programa do zoh ediÇÃo 04 megapro show · calma! ao ler a sinopse, fiquei sabendo que a novela é...
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PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
Formato original de
RENNAN LOPES
VINICIUS GUIMARÃES
Apresentado por
DONA LEMBIDINHA
LUCAS LUBICHANO
RATENA HENDRADE
ZOH
Direção artística
RENNAN LOPES
VITOR ABOU
Direção geral
LUCAS LUCIANO
Produzido por
MEGAPRO SHOW
Este é um programa de exclusividade do MEGAPRO e protegido por direitos autorais,
logo, não pode ter sua veiculação sem que ela seja solicitada à direção. Todos os
direitos reservados aos componentes da equipe.
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
Quadro 1
CRITIZOH
Oi, tum, tum! Bate coração! Oi, tum, coração pode bater! Como vão, saudosos e
saudosas? Ah, eu estou muito bem. E não é que nos metemos no nosso primeiro bafafá?
Amei, amei, amei. Everton Brito, com o curso de teatrinho que ele mostrou ter, vai
estrelar todas as próximas novelas do MV. Aposto!
Aliás, um rapaz aproveitou o post de Brito pra comentar que minhas críticas estavam
pesadas. Aprendi com minha mana! Mas sei que tenho que comer muito arroz com
feijão pra chegar ao nível de crítica que esse povo considera boa. Imagine, eu, avaliando
pontos positivos e negativos, sendo sensato, imparcial... Que é isso? Crítica boa não é
assim. Quem sabe um dia eu fico que nem minha gêmea favorita, né?!
Depois do comentário do rapaz – do qual nunca tinha ouvido falar – só me resta... parar
as críticas? De jeito maneira! Continuar! Parece que tô incomodando.
Então, amados, vamos falar de coisa boa. Mano a Mano, novela de Rômulo Guilherme,
estreou essa semana nas páginas do MEGAPRO, e lá fui eu, sedento por uma boa
história, ler os capítulos.
Primeiramente, berrei ao saber que o autor deu o próprio nome ao protagonista. Mas
calma! Ao ler a sinopse, fiquei sabendo que a novela é baseada no mito de Rômulo e
Remo, aqueles que, reza a lenda, deram origem à cidade de Roma. Se você pensou que
seria uma novela de época, cheia de acontecimentos históricos por trás, errou. É um
clássico folhetim, passado no Rio de Janeiro dos dias atuais. Adoro!
O primeiro capítulo começa em um museu italiano, com a imagem de uma estátua de
Rômulo e Remo sendo alimentados pela loba que, segundo o mito, lhes abandonou.
Dali, as imagens partem para o Rio de Janeiro, dividindo-se entre uma imponente
mansão e um mosteiro. Em cada um desses dois lugares, uma mulher encapuzada deixa
um bebê dentro de uma cesta, e foge. Feito isso, transforma-se na loba da lenda.
Arrasou!
Anos se passam, e agora os gêmeos abandonados traçam destinos bem diferentes.
Enquanto Rômulo joga tênis com o irmão mais velho, Mauro – que faz questão de
mostrar que ojeriza o irmão adotivo –, Remo e seu companheiro, Marmita, planejam um
assalto, contra a vontade do gêmeo.
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Bem, pra começar, quem vai colar os tais caquinhos do velho mundo? Mentira. Pra
começar, DETESTO quando uma obra vem sem descrição alguma dos personagens.
Gente que eu imaginava velha é nova, e vice-versa. Pecou nisso, autor!
Uma cena que achei genial, e bem a cara da novela, foi Leilane, esposa perua e corna de
Mauro, falando com o próprio reflexo no espelho. Deu pra traduzir bastante a
personalidade fútil da mulher de forma divertida, como eu já imaginava que a novela
seria. Em uma das cenas seguintes, Mauro tá se enrabichando com uma mulher que viu
na beira da piscina do clube. É, Leilane... Ainda bem que tem amor próprio, amiga.
Outro núcleo que me chamou bastante atenção foi o do conflito entre Belarmino (o
avô), Maurício (o pai) e Douglas (o filho). Quando os dois últimos voltam para casa de
manhã cedo, após trabalharem durante a noite, o patriarca da família destila seu veneno,
criticando o trabalho dos dois (cover e DJ, respectivamente). Depois de toda a
discussão, Venâncio, o outro filho de Belarmino, entra em cena e já começa a nos
mostrar que a trama pode ser cheia de reviravoltas: Belarmino se envolve em jogatinas e
Venâncio tem um segredo que apenas o pai sabe. Ai, gente... Já quero um jantar com
toda a família reunida descobrindo tudo.
