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2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO 11ª Classe ÁREA DE CIÊNCIAS ECONÓMICO-JURÍDICAS B35

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2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

P R O G R A M A D E

INTRODUÇÃO AO DIREITO11ª Classe

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ÁREA DE CIÊNCIAS ECONÓMICO-JURÍDICAS

B35

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Ficha Técnica

TítuloPrograma de Introdução ao Direito - 11ª Classe(Área de Ciências Económico-Jurídicas)

EditoraEditora Moderna, S.A.

Pré-impressão, Impressão e AcabamentoGestGráfica, S.A.

Ano / Edição / Tiragem2014 / 2.ª Edição / 2.000 Ex.

E-mail: [email protected]

© 2014 EDITORA MODERNAReservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

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ÍNDICE

Introdução Geral à Disciplina -------------------------------------------------- 4

Objectivos Gerais da Disciplina ------------------------------------------------ 6

Conteúdo Programático na 11ª Classe ----------------------------------------- 7

Desenvolvimento dos Temas -------------------------------------------------- 8

Sugestões Metodológicas ------------------------------------------------------ 14

Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 27

Bibliografia --------------------------------------------------------------------- 29

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11ª CLASSE

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INTRODUÇÃO GERAL À DISCIPLINA

A disciplina de Introdução ao Direito surge neste nível como uma necessidade específica para os alunos que pretendam Ingressar na Faculdade de Direito quando transitarem para o ensino superior.

O programa de Introdução ao Direito deverá contribuir para que os alunos do ensino médio possam compreender as principais bases do Direito em geral, o seu surgimento e desenvolvimento em qualquer sociedade.

Neste nível, o aluno deverá recordar que quando no seio da organização tribal surgiu a desigualdade social entre os homens como resultado da divisão da sociedade em classes e do aparecimento da propriedade privada, as regras que inicialmente pertenciam eram os costumes e hábitos converteram-se em lei. De modo, deixaram de expressar os interesses gerais da comunidade, servindo aqueles em cujas mãos se encontravam os principais meios de produção e o poder público. Com os hábitos e costumes convertidos em lei, com ela apareceram os órgãos necessários para garantir o seu cumprimento, como o Estado e os seus respectivos meios de coacção.

O aluno deverá ainda compreender que a sociedade de classes não poderia sobreviver sem o Estado e o Direito, visto que estes são produtos da própria sociedade e pertencem ao seu sistema de direcção. Assim, é importante também compreender que a transição para uma sociedade de classes e o surgimento do Estado e do Direito foram acontecimentos objectivos e inevitáveis que representaram acima de tudo um processo histórico para a Humanidade apesar do carácter antagónico existente entre as classes. A sociedade e o desenvolvimento alcançado por esta necessitavam do Estado de Direito porque este completava o seu aparecimento. O Estado, para solucionar e levar a cabo as tarefas, necessitava de uma alavanca, de um instrumento. Este instrumento foi o Direito, que constitui um traço indispensável em cada Estado, sendo-lhe próprio, já que numa sociedade sem Direito o Estado não tem lugar. Em suma: o Estado não pode existir sem o Direito.

Por estas e outras razões, o Direito é dinâmico, está em constante mutação e deve ser dado de acordo com as mudanças que se forem verificando na sociedade, já que o programa em si constitui apenas o ponto de referência inicial para qualquer professor que deseje reflectir sobre o que deve ser o seu trabalho.

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PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO

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Contudo, o professor não deverá perder de vista os objectivos traçados, quer os gerais, quer os específicos de cada classe e de cada tema, para que os alunos no fim do nível possam dominar os temas propostos e não se deparem com grandes novidades no ensino superior. Tal não invalida que se faça referência a qualquer aspecto que se considere oportuno a propósito de um dado momento da sociedade e que seja pertinente na actualidade, desde que o programa não concedido seja “amputado”.

Em suma, o programa que propomos visa dar aos alunos uma visão geral sobre conhecimentos de Direito, inculcando-lhes aspectos essenciais jurídicos quem em níveis anteriores tenham sido analisados fora do contexto jurídico.

Assim, é importante que ao referir-se a Declaração dos Direitos do Homem, o Tribunal dos Direitos do Homem e a Amnistia Internacional, haja uma abordagem diferente, pois é preciso que nesta altura se lhe confira cunho jurídico em relação no que diz respeito à forma como estes assuntos foram tratados em classes ou níveis anteriores.

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11ª CLASSE

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OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Com a disciplina de Introdução ao Direito, do segundo Ciclo do Ensino Secundário, pretende-se que no fim do ciclo o aluno possa:

› Conhecer o papel do homem como ser social;

› Compreender a essência e o desenvolvimento do Direito;

› Conhecer as fontes de Direito;

› Compreender as normas jurídicas;

› Distinguir os diversos sentidos do termo “Direito”;

› Distinguir os vários tipos de Direito existentes;

› Compreender o exercício do Direito;

› Compreender e distinguir cada um dos ramos do Direito e a sua importância na sociedade.

