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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.
TERRA BOA - PARANÁ
Professora Leonilda Brandão da Silva
E-mail: [email protected]
http://professoraleonilda.wordpress.com/
Pág. 64
Capítulo 6
Briófitas e Peridófitas
Ler o texto introdutório
pág.66
PROBLEMATIZAÇÃO
• Você conhece exemplos de briófitas? E exemplos de pteridófitas?
• Conhece um musgo?
• Em que tipos de ambientes é possível encontrar essas plantas?
• Quais as diferenças entre Briófitas e Pteridófitas e demais vegetais?
• Quais os gametas masculinos e femininos das Brió-fitas e Pteridófitas?
• Como elas se reproduzem?
• Porque estes vegetais necessitam de água para reprodução?
1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PLANTAS
• Há muitas semelhanças entre as plantas e as algas verdes, parede de celulose, reserva de amido, clorofilas a e b, entre outras.
• Ao contrário das algas, porém, o embrião das plantas está protegido por uma camada de células na fase inicial de seu desenvolvimento.
• Costuma-se usar a expressão “plantas terrestres” para o grupos sem as algas, inclusive plantas aquáticas.
• As plantas são organismos eucariontes, pluricelulares e autotróficos fotossintéticos.
• Suas células possuem parede celular rígida, com celulose, e cloroplastos com clorofila a e b e outros pigmentos que absorvem a energia luminosa.
Adaptações à vida terrestre
• Corpo com grande superfície relativa, que permite a absor-ção de nutrientes e energia.
• As plantas que se espalharam pelo ambiente terrestre pos-suem uma parte sob o solo, que retira água e sais, e outra acima do solo, que capta luz a absorve CO2.
• Presença de tecidos de sustentação e de proteção contra desidratação.
• Produção de esporos com parede resistente à desidrata-ção.
• O desenvolvimento inicial do embrião ocorre dentro de estruturas protegidas, características que permitiram a dispersão das plantas por todo o planeta.
CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS
VEGETAIS
BRIÓFITAS PTERIDÓFITAS
VASCULARES ou TRAQUEÓFITAS AVASCULARES
ESPERMATÓFITAS
Gimnospermas Angiospermas
Evolução das Plantas
Evolução das Plantas
VÍDEO:
Evolução dos vegetais
2:05
CLASSIFICAÇÃO • AVASCULARES: algumas plantas como as BRIÓFITAS são
pequenas e não apresentam vasos que transportam água, sais minerais e substâncias orgânicas para a célula – o transporte é feito por difusão.
• VASCULARES ou TRAQUEÓFITAS: são plantas maiores que possuem vasos condutores, e isso possibilitou que essas plantas atingissem tamanhos maiores, já que por difusão, os nutrientes não chegariam com rapidez suficiente às células.
BRIÓFITAS = MUSGOS
• VASOS LENHOSOS: são os vasos que transportam água e sais minerais (seiva bruta ou mineral) da raiz às folhas. O conjunto formado por esses vasos e outros tecidos associados a eles é chamado do LENHO ou XILEMA.
• VASOS LIBERIANOS: são os vasos que transportam as substâncias orgânicas produzida na folha (seiva elaborada) para toda planta. O conjunto desses vasos e outros tecidos associados forma o LÍBER ou FLOEMA.
• PTERIDÓFITAS: samambaias e avencas. Nesse grupo estão as 1ªs plantas vasculares, mas elas não possuem flor nem semente.
• ESPERMATÓFITAS: vegetais com sementes. A presença da semente facilitou a conquista do meio terrestre por esse grupo, uma vez que protege o embrião contra perda de água e ajuda na dispersão do vegetal.
As espermatófitas dividem-se em dois grupos: • GIMNOSPERMAS: pinheiros. Possuem as sementes
descobertas ou expostas, pois não possuem frutos. • ANGIOSPERMAS: maioria das plantas. Apresentam flores e
frutos. São usados também os termos: • CRIPTÓGAMAS: plantas com estruturas reprodutoras pouco
visível – briófitas e pteridófitas. • FANERÓGAMAS: plantas com estruturas reprodutora bem
visível – gimnospermas e angiospermas.
