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UNIVERSIDADE DE UBERABA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO EDER TEIXEIRA PIAU PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? UM ESTUDO NA MESORREGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA Uberaba, MG 2012

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Page 1: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

UNIVERSIDADE DE UBERABA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO

EDER TEIXEIRA PIAU

PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA?

UM ESTUDO NA MESORREGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO

E ALTO PARANAÍBA

Uberaba, MG

2012

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EDER TEIXEIRA PIAU

PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA?

UM ESTUDO NA MESORREGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO

E ALTO PARANAÍBA

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Educação da Universidade de Uberaba, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Área de Concentração: Educação Orientadora: Profa. Dra. Sueli Teresinha de Abreu Bernardes

Uberaba, MG

2012

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Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE

Piau, Eder Teixeira. P127pProfessores e/ou graduados de Educação Física? : um estudo na Mesorregião do

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba / Eder Teixeira Piau. – Uberaba, 2012.

1 v.: il.

Dissertação (mestrado)– Universidade de Uberaba. Programa de Mestrado em Educação, 2012.

Orientadora: Profa. Dra. Sueli Teresinha de Abreu Bernardes

1. Educação física – Estudo e ensino. I.Universidade de Uberaba. Programa

de Mestrado em Educação. II. Título.

CDD796.077

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EDER TEIXEIRA PIAU

PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? UM ESTUDO NA

MESORREGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Educação da Universidade de Uberaba,

como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação.

Área de Concentração: Educação

Aprovada em: 28 de março 2012

AQUI INSERE A FOLHA ORIGINAL

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Dr.ª Sueli Teresinha de Abreu Bernardes Universidade de Uberaba – UNIUBE

Presidente da banca – Orientadora

Prof.ª Dr.ª Sandra Mara Dantas Universidade Federal do Triangulo Mineiro – UFTM

Membro titular

Prof. Dr. Gustavo Araújo Batista Universidade de Uberaba – UNIUBE

Membro titular

Prof. Dr. José Carlos de Sousa Araújo Universidade de Uberaba – UNIUBE

Membro suplente

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Às minhas filhas Cecília e Bárbara.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço,

à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), pela bolsa de

estudo;

à Professora Doutora Sueli Teresinha de Abreu Bernardes, pelas orientações, pela dedicação,

pelos ensinamentos, pela amizade e acompanhamento durante a caminhada no Mestrado;

aos professores do Programa de Mestrado em Educação da Universidade de Uberaba;

ao meu pai, à minha mãe e primeira professora e aos meus irmãos;

ao Laurence Rodrigues do Amaral meu grande amigo e incentivador;

a Escola Estadual Dr. Paulo Borges pelo apoio recebido durante o curso;

aos coordenadores das IES pesquisadas pela colaboração neste estudo;

aos colegas da turma VI e VII do Programa de Mestrado em Educação;

à minha esposa Greice e minhas filhas Cecília e Bárbara, pela compreensão, paciência e

colaboração em minhas ausências.

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Os exercícios físicos, quando praticados à força, não

causam dano ao corpo, mas as lições que se fazem entrar

à força na alma, nela não permanecerão.

Platão (1997, p. 183)

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Resumo

A presente dissertação está vinculada à linha de pesquisa Cultura e Processos Educativos do Programa de Mestrado em Educação da Universidade de Uberaba (UNIUBE). Integra-se, ainda, ao projeto de pesquisa “A produção acadêmica sobre professores: estudo interinstitucional da Região Centro-Oeste”. Nesse contexto, associa-se a “Rede de Pesquisadores sobre Professores(as) do Centro-Oeste – REDECENTRO. Neste trabalho, analisa-se a legislação específica sobre cursos de Educação Física, a partir de 1987 e os projetos político-pedagógicos de sete instituições da Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Tem-se por objetivo geral: identificar, analisar e discutir as aproximações e os distanciamentos entre a proposta de formação do Profissional de Educação Física constante na legislação específica e nos projetos político-pedagógicos dos cursos selecionados. Parte-se das seguintes questões: como é proposta a formação do profissional de educação física nas diretrizes curriculares específicas? Como os projetos pedagógicos das sete instituições selecionadas da Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba contemplam a formação em Educação Física? Qual é a finalidade: graduação ou um licenciatura? Quais aproximações e os distanciamentos entre as propostas pedagógicas e entre elas e as diretrizes curriculares? Para respondê-las, a metodologia adotada para o desenvolvimento desta investigação baseia-se em uma abordagem qualitativa, segundo Ludke e André (1986) e Brandão (2003); leituras cruzadas de estudos bibliográficos e análise documental com aproximação a uma análise estrutural, com aporte em González González(2004). Os pressupostos teóricos que embasaram as análises e demais ações deste estudo pautaram-se em autores como Moreira (2001, 1999, 1997, 1990), Vago (1999), Veiga (2007, 2004, 2001, 1995), Jaeger (1986), Medina (1992, 1983), Castellani Filho (1999), Tojal (2003, 1989), Wey Moreira (2006, 2003, 1995) e Castro (1997), dentre outros. As análises evidenciaram que os projetos político-pedagógicos têm compromisso com a formação integral do cidadão, embora o exame das disciplinas demonstrem uma ênfase na prática desportiva; a licenciatura e a graduação em Educação Física, embora possuam relações didático-pedagógicas estreitas, estão determinadas por aspectos legais diferenciados e com particularidades inerentes a cada uma delas; na relação entre o ser humano e o seu corpo, a educação física não tem sido pensada como um campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para o egresso é ampla, abrangendo atividades escolares e não escolares. Concluímos que, embora a legislação específica defina a oferta de dois cursos distintos, com ingressos de forma separada, preparando profissionais com perfis específicos, nos projetos pedagógicos analisados, as IES oferecem a graduação e a licenciatura integradas. Somente em dois cursos há uma única formação.

Palavras-chave – Professor. Educação Física. Licenciatura e Graduação.

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ABSTRACT

This dissertation is connected to the research “Culture and Educational Processes of the Master Degree Program in Education of the University of Uberaba (UNIUBE). This study also belongs to the researching project "The academic production about teachers: the interinstitutional study of Center-West Region". In this context, it is linked to the "Group of researchers abort teachers from Center-West – REDECENTRO. In this project, it’s analyzes the specific legislation concerning the program of Physical Education, from 1987 and the politic-pedagogical projects of seven institutions from Triângulo Mineiro Region and Alto Paranaíba. The main objective: identify, analyze, and discuss the approach that goes inward and outward the proposal of training of the physical education professional in the specific legislation and in the political pedagogical projects of the selected courses. It starts from the point: how is the proposal of training of the professional of Physical Education in the specific curricular directives? How can the pedagogical project from the sevem selected institutions from the region of Triângulo Mineiro and Alto Paranaíba show the training in Physical Education? What’s the purpose: graduation and degree? What are the approaches and the that goes inward and outward the pedagogical proposal the curriculum directives? In order to answer them, the methodology adopted to the development of the investigation is based on a qualitative approach, according to Ludke and André (1986) and Brandão (2003); the reading of the bibliographic studies and the document analyses with the approach of the structural analyses, based on González González (2004). The theorical presumptions was based on this authors such as Moreira (2001, 1999, 1997, 1990), Vago (1999), Veiga (2007, 2004, 2001, 1995), Jaeger (1986), Medina (1992, 1983), Castellani Filho (1999), Tojal (2003, 1989), Wey Moreira (2006, 2003, 1995) and Castro (1997), among others. The analyses showed that in the political-pedagogical projects are responsible for the integral education of the citizen, although the exam of the disciplines show an emphasis on the sport practice; the degree and graduation in Physical Education, although having narrow pedagogical teaching relation, they are determined by different legal aspects and with peculiarities concerning to each one of them; in relation between the human and his body, the physical education is not being thought as a field of specific knowledge. Being the program integrated to the area of heath from 1997. The working area is wide, including school and non school activities. We concluded that although the specific legislations define an offer for two distinct courses, with the entrance in a separate manner, preparing professionals with specific profiles. In secondly analysed pedagogical projects, the IES offer the degree and graduation together. Only in two programs a graduation can be found.

Key-words – Teacher. Physical-Education. Degree and Graduation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Pág.

Fig. 1 Centro Universitário do Planalto do Araxá 59

Fig. 2 Centro Universitário de Patos de Minas 60

Fig. 3 Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio 60

Fig. 4 Universidade Federal do Triângulo Mineiro 61

Fig. 5 Universidade de Uberaba 61

Fig. 6 Universidade de Uberlândia 61

Fig. 7 Centro Universitário do Triângulo 62

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LISTA DE QUADROS

Pág.

Quadro 1- Elaborado pelo autor a partir da figura 5 de Jorge Gonzáles Gonzáles,

“esquemário epistemológico de evaluación planación” (2004). 25

Quadro 2 – Princípios da legislação específica referente aos Cursos de Educação

Física – 1987-2003. 84

Quadro 3 - Currículo segundo a legislação específica referente aos Cursos de

Educação Física – 1987-2003. 86

Quadro 4 -Área de atuação segundo a legislação específica referente aos Cursos

de Educação Física – 1987-2003. 89

Quadro 5- Princípios da legislação específica referente aos Cursos de Educação

Física – 2004 – 2011. 91

Quadro 6 - Currículo segundo a legislação específica referente aos Cursos de

Educação Física – 2004 – 2011. 93

Quadro 7 - Área de atuação segundo a legislação específica referente aos Cursos

de Educação Física – 2004 – 2011. 96

Quadro 8 – Intervenção do profissional de Educação Física segundo o CONFEF. 97

Quadro 9 - Análise da estrutura dos projetos político-pedagógicos 1. 98

Quadro 10 - Análise da estrutura dos projetos político-pedagógicos 2. 105

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Quadro 11 - Análise da superestrutura dos projetos político-pedagógicos 1. 110

Quadro 12 - Análise da superestrutura dos projetos político-pedagógicos 2. 121

Quadro 13 - Instituições pesquisadas 58

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

CES Câmara de Educação Superior

CFE Conselho Federal de Educação

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CNE Conselho Nacional de Educação

CNS Conselho Nacional de Saúde

CONFEF Conselho Federal de Educação Física

CP Conselho Pleno

EF Educação Física

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IES Instituição de Ensino Superior

CREF Conselho Regional de Educação Física

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MEC Ministério da Educação

PCNs Parâmetros Curriculares Nacionais

PPP Projeto Político-Pedagógico

SUS Sistema Único de Saúde

UFTM Universidade Federal do Triângulo Mineiro

UFU Universidade Federal de Uberlândia

UNIUBE Universidade de Uberaba

UNIPAM Centro Universitário de Patos de Minas

UNITRI Centro Universitário do Triângulo

UNIARAXÁ Centro Universitário do Planalto do Araxá

UNICERP Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio

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SUMÁRIO

Pág.

INTRODUÇÃO 15

CAPÍTULO 1 – A EDUCAÇÃO FÍSICA: RECORTES HISTÓRICOS 27

CAPÍTULO 2 - A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA A PARTIR DE 1987 40

CAPÍTULO 3 - ANÁLISE DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS

CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA MESORREGIÃO DO

TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS 74

REFERÊNCIAS 77

Apêndice A – Análise da Legislação 1987- 2011

Quadro 2 – Princípios da legislação específica referente aos Cursos de

Educação Física – 1987-2003 84

Quadro 3 - Currículo segundo a legislação específica referente aos Cursos

de Educação Física – 1987-2003 86

Quadro 4 -Área de atuação segundo a legislação específica referente aos

Cursos de Educação Física – 1987-2003 90

Quadro 5 - Princípios da legislação específica referente aos Cursos de

Educação Física – 2004 – 2011 92

Quadro 6 - Currículo segundo a legislação específica referente aos Cursos

de Educação Física – 2004 – 2011 94

Quadro 7 - Área de atuação segundo a legislação específica referente aos

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Cursos de Educação Física – 2004 – 2011 97

Quadro 8 – Intervenção do profissional de Educação Física segundo o

CONFEF. 98

Apêndice B – Análise dos projetos políticos pedagógicos

Quadro 9 - Análise da estrutura dos projetos político-pedagógicos 1 99

Quadro 10 - Análise da estrutura dos projetos político-pedagógicos 2 107

Quadro 11 - Análise da superestrutura dos projetos político-pedagógicos 1 112

Quadro 12 - Análise da superestrutura dos projetos político-pedagógicos 2 123

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INTRODUÇÃO

As vivências pessoais e profissionais são fundamentais para aproximarmo-nos do

problema que discutiremos ao longo desta dissertação, na perspectiva de apresentar nossas

origens e de como se constituiu este estudo.

A Educação Física surgiu como área de interesse para nossa formação profissional,

quando ao cursar Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Uberlândia, presidimos a

Associação Atlética da Engenharia e, neste envolvimento, despertou-nos a vontade de cursar

Educação Física, que se tornou presente ao longo da vida.

Na infância, nos jogos e brincadeiras com os amigos da rua, no bairro onde morava em

Patos de Minas e ao longo da juventude, na equipe de basquetebol do Colégio Marista, na

convivência com o esporte enquanto técnico de equipes profissionais de Uberlândia, Belo

Horizonte e Franca, essa vocação já se anunciava.

Com o ingresso na escola de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia,

em 1985, durante a graduação, já iniciamos o trabalho em clubes e seleção universitária, o

curso direcionava para ser técnico desportivo. Foi um período de grande aprendizado, em que

nossas pretensões norteavam para o ser técnico e não para a formação de professor. Dirigimos

equipes do Uberlândia Tênis Clube, do Minas Tênis Clube e do Dharma Yara Franca. Isso

nos deu base para a metodologia do ensino das modalidades esportivas.

A aproximação com a Educação Física escolar iniciou-se na rede particular de ensino

e posteriormente na pública. Trabalhamos no Colégio Marista e em Escolas Estaduais de

Minas Gerais no município de Patos de Minas, onde trabalhamos até hoje, e, posteriormente,

como Coordenador de um curso de Educação Física em uma instituição superior de ensino.

Nela atuava como professor e técnico desportivo, ministrando aulas e treinando equipes de

basquetebol fora dos horários de aulas regulares.

Após oito anos como técnico, retornamos à cidade natal para trabalhar com Educação

Física escolar e técnico simultaneamente. Percebemos que essa escolha era a mais coerente

aos nossos ideais. A convivência e as conversas com os professores de várias áreas ajudaram-

nos a delinear o ser professor de Educação Física.

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Nesse período, começaram as discussões inerentes à prática docente, levando-nos à

necessidade de maior aprofundamento nas questões relacionadas à formação do profissional

de Educação Física. A constatação de nossos limites em relação à formação pedagógica

levou-nos a cursar Pedagogia, no Centro Universitário de Patos de Minas, em 1998.

A partir de 2006, passamos a desempenhar também a função de coordenador e

professor do Centro Universitário do Cerrado em Patrocínio MG, sendo outro aspecto

importante de nossa vida profissional. Nesse cargo, precisávamos deliberar nas matérias

relativas à formulação de políticas para a graduação e execução do projeto político

pedagógico do curso.

Essa trajetória trouxe- nos a este curso de Mestrado em Educação. Nele buscamos um

aprofundamento em nossa formação que nos possibilitasse conhecer aportes mais

significativos para a compreensão do sentido da Educação Física em nosso tempo e para um

exercício profissional com princípios, fins e objetivos mais densamente definidos.

As questões da pesquisa

As inquietações desse período acadêmico explicitam-se nas seguintes indagações:

como é proposta a formação do profissional de educação física nas diretrizes curriculares

específicas? Como os projetos pedagógicos das sete instituições selecionadas da Mesorregião

do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba contemplam a formação em Educação Física? Qual é a

finalidade: formar um graduado ou um licenciado? Quais aproximações e os distanciamentos

entre as propostas pedagógicas e entre elas e as diretrizes curriculares?

Os objetivos

Temos por objetivo geral: identificar, analisar e discutir as aproximações e os

distanciamentos entre a proposta de formação do Profissional de Educação Física constante na

legislação específica e em projetos políticos pedagógicos de cursos selecionados. Definimos

como objetivos específicos: elencar e analisar a legislação referente à formação do

profissional de educação física a partir de 1987; levantar e analisar os projetos político-

pedagógicos de formação desses profissionais em sete instituições selecionadas da

Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

O aporte teórico

Para alcançá-los, temos como aportes teóricos as ideias de Moreira (1990, 1997, 1999,

2001), Vago (1999), Veiga (1995, 2001, 2004, 2007), Jaeger (1986), Medina (1883, 1992),

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Castelani Filho (1999), Marinho (1980), Wey Moreira (1995, 2003, 2006), Tojal (1989, 2003)

e Castro (1987), dentre outros.

A justificativa

Oferecer formação inicial aos futuros profissionais de Educação Física, nos diversos

contextos de trabalho correspondentes a cada modalidade, tem sido um desafio que vem

provocando grandes inquietações na prática profissional, de diferentes profissionais. Nesse

cenário, buscamos discutir a formação de profissionais de Educação Física, diante dessas

múltiplas demandas.

Traçando o percurso histórico de formação nos cursos de Educação Física no Brasil e

sua formatação atual nas Instituições de Ensino Superior da Mesorregião do Triângulo

Mineiro e Alto Paranaíba, observamos que essa formação do profissional não está

suficientemente clara e precisa tanto nas diretrizes como nos projetos pedagógicos.

Presenciamos, ainda, demandas recentes, novas diretrizes curriculares nacionais e grande

expansão de cursos nessa área. Esse cenário supõe igualmente outros estudos, análises e

reflexões.

Desde a regulamentação da profissão pela Lei 9696/98, que dispõe sobre

regulamentação da profissão de Educação Física, são necessárias: a formação generalista, a

especialista ou as duas modalidades de formação, ou seja, a generalista por meio da graduação

e a do especialista como licenciado. Conforme Tojal:

Esse início de milênio, trouxe a todos os administradores dos cursos de preparação profissional em Educação Física – Diretores/Coordenadores/Chefes de departamento – e aos docentes dos programas de graduação na área, como se fosse um presente enviado pelos céus, a oportunidade ímpar de poder estarem motivados a procederem uma completa reengenharia tanto das Instituições de Ensino Superior como dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação e da licenciatura para a educação básica (TOJAL, 2003, p.106).

Do ponto de vista das políticas educacionais da área, vivemos um momento de

revisões, de transformações e de redirecionamento na formação do profissional, o que

repercute no plano pedagógico.

Em relação à época social e esportiva de nosso país, constamos que o Brasil será, pelo

menos nos próximos sete anos, o ponto de encontro do esporte mundial. Serão realizados em

nosso país os Jogos Mundiais Militares Rio 2011, a Copa das Confederações da FIFA 2013,

Copa do Mundo de Futebol Brasil 2014, os Jogos Olímpicos de Verão Rio 2016 e Jogos

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Paraolímpicos de Verão 2016. Uma verdadeira “explosão esportiva” envolverá a sociedade, a

mídia, o meio esportivo e os diversos poderes constituídos.

Além de projetos e programas voltados para o apoio aos atletas, com o objetivo de

melhor desempenho em todas as dimensões, o planejamento de infraestrutura, a segurança e o

transporte, são solicitados pelos responsáveis desses eventos, ênfase também a projetos

estratégicos relacionados aos benefícios e avanços sócios educacionais.

Observamos igualmente a atuação cada vez maior do professor de educação física na

educação do corpo em academias e nas atividades de lazer em resorts e clubes. Por outro

lado, a contribuição do professor de Educação Física no processo educativo escolar precisa

ser reconhecida em suas peculiares dimensões e entendida como atividade inter-relacionada

ao processo de formação do educando.

Pensamos que a Educação Física Escolar ultrapassa a concepção de uma prática

desportiva realizada em um horário de aulas, sem interação com os demais componentes

curriculares, sem uma preocupação com o desenvolvimento e formação integral de aluno e

sem referência ao contexto cultural do educando.

Um ponto contemplado na proposta dos PCNs refere-se às dimensões do conteúdo.

Nesse sentido, o papel da Educação Física ultrapassa o ensinar ginástica, dança, esporte,

jogos, atividades rítmicas e expressivas e conhecimento sobre o próprio corpo, em seus

fundamentos e técnicas (dimensão procedimental), mas inclui igualmente quais atitudes os

alunos devem ter nas e para as atividades corporais (dimensão atitudinal). E, finalmente,

busca garantir o direito do aluno de saber por que ele está realizando este ou aquele

movimento, isto é, quais conceitos estão ligados àqueles procedimentos (dimensão

conceitual). Na Educação Física, muitos vêm defendendo a proposta da inclusão de

conhecimentos teóricos a respeito da cultura corporal, dentre eles: Bracht (1986), Soares et al

(1992) e Betti (1994, 1995).

Na perspectiva dos PCNs, os conteúdos são os meios pelos quais o aluno deve analisar

e acercar-se da realidade de modo que, com isso, possa ser arquitetada uma rede de

significados em torno do que se aprende na escola e do que se vive. Desse modo, junto a

considerações importantes como a relevância social do conteúdo, é apontada a preocupação

em se trabalhar com os conteúdos escolares nas três dimensões: atitudinal, conceitual e

procedimental (Brasil, 1998b).

Sabemos que a Educação Física possui como um dos seus fins a criação de

conhecimento por meio do movimento, possibilitando um diálogo com o lazer, com a

expressão de emoções e da afetividade, com a aprendizagem e com a promoção e recuperação

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da saúde, dentre outros. Nessa linha, entre outros aspectos, os PCNs versam sobre a

necessidade de encontrar nessas finalidades o conhecimento das peculiaridades sociais que

conformam a cultura de uma determinada região, elaborando propostas para uma Educação

Física Escolar.

A prática da Educação Física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais (BRASIL, 1998a, p. 29).

Nesta parte, os PCNs apontam um enfoque voltado à autonomia, em detrimento dos

aspectos técnicos e comportamentalistas. Expõem, ainda, o imperativo de relações entre os

alunos, quando, a partir da autonomia, busca-se por propostas que estejam presentes na

cultura local. Esta cultura embasa os conteúdos, os temas e os objetivos na cultura corporal

dos educandos, possibilitando, por meio de trocas, uma mudança nas concepções de

movimento.

Nos seis anos como professor de Educação Física, não vemos diferença entre uma e

outra formação – professor ou graduado - sendo as modalidades esportivas ensinadas da

mesma forma. O enfoque apenas muda no exercício profissional. O que existe nos cursos é a

diferença entre disciplinas pedagógicas e disciplinas de formação específica. Se em nossa

experiência é assim, se as discussões na área são muitas, o que propõem os cursos em seus

projetos pedagógicos? Como a legislação define essa formação?

Acreditamos que este estudo possa contribuir para a discussão sobre os projetos e a

prática pedagógica das instituições de ensino superior que oferecem a formação para o

profissional de Educação Física e para o maior esclarecimento da identidade profissional.

A opção metodológica

Abordagem

As pesquisas em educação têm sido desenvolvidas com vários enfoques

epistemológicos e com consequentes abordagens metodológicas. Para Gamboa (2006), a

escolha de uma abordagem tem vinculação direta com pressupostos do pesquisador. Esses

pressupostos definirão o nível epistemológico em que se encontra o método da pesquisa

escolhido.

Embora já tenha havido algumas tentativas para especificar o processo de coleta e

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análise de dados, não existe um método que possa ser recomendado como o melhor ou mais

efetivo, por isso, a escolha do método se faz em função do tipo de problema a ser estudado.

O papel do pesquisador é justamente o de servir como veículo inteligente e ativo entre

esse conhecimento acumulado na área e as novas evidências que serão estabelecidas a partir

da pesquisa.

Diante disso, buscamos em termos metodológicos, um enfoque que não evidenciassem

generalizações, quantificações e nem a neutralidade como pesquisadores, portanto, este estudo

é caracterizado pela abordagem qualitativa baseado nos estudos de Lüdke e André em seu

livro “Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas” (1986) e em Brandão, “A pergunta a

várias mãos: a experiência da pesquisa no trabalho do educador” (2003).

Na abordagem qualitativa, a realidade não é algo externo ao sujeito, valoriza-se a

maneira própria de entendimento da mesma pelo individuo, uma vez que esta permite ao

pesquisador uma gama de questionamentos e de interação com o campo investigado, que

segundo Lüdke e André (1986, p.39), pode ser rica em dados descritivos, por apresentar um

plano aberto e flexível, visando focalizar a realidade de forma complexa e contextualizada,

tendo o ambiente natural como sua fonte direta e o pesquisador como seu principal

instrumento. Para Brandão (2003, p.184) esta abordagem reside no fato de que através dela a

busca de conhecimentos confiáveis sobre a pessoa, sociedade e cultura, se enreda para viver,

conviver e recuperar a nossa confiança ética.

Sobre esta abordagem, esse pesquisador comenta que:

[...] um dos fundamentos das abordagens qualitativas está na convicção de que nós próprios, pessoas humanas, sujeitos interativos de uma pesquisa somos confiáveis. [...] Podemos confiar em nossa pessoalidade na pesquisa. Podemos confiar em nossos saberes e valores, em nosso modo de ser e de sentir e pensar, desde que intencionalmente sinceros e teórico-metodologicamente [preparados]. [...] Mais que um método, o qualitativo é uma escolha fundada em uma leitura teórica, é um estilo de relacionamentos, é uma abordagem de fenômenos [...] (BRANDÃO, 2003, p. 183, grifos do autor).

Reconhecemos este trabalho como construção em uma abordagem qualitativa porque,

segundo características apontadas pelos autores acima citados, buscamos o ambiente natural

como fonte direta, ou seja, as escolas de Educação Física da região estudada; a legislação

especifica junto aos órgãos nacionais responsáveis pela definição das políticas pertinentes e

dos respectivos decretos-lei e resoluções. Os dados coletados foram descritivos, tanto nos

projetos político-pedagógicos, quanto na legislação analisada. Nos documentos analisados,

procuramos acrescentar a nossa interpretação junto ao corpus e ao significado do escrito.

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Buscamos o modo como os projetos interpretam a legislação específica e como propõe a

formação do graduado e/ou licenciado. Não nos preocupamos em definir hipóteses para

posterior comprovação e busca de evidências. Nós nos identificamos nessa abordagem

qualitativa igualmente porque partimos de nossos saberes, de nossos “modos de sentir e de

pensar” enquanto também profissionais de Educação Física.

Essa consideração da pessoalidade na pesquisa não nos fez esquecer da postura de

espanto reconhecida como essencial no fazer investigativo. Por espanto, entendemos a

capacidade de o pesquisador distanciar-se, observar, descobrir-se espantar-se com sua criação.

Desse modo,

[...] pelo espanto os homens chegam agora e chegaram antigamente à origem imperante do filosofar (ARISTÓTELES, Metafísica, 1, 2, 982 b 12 ss, apud Abreu-Bernardes, 2008, p.143). O espanto é a arkhé da filosofia, e devemos compreendê-lo como “aquilo de onde algo surge”, [também] afirma Heidegger (2006, p. 15) [...] O páthos do espanto não está simplesmente no começo da filosofia [...], ele a perpassa em qualquer um de seus passos e impera em seu interior (grifos da autora).

Na capacidade de nos espantarmos, consideramos que aí se situa nossa possibilidade

de criticar todo o processo investigativo vivido.

Levantamento bibliográfico e documental

Sustentados e movidos pelo desafio de conhecer o já construído e produzido para

depois buscar o que ainda não foi feito, de dar conta de determinado saber que se avoluma

cada vez mais rapidamente, iniciamos pelo levantamento das produções bibliográficas

pertinentes ao tema.

Esse tipo de estudo, reconhecido como estado da arte é definido como de natureza

bibliográfica. Seu objetivo é

mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e condições têm sido produzidas certas dissertações e teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações orais em anais de congressos e de seminários (FERREIRA, 2002, p.258).

Através das palavras-chave: formação profissional, diretrizes curriculares,

licenciatura e graduação em Educação Física, buscamos o estado do conhecimento nos sítios

acadêmicos: Scielo, Portal da CAPES, Biblioteca Virtual da Saúde e na Biblioteca Central da

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Universidade de Uberaba e nos catálogos da editoras que usualmente publicam textos

relacionados à Educação Física.

Nesse estudo do estado da arte, identificamos pesquisas próximas à nossa questão de

pesquisa, entre elas Bracht (1999), Betti, Zuliani (2002), Marin et al. (2010), Souza (2007),

Paiva, Andrade Filho e Figueiredo (2006), Gunther e Molina Neto (2000), Munoz et al.

(2006) e Darido (1995). Do mesmo modo, lemos, em periódicos da área de educação e,

igualmente, do campo da Educação Física, autores como Tojal (2003), Moreira (1995, 2006),

Castelani Filho (1999), Marinho (1980), Medina (1992), Daolio (1995) e Betti (2009) foram

lidos e suas reflexões são comentadas no capítulo 1.

Realizamos o estudo dessas produções através da técnica de leitura cruzada. Essa

técnica consiste em formular uma questão e buscar respostas a elas em diferentes autores.

Essas respostas são comparadas e analisadas quanto ao sentido de complementaridade ou

oposição e refletidas pelo leitor junto ao contexto de sua proposta de escrita1.

Partimos das seguintes perguntas: como é proposta a formação do profissional de

educação física nas diretrizes curriculares específicas? Como os projetos pedagógicos das seis

instituições selecionadas da Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba contemplam

a formação em Educação Física? Qual é a finalidade: formar um graduado ou um licenciado?

Quais aproximações e os distanciamentos entre as propostas pedagógicas e entre elas e as

diretrizes curriculares?

Em uma dimensão, buscamos a legislação referente ao curso de Educação Física,

englobando igualmente o aporte legal para as licenciaturas de um modo geral. O critério de

seleção foi a publicação desses documentos pós 1987, pois esse é o ano em que se definiu a

distinção da formação do profissional de Educação Física: graduação e licenciatura. Esse

levantamento foi realizado junto ao portal do Ministério da Educação do Brasil. Segundo

Samara e Tupy (2007, p. 16), o documento impresso e/ou manuscrito é fonte fidedigna,

inquestionável das informações investigadas.

Para entendermos o sentido de analisar as propostas de formação na Mesorregião do

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Fomos em busca de algumas informações. Mesorregião é

uma subdivisão dos estados brasileiros que agrupa distintos municípios de uma área

geográfica com semelhanças sócio-econômicas. O órgão federal responsável pela criação das

mesorregiões é o IBGE, para fins estatísticos e, não constitui, por conseguinte, uma entidade

administrativa ou política.

1 ABREU-BERNARDES, S. T. (2010), informação verbal, aula da disciplina Pesquisa em Educação: a produção acadêmica sobre o professor na Região Centro-Oeste.

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A mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é uma das doze mesorregiões

do estado de Minas Gerais.Nela se congregam duas das dez regiões de planejamento do

estado: a região do Triângulo Mineiro e a do Alto Paranaíba. Localiza-se na região oeste de

Minas Gerais e é constituída por 66 municípios agrupados em sete microrregiões. Possui

2.168.849 habitantes, bem como uma área de 90.545 km², equivalente a 15,4% do território

mineiro. Comparada às demais mesorregiões do estado, dispõe do terceiro maior contingente

populacional e da segunda maior área. Segunda maior economia do estado, a mesorregião tem

hoje forte influência estadual. Essa mesorregião é circundada pelos rios Grande e Paranaíba.

Apesar de ser a terceira mesorregião mais populosa do estado, concentra a maior parte da

população em quatro municípios: Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas e Araguari.

Dessa mesorregião selecionamos sete instituições de ensino superior, sendo duas

públicas — Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Universidade Federal de Uberlândia

— e cinco privadas — Universidade de Uberaba, Universidade do Triângulo, Centro

Universitário de Patos de Minas, Centro Universitário do Planalto do Araxá e Centro

Universitário do Cerrado. Essas instituições foram escolhidas por terem uma tradição e

regularidade na oferta do curso de Educação Física e participação no Conselho Regional de

Educação Física.

Na análise da legislação e dos projetos, partimos dos fundamentos da pesquisa

documental e nos aproximamos dos procedimentos de uma análise estrutural. A escolha desse

tipo de pesquisa justifica-se pela necessidade de contextualizar o estudo e de buscar

evidências para uma análise mais adequada sobre a questão investigada. De acordo Lüdke e

André (1986, p. 38),

[...] a análise documental busca identificar informações factuais nos documentos a partir de questões ou hipóteses de interesse. [...] Os documentos constituem também uma fonte poderosa de onde podem ser retiradas evidências que fundamentem afirmações e declarações do pesquisador. Representam ainda uma fonte “natural” de informação. Não é apenas uma fonte de informação contextualizada, mas surge num determinado contexto e fornece informações sobre esse mesmo contexto

O que para nós constitui um documento?

Assumimos as palavras Samara e Tupy (2007, p. 70), ao dizer que:

[...] uma melhor compreensão do que consiste um documento histórico depende da adoção de alguns procedimentos básicos que tornam mais seguro o trabalho do historiador. O contato com um texto escrito e a sua leitura deve

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suscitar, de imediato, algumas questões essenciais para uma primeira aproximação do documento e sua classificação inicial, a saber: qual a forma material que o mesmo apresenta; qual o conteúdo que disponibiliza para pesquisa; e quais objetivos ou os propósitos de quem o elaborou e de quem o lê e/ou o interpreta. Das respostas encontradas, depende o uso de um documento como fonte de pesquisa histórica.

Na etapa de análise dos documentos, nós nos propusemos a reelaborar conhecimentos

e criar novas formas de compreender os fenômenos. Pensamos que é condição necessária

mencionar os fatos, pois constituem os objetos da pesquisa, mas, por si só não explicam nada.

“O investigador deve interpretá-los, sintetizar as informações, determinar tendências e na

medida do possível fazer a inferência. Os documentos não existem isoladamente, mas

precisam ser situados em uma estrutura teórica para que seu conteúdo seja entendido

(SAMARA E TUPY, 2007, p.68).

Realizamos a análise da legislação específica a partir das seguintes unidades

temáticas: princípios, currículo e área de atuação.

Para analisarmos os projetos pedagógicos, recorremos aos procedimentos propostos

por González Gonzáles et al. em “Los paradigmas de la calidad educativa: de la

autoevaluación a la acreditación” (2004).

A concepção do modelo de análise estrutural desses autores é a de que

os processos educativos são: altamente complexos pela diversidade de elementos que os integram; estão organizados em múltiplos níveis, dimensões e áreas; se inter-relacionam e incidem de modo endógeno e com outra série de fatores exógenos; estão em devir e são susceptíveis tanto de serem transformados como de transformar GONZALES GONZALES, 2004. P. 57).

Conseqüentemente, os procedimentos que incorporam esse tipo de análise permitem

abordar a problemática em seus níveis, áreas e elementos.

Para a análise estrutural integrativa é fundamental caracterizar (definir, delimitar e

localizar) as unidades de atenção. Para isso se requer reconhecer o universo com seus níveis

(dimensões), âmbitos e elementos. Uma unidade estrutural está integrada por três eixos:

superestrutura ou intencionalidade, estrutura e organização, e infraestrutura e condições de

trabalho.

A superestrutura – tem como finalidade definir, delimitar e situar o referente

institucional. Em relação a esse nível, neste trabalho analisamos os princípios; os objetivos, o

perfil do egresso, o fundamento legal; a área de atuação escolar e não escolar; a gestão

acadêmica; o contexto educacional.

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A estrutura – nesse nível analisamos os aspectos estruturais do processo educativo: a

organização dos componentes curriculares de formação específica e formação pedagógica; a

duração e carga horária do curso; a avaliação da aprendizagem; a interação teoria e prática; as

práticas interdisciplinares; as relações ensino-pesquisa-extensão e as atividades

complementares.

Como esta pesquisa abrange exclusivamente análises bibliográficas, o nível da

infraestrutura não é contemplado. Portanto, este estudo não avalia a adequação das condições

de trabalho oferecidas para o desenvolvimento das funções universitárias – docência,

pesquisa, extensão, integração; o uso dos recursos pedagógicos; salas especiais; biblioteca;

laboratórios; quadras; piscinas; ginásio de esportes e outros, embora se reconheça a sua

importância para análise do curso.

Essas unidades de análise são explicitadas no quadro a seguir:

Superestrutura

ou

Intencionalidade

Princípios Objetivos Perfil do egresso Fundamento legal Área de atuação Gestão acadêmica Contexto educacional

Estrutura

Organização dos componentes curriculares Duração e carga horária Avaliação da aprendizagem Interação teoria e prática Práticas interdisciplinares Relação ensino-pesquisa-extensão Atividades complementares

Infraestrutura

Condições de trabalho Recursos pedagógicos Biblioteca Salas especiais Laboratórios Quadras Piscinas Ginásio de esportes

Quadro 1. Elaborado pelo autor a partir da figura 5 de Jorge Gonzáles Gonzáles,

“esquemário epistemológico de evaluación planación (2004).

Para discussão das análises dos projetos político-pedagógicos baseamo-nos em Veiga

(2007, 2004, 2001, 1995) e Moreira (2001, 1999, 1997, 1990).

Avaliamos a pertinência de apresentar um recorte histórico das peculiaridades da

Educação Física no Brasil. Para isso, selecionamos as obras de Betti (2009), Tojal (2003,

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1989) e [Wey] Moreira (2006, 2003, 1995). Esse estudo foi igualmente realizado por meio de

leituras cruzadas.

Organizamos as análises, tanto da legislação, como dos projetos pedagógicos, em

quadros apresentados nos apêndices A e B, respectivamente.

Procuramos, ainda, socializar o conhecimento, que era construído gradualmente, em

eventos da área de educação, o que contribuiu muito para o processo da pesquisa. Igualmente,

a participação nos seminários do grupo de pesquisa e da Rede de Pesquisadores sobre os

Professores (as) do Centro-Oeste – REDECENTRO, dos quais nos integramos, constituíram

subsídios valiosos para esta dissertação.

O objeto

A pesquisa teve como objeto os pareceres e resoluções definidos pelo Conselho

Nacional de Educação _ MEC, os decretos promulgados pela presidência da República e uma

resolução do Conselho Federal de Educação Física e os projetos pedagógicos das instituições:

UNICERP, UNIARAXA, UNITRI, UNIPAM, UFTM, UFU e UNIUBE. Os critérios de

seleção das IES foi o pertencimento à Mesorregião selecionada, com cidades de população

acima de 50.000 habitantes e o acesso aos projetos.

O plano de apresentação

Apresentamos os resultados deste processo criativo em quatro capítulos. No primeiro

capítulo, apresentamos recortes históricos da Educação Física. Já no segundo capítulo,

analisamos e discutimos a legislação específica referente á Educação Física a partir de 1987.

No terceiro, apresentamos conceitos e a análise dos projetos político-pedagógicos

selecionados. Em seguida são apresentadas as considerações finais e posteriormente as

referências. Nos apêndices, trazemos os quadros com a síntese das análises.

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CAPÍTULO I

A EDUCAÇÃO FÍSICA: RECORTES HISTÓRICOS

A educação do corpo na Paideia

Neste capítulo, apresentamos o resultado dos estudos realizados nos estudos

bibliográficos sobre a formação do profissional de Educação Física.

A partir de reflexões sobre a Educação Física buscamos analisar e identificar

diferentes questões que acabam sendo de interesse dos profissionais que se utilizam ou se

servem da atividade.

Ter ação corporal é natural do homem, movimentar-se faz parte de seu cotidiano, e o

tempo é o maior transformador dessa realidade, à medida que interage com o meio ambiente e

o tempo, o homem traz mudanças para o próprio corpo. Entretanto, pode-se dizer que a

atividade física transforma-se ao longo do tempo, refletindo os aspectos típicos de cada época.

É possível confirmar por meio dos estudos realizados que modificações vêm

ocorrendo no quadro da Educação Física, sobretudo no campo educacional. Castelani Filho,

em seu livro “Educação Física no Brasil, a história que não se conta” (1999), declara que a

Educação Física, em sua origem, foi caracterizada pela influência das instituições militares,

sendo responsável pelo estabelecimento e manutenção da ordem social, onde reinava a

atenção para a saúde corporal.

A existência do Profissional de Educação Física remonta a época da Grécia quando

havia o pedótriba. O professor de ginástica para crianças chamava-se de pedótribe. O mestre

de ginástica tinha função inteiramente distinta da do pedótriba, pois incumbia-lhe o ensino aos

atletas (MARINHO, 1980).

Na formação da cultura helênica, na antiga Grécia, os povos consideravam o corpo de

forma bastante abrangente, pois o guerreiro deveria ser forte, belo, ágil e astuto no combate.

Para Aristóteles, um dos mais importantes filósofos gregos, a forma e o conteúdo não

poderiam ser tomados separadamente, pois um fazia parte do outro. Para ele o corpo era uma

extensão, uma realidade física limitada por uma superfície.

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É importante que o corpo esteja ativo e para isso devemos ser educados desde a

infância. Porém os excessos devem ser evitados, em outras palavras, talvez pudéssemos dizer

que atividade corporal deve ser consciente, intencional e não de forma automática.

Segundo Jaeger (1986), Platão, ao lado da música, coloca a ginástica como a outra

metade da Paideia. As duas atividades devem caminhar lado a lado, pois a primeira coisa a

fazer é formar o homem espiritualmente em sua plenitude, para em seguida cuidar do corpo.

Para os gregos, o atleta é o protótipo da força física, e uma vez que os guerreiros eram

chamados para serem os “atletas das lutas mais importantes”, e “o mais lógico e natural

[seria] tomar como exemplo [...] o método já tão desenvolvido para a formação dos atletas”

(JAEGER, 1986, p. 547).

Para os guardiões, Platão especifica uma ginástica diferente e mais simples, assim

como a música que indica para a sua educação. “Graças a sua educação musical, os

‘guardiões’ não precisarão ter nada a ver nem com os juízes nem com a lei; e a sua educação

ginástica os dispensará igualmente da necessidade de se aconselharem com o médico”

(JAEGER, 1986, p. 550).

Ginástica e música educam a alma primordialmente. Foi por esse motivo, comenta o

filólogo (1986, p. 550), que “um deus deu aos homens a ginástica e a música, formando a

unidade indivisível da Paideia, não como educação separada do corpo e do espírito, mas como

as forças educadoras da parte corajosa e da parte da natureza humana que aspira à sabedoria”.

Aquele que combinar as duas dimensões, será o favorito das musas, ou seja, o que conseguir a

harmonia tão aspirada pelo grego antigo.

Para Platão, o homem é uma alma aprisionada num corpo. Em sua obra “A

República”, ele desenvolve um sistema de educação que permite identificar o caráter

predominante de cada um, direcionando seu lugar na sociedade. Isso se devia ao fato de que,

se o corpo é limitado e imperfeito, é necessário exercitá-lo, torná-lo o melhor possível,

conhecê-lo bem, para que o homem possa também dominar as artes da alma.

Tratando da educação helênica tradicional,

Platão defende a continuidade da ginástica (a qual confere o enrijecer e o fortalecer do corpo) e da música (na qual também se incluiria a literatura), visto que tais disciplinas são úteis para o cultivo inicial tanto do corpo quanto do espírito, razão pela qual devem ser os primeiros componentes curriculares pelos quais os educandos devem passar, a fim de que, posteriormente, sejam sistematicamente selecionados para desempenharem suas funções junto ao Estado; porém, há que se precaver contra o fato de que essas duas artes não devem ser exercitadas isoladamente, já que podem provocar vícios nos estudantes: (BATISTA, 2012, p.14) “Os que praticam

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exclusivamente a ginástica acabam por ficar mais grosseiros do que convém, e os que se dedicam apenas à música tornam-se mais moles do que lhes ficaria bem” (PLATÃO, 1996, p. 149, apud BATISTA, 2012, p.14) 2

Ao falar-se sobre a beleza do corpo, é possível dizer que essa dimensão se vincula à

estética, logo, ao belo. Segundo Platão, o belo é a beleza natural, não necessariamente a

beleza artística.

O que ressaltamos é fato da questão do dualismo platônico perdurar até os dias de hoje

na conceituação da educação física.

A proposta de uma educação em valores aproxima-se do conceito de uma formação

integral, ou seja, articulação do corpo e espírito, de meios e fins, de teoria e prática, para

promover o bem coletivo. A educação não consiste apenas em promover a realidade de

ensinar a pensar, mas também em aprender a pensar sobre o próprio processo de

conhecimento, num movimento reflexivo constante.

A Educação Física na contemporaneidade

Na Educação Física atual, é premente que o professor estude a distinção entre os

conceitos de organismo e corpo. O organismo expressa o aparato herdado e constitucional, a

infraestrutura biológica dos seres humanos; enquanto o conceito de corpo se refere às

possibilidades de apropriação subjetiva de toda experiência de interação com o meio. Nessa

interação, o organismo modifica-se.

Medina (1992) critica a Educação Física voltada exclusivamente para o cultivo do

corpo. Considera a pedagogia pautada nessa concepção, conservadora e alienante. Naqueles

cursos que se pautava pela formação do atleta, tal crítica gerou grande inquietação e

insegurança nos profissionais da área nos anos 80.