Saindo do núcleo rico e indo pro pessoal favelado da comunidade Macaquinha, já
encontrei a rainha da novela: Bebel. Dançarina, youtuber, fã da Beyoncé, gostosa e o
terror dos machos. Esnoba o coitado do Figura (office boy do mercadinho do avô dela)
até a morte. Diva, né?!
O capítulo segue com os preparativos da festa de bodas de ouro de Francisca e Joaquim
Varella (um casamento que parece estar por um fio), Leilane e sua cornice, a batalha de
Tadeu, irmão de Bebel, para ajudar a sustentar a família... O gancho é o seguinte:
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“Rômulo, no seu carro, acaba de parar no sinal. Está distraído, pensativo. Do
outro lado da rua, uma turista está tirando uma foto de sua amiga, que usa uma
correntinha de ouro no pescoço. Marmita e Remo aproxima-se delas. Agindo
rápido, Marmita pega a máquina fotográfica, enquanto Remo puxa a
correntinha. Fogem apressados, em meios aos carros parado no sinal. Dois
guarda municipais vão atrás. Remo corre na frente e Marmita logo atrás.
Rômulo está de cabeça baixa, mexendo no seu celular. Em slow, Remo passa na
frente do carro de Rômulo, que olhando pro seu celular, não vê seu gêmeo
passando. Congela.”
Gancho cheio de ação, mas de última hora e um pouco inconsistente. O que quero dizer
é que não houve um desenvolvimento direto para o gancho. É como se tudo o que se
passou não fosse necessário para o que acontece no fim do capítulo. Fora que, se
Rômulo não percebeu o gêmeo (já disse em outra crítica que não se deve usar isso em
roteiro) passando, não há conflito posterior. Poderia ser melhor.
No capítulo seguinte, o que eu disse se concretiza: não há conflito, e simplesmente
Rômulo arranca o carro e sai. Nada feito. Dali, o gêmeo rico vai para casa e encontra
sua esposa, Vânia, mexendo numa caixinha misteriosa, onde guarda objetos que rouba
por ser cleptomaníaca. Veja a cena:
“Vânia está sentada na cama, de costa pra porta, mexendo na caixinha onde
guarda e esconde os objetos que furtar, quando não consegue controlar seu lado
cleptomaníaco. Pega um suvenir e fica lhe observando.”
Errado. Um roteiro não deve dar informações assim, de bandeja, tudo de uma vez. O tal
lado cleptomaníaco de Vânia deveria ser apresentado apenas pelo flashback que sucede
a cena acima, sem tais descrições, que levam o capítulo até para um lado literário.
Na cena seguinte, mais uma coisa que achei muito legal: Remo, arrependido pelo
assalto, se divide em diabinho e anjinho, cada um de um lado de seus ombros. Amo!
Além de divertido, dá o espírito mega novela das sete que a obra de Rômulo Guilherme
tem. Na mesma cena, Remo decide virar monge e vai falar com Bastião, homem que
habita o mosteiro onde o gêmeo foi criado.
E os mistérios da trama começam a aparecer. Venâncio, o escroto, aparece numa casa
de repouso de idosos e encontra uma tal de Neide, que o ameaça de dar com a língua
nos dentes sobre alguma coisa. Saindo dali, ele instrui o diretor do lugar a dar cada vez
mais remédios para que Neide perca a memória. O que será que ele esconde, hein?
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E teve discussão? Teve sim, senhor. Francisca e Mauro, mãe e filho, discutiram a
respeito da herança, com direito a tapa na cara e tudo. O filho acha inadmissível que
Rômulo fique com alguma parte dos patrimônios do pai por ser adotado. Uma cena
mara! Só acho que o autor poderia variar mais o texto de Mauro, pois às vezes ele
parece uma criança de cinco anos falando. Por ser um homem frio e ríspido, seu veneno
poderia ficar nas entrelinhas, e só dar o bote quando explodisse de vez. Fica a dica.
E entre todas as confusões que fiz a respeito das características dos personagens, uma
vez que o autor não os descreveu, a que mais se destacou foi o caso de Mariana. Em sua
primeira cena, a menina aparece chegando ao ateliê de pintura do pai, Carlos. O que a
gente pensa quando lê isso? Que ela chegou andando. Mas não, foi sobre rodas! A
menina é paraplégica, gente! E só ficamos sabendo disso no fim da cena, quando o pai
faz o favor de citar o acidente que ela sofreu e a deixou naquele estado.
O segundo capítulo se fecha com Joaquim tendo um ataque bem na hora da foto de
família, e Remo contando para seus parceiros de crime que se tornará um monge. Eita!