PTERIDÓFITAS = SAMAMBAIAS E
AVENCAS
Gimnospermas
Angiospermas
CICLO REPRODUTIVO • A reprodução das plantas reflete sua falta de mobilidade.
• É frequente a reprodução assexuada, em pedaços de caule, galhos ou folhas originam uma nova planta.
• Quando ocorre a reprodução sexuada, geralmente se ob-serva a formação de esporos, células que ajudam na disper-são e das quais se forma uma nova planta.
• Na maioria das plantas há alternância de geração, entre indivíduos haploides e diploides.
• O indivíduo diploide – chamado esporófito – produz, por meiose, esporos, que originam um indivíduo haploide – chamado gametófito.
• Este produz gametas, que por fecundação, originam uma célula-ovo e um novo indivíduo diploide.
• Portanto, além de originar descendentes, o ciclo reproduti-vo das plantas ajuda o vegetal a conquistar novos ambientes.
Embrião
2n
Esporófito
2n
Mitose Gametófito
n
Esporos
n
Meiose
Ciclo de Vida dos Vegetais
Gametas
Fecundação
O ciclo de vida da maioria das plantas é conhecido como alternância de geração (haploide e diploide), haplonte-diplonte, haplodiplobiôn-tico ou meiose espórica.
1) Quais as principais características
das plantas? (3)
2) Que vasos transportam a seiva bruta (água e sais minerais)?(1)
3) Que vasos transportam a seiva elaborada (substância orgânica)?(1)
4) Como é chamado o ciclo de vida da maioria das plantas? (1)
ATIVIDADES – p. 67 a 69
5) Explique o significado dos seguin-
tes termos: (2 linhas cada)
a) Avascular:
b) Traqueófitas (vasculares):
c) Espermatófitas:
d) Gimnospermas:
e) Angiospermas:
f) Criptógamas:
g) Fanerógamas:
1) São organismos eucariontes, pluricelulares, autotróficos fotossintetizantes. Possuem célu-las com parede celular de celulose e o amido é a substância de reserva.
2) São os vasos lenhosos que transportam a seiva bruta (água e sais minerais) das raízes para as folhas.
3) São os vasos liberianos que transportam a seiva elaborada (substância orgânica) das folhas às demais partes da planta.
4) O ciclo de vida da maioria das plantas é haplonte-diplonte (alternância de gerações).
RESPOSTA
a) Avascular: não apresentam vasos que conduto-res de seivas. Ex. briófitas.
b) Traqueófitas (vasculares): apresentam vasos condutores. Ex. Pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
c) Espermatófitas: vegetais com sementes. Gimnospermas e angiospermas.
d) Gimnospermas: plantas com sementes expostas e não possuem frutos. Ex. Pinheiros.
e) Angiospermas: plantas cuja sementes são envolvidas pelo fruto. Ex. maioria das plantas.
f) Criptógamas: possuem estruturas reprodutoras pouco visíveis. Ex.: briófitas e pteridófitas,
g) Fanerógamas: possuem estruturas reprodutoras bem visíveis. Ex.: gimnospermas e angiospermas.
BRIÓFITAS – p. 69 2
São representadas principalmente pelos musgos. Provavelmente descendem das algas verdes e formam o 1º grupo a colonizar o meio terrestre.
MORFOLOGIA:
– Plantas de pequeno porte (devido a falta de estruturas rí-gidas de sustentação e de um sistema de condução de seiva. O transporte é feito por difusão.
– O corpo não é completamente protegido contra a perda de água, pois a cutícula é muito fina e, em algumas sp, está ausente. Por isso, vivem em ambientes úmidos e sombreados.
– Dependem da água para a reprodução sexuada.
Musgos
BRIÓFITAS
• A planta propriamen-te dita, é o indivíduo maior, de vida inde-pendente e duradou-ra, é o gametófito (n), que apresenta rizoi-des, cauloides, e filoides, estruturas que lembram: raiz, caule e folhas.
• Ele possui gametângios, órgãos produtores de ga-metas:
– O anterídio produz anterozoides (gametas masculi-nos)
– O arquegônio produz a oosfera (gameta feminino).
