos fixados;

• Organizar:Analisar,classificareestruturarosmeioshumanos,financeirosemateriaisaodispor,

com vista a alcançar com eficácia as metas previamente definidas;

• Dirigir:Gerircomeficiênciaosrecursosdisponíveis,comvistaaalcançarosresultadosprevistos

com o mínimo de custos;

• ControlareAvaliar:Assegurarumacompanhamentoemonitorizaçãosistemáticaecríticados

desvioseventualmenteocorridosentreoprevistoeorealizadoeaavaliaçãodessesdesvios,de

modo a se tomarem as necessárias medidas correctoras.

TendoestepensamentoestratégicocomopilarestruturantedoPrograma,numaperspectivadetrans-

parência e de accountability, a comunicação deve assim permitir aferir, a todo o momento, a forma como

sãoaplicadososseusrecursosparapromoveraimageminstitucionaldoPrograma,dandoaconhecer

as suas potencialidades e oportunidades, constituindo, deste modo, um recurso integrado no modelo de

gestãodoPO,queacompanharátodooseuciclodevida,ajustando-seàssuasdiferentesfases(lança-

mento, implementação, avaliação).

Nestadimensão,oplanodeverápermitirresponderanecessidadesespecíficasemtermosdenotorie-

dade, divulgação, ampla acessibilidade, tendo em particular atenção a diversidade de público-alvo que

pretendeatingir,bemcomoautilizaçãodosmeioseinstrumentosmaisadequadosfaceaestespúblicos.

Estadiversidadetrazassociadaumalógicade“comunicaçãomix”atravésdaqualsegaranteumacoe-

rência entre o planeamento estratégico e o planeamento operacional, podendo este ser considerado a

curto,médioelongoprazo,atravésdasacçõeseiniciativasarealizar.

Sendoalargadoonúmerodedomínioseinstrumentos/canais,queàpartidasepodemconsideraremma-

téria de comunicação e informação, destacam-se os seguintes por serem áreas-chave neste domínio:

a) Criaçãodeumaidentidade/Imagem;

b) Comunicaçãomediáticaepublicitária;

c) Promoçãoedivulgaçãodirectajuntodepúblicosespecíficos;

d) Comunicaçãoeditorial;

e) AmplautilizaçãodasnovasTecnologiasdeInformaçãoeComunicação.

NafasedelançamentodoPrograma,serãopromovidasacçõesdestinadasadiferentespúblico-alvo

(externo e interno), destacando-se os meios mais vocacionados para a notoriedade e reconhecimento

doProgramajuntodograndepúblico,(divulgaçãodaimagem,comunicaçãomediáticaepublicitária)ea

organizaçãodeeventosedivulgaçãodirectajuntodospotenciaisbeneficiários,visandoatingir,empar-

ticular,osobjectivosdedivulgaçãoda“oferta”doPrograma,bemcomodeajustamentoda“procura”.

Nestecontexto,enquadram-seosseminários,debates,campanhasdesensibilizaçãoedivulgaçãodo

Programa,juntodepotenciaisdestinatáriosdomesmo.

Nestesdomíniosdeintervenção,assumeparticulardestaqueopapelquesepretendeatribuiràInternet, pre-

tendendo-sequeestadesempenheumpapelverdadeiramenteestruturantenaComunicaçãodoPrograma.

AutilizaçãoplenadasnovasTecnologiasdeInformaçãoeComunicaçãodeverápermitirumaverdadeira

aproximaçãodocidadãoàestruturadoPrograma,promovendoumacomunicaçãopró-activa,umafácil

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disseminação, não só informativa como documental, criando meios de relacionamento que incentivem o

conhecimento, a confiança e a transparência, informando de forma clara, objectiva e atempada os seus

destinatários.

Destemodo,procurafacilitar-seeaumentarapercepçãoqueoscidadãospossuemdopapelqueestes

apoios assumem para o desenvolvimento económico, social e territorial do país.

ComesteobjectivoserácriadoedinamizadoumsiteespecíficodoPrograma,bilingue,bemcomoa

criação e disseminação de uma newsletter electrónica, como fonte de informação privilegiada e espe-

cializadaparaopúblicointerno.

CabeàAutoridadedeGestãodoProgramaOperacional,deacordocomodefinidonaEstratégicaGlobal

deComunicaçãodoQRENenoPlanodeComunicaçãodoFEDER,asseguraraimplementaçãoemoni-

torizaçãodoPlanodeComunicaçãodoPO,bemcomoocumprimentodasresponsabilidadesquevierem

a ser cometidas a outras entidades nesta matéria (entidades intermediárias).

Cabe,ainda,àAutoridadedeGestãodoPOassegurarasuaparticipaçãonaredeinformalqueviráaser

constituída, onde estarão representados os diferentes representantes dos três níveis de intervenção

previstosnestaestratégia (QREN,FundosEstruturaiseProgramasOperacionais),garantindo,deste

modo, o necessário envolvimento e articulação para a sua implementação.

Paraarealizaçãodosseusobjectivoseacções,aAutoridadedeGestãopoderárecorreràcontratação

de bens e serviços, que serão assegurados com recurso ao sector privado, particularmente em domí-

nios como a Internet e multimédia, publicidade e design de comunicação, dada a sua especificidade, no

respeito pelas normas da contratação pública.

Oco-financiamentodestasacçõesseráasseguradopelasdotaçõesparaAssistênciaTécnicadoPrograma.

AcoordenaçãodaestratégiadecomunicaçãodoProgramaéda responsabilidadedaAutoridadede

Gestão.

Adjudicação de Contratos PúblicosAsacçõesoumedidasco-financiadaspelosFundosEstruturaissãoexecutadasnorespeitopelasnor-

mas comunitárias e nacionais em matéria de adjudicação de contratos públicos, designadamente as

relativasàsDirectivas2004/17/CEe2004/18/CE.

OsavisosenviadosparapublicaçãonoJornalOficialdaUniãoEuropeiaapresentarãoasreferências

dos projectos em relação aos quais tenha sido solicitada ou decidida a concessão de uma contribuição

comunitária.

RelativamenteaosprojectosincluídosnosProgramasOperacionais,cujovalorglobalsejasuperioraos

limitesfixadosnasDirectivas“ContratosPúblicos”defornecimentos,deobrasoudeserviços,orelató-

rio da comissão de análise de propostas, que suporta a decisão de adjudicação, será mantido à disposi-

çãodaComissãodeAcompanhamento.

Auxílios de Estado às EmpresasAAutoridadedeGestãoasseguraqueasoperaçõesfinanciadaspeloPOrelativasaAuxíliosdeEstado

às empresas respeitam as normas e os procedimentos comunitários aplicáveis e a legislação nacional

de desenvolvimento ou de transposição dessas normas.

QualquerapoiopúblicoconcedidopeloPOrespeitaráosprocedimentoseasregrasmateriaisaplicáveis

no momento em que o apoio público é concedido.

Compatibilidade com as Políticas de Ambiente e Desenvolvimento SustentávelOTratadodaUniãoEuropeiaprevê,noArtigo6.º,que“asexigênciasemmatériadeprotecçãodoambien-

tedevemserintegradasnadefiniçãoeaplicaçãodaspolíticas”daUE.Assim,aestratégiadaUEpara

odesenvolvimentosustentável,aprovadapeloConselhoEuropeudeGotemburgoem2001,sublinhao

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imperativo político de que todas as políticas tenham como objectivo principal o desenvolvimento susten-

tável. Além disso, salienta a necessidade de uma melhor informação, de modo que as propostas sejam

sistematicamente avaliadas.

Assim, o processo de programação e execução doProgramaOperacional émarcado por exigência

acrescidanoquetocaàavaliaçãodepotenciaisefeitosprovocadospelasintervençõesestruturaisso-

bre o Ambiente.

NocumprimentodaDirectiva2001/42/CE,relativaàAvaliaçãodosEfeitosdeDeterminadosPlanose

ProgramasnoAmbiente,opresenteProgramaOperacionalfoiobjectodeumaavaliaçãoambientales-

tratégicaemereceuavaliaçãopositivaglobal.AsrecomendaçõesconstantesdoRelatórioAmbiental

Final–queincorporamosresultadosdaconsultaaopúblicoàsautoridadescompetentes–bemcomo

as propostas de medidas previstas para controlo dos efeitos no ambiente, visando identificar atempada-

mente efeitos negativos imprevistos e permitir aplicar as medidas de correcção adequadas, dirigem-se

àfasedeexecuçãodoProgramaOperacionaleserãodevidamenteimplementadaspelasAutoridades

deGestãodopresentePOnodecursodasuaexecução,designadamenteemsedededefiniçãoderegu-

lamentos específicos para as diversas tipologias de investimento.

DuranteaexecuçãodoPrograma,asacçõesco-financiadaspelosFundosEstruturaisdevemserco-

erentes com os princípios e objectivos do desenvolvimento sustentável e da protecção e melhoria do

ambiente, referidos no Tratado e reforçados na Estratégia de Lisboa renovada.

Asacçõesco-financiadaspelosFundosEstruturaisdevemrespeitar,igualmente,alegislaçãocomuni-

tária em matéria de ambiente.

OEstado-membrodáagarantiaformalquenãodeixarádeteriorarossítiosaprotegeraotítulodaRede

Natura2000,aquandodarealizaçãodasintervençõesco-financiadaspelosFundosEstruturais.

AsautoridadesambientaissãoassociadasàexecuçãodoProgramaOperacional,contribuindonomea-

damente para a definição:

• DosobjectivosemetasambientaisedesustentabilidadeparatodososEixosPrioritáriosdede-

senvolvimentodoPrograma;

• Daestratégia,doprogramaedasmedidasespecíficasnodomíniodoambiente.

As autoridades públicas ambientais participarão ainda na definição das normas e dos procedimentos

deexecuçãoparaosEixosPrioritários,incluindoacolaboraçãocomasautoridadesresponsáveisna

determinação dos critérios de elegibilidade e de selecção de projectos.

Serão,também,responsáveispelaaplicaçãodapolíticaelegislaçãocomunitáriaenacionalemvigorno

domínio do ambiente, sendo igualmente chamadas a emitir o seu parecer sobre os projectos de investi-

mento no âmbito do processo de avaliação de impacte ambiental.

Contributo do Programa Operacional em Matéria de Controlo e Redução de Emissões de Gases com Efeito de Estufa e de Promoção da Eficiência EnergéticaPortugalassinoueratificouoProtocolodeQuiotoa29deAbrilde1998ea31deMaiode2002,respec-

tivamente,tendoassumido,aoabrigodesteProtocoloedoAcordodePartilhadeResponsabilidadesno

âmbitodaUniãoEuropeia,ocompromissodelimitarocrescimentodasemissõesdegasescomefeito

deestufa(GEE)em27%faceaosvaloresobservadosem1990,noprimeiroperíododecumprimento

(2008-2012).Portugalassumiuaindaocompromissocomunitáriodeprodução,em2010,de39%(meta

indicativa)deelectricidadecomorigememFontesdeEnergiaRenováveis-FER(Directiva2001/77/EC,

de27deSetembro).

Oobjectivodepromoverumaefectiva“descarbonização”daeconomianacional,comganhosemefici-

ência, inovação e competitividade tem vindo a ser reflectido no conjunto de políticas e instrumentos de

política em elaboração.

OprocessodeprogramaçãoeexecuçãodosProgramasOperacionaisémarcadoporexigênciasacres-

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cidasnoquetocaàavaliaçãodepotenciaisefeitosprovocadospelasintervençõesestruturaissobreas

emissõesdeGEEenaeficiênciaenergética.

NoâmbitodaavaliaçãoambientalestratégicaaplicadaaosProgramasOperacionaisfinanciadospelo

FEDERe/oupeloFundodeCoesão,asalteraçõesclimáticasconstituíramumdosfactoresambientais

e de sustentabilidade a ser analisados. Enquanto resultado da avaliação ambiental estratégica, foram

produzidasrecomendações,deformaamaximizarosefeitospositivoseneutralizarosefeitosnegativos

dasintervençõesnasalteraçõesclimáticas.

AsreferidasrecomendaçõesserãoimplementadaspelasAutoridadesdeGestãoduranteaexecução

doconjuntodeProgramasOperacionaissujeitosaavaliaçãoambientalestratégica.Agarantiaformal

relativaàimplementaçãodasrecomendaçõesfoidadapelasAutoridadesdeProgramaçãoàComissão

Europeia,atravésdeDeclaraçãoprevistanon.º1,alíneab),doartigo9.ºdaDirectiva2001/42/CE,rela-

tivaàAvaliaçãodosEfeitosdeDeterminadosPlanoseProgramasnoAmbiente.

AsintervençõesarealizaremsededeProgramasOperacionaisassumem,faceaoscompromissosde

PortugalnoâmbitodoProtocolodeQuioto,queosobjectivosambientaistêmdesercadavezmaisin-

tegrados na política energética e, de uma forma mais geral, na política de desenvolvimento, nomeada-

mentenoqueserefereàsemissõesdegasescomefeitodeestufaeàsemissõesdegasesacidificantes.

Nesse sentido, a promoçãodaeficiência energética será considerada, nas intervenções relevantes,

enquanto factor de ponderação no processo de selecção de candidaturas.

Refiram-se, em particular, as grandes linhas de intervenção no domínio dos transportes e da eficiên-

ciaenergética.Nosectordostransportesprevêem-se,noâmbitodosProgramasOperacionais,um

investimento muito elevado em ferrovia e um esforço de investimento significativo em mobilidade sus-

tentável.Autilizaçãoracionaldeenergiaconstitui, igualmente,umaáreade intervençãoprioritária

dosProgramasOperacionais,sendoaindaacompanhadapeloapoioàvalorizaçãodosrecursosen-

dógenos, incluindo no domínio energético, bem como à consolidação da cadeia de valor das energias

renováveis.

Igualdade de Oportunidades entre Homens e Mulheres no Processo de Concepção e Execução do Programa OperacionalAIgualdadedeOportunidadesentreHomenseMulherestemvindoaserassumidacomoumadasdimen-

sõesestratégicasdapolíticacomunitáriaenumalógicademainstreaming.ComarevisãodaEstratégia

de Lisboa, reforça-se a importância da integração da dimensão de género nas políticas da UE, na rea-

lizaçãodosobjectivosgeraisdanovadinâmicabalizadapeloCrescimentoeEmprego.Poroutrolado,a

ConstituiçãoEuropeiaconsideraexplicitamente,comoumvalordaUE,aIgualdadedeOportunidades.

