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Professora Samantha Marques Janeiro de 2017

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Professora Samantha Marques

Janeiro de 2017

Será que atendo bem?

Como ser atendido e atender?

O que o cliente quer?

Atendimento personalizado;

Agilidade, cortesia e presteza;

Conhecimentos dos serviços;

Ambiente adequado (organização conforto e etc.)

Satisfação das suas necessidades.

Consulta?

.

Elabore sua ficha de atendimento, pensando

principalmente nos tipos que cliente que

tens ou quer ter.

Procure colher o máximo de dados e

documentos e, sempre que possível, só deixe

o cliente sair depois que seus serviços sejam

contratados.

Lembre-se que um profissional despreparado

não cria confiança e fidelidade.

Dados/ Fatos

narrados:

Documentos que

comprovam:

Impasse

Jurídico:

Solução

Jurídica:

Segundo Daniel Amorim Assumpção Neves, apetição inicial é a forma de materializar ointeresse em buscar a tutela jurisdicional,conceituada como a peça escrita, assinada porquem está devidamente constituído, querepresenta parte que tem legitimidade.

A petição inicial tem a função de provocar ajurisdição e de identificar a demanda.

Para isso, é essencial que as partes estejamidentificadas, as causas e os pedidos, que são oselementos da ação.

Saibam que ao delinear os contornos acimaidentificados, algumas situações processuaisacontecem:

• O Poder judiciário não pode atuar sem provocação, e assim fixarobjeto da controvérsia, senão vejamos:

– Art. 2º do CPC: Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senãoquando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.

• Este posicionamento é fortemente reforçado, pelo decano baianoJJ Calmon de Passos quando afirma: a jurisdição é inerte, e ojulgador somente passa a praticar atos processuais depois deprovocado, depois que a pretensão é levada a seu conhecimento.(Calmon Passos,1995, p. 23)

• E como os atos intermediários se praticam em razão da inicial, dolibelo, e com a finalidade da sentença, esta não pode desdobraros limites daquele – Sententia debet esse conformis libello. "Ojuiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhedefeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito alei exige a iniciativa da parte" (CPC, art. 128).

• Assim, é através da exordial (Inicial) que o interessado (Autor) na solução do conflito (LIDE), narra ao Estado-Juiz oporquê ele entende que o direito ali embatido deve serdeclarado como seu, pedindo/requerendo, inclusive, aoEstado-Juiz, as providências para que este exerça o seudireito da forma que melhor lhe aprouver, dentro dosditames legais... Sem a interferência do seu adversário(Réu).

• Lembrando que sempre que o interessado entender que oseu direito está sendo maculado ou ameaçado, este tem odireito incontestável de se socorrer do Estado-Juiz, nostermos da Lex Legum, senão vejamos:– Artigo 5º:

• XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciáriolesão ou ameaça a direito

Por exemplo:

Se formam os contornos objetivos e subjetivos da

demanda;

Permite a verificação de eventual litispendência,

coisa julgada, conexão, continência, quando

comparada com outras ações;

Fixa a competência;

Já indica se alguma das condições da ação está

faltante;

Fixa o procedimento.

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

De acordo do Fredie Didier Jr., a jurisdição é (...) “a função de terceiro imparcial de

realizar o direito de modo imperativo, criativo, reconhecendo/efetivando/protegendo

situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão insuscetível de controle

externo e com aptidão para tornar-se indiscutível”.

A jurisdição é técnica de solução de conflitos por heterocomposição, por isso que o

terceiro substitui a vontade das partes (substitutividade) e soluciona o conflito de

interesses.

A jurisdição como poder exercente da função jurisdicional, produz a norma in concreto.

Mas também não confundir o poder jurisdicional, função jurisdicional e a atividade

jurisdicional.

O poder jurisdicional não se limita a dizer o direito, mas também impor a satisfação,

logo o poder do direito de materializar o direito positivo.

A jurisdição enquanto poder, é dependente do Estado organizado e forte suficiente para

interferir na esfera jurídica de seus cidadãos.

Assim, a jurisdição se ocupa da aplicação da norma jurídica ao caso concreto que deve

se dar à luz dos direitos fundamentais e dos princípios constitucionais de justiça.

Como função trata-se de encargo constitucionalmente conferido ao Poder Judiciário

embora não seja uma função privativa. Já como atividade a jurisdição é o complexo de

atos praticados pelo agente estatal investido da jurisdição no processo.

Quando uma pessoa for pleitear judicialmente um direito é necessárioque em sua petição inicial conste para quem ela será dirigida. É ocabeçalho da petição.