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PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO

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CONTEúDO PROGRAmáTICO NA 11ª CLASSE

Tema 7 - Direito Constitucional e a Constituição Tema 8 - Direito da Família Tema 9 - Direito Fiscal Tema 10 - Direito Administrativo

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DESENVOLVImENTO DOS TEmAS

Tema 7 - Direito Constitucional e a Constituição

7.1. Noção de Constituição7.1.1. Constituição em sentido material e em sentido formal.7.1.2. Constituições rígidas, flexíveis e semi-rígidas.7.1.3. Constituição e a carta constitucional.

7.2. Constituição antes do 25 Abril de 1974.7.2.1. A constituição Angolana de 1975.7.2.2. Análise dos princípios fundamentais, direitos e deveres fundamentais,

direitos, liberdade e garantias pessoais consagrados na constituição Angolana.

7.2.3. A organização de poder político (Órgãos de Soberania)7.2.3.1. O Presidente da República.7.2.3.2. A Assembleia Nacional.7.2.3.3. O Governo.7.2.3.4. Os Tribunais.

7.3. Revisão da Constituição7.3.1. O Poder da Revisão.7.3.2. Limites da Revisão.7.3.3. As várias Revisões.

Objectivos: Pretende-se que nesta classe, e no fim do tema, o aluno possa: › Compreender o Direito Constitucional como Direito Público; › Dar uma noção de constituição e analisar os vários tipos de Constituições; › Distinguir Constituição de Carta Constitucional; › Relacionar Constituição com Democracia; › Compreender o aparecimento das Constituições; › Conhecer os aspectos fundamentais da Constituição de 1975; › Compreender o regime político contido na Constituição de 1975; › Referir a estrutura sistemática da Constituição; › Analisar os princípios, os direitos e deveres fundamentais, liberdade e

garantias pessoais; › Referir e conhecer os Órgãos de Soberania, sua formação, composição e

competência.

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Tema 8 - Direito da Família

8.1. Noção8.1.1. Fontes de relações jurídico-familiares.8.1.2. O parentesco.8.1.3. O casamento.8.1.4. A união de facto.8.1.5. A afinidade.

8.2. O casamento.8.2.1. Noção de casamento.8.2.2. A promessa de casamento no direito positivo e no direito costumeiro

e sua referência jurídica.8.2.3. Pressupostos de existência de casamento.8.2.2. Validade do casamento. elementos de fundo e elementos de forma.

Capacidade matrimonial (idade núbil e impedimentos matrimoniais).O mútuo consentimento.

8.3. Forma do acto de casamento.8.3.1. Processo preliminar (declaração inicial, oposição ao casamento,

despacho final).8.3.2. Nulidade do casamento.

8.4. Efeitos pessoais do casamento.8.4.1. Princípios reguladores das relações conjugais (igualdade de direito e

deveres; decisão comum).8.4.2. Poderes e deveres matrimoniais (de respeito, fidelidade, de

coabitação, de cooperação e de assistência).8.5. Efeitos Patrimoniais do casamento.8.5.1. Regime económico no Código de Família (comunhão de adquiridos

e separação de bens).8.5.2. Dívidas dos cônjuges (comuns e exclusivas).

8.6. A dissolução do casamento8.6.1. Causas da dissolução (morte e divórcio).8.6.2. Modalidade de divórcio (por mútuo acordo e litigioso).

8.6.3. Fundamentos para acção no divórcio litigioso (adultério, vida e costume desonroso, abandono do lar, ofensas à integridade física ou moral, ausência do cônjuge, demência do cônjuge, etc.).

8.7. A união de facto8.7.1. Noção.8.7.2. Pressupostos legais.

8.8. A adopção 8.8.1. Conteúdo legal da adopção.

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8.8.2. Requisitos legais do adoptante e do adoptado.8.8.3. Consentimento da adopção; autorização da adopção.8.8.4. Tipos legais de adopção (dupla e unipessoal).8.8.5. Efeitos da adopção (em relação ao adoptante, em relação ao adoptado;

em relação à família natural).

Objectivos: Pretende-se que nesta classe, e no fim do tema, o aluno possa: › Compreender a noção do Direito da Família; › Conhecer e compreender as fontes das relações jurídico-familiares

consagradas no Código da Família; › Compreender cada uma das fontes das relações jurídico-familiares; › Compreender a relevância da promessa do casamento e dos pressupostos da

existência do casamento; › Compreender a adopção como um instituto fundamental no ordenamento

jurídico angolano; › Compreender a forma do acto do casamento, do processo preliminar e das

causas de nulidade do casamento; › Conhecer os efeitos pessoais e patrimoniais do casamento; › Referir os princípios reguladores das relações conjugais; › Conhecer os poderes e deveres matrimoniais; › Conhecer as causas da dissolução do casamento e as modalidades de

divórcio; › Referir os fundamentos para o divórcio litigioso; › Compreender a união de facto como fonte das relações jurídico-familiares

no ordenamento jurídico angolano.

Tema 9 - Direito Fiscal

9.1. Noção do Direito Fiscal 9.1.1. A actividade financeira do Estado.9.1.2. O Direito Financeiro.9.1.3. O Direito Tributário.9.1.4. O Direito Fiscal.