A1deMarçode2006foiadoptadopelaCEum“Roadmap for equality between women and men – 2006-2010”

(COM(2006)92final),dandoumnovoimpulsoaestatemáticanaagendapolítica.Assumeainda,grande

relevânciaaassinaturapelosEstados-membros,noConselhoEuropeudaPrimaverade2006,doPacto

EuropeuparaaIgualdadedeOportunidades.

Nestequadro,estabeleceram-seseisprincipaisprioridadesdeacção,asquaisdeverãoserimplemen-

tadas, igualmente, no âmbito do período de programação de fundos estruturais 2007-2013:

a) Atingir iguais oportunidades económicas para mulheres e homens;

b) Assegurar a conciliação na vida profissional, na vida pessoal e na vida familiar;

c) Promoveraigualdadenaparticipaçãodehomensemulheresnatomadadedecisões;

d) Erradicar a violência e o tráfico baseado no género;

e) Erradicar os estereótipos da sociedade baseados no género;

f) PromoveraigualdadedeoportunidadesentrehomensemulheresnoespaçoexterioràUE.

Numalinhadecoerênciaestratégicadepolíticas,oRegulamentoGeraldosFundosEstruturaispara

2007-2013,explicita,noseuartigo16.º,que“osEstados-membroseaComissãodevemtomartodasas

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medidasadequadasparaevitarqualquerdiscriminaçãoemrazãodosexo,raçaouorigemétnica,reli-

gião ou crença, deficiência, idade ou orientação sexual, durante as várias fases de aplicação dos fundos,

nomeadamentenoquerespeitaaoacessoaosmesmos”.

Regista-se,assim,umclaroenfoquenoprincípiodaNão-Discriminação,noqualseassociampolíticas

específicasnodomíniodaIgualdadedeOportunidadesentreMulhereseHomens.Poroutrolado,adopta-

-seumalógicadeactuaçãointegradaaolongodociclodevidadosProgramas,estimulandoagestão

dosProgramasOperacionaisadesenvolveremactividadesemtodasasfasesdeaplicaçãodosfundos.

ApolíticanacionalnodomíniodaIgualdadedeOportunidadeseNão-Discriminaçãoseráimplementada

noâmbitodoQRENedosváriosProgramasOperacionais,associando-seavertentedeFundoFSEeos

objectivos em matéria de Estratégia Europeia para o Emprego aos objectivos e prioridades em matéria

deFundoFEDER.

OdiagnósticoconsensualizadonodomíniodaIgualdadedeOportunidadesapontaparaapersistênciade

importantes diferenciais entre mulheres e homens em áreas particularmente críticas para a concreti-

zaçãodeumaeconomiainovadoraedoconhecimento,commaisemelhoresempregos.Oacessoàfor-

maçãoaolongodavidacontinuaaassumirumaexpressãorelativamuitoreduzida(indiciandoespaços

de melhoria ao nível dos equipamentos e serviços que permitam uma melhor conciliação entre a vida

privadaeprofissional),permanecendoníveiselevadosdesegregaçãoverticalehorizontal(estereótipos

deprofissõeseresponsabilidadesassociadasàmulher).

Síntese do Diagnóstico no Domínio da Igualdade de Oportunidades (1999-2004)

a) Diminuiçãododiferencialdegéneronataxadeemprego;

b) Ligeiro aumento da taxa de desemprego feminina (contrariando a tendência da média da UE);

c) As áreas de maior crescimento do emprego feminino continuam a estar concentradas em activi-

dadeseocupaçõestradicionalmentefemininas(administraçãopública,educação,saúdeeactivi-

dades sociais); continua a aumentar o grau de segregação sectorial e ocupacional;

d) Relativa baixa presença de mulheres nos domínios da ciência e tecnologia;

e) Menoracessoàformaçãoaolongodavida–dificuldadenaconciliaçãoentrevidaprivadaeprofissional;

f) Persistênciadediferencialdegéneronopesorelativodotrabalhoempart-time(cercade18%nas

mulheresfaceaos8%noshomens);aumentododiferencial,contrariandotendênciadaEU;

g) Manutenção dosestereótiposedediferenciaisremuneratórios(decercade9%,tendoaumentado,

contrariando a tendência da EU);

h) Manutençãodasegregaçãovertical(somentecercade32%degestoressãomulheres;somente

9%dosmembrosdeDirecçãonasgrandesempresassãomulheres;43%dasmulherespossuem

umdoutoramentomasapenas20%chegamaprofessorescatedráticos);

i) Maiorriscodeexclusãosocial.

NoâmbitodasprioridadesestratégicasdefinidasparaotemaFactoresdeCompetitividade,noquala

variável chave é a qualidade do projecto e a sua importância para a promoção de níveis de crescimento

que assegurem a retoma da trajectória de convergência real da economia portuguesa com a União

Europeia,sustentadanacompetitividadedasempresasedosterritórios,atemáticadaIgualdadede

OportunidadesentreMulhereseHomenseaNão-Discriminaçãosurgeassociada,deformaintrínseca,

à qualidade absoluta e relativa (mérito) dos projectos apresentados (elemento-chave e que constitui

barreiraàentradanoPrograma).

ActuandooProgramanaesferadosFactoresdeCompetitividadeeassumindoumanaturezaessen-

cialmentecatalizadorada inovaçãoedosprocessosdemudança, caberáàgestãodoPO,de forma

particular,exigirrigorosocumprimentodoprincípiodaNão-Discriminação,promovendo,emcomple-

mentaridade,acçõesdesensibilizaçãoedeinformaçãoqueconduzamàminimizaçãodasbarreirasno

acessoaosváriosinstrumentosdisponíveisnoPrograma.

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ParaoefeitoeaolongodasdiferentesfasesdeimplementaçãodoPrograma,assumem-secomoprin-

cípios gerais:

a) Minimizarasbarreirasdeinformação,técnicasoueconómicasdeacessodasmulheresedemais

indivíduosaosváriosinstrumentosdisponíveisnoPrograma;

b) Assegurar a não-discriminação da participação feminina em domínios relevantes para a compe-

titividadenacional(ciênciaetecnologia,TIC,empreendedorismoqualificado);

c) Divulgarinformaçãoeacçõesdesensibilizaçãosobreosapoiosfinanceirosdisponíveis,direccio-

nados para públicos-alvo discriminados, para a criação de empresas qualificadas e demais inicia-

tivasassociadasàmelhoriadacompetitividadeeinternacionalizaçãodasempresasexistentes;

d) RecolhereanalisarinformaçãoderealizaçãodoProgramapertinenteparaadefiniçãodeestra-

tégias de actuação visando a igualdade de oportunidades;

e) AsseguraraparticipaçãoderepresentantedodomíniodaIgualdadedeOportunidadesnaComis-

sãodeAcompanhamentodoPrograma;

f) PromoveraarticulaçãotemáticacomoPOPotencialHumano,visandoumamelhorintegraçãoe

prossecuçãodosobjectivosdeIgualdadedeOportunidadesnoQREN.

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Síntese da Avaliação Ex-ante do Programa Operacional

Avaliação Ex-ante do Programa Operacional Factores de Competitividade (Sumário Executivo) 1021. A Agenda de Competitividade da Economia Portuguesa no Horizonte 2015: Desafios,

Prioridades e Instrumentos de Política 1032. O Programa Operacional Factores de Competitividade 1123. As Recomendações da Avaliação Ex-ante: A Incorporação de Conhecimento e de Lições da

Experiência na Programação Estrutural da Agenda de Competitividade 114

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Noquadrodomodelodeinteracçãoprevistonaavaliaçãoex-antedoPOFC,aconstruçãodoPOfoiincor-

porando,aolongodassuasdiversasfases,oscontributosesugestõesdaEquipadeAvaliação.

Oquadroseguinteespelha,deformasucinta,oformatoemqueforamintegradasasrecomendações

de nível estratégico.

ReCOMenDaçõeSeStRatéGICaSDaavalIaçãOex-ante InteGRaçãOnOPOFC

1. Aposta na indução de “procuras” mais qualificadas, seja através do reforço da selectividade (aconcretizarpelautilizaçãodecritériosrigorososdeselecçãoehierarquizaçãodecandidaturas),sejaatravésdeumamaior concentraçãonasfasesiniciaisedeexecuçãodociclode vida dos projectos, acompanhando mais de perto os promotores no desenvolvimento das ideias e na configuração e desenvolvimento estratégico dos projectos

• AdopçãocomoprincípiogeraldarecepçãodecandidaturasporConcursosorientadosparaprioridades temáticas;

• Adopçãocomoprincípiogeraldeselecçãodosprojectosasuahierarquizaçãocombasenoméritoabsoluto e relativo;

• Modelodegovernaçãoquevalorizaoacompanhamento e interacção com os promotores numa lógica de eficiência e eficácia.

2. acompanhamentoefectivodosciclosdevidadoinvestimentoprivado, recusando liminarmente formas de apoio a “investimento recuperado”,para apoiar, apenas, novo “investimento induzido” em consonância com os objectivos do programa, e gerindo ciclos específicos, devidamente programados e temporalmente limitados, de apoios ao investimento empresarial, em detrimento da lógica de “guichet”abertoempermanênciaoufechadoabruptaeindeterminadamente

• Adopçãocomoprincípiogeraldeanálisedoefeitode incentivo na selecção dos projectos;

• AdopçãocomoprincípiogeraldarecepçãodecandidaturasporConcursosorientadosparaprioridades temáticas.

3. Adopção de um primadodepolíticashorizontaisdebaseregional, suficientemente diversificadas, sobre políticas verticais de base nacional, relativamente homogéneas

• ArticulaçãonaAgendadaCompetitividadeentreoProgramatemáticocomaAgendadaCompetitividadeeosPORegionais,designadamentenosSistemasdeIncentivosenasEstratégiasdeEficiênciaColectiva.4.Adopçãodeumprimadodeintervençõesdenaturezamais

global, visando a produção de ajustamentos estruturais no funcionamentodosmercadose na articulação entre ofertaeprocura,sobreasintervençõesdenaturezamaisespecífica, visando a expansão do capital físico e das infra- -estruturas colectivas

5.Adopçãodeumaprogramaçãoporobjectivosprioritáriosetransversais, ao invés da lógica tradicional de programação para destinatários e executores,respeitandoasorientaçõescomunitárias de concentração temática e financeira e valorizando os projectos que possam provar um mérito formalabsolutoerelativonum quadro de afectação concorrencial e eficiente de recursos escassos

• ProgramaestruturadoemEixostemáticostraduzindoobjectivosprioritários;

• Concepçãode3grandesSistemasdeIncentivosdenaturezanacional,regulando,emarticulação,aintervençãodoPOFCcomosPORegionais;

• AdopçãocomoprincípiogeraldarecepçãodecandidaturasporConcursosorientadosparaprioridades temáticas.

6. Adopção de uma programação orientada pela concentração de recursos no apoio ao desenvolvimento competitivo das actividadesdebenseserviçostransaccionáveis, relegando asactividadesdebenseserviçosnãotransaccionáveisexclusivamenteparaformasdeenquadramentotemáticasou horizontais, mas não sectoriais

• OrientaçãodosSistemasdeIncentivosdenaturezaprodutiva para actividades de bens e serviços transaccionáveiseinternacionalizáveis;

• OrientaçãodosSistemasdeIncentivosàsPME,independentemente do sector, para factores dinâmicos de competitividade

7.Concepçãodeinstrumentos de apoio ao desenvolvimento empresarial, ao crescimento económico e ao emprego com baseemestratégiasmaisancoradasemprojectosinovadoreseestruturantescentradosnosfactoresavançadosdacompetitividade com efeitos demonstráveis de arrastamento sobreoutrasorganizaçõeseactividades

• Integraçãodeinstrumentosdeapoioinovadoresvisandoadinamizaçãodeprocurasmaisqualificadaseoestímuloaintervençõesconjuntasem áreas estratégicas, com externalidades positivas, para a melhoria competitiva das empresas;

• IntegraçãonoProgramadeumEixoespecíficoparaapoioaRedeseEstratégiasColectivasdeDesenvolvimentoEmpresarial.

8.Reforçodacapacidadedegestãoestratégicadasustentabilidadedasintervenções, apostando determinadamentenavalorizaçãodalógicadecapacitaçãodepromotores e beneficiários, no encadeamento sequencial de váriasgeraçõesdeequipamentoseserviçosnasatisfaçãodeprocuras sociais mais avançadas e na exploração intensiva das economias de rede

9.Adopçãodemodelosdegestãomaisabertoseparticipativos, com um novo quadro de articulação interno e de relacionamentoentreosectorpúblico,ainiciativaprivadae a sociedade civil, culminando em formas de cooperação estratégica com força suficiente para que as estratégias regionaispossamserefectivamente“apropriadas”noterrenoaumnívelsuficientementedescentralizadoparapoderemser efectivamente prosseguidas através de sinergias e complementaridades, financeiras e operacionais, mas, também, com a inteligência necessária para evitar uma fragmentação de iniciativas e meios, gerando um quadro nacional suficientemente integrador e coerente

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Instituto Superior de Economia e GestãoUniversidade Técnica de Lisboa

Avaliação Ex-ante do Programa Operacional Factores de Competitividade

Sumário Executivo

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Avaliação Ex-ante do Programa Operacional Factores de CompetitividadeSUMÁRIO EXECUTIVO

FICHatéCnICa

AvaliaçãoEx-antedoProgramaOperacionalTemáticoFactoresdeCompetitividade

SumárioExecutivo

Fevereiro2007

Autoria:InstitutoSuperiordeEconomiaeGestãodaUniversidadeTécnicadeLisboa

CoordenaçãoGlobal:AugustoMateus

Coordenação Executiva:GonçaloCaetano

Equipa Técnica:EmílioFontela,EduardoCatroga,JoséZorroMendes,JoséBonfim,HermanoRodri-

gues,ManuelBrandãoAlves,ManuelMiraGodinho,MárioRuiSilva,PauloMadruga,SandraPrimitivo,

VictorMartins

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13102

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1. A Agenda de Competitividade da Economia Portuguesa no Horizonte 2015: Desafios, Prioridades e Instrumentos de PolíticaAAgendadeCompetitividadedoQREN,emobediênciaàlógicadeprogramaçãotemáticaadoptada,ma-

terializa-seatravésdeumPOtemáticotransversalemulti-territorial,dePOregionaise,necessaria-

mente, de uma coordenação adequada entre todos, seja no plano estratégico, seja no plano operacional,

sejanoplanodo“modelodegovernação”egestãodaprópriaAgenda.