O endereçamento a um membro do Poder Judiciário (juiz ou tribunal,que será responsável pela demanda) é um requisito essencial de todapetição inicial. Caso não seja realizada a nomeação do cabeçalho aação será extinta nos termos do artigo 319, I do CPC.

Lembrando, que a nomeação do cabeçalho, nada mais é que aindicação do órgão do Estado-Juiz que terá a competência para julgara ação, e não o nome da pessoa física que ocupa o cargo, muitoembora em vários recursos nomeamos o detentor da competência (EX:EXMO SR. DR DESEMBARGADOR RELATOR FULANO DE TAL).

A competência esta disposta nas lides, normalmente nos artigos 42 a 53do Código de Processo Civil, mas no que tange as questõesprevidenciárias, normalmente a competência está disposta no artigo109 da CF e na Lei 10.259, senão vejamos:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal foreminteressadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as defalência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça doTrabalho;

(...)

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal,excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

(...)

§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária ondetiver domicílio a outra parte.

§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciáriaem que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato quedeu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no DistritoFederal.

§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dossegurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdênciasocial e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e,se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam tambémprocessadas e julgadas pela justiça estadual.

§ 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para oTribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

(...)

A lei do JEF também traz uma novidade

acerca de Competência, atrelando esta ao

valor da causa, nos termos do artigo 3º da Lei

10.259/01, senão vejamos:

Compete ao Juizado Especial Federal Cível

processar, conciliar e julgar causas de

competência da Justiça Federal até o valor de

sessenta salários mínimos, bem como executar as

suas sentenças.

Repisemos agora de forma limitada a questão

da competência da Ação Previdenciária:

IDENTIFICARTIPO DE AÇÃO

PREVIDENCIÁRIA SUPERIOR A 60 SM

ACIDENTÁRIA

LOAS

PREVIDENCIÁRIAATÉ 60 SM

COMPETÊNCIA PREVIDENCIÁRIA/LOAS – JUSTIÇA FEDERAL

Competência originária – art. 109, I – CF/88

Competência delegada – art. 109, § 3º - CF/88

Competência Recursal TRF/STJ/STF

ACIDENTÁRIA – JUSTIÇA ESTADUAL

Competência originária – art. 109, I - CF/88 (exceto ações acidentárias)

Competência Recursal 2º TAC (TJ)/STJ/STF

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS Lei 10.259, de 12/07/01(art. 3º "caput")

Limite: 60 salários mínimos

Renúncia ao crédito excedente

Nas ações previdenciárias, o artigo 109 da Constituição é quem

determina a competência para processar e julgar, reservando tal

função para a Justiça Federal.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública

federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou

oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as

sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Contudo, o legislador sabendo da realidade da Justiça Federal

determinou a delegação da competência da Justiça Federal para a

Justiça Estadual para processar ações previdenciárias, conforme

previsão do § 3º, do art. 109.

A delegação de competência é uma opção do segurado para ajuizar

ações contra a Previdência Social no foro estadual de seu domicílio ou

no foro do Juízo Federal (do interior ou da capital), senão vejamos o

seu teor:

§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dossegurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição deprevidência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara dojuízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outrascausas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

Importante:

Não se aplica a competência delegada quando se tratar de discussão sobrelegitimidade de contribuições previdenciárias. Neste sentido: TRF 3. AC90.03.028122-0. 1° Turma, Relator Juiz Relator Theotonio Costa, DJU22/10/1996.

E ainda, não caberá a utilização da competência delegada estadual parajulgamento de em Mandado de Segurança, já que é privativo da Justiça Federal oprocesso de julgamento da ação mandamental contra ato de autoridade federal.Assim, o Mandado de Segurança deve ser sempre ajuizado no Juízo Federal quetenha jurisdição sobre a sede da autoridade impetrada, conforme preceitua oartigo 109, inciso VIII. Neste sentido: TRF 3. AC 95.03.034797-1. 5° Turma,Relator Desembargador Relator Pedro Rotta, DJU 05/08/1997.

Cabe salientar que a delegação de competência envolve apenas oprimeiro grau de jurisdição, pois, de acordo com o § 4º do art. 109 daConstituição Federal, o recurso cabível será sempre para o TribunalRegional Federal da área de Jurisdição do Juízo monocrático. Cabe,também, aos Tribunais Regionais Federais julgar os conflitos decompetência entre Juízes Federais e Juízes Estaduais investidos decompetência delegada (art. 108, I, “e”, da CF/88).

Ações acidentárias. Ações propostas contra o INSS cuja origem sejadecorrente de acidente de trabalho devem ser ajuizadas perante aJustiça Estadual, por se tratar de competência residual previstaexpressamente pela Constituição Federal (art. 109, I).