Apesar de alguns movimentos, achei o capítulo mais arrastado que o primeiro. Algumas
cenas simplesmente para apresentar personagens, chegando ao cúmulo de mostrar uma
moça falando de broa de fubá.
Levando tudo isso em conta, creio que essa novela deliciosa, com seus acertos e
deslizes, merece nota 8.5. Porém, o enredo é bom o suficiente para elevar essa nota.
Agora que estamos no começo. Tenho certeza que vai melhorar. Boa sorte ao autor.
E é isso, saudosos e saudosas. Peguei bem leve, né? Gostou, menininho que comentou
que tá pesado? Só acho que a crítica só é considerada agressiva quando a trama pede.
Quer ler coisa boa, faça uma obra boa. E isso o autor de Mano a Mano fez. Ícone!
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Quadro 2
UM PAPO, UMA LEMBIDA
DONA LEMBIDINHA: Chegamos mais uma semana, uma semana um pouco agitada
até então, tivemos gente falando coisa falando coisa demais, muitas divulgações e
estreia. É exatamente o nosso ponto, estreia. Nesta semana, estreou a nova novela da
MEGAPRO, vulgo, Mano a Mano.
DONA LEMBIDINHA: E para saber mais sobre a trama, os bastidores realmente tudo
mais, chamamos agora o autor da novela.
DONA LEMBIDINHA VAI PARA UM CENÁRIO E SE ENCONTRA COM
RÔMULO.
DONA LEMBIDINHA – Rômulo, como você está?
RÔMULO - E aí, Dona Lembidinha. Estou bem e a senhora?
DONA LEMBIDINHA - Estou ótima, mas não chame de senhora, queridosso me dá
uma posição de mais velha, a não ser que isso seja Laços de Família. Enfim, você está
estreou na MEGAPRO com Mano a Mano, o que você pode nos dizer sobre a trama?
Como foi o processo criativo?
RÔMULO - Podem esperar grandes surpresas, ação e emoção. E claro, muita maldade.
A trama eu desenvolvi me baseando na lenda que envolve meu nome. Uma história bem
interessante que logo pensei: dá novela. Pode parecer clichê falar de gêmeos, mas
sempre pode-se fazer algo diferente. Era uma sinopse antiga que eu já tinha e mexi,
alterando alguns nomes e histórias. Mas a trama central é a mesma e promete muito
(risos).
DONA LEMBIDINHA - Mano a Mano é a sua primeira trama do MEGAPRO, mas
antes, você já tinha feito outro trabalho? Comente sobre.
RÔMULO – Sim, sim. Escrevo novela há um tempinho já (risos). E publiquei minha
primeira web novela no Recanto das Letras. Fui chamado pra outros sites onde escrevi
algumas novelas, mas é no Recanto que publico quando tenho uma trama pronta mas
nenhum lugar pra postar.
DONA LEMBIDINHA - Quem te comprou, quer dizer, quem te convidou pra
MEGAPRO?
RÔMULO - O João que me convidou.
DONA LEMBIDINHA - João Carvalho sempre metido com contrabando. Brincadeiras
à parte, o que você achou dessa mudança pra nossa emissora?
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RÔMULO - Foi uma grata surpresa. Eu achei bem interessante a proposta e de tudo o
que ele está propondo. É sempre bom variar, fazer algo novo.
DONA LEMBIDINHA - E o que acha da MEGAPRO, querido? Está gostando? Acha
o Lucas e João estranhos? Pois eu sim!
RÔMULO – (Risos) São gente boa. Pelo menos até agora (risos). Eu fico rindo do papo
da galera do grupo. Converso mais com o João sobre a novela, então não tenho muito o
que falar dele assim.
DONA LEMBIDINHA - Ainda não conviveu direito do jeito que eu convivo. Qual o
tema principal que você aborda na sua trama?
RÔMULO - O conflito de dois irmãos que nunca se conheceram, que vivem em
mundos opostos e quando se encontram acabam trocando de lugar de forma
involuntária, passando a viver a vida do outro, em meio à briga pelo poder do Banco da
família.
DONA LEMBIDINHA – De onde surgiu inspiração para o título?
RÔMULO - Veio da gíria mesmo de Mano ser irmão. Algo divertido também.
DONA LEMBIDINHA – Quais são suas expectativas para a trama?
RÔMULO - Espero que a galera curta a trama. Torça por alguns dos irmãos e se
divirtam com as situações que vão acontecer. Quero as críticas (risos).
DONA LEMBIDINHA – Como você lida com as críticas?
RÔMULO - Lido bem. Criticas construtivas te fazem melhorar, crescer. Até as
negativas também te fazem pontuar alguns detalhes que podem ser aproveitados, ser
útil.