Oexercíciodaavaliaçãoex-antedoPOFactoresdeCompetitividadefoi,nestequadro,organizadoem

doisgrandespassos.Emprimeirolugarabordam-seasquestõesdenaturezamaisestratégicaqueper-

mitemavaliarcríticamentearacionalidadeeacoerênciadaAgendadeCompetitividade,numaperspec-

tivaconjuntaatodososPOqueorienta.Emsegundolugar,abordam-seasquestõesmaisespecíficas,

deorganização,coerênciaeoperacionalização,doPOFactoresdeCompetitividade.

1.1. A Qualidade do Diagnóstico Realizado1.1.1.ODesempenhodaeconomiaPortuguesanoContextodaaceleraçãodaGlobalizaçãoedoalar-

gamentodauniãoeuropeiaeoContextoPrevisíveldoCiclo2007-2013

AplenaadesãodePortugalàUniãoEuropeiacolocou,noplanoeconómico,desafiosderegulaçãocon-

juntural e de desenvolvimento estrutural que precisam de ser enfrentados e vencidos para que as van-

tagensestratégicasdaíresultanteseosfundoscomunitáriosdisponibilizadospossamserdevidamente

aproveitadosecolocadosaoserviçodamelhoriageneralizadadaqualidadedevidadosportugueses.

A“convergêncianominal”ea“convergênciareal”constituemosdoiscaminhosquematerializam,res-

pectivamente, a resposta àqueles dois desafios, sendo, por isso mesmo, importante acompanhar e ava-

liar com rigor onde nos encontramos e com que ritmo avançamos (ou não) naqueles dois caminhos.

Ocontextomacroeconómicodopróximoperíododeprogramaçãoserá,naeconomiaportuguesa,se-

guramente bem mais complexo que os contextos anteriormente enfrentados, em função da subida ex-

pectável dos preços relativos da energia e da descida dos preços relativos dos produtos industriais

indiferenciados,complexidadeaumentadacoma,tambémexpectável,passagem,nazonaeuro,deuma

situação de taxas de juro baixas com moeda apreciada para uma situação de taxas de juro mais altas

com moeda menos apreciada.

AeconomiaportuguesachegouaofinaldoperíododevigênciadoQCAIIIempiorsituaçãorelativado

quequandooiniciousendo,entreos“paísesdacoesão”,Portugaloúnicoqueregista,emtermosacu-

mulados, perdas em matéria de convergência, quando consideramos a média dos últimos dois ciclos

deprogramaçãoestrutural(1994-1999e2000-2006).Comefeito,enquantoPortugalregride0,9%em

PIBper capitarelativoemPPC,faceàmédiadaUE15,aEspanhaprogride10,0%,aGrécia12,9%ea

Irlanda26,4%.AsdificuldadesdeconvergênciarealdaeconomiaportuguesanaUniãoEuropeia,quese

começaramamanifestarnoarranquedoQCAIII,aprofundaram-secumulativamenteaolongodasua

execução,revelandodificuldadescompetitivasdenaturezaestrutural,particularmentevulneráveisàs

transformaçõesproduzidaspelaUEMepeloalargamento.

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GRáFICO1 aSDIFICulDaDeSDaCOnveRGênCIaRealeMPORtuGal

(EvoluçãodoPIBpercapitaemPPCnosciclosdeprogramaçãoanteriores)

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Fonte:CálculoscombaseemComissãoEuropeia(2006),Statistical Annex of European Economy, ECFIN/REP/52683/2006.

A economia portuguesa apresenta, desde a adesão, o ritmo mais rápido de convergência nominal do

nívelgeraldepreços,sejanoquadrodos“paísesdacoesão”,sejanoquadrodaEuropadoSul,enfren-

tando, desse modo, uma necessidade de crescimento real da economia suficientemente rápido para

fazer faceà rapidezdaconvergêncianominal.Odesempenhonegativodaeconomiaportuguesaem

matéria de convergência, neste período, fica, assim, a dever-se, não apenas a um crescimento econó-

mico insatisfatório, mas também ao desenvolvimento do referido fenómeno que teria exigido, por si só,

umcrescimentoadicionaldoPIBper capitaemcercade1,7%aoanoparamanteronívelrelativofaceà

médiadaUEnofinaldoQCAIII.

aInserçãodaeconomiaPortuguesana“GeografiaCompetitiva”Internacional:Mudançasaceleradas

e Exigências Concorrenciais Acrescidas

Osproblemasde internacionalizaçãodaeconomiaportuguesaalargaram-se,comefeito,noperíodo

2000-2006, traduzindo-se,emprimeiro lugar,noplanodosfluxoscomerciais,namanifestaçãopro-

gressivadeumadegradaçãodacapacidadecompetitivaeconcorrencialdasexportaçõesportuguesas

eexprimindo,sobretudo,umainsuficientedinâmicadeadaptaçãodaespecializaçãodeprodutoseda

naturezadasvantagenscomerciais,peranteoaumentodeumaduplapressãoconcorrencial(uma“te-

naz”concorrencial),“porcima”,originadaemestratégiascentradasnovalorenadiferenciação,e“por

baixo”,originadaemestratégiascentradasnocustoenopreço.

Ociclodeprogramaçãoestrutural2007-2013vaidesenvolver-senumquadrodeconsolidaçãodesta

nova“geografiacompetitiva”,istoé,numquadroondeasgrandeseconomiasemergentese/ouemtran-

siçãonãosólideramoritmodecrescimentoeconómicocomoassumem,noseuconjunto,posiçõesde

liderança quantitativa dos fluxos de comércio e investimento internacional de bens e serviços e onde a

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Page 107: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

UniãoEuropeiaseinserecombasenuma“geometriavariável”externa,istoé,combaseemdesempe-

nhos fortemente diferenciados, com reflexos significativos no crescimento e no emprego das econo-

miasnacionais,dassuasregiõesedassuascidades.

As dificuldades de adaptação da economia portugesa às exigências concorrenciais da nova “geografia

competitiva”emconsolidaçãonãosão,nestequadro,demasiadoespecíficasumavezqueacompanham

opadrãodoconjuntodaEuropadoSul,ondeaeconomiaespanholaapresentaomelhordesempenho

eaeconomiaportuguesaconsegue“fazermenosmal”naexportaçãodebenstransaccionáveis,re-

gredindomenosqueaItáliae,sobretudo,queaGréciae“fazermenosbem”nodesenvolvimentodas

actividadesassociadasaoturismo,progredindomenosqueaItália,aGréciaeaEspanha.

GRáFICO2 aeuROPanOCOMéRCIOInteRnaCIOnalDebenSeSeRvIçOS

Asdiferentesformasevelocidadesdeinserçãodaseconomiaseuropeiasnaglobalizaçãocomercial

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Fonte:CálculospróprioscombaseemWTO(2006),InternationalTradeStatistics,2006.

Aintensificaçãoereequilíbriodainternacionalizaçãodaeconomiaportuguesa,obriga,noplanodoinves-

timento,aviabilizaracaptaçãodenovosfluxosdeIDEalicerçadosemnovosfactorescompetitivoseem

novascapacidadesdeintermediaçãointernacionaldaeconomiaportuguesa,porumlado,ededinamizar

novosfluxosdeIDEsuportadosporumabaseempresarialmaisalargadaeporinstrumentosdeapoio

maissistemáticoseefectivosnacriaçãodecondiçõesparaainternacionalização(humanas,organizacio-

nais e financeiras) e orientados para mercados e actividades de inquestionável interesse e vantagem.

1.1.2.asRegiões“Convergência”noContextodasRegiõesPortuguesaseeuropeias

Ociclo deprogramaçãoestrutural 2007-2013 comporta, noplanododesenvolvimento regional, um

desafiorelativamentenovoparaPortugalquesetraduznadiferenciaçãodasformasdeinserçãodas

diferentesregiõesnomodelodoQREN,emsintoniacomapolíticadecoesãoàescalaeuropeia.Aca-

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racterizaçãodaevoluçãoedasituaçãodasregiõesportuguesasnoquadroeuropeuenacionalconstitui,

neste quadro, um elemento relevante da avalição da qualidade do diagnóstico efectuado.

aSituaçãoespecíficadasRegiõesPortuguesasnoquadroeuropeu

AsregiõesdeconvergênciadaEuropadosul,ondeseintegramasregiõesportuguesas,constituem

um universo específico à escala europeia, na medida em que colocam problemas próprios associados

a uma excessiva longevidade dos respectivos processos catching-up permanecendo enquadradas no

“pelotão”dasregiõesmenosdesenvolvidasdaUniãoEuropeia,apesardosprogressosregistadospelos

respectivos países em matéria de convergência das economias nacionais, pelo que constituem um du-

plo desafio para a coesão territorial (nacional e europeia).

Adimensãonacionaldestaquestãoémaiornocasoportuguês,ondeasregiõesdeconvergênciasão

responsáveisporcercade54%dariquezacriada,doquenasrestanteseconomiasdaEuropadoSul,

quesãoresponsáveisporcercade44%,24%e17%dariquezacriada,respectivamentenaGrécia,na

EspanhaenaItália.

GRáFICO3 ReGIõeSDeCOnveRGênCIanaeuROPaDOSul

(PIBRegional,percapitaeem€,em1990-2000e2002-2003)

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Fonte:CálculospróprioscombaseeminformaçãoestatísticadoEUROSTAT.

AanálisedaconvergênciadasregiõesportuguesanaUEnoperíodo2000-2006,considerandooseu

desempenho global e a diferenciação no espaço europeu e no espaço nacional, permite destacar um

conjuntorelevantedequestões:

• Asregiõesportuguesasdeconvergênciarepresentamoscasosmaisrelevantesdeexcessivalon-

gevidade na permanência em processo de coesão ou catching-upnaEuropadoSul.Estaexcessiva

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longevidadeexplica-se,comovimos,porproblemaseconómicos,sociaiseinstitucionaisdenatureza

estrutural,mastambémporerroselimitaçõesdosanterioresciclosdemobilizaçãodosfundoses-

truturais (à escala nacional, à escala sectorial e à escala regional), o que justifica a adopção de uma

abordagem, no ciclo 2007-2013, que seja suficientemente diferente para permitir uma espécie de

“recomeço”apoiadoemnovosobjectivos,instrumentosemodelosdegestãoeacompanhamento;

• Aespecializaçãodasregiõesdeconvergênciasurge,emPortugaleemEspanha,talcomonalgu-

masasregiõesmenosdesenvolvidasdaFrançaedaItália,muitoassociadaaumpesomuitore-

levantedasactividadesdeconstruçãoepromoçãoimobiliária.Semumarenovaçãorelativamente

profundadopadrãodeespecialização,serámuitodifícilencontrarnovoscaminhosdecrescimen-

toeconvergênciamaiseficazesesustentáveis;

• Ainovaçãoquesereveladecisivapararelançaroprocessodeconvergêncianestasregiõesen-

contra limitações severas, seja ao nível da inserção do tecido empresarial emactividades de

média-alta e alta tecnologia, seja ao nível da inserção dos recursos humanos mais qualificados

em actividades de investigação e desenvolvimento, seja no seio das empresas, seja no seio das

instituiçõesdosistemacientíficoetecnológico.Noseiodasregiõesdeconvergência,existem,no

entanto, pólos emergentes que permitem configurar estratégias de promoção da inovação sus-

ceptíveisdeproduzirresultadosrelevantesemboranecessariamentearticulados,emmaiorou

menorgraus,comasestruturas,empresaserecursoslocalizadosnaregiãodeLisboa.

1.1.3.avaliaçãodoDiagnóstico:SínteseCríticaeaprofundamentos

Odiagnósticoefectuadonãosócontemplaasprincipaisquestõesrelevantesdopontodevistadacom-

petitividade, embora comportando alguns desequilíbrios no respectivo tratamento e aprofundamento,

comopermitiucolocarcomclarezaagrandequestãoqueimportaresolvernoquadrodopresenteci-

clo de programação estrutural: “A economia portuguesa vem observando dificuldades em se posicionar

competitivamente num mercado internacional crescentemente concorrencial e globalizado e de endogeneizar

(traduzir em valor) as alterações de natureza estrutural que se vêm efectuando nos últimos anos, nomeada-

mente as resultantes dos investimentos apoiados no âmbito da coesão e da competitividade (designadamente

via fundos estruturais)”.

A forma adoptada reflecte, no entanto, ainda, no âmbito dos factores de competitividade, a transição di-

fícil em curso, de um modelo de programação sectorial de base nacional, para um modelo de programa-

çãotemáticocomportandoarticulaçõesentreintervençõesdebasenacionaleregional.Aslimitações

apontadasaodiagnósticorealizado,emboranãodiminuamnemassuasprincipaisconclusões,nema

respectiva qualidade, aconselham, no entanto, a considerar seriamente o respectivo aprofundamento,

com base na presente avaliação ex-ante e no esforço subsequente de espeficicação e regulamentação

doPrograma,emcincodirecçõesprincipais:

• Reconhecerasprofundaseaceleradasmudançasdanova“geografia competitiva” moldada pela

aceleraçãodaglobalizaçãoepeloalargamentodaUE,easrespectivasconsequênciasnumadas

economiasmenosdesenvolvidasdazonaeuro;

• Aprofundarodiagnósticodoscustos de contexto,excessivamenteorganizadoemfunçãodosobjectivos

dosesforçospositivos,emcursonareorganizaçãodaadministraçãocentraldoEstado,direccionando-

-oparaosresultadosnecessáriosemmatériacondiçõesefectivamenteestimulantesdainiciativa,do

investimento e do desenvolvimento empresarial, e, sobretudo, ampliar o diagnóstico em direcção aos

custos transacçãoondeaeconomiaportuguesaaindaregistalimitaçõessignificativas;

• Aceitaractivamenteaevidênciaempíricaeoscontributosteóricosmaisrecentesparavalorizar

a importância decisiva da “cadeia de valor”comoinstrumentodesuperaçãoda“velha” lógica

sectorial,deadopçãoda“nova”lógicatemáticaehorizontaledeimpulsionamentodeumalúcida

concentraçãoderecursosnasactividadesdebenseserviçostransaccionáveis;

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• Completareampliarodiagnósticodaenvolvente de apoio à competitividade empresarial valo-

rizando,deformamaisdeterminada,asdimensõesmicroeconómicasdacompetitividade e, so-

bretudo,acolherarelevância,nocasodaeconomiaportuguesa,dasuperaçãodasintervenções

parcelares sobre condiçõespotenciaisdecompetitividadeemfavordasintervençõessusceptí-

veisdeligarpólosdeofertaeprocura(produçãoeutilização),transformandoessascondiçõesem

processoscompetitivosefectivos;

• Articularaumnívelmaisfino,numalógicadescendenteeascendente,asarticulaçõesentreo

diagnóstico competitivo nacional e os diagnósticos competitivos regionais, de forma a garantir

uma base analítica e empírica mais sólida de suporte à elaboração de estratégias de competitivi-

dade regionais efectivamente diferenciadas.