Neste sentido, existem a súmula 15 do STJ que diz: Compete à JustiçaEstadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente dotrabalho; e a súmula 235 do STF que diz: ë competente para a ação deacidente do trabalho a Justiça Cível comum, inclusive em segundainstância, ainda que seja parte autarquia seguradora.

Dessa forma, as ações que objetivam a concessão ou revisão deauxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidentedecorrente de acidente de trabalho, devem ser ajuizadasperante a Justiça Estadual, com recursos aos Tribunais deJustiça. Ademais, o artigo 129 da Lei 8213/91, dispõe que:

Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes dotrabalho serão apreciados:

I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social,segundo as regras e prazos aplicáveis às demais prestações, comprioridade para conclusão; e

II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do DistritoFederal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as fériasforenses, mediante petição instruída pela prova de efetivanotificação do evento à Previdência Social, através deComunicação de Acidente do Trabalho-CAT.

Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o incisoII deste artigo é isento do pagamento de quaisquer custas e deverbas relativas à sucumbência.

Benefício assistencial: O benefício assistencial (LOAS)previsto no art. 203 da CF/88 e regulado pelo art. 20 daLei 8.742/93, não pode ser confundido com osbenefícios de origem previdenciária da Lei 8.213/91,embora ambos sejam concedidos pelo INSS.

Embora caiba à União a manutenção do benefício deprestação assistencial continuada, a legitimidadepassiva para essas causas é do INSS, pacificada pelosTribunais, sendo inclusive pertinente a intentação desua via na esfera estadual, em inteligência do artigo109, § 3˚ da Carta Maior.

JEF:

• JEF: A competência para processar e julgar ações em matéria previdenciárianos JEF’s encontra-se esculpida basicamente no valor da causa. Dispondoassim o artigo 3° da Lei 10.259/01:

• Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgarcausas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta saláriosmínimos, bem como executar as suas sentenças.

• § 1º Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas:

• I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as açõesde mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação,populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e asdemandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuaishomogêneos;

• II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais;

• III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo ode natureza previdenciária e o de lançamento fiscal;

• IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta aservidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares.

• § 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins decompetência do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderáexceder o valor referido no art. 3º, caput.

• § 3º No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a suacompetência é absoluta.

A súmula n. 35 do JEF de São Paulo determina que acompetência dos Juizados Especiais Federais édeterminada unicamente pelo valor da causa e não pelacomplexidade da matéria. Assim, a competência paraprocessar e julgar ações em matéria previdenciária nosJEF’s encontra-se esculpida basicamente no valor da causa.Dispondo assim, o artigo 3° da Lei 10.259/01 diz:

Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar,conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federalaté o valor de sessenta salários mínimos, bem comoexecutar as suas sentenças.

Como se pode perceber, o valor da causa é muitoimportante nas questões previdenciárias nas localidadesonde existem JEF’s, assim importante trazer para adiscussão que o valor da causa pode ser discutido e revistopelo Juiz de ofício, conforme os artigos 6° e 51, inciso II daLei 9.099/95 a qual é aplicada de forma acessória à Lei10.259/01.

Processo: PEDILEF 00079844320054036304

Relator(a): JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA

Julgamento: 14/04/2016

Publicação: 10/06/2016

Ementa

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO FEDERAL.PREVIDENCIÁRIO. RENÚNCIA PARA DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA DE JUIZADO ESPECIALFEDERAL. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO PARA FIXAR A TESE DE QUE A RENÚNCIAAPRESENTADA PARA DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS,RESSALVADA MANIFESTAÇÃO EXPRESSA DA PARTE AUTORA, SOMENTE ABRANGE ASPARCELAS VENCIDAS SOMADAS A DOZE PARCELAS VINCENDAS NA DATA DO AJUIZAMENTODA AÇÃO.

1. A parte autora interpõe Pedido de Uniformização de Interpretação da LegislaçãoFederal contra acórdão prolatado pela Quinta Turma Recursal da Seção Judiciária deSão Paulo, que negou provimento ao recurso inominado interposto pela demandante,que pretendia a reforma parcial da sentença, com a aplicação do limite de 60 saláriosmínimos, considerados na data do ajuizamento da ação e calculados conforme a Lei n.10.259/2001. Nas suas razões recursais, a parte autora afirma que o acórdão, aolimitar o valor da condenação no montante de 60 salários mínimos na data dasentença, adotou interpretação divergente daquela acolhida pelo Superior Tribunal deJustiça (processos n. 200501143269/PA e 200503000899764/SP). Transcreve, ainda,decisão proferida pela Turma Recursal da Seção Judiciária de São Paulo nos autos doprocesso n. 2002.61.84.015615-5. 2. A MMª Juíza Federal Presidente da 5ª TurmaRecursal da Seção Judiciária de São Paulo proferiu decisão para admitir o Pedido deUniformização. 3. Os autos foram-me distribuídos por decisão do MM. MinistroPresidente da Turma Nacional de Uniformização. 4. Em juízo de admissibilidade doPedido de Uniformização, constato que a parte autora demonstrou que o acórdãoimpugnado - ao deixar assente que a renúncia formulada referia-se ao montante dovalor da condenação que excedesse sessenta salários-mínimos - divergiu da orientaçãoadotada nos paradigmas do Superior Tribunal de Justiça, nos quais foi