DONA LEMBIDINHA – Já está encerrando nossa entrevista, foi um prazer, muito
obrigada e até a próxima.
RÔMULO – Obrigado, Dona Lembidinha! Foi um prazer dar essa entrevista.
Quadro 3
ANALISAY
LUBICHANO: Boa noiteeee, gatas e gatos desse meu Brasil! Eu, o cat mais cat do
país, Lubichano, estou preparadíssimo para começar essa zona. Tá, deixa eu apresentar
essa bagaça que vocês chamam de quadro e eu chamo de cantinho da paciência. Vamos
lá. Preparados pra bomba? Se não estiverem, paciência. Tô chegandoooooo!
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O TEMPO E O ROTEIRO
Imagem da novela Sete Vidas, exibida em 2015 pela Rede Globo
Sem sombra de dúvidas, o assunto mais comentando no mundo virtual e
entre autores é justamente o roteiro. Não há como conversar sobre
desenvolvimento, histórias e da magia desse dom de transmitir seus pensamentos
e criatividade para o público, sem antes discutir como ele chegará até a casa
daquele que vai saborear dele.
No mundo virtual, o que vemos muitas vezes são diversos tipos de
roteiros, difundidos em diversos tipos de emissoras, para muitos públicos, que
muitas vezes são opostos. O roteiro “original”, aquele que um dia nos trouxe a
esse encanto, deu lugar a novas adaptações, que vão desde a redução no número
de capítulos, por exemplo, até a redução no número de páginas de um capítulo ou
episódio.
Exemplo concreto da adaptação, que vem sendo influenciada não só pela
TV, como pelo tempo em si, está na novela “A Rede”, exibida pela TV Destino e
reprisa há pouco tempo pela UP.
Novela de Evana Ribeiro, reprisada em 2017 pela UP
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“A Rede” apresentou uma história criada de acordo com seu tempo. As
redes sociais sendo recém-criadas e a internet ainda caminhando para seu grande
auge. Capítulos longos, com mais de 30 páginas, além de uma trama grande com
mais de 50 capítulos. Eram assim as tramas daquele período, daquele tempo. Sem
contar nas cenas mais longas, é claro.
Pois é interessante, já que no mesmo período da reprise da trama de Evana
Ribeiro, tivemos a exibição de “Inimigo Íntimo”, de Rynaldo Nascimento.
“Inimigo Íntimo” é uma prova da mudança na produção das novelas. Se
antes tínhamos novelas de longa duração, com 50 capítulos ou mais, agora temos
tramas rápidas e intensas. Rynaldo Nascimento poupou as cenas desnecessárias e
foi bem direito. Cenas curtas, capítulos relativamente mais curtos, girando em
torno das 20 páginas e 29 capítulos de duração.
Com as mudanças, o que podemos perceber é que autores, que também
fizeram parte desse período de capítulos longos no MV, precisaram se adaptar a
esse novo tempo e aí passamos perceber que não são só as histórias e roteiros que
precisam se adaptar ao tempo, mas seus ESCRITORES também.
Enquanto na TV vimos as tramas humanistas evoluindo do drama de “Por
Amor” para os dramas psicológicos de “Sete Vidas”, no MV presenciamos as
histórias clássicas e entregues ao público dando espaço para os suspenses rápidos e
intensos, que buscam prender o leitor na eventualidade e na rapidez dos
acontecimentos.
Não há limites para a criação, mas o tempo ainda dita as regras da adaptação
dos roteiros do MV.
E esse foi mais um Analisay, felinos ferinos! Até a próxima!
Quadro 4
VOANDO COM A BORBOLETA
RATENA: Olá, amores e amoras. Tudo bom com vocês? Hoje, depois de uma semana
mais movimentada, estou de volta, ainda mais radiante e feliz. Não vou me estender
sobre aquela necessidade de aparecer vindo de Everton Brito recentemente, querendo
denegrir nosso programa, falando várias palhaçadas, inclusive mentiras. Nas esquetes de
hoje, teremos novidades: uma competição muito divertida entre algumas pessoas do
MV. Espero que todos gostem. Beijinhos de luz.
CENA 01/ ESTÚDIOS MEGAPRO/ JARDIM/ DIA/ EXT.
Sumidoísa Ambrósio (alta, magra, negra, cabelo liso e escuro) em frente a uma equipe
de filmagem. Ela segura um microfone.