Medina (1983) discute três concepções: Educação Física Convencional; Educação

Física Modernizadora e Educação Física Revolucionária. A primeira pauta-se no senso

comum, que trabalha o corpo dividindo-o, voltado apenas para o aspecto biológico. A

segunda não considera o aspecto biológico, mas visa ao aspecto psicológico, direcionando

mais ao nível individual. Por último, a que é a mais ampla de todas, vê o corpo na sua

totalidade, visando obter um desenvolvimento humano integral.

No entanto, segundo esse mesmo autor, os cursos universitários de formação do

professor de Educação Física apresentam um currículo com vários modelos quanto à

formação profissional, mas todos expressam a prática desportiva como principal objetivo.

2 Texto não publicado, autorizado pelo autor Gustavo Araújo Batista

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Para Silva (2002), a preocupação com os valores de lazer, com os exercícios nas

academias, nos clubes, nos spas, dentre outros, foi despertada graças ao tempo livre dedicado

ao cultivo do corpo. Além disso, a competição tornou-se prioridade na escala de valores das

pessoas. Destaca-se, ainda, a necessidade das pessoas em ocupar este tempo com atividades

físicas prazerosas, que possibilitem maior qualidade de vida e minimize o estresse da vida

atual.

Por outro lado, a contribuição do professor de Educação Física no processo educativo

escolar é reconhecida em suas peculiares dimensões e entendida como atividade inter-

relacionada ao processo de formação do educando da Educação Básica. Na medida em que se

formam professores apenas para cumprirem planejamentos do qual não fizeram parte no

momento de sua elaboração, professores que apenas seguem suas experiências acumuladas no

decorrer de sua vida profissional, este modelo está longe de formar profissionais reflexivos,

críticos, com capacidade para o desempenho de seu trabalho e para contribuir no

desenvolvimento integral do educando.

Na tradição educacional brasileira, desde a década de 1920, tem predominado a

Educação Física como atividade complementar e relativamente isolada nos currículos escolares, com objetivos no mais das vezes determinados de fora para dentro: treinamento pré-militar, eugenia, nacionalismo, preparação de atletas, [...]. Essa concepção demonstra hoje sinais de seu esgotamento. Assistimos nos últimos 15 anos, à ascensão da cultura corporal e esportiva [...] como um dos fenômenos mais importantes nos meios de comunicação de massa e na economia (BETTI e ZULIANI, 2002, p. 74).

Como todos os componentes curriculares, a Educação Física possibilita certo tipo de

conhecimento aos alunos o qual tem a especificidade de incorporar uma vivência concreta. A

ação pedagógica a que se propõe na “Educação Física será sempre uma vivência impregnada

da corporeidade do sentir e do relacionar-se” (BETTI e ZULIANI, 2002, p. 75).

Para Tojal (2003), a Educação Física não trata somente de habilidades e capacidades,

mas da busca da capacidade de transcendência do homem para que assim consiga expor toda a

sua subjetividade. Seu pensamento em relação à área de Educação Física tem a ver com os

aspectos globais do homem e não só com o psicológico ou subjetivo do homem. Portanto

determina a vontade de utilizar-se da habilidade proporcionando a mudança de

comportamento.

Em sua obra “Reflexão sobre o corpo, a educação e a indústria cultural na sociedade

contemporânea”, Moreira (2003) diz que em tempo algum o corpo foi objeto de interesse tão

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intenso.

Para Daolio (1995), diferentes enfoques compunham o cenário educacional da

Educação Física na época, pois era constituída pela concepção biológica e cultural. Essa

divisão originou o caráter mais político e menos acadêmico, atrasando o debate necessário

para o desenvolvimento da área.

O corpo é o nó de nossas relações com o mundo: somos (apenas) pelo nosso corpo, e

em certa medida ele sintetiza essa presença (no mundo, na sociedade, na cultura, na

espiritualidade...) e se manifesta, nessa relação com suas diversas linguagens, como o mais

concreto espaço de cultura. Vale dizer que há uma totalidade do real em que nós, com nosso

corpo não nos pertence materialmente, como uma roupa, um relógio, um calçado, etc. Somos

a partir dele. No corpo, a dialética ter-ser pode ser compreendida com mais precisão. Se

considerarmos nosso corpo como nosso (nossa propriedade), não conseguiremos ser por ele,

em plenitude. Nesse sentido, o corpo fala (DAOLIO, 1995), fala para o eu e os outros, pelo eu

e pelos outros.

Entretanto, seus modos de separação não eliminam uma racionalidade que nele pensa.

Assim, uma reflexão sobre o corpo, sua singularidade e totalidade, imensa e positiva

totalidade (do real), deve ocorrer originalmente no campo de uma antropologia filosófica.

Quando trata do corpo, a antropologia filosófica não elimina as abordagens

particularizadas dadas a riqueza de temas em que o corpo se expressa. Para permanecermos

em apenas alguns exemplos: o corpo na história – como conflito de interpretações entre

modernidade e pós-modernidade; no meio deste conflito de guerra e seu preparo, como as

visões espartana e ateniense, na cultura e seus embates, como nos conflitos etários; nas

abordagens fenomenológicas, antropológicas - culturais, psicológicas, sexualidade, literatura,

estética – como a estética corporal, a dança, o teatro, cinema, saúde – enfim, o corpo na

concepção holística, na educação e na educação física em seus diferentes paradigmas.

Assim a Educação Física obtém diferentes visões, seu currículo apresenta vários

modelos, quanto à formação profissional, porém, sempre teve como uma de principais

preocupações o Esporte.

Segundo Vigarello (2003), a história, os modelos do corpo, as referências dadas à

forma, às eficácias e ao funcionamento do corpo mudam no decorrer do tempo. De acordo

com esse autor, podemos distinguir três grandes faces da existência corporal: uma, o princípio

da eficácia: recursos técnicos que o corpo usa em sua capacidade de ação sobre os objetos;

outra, o princípio da propriedade: posse pelo corpo como apropriação do ser mais íntimo de

si, que revela deslocamentos de sensibilidade; enfim, o princípio de identidade: manifestação

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pelo corpo de uma interiorização que designa o sujeito e trocas de sinais e de expressões de

natureza física.

Em reflexão sobre o corpo, a educação e a indústria cultural na sociedade

contemporânea, Vaz (2003) diz que em tempo algum o corpo foi objeto de interesse tão

intenso, tão visível e infinito quanto hoje, mas a própria ideia de subjetividade desaparece

para se,

[...] compreendê-lo como expressão do tempo presente, de suas mudanças e formas mais refinadas de acontecer, de legitimação do simulacro da vida danificada. Isso se relaciona à configuração de subjetividades que se produzem por meio de demandas de desejos e, nesse contexto, nas relações que se estruturam com o corpo (VAZ, 2003, p.63).

No fim do século XX e início do século XXI, através da mídia, os modelos corporais

passam a ser vistos conforme um padrão estético de beleza, numa ótica estereotipada marcada

pelo consumo e num jogo de sedução que trata o corpo como objeto de desejo, sobretudo o

corpo feminino. Nessa lógica mercadológica, insatisfeito com o próprio corpo, o individuo

incorpora a prática do exercício físico ao seu cotidiano com finalidades estéticas e as

academias são cada vez mais incorporadas como espaços sofisticados para o culto do corpo,

obedecendo á mecanicidade e ignorando a condição de sujeito do individuo.

Nesta caminhada, o homem deixa pegadas com seu corpo a partir de inúmeras e

diversificadas manifestações culturais, em suas relações com a natureza em cada época e

momento específico da história. Com isso passa, na atualidade, a retratar algo importante em

nossa sociedade, onde nós, na relação corpo-mente pela qual somos, estamos inseridos nesse

contexto e nele sujeitados, forjados a um determinado modelo corporal individualista.

No âmbito dos projetos, as Diretrizes Curriculares, como políticas de ensino, orientam

as propostas de formação dos professores, trazendo subjacentes a elas concepções sobre a

identidade docente. Por identidade, se está entendendo o constructo ou conjunto de

conhecimentos que dá sentido à formação inicial e continuada (TARDIFF, 2002) e à prática

pedagógica que norteia o itinerário pedagógico do professor em sua forma e conteúdo,

constituindo-se a docência.

No caso particular da Educação Física, as suas diretrizes curriculares sempre ocorreram de forma paralela aos normativos da Educação, [...] pois elas assumiram um caminho próprio, sendo que muitas das deliberações foram incorporadas no "seu ritmo", mas não no mesmo "tempo" das demais licenciaturas (BENITES, SOUZA NETO e HUNGER, 2008, p. 345).

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Comentários sobre o contexto sócio-político dessas diretrizes serão apresentados ainda

neste capítulo.

A educação física escolar em Minas Gerais

É no século XIX que a educação física inicia um processo de enraizamento escolar no

Brasil. Tomamos o estado de Minas Gerais, onde, como já foi dito neste trabalho, localiza-se

a Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, para discutir o início desse processo.

Segundo Vago (1999), a reforma do ensino realizada no estado de Minas Gerais, em

1906, ressoou e alargou o movimento afirmativo social da escola, levando à organização da

primeira cultura escolar em todo o estado.

Essa nova cultura escolar substituiu gradativamente o modelo escolar vigente,

caracterizado por escolas isoladas, com turma única, com aulas sob a responsabilidade de um

por um docente, ministradas na própria casa do professor, em igrejas, em sala por ele locada

ou cedida pelos órgãos públicos ou por particulares. Na verdade, o que se pretendia era apenas

ensinar as primeiras letras e as quatro operações às crianças pobres. Desse modo, “a cultura

escolar confundia-se com a cultura da população, e o conhecimento escolarizado era o

conhecimento do próprio mestre, sem ambições de mudar hábitos, comportamentos e valores

das crianças” (VAGO, 1999, p. 1).

Contudo, em período posterior à Proclamação da República, fortaleceu-se a crença de

políticos e intelectuais republicanos mineiros de que a construção de uma nação bem-sucedida

dependia, sobretudo, da educação intelectual, moral e física do povo. Para eles, sem o

comando do estado, não haveria possibilidade das escolas alcançarem a tripla proposta, pois o

ensino até então era considerado ineficaz. Foi então proposto um novo paradigma escolar,

conforme relatório de um inspetor escolar dessa época3:

À escola, [...] caberia a missão de operar "uma verdadeira revolução nos costumes, sob o ponto de vista moral, attingindo os benefícios della a própria vida econômica", pois, "teremos em vez de um exercito de analphabetos a povoarem as officinas, um pessoal operário sufficientemente preparado para exercitar os seus misteres com intelligencia e aptidão". Desejava-se que esse operariado alfabetizado oferecesse "garantias de economia e incremento" à indústria que se tentava organizar em Minas e no país (RANGEL, 1907 apud VAGO, 1999).

Esperava-se que a escola proporcionasse mudanças nas crianças de tal modo que se

3 Relatório de José Rangel, inspetor escolar em Juiz de Fora (MG). Cf. Arquivo Público Mineiro. Secretaria do Interior, Relatórios dos Grupos Escolares, 1907, (apud Vago, 1999, p. 12).

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conseguisse a superação da séria crise que o regime republicano provava e da qual Minas

Gerais não escapara. A inclusão no mundo industrializado dependeria de educar o povo, “tido

e havido por analfabeto, doente e despreparado para as novas formas de trabalho industrial,

organizado sob a lógica capitalista de produção” (VAGO, 1999, p. 3).

Essa nova representação do ensino expressou, também, um modo de menosprezar os

saberes dos alunos, os quais eram aprendidos em suas práticas culturais realizadas em outros

círculos sociais. A experiência vivida não interessava à escola e deveria ser substituída por um

saber legitimado e autorizado pelo estado como necessário à prosperidade do país.

O advento desse novo molde escolar tem em vista responder à expectativa de formar aqueles que seriam os cidadãos republicanos - civilizados, de maneiras amaciadas, disciplinados, sadios e trabalhadores ordeiros -, que assim poderiam contribuir para o desejado progresso social (VAGO, 1999, p. 4).

No centro, para o qual convergiriam as determinações dessa nova cultura escolar,

estava o corpo das crianças: “a organização da cultura escolar deveria cultivar um corpo belo,

forte, saudável, higiênico, ativo, ordeiro, racional, em contraposição àquele considerado feio,

fraco, doente, sujo e preguiçoso” (VAGO, 1999, p. 4). Para essa educação física das crianças,

muitos dispositivos foram mobilizados.

O primeiro deles foi a construção dos grupos escolares, grandiosos, suntuosos e

higiênicos. Na cultura escolar que se introduzia, aspirava-se que o cultivo do corpo começasse

já na arquitetura do prédio: os espaços deveriam ser eles mesmos educativos (Cf. VINÃO

FRAGO, 1998).

Do programa para o ensino primário nesses grupos escolares faziam parte as cadeiras

de "Leitura, Escripta, Lingua Patria, Arithmetica, Geographia, Historia do Brasil, Instrucção

Moral e Civica, Geometria e Desenho, Historia Natural, Physica e Hygiene, Trabalhos

Manuaes e Exercicios Physicos" (VAGO, 1999, p. 5).

De múltiplos modos procurava-se implantar uma racionalidade no corpo das crianças,

para conseguir transformar crianças indigentes em cidadãos republicanos. Nesse sentido, a

cadeira de "Exercicios Physicos" foi essencial, junto às outras cadeiras que igualmente

cultivavam o corpo, como as demais. Esse foi o momento inicial de enraizamento escolar dos

exercícios físicos.

A reforma de 1906 realmente obrigou a presença dos "Exercícios Physicos" no programa. Ela prescrevia: "Não se descuide desta parte da educação das

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crianças na escola". Passa a circular a representação de que a inserção dessa cadeira no programa da escola primária era necessária porque de tais exercícios dependia "o desenvolvimento physico dos futuros cidadãos". Observe-se que uma preocupação com o aperfeiçoamento e o fortalecimento físico racional e sistemático ficava evidente (VAGO, 1999, p. 6).

Alegava-se, ainda, que a escola era o local adequado para a efetivação das práticas

corporais que concorreriam para o desenvolvimento físico das crianças.

Os programas eram distintos para meninos e meninas. Para eles, a prática central eram as variações de marchas militares, que deveriam ser executadas observando-se "estrictamente as regras militares." Já para as meninas, prescrevia-se brincar em liberdade no pátio e realizar exercícios de "extensão e flexão de músculos", executados metodicamente "à sombra" (VAGO, 1999, p. 8).

As professoras de cada turma detinham a responsabilidade pela cadeira de "Exercícios

Physicos". Porém, era permitido que a direção da escola solicitasse um instrutor militar para

os meninos.

Para viabilizar esses exercícios, foi prevista a construção de galpões, com espaços

separados por sexo, ou seja, “áreas convenientes para recreio e exercicios physicos dos

alumnos". Mais tarde, essa área foi planejada para ser "nivelada, macadamisada, e, se

possível, asphaltada e coberta", e seria usada para "exercicios gymnasticos e evoluções

militares" (Cf. Arquivo Público Mineiro, 1909, 1911, apud VAGO, 1999, p. 9).

Eram reservados 25 minutos diários aos "Exercicios Physicos", intercalados às demais

cadeiras, o que pode ser revelador da pretensão de atenuar a fadiga intelectual das crianças e o

tédio das práticas escolares vigentes. Pode igualmente expressar uma posição de destaque na

organização curricular.

Segundo Vago (1999, p. 10), em resumo, “o mesmo movimento de constituição de

uma nova cultura escolar em Minas Gerais, no início do século XX, promoveu também a

escolarização”. De fato, a obrigatoriedade do ensino dos exercícios físicos, a determinação de

um programa, o objetivo pretendido, atribuição do tempo e a definição do espaço expressam a

importância atribuída a essa cadeira. Tal fato pode ser considerado como provocador do

gradativo enraizamento escolar nas práticas de exercícios físicos nos grupos escolares em

Minas Gerais, nas décadas posteriores.

Retomar o início da prática da educação física escolar em Minas Gerais teve por

objetivo identificar aqui a sua afinidade com o projeto de sociedade que se queria implantar.

Nesse projeto do início do século XX, os grupos escolares e a cadeira de "Exercicios

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Physicos" desempenhariam papéis preponderantes na formação dos cidadãos republicanos de

corpos limpos e robustos.

A educação física no final do século

A educação física permaneceu enraizada nas diferentes culturas escolares que foram sendo organizadas desde a reforma de 1906, em Minas Gerais. Mas esse processo de enraizamento escolar não foi homogêneo e múltiplas foram as representações produzidas acerca de sua intervenção na formação humana, aqui apenas citadas: educação física como domadora de corpos humanos; educação física como produtora de uma raça forte e enérgica; como celeiro de atletas; como terapia psicomotora; como aprendizagem motora; como promotora da saúde; como produtora e veiculadora da cultura corporal de movimentos socialmente criada (VAGO, 1999, p. 10).

Muitas reformas do ensino foram realizadas em Minas Gerais nesses anos pós 1906.

Porém, o modelo escolar que foi validado à época conservou várias de suas características

básicas: a oferta de disciplinas; os tempos escolares organizados em grades de horários; a

perceptível hierarquia dos saberes escolares; os rituais escolares de poder; a seriação anual

com promoção mediante avaliação quantitativa, todos atravessaram o século. Há igualmente

distinções consideráveis, como, a política de construção de prédios suntuosos para os grupos

escolares estaduais, os quais foram gradativamente substituídos por prédios precários e,

também, lamentavelmente, houve a precarização das condições de trabalho do professor.

O modelo escolar do início do século vem sendo questionado e novos modos de

organização têm sido propostos desde 1996 pela legislação de âmbito nacional. No plano

nacional, temos a Lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que substituiu a

LDB nº 5.692/71, em vigor durante 25 anos; os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)

para o ensino fundamental, MEC/2006 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino

fundamental e do ensino médio, CNE/1998.

A receptividade e a aplicação dessas novas práticas escolares

são permeados por tensões e conflitos entre os diferentes (e muitas vezes opostos) interesses de ordens diversas colocados no campo da educação escolar - interesses econômicos, sociais, políticos, culturais. Isso certamente provoca o surgimento de modelos escolares diferentes, com projetos político-pedagógicos que se contrapõem (VAGO, 1999, p. 9).

Vago (1999, p. 10) observa que “se um novo modelo escolar foi instituído na reforma

mineira de 1906 para viabilizar um determinado projeto de sociedade, que projeto(s)

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estaria(m) orientando novas maneiras de organizar a escola, ao final do século XX?” E ainda

questiona: “a educação física permanecerá enraizada na cultura escolar?”

As definições de organização e prática escolar do final do século XX apresentam

sintonia com os

interesses do "deus-mercado" e sua ordem econômica de matriz capitalista: o currículo, para ficar em apenas um exemplo, deve estar estruturado para obedecer às exigências do mercado, incluindo ou retirando disciplinas de acordo com elas. Preparar alunos(as) para sua futura inserção no mundo do trabalho é o propósito [...]. Os princípios que regem o mercado - eficácia, rendimento, seleção, resultado - devem também orientar as práticas escolares, habituando e conformando alunos(as) e professores(as) a eles. É o primado de uma "pedagogia da eficiência", a "qualidade total" em educação escolar (VAGO, 1999, p. 11).

O “deus-mercado” torna-se centro das decisões em todas as dimensões (abarcando a

educação escolar), submetendo o Estado e as pessoas a seus interesses e a suas necessidades.

Em oposição a esse, propõe-se uma escola criadora e difusora de cultura, tempo e

espaço social para uma formação integral, voltada para o exercício da cidadania.

Tais interesses existem e estão em conflito na sociedade e repercutem na escola. E é

precisamente isso que a caracteriza como campo de intervenção social. “Certamente a

problematização em torno das questões ligadas ao mundo do trabalho e ao próprio mercado é

mais que necessária, não como [submissão], mas como possibilidade de intervenção social

para contribuir em sua transformação” (VAGO, 1999, p. 11).

O enraizamento escolar da educação física

Novas maneiras de organizar a escola (e, nelas, o enraizamento do ensino de educação

física) estão sendo instituídas em confrontos como esse entre as exigências do mercado e a

cultura escolar.

A LDB de 1996 define a obrigatoriedade da presença da educação física nas práticas

escolares na educação básica, facultando sua presença na educação superior e nos cursos

noturnos. Essa lei, estabelece que a educação física deve estar interligada ao projeto

pedagógico da escola.

A falta de critérios permitiu que se configurasse quase um "vale-tudo" em sua organização escolar. Interesses econômicos têm marcado interpretações da LDB sobre a educação física, sobressaindo-se a ideia de redução de despesas com professores e materiais. Mesmo com dados precários, já é possível dizer que sua presença nas práticas escolares, sobretudo em escolas

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particulares, tem sido reduzida ao mínimo indispensável para configurar obediência à lei (VAGO, 1999, p. 12).

Observa-se, do mesmo modo, a descaracterização do ensino curricular de educação

física, quando, por exemplo, substitui-se o seu caráter de disciplina como espaço de

treinamento esportivo. Do esmaecimento da

identidade [da educação física] como disciplina curricular - isto é, como portadora de um conhecimento a ser oferecido aos alunos – [...] decorre seu alijamento das discussões que envolvem o conjunto das práticas escolares, [o qual] inviabiliza sua participação na formação dos alunos - torna-se um tempo à parte, um apêndice, ou um produto que a escola oferece aos alunos para atraí-los. A educação física continuaria figurando no currículo da escola, mas desfigurada de seu caráter de área do conhecimento (VAGO, 1999, p. 12).

Nesse enfoque de treinamento esportivo, privilegia-se o rendimento, a competição, a

seleção por habilidade, o resultado.

[...] práticas corporais da cultura, como os esportes, as danças, os jogos, a ginástica. Nada disso interessa quando se quer organizar uma escola na qual o conhecimento que importa transmitir aos alunos é aquele que se considera útil ao ingresso no mercado de trabalho. E, então, o conhecimento oferecido na educação física não teria muito a contribuir, tornando-se assim descartável (VAGO, 1999, 12).

Em pior perspectiva, aceitam-se práticas corporais realizadas fora do ambiente escolar

(em clubes, resorts e academias, por exemplo) consideradas substitutas do ensino de educação

física realizado nas instituições escolares. Essa terceirização de função eliminaria a dimensão

educativa da educação física, e, consequentemente, seu desenraizamento escolar.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental e médio “não dão

margem para a descaracterização da educação física como disciplina escolar. Ao contrário, ela

é definida como área do conhecimento [...], que as escolas estão obrigadas a contemplar”

(VAGO, 1999, 13). Essas diretrizes constituem mesmo um contraponto legal aos usos

irresponsáveis do ensino de educação física, praticados sob a LDB.

Além disso, essas diretrizes exigem que todas as áreas do conhecimento estejam

articuladas em torno do paradigma curricular: "Vida Cidadã".

Se no princípio do século XX a educação física firmou-se nas escolas de Minas Gerais

como recurso higiênico, de regeneração da raça, de preparação para o trabalho, ao final do

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século sua conservação ou seu desenraizamento estão intimamente unidos à ideia de ampliar

ou reduzir a escola como lugar de e para o exercício da cidadania.

Em seguida, discutiremos a questão da legislação referente ao profissional de

Educação Física e a sua formação.

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CAPÍTULO II

A LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA A PARTIR DE 1987

Neste capítulo, discutiremos a legislação específica sobre o profissional de educação

física, abrangendo de modo especial como o CONFEF dimensiona a intervenção profissional

do graduado e/ou licenciado.

Tratar das reformas em andamento nos cursos superiores significa levar em conta as

Diretrizes que orientam estas reformas e como os contextos históricos têm influenciado as

mesmas. Apresentaremos nessa parte do texto o processo de construção das Diretrizes

Curriculares para os Cursos de Graduação em Educação Física.

A Educação Física no Ensino Superior pode ser considerada recente se comparada a

outros cursos tradicionais de graduação. A reforma de Francisco Campos em 1931 torna a

Educação Física obrigatória no Ensino Secundário. Em 1932 a Educação Física estrutura-se

profissionalmente na luta através de um discurso progressista, divulgado através da Revista de

Esporte e Saúde. Ainda de acordo com Castellani Filho (1999), é criada em 1937 a Divisão de

Educação Física do Ministério da Educação.

Com a Constituição de 1937, institui a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas,

fazendo surgir outras mudanças em relação à profissão, como exemplo um currículo mínimo

para a graduação (CASTELANI FILHO, 1999).

Em 1939 o um decreto-lei de nº 1.212, cria a Escola Nacional de Educação Física e

Desportos na antiga Universidade do Brasil, hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro,

tendo por finalidade a formação de pessoal técnico em educação física e desportos, com as

seguintes finalidades: (i) imprimir ao ensino da educação física e desportos, em todo país,

unidade teórica e prática; (ii) difundir, de modo geral, conhecimentos relativos à educação

física e desportos; (iii) realizar pesquisa sobre educação física e os desportos, indicando os

métodos mais adequados à sua prática no país.

As diretrizes para a formação profissional passa a ter um núcleo comum formado por

disciplinas básicas e um conjunto de matérias específicas em função da área de atuação.

A Escola de Educação Física oferecia os cursos: superior de Educação Física (duração

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de 2 anos tendo como exigência o curso secundário fundamental igual licenciado em

Educação Física); Educação Física Infantil (duração de um ano, como pré-requisito o Curso

Normal igual normalista especializado em Educação Física); Técnico Desportivo (duração um

ano, exigência curso secundário fundamental igual diploma de técnico desportivo); Treinador

e Massagista Esportivo; e Medicina aplicada à Educação Física e aos Desportos (duração de

um ano, exigência curso de Medicina) (CASTELANI FILHO, 1999).

Passa-se a partir deste momento a exigir o diploma de graduação para o exercício

profissional.

Após a criação é conferido aos egressos do curso superior de Educação Física o

diploma de Licenciado em Educação Física, com isso, esses passam a receber designação de

professor de Educação Física, e galgar novos espaços na ordem social do trabalho

profissional.

O decreto-lei nº 3.199 de 1941, estabelece as bases de organização dos desportos em

todo o país e cria o Conselho Nacional dos Desportos.

O decreto nº 8.012 de 1945, altera os cursos de Educação Física, com modificações

profundas de nomenclatura, matérias, duração, dentre outros, passando a Formação do

Técnico Desportivo a ser feita após a graduação em licenciatura em Educação Física, ou seja,

em curso de pós-graduação em nível de especialização.

O curso Técnico Desportivo foi nessa época reestruturado, sendo mantida, porém, a

duração de um ano, mas ao candidato à matrícula passou a ser exigido o diploma de

licenciado em Educação Física.

Instituída a lei nº 4.024/61, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), além de estabelecer a

obrigatoriedade de Educação Física nos cursos primários e médios, até a idade de 18 anos,

proporcionou uma nova dinâmica na formação dos professores. A LDB exigiu o percentual

mínimo de 1/8 da carga horária do curso destinada à formação pedagógica, operacionalizada

posteriormente pelos pareceres nº 292/CFE/62 e nº 627/CFE/69, que orientavam os currículos

mínimos dos cursos de licenciatura.

Com a inclusão das disciplinas de formação pedagógica, a área de Educação Física

começou a priorizar a formação do futuro educador, sob influência da Pedagogia e, não mais

de um instrutor, explícito nos métodos ginásticos alemão, sueco e francês (CASTELANI

FILHO, 1999).

No final da década de 1960, dirigido pelo governo militar, em consonância ao

mercado e ao esporte como fenômeno de massas, ocorreu a reforma Universitária de 1968,

promovendo um novo modelo de currículo.

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Necessário entender que a educação física é a única profissão cuja formação inicia-se

pela licenciatura. Primeiro o estudante se forma em licenciatura e depois faz uma

complementação para formação de técnico desportivo.

A resolução do Conselho Federal de Educação CFE nº 69/69, fixa os conteúdos

mínimos e duração do curso de Educação Física, e a reflexão nos aspectos conceituais,

recomendações e conclusões expressas pelo parecer CFE 894/69.

De acordo com a resolução acima, a formação do licenciado passa a ser em 3 anos,

com uma carga horária mínima de 1.800 horas-aula, redução das matérias básicas de

fundamentação científica e modifica a possibilidade da titulação do chamado Técnico

Desportivo ser obtida simultaneamente à licenciatura, apenas com o acréscimo de mais duas

matérias selecionadas na lista dos desportos oferecidos pela escola, devendo o aluno

primeiramente obter a formação para depois cursar a especialização.

Essa resolução ainda iguala o curso de Educação Física aos demais cursos superiores

de licenciatura, todos com duração de três anos. Dessa forma, o aluno de Educação Física

deixa de ser técnico e passa a ser reconhecido como uma formação superior plena, ou seja,

Professor de Educação Física de nível superior. Mantêm-se assim, os dois cursos: licenciatura

como formação e técnico desportivo como possibilidade após a conclusão do curso de

licenciatura. Dessa forma, o professor de Educação Física ganha finalmente status e

reconhecimento de sua significância. Contudo não se constitui em uma profissão; integra uma

função, uma intervenção profissional nas escolas.

O parecer do CFE 215/87, aprovado em 11/03/87 dispõe sobre a reestruturação dos

cursos de graduação em Educação Física, sua nova caracterização, duração mínima e

conteúdo; ano da primeira revolução, de fato, da Educação Física na formação. O Conselho

Federal de Educação emitiu a Resolução CFE nº 03/87 que possibilitou a oferta de cursos de

licenciatura (atuação no ambiente escolar) e/ou graduação (atuação no ambiente não-escolar)

em educação física.

Além de responsabilizar as próprias Instituições de Ensino Superior (IES) de

assumirem a preocupação com a qualidade do curso, estimulando a mudança de atitudes dos

profissionais e a minimização de distorções em nível institucional, esta resolução fixou os

princípios para a organização dos cursos em percentuais a serem observados na formação

geral (80%) e no aprofundamento de conhecimento (20%), sem estabelecer, no entanto, um

elenco de matérias e disciplinas a serem seguidas nos cursos. A carga horária para os cursos

de licenciatura e/ou graduação em Educação Física passou para 2.800 horas-aula, a serem

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integralizadas em, no mínimo, quatro anos. A Educação Física foi o primeiro curso a extinguir

o currículo mínimo.

Após muitas críticas ao currículo mínimo, que não levava em consideração as

diferenças regionais onde os cursos estavam inseridos, (além de em algumas instituições não

adicionarem em seus currículos nenhuma disciplina complementar, ficando o currículo

mínimo como currículo pleno) e com o aumento da área de atuação do profissional no

mercado, uma terceira proposta de currículo foi aprovada em 16 de Outubro de 1987.

(TOJAL, 2003).

Os saberes anteriormente divididos entre matérias básicas e profissionalizantes —

localizadas dentro do currículo de formação biológica, gímnico-desportivo e pedagógicas —

assumem novas feições na estrutura curricular: uma área de formação geral, humanística e

técnica, e outra de aprofundamento de conhecimentos (Cf SOUZA NETO, 1999).

Essa nova proposta irá conferir aos currículos a flexibilidade reclamada durante a vigência da Resolução CFE n. 69/69 (currículo mínimo) e transferir a responsabilidade do CFE para as IES na elaboração da estrutura curricular. Essa resolução também alterou, de forma significativa, a carga horária do curso que passou das 1.800 horas-aula para 2.880 horas-aula, as quais deveriam ser cumpridas no prazo mínimo de quatro anos, tanto para o bacharelado quanto para a licenciatura, estabelecendo, assim, uma nova referência para a formação profissional. Todavia, se, por um lado, o curso ganhou em autonomia e flexibilidade, por outro, a forma de organização curricular proposta, poderia conduzir à perda de um núcleo identificador da área que estaria operando dentro de uma base de identidade para a formação e uma parte diversificada para a profissionalização (SOUZA NETO, 1999, apud SOUZA NETO et al, 2004, p. 120-121).

Em meados dos anos 90, algumas IES lançaram cursos de graduação que foram sendo

substituídos gradativamente pela licenciatura devido à pressão do mercado, não havendo

regulamentação da profissão. A garantia de reserva de mercado estava adstrita apenas aos

licenciados por conta da lei de ensino que exigem para atuar na escola a formação em

licenciatura. Estando os egressos de graduação impedidos de atuar nas escolas e sendo esse

um interesse do mercado de trabalho, a maioria dos estudantes procurava e optava pelo curso

de licenciatura.

Nesse sentido, a Universidade de São Paulo, em 1989, numa decisão polêmica cria os

cursos de graduação em Esporte, graduação e licenciatura em Educação. Fica claro que não há

novidade, não há nada de novo na formação dos alunos. O que se estabelece é o

reconhecimento do Profissional de Educação Física. O diferencial que modifica, na verdade

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traz de volta o que já existia, é a regulamentação da profissão, pois passa a garantir à

sociedade o direito de ser atendida em todas as ofertas de serviço em exercícios físicos e

desportivos por profissional egresso de curso superior de Educação Física, preparado para tal

função.

Algumas pessoas confundem formação em licenciatura plena com intervenção plena

(ampla ou pode tudo). Quando a resolução abordou a licenciatura plena foi para diferenciar da

licenciatura curta, existente à época. Foi para deixar claro que a formação é plena em nível

superior.

No final do século XX, a lei nº 9.394/96, promulgada pela nova Lei de Diretrizes e

Base – modifica a relação formação e intervenção profissional explicitando que ao MEC cabe

regular e normatizar a formação, pois, de acordo com o art.48, os diplomas de cursos

superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação

recebida por seu titular. Já o artigo 48 da nova LDB pôs termo à vinculação entre diploma e

exercício profissional, estatuindo que diplomas constituem-se em prova de formação recebida

por seus titulares.

Em 1997 a Resolução nº 218/CNS/97 reconhece a Educação Física como profissão da

área de saúde.

Por meio do Parecer 776/97 a Câmara de Educação Superior apresenta as Orientações

para as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação. Os relatores questionam a eficácia

do currículo mínimo, que tinha por objetivo facilitar as transferências entre as instituições de

ensino. Ainda o Parecer aponta pela flexibilização na organização dos cursos e carreiras

oferecidas pelas IES, partindo daí a tendência de redução da duração dos cursos, variadas

formações e habilitações em um mesmo curso, bem como a organização em módulos.

Depois de imensa luta e debates, a Educação Física tem um novo cenário com a lei nº

9.696/98, que regulamenta a profissão em Educação Física e, consequentemente criação do

sistema Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e Conselhos Regionais de Educação

Física (CREFs), para atuar como órgão normatizador e fiscalizador das atividades ligadas a

Educação Física e Esportes.

A atual LDB estabelece que o MEC/CNE é responsável pelo ensino e formação, não

tendo mais nenhuma ingerência sobre a habilitação, que passou a ser do domínio dos

conselhos profissionais e atualmente o CNE fixa duas formações: Licenciatura e Graduação.

O decreto 3.276/99 vem tratar sobre a Formação em Nível Superior de Professores

para atuar na Educação Básica, dentre os dispostos destaca-se o artigo terceiro que orienta a

organização curricular dos cursos. Este acaba permitindo ao graduando opções que favoreçam

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a escolha da etapa da educação básica para qual se habilitará e a complementação de estudos

que viabilize sua habilitação para outra etapa da educação básica. A formação deverá ser

efetivada através dos cursos de licenciatura, e que o CEF definirá as Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica.

As orientações para as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação indicados no

Parecer 583/01, tem como princípios básicos: assegurar às IES ampla composição da carga

horária a ser cumprida para integralização dos currículos, assim como na especificação das

unidades de estudos a serem ministradas; evitar o prolongamento desnecessário da duração

dos cursos de graduação, e fortalecer a articulação da teoria com a prática, assim como os

estágios e a participação em atividades de extensão, dentre outros.

A licenciatura conforme a legislação, Parecer 09/01 passa a ter terminalidade e

integralidade própria em relação a graduação, constituindo em um projeto específico, ou seja,

a licenciatura ganha autonomia em relação a graduação, com currículo próprio. Os artigos

sexagésimo segundo e terceiro apontam os tipos de modalidades dos cursos de formação de

professores, definindo todas as licenciaturas como plenas, reafirmando o ensino superior

como nível desejável para a formação do professor. Institui, ainda, esta década como sendo a

da Educação. Ao término dela somente serão aceitos professores habilitados em nível

superior.

O referido parecer salienta que a formação de professores deve ser realizada por meio

de um processo autônomo, numa estrutura com identidade própria. As instituições formadoras

devem constituir direção e colegiados próprios, que formulem seu projeto pedagógico de

formação de professores, mantendo interação sistemática com as escolas do sistema de

educação básica.

Deliberando sobre as licenciaturas, o Parecer 21/01 trata da duração e carga horária

dos cursos de Formação de Professores de Educação Básica, em nível superior, curso de

licenciatura graduação plena. Importante ressaltar neste parecer para o tempo entendido como

estágio curricular supervisionado, como formação profissional, com exercício in loco e não

poderá ter uma duração inferior de 400 horas.

A Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002, institui diretrizes curriculares

nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de

licenciatura, de graduação plena. A Resolução nº 7, de 31 de março de 2004 institui as

diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em grau

superior de graduação plena. Essa resolução determina, ainda, que a autorização de

funcionamento e o reconhecimento de cursos de formação e o credenciamento da instituição

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decorrerá de avaliação externa a ser realizada in loco. A duração da carga horária obedecerá

aos 200 dias letivos/anos integralizados no mínimo de três anos.

Em abril de 2002, através do Parecer CNE/CES 138/02, institui-se as Diretrizes

Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Educação Física. O parecer compreende a

Educação Física como área de estudo, elemento educacional e campo profissional

caracterizados pela análise, ensino e aplicação do conjunto de conhecimentos sobre o

movimento humano intencional e consciente nas suas dimensões biológica, comportamental,

sócio-cultural e corporeidade. Abrangendo toda a área de atuação, incluindo o jogo, o esporte,

a ginástica, a musculação, a dança, a ergonomia, as lutas, as artes marciais, a recreação, o

lazer e a reabilitação.

As diretrizes destacam que o egresso do curso de Licenciatura em Educação Física,

deverá ser um professor

com formação integrada, humanista, crítica e reflexiva; qualificado para o exercício profissional, com base no rigor científico e intelectual, e, pautado no princípio ético; agregará as seguintes características: intervir profissional e academicamente no contexto específico e histórico-cultural, a partir de conhecimentos de natureza técnica, científica e cultural de modo a atender as diferentes manifestações e expressões da Atividade Física/Movimento Humano (PORTAL FAG, s.d., p. 1).

São garantidos ainda de acordo com o parecer, o estágio profissional supervisionado e

as atividades complementares incrementadas durante todo o curso.

Em relação às Diretrizes Curriculares e o Projeto Político Pedagógico, o parecer indica

que este deve orientar para um perfil acadêmico e profissional do egresso, contribuir também

para compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas

nacionais e regionais, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural, principalmente no

campo da Educação Física, além de estimular a integração entre pesquisa e extensão.

A regulamentação exige a definição de currículos próprios para a licenciatura e que

não se confunda com a graduação ou a antiga formação de professores que era conhecida por

3 + 1, sendo os primeiros para a licenciatura e mais um para a graduação.

Dentre os principais elementos que desencadearam [o movimento de criação das Diretrizes Curriculares para cursos de Graduação podemos citar]: a) A Lei nº 9131/95 que, ao criar o Conselho Nacional de Educação (CNE), definiu como uma das competências desse órgão deliberar sobre as Diretrizes Curriculares propostas pelo MEC, para os cursos de graduação; [...]

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b) a nova LDB que [...] cria a necessidade de Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação e permite a eliminação dos chamados currículos mínimos, tornando os currículos de graduação mais flexíveis; c) a intensificação das discussões nacionais e internacionais sobre diplomas e perfis profissionais, face às mudanças na sociedade contemporânea e, particularmente, no mundo do trabalho; d) o processo desencadeado pela Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC, em 1997, objetivando a implementação das Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação; e) a definição de Padrões de Qualidade para os Cursos de Graduação, pela SESu; f) o estabelecimento de critérios sobre a constituição de comissões e procedimentos de avaliação e verificação de cursos superiores; g) o posicionamento assumido pelo Fórum de Pró-Reitores de Graduação, especialmente no Plano Nacional de Graduação, em prol de Diretrizes Curriculares gerais e fortalecimento dos projetos pedagógicos institucionais e dos cursos de graduação (CATANI, DOURADO, OLIVEIRA, 2001).

Especificamente nos cursos de Educação Física, o movimento teve início em 1996 e

foi impulsionado pelo combate à rigidez da Resolução de n.3 de 1987 que orientava o curso.

Coube às Comissões de Especialistas vinculados à Secretaria de Ensino Superior do

Ministério da Educação (SESu/MEC) sistematizar, debater e definir as propostas de Diretrizes

Curriculares encaminhadas ao Conselho Nacional de Educação para a análise.

O Parecer CNE/CES nº 58/04 ao tratar do histórico das Diretrizes Curriculares

Nacionais para os Cursos de Educação Física, aponta que a

Comissão de Especialistas em Educação Física (COESP-EF), designada pela SESu/MEC para esta atribuição, decidiu preservar as linhas gerais da Resolução n° 3/87, processando as reformulações decorrentes das contribuições enviadas por 24 (vinte e quatro) IES e dos trabalhos acadêmicos que avaliaram direta ou indiretamente os efeitos da referida Resolução (PARECER 58/2004, p. 4, apud ANTUNES, 2009, p. 1).

A proposta preliminar de Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em

Educação Física foi apresentada, criticada e reformulada a partir de reuniões realizadas em

diferentes Unidades da Federação, reunindo dirigentes do Conselho Federal e dos Conselhos

Regionais de Educação Física, dirigentes de cursos de graduação em Educação Física, além

de especialistas e pesquisadores da área sobre formação acadêmico-profissional.

Após o encaminhamento da versão definitiva da proposta de diretrizes curriculares

para os cursos de graduação em Educação Física, o CNE decidiu sobre a nova política e a

concepção de organização e de formação dos profissionais de Educação, ao aprovar a

resolução sobre os Institutos Superiores de Educação (Resolução CNE/CP n° 01/99) e o

parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da

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educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena.

Após a análise de todos os documentos, o relator Conselheiro Carlos Alberto Serpa,

apresentou seu parecer que foi aprovado na sessão da Câmara de Educação Superior, em 3 de

abril de 2002, o qual recebeu a designação: Parecer CNE/CES nº 138/02, que define as

Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação de Educação Física (Parecer

CNP/CP nº 58/04).

A comissão da Câmara de Educação de Educação Superior do Conselho Nacional de

Educação analisou as propostas de Diretrizes Curriculares dos cursos de graduação da área de

saúde e assegurou o Parecer CNE/CES 58/04 definindo as Diretrizes Curriculares Nacionais

para os cursos em Educação Física. Destacou-se no perfil acadêmico – profissional a

formação generalista, humanista e crítica, qualificadora de uma intervenção fundamentada no

rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta ética.

Contudo, espera-se que haja coerência entre a formação oferecida, as exigências

práticas do futuro profissional e as necessidades de formação, de ampliação e de

enriquecimento cultural dos graduados.

No artigo sexto, parágrafo segundo, determina que as IES poderão incorporar outras

competências e habilidades que se mostrarem adequadas e coerentes com seus projetos

pedagógicos. Sendo estas habilidades e competências que caracterizarão o perfil acadêmico –

profissional do professor da Educação Básica.

Á critério da IES, o Projeto Político Pedagógico do curso de graduação em Educação

física poderá propor um ou mais núcleos temáticos de aprofundamento, utilizando até 20% da

carga horária total, para articulação de conhecimento e de experiências que o caracterizarão.

No artigo décimo, o parecer assegura a indissociabilidade teoria – prática por meio da

prática como componente curricular, estágio profissional curricular supervisionado e

atividades complementares; sendo que as atividades complementares deverão ser

incrementadas ao longo do curso.

A implantação e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico do curso deverão

ser acompanhados e permanentemente avaliados institucionalmente para permitir ajustes que

se fizerem necessários a sua contextualização e aperfeiçoamento.

A Resolução CNE/CES 7/04 vem corroborar com a legislação anterior, que a

implantação e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico deverão ser acompanhados e

permanentemente avaliados institucionalmente.

O CNE, por meio do Parecer 329/04, com o objetivo de estabelecer a carga horária

mínima dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial decide reconhecer,

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como cursos de graduação, aqueles que tenham duração mínima de três anos.

Para atender as demandas regionais e nacionais, o parecer dá ênfase na autonomia da

IES para inovar, eliminando a exigência de currículos mínimos, mas ampliando o ano letivo

de 180 para 200 dias letivos. No final, estabelece a carga horária mínima para a graduação de

3.200 horas, e que o estágio e as atividades complementares não deverão ultrapassar a 20% da

carga horária do curso.

Diante de questionamento das IES, o Conselho Federal de Educação publica o Parecer

400/2005 com o intuito de esclarecimento e aplicação das Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Formação de Professores da Educação Básica e das Diretrizes Nacionais para os cursos

de Graduação em Educação Física.