1.2. A Qualidade da Estratégia AdoptadaA avaliação da qualidade da estratégia adoptada é desenvolvida com base em três eixos fundamentais,

enquadradospelasgrandesorientaçõeseuropeias,nocruzamentodapolíticadecoesãocomaEstra-

tégia de Lisboa renovada.

1.2.1.asGrandeslinhasdeForçadaestratégiadaagendadeCompetitividade:avalidaçãodoexer-

cícioSWOtRealizado

AAgendadeCompetitividadepropostanãosó identificade formaobjectivae correctaosprincipais

bloqueios e problemas que, na economia portuguesa, têm limitado a competitividade das empresas e

dos territórios e, por essa via, o processo de convergência real da economia portuguesa, como aponta

objectivos que estão em linha com os desafios que emergem desse bloqueios e problemas estruturais

e apresentam um bom grau de conformidade com as grandes linhas de orientação dos planos e estra-

tégiasnacionaiseeuropeias.AAgendadaCompetitividadepropostacontém,adicionalmente,umforte

potencial de mudança positiva face às insuficiências detectadas nas experiências anteriores de progra-

maçãoestrutural,realizadoatravésdeumaequilibradaincorporaçãodasprincipais“liçõesdaexperi-

ência”apontadas,nomeadamente,nosrelatóriosdeavaliaçãointercalardosPOdoQCAIIIrelevantese

nosestudospreparatóriosdesenvolvidossobcoordenaçãodoObservatóriodoQCAIII.

AanáliseSWOTapresentadanãosuporta,noentanto,adequadamentetodoesseesforçopositivocon-

seguidonaformulaçãodaAgendadeCompetitividadedoQREN.Comefeito,nãoficamosasaber,por

exemplo, se a estratégia adoptada se concentra nas oportunidades (e em quais, prioritariamente?) para

promover uma mais rápida acumulação e consolidação de forças (e quais, prioritariamente?) para as

aproveitarou,alternativamente,seconcentranasfraquezas(eemquais,prioritariamente?)paraen-

frentar e limitar as ameaças (e quais, prioritariamente?) ou, ainda, se combina parcialmente (e como?)

estes dois caminhos numa lógica de articulação entre realismo e ambição.

ArevisãodaanáliseSWOTdeveria,depois,explicitarasgrandesopçãode“caminhoestratégico”(stra-

tegic path)inplícitasnaAgendadeCompetitividadedoQREN.Comocontributoparaessarevisãoapre-

senta-sedeseguidaumasistematizaçãodasoportunidadeseameaçascomquesedefrontaoprocesso

dedesenvolvimentocompetitivo,bemcomodasforçasefraquezasdasituaçãoportuguesanestedomí-

nio,ondeseencontraram,naanáliserealizada,limitaçõesouomissõesmaissignificativas.

1.2.2.aRacionalidadedaagendadeCompetitividadeProposta

A Agenda proposta, que se apresenta, em termos globais, bastante coerente e com prioridades de in-

tervenção bem alinhadas com os objectivos definidos, foi submetida, no quadro da avaliação ex-ante, a

uma análise da respectiva racionalidade, isto é, ao respectivo escrutínio em matéria de relevância dos

desafios abordados e de pertinência dos objectivos seleccionados.

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quaDRO-SínteSeDOSeleMentOSDaanálISeDaRelevÂnCIa(QUESTÕESRELATIVASÀIDENTIFICAÇÃODOSDESAFIOS,PROBLEMASENECESSIDADES)

COntextOMaCROeCOnóMICOGlObaleMeRGente

Pressõesdecustosepreços com incerteza adicional, despesapúblicalimitada

▼Percepçãodasmudanças concretas nas expectativas e comportamentos

dos agentes económicos privados [decisivas nos ciclos de investimento]

e no papel do Estado na economia[regulação, envolvente e incentivos ↑,

intervenção e ajudas directas ↓]?

Ocontexto macroeconómico do próximo período de programação será, na economia portuguesa, seguramente bem mais complexoedifícil que os contextos anteriormente enfrentados, em função da subida, previsível, mas incerta, dos preços relativos da energia e dos recursos naturais escassos e da descida, mais segura, dos preços relativos dos produtos industriais indiferenciados originários das economias emergentes, dificuldade que será aumentada com a passagem de uma situaçãodetaxasdejurobaixascommoeda apreciada para uma situação de taxas de juro mais altas com moeda apreciada, mas em menor grau.A consolidação orçamental continuará a ser, durante o próximo período de programação, uma prioridade inescapável da economia portuguesa, seja pela dimensão dos desequilíbrios orçamentais e fiscais a corrigir, seja pela pressão adicional das responsabilidades públicas, no caso português, perante o ritmo de envelhecimento da população e o impacte interno dos compromissos assumidos em matériaambiental,conduzindoaumarestriçãopesadaque limitirá o nível do investimento público orientado para o crescimento económico.

tRajeCtóRIaDeCOnveRGênCIaveRIFICaDa

Exigências concorrenciais acrescidasnumauealargada

▼Percepçãodopapel estratégico central

da promoção dos processos e dos resultados da competitividade no ciclo de programação estrutural 2007-2013

?

Apreparaçãoeconcretizaçãodapassagem de “país da coesão” a “país da moedaúnica”nãocorreubemàeconomiaportuguesa, seja por insuficiências ao nível da consolidação dos progressos inicialmente alcançados, seja por insuficiências ao nível da renovação das estratégias de investimento e gestão.A economia portuguesa enfrenta, no futuro próximo, desafios ainda mais exigentes em matéria de promoção da competitividade e do crescimento económico, onde importa responder à pressão de uma concorrência internacional acrescida com uma inserção mais activa, qualificada e facilitada no comércio e investimento nos mercados europeu e mundial.

DInÂMICaCOMPetItIvaRevelaDa

Disparidades na evolução das taxasdecâmbiorealnaue;

Desequilíbrioexterno forteepersistente

▼Percepçãodanecessidade imperiosa do reforço drástico da concentração e da selectividadenautilizaçãodosrecursos, estimulando iniciativas e cadeias de actividades geradoras

de valor internacional?

Asmanifestaçõesde“dualismo”económiconascondiçõesderendibilidade,favorecendoglobalmenteasactividades“protegidas”(benseserviçosnãotransaccionáveis)edesfavorecendoglobalmenteasactividades“expostas”àconcorrência internacional (bens e serviços transaccionáveis), fundamentam a absolutainconveniênciaestratégicadeumProgramasusceptíveldeacolhertodas as actividades económicas, como “clientes” potenciais, indiferente às diferentesposiçõescompetitivaseconcorrenciais.As dificuldades competitivas das actividades exportadoras, sem dinamismo suficienteparareduzirodéficeexternoeondeapressãosobreospreçoslimita fortemente a consolidação dos ganhos de produtividade, na ausência demudançasnopadrãodeespecializaçãoe/ouinovaçãonosmodelosdenegócio, fundamentam uma exigência qualitativa acrescida na avaliação das iniciativas de modernização e expansão das actividades “expostas”, onde a criaçãodevalorinternacionaldeveserdrasticamentevalorizada.

PaDRãODeeSPeCIalIzaçãODaSaCtIvIDaDeSeCOnóMICaS

Excessiva exposição em actividades de crescimento lento eexcessivaabsorçãoderecursos

pelas actividades protegidas▼

Percepçãodasoportunidades daglobalização e da importância do reforço da especialização na aceleração do ritmo

de crescimento económico das economias mais pequenas

?

Aaceleraçãodaglobalizaçãoeaconsolidaçãodomercadointernoeuropeualargadofundamentamarevalorizaçãodopapeldaespecializaçãonocrescimentoeconómico,emsentidoeintensidade,umavezqueocrescimentosustentado de uma economia não depende, apenas, da sua inserção nos “canais”demaiorpotencial,mas,também,damassacríticaalcançadaem termos de afectação de recursos e quotas de mercado, sobretudo em “pequenaseconomias”.Amelhoriadopadrãodeespecializaçãoconfiguraumanecessidadequesópodeser alcançada, para além da transformação da estrutura de exportação, com a procuradenovosequilíbrios,entreosrecursosmobilizados,osserviçosproduzi-dos e o valor criado, nas actividades de bens não-transaccionáveis, susceptíveis de contribuir para o aumento da eficiência global da economia portuguesa.

COnHeCIMentO,DeSenvOlvIMentOteCnOlóGICOeInOvaçãO

Envolvimento insuficiente na “Economia do Conhecimento” associado alimitaçõesseverasnadisponibilidade

de capital humano qualificado e de serviços empresariais avançados

▼Percepçãodacrescenteimportância

da articulação e ligação dos segmentos a montante(oferta) e jusante (procura)

das cadeias de valor na indução da inovação e do desenvolvimento

tecnológico.Percepçãodo carácter cooperativo, transversal

e de mercado das redes inovação?

A identificação de um insuficiente envolvimento global nas actividades intensivas em informação e conhecimento e de uma limitada inovação de base empresarial (processos,produtoseorganização),destacando-seosfactoresexplicativosmi-croeconómicos (insuficiente formação das elites empresariais, fraca articulação entre universidades e empresas, ausência de verdadeiras redes de competências orientadas para o mercado), fundamenta a necessidade de forte ligação entre oferta e procura na respectiva correcção, impulsionada pela afirmação da refe-rênciade“cadeiadevalor”sobreasreferênciasultrapassadasde“sector”.A identificação de uma relação forte entre desenvolvimento tecnológico e a inserção externa, pelas compras e pelas vendas, fundamenta a conveniência de uma muito mais intensa articulação entre desenvolvimento tecnológico einternacionalização,atravésdeformasdecooperaçãoeconcorrênciaqueproduzemsinergias,ondeainternacionalizaçãofavoreceodesenvolvimentotecnológicoque,porsuavez,reforçaacapacidadeexportadoraecompetitivanosmercadosglobalizados.

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InFRa-eStRutuRaS,envOlventeeMPReSaRIaleReGulaçãODOSMeRCaDOS

Envolvimento insuficiente e desequilibrado

na“SociedadedaInformação”;Custosde transacção e contexto elevados associadosafalhasdemercado

▼Percepçãodanecessidadedeglobalizar

a utilização das TICedereduziroscustos de transacção.Percepçãodalógica

alargada, institucional, económica e social,

da redução dos custos de contexto?

Verificaçãodeumainsuficenteconcretizaçãodelógicasderedesedeserviçosacustocompetitivonadisponibilizaçãodasinfraestruturasdesuporteàactividade empresarial e na mobilidade de pessoas, bens, serviços, capital e informação. Verificação de insuficientes progressos alcançados na difusão da “sociedadedainformação”ededesequilíbriosentreutilizaçãofinaleproduçãode tecnologias e conteúdos. Verificação de problemas conjugados na promoção de níveis adequados debenseserviçospúblicos,naobtençãodecondiçõesgeneralizadasdeconcorrênciaenaeficiênciaerapideznofuncionamentodaAdministraçãoPúblicaedosistemadejustiça,quesetraduzem,paraalémdodesincentivodainiciativa e da tomada de risco, em custos acrescidos para as empresas e em condiçõesdevidadiminuídasparaoscidadãos.

quaDRO-SínteSeDOSeleMentOSDaanálISeDaPeRtInênCIa(QUESTÕESRELATIVASÀADEQUAÇÃODOSOBJECTIVOSFORMULADOS)

COntextOMaCROeCOnóMICOGlObalCOnSOlIDaDO

Primado dos ajustamentos reais na competitividade

▼Percepçãodadimensãoqualitativa

dos objectivos de crescimento e emprego; percepção da dimensão microeconómica

na promoção da competitividade empresarial

(princípio de “crescimento intensivo” → competências e produtividade-valor)

?

AdisciplinadaUEM(comasuaelevadaprioridadeaocontrolodainflação)nãopermiteautilizaçãodeajustamentosnominaiscompensatórios,cambiaisoufinanceiros, para as perdas de competitividade e determina, irreversivelmente, que seja a procura de ajustamentos reais (ganhos de eficiência e produtividade em valor, nomeadamente) a constituir a base exclusiva para melhorar o desem-penho competitivo da economia portuguesa.Estarestriçãoinduz,necessariamente,anecessidadedeumanova visão do papeldosfundosestruturais na induçãodemudançasefectivaseinovadorasno padrão de especialização e no modelo competitivo, abandonando medidas genéricasdesimplesdinamizaçãodoinvestimentoedamodernizaçãosemfortes exigências de qualidade estratégica e de orientação para resultados.

tRajeCtóRIaDeCOnveRGênCIaexIGIDa

valorizaçãodoterritórionocentro da construção de uma nova relação

entre coesão e competitividade▼

Percepçãodanecessidadedeumanova articulação entre competitividade

e coesão suportada por uma nova articulaçãoentreintervençõesdebase

temática e territorial(princípiode“diferenciação”→

sinergias terrritoriais específicas)?

A economia portuguesa enfrenta, no futuro próximo, desafios ainda mais exigentes em matéria de renovaçãodosmodeloseformasdepromoçãodacoesão social e territorial, onde importa consagrar definitivamente uma lógica deespecialização,redeeserviçonaexpansãoegestãodasinfra-estruturaseequipamentos colectivos.A exigência destes desafios constitui, também, uma oportunidade para chegar a estratégias regionais suficientemente diversificadas, que se aproximem dos problemas actuais e futuros de cada região e aprofundem as dinâmicas de especializaçãoeconómica,istoé,umaoportunidadeparaacolherautilizaçãodosfundosestruturaisemPortugalnasuaverdadeiralógica transversal de política regional estrutural, superando uma excessiva tendência para modelos de pro-gramação de base vertical e sectorial.