SUMIDOÍSA – Oi, pessoal. Eu, Sumidoísa Ambrósio, estou de volta para apresentar
um novo programa, que é uma competição. Essa competição é bem pau a pau, bem
disputada. Para quem não sabe, o nome é ‘‘O mais sem noção do MV’’. Ao longo de
algumas semanas, iremos eliminando os que forem menos sem noção. Hoje temos aqui
Militeverton, GuaraVitor, Rennico Penico, Lerdeslley, João Cavalo e Pombayro.
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CAM mostra Militeverton, GuaraVitor, Rennico, Lerdeslley, João e Pombayro.
MILITEVERTON – Mas eu ganhei esse prêmio no News do MV especial!
SUMIDOÍSA – Esse prêmio não importa. Vamos ver quem é o sem noção de verdade.
MILITEVERTON – Injustiça!
SUMIDOÍSA – Enfim, vamos começar com a primeira prova, que é a de sim ou não.
Eu vou fazer uma pergunta e vocês terão que falar sim ou não. Bem fácil, mas tenho que
deixar tudo explicadinho, depois do que andou acontecendo no Programa do Zoh.
LERDESLLEY – Bora?
SUMIDOÍSA – Ih, tá querendo me apressar, Lerdeslley?
LERDESLLEY – Claro. Tenho que escrever minha novela.
MILITEVERTON – Vamos logo, poc do cacete. Vai demorar mais ou tá bom pra
senhorita?
SUMIDOÍSA – Ih, afrontoso. Enfim, vamos lá. Primeira pergunta: você já cancelou
alguma obra no ar?
MILITEVERTON – (baixo) Sim.
GUARAVITOR – NÃO.
JOÃO – O que adianta não cancelar, mas escrever qualquer coisa?
GUARAVITOR – Ih, se enxerga, João Cavalo.
JOÃO – Se enxerga você. Aquele ponto cego todo esquisito.
GUARAVITOR – E sua perigosa tentação? Como ela tá?
JOÃO – Muito bem.
SUMIDOÍSA – E aí, gente? Respondam.
RENNICO – Não.
LERDESLLEY – Não. Não sou a máquina de Xerox.
MILITEVERTON – Pisou, poc.
POMBAYRO – Também não.
SUMIDOÍSA – Pelo visto, só o João que já cancelou trama no ar.
JOÃO – Rennico também já. Ele e eu abandonamos The Five nas mãos de GuaraVitor.
SUMIDOÍSA – Revelações!
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JOÃO – Rennico tá querendo dar uma de santinho. Pra cima de mim, NÃO.
RENNICO – Ridículo.
SUMIDOÍSA – Com essa revelação, já temos os imunes da semana: João Cavalo e
Rennico Penico. Na semana que vem, teremos a eliminação de um dos outros quatro
candidatos. Até lá, amadinhos.
CAM vai se afastando.
CORTA PARA/
CENA 02/ ESTÚDIOS MEGAPRO/ ÁREA DA PISCINA/ DIA/ EXT.
Piscina grande. Várias cadeiras de praia ao redor. Poucas pessoas na piscina. Dentre
as pessoas na área, está Zoh, deitado em uma das cadeiras. João Cavalo chega.
JOÃO – Isso aqui é um assalto! Todos com a mão pra cima.
ZOH – (supreso) Que que foi, garoto?
JOÃO – É um assalto, Zohzimo.
ZOH – Tá doido, é?
JOÃO – Não. Passa esses seus olhos de vidro, Zoh.
ZOH – Como assim?
JOÃO – Passa esses olhos claros falsos aí.
ZOH – Como que vou tirar?
JOÃO – Com a mão. Puxa que sai.
Lucas Lubichano chega, correndo.
LUCAS – JC, o que houve?
JOÃO – Tô assaltando. Não tá vendo?
LUCAS – Mas por que decidiu virar assaltante?
JOÃO – Tô fazendo laboratório pra minha minissérie, Tribunal de Rua.
LUCAS – Ah, então é o dia de fazer laboratório de todas as tramas do MV?
JOÃO – Sei lá. Por quê?
LUCAS – Aquele certo autor tava nu pelos estúdios da rede dele cantando música da
Selena Gomez.
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
João Cavalo cai numa crise de riso. Zoh sai, discretamente, sem que João perceba.
CORTA PARA/
CENA 03/ ESTÚDIOS MEGAPRO/ ESCOLA/ DIA/ INT.
GuaraVitor chega. A recepcionista se aproxima dele.
RECEPCIONISTA – Olá, GuaraVitor. Tudo bom?
GUARAVITOR – Tudo sim. Vim saber se Rennico e Militeverton estão aqui.
RECEPCIONISTA – Tão sim. Eles já voltaram das aulas.