• Na maioria dos musgos o sexo é separado: cada ga-metófito possui apenas anterídios ou apenas arque-gônios, dizemos que a planta é heterotálica ou dioi-ca. Algumas ssp é monoica ou homotálica.
•O esporófito (2n), menos desenvol-vido e de curta duração, cresce sobre o gametófito e depende dele para sua nutrição (parasita).
•No esporófito existem os esporângios, células que, por meiose, produ- zem esporos (n).
ESPORÓFITO
GAMETÓFITO
REPRODUÇÃO das briófitas
• Muitas apresentam reprodução assexuada, à custa de pro-págulos, pequenos pedaços da planta que se soltam, são levados pela água e originam novas plantas.
• A reprodução por fragmentação também é frequente.
• Entretanto a forma + característica de reprodução é a alter-nância de gerações, através do ciclo haplonte-diplonte.
• Nas ssp monoicas, o anterozoide chega ao arquegônio nadando em uma película de água da chuva ou de orvalho.
• Nas dioicas, a distância entre anterídios e os arquegônios é bem maior, nesse caso o transporte do gameta é feito por gotas de chuva.
• Quando os anterozoides chegam ao arquegônios nadam até a oosfera e ocorre a fecundação.
• Depois o zigoto sofre mitoses e origina um embrião que permanece protegido no arquegônio.
• O embrião desenvolve-se e forma um esporófito, chama-do esporogônio.
• Este se encontra preso ao gametófito pela base ou haus-tório, seguindo-se então, a haste ou seta.
• Tal haste possui uma dilatação na extremidade, a cápsula, coberta por um “tampa”, o opérculo.
• Dentro do esporângio há células que por meiose, originam os esporos (n).
• Esses são liberados e são arrastados pelo vento, germi-nando à distância.
• Depois da produção dos esporos o esporófito morre e o gametófito permanece, por isso dizemos que a fase dura-doura é a haploide - o gametófito.
• Ao germinar, o esporo origina o protonema, que emite ramificações e origina os pés de musgos (gametófitos) fechando o ciclo.
Fecundação
Transporte do gameta masculino (FASE SEXUADA)
Anterozóide Oosfera Embrião
Gametófitos de desenvolvem a partir dos esporos
(FASE ASSEXUADA)
Esporos
Gametófitos
Cápsula
Haste
Esporófito
Ciclo Reprodutivo das Briófitas
•Em classificações recentes essas plantas estão distribuídas em 3 filos:
–Bryophyta: musgos
–Hepatophyta: hepáticas
–Anthocerotophyta: antóceros
•Entretanto, o termo briófitas ainda é usado de modo informal para indicar todas as plantas desses 3 filos.
CLASSIFICAÇÃO
Hepáticas
Musgos Antóceros
VÍDEO:
Ciclo de vida das
briófitas
Duração: 2:25
• 1ªs traqueófitas (vasculares).
• 1as tecidos de sustentação.
• A presença de vasos aumentando a eficiência do transporte de nutrientes e formando tecidos mais resistentes, que servem de sustentação, permitiu a essas plantas atingir maior altura e receber mais luminosidade.
• Usaremos como referência o grupo das samambaias e avencas.
3 PTERIDÓFITAS
• Representantes: samambaias e avencas. • Vivem em ambientes úmidos e sombreados, em solos, pedras e areia.
• Pequeno, médio e grande porte. Algumas são: – epífitas (vivem sobre tronco de árvores) – aquáticas de pequeno porte: salvínias – grandes pteridófitas: fetos arborescentes, como a
samambaiaçu (xaxim). • A planta propriamente dita, a fase duradoura do
ciclo, é o esporófito (2n). • Em geral suas folhas são ÷ em folíolos na forma
de penas, permite captar a luz difusa do chão das flo-restas
MORFOLOGIA das pteridófitas
•As folhas jovens,
chamadas báculos
– ficam enroladas
(têm a forma de
feto no útero ma-
terno, daí o nome
pteridófitas
“pteris”= feto).
•A folha é em geral a única parte visível da planta, pois o caule é subterrâneo ou fica rente ao solo, com crescimento horizontal – RIZOMA (caule que assemelha-se a raiz).