DInÂMICaCOMPetItIvaneCeSSáRIa

Primado do aumento da capacidade concorrencial e da capacidade exportadoralíquidaglobal

▼Percepçãodasformasconcretaseficazes

de articulação entre concentração e selectividade na renovação dos

modelos de negócio e na melhoria das condiçõesdeinternacionalizaçãodas

empresas(princípiode“cadeiadevalor”global→

desenvolver, produzir e vender com massa crítica internacional)

?

Oindispensávelreequilíbrioexternoexigeumaconcentração de recursos no apoio aodesenvolvimentocompetitivodasactividadesdebenseserviçostransaccio-náveis, relegando as outras actividades exclusivamente para formas de enquadra-mentotemáticasouhorizontais,masnãosectoriais.As actividades de bens e serviços transaccionáveis comportam exigências dimensionais próprias, onde a “massa crítica de eficiência” é determinada pelas condiçõesdeconcorrêncianosmercadosrelevantes(mercadointernoeuropeu,mercado mundial) e não pela dimensão da economia portuguesa.A melhoria das determinantes microeconómicas da competitividade exige uma concentraçãotemáticaeminiciativasdirigidasaoreforçodacapacidadeconcor-rencial das empresas e polarizadas pela indução de ajustamentos estruturais (primado da inovação, do desenvolvimento tecnológico e da integração da produ-ção e distribuição em mercados alargados).

PaDRãODeeSPeCIalIzaçãODaSaCtIvIDaDeSeCOnóMICaS

Articulação da melhoria do perfiledoreforçodaintensidade

no padrão de especialização▼

Percepçãodonovoquadrodegestãodas“fronteiras”sectoriais

dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento empresarial e das “fronteiras”dearticulaçãonacional/regionaldaAgendadaCompetitividade

(princípio de “especialização” → concentração

nas cadeias com maior potencial dinâmico de mercado)

?

Ocasoportuguêsaconselha,numquadrodebenchmarking europeu, um reforçosignificativo da especialização, por concentração de iniciativas e recursos em actividades mais dinâmicas, como uma alavanca poderosa de ganhos de eficiência e produtividade.Omesmoquadroaconselhaautilizaçãodeincentivoshorizontais(porreferênciaaopaísnoseuconjuntoeporreferênciaàsregiõesdeaglomeraçãoprivilegiada de actividades) e melhorias no serviço das infra-estruturas de suporte e na envolvente. Amelhoriadopadrãodeespecializaçãoobrigaaumadupla reorientação daspolíticaspúblicas, isto é, reduzindo drasticamente os níveis de apoio e protecçãoaactividadesabrigadasdaconcorrência, favorecendo, desse modo, ascondiçõesdeinternacionalizaçãodasempresas,econferindoumanova prioridade à obtenção de patamares de eficiência nas actividades de serviços associados à eficiência colectiva (educação, formação profissional, mobilidade, decisão e controlo regulamentar dos mercados, nomeadamente).

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13110

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COnHeCIMentO,DeSenvOlvIMentOteCnOlóGICOeInOvaçãO

ReforçodasactividadesdeI&Ddebaseempresarialeaceleração

da inserção das empresas na “SociedadedaInformação”

▼Percepçãodaarticulaçãoentre

economia do conhecimento e internacionalização,atravésde

uma abordagem da inovação e do desenvolvimento tecnológico mais

centrada na empresa, no mercado e na procura

(princíprio de “modularidade” →entrar nas redes de investigação e desenvolvimento que “levam” novos produtos aos mercados)

?

A redução do gap negativo português, em matéria de inovação e desenvolvimen-to científico e tecnológico, alimenta, necessariamente, um caminho específico onde as prioridades comunitárias associadas à “sociedadedainformação” e à “sociedade do conhecimento” sejam tratadas de forma a intensificar a sua expressão no mundo empresarial,nomeadamentenossegmentodasPMEmaisdinâmicasedasempresasmaisinternacionalizadas,quepodemcontribuirpoderosamente para o respectivo progresso competitivo.Aarticulaçãoentreinternacionalizaçãoedesenvolvimentotecnológicoincentivauma programação orientada por uma novalógicadeacçõesintegradas, visando favorecer o surgimento, desenvolvimento e consolidação de plataformasdeempresaseinstituiçõesdesuportecentradasnainovaçãoedesenvolvimentotecnológico alimentadas pelas oportunidades de internacionalização, valori-zando,muitomaisdoquenopassado,ascondiçõeseprocessosdeinternaciona-lizaçãoemsintoniacomapróprialógica,regionaleterritorializada,dosfundosestruturais.

InFRa-eStRutuRaS,envOlventeeMPReSaRIaleReGulaçãODOSMeRCaDOS

Envolvente competitiva e mercados eficientes no centro de uma nova

atractividade económica▼

Percepçãodaimportânciadarecriação denovosfactores“custo”na

dinamizaçãodoinvestimentoempresarial(princíprio de “atractividade” → prazos e custos diminuídos para

asdecisõeseoperaçõesempresariais)?

A“reconstrução”daatractividade parcialmente perdida pela economia por-tuguesa em matéria de investimento interno e internacional, não podendo ser alcançada pelo baixo custo do trabalho, pode ser alcançada com a criação de um ambienteefectivamentefavorávelaodesenvolvimentoempresarial (business oriented),pelarapidezdasdecisões,pelaeficiência dos mercados.A promoção da atractividade da economia portuguesa, não dispensando inter-vençõesnalógicadoscustosoperacionais,pode,também,seralcançadapelaobtenção de por custos de transacção competitivos, nomeadamente os custos operacionais associados à mobilidade de factores, bens e serviços, capitais, pessoas e informação.

1.2.3.aIntensificaçãodaInovaçãoedaMobilizaçãodoConhecimentocomoquestãoCentraldaagen-

da da Competitividade

A intensificação da inovação e do conhecimento nas estratégias de desenvolvimento económico à escala

nacional e regional constitui a base para alimentar sinergias efectivas entre a política de coesão e a “Es-

tratégiadeLisboa”renovada,criandocondiçõesparaqueosrespectivosobjectivospossamapoiar-se

mutuamente. A avaliação da qualidade da estratégia proposta exige, assim, um escrutínio dos respec-

tivos méritos na promoção desta articulação.

Aavaliçãoex-anterealizadapermiteconcluirqueoprincipalméritodaAgendadeCompetitividadepro-

postapeloQRENresidenacompreensãodequeesse“casamento”nãoseconcretizacombaseem

declaraçõesformais,masantescombaseemmudançasmuitoexigentesnaprópriaconfiguraçãodos

exercícios de programação estrutural e de renovação dos programas de acção da Estratégia de Lisboa.

ApassagemdaAgendadeCompetitividadeparaaformulaçãodoPOTemáticoFactoresdeCompetiti-

vidadeeparaosPORegionaislevanta,noentanto,umconjuntodequestõesdeconteúdoeorganização

da programação estrutural que, com base na análise desenvolvida pela avaliação ex-ante, não se encon-

tram inteiramente resolvidos.

AdinamizaçãodosinvestimentoseminovaçãoeconhecimentoindiciadapelaAgendadeCompetitivida-

de proposta coloca os seguintes principais desafios estratégicos e operacionais:

• Amobilizaçãodosfundosestruturaisdevealcançarumequilíbrioefectivoentre a estruturação e

qualificação das“infra-estruturas”(“oferta”),aestruturaçãoequalificaçãodos“comportamen-

tos” dos agentes económicos (“procura”)eaestruturaçãoequalificaçãodas“relaçõesdecoope-

ração”entreambos(“ligações”),apoiandoaformaçãodepráticassistematizadasesustentadas

de inovação à escala regional;

• Amobilizaçãodosfundosestruturaisdevevalorizar a diversidade das economias regionais e do

respectivopotencialdeinovaçãoemobilizaçãodoconhecimento, o que implica rejeitar aborda-

gens demasiado genéricas e uniformes em favor de uma procura de tipo fine tuningdecombi-

naçõesespecíficasdeintervençõesemedidas,nasdiferentesregiões,quecorrespondamàs

necessidades específicas e se adaptem ao potencial de inovação de cada uma delas;

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• Amobilizaçãodosfundosestruturaisdeveatenderaofactodeainovação se desenvolver, priorita-

riamente,nasactividadesempresariaisenasdinâmicasdemercado,atravésmúltiplascompo-

nentes que incluem destacadamente a tecnologia, mas não se esgotam nela.Oreforçodopotencial

deinovaçãodasPMEécríticonasregiõesdeconvergênciadaeconomiaportuguesajustificando-se,

paraoperacionalizaraAgendadeCompetitividadeproposta,intervençõesemedidasquefavorecem

quer a sua ligação e inserção em redes de difusão de conhecimento e tecnologia, das universida-

des,aoscentrostecnológicoseaosfornecedoresespecializadosdeequipamentoseserviços,sem

criar fronteiras regionais artificiais, quer o acesso mais alargado a recursos humanos qualificados

a inovação, nomedamente através do recrutamento, autónomo ou partilhado, de quadros científicos

e técnicos, designersindustriaiseespecialistasemgestão,organizaçãoedistribuição.

2. O Programa Operacional Factores de Competitividade2.1. Avaliação da Coerência InternaEmtermosdacoerênciainternadoPrograma,apesardeaparentementeexibirumaboarelaçãocom

osobjectivosestratégicosqueestãonasuabase,aestruturaçãodoProgramaencerraváriosvíciosdo

passado: por um lado, mistura eixos prioritários com instrumentos (o que poderá dificultar a prossecu-

çãoeficazdasprioridadesestratégicas);poroutrolado,pareceexibirumacertacompartimentalização

poráreasministeriaiseportipologiasdedestinatários(oquepoderádificultarasactuaçõesemredee,

naturalmente, a selectividade).

Comefeito,erelativamenteaoprimeiroaspecto,noenunciadodosEixosPrioritários,esemseconsi-

derar,pelasuaespecificidade,oEixoVI,transpareceumduplocritério:osEixosI,IIeIVcorrespondem

aintervençõesarrumadasnumalógicadedimensõesdacompetitividade(respectivamente,Conheci-

mentoeTecnologia,InovaçãoeEmpreendedorismoeInstituiçõesPúblicasdeSuporte),enquantoque

osEixosIIIeVseautonomizammaisemfunçãodeumadimensãoinstrumental(respectivamente,Fi-

nanciamento/EngenhariaFinanceiraeRedeseAcçõesColectivas).

Deigualforma,nãoéfeitareferênciasignificativaàformacomooPrograma,apropósitodestatemá-

tica,sevaiarticularcomoProgramaOperacionalTemáticoPotencialHumano,namedidaemquese

pretendequeoapoioaocapitalhumanonoâmbitodoQRENnãosejapolarizadopelaofertaformativa,

massimorientadoparaasnecessidadesdeaprendizagemaolongodavidaligadasaodesenvolvimento

empresarial,numalógicadeadequaçãoprogressivadaofertaàprocuradequalificações.

2.2. Avaliação da Coerência ExternaanálisedaCoerênciacomasGrandesOrientaçõesestratégicasComunitárias

OPOdosFactoresdaCompetitividadeexibeumaelevadacoerênciacomasgrandesorientaçõeses-

tratégicascomunitárias,designadamentecomaEstratégiadeLisboaRenovadaecomasOrientações

EstratégicasdaPolíticadeCoesão2007-2013.Aafectaçãoderecursosfinanceirosporcategoriasde

despesa respeita, para além do necessário, as exigências ligadas ao earmarking.

análisedaCoerênciacomasestratégias,PlanoseProgramasnacionaisRelevantes

Emtermosglobais,oPOdosFactoresdeCompetitividadeapresentaumaelevadacoerênciacomases-

tratégias,planoseprogramasnacionais,designadamentecomoPNACEecomoPlanoTecnológico.A

relaçãocomoPENTparecemaisdifícildeestabelecernoquerespeitaaoinvestimentoempresarial.Com

efeito,aactividadeeconómica“turismo”mereceriamaiordestaque.Estesectoreconómicoconstituium

dos domínios de desenvolvimento futuro em relação ao qual podemos ter alguma segurança quanto à

possibilidadedecontrolaraerosãodacompetitividade.Asacçõesdequalificaçãodaofertaturísticaeser-

viçoscomplementares,emarticulaçãocomavalorizaçãodoterritório,deveriamestar,napresentefase,

melhorexplicitadas,nomeadamenteemtermosdaarticulaçãoentreoPOTemáticoeosPORegionais.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13112

Page 115: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

Umoutroaspectomenosconseguidoprende-secomapoucaintegraçãodasprioridadesdestePOcom

osgrandesobjectivosdosoutrosdoisPOtemáticos.Seriadomaiorinteresse,nestedomínio,explo-

rarasinteracçõesentreSCTN-empresas-projectosinfra-estruturais.Asobraspúblicasdenatureza

estratégicaprevistasparaoperíododoQREN,nosdomíniosdostransportes,daenergia,dasteleco-

municações,dosserviçosdesaúdeedaeducação,deveriamtersidoconcebidascomogeradorasde

efeitos de alavancagem do conhecimento aplicado, por via do public procurement e da criação de efeitos

sistémicosdeinteracçãoemobilizaçãodeactores.

análisedaCoerênciacomosPORegionais

OsPORegionaisincorporameixosemedidasespecificamentedirigidosparaapromoçãodacompetiti-

vidade.Assim,emtermosdecoerênciaexterna,assumiráespecialrelevânciaaarticulaçãodoPOFac-

toresdeCompetitividadecomosPORegionaisdoNorte,doCentroedoAlentejo,regiõesdoobjectivo

Convergência.

OscritériosbásicosadoptadosparaaafectaçãodosinstrumentoseprojectosacadaumdosPOforam:

(i)asintervençõesquebeneficiamdeumagestãomaispróximadosbeneficiáriosouasquedecorrem

delógicasregionais,locaisouurbanascentram-senosPORegionais;(ii)asintervençõesqueexigem

limiares críticos, que exigem coordenação ou que decorrem de estratégias nacionais, foram integradas

noPOTemático;(iii)asredesdeinfra-estruturasdenaturezacientífico-tecnológicaedeacolhimento

empresarialficamintegradasnosPOregionais;(iv)ossistemasdeincentivosaoinvestimentoàsem-

presasdoPOTemáticodestinam-seàsmédiasegrandesempresaseosdosPORegionaisdirigem-se

para as pequenas e microempresas.