Dispondo sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e

duração dos Cursos de Graduação, Bacharelados, na modalidade presencial, o CNE apresenta

o Parecer 8/07 fundamentado nos pareceres CNE/CES 329/04 e CNE/CES 184/06.

Tratando, ainda, sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à

integralização e duração dos cursos de graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas,

Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Terapia

Ocupacional, o CNE apresenta o Parecer CES 213/08, fixando a carga horária em 3.200 horas

e integralização de, no mínimo quatro anos, confirmados na Resolução 4/09.

O importante é que se compreenda a necessidade da coexistência de profissionais com

ambos os perfis da formação e não diferenciados apenas na titulação. São cursos distintos,

preparando profissionais com perfis específicos, que receberão diplomas próprios de

graduação ou licenciado. O CNE não estabelece mais currículo mínimo ou como deve ser a

formação profissional. São estabelecidas as diretrizes e as IES têm autonomia para

desenvolver seus próprios projetos pedagógicos. As diretrizes curriculares são fundamentais

para uma formação de qualidade; são o norte para que cada instituição de ensino possa

estabelecer o perfil de seus egressos conforme preceitua a LDB e, ainda, realizar uma

avaliação.

A formação em Educação Física propõe dois cursos distintos, com ingressos

separados, preparando profissionais com perfis específicos, projetos pedagógicos

independentes e saídas distintas. Portanto, receberão dois diplomas: de graduado e de

licenciado.

Intervenção Profissional

A licenciatura e a graduação, modalidades de graduação em Educação Física, embora

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possuindo relações didático-pedagógicas estreitas, estão determinadas por aspectos legais

diferenciados e com particularidades inerentes a cada uma delas.

A partir da evolução das necessidades da sociedade e do substancial aumento de

conhecimentos veiculados à área, percebe-se uma ampliação no espaço de intervenção do

profissional. A partir deste cenário, o profissional da área de Educação Física, considerado

recentemente apenas um professor com atuação quase exclusiva no espaço escolar, passa a ter

exigências profissionais de diferentes ordens, atuando em diversos segmentos do mercado de

trabalho.

O processo de profissionalização da área legitima-se a partir da promulgação do

Decreto 9696/98, onde a profissão torna-se reconhecida, com regulamentações e disposições

administrativas provenientes da instância federal. É oportuno destacar que, em nenhum

momento, este decreto faz referências de qualquer natureza a respeito da graduação do

profissional, ou seja, o documento reitera os campos de intervenção para a profissão sem,

contudo, estabelecer atribuições específicas para a graduação ou para o Licenciado. Portanto,

em princípio, fica implícita que a formação superior em Educação Física é condição suficiente

para a atuação dentro da profissão, não importando, então, a modalidade de graduação.

Vale, também, ressaltar que a regulamentação da profissão de Educação Física

provocou na área inúmeras discussões epistemológicas, especialmente, porque o fator

decisivo para a regulamentação parece ter sido a sua caracterização como atividade

mercadológica.

De acordo com a Resolução CNE/CES 7/04, a Educação Física deverá assegurar uma

formação generalista, humanista e crítica, qualificadora da intervenção acadêmico-

profissional, fundamentada no rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta ética. Ainda

nesta resolução ela deixa transparecer, possíveis diferenciações existentes em relação as

intervenção profissional do licenciado e da graduação.

A Resolução 3/87, estabelece que Graduação em Educação Física, dar-se-á por meio

das modalidades de licenciatura e graduação. Os profissionais da área consideram esta

separação curricular entre ambas, por conseqüência, institui a territorialização dos espaços de

intervenção do profissional, provocando a fragmentação da Educação Física.

Buscar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão com o intuito de

proporcionar a formação integral do aluno, esta é a premissa do parecer CNE/CES 138/02.

A análise das unidades temáticas

Princípios

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O parecer CNE/CES 215/87 coloca a importância da autonomia e flexibilidade para as

IES na elaboração do currículo, para ajustar no contexto da ótica regional e suas

características, interesses e necessidades da comunidade escolar, na unidade dos princípios

filosóficos e educacionais da Educação Física, deixando claro que as IES não precisam ter os

mesmos perfis de egressos ou matérias que comporão o currículo. Também no parecer

CNE/CES 58/04 e Resolução CNE/CES 7/04 tratam da autonomia e acrescentam a

articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

A LDB 9394/96 baseia-se na igualdade de condições para acesso e permanência; na

liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, no pluralismo de ideias e de

concepções pedagógicas; no apreço à tolerância, gratuidade do ensino público, valorização do

professor, gestão democrática, padrão de qualidade e vinculação entre educação escolar,

trabalho e práticas sociais.

A compatibilidade com a etapa da educação em que atuarão os graduados,

possibilitando a complementação dos estudos para atuarem em outros níveis, concepção

curricular integrada ao trabalho do professor e articulação entre os cursos de formação inicial

são os princípios do decreto 3276/99.

Portanto, os pareceres CNE/CES 583/01, 329/04, 213/08 e a Resolução CNE/CES

2/07 asseguram às IES ampla liberdade na composição da carga horária a ser integralizada

pelos currículos assim como as unidades de estudos a serem ministradas, evitando o

prolongamento desnecessário, estimulando práticas de estudos independentes, dentro ou fora

da IES, fortalecendo a articulação entre a teoria com a prática, nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão.

Propiciar uma formação sólida mantendo a coerência entre a formação oferecida e a

prática esperada do futuro profissional estão no parecer CNE/CES 09/01 e nas duas

resoluções seguintes a esta data (Resolução CNE/CP 1 e 2/02).

Entretanto, o parecer CNE/CES 138/02 diz que,

O Graduado de Educação Física, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, qualificada para o exercício profissional com base no rigor científico e intelectual e pautado no princípio ético. Deverá ser formado para estudar, pesquisar, esclarecer e intervir profissional e academicamente no contexto específico e histórico-cultural, a partir de conhecimentos de natureza técnica, científica e cultural de modo a atender as diferentes manifestações e expressões da Atividade Física/Movimento Humano.

Os demais pareceres e resoluções não conseguiram identificar ou não manifestaram os

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princípios nelas contidos.

Organização curricular

Os currículos compreendem duas partes: formação geral e aprofundamentos de

conhecimentos. Consideram-se os aspectos humanísticos (filosófico, do ser humano e

biológico/psicológico) e técnicos (planejar, executar, avaliar e orientar atividades da

Educação Física) facultando a geração e a transformação do próprio conhecimento está no

parecer CNE/CES 215/87. Conservando a definição desse parecer a Resolução CNE/CES

03/87 acrescenta que cada IES partindo destas áreas e de suas peculiaridades elaborará o

elenco de disciplinas a serem desenvolvidas durante o curso.

Mantendo a coerência com o principio ao qual se deu a origem do decreto 3276/99, a

organização curricular permitirá ao graduando opções que favoreçam a escolha da etapa da

educação para qual se habilitará.

O Parecer CNE/CP 9/01 e a Resolução CNE/CP 1/02 indicam os critérios que se

articulam em eixos dos quais as dimensões precisam ser contempladas na formação

profissional docente e que tipos de atividades de ensino e aprendizagem, o planejamento e a

ação dos formadores articulados nos diferentes âmbitos de conhecimento.

Aspectos complementares de perfil, competências e habilidades e conteúdos, podem

ser incluidos no currículo de forma a considerar a inserção institucional do curso. O parecer

CNE/CES 138/02 destaca, ainda, que se devem relacionar os domínios de conhecimento

identificadores da área com o perfil profissional desejado.

Na organização do curso deverá ser indicada a modalidade: seriada, sistema de

créditos ou modular, articulando a formação específica e ampliada, as questões dos portadores

de deficiência e de grupos e comunidades especiais, garantidos no parecer CNE/CES 58/05 e

na Resolução CNE/CES 7/04.

O parecer CNE/CES 329/04 a SESu/MEC propõe orientações sobre:

perfil desejado do formando; competências e habilidades desejadas; conteúdos curriculares; duração dos cursos; estrutura modular dos cursos; estágios e atividades complementares; conexão com a avaliação institucional. Desse conjunto de orientações, destacam-se a busca por flexibilidade de cursos e carreiras, com a promoção da integração do ensino de graduação com a pós-graduação. As diretrizes objetivavam conferir maior autonomia às IES na definição dos currículos de seus cursos, havendo, em lugar do sistema de currículos mínimos, a proposição de linhas gerais capazes de definir as competências e habilidades que se deseja desenvolver.

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As atividades complementares deverão ser incrementadas durante todo o curso de

graduação, sendo as IES responsáveis pelos mecanismos de aproveitamento dos

conhecimentos adquiridos pelo estudante, através de estudos e práticas independentes

presenciais ou à distância, por monitorias, e estágios, programa de iniciação cientifica, de

extensão, estudos complementares e cursos em área afins; deixa claro o parecer CNE/CES

142/07, complementado pela Resolução CNE/CES 07/07, nas formas de congressos e

seminários.

As demais resoluções e pareceres não contemplam a organização curricular no seu

seio.

Duração e carga horária

Para o parecer CNE/CES 215/87, o curso deverá ter a duração total de no mínimo de

quatro anos e máxima de sete anos, integralizando 2.880 horas/aula destinadas a formação

pedagógica e acrescidas as correspondentes ao estudo dos problemas brasileiros.

Acrescentando na Resolução CNE/CES 03/87, que deste total de 2.880 horas/aula, 80% serão

destinadas a formação geral e 20% para aprofundamento de conhecimentos; e destes 80%,

60% para disciplinas vinculadas ao conhecimento técnico, sendo o estágio de no mínimo um

semestre letivo.

A duração deve ser, no mínimo, de três anos letivos, sendo 400 horas de prática, 400

horas de estágio, 200 horas de atividades complementares e 1.800 horas de conteúdos

curriculares, segundo a Resolução CNE/CP 1/02. Para a Resolução CNE/CES 7/04, 40% da

carga horária do estágio deverá ser cumprida no campo de intervenção.

Cabe às IES (parecer CNE/CES 329/04 e parecer CNE/CES 213/08) fixar os tempos

mínimos de integralização curricular, com 3.200 horas; os estágios e atividades

complementares não deverão exceder 20% do total da carga horária, passando de 180 para

200 dias letivos, com a hora aula de 60 minutos. Fica definido na Resolução CNE/CES 2/07

que o limite mínimo de quatro anos para a integralização contando no PPP.

As demais resoluções e pareceres não contemplam a carga horária e duração no seu

corpo.

Área de atuação

Em alguns decretos, pareceres e resoluções ficam claros os campos em outros nem

tantos assim, por isso nos quadros 4 e 7 às vezes eles vêm mesclados, como no Decreto

3276/99 que diz “a formação de professores deve incluir as habilitações para a atuação

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multidisciplinar e em campos específicos do conhecimento.” Já o Parecer CNE/CES 138/02 e

Resolução CNE/CES 7/04 caracterizam,

como um campo de intervenção profissional que, por meio de diferentes manifestações e expressões da atividade física/movimento humano/motricidade humana (tematizadas na ginástica, no esporte, no jogo, na dança, ,nas artes marciais, no exercício físico, na musculação, na brincadeira popular bem como em outras manifestações da expressão corporal) presta serviços à sociedade caracterizando-se pela disseminação e aplicação do conhecimento sobre a atividade física, técnicas e habilidades buscando viabilizar aos usuários ou beneficiários o desenvolvimento da consciência corporal, possibilidades e potencialidades de movimento visando a realização de objetivos educacionais, de saúde, de prática esportiva e expressão corporal .A Educação Física abrange todo campo de ação da área, aí incluído o jogo, o esporte, a ginástica, a musculação, a dança, a ergonomia, as lutas, as artes marciais, a recreação, o lazer e a reabilitação (Brasil, 2002, p. 3).

Tendo como campo a educação física escolar de primeiro, segundo e terceiro graus, a

LDB e a Resolução CNE/CES 03/87 indicam academias, clubes, associações comunitárias,

dentre outros como forma de lazer, recreação, terapia ou mesmo educação continuada.

Finalizando, o parecer CNE/CES 213/08 destaca a atuação na área de saúde, em

concordância com o SUS.

No capítulo seguinte, apresentamos nossa análise sobre os projetos pedagógicos dos

cursos pesquisados.

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CAPÍTULO III

ANÁLISE DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA DA MESORREGIÃO DO

TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA

Para este capítulo trazemos a nossa análise sobre os projetos político-pedagógicos,

aproximando-nos de um procedimento de análise estrutural, segundo Gonzales Gonzales

(2004).

O projeto político-pedagógico

O projeto político-pedagógico é instrumento de concretização do processo de

formação humana e de sua viabilização, podendo ser um dispositivo para a construção

contínua de inovação, organização do trabalho pedagógico, clarificação das intencionalidades

educacionais e escolares e articulação solidária dos diferentes protagonistas (VEIGA, 2007).

Ele deve expressar, nortear a intenção do que se deseja atingir, pois é nele que são

legitimadas todas as ações e atos operacionais da organização da referida instituição. Nesse

sentido, deve considerar o projeto político-pedagógico como um processo permanente de

reflexão e discussão dos problemas das instituições, na busca de alternativas viáveis a sua

efetivação.

Segundo Veiga (1995), “o projeto político-pedagógico é político no sentido de

compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade” e pedagógico quando

cumpre a formação do cidadão responsável, compromissado, crítico e criativo. O artigo 12 da

LDB fala nitidamente que é obrigação da escola elaborar o seu projeto pedagógico. Os artigos

13 e 14 da mesma lei depositam nas mãos dos professores, supervisores e orientadores a

responsabilidade de compartilharem a criação desse projeto.

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; [...] Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

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ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; (BRASIL, 1996).

Com essa definição do artigo 12, entende-se o conceito da escola para além da sala de

aula e além dos muros da escola. Essa proposta pedagógica visa desenvolver no aluno o

exercício da cidadania, a sua capacidade de ser como pessoa e a competência para o trabalho.

Isso demanda uma escola enraizada em um contexto social e que busque acatar às exigências

não só dos alunos, mas de toda a sociedade.

Segundo Riscal (2009) o planejamento é um processo de administrar diferenças ou

oposições entre os diversos membros da comunidade escolar, possibilitando assim e

democracia com a participação de todos os envolvidos na elaboração.

O projeto político-pedagógico de uma instituição deve sinalizar em que direção se

quer trabalhar, o que almejar, que critérios e princípios norteadores das mediações necessárias

ao fim para o que se deseja alcançar.

[...] ao mesmo tempo em que exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam, requer a definição de fins. Assim, todos deverão definir o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar (VEIGA, 1995, p. 17).

Consideramos legítimo e apropriado considerar que o projeto político-pedagógico não

se torne apenas um documento que atenda as exigências legais e burocráticas. Ele se

concretiza através do currículo.

Em relação à organização escolar, aspecto do PPP que é mais lembrado, Veiga (1995)

afirma que:

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Daí, a necessidade de se promover, na escola, uma reflexão aprofundada sobre o processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é, ao mesmo tempo, processo e produto. [...] Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é o de que [...] o currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios.

A definição do conhecimento escolar, por conseguinte, requer uma análise crítica e

interpretativa, tanto da cultura hegemônica, quanto da cultura popular. O currículo anuncia

uma cultura.

Moreira e Candau (2007, p, 18) entendem

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currículo como as experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades de nossos/as estudantes. Currículo associa-se, assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas. [...] No currículo se sistematizam nossos esforços pedagógicos. O currículo é, em outras palavras, o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração.

Outro ponto é o de que o currículo integra-se a um contexto social, uma vez que ele é

historicamente localizado e culturalmente definido. Além disso, a escola deve buscar novas

formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar se interrelacione em torno

de uma ideia agregadora.

Finalmente, o quarto ponto refere-se a questão do controle social, já que o currículo

formal implica controle. Por outro lado, o controle social é instrumentalizado pelo currículo

oculto, entendido este como as "mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente

escolar" (CORNBLETH 1992, apud VEIGA, 1995, p. 37).

Moreira (1992), ao examinar as teorias de controle social que têm permeado as principais tendências do pensamento curricular, procurou defender o ponto de vista de que controle social não envolve, necessariamente, orientações conservadoras, coercitivas e de conformidade comportamental. De acordo com o autor, subjacente ao discurso curricular crítico encontra-se uma noção de controle social orientada para a emancipação. Faz sentido, então, falar em controle social comprometido com fins de liberdade que dêem ao estudante uma voz ativa e crítica (VEIGA, 1995, p. 28).

Na visão crítica, controle social é um reforço e um apoio para a objeção e a refutação à

ideologia difundida por meio dos currículos escolares.

Para Moreira (1997), a história do currículo se caracteriza quer como uma simples

expressão da ideologia dominante quer como um conjunto de princípios científicos para a

organização e o acompanhamento do processo de ensino. Como podemos observar em outro

momento deste autor:

O currículo constitui significativo instrumento utilizado por diferentes sociedades tanto para desenvolver os processos de conservação, transformação e renovação dos conhecimentos historicamente acumulados como para socializar as crianças e os jovens segundo valores tidos como desejáveis (MOREIRA, 1997, p. 10).

O currículo representa a trajetória do ser no seu processo de aprendizagem do

conhecimento científico em seu processo de escolarização. Assim sendo, a função do

currículo é ordenar a reflexão pedagógica de forma a pensar a realidade em que está inserida a

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instituição.

[...] corporificando os nexos entre saber, poder e identidade, será de grande parte por seu intermédio que as escolas buscarão atribuir novos sentidos e produzir novas identidades culturais, auxiliando a conformar novos modelos de reação à realidade social contemporânea, inegavelmente multicultural (MOREIRA, 2001 p. 21).

Em seu livro “Currículo: políticas e práticas”, Moreira (1999) nos diz que somos

capazes de (re)contextualizar nossos conhecimentos em diferentes cenários. Seu saber mesmo

que especializado, pode ser mais bem caracterizado por uma orientação geral para as

estruturas de significado implicadas na noção do discurso crítico.

As instituições pesquisadas

As instituições que oferecem os cursos por nós pesquisados são:

CIDADE INSTITUIÇÃO SIGLA

ARAXÁ Centro Universitário do Planalto do Araxá UNIARAXÁ

PATOS DE MINAS Centro Universitário de Patos de Minas UNIPAM

PATROCÍNIO Centro Universitário do Cerrado – Patrocínio UNICERP

UBERABA

Universidade de Uberaba

Universidade Federal do Triangulo Mineiro

UNIUBE

UFTM

UBERLÂNDIA

Centro Universitário do Triangulo

Universidade Federal de Uberlândia

UNITRI

UFU

Quadro 13 – Instituições pesquisadas, elaborado pelo autor, 2012.

O projeto pedagógico da Faculdade Cidade de Coromandel – FCC, de Coramandel,

MG, não foi analisado porque a cidade não se inseria no critério de mais de 50.000 habitantes.

O projeto da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, de Uberlândia, MG, não foi

objeto de estudo porque seu projeto não estava disponibilizado na página da instituição.

As IES pesquisadas localizam-se em importantes cidades da Mesorregião. Iniciaremos

falando um pouco sobre cada uma delas que abrigam um ou mais cursos de Educação Física.

As cidades que abrigam as instituições que oferecem formação em educação física

Araxá

A tradição histórica de Araxá como centro nacional e internacional de lazer e a

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riqueza geográfica da região do Alto Paranaíba

e Portal da Canastra, com suas montanhas,

trilhas e cachoeiras, têm contribuído para o

crescimento do ecoturismo e das redes de

hotéis-fazenda no entorno. Entretanto, a

formação de recursos humanos para atuar no

campo de lazer não tem crescido na proporção

demandada pelo mercado de trabalho.

A bacia hidrográfica é formada pelos

rios Grande e Paraíba, que além de possibilitarem a umidade do clima da cidade, ainda são

responsáveis pela inclusão da cidade no Circuito das Águas de Minas Gerais. As

propriedades terapêuticas das águas medicinas atraem turistas de outros regiões e países.

No final da década de 60, vários produtores rurais, profissionais liberais e autoridades

constituídas, preocupados com o êxodo dos jovens para outras regiões em busca de cursos

superiores, reuniram-se para discutir o problema e desses encontros nasceu a ideia de se criar

uma Instituição de Ensino Superior em Araxá.

Em 1972, foi criada a Fundação Cultural de Araxá, e a Faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras de Araxá, primeira Unidade de Ensino Superior desta cidade, que teve sua

autorização de funcionamento concedida em1973.

Durante os anos 70 e 80, a FAFI de Araxá, como ficou conhecida, prestou

significativos serviços à cidade e municípios vizinhos, graduando professores. Em 2002, as

Faculdades Integradas do Alto Paranaíba - FIAP foram transformadas em Centro

Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ, o qual oferece 17 (dezessete) cursos

atualmente, entre eles o de Educação Física.

Patos de Minas

A cidade de Patos de Minas é líder da microrregião composta pelos municípios de

Arapuá, Carmo do Paranaíba, Guimarânia, Lagoa Formosa, Matutina, Rio Paranaíba, Santa

Rosa da Serra, São Gotardo e Tiros. A população do município é de 160 mil habitantes.

A cidade ganhou projeção nacional através da Festa Nacional do Milho realizada no

mês de maio, movimentando vários setores da economia. Patos de Minas ocupa uma posição

privilegiada no ranking das cidades mineiras.

Vários fatores contribuem para o crescimento econômico e social do município, entre

eles a localização estratégica, que liga a cidade a grandes centros comerciais como São Paulo,

Fig.1 - Centro Universitário do Planalto de Araxá –

UNIARAXÁ

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Uberlândia e Belo Horizonte, facilitando o

intercâmbio comercial.

A política de inserção regional, adotada

pelo UNIPAM, busca oferecer benefícios à

população residente na região, por meio de ações

implantadas e decorrentes dessa política, Patos de

Minas é polo educacional de uma região de

aproximadamente 500.000 habitantes, situada no

noroeste de Minas Gerais. A cidade recebe alunos

de diversos municípios, sendo responsável maior pela qualificação de recursos humanos. Nos

cursos da instituição, encontram-se matriculados alunos de diversas cidades de Minas Gerais,

sendo mais representativas as seguintes: João Pinheiro com 150 alunos; Pirapora com 260

alunos e Três Marias com 193 alunos. O curso de Educação Física é oferecido pelo Centro

Universitário de Patos de Minas

Patrocínio

O município teve o seu surgimento como

ponto de parada dos bandeirantes, que por lá

passavam, tendo como objetivos principais: ponto

de abastecimento de suas bandeiras e de

acomodação. Expedições estas formadas por

bandeirantes do século XVII que vinham das

regiões de São Paulo/Goiás, em busca de ouro e

índios.

Em se tratando especificamente da cidade, conta com duas instituições de ensino

superior para formar profissionais para atuarem junto a uma população, de 82.278 habitantes e

17.525 estudantes matriculados no ensino fundamental e médio. Esses alunos estão

distribuídos em 50 escolas, e há oferta de ensino fundamental e médio.

Uberaba

Localizada na região do Triângulo Mineiro, sua população, segundo estimativas do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de quase 300 000 habitantes (dados de 2010),

É a oitava mais populosa do estado e uma das cidades que mais crescem no Brasil, sendo

considerada uma cidade polo.

Fig. 2 Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Fig. 3 - Centro Universitário do Cerrado - Patrocínio - UNICERP

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É o segundo maior PIB agrícola de Minas Gerais

e reconhecida como a capital mundial do gado Zebu. A

atração de indústrias tem sido tentada pelas últimas

administrações, com bons resultados, através da criação

de três distritos industriais e estabelecimento de um

polo moveleiro, indústrias do setor de alimentação,

calçados e química.

Uberaba é reconhecida como polo educacional,

contando com 4 (quatro) universidades, um instituto federal e 14 (quatorze) faculdades

integradas, dotadas de infraestrutura adequada e que contam com centros de pesquisas e

extensão, oferecendo cursos superiores em todas as áreas. Tendo um total de

aproximadamente 15 mil alunos matriculados nas instituições de ensino superior pública e

privada da cidade.

A rede de ensino médio e fundamental se estende a: Federal (03), Estadual (39),

Municipal (49) e Particular (27)

com um total de 100 mil alunos

matriculados (IBGE 2010).

A Universidade Federal do

Triângulo Mineiro e a

Universidade de Uberaba

oferecem o curso de Educação

Física.

Uberlândia

A cidade localiza-se a oeste da capital do estado. Sua população, segundo estatísticas

IBGE de 2011, é de 611,903 habitantes, sendo o mais

populoso da região do Triângulo Mineiro, segundo mais

populoso de Minas Gerais, e o trigésimo do Brasil.

A cidade conta ainda com localização geográfica

privilegiada, já que, com a sua malha rodoviária, está ligada

aos grandes centros nacionais, como São Paulo, Rio de

Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília. Os maiores

centros econômicos do Brasil contam com Uberlândia como

Fig.4 – Universidade Federal do Triângulo

Mineiro - UFTM

Figura 5 - Universidade de Uberaba - UNIUBE

Fig. 6 – Universidade Federal de Uberlãndia

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ponto de ligação.

O setor terciário atualmente é a maior

fonte geradora do PIB uberlandense. A

indústria atualmente é o segundo setor mais

relevante para a economia uberlandense e a

agricultura é o menor. De todo o PIB da

cidade 271.271 mil reais é o valor adicionado

bruto da agropecuária.

Uberlândia conta com escolas em todas

as regiões do município. Devido à intensa

urbanização os poucos habitantes da zona

rural têm fácil acesso a escolas em bairros urbanos próximos. A cidade também conta 20

(vinte) instituições de ensino superior, sendo uma universidade federal, a Universidade

Federal de Uberlândia (UFU), tendo uma população universitária de aproximadamente

cinquenta mil estudantes.

A análise dos projetos

Para se avaliar o processo educativo (relação professor-aluno mediada por um projeto

pedagógico), González Gonzáles et al. (2004) delimitam três planos que correspondem a um

nível de análise: superestrutura (como se idealiza), estrutura (como é) e infraestrutura (que

condições há de trabalho).

Estrutura

Neste nível foram analisados: a organização curricular, a duração e a carga horária do

curso, a avaliação da aprendizagem; a interação teoria e prática; as práticas interdisciplinares;

as relações ensino, pesquisa e extensão; e as atividades complementares.

Organização Curricular

Nesta categoria de análise é possível encontrar muitas diferenças entre os PPP, dos

cursos averiguados, pois não obedecem a uma lógica metodológica de elaboração. Desta

forma, o trabalho realizado e os conteúdos utilizados diferenciam-se em cada instituição de

ensino, em função do espaço físico e dos interesses e necessidades do professor e dos alunos.

O PPP de licenciatura em Educação Física do UNICERP e os PPP da UNIUBE,

UNIARAXÁ tanto para licenciatura como para a graduação, procuram referenciar claramente

Fig. 7- Centro Universitário do Triângulo -

UNITRI

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as concepções de currículo adotado em seus cursos (quadros 9 e 10, apêndice B).

O PPP da UFU destaca que o currículo possibilitará a produção de conhecimento,

referenciando-se principalmente na cultura corporal do movimento humano e no

desenvolvimento científico da Educação Física, no que diz respeito às ciências do movimento

humano. Ainda, segundo o projeto, o currículo não deve estar presente somente no processo

de ensino-aprendizagem, mas também, nos programas de pesquisa e extensão universitária

Nos PPP da UNIUBE e UNIARAXÁ de licenciatura e graduação em Educação Física

(quadro 10, apêndice B), o currículo é concebido como um projeto educativo e de construção

humana, onde o homem é entendido como um ser indivisível, cabendo, então, a organização

curricular incluir práticas pedagógicas criativas, vinculadas aos campos de intervenção

profissional, que está baseado nos métodos e conceitos integrantes das ciências do movimento

humano.

Tomando as considerações a respeito de currículo apresentadas pelas IES, em seus

PPP, para os cursos de Educação Física, pode-se afirmar que ao currículo está afeito a

responsabilidade pela qualificação da formação profissional.

Retornando aos PPP em Educação Física das IES investigadas, constatou-se que eles

estão formulados de modo bastante diferentes. Os PPP da UFU e UNITRI (quadro 9, apêndice

B) apresentam os princípios utilizados na organização dos conteúdos curriculares para

atenderem as diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Educação Física,

constantes do Parecer CNE/CES 138/02, e são realizadas segundo os mesmos eixos:

dimensões biodinâmicas do movimento humano, dimensões comportamentais do movimento

humano, dimensões sócio-antropológicas do movimento humano, dimensões pedagógicas do

movimento humano, dimensões científico-tecnológicas do movimento humano, dimensões

das manifestações da cultura do movimento humano e dimensões técnico-funcionais aplicadas

ao movimento humano. Posteriormente é destacado o elenco de disciplinas, com a respectiva

carga horária, que compõem cada um dos eixos. Logo a seguir, é apresentado um rol das

disciplinas consideradas eletivas, ou seja, aquelas que o curso oferece e que cabe ao

acadêmico a obrigatoriedade de escolha. Finalmente, é apresentada uma periodização

sugerida das disciplinas e como estas ficariam dispostas, semestralmente, na matriz curricular.

Considerando a utilização de eixos na organização curricular, o eixo curricular

delimita o que a escola pretende explicar aos alunos e até onde a reflexão pedagógica se

realiza. A partir dele se delineia o quadro curricular, ou seja, a lista de disciplinas, matérias ou

atividades curriculares. Embora nos PPP da UNIUBE e UINARAXÁ (quadro 10, apêndice B)

seja observada a utilização de módulos comuns, na licenciatura e na graduação, é outra

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tendência na reestruturação curricular dos cursos de formação superior.

A organização curricular do PPP do UNIPAM (quadro 9, apêndice B), que abrange

simultaneamente as modalidades de graduação e licenciatura, também, apresenta semelhanças

com aquela apresentada nos cursos da UFU. Contudo, em seu projeto, o UNIPAM adota para

a distribuição e operacionalização das disciplinas, em vez de eixos, a terminologia práticas de

formação que, essencialmente, correspondem a estes últimos. Diferentemente dos cursos da

UFU e UFTM, a organização curricular das demais IES não apresenta disciplinas

consideradas eletivas e, sendo assim, todas as disciplinas constantes da matriz curricular

devem ser cursadas obrigatoriamente.

As matrizes curriculares das IES particulares estão organizadas de maneira que o

acadêmico possa cursar a graduação de forma harmônica, sem eventuais excessos de carga

horária ou de disciplinas consideradas pré-requisitos.

A partir destes cenários, pode-se conceber que a sequência e organização curricular

das IES, descritas em seus PPP, estão respaldadas pela legislação vigente.

A organização curricular proposta nos projetos contempla competências e habilidades,

como prevêem as Diretrizes Curriculares.

Duração e Carga horária

A carga horária mínima destinada à integralização curricular é considerada um dos

elementos referenciais na aprovação e legitimação dos cursos de graduação. Pode-se, também,

presumir que uma carga horária superior à mínima exigida, implicaria melhoria na qualidade

do curso oferecido, pois, desta forma, poder-se-ia destinar um maior tempo a disciplinas

consideradas relevantes no currículo bem como favoreceria a oferta de outras disciplinas não

contempladas na matriz curricular.

Nos projetos políticos pedagógicos analisados verificam-se diferenças nas cargas

horárias apresentadas para a integralização curricular dos cursos de Educação Física. O curso

da UFU (contendo as duas formações) e UNIPAM (duas formações) são os de maior carga

horária, totalizando 4250 horas e 4160 horas respectivamente, mas a carga horária do

UNICERP também se destaca, pois é de 3366 horas para a licenciatura, com formação em

quatro anos (quadro 9, apêndice B),

São obedecidos os 200 (duzentos) dias letivos/ano dispostos na LDB e a carga horária

prevista é integralizada em no mínimo três anos letivos. Dessa forma, pode-se- entender que

todas as IES estão de acordo com as exigências legais de carga horária mínima para o

cumprimento da integralização curricular.

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Em relação aos cursos das federais UFTM e UFU, observamos uma igualdade no

prazo de conclusão dos mesmos, quatro anos e meio, embora a UFTM tenha só a graduação

com 3840 horas e a UFU, as duas formações. Mesmo não tendo um indicador exclusivo ou

definitivo, podemos considerar que a carga horária maior nos cursos, está condicionada, a

uma maior preocupação com a formação profissional.

Nos cursos que apresentam dois projetos separados, caso da UNIUBE e UNIARAXÁ

na licenciatura da UNIUBE, a carga horária indicada para a integralização curricular é de

3.020 horas/aula com duração de três anos, enquanto que na licenciatura do UNIARAXÁ são

observadas 3.300 horas/aula com integralização em quatro anos (quadro 10, apêndice B).

A carga horária, para a licenciatura, de acordo com a resolução para tais cursos será

efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2.800 (duas mil e oitocentas) horas, nas

quais a articulação teoria-prática seja garantida nos PPP. Enquanto para a graduação, indica

uma carga horária mínima de 3.200 horas.

Entre os cursos de licenciatura em Educação Física estudados, o da UNIUBE é aquele

que apresenta o prazo mínimo legal para conclusão, ou seja, três anos (seis semestres letivos).

As licenciaturas do UNICERP e do UNIARAXÁ (quadro 9, 10, apêndice B) são concluídas,

igualmente, em quatros anos (oito semestres letivos). Dessa forma, é possível afirmar que as

licenciaturas analisadas estão em compatibilidade com a legislação vigente.

Em relação a graduação em Educação Física, também se observa uma igualdade no

prazo de conclusão dos cursos da UFU e da UFTM. Ambos são concluídos em quatro anos e

meio (nove semestres letivos), embora a graduação da UFU tenha uma carga horária superior

de integralização (quadro 9, apêndice B).

Diferentemente dos demais Cursos analisados e, não poderia ser diferente, a graduação

em Educação Física da UFU, que contempla as modalidades de licenciatura e graduação, é

aquela que apresenta o maior prazo de conclusão, totalizando quatros anos e meio (nove

semestres). Como já fora destacado na abordagem da carga horária, pode se entender que este

prazo de conclusão seja um tanto reduzido, pois o curso, ao se propor formar o licenciado e o

graduado, concomitantemente, em princípio, se comparado com os demais, que graduam em

apenas uma modalidade, deveria abranger um maior período para a sua conclusão. Vale

ressaltar, entretanto, que, em suas indicações legais, o MEC orienta para que seja evitado o

prolongamento desnecessário na duração dos cursos de graduação.

Avaliação da aprendizagem

Ao pensar a avaliação, devemos pensar todo o processo educativo, pois além de

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acompanhar a trajetória do aluno pelo currículo escolar, a avaliação serviria para expressar os

juízos e decisões tomados pelos professores durante o processo de ensino-aprendizagem. A

avaliação deve ser parte integrante do processo de formação, possibilitando o diagnóstico de

lacunas e aferição dos resultados alcançados consideradas as competências a serem

constituídas e a identificação das mudanças de percurso eventualmente necessárias, devendo

ter como finalidade a orientação do trabalho dos formadores, a autonomia dos futuros

professores em relação ao seu processo de aprendizagem e a qualificação dos profissionais

com condições de iniciar a carreira.

Em todos os projetos de cursos analisados, a avaliação do processo ensino-

aprendizagem está subordinada aos dispositivos regulamentares inerentes a cada IES, sendo,

basicamente, realizada pelo domínio de conteúdos e pelas experiências por disciplina,

abrangendo aspectos de frequência e aproveitamento.

Para a UFTM, a avaliação é entendida como o elemento culminante do processo-

ensino aprendizagem, cabendo a ela verificar a efetividade deste processo. A avaliação é o

testemunho legítimo para a promoção acadêmica, ou seja, a sua realização deverá ser

periódica, sendo aplicada nas diversas etapas da formação profissional. Ressalta-se,

entretanto, que a utilização de instrumentos e estratégias inadequadas pode comprometer os

resultados finais da avaliação (quando 9, apêndice B).

Para a UNIUBE, a avaliação é concebida como uma atividade formativa tanto para o

professor quanto para o aluno como finalidade para proporcionar o feedback para ambos. Já o

UNIARAXÁ e a UFU concebem avaliação no seu sentido formativo e dialógico, coerente

com os paradigmas de ensinar e aprender adotados pela IES e professores. Para o UNIPAM

apresenta um regimento geral que regulamenta o processo de ensino-aprendizagem, a questão

da freqüência às atividades formativas e os sistemas de recuperação. No UNITRI, em seu

PPP, não apresenta como será esta avaliação (quando 9, apêndice B).

No UNICERP é consenso que as avaliações escritas sejam valorizadas em 70% da

nota bimestral e os outros 30% em outras formas de avaliações, como práticas de laboratório,

apresentação de relatórios, seminários, dentre outros (quando 9, apêndice B).

Interação teoria e prática

Para a UNIUBE são privilegiadas as estratégias metodológicas que incentivem a

participação, diálogo e intercâmbio de experiências entre os sujeitos envolvidos no processo

educativo. Para o UNIARAXÁ as aulas expositivas serão dialógicas no sentido de produção

do conhecimento cientifico e aplicação deste na prática pedagógica, no estágio e trabalho de

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conclusão de curso. Observamos ainda que para as duas IES anteriormente citadas conserve

os princípios tanto para a licenciatura como para a graduação (quadro 10, apêndice B).

Propondo um currículo que possa contribuir para a inovação e a qualidade do ensino,

com atividades que integram o saber acadêmico à prática profissional, é objetivo do curso do

UNITRI. Estudos teóricos relativos aos diferentes conteúdos se constituem em ferramentas

para intervenção docente, no processo de formação profissional da UFU. Já o UNICERP

apresenta uma parte prática para demonstrar e fixar a teoria e estimular as pesquisas. O

UNIPAM adota dispositivos que viabilizem a relação teoria e prática por meio de avaliação

permanente, requerendo olhares e práticas atuais, recusando reprodução estéril de fórmulas e

de modelos do dinamismo do cotidiano escolar.

Práticas interdisciplinares

Os projetos político-pedagógicos da UFU, UNIPAM, UNITRI e UNICERP não

apresentam de forma clara e detalhada como serão suas práticas interdisciplinares (quadro 9,

apêndice B).

No PPP da UFTM, ela está explicita nos princípios e nas atividades complementares

quando se constituem como um componente curricular e que tem como objetivo promover a

ampliação do processo ensino-aprendizagem da área do conhecimento. A

interdisciplinaridade é a característica fundamental das atividades complementares devendo

ampliar e integrá-lo aos conhecimentos assimilados a sua autonomia acadêmico-profissional.

Nesse sentido, o UNIARAXÁ, contempla o entendimento da pesquisa e da extensão

como práticas articuladoras e indissociáveis do ensino, através dos projetos de iniciação

científica. A UNIUBE se organiza em torno dos eixos temáticos, articulando os

conhecimentos, representados pelo eixo “o desenvolvimento humano e os contextos da

aprendizagem” com uma parte comum à formação de professores.

Relação ensino, pesquisa e extensão

Propiciando uma interrelação da IES com a comunidade, o UNIARAXÁ propõe

atividades na busca permanente da produção, divulgação e utilização do conhecimento; com o

desenvolvimento do espírito crítico e com o despertar de interesse e gosto pela pesquisa

científica.

As atividades multidisciplinares e os projetos integrados são as proposições da

UNIUBE. Já UNIPAM, UNITRI e UNICERP não contemplam esses princípios nos projetos

analisados. Para a UFU e UFTM, o princípio da indissociabilidade entre pesquisa, ensino e

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extensão é assegurado mediante o envolvimento dos professores e aluno nos projetos de

iniciação cientifica, monitoria, atividades complementares, de extensão com participação em

grupo ou individual.

Atividades Complementares

Cabe às IES promover, sistematicamente, eventos e atividades que propiciem a

realização de atividades complementares do curso, bem como manter convênios com

entidades que possam permitir a sua realização. Destaca-se, porém, que as IES devem

apresentar certa prudência no estabelecimento da carga horária das atividades

complementares para integralização curricular, pois, muitos graduandos possuem atribuições

em diversos segmentos do mercado de trabalho, o que não os permite disponibilidade de

tempo para efetivar este compromisso acadêmico.

Os projetos investigados da UFTM, UNITRI e UNIUBE (graduação) determinam,

igualmente, 240 horas, sendo as demais 200 horas para as atividades complementares de

graduação, cabendo aos colegiados de curso estabelecerem as normas para o seu

cumprimento. Observamos que as atividades complementares da UFU e do UNICERP

observam as mesmas modalidades assim descritas: atividades vinculadas ao ensino; atividades

vinculadas à pesquisa; atividades vinculadas à extensão; atividades vinculadas à representação

estudantil. O UNIARAXÁ e o UNIPAM não mencionam as atividades complementares.

A superestrutura

Em relação a esse nível, são analisados os princípios, os objetivos; o perfil do egresso,

o fundamento legal, as áreas de atuação para o egresso; a gestão acadêmica administrativa; e a

contextualização local ou regional.

Princípios (quadro 11, 12, apêndice B)

Pautando-se pelo caráter integrador do conhecimento como pilar da formação, a base

do processo ensino-aprendizagem, o UNIPAM considera o equilíbrio entre a formação do

cidadão e a formação profissional numa perspectiva pluralista, integradora e dialógica na

concretização do seu projeto educacional. Proporcionar uma compreensão do papel social e

político da escola, o UNICERP entende os níveis escolares como contínuos e articulados para

o desenvolvimento do individuo como meio de transformação necessária da sociedade.

Trazido pela ação-reflexão-ação, apontando para a resolução de situações problemas

como estratégias didáticas, a UFTM, UNIUBE e a UFU incluem as dimensões éticas e

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humanísticas como capazes de imprimir identidade e orientação às ações educativas, além de

rigor histórico e metodológico no processo de elaboração e socialização dos conhecimentos.

Nas diferentes dimensões e visões de homem, de mundo e de sociedade refletem a

forma de organização sócio-politico-econômico e cultural sustentado pelo conjunto de

conhecimentos historicamente produzidos à formação do profissional de educação física

legitima os princípios da UNITRI.

Para o UNIARAXÁ a formação integral do ser humano privilegiando a participação

do aluno através da criatividade, deve levá-lo a aprender a aprender e ter iniciativa na busca

de informações, numa formação multi e interdisciplinar integrada à pesquisa e extensão.

Objetivos (quadro 11, 12, apêndice B)

Os objetivos determinam quais são os propósitos a serem atingidos em um projeto,

convertendo-se em meta a ser conquistada um fim a ser alcançado.

Em relação ao objetivo geral, apresentado nos projetos políticos pedagógicos,

constata-se apenas na licenciatura, o propósito de formar professores para atuar no

componente curricular de Educação Física da educação básica. Vale destacar que a

licenciatura deve possuir terminalidade e integralidade própria em relação à graduação,

constituindo-se em um projeto político pedagógico e com currículo próprio.

No que diz respeito ao objetivo geral proposto para os Cursos de Graduação em

Educação Física, podemos observar algumas diferenças. A primeira, de caráter metodológico,

pode ser observada no quadro 12, apêndice B do curso de graduação da UNIUBE onde são

apresentados os objetivos, pois o mesmo conserva os princípios da licenciatura e faz a

complementação.

Ainda em relação ao objetivo geral, apresentado nos projetos pedagógicos, constata-se

que na licenciatura do UNICERP, UNIARAXÁ e UFU o propósito é de formar professores

para atuar no componente curricular de Educação Física da educação básica. No projeto do

UNITRI esta intenção não fica evidenciada.

Outro elemento a ser destacado no objetivo geral dos cursos analisados é o objetivo

apresentado para o curso da UFTM e o proposto pelo CONFEF como área de atuação sendo

muito semelhantes.

Ainda de acordo com a UFU e o UNIPAM preparando profissionais pluralistas de

formação abrangente com forte embasamento humanístico e aprofundamento técnico, seja no

campo da docência em espaços formais de ensino, ou no campo de intervenção profissional.

Para a UNITRI, UNIARAXÁ (graduação) o processo de (re)elaboração dos conhecimentos,

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na especificidade de sua ação educativa, e sua aplicação na busca da transformação social,

cultural e pedagógica estão entre seus principais objetivos.

Perfil do egresso

Entendemos que a definição do perfil profissional deve estar atrelada a uma

terminalidade estabelecida pelos cursos da área, ou seja, cabe a estes a escolha de um ou

mesmo dois campos sociais, como nos casos da UNIUBE, UFU, UNIPAM e UNIARAXÁ,

que teriam a responsabilidade de nortear as atividades de formação profissional,

possibilitando às IES, que definam no seu projeto político pedagógico a opção por um ou

mais núcleos temáticos de aprofundamento, articulando as unidades de conhecimento e de

experiências que o caracterizam.

