profilaxia da raiva humana 2012 reduzido parte 1

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO Raphael Andrade de Castro Medico Veterinário - Sanitarista Profilaxia da Raiva Humana Zoonoses – Setor de Agravos Transmissíveis 1º PARTE

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Page 1: Profilaxia da raiva humana 2012   reduzido parte 1

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO

Raphael Andrade de Castro

Medico Veterinário - SanitaristaProfilaxia da Raiva Humana

Zoonoses – Setor de Agravos Transmissíveis

1º PARTE

Page 2: Profilaxia da raiva humana 2012   reduzido parte 1

RAIVA

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RAIVA

• Agente etiológico Vírus:

gênero Lyssavirus;

família Rhabdoviridae.

forma de projétil;

seu genoma é constituído por acido ribonucléico – RNA envolvido por duas capas de natureza lipídica.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• Neurotrópico

– 25 a 50mm/dia.

• Encefalomielite aguda

– Corpúsculo de Negri:• Neurônios e;• Cel. Purkinje.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• Fisiopatogenia:

– Inoculação do vírus através da mordida;

– Replicação viral no local;

– SNP;

– SNC;

– Órgãos e Glândulas

Salivares.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• Classificação epidemiológica:

– Antropozoonose

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Ciclo epidemiológico de transmissão:

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Transmissores:

OUTROS

ANIMAIS

SILVESTRES

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Transmissão:

MORDEDURA!

ARRANHADURA!

LAMBEDURA!

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Transmissão:

Oito casos comprovados de transmissão interhumana que ocorreram por meio de transplante de córnea.

Em 2004 e 2005, nos Estados Unidos e na Alemanha, respectivamente, foram registrados casos de raiva humana devido a transplantes de órgãos.

Nos Estados Unidos, morreram quatro pessoas que receberam fígado, dois rins e artéria ilíaca de um doador infectado pelo vírus e, na Alemanha, três que receberam pulmão, rim e pâncreas de um mesmo doador infectado.

Outras vias de transmissão (respiratória, sexual, vertical) também são relatadas, mas tem probabilidades muito remotas de ocorrência em seres humanos.

Existe relato de transmissão por via digestiva somente em animais.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Transmissão:

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA• Transmissão:

Dr. Raphael Andrade de Castro

Page 13: Profilaxia da raiva humana 2012   reduzido parte 1

RAIVA• Transmissão:

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

Dr. Raphael Andrade de Castro

Page 15: Profilaxia da raiva humana 2012   reduzido parte 1

RAIVA

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

Variável, podendo variar de um mês a um ano; a maioria dos casos

ocorre entre duas semanas (14 dias) a três meses (90 dias) após a

agressão.

• A DOENÇA NO HOMEM

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

PRÓDROMOS

• Duração de dois a quatro dias: • São inespecíficos: Mal-estar geral; Pequeno aumento de temperatura; Anorexia; Cefaléia; Náuseas; Dor de garganta; Entorpecimento; Irritabilidade; Inquietude; Sensação de angústia;

• A DOENÇA NO HOMEM

Hiperestesia e Parestesia

(no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento)

Dr. Raphael Andrade de Castro

Page 17: Profilaxia da raiva humana 2012   reduzido parte 1

RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

FASE NEUROLÓGICA

• Formas clássicas da doença:

Furiosa (relacionada principalmente com vírus transmitidos por canídeos)

Paralítica (associada, na maioria dos casos, a vírus transmitidos por morcegos)

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

FORMA FURIOSA

• Manifestações de ansiedade e• Hiperexcitabilidade crescentes, • Febre, • Delírios,• Espasmos musculares involuntários generalizados • Convulsões. • Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua

(ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido - hidrofobia) • Apresenta concomitantemente:

• Sialorréia intensa, • Disfagia, • Aerofobia, • Hiperacusia, • Fotofobia.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

FORMA PARALÍTICA

• Parestesia, • Dor,• Prurido no sítio da mordedura,• Paralisia muscular flácida precoce,• Em geral a sensibilidade é preservada,• A febre também é marcante, geralmente elevada e intermitente. • O quadro de paralisia leva a alterações:

– Cardiorespiratórias,

– Retenção urinária,

– Obstipação intestinal,

– Embora se observem espasmos musculares (especialmente laringe e faringe), não se observa claramente a hidrofobia,

– A consciência é preservada na maioria dos casos.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

Principais causas de morte• A disautonomia

(bradicardia, bradiarritmia, taquicardia, taquiarritmia, hipo ou hipertensão arterial)

• E a insuficiência respiratória PODE OCORRER NAS DUAS FORMAS.