Oprimeirocritério,queaparentementedizrespeitoaprojectosnãoempresariais(iniciativaspúblicas,

envolventeempresarial),carecedeobjectivaçãoederacionalidade.Nãoexistemcritériosquepermitam

identificar,emteoria,asintervençõesquebeneficiamdeumagestãomaispróximadosbeneficiáriosou

asquedecorremdelógicasregionais,locaisouurbanas.Talvezfossemaispragmáticoutilizarocritério

do âmbito do problema e/ou das áreas geográficas das externalidades que se pretendem gerar.

Osegundocritérioparecerazoável,colocandoumaexigênciadecoordenaçãotemáticaeregionaldas

decisões,oquenãoimplicanecessariamenteoseuenquadramentonoPOTemático.Aoinvés,osprojec-

tospodemserenquadradosnosPORegionaisesersubmetidosaumsistemadecoordenaçãocentral.

Oterceirocritérioparecedesadequadonoquerespeitaàsinfra-estruturascientífico-tecnológicas.De

facto,seexisteáreaondehánecessidadedecoordenaçãocentraléesta.Porumlado,aforteepouco

ordenada proliferação deste tipo de infra-estruturas, na última década, exige um esforço enorme de

racionalizaçãoeespecializaçãosegundocritériosnacionais.Poroutrolado,remeterestedomíniopara

o âmbito regional incorpora um forte risco de emergência de um segundo ciclo de proliferação de novas

estruturas.Asoluçãopareceresidirnumsistemapartilhadoemaisumavez,baseadonocritériodas

externalidades,umavezquenãosevalorizaalimitaçãodosPORegionaisnosentidodeapoiaracriação

de infra-estruturas científico-tecnológicas, por exemplo, em clusters regionais que delas necessitam.

Oquartoeúltimocritériotambémédiscutível.Umprojectodeumagrandeempresa(ougrupo),sede-

adaefortementeimplantadanumaregiãopoderiasermelhorenquadradonoâmbitodoPORegional

relevante.Odireccionamentodossistemasde incentivosempresariaisdoPOTemáticoparaoapoio

àentradadeIDEestruturantenopaís(multinacionaisestrangeiras)eparaoapoioàsestratégiasde

médiasegrandesempresascomelevadaintensidadeexportadora,deixandoasrestantesparaosPO

Regionais,incluindo,nestesProgramas,osinvestimentosnaáreadoturismo,que,independentemente

da dimensão dos promotores, têm expressão territorial evidente, poderia constituir uma melhoria na

solução encontrada.

UmcomentáriotransversalàcoerênciaexternadoProgramadizrespeitoaofactodenãoestarexpli-

citadaaformacomoseráefectuadaasuaarticulaçãocomasregiõesnãoabrangidaspeloPO.Num

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contextodeincidênciadoProgramaapenasnasregiõesNorte,CentroeAlentejo,antevê-sequepolíti-

cas de configuração relativamente idêntica, embora apenas financiadas por recursos nacionais, terão

deserparalelamentepromovidasnasregiõesdeLisboaeAlgarve.Semesclarecercomoéqueessas

intervençõesparalelasirãodecorrerearticular-secomasdoPrograma,aênfaseatribuídaàI&De

inovação (ver caixa de texto) aparece relativamente comprometida. A consolidação do sistema nacional

deinovaçãotemdeterematençãoqueosprotagonistasprincipaisdoSCTNseencontramlocalizados

em Lisboa. A não consideração deste tipo de articulação pode afectar seriamente a coerência externa

(extra-QREN)doPrograma.Deigualforma,aestratégiadereduçãodoscustospúblicosdecontextoas-

sociadaàmodernizaçãodaAdministraçãoPública,numcontextoemqueagrandemaioriadosserviços

seencontramsedeadosemLisboa,carecedeaprofundamentoquantoàformadasuaoperacionaliza-

ção no país como um todo.

3. As Recomendações da Avaliação Ex-ante: A Incorporação de Conhecimento e de Lições da Experiência na Programação Estrutural da Agenda de CompetitividadeOanteriorperíododeprogramaçãoestruturalcontribuiuinequivocamenteparaodesenvolvimentodo

país, tendo revelado impactes mais positivos ao nível do investimento público dirigido ao reforço da

dotação em infra-estruturas e equipamentos colectivos e da consolidação da oferta de serviços de na-

turezasocial.Significativamentemaismodestos,foramosimpactessistémicos,particularmenteem

domíniosdenaturezamaisimaterial,comoacompetitividade(sobretudoadebaseterritorial),aino-

vaçãoeavalorizaçãodosrecursoshumanos,oqueterácontribuídoparaacentuarascaracterísticas

extensivas do nosso modelo de crescimento.

Anaturezaeexigênciadosdesafiosreferidossugere,noquerespeitaàformulaçãode intervenções

estruturais dirigidas à promoção da competitividade e inovação no ciclo 2007-2013, um conjunto de re-

comendaçõesestratégicasquepermitammaterializarcorrecçõesqueodesenvolvimentodaavaliação

ex-antefundamentaeasliçõesdaexperiênciaidentificadasajudamacompletar:

Aposta na indução de “procuras” mais qualificadas, seja através do reforço da selectividade (a

concretizarpelautilizaçãodecritériosrigorososdeselecçãoehierarquizaçãodecandidaturas),

seja através de uma maiorconcentraçãonasfasesiniciaisedeexecuçãodociclodevidados

projectos, acompanhando mais de perto os promotores no desenvolvimento das ideias e na con-

figuração e desenvolvimento estratégico dos projectos;

OsProgramasnaáreadacompetitividadeganhariammuitosefossemexpressosemcentenas de

bonsprojectosestruturantes e não em milhares de projectos com forte dispersão da respectiva

valia e dimensão;

• acompanhamentoefectivodosciclosdevidadoinvestimentoprivado,recusando liminarmente

formas de apoio a “investimento recuperado”, para apoiar, apenas, novo “investimento induzido”

emconsonânciacomosobjectivosdoPrograma,egerindociclos específicos, devidamente pro-

gramados e temporalmente limitados, de apoios ao investimento empresarial, em detrimento da

lógica de guichetabertoempermanênciaoufechadoabruptaeindeterminadamente;

• Adopçãodeumprimadodepolíticashorizontaisdebaseregional, suficientemente diversifica-

das, sobre políticas verticais de base nacional, relativamente homogéneas;

• Adopçãodeumprimadodeintervençõesdenaturezamaisglobal, visando a produção de ajus-

tamentos estruturais no funcionamentodosmercados e na articulaçãoentreofertaeprocura,

sobreas intervençõesdenaturezamaisespecífica, visandoaexpansãodocapital físicoedas

infra-estruturas colectiva;

• Adopçãodeumaprogramaçãoporobjectivosprioritáriosetransversais,aoinvésdalógicatradi-

cional de programação para destinatários e executores,respeitandoasorientaçõescomunitáriasde

concentração temática e financeira e valorizandoosprojectosquepossamprovarumméritoformal

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13114

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absolutoerelativo, num quadro de afectação concorrencial e eficiente de recursos escassos;

• Adopçãodeumaprogramaçãoorientadapelaconcentração de recursos no apoio ao desenvolvi-

mentocompetitivodasactividadesdebenseserviçostransaccionáveis,relegandoasactivida-

desdebenseserviçosnão-transaccionáveisexclusivamenteparaformasdeenquadramento

temáticas ou horizontais, mas não sectoriais;

• Concepçãode instrumentos de apoio ao desenvolvimento empresarial, ao crescimento econó-

mico e ao emprego, combaseemestratégiasmaisancoradasemprojectosinovadoreseestru-

turantes,centradosnosfactoresavançadosdacompetitividade, com efeitos demonstráveis de

arrastamentosobreoutrasorganizaçõeseactividades;

• Reforçodacapacidadedegestãoestratégicadasustentabilidadedasintervenções, apostando

determinadamentenavalorizaçãodalógicadecapacitaçãodepromotoresebeneficiários,noen-

cadeamentosequencialdeváriasgeraçõesdeequipamentoseserviços,nasatisfaçãodeprocu-

ras sociais mais avançadas e na exploração intensiva das economias de rede;

• Adopçãodemodelosdegestãomaisabertoseparticipativos,comumnovoquadrodearticula-

çãointernoederelacionamentoentreosectorpúblico,ainiciativaprivadaeasociedadecivil,

culminando em formas de cooperação estratégica, com força suficiente para que as estratégias

regionaispossamserefectivamente“apropriadas”,noterreno,aumnívelsuficientementedes-

centralizadoparapoderemserefectivamenteprosseguidasatravésdesinergiasecomplementa-

ridades, financeiras e operacionais, mas, também, com a inteligência necessária para evitar uma

fragmentação de iniciativas e meios, gerando um quadro nacional suficientemente integrador e

coerente;

Taisdesenvolvimentospassamaexigir,emtermosglobais,ummaiorgrauderesponsabilizaçãoe

controloporpartedaAdministraçãoPúblicae,particularmente,daAdministraçãoCentral,seja,

num primeiro momento, na concepção do modelo de relacionamento e respectivo desenho con-

tratual,seja,posteriormente,nagestão,acompanhamentoemonitorizaçãodarelaçãocontratual

estabelecida e na própria avaliação da solução adoptada.

Estasrecomendaçõesestratégicasconsubstanciamumconjuntoderecomendaçõesmaisespecíficas

quesepodemorganizaremtornodeumconjuntodegrandesquestões,descritasemseguida,quepare-

cemparticularmenterelevantesparaaoptimizaçãodaeficáciadaspróximasintervençõesoperacionais

na área da competitividade.

PromoveraInovação,aInvestigação&DesenvolvimentoeamobilizaçãodaCiência&tecnologiaco-

locandonocentroosectorempresarialeligandoactivamenteofertaeprocura:

• Centrarasintervençõesnasprioridadescientíficasetecnológicasdosectorempresarial, su-

bordinando o desenvolvimento científico e tecnológico ao primado da inovação empresarial e do

reforçodoempreendedorismodebasetecnológica,valorizandoaslógicasderede;

• CorrigirodesequilíbrioentreoforteapoioefectivadoàsactividadesdeC&teàI&Dnãoempresa-

rial e o escasso apoio à I&D empresarial, bem como a quase inexistência de apoios ao empreende-

dorismodebasetecnológica, não obstante a necessária manutenção do esforço global de aumento

dasdespesasemI&Dedavalorizaçãoemcursodosistemacientíficoetecnológiconacional,como

formaderecuperaroatrasodePortugalfaceàseconomiasmaisdesenvolvidasdaUE;

• Dar prioridade ao apoio a projectos de I&D e Inovação liderados por empresas ou consórcios

público-privados, com forte efeito de demonstração e impacte previsível ao nível da competiti-

vidade;

• DirigiraformaçãoavançadaemrecursoshumanosemC&tparaáreastemáticasderelevância

para o mercado para facilitar a sua posterior inserçãoeparasensibilizarereforçarocresci-

mento da procura de C&T por parte das empresas - dois factores considerados estruturantes

para o mercado de emprego científico e tecnológico - num quadro de uma aposta que se pretende

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equilibrada na inserção no mercado de trabalho dos recursos humanos mais qualificados e na

formação prévia desses recursos;

• DarprioridadeàavaliaçãodasinstituiçõesdeI&D para uma justa afectação selectiva dos re-

cursos financeiros e à fusãodealgumasdelas com o objectivo de se criar massa crítica em de-

terminadas áreas prioritárias, ao mesmo tempo que se desconcentram regionalmente as suas

actividades.

DifundirgeneralizadamenteosparadigmasdaSociedadedaInformaçãoedaSociedadedoConheci-

mento,numalógicadesuportedacompetitividadeedecapacitaçãodosutilizadores:

• Colocar,aoserviçodacompetitividade,asinfra-estruturaseequipamentosimplementadosno

qCaIIInoâmbitodastIC, não obstante a continuação da aposta na melhoria da dotação infra-

-estruturaledascondiçõesdeacesso,comoformadesuperaroatrasoqueseparaopaísdaUE;

• Reforçardrasticamenteoapoioàcapacitaçãoempresarialeinstitucionalnasferramentasda

SIC,emestreitaarticulaçãocomasorientaçõesdapolíticacientíficaetecnológicaedapolítica

de inovação, e redireccionaras intervençõesaoníveldaformaçãoemtICparaodomínioda

inovação empresarial,contribuindoparaacorrecçãodoenviesamentodoapoioàI&Demfavor

de entidades públicas e semi-públicas;

• AapostaestratégicademassificaçãodasTIC,comocondiçãonecessáriadacapacitaçãodopaís,

dassuasregiõesecidades,emtermosdeacessoàSIC,deveseracompanhadadeumadefinição

rigorosadeprioridadesemtermosdepúblicos-alvo(AdministraçãoPública,empresas,esco-

las, ...) e em termos territoriais;

• Reforçaraapostajáiniciadademodernização,desburocratizaçãoedesmaterializaçãoe inte-

graçãodosserviçosdaadministraçãoPública,Central,RegionaleLocal,medianteaintrodução

edifusãointernageneralizadadasferramentasdaSIC,namedidaemqueoaproveitamentodas

suas potencialidades signifique maiorqualificação,eficiênciae celeridadenassuas relações

com as empresas e, concomitantemente, uma maior capacidade de resposta às necessidades e

desafios colocados por estas, no quadro de uma políticaderegulaçãomaisefectiva, impulsiona-

dora de um funcionamentoeficientedosmercados.

articularactivamenteaaquisiçãoedesenvolvimentodecompetências–cruzandoeducaçãoeforma-

çãoprofissional–consagrandoumalógicadecapitalhumano(pessoaseorganizaçõescomcurvasde

experiênciaeaprendizagemmaiseficazes):

• Apostanamelhoriaefectivadaqualidade do capital humano, como a principal alavanca de sus-

tentabilidadedaconvergênciaeconómicadePortugalnoespaçoeuropeu,enumamaior articu-

laçãoentreossistemasdeensinoeformaçãoprofissionaledeinovaçãoedesenvolvimentotec-

nológico, por um lado, e entre o esforçoempresarialdedesenvolvimentotecnológico/inovação

e internacionalização, por outro, como forma de permitir a entrada ou reforço da especialização

produtiva em sectores mais exigentes em conhecimento (EBC)e/ouemdomíniosemquesão

previsíveismutaçõestecnológicasaceleradas;

• Promoverumaarticulaçãoentreaofertaformativaeasnecessidadesdasempresas, em parti-

culardasPME,numcontextodeumaintervençãoefectivadoEstadonadeterminaçãodaspriori-

dades de desenvolvimento económico do país;

• valorizaropotencialdecriaçãodeempregoqualificadonaatribuiçãodeincentivos.