Ao transitar em diferentes ambientes, o profissional incorpora atitudes, procedimentos

e conceitos que o influenciarão diretamente na sua identidade profissional. A formação

superior por si só não garante a identidade profissional, pois ela não se constrói de forma

isolada ou descontextualizada. Dentre as apresentadas estão: tomada de decisão,

comunicação, liderança, planejamento, supervisão e gerenciamento e educação continuada. A

não observância de uma dessas competências influenciará diretamente na qualidade das

intervenções do profissional, podendo em alguns casos impossibilitá-lo de atuar.

Ressalta-se que o papel do professor de Educação Física não consiste em somente

ensinar esportes, jogos e recreação, cabendo-lhe também a preocupação de oferecer os

conhecimentos sobre os benefícios da atividade motora regular, para que as pessoas, após a

vida escolar, a adotem em seu estilo de vida.

No Projeto do UNICERP, o professor caracteriza-se por ser um profissional com

conhecimentos e habilidades próprias para exercer o trabalho educativo. Possui um saber

técnico relacionado à sua área de conhecimento e um saber pedagógico para transformar o

conhecimento de sua área em conhecimento escolar.

Nos PPP da UNIUBE e UNIARAXÁ, embora o perfil profissional desejado esteja

bastante claro tanto para a licenciatura como para a graduação, apontam-se certas

incongruências entre ambos por serem, no caso, pertencentes à mesma instituição formadora.

Para a graduação é indicado que o profissional possua uma formação generalista,

humanística e crítica tendo como base o rigor científico, na reflexão filosófica e na conduta

eticamente responsável.

Em sua licenciatura a UNIUBE e UNIARAXÁ propõem o exercício profissional na

educação básica e destacam o domínio de teorias e de processos pedagógicos de ensino-

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aprendizagem, bem como o domínio de teorias do desenvolvimento dos indivíduos em idade

escolar.

Dessa forma, não é legítimo que a formação humanística e crítica, baseada no rigor

científico, indicada no perfil profissional desejado para a Graduação, esteja teoricamente

ausente na Licenciatura. Da mesma forma, entende-se que numa graduação devem-se dominar

teorias e processos pedagógicos de ensino-aprendizagem bem como as teorias de

desenvolvimento dos indivíduos. Não é aceitável, também, que a conduta eticamente

responsável esteja preconizada apenas para perfil profissional da graduação.

Ao tratar do perfil profissional desejado para a sua licenciatura, a UNICERP em seu

PPP, tendo-o definido quando aprovou o objetivo geral de seu curso, aponta para a formação

de professores para ministrar aulas na educação básica, bem como deverá ser o professor

generalista, humanista, [...] como destacado na Resolução CNE/CES 7/04.

Embora a iniciativa de explicitar claramente nos PPP, o perfil profissional desejado

para a licenciatura ou graduação em Educação Física seja uma exigência legal e, ao mesmo

tempo, uma necessidade definidora de objetivos, entende-se que procedimento torna-se

complexo dentro de contexto sócio-profissional.

A competência atenção à saúde manifesta-se profissionalmente na aptidão em

desenvolver ações de prevenção, reabilitação, promoção e proteção da saúde. A Educação

Física ao ser enquadrada como um curso da área da saúde na UFTM buscou, por meio desta

competência, aumentar o seu espaço de intervenção profissional, principalmente pautando

suas atividades no campo da prevenção, bem como na promoção da saúde, como visto no

projeto da UFTM. Esta tendência dominante relacionada à saúde, historicamente, sempre

esteve presente na Educação Física em suas questões pedagógicas, especialmente, pelas

influências que esta recebeu das instâncias governamentais do país, como já se manifestava

desde o início, a preocupação com as questões relacionadas à saúde, à higiene e aos corpos

dos indivíduos.

A atenção à educação está mais voltada para o âmbito escolar, como demonstra o

UNICERP, e o trabalho dos profissionais deve nortear a cidadania como eixo da Educação

Física, operando com princípios da inclusão social e de temas transversais. A inclusão social é

um dos grandes apelos observados na sociedade, o que acaba permitindo, por consequência, a

Educação Física realizar inúmeros eventos, especialmente os de caráter não competitivo, que

objetivam a participação coletiva, sem levar em consideração aspectos de caráter técnico,

fortemente presentes no esporte de competição.

Percebe-se que o perfil desejado, nos projetos político-pedagógicos, mostra uma

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estreita relação com o objetivo geral desejado estipulado para o mesmo, em alguns casos

chegando a se confundir com o mesmo.

Fundamento legal

Se olharmos para a legislação do UNITRI, UNIPAM, UNIARAXÁ (licenciatura e

graduação) e UNIUBE (licenciatura) estas se baseiam nas mesmas resoluções CNE/CP 1 e 2

de 2002 e CNE/CES 7/04 tanto para licenciatura quanto para a graduação, sendo que a

UNIUBE (graduação) acrescenta a Resolução CNE/CES 58/04 (quadros 11, 12, apêndice B).

A licenciatura do UNICERP cita apenas a Resolução CNE/CES 58/04, que também

aparece na UFU juntamente com a Resolução CNE/CES 7/04, Parecer CNE/CES 138/02,

Resolução 03/05 do CONGRAD/UFU do conselho universitário. A UFTM segue a legislação

específica para a formação de graduação, juntamente com a Resolução 046/02 do CONFEF,

complementado pelo parecer CNS 218/97 que reconhece os profissionais de educação física

como profissionais de saúde, acrescido da Resolução CNE/CES 4/09 que dispõe sobre carga

horária mínima e procedimentos relativos a integralização e duração dos cursos de graduação.

Área de atuação (quadro 11, 12, apêndice B)

O projeto da UFTM deixa muito claro a área que tem por campo de atuação:

academias, centro de reabilitação, programa social da família, núcleo de apóio social da

família, associação de pais e amigos dos excepcionais, empresas e em outros ambientes

educacionais desde que não seja a escola.

Para a UFU e o UNIPAM o profissional poderá atuar de forma competente no ensino,

pesquisa, nas diferentes equipes multiprofissionais, saúde e esporte, participar ativamente das

estruturas deliberativas e consultivas do sistema de educação, esporte e saúde. Não foi

mencionada a área de atuação no projeto do UNITRI.

Na UNIUBE, a área de atuação da licenciatura e graduação é a mesma, tendo como

objeto de estudo o movimento humano, com foco nas diferentes formas e modalidades de

exercício físico, da ginástica, do jogo, da dança, nas perspectivas da prevenção de problemas

de agravo à saúde, promoção, proteção e reabilitação da saúde, lazer e gestão de

empreendimentos relacionados a atividades físicas.

É interessante notar que o UNIARAXÁ deixa claro que a área de atuação tem campos

distintos, mas não faz o mesmo nos objetivos, princípios e perfil desejado. Para a licenciatura

ela diz: são em instituições públicas e privadas de educação em seus três níveis, para a

graduação,

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O campo de atuação ainda gera muitas dúvidas para os gestores dos cursos,

principalmente na hora da caracterização.

Gestão Acadêmica

Para os cursos da UFU, UNITRI, UNICERP e UNIARAXÁ, a gestão não é

contemplada em seus respectivos projetos.

A administração acadêmica exercida pelo colegiado é apresentada pelas instituições

UFTM, UNIUBE e UNIPAM, essa última ainda conta com o núcleo docente estruturante,

para acompanhamento, processo de concepção e contínua atualização do projeto político-

pedagógico do curso (quadro 11,12, apêndice B).

Contexto educacional

Nos projetos da UFU, UNITRI, UNIUBE e UNIARAXÁ (licenciatura) não consta o

contexto em que está inserida a referida instituição.

Pela localização estratégica do ponto de vista geoeconômico, a UFTM diz em seu

projeto,

[...] Pelo fato de a cidade em constante desenvolvimento e conseqüentemente em expansão demográfica faz-se necessária a ampliação dos cursos nas várias áreas do saber, fundamentalmente no que diz respeito ao ensino superior. Dessa forma a implantação de um curso de Educação Física contemplando a formação do bacharel irá atenderá à demanda emergente da população estudantil da cidade e da região que a caracteriza como cidade pólo, além de, atendera à demanda de todo o território nacional (UFTM, 2012, p.28).

Em se tratando dos projetos do UNIPAM e do UNICERP, essas instituições abrangem

uma população regional composta por vários municípios. Na tentativa de atender essa

demanda, oferecem benefícios à população residente na região, por meio de ações

implantadas e pela qualificação de recursos humanos para a sociedade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fomentado por prerrogativas da legislação assiste-se hoje, em grande parte do

território nacional, um aumento desenfreado de cursos superiores de Educação Física. As

modalidades de licenciatura e ou graduação são aquelas que dominam nas graduações

universitárias. Esta polarização envolvendo uma separação acentuada entre licenciatura e

graduação para os cursos de Educação Física passa a ser um dos grandes entraves da

formação acadêmica, redundando em dilemas e confrontos para os profissionais dessa área.

Pode-se constatar de acordo com Moreira (2001), que a autonomia e flexibilidade para

a organização de uma proposta curricular pode conduzir à perda de um núcleo identificador

da área que estaria operando dentro de uma base de identidade para a formação e uma parte

diversificada para à profissionalização.

Como decorrência dessa interpretação, muitos currículos, que propunham as

formações separadas de graduação e de licenciatura, acabam realizando uma formação de

“dois em um” conferindo os títulos em formação concomitante, formação esta que pode ser

considerada ilegal. A alteração e adequação das matrizes curriculares, para atender as

prerrogativas legais, parecem estar, ainda, longe de certas unanimidades, ou seja, a autonomia

conferida às universidades para elaboração de seus currículos acaba resultando numa grande

mistura de disciplinas e conteúdos, que passa a dificultar o pleno entendimento sobre as reais

competências do profissional de Educação Física.

A definição dos conhecimentos voltados para fins de orientar a formação profissional

é um grande obstáculo que, para ser superado, requer um planejamento adequado, onde a

programação e a avaliação deve ser constantemente verificadas. Independentemente da forma

de graduação a ser proposta pela instituição universitária, graduação ou licenciatura em

Educação Física, é preciso que sejam estabelecidos verdadeiros elos entre os conhecimentos

abordados com a prática a ser exercida. Entretanto, não basta apenas reunir certo número de

disciplinas, torna-se imprescindível, também, que se tenha um corpo docente qualificado,

comprometido em oferecer subsídios que possam nortear a atuação do futuro profissional.

Há, em relação à(s) modalidade(s) de graduação em Educação Física um grande

desafio a ser superado que resultará em grandes debates e polêmicas acadêmicas ou até

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mesmo de ordem legislativa, porém, torna-se premente que sejam claramente definidas as

atribuições e competências daqueles que fazem uso da educação física enquanto atividade

profissional.

Fica claro, portanto, que os diferentes cenários que assinalam a trajetória histórica da

Educação Física bem como os seus pressupostos legislativos contribuem decisivamente para

definir o perfil do profissional a ser graduado pelas instituições de nível superior. No plano da

organização acadêmica da área, segundo Bracht (1999, p.23), existem poucas possibilidades

da manutenção de uma unidade no sentido de se construir um objeto que reúna todas as

diferentes áreas que se relaciona mais fortemente com a Educação Física.

Entretanto, cabe aos projetos pedagógicos definir, em todas as suas instâncias, as

concepções e orientações para a formação do profissional desejada. Sendo assim, conhecer e

analisar os projetos pedagógicos através de suas fundamentações e sistematizações parece ser

a forma mais apropriada para que se possa obter, com maior clareza, elementos sobre a

formação do profissional em Educação Física.

Para Tojal (2003), é importante que as universidades tenham a preocupação de

preparar os formandos para múltiplas funções e não mais pensarem somente em formação

especializada. Considera também que é necessário que o profissional se preocupe com a

preparação continuada, estudando e participando sempre de aperfeiçoamentos, facilitando

assim a sua empregabilidade através de um leque maior de conhecimentos.

Alerta esse autor que, os dirigentes universitários, precisam estar atento ás questões de

envolvimento de profissionais com o mercado de trabalho, visando ao atendimento por

profissionais qualificados, frente à sociedade, que busca através da atuação dessa categoria, a

melhoria da qualidade de vida, mas que nem sempre essa clientela se vê atendida com

qualidade. Cita alguns exemplos de atividades dentro da mesma área: programas de atividades

recreativas em hotéis, orientadores de lazer físico desportivo, qualidade de vida em empresas,

parques, clubes, condomínios, academias.

Contudo é necessário que se entenda que a sociedade espera que a categoria

profissional de Educação Física dê sua resposta, que se apresente de forma ética e

profissional, oferecendo sempre a melhor qualidade de serviços.

A Educação Física é uma profissão que precisa de profissionais com formação

científica, tecnológica, pedagógica e ética, e que passem constantemente por programas de

desenvolvimento, pois só assim poderão estar contribuir para a melhoria da qualidade de vida

da sociedade.

Da leitura da legislação específica, pudemos identificar uma similaridade, e algumas

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vezes repetições, demonstrando que os princípios e as finalidades são comuns. Analisar os

projetos pedagógicos possibilitou-nos identificar concepções de formação, assim como os

intuitos das ações pedagógicas. Ainda que seja plausível descrever a identidade dos cursos

investigados, trata-se exclusivamente de uma identidade conceitual. Mas o estudo de

documentos escritos ainda é útil porque são fontes empíricas para adensar o conhecimento,

sendo componentes culturais que anunciam as intenções de um contexto institucional e social.

Quanto às aproximações e aos distanciamentos entre os projetos pedagógicos e a

legislação específica, observamos que todos os projetos propõem uma organização curricular

a partir da definição de competências e habilidades, conforme definido nas diretrizes

curriculares; todos atendem as definições legais quanto à duração e carga horária do curso;

apenas o projeto do UNITRI não faz relação ao processo de avaliação, enquanto todos os

outros explicitam a mesma concepção da legislação em vigor. As relações teoria e prática são

propostas por todas as IES, exceto a UNIUBE em seu curso de licenciatura, assim como as

práticas interdisciplinares são definidas apenas no projeto da UFTM. Os projetos pedagógicos

conservam a preocupação legal quanto às relações ensino-pesquisa e extensão, excluindo

UNIPAM, UNITRI e UNICERP. Todos atentam para a explicitação da área de atuação, muito

bem detalhada na Resolução CONFEF 046/02. Finalmente, apenas UFU, UNIPAM e UNITRI

apresentam um projeto pedagógico único para as formações em licenciatura e graduação,

contrariando o que prevê a legislação que propõe dois projetos distintos.

As diversas tendências que se propagam dentro da área da Educação Física também

dificultam a determinação de objetivos únicos para o campo de intervenção profissional. As

IES, em suas políticas para a formação continuada, poderiam ofertar cursos de pós-graduação

em áreas especializadas, as quais levariam em consideração as exigências pontuais clamadas

pela sociedade, no que diz respeito à intervenção profissional em Educação Física.

Esta dissertação apresenta algumas limitações como: maior intensidade de análise,

complementação com dados empíricos sobre a infraestrutura para verificar como se realiza a

prática proposta, como são utilizados os recursos pedagógicos (e quais existem) e as

condições de trabalho — aspectos que poderão ser pesquisados em estudos posteriores, com

maior amplitude de tempo do que os cursos de mestrado oferecem. Ainda assim, acreditamos

que este trabalho poderá contribuir para as discussões e definições sobre a identidade do

profissional de Educação Física e sua formação, assim como para os debates sobre as

concepções e práticas de enraizamento escolar.

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Page 84: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

83

APÊNDICE A

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 1987-2011

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84

Qua

dro

2 –

Pri

ncíp

ios

da le

gisl

ação

esp

ecíf

ica

refe

rent

e ao

s C

urso

s de

Edu

caçã

o F

ísic

a –

1987

-200

3

Par

ecer

215

/87

CN

E/C

ES

11

mar

. 87

Ree

stru

tura

ção

dos

curs

os d

e gr

adua

ção

em E

duca

ção

Fís

ica,

mín

imos

de

dura

ção

e co

nteú

dos.

Res

oluç

ão

03/8

7 C

NE

/CE

S 11

mar

. 87

Fix

a os

m

ínim

os d

e co

nteú

do

e du

raçã

o do

s cu

rsos

de

gr

adua

ção

em

EF

(L

icen

ciat

u-r

a e/

ou

Bac

hare

lad

o)

Lei

93

94/9

6 P

resi

dênc

ia 2

0 de

z.

96

Est

abel

ece

as

dire

triz

es e

bas

es d

a ed

ucaç

ão n

acio

nal

Lei

96

96/9

8 P

resi

dênc

ia

01 s

et. 9

8 R

egul

amen

taçã

o da

P

rofi

ssão

de

E

duca

ção

Fís

ica

e cr

ia

os

resp

ecti

vos

Con

selh

o F

eder

al

e R

egio

nais

de

EF

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

07de

z.

99

For

maç

ão e

m n

ível

su

peri

or

de

prof

esso

res

para

at

uar

na

educ

ação

sica

Par

ecer

58

3/01

C

NE

/CE

S 04

abr

. 01

Ori

enta

ção

para

as

di

retr

izes

cu

rric

ular

es

dos

curs

os d

e gr

adua

ção

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P

08

mai

. 01

Dir

etri

zes

curr

icul

ares

na

cion

ais

para

a

form

ação

de

pr

ofes

sore

s da

ed

ucaç

ão b

ásic

a,

lice

ncia

tura

, gr

adua

ção

plen

a.

Res

oluç

ão

01/0

2 C

NE

/CP

18

fev.

02

Inst

itui

a d

uraç

ão e

a

carg

a ho

rári

a do

s cu

rsos

de

li

cenc

iatu

ra,

de

grad

uaçã

o pl

ena,

fo

rmaç

ão

de

prof

esso

res

da

educ

ação

bás

ica

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Dir

etri

zes

curr

icul

a-re

s na

cio-

nais

par

a a

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de

pr

ofes

-so

res

da

educ

ação

sica

, li

cenc

iatu

-ra

, gr

adua

-çã

o pl

ena.

Par

ecer

13

8/02

C

NE

/CE

S 03

abr

. 02

Dir

etri

zes

curr

icul

are

s na

cion

ais

do

curs

o de

gr

adua

ção

em

Edu

caçã

o F

ísic

a

Ser

ia

impr

esci

ndív

el

a m

anut

ençã

o da

li

nha

de

auto

nom

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e fl

exib

ilid

ade

cont

ida

ness

a pr

opos

ta,

o qu

e po

ssib

ilit

aria

a

cada

in

stit

uiçã

o el

abor

ar

seu

próp

rio

curr

ícul

o co

m

ampl

a li

berd

ade

para

aj

usta

r-se

, nu

ma

ótic

a re

alis

ta,

às

pecu

liar

idad

es

regi

onai

s, a

o se

u co

ntex

to

inst

ituc

iona

l e

às

cara

cter

ísti

cas,

int

eres

ses

e ne

cess

idad

es

de

sua

com

unid

ade

esco

lar,

qu

er

no p

lano

doc

ente

, qu

er n

o di

scen

te.

[...]

A

fo

rmaç

ão

prof

issi

onal

har

mon

izar

-se-

ia à

nec

essá

ria

unid

ade

dos

prin

cípi

os

filo

sófi

cos

e ed

ucac

iona

is

da

Edu

caçã

o F

ísic

a na

cion

al,

com

os

in

tere

sses

, ne

cess

idad

es

e

A

rt.

O

ensi

no

será

m

inis

trad

o co

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base

no

s se

guin

tes

prin

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os:I

-

igua

ldad

e de

co

ndiç

ões

para

o

aces

so

e pe

rman

ênci

a na

es

cola

;II

- li

berd

ade

de

apre

nder

, en

sina

r,

pesq

uisa

r e

divu

lgar

a c

ultu

ra,

o pe

nsam

ento

, a

arte

e o

sab

er; I

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pl

ural

ism

o de

id

eias

e

de

conc

epçõ

es

peda

gógi

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- re

spei

to

à li

berd

ade

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reço

à

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rânc

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V

-

[...]

I-

com

pati

bili

dade

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m

a et

apa

da

educ

ação

sica

em

que

atu

arão

os

grad

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s;II

-po

ssib

ilid

ade

de

com

plem

enta

ção

de

estu

dos,

de

m

odo

a pe

rmit

ir

aos

grad

uado

s a

atua

ção

em

outr

a et

apa

da e

duca

ção

bási

ca;I

II-

for

maç

ão

bási

ca

com

um,

com

co

ncep

ção

curr

icul

ar

inte

grad

a,

de

mod

o a

asse

gura

r as

esp

ecif

icid

ades

do

tr

abal

ho

do

prof

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r [.

..];I

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Ass

egur

ar

às

inst

itui

ções

de

ensi

no

supe

rior

am

pla

libe

rdad

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co

mpo

siçã

o da

ca

rga

horá

ria

a se

r cu

mpr

ida

para

a

inte

gral

izaç

ão

dos

curr

ícul

os,

assi

m

com

o na

esp

ecif

icaç

ão

das

unid

ades

de

es

tudo

s a

sere

m

min

istr

adas

; Ind

icar

os

tópi

cos

ou c

ampo

s de

es

tudo

e

dem

ais

expe

riên

cias

de

en

sino

-apr

endi

zage

m

que

com

porã

o os

cu

rríc

ulos

, ev

itan

do

ao m

áxim

o a

fixa

ção

de

cont

eúdo

s es

pecí

fico

s co

m

carg

as

horá

rias

pr

é-de

term

inad

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[...]

a f

orm

ação

do

cent

e [d

eve

ser]

ag

ente

de

cr

ític

a da

vis

ão

trad

icio

nal

de

prof

esso

r co

mo

algu

ém q

ue s

e qu

alif

ica

unic

amen

te p

or

seus

do

tes

pess

oais

de

se

nsib

ilid

ade,

pa

ciên

cia

e go

sto

no

trat

o co

m

[os

alun

os].

[...]

. P

ropi

ciar

lida

fo

rmaç

ão

prof

issi

onal

[.

..].É

im

pres

cind

ível

qu

e ha

ja

Art

. 3º

A f

orm

ação

de

pro

fess

ores

que

at

uarã

o na

s di

fere

ntes

eta

pas

e m

odal

idad

es

da

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sica

ob

serv

ará

prin

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os

nort

eado

res

dess

e pr

epar

o pa

ra

o ex

ercí

cio

prof

issi

onal

es

pecí

fico

, qu

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nsid

erem

: I

- a

com

petê

ncia

com

o co

ncep

ção

nucl

ear

na

orie

ntaç

ão

do

curs

o;

II

- a

--co

erên

cia

entr

e a

form

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of

erec

ida

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prát

ica

espe

rada

do

fu

turo

Con

serv

a os

pr

incí

-pi

os

defi

nido

s no

Par

ecer

09

/01

O

Gra

duad

o de

E

duca

ção

Fís

ica,

co

m

form

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ge

nera

list

a,

hum

anis

-ta

, cr

ític

a e re

flex

iva,

qu

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ica-

do p

ara

o ex

ercí

cio

prof

issi

onal

e é

tico

. D

ever

á se

r fo

rmad

o pa

ra

estu

dar,

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ecer

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CN

E/C

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11

mar

. 87

Ree

stru

tura

ção

dos

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os d

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Fís

ica,

mín

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Res

oluç

ão

03/8

7 C

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/CE

S 11

mar

. 87

Fix

a os

m

ínim

os d

e co

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em

EF

(L

icen

ciat

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Lei

93

94/9

6 P

resi

dênc

ia 2

0 de

z.

96

Est

abel

ece

as

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triz

es e

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Lei

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o da

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resp

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o F

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de

EF

Dec

reto

32

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9 P

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dênc

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07de

z.

99

For

maç

ão e

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ível

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educ

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Par

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58

3/01

C

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ção

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retr

izes

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e gr

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ção

Par

ecer

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/01

CN

E/C

P

08

mai

. 01

Dir

etri

zes

curr

icul

ares

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cion

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form

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pr

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s da

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lice

ncia

tura

, gr

adua

ção

plen

a.

Res

oluç

ão

01/0

2 C

NE

/CP

18

fev.

02

Inst

itui

a d

uraç

ão e

a

carg

a ho

rári

a do

s cu

rsos

de

li

cenc

iatu

ra,

de

grad

uaçã

o pl

ena,

fo

rmaç

ão

de

prof

esso

res

da

educ

ação

bás

ica

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Dir

etri

zes

curr

icul

a-re

s na

cio-

nais

par

a a

form

ação

de

pr

ofes

-so

res

da

educ

ação

sica

, li

cenc

iatu

-ra

, gr

adua

-çã

o pl

ena.

Par

ecer

13

8/02

C

NE

/CE

S 03

abr

. 02

Dir

etri

zes

curr

icul

are

s na

cion

ais

do

curs

o de

gr

adua

ção

em

Edu

caçã

o F

ísic

a

pecu

liar

idad

es

regi

onai

s.[.

..]P

ara

isso

não

de

term

ina

a L

ei

que

os

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os

deva

m

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igua

is

quan

to a

o pe

rfil

des

ejad

o, à

es

trut

uraç

ão e

às

mat

éria

s qu

e co

mpo

rão

seu

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ícul

o.[.

..]de

mui

to a

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o de

ixou

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sig

nifi

car

a de

um

mer

o ro

l de

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atér

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e di

scip

lina

s.

coex

istê

ncia

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in

stit

uiçõ

es

públ

icas

e

priv

adas

de

en

sino

; V

I -

grat

uida

de

do

ensi

no p

úbli

co e

m

esta

bele

cim

ento

s of

icia

is;

VII

-

valo

riza

ção

do

prof

issi

onal

da

ed

ucaç

ão

esco

lar;

VII

I -

gest

ão

dem

ocrá

tica

do

en

sino

blic

o[...

];IX

-

gara

ntia

de

padr

ão

de q

uali

dade

; X

-

valo

riza

ção

da

expe

riên

cia

extr

aesc

olar

;X

I -

vinc

ulaç

ão e

ntre

a

educ

ação

es

cola

r,

o tr

abal

ho

e as

pr

átic

as s

ocia

is.

arti

cula

ção

entr

e os

cu

rsos

de

fo

rmaç

ão i

nici

al e

os

di

fere

ntes

pr

ogra

mas

e

proc

esso

s de

fo

rmaç

ão

cont

inua

da.

[...]

;Evi

tar

o pr

olon

gam

ento

de

snec

essá

rio

da

dura

ção

dos

curs

os d

e gr

adua

ção;

In

cent

ivar

um

a só

lida

fo

rmaç

ão

gera

l, [.

..];E

stim

ular

pr

átic

as

de

estu

dos

inde

pend

ente

s,

[...]

;Enc

oraj

ar

o re

conh

ecim

ento

de

co

nhec

imen

tos,

ha

bili

dade

s e

com

petê

ncia

s ad

quir

idas

fora

do

am

bien

te

esco

lar,

[.

..];F

orta

lece

r a

arti

cula

ção

da

teor

ia

com

a

prát

ica,

va

lori

zand

o a

pesq

uisa

in

divi

dual

e co

leti

va,

assi

m

com

o os

es

tági

os

e a

part

icip

ação

em

at

ivid

ades

de

ex

tens

ão;

coer

ênci

a en

tre

a fo

rmaç

ão

ofer

ecid

a e

a pr

átic

a es

pera

da

do

futu

ro

prof

esso

r.

A

pesq

uisa

é

elem

ento

es

senc

ial

na

form

ação

[...

].

prof

esso

r,

tend

o em

vi

sta

a

sim

etri

a in

vert

ida;

b)

a a

pren

diza

gem

co

mo

proc

esso

de

cons

truç

ão

de

conh

ecim

ento

s,

habi

lida

des

e va

lore

s [.

..];c

) os

co

nteú

dos,

co

mo

mei

o e

supo

rte

para

a c

onst

itui

ção

das

com

petê

ncia

s;

d)

a av

alia

ção

com

o pa

rte

inte

gran

te

do

proc

esso

. [...

]III

- a

pe

squi

sa, c

om f

oco

no

proc

esso

de

en

sino

e

de

apre

ndiz

agem

[...

].

pesq

uisa

r es

clar

ecer

e

inte

rvir

pr

ofis

-si

onal

e

acad

êmi-

cam

ente

no

co

ntex

to

espe

cífi

-co

e

hist

óric

o-cu

ltur

al.

de

mod

o a

aten

der

as

dife

rent

es

man

ifes

ta-ç

ões

e ex

pres

sõe

s da

A

tivi

dade

F

ísic

a/M

ovim

ento

H

uman

o.

Page 87: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

86

Qua

dro

3 -

Cur

rícu

lo s

egun

do a

legi

slaç

ão e

spec

ífic

a re

fere

nte

aos

Cur

sos

de E

duca

ção

Fís

ica

– 19

87-2

003

Uni

dade

s

de a

nális

e

Par

ecer

215

/87

CN

E/C

ES

11 m

ar. 8

7 R

esol

ução

03

/87

CN

E/C

ES

11

mar

. 87

Lei

93

94/

96

Pre

si-

dênc

ia

20

dez.

96

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

01

set

. 98

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

Rep

úblic

a 07

dez.

99

Par

e-

cer

583/

01

CN

E/C

ES

04 a

br. 0

1

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P 0

8 m

ai. 0

1 R

esol

ução

01

/02

CN

E/C

P

18

fev.

02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

138

/02

CN

E/C

ES

03 a

br. 0

2

orga

niza

ção

curr

icul

ar

[...]

os

curr

ícul

os p

ara

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica

com

pree

nder

ão

duas

pa

rtes

: F

orm

ação

G

eral

; A

prof

unda

men

to

de

Con

heci

men

tos.

A

F

orm

ação

G

eral

, em

ba

ses

cien

tifi

cas,

co

nsid

erar

á do

is

aspe

ctos

, o

hum

anís

tico

e

o té

cnic

o,

os

quai

s re

unir

ão a

s m

atér

ias

a se

rem

min

istr

adas

em

qu

atro

ár

eas

do

conh

ecim

ento

pe

rfei

tam

ente

de

fini

das.

A

spec

to

Hum

anís

tico

: C

onhe

cim

ento

F

ilos

ófic

o:

[...]

O

co

nhec

imen

to

filo

sófi

co

deve

co

nsis

tir

na

arti

cula

ção

da

práx

is

peda

gógi

ca

com

te

oria

s so

bre

o ho

mem

, a s

ocie

dade

e

a té

cnic

a.

Con

serv

a de

fini

ção

de

orga

niza

ção

curr

icul

ar

prop

osta

no

P

arec

er

215/

87,

com

plem

enta

ndo

§ 2º

-

Cad

a in

stit

uiçã

o de

en

sino

su

peri

or

(IE

S),

pa

rtin

do

dess

as

quat

ro

área

s,

elab

orar

á o

elen

co

de

disc

ipli

nas

da

part

e de

F

orm

ação

G

eral

do

cu

rríc

ulo

plen

o,

cons

ider

ando

as

pe

culi

arid

ades

de

cad

a re

gião

e

os

perf

is

prof

issi

onai

s de

seja

dos

(Bac

hare

lado

e/

ou

Lic

enci

atur

a P

lena

).§

- A

pa

rte

do

curr

ícul

o pl

eno

deno

min

ada

Art

. 3o

A

orga

niza

ção

curr

icul

ar

dos

curs

os

deve

perm

itir

ao

gr

adua

ndo

opçõ

es

que

favo

reça

m

a es

colh

a da

eta

pa

da

educ

ação

sica

pa

ra

a qu

al

se

habi

lita

e a

com

plem

enta

ção

de

estu

dos

que

viab

iliz

e su

a ha

bili

taçã

o pa

ra

outr

a et

apa

da

educ

ação

bás

ica.

A

pers

pect

iva

de

form

ação

pr

ofis

sion

al

apre

sent

ada

nest

e do

cum

ento

[.

..]

o pa

radi

gma

exig

e to

mar

co

mo

refe

rênc

ia

inic

ial

o co

njun

to

das

com

petê

ncia

s qu

e se

qu

er q

ue o

pro

fess

or

cons

titu

a no

cu

rso.

[.

..]

[...]

in

dica

m-s

e cr

itér

ios

de

orga

niza

ção

[...]

. E

sses

cr

itér

ios

se

expr

essa

m e

m e

ixos

em

tor

no d

os q

uais

se

ar

ticu

lam

di

men

sões

qu

e pr

ecis

am

ser

cont

empl

adas

na

fo

rmaç

ão

prof

issi

onal

do

cent

e e

sina

liza

m o

tip

o de

at

ivid

ades

de

ensi

no

e ap

rend

izag

em q

ue

mat

eria

liza

m

o pl

anej

amen

to

e a

ação

dos

for

mad

ores

de

for

mad

ores

. E

ixo

arti

cula

dor

dos

Con

serv

a de

fini

ção

de

orga

niza

ção

curr

icul

ar

prop

osta

no

Par

ecer

09

/01

O C

urrí

culo

do

Cur

so d

e G

radu

ação

em

Edu

caçã

o F

ísic

a po

derá

in

clui

r as

pect

os c

ompl

emen

tare

s de

pe

rfil

, ha

bili

dade

s,

com

petê

ncia

s e

cont

eúdo

s,

de

form

a a

cons

ider

ar

a in

serç

ão

inst

ituc

iona

l do

cur

so,

a fl

exib

ilid

ade

indi

vidu

al

de

estu

dos

e os

re

quer

imen

tos,

dem

anda

s e

expe

ctat

ivas

de

de

senv

olvi

men

to

da

regi

ão.

Na

orga

niza

ção

curr

icul

ar

prop

osta

pe

la

IES

, de

verã

o se

r as

segu

rado

s os

dom

ínio

s do

co

nhec

imen

to

iden

tifi

cado

r da

ár

ea

esta

bele

cend

o os

mar

cos

conc

eitu

ais

fund

amen

tais

do

pe

rfil

pr

ofis

sion

al

dese

jado

, [.

..]

cont

empl

ando

as

pe

culi

arid

ades

re

gion

ais.

A

lém

di

sso,

de

verá

se

r ob

serv

ada

a im

port

ânci

a de

in

clui

r os

co

nhec

imen

tos

prod

uzid

os e

em

erge

ntes

na

áre

a do

s po

rtad

ores

de

Page 88: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

87

Uni

dade

s

de a

nális

e

Par

ecer

215

/87

CN

E/C

ES

11 m

ar. 8

7 R

esol

ução

03

/87

CN

E/C

ES

11

mar

. 87

Lei

93

94/

96

Pre

si-

dênc

ia

20

dez.

96

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

01

set

. 98

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

Rep

úblic

a 07

dez.

99

Par

e-

cer

583/

01

CN

E/C

ES

04 a

br. 0

1

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P 0

8 m

ai. 0

1 R

esol

ução

01

/02

CN

E/C

P

18

fev.

02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

138

/02

CN

E/C

ES

03 a

br. 0

2

Con

heci

men

to d

o S

er

Hum

ano:

en

tend

e-se

co

mo

o co

njun

to

de

conh

ecim

ento

s so

bre

o se

r hu

man

o, d

uran

te

todo

se

u ci

clo

vita

l, no

que

con

cern

e ao

s se

us

aspe

ctos

bi

ológ

icos

e

psic

ológ

icos

, be

m

com

o su

a in

tera

ção

com

o m

eio

ambi

ente

[.

..].A

spec

to T

écni

co:

Con

heci

men

to

Téc

nico

: en

tend

e-se

co

mo

conj

unto

de

co

nhec

imen

tos

e co

mpe

tênc

ias

para

pl

anej

ar,

exec

utar

, or

ient

ar

e av

alia

r at

ivid

ades

da

ed

ucaç

ão F

ísic

a e

do

Des

port

o,

tant

o no

âm

bito

da

ed

ucaç

ão

esco

lar,

co

mo

no

âmbi

to

não-

esco

lar,

em

pr

oced

imen

tos

form

ais

e nã

o-fo

rmai

s, c

ontr

ibui

ndo

e fa

cult

ando

a

gera

ção

e a

tran

sfor

maç

ão

do

próp

rio

conh

ecim

ento

cnic

o.

Apr

ofun

dam

ento

de

C

onhe

cim

ento

de

verá

at

ende

r ao

s in

tere

sses

do

s al

unos

, cr

itic

ar e

pro

jeta

r o

mer

cado

de

tr

abal

ho,

cons

ider

ando

as

-p

ecul

iari

dade

s de

cad

a re

gião

e

os

perf

is

prof

issi

onai

s de

seja

dos.

S

erá

com

post

a po

r di

scip

lina

s se

leci

onad

as

pela

s IE

S

e de

senv

olvi

das

de

form

a te

óric

o-pr

átic

a [.

..].

dife

rent

es

âmbi

tos

de

conh

ecim

ento

pr

ofis

sion

al.

Eix

o ar

ticu

lado

r da

in

tera

ção

e co

mun

icaç

ão

e do

de

senv

olvi

men

to

da

auto

nom

ia

inte

lect

ual

e pr

ofis

sion

al.

Eix

o ar

ticu

lado

r en

tre

disc

ipli

nari

dade

e

inte

rdis

cipl

inar

idad

e.

O e

ixo

que

arti

cula

a

form

ação

com

um e

a

form

ação

esp

ecíf

ica.

E

ixo

arti

cula

dor

dos

conh

ecim

ento

s a

sere

m

ensi

nado

s e

dos

conh

ecim

ento

s ed

ucac

iona

is

e pe

dagó

gico

s qu

e fu

ndam

enta

m a

açã

o ed

ucat

iva.

E

ixo

arti

cula

dor

das

dim

ensõ

es t

eóri

cas

e pr

átic

as.

nece

ssid

ades

es

peci

ais.

C

onhe

cim

ento

s B

iodi

nâm

icos

da

A

tivi

dade

F

ísic

a/M

ovim

ento

H

uman

o (m

orfo

lógi

cos,

fi

siol

ógic

os

e bi

omec

ânic

os).

C

onhe

cim

ento

s C

ompo

rtam

enta

is

da

Ati

vida

de

Fís

ica/

Mov

imen

to

Hum

ano

(mec

anis

mos

e

proc

esso

s de

de

senv

olvi

men

to

mot

riz,

aq

uisi

ção

de h

abil

idad

es

e de

fa

tore

s ps

icol

ógic

os).

C

onhe

cim

ento

s S

ócio

-A

ntro

poló

gico

s da

A

tivi

dade

sica

/Mov

imen

to

Hum

ano

(fil

osóf

ico,

an

trop

ológ

ico,

so

ciol

ógic

o e

hist

óric

o qu

e en

foca

m

aspe

ctos

ét

icos

, est

étic

os, c

ultu

rais

e

epis

tem

ológ

icos

).

Con

heci

men

tos

Cie

ntíf

ico-

Tec

noló

gico

s (t

écni

cas

de e

stud

o e

de

pesq

uisa

).

Con

heci

men

tos

Ped

agóg

icos

(p

rinc

ípio

s

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dade

s

de a

nális

e

Par

ecer

215

/87

CN

E/C

ES

11 m

ar. 8

7 R

esol

ução

03

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CN

E/C

ES

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mar

. 87

Lei

93

94/

96

Pre

si-

dênc

ia

20

dez.

96

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

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. 98

Dec

reto

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resi

dênc

ia

Rep

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a 07

dez.

99

Par

e-

cer

583/

01

CN

E/C

ES

04 a

br. 0

1

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P 0

8 m

ai. 0

1 R

esol

ução

01

/02

CN

E/C

P

18

fev.

02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

138

/02

CN

E/C

ES

03 a

br. 0

2

gera

is

e es

pecí

fico

s de

ge

stão

e o

rgan

izaç

ão d

as

dive

rsas

po

ssib

ilid

ades

de

in

terv

ençõ

es

do

prof

issi

onal

no

cam

po d

e tr

abal

ho e

de

form

ação

).

Con

heci

men

tos

Téc

nico

-F

unci

onai

s A

plic

ados

[.

..]C

onhe

cim

ento

s so

bre

a C

ultu

ra d

as A

tivi

dade

s F

ísic

as/M

ovim

ento

H

uman

o (d

ifer

ente

s m

anif

esta

ções

da

cult

ura

das

ativ

idad

es f

ísic

as n

as

suas

for

mas

de

jogo

s,

espo

rtes

, gi

nást

icas

, da

nças

, lu

tas,

la

zer,

re

crea

ção

e ou

tros

).

Con

heci

men

tos

sobr

e E

quip

amen

tos

e M

ater

iais

[...

]

dura

ção

Dev

erá

ter

a du

raçã

o to

tal

de, n

o m

ínim

o, 4

an

os –

ou

8 se

mes

tres

le

tivo

s –

este

nden

do-

se a

té o

máx

imo

de 7

an

os

– ou

14

se

mes

tres

leti

vos.

dura

ção

mín

ima

de 4

ano

s (o

u 8

sem

estr

es

leti

vos)

e

máx

ima

de

7 an

os

(ou

14

sem

estr

es)

Mín

i-m

o de

3

anos

le

tivo

s

carg

a ho

rári

a

Dev

erão

se

r in

tegr

aliz

adas

2.

880

hora

s/au

las,

nas

qua

is

esta

rão

com

puta

das

as

dest

inad

as à

for

maç

ão

peda

gógi

ca

e

Car

ga

horá

ria

mín

ima

de 2

.880

ho

ras/

aula

, in

cluí

das

as

dest

inad

as

ao

Est

ágio

Mín

imo

de

400

h de

pr

átic

a, 4

00

h de

es

tági

o,

1800

h

de

Page 90: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

89

Uni

dade

s

de a

nális

e

Par

ecer

215

/87

CN

E/C

ES

11 m

ar. 8

7 R

esol

ução

03

/87

CN

E/C

ES

11

mar

. 87

Lei

93

94/

96

Pre

si-

dênc

ia

20

dez.

96

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

01

set

. 98

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

Rep

úblic

a 07

dez.

99

Par

e-

cer

583/

01

CN

E/C

ES

04 a

br. 0

1

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P 0

8 m

ai. 0

1 R

esol

ução

01

/02

CN

E/C

P

18

fev.

02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

138

/02

CN

E/C

ES

03 a

br. 0

2

ac

resc

idas

as

co

rres

pond

ente

s ao

E

stud

o de

Pro

blem

as

Bra

sile

iros

Sup

ervi

sion

ado

obri

gató

rio

em

pelo

m

enos

um

se

mes

tre;

80

%

serã

o de

stin

adas

à

For

maç

ão

Ger

al

e 20

%

para

o

Apr

ofun

dam

ento

de

C

onhe

cim

ento

s.

§ 2º

-

Des

ses

80%

da

s h/

a,

60%

dev

erão

ser

de

dica

das

ao

Con

heci

men

to

Téc

nico

[...

]

cont

eú-d

os

curr

icu-

lare

s e

200

h de

at

ivid

ades

ac

ade-

mic

o-

cult

ura-

is.

Page 91: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

90

Qua

dro

4 -Á

rea

de a

tuaç

ão s

egun

do a

legi

slaç

ão e

spec

ífic

a re

fere

nte

aos

Cur

sos

de E

duca

ção

Fís

ica

– 19

87-2

003

L

egis

laçã

o

Áre

as

Par

ecer

21

5/87

C

NE

/CE

S 11

m

ar. 8

7

Res

oluç

ão

03/8

7 C

NE

/CE

S 11

mar

. 87

Lei

93

94/9

6 P

resi

dênc

ia

20 d

ez. 9

6

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

01

set

. 98

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

07de

z. 9

9

Par

ecer

58

3/01

C

NE

/CE

S 04

abr

. 01

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P

08

mai

. 01

Res

oluç

ão

01/0

2 C

NE

/CP

18

fev

. 02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

13

8/02

C

NE

/CE

S 03

ab

r. 0

2

Esc

olar

Na

esco

la,

tend

o a

Edu

caçã

o F

ísic

a e

o D

espo

rto

com

o pa

rte

inte

gran

te

e in

sepa

ráve

l de

se

u pr

oces

so

de

dese

nvol

vim

ento

in

tegr

al

(Edu

caçã

o F

ísic

a e

Des

port

o E

scol

ar).

Nos

ca

mpo

s da

ed

ucaç

ão

esco

lar

(pré

-es

cola

r, 1

º, 2

º e

3º g

raus

)

Art

. 62

. A

fo

rmaç

ão

de

doce

ntes

pa

ra

atua

r na

ed

ucaç

ão b

ásic

a fa

r-se

em

níve

l su

peri

or,

em

curs

o de

li

cenc

iatu

ra,

de

grad

uaçã

o pl

ena,

em

un

iver

sida

des

e in

stit

utos

su

peri

ores

de

ed

ucaç

ão,

adm

itid

a,

com

o fo

rmaç

ão

mín

ima

para

o

exer

cíci

o do

m

agis

téri

o na

ed

ucaç

ão

infa

ntil

e

nas

quat

ro p

rim

eira

s sé

ries

do

ensi

no

fund

amen

tal,

a of

erec

ida

em

níve

l m

édio

, na

m

odal

idad

e N

orm

al.

Art

. 3o

§ 1o

A

form

ação

de

pr

ofes

sore

s de

ve i

nclu

ir a

s ha

bili

taçõ

es

para

a

atua

ção

mul

tidi

scip

lina

r e

em

cam

pos

espe

cífi

cos

do

conh

ecim

ento

.