decidido que a renúncia, apresentada para fixação da competência dos Juizados Especiais Federais e delimitação do valor

dado à causa, abrange as parcelas vencidas à data do ajuizamento e o montante correspondente a doze parcelas vincendas

nas obrigações por tempo indeterminado. De igual modo, o conhecimento do Pedido de Uniformização não é obstado pela

regra veiculada pelo art. 14, caput, da Lei n. 10.259/01, e pelo enunciado n. 43, da súmula da jurisprudência da Turma

Nacional de Uniformização, pois os critérios de definição de competência dos Juizados Especiais Federais podem repercutir

na forma de apuração da quantia devida na fase de cumprimento da sentença, o que afeta o resultado prático da solução

do conflito de direito material. 5. A divergência apontada no presente Pedido de Uniformização cinge-se à aplicação do

limite de 60 salários mínimos, considerados na data do ajuizamento da ação e calculados conforme a Lei n. 10.259/2001,

desconsiderando-se as parcelas vencidas durante o curso da demanda e o valor da condenação. 6. A Lei n. 10.259/01

dispõe, em seu artigo 3º, que compete ao Juizado Especial Federal Cível processar e julgar causas de valor até sessenta

salários-mínimos. Nas hipóteses em que o pedido visar à condenação da parte ré ao pagamento de parcelas vincendas sem

prazo determinado, a fixação do valor da causa, para fins de competência do Juizado Especial, deverá considerar a soma

de doze parcelas vincendas. Por sua vez, o § 4º, do artigo 17, da mencionada lei, prevê a possibilidade de expedição de

precatório para pagamento do débito, se o valor da execução ultrapassar a alçada do Juizado Especial Federal. 7. A

interpretação sistemática de tais regras excluiu a aplicação do art. 39, da Lei n. 9.099/95, do âmbito dos Juizados

Especiais Federais (cf. TNU, PEDILEF 200471500085030, Rel. Juiz Federal Herculano Martins Nacif, DOU 03/05/2013), uma

vez que a quantia que sobeja sessenta salários-mínimos pode ser objeto de execução por meio de expedição de precatório,

o que afasta a admissibilidade da renúncia tácita para definição de competência (enunciado n. 17, da súmula da

jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização). De igual modo, o valor da causa não precisa guardar exata

correspondência com o valor da condenação, porque o art. 3º, § 2º, da Lei n. 10.259/01, dispõe que o valor da causa deve

ter como parâmetro a inclusão de doze parcelas vincendas nas obrigações por tempo indeterminado. A observância dos

critérios para fixação do valor da causa nessas hipóteses (art. 260, do Código de Processo Civil de 1973, e art. 292, §§ 1º e

2º, do Novo Código de Processo Civil) exigiria que a sua apuração correspondesse ao somatório das parcelas vencidas e doze

prestações vincedas, cujo resultado não poderia ser superior a sessenta salários-mínimos (cf. TNU, PEDILEF

200932007021984, Rel. Juiz Federal Janílson Bezerra de Siqueira, DOU 23/03/2012). 8. A possibilidade de a tramitação

processual estender-se por intervalo excessivo, além de comprometer a razoável duração do processo, implica perda

patrimonial significativa ao credor, caso o conteúdo da renúncia apresentada para definição de competência abrangesse

valor superior às prestações vencidas, quando houve o ajuizamento da demanda, acrescidas das doze prestações vincendas

computadas no valor da causa. Portanto, ressalvada manifestação expressa e clara da parte autora, a renúncia

apresentada, com o intuito de definição de competência dos Juizados Especiais Federais, somente atinge as parcelas

vencidas somadas a doze parcelas vincendas quando proposta a ação.