Promover a captação/expansão de IDE estruturante e a internacionalização das empresas portugue-

sas,numalógicadealargamentoequalificaçãodascadeiasdevaloredemaiorequilíbrioentrecon-

cepção,transformaçãoedistribuição:

• Apromoção do IDE deverá assentar numa estratégia que englobe um mix de políticas que vão

paraalémdosincentivos“específicos”aoinvestimentoprodutivo,envolvendotambémapromo-

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13116

Page 119: Programa Factores de Operacional Competitividade - QREN · FICHA TÉCNICA TÍTULO Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013 EDIÇÃO Observatório do QREN - Quadro

ção de redes e de clusters,adinamizaçãodecadeiasnacionaisdeabastecimentoeoapoioacon-

sórcioseaunidadesdeI&D;

• Asintervençõesnoapoio à internacionalização das empresas portuguesas devem ser mais efi-

cazes,ambiciosaseespecíficas,apoiadasemacçõessofisticadas, sendo indispensável a exis-

tência de instrumentos de apoio e de prestação de serviços para a capacitação das empresas,

envolvendo a gestão geral, a gestão internacional, a gestão da inovação e a logística.

Aarticulaçãoentreinternacionalizaçãoedesenvolvimentotecnológicoincentivaumaprograma-

çãoorientadaporumanovalógicadeacçõesintegradas,visandofavorecerosurgimento,desen-

volvimentoeconsolidaçãodeplataformasdeempresase instituiçõesdesuportecentradasna

inovaçãoedesenvolvimentotecnológicoalimentadaspelasoportunidadesdeinternacionalização,

valorizandomuitomaisdoquenopassadoascondiçõeseprocessosdeinternacionalizaçãoem

respeitocomapróprialógica,regionaleterritorializada,dosfundosestruturais.

explorarosméritosdeumquadroinstitucionalmaisdescentralizadopararegularaprocuradefun-

dos, ajustando-a aos ciclos de investimento das empresas e aos ciclos de vida dos projectos, e inves-

tirnadinamizaçãodaqualidadedasinciativas:

• Reforçaroprincípiodecontratualização ao nível das entidades gestoras,commaiorespecializa-

ção das competências envolvidas, com um efeito de junção de recursos e competências existentes

emdiferentesinstituiçõesecomamaiorproximidadeentreagestãodasacçõeseosdestinatá-

rios finais das mesmas.

Adescentralizaçãonãodeve,noentanto,corresponderaumaindesejávelfragmentaçãoexcessi-

vadoquadroinstitucionaledasintervenções,sendo,porisso,desejávelaintroduçãodecritérios

de selectividade rigorosos na escolha dos parceiros privados;

• Os organismos coordenadores nacionais deveriam “desinvestir” das competências de execu-

çãoeacompanhamentodasacções, reafectando recursos para o reforço das suas competências

- de (i) programação e de definição de “regras de jogo” rigorosas, claras e, ao mesmo tempo,

suficientemente flexíveis para poderem acomodar as especificidades das diferentes realidades

regionais, sectoriais e dimensionais com que se deparam,

- de (ii) coordenação,designadamentecomosresponsáveispelosProgramasOperacionaisRe-

gionais, ao nível, por um lado, da avaliação das iniciativas, estratégias e investimentos e, por

outro, através das suas estruturas regionais, implantadas no terreno, ao nível do acompanha-

mento dos investimentos,

- e, finalmente, de (iii) divulgaçãodeboaspráticas,

• numquadromaisflexívelemenosburocratizantederelacionamentocomospromotores,indutor

de uma capacidadereforçadaderespostaàsnecessidadesdasempresasedeummaioracom-

panhamentofísicodasestratégiasedosciclosdeinvestimento,particularmentedospromo-

toresbemimplantadosnasrespectivasactividadese/ouclusters, com estratégias claramente

orientadasparaainovaçãoecriaçãodevaloreparaoreforçodeposiçõesnosmercadosinter-

nacionais, desde a fase prévia à apresentação da candidatura, passando pela sua preparação, até

àsuaexecuçãoeconclusão,avaliando-seeoptimizando-seresultadoseimpactes.

As estruturas regionais de coordenação, por seu lado, articuladas com as agências regionais

dos organismos gestores(nomeadamente,doIAPMEI),concentrariam, sob a sua responsabili-

dade, o “grosso” do relacionamento com os promotores, apoiando a definição estratégica e a

construção, apresentação, acompanhamento e conclusão dos respectivos investimentos. Os

instrumentos de programação e as regras de jogo, ao nível desta Agenda da Competitividade,

seriam definidos pelos organismos coordenadores nacionais, que se articulavam, por outro

lado, em matéria de aplicação da selectividade, com as estruturas coordenadoras regionais.

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Montarprocedimentosdeanáliseedecisãosuficientementeeficientesparaaumentardrasticamente

aselectividadecombaseemprincípioshorizontaisevalorizandoadequamenteacapacidadeprovada

dopromotor(condiçõesdeacessoeméritorelativo)eaqualidadeexpectáveldoprojecto(conformi-

dade ex-ante,compromissoscredíveiseméritoabsoluto):

• Aumentarograudeselectividadedosprojectos,tendoemconsideraçãooseucontributoespecí-

ficoparaosobjectivosestratégicosprosseguidos,asuanaturezaestruturanteeapreocupação

com efeitos de escala e de alavanca do investimento: passar de uma lógica de elegibilidade e

certificação da regularidade formal, para umalógicadeselecçãobaseadanarelevânciaesus-

tentabilidadedosresultados que se espera alcançar;

• Nossistemas de incentivos ao investimento, a selectividade deverá assentar nos impactes do

projectonaempresapromotora,noseucontributoparaoreforçodacapacidadeempresarial

de geração de valor, de inovação e de exportaçãoenoconjuntodeefeitosexternosproduzidos;

• Reforçodoplaneamentointer-municipalcomoformadeaumentarograudeselectividade terri-

torial nos investimentos co-financiadosedecanalizaroinvestimentoparaprojectoscommaior

potencial de alavancagem de dinâmicas territoriais.

MelhoraraarticulaçãoentreObjectivosestratégicosetipologiasdeInstrumentos

• Melhoraraarticulaçãoentreastipologiasdeinvestimentosutilizadaseosobjectivosestratégicos

que se pretendem atingir:

- (i) os incentivosreembolsáveis são adequados para permitir antecipar projectos de redimen-

sionamento,induzidosporinvestimentoemfactorestangíveis;

- (ii) os incentivosnãoreembolsáveisjustificam-se sempre que a taxa de retorno social seja

claramente superior à taxa de retorno privada de um investimento;

- (iii) o recurso a parcerias ou consórcios é particularmente relevante sempre que os objectivos

definidos impliquem, não apenas a superação de falhas de mercado, mas também a superação de

falhas de coordenação;

- (iv) o capital de risco, com uma componente de origem pública, deve visar a supressão de

falhas de mercado ao nível dos mercados financeiros;

- (v) os mecanismos de garantia e contra-garantiasãoutilizadosparafacilitaroacessoaocré-

dito bancário por parte das micro e pequenas empresas;

• Muitopertinenteserá, igualmente,reforçaraexpressãodaofertadecapital-semente e a dis-

ponibilidadedemeiosparafinanciamentodeoperaçõesdedesenvolvimentoempresarialcom

alguma dimensão, no acesso aos quais se devem privilegiar critérios associados à inovação e

uma lógica de gestão de um portfólio.

Interviractivamentenadimanizaçãodeprocessoseacçõesdeupgradingourequalificaçãodafunção

empresarialeadoptarumalógicaglobalecompletadepromoçãodoempreendedorismoedaincia-

tivaempresarial:

• Promoverstart-upsdebasetecnológica, estrategicamente orientadas em função de uma avalia-

çãosobreoportunidadeserecursos, identificandoapertinênciadeintervençõesespecíficas.A

promoção de start-upsganharáeficáciaseseapoiarnumquadroinstitucionalmaisdescentraliza-

domas,aomesmotempo,integrandoinstituiçõesdesuportecomummaiorpool de competências

eseasacçõesadesenvolverintegraremumconjuntodeinstrumentosquecomplementamosin-

centivos financeiros (o acesso a capital-semente, acesso a serviços de apoio à gestão e à definição

de um plano de negócios e outro tipo de facilidades), geridos numa lógica de portfólio.

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Anexos

Anexo I - Agrupamentos por Ramos de Actividade 122Anexo II - Regras para Determinação da Elegibilidade das Despesas em Função da Localização

e Quantificação dos Efeitos de Difusão 123Anexo III - Lista Indicativa de Grandes Projectos 127

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Anexo I - Agrupamentos por Ramos de Actividade

aGRuPaMentOSPORRaMOSDeaCtIvIDaDe

SeCtOR Cae(Rev.2) tRanSaCCIOnáveIS TIPOlOGIA

Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 01, 02 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Pesca 05 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Extração de produtos energéticos 10, 11, 12 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriasextractivascomexcepçãodeprodutos energéticos 13,14 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriasalimentares,dasbebidasedotabaco 15,16 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriatêxtil 17,18 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriadocouroedosprodutosdocouro 19 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriasdamadeiraedacortiçaesuasobras 20 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Fabricaçãodepasta,depapelecartãoeseusartigos; edição e impressão 21, 22 Transaccionáveis Capitalintensivos

Fabricaçãodocoque,produtospetroliferosrefinados e tratamento de combustivel nuclear

23 Transaccionáveis Capitalintensivos

Fabricaçãodeprodutosquímicosedefibrassintéticas ou artificiais 24 Transaccionáveis Capitalintensivos

Fabricaçãodeartigosdeborrachaedematérias plásticas 25 Transaccionáveis Capitalintensivos

Fabricaçãodeoutrosprodutosmineraisnão-metálicos 26 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Indústriasmetalúrgicasdebaseedeprodutos metálicos 27,28 Transaccionáveis Capitalintensivos

Fabricaçãodemáquinaseequipamentosn.e. 29 Transaccionáveis Tecnologia intensivos

Fabricaçãodeequipamentoeléctricoedeóptica 30, 31, 32, 33 Transaccionáveis Tecnologia intensivos

Fabricaçãodematerialdetransporte 34,35 Transaccionáveis Escala intensivos

Indústriastransformadoras,n.e. 36, 37 Transaccionáveis Trabalho e recursos intensivos

Produçãoedistribuiçãodeelectricidade,gáse água 40,41 Não-transaccionáveis Serviçosnão-transaccionáveis

Construção 45 Não-transaccionáveis Serviçosnão-transaccionáveis

Comércioporgrossoearetalho;reparaçãode veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico

50,51,52 Não-transaccionáveis Serviçosnão-transaccionáveis

Alojamento e restauração 55 Não-transaccionáveis Serviçosinternacionalizáveis

Transportes,armazenagemecomunicações 60,61,62,63,64 Não-transaccionáveis Serviçosinternacionalizáveis

Actividades financeiras 65,66,67 Não-transaccionáveis Serviçosinternacionalizáveis

Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas 70,71,72,73,74 Não-transaccionáveis Serviçosinternacionalizáveis

AdministraçãoPública,defesaesegurançasocial obrigatória 75 Não-mercantis Não-mercantis

Educação 80 Não-mercantis Não-mercantis

Saúdeeacçãosocial 85 Não-mercantis Não-mercantis

Outrasactividadesdeserviçoscolectivos,sociais e pessoais 90,91,92,93 Não-transaccionáveis Serviçosnão-transaccionáveis

Famíliascomempregadosdomésticos 95 Não-transaccionáveis Serviçosnão-transaccionáveis

Fonte:DPP;Eurostat-AvaliaçãoEx-AnteQREN.

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Anexo II – Regras para Determinação da Elegibilidade das Despesas em Função da Localização e Quantificação dos Efeitos de Difusão (Spill-over Effects)

OpresenteAnexoreproduzoAnexoVdoQuadrodeReferênciaEstratégicoNacional.Asuaaplicação

noquadrodoProgramaOperacionalTemáticoFactoresdeCompetitividadetomaemconsideraçãoas

seguintes especificidades:

Nocasodastipologiasdeinvestimento“ApoiosaconsórciosdeI&DTentreempresaseentidadesdo

SistemaCientíficoeTecnológico”e“FundodeApoioaoFinanciamentoàInovação”:

a) Asregrasdeflexibilidadefixadasterãoumautilizaçãolimitada;

b) AAutoridadedeGestãoelaborarárelatóriosperiódicosaapresentaràComissãodeAcompanha-

mentoeàComissãoEuropeia,noâmbitodaimplementaçãodasregrasdeflexibilidade,suporta-

dosporumsistemademonitorizaçãoespecífico;

c) A Autoridade de Gestão assegura que, no processo de selecção dos projectos, designadamente

noscritériosdeselecção,asempresas(sedesoudelegações)seleccionadastêmactividadeefec-

tivanasRegiõesdeConvergência.

RegraGeraldeelegibilidadeterritorialdasDespesas

Asdespesasrelativasaoperaçõesco-financiadaspelosFundosEstruturaisepeloFundodeCoesão

sãoelegíveisaosProgramasOperacionaisseforemrealizadasnasNUTSIIabrangidasporcadaum

dessesPO.

Estecritériogeraldeelegibilidadeterritorialdadespesaéoperacionalizado,porregra,pelalocalização

do investimento.

Nocasodeinvestimentosdenaturezamaterial(emqueéclaramenteidentificávelalocalizaçãodoin-

vestimento) a sua aplicação é imediata.

Nocasodeinvestimentosdenaturezaimaterial,aoperacionalizaçãodocritériodeelegibilidadeterrito-

rialéaferidaemfunçãodalocalizaçãodaentidadebeneficiária–definidapelalocalizaçãodasuasede

oupelalocalizaçãodadelegação(ouestabelecimento)responsávelpelaexecuçãodaoperação.

Constituemexcepçõesàregrageraldeelegibilidadeterritorialdasdespesasasrelativasa:

a) Operaçõescomrelevanteefeitodedifusão(spill-over effect), nos domínios e nos moldes definidos;

b) OperaçõesrelativasaAssistênciaTécnicaàintervençãodosFundosEstruturais.