A f

orm

ação

de

prof

esso

res

fica

, ge

ralm

ente

, re

stri

ta

à su

a pr

epar

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par

a a

regê

ncia

de

cl

asse

, nã

o tr

atan

do

das

dem

ais

dim

ensõ

es

da

atua

ção

prof

issi

onal

co

mo

sua

part

icip

ação

no

pr

ojet

o ed

ucat

ivo

da

esco

la,

seu

rela

cion

amen

to

com

al

unos

e

com

a

com

unid

ade.

F

icam

au

sent

es

tam

bém

, fr

eque

ntem

ente

, as

di

scus

sões

so

bre

as

tem

átic

as

rela

cion

adas

m

ais

prop

riam

ente

ao

si

stem

a ed

ucac

iona

l e

à at

uaçã

o do

s

A

Edu

caçã

o F

ísic

a ca

ract

eriz

a-se

co

mo

um

cam

po

de

inte

rven

ção

prof

issi

onal

que

, po

r m

eio

de

dife

rent

es

man

ifes

taçõ

es

e ex

pres

sões

da

at

ivid

ade

físi

ca/m

ovim

ento

hu

man

o/m

otri

cida

de

hum

ana

(tem

atiz

adas

na

gi

nást

ica,

no

es

port

e,

no

jogo

, na

da

nça,

,n

as

arte

s m

arci

ais,

no

exer

cíci

o fí

sico

, na

m

uscu

laçã

o,

na

brin

cade

ira

popu

lar

bem

com

o em

out

ras

man

ifes

taçõ

es

da

expr

essã

o co

rpor

al)

pres

ta

serv

iços

à

soci

edad

e ca

ract

eriz

ando

-se

pela

di

ssem

inaç

ão

e ap

lica

ção

do

conh

ecim

ento

sob

re a

at

ivid

ade

físi

ca,

técn

icas

e h

abil

idad

es

busc

ando

vi

abil

izar

ao

s us

uári

os

ou

bene

fici

ário

s o

dese

nvol

vim

ento

da

Page 92: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

91

Leg

isla

ção

Áre

as

Par

ecer

21

5/87

C

NE

/CE

S 11

m

ar. 8

7

Res

oluç

ão

03/8

7 C

NE

/CE

S 11

mar

. 87

Lei

93

94/9

6 P

resi

dênc

ia

20 d

ez. 9

6

Lei

969

6/98

Pre

sidê

ncia

01

set

. 98

Dec

reto

32

76/9

9 P

resi

dênc

ia

07de

z. 9

9

Par

ecer

58

3/01

C

NE

/CE

S 04

abr

. 01

Par

ecer

09

/01

CN

E/C

P

08

mai

. 01

Res

oluç

ão

01/0

2 C

NE

/CP

18

fev

. 02

Res

oluç

ão

02/0

2 C

NE

/CP

19

fev

. 02

Par

ecer

13

8/02

C

NE

/CE

S 03

ab

r. 0

2

esco

lar

prof

esso

res,

re

stri

ngin

do

a vi

vênc

ia

de

natu

reza

pr

ofis

sion

al.

cons

ciên

cia

corp

oral

, po

ssib

ilid

ades

e

pote

ncia

lida

des

de

mov

imen

to v

isan

do a

re

aliz

ação

de

ob

jeti

vos

educ

acio

nais

, de

sa

úde,

de

pr

átic

a es

port

iva

e ex

pres

são

corp

oral

.A

Edu

caçã

o F

ísic

a ab

rang

e to

do

cam

po

de

ação

da

ár

ea,

incl

uído

o

jogo

, o

espo

rte,

a

giná

stic

a,

a m

uscu

laçã

o, a

dan

ça,

a er

gono

mia

, as

luta

s,

as

arte

s m

arci

ais,

a

recr

eaçã

o, o

laz

er e

a re

abil

itaç

ão.

não

esco

lar

Nas

ac

adem

ias,

cl

ubes

, as

soci

açõe

s co

mun

itár

ias

etc;

co

mo

form

a de

la

zer,

re

crea

ção,

te

rapi

a ou

m

esm

o co

mo

educ

ação

co

ntin

uada

(“

espo

rte

para

to

dos”

ou

E

spor

te-

Par

tici

paçã

o e

Esp

orte

-E

duca

ção,

na

co

ncei

tuaç

ão

atua

l do

C

onse

lho

Nac

iona

l de

D

espo

rtos

).

Aca

dem

ias,

cl

ubes

, ce

ntro

s co

mun

itár

ios,

co

ndom

ínio

s,

etc)

Page 93: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

92

Qua

dro

5 –

Pri

ncíp

ios

da le

gisl

ação

esp

ecíf

ica

refe

rent

e ao

s C

urso

s de

Edu

caçã

o F

ísic

a –

2004

- 2

011

P

arec

er

058/

04/

CN

E/C

ES/

18

jun.

04

D

iret

rize

s cu

rric

ular

es

para

os

cu

rsos

de

gr

adua

ção

em

Edu

caçã

o F

ísic

a.

Res

oluç

ão

07/0

4 C

NE

/CE

S/5

abr.

04

In

stit

ui

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os d

e E

duca

ção

Fís

ica,

em

vel

supe

rior

de

gr

adua

ção

plen

a.

Res

oluç

ão

02/0

4 C

NE

/CP

/27

ago.

04

Adi

a o

praz

o pr

evis

to

no

art.

15

da

Res

oluç

ão

CN

E/C

ES

1/

2002

, qu

e in

stit

ui

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

a F

orm

ação

de

P

rofe

ssor

es

da

Edu

caçã

o B

ásic

a,

em

níve

l su

peri

or,

curs

o de

li

cenc

iatu

ra,

de g

radu

ação

pl

ena.

Par

ecer

329

/04/

CN

E/C

ES/

11

nov.

04

Car

ga h

orár

ia m

ínim

a do

s cu

rsos

de

gr

adua

ção,

ba

char

elad

os,

na

mod

alid

ade

pres

enci

al.

Par

ecer

40

0/05

/ C

NE

/CE

S/24

no

v. 0

5 C

onsu

lta s

obre

ap

lica

ção

das

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

par

a F

orm

ação

de

P

rofe

ssor

es

da

Edu

caçã

o B

ásic

a e

das

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

par

a os

cu

rsos

de

gr

adua

ção

em

Edu

caçã

o F

ísic

a ao

cur

so

de

Edu

caçã

o F

ísic

a (l

icen

ciat

ura)

, te

ndo

em v

ista

a

Res

oluç

ão

CO

NF

EF

95

/200

5.

Par

ecer

14

2/07

/ C

NE

/CE

S/14

ju

n. 0

7 A

lter

ação

do

§ 3º

do

ar

t. 10

da

R

esol

ução

C

NE

/CE

S

7/20

04,

que

inst

itui

as

D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is p

ara

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica,

em

nív

el s

uper

ior

de

grad

uaçã

o pl

ena

[est

ágio

s e

ativ

idad

es

com

plem

enta

res]

.

Res

oluç

ão

02/0

7 C

NE

/CE

S/1

8 ju

n. 0

7 D

ispõ

e so

bre

a ca

rga

horá

ria

mín

ima,

e

proc

edim

ento

s re

lati

vos

à in

tegr

aliz

ação

e

dura

ção

dos

curs

os

de

grad

uaçã

o,

bach

arel

ados

, na

m

odal

idad

e pr

esen

cial

.

Res

oluç

ão

07/0

7 C

NE

/CE

S/4

out.

04

Alt

era

o §

3º d

o ar

t. 10

da

R

esol

ução

C

NE

/CE

S

7/20

04,

que

inst

itui

as

D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is p

ara

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica,

em

nív

el s

uper

ior

de

grad

uaçã

o pl

ena

[ati

vida

des

com

plem

enta

res]

.

Par

ecer

21

3/08

/ C

NE

/CE

S/9

out.

08

Dis

põe

sobr

e a

carg

a ho

rári

a m

ínim

a,

e pr

oced

imen

tos

rela

tivo

s à

inte

gral

izaç

ão

e du

raçã

o do

s cu

rsos

de

gr

adua

ção

em

[...]

E

duca

ção

Fís

ica,

[.

..]

bach

arel

ado,

na

m

odal

idad

e pr

esen

cial

.

Res

oluç

ão

04/0

9 C

NE

/CE

S /6

ab

r.

09

Dis

põe

sobr

e a

carg

a ho

rári

a m

ínim

a,

e pr

oced

imen

tos

rela

tivo

s à

inte

gral

izaç

ão

e du

raçã

o do

s cu

rsos

de

gr

adua

ção

em

[...]

E

duca

ção

Fís

ica,

[.

..]

bach

arel

ados

, na

m

odal

idad

e pr

esen

cial

.

Da

auto

nom

ia

inst

ituc

iona

l;

arti

cula

ção

entr

e en

sino

, pe

squi

sa

e ex

tens

ão;

grad

uaçã

o co

mo

form

ação

in

icia

l;

form

ação

co

ntin

uada

; èt

ica

pess

oal

e

Da

auto

nom

ia

inst

ituc

iona

l;

arti

cula

ção

entr

e en

sino

, pe

squi

sa

e ex

tens

ão;

grad

uaçã

o co

mo

form

ação

in

icia

l;

form

ação

co

ntin

uada

; ét

ica

pess

oal

e pr

ofis

sion

al;

ação

A

sseg

urar

às

in

stit

uiçõ

es

de

ensi

no

supe

rior

am

pla

libe

rdad

e na

co

mpo

siçã

o da

ca

rga

horá

ria

a se

r cu

mpr

ida

para

a

inte

gral

izaç

ão

dos

curr

ícul

os,

assi

m

com

o na

es

peci

fica

ção

das

unid

ades

de

estu

dos

a se

rem

m

inis

trad

as;

Indi

car

os t

ópic

os o

u ca

mpo

s de

es

tudo

e

dem

ais

expe

riên

cias

de

en

sino

-

C

onse

rva

os

prin

cípi

os

do

pare

cer

329/

04

que

disp

õe

sobr

e “C

arga

ho

rári

a m

ínim

a do

s cu

rsos

de

Con

serv

a os

pr

incí

pios

do

pa

rece

r 32

9/04

qu

e di

spõe

so

bre

“Car

ga

horá

ria

mín

ima

dos

curs

os

de

grad

uaçã

o,

bach

arel

ados

,

Page 94: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

93

prof

issi

onal

ão

crít

ica,

in

vest

igat

iva

e re

cons

trut

iva

do

conh

ecim

ento

;c

onst

ruçã

o e

gest

ão

cole

tiva

do

pr

ojet

o pe

dagó

gico

; ab

orda

gem

in

terd

isci

plin

ar

do

conh

ecim

ento

; in

diss

oiab

ilid

ade

teor

ia-p

ráti

ca;

arti

cula

ção

entr

e co

nhec

imen

tos

de

form

ação

am

plia

da

e es

pecí

fica

.

crít

ica,

in

vest

igat

iva

e re

cons

trut

iva

do

conh

ecim

ento

; co

nstr

ução

e

gest

ão c

olet

iva

do

proj

eto

peda

gógi

co;

abor

dage

m

inte

rdis

cipl

inar

do

con

heci

men

to;

indi

ssoc

iabi

lida

de

teor

ia-p

ráti

ca;

arti

cula

ção

entr

e co

nhec

imen

tos

de

form

ação

am

plia

da

e es

pecí

fica

.

apre

ndiz

agem

que

com

porã

o os

cu

rríc

ulos

, ev

itan

do a

o m

áxim

o a

fixa

ção

de

cont

eúdo

s es

pecí

fico

s [.

..].

Evi

tar

o pr

olon

gam

ento

de

snec

essá

rio

da

dura

ção

dos

curs

os

de

grad

uaçã

o;

Ince

ntiv

ar

uma

sóli

da

form

ação

ge

ral,

nece

ssár

ia

para

qu

e o

futu

ro

grad

uado

pos

sa v

ir a

sup

erar

os

desa

fios

de

re

nova

das

cond

içõe

s de

ex

ercí

cio

prof

issi

onal

e d

e pr

oduç

ão d

o co

nhec

imen

to,

perm

itin

do

vari

ados

ti

pos

de

form

ação

e

habi

lita

ções

[.

..].

Est

imul

ar

prát

icas

de

es

tudo

s in

depe

nden

tes,

vi

sand

o um

a pr

ogre

ssiv

a au

tono

mia

pr

ofis

sion

al

e in

tele

ctua

l do

al

uno;

en

cora

jar

o re

conh

ecim

ento

de

co

nhec

imen

tos,

ha

bili

dade

s e

com

petê

ncia

s ad

quir

idas

fo

ra

do

ambi

ente

es

cola

r,

[...]

. F

orta

lece

r a

arti

cula

ção

da

teor

ia

com

a

prát

ica,

va

lori

zand

o a

pesq

uisa

in

divi

dual

e

cole

tiva

, as

sim

co

mo

os

está

gios

e

a pa

rtic

ipaç

ão

em

ativ

idad

es

de

exte

nsão

; In

clui

r or

ient

açõe

s pa

ra a

con

duçã

o de

ava

liaç

ões

peri

ódic

as

que

util

izem

in

stru

men

tos

vari

ados

.

grad

uaçã

o,

bach

arel

ados

, na

m

odal

idad

e pr

esen

cial

.”.

na

mod

alid

ade

pres

enci

al.”

, e

acre

scen

ta

a vi

ncul

ação

à

Saú

de [

...]:

“a

rtic

ulaç

ão

entr

e a

educ

ação

su

peri

or

e o

sist

ema

de

saúd

e vi

gent

e [.

..] d

e fo

rma

que

o co

ncei

to

de

saúd

e e

os

prin

cípi

os

e di

retr

izes

do

S

iste

ma

Úni

co

de

Saú

de

(SU

S)

se

[con

stit

uam

] em

as

pect

os

fund

amen

tais

a

sere

m

cons

ider

ados

ne

ssa

arti

cula

ção”

.

Page 95: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

94

Qua

dro

6 -

Cur

rícu

lo s

egun

do a

legi

slaç

ão e

spec

ífic

a re

fere

nte

aos

Cur

sos

de E

duca

ção

Fís

ica

– 20

04 -

201

1

Leg

isla

ção

Cat

ego-

rias

Par

ecer

058

/04/

C

NE

/CE

S/18

jun

. 04

Res

oluç

ão

07/0

4 C

NE

/CE

S/5

abr.

04

Res

oluç

ão 0

2/04

C

NE

/CP

/27

ago.

04

Par

ecer

32

9/04

/ C

NE

/CE

S/11

nov

. 04

Par

ecer

40

0/05

/ C

NE

/CE

S/24

no

v.

05

Par

ecer

14

2/07

/ C

NE

/CE

S/14

jun

. 07

Res

oluç

ão

02/0

7 C

NE

/CE

S/18

ju

n. 0

7

Res

olu-

ção

07/0

7 C

NE

/CE

S/4

out.

04

Par

ecer

21

3/08

/ C

NE

/CE

S/9

out.

08

Res

olu-

ção

04/0

9 C

NE

/CE

S/6

abr.

09

Org

ani-

zaçã

o cu

rric

u-la

r

Na

orga

niza

ção

do c

urso

de

grad

uaçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica

deve

rá s

er in

dica

da a

m

odal

idad

e:

seri

ada

[...]

si

stem

a de

cr

édit

os

ou

mod

ular

. A

rtic

ular

as

un

idad

es

de

conh

ecim

ento

de

fo

rmaç

ão

espe

cífi

ca

e am

plia

da,

[...]

. A

for

maç

ão

espe

cífi

ca

[...]

de

ve

com

pree

nder

e

inte

grar

as

di

men

sões

cu

ltur

ais,

di

dáti

co-p

edag

ógic

as

e té

cnic

o-in

stru

men

tais

d as

m

anif

esta

ções

e e

xpre

ssõe

s do

m

ovim

ento

hu

man

o,

[...]

. A

for

maç

ão a

mpl

iada

de

ve c

ompr

eend

er o

est

udo

da r

elaç

ão d

o se

r hu

man

o,

em

todo

s os

ci

clos

vi

tais

, co

m

a so

cied

ade

, a

natu

reza

, a

cult

ura

e o

trab

alho

. D

ever

á po

ssib

ilit

ar

uma

form

ação

cu

ltur

al

abra

ngen

te

[...]

pr

omov

endo

um

co

ntín

uo

diál

ogo

entr

e as

ár

eas

de

conh

ecim

ento

ci

entí

fico

af

ins

e a

espe

cifi

cida

de

daE

duca

ção

Fís

ica.

O

trat

o da

s un

idad

es

de C

onse

rva

a de

fini

ção

de

orga

niza

ção

curr

icul

ar

prop

osta

no

P

arec

er

058/

04

A

SE

Su/

ME

C

prop

ôs

sete

ori

enta

ções

bás

icas

pa

ra

elab

oraç

ão

das

Dir

etri

zes:

pe

rfil

de

seja

do

do

form

ando

; co

mpe

tênc

ias

e ha

bili

dade

s de

seja

das;

co

nteú

dos

curr

icul

ares

; du

raçã

o do

s cu

rsos

; es

trut

ura

mod

ular

do

s cu

rsos

; es

tági

os

e at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s;

cone

xão

com

a

aval

iaçã

o in

stit

ucio

nal.

Des

se

conj

unto

de

or

ient

açõe

s,

dest

acam

-se

a

busc

a po

r fl

exib

ilid

ade

de c

urso

s e

carr

eira

s,

com

a

prom

oção

da

inte

graç

ão

do e

nsin

o de

gra

duaç

ão

com

a

pós-

grad

uaçã

o.

As

dire

triz

es

obje

tiva

vam

co

nfer

ir

mai

or a

uton

omia

às

IES

na

de

fini

ção

dos

curr

ícul

os

de

seus

cu

rsos

, ha

vend

o,

em

luga

r do

si

stem

a de

cu

rríc

ulos

m

ínim

os,

a

[Os

está

gios

] co

mpr

eend

em u

ma

práx

is

que

obje

tiva

a m

elho

ria

do

dese

nvol

vim

ento

e

amad

urec

imen

to

pess

oal

do

alun

o,

bem

co

mo

a se

nsib

iliz

ação

pa

ra

as

ativ

idad

es p

rofi

ssio

nais

da

área

. E

stas

pr

átic

as

deve

rão

ser

inse

rida

s no

s co

nteú

dos

curr

icul

ares

, de

senv

olvi

das

ao l

ongo

do

curs

o.

As

ativ

idad

es

com

plem

enta

res

deve

rão

ser

incr

emen

tada

s du

rant

e to

do

o C

urso

de

G

radu

ação

em

E

duca

ção

Fís

ica

e as

IE

S

deve

rão

cria

r m

ecan

ism

os

de

apro

veit

amen

to

de

conh

ecim

ento

s, a

dqui

rido

s pe

lo e

stud

ante

, at

ravé

s de

es

tudo

s e

prát

icas

in

depe

nden

tes,

pre

senc

iais

e/

ou

a di

stân

cia.

P

odem

se

rr

reco

nhec

idos

: M

onit

oria

s e

Est

ágio

s;

Pro

gram

as

de

Inic

iaçã

o C

ient

ífic

a;

Pro

gram

as

de

Ext

ensã

o;E

st

udos

C

ompl

emen

tare

s;

Cur

sos

Ao

prop

osto

no

P

arec

er

142/

07

acre

scen

tand

o as

fo

rmas

de

re

aliz

ação

: co

ngre

ssos

e

sem

inár

ios.

Page 96: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

95

Leg

isla

ção

Cat

ego-

rias

Par

ecer

058

/04/

C

NE

/CE

S/18

jun

. 04

Res

oluç

ão

07/0

4 C

NE

/CE

S/5

abr.

04

Res

oluç

ão 0

2/04

C

NE

/CP

/27

ago.

04

Par

ecer

32

9/04

/ C

NE

/CE

S/11

nov

. 04

Par

ecer

40

0/05

/ C

NE

/CE

S/24

no

v.

05

Par

ecer

14

2/07

/ C

NE

/CE

S/14

jun

. 07

Res

oluç

ão

02/0

7 C

NE

/CE

S/18

ju

n. 0

7

Res

olu-

ção

07/0

7 C

NE

/CE

S/4

out.

04

Par

ecer

21

3/08

/ C

NE

/CE

S/9

out.

08

Res

olu-

ção

04/0

9 C

NE

/CE

S/6

abr.

09

conh

ecim

ento

de

verá

se

r gu

iado

pe

lo

crit

ério

da

or

ient

ação

e

da

form

ação

cr

ític

a,

inve

stig

ativ

a e

re-

cons

trut

iva,

pelo

pr

incí

pio

da

indi

ssoc

iabi

lida

de

entr

e te

oria

e p

ráti

ca,

bem

com

o or

ient

ado

por

valo

res

soci

ais,

m

orai

s,

étic

os

e es

téti

cos

[...]

.As

ques

tões

pe

rtin

ente

s às

pe

culi

arid

ades

reg

iona

is,

às

iden

tida

des

cult

urai

s,

à ed

ucaç

ão

ambi

enta

l, ao

tr

abal

ho,

às

nece

ssid

ades

da

s pe

ssoa

s po

rtad

oras

de

de

fici

ênci

a e

de

grup

os

e co

mun

idad

es

espe

ciai

s de

verã

o se

r ab

orda

das

[...]

.

prop

osiç

ão

de

linh

as

gera

is c

apaz

es d

e de

fini

r as

co

mpe

tênc

ias

e ha

bili

dade

s qu

e se

de

seja

des

envo

lver

.

real

izad

os e

m á

reas

afi

ns.

dura

ção

Cab

e as

IE

S,

fixa

r os

te

mpo

s m

ínim

os

e m

áxim

os

de

inte

gral

izaç

ão c

urri

cula

r po

r cu

rso.

Lim

ite

mín

imo

para

in

tegr

aliz

ação

de

4

(qua

tro)

an

os.

Lim

ite

mín

imo

para

in

tegr

aliz

ação

de

4

(qua

tro)

ano

s.

Lim

ite

mín

imo

4 (qua

tro)

an

os.

carg

a ho

rári

a

[...]

40

%

da

carg

a ho

rári

a do

es

tági

o pr

ofis

sion

al

curr

icul

ar

supe

rvis

iona

do

deve

ser

cum

prid

a no

ca

mpo

de

in

terv

ençã

o

Edu

caçã

o F

ísic

a -

3.20

0 ho

ras;

O

s es

tági

os

e at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s,

incl

uído

s no

cál

culo

da

carg

a ho

rári

a to

tal

do

curs

o,

não

deve

rão

exce

der

a 20

% d

o to

tal;

A

LD

B

fixo

u o

tam

anho

, a

exte

nsão

do

A c

arga

hor

ária

to

tal

dos

curs

os,

ofer

tado

s so

b re

gim

e se

riad

o,

por

sist

ema

de

créd

ito

ou

por

mód

ulos

ac

adêm

icos

, at

endi

dos

os

tem

pos

leti

vos

[...]

ind

ica

a ca

rga

horá

ria

mín

ima

de

3.20

0 ho

ras

[...]

O

s es

tági

os

e at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s [.

..]

não

deve

rão

exce

der

a 20

%da

ca

rga

horá

ria

tota

l do

cu

rso,

sa

lvo

Con

serv

a prop

ost

a do

P

arec

er

213/

08

Page 97: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

96

Leg

isla

ção

Cat

ego-

rias

Par

ecer

058

/04/

C

NE

/CE

S/18

jun

. 04

Res

oluç

ão

07/0

4 C

NE

/CE

S/5

abr.

04

Res

oluç

ão 0

2/04

C

NE

/CP

/27

ago.

04

Par

ecer

32

9/04

/ C

NE

/CE

S/11

nov

. 04

Par

ecer

40

0/05

/ C

NE

/CE

S/24

no

v.

05

Par

ecer

14

2/07

/ C

NE

/CE

S/14

jun

. 07

Res

oluç

ão

02/0

7 C

NE

/CE

S/18

ju

n. 0

7

Res

olu-

ção

07/0

7 C

NE

/CE

S/4

out.

04

Par

ecer

21

3/08

/ C

NE

/CE

S/9

out.

08

Res

olu-

ção

04/0

9 C

NE

/CE

S/6

abr.

09

acad

êmic

o-pr

ofis

sion

al

corr

elat

o.

ano

leti

vo,

pass

ando

-o

de 1

80 p

ara

200

dias.

fixa

dos

na

Lei

9.

394/

96,d

ever

á se

r di

men

sion

ada

em,

no m

ínim

o,

200

(duz

ento

s)

dias

de

trab

alho

ac

adêm

ico

efet

ivo;

a

dura

ção

dos

curs

os d

eve

ser

esta

bele

cida

por

ca

rga

horá

ria

tota

l cu

rric

ular

,con

tabi

liza

da

em

hora

s, p

assa

ndo

a co

nsta

r do

re

spec

tivo

P

roje

to

Ped

agóg

ico;

nos

caso

s de

de

term

inaç

ões

espe

cífi

cas

cont

idas

na

s re

spec

tiva

s D

iret

rize

s C

urri

cula

res.

A

ca

rga

horá

ria

tota

l do

s cu

rsos

, of

erta

dos

sob

regi

me

seri

ado,

po

r si

stem

a de

cr

édit

o ou

po

r m

ódul

os

acad

êmic

os,

aten

dido

s os

te

mpo

s le

tivo

s [.

..]

deve

ser

dim

ensi

onad

o em

, no

m

ínim

o,

200

dias

de

tr

abal

ho

acad

êmic

o ef

etiv

o;

cont

abi l

izad

a em

ho

ras

resp

eita

do o

m

ínim

o de

20

0 (d

uzen

tos)

di

as

leti

vos.

Page 98: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

97

Qua

dro

7 -

Áre

a de

atu

ação

seg

undo

a le

gisl

ação

esp

ecíf

ica

refe

rent

e ao

s C

urso

s de

Edu

caçã

o F

ísic

a –

2004

– 2

011

Leg

isla

-

çã

o

área

Par

ecer

05

8/04

/ C

NE

/CE

S/18

ju

n. 0

4

Res

oluç

ão 0

7/04

CN

E/C

ES/

5 ab

r.

04

Res

olu-

ção0

2/04

C

NE

/CP

/27

ago

. 04

Par

ecer

32

9/04

/ C

NE

/CE

S/11

no

v. 0

4

Par

ecer

40

0/05

/ C

NE

/CE

S/24

no

v. 0

5

Par

ecer

14

2/07

/ C

NE

/CE

S/14

ju

n. 0

7

Res

oluç

ão

02/0

7 C

NE

/CE

S/18

ju

n. 0

7

Res

oluç

ão

07/0

7 C

NE

/CE

S/4

out.

04

Par

ecer

21

3/08

/ C

NE

/CE

S/9

out.

08

Res

oluç

ão

04/0

9 C

NE

/CE

S/6

abr.

09

esco

lar

A

rt.

3º A

Edu

caçã

o F

ísic

a é

uma

área

de

co

nhec

imen

to

e de

in

terv

ençã

o ac

adêm

ico-

prof

issi

onal

qu

e te

m c

omo

obje

to d

e es

tudo

e d

e ap

lica

ção

o m

ovim

ento

hu

man

o,

com

fo

co

nas

dife

rent

es

form

as

e m

odal

idad

es d

o ex

ercí

cio

físi

co,

da

giná

stic

a,

do

jogo

, do

es

port

e,

da

luta

/art

e m

arci

al,

da

danç

a,

nas

pers

pect

ivas

da

pr

even

ção

de

prob

lem

as

de

agra

vo

da

saúd

e,

prom

oção

, pr

oteç

ão

e re

abili

taçã

o da

saú

de,

da f

orm

ação

cul

tura

l, da

ed

ucaç

ão e

da

reed

ucaç

ão m

otor

a,

do

rend

imen

to

físi

co-e

spor

tivo

, do

la

zer,

da

ge

stão

de

em

pree

ndim

ento

s re

laci

onad

os

às

ativ

idad

es

físi

cas,

re

crea

tiva

s e

espo

rtiv

as,

além

de

outr

os c

ampo

s qu

e op

ortu

nize

m

ou

venh

am

a op

ortu

niza

r a

prát

ica

de a

tivi

dade

s fí

sica

s, r

ecre

ativ

as e

esp

orti

vas.

Não

esco

lar

A

tuaç

ão

na

área

de

saúd

e,

em

conc

ordâ

ncia

ao

SU

S.

Page 99: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

98

Qua

dro

8 -

Inte

rven

ção

do p

rofi

ssio

nal d

e E

duca

ção

Fís

ica

segu

ndo

a R

esol

ução

CO

NF

EF

046

/200

2

Cam

po

prof

issi

ona

l

Loc

ais

de in

terv

ençã

o R

egên

cia/

do

cênc

ia E

F

Tre

inam

ento

de

spor

tivo

P

repa

raçã

o fí

sica

A

valia

ção

físi

ca

Rec

reaç

ão e

m

ativ

idad

e fí

sica

O

rien

taçã

o de

at

ivid

ades

fís

icas

G

estã

o em

E

F e

D

espo

rto

É

[...]

um

ca

mpo

pr

ofis

sion

al

lega

lmen

te

orga

niza

do,

inte

grad

o à

área

de

sa

úde

e da

ed

ucaç

ão

[...]

.

O P

rofi

ssio

nal

de E

duca

ção

Fís

ica

atua

co

mo

autô

nom

o e/

ou e

m I

nsti

tuiç

ões

e Ó

rgão

s P

úbli

cos

e P

riva

dos

de

pres

taçã

o de

se

rviç

os

em

Ati

vida

de F

ísic

a, D

espo

rtiv

a e/

ou

Rec

reat

iva

e em

qu

aisq

uer

loca

is o

nde

poss

am

ser

min

istr

adas

at

ivid

ades

sica

s,

tais

co

mo:

In

stit

uiçõ

es d

e A

dmin

istr

ação

e

Prá

tica

D

espo

rtiv

a,

Inst

itui

ções

de

E

duca

ção,

E

scol

as,

Em

pres

as,

Cen

tros

e

Lab

orat

ório

s de

P

esqu

isa,

A

cade

mia

s,

Clu

bes,

A

ssoc

iaçõ

es E

spor

tiva

s e/

ou

Rec

reat

ivas

, H

otéi

s, C

entr

os

de

Rec

reaç

ão,

Cen

tros

de

L

azer

, C

ondo

mín

ios,

Cen

tros

de

E

stét

ica,

C

líni

cas,

In

stit

uiçõ

es

e Ó

rgão

s de

S

aúde

, "S

PA

s",

Cen

tros

de

S

aúde

, H

ospi

tais

, C

rech

es,

Asi

los,

C

irco

s,

Cen

tros

de

T

rein

amen

to

Des

port

ivo,

C

entr

os

de

Tre

inam

ento

de

L

utas

, C

entr

os

de

Tre

inam

ento

de

A

rtes

M

arci

ais,

G

rêm

ios

Des

port

ivos

, L

ogra

dour

os

Púb

lico

s, P

raça

s, P

arqu

es,

na

natu

reza

e

outr

os

onde

es

tive

rem

se

ndo

apli

cada

s at

ivid

ades

sica

s e/

ou

desp

orti

vas.

Iden

tifi

car,

pl

anej

ar,

prog

ram

ar,

orga

niza

r,

diri

gir,

co

orde

nar,

su

perv

isio

nar,

de

senv

olve

r,

aval

iar

e le

cion

ar

os

cont

eúdo

s do

co

mpo

nent

e cu

rric

ular

/dis

cipl

ina

Edu

caçã

o F

ísic

a,

na

Edu

caçã

o In

fant

il,

no

Ens

ino

Fun

dam

enta

l, M

édio

e

Sup

erio

r e

nas

ativ

idad

es

de

natu

reza

cnic

o-pe

dagó

gica

s (E

nsin

o,

Pes

quis

a e

Ext

ensã

o),

no

cam

po

das

disc

ipli

nas

de

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ação

cnic

o-pr

ofis

sion

al

no

Ens

ino

Sup

erio

r,

obje

tiva

ndo

a fo

rmaç

ão

prof

issi

onal

.

Iden

tifi

car,

di

agno

stic

ar,

plan

ejar

, or

gani

zar,

di

rigi

r,

supe

rvis

iona

r,

exec

utar

, pr

ogra

mar

, m

inis

trar

, pr

escr

ever

, de

senv

olve

r,

coor

dena

r,

orie

ntar

, av

alia

r e

apli

car

mét

odos

e

técn

icas

de

ap

rend

izag

em, ap

erfe

içoa

me

nto,

or

ient

ação

e

trei

nam

ento

cnic

o e

táti

co,

de

mod

alid

ades

de

spor

tiva

s,

na

área

fo

rmal

e

não

form

al.

Dia

gnos

tica

r,

plan

ejar

, or

gani

zar,

su

perv

isio

nar,

co

orde

nar,

ex

ecut

ar,

diri

gir,

pr

ogra

mar

, m

inis

trar

, de

senv

olve

r,

pres

crev

er,

orie

ntar

e a

plic

ar

mét

odos

e

técn

icas

de

av

alia

ção,

pr

escr

ição

e

orie

ntaç

ão

de

ativ

idad

es

físi

cas,

ob

jeti

vand

o pr

omov

er,

otim

izar

, re

abil

itar

, m

axim

izar

e

apri

mor

ar

o fu

ncio

nam

ento

fi

siol

ógic

o or

gâni

co,

o co

ndic

iona

men

-to

e

o de

sem

penh

o fí

sico

do

s pr

atic

ante

s da

s di

vers

as

mod

alid

ades

es

port

ivas

, ac

robá

tica

s e

artí

stic

as.

Dia

gnos

tica

r,

plan

ejar

, or

gani

zar,

su

perv

isio

nar,

co

orde

nar,

ex

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ar,

diri

gir,

pr

ogra

mar

, m

inis

trar

, de

senv

olve

r,

pres

crev

er,

orie

ntar

, id

enti

fica

r ne

cess

idad

es,

dese

nvol

ver

cole

ta

de

dado

s,

entr

evis

tas,

ap

lica

r m

étod

os

e té

cnic

as d

e m

edid

as e

av

alia

ção

cine

antr

opom

étri

ca,

biom

ecân

ica,

m

otor

a,

func

iona

l, ps

icof

isio

lógi

ca

e de

co

mpo

siçã

o co

rpor

al,

em l

abor

atór

ios

ou n

o ca

mpo

pr

átic

o de

in

terv

ençã

o,

com

o

obje

tivo

de

av

alia

r o

cond

icio

nam

ento

sico

, os

com

pone

ntes

fu

ncio

nais

e

mor

foló

gico

s e

a ex

ecuç

ão

técn

ica

de

mov

imen

tos,

ob

jeti

vand

o or

ient

ar,

prev

enir

e r

eabi

lita

r o

cond

icio

nam

ento

, o

rend

imen

to

físi

co,

técn

ico

e ar

tíst

ico

dos

bene

fici

ário

s.

Dia

gnos

tica

r,

iden

tifi

car,

pl

anej

ar,

orga

niza

r,

supe

rvis

iona

r,

coor

dena

r,

exec

utar

, di

rigi

r,

asse

ssor

ar,

dina

miz

ar,

prog

ram

ar,

min

istr

ar,

dese

nvol

ver,

pr

escr

ever

, or

ient

ar,

aval

iar

e ap

lica

r at

ivid

ades

sica

s de

ca

ráte

r lú

dico

e

recr

eati

vo,

obje

tiva

ndo

prom

over

, ot

imiz

ar

e re

stab

elec

er

as

pers

pect

ivas

de

la

zer

ativ

o e

bem

es

tar

psic

osso

cial

e

as

rela

ções

cio-

cult

urai

s da

pop

ulaç

ão.

Dia

gnos

tica

r,

plan

ejar

, or

gani

zar,

su

perv

isio

nar,

co

orde

nar,

ex

ecut

ar,

diri

gir,

as

sess

orar

, di

nam

izar

, pr

ogra

mar

, de

senv

olve

r,

pres

crev

er,

orie

ntar

, av

alia

r, a

plic

ar m

étod

os

e té

cnic

as

mot

oras

di

vers

as,

aper

feiç

oar,

or

ient

ar e

m

inis

trar

os

exer

cíci

os

físi

cos,

ob

jeti

vand

o pr

omov

er,

otim

izar

, re

abil

itar

e

apri

mor

ar

o fu

ncio

nam

ento

fi

siol

ógic

o or

gâni

co,

cond

icio

nam

ento

e

o de

sem

penh

o fi

sioc

orpo

ral,

orie

ntar

pa

ra:

o be

m-e

star

e

o es

tilo

de

vida

ati

vo,

o la

zer,

a

soci

abil

izaç

ão,

a ed

ucaç

ão,

a ex

pres

são

e es

téti

ca

do

mov

imen

to,

a pr

even

ção

de

doen

ças,

a

com

pens

ação

de

di

stúr

bios

fun

cion

ais,

o

rest

abel

ecim

ento

de

ca

paci

dade

s fi

sioc

orpo

rais

, a

auto

-es

tim

a,

a ci

dada

nia,

a

man

uten

ção

das

boas

co

ndiç

ões

de v

ida

e da

sa

úde

da s

ocie

dade

.

Dia

gnos

tica

r,

iden

tifi

car,

pl

anej

ar,

orga

niza

r,

supe

rvis

iona

r,

coor

dena

r,

exec

utar

, di

rigi

r,

asse

ssor

ar,

dina

miz

ar,

prog

ram

ar,

min

istr

ar,

dese

nvol

ver,

pr

escr

ever

, pr

esta

r co

nsul

tori

a,

orie

ntar

, av

alia

r e

apli

car

mét

odos

e

técn

icas

de

av

alia

ção

na

orga

niza

ção,

ad

min

istr

açã

o e/

ou

gere

ncia

men

to

de

inst

itui

ções

, en

tida

des,

ór

gãos

e

pess

oas

jurí

dica

s uj

as

ativ

idad

es

fins

se

jam

at

ivid

ades

sica

s e/

ou

desp

orti

vas.

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99

Qua

dro

9 -

Aná

lise

da e

stru

tura

dos

pro

jeto

s po

lític

o-pe

dagó

gico

s1

IE

S

unid

ades

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

orga

niza

ção

das

com

pone

ntes

cu

rric

ular

es d

e fo

rmaç

ão

espe

cífi

ca e

de

form

ação

pe

dagó

gica

A

orga

niza

ção

é di

scip

lina

r e

em

oito

pe

ríod

os

(sem

estr

es).

N

ão

poss

ui f

orm

ação

ped

agóg

ica.

O

curs

o se

orga

niza

do

em

regi

me

sem

estr

al,

divi

dido

em

9

(nov

e)pe

ríod

os.

For

maç

ão e

spec

ífic

a:

For

maç

ão

peda

gógi

ca:

A m

atri

z cu

rric

ular

do

curs

o [.

..]

com

pree

nde

o cu

mpr

imen

to

de

76 d

isci

plin

as,

dist

ribu

ídas

ent

re

aula

s te

óric

as e

prá

tica

s, p

ráti

cas

de

form

ação

e

está

gio

supe

rvis

iona

do,

som

ando

-se

a es

sas

as

ativ

idad

es

com

plem

enta

res.

A

s di

scip

lina

s da

ár

ea

de

form

ação

qu

e ab

rang

em o

con

heci

men

to s

obre

a

cult

ura

do m

ovim

ento

, em

bora

tr

atad

as c

omo

teór

icas

, tê

m u

ma

abor

dage

m

teór

ico/

prát

ica.

H

á,

aind

a, a

ulas

des

tina

das

às p

ráti

cas

de f

orm

ação

.

For

maç

ão e

spec

ífic

a:

For

maç

ão p

edag

ógic

a:

Um

do

s pr

incí

pios

nor

tead

ores

do

curr

ícul

o é

a id

eia

de

com

petê

ncia

[.

..].

O

curr

ícul

o pl

eno

do C

urso

de

li

cenc

iatu

ra

em

Edu

caçã

o B

ásic

a co

m

habi

lita

ção

em

Edu

caçã

o F

ísic

a da

U

nit

é or

gani

zado

a

part

ir

de

eixo

s de

di

scip

lina

s en

cade

ados

e

arti

cula

dos

hori

zont

alm

ente

ao

long

o do

cu

rríc

ulo,

co

m

disc

ipli

nas

se

com

plem

enta

ndo

sem

ex

isti

r a

figu

ra

do

pré-

requ

isit

o.

Os

eixo

s qu

e co

mpõ

em o

cur

rícu

lo s

ão

os

segu

inte

s:

Eix

o da

s ci

ênci

as

biof

isio

lógi

cas;

E

ixo

do d

esen

volv

imen

to

Hum

ano;

E

ixo

das

ling

uage

ns

corp

orai

s;

Eix

o da

s ba

ses

cien

tífi

cas

da

Edu

caçã

o;

Eix

o da

C

onst

ruçã

o da

pr

átic

a do

cent

e e

o E

ixo

da

docê

ncia

com

part

ilha

da.

O

curs

o se

orga

niza

do

em

regi

me

sem

estr

al,

divi

dido

em

8

(oit

o)

perí

odos

. F

orm

ação

es

pecí

fica

: F

orm

ação

ped

agóg

ica:

Dur

ação

e

carg

a ho

rári

a 38

40

hora

s/au

la,

send

o:

form

ação

am

plia

da

975

hora

s;

form

ação

es

pecí

fica

1.

785

h;

disc

ipli

nas

elet

ivas

36

0 h;

es

tági

o su

perv

isio

nado

480

h;

4250

hor

as s

endo

: 1.

Núc

leo

de

For

maç

ão

Esp

ecíf

ica

- 25

80 h

oras

-aul

a;2.

Núc

leo

de

For

maç

ão

Did

átic

o-P

edag

ógic

a -

1470

hor

as-a

ula;

Car

ga h

orár

ia p

arci

al:2

.100

h;

Prá

tica

de

For

maç

ão: 4

20 h

; E

stág

io S

uper

visi

onad

o: 4

00 h

A

tivi

dade

s A

cadê

mic

o-C

ient

ífic

o-C

ultu

rais

:200

h;

Car

ga

Hor

ária

da

s di

scip

lina

s216

0 h;

C

onst

ruçã

o da

P

ráti

ca

Doc

ente

480

h;

Doc

ênci

a C

ompa

rtil

hada

48

0h;

Fun

dam

enta

ção

teór

ico-

prát

ica2

.666

h;

A

tivi

dade

s A

cadê

mic

a-C

ient

ífic

o-C

ultu

rais

200

h E

stág

io S

uper

visi

onad

o 5

00 h

Page 101: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

100

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

ativ

idad

es

com

plem

enta

res

240

hora

s.C

H to

tal 3

840h

oras

. 3.

N

úcle

o de

F

orm

ação

A

cadê

mic

o-C

ient

ífic

o-C

ultu

ral –

200

hora

s-au

la.

Car

ga h

orár

ia to

tal:

3.12

0 h

F

orm

ação

co

mpl

emen

tar

240

h;

CH

to

tal:

33

60 h

Car

ga h

orár

ia t

otal

3366

hor

as

de 6

0 m

inut

os

aval

iaçã

o da

ap

rend

izag

em

Con

ceit

ualm

ente

a

aval

iaçã

o de

ve

ser

ente

ndid

a co

mo

um m

eio

para

se

veri

fica

r o

dese

mpe

nho

na

apre

ndiz

agem

do

al

uno

[...]

A

ad

oção

da

av

alia

ção

form

ativ

a qu

alit

ativ

a e

não

clas

sifi

cató

ria,

vis

a a

prop

icia

r a

abor

dage

m

de

uma

dim

ensã

o pa

rtic

ipat

iva

no p

roce

sso

de

aval

iaçã

o,

na

qual

os

al

unos

, re

conh

ecid

os

com

o pa

rtíc

ipes

le

gíti

mos

do

pr

oces

so

de

ensi

no-

apre

ndiz

agem

, de

vem

se

r ou

vido

s em

sua

s ex

pect

ativ

as,

acol

hido

s em

su

as c

arên

cias

, es

tim

ulad

os e

m s

uas

curi

osid

ades

e

incl

uído

s na

s co

mun

idad

es,

inve

stig

ativ

a e

deli

bera

tiva

. [.

..]é

nece

ssár

io p

rogr

amar

a

aval

iaçã

o da

apr

endi

zage

m q

ue s

e ca

ract

eriz

e pe

la

prát

ica

hum

anis

ta/d

emoc

ráti

ca,

ente

ndid

a co

mo

ação

co

leti

va

e co

nsen

sual

, in

vest

igat

iva

e re

flex

iva,

dia

nte

da

quai

s pr

ofes

sore

s e

alun

os a

ssum

am

post

uras

co

oper

ativ

as,

crít

ica

e re

spon

sáve

l. D

o po

nto

de v

ista

do

plen

o de

senv

olvi

men

to

hum

ano,

o

proc

esso

ava

liat

ivo

[...]

dev

e bu

scar

a

inte

graç

ão d

os c

onte

údos

, vi

stos

co

mo

mei

o e

não

com

o fi

m

da

apre

ndiz

agem

. A

pro

post

a av

alia

tiva

que

se

harm

oniz

ar c

om o

per

fil

Vem

os

com

o ne

cess

ário

co

meç

ar a

rom

per

as b

arre

iras

e

ousa

r na

co

nstr

ução

e

impl

emen

taçã

o de

um

pr

oces

so a

vali

ativ

o no

PIP

E01

[.