Sem suporte cardiorespiratório, o paciente evolui a óbito:• Entre 5 a 7 dias na forma furiosa e, • Até 14 dias na forma paralítica.

MORTE

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

VÍNCULO EPIDEMIOLÓGICO

Paciente com manifestação clínica sugestiva de raiva, COM antecedentes de exposição de ATÉ UM ANO a uma provável fonte de infecção OU procedente de regiões com comprovada circulação de vírus rábico.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

PROFILAXIA ANTIRRÁBICA INADEQUADA

• Paciente que não recebeu o esquema de pós-exposição antirrábico;

• Esquema de pós-exposição incompleto;

• Paciente que não recebeu o esquema de pós-exposição em tempo oportuno.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEMColeta e remessa de material para diagnóstico

• FOLÍCULO PILOSO: amostras de biópsia de pele (0,5 a 1,0cm2) da região da nuca, próxima ao couro cabeludo, devem ser coletadas com bisturi descartável. Os bisturis e tubos não devem ser reutilizados, nem mesmo para coletar diferentes amostras de um mesmo paciente. Amostras de folículo piloso devem ser acondicionadas em frascos, separado dos demais tecidos e fluidos, e congeladas a -20°C ou, quando possível, -70°C.

• SALIVA: coletar 2 mL de saliva e acondicionar em tubos hermeticamente fechados e congelar a -20°C ou, quando possível, -70°C. Essa coleta deve ser realizada antes da higienização bucal do paciente, da aspiração e dos procedimentos fisioterápicos.

• SORO: coletar 5mL de sangue e obter imediatamente o soro, para minimizar hemólise. Deve ser congelado a -20°C.

• LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR): a coleta do LCR (2mL) será feita através de punção na região lombar, procedendo, a seguir, o seu congelamento a -20°C.

(colher duas amostras de cada espécime clínico).

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

CRITÉRIO DE EXCLUSÃO AO TRATAMENTO

• Paciente sem história de febre;

• Com história de doença superior a 14 dias;

• Com doença que não tenha vínculo epidemiológico com a raiva;

• Com esquema profilático de pós-exposição completo em tempo oportuno;

• Confirmada outra doença (ver diagnóstico diferencial);

• Pacientes com doença associada grave ou incurável;

• Sequela neurológica prévia limitante;

• Que o investimento terapêutico seja contra-indicado.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO HOMEM

ÚNICO CASO DE SUCESSO NO BRASIL

Marciano Menezes da Silva

Idade: 16 anos, município de Floresta, no Sertão do Estado de Pernambuco.

Agressão: Morcego.

Período de Incubação: 29 dias.

Passou 7 meses internado no setor de isolamento da unidade. E 4 meses na UTI, em coma induzido.

Este adolescente é o terceiro paciente no mundo a sobreviver à doença.

Segundo especialistas, a raiva mata em até 15 dias.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

QUADRO CLÍNICO - RAIVA FURIOSA (canina e felina)

• A duração da doença é de 1 a 11 dias.

• Fase inicial:

– Alterações de comportamento;

– Agitação;

– Anorexia.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

QUADRO CLÍNICO - RAIVA FURIOSA (canina e felina)

• Em 1 a 3 dias os sintomas acentuam-se:– Mais agressivo (atacando o próprio dono);– Incordenação motora;– Paralisia dos músculos da deglutição e da mandíbula

(salivação e dificuldade de deglutição);– Pode caminhar grandes distâncias;– O latido bitonal é um sinal importante.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

QUADRO CLÍNICO - RAIVA FURIOSA (canina e felina)

• O animal morre por convulsões e paralisia.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

QUADRO CLÍNICO - RAIVA PARALÍTICA (bovina e equinos)

• Duração da doença: 2 a 5 dias, podendo chegar a 10.

• Inicialmente, sintomatologia inespecífica:– Inapetência, – Lacrimejamento, – Isolamento do rebanho e – Andar cambaleante.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

QUADRO CLÍNICO - RAIVA PARALÍTICA (bovina e equinos)

• Posteriormente:– Incordenação e– Contrações de musculatura do pescoço.

• Com o agravamento do quadro de paralisia, o animal mostra o sinal de pedalagem.

Dr. Raphael Andrade de Castro

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RAIVA

• A DOENÇA NO ANIMAL

RAIVA PARALÍTICA

OUTRAS IMAGEMS

Dr. Raphael Andrade de Castro

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OBRIGADO!!!OBRIGADO!!!Raphael Andrade de Castro, MDV, MSc

Médico Veterinário – SanitaristaMestre em Medicina Veterinária

[email protected].: (21) 9707-1709

Coordenação de Vigilância EpidemiológicaTel.: 2668-4516

E-mail: [email protected]