Nesse sentido, colaciono passagem do voto condutor proferido no julgamento do PEDILEF

200951510669087 (Rel. Juíza Federal Kyu Soon Lee, DOU 17/10/2014): “(...) 8. Após a demanda,

os valores atrasados, ou seja, os valores da condenação, não se sujeitam à limitação dos 60

(sessenta) salários mínimos, daí a redação cristalina do artigo 17, § 4º da Lei nº 10.259/01. Foi

nesse sentido a aprovação da Súmula nº 17 da TNU: para que não se interprete o ingresso nos

Juizados Especiais Federais, como renúncia à execução de valores da condenação superiores a tal

limite - repita-se, pois diferente de valor da causa. Igualmente importante consignar que, por

outro lado, “O que se consolidou não foi a possibilidade do autor da demanda não renunciar ao

excedente e, ao fim arguir, maliciosamente, a ausência de sua renúncia para tudo receber, sem

qualquer desconto, até mesmo porque estamos tratando de questão de competência absoluta”

(PEDILEF nº 008744-95.2005.4.03.6302, Rel. Juiz Federal LUIZ CLAUDIO FLORES DA CUNHA, DOU

28/06/2013). Ou seja, pode ocorrer sim limite, mas na data do ajuizamento da ação, conforme

explicitado no item 7, mas não após esta data. (...)”9. Na presente hipótese, a parte autora redigiu

petição para “manifestar sua anuência com o recebimento do valor da condenação até o limite de 60

salários mínimos, renunciando à diferença além do referido limite, referentes aos valores pleiteados

na inicial, o que engloba as parcelas vencidas até a distribuição da ação, bem como a pertinente a

doze prestações vincendas, também contadas da data da distribuição da presente ação”. 10. A

interpretação do texto transcrito não autoriza a conclusão obtida pela Turma Recursal de origem, pois

a demandante enfatizou que sua renúncia cingia-se a doze parcelas vincendas, contadas a partir da

data da distribuição da ação, após ser instada pelo Juízo a quo a esclarecer os critérios empregados

para definição do valor atribuído à causa. Logo, a parte autora tem direito a obter a condenação do

réu ao pagamento das parcelas, que se venceram ao longo da tramitação processual e superaram o

limite das doze parcelas vincedas consideradas no cálculo do valor da causa, sendo certo que a

execução será feita mediante expedição de precatório se o somatório dessas quantias sobejar sessenta

salários-mínimos. 11. Ante o exposto, voto por conhecer o Pedido de Uniformização e dar-lhe

provimento para substituir o acórdão recorrido e fixar a tese de que a renúncia apresentada para

definição de competência dos Juizados Especiais Federais, ressalvada manifestação expressa da parte

autora, somente abrange as parcelas vencidas somadas a doze parcelas vincendas na data do

ajuizamento da ação.

Esse requisito é necessário para que as partes do processo sejam perfeitamente identificadas,evitando confusões com homônimos e outros possíveis equívocos quanto àqueles que estãoenvolvidos na relação jurídica. É uma forma de individualizar as partes. Tal mandamento estagrafado no artigo 319, II do CPC, senão vejamos:

Art. 319. A petição inicial indicará:

(...)

II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e doréu;

Tal qualificação deve conter, para fins previdenciários: Autor - nome completo, nacionalidade,estado civil, profissão, domicílio e residência, número de inscrição do trabalhador – NIT, númerode benefício caso exista, número de identidade e número do CPF e um dado importante, sepossível o nome da mãe. Réu – nomenclatura social completa da Autarquia, bem como o endereçode citação.

Tal expediente normativo tem o condão de possibilitar a realização dos atos processuais, taiscomo: citação do réu (aviso) para que o mesmo responda a ação e demais intimações, as quaispermitem a adequada comunicação do juiz com as partes.

OBS: Em relação à completa qualificação do réu há uma certa tolerância maior quando o autor nãoindica todos os dados do réu, pois, no momento em que se ajuíza a ação o autor pode não terconhecimento de todos os dados exigidos.

Podem ser partes no JEF: Autores: as pessoas físicas, microempresas e empresas de pequeno

porte; Réus: União, Autarquia Federal, Fundações e empresas Públicas Federais nos termos do

artigo 6º da Lei 10.259/03; Neste sentido:

Enunciado FONAJEF 11: No ajuizamento de ações no JEF, a microempresa e a empresa de

pequeno porte deverão comprovar essa condição mediante documentação hábil;

Enunciado FONAJEF 12: No Juizado Especial Federal, não é cabível o pedido contraposto

formulado pela União Federal, autarquia, fundação ou empresa pública federal;

Enunciado FONAJEF 14: Nos Juizados Especiais Federais, não é cabível a intervenção de terceiros

ou a assistência;

Enunciado FONAJEF 21: As pessoas físicas, jurídicas, de direito privado ou de direito público

estadual ou municipal podem figurar no pólo passivo, no caso de litisconsórcio necessário;

Importante, as partes como narrado podem figurar desacompanhadas de advogado, podendo se

assim entenderem nomear representante não advogado para acompanhar o processo – o STF

declarou constitucional tal medida na ADI nº 3.168. Em outra analise: Enunciado FONAJEF 83: O

art. 10, caput, da Lei nº 10.259/2001 não autoriza a representação das partes por não-advogados

de forma habitual e com fins econômicos.