..]

em

que:

os

as

pect

os

qual

itat

ivos

e

técn

icos

se

jam

ig

ualm

ente

co

nsid

erad

os;

o at

o de

av

alia

r se

ja

com

pree

ndid

o co

mo

um

proc

esso

co

ntín

uo

e pe

rman

ente

co

m

funç

ão

diag

nóst

ica;

o

proc

esso

av

alia

tivo

es

teja

al

iado

ao

de

senv

olvi

men

to

plen

o do

es

tuda

nte

em

suas

m

últi

plas

di

men

sões

[.

..];

a ta

refa

de

av

alia

r le

ve e

m c

onsi

dera

ção

o pr

oces

so

e as

co

ndiç

ões

do

apre

ndiz

ado

dos

estu

dant

es;

a av

alia

ção

cons

titu

a-se

nu

m

dos

com

pone

ntes

do

proc

esso

de

en

sina

r e

de

apre

nder

. [.

..].o

s pr

ofes

sore

s re

spon

sáve

is p

elos

pro

jeto

s do

P

IPE

de

verã

o ap

rese

ntar

em

se

us

plan

os

de

trab

alho

os

in

stru

men

tos

de a

vali

ação

em

co

nfor

mid

ade

com

a

met

odol

ogia

ad

otad

a e

cons

ider

ando

as

es

peci

fici

dade

s de

ca

da

[...]

o

Reg

imen

to

Ger

al

do

UN

IPA

M r

egul

amen

ta,

além

do

proc

esso

de

ve

rifi

caçã

o do

re

ndim

ento

ac

adêm

ico

do

proc

esso

de

en

sino

e

de

apre

ndiz

agem

, a

ques

tão

da

freq

uênc

ia

às

ativ

idad

es

form

ativ

as e

, ai

nda,

os

sist

emas

de

rec

uper

ação

. N

o pl

ano

de

ensi

no,

dent

ro

do

cam

po

aval

iaçã

o,

cons

tam

as

su

as

mod

alid

ades

, co

m a

pre

visã

o do

s re

spec

tivo

s in

stru

men

tos

a se

rem

uti

liza

dos

e va

lore

s. O

sis

tem

a de

ava

liaç

ão

prev

isto

pe

lo

prof

esso

r em

se

u pl

ano

de e

nsin

o te

m c

onsi

stên

cia

sufi

cien

te p

ara

just

ific

á-lo

. O

pr

incí

pio

gera

l de

es

colh

a do

s in

stru

men

tos

de

aval

iaçã

o co

nsis

te,

basi

cam

ente

, em

fo

rnec

er

um

cont

exto

e

soli

cita

r ao

edu

cand

o qu

e re

aliz

e a

ativ

idad

e de

scri

ta

nas

habi

lida

des

e co

mpe

tênc

ias

prev

ista

s,

segu

ndo

os

níve

is

de

dom

ínio

es

peci

fica

dos

para

de

term

inad

o es

tági

o de

de

senv

olvi

men

to d

o ed

ucan

do.

Sec

unda

riam

ente

, ou

tros

cr

itér

ios

irão

inf

luen

ciar

a o

pção

po

r um

in

stru

men

to,

com

o a

Os

alun

os

são

aval

iado

s de

ac

ordo

com

a m

etod

olog

ia d

e en

sino

ado

tada

pel

o pr

ofes

sor

nas

dive

rsas

áre

as d

o cu

rso.

É

con

sens

o no

gru

po q

ue a

s av

alia

ções

es

crit

as

seja

m

valo

riza

das

em n

o m

ínim

o 70

po

ntos

da

no

ta

bim

estr

al.

E

que

as

mes

mas

se

jam

el

abor

adas

us

ando

co

mo

crit

ério

à

dive

rsid

ade

de

ques

tões

(o

bjet

ivas

e

disc

ursi

vas)

, e

que

elab

oraç

ão

seja

cri

teri

osa,

dis

trib

uind

o as

qu

estõ

es p

ara

que

seja

pos

síve

l te

star

o c

onhe

cim

ento

bás

ico,

a

capa

cida

de

de

anál

ise,

ra

cioc

ínio

e c

ríti

ca d

o al

uno.

A

s ou

tras

fo

rmas

de

av

alia

ções

, co

mo,

as

au

las

prát

icas

de

la

bora

tóri

o e

prát

icas

são

ava

liad

as a

trav

és

da

elab

oraç

ão

e ap

rese

ntaç

ão

de

rela

tóri

os

escr

itos

e/

ou

apre

sent

ados

na

fo

rma

de

sem

inár

io e

mes

a re

dond

a. O

s se

min

ário

s sã

o av

alia

dos

obse

rvan

do

o co

nhec

imen

to

cien

tifi

co d

o te

ma,

a f

orm

a e

a or

gani

zaçã

o da

ap

rese

ntaç

ão,

[...]

. A

not

a fi

nal

do b

imes

tre

será

at

ribu

ída

pela

so

ma

das

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101

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

aval

iaçã

o da

ap

rend

izag

em

do e

gres

so e

com

as

com

petê

ncia

s e

habi

lida

des

espe

rada

s do

pr

ofis

sion

al.

[...]

[A

ava

liaç

ão d

eve

resp

eita

r] o

s cr

itér

ios

esta

bele

cido

s le

vand

o em

co

nsid

eraç

ão

a fr

eqüê

ncia

e

o ap

rove

itam

ento

du

rant

e o

perí

odo

leti

vo,

[...]

.A

aval

iaçã

o da

ap

rend

izag

em

deve

ser

coer

ente

[.

..]

proc

essu

al,

med

iado

ra,

form

ativ

a e

cont

ínua

e

perm

itir

a

veri

fica

ção

da

apre

ndiz

agem

do

po

nto

de

vist

a si

gnif

icat

ivo,

[.

..]A

s fo

rmas

de

re

cupe

raçã

o da

ap

rend

izag

em,

inic

ialm

ente

, pa

ssam

pel

as

norm

as

regi

men

tais

da

U

FT

M,

poré

m,

cabe

rá a

o do

cent

e, [

...]

veri

fica

r o

dese

mpe

nho

do

alun

o,

a fi

m

de

gara

ntir

fo

rmas

de

re

cupe

rar

para

qu

e nã

o se

ja n

eces

sári

o pa

ssar

pel

a re

cupe

raçã

o re

gim

enta

l. [.

..].

ativ

idad

e pr

opos

ta.

[...]

Apó

s,

cada

sem

estr

e, o

pro

fess

or d

a di

scip

lina

, os

di

scen

tes

e o

coor

dena

dor

dos

PIP

Es

deve

rão

tom

ar

conh

ecim

ento

do

pr

oces

so

aval

iati

vo,

no

sent

ido

de

veri

fica

r o

dese

nvol

vim

ento

, em

te

rmos

qu

ali/

quan

tita

tivo

s,

do

trab

alho

rea

liza

do, s

ervi

ndo

os

dado

s,

port

anto

, de

in

stru

men

tos

para

o

aper

feiç

oam

ento

da

s aç

ões

gara

ntin

do

a m

elho

ria

da

qual

idad

e e

pert

inên

cia

das

ativ

idad

es d

esen

volv

idas

.

quan

tida

de d

e ed

ucan

dos

a se

rem

av

alia

dos,

be

m

com

o o

grau

de

seja

do d

e ob

jeti

vida

de.

nota

s da

s pr

ovas

esc

rita

s [.

..] e

ou

tras

for

mas

de

aval

iaçõ

es,

inte

raçã

o te

oria

e p

ráti

ca

Em

Com

petê

ncia

s e

habi

lida

des

está

ex

plic

ito:

“D

omín

io

de

conh

ecim

ento

s e

inst

rum

ento

s té

cnic

os d

a ci

ênci

a do

esp

orte

par

a de

senv

olve

r es

tudo

s ac

adêm

ico-

cien

tífi

cos

e se

rviç

os p

edag

ógic

os e

pr

ofis

sion

ais

para

re

solu

ção

de

ques

tões

ne

ssa

área

de

co

nhec

imen

to.

Con

heci

men

to

de

conc

eito

s e

apli

caçõ

es d

os a

spec

tos

teór

ico-

prát

icos

da

pe

dago

gia

do

espo

rte

para

a

elab

oraç

ão

de

prog

ram

as,

proj

etos

e a

ções

par

a o

ensi

no,

trei

nam

ento

e

orga

niza

ção

do e

spor

te e

duca

cion

al,

do e

spor

te

de

laze

r,

[...]

. D

omín

io

de

conh

ecim

ento

s es

pecí

fico

s da

No

proc

esso

de

form

ação

do

prof

issi

onal

de

E

duca

ção

Fís

ica

da

UF

U

os

estu

dos

teór

icos

re

lati

vos

aos

dife

rent

es

cont

eúdo

s se

co

nsti

tuir

ão c

omo

ferr

amen

tas

para

a

inte

rven

ção

doce

nte.

P

or s

ua v

ez, a

exp

eriê

ncia

ou

a pr

átic

a pe

dagó

gica

, de

senv

olvi

da

ao

long

o do

pr

oces

so

de

form

ação

pr

ofis

sion

al, d

ever

ão

poss

ibil

itar

ao

futu

ro

prof

issi

onal

de

E

duca

ção

Fís

ica

a co

mpr

eens

ão

da

com

plex

idad

e do

s pr

oces

sos

educ

ativ

os e

soc

iais

e a

uxil

iá-

[...]

no

qu

e di

z re

spei

to

ao

ensi

no,

a in

stit

uiçã

o pr

ima

pela

[.

..] p

ela

adoç

ão d

e di

spos

itiv

os

que

viab

iliz

em a

rel

ação

teo

ria

e pr

átic

a e

por

uma

aval

iaçã

o pe

rman

ente

. N

esse

se

ntid

o,

o fa

zer

psic

oped

agóg

ico,

den

tro

da

inst

itui

ção,

re

quer

ol

hare

s e

prát

icas

qu

e se

jam

at

uais

, qu

e re

cuse

m a

rep

rodu

ção

esté

ril

de

fórm

ulas

e d

e m

odel

os e

que

se

apro

prie

m

do

dina

mis

mo

do

coti

dian

o es

cola

r. E

sse

faze

r te

m

seu

sust

entá

culo

em

um

a ab

orda

gem

in

tera

cion

ista

em

qu

e o

conh

ecim

ento

é c

once

bido

co

mo

uma

cons

truç

ão c

ontí

nua

[...]

o c

urso

de

Edu

caçã

o F

ísic

a da

Uni

t pr

opõe

um

cu

rríc

ulo

que

poss

a co

ntri

buir

par

a a

inov

ação

e

a qu

alid

ade

do e

nsin

o de

gr

adua

ção,

com

ati

vida

des

que

inte

gram

o

sabe

r ac

adêm

ico

à pr

átic

a pr

ofis

sion

al.

O

curs

o ap

rese

nta

uma

part

e te

óric

a vo

ltad

a pa

ra a

for

maç

ão

de

um

prof

esso

r ge

nera

list

a co

m d

isci

plin

as q

ue a

bran

gem

to

das

as

área

s da

s ci

ênci

as

hum

anas

. A

pres

enta

ta

mbé

m

uma

part

e pr

átic

a (l

abor

atór

io

e/ou

prá

tica

) pa

ra d

emon

stra

r e

fixa

r a

teor

ia, s

ervi

ndo

tam

bém

pa

ra e

stim

ular

a p

esqu

isas

. O

co

nteú

do d

e ca

da d

isci

plin

a é

min

istr

ado

em

aula

s te

óric

as,

prát

icas

de

labo

rató

rio

e au

las

prát

icas

. A

plic

ar

os

conh

ecim

ento

s te

óric

os

adqu

irid

os

no

tran

scor

rer

do

curs

o,

busc

ando

o

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102

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Inte

raçã

o te

oria

e p

ráti

ca

biol

ogia

cor

pora

l pa

ra p

oder

int

ervi

r co

m

açõe

s pe

dagó

gica

s e

prof

issi

onai

s pa

ra

a m

elho

ria

da

qual

idad

e de

vi

da

das

pess

oas,

a

part

ir

do

dese

nvol

vim

ento

de

at

ivid

ades

fís

icas

. C

ompr

eens

ão d

as

ques

tões

so

ciai

s e

cult

urai

s da

s re

laçõ

es

hum

anas

pa

ra

pode

r so

luci

onar

qu

estõ

es

de

incl

usão

so

cial

tan

to n

o as

pect

o pe

dagó

gico

qu

anto

no

as

pect

o de

sa

úde

e qu

alid

ade

de

vida

. D

omín

io

das

ques

tões

teó

rica

s e

prát

icas

do

laze

r e

da

recr

eaçã

o [.

..].

“No

está

gio

curr

icul

ar

supe

rvis

iona

do

expr

essa

qu

e:“[

O e

stág

io s

uper

visi

onad

o} é

a

opor

tuni

dade

de

o

acad

êmic

o de

mon

stra

r os

con

heci

men

tos

e as

ha

bili

dade

s ad

quir

idas

, [.

..],

Em

M

etod

olog

ia

do

ensi

no

e ap

rend

izag

em e

xpre

ssa

que:

“pa

ra o

de

senv

olvi

men

to

dos

com

pone

ntes

cu

rric

ular

es d

eter

min

ados

pel

a ár

ea

das

ciên

cias

hu

man

as

e pa

ra

o es

port

e, [

...],

a a

bord

agem

par

te d

as

conc

epçõ

es

inte

rati

vas

e cr

ític

as,

[...]

a

part

ir

da

real

idad

e de

E

duca

ção

Fís

ica

no

seu

cont

exto

so

cial

. A

lém

dis

so,

fica

gar

anti

da a

vi

vênc

ia

prát

ica

dess

es

cont

eúdo

s pa

ra c

onso

lida

ção

da a

pren

diza

gem

do

pr

oces

so

de

ensi

nar-

a-en

sina

r.

“De

70

disc

ipli

nas,

em

18

as

re

laçõ

es

teor

ia

e pr

átic

a es

tão

expl

icit

adas

nas

em

enta

s”.

lo

na

refl

exão

so

bre

alte

rnat

ivas

pa

ra

as

ques

tões

qu

e se

ap

rese

ntar

em

com

o pr

oble

mát

icas

, po

dend

o,in

clus

ive,

co

nsti

tuír

em-s

e co

mo

obje

tos

de in

vest

igaç

ão c

ient

ífic

a.

na

rela

ção

suje

ito-

obje

to,

em

que

o de

senv

olvi

men

to

não

depe

nde

apen

as d

o in

vest

imen

to

rece

bido

, m

as

do

esfo

rço

de

cada

pes

soa

envo

lvid

a e

do s

eu

inte

ress

e em

co

nstr

uir

sua

apre

ndiz

agem

.

aper

feiç

oam

ento

e

ampl

iaçã

o da

sua

for

maç

ão p

rofi

ssio

nal,

na

vivê

ncia

de

si

tuaç

ões

da

prát

ica

peda

gógi

ca

tant

o no

en

sino

fu

ndam

enta

l co

mo

no

ensi

no m

édio

.

Page 104: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

103

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Prá

tica

s in

terd

isci

plin

a-re

s

Est

á ex

plic

ito

nos

Pri

ncíp

ios

e na

s A

tivi

dade

s co

mpl

emen

tare

s:“A

rt.

2°.

As

ativ

idad

es

com

plem

enta

res

se

cons

titu

em

com

o um

co

mpo

nent

e cu

rric

ular

dos

cur

sos

de g

radu

ação

qu

e te

m

por

obje

tivo

pr

omov

er

a am

plia

ção

do

proc

esso

en

sino

-ap

rend

izag

em

da

área

do

co

nhec

imen

to

do

grad

uand

o.

A

cara

cter

ísti

ca

fund

amen

tal

das

Ati

vida

des

Com

plem

enta

res

é a

inte

rdis

cipl

inar

idad

e,

pela

qu

al

o gr

adua

ndo

deve

ampl

iar

seus

co

nhec

imen

tos

e in

tegr

á-lo

s ao

s co

nhec

imen

tos

espe

cífi

cos

assi

mil

ados

, ob

jeti

vand

o a

sua

auto

nom

ia a

cadê

mic

o-pr

ofis

sion

al.

rela

ção

ensi

no,

pesq

uisa

e

exte

nsão

É i

mpo

rtan

te d

esta

car

que

não

é po

ssív

el

trat

ar

teor

icam

ente

es

te

ques

ito

[ens

ino,

pe

squi

sa

e ex

tens

ão]

de

form

a in

diss

ociá

vel,

cons

ider

ando

qu

e no

co

ntex

to

da

univ

ersi

dade

, as

que

stõe

s do

ens

ino,

da

pe

squi

sa

e da

ex

tens

ão

estã

o in

terl

igad

as,

cria

ndo

uma

rela

ção

de

inte

rdep

endê

ncia

mui

to s

ólid

a.N

esta

pr

opos

ta p

edag

ógic

a, a

s qu

estõ

es d

o en

sino

fu

ndam

enta

r-se

-ão

na

pers

pect

iva

da p

esqu

isa,

ent

endo

-a

com

o um

pr

incí

pio

met

odol

ógic

o pa

ra

a pr

omoç

ão

do

proc

esso

en

sino

-apr

endi

zage

m.

Por

ou

tro

lado

, as

que

stõe

s da

ext

ensã

o tê

m

por

prin

cípi

os

com

plem

enta

r o

proc

esso

en

sino

-apr

endi

zage

m,

poss

ibil

itan

do o

con

stan

te e

xerc

ício

da

pr

átic

a.A

lém

do

pr

ofes

sor

O

prin

cípi

o de

in

diss

ocia

bili

dade

en

tre

o en

sino

, pe

squi

sa

e ex

tens

ão

será

as

segu

rado

m

edia

nte

o en

volv

imen

to d

os p

rofe

ssor

es

e al

unos

em

pro

jeto

s co

mo

os

de I

nici

ação

Cie

ntíf

ica,

Bol

sas

de

Mon

itor

ia,

ativ

idad

es

com

plem

enta

res,

e A

tivi

dade

s de

E

xten

são.

A

lém

di

sso,

as

at

ivid

ades

do

cent

es

deve

rão

opor

tuni

zara

os

al

unos

, co

nsta

ntem

ente

, co

ndiç

ões

de

part

icip

ação

em

pr

ojet

os

indi

vidu

ais

ou

em

grup

os

de

pesq

uisa

.Os

alun

os

deve

rão

ser

esti

mul

ados

a p

arti

cipa

rem

de

ati

vida

des

que

soci

aliz

em o

co

nhec

imen

to p

rodu

zido

pel

o

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104

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

arti

cula

dor

do

proc

esso

en

sino

-ap

rend

izag

em

paut

ar

pelo

s pr

incí

pios

da

pe

squi

sa

com

o ab

orda

gem

m

etod

ológ

ica

a pr

omoç

ão

da

pesq

uisa

co

m

o ob

jeti

vo

de

prod

ução

de

co

nhec

imen

to

é de

fu

ndam

enta

l im

port

ânci

a pa

ra a

con

soli

daçã

o da

pr

opos

ta

peda

gógi

ca,

pois

es

prev

isto

o

ince

ntiv

o de

es

tudo

s ac

adêm

icos

ci

entí

fico

s a

part

ir

da

elab

oraç

ão

de

trab

alho

s de

co

nclu

são

de c

urso

, a

prom

oção

de

pesq

uisa

s no

s pr

ogra

mas

de

in

icia

ção

cien

tífi

ca,

em p

esqu

isas

a

part

ir

de

cont

eúdo

s es

tuda

dos

nas

disc

ipli

nas

que

com

põe

a m

atri

z cu

rric

ular

e a

for

maç

ão d

e gr

upos

de

estu

dos

a pa

rtir

do

apro

fund

amen

to

em d

uas

área

s de

con

cent

raçã

o qu

e se

rão

subd

ivid

idas

em

di

vers

as

linh

as

tem

átic

as

iden

tifi

cada

s na

m

atri

z cu

rric

ular

. N

o qu

e di

z re

spei

to à

s qu

estõ

es d

a ex

tens

ão,

a pr

átic

a co

mo

com

pone

nte

curr

icul

ar

gara

ntid

a na

m

atri

z cu

rric

ular

é o

pr

imei

ro i

ndic

ador

que

pos

sibi

lita

efet

ivam

ente

a

elab

oraç

ão

e a

exec

ução

de

pr

ojet

os

de

exte

nsão

, su

perv

isio

nado

s pe

los

prof

esso

res

das

disc

ipli

nas

corr

espo

nden

tes.

A

lém

de

a pr

átic

a ef

etiv

a te

m-s

e a

poss

ibil

idad

e de

, ao

lo

ngo

da

estr

utur

ação

do

cu

rso,

o

dese

nvol

vim

ento

de

at

ivid

ades

re

lati

vas

à E

duca

ção

Fís

ica

dent

ro

do c

onte

xto

loca

l e r

egio

nal.

Dur

ante

o

proc

esso

de

corp

o do

cent

e e

pelo

s di

scen

tes

afir

man

do

a in

diss

ocia

bili

dade

da

tría

de d

o co

nhec

imen

to n

a su

a pr

oduç

ão

e ve

icul

ação

aca

dêm

ica.

Page 106: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

105

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

grad

uaçã

o,

os

alun

os

serã

o es

tim

ulad

os

a pa

rtic

ipar

de

at

ivid

ades

de

so

cial

izaç

ão

do

conh

ecim

ento

pr

oduz

ido

por

eles

pr

ópri

os

e pe

los

prof

esso

res

para

qu

e es

sa

rela

ção

de

inte

rdep

endê

ncia

en

tre

ensi

no,

pesq

uisa

e

exte

nsão

se

to

rne

indi

ssoc

iáve

l, de

ntro

do

co

ntex

to

acad

êmic

o un

iver

sitá

rio.

A

tivi

dade

s co

mpl

emen

ta -

res

A c

oord

enaç

ão d

as a

tivi

dade

s fi

cará

a

carg

o da

co

orde

naçã

o de

cu

rso.

[.

..]

pode

m

ser

dese

nvol

vida

s re

laci

onad

as

com

a

pesq

uisa

, a

exte

nsão

, ao

en

sino

, aç

ões

volu

ntár

ias,

à

repr

esen

taçã

o es

tuda

ntil

e

a pa

rtic

ipaç

ão

em

even

tos

cien

tífi

cos,

es

port

ivos

e

cult

urai

s,

incl

uind

o a

prát

ica

de

estu

dos

e at

ivid

ades

ind

epen

dent

es;

no m

undo

do

trab

alho

nas

dif

eren

tes

man

ifes

taçõ

es

cult

urai

s,

soci

ais,

ar

tíst

icas

, esp

orti

vas

e vo

lunt

aria

dos.

A

rt.

3º.

As

Ati

vida

des

Com

plem

enta

res

[...]

con

stit

uem

-se

em a

tivi

dade

s ob

riga

tóri

as [

...]

Art

. 4°

. A

s A

tivi

dade

s [.

..] t

erão

com

o ca

rga

horá

ria

glob

al

de

240

h/a,

se

ndo

elas

: pa

rtic

ipaç

ão

e/ou

ap

rese

ntaç

ão

de

trab

alho

s em

ev

ento

s ci

entí

fico

s; p

arti

cipa

ção

em

mon

itor

ias,

es

tági

os

e pr

ogra

mas

ex

trac

urri

cula

res

[...]

pa

rtic

ipaç

ão

em p

rogr

amas

de

inic

iaçã

o ci

entí

fica

e/

ou

proj

etos

de

pe

squi

sa

[...]

;em

pr

ogra

mas

de

ex

tens

ão,

[...]

pa

rtic

ipaç

ão

em

curs

os

de

atua

liza

ção

ou a

perf

eiço

amen

to [

...];

Con

side

ram

-se

ativ

idad

es

com

plem

enta

res

toda

s aq

uela

s pr

omov

idas

pel

o cu

rso

de E

duca

ção

Fís

ica,

por

ou

tras

U

nida

des

Aca

dêm

icas

da

UF

U, o

u po

r qu

alqu

er o

utra

In

stit

uiçã

o de

E

nsin

o de

vida

men

te

cred

enci

ada

e qu

e sã

o cl

assi

fica

das

nas

segu

inte

s m

odal

idad

es:A

) A

tivi

dade

s vi

ncul

adas

ao

en

sino

;B)

Ati

vida

des

vinc

ulad

as

à pe

squi

sa;C

) A

tivi

dade

s vi

ncul

adas

à

exte

nsão

;D)

Ati

vida

des

vinc

ulad

as

à re

pres

enta

ção

estu

dant

il

Ao

long

o do

cu

rso,

os

al

unos

de

senv

olve

m

ativ

idad

es

com

plem

enta

res,

de

vida

men

te

regu

lam

enta

das

pela

P

orta

ria

n.

31/2

008,

e

dela

s pa

rtic

ipam

. E

ssas

se

divi

dem

em

ati

vida

des

de

exte

nsão

, de

en

sino

e

de

pesq

uisa

tai

s co

mo:

par

tici

paçã

o em

m

ini-

curs

os,

disc

ussõ

es

tem

átic

as,

proj

etos

de

in

icia

ção

cien

tífi

ca, m

onit

oria

s, s

emin

ário

s,

cong

ress

os,

publ

icaç

ões,

ci

clos

de

es

tudo

s de

ntre

ou

tras

ex

peri

ênci

as

didá

tico

-pe

dagó

gica

s

As

ativ

idad

es d

e fo

rmaç

ão

com

plem

enta

r co

mpr

eend

em

desd

e m

onit

oria

s,

está

gios

ex

trac

urri

cula

res,

pr

ogra

mas

de

in

icia

ção

cien

tífi

ca,

curs

os

real

izad

os

na

área

de

E

duca

ção

Fís

ica

e af

ins,

pa

rtic

ipaç

ão

em

even

tos

cien

tífi

cos

na

área

de

E

duca

ção

Fís

ica

e af

ins,

A

pres

enta

ção

de t

raba

lhos

em

co

ngre

ssos

e

sem

inár

ios,

C

urso

s e

ativ

idad

es

de

exte

nsão

, pr

ojet

os

de

pesq

uisa

, di

scip

lina

s of

erec

idas

co

mo

opta

tiva

s [.

..],

tota

liza

ndo

200

hora

s de

at

ivid

ades

. A

s at

ivid

ades

de

fo

rmaç

ão

com

plem

enta

r de

verã

o se

r re

gist

rada

s em

fic

has

com

po

ntua

ção

prev

iam

ente

de

fini

das

pelo

co

legi

ado

de C

urso

.

Con

side

ram

-se

Ati

vida

des

Com

plem

enta

res

aque

las

prom

ovid

as

pelo

U

NIC

ER

P,

ou

por

qual

quer

ou

tra

inst

itui

ção

devi

dam

ente

cr

eden

ciad

a,

clas

sifi

cada

s na

s se

guin

tes

mod

alid

ades

:I

– G

rupo

1:

A

tivi

dade

s vi

ncul

adas

ao

en

sino

;II

– G

rupo

2:

A

tivi

dade

s vi

ncul

adas

à

pesq

uisa

;III

Gru

po

3:

Ati

vida

des

vinc

ulad

as

à ex

tens

ão;I

V

– G

rupo

4:

A

tivi

dade

s vi

ncul

adas

ao

se

rviç

o co

mun

itár

io;V

Gru

po

5:

Ati

vida

des

vinc

ulad

as

à re

pres

enta

ção

estu

dant

il.

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106

IES

un

idad

es

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

outr

as

ativ

idad

es

cons

ider

adas

im

port

ante

s na

fo

rmaç

ão

disc

ente

.[T

odas

de

verã

o se

r pe

rtin

ente

s à

form

ação

em

EF

.

Page 108: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

107

Qua

dro

10 -

Aná

lise

da e

stru

tura

dos

pro

jeto

s po

lític

o-pe

dagó

gico

s

IE

S un

idad

es

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

orga

niza

ção

das

com

pone

ntes

cu

rric

ular

es

de

form

ação

es

pecí

fica

e

de

form

ação

pe

dagó

gica

[...]

co

nsti

tui-

se

de

uma

part

e es

pecí

fica

, or

gani

zada

em

torn

o de

trê

s ei

xos

tem

átic

os,

arti

cula

ndo

os

conh

ecim

ento

s bi

ológ

ico,

cnic

o-in

stru

men

tal

e cu

ltur

al

do

mov

imen

to h

uman

o e

uma

part

e co

mum

à

form

ação

de

pr

ofes

sore

s da

E

duca

ção

Bás

ica,

rep

rese

ntad

a pe

lo e

ixo

tem

átic

o O

de

senv

olvi

men

to h

uman

o e

os c

onte

xtos

da

apre

ndiz

agem

, pr

esen

te

nos

três

an

os

da

peri

odiz

ação

. O

ei

xo

tem

átic

o O

de

senv

olvi

men

to h

uman

o e

os c

onte

xtos

da

apre

ndiz

agem

fo

i or

gani

zado

em

tr

ês

unid

ades

tem

átic

as e

ati

vida

des

de P

ráti

ca

de

Ens

ino,

E

stág

io

Sup

ervi

sion

ado,

T

raba

lho

de C

onst

ruçã

o de

Apr

endi

zage

ns,

Tra

balh

o de

Con

clus

ão d

e C

urso

e E

stud

os

Inde

pend

ente

s. O

s es

tudo

s em

cad

a un

idad

e de

verã

o pr

omov

er

a ar

ticu

laçã

o en

tre

a fo

rmaç

ão

espe

cífi

ca

e a

form

ação

pe

dagó

gica

com

um.

[...]

co

nsti

tui-

se

de

unid

ades

de

co

nhec

imen

tos

da

form

ação

am

plia

da,

orga

niza

da

em

torn

o de

tr

ês

eixo

s te

mát

icos

art

icul

ando

os

conh

ecim

ento

s bi

ológ

icos

, hu

man

ísti

cos,

so

ciai

s e

cien

tífi

co-t

ecno

lógi

co,

e tr

ês

eixo

s te

mát

icos

da

fo

rmaç

ão

espe

cífi

ca,

que

arti

cula

m

os

conh

ecim

ento

s té

cnic

o-in

stru

men

tal,

didá

tico

-ped

agóg

ico

e cu

ltur

al

do

mov

imen

to

hum

ano.

a

form

ação

am

plia

da

[...]

.A

orga

niza

ção

curr

icul

ar

da

form

ação

es

pecí

fica

do

cu

rso

de g

radu

ação

em

Edu

caçã

o F

ísic

a co

mpr

eend

e um

cleo

re

spon

sáve

l pe

los

conh

ecim

ento

s id

enti

fica

dore

s da

ár

ea d

e E

duca

ção

Fís

ica

e é

com

post

o po

r un

idad

es t

emát

icas

que

aba

rcam

as

man

ifes

taçõ

es

e os

co

nhec

imen

tos

clás

sico

s da

ár

ea

(jog

o,

espo

rte,

gi

nást

ica,

dan

ça,

luta

/art

e/m

arci

al)

e po

r co

nhec

imen

tos

oriu

ndos

da

s ci

ênci

as

exat

as, b

ioló

gica

s e

hum

anas

.

Org

aniz

ação

cur

ricu

lar

por

disc

ipli

nas,

of

erec

idas

em

8

(oit

o)

sem

estr

es

leti

vos.

A

o 6º

pe

ríod

o,

a “a

rqui

tetu

ra c

urri

cula

r” é

idê

ntic

a ao

do

ba

char

elad

o.

A

dife

renç

a é

a in

vers

ão

da

natu

reza

opta

tiva

ou

ob

riga

tóri

a –

nos

dois

cur

sos.

Org

aniz

ação

cu

rric

ular

po

r di

scip

lina

s,

ofer

ecid

as

em

8 (o

ito)

se

mes

tres

le

tivo

s.

Até

o

perí

odo,

a

“arq

uite

tura

cu

rric

ular

” é

idên

tica

ao

da

li

cenc

iatu

ra.

A

dife

renç

a in

vers

ão

da

natu

reza

– o

ptat

iva

ou o

brig

atór

ia –

nos

do

is c

urso

s.

Dur

ação

e c

arga

ho

rári

a

A d

uraç

ão m

ínim

a do

cur

so d

e L

icen

ciat

ura

em

Edu

caçã

o F

ísic

a é

de

3 (t

rês)

an

os,

pode

ndo

ser

conc

luíd

o no

m

áxim

o em

5

(cin

co)

anos

, co

m

carg

a ho

rári

a to

tal

de

3020

(tr

ês m

il e

vin

te)

hora

s. O

reg

ime

de

func

iona

men

to

será

de

18

(d

ezoi

to)

hora

s/au

las

sem

anai

s,

com

40

(q

uare

nta)

se

man

as

leti

vas,

se

ndo

uma

refe

rent

e a

Sem

ana

da E

duca

ção

Fís

ica,

com

12

(doz

e)

hora

s an

uais

, [.

..].O

cur

so i

nclu

irá

aind

a a

Prá

tica

de

Ens

ino,

com

400

(qu

atro

cent

as)

hora

s, c

uja

supe

rvis

ão

fica

rá a

car

go d

os

prof

esso

res

de

todo

s os

co

mpo

nent

es

A

dura

ção

mín

ima

do

curs

o de

G

radu

ação

em

Edu

caçã

o F

ísic

a é

de 0

4 (q

uatr

o) a

nos,

com

car

ga h

orár

ia t

otal

de

3330

(tr

ês m

il,

trez

enta

s e

trin

ta)

hora

s e

dura

ção

máx

ima

de 0

7 (s

ete)

ano

s. [

...]

O

curs

o in

clui

aind

a o

Est

ágio

C

urri

cula

r S

uper

visi

onad

o co

m u

m t

otal

de

420

(qu

atro

cent

as e

vin

te)

hora

s, n

o te

rcei

ro e

no

quar

to a

no,

[...]

Alé

m d

isso

, co

nsti

tuem

o c

urrí

culo

, 24

0 (d

uzen

tas

e qu

aren

ta)

hora

s de

A

tivi

dade

s C

ompl

emen

tare

s.

Car

ga

horá

ria

tota

l:

3.30

0h

Inte

gral

izaç

ão

mín

ima:

4 a

nos

Inte

gral

izaç

ão m

áxim

a: 6

ano

s A

tivi

dade

s co

mpl

emen

tare

s: 2

00h

Car

ga

horá

ria

tota

l:

3.54

0h

Ati

vida

des

com

plem

enta

res:

20

0h

Inte

gral

izaç

ão

mín

ima:

4

anos

In

tegr

aliz

ação

m

áxim

a: 6

ano

s

Page 109: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

108

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

curr

icul

ares

, di

stri

buíd

as n

os t

rês

anos

, [.

..].

Alé

m

diss

o,

cons

titu

em

o cu

rríc

ulo

os

trab

alho

s ac

adêm

icos

ex

tra-

mur

os,

real

izad

os

ao

long

o do

cu

rso,

se

ndo,

em

ca

da

ano,

20

(v

inte

) ho

ras

de

Est

udos

In

depe

nden

tes

e 40

(qu

aren

ta)

hora

s an

uais

re

fere

ntes

ao

T

raba

lho

de

Con

stru

ção

de

Apr

endi

zage

ns q

ue c

ulm

ina,

no

3º a

no,

no

Tra

balh

o de

Con

clus

ão d

e C

urso

.

aval

iaçã

o da

ap

rend

izag

em

[...]

a a

vali

ação

é c

once

bida

com

o um

a at

ivid

ade

form

ativ

a ta

nto

para

o

prof

esso

r qu

anto

pa

ra

o al

uno

e te

m

com

o fi

nali

dade

pro

porc

iona

r o

feed

back

pa

ra a

mbo

s, d

uran

te o

des

envo

lvim

ento

do

pr

oces

so

ensi

no

- ap

rend

izag

em;

prop

icia

r ao

s en

volv

idos

(p

rofe

ssor

e

alun

o)

a co

rreç

ão

de

falh

as,

escl

arec

imen

tos

de d

úvid

as e

est

ímul

o à

cont

inua

ção

do tr

abal

ho p

ara

alca

nce

dos

obje

tivo

s es

tabe

leci

dos.

P

ropo

rcio

nar

tam

bém

ao

doce

nte

info

rmaç

ões

sobr

e o

dese

nvol

vim

ento

do

tr

abal

ho,

a ad

equa

ção

de

mét

odos

e

mat

eria

is,

adeq

uabi

lida

de

da

ling

uage

m

e es

trat

égia

s. N

esse

sen

tido

, a

aval

iaçã

o é

vist

a co

mo

part

e in

tegr

ante

do

proc

esso

de

en

sino

-apr

endi

zage

m

e nã

o se

re

stri

nge

a av

alia

r os

alu

nos,

mas

ava

lia

tam

bém

o

trab

alho

do

pr

ofes

sor,

se

u pl

ano

de

ativ

idad

es

e as

di

fere

ntes

pr

átic

as d

a eq

uipe

do

curs

o. P

orta

nto,

as

ativ

idad

es d

e av

alia

ção

deve

m p

erse

guir

, de

ntre

ou

tros

, os

se

guin

tes

obje

tivo

s:

Ger

ar

info

rmaç

ões

que

perm

itam

ce

rtif

icar

se

o al

uno

está

alc

ança

ndo

ou

não

os

obje

tivo

s pr

evis

tos

pela

s di

fere

ntes

uni

dade

s te

mát

icas

; S

ubsi

diar

a

defi

niçã

o de

no

vos

rum

os

para

a

Con

serv

a a

conc

epçã

o do

cur

so d

e li

cenc

iatu

ra.

A

conc

epçã

o de

av

alia

ção

do

proc

esso

de

en

sino

ap

rend

izag

em

[...]

co

nceb

e um

a av

alia

ção

no

seu

sent

ido

form

ativ

o e

dial

ógic

o.

“A

aval

iaçã

o é,

po

rtan

to,

um

proc

edim

ento

di

dáti

co

coer

ente

co

m

os

para

digm

as

de

ensi

nar

e ap

rend

er

adot

ados

pe

la i

nsti

tuiç

ão d

e en

sino

e s

eus

prof

esso

res.

E

, ne

ste

sent

ido,

as

prát

icas

ped

agóg

icas

que

pr

omov

em p

rodu

ções

de

conh

ecim

ento

dev

em

acon

tece

r m

edia

nte

um p

roce

sso

de a

vali

ação

qu

e im

puls

ione

o

alun

o e

o pr

ofes

sor

a ap

rend

er c

onst

ante

men

te,

requ

eren

do d

e to

dos

orie

ntaç

ão

e ot

imiz

ação

do

pr

oces

so

de

gera

ção

do

conh

ecim

ento

e

das

apre

ndiz

agen

s”.

Con

serv

a a

conc

epçã

o da

lice

ncia

tura

.

Page 110: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

109

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

aval

iaçã

o da

ap

rend

izag

em

corr

eção

da

s po

ssív

eis

defi

ciên

cias

na

ap

rend

izag

em;

For

nece

r ao

pr

ofes

sor

subs

ídio

s pa

ra a

def

iniç

ão d

as e

stra

tégi

as

e re

curs

os d

e en

sino

mai

s ad

equa

dos

a ca

da d

isci

plin

a; O

rien

tar

a co

orde

naçã

o do

cur

so e

a e

quip

e de

doc

ente

s so

bre

form

as

alte

rnat

ivas

de

av

alia

r a

apre

ndiz

agem

dos

alu

nos

e o

curs

o co

mo

um

todo

. N

esta

pe

rspe

ctiv

a,

para

ex

ecut

ar e

sse

tipo

de

aval

iaçã

o po

derã

o se

r em

preg

ados

rios

pr

oced

imen

tos

que

veri

fiqu

em

o de

sem

penh

o sa

tisf

atór

io

do

alun

o,

tais

co

mo:

ex

ecuç

ão

de

rote

iros

e

prog

ram

as

de

estu

do;

aval

iaçõ

es

teór

icas

e

prát

icas

; se

min

ário

s in

divi

duai

s e

em

grup

os;

rela

tóri

os

e pa

rtic

ipaç

ão

de

ativ

idad

es

dese

nvol

vida

s em

au

las

prát

icas

e

em

ativ

idad

es

extr

a-m

uro;

av

alia

ção

do

está

gio

supe

rvis

iona

do;

aval

iaçã

o da

s at

ivid

ades

com

plem

enta

res

e do

s es

tudo

s in

depe

nden

tes

real

izad

os

pelo

s al

unos

; av

alia

ção

do t

raba

lho

de c

onst

ruçã

o de

ap

rend

izag

ens

e do

tr

abal

ho

de

conc

lusã

o de

cur

so.

A p

ropo

sta

de u

m

Tra

balh

o de

C

onst

ruçã

o de

A

pren

diza

gens

, ao

lo

ngo

do

curs

o de

li

cenc

iatu

ra,

teve

co

mo

opçã

o,

inic

ialm

ente

, co

nstr

uir

um

port

fóli

o.

Ess

e,

no

últi

mo

ano,

co

nsti

tuir

á um

T

raba

lho

de C

oncl

usão

de

Cur

so.

inte

raçã

o te

oria

e

prát

ica

A

ssim

, ne

ste

proj

eto

são

priv

ileg

iada

s as

es

trat

égia

s m

etod

ológ

icas

qu

e in

cent

ivem

a p

arti

cipa

ção

dos

alun

os,

de

man

eira

a p

ropo

r um

con

stan

te d

iálo

go,

poss

ibil

itan

do

o in

terc

âmbi

o de

ex

peri

ênci

a en

tre

os s

ujei

tos

envo

lvid

os

nest

e pr

oces

so

educ

ativ

o o

que

As

aula

s ex

posi

tiva

s se

rão

dial

ógic

as

entr

e pr

ofes

sore

s e

alun

os,

no s

enti

do d

e pr

oduz

ir o

co

nhec

imen

to c

ient

ífic

o e

a ap

lica

ção

dest

e co

nhec

imen

to

na

Prá

tica

P

edag

ógic

a,

no

Est

ágio

Sup

ervi

sion

ado

e na

s O

rien

taçõ

es d

o T

raba

lho

de C

oncl

usão

de

Cur

so.

Con

serv

a os

pr

incí

pios

de

fini

dos

na li

cenc

iatu

ra.

Page 111: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

110

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

cara

cter

iza

um

perm

anen

te

mov

imen

to

de a

ção-

refl

exão

-açã

o so

bre

o ap

rend

er

a ap

rend

er,

apre

nder

a

conv

iver

, ap

rend

er a

faz

er e

a a

pren

der

a se

r.[.

..]

A p

ráti

ca s

imul

ada

é ut

iliz

ada

ao l

ongo

de

tod

o o

curs

o so

b a

form

a de

est

udos

de

cas

os,

sem

inár

ios,

pai

néis

, si

mpó

sios

, tr

abal

hos

em

grup

o,

visi

tas

técn

icas

, al

ém

do

estí

mul

o ao

s es

tudo

s in

depe

nden

tes,

at

ravé

s da

s at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s e

do

está

gio

supe

rvis

iona

do.

Tai

s pr

átic

as

cont

ribu

em,

sign

ific

ativ

amen

te,

para

a

iden

tifi

caçã

o e

o de

senv

olvi

men

to

das

pote

ncia

lida

des

do e

duca

ndo

e pa

ra a

sua

fo

rmaç

ão in

tegr

al.

prát

icas

in

terd

isci

plin

ares

O

cur

rícu

lo d

o cu

rso

de L

icen

ciat

ura

em

Edu

caçã

o F

ísic

a [.

..]

cons

titu

i-se

de

um

a pa

rte

espe

cífi

ca, o

rgan

izad

a em

tor

no d

e tr

ês

eixo

s te

mát

icos

, ar

ticu

land

o os

co

nhec

imen

tos

biol

ógic

o,

técn

ico-

inst

rum

enta

l e

cult

ural

do

m

ovim

ento

hu

man

o e

uma

part

e co

mum

à f

orm

ação

de

prof

esso

res

da

Edu

caçã

o B

ásic

a,

repr

esen

tada

pe

lo

eixo

te

mát

ico

O

dese

nvol

vim

ento

hum

ano

e os

con

text

os d

a ap

rend

izag

em,

pres

ente

no

s tr

ês

anos

da

pe

riod

izaç

ão.

Con

serv

a as

pr

átic

as

defi

nida

s na

li

cenc

iatu

ra.