9.2. Natureza do Direito Fiscal e a sua relação com outros ramos de direito. 9.3. Evolução Direito Fiscal

9.3.1. Período imediatamente anterior ao Renascimento.9.3.2. Período posterior ao Renascimento.9.3.3. Período da Revolução Iindustrial.9.3.4. Período contemporâneo.

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9.4. Fontes de Direito Fiscal. 9.5. A Lei.

9.5.1. Noção e extensão.9.5.2. Lei Constitucional. princípio da legalidade, igualdade, eficiência

funcional do sistema tributário e o princípio da anualidade.9.5.3. Leis; decretos-leis; regulamentos; Convenções Internacionais.

9.6. O imposto.9.6.1. Conceito e objectivos.

9.7. A Administração Fiscal.9.7.1. A Direcção Nacional de Impostos.9.7.2. A Direcção Nacional das Alfândegas.

9.8. Os sujeitos da relação jurídica fiscal (impostos).9.8.1. O sujeito activo (o Estado e o Instituto Nacional de Segurança Social).9.8.2. O sujeito passivo.9.8.3. Direitos e Deveres dos Contribuintes.

9.9. Os principais impostos angolanos.9.9.1. O imposto industrial.9.9.2. Os impostos petrolíferos.9.9.3. O imposto sobre o rendimento de trabalho.9.9.4. Os impostos de produção e consumo.9.9.5. Os impostos aduaneiros.

Objectivos: Pretende-se que nesta classe, e no fim do tema, o aluno possa: › Conhecer o Direito Fiscal e diferenciá-lo do Direito Financeiro e Tributário; › Compreender a natureza Direito Fiscal e suas relações com outros ramos do

direito; › Referir os períodos da evolução do Direito Fiscal; › Compreender e explicar cada uma das fontes do Direito Fiscal; › Compreender o conceito e objectivo do imposto e a Administração Fiscal; › Conhecer e distinguir o sujeito activo e passivo da relação jurídica Fiscal e

os direitos e deveres dos contribuintes; › Compreender os principais impostos angolanos.

Tema 10 - Direito Administrativo

10.1. Conceito, princípios e elementos. 10.1.1. Fins e meios da Administração Pública.10.1.2. Funções estaduais (legislativa, jurisdicional e administrativa).

10.2. Princípios de organização administrativa.

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10.2.1. O princípio da prudência dos interesses públicos.10.2.2. Princípio participativo.10.2.3. Princípio da legalidade quanto às atribuições e competência.10.2.4. Princípio de direcção individual e da responsabilidade pessoal.10.2.5. Princípio da desconcentração.10.2.6. O princípio da descentralização.10.2.7. O princípio de aproximação dos serviços às populações.

10.3. Elementos de organização administrativa10.3.1. As pessoas colectivas públicas e os serviços públicos.10.3.2. Conceito de cada um dos elementos.

10.4. A organização administrativa Angolana10.4.1. Administração Central.10.4.2. O Órgão do Estado; Presidente da República e Chefe de Governo;

Órgão Politico e Administrativo.10.4.3. O Governo e o Conselho de Ministros; Funções, estrutura,

composição e funcionamento.10.5. Administração Local

10.5.1. Divisão Administrativa Local (municípios, comunas, bairros ou povoações).

10.5.2. Órgãos e Serviços Locais do Estado; Delegações e Direcção Provinciais; Municipais e Bairros ou Povoações.

10.5.3. Os Governos Provinciais e Administrações Municipais; Natureza, atribuições, organizações e funcionamento; os Governadores Provinciais.

10.5.4. As autoridades locais.10.6. Formas da Actividade Administrativa. Regulamento, Acto e Contrato

Administrativo.10.7. Princípios fundamentais da actividade administrativa

10.7.1. Princípio da prossecução do interesse público.10.7.2. Princípio da legalidade.10.7.3. Princípio da imparcialidade.10.7.4. Princípio da justiça.10.7.5. Princípio da proporcionalidade.10.7.6. Princípio do mérito e dever de boa administração.10.7.7. Princípio da moralidade da administração.

Objectivos: Pretende-se que nesta classe, e no fim do tema, o aluno possa: › Compreender a noção de Direito Administrativo e os seus princípios; › Conhecer os fins e os meios da Administração Pública;

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› Entender os elementos da organização administrativa; › Conhecer a organização administrativa angolana; › Distinguir a administração central da local; › Conhecer os órgãos do Estado e distinguir o Presidente da República do

Chefe de Estado do Governo; › Conhecer as funções, estrutura, composição e funcionamento do Governo e

do Conselho de Ministros; › Compreender a divisão administrativa do país (províncias, municípios,

comunas, bairros ou povoações); › Conhecer o papel das autoridades tradicionais; › Conhecer as formas da actividade administrativa; › Enumerar os princípios fundamentais da actividade administrativa.

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SUGESTõES mETODOLóGICAS

Tema 7 - Direito Constitucional e a Constituição

7.1. Noção da Constituição.7.1.1. Análise dos princípios fundamentais, direitos e deveres fundamentais,

direitos, liberdade e garantias pessoais consagrados na Constituição Angolana.