•O esporófito possui esporângios, que se agrupam em estruturas chamadas SOROS distribuídas na face inferior dos folíolos.
SAMAMBAIA COM SOROS
AVENCA COM SOROS
•O gametófito (n) denominado PRÓTALO, é bem menos desenvolvido que o espo-rófito, mas tem vida autônoma.
•A maioria das samambaias é homotálica (monoica) possui anterídios e arquegô-nios na mesma planta.
Corpo constituído por raízes, caule e folhas
(sem sementes).
Caule
Folhas
Raiz
• Na época da reprodução os soros tornam-se pardos e, no interior dos esporângios, são produzidos espo-ros por meiose.
• Os esporos são liberados e ao germinarem dão ori-gem ao prótalo (gametófito).
• O prótalo possui anterídios e arquegônios nos quais se formam os gametas.
• Por serem pequenos, ficam cobertos pela água da chuva o que possibilita a fecundação (os anterozoi-des multiflagelados devem nadar até a oosfera).
• O zigoto formado origina um esporófito jovem (em-brião), que, no início, recolhe alimento do gametófito.
• Depois, torna-se independente e o gametófito regri-de.
REPRODUÇÃO das pteridófitas
No filo Pteridophyta encontramos as:
• Filicíneas: Samambaias e avencas
• Equisetum: Cavalinha
• Psilotum: Psilófitas
No filo Lycophyta encontramos as plantas dos gê-
neros Selaginella e Lycopodium.
No entanto, o termo ‘pteridófitas’ ainda é usado de
modo informal para indicar todas as plantas dos
dois filos).
CLASSIFICAÇÃO das pteridófitas
Filicíneas: samambaias e avencas
PTERIDÓFITAS
Equisetum = Cavalinha
Folhas reduzidas a escamas
PTERIDÓFITAS
Gênero Lycopodium sp
Filo Lycophyta
Lycopodium
lucidulum
Gênero Selaginella
Selaginella acanthonota
Filo Lycophyta
PROBLEMATIZAÇÃO
• Você conhece exemplos de briófitas? E exemplos de pteridófitas?
• Conhece um musgo?
• Em que tipos de ambientes é possível encontrar essas plantas?
• Quais as diferenças entre Briófitas e Pteridófitas e demais vegetais?
• Quais os gametas masculinos e femininos das Brió-fitas e Pteridófitas?
• Como elas se reproduzem?
• Porque estes vegetais necessitam de água para reprodução?
1. Apresente as principais características de
uma briófita e cite representantes. (3)
2. Qual a fase duradoura das briófitas? Que
estruturas ela apresenta nessa fase? (2)
3. Desenhe um musgo anotando suas par-
tes: Gametófito (rizoides, filoides,
cauloide) e Esporófito (haste, cápsula,
opérculo).
ATIVIDADES – p. 69 a 72
Briófitas e Pteridófitas
4. Conceitue: (2 linhas cada)
a) Anterídio:
b) Arquegônio:
c) Anterozoide:
d) Oosfera:
e) Propágulos:
f) Báculos:
g) Rizoma:
h) Soros:
i) Prótalo:
5) Apresente as principais características das
pteridófitas e cite representantes do grupo. (3)
6) Qual a fase duradoura de uma pteridófita?
Que estruturas ela apresenta nessa fase?(2)
***
ATIVIDADES
Aplique seus conhecimentos
Responder as questões 1 a 10 – pág. 72 e 73
Gametângios = Órgãos produtores de
gametas
Arquegônio = gametângio ♀ (feminino)
Anterídio = gametângio ♂ (masculino)
Oosferas = gameta ♀ (imóvel)
Anterozoides = gameta ♂ (flagelados).
ALGUNS TERMOS UTILIZADOS EM BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS
SOROS: pontos escuros na borda inferior da folha, formado pelo conjunto de esporângios que produzem os esporos.
PRÓTALO: pequeno Gametófito – plantinha em forma de coração que produz gametas.
ESPORÓFITO: formado pela raiz, caule e folhas (planta).
REFERÊNCIA
LINHARES e GEWANDSZNADER.
Biologia Hoje - Os seres vivos. Volume
2. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2013.