Nes

te s

enti

do,

o pr

esen

te p

roje

to c

onte

mpl

a o

ente

ndim

ento

da

pesq

uisa

e d

a ex

tens

ão c

omo

prát

icas

ar

ticu

lado

ras

e in

diss

ociá

veis

do

en

sino

e,

at

ravé

s do

s pr

ojet

os

de

Inic

iaçã

o C

ient

ífic

a,

o al

uno

terá

a

poss

ibil

idad

e de

de

senv

olve

r se

u es

píri

to c

ríti

co e

des

pert

ar o

in

tere

sse

e o

gost

o pe

la p

esqu

isa

cien

tífi

ca.

Con

serv

a as

pr

átic

as

defi

nida

s na

lice

ncia

tura

.

rela

ção

ensi

no,

pesq

uisa

e

exte

nsão

As

unid

ades

te

mát

icas

en

cont

ram

-se

inte

grad

as

umas

às

ou

tras

, at

ravé

s de

at

ivid

ades

mul

tidi

scip

lina

res

e de

pro

jeto

s qu

e en

volv

em

o en

sino

, a

pesq

uisa

e

a ex

tens

ão.

Con

serv

a a

conc

epçã

o do

cu

rso

de

lice

ncia

tura

.

As

ativ

idad

es

de

Pes

quis

a e

Ext

ensã

o U

nive

rsit

ária

, [...

] pr

opic

iam

a i

nter

-rel

ação

da

Inst

itui

ção

e co

m a

com

unid

ade,

art

icul

ando

-se

co

m

as

ativ

idad

es

de

ensi

no,

na

busc

a pe

rman

ente

da

pr

oduç

ão,

divu

lgaç

ão

e ut

iliz

ação

do

co

nhec

imen

to.

Nes

te

sent

ido,

[.

..] c

onte

mpl

a o

ente

ndim

ento

da

pesq

uisa

e

da

exte

nsão

co

mo

prát

icas

ar

ticu

lado

ras

e in

diss

ociá

veis

do

en

sino

e,

at

ravé

s do

s pr

ojet

os d

e In

icia

ção

Cie

ntíf

ica,

o a

luno

ter

á a

Con

serv

a a

conc

epçã

o do

cu

rso

de

lice

ncia

tura

.

Page 112: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

111

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

poss

ibil

idad

e de

de

senv

olve

r se

u es

píri

to

crít

ico

e de

sper

tar

o in

tere

sse

e o

gost

o pe

la

pesq

uisa

cie

ntíf

ica.

at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s

No

proj

eto

anal

isad

o as

at

ivid

ades

co

mpl

emen

tare

s sã

o de

nom

inad

as “

Est

udos

in

depe

nden

tes”

. O

s C

oleg

iado

s de

fine

m p

or

Est

udos

In

depe

nden

tes

as

ativ

idad

es

que,

so

b in

icia

tiva

do

alun

o e/

ou r

ecom

enda

da

pelo

pr

ofes

sor,

co

mpl

emen

tam

a

sua

form

ação

com

o ed

ucad

or.

Con

stit

uem

um

co

mpo

nent

e cu

rric

ular

abe

rto

e fl

exív

el e

de

verá

oc

orre

r co

m

a or

ient

ação

de

um

pr

ofes

sor,

mas

for

a do

hor

ário

reg

ular

das

au

las.

Pod

em s

er c

onst

ituí

dos

por

grup

os d

e es

tudo

, tr

abal

hos

de e

xten

são

e de

ini

ciaç

ão

cien

tífi

ca, r

eali

zado

s in

divi

dual

men

te o

u em

gr

upo,

ab

rang

endo

le

itur

as

rese

nhad

as

e di

scut

idas

, par

tici

paçã

o em

eve

ntos

cul

tura

is

e ci

entí

fico

s,

ativ

idad

es

de

expr

essã

o co

rpor

al,

com

unic

açõe

s es

crit

as o

u or

ais

e af

ins,

ati

vida

des

com

plem

enta

res

ofer

ecid

as

pela

in

stit

uiçã

o,

e,

aind

a,

curs

os

para

at

uaçã

o co

m

port

ador

es

de

nece

ssid

ades

es

peci

ais,

ed

ucaç

ão

de

jove

ns

e ad

ulto

s,

atua

ção

em

esco

las

rura

is

e us

o de

te

cnol

ogia

s na

edu

caçã

o, d

entr

e ou

tros

. O

s E

stud

os

Inde

pend

ente

s po

dem

se

r,

incl

usiv

e,

real

izad

os

na

mod

alid

ade

a di

stân

cia.

[...]

co

mpr

eend

e àq

uela

s qu

e o

alun

o re

aliz

a de

for

ma

inde

pend

ente

, fo

ra d

o ho

rári

o re

gula

r de

au

la,

tend

o co

mo

obje

tivo

s: e

stim

ular

a p

ráti

ca d

e es

tudo

s in

depe

nden

tes,

vis

ando

um

a pr

ogre

ssiv

a au

tono

mia

pro

fiss

iona

l e

inte

lect

ual

do

alun

o; p

ossi

bili

tar

o re

conh

ecim

ento

de

conh

ecim

ento

s,

habi

lida

des

e co

mpe

tênc

ias

adqu

irid

as

no

ambi

ente

es

cola

r; p

rom

over

o r

elac

iona

men

to d

o al

uno

com

a r

eali

dade

soc

ial,

por

mei

o do

en

sino

, pe

squi

sa

e ex

tens

ão,

prom

oven

do o

enr

ique

cim

ento

cul

tura

l e

hum

anís

tico

do

alun

o.

Con

stit

uem

-se

ativ

idad

es

com

plem

enta

res:

pr

ogra

mas

/pro

jeto

s/cu

rsos

de

ex

tens

ão

disc

ipli

nas

opta

tiva

s, m

onit

oria

s, m

onog

rafi

a,

prog

ram

as

de

inic

iaçã

o ci

entí

fica

, es

tági

os

extr

acur

ricu

lare

s,

part

icip

ação

em

ev

ento

s ci

entí

fico

s, o

fici

nas

e cu

rsos

rel

acio

nado

s a

área

de

form

ação

, ou

área

s af

ins,

na

inst

itui

ção

ou

fora

de

la,

ativ

idad

es

de

repr

esen

taçã

o ac

adêm

ica

em

órgã

os

cole

giad

os

e pa

rtic

ipaç

ão e

m p

rogr

amas

ins

titu

cion

ais

de

inic

iaçã

o ci

entí

fica

. O

s al

unos

pod

erão

opt

ar

por

curs

ar d

eter

min

adas

dis

cipl

inas

, des

de q

ue

resp

eita

ndo

os

pré-

requ

isit

os

quan

do

nece

ssár

ios,

en

tre

o el

enco

de

di

scip

lina

s op

tati

vas

e/ou

m

atrí

cula

em

di

scip

lina

s is

olad

as a

s qu

ais

serã

o va

lida

das

até

o li

mit

e m

áxim

o de

108

hor

as.

Con

serv

a a

conc

epçã

o do

cur

so

de li

cenc

iatu

ra.

Page 113: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

112

Q

uadr

o 11

-Aná

lise

da s

uper

estr

utur

a do

s pr

ojet

os p

olít

ico-

peda

gógi

cos

1

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Pri

ncíp

ios

O

curs

o es

emba

sado

nu

ma

form

ação

gen

eral

ista

e c

ríti

ca,

que

tem

po

r ob

jeti

vo

qual

ific

ar

o ba

char

el e

m E

duca

ção

Fís

ica

para

in

terv

ir

no

cam

po

de

atua

ção

prof

issi

onal

da

área

com

um

a vi

são

acad

êmic

o-ci

entí

fica

, pa

utad

a pe

la

form

ação

sól

ida

e co

ndut

a ét

ica.

As

açõe

s pr

átic

as s

ão d

eter

min

ante

s no

de

senv

olvi

men

to d

a in

terv

ençã

o do

pr

ofis

sion

al

de

Edu

caçã

o F

ísic

a.

Sen

do

assi

m,

é pr

imor

dial

qu

e o

emba

sam

ento

te

óric

o e

met

odol

ógic

o bu

sque

o

equi

líbr

io

entr

e as

ões

prát

icas

fu

ndam

enta

das

em a

spec

tos

teór

icos

fu

ncio

nais

, qu

e ga

rant

am

efet

ivid

ade

no r

esul

tado

do

trab

alho

pr

átic

o. A

apr

endi

zage

m [

...]

deve

ser

orie

ntad

a pe

lo

prin

cípi

o m

etod

ológ

ico

gera

l, tr

azid

o pe

la

ação

-ref

lexã

o-aç

ão,

que

apon

ta

a re

solu

ção

de

situ

açõe

s-pr

oble

ma

com

o um

a da

s es

trat

égia

s di

dáti

cas

de e

nsin

o. I

nclu

são

das

dim

ensõ

es

étic

as

e hu

man

ísti

cas,

[.

..].

Uti

liza

ção

de

met

odol

ogia

s qu

e pr

evil

egia

m a

par

tici

paçã

o at

iva

do

alun

o na

co

nstr

ução

do

co

nhec

imen

to

e a

inte

graç

ão

dos

cont

eúdo

s,

além

de

es

tim

ular

a

inte

raçã

o en

tre

o en

sino

, a

pesq

uisa

e

a ex

tens

ão/a

ssis

tênc

ia.

“Art

. 7º

O

s pr

incí

pios

qu

e or

ient

am

os

proj

etos

pe

dagó

gico

s sã

o:I-

C

onte

xtua

liza

ção

expr

essa

na

apre

sent

ação

e d

iscu

ssão

dos

co

nhec

imen

tos

de

form

a cr

ític

a e

hist

oric

amen

te

situ

ada;

II-

Ind

isso

ciab

ilid

ade

entr

e en

sino

, pe

squi

sa

e ex

tens

ão

de

mod

o a

dese

nvol

ver

atit

udes

in

vest

igat

ivas

e

inst

igad

oras

da

pa

rtic

ipaç

ão

do

estu

dant

e no

de

senv

olvi

men

to

do

conh

ecim

ento

e d

a so

cied

ade

com

o um

to

do;

III-

In

terd

isci

plin

arid

ade

evid

enci

ada

na

arti

cula

ção

entr

e as

at

ivid

ades

qu

e co

mpõ

em

a pr

opos

ta

curr

icul

ar,

evit

ando

-se

a pu

lver

izaç

ão e

a f

ragm

enta

ção

de

cont

eúdo

s;

IV-

Fle

xibi

lida

de

de

orga

niza

ção

pres

ente

na

ad

oção

de

di

fere

ntes

at

ivid

ades

ac

adêm

icas

co

mo

form

a de

fa

vore

cer

a di

nam

icid

ade

do

proj

eto

peda

gógi

co

e o

aten

dim

ento

às

expe

ctat

ivas

e

inte

ress

es

dos

alun

os;

V-

rigo

roso

tra

to t

eóri

co-p

ráti

co,

hist

óric

o e

met

odol

ógic

o no

pr

oces

so

de

elab

oraç

ão

e

Fun

dam

enta

su

a aç

ão

peda

gógi

ca

num

a pe

rspe

ctiv

a pl

ural

ista

, in

tegr

ador

a e

dial

ógic

a na

con

cret

izaç

ão d

o se

u pr

ojet

o ed

ucac

iona

l, po

r m

eio

do r

espe

ito

a di

fere

ntes

val

ores

e c

onvi

cçõe

s.

Pau

tand

o-se

pe

lo

cará

ter

inte

grad

or

do

conh

ecim

ento

co

mo

pila

r da

for

maç

ão,

a ba

se

do

proc

esso

en

sino

-ap

rend

izag

em,

a U

NIP

AM

co

nsid

era

o eq

uilí

brio

en

tre

a fo

rmaç

ão

do

cida

dão

e a

form

ação

pr

ofis

sion

al,

o qu

e re

perc

ute

num

a co

ncep

ção

orie

ntad

a pe

lo

diál

ogo,

pe

la

inte

graç

ão d

o co

nhec

imen

to, p

elo

exer

cíci

o da

cr

itic

idad

e,

da

curi

osid

ade

epis

tem

ológ

ica

e pe

la

busc

a da

au

tono

mia

in

tele

ctua

l do

al

uno.

[.

..]

assu

me-

se

uma

post

ura

dial

ógic

a e

curi

osa

na

prod

ução

da

apre

ndiz

agem

.

A E

duca

ção

Fís

ica

é um

a at

ivid

ade

hum

ana

que

se

man

ifes

ta

na

soci

edad

e co

m p

ráti

cas

soci

ais,

com

in

tere

sses

, co

ncep

ções

e

enfo

ques

fi

losó

fico

s,

cien

tífi

cos

e pe

dagó

gico

s di

fere

ncia

dos.

A

s di

fere

ntes

vi

sões

de

ho

mem

, de

m

undo

e

de

soci

edad

e, a

ssim

com

o as

di

vers

as

form

as

de

inte

raçã

o hu

man

a e

papé

is

soci

ais

que

refl

etem

um

a fo

rma

de

orga

niza

ção

sóci

o-po

líti

co-e

conô

mic

o e

cult

ural

, sã

o su

sten

tada

s po

r um

co

njun

to

de

conh

ecim

ento

s hi

stor

icam

ente

pro

duzi

dos

e qu

e co

nfer

em

à E

duca

ção

Fís

ica

uma

cres

cent

e le

giti

maç

ão

soci

al.

Por

co

nseg

uint

e,

ela

não

apar

ece

com

o pr

átic

a so

cial

ún

ica

e re

stri

ta, e

sim

com

o vá

rias

pr

átic

as

que

se

mat

eria

liza

m

tant

o no

pr

oces

so

de

form

ação

am

plia

da d

o su

jeit

o co

mo

cida

dão

crít

ico

e co

nsci

ente

de

se

u pa

pel

soci

al, q

uant

o no

pro

cess

o

O

curs

o pr

opor

cion

ará

[...]

um

a co

mpr

eens

ão

do

pape

l so

cial

e

polí

tico

da

es

cola

e

o co

nhec

imen

to

da

rela

ção

entr

e ed

ucaç

ão

infa

ntil

ensi

no

fund

amen

tal

- en

sino

m

édio

e

supe

rior

, en

tend

endo

ess

es n

ívei

s co

mo

cont

ínuo

s e

arti

cula

dos

para

qu

e re

sult

e nu

m

pape

l fu

ndam

enta

l pa

ra

o de

senv

olvi

men

to

do

indi

vídu

o e

da s

ocie

dade

, be

m c

omo

para

a

tran

sfor

maç

ão n

eces

sári

a.

Page 114: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

113

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Pri

ncíp

ios

soci

aliz

ação

do

s co

nhec

imen

tos;

V

I-

étic

a co

mo

uma

refe

rênc

ia c

apaz

de

impr

imir

ide

ntid

ade

e or

ient

ar

as

açõe

s ed

ucat

ivas

e,

V

II

aval

iaçã

o co

mo

prát

ica

de r

e-si

gnif

icaç

ões

na

form

a de

or

gani

zaçã

o do

tr

abal

ho

doce

nte

e de

ape

rfei

çoam

ento

do

pr

ojet

o pe

dagó

gico

do

cu

rso.

de

form

ação

re

stri

ta

que

se m

anif

esta

na

prop

osta

de

ens

ino,

no

trei

nam

ento

de

ha

bili

dade

s m

otor

as,

nos

hábi

tos

com

port

amen

tais

, no

s as

pect

os

da

mor

al

e da

ét

ica,

no

la

zer,

na

qu

alid

ade

de v

ida

e sa

úde.

Obj

etiv

os

[...]

fo

rmar

pr

ofis

sion

ais

qual

ific

ados

pa

ra

plan

ejar

, pr

escr

ever

, or

ient

ar,

asse

ssor

ar

e su

perv

isio

nar

prog

ram

as

de

ativ

idad

es

físi

cas,

at

ivid

ades

re

crea

tiva

s e

desp

orti

vas

nas

pers

pect

ivas

da

pr

even

ção,

pr

omoç

ão, p

rote

ção

e re

abil

itaç

ão d

a sa

úde

e na

ges

tão,

na

orga

niza

ção

e na

prá

tica

do

trei

nam

ento

fís

ico

e es

port

ivo.

Obj

etiv

os e

spec

ífic

os:

atu

ar

na

prom

oção

da

sa

úde,

av

alia

ção

e pr

escr

ição

de

exer

cíci

os,

e ge

stão

e

trei

nam

ento

es

port

ivo

util

izan

do c

omo

elem

ento

cen

tral

a

prát

ica

de

ativ

idad

es

físi

cas,

de

ca

ráte

r re

crea

tivo

ou

de r

endi

men

to;

apli

car

os c

onhe

cim

ento

s ad

vind

os

das

ciên

cias

af

ins,

no

qu

e di

z re

spei

to

aos

conc

eito

s,

aos

proc

edim

ento

s e

às

atit

udes

, as

soci

ados

a

uma

abor

dage

m

de

trab

alho

ét

ico-

prof

issi

onal

; ·

asse

ssor

ar, d

iscu

tir

e op

erac

iona

liza

r po

líti

cas

públ

icas

e i

nsti

tuci

onai

s e

de

inse

rir-

se

em

equi

pes

mul

tidi

scip

lina

res

nos

cam

pos

da

Pre

para

r pr

ofis

sion

ais

plur

alis

tas

de

form

ação

ab

rang

ente

com

for

te

emba

sam

ento

hu

man

ísti

co

e ap

rofu

ndam

ento

cnic

o [.

..],

seja

no

cam

po d

a do

cênc

ia e

m

espa

ços

form

ais

de

ensi

no,

seja

no

cam

po d

a in

terv

ençã

o ac

adêm

ica/

prof

issi

onal

, [.

..],

bem

co

mo

dese

nvol

ver

a ca

paci

dade

in

vest

igat

iva

[...]

. E

spec

ífic

os:

For

mar

pr

ofes

sore

s pr

epar

ados

pa

ra

ques

tion

ar

a re

alid

ade

educ

acio

nal

no

Bra

sil

e no

m

undo

, [.

..].

Des

envo

lver

, ap

oiar

e

esti

mul

ar

ativ

idad

es

de

ensi

no,

pesq

uisa

e

exte

nsão

, re

laci

onad

as c

om a

so

luçã

o de

pr

oble

mas

ed

ucac

iona

is

e co

m

o ap

rim

oram

ento

da

ão

polí

tico

-ped

agóg

ica.

S

iste

mat

izar

e

soci

aliz

ar

conh

ecim

ento

s pr

oduz

idos

em

su

a pr

átic

a pe

dagó

gica

, [.

..].E

stim

ular

o

conv

ívio

Pre

para

r um

pr

ofis

sion

al

de

Edu

caçã

o F

ísic

a ca

paci

tado

par

a tr

atar

com

com

petê

ncia

téc

nica

e

cons

ciên

cia

polí

tica

as

dife

rent

es

face

tas

do

mov

imen

to

hum

ano,

su

a or

igem

, hi

stór

ia

e va

lore

s,

num

a pe

rspe

ctiv

a cr

ític

a de

at

uaçã

o no

co

tidi

ano

esco

lar,

te

ndo

em v

ista

o d

esen

volv

imen

to

inte

gral

do

se

r hu

man

o,

o be

m

com

um

e a

tran

sfor

maç

ão

da

soci

edad

e;

Pro

mov

er

o en

volv

imen

to t

eóri

co e

prá

tico

do

alun

o na

s di

vers

as

situ

açõe

s de

en

sino

e

exte

nsão

; P

ropi

ciar

a

ampl

iaçã

o de

seu

s co

nhec

imen

tos,

co

mpe

tênc

ia

e ha

bili

dade

s de

en

sino

que

é a

quil

o qu

e se

esp

era

de

um

prof

esso

r de

E

duca

ção

Fís

ica,

nes

te n

ovo

mil

ênio

.

Con

stit

uir-

se

num

cu

rso

dinâ

mic

o qu

e of

ereç

a po

ssib

ilid

ades

de

ap

ropr

iaçã

o de

co

nhec

imen

to

por

mei

o da

ar

ticu

laçã

o en

tre

ensi

no,

inve

stig

ação

ci

entí

fica

e

exte

nsão

pa

ra,

a pa

rtir

de

um

en

foqu

e cr

ític

o, f

orm

ar o

pr

ofis

sion

al d

e E

duca

ção

Fís

ica

com

qu

alif

icaç

ão

técn

ico-

inst

rum

enta

l, so

cial

e

com

unic

ativ

a.

Esp

ecíf

icos

: D

esen

volv

er

açõe

s re

flex

ivas

m

ulti

disc

ipli

nare

s,

capa

zes

de l

evar

o a

luno

a

com

pree

nder

a

esco

la

enqu

anto

re

alid

ade

hist

óric

o-co

ncre

ta

e so

cial

men

te

dete

rmin

ada

com

o es

paço

obj

etiv

o de

su

a pr

axis

. Pro

cede

r, p

ela

inve

stig

ação

ci

entí

fica

e

pela

cr

iati

vida

de

refl

exiv

a, o

pro

cess

o de

Pos

sibi

lita

r a

form

ação

int

egra

da

de c

onhe

cim

ento

s do

pro

fiss

iona

l de

Edu

caçã

o F

ísic

a qu

e pe

rmit

a a

atua

ção

nos

cam

pos

da E

duca

ção

Infa

ntil

, do

Ens

ino

Fun

dam

enta

l e

Méd

io,

por

mei

o de

at

itud

es

étic

as,

refl

exiv

as,

crít

icas

, in

ovad

oras

e

dem

ocrá

tica

s,

busc

ando

o

apro

fund

amen

to

das

área

s de

con

heci

men

to, i

nter

esse

e

apti

dão

do

alun

o es

tim

ulan

do-o

ao

ape

rfei

çoam

ento

con

tínu

o e

a au

to-r

eali

zaçã

o co

mo

pess

oa

e co

mo

prof

issi

onal

. E

spec

ífic

os:

Div

ulga

r co

nhec

imen

tos

cult

urai

s,

cien

tífi

cos

e té

cnic

os. I

ncen

tiva

r o

trab

alho

de

pesq

uisa

. P

rom

over

a

exte

nsão

[...

].

Page 115: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

114

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Obj

etiv

os

saúd

e,

educ

ação

, cu

ltur

a e

mei

o am

bien

te,

atra

vés

da e

spec

ific

idad

e da

Edu

caçã

o F

ísic

a; a

com

panh

ar a

s tr

ansf

orm

açõe

s ac

adêm

ico-

cien

tífi

cas

da

Edu

caçã

o F

ísic

a e

área

s af

ins,

[...

]; i

nves

tiga

r e

inte

rvir

pr

ofis

sion

alm

ente

no

cont

exto

soc

ial

por

mei

o da

cul

tura

de

mov

imen

to

corp

oral

exp

ress

ado

pelo

jog

o, p

elo

espo

rte,

pel

a da

nça,

pel

a gi

nást

ica,

de

ntre

out

ros.

coop

erat

ivo

e re

flex

ivo,

[.

..]

aten

dend

o a

com

unid

ade

por

inte

rméd

io

de

prog

ram

as

de

ensi

no e

ext

ensã

o. A

tuar

nas

di

fere

ntes

eq

uipe

s m

ulti

disc

ipli

nare

s.

Des

envo

lver

ha

bili

dade

s de

co

mun

icaç

ão.

[...]

.Rec

onhe

cer

a di

vers

idad

e m

anif

esta

da

pelo

s al

unos

na

s di

fere

ntes

ár

eas

de

atua

ção[

...].

B

usca

r al

tern

ativ

as

didá

tica

s e

estr

atég

ias

met

odol

ógic

as q

ue

viab

iliz

em a

apr

endi

zage

m d

o al

uno,

[.

..].C

ontr

ibui

r co

m

a pr

oduç

ão d

o co

nhec

imen

to n

o ca

mpo

da

E

duca

ção

Fís

ica,

[.

..].C

apac

itar

pr

ofis

sion

ais

com

pete

ntes

e

hábe

is

para

at

uare

m n

os d

iver

sos

níve

is d

e at

ençã

o à

prom

oção

, pr

even

ção

e re

abil

itaç

ão

em

saúd

e[...

].

Com

pree

nder

os

m

étod

os

de

prod

ução

de

co

nhec

imen

to

[...]

.Agi

r cr

itic

amen

te

nos

cont

exto

s ed

ucac

iona

is

do

ensi

no

infa

ntil

, fu

ndam

enta

l e

méd

io,

[...]

.Des

envo

lver

um

a pr

átic

a in

vest

igat

iva,

[...

].P

arti

cipa

r da

co

nstr

ução

do

P

roje

to

Ped

agóg

ico

da

esco

la,

[...]

.Com

prom

eter

-se

com

sua

fo

rmaç

ão

cont

inua

da

[...]

.Atu

aliz

ar c

onhe

cim

ento

s e

apli

cá-l

os

com

co

nsci

ênci

a pr

ofis

sion

al,

com

petê

ncia

e

resp

onsa

bili

dade

.

(re)

elab

oraç

ão

dos

conh

ecim

ento

s,

na

espe

cifi

cida

de

de

sua

ação

edu

cati

va,

e ap

licá

-lo

s na

bu

sca

da

tran

sfor

maç

ão

soci

al.

For

mar

pr

ofis

sion

ais

capa

zes

de c

ompr

eend

er

o tr

abal

ho

em

suas

di

men

sões

so

cial

, cu

ltur

al

e pe

dagó

gica

[.

..].

Page 116: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

115

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Per

fil

do

egre

sso

Dev

erá

esta

r ca

paci

tado

par

a o

plen

o ex

ercí

cio

prof

issi

onal

no

s ca

mpo

s de

in

terv

ençã

o de

av

alia

ção

e pr

escr

ição

de

ex

ercí

cios

sico

s,

geri

r,

plan

ejar

ex

ecut

ar

ativ

idad

es

rela

cion

adas

ao

espo

rte,

ori

enta

r às

pr

átic

as

de

ativ

idad

es

físi

cas

em

todo

s os

asp

ecto

s.

Pre

tend

e-se

co

m

essa

pr

opos

ta

curr

icul

ar

form

ar

prof

issi

onai

s ca

paze

s de

re

pres

enta

r co

m c

ompe

tênc

ia,

com

prom

isso

e c

riat

ivid

ade

a cl

asse

tr

abal

hado

ra

a qu

al

esco

lheu

pe

rten

cer.

O

fu

turo

pr

ofis

sion

al

form

ado

pela

F

AE

FI

deve

se

r um

pr

ofis

sion

al c

apaz

de

atua

r de

m

anei

ra c

oere

nte

na r

eali

dade

cio-

cult

ural

e

polí

tica

, tr

abal

hand

o nu

ma

pers

pect

iva

de p

ráti

ca r

efle

xiva

a f

im d

e qu

e su

a in

terv

ençã

o po

ssa

resu

ltar

po

siti

vam

ente

no

in

tuit

o de

so

luci

onar

pr

oble

mas

e

deci

dir

auto

nom

amen

te

sua

atua

ção.

O

pr

ofis

sion

al

grad

uado

no

C

urso

de

Edu

caçã

o F

ísic

a da

U

FU

es

tará

ca

paci

tado

ao

ex

ercí

cio

da

prof

issã

o,

atua

ndo

de f

orm

a re

spon

sáve

l e

com

pete

nte,

em

to

das

as

suas

dim

ensõ

es,

o qu

e su

põe

plen

o do

mín

io d

a co

nsti

tuiç

ão

do

próp

rio

cam

po

do

conh

ecim

ento

da

ár

ea

de

Edu

caçã

o F

ísic

a, d

os a

vanç

os

teór

icos

e d

os c

onhe

cim

ento

s té

cnic

os

que

orie

ntam

e

fund

amen

tam

as

inte

rven

ções

ac

adêm

ico-

peda

gógi

co-

prof

issi

onai

s,

e da

s pr

átic

as

esse

ncia

is d

e su

a pr

oduç

ão e

so

cial

izaç

ão.

Dev

erá

esta

r ca

paci

tado

, ta

mbé

m,

a re

aliz

ar

For

mar

o d

isce

nte

com

o s

egui

nte

perf

il.

Cap

az

de

prod

uzir

, co

m

auto

nom

ia

e co

m

espí

rito

in

vest

igat

ivo,

co

nhec

imen

tos

peda

gógi

cos,

m

etod

ológ

icos

e

cien

tífi

cos

sobr

e as

di

vers

as

man

ifes

taçõ

es d

a cu

ltur

a co

rpor

al

e di

vulg

á-lo

s po

r m

eio

de

ativ

idad

es d

e ex

tens

ão;t

er a

mpl

a co

mpr

eens

ão

do

mov

imen

to,

da

corp

orei

dade

e c

om i

nstr

umen

tal

para

an

alis

ar

o si

gnif

icad

o do

co

rpo

na r

elaç

ão d

inâm

ica

entr

e o

ser

hum

ano

e o

mei

o am

bien

te;

atua

r de

fo

rma

com

pete

nte

no

ensi

no,

na p

esqu

isa

e na

ext

ensã

o;

rela

cion

ar d

e fo

rma

com

pete

nte

e se

gura

os

co

nhec

imen

tos

sobr

e at

ivid

ades

fís

icas

e a

s in

icia

ções

es

port

ivas

e p

rinc

ípio

s de

saú

de

com

as

nece

ssid

ades

da

esco

la e

do

si

stem

a ed

ucac

iona

l;

reco

nhec

er

a E

duca

ção

Fís

ica

com

o um

a di

scip

lina

com

pone

nte

curr

icul

ar

no

inte

rior

da

es

cola

, on

de e

m s

eu p

lane

jam

ento

est

eja

sem

pre

pres

ente

, nã

o so

men

te

a pr

eocu

paçã

o co

m

a cu

ltur

a co

rpor

al,

mas

tam

bém

a e

stre

ita

inte

raçã

o co

m

as

dem

ais

disc

ipli

nas

curr

icul

ares

, fa

vore

cend

o os

pr

ojet

os

inte

r e

tran

sdis

cipl

inar

es;

reco

nhec

er

a es

cola

com

o lo

cal

apro

pria

do p

ara

a pr

oduç

ão

de

conh

ecim

ento

s e

dese

nvol

vim

ento

de

pr

ojet

os

inve

stig

ativ

os

que

poss

am

cont

ribu

ir

para

o

cres

cim

ento

Com

pree

nder

a d

inâm

ica

soci

al d

a es

cola

enq

uant

o re

ferê

ncia

sica

de

su

a aç

ão p

rofi

ssio

nal.

Pro

por

alte

rnat

ivas

pa

ra

tran

sfor

má-

la,

com

ba

se

num

pro

jeto

de

educ

ação

e

soci

edad

e m

ais

dem

ocrá

tica

s.

Cap

acit

ar-s

e di

dáti

ca

e pe

dago

gica

men

te

para

o

exer

cíci

o da

do

cênc

ia

enqu

anto

at

ivid

ade

prof

issi

onal

.

O

egre

sso

do

curs

o de

L

icen

ciat

ura

em E

duca

ção

Fís

ica

do

UN

ICE

RP

de

verá

se

r um

pr

ofes

sor

gene

rali

sta,

hu

man

ista

, cr

ític

o e

refl

exiv

o;

qual

ific

ado

para

o e

xerc

ício

pro

fiss

iona

l, co

m

base

no

ri

gor

cien

tífi

co

e in

tele

ctua

l, e,

pa

utad

o no

s pr

incí

pios

éti

cos;

cap

acit

ado

para

at

uar,

pe

squi

sar,

es

clar

ecer

e

inte

rvir

pr

ofis

sion

alm

ente

e

acad

emic

amen

te

no

cont

exto

es

pecí

fico

e

hist

óric

o-cu

ltur

al,

a pa

rtir

de

co

nhec

imen

tos

de

natu

reza

cnic

a-ci

entí

fica

, de

m

odo

a at

ende

r as

di

fere

ntes

m

anif

esta

ções

e

expr

essõ

es

da

Ati

vida

de

Fís

ica/

Mov

imen

to

Hum

ano.

Page 117: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

116

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Per

fil

do

egre

sso

a ar

ticu

laçã

o en

tre

info

rmaç

ões

e te

oria

s de

for

ma

crít

ica,

pr

oduz

indo

co

nhec

imen

tos

na a

tivi

dade

de

docê

ncia

e n

a de

pes

quis

a.

indi

vidu

al e

col

etiv

o; r

econ

hece

r e

resp

eita

r a

dive

rsid

ade

man

ifes

tada

pe

los

seus

al

unos

, no

s as

pect

os c

ogni

tivo

s, c

ultu

rais

, ps

icom

otor

es,

físi

cos

e so

ciai

s, o

qu

e im

plic

a em

at

itud

es

de

soli

dari

edad

e e

de

resp

onsa

bili

dade

ao

bu

scar

al

tern

ativ

as d

idát

icas

e e

stra

tégi

as

met

odol

ógic

as

que

viab

iliz

em

a ap

rend

izag

em

do

alun

o co

m

resp

eito

às

suas

lim

itaç

ões

e ao

de

senv

olvi

men

to

ampl

o de

su

as

pote

ncia

lida

des;

co

mpr

eend

er

o pa

pel

soci

al

da

esco

la

e do

pr

ofes

sor,

co

mo

agen

tes

de

tran

sfor

maç

ão;

Cap

az

de

atua

r co

m

com

petê

ncia

no

es

tabe

leci

men

to

das

rela

ções

te

oria

-prá

tica

, de

for

ma

arti

cula

da

e co

eren

te

com

os

fi

ns

educ

acio

nais

, co

m

as

prop

osta

s pe

dagó

gica

s e

acim

a de

tu

do

com

patí

vel

com

as

li

mit

açõe

s e

pote

ncia

lida

des

dos

alun

os;

inve

stig

ar,

anal

isar

e a

vali

ar s

ua

próp

ria

prát

ica

de f

orm

a cr

ític

a e

cons

cien

te,

na

busc

a de

ap

erfe

içoa

men

to e

de

atua

liza

ção

perm

anen

tes;

si

stem

atiz

ar

e so

cial

izar

os

co

nhec

imen

tos

prod

uzid

os

em

sua

prát

ica

peda

gógi

ca,

assu

min

do

a co

ndiç

ão

de

prof

esso

r-pe

squi

sado

r;

atua

r na

E

duca

ção

Bás

ica

e na

E

duca

ção

Pro

fiss

iona

l;

apre

nder

co

ntin

uam

ente

, ta

nto

na

área

de

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117

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Per

fil

do

egre

sso

form

ação

qua

nto

na s

ua p

ráti

ca.

[...]

;pro

mov

er

esti

los

de

vida

sa

udáv

eis,

[.

..];c

ompr

eend

er

a po

líti

ca d

e sa

úde,

de

educ

ação

e

de

espo

rte,

no

co

ntex

to

das

polí

tica

s so

ciai

s;

atua

r na

s di

fere

ntes

eq

uipe

s m

ulti

prof

issi

onai

s,

[...]

;con

hece

r os

pr

incí

pios

da

m

etod

olog

ia

cien

tífi

ca

que

lhe

poss

ibil

item

le

itur

a cr

ític

a de

art

igos

téc

nico

s-ci

entí

fico

s e

a pa

rtic

ipaç

ão

na

prod

ução

do

conh

ecim

ento

; us

ar

adeq

uada

men

te

as

nova

s te

cnol

ogia

s, t

anto

de

info

rmaç

ão

com

o de

com

unic

ação

; pa

rtic

ipar

at

ivam

ente

da

co

mpo

siçã

o da

s es

trut

uras

co

nsul

tiva

s e

deli

bera

tiva

s do

si

stem

a de

ed

ucaç

ão, e

spor

te e

saú

de.

Fun

dam

ento

le

gal

Lei

n.º

9.3

94,

de 2

0 de

dez

embr

o de

19

96,

que

esta

bele

ce a

s di

retr

izes

e

base

s da

edu

caçã

o na

cion

al.D

ecre

to

5.29

6 de

2 d

e de

zem

bro

de 2

004,

re

gula

men

ta a

s L

eis

nos1

0.04

8, d

e 8

de

nove

mbr

o de

20

00,

que

prio

rida

de

de

aten

dim

ento

às

pe

ssoa

s qu

e es

peci

fica

, e

10.0

98,

de

Res

oluç

ão C

NE

/CP

02/

2002

, e

a R

esol

ução

C

NE

/3

de

Mar

ço d

e 20

04,

opta

mos

por

de

fini

r o

curs

o de

Gra

duaç

ão

em E

duca

ção

Fís

ica

da F

AE

FI

(200

7/1)

. R

esol

uçõe

s C

NE

/CP

1 de

F

ever

eiro

de

2002

qu

e in

stit

ui

as

Tem

co

mo

parâ

met

ro

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

(D

CN

) no

s te

rmos

da

Res

oluç

ão

CN

E/C

P n

. 1,

de

18 d

e F

ever

eiro

de

20

02

e de

mai

s no

rmas

vi

gent

es,

espe

cial

men

te,

o P

arec

er

CN

E/C

ES

n.

8/

2007

, as

R

esol

uçõe

s C

NE

/CE

S n

. 2

de 1

8

Bas

eado

no

s pr

incí

pios

do

P

arec

er

CN

E/C

P

009/

2001

, na

R

esol

ução

C

NE

/CP

1,

de

18

de

fe

vere

iro

de

2002

e

na

reso

luçã

o C

NE

/CP

2 d

e 19

de

feve

reir

o de

200

2,

que

disp

õem

so

bre

a

Res

oluç

ão

CN

E/C

ES

58

/200

4,

que

inst

itui

u as

D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is

para

os

C

urso

s de

G

radu

ação

em

E

duca

ção

Fís

ica,

Lei

9.39

4/96

(L

ei

de

Dir

etri

zes

e B

ases

da

E

duca

ção

Nac

iona

l).P

orta

ria

do

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118

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Fun

dam

ento

le

gal

19

de

deze

mbr

o de

20

00,

que

esta

bele

ce n

orm

as g

erai

s e

crit

ério

s bá

sico

s pa

ra

a pr

omoç

ão

da

aces

sibi

lida

de

das

pess

oas

port

ador

as

de

defi

ciên

cia

ou

com

m

obil

idad

e re

duzi

da,

e dá

ou

tras

pr

ovid

ênci

as.

Par

ecer

CN

E/C

ES

n.º

06

7, d

e 11

de

mar

ço d

e 20

03,

que

apro

va o

Ref

eren

cial

par

a as

DC

N

dos

Cur

sos

de G

radu

ação

. P

orta

ria

ME

C n

.º 4

0, d

e 12

de

deze

mbr

o de

20

07,

reed

itad

a em

29

de d

ezem

bro

de 2

011.

Ins

titu

i o

e-M

EC

, si

stem

a el

etrô

nico

de

fl

uxo

de

trab

alho

e

gere

ncia

men

to

de

info

rmaç

ões

rela

tiva

s ao

s pr

oces

sos

de r

egul

ação

, av

alia

ção

e su

perv

isão

da

educ

ação

su

peri

or

no

sist

ema

fede

ral

de

educ

ação

, e

o C

adas

tro

e-M

EC

de

Inst

itui

ções

e

Cur

sos

Sup

erio

res

e co

nsol

ida

disp

osiç

ões

sobr

e in

dica

dore

s de

qua

lida

de,

banc

o de

av

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dore

s (B

asis

) e

o E

xam

e N

acio

nal

de

Des

empe

nho

de

Est

udan

tes(

EN

AD

E)

e ou

tras

di

spos

içõe

s.

Por

tari

a n.

º 4.

059,

de

10

de

de

zem

bro

de

2004

, qu

e au

tori

za

a in

clus

ão

de

disc

ipli

nas

não

pres

enci

ais

em

curs

os

supe

rior

es r

econ

heci

dos.

Por

tari

a nº

10

81

de

29

de

agos

to

de

2008

. A

prov

a, e

m e

xtra

to,

o In

stru

men

to

de

Ava

liaç

ão

de

Cur

sos

de

Gra

duaç

ão d

o S

iste

ma

Nac

iona

l de

A

vali

ação

da

Edu

caçã

o S

uper

ior

- S

INA

ES

. R

esol

ução

n.º

3,

de 2

de

julh

o de

20

07,

que

disp

õe

sobr

e pr

oced

imen

tos

a se

rem

ad

otad

os

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

par

a a

form

ação

de

prof

esso

res

da

educ

ação

sica

, o

pare

cer

CN

E/C

ES

13

8/20

02

apro

vado

em

03

/04/

2002

, qu

e an

alis

a as

D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is p

ara

os c

urso

s de

G

radu

ação

de

E

duca

ção

Fís

ica,

o

pare

cer

CN

E/C

ES

58

/200

4 ap

rova

do

em

18/0

2/20

04

que

anal

isa

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os

de

Gra

duaç

ão d

e E

duca

ção

Fís

ica

e a

Res

oluç

ão

CN

E/C

ES

7/20

04

de

31

de

Mar

ço d

e 20

04 q

ue i

nsti

tui

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os

de

Gra

duaç

ão

em

Edu

caçã

o F

ísic

a,

em

níve

l su

peri

or,

a R

esol

ução

02

/200

4 do

C

ON

GR

AD

/UF

U

e a

Res

oluç

ão03

/200

5 do

C

onse

lho

Uni

vers

itár

io.

de j

unho

de

2007

, C

NE

/CE

S n

. 3

de 1

8 de

jul

ho d

e 20

07, R

esol

ução

C

NE

/CP

2,

de 1

9 de

fev

erei

ro d

e 20

02,

o P

roje

to

Pol

ític

o In

stit

ucio

nal (

PP

I) d

o U

NIP

AM

, o

Pla

no

de

Des

envo

lvim

ento

In

stit

ucio

nal

(PD

I) d

o U

NIP

AM

, os

Dec

reto

s F

eder

ais

n. 5

.626

de

22 d

e D

ezem

bro

de 2

005

e 5.

773,

de

9 d

e m

aio

de 2

006.

form

ação

de

prof

esso

res

para

a E

duca

ção

Bás

ica

com

ha

bili

taçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica

[...]

.

ME

C N

º 95

4, d

e 25

de

nove

mbr

o de

200

8.

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119

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Fun

dam

ento

le

gal

quan

to a

o co

ncei

to d

e ho

ra-a

ula,

e

dá o

utra

s pr

ovid

ênci

as. R

esol

ução

3, d

e 14

de

outu

bro

de 2

010

(*),

re

gula

men

ta o

art

. 52

da l

ei n

º9.3

94,

de

20

de

deze

mbr

o de

19

96,

e di

spõe

so

bre

norm

as

e pr

oced

imen

tos

para

cre

denc

iam

ento

e

recr

eden

ciam

ento

de

univ

ersi

dade

s do

si

stem

a fe

dera

l de

en

sino

. R

esol

ução

n.

º 00

4,

de

15

de

deze

mbr

o de

199

5, d

a C

ongr

egaç

ão

da F

MT

M,

e su

as a

lter

açõe

s, f

ixa

dire

triz

es e

nor

mas

par

a os

Cur

sos

de G

radu

ação

da

FM

TM

. Res

oluç

ão

n.º

004,

de

25 d

e ou

tubr

o de

200

7,

da C

ongr

egaç

ão d

a U

FT

M,

disp

õe

sobr

e a

cria

ção

de n

ovos

cur

sos

de

grad

uaçã

o da

UF

TM

. R

esol

ução

n.°

00

1 de

09/

02/2

010

da C

ongr

egaç

ão

da U

FT

M, d

ispõ

e so

bre

as d

iret

rize

s pa

ra r

eest

rutu

raçã

o da

car

ga h

orár

ia

dos

curs

os d

e gr

adua

ção

e dá

out

ras

prov

idên

cias

. C

omo

refe

rênc

ia

bási

ca p

ara

a el

abor

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da

prop

osta

cu

rric

ular

, co

nsid

erou

-se

a se

guin

te

legi

slaç

ão:

Lei

9696

, de

01

de

sete

mbr

o de

199

8, q

ue r

egul

amen

ta

a pr

ofis

são

em E

duca

ção

Fís

ica;

Lei

11

.788

, de

25

de

se

tem

bro

de

2008

, qu

e di

spõe

sob

re o

est

ágio

de

estu

dant

es;

Res

oluç

ão C

ON

FE

F,

n° 0

46,

de 1

8 de

fev

erei

ro d

e 20

0 2,

que

dis

põe

sobr

e a

inte

rven

ção

do p

rofi

ssio

nal

de

Edu

caçã

o F

ísic

a e

resp

ecti

vas

com

petê

ncia

s e

defi

ne

os

seus

ca

mpo

s de

at

uaçã

o pr

ofis

sion

al;

Res

oluç

ão

CN

S

218,

de

6

de

Page 121: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

120

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Fun

dam

ento

le

gal

mar

ço d

e 19

97,

vem

rec

onhe

cer

os

prof

issi

onai

s de

E

duca

ção

Fís

ica

com

o pr

ofis

sion

ais

de

saúd

e.