Tomando com base o tema 6, sobre os ramos do Direito, o professor convidará os alunos a recordarem os critérios principais estudados para distinguir o Direito Público do Direito Privado, realçando fundamentalmente:

› A diferença entre o Direito Público e o Privado, com base no critério do interesse;

› A diferença entre o Direito Público e o Privado, com base no critério da qualidade dos sujeitos;

› A diferença entre o Direito Público e o Privado, com base no critério da posição dos sujeitos.

Após este exercício, o professor deverá pedir a uma aluno para enunciar os ramos do Direito Público, enquanto outro será convidado a enunciar os ramos do Direito Privado. Recordando a enumeração feita pelo primeiro aluno, o professor elegerá um dos ramos enunciados e o Direito Constitucional, fazendo surgir a sua noção.

Tendo em atenção as várias noções de Constituição existentes, o professor deverá evitar que o aluno as definam por referência a estudos posteriores. A este nível dever-se-á munir os alunos apenas de mínimas noções, devendo analisar-se os vários tipos de Constituições.

Sugere-se, ao analisar as várias vertentes da Constituição, que se tenha em conta como elas se podem apresentar - por exemplo, em sentido material e em sentido formal. Deve considerar-se também as Constituições rígidas, flexíveis e semi-rígidas através de um debate provocado e orientado pelo professor, cuja conclusão deverá ser registada por cada um dos alunos.

7.2. A Constituição antes do 25 Abril de 1974.

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A partir da noção da Constituição já estudada o professor deverá levar aos alunos a compreender que existiu uma Constituição antes do Movimento das Forças Armadas em Portugal ter realizado a revolução de 25 Abril de 1974, recordando algumas causas desse movimento e os seus efeitos, em particular para os povos oprimidos sob o jugo colonial português, incluindo o próprio povo português.

Com base na Constituição de 1975, diário da República nº1, 1ª série, de 11 de Novembro de 1975, dever-se-á analisar alguns princípios fundamentais ali consagrados, podendo ser confrontados com os previstos na Constituição actual.

Os alunos deverão, através da Constituição actual, analisar e compreender os direitos e deveres fundamentais, liberdades e garantias dos cidadãos, consagrados na Constituição.

Para tal, sugere-se o seu estudo utilizando material suficiente distribuído aos alunos ou apresentado por meios de electro-projector seguido de um debate dirigido, após a sua apresentação, pelo professor.

Neste tema, os alunos deverão compreender a organização do poder politico, isto é, conhecer os órgãos de soberania e as suas respectivas competências. Para melhores êxitos, sugere-se a organização dos alunos em grupos, por exemplo, quatro, devendo cada um analisar o conceito e as competências de um dos Órgãos de Soberania. Os resultados deverão ser apresentados por um dos integrantes do grupo indicado por eles e defendido pelos respectivos membros em conferência ou seminário organizados para tal.

7.3. Revisão da Constituição.7.3.1. O Poder da Revisão.7.3.2. Limites da Revisão.7.3.3. As várias Revisões.

O professor poderá suscitar uma discussão relativamente à revisão de qualquer Constituição referindo-se a dinâmica da sociedade como um organismo vivo o qual, por força da natureza, sofre mudanças mais ou menos profundas ao longo do tempo.

Com auxílio do professor, os alunos deverão compreender a quem compete o poder de revisão, assim como os limites da mesma.

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Os alunos deverão compreender as Revisões que já sofreram a nossa Constituição, apresentando a Constituição de 1975, a de 1978, a de 1992, entre outras, e as alterações mais significativas verificadas em cada uma delas.

Tema 8 - Direito da Família

8.1. Noção.8.1.1. Fontes de relações jurídico-familiares.

A partir de uma discussão sobre os comportamentos familiares que os alunos possuem nas suas respectivas residências, o professor deverá encaminha-los a descobrir a noção de família que poderá ser complementada com a leitura do texto Constitucional e do Código de Família.

O professor poderá, através de alguns exemplos concretos baseados nas relações jurídico-familiares, fazer surgir a expressão “fontes das relações familiares” e consequentemente a sua noção.

Sugere-se que a análise das fontes jurídico-familiares seja feita com base no texto do Código da Família, realçando a noção de cada uma delas, que os alunos devem compreender e saber distinguir.

Por outro lado, o aluno deverá saber a inovação do nosso Código de Família, que inclui a união de facto como fonte de relação jurídico-familiar, não prevista no Código do Direito de Família Português que mantém a adopção como fonte, enquanto o nosso Código não a consagra.

8.2. O Casamento.8.2.1. Noção de casamento.8.2.2. A promessa de casamento no direito positivo e no direito costumeiro

e sua referência Jurídica.

Neste subtema, o professor fará com que os alunos se recordem da noção dada sobre o casamento aquando do estudo das fontes das relações jurídico-familiares, com base na leitura da noção do Código da Família seguida de comentários elementos fundamentais desta noção.

Sugere-se que o professor faça compreender aos alunos a promessa de casamento feita durante o período de namoro e a sua relevância Jurídica no Código da Família Angolana.