OBS.: Na esfera recursal é obrigatória a presença do advogado

Como bem se sabe, entre os acontecimentos ocorridosdenominados – Fatos e o direito ora pleiteado junto ao Estado-Juiz, existe um liame ou ligação, o qual é denominado no mundofenomênico jurídico de nexo jurídico.

Assim, numa petição inicial, o sujeito ativo denominado Autor,deve trazer elementos que demonstrem de forma real, apresença do fato jurídico ensejador da tutela jurisdicional peloEstado-Juiz, comprovando perante este, o nexo causal legal, ouseja, deverá comprovar, justamente, a presença do nexojurídico entre os fatos ocorridos na situação concreta, e osurgimento do direito, consequência direta destes fatos. (citação

http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_titulo=11683&id_curso=964&pagina=2)

Lembrando que para uma melhor eficiência da inicial, osacontecimentos deverão ser narrados ao Estado-Juiz, de formasimples e concatenada, ou seja, os fatos devem ser descritos aomembro competente do Poder Judiciário na forma de um raciocíniológico e cronológico, para que o mesmo possa chegar à conclusão deque o direito pleiteado decorre dos fatos narrados, e que fora o réuquem deu causa a lesão ou a ameaça a direito. (citação

http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_titulo=11683&id_curso=964&pagina=2)

Tais pressupostos sob comento, são um dos mais importantes naguarida do respeito ao direito invocado pelo Autor. Assim, deve –se tentar comprovar por todos os meios legais e permitidos que aocorrência lesionadora, que motivou a entrada da ação peloSujeito Ativo – Autor se encontra amparada por norma jurídica,sendo de vital importância o convencimento do Judiciário de queexiste uma similitude entre a ocorrência fenomênica abstrataprevista em norma jurídica e o caso real imponível ocorrido,conforme as alegações do Autor.

Ademais, não é necessário que se indique o artigo de lei queembasa o direito pretendido (Narra-me os fatos que lhe direi odireito). Lembrando que o Estado-Juiz deve dar sua decisão combase no fim social, não buscando resolver a LIDE para acoletividade, como é comum em alguns Juízes, mas sim, dizendoo direito no caso em concreto, analisando a situação posta doponto de vista, apenas das partes que compõem a LIDE.Lembrando, finalmente, que hoje opera-se no mundo jurídico ofenômeno do pós-positivismo e não mais o do legal-positivismo.

Segundo, o ilustre professor Costa Machado, a norma sob análise disciplina afeição que deve ter a causa de pedir (primeiro elemento objetivo da ação; osegundo é o pedido, sendo o terceiro s partes que tem cunho subjetivo).

Lembrando que segundo o renomado Autor, uma coisa é FUNDAMENTOJURÍDICO, outra coisa é FUNDAMENTO LEGAL. Lembrando que o texto legal sópede o primeiro, sendo o segundo (número da lei ou do artigo de lei)desnecessário.

O Fundamento Jurídico, corresponde na verdade a qualificação jurídica ouenquadramento jurídico dos fatos, ou seja, os fatos narrados assumemcondição de ato ilícito, infração contratual, desrespeito a preceito normativo,dentre outros. E como o FATO É O ACONTECIMENTO OU EVENTO apto a gerar onascimento do direito ou gerar a situação fenomênica que o Autor entendecomo maculada.

Assim para que o Autor vença a demanda através da sua inicial, é necessárioque o Estado-Juiz se convença que o FATO ocorreu como alegado pelo Autor eque o NEXO CAUSAL JURÍDICO, tenha se positivado através do Réu, formandoassim o ato-dúplice positivo da Procedência da ação. Assim toda vez que oato-dúplice se realizar a inicial será procedente. No entanto, caso isto nãoocorra o pedido deve ser julgado improcedente.

Em relação ao pedido, temos que lembrar

que o Poder Judiciário não é um Órgão

consultivo, mas sim o local onde se entrega o

que se é requerido.

Assim, é fundamental que a petição inicial

indique tudo aquilo que ela pretende, onde

estes pleitos serão compreendidos sob a

ótica processual (pedidos imediatos – que

representam a condenação, constituição ou

declaração) e sob a ótica material (pedidos

mediatos – resultado prático pretendido).