GUARAVITOR – Ah, tá. Essa escola dentro do MEGAPRO é uma ajuda pra eles.
Aliás, em qual série eles estão?
RECEPCIONISTA – Olha, Rennico, tá na creche, né. Menino novo, de fralda ainda.
GUARAVITOR – E Militeverton?
RECEPCIONISTA – Ah, aquele ali já passou do tempo de sair daqui. Não sei o que
tanto estuda aqui. O povo do EJA já tá até cansado da cara dele.
GUARAVITOR – Ah, tá bom então. Volto mais tarde pra falar com eles.
GuaraVitor sai.
Quadro 5
DEBATE DO ZOH
ZOH: Eu digo hey! Eu digo hey, hey, ho! Olha quem tá aqui! Tio Zoh de volta, mais
inabalável que nunca. O convidado de hoje é o super simpático Thiago Machado. Seja
bem-vindo, Thiago!
THIAGO MACHADO: Olá, Zoh! Olá, pessoal! Estou super animado para comentar as
notícias da semana!
LUBICHANO: Oiiiin, gatas e gatos desse Brasil varonil. Bem vindo, Thiago. O seu
prazer é o nosso prazer.
RATENA: Amadinhos da Ratena, tudo bom? Bem vindo, Thiago. Fique à vontade com
nosso grupo de loucos.
DONA LEMBIDINHA: Voltei com sempre, como uma lambida volta. E como faz
parte da tradição, aceita uma lambida de boas vindas, Thiago?
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
THIAGO: Não tem como recusar! Pode lamber!
DONA LEMBIDINHA: Esse momento é meu!
RATENA: Morta. Finalmente alguém aceitou a lambida.
LUBICHANO: Mortaaaa. Jogada, massacrada, irada... Mas gente... Finalmente,
alguém deixou Lembidinha lamber. Aleluia.
DONA LEMBIDINHA: Thiago é dos meus, amores! Mais tarde nos bastidores!
THIAGO: Como alguém pode se recusar a uma lambida tão boa... Pois bem! Paramos
por aqui!
ZOH: Mas gente... Isso é programa de família! Vai que um pessoal resolve fazer textão
por causa disso.
RATENA: Pois é, Zoh. Aliás, essa semana teve gente fazendo textão, né.
ZOH: Sim. Pode entrar, Everton Brito! Mentira, ele não vai voltar, não. Animem-se.
Mas que deu o que falar a edição passada do nosso debate, isso deu. Brito criticou a
gente! Pode isso, Arnaldo?
LUBICHANO: Escrota. Não via a hora do programa com aquela mal amada acabar. Na
filha do fogo nas ventas, ela passou quantas vezes?
DONA LEMBIDINHA: Everton Brito? Vamos falar uma coisa! A edição com ele foi a
coisa mais chata de todas.
THIAGO: Estou até receoso de sair e ir fazer textão também. Quem sabe, né?
LUBICHANO: A gente destrói a senhora, mana. (TEMPO) Brincadeira, amigo.
ZOH: Ah, mas não vai, não. Gente, pra quem não conhece, Thiago é o novo contratado
da MEGAPRO. Enfim, todo o nosso elenco #pisou nas respostas que deram a Brito.
Acredito que devemos ir adiante, pois ficar remoendo isso não vai dar em nada.
DONA LEMBIDINHA: Nem se preocupe, querido! O seu nível é outro, comparado
aquele ratinho criado pela Zih.
RATENA: Só queria saber o que você, Thiago, achou dessa história toda.
THIAGO: Bom, Ratena, não posso trabalhar a ideia ao fundo, porque foram os dois
lados a posicionarem-se. Apesar disso, pelos menos comigo, vocês foram educados e
explicaram como tudo funciona.
RATENA: Olha, gente, eu achei bem ridículo tudo isso. Ele ficou fazendo gracinhas
durante o programa, como aquilo de "não digo nada..." e tal. Primeiro: isso é bem Velho
né. Segundo: foi ridículo participar do programa para denegri-lo.
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
LUBICHANO: Se não gosta do programa não participa, mas não vem ciscar no nosso
galinheiro pra botar seu ovo não, querida. Fica aí no seu com as suas titicas.
THIAGO: E não vou sair mesmo! Afinal, trataram-me super bem e EXPLICARAM O
FORMATO!
ZOH: O mesmo que fizemos com Brito, Thiago, mas... Enfim, a Zih também não
gostou nada do auê no grupo dela. Fez um comentário falando pra acabarmos com a
discussão, mas logo apagou. Ué, gente... Que foi que aconteceu?
DONA LEMBIDINHA: Zih fez o que sempre faz, passou vergonha!