Res

oluç

ão C

NE

/CE

S/2

004,

07 d

e 31

de

mar

ço d

e 20

0 4,

que

inst

itui

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

E

duca

ção

Fís

ica,

em

nív

el s

uper

ior

de

grad

uaçã

o pl

ena

;Res

oluç

ão

CN

E/C

ES

07,

de 0

4 de

out

ubro

de

200

7 qu

e al

tera

o 3

° do

art

.10

da

Res

oluç

ão C

NE

/CE

S n

° 7/

2004

, que

in

stit

ui

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

Edu

caçã

o F

ísic

a, e

m

níve

l su

peri

or d

e gr

adua

ção

plen

a;

Res

oluç

ão C

NE

/CE

S,

n° 4

, de

6 d

e ab

ril

de

2009

, qu

e di

spõe

so

bre

carg

a ho

rári

a m

ínim

a e

proc

edim

ento

s re

lati

vos

à in

tegr

aliz

ação

e d

uraç

ão d

os c

urso

s de

gr

adua

ção

em

[...]

, E

duca

ção

Fís

ica,

[.

..],

bach

arel

ados

, na

m

odal

idad

e pr

esen

cial

; R

esol

ução

C

NE

4/20

09,

de 0

6 de

Abr

il d

e 20

09 q

ue d

ispõ

e so

bre

carg

a ho

rári

a m

ínim

a e

proc

edim

ento

s re

lati

vos

à in

tegr

aliz

ação

e d

uraç

ão d

os c

urso

s de

gra

duaç

ão e

m E

duca

ção

Fís

ica,

ba

char

elad

os,

na

mod

alid

ade

pres

enci

al.

Áre

a de

at

uaçã

o

[Tem

] po

r ca

mpo

s de

at

uaçã

o:

Aca

dem

ias,

Cen

tro

de R

eabi

lita

ção

da U

FT

M,

Sec

reta

ria

Mun

icip

al d

e S

aúde

(P

SF

, N

AS

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A

PA

E,

empr

esas

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em

outr

os

ambi

ente

s pe

dagó

gico

s.

Com

o pr

ofis

sion

al

de

Edu

caçã

o F

ísic

a,

pode

aten

der

com

co

mpe

tênc

ia

as

dem

anda

s so

ciai

s es

pecí

fica

s re

lati

vas

ao

seu

cam

po

de

conh

ecim

ento

, at

uand

o no

m

agis

téri

o em

tod

os o

s se

us

Cap

az

de

atua

r de

fo

rma

com

pete

nte

no e

nsin

o, n

a pe

squi

sa

e na

ext

ensã

o; a

tuar

na

Edu

caçã

o B

ásic

a e

na

Edu

caçã

o P

rofi

ssio

nal;

na

s di

fere

ntes

eq

uipe

s m

ulti

prof

issi

onai

s,

dest

inad

as a

pla

neja

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oord

enar

,

Atu

ar e

m p

olít

icas

e p

rogr

amas

de

educ

ação

, se

gura

nça

e vi

gilâ

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sa

nitá

ria,

vis

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a p

rom

oção

da

saúd

e em

âm

bito

loc

al,

regi

onal

e

naci

onal

; no

s di

fere

ntes

nív

eis

de

aten

dim

ento

à s

aúde

, co

m ê

nfas

e no

s at

endi

men

tos

prim

ário

s e

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121

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Áre

a de

at

uaçã

o

níve

is.

Est

ará

apto

, ta

mbé

m,

a at

ende

r a

dem

anda

de

pr

ofis

sion

ais

capa

cita

dos

a an

alis

ar

crit

icam

ente

a

real

idad

e so

cial

, pa

ra

nela

in

terv

ir

acad

êmic

a e

prof

issi

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te

por

mei

o da

s m

anif

esta

ções

e

expr

essõ

es

cult

urai

s do

m

ovim

ento

hu

man

o,

tem

atiz

adas

na

s di

fere

ntes

fo

rmas

e

mod

alid

ades

de

ex

ercí

cios

sico

s,

da

giná

stic

a, d

o jo

go,

do e

spor

te,

da l

uta/

arte

mar

cial

, da

dan

ça,

visa

ndo

a fo

rmaç

ão,

a am

plia

ção

e o

enri

quec

imen

to

cult

ural

da

s pe

ssoa

s pa

ra

aum

enta

r as

pos

sibi

lida

des

de

adoç

ão d

e um

est

ilo

de v

ida

fisi

cam

ente

ati

vo e

sau

dáve

l.

supe

rvis

iona

r,

impl

emen

tar,

ex

ecut

ar

e av

alia

r at

ivid

ades

na

ár

ea d

a ed

ucaç

ão, s

aúde

e e

spor

te;

part

icip

ar

ativ

amen

te

da

com

posi

ção

das

estr

utur

as

cons

ulti

vas

e de

libe

rati

vas

do

sist

ema

de

educ

ação

, es

port

e e

saúd

e.

secu

ndár

ios;

em

eq

uipe

s m

ulti

-pr

ofis

sion

ais

dest

inad

as

a pl

anej

ar,

coor

dena

r,

supe

rvis

iona

r,

impl

emen

tar,

ex

ecut

ar

e av

alia

r at

ivid

ades

na

ár

ea

de

educ

ação

, es

port

e e

de

saúd

e; p

rom

over

est

ilos

de

vida

sa

udáv

eis,

co

ncil

iand

o as

ne

cess

idad

es

tant

o do

s se

us

bene

fici

ário

s qu

anto

às

de

su

a co

mun

idad

e,

atua

ndo

com

o ag

ente

de

tr

ansf

orm

ação

so

cial

; pl

anej

ar e

im

plem

enta

r pr

ogra

mas

de

edu

caçã

o e

prom

oção

à s

aúde

, co

nsid

eran

do

as

espe

cifi

cida

des

dos

dife

rent

es

grup

os

soci

ais

e do

s di

stin

tos

proc

esso

s de

vi

da,

saúd

e e

trab

alho

; pa

rtic

ipar

da

co

mpo

siçã

o da

s es

trut

uras

co

nsul

tiva

s e

deli

bera

tiva

s do

si

stem

a de

ed

ucaç

ão,

espo

rte

e sa

úde;

as

sess

orar

ór

gãos

, em

pres

as

e in

stit

uiçõ

es

em

proj

etos

de

sa

úde,

ed

ucaç

ão

e es

port

e.

Ges

tão

acad

êmic

a A

ad

min

istr

ação

ac

adêm

ica

será

ex

erci

da

pelo

s re

spec

tivo

s:

coor

dena

dor

e co

legi

ado.

Con

form

e es

tabe

leci

do

no

regi

men

to

da

Uni

vers

idad

e.

Col

egia

do

com

post

o pe

lo

coor

dena

dor,

pr

ofes

sore

s e

repr

esen

tant

es d

os a

luno

s in

dica

dos

pelo

dir

etór

io a

cadê

mic

o.

O

co

legi

ado

é o

órgã

o de

de

libe

raçã

o su

peri

or d

o cu

rso,

nos

ca

mpo

s ad

min

istr

ativ

os,

técn

ico-

cien

tífi

co

e di

dáti

co-p

edag

ógic

o.

O N

úcle

o D

ocen

te E

stru

tura

nte

– N

DE

- é

órg

ão c

om a

trib

uiçõ

es

acad

êmic

as d

e ac

ompa

nham

ento

, at

uant

e no

pro

cess

o de

con

cepç

ão,

cons

olid

ação

e

cont

ínua

at

uali

zaçã

o do

Pro

jeto

Ped

agóg

ico

do C

urso

.

Page 123: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

122

IES

Uni

dade

s

UF

TM

U

FU

U

NIP

AM

U

NIT

RI

UN

ICE

RP

Con

text

o ed

ucac

iona

l A

lo

cali

zaçã

o do

M

unic

ípio

é

alta

men

te

estr

atég

ica

do

pont

o de

vi

sta

geoe

conô

mic

o, e

m f

unçã

o da

eq

uidi

stân

cia

méd

ia d

e 50

0 km

da

sede

es

tadu

al,

bem

co

mo,

em

re

laçã

o a

gran

des

cent

ros

do

país

co

mo:

S

ão

Pau

lo

e B

rasí

lia.

[.

..]

Alé

m

do

aspe

cto

rela

cion

ado

às

trad

içõe

s ed

ucac

iona

is,

suas

un

iver

sida

des,

com

prov

adam

ente

um

en

orm

e de

senv

olvi

men

to

de

pesq

uisa

s na

áre

a da

saú

de e

um

a gr

ande

ap

lica

ção

dess

es

conh

ecim

ento

s em

be

nefí

cio

das

popu

laçõ

es

loca

l, re

gion

al

e na

cion

al.

[...]

P

elo

fato

de

a

cida

de

em

cons

tant

e de

senv

olvi

men

to

e co

nseq

uent

emen

te

em

expa

nsão

de

mog

ráfi

ca

faz-

se

nece

ssár

ia

a am

plia

ção

dos

curs

os

nas

vári

as

área

s do

sa

ber,

fu

ndam

enta

lmen

te

no

que

diz

resp

eito

ao

E

nsin

o S

uper

ior.

D

essa

fo

rma

a im

plan

taçã

o de

um

C

urso

de

E

duca

ção

Fís

ica

cont

empl

ando

a

form

ação

do

bach

arel

irá

ate

nder

á à

dem

anda

em

erge

nte

da

popu

laçã

o es

tuda

ntil

da

cida

de e

da

regi

ão q

ue

a ca

ract

eriz

a co

mo

cida

de

pólo

, al

ém

de,

aten

dera

à

dem

anda

de

to

do o

terr

itór

io n

acio

nal.

A

cid

ade

de P

atos

de

Min

as e

stá

loca

liza

da

na

mes

orre

gião

do

E

stad

o de

M

inas

G

erai

s,

deno

min

ada

Tri

ângu

lo M

inei

ro e

A

lto

Par

anaí

ba.

É l

íder

inc

onte

ste

da

mic

rorr

egiã

o co

mpo

sta

pelo

s m

unic

ípio

s de

Ara

puá,

Car

mo

do

Par

anaí

ba,

Gui

mar

ânia

, L

agoa

F

orm

osa,

M

atut

ina,

R

io

Par

anaí

ba,

San

ta R

osa

da S

erra

, S

ão G

otar

do e

Tir

os. A

pol

ític

a de

in

serç

ão

regi

onal

, ad

otad

a pe

lo

UN

IPA

M,

busc

a of

erec

er

bene

fíci

os à

pop

ulaç

ão r

esid

ente

na

re

gião

, po

r m

eio

de

açõe

s im

plan

tada

s e

deco

rren

tes

dess

a po

líti

ca,

Pat

os

de

Min

as

é po

lo

educ

acio

nal

de

uma

regi

ão

de

apro

xim

adam

ente

50

0.00

0 ha

bita

ntes

, si

tuad

a no

nor

oest

e de

M

inas

G

erai

s,

abra

ngen

do

uma

área

de

mai

s de

40.

000

km².

A

cida

de r

eceb

e al

unos

de

dive

rsos

m

unic

ípio

s,

send

o re

spon

sáve

l m

aior

pe

la

qual

ific

ação

de

re

curs

os h

uman

os.

Nos

cu

rsos

da

inst

itui

ção,

enc

ontr

am-

se m

atri

cula

dos

alun

os d

e di

vers

as

cida

des

de

Min

as

Ger

ais,

se

ndo

mai

s re

pres

enta

tiva

s as

seg

uint

es:

João

P

inhe

iro

com

15

0 al

unos

; P

irap

ora

com

260

alu

nos

e T

rês

Mar

ias

com

193

alu

nos.

E

m

se

trat

ando

es

peci

fica

men

te

da

cida

de

de

Pat

rocí

nio,

o

UN

ICE

RP

é a

úni

ca i

nsti

tuiç

ão d

e en

sino

su

peri

or

e qu

e fo

rmar

pr

ofis

sion

ais

para

atu

arem

jun

to a

um

a po

pula

ção,

de

82

.278

ha

bita

ntes

e

17.5

25

estu

dant

es

mat

ricu

lado

s no

en

sino

fu

ndam

enta

l e

méd

io.

Ess

es

alun

os

estã

o di

stri

buíd

os

em

50

esco

las

(20

esco

las

esta

duai

s, 1

2 m

unic

ipai

s e

05 p

arti

cula

res

que

ofer

ecem

ens

ino

fund

amen

tal;

09

esco

las

esta

duai

s e

04 p

arti

cula

res

que

ofer

ecem

ens

ino

méd

io).

É n

a te

ntat

iva,

po

is,

de

aten

der

esta

de

man

da,

e pe

nsan

do n

o re

torn

o qu

e a

Edu

caçã

o F

ísic

a pr

opor

cion

a à

popu

laçã

o,

que

julg

amos

im

port

antí

ssim

a a

exis

tênc

ia d

o C

urso

de

Edu

caçã

o F

ísic

a na

cid

ade.

Page 124: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

123

Qua

dro

12 -

Aná

lise

da s

uper

estr

utur

a do

s pr

ojet

os p

olít

ico-

peda

gógi

cos2

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

prin

cípi

os

Con

serv

a os

pr

incí

pios

de

fini

dos

no

bach

arel

ado

acre

scen

tand

o;

a bu

sca

por

uma

nova

co

ncep

ção

de

curr

ícul

o qu

e pr

essu

põe

a co

nstr

ução

hum

ana,

pri

oriz

ando

os

quat

ro

pila

res

da

educ

ação

: ap

rend

er

a ap

rend

er,

apre

nder

a

conv

iver

, ap

rend

er

a fa

zer

e ap

rend

er a

ser

.

A

gest

ão

dem

ocrá

tica

, em

co

nson

ânci

a co

m a

nec

essi

dade

de

le

var

em

cons

ider

ação

a

part

icip

ação

so

cial

, be

m

com

o as

su

gest

ões

enge

ndra

das

a pa

rtir

do

conf

ront

o da

s id

eias

e

dos

dife

rent

es

sabe

res;

o

trab

alho

co

leti

vo,

nece

ssár

io

não

som

ente

par

a el

abor

ação

e

cons

tant

e ad

equa

ção

do p

roje

to

peda

gógi

co,

com

o ta

mbé

m p

ara

poss

ibil

itar

o

conf

ront

o de

sa

bere

s do

s do

cent

es

de

dife

rent

es

área

s;

a in

diss

ocia

bili

dade

teo

ria-

prát

ica,

bu

scan

do o

des

envo

lvim

ento

da

ativ

idad

e pe

dagó

gica

nu

m

perm

anen

te m

ovim

ento

de

ação

-re

flex

ão-a

ção,

con

trib

uind

o pa

ra

a co

nstr

ução

da

au

tono

mia

in

tele

ctua

l do

doc

ente

, qu

e al

ém

de

sabe

r fa

zer,

ne

cess

ita

com

pree

nder

o

que

faz;

a

inve

stig

ação

cie

ntíf

ica,

vis

ando

a

atua

ção

prát

ica

com

o di

men

são

inve

stig

ativ

a; a

bus

ca

de

uma

educ

ação

ét

ica

e pr

ofis

sion

al;

a re

ssig

nifi

caçã

o do

s co

nteú

dos

curr

icul

ares

por

m

eio

do

diál

ogo

inte

r e

mul

tidi

scip

lina

r,

sem

co

ntud

o,

perd

er d

e vi

sta

a es

peci

fici

dade

de

cad

a um

del

es.

Da

form

ação

in

tegr

al

do

ser

hum

ano,

pr

ivil

egia

ndo

a pa

rtic

ipaç

ão d

os a

luno

s at

ravé

s do

de

senv

olvi

men

to

da

cria

tivi

dade

, fa

zend

o co

m q

ue e

le n

ão s

ó ap

rend

a, m

as,

sobr

etud

o,

apre

nda

a ap

rend

er a

trav

és d

a in

icia

tiva

na

busc

a de

in

form

açõe

s.

Est

a m

issã

o é

atin

gida

pe

la

visã

o si

stêm

ica

dos

refe

renc

iais

cur

ricu

lare

s qu

e se

ar

ticu

lam

e

form

am

a m

atri

z cu

rric

ular

, es

tim

ulan

do

uma

form

ação

m

ulti

disc

ipli

nar

e in

terd

isci

plin

ar,

inte

grad

a às

at

ivid

ades

de

pe

squi

sa e

de

exte

nsão

.

Con

serv

a os

pri

ncíp

ios

defi

nido

s na

lice

ncia

tura

.

Page 125: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

124

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

Obj

etiv

os

obje

tivo

s

Pre

tend

e fo

rmar

pr

ofes

sore

s co

m

com

petê

ncia

par

a at

uar

de f

orm

a a

dese

nvol

ver

a cr

iati

vida

de,

o se

nso

crít

ico

e a

capa

cida

de d

e an

ális

e da

re

alid

ade

soci

al,

para

nel

a in

terv

ir

acad

êmic

a e

prof

issi

onal

men

te p

or

mei

o da

s di

fere

ntes

man

ifes

taçõ

es e

ex

pres

sões

do

mov

imen

to h

uman

o,

dom

inan

do

os

conh

ecim

ento

s co

ncei

tuai

s,

proc

edim

enta

is

e at

itud

inai

s es

pecí

fico

s da

Edu

caçã

o F

ísic

a e

aque

les

advi

ndos

da

s ci

ênci

as

afin

s,

orie

ntad

os

por

valo

res

soci

ais,

m

orai

s,

étic

os

e es

téti

cos

próp

rios

de

uma

soci

edad

e pl

ural

e d

emoc

ráti

ca.

O p

rofe

ssor

da

E

duca

ção

Bás

ica,

li

cenc

iatu

ra

plen

a em

Edu

caçã

o F

ísic

a, d

ever

á es

tar

qual

ific

ado

para

a

docê

ncia

de

ste

com

pone

nte

curr

icul

ar

na

educ

ação

sica

, be

m

com

o,

dese

nvol

ver

pesq

uisa

s no

s di

fere

ntes

ca

mpo

s de

es

tudo

da

E

duca

ção

Fís

ica.

Con

serv

a os

pri

ncíp

ios

defi

nido

s na

li

cenc

iatu

ra,

acre

scen

tand

o.

O

grad

uado

em

Edu

caçã

o F

ísic

a,

deve

esta

r qu

alif

icad

o pa

ra

anal

isar

cri

tica

men

te a

rea

lida

de

soci

al,

e ne

la i

nter

vir

acad

êmic

a e

prof

issi

onal

men

te

por

mei

o da

s di

fere

ntes

m

anif

esta

ções

e

expr

essõ

es

do

mov

imen

to

hum

ano,

vis

ando

a f

orm

ação

, a

ampl

iaçã

o e

o en

riqu

ecim

ento

cu

ltur

al

das

pess

oas,

pa

ra

aum

enta

r as

po

ssib

ilid

ades

de

ad

oção

de

um

es

tilo

de

vi

da

fisi

cam

ente

at

ivo

e sa

udáv

el

(RE

SO

LU

ÇÃ

O

CN

E/C

ES

N

07/2

004)

.

For

mar

pr

ofes

sore

s de

E

duca

ção

Fís

ica

qual

ific

ados

par

a a

docê

ncia

des

te c

ompo

nent

e cu

rric

ular

na

ed

ucaç

ão

bási

ca,

visa

ndo

a fo

rmaç

ão,

ampl

iaçã

o e

enri

quec

imen

to c

ultu

ral

do(a

)s a

luno

(a)s

, com

o p

ropó

sito

de

aum

enta

r as

po

ssib

ilid

ades

de

adoç

ão d

e um

est

ilo

de v

ida

fisi

cam

ente

at

ivo,

pr

azer

oso,

sa

udáv

el

e et

icam

ente

ori

enta

do.

Ass

egur

ar u

ma

form

ação

gen

eral

ista

, hu

man

ista

e

crít

ica,

qu

alif

icad

ora

da

inte

rven

ção

acad

êmic

o-pr

ofis

sion

al

para

a

docê

ncia

da

E

duca

ção

Fís

ica

na

educ

ação

sica

, fu

ndam

enta

da

no

rigo

r ci

entí

fico

, na

re

flex

ão

filo

sófi

ca e

na

cond

uta

étic

a.

For

mar

pr

ofis

sion

ais

de

educ

ação

sica

qu

alif

icad

os p

ara

inte

rvir

na

real

idad

e so

cial

por

m

eio

das

dife

rent

es m

anif

esta

ções

e e

xpre

ssõe

s da

cul

tura

do

mov

imen

to h

uman

o, c

om v

ista

s à

prom

oção

e p

rote

ção

da s

aúde

, a

prev

ençã

o de

pr

oble

mas

de

ag

ravo

da

sa

úde,

a

reed

ucaç

ão

mot

ora,

o r

endi

men

to f

ísic

o-es

port

ivo,

o l

azer

e

a ge

stão

de

empr

eend

imen

tos

rela

cion

ados

às

ativ

idad

es f

ísic

o-re

crea

tiva

s e

espo

rtiv

as.

Ass

egur

ar u

ma

form

ação

gen

eral

ista

, hu

man

ista

e

crít

ica,

qu

alif

icad

ora

da

inte

rven

ção

acad

êmic

o-pr

ofis

sion

al

em

educ

ação

sica

, fu

ndam

enta

da

no

rigo

r ci

entí

fico

, na

re

flex

ão

filo

sófi

ca e

na

cond

uta

étic

a.

perf

il

do

egre

sso

O l

icen

ciad

o em

Edu

caçã

o F

ísic

a,

com

prom

issa

do

com

o

dese

nvol

vim

ento

hum

ano

em t

odas

as

su

as

dim

ensõ

es,

deve

ter

com

petê

ncia

pa

ra

atua

r na

as

sess

oria

, pl

anej

amen

to,

exec

ução

e

aval

iaçã

o do

co

mpo

nent

e cu

rric

ular

E

duca

ção

Fís

ica

na

Edu

caçã

o B

ásic

a,

pode

ndo

aind

a el

abor

ar

prog

ram

as

de

ensi

no

de

Edu

caçã

o F

ísic

a pa

ra

toda

s as

ries

, ní

veis

ou

cicl

os,

bem

com

o at

uar

em

inst

itui

ções

qu

e

O c

urso

de

Edu

caçã

o F

ísic

a da

U

nive

rsid

ade

de

Ube

raba

pr

eten

de f

orm

ar o

gra

duad

o em

E

duca

ção

Fís

ica

com

prom

issa

do

com

o

dese

nvol

vim

ento

hu

man

o em

to

das

as

suas

di

men

sões

, po

r m

eio

de

uma

form

ação

hu

man

ista

, ge

nera

list

a e

crít

ica,

qu

alif

icad

ora

da

inte

rven

ção

acad

êmic

o-pr

ofis

sion

al,

com

fu

ndam

ento

no

rigo

r ci

entí

fico

, na

re

flex

ão

filo

sófi

ca

e na

Apr

esen

tar

post

ura

prof

issi

onal

qu

e re

flit

a o

com

prom

etim

ento

com

os

valo

res

insp

irad

ores

da

so

cied

ade

dem

ocrá

tica

, qu

e im

plic

a em

re

spei

tar

a di

vers

idad

e cu

ltur

al

na

tom

ada

de

deci

sões

met

odol

ógic

as e

did

átic

as;

Ser

cap

az d

e co

mpr

eend

er o

pap

el s

ocia

l da

esc

ola

no q

ue d

iz

resp

eito

ao

pr

oces

so

de

soci

abil

izaç

ão

e de

en

sino

-apr

endi

zage

m n

as s

uas

rela

ções

com

o

cont

exto

da

pr

átic

a ed

ucat

iva,

pa

rtic

ipan

do

cole

tiva

e

coop

erat

ivam

ente

da

el

abor

ação

, ge

stão

, de

senv

olvi

men

to e

ava

liaç

ão d

o pr

ojet

o ed

ucat

ivo

e cu

rric

ular

da

esco

la;

Ser

cap

az d

e di

scut

ir,

fund

amen

tar

e ju

stif

icar

a p

rese

nça

da

Con

duta

pau

tada

pel

a ét

ica

e pr

eocu

paçã

o co

m

as q

uest

ões

soci

ais

e am

bien

tais

; C

apac

idad

e de

at

uar

de

form

a cr

ític

a,

autô

nom

a e

cria

tiva

; A

tuaç

ão p

ropo

siti

va n

a bu

sca

de s

oluç

ões

para

qu

e as

qu

estõ

es

apre

sent

adas

pe

la

soci

edad

e;

Cap

acid

ade

de

com

unic

ação

e

expr

essã

o na

ngua

na

cion

al

e em

ngua

es

tran

geir

a;

Cap

acid

ade

de

diag

nost

icar

, an

alis

ar

e co

ntex

tual

izar

pr

oble

mas

;Bus

ca

de

cons

tant

e ap

rim

oram

ento

cie

ntíf

ico

e té

cnic

o; D

omín

io d

e té

cnic

as e

ssen

ciai

s à

prod

ução

e a

plic

ação

do

conh

ecim

ento

; T

raba

lho

inte

grat

ivo

e co

ntri

buti

vo

em

equi

pes

tran

sdis

cipl

inar

es;

Page 126: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

125

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

Per

fil

do

egre

sso

dese

nvol

vem

pr

ogra

mas

ed

ucac

iona

is

e at

uar

na

pesq

uisa

ci

entí

fica

no

cam

po d

a E

duca

ção.

cond

uta

étic

a. O

gra

duad

o em

E

duca

ção

Fís

ica

deve

ter

adqu

irid

o ha

bili

dade

s e

com

petê

ncia

s pa

ra

atua

r na

as

sess

oria

, pl

anej

amen

to,

exec

ução

e

aval

iaçã

o de

pr

ogra

mas

de

E

duca

ção

Fís

ica

nos

cam

pos

do e

spor

te,

laze

r e

ativ

idad

es f

ísic

as v

olta

das

para

di

fere

ntes

gr

upos

so

ciai

s.

Pod

erá

atua

r ta

mbé

m n

a ár

ea d

a pe

squi

sa

cien

tífi

ca

e em

di

fere

ntes

am

bien

tes,

tai

s co

mo,

cl

ubes

, ac

adem

ias,

ce

ntro

s es

port

ivos

, ho

téis

, em

pres

as,

clín

icas

, ho

spit

ais,

ent

re o

utro

s,

que

man

tenh

am e

stre

ita

rela

ção

com

sua

áre

a de

for

maç

ão.

Edu

caçã

o F

ísic

a co

mo

com

pone

nte

curr

icul

ar n

a es

cola

; S

er c

apaz

de

sist

emat

izar

e s

ocia

liza

r a

refl

exão

sob

re a

prá

tica

doc

ente

, in

vest

igan

do o

co

ntex

to e

duca

tivo

e a

nali

sand

o a

próp

ria

prát

ica

prof

issi

onal

; C

onhe

cer

e do

min

ar o

s co

nteú

dos

da

Edu

caçã

o F

ísic

a qu

e se

rão

obje

to

da

inte

rven

ção

doce

nte,

ade

quan

do-o

s ao

esp

aço

e te

mpo

es

cola

res,

co

mpa

rtil

hand

o sa

bere

s de

di

fere

ntes

áre

as d

o co

nhec

imen

to;

Ser

cap

az d

e re

laci

onar

os

co

nteú

dos

do

com

pone

nte

Edu

caçã

o F

ísic

a co

m

os

fato

s,

tend

ênci

as,

fenô

men

os

da

atua

lida

de

e aq

uele

s do

s pa

rtic

ipan

tes

no

proc

esso

; C

riar

, pl

anej

ar,

real

izar

, ge

rir

e av

alia

r si

tuaç

ões

didá

tica

s ef

icaz

es

para

a

apre

ndiz

agem

e

para

o

dese

nvol

vim

ento

do

s al

unos

; D

omin

ar

os

mét

odos

de

en

sino

de

E

duca

ção

Fís

ica,

be

m

com

o an

alis

ar e

pro

duzi

r m

ater

iais

e r

ecur

sos

didá

tico

s;

Ger

ir

a cl

asse

e

util

izar

es

trat

égia

s di

vers

ific

adas

de

av

alia

ção

da

apre

ndiz

agem

. C

onsc

ient

izar

-se

de s

eu p

apel

com

o ed

ucad

or,

send

o ca

paz

de

inte

rvir

pe

dagó

gica

e

prof

issi

onal

men

te

junt

o às

di

fere

ntes

m

anif

esta

ções

das

cul

tura

s da

s at

ivid

ades

fís

icas

e

dos

espo

rtes

, le

vand

o em

co

nsid

eraç

ão

a di

vers

idad

e da

cl

ient

ela

esco

lar,

se

u pú

blic

o-al

vo;

Apr

esen

tar

uma

clar

a vi

são

peda

gógi

ca e

ci

entí

fica

, do

min

ando

ins

trum

ento

s, m

étod

os e

cnic

as d

e pe

squi

sa q

ue p

erm

itam

int

erve

nçõe

s em

su

a pr

átic

a do

cent

e;

Dem

onst

rar

atit

ude

crít

ico-

refl

exiv

a pe

rant

e a

prod

ução

de

co

nhec

imen

to d

a ár

ea,

visa

ndo

obte

r su

bsíd

ios

para

o a

prim

oram

ento

con

stan

te d

e se

u tr

abal

ho

no

âmbi

to

da

Edu

caçã

o F

ísic

a es

cola

r;

Dem

onst

rar

com

pree

nder

e d

omin

ar o

pro

cess

o de

in

terv

ençã

o pe

dagó

gica

no

s ca

mpo

s de

tr

abal

ho

rela

cion

ados

à

trad

ição

da

ár

ea

Com

petê

ncia

par

a a

atua

ção

prof

issi

onal

com

re

spei

to

pelo

m

eio

ambi

ente

; C

ompr

eens

ão

inte

grad

a do

mei

o am

bien

te e

m s

uas

múl

tipl

as e

co

mpl

exas

re

laçõ

es,

envo

lven

do

aspe

ctos

ec

ológ

icos

, ps

icol

ógic

os,

lega

is,

polí

tico

s,

soci

ais,

ec

onôm

icos

, ci

entí

fico

s,

cult

urai

s e

étic

os;

Cap

acid

ade

de p

rom

over

e r

espe

itar

os

Dir

eito

s H

uman

os.C

om

rela

ção

às

ativ

idad

es

pert

inen

tes

ao

resp

ecti

vo

Cur

so,

o pe

rfil

do

eg

ress

o de

verá

se

aj

usta

r ao

s co

mpo

nent

es

desc

rito

s a

segu

ir:

ter

cons

ciên

cia

de s

eu p

apel

co

mo

educ

ador

, se

ndo

capa

z de

in

terv

ir

peda

gógi

ca

e pr

ofis

sion

alm

ente

ju

nto

às

dife

rent

es

man

ifes

taçõ

es

das

cult

uras

da

s at

ivid

ades

sica

s e

dos

espo

rtes

, le

vand

o em

co

nsid

eraç

ão

a di

vers

idad

e do

blic

o al

vo;

apre

sent

ar

uma

clar

a vi

são

peda

gógi

ca

e ci

entí

fica

, do

min

ando

ins

trum

ento

s, m

étod

os e

cnic

as d

e pe

squi

sa q

ue p

erm

itam

int

erve

nçõe

s em

sua

prá

tica

pro

fiss

iona

l; d

emon

stra

r at

itud

e cr

ític

o-re

flex

iva

pera

nte

a pr

oduç

ão

de

conh

ecim

ento

da

área

, vi

sand

o ob

ter

subs

ídio

s pa

ra o

apr

imor

amen

to c

onst

ante

de

seu

trab

alho

no

âm

bito

da

E

duca

ção

Fís

ica;

de

mon

stra

r co

mpr

eend

er

e do

min

ar

o pr

oces

so

de

inte

rven

ção

prof

issi

onal

nos

cam

pos

de t

raba

lho

rela

cion

ados

à

trad

ição

da

ár

ea

e na

s su

as

rela

ções

com

o c

onte

xto

no q

ual

estã

o in

seri

dos;

de

mon

stra

r ca

paci

dade

par

a re

solv

er p

robl

emas

co

ncre

tos

da p

ráti

ca p

rofi

ssio

nal

e da

din

âmic

a da

s in

stit

uiçõ

es

afin

s,

zela

ndo

pela

ap

rend

izag

em

e pe

lo

dese

nvol

vim

ento

da

s pe

ssoa

s;

dem

onst

rar

capa

cida

de

para

de

senv

olve

r in

vest

igaç

ão

no

inte

ress

e do

de

senv

olvi

men

to i

nteg

ral

da p

esso

a hu

man

a, n

a de

scob

erta

do

corp

o, n

o pr

azer

pro

porc

iona

do

pelo

mov

imen

to,

no p

roce

sso

de t

rans

form

ação

Page 127: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

126

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

educ

acio

nal

e na

s su

as r

elaç

ões

com

o c

onte

xto

no q

ual

estã

o in

seri

dos;

Dem

onst

rar

capa

cida

de

para

re

solv

er

prob

lem

as

conc

reto

s da

pr

átic

a do

cent

e e

da

dinâ

mic

a da

s in

stit

uiçõ

es

afin

s,

zela

ndo

pela

ap

rend

izag

em

e pe

lo

dese

nvol

vim

ento

do

ed

ucan

do;

Dem

onst

rar

sabe

r co

mo

cons

ider

ar

crit

icam

ente

as

ca

ract

erís

tica

s,

inte

ress

es

e ne

cess

idad

es

e as

di

vers

idad

es

da

com

unid

ade

esco

lar

nos

mom

ento

s de

pl

anej

amen

to,

apli

caçã

o e

aval

iaçã

o do

s pr

ogra

mas

e

proj

etos

de

in

terv

ençã

o pe

dagó

gica

; D

emon

stra

r sa

ber

util

izar

rec

urso

s da

tec

nolo

gia

da i

nfor

maç

ão e

da

co

mun

icaç

ão,

de

form

a a

ampl

iar

e a

dive

rsif

icar

as

form

as d

e in

tera

gir

e co

mpa

rtil

har

com

as

fo

ntes

de

pr

oduç

ão

e di

fusã

o de

co

nhec

imen

tos

e de

tec

nolo

gias

, be

m c

omo

para

qu

alif

icar

su

a pr

átic

a do

cent

e;

Dem

onst

rar

lide

ranç

a na

re

laçã

o co

m

pess

oas,

cl

arez

a,

adeq

uaçã

o e

obje

tivi

dade

na

s fo

rmas

de

co

mun

icaç

ão

escr

ita,

ve

rbal

e

não-

verb

al

e de

senv

oltu

ra

no

faze

r di

dáti

co,

de

mod

o a

cond

uzir

ad

equa

dam

ente

su

a at

ivid

ade

prof

issi

onal

; D

emon

stra

r ca

paci

dade

de

ar

gum

enta

ção

[...]

; P

ossu

ir u

ma

ampl

a vi

são

da

real

idad

e so

cial

, po

líti

ca,

cult

ural

e e

conô

mic

a do

P

aís,

co

nsci

ente

da

s re

ais

nece

ssid

ades

e

poss

ibil

idad

es d

o al

uno.

indi

vidu

al

e so

cial

; de

mon

stra

r sa

ber

com

o co

nsid

erar

cr

itic

amen

te

as

cara

cter

ísti

cas,

in

tere

sses

e n

eces

sida

des

e as

div

ersi

dade

s do

s al

unos

da

s pe

ssoa

s no

s m

omen

tos

de

plan

ejam

ento

, ap

lica

ção

e av

alia

ção

dos

prog

ram

as

de

inte

rven

ção

prof

issi

onal

; de

mon

stra

r sa

ber

util

izar

rec

urso

s da

tec

nolo

gia

da i

nfor

maç

ão e

da

com

unic

ação

de

form

a a

ampl

iar

e di

vers

ific

ar a

s fo

rmas

de

inte

ragi

r e

com

part

ilha

r co

m

as

font

es

de

prod

ução

e

difu

são

de c

onhe

cim

ento

s e

de t

ecno

logi

as,

bem

co

mo

para

qua

lifi

car

a in

terv

ençã

o pr

ofis

sion

al;

dem

onst

re l

ider

ança

na

rela

ção

com

as

pess

oas,

cl

arez

a, a

dequ

ação

e o

bjet

ivid

ade

nas

form

as d

e co

mun

icaç

ão

escr

ita,

ve

rbal

e

não-

verb

al

e de

senv

oltu

ra n

o fa

zer

didá

tico

, [.

..]l;

dem

onst

re

capa

cida

de

de

argu

men

taçã

o [.

..]

bem

co

mo

bali

zar

sua

inte

rven

ção

prof

issi

onal

à l

uz d

as

teor

ias

prod

uzid

as

a pa

rtir

do

s ca

mpo

s de

co

nhec

imen

to

espe

cífi

cos

e af

ins;

de

mon

stre

ca

paci

dade

par

a de

senv

olve

r, f

unda

men

tado

nos

pr

essu

post

os

cien

tífi

cos

e ét

icos

, in

terv

ençã

o pr

ofis

sion

al n

o at

endi

men

to à

s ca

rênc

ias

típi

cas

da p

esso

a po

rtad

ora

de n

eces

sida

des

espe

ciai

s,

às

dem

anda

s tí

pica

s do

en

velh

ecim

ento

da

po

pula

ção

e do

s in

tegr

ante

s do

s gr

upos

de

risc

o;

e po

ssua

um

a am

pla

visã

o da

rea

lida

de s

ocia

l, po

líti

ca, c

ultu

ral e

eco

nôm

ica

do p

aís,

[...

].

Fund

amen

-to

lega

l O

s do

cum

ento

s le

gais

qu

e fu

ndam

enta

m

a pr

esen

te

prop

osta

es

tão

cons

ubst

anci

ados

na

R

esol

ução

CN

E/C

P N

º 1/

2002

, qu

e in

stit

ui

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

a F

orm

ação

de

P

rofe

ssor

es

da

Edu

caçã

o B

ásic

a,

em

níve

l su

peri

or,

curs

o de

li

cenc

iatu

ra,

de

grad

uaçã

o pl

ena,

Os

docu

men

tos

lega

is

que

fund

amen

tam

a

pres

ente

pr

opos

ta e

stão

con

subs

tanc

iado

s no

P

arec

er

CN

E/C

ES

N

058/

2004

e

na

Res

oluç

ão

CN

E/C

ES

N

07/2

004,

qu

e in

stit

ui

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

os

curs

os

de

grad

uaçã

o em

Edu

caçã

o F

ísic

a,

Ten

do

em

vist

a as

de

cisõ

es

do

Con

selh

o N

acio

nal

de E

duca

ção

que,

atr

avés

da

Res

oluç

ão

CN

E/C

P

n.

1 de

18

/2/2

002,

in

stit

uiu

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra

a F

orm

ação

de

Pro

fess

ores

da

Edu

caçã

o B

ásic

a em

vel

supe

rior

, cu

rso

de

lice

ncia

tura

de

gr

adua

ção

plen

a, a

Res

oluç

ão C

NE

/CP

n. 2

/200

2 qu

e de

fini

u a

dura

ção

e a

carg

a ho

rári

a do

s cu

rsos

de

lice

ncia

tura

, e

a R

esol

ução

CN

E/C

ES

Con

serv

a os

fun

dam

ento

s le

gais

da

lice

ncia

tura

.

Page 128: PROFESSORES E/OU GRADUADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA? … · campo de conhecimento específico, sendo o curso integrado à área de saúde a partir de 1997. A área de atuação para

127

I

ES

unid

ades

UN

IUB

E

LIC

EN

CIA

TU

RA

U

NIU

BE

B

AC

HA

RE

LA

DO

U

NIA

RA

L

ICE

NC

IAT

UR

A

UN

IAR

AX

Á

BA

CH

AR

EL

AD

O

além

da

R

esol

ução

C

NE

/CP

N

º 2/

2002

, qu

e es

tabe

lece

a d

uraç

ão e

a

carg

a ho

rári

a do

s cu

rsos

de

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ação

de

P

rofe

ssor

es

para

a

Edu

caçã

o B

ásic

a.

Alé

m

dess

es

docu

men

tos,

bu

scou

-se

orie

ntaç

ão

no P

arec

er N

º C

NE

/CP

009

/200

1 -

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

pa

ra a

For

maç

ão d

e P

rofe

ssor

es d

a E

duca

ção

Bás

ica,

em

vel

supe

rior

, pu

blic

ado

em 0

8 de

mai

o de

200

1,

em n

ível

sup

erio

r de

gra

duaç

ão

plen

a. A

lém

des

ses

docu

men

tos,

bu

scou

-se

orie

ntaç

ão n

o P

arec

er

CN

E/C

ES

N

329/

2004

, qu

e pr

opõe

ca

rga

horá

ria

mín

ima

para

os

cu

rsos

de

gr

adua

ção,

ba

char

elad

os,

na

mod

alid

ade

pres

enci

al.

n.

7/20

04

que

expl

icit

ou

as

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s pa

ra o

s cu

rsos

de

Gra

duaç

ão e

m

Edu

caçã

o F

ísic

a, a

Ins

titu

ição

pro

pôs

uma

nova

es

trut

uraç

ão

do

curs

o de

li

cenc

iatu

ra

para

ad

equa

r as

pr

opos

tas

ante

rior

es

à at

ual

legi

slaç

ão.

área

s de

at

uaçã

o do

eg

ress

o

A E

duca

ção

Fís

ica

é um

a ár

ea [

...]

que

tem

com

o ob

jeto

de

estu

do e

de

apli

caçã

o o

mov

imen

to

hum

ano,

co

m f

oco

nas

dife

rent

es f

orm

as e

m

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idad

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e ex

ercí

cio

físi

co,

da

giná

stic

a, d

o jo

go,

do e

spor

te,

da

danç

a,

nas

pers

pect

ivas

da

pr

even

ção

da

saúd

e,

prom

oção

, pr

oteç

ão e

rea

bili

taçã

o da

saú

de,

da

form

ação

cul

tura

l, da

edu

caçã

o e

da

reed

ucaç

ão m

otor

a, d

o re

ndim

ento

sico

-esp

orti

vo,

do l

azer

, da

ges

tão

de

empr

eend

imen

tos

rela

cion

ados

às

ati

vida

des

físi

cas,

rec

reat

ivas

e

espo

rtiv

as [

...].

Con

serv

a a

área

de

atua

ção

da

lice

ncia

tura

.

[...]

o C

urso

de

Lic

enci

atur

a de

verá

pos

sibi

lita

r o

ingr

esso

do

acad

êmic

o no

mer

cado

de

trab

alho

, re

spei

tand

o os

ca

mpo

s de

at

uaçã

o qu

e sã

o In

stit

uiçõ

es

públ

icas

e

priv

adas

de

E

duca

ção

Bás

ica

em s

eus

três

nív

eis:

Edu

caçã

o In

fant

il,

Ens

ino

Fun

dam

enta

l e

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ino

Méd

io,

Edu

caçã

o P

rofi

ssio

nal

de j

oven

s e

adul

tos,

Ins

titu

tos

de

Edu

caçã

o E

spec

ial

e/ou

nos

Órg

ãos

Púb

lico

s de

E

duca

ção

mun

icip

al, e

stad

ual e

fed

eral

.

[...]

pl

anej

ar,

pres

crev

er,

ensi

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or

ient

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asse

ssor

ar,

supe

rvis

iona

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ontr

olar

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vali

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iciê

ncia

, a

efic

ácia

e o

s ef

eito

s de

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gram

as

de e

xerc

ício

s fí

sico

s, r

ecre

ativ

os e

esp

orti

vos,

as

sim

co

mo

part

icip

ar,

asse

ssor

ar,

coor

dena

r,

lide

rar

e ge

renc

iar

equi

pes

mul

tipr

ofis

sion

ais

de

disc

ussã

o, d

e de

fini

ção

e de

ope

raci

onal

izaç

ão

de p

olít

icas

púb

lica

s e

inst

ituc

iona

is n

os c

ampo

s da

saú

de,

do l

azer

, do

esp

orte

, da

seg

uran

ça,

do

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nism

o, d

o am

bien

te, d

a cu

ltur

a, d

o tr

abal

ho,

entr

e os

afe

tos

dire

ta e

indi

reta

men

te à

prá

tica

de

exer

cíci

os

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ivid

ades

sica

s,

recr

eati

vas

e es

port

ivas

, pa

ra

atua

r e

exer

cer

funç

ões

em

club

es, a

cade

mia

s e

na á

rea

de tu

rism

o e

laze

r.

gest

ão

acad

êmic

a C

oleg

iado

do

C

urso

de

E

duca

ção

Fís

ica

- IF

E

Col

egia

do

do

Cur

so

de

Edu

caçã

o F

ísic

a

Con

text

o ed

ucac

iona

l

—.

A t

radi

ção

hist

óric

a de

Ara

xá t

êm c

ontr

ibuí

do

para

o c

resc

imen

to d

o ec

otur

ism

o e

das

rede

s de

ho

téis

-faz

enda

no

en

torn

o.

Ent

reta

nto,

a

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de

recu

rsos

hu

man

os p

ara

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r no

ca

mpo

de

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r nã

o te

m c

resc

ido

na p

ropo

rção

de

man

dada

pel

o m

erca

do d

e tr

abal

ho.