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Sugere-se a sensibilização dos alunos para os pressupostos que devem verificar, de modo a que possa existir um casamento válido. Estes pressupostos devem ser retirados e analisados a partir do Código da Família Angolana, realçando fundamentalmente a capacidade que integra a ideia núbil e os impedimentos, assim como a verificação do mútuo consentimento.

8.3. Forma do acto de casamento.

8.3.1. Processo preliminar.8.3.2. Nulidade do casamento.

Neste subtema, o aluno deverá compreender a forma que deve revestir o acto do casamento, a existência de um processo, bem como as consequências da falta deste processo e dos pressupostos analisados anteriormente. É importante que o aluno conheça as fases do processo de casamento, podendo o professor analisá-las utilizando o Código da Família e o regulamento do acto do casamento.

8.4. Efeitos pessoais do casamento.8.4.1. Princípios reguladores das relações.

O professor deverá convidar os alunos a consultarem o Código da Família para, sob a sua orientação, analisarem quais são os efeitos que resultam da realização válida do casamento, sublinhando os princípios reguladores das relações conjugais.

Aqui sugere-se que o professor procure incutir nos alunos a necessidade de estabelecer entre os cônjuges a igualdade de direitos e deveres - contrariamente àquilo que muitos pensam quando atribuem aos homens superioridade no comando - realçando que as decisões no lar familiar devem ser tomadas em comum.

Sugere-se, ainda, que ao analisar-se os poderes e deveres matrimoniais estes sejam vistos um por um, de modo a que os alunos os compreendam e os diferenciem uns dos outros, podendo o professor provocar um debate para ouvir as opiniões dos alunos ou dos grupos, consoante opte pelo estudo individual ou em grupo.

8.5. Efeitos Patrimoniais do casamento.8.5.1. Regime económico no Código de Família.8.5.2. Dívidas dos cônjuges.

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Para compreensão deste subtema, é importante que o aluno saiba, em primeira mão, que o casamento produz efeitos pessoais, já analisados, e efeitos patrimoniais. Neste nível os alunos deverão conhecer e compreender fundamentalmente:

› O regime económico previsto no Código da Família, diferenciando um do outro;

› As dívidas dos cônjuges com maior incidência no regime económico supletivo (comunhão de adquiridos).

8.6. A dissolução de casamento.

8.6.1. Causa da dissolução.8.6.2. Modalidades do divórcio.8.6.3. Fundamentos para acção no divórcio litigioso.

Cada aluno deverá ser solicitado a enunciar as causas da dissolução do casamento através do Código da Família, podendo ser solicitado em princípio a todos os alunos a localização no documento. Depois o professor deverá indicar um aluno para se pronunciar, apontando concretamente as duas causas.

O professor deverá, com base numa das causas da dissolução do casamento, o divórcio, fazer surgir as suas modalidades devendo o aluno compreender cada uma delas e os fundamentos que as presidem.

Deverá ficar clara para os alunos a diferença entre as causas da dissolução do casamento e as modalidades de divórcio. O aluno deverá ser capaz de tirar conclusões através a análise de cada um dos fundamentos das duas modalidades com maior incidência nos fundamentos para acção no divórcio litigioso.

Estes fundamentos deverão ser discutidos e comentados em jeito de análise, um por um, não se esquecendo o professor de enfatizar o tipo de ausência de um dos cônjuges, pois não é qualquer ausência que serve de fundamento para acção do divórcio litigioso.

8.7. A união de facto.

8.7.1. Noção.8.7.2. Pressupostos legais.

Tendo em conta que esta é uma fonte de relações jurídico-familiares do Código da Família Angolana, é importante que o aluno compreenda a sua noção e, a partir dela, extraia os respectivos pressupostos que deverão ser comentados.

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O aluno deverá compreender a diferença nítida existente entre o casamento e a união de facto, consubstanciada apenas pela falta de realização da cerimónia pública, o acto. No caso da união de facto, muito frequente no nosso país, deverá haver observância rigorosa dos pressupostos previstos na lei.

8.8. A adopção.8.8.1. Conteúdo legal da adopção.8.8.2. Requisitos legais do adoptante e do adoptado.

A partir da discussão sobre a noção da adopção, importa fazer surgir o seu

conteúdo legal, assim como os requisitos legais exigidos, quer do adoptante, quer do adoptado, que deverão ser confirmados pelos alunos no Código da Família.

O professor poderá, através de resumo anteriormente elaborado, apresentar os requisitos exigidos por lei, ressaltando o consentimento e a autorização que se devem verificar.

O aluno deverá compreender os tipos legais de adopção, em que caso se verifica a adopção dupla e a unipessoal, compreendendo igualmente os efeitos que produzem uma vez verificada a adopção, tanto em relação ao adoptante, como em relação ao adoptado, como ainda em relação a família natural.

Os alunos deverão ser sensibilizados a compreender este instituto através de um debate de texto legal em grupo de estudo, apresentando cada grupo as conclusões tiradas do estudo realizado.