RATENA: Medo ou semancol? Eis a questão.
LUBICHANO: Gente, é claro que o que ela quer é gente do lado dela. Tudo o que ela
tá colhendo hoje é o que ela plantou todos esses anos. Primeiramente, ela deveria olhar
pro próprio rabo e ver tudo o que ela fez durante esses anos. As humilhações, as piadas
sem graças, as ironias veladas... Agora tem a retribuição e quer se fazer de vítima.
Querida, a pior coisa em um crítico é ele ser partidário. A senhora sempre foi partidária,
portanto, o mínimo de credibilidade que deveria ter foi ao chão. E outra... O Zoh não é
imitação sua, porque diferente de você ele é imparcial e competente.
DONA LEMBIDINHA: Zih foi ridícula, Brito foi ridículo! Estamos ficando cansadas
de toda essa gente falando um monte de coisa dos nossos trabalhos e o pior, eles não se
dão o trabalho de ler.
RATENA: O que falta nesse MV é um espelho para essas pessoas se olharem. A
própria Zih já falou tanto dos demais por aí e agora tá querendo bancar a Madre Teresa?
Por favor né.
ZOH: Sou o gêmeo bom e Zih é a gêmea má. Melhore, maninha! Mas melhore mesmo,
até porque, não ia cancelar Anti-Herói? Postou no status e tudo e agora divulgou um
pôster muito interessante no Facebook. Então tudo foi só jogada de marketing?
THIAGO: A despeito da fala da Zih sobre parar a discussão, pareceu-me sensata.
Afinal, é melhor falar menos e produzir mais!
RATENA: Ah, fiquei sabendo dessa história, Zoh. Sua irmã chegou postando o
cancelamento no WhatsApp e agora voltou com mais um episódio.
LUBICHANO: Seria bom se ela fosse sensata, né, amigo?! Se ela fosse, quem sabe nós
não nos espelharíamos no ícone de sensatez que ela é.
DONA LEMBIDINHA: Uma dica para Brito e Zih, calem a porra da boca de vocês!
THIAGO: A fala naquele momento, analisada sem o passado de ironias e deboches, foi
sensata. O problema é o que se passa nas críticas. Foi uma boa jogada. Afinal, como
uma pessoa que prega responsabilidade pode, simplesmente, cancelar uma obra no ar?
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
ZOH: Não discordo que o melhor é evitar tanta discussão, de tentar se promover em
cima de alguém, mas achei engraçado minha irmãzinha falando. Logo ela... Enfim, né.
LUBICHANO: Sim. Mas é o que eu falo sempre... O sujo não pode falar do mal
lavado, entende? É claro que alguém sensato falando aquilo seria perfeito, mas ela com
essa bagagem que tem, não teria o mínimo de direito de falar algo. Me desculpem o
desabafo, não é o momento pra isso, mas é uma cobra cuspideira, uma surucucu, que
espera o momento certo pra enrolar na nossa perna e nos derrubar. Agora, se a senhora é
cobra eu sou a dinossaura REX.
DONA LEMBIDINHA: Sinceramente? Estou cansada da Zih falar as merdas dela e no
final tudo bem, simplesmente porque ela é a Zih e quando a gente fala qualquer besteira,
o pessoal vem e cai em cima, isso é muito irritante.
RATENA: Concordo, Lembidinha. Detesto hipocrisia. Mas agora passaremos a pregar
a paz. #PAZ Só espero que não nos critiquem por isso agora.
THIAGO: O programa bomba, não bomba? Então, segue o fluxo!
LUBICHANO: Vamo deixar o Thiago falar, gente. Mas, enfim, pra encerrar eu digo
que... Zih, a senhora tem sua importância nesse MV. Reconheço isso, mas derrubou
tudo o que construiu com a sua hipocrisia com doses de falta de noção. Espero que a
senhora primeiro encontre um óleo de peroba e posteriormente volte a subir. Veja bem,
a subir, não a se enrolar nas pernas dos outros querendo nos derrubar.
THIAGO: Sempre fui a favor das críticas sem deboche, sem excesso. Há-de ser bem
estruturada e sensata! Que tenhamos isso em mente na hora de fazê-la!
LUBICHANO: Sim, e o Zoh vem provando isso pra gente. To amando suas opiniões,
Thiago. To entendendo seu ponto de vista.
RATENA: Exatamente. Pisou, Thiago. Vamos pra próxima pauta, gente?
ZOH: Mas vocês tão pisando hoje, hein? Você quer debate @? Você quer pegunta
relevante @? Você quer convidado bem entrosado @? Pisaram muito! Agora vamos
falar de outra rede? Nem WebTV, nem MEGAPRO... Na WebMundi, três estreias
marcaram a semana.