Essa é uma tarefa que só é possível ser

realizada se um excelente atendimento tiver

sido realizado.

Dica – completar o quadro

O valor da causa é um dos temas mais simples e polêmicos na searaprevidenciária. Tal valor é determinado em questões previdenciárias pelo CPC.Sendo que para o valor da causa previdenciário quando se discute parcelasvencidas e vincendas, É REALIZADO nos artigo 260 do CPC, que narra:

quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á emconsideração o valor de umas e outras.

Assim o valor deve ser apurado levando em consideração o quanto segue:

o valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se aobrigação for por tempo indeterminado, ou por tempo superior a 1 (um)ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das prestações.

Outro ponto que devemos nos atentar é em razão do valor da causa é quedependendo deste, a ação será proposta na Federal Comum ou no JEF, e istose dá porque qualquer ação previdenciária que seja inferior a sessenta saláriosmínimos deve obrigatoriamente ser julgada junto ao JEF em inteligência aoartigo 3º da lei 10.259/01. Posto que este detém competência absoluta emrazão do valor da causa.

LEMBRANDO QUE NÃO RARO O VALOR DA CAUSA DEVERÁ OBDECER OS ARTIGOS291 e 292 DO CPC.

O caput do art. 98 do NCPC dispõe sobre aqueles que podem ser

beneficiários da justiça gratuita: “Art. 98. A pessoa natural ou jurídica,

brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as

custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à

gratuidade da justiça, na forma da lei”.

Por sua vez, A Lei 1060/50 que regulamenta a hipossuficiência pátria é

clara ao narrar em seu artigo 2º, parágrafo 2º in verbis:

[...] Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele

cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os

honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.”.

(grifos nossos)

A devida interpretação aos referidos mandamentos legais, afim de se

conceder os benefícios da justiça gratuita à alguém, devem verificar se o

indivíduo tem condições de arcar com as custas processuais sem afetar a

(1) sua subsistência e a (2) de sua família e ao mesmo tempo, sopesar (3)

o mérito da causa, bem como (4) o valor que lhe foi atribuído.

Como se sabe, as “provas” são elementos fundamentais à comprovação dodireito do Requerente e, é ela quem traz indícios tanto de forma materialquanto oral.

Prova nada mais é do que o conjunto de elementos que leva o convencimento dacerteza de um fato, desta sorte, às partes incubem a exposição e comprovaçãodos fatos, já que o Juiz deve, à partir da comprovação dos fatos, dizer o direito– iura novit curia.

Assim, deve a parte preocupar-se em expor e comprovar os fatos, a fim de levaro julgador ao convencimento pretendido.

Bevilácqua definiu “a prova como o conjunto de meios empregados parademonstrar legalmente a existência de um ato jurídico.”

Atualmente nas palavras de Daniel Amorim, existe na doutrina uma forçacorrente na defesa constitucional do direito a prova, que embora, não estejaprevisto textualmente no corpo da CF, deriva de uma visão contemporânea doprincípio da Inafastabilidade da tutela jurisdicional, escopado no artigo 5, XXXVda CF. E é justamente com base nesta nova realidade preocupada com a efetivaprestação da tutela jurisdicional, que esta o direito a PROVA, o qual garantirá oefetivo exercício do devido processo legal.

É clássico na doutrina a classificação de prova quanto ao fato (direta e indireta);quanto ao sujeito (pessoais e reais); quanto ao objeto (testemunhais, documentais emateriais); quanto à preparação (causais ou pré-constituídas).

Direta: é aquela que se destina a comprovar justamente a alegação de fato que seprocura demonstrar como verdadeira.

Indireta: é aquela que se destina a demonstrar as alegações de fatos secundários oucircunstâncias, das quais o julgador, por pensamento dedutivo, acredita comoverdadeiro o fato principal, as provas indiretas são popularmente conhecidas comoindícios.

Pessoal: é aquela que emana de uma declaração consciente feita por um individuo;

Real: é aquela formada por meio de coisas e/ou objetos, os quais representam algumfato, sem na verdade declarem conscientemente sua verdade;

Testemunhal: é toda prova feita sob a forma oral, devendo ser entendida de formalato sensu, ou seja, além da prova testemunhal propriamente dita, incluem-se nesteconceito: o depoimento pessoal, o interrogatório e o depoimento do perito emaudiência de instrução;

Documental: é toda assertiva ou afirmação de um acontecimento de forma escritaou gravada, como um contrato ou uma foto;

Material: é toda e qualquer outra forma material, que, não sendo testemunhal oudocumental, comprove um fato, como por exemplo: a Perícia e a Inspeção Judicial;

Causal: é toda aquela produzida dentro do próprio processo, como o depoimentopessoal e a perícia;

Pré Constituída: é aquela formada antes ou fora do processo, como ocorre com aprova documental, como por exemplo: o Contrato.