Tema 9 - Direito Fiscal

9.1. Noção. 9.1.1. A actividade financeira do Estado. 9.1.2. O direito financeiro.9.1.3. O direito tributário.9.1.4. O direito fiscal.

O professor provocará um debate com os alunos de forma a fazer surgir a noção de direito fiscal, fazendo referência a receitas (contratuais e coactivas) de que o Estado necessita para possibilitar a satisfação das necessidades colectivas, como por exemplo, pagar aos professores, médicos, polícias, militares, etc.

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Os alunos deverão compreender a fonte de cada uma das receitas e toda a actividade do Estado relacionada com a obtenção de receitas e com a realização de despesas.

Deverão compreender e distinguir o Direito Financeiro do Direito Tributário, a par do Direito Fiscal, com base na análise das noções que forem apresentadas pelo professor.

9.2. Natureza do Direito Fiscal e sua relação com outros ramos do Direito.

Neste subtema, aluno deverá compreender a natureza do Direito Fiscal, fundamentando as razões pelas quais se considera como um ramo do direito público. Para tal, é necessário analisar os referidos fundamentos, nomeadamente:

› Quanto à tutela de interesses colectivos; › Quanto a um dos intervenientes nas obrigações tributárias; › Quanto à posição de supremacia com que surgem esses entes públicos nas

relações jurídicas; › Quanto aos princípios jurídicos próprios de que se dispõe.

O aluno deverá compreender que, embora se reconheça a autonomia científica

do Direito Fiscal, ele tem ligação com outros ramos, devendo conhecer tais ramos.

9.3. Evolução Direito Fiscal. 9.3.1. Período imediatamente anterior ao Renascimento; 9.3.2. Período posterior ao Renascimento; 9.3.3. Período da Revolução Industrial;9.3.4. Período contemporâneo.

Neste subtema, aluno deverá ser consciencializado de forma a compreender a evolução do Direito Fiscal, analisando cada um dos períodos e caracterizando-os. O aluno deverá conseguir distinguir um período do outro.

Sugere-se que o professor apresente quatro cartazes contendo cada um deles a respectiva caracterização. Os cartazes deverão ser analisados e comentados um por um pelos alunos com auxílio do professor.

9.4. Fontes de Direito Fiscal.

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Para as fontes de Direito é importante que o aluno compreenda as formas do surgimento e manifestação das regras jurídicas, devendo para tal conhecer as quatro fontes no sentido técnico-jurídico, dando-se apenas alguma noção de cada uma delas.

É importante também que o aluno conheça e distinga as fontes directas ou imediatas das fontes indirectas ou mediatas.

9.5. A Lei 9.5.1. Noção e extensão.9.5.2. Lei Constitucional: Princípio da legalidade, igualdade, eficiência

funcional do sistema tributário e o princípio da anualidade.9.5.3. Leis; decretos-leis; regulamentos; Convenções Internacionais.

Tendo conhecimento das fontes de Direito fiscal, poderá ser recordada e aprofundada a noção de lei já estudada no subtema anterior, com o professor a apresentar diversos significados que pode ter a palavra “lei”, isto é, significado intermédio e restrito.

O professor deverá recordar o estudo feito anteriormente sobre a hierarquia das leis, apresentando uma pirâmide com a Lei Constitucional no topo, como lei fundamental e que subordina as restantes (leis ordinárias).

O aluno deverá compreender e conhecer através da Lei Constitucional e da Constituição fiscal os princípios do Direito Fiscal nela consagrados, explicando cada um deles. O professor poderá apresentar um cartaz com uma esquema e uma descrição dos princípios a par dos respectivos resumos dos aspectos mais salientes que levem a identificá-los.

O professor, aproveitando a pirâmide apresentada aquando do estudo sobre a hierarquia das leis, poderá recordá-la para demonstrar que, para além da Lei Constitucional, no topo há outros actos normativos que podem regular os impostos.

Sugere-se o recurso à Lei Constitucional para que os alunos, orientados pelo professor, leiam e identifiquem os aspectos referentes à competência da Assembleia (competência originária) e do Governo (competência derivada) em legislar sobre matéria fiscal.

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9.6. O imposto.9.6.1. Conceito e objectivo.

O professor deverá incentivar uma discussão com os alunos relativamente a matéria já dada sobre a actividade financeira do Estado para fazer surgir o conceito de imposto.

O aluno deverá compreender o conceito de imposto analisando os caracteres fundamentais da definição. Poderá ser elaborado, individualmente ou em grupo, um resumo sobre aquilo que os alunos entenderam acerca do conceito de imposto e os caracteres que integram a definição.

O aluno deverá compreender os objectivos do imposto através da análise de alguns textos extraídos do manual orientador adoptado, nomeadamente:

› Fim fiscal do imposto; › Fins extra fiscais; objectivo social; › Objectivo económico.

9.7. A Administração Fiscal9.7.1. A Direcção Nacional de Impostos.9.7.2. A Direcção Nacional das Alfândegas.

O professor poderá suscitar uma discussão com base em recortes de jornais, diversas notícias ou outros elementos recolhidos e analisados pelos alunos, sobre a cobrança dos vários impostos e sobre os Órgãos que representam o Estado nesta actividade, na Administração Fiscal. O importante neste subtema é que o aluno compreenda a actividade específica de cada um dos órgãos da Administração Fiscal.