Constituemexcepçõesàregrageraldeelegibilidadeterritorialdasdespesas,asrelativasaoperações

cujaconcretizaçãotemlugarnaNUTSIIdeLisboa7, mas cujos efeitos se difundem pelas restantes re-

giõesdoContinenteesãoconsideradosmuitorelevantesparaodesenvolvimentodasregiõesobjectivo

“Convergência”doContinente.

Consideram-se,paraesteefeito,asseguintestipologiasdeinvestimento:

A.1.Eixo1–ConhecimentoeDesenvolvimentoTecnológico

A.1.1.TipologiadeInvestimentos“ApoiosaconsórciosdeI&DTentreempresaseentidadesdo

SistemaCientíficoeTecnológico”

A.2.Eixo3–FinanciamentoePartilhadeRiscodaInovação

A.2.1.TipologiadeInvestimentos“FundodeApoioaoFinanciamentoàInovação”

A.3.Eixo4–AdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidade

A.3.1.TipologiadeInvestimentos“Desmaterialização,simplificaçãoereengenhariadeprocessos”

A.3.2.TipologiadeInvestimentos“Melhoriadoatendimento”

A.3.3.TipologiadeInvestimentos“Administraçãoelectrónica(integração,administraçãoemrede)”

7 Ou,nassituaçõespertinentes,naNUTSIIdoAlgarve.

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Importaterpresentequeestastipologiasdeintervençõesconstituemcasosexcepcionais,devidamente

justificadosemfunçãodanaturezadasoperaçõesedoefeitomultiplicadorqueprovocamemregiões

distintasdaquelasemquerealizaoinvestimento.

Estas tipologias representam, no seu conjunto, uma pequena percentagem da dotação financeira dos

FundosEstruturaisemtermosdeprogramação.

Asorientaçõesapresentadasnosparágrafosseguintes,estabelecidasemparceriaentreaComissão

EuropeiaeasAutoridadesPortuguesaspoderão,nassituaçõespertinentes,serobjectodeespecifica-

çõesadicionaisnoâmbitodecadaProgramaOperacionalTemático.

A.1. Eixo 1 – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico

Fundamentação Geral

Numpaísdedesenvolvimentointermédio,comoéocasodePortugal,oapoiopúblicoaoinvestimento

emI&D–efectuadotantoporentidadespúblicascomoprivadas–assumeumaimportânciacrucialpara

o fomento da competitividade das empresas e dos territórios. Esta linha de acção política tem o carácter

de estímulo à produção de bens públicos e visa suprir diversos tipos de falhas de mercado, particular-

menteevidentesemregiõescomumtecidoempresarialpoucoevoluídodopontodevistatecnológico,

com um baixo nível de investimento em capital humano e com menor propensão à cooperação entre

empresas e entre estas e o sistema científico.

A grande concentração de recursos para a produção de conhecimento tecnológico na região-capital co-

existecomarelativadispersãodosagentesqueconstituemopotencialuniversodasuautilizaçãoeco-

nómica, o que configura um sistema territorial em que os fluxos de difusão dos efeitos do investimento

realizadonaquelaregião,portodasasrestantes,assumegranderelevância.

Metodologiaespecífica

A.1.1. Tipologia de Investimentos “Apoios a Consórcios de I&DT entre Empresas e Entidades do

Sistema Científico e Tecnológico”

Consideraçãodeefeitosdedifusãonasregiões“Convergência”doContinentecondicionada(i)pela

participaçãofinanceiradeumaoumaisempresasnaoperaçãorealizadapeloconsórciode I&DT

entreempresaseentidadesdoSistemaCientíficoeTecnológicoe(ii)pelalocalizaçãodaoudasem-

presasenvolvidasnoconsórciodeI&DT-definidapelalocalizaçãodasuasedeoupelalocalizaçãoda

delegação(ouestabelecimento)responsávelpelaparticipaçãofinanceiranaoperação–emqualquer

umadasregiões“Convergência”doContinente(Norte,CentroeAlentejo).

Consequentemente, asúnicascondicionantesdaelegibilidade territorialdasdespesasnoâmbito

dos “apoiosa consórciosde I&DT”, relevantesparaefeitodefinanciamentopeloPOFactoresde

Competitividadesãoasreferidasnospontos(i)e(ii)doparágrafoanterior,quesãoindependentesdas

responsabilidades dos membros do consórcio e dos procedimentos que se estabeleçam entre esse

beneficiárioeasrestantesentidadesqueintegramoconsórciodeI&DT.

Reunidasasduascondiçõesreferidas,asdespesasrealizadaspelosconsórciosdeI&DTsãoelegí-

veisemtermosterritoriaisaoPOFactoresdeCompetitividadeatéaolimitecorrespondenteaduas

vezesaparticipaçãofinanceiradaoudasempresasenvolvidasnoconsórciodeI&DT,desdequeesse

limitenãoexceda100%dasdespesaselegíveisdaoperação.

Ocumprimentodascondiçõesdeelegibilidadeterritorialreferidasnosparágrafosanterioresnão

prejudica a verificação dos restantes critérios de selecção relevantes e pertinentes, aplicáveis no

contextodestePO.

P.O. FACTORES DE COMPETITIVIDADE 2007’13124

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A.2. Eixo 3 – Financiamento e Partilha de Risco da Inovação

Fundamentação Geral

Ofinanciamentodepequenasemédiasempresaséumdosdomíniosondeanecessidadedeintervenção

daspolíticaspúblicassefazsentircommaioracuidade,particularmentenocontextodofinanciamento

de projectos de investimento inovadores.

Nãoobstanteosmercadosfinanceirosterematingidoumgraudesofisticaçãoconsiderável,ospro-

jectosquevisamfasesiniciaisdociclodevidadasempresasedosprodutos,comfortecarizdeinova-

ção, continuam a enfrentar grandes obstáculos na obtenção dos meios de financiamento necessários

eadequadosaoseudesenvolvimento,comoaComissãoEuropeiaeoBancoEuropeudeInvestimento

reconhecem ao desencadearem uma relevante iniciativa neste âmbito.

Constata-se,naverdade,queosmecanismostradicionaisdeavaliaçãotendentesàconcessãodefi-

nanciamento bancário a projectos inovadores, revelam-se, na generalidade dos casos, ou inibidores da

obtençãodosfundospelosempreendedores,ouconducentesàsuadisponibilizaçãoemcondiçõesque

se revelam desadequadas ao perfil de desenvolvimento desses projectos.

As dificuldades referidas afectam particularmente as empresas e as possibilidades de transformação

de iniciativas e empreendedores em efectivos projectos empresariais nos territórios mais afastados dos

centrosdedecisãodasinstituiçõesfinanceiras,ondeosfactoresnegativosassinaladosseconjugam,

numprocessocumulativo,comfactoresdeordemculturalinibidoresdautilizaçãodeinstrumentosde

financiamentomaissofisticadoseresponsabilizadores.

Metodologiaespecífica

A.2.1. Tipologia de Investimentos “Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação”

Consideraçãodeefeitosdedifusãonasregiões“Convergência”doContinentecondicionadapelaloca-

lizaçãodainstituiçãoresponsávelpelaconstituiçãoeoperaçãodoFundodeApoioaoFinanciamento

daInovaçãoemqualquerumadasregiões“Convergência”doContinente(Norte,CentroeAlentejo).

Consequentemente,aúnicacondicionantedaelegibilidadeterritorialdasdespesasnoâmbitodo“Fundode

ApoioaoFinanciamentoàInovação”,relevanteparaefeitodefinanciamentopeloPOFactoresdeCompe-

titividadeéarelativaàlocalizaçãodainstituiçãoresponsávelpelarespectivaconstituiçãoeoperação,cuja

verificaçãoéindependentedalocalizaçãodasaplicaçõesedasempresasquerecebemapoiodessefundo.

Reunidaacondiçãoreferida,atotalidadedasdespesasdeconstituiçãodoFundodeApoioaoFinanciamen-

toàInovaçãoéelegívelemtermosterritoriaisaoPOFactoresdeCompetitividade,semprejuízodaverifi-

caçãodosrestantescritériosdeselecçãorelevantesepertinentes,aplicáveisnocontextodestePO.

A.3. Eixo 4 – Administração Pública Eficiente e de Qualidade

Fundamentação Geral

OsefeitosdoprocessodemodernizaçãodaAdministraçãoCentraldoEstado–entendidanumsentido

lato e tendo como objectivos a redução dos custos de contexto e de melhoria da competitividade nacio-

nal, por via do aumento da eficiência da Administração, estendem-se ao conjunto do território nacional,

pelapróprianaturezadaentidades(aAdministraçãoCentral)edosserviçosqueprestam(dirigidosao

conjunto dos cidadãos e/ou ao conjunto dos agentes económicos).

EmfunçãodagrandeconcentraçãodeserviçosdaAdministraçãoPúblicanaregião-capital,énaturalque

aquiseconcentrempartesignificativadosinvestimentosarealizar,sendonestecasoparticularmente

desequilibrada,arelaçãoterritorialentrealocalizaçãodosinvestimentoseaproduçãodosseusefeitos.

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Metodologiaespecífica(comumatodasastipologiasdoEixoPrioritárioAdministraçãoPúblicaEficien-

te e de Qualidade)

a.3.1.tipologiadeInvestimentos“Desmaterialização,SimplificaçãoeReengenhariadeProcessos”

a.3.2.tipologiadeInvestimentos“Melhoriadoatendimento”

a.3.3.tipologiadeInvestimentos“administraçãoelectrónica(Integração,administraçãoemRede)”

a) Avaliaçãodosefeitosdedifusãonasregiões“convergência”doContinente,deacordocoma

concentraçãonestasregiõesdapopulaçãoresidente;

b) Quantificação dos efeitos de difusão:

-ConcentraçãodapopulaçãoresidentenasNUTSIINorte,CentroeAlentejonoquadrodapo-

pulaçãoresidentedoContinente:68,5%(4.ºRelatóriodaCoesão,Eurostat,2004);

c) QuantificaçãodasdespesasrealizadasnaregiãoNUTSIILisboaelegíveisaoPOTemáticoFac-

toresdeCompetitividade:

-Paracada1.000Eurosdeinvestimentoemprojectosdemodernizaçãodaadministraçãopú-

blicalocalizadonaNUTSIILisboaseráelegível,peloEixo“AdministraçãoPúblicaEficientee

deQualidade”doPOFactoresdeCompetitividade,oinvestimentode685Euros;

-OmontantenãoelegívelaoEixo“AdministraçãoPúblicaEficienteedeQualidade”doPOFac-

toresdeCompetitividadeseráfinanciadoatravésderecursosnacionais;

d) A aplicação da metodologia específica apresentada nas alíneas anteriores toma em considera-

ção que as actividades relativas à qualificação e formação de recursos humanos, associadas

àstipologiasdeinvestimentosreferidas,nãosãoelegíveispeloEixo“AdministraçãoPública

EficienteedeQualidade”doPOFactoresdeCompetitividade,comexcepçãodassituaçõesque

respeitem a projectos integrados.

b.ImputaçãoRegionaldasDespesasRelativasaOperaçõesdeassistênciatécnica

AsdespesasrelativasaoperaçõesdeAssistênciaTécnicaàintervençãodosFundosComunitárioscom

carácter estrutural não estão sujeitas ao critério de elegibilidade territorial. A respectiva elegibilidade

éassimdefinidaemfunçãoexclusivamentedoobjectivodadespesaeéindependentedasualocalização

dasuarealização.

Destemodo,aimputaçãoregionaléde100%nasregiõesobjectivoConvergência.

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Anexo III – Lista Indicativa de Grandes Projectos

DadaanaturezadoPrograma,nãoépossívelexplicitar,mesmoqueatítuloindicativo,alistadosgran-

desprojectos (naacepçãodoartigo39.ºdoRegulamento (CE)1083/2006,de11deJulhode2006)a

apoiarduranteoperíododevigênciadoPrograma.

Quandoforocasodaexistênciadeumgrandeprojecto,aAutoridadedeGestãoinformaráaComissão

Europeia,nostermosdoartigo39.ºdoRegulamento(CE)1083/2006,de11deJulhode2006.

Noentanto,existeumconjuntodeprojectosaprovadosnoâmbitodoQCAIII,devidamente identifi-

cados,queserãoobjectodefinanciamentoaoabrigodestePrograma,comasdevidasgarantiasde

elegibilidade:

PROMOtOR InveStIMentOeleGível(MIl€)

InCentIvO (MIl€) nutSII

AGNIINC.DESENV.SISTEMASPARAENERGIASALTERNATIVAS,LDA(*) 37.446,6 7.437,0 Centro

CELULOSEBEIRAINDÚSTRIAL(CELBI),SA 314.083,0 51.645,0 Centro

ARTENIUSSINESPTA,SA 355.355,9 38.821,8 Alentejo

REPSOLPOLÍMEROS,LDA 750.000,0 41.250,0 Alentejo

CUF-QUÍMICOSINDUSTRIAIS,SA 121.783,9 24.939,1 Centro

SWEDWOODPORTUGAL-INDÚSTRIADEMADEIRASEMOBILIÁRIO,LDA 107.112,5 29.000,0 Norte

SOC.PORTUGUESADOARLÍQUIDO ARLÍQUIDO ,LDA 56.673,9 11.427,6 Centro

DOWPORTUGAL-PRODUTOSQUÍMICOS,SOC.UNIPESSOAL,LDA 55.702,0 13.039,7 Centro

(*)ProjectoatransitarparaoQREN,nãoenquadradonoconceitodegrandeprojecto. 10

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Setembrode2007

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FICHA TÉCNICA

TÍTULO

Programa Operacional Factores de Competitividade 2007 > 2013

EDIÇÃO

Observatório do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional

Ed. Parque Expo - Av. D. João II, Lote 1.07.2.1 • 1998-014 Lisboa

Tel.: (+351) 210 437 300 • Fax: (+351) 210 437 399

http://www.observatorio.pt/

DATA DE EDIÇÃO

Novembro de 2008

TIRAGEM

500 exemplares

ISBN

978-989-96035-1-6

DEPÓSITO LEGAL

286088/08

DESIGN

UP - Agência de Publicidade

PRODUÇÃO GRÁFICA

Estrelas de Papel, Lda.

A edição, o design e a produção gráfica da presente colecção foram financiados pela União Europeia (Programa Operacional de Assistência Técnica ao QCAIII)

O conteúdo da presente publicação corresponde, salvo erro tipográfico, à versão do Programa Operacional Factores de Competitividade que consta no site www.qren.pt.

capas AF_V03nvfundos.indd 18 19-11-2008 12:11:45