Assim, no bojo do processo, seja ele administrativo ou judicial, as provas são degrande importância, haja vista que meras alegações não levam a qualquerconvencimento quando não comprovadas.

Eis portanto a necessidade da boa técnica, pois usando a prova correta, as chances deêxito se aproximam mais, pois estar-se-á mostrando o direito pleiteado de forma maiseficiente.

Isso ocorre em decorrência do fato de que as provas são meios de representação deum fato já ocorrido, pois somente através delas é que se poderá transportar para obojo do processo o realmente ocorrido, pois temos que considerar que o Julgador nãoparticipou da realidade narrada.

Tanto é assim que o Juiz, ao prolatar sua sentença, na maioria das vezes, expõe seuconvencimento com base nas provas carreadas aos autos e, confirmando o acima, terámais chances de vencer aquele que melhor provou.

Código de Processo Civil elenca como meios de prova a ata notarial (Art. 384),depoimento pessoal (Art. 385 e ss), confissão (Art. 389 e ss), exibição dedocumentos ou coisa (Art. 396 e ss, prova documental (Art. 364 a 399), provatestemunhal (Art. 405 e ss), inspeção judicial (Art. 481 e ss) e prova pericial (Art.464 e ss)

Vejamos algumas destas classificações das provas:

Nos termos do artigo 384, caput do NCPC, A existência e o modo de

existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a

requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.

Sendo que o Parágrafo único do mesmo novel narra que os dados

representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos

poderão constar da ata notarial.

Segundo toda a doutrina uma forma muito eficaz de se usar a Ata

Notarial é para se conseguir uma TUTELA DE URGÊNCIA DE FORMA

LIMINAR, sem ter prova documental pertinente que comprove as

alegações. Pois, a declaração feita por tabelião e constante de ata

notarial são dotadas de fé pública, existindo assim presunção de

verdade das alegações, o que é mais que suficiente para convencer

o julgador, em grau de cognição sumária!!!

Com efeito, o art. 6º e 7º da Lei Federal 8.935/94, com o fulcro no art. 236da Constituição Federal, dispõe, verbis:

Art. 6º Aos notários compete:

[...]

II - intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ouqueiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ouredigindo os instrumentos adequados, conservando os originais eexpedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;

III - autenticar fatos.

Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade:

I - lavrar escrituras e procurações, públicas;

II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados;

III - lavrar atas notariais;

De igual forma aduz o artigo 405, Código de Processo Civil Brasileiro que diz"O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dosfatos que o escrivão ou o tabelião, ou o funcionário declarar queocorreram em sua presença". c.c. artigo 368 e 384 do CPC – validação deprovas e ata notarial

Existem vários tipos de Atas Notariais, para o nosso caso,usamos a Ata Notarial – objeto: que é a verificação defatos em diligência:- Há diversos exemplos, dentre osquais destacando dois: o primeiro exemplo, o tabeliãoou preposto em diligência respeitando a área decompetência territorial verifica um fato em algumaparte da cidade (este é o nosso caso). O segundoexemplo, o interessado solicita ao tabelião ou prepostoque presencie e verifique um diálogo telefônico emsistema viva-voz que o interessado fará a umdeterminado número telefônico, onde este será objetode transcrição para o instrumento notarial.

Um ponto importante no que tange a provas é a análise do artigo 345, II do

CPC, o qual narra que:

Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:

[...]

II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

Assim, como narra José Antonio Savaris: (Direito Processual Previdenciário, p. 223 e 224, 2010)

Como a concessão de um benefício previdenciário não se encontra à livre

disposição de quem quer que seja, a atribuição do referido direito depende

do cumprimento dos requisitos dispostos no sistema jurídico.

A relativa indisponibilidade dos direitos discutidos no processo não implica,

por outro lado, a não decretação da revelia do instituto de seguros na

hipótese de ausência de contestação legal. ( Grifo Nosso)

De fato, é devido mesmo contra a Fazenda Pública o efeito da revelia,

segundo o qual “Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos

fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.”. (CPC, 346)

Muito embora, em sua obra, o festejado autor conclua que: na verdade se trata

de indisponibilidade relativa, e por esta razão, não se deve operar os efeitos

da revelia e confissão... Tenho para mim, que na verdade muito embora os

efeitos plenos não se operem a matéria objetada se torna (ou) incontroversa e

como tal deve ser tratada...