9.8. Os sujeitos da relação jurídica fiscal.9.8.1. O sujeito activo: o Estado e o Inst. Nac. Seg. Social.9.8.2. O sujeito passivo.9.8.3. Direitos e Deveres dos Contribuintes.

Para este subtema o professor deverá recordar aos alunos os Órgãos do Estado na Administração Fiscal para fazer surgir os sujeitos da relação jurídica fiscal, o imposto.

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O aluno deverá compreender e saber distinguir o sujeito activo do sujeito passivo de obrigação, analisando os direitos e os deveres dos contribuintes, consagrados tanto na Lei Constitucional como no Código Geral Tributário.

Sugere-se a apresentação pelo professor de alguns resumos em cartolina onde deverão constar de um lado os Direitos e de outro os Deveres. Estes deverão ser comentados de forma a que o aluno os possa distinguir.

9.9. Os principais impostos angolanos9.9.1. O imposto industrial.9.9.2. Os impostos petrolíferos.9.9.3. Os impostos de produção e trabalho.9.9.4. Os impostos de produção e consumo.9.9.5. Os impostos aduaneiros.

Tendo em conta o objectivo que se pretende com este subtema, o aluno deverá conhecer em primeiro lugar os principais impostos aplicados em Angola e depois analisar cada um dos tipos de imposto, conhecendo o âmbito da sua aplicação.

O professor deverá promover um debate com os alunos sobre cada um dos impostos com base na análise dos respectivos diplomas legais sobre a matéria, que deverá cingir-se fundamentalmente sobre:

› Âmbito de aplicação de cada um dos impostos – incidência objectiva e incidência subjectiva;

› Alguns casos de isenções de impostos a pessoas colectivas e singulares.

Sugere-se que, depois da discussão ou debate orientado pelo professor sobre cada um dos impostos, se realize um trabalho individual como actividade (tarefa) de casa em que cada aluno deverá apresentar na próxima aula um comentário/resumo daquilo que entendeu sobre a matéria.

Tema 10 - Direito Administrativo

10.1. Conceito, princípio e elementar.10.1.1. Fins e meios da Administração Pública; 10.1.2. Funções estaduais (legislativa, jurisdicional e administrativa).

A partir do conhecimento dos alunos, pode chegar-se a uma noção simples de Administração que poderá ser completada com auxílio do professor.

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É importante que depois da noção o aluno seja levado a compreender os elementos que integram a noção.

Sugere-se que seja analisado minuciosamente o conceito (noção) apresentado pelo professor, dele extraindo-se os seus elementos e ressaltando as funções da Administração Pública com base na leitura do texto Constitucional sobre a matéria.

O professor poderá apresentar extractos de recortes retirados da Lei Constitucional, representando cada uma das três funções analisadas em conjunto, evitando que se confunda cada uma delas.

10.2. Princípios de organização administrativa

10.2.1. O princípio da prudência dos interesses públicos.10.2.2. Princípio participativo.10.2.3. Princípio da legalidade quanto às atribuições e competências.10.2.4. Princípio de direcção individual e da responsabilidade pessoal.10.2.5. Princípio da desconcentração.10.2.6. O princípio da descentralização.10.2.7. O princípio de aproximação dos serviços às populações.

Com base no subtema anterior, o professor deverá orientar os alunos a enunciar os princípios da organização administrativa, devendo procurar que o aluno compreenda cada um deles.

Sugere-se que seja realizado um trabalho em grupo, quer dentro, quer fora da sala de aula, sobre a matéria, devendo cada grupo apresentar o resultado que deverá ser analisado em aulas posteriores.

10.3. Elementos de organização administrativa.10.3.1. As pessoas colectivas públicas e os serviços públicos;10.3.2. Conceito de cada um dos elementos.

Poderá ser questionada a necessidade dos elementos da Organização

Administrativa.

Analisar sucessivamente cada um destes elementos fazendo surgir os respectivos conceitos, devendo o aluno compreender e poder diferenciá-los.

Subtema 10.4. A organização administrativa angolana.

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10.4.1. Administração Central.10.4.2. Órgão do Estado; Presidente da República e Chefe de Governo.10.4.3. O Governo e o Conselho de Ministros.

O aluno deverá ser solicitado para, com a ajuda do professor, se pronunciar sobre a organização administrativa angolana, devendo apoiar-se no texto Constitucional. É importante neste subtema que o aluno, através da Lei Constitucional, analise e compreenda cada um dos órgãos do Estado, assim como as suas respectivas funções, estrutura, composição e funcionamento.

O professor poderá encarregar os alunos de fazer um trabalho individual ou em grupo com base em bibliografia indicada. Os trabalhos serão analisados e comentados em aulas posteriores depois de registado o resumo que for considerado de melhor qualidade.

10.5. Administração Local.

10.5.1. Divisão Administrativa Local (municípios e comunas).10.5.2. Órgãos e Serviços Locais do Estado: Delegações e Direcções

Provinciais, Municipais e Bairros ou Povoações.10.5.3. Os Governos Provinciais e Administrações Municipais; natureza,

atribuições, organizações e funcionamento; os Governos Provinciais.

À semelhança do subtema anterior, o professor poderá seguir a mesma metodologia.

Entretanto, sugere-se que no fim deste os alunos visitem uma Administração Provincial ou Municipal, para dela receberem informações sobre a sua estrutura e funcionamento e colherem outros dados de interesse geral à matéria, como forma de consolidação dos conhecimentos adquiridos durante as aulas.

10.6. Forma da Actividade Administrativa: Regulamento, Acto e Contrato Administrativo.

O aluno deverá conhecer e compreender cada uma das formas da actividade administrativa, através das suas respectivas noções simples e traços essenciais que os distingam.

O professor poderá apresentar, resumida em cartolina ou noutro meio que estiver ao seu alcance, as três formas com os respectivos conceitos e elementos essenciais que deverão ser comentados pelos alunos.

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10.7. Princípios fundamentais da actividade administrativa.10.7.1. Princípio da persecução do interesse público.10.7.2. Princípios da legislação.10.7.3. Princípios da imparcialidade.10.7.4. Princípio da justiça.

O professor deverá motivar os alunos e encaminhá-los a enunciar os vários princípios fundamentais da actividade administrativa, levando-os a compreender o significado de cada um deles, com a apresentação de um resumo previamente elaborado e comentado durante a aula.

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AVALIAÇÃO

O ensino como um processo educativo e sistemático tem por objectivo primordial estar vocacionado para facilitar mudanças do comportamento. Estes são os objectivos da educação e a avaliação deve estar sempre presente neste processo de aprendizagem.

Assim, a avaliação consistirá em determinar em que medida foi atingida a aprendizagem, comprovando os resultados obtidos com o que foi proposto inicialmente, ou seja, fornecer informações ricas sobre a marcha do processo docente educativo.

Para poder organizar um plano de avaliação, é necessário ter em conta os seguintes aspectos:

- Ter presente exactamente o que se vai avaliar; - Determinar em concreto e de forma clara os objectivos que se pretendem

atingir; - Determinar os parâmetros de avaliação e área onde se irão observar os

comportamentos indicadores; - Definir processos de avaliação; - Estabelecer os critérios de avaliação.

O que se vai avaliar?

- O nível de conhecimento observado nos alunos no início da realização das actividades;

- As alterações do rendimento observadas após dadas algumas aulas; - O grau de participação demonstrado pelos alunos durante a realização das

aulas; - As atitudes apresentadas pelos alunos durante as actividades escolares.

Parâmetros de avaliaçãoCom intuito de facilitar a observação e permitir uma que seja razoável, sugere-

se ter em conta três aspectos ou parâmetros que estão directamente relacionadas com os seus objectivos, nomeadamente:

a) Nível cognitivo: área do saber;b) Nível psicomotor: área do saber fazer;c) Nível social: área do ser.

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- Quanto ao aspecto cognitivo, comportamento indicador dos objectivos desta área, a aprendizagem insere-se no âmbito do conhecimento que abarca actividades que visam de maneira predominante alargar o leque de informações;

- No que tange o aspecto psico-motor, observa-se comportamento indicador de aprendizagem de habilidades (aquisição e/ou melhorias das aptidões físicas gerais);

- Relativamente ao aspecto social observam-se as atitudes que formam a qualidade e o nível de participação no trabalho.

Quando avaliar:

É necessário ter em conta que a avaliação, como sistema e processo, deve estar presente em qualquer fase da lição e, por esta razão, deverá aparecer:

- No início do ano lectivo, assim como no início duma actividade didáctica – avaliação diagnóstica;

- No desenvolvimento da actividade – avaliação formativa;

- No fim de uma actividade didáctica, isto é, no fim de um semestre e no fim do ano lectivo – avaliação somática.

Na disciplina de Introdução ao Direito deve dar-se grande relevância à avaliação contínua, obrigando o aluno a participar activamente como forma de preparar-se para futuros temas e também para iniciar a sua preparação como futuro Jurista.

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BIBLIOGRAFIA

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ROCHA, Isabel; BATALHÃO, Carlos José; ARAGÃO, Luis – Livro de Apoio, Porto Editora.

REBELO DE SOUSA, Marcelo; GALVÃO, Sofia – Introdução ao Estudo do Direito, Publicação Europa-América.

PEREIRA, João Manuel Esteves – Fiscalidade, Tomo 1, Plátano Editora.

MEDINA, Maria do Carmo – Código de Família Anotado.

Lei Constitucional Angolana.

PEREIRA COELHO – Curso de Direito de Família.

ANTUNES VARELA - Direito de Família.

DOS SANTOS, Eduardo - Direito de Família.

FREITAS DO AMARAL – Curso de Direito Administrativo.

CRUZ, Rui – Colectânea de Legislação Fiscal Angolana.

LEI DE BASE DO AMBIENTE – Lei nº5/98 DR27.