RATENA: Ah, fiquei sabendo. Bem interessante essa proposta da emissora estar
renovando seu entretenimento. Desejo sucesso.
LUBICHANO: Ai, gente. Vocês sabem que eu gosto bastante do pessoal da
WebMundi. Eles e o pessoal da Cyber sempre são tão legais com a gente. Quais serão
as estreias, Zohzimo?
THIAGO: É sempre ótimo sermos presenteados com propostas de entreterimento no
Mundo Virtual. Se trabalhados bem, podem render muito.
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
ZOH: Com "Mundo Web", "#VerãoWebMundi" e "Web Curioso Mundi", a emissora
pretende abrir o leque do entretenimento da casa. Arrasaram!
DONA LEMBIDINHA: Estou bastante Curiosa para saber dos programas.
LUBICHANO: Entretenimento tem ficado tão ícone no MV. To amando ver o povo se
movimentando e se livrando das velharias de sempre.
THIAGO: Como eu disse, isso é válido! Espero ótimos formatos!
RATENA: Será que esse Web Curioso Mundi terá a ver com a Menina Curiosa, a mais
polêmica do MV?
LUBICHANO: Não tinha pensando nisso, Ratena.
ZOH: Boa pergunta, Ratena. Seriam eles parentes da Curiosa, assim como sou da Zih?
Também não tinha pensado nisso. Sendo ou não sendo, desejo sucesso à equipe da
WebMundi!
THIAGO: Também desejo! Sorte e sucesso! Já que, até então, tínhamos poucos
programas de entretenimento.
ZOH: E falando em sucesso, o MEGAPRO estreou essa semana a novela Mano a
Mano, de Rômulo Esqueci o Sobrenome. Achei uma novela maravilhosa, como já falei
na crítica acima. Alguns deslizes, que são bem normais, não atrapalharam de ser uma
boa estreia. O que acharam?
THIAGO: Desculpe-me a falta de conhecimento da obra, mas ainda não a li.
LUBICHANO: Ícone. Eu fiquei apaixonado na sinopse. As últimas linhas eu delirava.
Sério. E a novela tem um potencial danado. Eu sou fã já.
DONA LEMBIDINHA: Eu amei Mano a Mano, adorei aquela trama. E não tô falando
isso, só porque quero dar uma lembida no autor, a trama é realmente interessante.
ZOH: Ah, que pena, Thiago. Procure no site da emissora. É ótima!
THIAGO: Vou procurar sim!
RATENA: Mano a Mano é muito boa, leve, meio filosófica, mas mesmo assim bem
interessante e densa. Amando.
THIAGO: Já senti interesse pela parte filosófica. Aguarde-me, Mano a mano! (risos)
LUBICHANO: É uma adaptação pros dias de hoje do mito de Rômulo e Remo,
Thiago. Bem interessante. Os fundadores de Roma.
ZOH: E é assim, com todo mundo amando uma coisa (raro), que terminamos a edição
de hoje do debate. Adorei conversar com vocês! Thiago, você foi maravilhoso, e queria
agradecer por ter aceito nosso convite. Deseja falar alguma coisa?
PROGRAMA DO ZOH EDIÇÃO 04 MEGAPRO SHOW
LUBICHANO: Gente... Eu nem acredito que acabou. Ameeeeei esse papo com o
Thiago.
RATENA: Ah, que pena, gente. Essa edição ficou tão gostosa. Amei esse debate. Pisou
no último.
THIAGO: Eu que agradeço por tudo! Vocês são ótimos! Excelentes e divertidos!
ZOH: Alguma palavra pro nosso público do que está vindo por aí? Quais são suas
expectativas pra essa nova contratação?
LUBICHANO: Nós não nos arrependemos de ter te convidado. Você correspondeu ao
programa, participou, bateu papo. Que o Britto aprenda a participar de programa
futuramente. Creio que você conseguirá isso, amigo. TO torcendo por você.
DONA LEMBIDINHA: Eu amei essa edição, foi icônica pisou horrores na última. Foi
um prazer você aqui Thiago, a nossa lembida tá marcada.
THIAGO: Como eu disse e a reiterar, como alguém pode recusá-la? Foi um prazer,
pessoal!
RATENA: Foi um prazer ter você aqui, Thiago. Até semana que vem, gente. Beijocas.
ZOH: E assim termina nosso quadro de hoje. Pisou muito! Até o próximo programa,
gente! Cambada que eu chamo de elenco, voltem em paz pra casa. Thiago idem. Beijos
do tio Zoh e tchau, tchau! E pra quem não gostou: